AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS

Transcrição

AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE
MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE
EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA.
FEIRA DE SANTANA
2010
HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE
MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE
EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA.
Monografia apresentada ao Departamento de Tecnologia
da Universidade Estadual de Feira de Santana, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil, sob coordenação da Profª. MSc.
Eufrosina de Azevedo Cerqueira.
Orientador: Prof. MSc. Cristóvão César Carneiro Cordeiro
FEIRA DE SANTANA
2010
HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE
MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE
EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA.
Monografia apresentada ao Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual
de Feira de Santana, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Civil
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Profª. MSc. Eufrosina de Azevedo Cerqueira
Coordenadora das disciplinas Projeto final I e II/ UEFS
_______________________________________
Prof. MSc. Cristóvão César Carneiro Cordeiro (Orientador-UEFS)
Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense UFF
________________________________________
Prof. MSc. Eduardo Antônio Lima Costa (Membro convidado-UEFS)
Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS
________________________________________
Prof. Esp. Carlos Antônio Alves de Queirós (Membro convidado-UEFS)
Especialista em Gerenciamento da Construção pela Universidade Estadual de Feira
de Santana UEFS
Feira de Santana, 21 de janeiro de 2010.
Ao meu afilhado João Em Memória.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus pela proteção em toda a minha jornada.
À minha família (meus pais, Miguel e Iracema, minhas irmãs, Bárbara e Malu
a minha avó Araci e ao meu avô Eudes) por suas empolgações e por sempre
acreditarem em mim, me apoiando nos momentos mais difíceis.
Ao meu orientador, Professor Mestre Cristóvão César Carneiro Cordeiro, pela
dedicação no desenvolvimento deste trabalho.
À minha namorada, Caroline, pela paciência, dedicação e cuidados, e pelo
total apoio, principalmente na reta final deste trabalho.
A todos os amigos que se fizeram presente no decorrer de minha vida
acadêmica, em especial a família da casa 50 e os Sutras.
À empresa que gentilmente colocou seu canteiro de obras a disposição deste
trabalho.
E aos amigos de infância Francisco Xavier, David Lima e Yuri Sollua pela
impaciência demonstrada nestes últimos meses.
RESUMO
Devido à alta competitividade do mercado, um fator que venha a interferir na
qualidade e no custo final do empreendimento, tem suma importância. Sabe-se que
grande parcela das perdas são previsíveis e evitáveis. Esta pesquisa consiste em
uma análise sobre desperdícios de materiais na construção civil, mais
especificamente em uma obra de edificação na cidade de Feira de Santana-Ba.
Inicialmente é apresentada uma revisão bibliográfica, onde são classificados os
diferentes tipos de perdas de materiais e as possíveis origens de perdas detectadas
em estudos anteriores. O objetivo principal deste trabalho consiste em determinar os
índices de perdas na obra em estudo. O levantamento de dados ocorreu em uma
única obra e num intervalo de tempo de aproximadamente sete meses. Os índices
de perdas foram determinados através da razão entre a quantidade teoricamente
necessária, calculada em projeto, e a quantidade realmente utilizada, verificada em
campo. A pesquisa realizada demonstrou a variação dos índices de perdas para os
diferentes tipos de insumos estudados no canteiro da obra. Os índices encontrados
nesta pesquisa ficaram abaixo que os previstos na literatura. Este estudo
demonstrou, também, que existem oportunidades de redução das perdas de
materiais através de melhorias no manuseio e estocagem de materiais e,
principalmente, através de aplicação de métodos que possibilitem a identificação e o
controle das perdas durante o processo construtivo, porém nesta pesquisa ficou
evidenciado que alguns desperdícios são inevitáveis devido a atualizações de
projetos e mudanças de especificações no decorrer do processo executivo. Por fim,
é apresentado um conjunto de diretrizes para a implementação de um sistema de
controle de perdas de materiais, visando a redução das mesmas a patamares
aceitáveis, bem como uma entrevista com o engenheiro residente avaliando o
“feedback” do estudo tanto para obra quanto para a empresa estudada.
Palavras-Chave: Desperdício, perdas de materiais de construção, indicadores
globais.
ABSTRACT
Due to the highly competitive market, a factor that may interfere with the quality and
the final cost of the project, a critical component. It is known that a large portion of
the losses are predictable and preventable. This research is an analysis of waste
materials in construction, more specifically in a work of building the city of Feira de
Santana-Ba. The article begins by reviewing the literature, which are classified in
different types of losses of materials and the possible sources of losses detected in
previous studies. The objective of this study is to determine the rates of loss in our
study. Data collection occurred in a single work and a time interval of about seven
months. The loss ratios were determined by the ratio of the amount theoretically
necessary, calculated on the project, and the amount actually used, observed in the
field. The survey showed the variation in losses for different types of inputs studied in
the bed of the work. The rates found in this study were below those provided in the
literature. This study also showed that there are opportunities for reducing losses of
materials through improvements in handling and storage of materials and mainly
through the application of methods that allow the identification and control of losses
during the construction process, but this research was shown that some waste is
inevitable due to project updates and changes in specifications during the
enforcement process. Finally, it presents a set of guidelines for the implementation of
a system for loss control materials, aimed at reducing them to acceptable levels, as
well as an interview with the resident engineer evaluating the feedback from the
study for both work and for the company studied.
Keywords: Waste, loss of building materials, indicators global.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Diferentes fases de um empreendimento e as perdas de materiais .........18
Figura 2 - Etapas do processo da Construção Civil que originam desperdício .........27
Figura 3 - Etapas do processo de produção em canteiros de obra .......................... 29
Figura 4 - As perdas segundo seu momento de incidência e sua origem................. 33
Figura 5 - Piso cerâmico 41x41cm - Assentamento com juntas diagonais. Piso
cerâmico 31x31cm utilizado como acabamento em tabeiras (encontro da parede
com o piso) ................................................................................................................ 52
Figura 6 - Vista da laje nivelada com mestras de madeira, provável causador de
variação de espessura...............................................................................................55
Figura 7 - Acabamento da superfície da laje com régua de alumínio ....................... 56
Figura 8 - Concreto usinado lançado através de bomba-lança (não havendo
qualquer conferência do volume recebido) ................................................................ 58
Figura 9 - Aplicação de contrapiso em argamassa de cimento usinada (acabamento
e nivelamento executados com régua de alumínio) ..................................................59
Figura 10 - Empilhamento de bloco cerâmico acima de 1,50m, e estocado em local
provisório ...................................................................................................................66
Figura 11 - Corte de bloco cerâmico realizado com ferramenta não apropriada ...... 67
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Tipos de perdas segundo sua natureza, origem e incidência ..................34
Tabela 2 - Comparação dos índices de perdas em diferentes estudos ....................50
Tabela 3 - Avaliação de placas cerâmicas 41 x 41cm, em piso ................................ 51
Tabela 4 - Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em piso ................................ 53
Tabela 5 - Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em parede interna................ 54
Tabela 6 - Avaliação do concreto usinado ................................................................57
Tabela 7 - Avaliação do contrapiso usinado.............................................................. 60
Tabela 8 - Avaliação do bloco de 9x19x24cm ........................................................... 62
Tabela 9 - Avaliação do bloco de 11,5x19x24cm ..................................................... 63
Tabela 10 - Avaliação do bloco de 14x19x24cm .......................................................65
Tabela 11 - Causadores e inibidores de perdas do concreto usinado ...................... 68
Tabela 12 - Causadores e inibidores de perdas do bloco cerâmico .......................... 69
Tabela 13 - Causadores e inibidores de perdas do contrapiso usinado .............. 70
Tabela 14 - Causadores e inibidores de perdas das placas cerâmicas .............. 71
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ..................................................................................................12
1.1 JUSTIFICATIVA...........................................................................................13
1.2 OBJETIVOS.................................................................................................15
1.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................15
1.2.2 Objetivos Específicos.......................................................................15
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................16
2
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................17
2.1 DESPERDÍCIO E PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...............................17
2.2 ORIGEM DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................26
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................30
2.4 INDICADORES DE PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................35
3
MÉTODOS DA PESQUISA ...............................................................................40
3.1 TIPO DE ESTUDO ......................................................................................40
3.2 ETAPAS DA PESQUISA .............................................................................42
3.3 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO..........................................................................46
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................49
4.1 PLACA CERÂMICA .....................................................................................50
4.2 CONCRETO USINADO ...............................................................................55
4.3 CONTRAPISO USINADO ............................................................................59
4.4 BLOCO CERÂMICO ....................................................................................61
4.5 LEVANTAMENTO DE CAUSAS E PROPOSIÇÃO DE DIETRIZES ............67
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................74
REFERÊNCIAS .........................................................................................................77
ANEXO A - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO BLOCO
CERÂMICO ...............................................................................................................80
ANEXO
B
-
DADOS
E
PLANILHAS
REFERENTES
À
ANÁLISE
DO
REVESTIMENTO CERÂMICO (PAREDE E PISO)....................................................89
ANEXO C - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE CONCRETO
USINADO, VIGAS E LAJES.....................................................................................101
ANEXO
D
-
DADOS
E
PLANILHAS
REFERENTES
À
ANÁLISE
DO
CONTRAPISO..........................................................................................................118
ANEXO E – CROQUIS 01 E 02, PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO E
SUPERIOR ..............................................................................................................128
ANEXO
F
–
ENTREVISTA
DE
AVALIAÇÃO
DO
ESTUDO
DE
CASO.......................................................................................................................130
1 INTRODUÇÃO
A engenharia civil é um ramo de grande amplitude dentro das engenharias,
desenvolvendo diversas atividades em benefício da civilização. Talvez por este
aspecto exerça significativa influência na organização da sociedade (COLOMBO;
BAZZO, 1999).
Estima-se
que
o
setor
da
Construção
Civil
seja
responsável
por
aproximadamente 40% dos resíduos gerados em toda economia, por 75% de todo o
resíduo sólido, por consumir 2/3 da madeira natural extraída e, por 20% a 50% do
consumo dos recursos naturais totais extraídos no planeta (PIOVEZAN JÚNIOR;
SILVA, 2007).
De acordo com Zordan (1997), o grande consumo de matérias-primas está
diretamente
ligado
ao
grande
desperdício
de
material
que
ocorre
nos
empreendimentos, a vida útil das estruturas construídas e devido às obras de
reparos e adaptações das edificações existentes.
Segundo Meseguer (1991), o desperdício advém, ou se origina, de todas as
etapas do processo de construção civil, que são: planejamento, projeto, fabricação
de materiais e componentes, execução e uso e manutenção.
A preocupação quanto ao uso excessivo de materiais e componentes em
obras de construção de edifícios, há muito tempo, faz parte de debates quanto a
este segmento industrial. O real conhecimento da situação vigente e uma proposta
de caminhos para melhorar o desempenho do setor quanto ao eventual desperdício
existente tornam-se indispensáveis no contexto atual de acirramento da competição
entre as empresas e de crescentes exigências por parte dos consumidores de obras
de edifícios (AGOPYAN et al, 2003).
Kuster (2007) afirma que o setor da construção civil deve pensar na
diminuição do impacto ambiental causado pelos resíduos, através da adoção da
reciclagem ou reuso dos resíduos gerados. Mas com a enorme quantidade de
resíduos gerados atualmente, o autor afirma que precisa-se ter mais alternativas.
A redução da geração de resíduos não ocorre mais através da solução de um
problema localizado que proporciona, se solucionado, grandes economias. Assim,
existe a necessidade de atuar de forma global no empreendimento, desde seu
projeto até sua execução final, passando pelos fornecedores e serviços terceirizados
contratados. Preocupações simples na fase de projeto, como modulação de
alvenaria e acabamentos, reaproveitamento de fôrmas e caminhamento de sistemas
prediais podem reduzir bastante a geração de resíduos.
A redução da quantidade de resíduos gerados tem como principais objetivos a
redução de custo do material, já que com essa diminuição necessariamente, diminuise a quantidade de material utilizado para executar a mesma tarefa. Quanto menos
resíduo for gerado, menos trabalho será necessário para gerenciar e tratar o
mesmo, o que leva ao critério relacionado ao ganho ambiental, pois diminui a
quantidade de resíduos a serem depositados no meio ambiente.
Este trabalho tem como intuito discorrer acerca do elevado desperdício que
ocorre no ramo da construção civil, na cidade de Feira de Santana, demonstrando a
importância da diminuição dos níveis de perda de recursos em canteiro.
O trabalho a ser realizado abordará uma análise da situação existente na
construção de um templo religioso, avaliando para este empreendimento os seus
respectivos níveis de desperdício e dificuldades existentes para controlá-los.
1.1 JUSTIFICATIVA
O debate quanto à detecção de caminhos para minimizar o consumo de recursos
físicos de nosso planeta tem sido uma constante nos meios de comunicação. É
assim que ações visando o reaproveitamento do lixo urbano, políticas para um
aproveitamento mais racional da água, campanhas para a redução do consumo de
eletricidade, entre outras, têm sido cada vez mais valorizadas.
No que diz respeito à construção civil, tecnologias para o reaproveitamento dos
resíduos gerados também têm sido discutidas. Há, no entanto, um caminho anterior
a ser abordado, qual seja: o da redução do desperdício de materiais/componentes
inerente ao próprio processo construtivo (SOUZA, 1994).
Devido à alta competitividade do mercado, uma avaliação sobre um fator que
venha a interferir sobre custos e prazos do empreendimento tem suma importância
para o ramo da construção civil. A identificação das causas reais de desperdício de
insumos, constitui-se num dos pontos essenciais para a melhoria da qualidade e
produtividade.
Grande parcela das perdas são previsíveis e podem ser evitadas através de
medidas de prevenção, por isso é importante que o setor da construção civil
mobilize-se no sentido de reduzir as perdas existentes, através da introdução de
novos métodos e filosofias de gestão (AGOPYAN et. al, 1998)
Dessa forma, o trabalho tem sua importância pelo fato de que irá promover uma
visão geral dos índices de desperdício para este tipo de empreendimento,
observando as principais causas das perdas, propor um conjunto de diretrizes que
venham a obter uma melhor racionalização de insumos.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar o estado atual dos índices de desperdícios de materiais em canteiros
de obras de edificações de uso público em Feira de Santana, Bahia.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Determinar os índices de perda dos materiais analisados na obra em estudo:
bloco cerâmico, concreto usinado, placas cerâmicas e contrapiso usinado;
Identificar e analisar criticamente as possíveis causas e formas de
desperdício, comparando com as sugestões previstas na literatura técnica;
Apresentar um conjunto de diretrizes para um melhor aproveitamento dos
recursos, prevenindo a ocorrência de desperdícios.
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO
O trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo apresenta
uma breve introdução acerca do tema do trabalho, apresenta sua justificativa e seus
objetivos.
O segundo capítulo, intitulado de referencial teórico, apresenta uma revisão da
literatura acerca do tema, onde, serão abordados os seguintes tópicos: desperdício
e perdas na construção civil; origem das perdas na construção civil; classificação
das perdas na construção civil e indicadores de perdas na construção civil.
O terceiro capítulo apresenta os métodos de pesquisa utilizados neste trabalho,
dividida em oito etapas as quais serão descritas detalhadamente.
O quarto capítulo expõe os resultados da pesquisa de campo e a discussão
desses resultados e observações apresentando prováveis causas e um conjunto de
diretrizes que visem inibi-las.
E por fim, o quinto capítulo apresenta as considerações finais e sugestões para
estudos
futuros.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DESPERDÍCIO E PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Sabe-se que a Construção Civil destaca-se por ser um dos setores onde o
desperdício é maior. Chega-se a afirmar que com a quantidade de materiais e mãode-obra desperdiçados em três obras, é possível a construção de outra idêntica, ou
seja, o desperdício atingiria um índice de 33% (GROHMANN, 1998). Apesar dos
progressos oriundos dos investimentos feitos nos últimos anos, o setor da
Construção Civil ainda possui índices de desperdícios consideráveis.
Pinto (1995) identifica que os acréscimos nos custos da construção, advindos
do desperdício, são de 6% e os acréscimos na massa de materiais atingem os 20%.
O mesmo autor afirma que: na Bélgica, o acréscimo nos custos advindos do
desperdício é de 17%; na França de 12%; e, no Brasil, de cerca de 30%.
Vargas et al (1997) apresenta outros dados alarmantes: o tempo de perda da
mão-de-obra dos serventes pode atingir 50% do tempo total, 100% da argamassa é
perdida; e, 30% dos tijolos e elementos de vedação se transformam em entulho.
Estes dados demonstram e reforçam a gravidade do problema em questão.
Agopyan et. al (1998) ao contrário dos demais autores, constata em sua
pesquisa que não existe um único valor que represente um índice de desperdício
para diferentes materiais e serviços, pois para cada material e serviço existe uma
faixa de índice de perda associado.
A preocupação quanto ao uso excessivo de materiais e componentes em
obras de construção, há muito tempo, faz parte de debates quanto a este segmento
industrial. O real conhecimento da situação vigente e uma proposta de caminhos
para melhorar o desempenho do setor quanto ao eventual desperdício existente
tornam-se indispensáveis no contexto atual de acirramento da competição entre as
empresas e de crescentes exigências por parte dos consumidores de obras
(AGOPYAN et al. 2003).
Apesar disso, as perdas de material são destaque quando se trata de
desperdício na construção civil, por ser a parcela visível e também porque o
consumo desnecessário de material resulta numa alta produção de resíduos, causa
transtornos nas cidades, reduz a disponibilidade futura de materiais e energia e
provoca uma demanda desnecessária no sistema de transporte (COLOMBO;
BAZZO, 1999).
Souza et al (1994) afirma é importante perceber que o consumo excessivo de
materiais pode ocorrer em diferentes fases do empreendimento, de acordo com o
autor existe a possibilidade de ocorrências de perdas em todas as fases numa obra
em execução. A Figura 1 ilustra as diferentes fases citadas pelo autor, as perdas
verificadas e as classifica de acordo com sua natureza.
Figura 1 – Diferentes fases de um empreendimento e as perdas de materiais.
Fonte: Adaptado de Souza et al (1994).
A falta de uniformização de nomenclatura e, principalmente, de uma
metodologia consistente e disseminada, aliadas à escassez de dados confiáveis,
têm gerado uma série de controvérsias relativas à quantificação e, especialmente,
quanto à proposição de alternativas para se combater eventuais desperdícios
existentes (SOUZA, 1997). O autor considera que o primeiro passo para romper tais
barreiras é identificar de onde é gerado tal desperdício e quais fatores influenciam
na produtividade do setor.
O conceito de perdas na construção civil é, com freqüência, associado
unicamente aos desperdícios de materiais. No entanto, as perdas estendem-se além
deste conceito e devem ser entendidas como qualquer ineficiência que se reflita no
uso de equipamentos, materiais, mão de obra e capital em quantidades superiores
àquelas necessárias à produção da edificação. Neste caso, as perdas englobam
tanto a ocorrência de desperdícios de materiais quanto a execução de tarefas
desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. Tais perdas são
conseqüência de um processo de baixa qualidade, que traz como resultado não só
uma elevação de custos, mas também um produto final de qualidade deficiente
(FORMOSO et al, 1996).
Com efeito, desperdício não pode ser visto apenas como o material refugado
no canteiro (rejeitos), mas sim como toda e qualquer perda durante o processo.
Portanto, qualquer utilização de recursos além do necessário à produção de
determinado produto é caracterizada como perda classificadas conforme: seu
controle, sua natureza e sua origem (COLOMBO; BAZZO, 1999).
Para Vargas et al (1997), perda é todo e qualquer recurso que se gasta na
execução de um produto ou serviço além do estritamente necessário (mão de obra,
matéria-prima, materiais, tempo, dinheiro, energia, etc.). É um dispêndio extra
acrescentado aos custos normais do produto. No caso da construção civil, o
conceito de perdas envolve não só o desperdício de materiais, mas também
qualquer ineficiência no uso de equipamentos, materiais e mão-de-obra.
Neste sentido, a construção enxuta apresenta uma nova visão das perdas. A
produção enxuta é considerada uma combinação de práticas de produção contidas
em diversas filosofias, ferramentas e técnicas, que quando orientadas segundo os
fundamentos da definição de valor de um produto e da determinação da cadeia de
valor, do fluxo dos recursos produtivos, da produção puxada e da melhoria contínua,
dentre outros aspectos, produzem resultados majorados, devido à sinergia obtida
através da interação destes fatores (MACHADO; HEINECK, 1991).
Produção Enxuta, Mentalidade Enxuta e Sistema Toyota de Produção são de
certa forma, termos associados, às vezes complementares e, em geral, dificilmente
diferenciados na literatura e no uso corrente. A Produção Enxuta tem como base os
conceitos, princípios e técnicas do Sistema Toyota de Produção. Quando se fala em
Sistema Toyota de Produção associa-se Produção Enxuta e vice-versa. A forma de
raciocínio em ambos os casos, ou seja, o conjunto de princípios, conceitos e
técnicas formadoras dessa maneira particular de pensar, sobre administração da
produção, é referido como Mentalidade Enxuta (SARCINELLI, 2008).
Womack et al (1990) definem essa filosofia de produção como sendo um sistema
produtivo integrado, com enfoque no fluxo de produção, produção em pequenos
lotes segundo a filosofia just-in-time e um nível reduzido de estoques; um sistema
que envolve ações de prevenção de defeitos em vez da correção; que trabalha com
produção puxada em vez da produção empurrada baseada em previsões de
demanda; que é flexível, sendo organizada através de times de trabalho formados
por mão-de-obra polivalente; uma filosofia que pratica um envolvimento ativo na
solução das causas de problemas com vistas à maximização da agregação de valor
ao produto final e que trabalha com um relacionamento de parceria intensivo desde
o primeiro fornecedor até o cliente final.
Koskela (1992) afirma que esta nova filosofia de produção trata-se de uma
síntese e da generalização de diferentes modelos de administração, oriundos de
diversas propostas sustentadas fundamentalmente pelos movimentos do just-in-time
e da qualidade. Para Koskela, este novo modelo de produção pode ser definido da
seguinte forma: A produção é um fluxo de materiais e/ou informações desde a
matéria -prima até o produto acabado. Nesse fluxo o material pode estar sendo
processado, inspecionado ou movimentado, ou ainda estar esperando - pelo
processamento, inspeção ou movimentação.
Tais atividades às quais o material pode ser submetido são inerentemente
diferentes. O processamento representa o aspecto de conversão do sistema de
produção; a inspeção, a movimentação e a espera representam os aspectos de fluxo
da produção. Os processos referentes a fluxos podem ser caracterizados por tempo,
custo e valor. Valor refere-se ao atendimento das necessidades dos clientes. Em
grande parte dos casos, somente as atividades de processamento proporcionam a
agregação de valor ao produto (KOSKELA, 1992).
Existem cinco princípios necessários para orientar a configuração de um sistema
enxuto de produção:
1. A definição detalhada do significado de valor de um produto a partir da
perspectiva do cliente final, em termos das especificações que este deveria
ter, considerando aspectos relacionados às suas capabilidades, ao seu preço
e ao tempo de produção;
2. A identificação da cadeia de valor para cada produto ou família de produtos e
a eliminação das perdas;
3. A geração de um fluxo de valor com base na cadeia de valor obtida;
4. A configuração do sistema produtivo de forma que o acionamento da cadeia
de valor seja iniciado a partir do pedido do cliente ou; em outras palavras, a
utilização de uma programação puxada;
5. A busca incessante da melhoria da cadeia de valor através de um processo
contínuo de redução de perdas.
Na Construção Enxuta a idéia central é perceber que os custos totais de
qualquer produto levam consigo uma parte que é o custo que não agregam valor
algum na percepção do cliente. O desafio da construção enxuta é eliminar tudo que
não agrega valor, reduzindo assim os custos e gerando maior lucro. Encontramos na
construção civil muitas atividades entendidas como não geradoras de valor. Tais
perdas estão escondidas em movimentos e transportes desnecessários, retrabalhos,
entre outros (SARCINELLI, 2008).
Sua origem ocorre desde os projetos mal concebidos, desenvolvimento do
planejamento executivo coordenado através de princípios obsoletos, predominância
da individualidade de ações no canteiro, sendo essa manifestada por grupos ou
pessoas, não havendo a idéia de conjunto. A noção pela gerência é que obtendo
ganhos individuais, estarão somando um ganho maior do todo. De acordo com
Koskela (1992) a construção deve considerar fundamentalmente os requerimentos
esperados pelos consumidores dos produtos. Dessa forma a produção deve evitar a
variabilidade, a inconstância em seus processos, de forma e evitar perdas. Os
processos deverão ser simples e, esta simplificação deve ser buscada através de
menor quantidade de componentes dos produtos e pela redução de etapas dos
fluxos de materiais e informações (SARCINELLI, 2008).
Sabendo que tudo deve ser feito sem prejudicar a produção. Como mudanças
geram desconforto para a maioria das pessoas, com relação aos conceitos de
produção não é diferente. Passar do sistema tradicional para uma nova versão
conceitual sobre como fazer, controlar e mudar a crença sobre o que é realmente
importante, mudar paradigmas, é realmente um desafio. De maneira geral, pode-se
dizer que os problemas enfrentados, tanto na manufatura quanto na construção, são
os mesmos. A falta da visão sistêmica e os altos índices de desperdícios resultam
nos altos custos, na baixa qualidade e nos atrasos na entrega dos produtos.
No campo teórico, a Construção Enxuta tem evoluído significativamente ao longo
dos anos, com estudos que contemplam diferentes enfoques, que vão desde
aspectos técnicos, que incluem o desenvolvimento de métodos de controle da
produção ao longo de todos os empreendimentos (BALLARD; HOWELL, 1997), até
aspectos político-sociais, como a identificação de barreiras para a introdução da
Construção Enxuta (HIROTA; FORMOSO, 2000) e a identificação de aspectos
promotores da Construção Enxuta (ALARCON; SEGUEL, 2002). Já no campo
prático, a difusão da Construção Enxuta ainda é limitada. Como são poucas as
construtoras envolvidas no processo de implementação, os esforços estão voltados,
em grande parte, para o desenvolvimento de ferramentas de controle de produção.
Assim, para os teóricos da Construção Enxuta, as perdas estão relacionadas
às atividades que tomam tempo, recursos e espaço, mas não agregam valor. Esse
autor argumenta, porém, que os esforços direcionados para evitar as perdas devem
ser realizados com certa cautela, pois algumas atividades tais como planejamento,
contabilidade e prevenção de acidentes, não agregam valor, porém produzem valor
para os clientes internos (KOSKELA, 1992).
Mesmo os teóricos do Sistema Toyota de Produção, como Ohno (1997) e
Shingo (1996) citado por Sacomano et al (2004), argumentam que o movimento dos
trabalhadores pode ser dividido em duas dimensões: a do trabalho e a das perdas.
As perdas constituem-se dos movimentos realizados nas atividades desnecessárias.
Já o trabalho pode ser subdividido em trabalho que agrega valor e trabalho que não
agrega valor. O primeiro consiste em algum tipo de processamento, ou seja, mudar
a forma da matéria-prima visando à obtenção dos produtos.
Outro autor ligado à construção enxuta, Alarcón (1997), de uma forma geral,
associa as perdas a todas as atividades que produzem custos diretos ou indiretos,
sem adicionar valor ou ajudar no avanço de um empreendimento. Esse autor
também menciona um outro tipo de perda, relacionado com a eficiência dos
processos e utilização dos equipamentos e pessoal, que é mais difícil de definir e
medir, pois requer o conhecimento da eficiência máxima que pode ser atingida, e
isto nem sempre é possível.
Já para os autores ligados ao aspecto contábil, como Martins (1996), as
perdas não são um sacrifício financeiro realizado com intenção de obter receitas,
apresentando, portanto, uma característica de anormalidade e involuntariedade. O
mesmo autor afirma que o gasto com mão-de-obra durante um período de greve, por
exemplo, consiste numa perda e não num custo de produção.
A indústria da construção civil, de acordo com Sarcinelli (2008) é um setor
conhecido como sendo atrasado em relação aos processos produtivos e técnicas de
gestão que usa, e por ser grande gerador de desperdícios, precisou adaptar-se para
assimilar e difundir as premissas da produção enxuta, mesmo considerando as
características peculiares que possui, tais como:
Característica nômade - a estrutura de produção produz e logo após é
transferida para outro local;
É um setor muito resistente a mudanças, conservando métodos e processos
antigos;
Na maior parte produtos únicos, devido a grande dificuldade para a produção
em cadeia, pois a estrutura produtiva movimenta-se em torno do produto;
A mão de obra usada no setor não encontra motivação para produzir com alta
qualidade e produtividade;
Elevados números de insumos, materiais e componentes;
Alto grau de rotatividade da mão de obra;
Dificuldade de padronização de procedimentos e existência de grande
tolerância quanto à precisão de orçamento, dados de projetos, planejamento,
tornando o sistema flexível demais.
O cliente deste setor geralmente adquire um único produto ao longo de sua
vida;
Responsabilidade dispersa e pouco definida;
Meseguer (1991) define os principais intervenientes do processo construtivo em
uma obra, ressaltando que esses intervenientes participam de muitos setores com
diferentes funções, gerando grande número de interfaces, definidas pelo autor como
zonas de vulnerabilidade para a qualidade. Tais intervenientes são: o promotor da
obra, o projetista, os fabricantes de materiais, o construtor, o empreiteiro, a empresa
de gerenciamento, o proprietário, os laboratórios, as organizações de controle, a
segurança na construção, a forma de contratação, a formação dos profissionais, e
outros.
A atividade produtiva da construção de empreendimentos possui uma série de
peculiaridades que, combinadas ao paradigma de produção tradicionalmente
utilizado pelas empresas do subsetor, apresentam uma série de ineficiências. Como
resultado dessas ineficiências, a construção de empreendimentos ficou muito
conhecida devido aos altos índices de desperdícios, resultando em altos custos,
baixa qualidade dos produtos e baixa capacidade de inovação.
Por fim, cabe ressaltar ainda a necessidade de buscar formas de minimizar e
gerenciar os resíduos gerados na construção. Kuster (2007) afirma que o setor da
construção civil deve pensar na diminuição do impacto ambiental causado pelos
resíduos, através da adoção da reciclagem ou reuso dos resíduos gerados. Mas
com a enorme quantidade de resíduos gerados atualmente, o autor afirma que há a
necessidade de outras alternativas, tais como:
Redução de resíduos gerados, reduzindo tanto a massa a ser tratada como o
consumo de materiais;
Do resíduo gerado anteriormente, reduzir a quantidade encaminhada para
deposição final, reduzindo assim o impacto ao meio ambiente. Isso é feito
através da limpeza e conseqüente segregação do resíduo para reciclagem,
cuja avaliação será feita pela porcentagem do volume de resíduos enviado
para reciclagem em relação ao volume total de resíduo;
Rastreabilidade, através de documentação, para que o envio de todo o
resíduo para reciclagem ou deposição final foi feito cumprindo a legislação;
Redução do custo de tratamento do resíduo como um todo, mostrando a sua
viabilidade financeira.
A redução da geração de resíduos não ocorre mais através da solução de um
problema localizado que proporciona, se solucionado, grandes economias. Assim,
existe a necessidade de atuar de forma global no empreendimento, desde seu
projeto até sua execução final, passando pelos fornecedores e serviços terceirizados
contratados. Preocupações simples na fase de projeto, como modulação de
alvenaria e acabamentos, reaproveitamento de fôrmas e caminhamento de sistemas
prediais podem reduzir bastante a geração de resíduos.
Da mesma forma, através da conscientização dos fornecedores e equipes de
trabalho, aliada a novos métodos construtivos, existe a possibilidade de reduzir
ainda mais a geração de resíduos inerente à atividade. A redução da quantidade de
resíduos gerado assume três principais objetivos. Inicialmente, é a redução de custo
do material, já que com essa diminuição, necessariamente diminui-se a quantidade
de material utilizado para executar a mesma tarefa. Quanto menos resíduo for
gerado, menos trabalho será necessário para gerenciar e tratar o mesmo, o que leva
ao critério relacionado ao ganho ambiental, pois diminui a quantidade de resíduos a
serem depositados no meio ambiente.
2.2 ORIGEM DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
As perdas são o resultado de um processo de má qualidade, que tem como
conseqüência tanto a elevação do custo da construção quanto a redução da
qualidade do produto final (FORMOSO et al, 2007). O processo de produção na
construção que apresenta má qualidade e organização precária tem seu início na
base técnica insuficiente, que se reflete nos desencontros das equipes de trabalho e
no desperdício de materiais (SOIBELMAN, 1993). No processo tradicional de
produção da construção civil, cada etapa da obra interfere em outras subseqüentes.
Qualquer ineficiência que eleve o valor da obra por falta de cronograma, mal uso
de equipamentos e materiais ou mão de obra ruim, também são considerados como
desperdício. Ou seja, alem da perda de materiais, a falta de planejamento e a
execução de tarefas de qualquer maneira também geram custos adicionais
(KÜSTER, 2007). Segundo Meseguer (1991), o desperdício advém, ou se origina, de
todas as etapas do processo de construção civil, que são: planejamento, projeto,
fabricação de materiais e componentes, execução e uso e manutenção. A Figura 2
demonstra as etapas do processo de construção civil e seus respectivos
responsáveis:
Figura 2 - Etapas do Processo da Construção Civil que originam desperdício.
Fonte: GROHMANN, 1998.
Na execução das obras da Construção Civil, os fatores que influenciam a
produtividade
e
que,
conseqüentemente,
acarretam
desperdícios,
foram
identificados como:
a) Deficiências de projeto e planejamento que dificultam a construtibilidade da
obra e que, normalmente, são causados pela falta de detalhamento no
projeto;
b) Ineficiência da gestão administrativa que enfatiza a correção dos problemas
ao invés da prevenção dos mesmos. Isto ocorre devido ao pouco
envolvimento dos administradores com o processo produtivo;
c) Métodos ultrapassados e/ou inadequados de trabalho que não observam as
experiências advindas de projetos anteriores, o que ocasiona a repetição dos
erros;
d) Pouca vinculação da obra com as atividades denominadas de apoio, como:
compras, estoques e manutenção;
e) Problemas com os recursos humanos decorrentes da pouca especialização
da mão de obra e alta taxa de turnover do setor;
f) Problemas com a segurança dos trabalhadores gerados, principalmente, pelo
não fornecimento e/ou uso dos equipamentos de proteção individual ou
coletivo;
g) Deficiências dos métodos utilizados para o controle de custos projetados e
executados.
Para a melhor compreender esses conceitos, deve-se conhecer a natureza das
atividades que compõem o processo de produção. Um processo pode ser entendido
como um fluxo de materiais e informações desde a matéria prima até o produto final.
Neste fluxo, os materiais são processados, inspecionados, movimentados ou estão
em espera (GROHMANN, 1998). Assim, as atividades componentes de um processo
podem ser classificadas em duas principais categorias:
Atividades de conversão: envolvem o processamento dos materiais em
produtos acabados.
Atividades de fluxo: relacionam-se às tarefas de inspeção, movimento e
espera dos materiais.
As novas filosofias de produção indicam que a eficiência dos processos pode ser
melhorada e as suas perdas reduzidas não só através da melhoria da eficiência das
atividades de conversão e de fluxo, mas também pela eliminação de algumas das
atividades de fluxo (KOSKELA, 1992). Por exemplo, quando se desenvolve uma
inovação tecnológica na construção deve-se eliminar ao máximo a necessidade de
atividades de transporte, espera e inspeção de materiais (GROHMANN, 1998).
As atividades de fluxo são freqüentemente negligenciadas no processo de
produção de edificações. Em geral. não são devidamente analisadas nas tarefas de
orçamento e planejamento e nas iniciativas de melhorias de processo. O esforço
para melhoria do desempenho na construção civil deve considerar o conceito mais
amplo de perdas, isto é, visar à minimização do dispêndio de quaisquer recursos
que não agregam valor ao produto, sejam eles vinculados às atividades de
conversão ou fluxo (GROHMANN, 1998).
Küster (2007) afirma que em muitas obras os trabalhadores trabalham, param
para esperar materiais, trabalham, desfazem o que fizeram, continuam trabalhando,
e assim sucessivamente.
Um dos aspectos mais importantes a ser considerado num estudo sobre perdas
consiste na necessidade de se estabelecer a situação prevista, a partir da qual todo
o consumo excedente de recursos seja considerado como sendo perda, pois,
dependendo da situação adotada podem assumir valores distintos. Isso pode ser
visualizado no esquema da Figura 3.
Figura 3 - Etapas do processo de produção em canteiros de obra.
FONTE: Küster (2007).
Por isso, numa classificação paralela as comumente encontradas, Grohmann
(1998) utiliza uma abordagem simplificada, o autor divide as formas de desperdício
em: desperdício de materiais e desperdício de mão-de-obra.
O desperdício de materiais engloba os entulhos e os materiais incorporados à
obra. Tacla (1984) define entulho em uma obra de Construção Civil como sendo
todo o volume de materiais que sai da obra, sem nenhuma perspectiva de utilização
futura. Englobam as sobras de concreto, argamassa, ferro, blocos de cerâmica, etc.
O desperdício de materiais incorporados à obra refere-se ao excesso de materiais
utilizados que, ao final do obra, não são percebidos ou pouco se percebe.
O
desperdício
de
mão-de-obra refere-se ao
tempo
empregado
pelos
trabalhadores em atividades que não incorporam valor ao produto final e que podem,
facilmente, ser reduzidos ou eliminados sem causar nenhum prejuízo. Englobam:
tempo de espera, de retrabalho, de transporte, etc.
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
As perdas na construção civil englobam tanto a ocorrência de desperdício de
materiais quanto qualquer ineficiência relativa ao uso de equipamentos, mão de obra
e execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam
valor (SACOMANO et al, 2004). A literatura disponível acerca do tema em estudo
apresenta diversas classificações, portanto as perdas podem ser classificadas de
acordo com sua natureza, segundo a etapa onde ocorrem e onde se originam,
segundo o controle, de acordo com o tipo de recurso consumido, de acordo com a
unidade para sua medição, forma de manifestação, entre outras (FRANCHI et al,
1993; VARGAS et al, 1997; FORMOSO et al, 1996; COSTA, 1999; SOUZA, 2005;
ROSÁRIO, 2008).
Sacomano et al (2004) afirma que foram identificadas nove categorias de
perdas partindo-se da classificação proposta por Shingo, seriam as sete perdas de
Shingo. As nove categorias são as perdas por superprodução, por substituição (de
material), por espera, por transporte, no procedimento (a própria natureza das
atividades do processo ou na execução), nos estoques, no movimento, pela
elaboração de produtos defeituosos e outros (roubos, acidentes):
a) Perdas por superprodução: refere-se às perdas que ocorrem devido à
produção em quantidades superiores às necessárias, como, por exemplo:
produção de argamassa em quantidade superior à necessária para um dia de
trabalho ou o excesso de espessura de lajes de concreto armado;
b) Perdas por substituição: decorrem da utilização de um material de valor ou
características de desempenho superiores ao especificado, tais como:
utilização de argamassa com traços de maior resistência que a especificada
ou a utilização de tijolos maciços no lugar de blocos cerâmicos furados.
c) Perdas por espera: relacionadas com a sincronização e o nivelamento dos
fluxos de materiais e as atividades dos trabalhadores. Podem envolver tanto
perdas de mão de obra quanto de equipamentos, como, por exemplo,
paradas nos serviços originadas por falta de disponibilidade de equipamentos
ou de materiais.
d) Perdas por transporte: as perdas por transporte estão associadas ao
manuseio excessivo ou inadequado dos materiais e componentes em função
de uma má programação das atividades ou de um layout ineficiente, como,
por exemplo: tempo excessivo despendido em transporte devido a grandes
distâncias entre estoques e o guincho, quebra de materiais devido ao seu
duplo manuseio ou ao uso de equipamento de transporte inadequado.
e) Perdas no processamento em si: têm origem na própria natureza das
atividades do processo ou na execução inadequada dos mesmos. Decorrem
da falta de procedimentos padronizados e ineficiências nos métodos de
trabalho, da falta de treinamento da mão de obra ou de deficiências no
detalhamento e construtividade dos projetos. São exemplos deste tipo de
perdas: quebra de paredes rebocadas para viabilizar a execução das
instalações; quebra manual de blocos devido à falta de meios-blocos.
f) Perdas nos estoques: estão associadas à existência de estoques excessivos,
em função da programação inadequada na entrega dos materiais ou de erros
na orçamentação, podendo gerar situações de falta de locais adequados para
a estocagem dos mesmos. Também decorrem da falta de cuidados no
armazenamento dos materiais. Podem resultar tanto em perdas de materiais
quanto de capital, como por exemplo: custo financeiro dos estoques,
deterioração do cimento devido ao armazenamento em contato com o solo e
ou em pilhas muito altas.
g) Perdas
no
movimento:
decorrem
da
realização
de
movimentos
desnecessários por parte dos trabalhadores, durante a execução das suas
atividades. São exemplos deste tipo de perda: tempo excessivo de
movimentação entre postos de trabalho ou o esforço excessivo do
trabalhador.
h) Perdas pela elaboração de produtos defeituosos: ocorrem quando são
fabricados produtos que não atendem aos requisitos de qualidade
especificados. Geralmente, originam-se da falta de integração entre o projeto
e a execução, das deficiências do planejamento e controle do processo
produtivo; da utilização de materiais defeituosos e da falta de treinamento dos
operários. Resultam em retrabalhos ou em redução do desempenho do
produto final, como, por exemplo: falhas nas impermeabilizações e pinturas,
descolamento de azulejos.
i)
Outras: existem ainda tipos de perdas de natureza diferente dos anteriores,
tais como roubo, vandalismo, acidentes, etc.
Por terem suas origens em disfunções dos processos produtivos, os sete
tipos de perdas normalmente são vinculados entre si, motivo pelo qual estas devem
ser atacadas de forma articulada e simultânea. Colombo e Bazzo (1999) afirmam
que, em todos os casos, a qualificação do trabalhador está presente como
importante elemento a ser considerado.
A origem das perdas pode estar tanto no próprio processo de produção
quanto nos processos que o antecedem como fabricação de materiais, preparação
dos recursos humanos, projeto, suprimentos e planejamento (FORMOSO et al,
1996). A Figura 4 apresenta um conjunto de exemplos de perdas, indicando a sua
natureza, origem e momento de incidência.
Figura 4 - As perdas segundo seu momento de incidência e sua origem.
Fonte: FORMOSO
et al, 1996.
As perdas podem ainda ser classificadas em aparentes (ou diretas) e de
natureza oculta (indiretas). Enquanto as diretas representam as “perdas que saem”
(entulho), as indiretas, que representam as “perdas que ficam”, podem ser
subdivididas em perdas por substituição, por imprevisão e por negligência. Quanto
às perdas há ainda que se aplicar um raciocínio de caráter mais econômico ao se
distinguir entre aquelas que são evitáveis das consideradas inevitáveis. Quanto a
este último aspecto é que se define o desperdício de materiais, que é considerado a
parcela de perdas evitáveis (SOUZA, 1994).
Vargas et al (1997) resume a classificação de perdas na Tabela 1 e traz um
exemplo para cada tipo de perda.
defeituosos
Elaboração de produtos
Processamento
Movimento
Transporte
Espera
FONTE: Vargas et al, 1997.
desempenho do produto final.
esperada. Acabam resultando em retrabalho ou redução de
Quando os produtos fabricados não atendem à qualidade
hora/homem, hora/máquina, elevando os custos.
elaboração, acarretando grandes perdas de: materiais, tempo,
projeto e a execução, tendo que parte desta ser desfeita.
Erro na estrutura devido à falta de integração entre o
e construtibilidade do projeto.
Retrabalho de uma determinada tarefa devido à falta de detalhamento
às condições ergonômicas desfavoráveis.
acabam trabalhando em excesso, com menor produtividade.
Erro na concepção do produto e/ou nas diversas etapas de sua
Maior esforço do operário para fazer uma determinada tarefa devido
estocagem e o de transformação.
Dispêndio de tempo no transporte de materiais entre o local de
determinado material.
Espera para fazer um determinado serviço devido a falta de um
Armazenamento de materiais na obra muito antes da sua utilização.
concretagem de uma laje.
Produção de volume de concreto acima do necessário para a
EXEMPLO
Quando o processo de trabalho não é adequado os operários
de materiais.
extras. Está associado ao manuseio excessivo e inadequado
Desperdício de tempo que não agrega valor e gera custos
quanto de equipamentos.
executados. Podem envolver tanto perdas de mão-de-obra
Produtos ou serviços em fila esperando para serem
entrega do material.
Estoque em excesso, devido a falha de programação na
Produção além do necessário de um determinado serviço.
Superprodução
Estoque
CONCEITO
TIPO DE PERDA
Tabela 1 – Tipos de perda segundo sua natureza, origem e incidência.
Existem métodos de intervenção para a redução de perda e de tempos
improdutivos em canteiros de obras. A realização dos diagnósticos pode envolver
indicadores de qualidade e de produtividade, como detalhados no capítulo a seguir
(SACOMANO et al, 2004).
2.4 INDICADORES DE PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Após ter conceituado e classificado as perdas na construção civil, e tendo se
detectado suas possíveis fontes, a próxima questão que surge, de acordo com
Souza (1994) é como avaliar as perdas? Segundo o autor uma alternativa á a
geração de indicadores de perdas. Tais indicadores são normalmente expressões
quantitativas que, com base em dados levantados a partir do processo construtivo,
permitem sua avaliação de uma maneira objetiva.
Os indicadores representam informações quantitativas ou qualitativas que
medem e avaliam o comportamento de diferentes aspectos do objeto do estudo. Seu
levantamento cria um sistema de informações que pode ser útil para ajudar no
processo de tomada de decisões (SOUZA, 1994). Neste estudo os indicadores
foram utilizados tanto para expressar quantitativamente a magnitude das perdas
quanto para discutir as razões para sua manifestação.
Devido ao importante papel de indicadores de desempenho cumprido pelos
indicadores de perdas, eles podem ser utilizados para diversos fins. Sua utilização
mais comum é a de dar visibilidade ao baixo desempenho da construção civil em
termos de qualidade e produtividade, permitindo o estabelecimento de prioridades
em programas de melhoria da qualidade, indicando os setores da empresa nos
quais intervenções são mais importantes e viáveis. Uma segunda função de um
indicador é estabelecer o controle de um processo em relação a um padrão
estabelecido (ROSÁRIO, 2008).
Este controle é feito a partir da elaboração de um planejamento que inclui o
monitoramento de um indicador ao longo do tempo, permitindo a avaliação do
desempenho do processo, identificando desvios e corrigindo, em tempo hábil, as
causas dos mesmos. Uma terceira função é o de estabelecer metas ao longo de um
processo de melhorias, sendo indispensável num programa de melhoria da
qualidade, permitindo a identificação das oportunidades de melhorias e a verificação
dos impactos causados por intervenções no processo (FORMOSO, et al 1996).
Os índices de perdas cumprem um importante papel de indicadores de
desempenho dos processos produtivos e, como tal, podem ser empregados para
diferentes finalidades. A utilização mais comum dada aos índices de perdas de
materiais na construção civil tem sido apenas chamar a atenção para o baixo
desempenho global do setor construção em termos de qualidade e produtividade
(FORMOSO et al, 1996).
Formoso et al (1996) afirma que um indicador pode ter a função de visibilidade,
ou seja, demonstrar o desempenho atual de uma organização, indicando seus
pontos fortes ou fracos ou chamando a atenção para suas disfunções. Este tipo de
avaliação permite estabelecer prioridades em programas de melhoria da qualidade,
indicando os setores da empresa nos quais intervenções são mais importantes ou
viáveis.
Ainda para o autor, a segunda função de um indicador é o controle de um
processo em relação a um padrão estabelecido. A partir da elaboração de um
planejamento, o monitoramento de um indicador ao longo do tempo permite avaliar o
desempenho do processo, identificando desvios e corrigindo a tempo as causas dos
mesmos. Ou seja, um indicador é um instrumento indispensável para o
estabelecimento de metas ao longo de um processo de melhoria contínua,
componente indispensável de um programa para melhoria da qualidade. Este tipo de
medição visa a identificar as oportunidades de melhorias e verificar o impacto de
intervenções no processo.
Finalmente, os indicadores de desempenho cumprem um papel de fundamental
na motivação das pessoas envolvidas no processo. Sempre que uma melhoria está
sendo implantada é importante que um ou mais indicadores de desempenho
associados à mesma sejam monitorados e sua evolução amplamente divulgada na
organização. Neste sentido, um projeto de melhoria visando à redução de perdas de
materiais poderia inclusive ser empregado como um instrumento de marketing
interno para um programa da qualidade (FORMOSO et al, 1996).
Assim, a incidência de perdas deve ser monitorada através de diversos
indicadores, os quais podem ou não ser relacionados ao desperdícios de materiais.
Entre os diversos indicadores de perdas na construção civil, podem ser citados
como exemplos os seguintes:
(a)
Percentual de material adquirido em relação à quantidade teoricamente
necessária;
(b)
Espessura média de revestimentos de argamassa;
(c)
Tempo de rotação de estoques;
(d)
Percentual de tempos improdutivos em relação ao tempo total, horashomem gastas em retrabalho em relação ao consumo total, etc. Cada
processo, em geral, necessita de um ou mais indicadores para ter o
seu desempenho avaliado.
Quando se mede um indicador de perdas é necessário ter valores de referência
ou benchmarks para avaliar o desempenho em relação a outras empresas. Neste
sentido, ao se divulgar um indicador de perdas, deve-se explicitar claramente o seu
significado, isto é, o conceito adotado e o método de cálculo e os critérios de
medição utilizados. É também necessário identificar as causas reais (não as
aparentes) dos problemas que resultam em perdas, de forma a atuar de forma
corretiva (FORMOSO et al, 1996).
Souza (1994) propõe que os indicadores de perdas podem ser compostos de
diversas maneiras. Na maior parte das vezes se definirá uma situação de referência,
se quantificará a situação real, e o indicador será constituído por uma relação
percentual da discrepância da situação real com relação à de referência, como
demonstrado na equação abaixo:
IND (%) = SREAL – SREF x 100
SREF
Onde: IND = indicador de perdas, SREAL = situação real, SREF = situação de
referência.
O autor ainda afirma que os indicadores podem ter caráter mais abrangente,
sendo então chamados de “globais”, ou mais específico, sendo denominados
“parciais”. Os indicadores de perdas podem ser utilizados de diversas maneiras:
para comparação relativa entre situações semelhantes em obras diferentes; para
avaliação e como subsídio para correção de indicadores de orçamento; para
comparação entre diferentes “tecnologias”; etc. (SOUZA, 1994).
Agopyan et al (2003) afirma que os indicadores de perdas e consumos de
materiais podem ser classificados segundo a sua abrangência, que está relacionada
ao escopo do fluxograma elaborado e à natureza do material estudado. Esse
aspecto fica evidenciado ao se compararem, por exemplo, o estudo das perdas do
cimento e o do concreto usinado. Enquanto o fluxograma dos processos relativo ao
segundo material contempla as etapas de recebimento, transporte e aplicação, o do
primeiro contém, além destas etapas, a de estocagem e processamento
intermediário para a conformação de uma argamassa ou concreto produzidos em
obra.
De acordo com o autor, além desse fato, a argamassa, a qual possui cimento em
sua constituição, pode ser utilizada em vários serviços simultaneamente. A partir de
tais especificidades, a mensuração das perdas e consumos de materiais pode ser
feita levando-se em consideração todas as etapas do fluxograma dos processos ou,
ainda, levando-se em consideração apenas parte do mesmo. Isso significa dizer que
se pode estabelecer indicadores abrangentes ou específicos, denominados,
respectivamente, no presente trabalho, de globais e parciais.
Os indicadores globais podem expressar os valores de perdas de um
determinado material na obra como um todo, apenas em um serviço ou, ainda,
apenas nas etapas subseqüentes à sua estocagem. Tal abrangência depende da
complexidade do fluxograma dos processos, conforme exemplificado anteriormente.
Nesse sentido, define-se indicador parcial como a expressão dos valores de
consumo ou perda de materiais associados apenas a uma etapa do fluxograma dos
processos. A expressão dos valores das perdas e consumos associada a mais de
uma etapa do fluxograma dos processos denomina-se indicador global (AGOPYAN
et al, 2003). O indicador global pode ainda ser classificado em:
(a)
Indicador global de perda de material por obra: consiste na expressão
da perda total considerando o uso do material em todos os serviços
executados durante o período de coleta, como, por exemplo, a perda
de cimento em toda a obra;
(b)
Indicador global de perda ou consumo de material por serviço: consiste
na expressão da perda ou do consumo de material num único serviço,
abrangendo desde a etapa de recebimento até a de aplicação final,
como, por exemplo, a perda de bloco no serviço de alvenaria ou o
consumo de blocos por metro quadrado de alvenaria executada;
(c)
Indicador global de perda ou consumo de material por serviço pósestocagem: consiste na expressão do valor da perda ou de consumo
de
material
considerando
apenas
as
etapas
do
fluxograma
subseqüentes ao estoque. Por exemplo, o caso das perdas de cimento
no serviço de contrapiso, ou o consumo de cimento por metro
quadrado de revestimento interno (emboço).
3. MÉTODOS DA PESQUISA
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa a respeito da avaliação dos índices de
desperdícios de materiais na construção de edificação para uso público. Para tanto, foi
realizado um estudo de caso em uma obra de edificação a ser utilizada como templo
religioso na cidade de Feira de Santana - Ba.
3.1 TIPO DE ESTUDO
Metodologicamente este trabalho caracteriza-se por ser um estudo de caso que
segundo Yin (2005), representa uma investigação empírica que pesquisa um fenômeno
contemporâneo dentro do seu contexto da vida real e que compreende um método
abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de dados. O estudo de
caso de acordo Silva (2001) é quando uma pesquisa envolve o estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento acerca do tema estudado.
Esta pesquisa monográfica consiste de um estudo de caso do tipo descritivo, que
consiste na análise e descrição de características ou propriedades, ou ainda das relações
entre estas propriedades em determinado fenômeno. Assim, para sua elaboração foram
coletados e analisados dados através do levantamento de dados em uma obra de
edificação na cidade de Feira de Santana; através da aplicação de planilhas para
avaliação e quantificação dos índices de perdas reais existentes no canteiro de obra.
De acordo com Roesch (1996), neste tipo de projeto, é feita a realização de
uma avaliação formativa, cujo propósito é melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou
processos. A avaliação formativa normalmente implica um diagnóstico do sistema
atual e sugestões para sua reformulação; por isso requer certa familiaridade com o
sistema, e idealmente, a possibilidade de implementar mudanças sugeridas e
observar seus efeitos. Este trabalho se restringiu apenas a diagnosticar as causas e
inibidores das perdas dos materiais estudados na obra, não sendo possível a
aplicação das mudanças sugeridas afim de minimizar os índices de perdas.
Inicialmente foi necessário realizar uma revisão bibliográfica utilizando-se livros,
artigos e informações de sites oficias a fim de fundamentar o tema teoricamente. A
pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos, caracterizando a pesquisa exploratória, que,
de acordo com Gil (2007), tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema em pesquisa, com vistas a torná-lo mais explícito e que na maioria dos casos
assume a forma de pesquisa bibliográfica.
Como se fez necessário efetuar a análise de dados da obra em estudo, este
trabalho consistiu de uma pesquisa documental que segundo Lakatos e Marconi (2006),
caracteriza-se por ser uma pesquisa em que a fonte de coleta de dados está restrita a
documentos escritos ou não. Para contemplar de forma mais completa a coleta dos dados
durante a realização do estudo foi realizada uma entrevista com o engenheiro
responsável pela execução e acompanhamento da obra, visando avaliar o retorno
da pesquisa para a empresa e para a obra e obter informações sobre precauções e
metodologias utilizadas para o controle de desperdícios.
A ferramenta básica de coleta de dados considerada na elaboração desta
metodologia consistiu na observação crítica do uso dos materiais ao longo das etapas
percorridas pelos mesmos, desde sua chegada até a sua aplicação final, no canteiro da
obra em estudo. Mesmo tendo acompanhado todas as etapas de processamento dos
materiais em estudo, os indicadores mensurados neste trabalho são apenas de caráter
global, procurando estabelecer números relativos a um conjunto de etapas percorridas por
estes materiais. No entanto, algumas verificações foram feitas na tentativa de indicar
possíveis causadores de perda em algumas etapas do processo, como por exemplo,
variações de espessura de laje e contra-piso, e variações de largura de vigas.
Para a obtenção das informações quantitativas elaborou-se um conjunto de
planilhas (instrumento de coleta de dados), e para a obtenção de informações qualitativas
utilizou-se planilhas de caracterização de serviços da pesquisa Alternativas para a
Redução do Desperdício de Materiais em Canteiros de Obras conforme Agopyan
et.al.(1998), garantindo assim a padronização do estudo. Todas as ações necessárias
para a aplicação da metodologia assim como os principais instrumentos de coleta de
dados serão descritos no decorrer deste capítulo.
3.2 ETAPAS DA PESQUISA
A pesquisa foi divida em oito etapas, primeiro foi realizada a identificação da
empresa e da obra, onde foi desenvolvido o estudo de caso, também foi realizada a
escolha dos materiais a serem analisados, a caracterização dos serviços, o levantamento
quantitativo em projeto dos serviços em estudo, o controle de recebimento de material (a
coleta dos dados ,consumo real dos materiais), e por último a analise dos dados para
mensuração das perdas.
3.2.1 Identificação da empresa e da obra
A empresa onde foi desenvolvido o estudo de caso foi fundada em 1998, e é
uma empresa de engenharia especializada principalmente na área de edificações. É
uma empresa de médio porte segundo os critérios SEBRAE, composta atualmente
de 288 funcionários com carteira assinada, e mais de 10 empresas terceirizadas.
Possui aproximadamente 55.000,00 m² construídos, e conta atualmente com quatro
obras em andamento.
Possui os níveis de certificação de qualidade, QUALIOP, PBPQH, ISSO 9001.
A empresa trabalha com construções de edificações para terceiros, principalmente
em obras comerciais e hospitalares, iniciando também em construção de
condomínios residenciais.
A obra consiste na construção de uma edificação de dois pavimentos a ser
usada como templo religioso com aproximadamente 5000 m² construídos, o que
inclui um auditório para 3 mil pessoas, aqui neste trabalho denominado como nave,
um anexo de fundo onde se encontra toda a área administrativa, um anexo lateral
com escolas divididas por faixa etária no pavimento térreo e apartamentos no
pavimento superior, conforme croquis 01, 02 Anexo E. Possui atualmente 105
funcionários registrados pela própria empresa, e com oito empresas terceirizadas
para serviços especializados como refrigeração, sonorização, cobertura em estrutura
metálica, forro em gesso acartonado e fibra mineral e circuito fechado de televisão,
com 30 funcionários no total.
É uma obra de tecnologias convencionais, com vedações em alvenaria de
bloco cerâmico, estrutura em concreto armado moldado no local e cobertura em
estrutura metálica e telha metálica. Todo transporte horizontal é feito a mão ou com
carrinho de mão, e o transporte vertical é feito a mão ou com carrinho de mão
através de rampas, ou por roldanas e guinchos foguetes.
3.2.2 Materiais investigados
A escolha dos materiais analisados foi definida de acordo com os critérios
listados abaixo:
Período de estudo: o material a ser avaliado deveria estar em execução no
período em que foi realizada a coleta de dados;
Grau de significância (Custo): optou-se por estudar os materiais que
incorporassem mais valores a obra, obedecendo à ordem decrescente da curva de
insumos ABC;
Índices de perdas já estudados e relevantes: os materiais também foram
escolhidos dando-se preferência aos materiais que supostamente tivessem índices de
perdas relevantes, os quais já foram sido estudados e mensurados por Skoyles (1976) na
Inglaterra, por Pinto (1989), Picchi (1993), Soibelman (1993) e Agopyan (1998) no Brasil e
pela Hong Kong Polytechnic (1993).
Os materiais analisados neste estudo foram: bloco cerâmico, concreto usinado,
placa cerâmica e contrapiso usinado que serão descritos abaixo.
3.2.2.1 Bloco cerâmico
Na obra em estudo, existia especificação de três diferentes tipos de bloco
cerâmico. O bloco de 9 x 19 x 24cm foi utilizado para vedação interna, o bloco de
11,5 x 19 x 24 foi utilizado para vedações externas e o bloco de 14 x 19 x 24cm para
a vedação de nave. Foram analisados todos os tipos de blocos, desde o início até o
final do levante.
3.2.2.2 Concreto usinado:
Foi estudado neste estudo o lançamento de concreto usinado bombeável 25
Mpa, com abatimento do tronco de cone 100-+ 10mm em vigas e lajes, não sendo
avaliado o índice de perda na concretagem de pilares, o motivo pelo qual será
comentado no tópico 3.3.2.2 (cálculo da quantidade executada).
3.2.2.3 Placas cerâmicas
O revestimento cerâmico utilizado em obra foi em maior parte para piso, e nos
cômodos com áreas molhadas também foi analisado o revestimento em paredes. As
placas cerâmicas analisadas neste trabalho foram, para paredes, cerâmica 31 x
31cm, e para piso, cerâmica 41 x 41cm. Não foi possível estudar toda aplicação de
cerâmica da obra, o detalhamento do motivo para tal acontecimento será explicado
no tópico 3.3, intitulado de critérios de medição.
3.2.2.4 Contrapiso usinado
Consiste em uma argamassa de regularização para posterior assentamento
cerâmico. Toda argamassa de contrapiso utilizado na obra em estudo foi usinada,
constituído de, cimento e areia lavada na proporção 1:4.
3.2.3 Caracterização dos serviços
Para obtenção de uma análise qualitativa, aplicou-se para cada material
estudado, uma ficha de verificação de serviços obtida da pesquisa “Alternativas para
a Redução do Desperdício de Materiais em Canteiros de Obras” conforme Agopyan
et.al.(1998). Os serviços e materiais avaliados na obra serão descritos no tópico
referente ao detalhamento dos critérios de medição utilizados no presente estudo.
3.2.4 Levantamento quantitativo dos serviços em projeto
Este procedimento nada mais foi do que a realização dos cálculos de um
consumo referência baseada em informações de projeto. Vale salientar que não foi
investigada aqui a perda que pode existir desde a execução do projeto, que diz
respeito à perda por super dimensionamento.
3.2.5 Controle de recebimento de material
Os materiais selecionados para realização do estudo não sofriam nenhum
processamento intermediário, apenas duplo manuseio devido a estocagem em
locais provisórios e recortes necessários para adequações em blocos e placas
cerâmicas, assim sendo, da mesma forma que os materiais eram recebidos na obra
destinavam-se a sua aplicação final. Nesta pesquisa o controle de recebimento de
material diz respeito tanto a uma análise qualitativa e quantitativa. Este item será
mais detalhado no tópico critérios de medição, análise quantitativa e análise
qualitativa.
3.2.6 Análise dos resultados
Esta fase do estudo consistiu basicamente em avaliar os resultados
encontrados, mensurando as perdas verificadas no canteiro de obras, as quais
foram obtidas através da relação entre a variação do consumo executado e o
consumo teórico, dividida pelo consumo teórico.
3.2.7 Entrevista
Foi elaborada uma entrevista semi-estruturada com o objetivo de identificar o
aproveitamento da pesquisa tanto para a empresa como para a obra em estudo. A
entrevista foi realizada com o engenheiro residente, que acompanhou passo a
passo o andamento da pesquisa.
3.2.8 Levantamento de causas e proposição de diretrizes
Esta fase da pesquisa foi, possivelmente, a mais importante do trabalho.
Consistiu, depois de mensuradas as perdas, na caracterização das possíveis causas
de perdas de materiais, bem como da elaboração de um conjunto de diretrizes que
visaram a redução das mesmas a patamares aceitáveis. Os valores encontrados foram
comparados com os existentes na teoria, na tentativa de obtenção de valores
razoavelmente
próximos. Paralelamente
a
todas
as
etapas
da
pesquisa,
principalmente nas verificações dos serviços, foram feitos registros fotográficos.
3.3 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
O critério utilizado para a medição das perdas de materiais foi elaborado
através da comparação entre o consumo real e a quantidade teoricamente
necessária para a realização dos serviços estudados no decorrer da pesquisa.
3.3.1 Análise qualitativa
3.3.1.1 Caracterização dos serviços
Foram extraídas da pesquisa Alternativas para a Redução do Desperdício de
Materiais em Canteiros de Obras conforme Agopyan et.al.(1998), as planilhas para
verificação dos serviços. Estas visam caracterizar o tipo de mão de obra
empregada, o transporte desde o recebimento até a aplicação, e todo processo
executivo. Tais verificações denotam suas importâncias no momento das
discussões sobre as possíveis causas de perdas, como também na elaboração do
conjunto de diretrizes para redução das mesmas. As planilhas de verificação de
serviços encontram-se preenchidas no, Anexo A - Bloco cerâmico- planilha 01 e
01.1; Anexo B - Revestimento cerâmico- planilha 01, 01.1 e 01.2; Anexo C Concreto usinado - planilha 01 e 01.1 e Anexo D - Contrapiso usinado - planilha 01.
3.3.2 Análise quantitativa
3.3.2.1 Cálculo da quantidade de serviço
Para definir o consumo teoricamente necessário tomaram-se como base as
especificações do projeto da obra em estudo e o orçamento realizado pela empresa.
3.3.2.2 Calculo da quantidade executada
Como os materiais escolhidos para o estudo foram materiais que não sofrem
nenhum processamento intermediário dentro da obra (ex: o cimento que é utilizado
em argamassa de assentamento, reboco, emboço entre outros), seu fluxograma
consiste somente em: recebimento, armazenamento, transporte e execução. O
consumo real foi obtido a partir do controle quantitativo do material recebido
segundo planilhas 04, 04, 08 e 05 nos Anexos A,B,C e D respectivamente.
Conforme explicado no tópico 3.2.2 Materiais investigados, foram estudados
três blocos cerâmicos na obra, pois para cada ambiente existia uma especificação
determinada. A análise do bloco cerâmico foi completa, pois, a atividade de levante
de alvenaria encaixou-se no mesmo período da coleta de dados.
Mesmo não tendo sido concluída a utilização das placas cerâmicas na obra
em estudo, em tempo hábil para realização do estudo de caso, foi realizada a
quantificação dos índices de perdas de placas cerâmicas. Tal fato só foi possível
porque, percebido pelo observador que todo o material não seria concluído no
período da pesquisa, criou-se uma planilha de requisição de materiais (Anexo B,
planilha 09), na qual consta a descrição do material, quantidade, unidade e local de
destinação, sendo assim possível a verificação de consumo real utilizado em cada
ambiente na obra em estudo.
Como mencionado no tópico materiais investigados, o estudo quantificou as
perdas apenas em vigas e lajes. Isso se deve ao fato de que as concretagens de
pilares eram muitas vezes realizadas com concreto dosado em obra, e na ausência
do observador tal material não era quantificado corretamente, perdendo assim o
grau de confiabilidade dos dados. Outro fato que levou a se optar por não estudar
perda de concreto em pilares foi que durante o levantamento bibliográfico verificouse em alguns estudos de caso que, este tipo de serviço não gera perda significativa.
O início da pesquisa deu-se após as datas de concretagem das vigas e lajes
do pavimento superior, porém foi possível o controle do consumo real do material
utilizado porque o observador estava presente nessas atividades e realizava um
mapa de concretagem, tendo assim o volume realmente utilizado nas peças
analisadas.
Foi analisado apenas o contrapiso do pavimento térreo, pois não houve tempo
hábil durante a pesquisa para avaliar todo volume que seria utilizado na obra. Sendo
apenas avaliado o contrapiso do pavimento térreo, sabe-se que este índice não
pode ser representativo para toda a obra, pois, o trajeto do contrapiso para o
pavimento superior é maior, e o transporte é decomposto em duas partes (vertical e
horizontal).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Numa pesquisa de caráter qualitativo, de acordo com Roesch (1996) o
pesquisador, ao encerrar sua coleta de dados, se depara com uma quantidade
satisfatória de dados a serem analisados. De acordo com ele, o pesquisador deve
buscar utilizar meios que possam facilitar a análise desses dados buscando seguir
padrões da análise quantitativa descritas na metodologia adotada na pesquisa. E,
para alguns autores, uma das formas de apresentar resultados, pode ser através de
planilhas.
A avaliação dos dados, no presente trabalho, consistiu basicamente na
aplicação da metodologia descrita para esse estudo. Foram avaliadas placas
cerâmicas, concreto, contrapiso e bloco cerâmico. Tomando-se como referência o
Projeto de Pesquisa FINEP, Agopyan et. al (1998), que foi até a presente data a
maior e mais completa pesquisa já realizada nesta área, tendo assim um maior grau
de confiabilidade para servir de parâmetro comparativo, os índices encontrados
nesta pesquisa foram aceitáveis quando comparados com os previstos na literatura,
exceto bloco cerâmico que apresentou um alto índice de desperdício, conforme
Tabela 2 abaixo.
Tabela 2 – Comparação dos índices de perdas em diferentes estudos.
Tabela comparativa: perdas de materiais detectadas por este estudo e
por outras fontes
ESTUDO
DE CASO
FINEP
1998
SOIBELMAN
(1993)
PINTO
(1989)
SKOYLES
(1976)
Média
Média
Média
Média
Média
CONCRETO
USINADO
9,75
9
13
1
5
2
BLOCO
CERÂMICO
31,1
17
52
13
8,5
3 a 10
15,44
16
-
-
3
5 a 10
2,79
16
-
-
3
5 a 10
PLACA
CERÂMICA
31x31cm,
PAREDES
6,36
16
-
-
3
5 a 10
CONTRAPISO
USINADO
15,88
79
-
-
-
-
MATERIAIS
PLACA
CERÂMICA
41x41cm,
PISO
PLACA
CERÂMICA
31x31cm,
PISO
TCPO*
*Tabela de composição de preço de obras-PINI.
A avaliação para cada material em estudo segue descrita abaixo.
4.1 PLACAS CERÂMICAS
Foram estudados na pesquisa três diferentes tipos de placas cerâmicas
utilizadas em pisos e paredes. Os resultados encontrados foram bastante
divergentes, não se podendo tomar uma média como um valor representativo para o
índice de perda de placas cerâmicas nesta obra. Os resultados encontrados foram
aceitáveis e esperados conforme previsto na literatura, com exceção do piso
41x41cm que apresentou um alto índice de desperdício. A Tabela 3 apresenta os a
análise dos dados referentes a avaliação do piso cerâmico 41x41cm.
Tabela 3 - Avaliação de placas cerâmicas 41 x 41cm, em piso.
Avaliação da Placa Cerâmica 41x41cm (piso interno)
SERVIÇO - Revestimento cerâmico piso interno - placas cerâmicas - com conferência
da quantidade recebida.
MATERIAL - Placa cerâmica 41x41cm
INDICADOR GLOBAL DE PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
Diferença entre a quantidade
paga e recebida
15,44%
0,00%
INDICADORES PARCIAIS
Percentagem de peças
cortadas no piso
23,45%
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Dimensão nominal 41x41cm, real 41,75x41,75cm, espessura da junta: teórica 3mm, real 5mm.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Para piso cerâmico foram estudados dois tipos: 41x41cm e o 31x31cm. Para
o material com dimensões 41x41cm verificou-se um índice de perda elevado
(15,44%), em relação aos outros verificados na mesma obra. Dois fatos podem ser
apontados como possíveis causas para estes índices. Primeiro, existia-se uma
paginação para piso cerâmico de 31x31cm, porém o fabricante não possuía estoque
do produto, e não iria fabricar a quantidade necessária em tempo hábil estabelecido
pela empresa, de modo a não comprometer o prazo de entrega da obra.
Devido a este fato, em reunião empresa e cliente, fora decidida a mudança de
especificação do piso cerâmico para um de características semelhantes só que em
dimensões diferentes, em 41x41cm. Sendo assim toda a paginação que tinha sido
desenvolvida, visando o melhor aproveitamento das placas, para o piso de 31x31cm
foi abortada e obedecido apenas o início do assentamento. Não havendo um estudo
prévio para o piso 41x41cm, o excesso de recortes das placas foi provavelmente a
principal causa das perdas deste material, assim a substituição do produto acabou
gerando, conforme Shingo (1996) uma perda por processamento em si. O outro fato
que pode ter levado ao alto índice foi execução em alguns ambientes com
assentamento em juntas diagonais, que resulta em mais cortes conseqüentemente
mais perdas.
Figura 5 – Piso cerâmico 41x41cm - Assentamento com juntas diagonais.
Piso cerâmico 31x31cm utilizado como acabamento em tabeiras
(encontro da parede com o piso).
Fonte: AUTOR.26.11.2009
A Tabela 4 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação piso
cerâmico 31 x 31cm.
Tabela 4 - Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em piso.
Avaliação da Placa Cerâmica 31x31cm (piso interno)
SERVIÇO - Revestimento cerâmico piso interno - placas cerâmicas - com conferência da
quantidade recebida.
MATERIAL - Placa cerâmica 31x31cm
INDICADOR GLOBAL DE PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
2,79%
Diferença entre a
quantidade paga e
INDICADORES PARCIAIS
0,00%
recebida
Percentagem de peças
cortadas no piso
3,47%
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Dimensão nominal 31x31cm, real 31,05x31,05cm, espessura da junta: teórica 3mm, real
3mm.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Na avaliação do piso cerâmico de 31x31cm verificou-se baixo índice de perda
(2,97%). O valor muito baixo da taxa de desperdício é facilmente justificado pelo fato
de que este piso era apenas decorativo, usado como tabeira, cuja dimensão
coincidia com a da placa cerâmica, havendo assim poucos cortes neste material. A
Tabela 5 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação da parede
cerâmico.
Tabela 5 – Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em parede interna.
Avaliação da Placa Cerâmica 31x31cm (parede interna)
SERVIÇO - Revestimento cerâmico parede interna - placas cerâmicas - com conferência
da quantidade recebida.
MATERIAL - Placa cerâmica 31x31cm
INDICADOR GLOBAL DE
PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
6,36%
Diferença entre a
quantidade paga e
INDICADORES PARCIAIS
0,00%
recebida
Percentagem de peças
cortadas nas paredes
17,66%
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Dimensão nominal 31x31cm, real 31,05x31,05cm, espessura da junta: teórica 3mm, real
3mm.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Dentre as placas cerâmicas estudadas, a cerâmica 31x31cm usada em
revestimento para paredes, apresentou o índice de perda mais coerente, 6,36%,
situando-se abaixo em relação aos previstos na literatura (conforme comparativo da
tabela 2 no início deste capítulo). Isto pode estar atrelado aos seguintes fatores: o
material era adequadamente estocado, a empresa verificava todo material recebido
pagando somente o que fora pedido, não havendo assim diferença entre a
quantidade paga e recebida, a construção estava em esquadro havendo assim uma
organização nos cortes.
4.2 CONCRETO USINADO
Mesmo sendo um material com elevado custo unitário, foi constatado um nível
de perda de concreto usinado relativamente alto na obra estudada. Verificou-se que
as perdas, da mesma forma que no estudo de Soibelman (1993), foram ocasionadas
principalmente pelas variações dimensionais (Anexo C - Concreto usinado, planilhas
02, 03, 04, 05, 06 e 07) dos elementos estruturais, mais precisamente nas lajes, que
devido à sua forma e ao elevado volume de material envolvido, ficou evidenciado
que até mesmo pequenos aumentos na espessura acarretam grandes acréscimos
no consumo total de concreto, caracterizando, segundo Shingo (1996) perda por
superprodução.
Figura 6 - Vista da laje nivelada com mestras de madeira, provável causador
de variação de espessura
Fonte: AUTOR. 15.07.2009
Figura 7 - Acabamento da superfície da laje com régua de alumínio.
Fonte: AUTOR.15.07.2009
A Tabela 6 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação do
concreto usinado.
Tabela 6 – Avaliação do concreto usinado.
Avaliação do Concreto Usinado
SERVIÇO - Estrutura de concreto - lançamento, cocreto usinado, com projeto
específico, bombeado, formas de madeira, cimbramento de madeira, nivelada com
mangueira de nível.
MATERIAL - Concreto usinado 25MPa, slump 100 + 10mm
INDICADOR GLOBAL DE PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
9,75%
Diferença entre a
quantidade paga e a
_
recebida
Variação da espessura
INDICADORES PARCIAIS
real média da laje em
2,40%
relação à de referência.
Variação da largura real
média da viga em relação
1,10%
à de referência.
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
1 m³/m³ de forma
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Outros fatores secundários podem ser apontados como causadores de
perdas:
- O material não era cubado no recebimento, podendo ter havido diferença
entre a quantidade paga e recebida;
- Algumas concretagens ultrapassavam o expediente normal e os planos de
concretagens secundárias não possuíam infra-estrutura (iluminação, equipe)
adequada para a execução do serviço;
- Derramamento do concreto das formas durante a concretagem, em função
de imperfeições das formas de madeiras;
- Descuido da mão de obra com a execução.
Figura 8 - Concreto usinado lançado através de bomba-lança (não havendo
qualquer conferência do volume recebido).
Fonte: AUTOR.15.07.2009
4.3 CONTRAPISO USINADO
Analogamente ao concreto, o índice de perda de revestimento argamassado
para contrapiso está principalmente relacionado ao excesso de espessura em
relação à dimensão especificada (Anexo D - Contrapiso usinado, planilha 03 e 04).
Este serviço também já foi abordado em estudos anteriores (Pinto, 1989; Soibelman,
1993) e verificou-se que estes números apontam para um problema crônico deste
processo. Muitas das causas de variação de espessura de contrapiso estão
relacionadas a problemas em atividades predecessoras, como deformação de lajes,
caracterizando, de acordo com Shingo (1996) perda por superprodução. Ver Figura
9.
Figura 9 - Aplicação de contrapiso em argamassa de cimento usinada
(acabamento e nivelamento executados com régua de alumínio)
Fonte: AUTOR.09.09.2009
A Tabela 7 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação do
contrapiso usinado.
Tabela 7 – Avaliação do contrapiso em argamassa de cimento usinada.
Avaliação do Contrapiso em argamassa de cimento Usinada
SERVIÇO - Contrapiso; argamassa usinada, sem projeto específico, nivelada por
mangueira de nível.
MATERIAL - Argamassa usinada de cimento e areia lavada, traço 1:4.
INDICADOR GLOBAL DE
PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
15,88%
Variação da espessura
média do contrapiso à de
9,97%
refenrência
INDICADORES PARCIAIS
Variação entre a
quantidade paga e a
0,00%
recebida
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Espessura de 3cm, resultando em um consumo de 0,03m³/m², especificado pelo
Engenheiro responsável pela obra.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Na obra em estudo verificou-se um aumento da espessura do contrapiso
devido a atualizações e surgimento de novos projetos, principalmente instalações
elétrica e hidráulica, que necessitavam passar pelo piso, demolindo parte do
revestimento e forçando um aumento de espessura para cobrir as tubulações.
Outro fator também importante é o erro de nível, pois acaba gerando
enchimentos e demolições. Alguns fatores secundários podem ser citados como
causadores de perdas:
- Falta de controle da quantidade recebida;
- Falta de qualificação da mão de obra;
- Transporte horizontal por carrinho de mão, e transporte vertical por baldes
suspensos por cordas.
4.4 BLOCO CERÂMICO
Dentre as principais causas das perdas de bloco cerâmico destacam-se a
utilização de equipamentos de transporte inadequados (carrinhos de mão), que
permitem a queda e muitas vezes a quebra de um número elevado de unidades; a
falta de controle da quantidade recebida; a altura exagerada das pilhas, que por
vezes superam três metros, acarretando quebras devido a quedas e esmagamentos.
Porém, um outro fator que levou a obra o obter um alto índice de desperdício deste
material foi a mudança de especificação dos tipos de blocos, no decorrer da
execução da alvenaria.
Na obra foram analisados três tipos de blocos (9x19x24cm, 11,5x19x24 cm e
14x19x24cm). O bloco de 9x19x24cm foi utilizado para vedação interna e paredes
duplas. O bloco de 11,5x19x24cm foi utilizado para vedações externas com paredes
simples, e inicialmente em vedações com paredes duplas, junto ao bloco de 9cm. O
bloco de 14x19x24cm foi utilizado para vedações externas da nave em paredes
simples e vedações em paredes duplas junto com o bloco de 9x19x24cm. As
Tabelas 8, 9 e 10 apresentam a análise dos dados referentes a avaliação de cada
um desses blocos.
Tabela 8 – Avaliação do bloco de 9x19x24cm.
Avaliação do bloco cerâmico 09x19x24cm
SERVIÇO - Alvenaria (m²), bloco cerâmico, sem projeto específico de alvenaria, sem
conferência da quantidade recebida, local de estocagem plano, transporte com carrinho
de mão, corte dos blocos com maquita.
MATERIAL - Bloco cerâmico, retangular vazado, não segmentáveis, 06 furos, não
passantes, sem função estrutural, 09x19x24cm.
INDICADOR GLOBAL DE
PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
27,60%
Diferença entre a
quantidade paga e a
____
recebida
INDICADORES PARCIAIS
Percentual de blocos
quebrados no
1,34%
recebimento
Percentual de blocos
cortados nas paredes
7,34%
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Para o índice global de perdas de bloco, foram adotados espessuras de juntas
nominais, H=2,0cm e V=0,0cm e as dimensões nominais dos blocos.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
O alto índice de perda deste tipo de bloco pode ser explicado devido ao fato
deste ter sido o material de maior volume dentre os blocos e que mais sofria
decomposição em seu transporte. Por ser usado em vedações internas foi o que
sofreu mais recortes para amarração, abertura de portas e arestas de paredes,
caracterizando, segundo Shingo (1996), perda pelo processamento em si.
Tabela 9 – Avaliação do bloco de 11,5x19x24cm.
Avaliação do bloco cerâmico 11,5x19x24cm
SERVIÇO - Alvenaria (m²), bloco cerâmico, sem projeto específico de alvenaria, sem
conferência da quantidade recebida, local de estocagem plano, transporte com carrinho
de mão, corte dos blocos com maquita.
MATERIAL - Bloco cerâmico, retangular vazado, não segmentáveis, 06 furos, não
passantes, sem função estrutural, 11,5X19X24cm.
INDICADOR GLOBAL DE
PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
34,42%
Diferença entre a
quantidade paga e a
____
recebida
INDICADORES PARCIAIS
Percentual de blocos
quebrados no
0,96%
recebimento
Percentual de blocos
cortados nas paredes
6,13%
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Para o índice global de perdas de bloco, foram adotados espessuras de juntas
nominais, H=2,0cm e V=1,0cm e as dimensões nominais dos blocos.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Conforme esclarecido de forma breve no início deste tópico, o bloco cerâmico
de 11,5x19x24cm foi utilizado em vedações externas com paredes simples e seria
utilizado também em vedações com paredes duplas, porém com a mudança de
especificação do projetista fora decidido que as paredes duplas seriam executadas
com o bloco de 14x19x24cm. Neste período grande parte de todo o bloco cerâmico
já se encontrava estocado no canteiro da obra, sendo possível modificar somente os
cinco últimos pedidos do material, deixando assim o bloco de 11,5x19x24cm ocioso,
caracterizando, segundo Sacomano et al (2004), sua perda por substituição e por
estoque. Outro fator que acabou acarretando o maior índice de perda para este tipo
de bloco foi a sua utilização para vedações externas, subindo através de roldanas e
sofrendo muitos recortes para abertura de vãos de esquadrias, o que caracterizou ,
conforme Shingo (1996) sua perda por transporte e pelo processamento em si.
Tabela 10 – Avaliação do bloco de 14x19x24cm.
Avaliação do bloco cerâmico 14x19x24cm
SERVIÇO - Alvenaria (m²), bloco cerâmico, sem projeto específico de alvenaria, sem
conferência da quantidade recebida, local de estocagem plano, transporte com carrinho
de mão, corte dos blocos com maquita.
MATERIAL - Bloco cerâmico, retangular vazado, não segmentáveis, 06 furos, não
passantes, sem função estrutural, 14X19X24cm.
INDICADOR GLOBAL DE
PERDA/CONSUMO
POR SERVIÇO
31,28%
Diferença entre a
quantidade paga e a
____
recebida
INDICADORES PARCIAIS
Percentual de blocos
quebrados no
0,30%
recebimento
Percentual de blocos
cortados nas paredes
3,17%
VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS
Para o índice global de perdas de bloco, foram adotados espessuras de juntas
nominais, H=2,0cm e V=1,0cm e as dimensões nominais dos blocos.
FLUXOGRAMA DE PROCESSOS
Apesar deste material ser usado apenas em vedações externas da nave e em
paredes duplas, e estas paredes possuírem poucas aberturas de portas e janelas,
conforme croqui 01 e 02 Anexo E, este material apresentou um alto índice de
desperdício. Este índice possivelmente esta ligado ao fato de que, as paredes onde
eram usados os blocos cerâmicos de 14x19x24cm tinham alturas que chegavam a
doze metros, onde o transporte vertical, içando pilhas de blocos, era feito através de
roldanas, ocasionando quedas e consequentemente quebras deste material,
caracterizando segundo Shingo (1996) perda por transporte.
Figura 10 - Empilhamento de bloco cerâmico acima de 1,50m,
e estocado em local provisório.
Fonte: AUTOR.04.08.2009
Figura 11 - Corte de bloco cerâmico realizado com ferramenta não apropriada.
Fonte: AUTOR.28.08.2009
4.5 LEVANTAMENTO DE CAUSAS E PROPOSIÇÃO DE DIRETRIZES
De uma maneira geral, em construções encontraram-se perdas físicas não
desprezíveis. Porém há que se lembrar; que o desperdício seria apenas a parcela
evitável de tais perdas; a quantificação dessa parcela passa, sem dúvida, por uma
análise custo x benefício, isto é, estimativa de quanto se ganha minimizando as
perdas e quanto isso custa. Não se deve menosprezar, porém, a importância de se
reduzir as perdas. Tais perdas podem ser combatidas facilmente e, provavelmente
na obra em estudo não tenham sido combatidas anteriormente por puro
desconhecimento quanto à sua ocorrência.
As tabelas, 11, 12, 13 e 14, abaixo sintetizam, para os materiais e serviços
estudados na pesquisa, as possíveis causas de perdas e um conjunto de diretrizes
que visam reduzir as mesmas a patamares aceitáveis.
Tabela 11 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação do concreto usinado.
TIPO
INIBIDORES DE PERDAS
CAUSADORES DE PERDAS
- Não conferencia do volume recebido;
RECEBIMENTO
- Controle da quantidade
- Dificuldade de controle da quantidade
recebida;
recebida;
- Pagamento somente do
- Possíveis diferenças, para menos, da
que foi conferido;
quantidade recebida em relação à
quantidade paga;
- Ajuste do último pedido de
concreto;
- Controle mais rigoroso,
com aparelhos mais
sofisticados visando reduzir
LANÇAMENTO DE
ao máximo as variações
CONCRETO
dimensionais das peças
estruturais;
- Plano de ataque
secundário, que vise
aproveitamento do material
não utilizado;
- Variação dimensional dos elementos
estruturais, em função do mal
cimbramento das formas;
- Falta de controle rigoroso do
nivelamento da forma da laje
ocasionando variações de espessura;
- Regularização imperfeita da laje
ocasionando variações de espessura;
- Descuido da mão de obra com a
execução;
- Escassez de mão de obra qualificada;
Tabela 12 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação do bloco cerâmico.
TIPO
INIBIDORES DE PERDA
CAUSADORES DE PERDA
- Falta de controle da
RECEBIMENTO
- Não aceitação de blocos
quantidade recebida;
quebrados;
- Falta de controle para
- Controle da quantidade
verificação das características
recebida;
do bloco;
- Pagamento somente da
- Falta de controle da
quantidade realmente recebida
quantidade quebrada no
recebimento;
ESTOCAGEM
- Local plano para estocagem
- Base irregular do terreno
com pilhas de no Maximo
aliada a pilhas superiores a
1,8m;
1,8m;
- Estocar próximo ao local de
- Duplo manuseio das peças
trabalho, evitando grandes
em função dos diversos pontos
percursos para transporte
de estocagem
- Transporte horizontal sobre
- Descarregamento
terreno irregular com carrinho
TRANSPORTE ATÉ A
diretamente no pavimento de
de mão;
FRENTE DE TRABALHO
uso;
- Falta de planejamento,
gerando mudanças de pontos
de estocagem;
- Distribuição dos blocos nos
pavimentos nas quantidades
necessárias para execução do
serviço;
- Uso de serra circular portátil
EXECUÇÃO
para corte das peças, podendo
assim aproveitar as peças
cortadas;
- Projeto de paginação de
alvenaria
- Treinamento para
qualificação de mão de obra
- Corte de blocos para
passagem de tubulações e
amarrações de alvenarias;
- Quebra do bloco na ultima
fiada para ajustar modulação,
não sendo reaproveitada a
outra parte;
- Escassez de Mao de obra
qualificada;
- Equipamento impróprio para
o corte das peças
Tabela 13 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação do contrapiso usinado.
TIPO
RECEBIMENTO
LANÇAMENTO DE
ARGAMASSA
INIBIDORES DE PERDAS
CAUSADORES DE PERDAS
- Controle da quantidade recebida;
- Pagamento somente do que foi
conferido;
- Não conferencia do volume
recebido;
- Dificuldade de controle da
quantidade recebida;
- Possíveis diferenças, para
menos, da quantidade recebida
em relação à quantidade paga;
- Ajuste do último pedido de
argamassa;
- Controle mais rigoroso, com
aparelhos mais sofisticados
visando reduzir ao máximo as
variações dimensionais das peças
estruturais, conseqüentemente
reduzindo a correção com
argamassa de contrapiso;
- Falta de controle rigoroso do
nivelamento das formas e
regularização imperfeita da laje
ocasionando imperfeições na
estrutura que tende a ser corrigida
pelo contrapiso;
- Maior espessura em centros de
vãos devido à deformação da
estrutura;
- Descuido da mão de obra com a
execução;
- Escassez de mão de obra
qualificada;
Tabela 14 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação das placas cerâmicas.
TIPO
RECEBIMENTO
ESTOCAGEM
TRANSPORTE ATÉ A
FRENTE DE TRABALHO
EXECUÇÃO
INIBIDORES DE PERDA
- Não aceitação de peças
quebradas;
- Controle da quantidade
recebida;
- Pagamento somente da
quantidade realmente
recebida;
- Local plano para estocagem
com pilhas respeitando a
altura máxima de
empilhamento descrita pelo
fabricante;
- Estocar próximo ao local de
trabalho, evitando grandes
percursos para transporte;
Estocar em local plano e
fechado usando-se base para
apoio do empilhamento;
- Empilhar por tipo de placa
cerâmica;
- Descarregamento
diretamente no pavimento de
uso;
- Distribuição das placas
cerâmicas nos pavimentos, por
ambiente, nas quantidades
necessárias para execução do
serviço;
- Treinamento para
qualificação de mão de obra;
- Reaproveitamento de peças
cortadas;
CAUSADORES DE PERDA
- Falta de controle para
verificação das características
das peças;
- Falta de controle da
quantidade quebrada no
recebimento, não reposta pelo
fornecedor;
- Má condições de
empilhamento;
- Duplo manuseio das peças
em função dos diversos pontos
de estocagem
- Transporte horizontal sobre
terreno irregular com carrinho
de mão;
- Falta de planejamento,
gerando mudanças de pontos
de estocagem;
- Escassez de Mao de obra
qualificada;
- Equipamento impróprio para
o corte das peças;
- Falta de aproveitamento das
peças cortadas;
- Necessidade de cortes
devido a projeto arquitetônico
(aplicação na diagonal);
Os itens causadores de perdas são controláveis a partir da aplicação do
conjunto de diretrizes de inibidores de perdas acima citados, tendo em vista que as
informações da tabela acima estão diretamente ligadas à parte técnica da obra,
parte essa que tange o alcance da empresa. As possíveis causas de perdas que
podem não ser controladas, por não estar ao alcance da empresa, estão ligadas a
parte burocrática, relação cliente / empresa (mudança de projetos e especificações)
e foram discutidas no item Resultados e discussão.
Acredita-se que, mais que ter os números das perdas de materiais atuais, seja
importante que cada empresa/obra tenha uma contínua percepção dos consumos
que ocorrem nos seus canteiros. Foi com este intuito que se desenvolveu uma
entrevista, com o engenheiro responsável pela execução da obra em estudo,
visando avaliar o retorno desta pesquisa para a empresa. O roteiro da entrevista
esta contido no Anexo F, e serão aqui relatados os pontos mais relevantes da
mesma.
Sabia-se que nunca foi desenvolvido nenhum tipo de pesquisa sobre perdas
na empresa. Os índices de perdas usados para orçamentação são extraídos do
TCPO, não tendo quaisquer outras fontes para mensuração dos mesmos.
Na entrevista ficou clara a satisfação do engenheiro, com o que os resultados
da pesquisa possam vir a gerar para a empresa, principalmente porque esta poderá:
Ajudar na melhoria do processo de orçamentação, na medida em que se
deixaria de trabalhar com números médios, que podem até ser bons como
representação do mercado, mas que podem deixar muito a desejar ao
representar uma obra em particular;
Detectar o desempenho da empresa, em relação ao resto do mercado,
importante ferramenta estratégica;
Poderá ajudar a empresa na escolha do processo tecnológico a ser
empregado, analisando-o não apenas qualitativamente, mas também
quantitativamente;
Poderá ser criado um sistema de monitoramento e avaliação continua das
perdas, visando determinar suas principais causas, enxugando ao máximo
seus índices.
“De forma geral o estudo foi proveitoso para a empresa para que
posteriormente, em outras obras, possa tentar aplicar as soluções aqui
encontradas para minimizar as perdas. Não poderia dizer o mesmo para a
obra, pois já não há mais tempo para executar mudanças.”
“Não esperava que o índice de concreto fosse alcançar 10%, pois a única
parte de material que é de fácil observação e te demonstra o desperdício, é a
parcela que não é incorporada a edificação e sai da obra como entulho.”
“Até o momento o meu pensamento como gestor de obras, era trabalhar com
premiação por produtividade, porem o funcionário na tentativa maximizar o
seu lucro não dava importância a um material que poderia ser reaproveitado,
temos com exemplo a massa única da fachada que foi pago um certo valor
por m² produzido, e toda argamassa que caia no “pé” da parede era perdida e
no final do dia ainda tínhamos que colocar serventes para recolher a
argamassa, gerando entulho.”
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como foi mensurado no início deste trabalho, o objetivo principal da presente
pesquisa era avaliar o estado atual dos índices de desperdícios de materiais no
canteiro de uma obra de edificações em Feira de Santana, Bahia. Com o decorrer da
pesquisa foi detectado a necessidade de avaliar outros objetivos mais específicos
como mensurar os índices de perdas dos materiais escolhidos para o estudo
identificando suas possíveis causas e por fim propor um conjunto de diretrizes que
visassem a redução das perdas a patamares mais aceitáveis.
De forma geral os índices de perdas dos materiais estudados, quando
comparados com os índices de perdas do Projeto de Pesquisa FINEP, Agopyan et al
(1998), foram aceitáveis, ficando situados quase sempre melhores que a média, com
exceção do bloco cerâmico. A seguir, estão apresentadas as conclusões obtidas
através de observações durante o período de coleta de dados no canteiro da obra
em estudo e da análise dos resultados.
Os resultados referentes às placas cerâmicas mostraram que a maior parcela
de perda deste material, neste estudo, foi devido a mudança de especificação do
material diferindo totalmente do projeto de paginação cerâmica inicial e
conseqüentemente resultando em um maior número de peças cortadas. Foi
constatado também neste trabalho que, o assentamento de piso cerâmico em juntas
diagonais gera muito mais corte, que o assentamento de piso cerâmico com juntas a
prumo, e que para a confecção de rodapés cerâmicos só são aproveitados as faces
opostas de uma mesma peça, sendo assim em uma peça de 41x41cm, eram
aproveitados somente dez centímetros de cada face, inviabilizando o uso do
restante da peça, caracterizando o desperdício de mais de 50% deste material para
realização deste serviço.
Ficou evidenciado nesta pesquisa, assim como em estudos anteriores que, a
principal causa de desperdício de concreto usinado em vigas e lajes, é a variação
dimensional das peças, principalmente em lajes que uma pequena variação de
espessura em um grande painel acabada gerando um acréscimo significativo no
consumo total de concreto. Outro fator que foi percebido pelo observador no canteiro
da obra em estudo, era a falta de conferência da quantidade solicitada e paga em
relação a recebida, o que pode ter acarretado perdas deste material.
Para o estudo de revestimento usinado argamassado para contrapiso foi
verificado que as perdas geradas nestes serviços estão ligadas diretamente aos
acréscimos de espessuras e à não conferência da quantidades paga em relação à
recebida.
Assim como neste estudo, este serviço também já foi abordado em
estudos anteriores (Pinto, 1989; Soibelman, 1993) e foi constatado que as causas de
variação de espessura de contrapiso estão relacionadas a problemas em atividades
predecessoras, como deformação de lajes e cobrimento de tubulações em piso.
No avaliação de bloco cerâmico foram estudados blocos com dimensões
diferentes, 9x19x24cm, 11,5x19x24cm e 14x19x24cm, e ficou evidenciado que a
variação dimensional não esta atrelada aos índices de perdas. Foi verificado, no
canteiro da obra em estudo durante o processo de coleta de dados, que os possíveis
causadores de perdas destacam-se a utilização de equipamentos de transporte
inadequados (carrinhos de mão e roldanas), a falta de controle da quantidade
recebida. Na obra fazia-se o pedido do meio bloco para a amarração das paredes,
reduzindo assim cortes em local, porém a falta de modulação no pé direito dos
pavimentos fazia com que houvesse grande desperdício do material para
adequações no encontro com lajes e vigas.
De maneira geral, mais do que mensurar os índices de perdas e propor um
conjunto de soluções para as mesmas, este trabalho buscou disseminar o
conhecimento sobre as perdas nos processos produtivos, tentando desenvolver uma
capacidade de percepção das pessoas (engenheiros, arquitetos), para que estes
consigam visualizar como as perdas se originam na realidade e que grande parcela
delas são previsíveis e evitáveis, podendo assim combatê-las.
Por fim com base nas conclusões obtidas e descritas acima, é possível
afirmar que, os objetivos propostos no inicio da presente pesquisa foram atingidos
satisfatoriamente.
SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
Com o andamento dessa pesquisa foram surgindo idéias a serem
implementadas no trabalho, porém estas implementações demandavam um intervalo
de tempo grande para concretização das mesmas, não sendo possível aplicação
das idéias para a realização de um estudo mais completo. Foram então
selecionadas algumas sugestões para futuros estudos possam dar continuidade ao
presente trabalho.
a) avaliar as perdas, mensurando-as também financeiramente, para que
possam causar um impacto maior, alertando mais a construção civil para os
prejuízos causados;
b) desenvolvimento de métodos de controle de perdas que possam ser
inseridos nos sistemas de informação das empresas, de forma que a visão
mais ampla das perdas torne-se parte da cultura destas;
c) implantar um programa política de prêmios à mão-de-obra baseada em
racionalização de consumo de materiais, avaliando as suas conseqüências.
REFERÊNCIAS
AGOPYAN, V. et al. Alternativas para redução do desperdício de materiais nos
canteiros de obra. In: Inovação, Gestão da Qualidade e Produtividade e
Disseminação do Conhecimento na Construção Habitacional / Editores Carlos
Torres Formoso [e] Akemi Ino. Porto Alegre: ANTAC, 2003. (Coletânea Habitare,
v.2). p. 225-249.
AGOPYAN, V; SOUZA U.E. L.; PALIARI, J.C.; ANDRADE, A. C. Alternativas para a
redução dos desperdícios de materiais nos canteiros de obras: relatório final.
São Paulo: EPUSP/FINEP/ITQC, 1998.
ALARCON, L. F. Lean Construction. Rotterdam: A. A. Balkema, 1997. Tools: Tools
for the identification and reduction of waste in construction projects, p.365-377. 2002.
BALLARD, G.; HOWELL, G. Shielding Production: An essential step in
production control. Technical Report N° 97-1, Construction Engineering and
Management Program, Department of Civil and Environmental Engineering,
University of California, 1997.
COLOMBO, C. R.; BAZZO, W. A. Desperdício na construção civil e a questão
habitacional: um enfoque CTS. 1999.
FORMOSO, C. T. et al. Perdas na construção civil: conceitos, classificações e seu
papel na melhoria do setor. Téchne. São Paulo, n.23, p.30-33, jul - ago 1996.
FRANCHI, C. C. et al. As perdas de materiais na indústria da construção civil. In:
Seminário Qualidade da Construção Civil - Gestão e Tecnologia. Anais, Porto
Alegre, UFRS, 1993. pp.133-198.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GROHMANN, M. Z. Redução do desperdício na construção civil: levantamento
das medidas utilizadas pelas empresas em Santa Maria. In: Encontro Nacional de
Engenharia de Preodução, 1998, Niterói. Anais do XVIII Encontro Nacional de
Engenharia de Produção, 1998.
HEINECK, L. F. M.; MACHADO, C. Organização dos Canteiros de Obras na
cidade de Florianópolis - SC. Congresso Técnico de Engenharia Civil,
Florianópolis: UFSC, 1991.
HIROTA, E. H. FORMOSO, C. T. O processo de aprendizagem na transferência
dos conceitos e princípios da produção enxuta para a construção. In:
Anais...ENTAC, 8º, Salvador, 2000. Salvador, BA. v.1 p. 572-579. 2000.
KOSKELA, L. Application of the new production philosophy to construction. Stanford,
EUA, CIFE, 1992. Technical Report 72.
KUSTER, L. D. Sustentabilidade na construção civil: diminuição de resíduos em
obras. UNASP-EC. 2007.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa. In:_____. Fundamentos
da metodologia científica. 2. ed. São Paulo, 2006.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1996.
MESSEGUER, A. Controle e garantia da qualidade na construção. São Paulo:
SINDUSCON, 1991.
OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala.
Porto Alegre: Editora Bookman, 1997.
PINTO, T. De volta à questão do desperdício. Construção. São Paulo, n.271, p.3435, dez. 1995.
PIOVEZAN JUNIOR, G. T. A.; SILVA, C. E. Investigação dos resíduos da
construção civil (RCC) gerados no município de Santa Maria-RS: um passo
importante para a gestão sustentável. In: 24° Congresso Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental, 2007, Belo Horizonte. Anais do 24° Congresso Brasileiro de
Engenharia Sanitária e Ambiental. , 2007. v.1. p.1 – 8.
ROESCH, S. Projetos de estágio do curso de Administração: guia para
pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso. São Paulo: Atlas,
1996.
ROSÁRIO, I. C. N. Avaliação da influencia do controle dimensional das
alvenarias na racionalização construtiva: estudo de caso em empresas da
construção civil na Bahia. Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil
da Universidade Estadual de Feira de Santana para a obtenção do titulo de Bacharel
em Engenharia Civil. Feira de Santana, 2008.
SACOMANO, J. B. et al. Administração de produção na construção civil: o
gerenciamento de obras baseado em critérios competitivos. São Paulo: Arte e
Ciência, 2004.
SARCINELLI, W. T. Construção enxuta através da padronização de tarefas
e projetos. Monografia apresentada à Universidade Federal de Minas Gerais para
obtenção do título de especialista em Construção Civil. Vitória, 2008.
SHINGO, S.: O Sistema Toyota de Produção do ponto de Vista da Engenharia
de Produção. Bookman, Porto Alegre, RS, 1996a.
SILVA, E. L. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. rev.
atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.
SOIBELMAN, L. As perdas de materiais na construção de edificações: Sua
incidência e controle. Porto Alegre, 1993. Dissertação (Mestrado em
Engenharia) - Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
SOUZA, R. et al. Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras.
São Paulo. PINI, 1994.
SOUZA, U. E. L. et al. Perdas de materiais nos canteiros de obras: a quebra do
mito. Qualidade na Construção, São Paulo, v. 13, p. 10 - 15, 30 dez. 1994.
SOUZA, U. E. L. Redução do desperdício de materiais através do controle do
consumo em obra. In: XVII ENEGEP, Gramado-RS, 1997. Anais (CD-ROM).
Gramado, UFRGS, 1997. 8p.
SOUZA, U. E. L. Como reduzir perdas nos canteiros: manual de gestão do
consumo de materiais na construção civil. São Paulo: PINI, 2005.
TACLA, Z. O livro da arte de construir. São Paulo: Unipress, 1984.
VARGAS, C. et al. Avaliação de perdas em obras – aplicação de metodologia
expedita. Anais do 17° Encontro Nacional de Engenharia de Produção.
Gramado, 1997.
YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.
ZORDAN, S. E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do
concreto. Campinas. 1997. 140p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de
Engenharia Civil, UNICAMP.
WOMACK, J. P. et al. A máquina que mudou o mundo. 2. Ed., Rio de Janeiro
Editora Campus. 1990.
ANEXO A – DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO BLOCO
CERÂMICO
DADOS RELATIVOS AOS MATERIAIS:
TIJOLOS E BLOCOS
PLANILHA Nº 01
A. Identificação da obra
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Especificação do material
C. Serviços nos quais o material é utilizado
Alvenaria x
Outro: _______________________o
D. Lista de verificação
Item
Sim
Recebimento
1. Existe procedimento sistematizado do controle da quantidade no recebimento do
Não
X
material
2. É feito algum ensaio ou verificação para aceitação do produto? Se sim, quais?
oNBR 6136
X
oNBR 7173
oNBR 7171
ooutros: ___________
3. Existe local de recebimento pré-definido no canteiro
X
4. O material é descarregado no local definitivo de armazenagem (não há duplo
X
manuseio)
5. Existe dispositivo para reduzir o esforço do operário no descarregamento?
X
Se sim, quais?
o carrinhos
o pallets
o outros: ____________
Estocagem
6. A base de armazenamento é plana
7. O material está protegido de chuvas no local de estocagem
X
X
Não se
aplica
8. Há proteção contra umidade e solo na base
X
9. Altura máxima da pilha é menor ou igual a 1,5m
X
10. O material é paletizado
X
11. Cada pilha é constituída pelo mesmo tipo de componente (material e dimensões)
X
DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:
ELEVAÇÃO DE ALVENARIA
PLANILHA Nº 01.1
A. Identificação
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Características gerais do serviço
Tipo de mão-de-obra
contratada
Forma de contratação
dos serviços
xprópria
osubempreitada
xpor hora
opor tarefa
Blocos / tijolos
Argamassa
Com decomposição de movimento
Horizontal
Equipamento de
Vertical
Horizontal
Vertical
ojerica
oeleva
ojerica
oelevador
xcarrinho de mão
or
xcarrinho de mão
obra
ocarrinho
obra
ocarrinho c/ base plana e
oguincho
c/
base
de
transporte do
plana e quatro rodas
oguinch
quatro rodas
coluna (velox)
estoque/produção ao
ocarrinho porta-pallet
o
ocarrinho porta-pallet
xoutro Roldana
ooutro: _______
coluna
posto de trabalho
de
ooutro: _______
(velox)
xoutro
Roldana
Sem decomposição de movimentos
ogrua
Equipamento e
o grua
Marcação
obomba
Elevação
de
de
ferramentas de marcação
e elevação
onível laser
odesempenadeira estreita
onível alemão
oescantilhão
xnível de mangueira
oserra elétrica manual ou serra de bancada com
disco refratário para corte de blocos
oargamassadeira de eixo horizontal para mistura
de argamassa industrializada no andar
osuporte metálico provido de rodas para apoio
dos caixotes
xcavaletes e plataformas para andaimes (todos
metálicos)
obisnaga
xcolher de pedreiro
o_______________________
C. Projeto
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Sim
1. Há projeto específico de alvenaria.
Não
X
2. Caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:
oplanta específica identificando todas as interfaces com os subsistemas de
instalações elétrica e hidráulicas;
oElevação de cada alvenaria contendo as posições de eletrodutos e caixinhas de
elétrica;
oElevação de cada alvenaria contendo as posições das tubulações hidrosanitárias;
oElevação de cada alvenaria contendo a definição de quais juntas verticais são
argamassadas ou não;
oPosição e detalhamento de ferro cabelo ou barras dobradas em “U”;
oEspecificação do tipo e traço da argamassa a ser utilizada no assentamento;
oPlanejamento da sequência de execução da alvenaria
D. Planejamento e organização da execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Logística
1. Existe um planejamento no sequenciamento da execução das alvenarias nos
X
pavimentos.
2. Em tendo-se o planejamento do sequenciamento da execução das alvenarias, em
cada pavimento executam-se primeiramente as alvenarias de periferia e em torno
das caixas dos elevadores.
3. Ainda, em tendo-se o planejamento do sequenciamento da execução das
X
Não se
aplica
alvenarias, a execução das alvenarias internas inicia-se pelas mais distantes à s
X
mais próximas do local de descarregamento dos blocos no pavimento.
4. Realiza-se o planejamento do transporte da argamassa do local de produção ao
local de aplicação, ou seja, existem caminhos previamente definidos para o
X
transporte horizontal de argamassa do local de produção ao local de aplicação.
Organização do posto de trabalho
1. A quantidade de blocos/tijolos é levado ao pavimento na quantidade exata a ser
X
utilizada, visando não haver sobras.
2. Há um sistema de solicitação de argamassa ao local de produção que evite as
X
sobras no local de aplicação.
3. Os blocos/tijolos são armazenados próximos ao posto de trabalho, não há duplo
X
manuseio.
Transporte dos materiais
1. Os caminhos, quando não estão protegidos pela estrutura, são protegidos da
X
ação da chuva.
2. As rampas existentes no trajeto (produção-aplicação) têm inclinação inferior a
X
10%.
3. As condições do trajeto são isentas de saliências ou depressões, ou seja, a base
X
está regularizada.
E. Procedimentos de execução e controle
Sim
Não
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Não se
aplica
1. Há procedimentos documentados de execução da alvenaria.
X
2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução da
X
alvenaria
F. Processo de execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Marcação
1. Realiza-se a marcação da primeira fiada de elevação
Sim
Não
aplica
X
2. Os eixos principais do edifício, os quais definirão a marcação da alvenaria, são
X
demarcados na laje através de uma mestra de argamassa nivelada.
3. Antes do assentamento da primeira fiada é realizado o mapeamento da laje com
X
auxílio do nível alemã o ou nível a laser a fim de se identificar o ponto mais alto, que
será tomado como nível de referência para definir a cota da primeira fiada.
4. Antes do assentamento da primeira fiada, é realizada a distribuição dos
blocos/tijolos da mesma, sem argamassa de assentamento, de maneira a verificar e
Não se
X
corrigir eventuais falhas de posicionamento de instalações embutidas.
Elevação
1. É realizado o chapiscamento dos pontos da estrutura de concreto que ficará em
X
contato com a alvenaria
2. Esse chapiscamento é feito 72 horas antes da elevação da alvenaria nestes
X
pontos.
3. As juntas verticais de alvenaria são preenchidas com argamassa somente nos
X
seguintes casos:
ofiadas de marcação;
oblocos em contato com pilares (juntas de até 20 mm) e a junta vertical seguinte;
X
oblocos nas intersecções entre paredes e a junta vertical seguinte;
X
oparedes sobre lajes em balanço;
X
oparedes muito esbeltas (relação altura/espessura superior a 30);
X
oParedes sujeitas a empuxos (de subsolos por exemplo);
X
oparedes de fachadas (devem ser estanques);
X
oparedes com juntas maiores que 5 mm que receberão revestimento de pequena
X
espessura (gesso, por exemplo);
oparedes de pavimentos superiores, em edifícios de mais de 20 andares, sujeitas a
X
intensos esforços de vento;
oparedes com extremidade superior livre (platibanda, muros);
X
oparedes muito seccionadas (devido a cortes para embutimento de instalações, por
X
exemplo);
otrechos de alvenaria com extremidade livre de comprimento menor que um terço
X
da altura da parede;
4. A colocação de ferro cabelo se dá nos seguintes casos:
oparedes sobre lajes em balanço, mesmo com viga de borda;
X
oparedes com comprimento superior a 12 m;
X
otrechos de alvenaria com extremidade livre de comprimento menor que um terço
X
da altura da parede;
oparedes com extremidade superior livre (platibandas, muros);
X
oparedes do primeiro pavimento sobre pilotis, em estruturas muito deformáveis;
X
osituações pouco comuns, com intensos esforços na interface laje-pilar.
X
5. Utiliza-se escantilhão para a elevação da alvenaria.
X
6. Em paredes com previsão de quadros ou caixas de instalações, utiliza-se
X
gabaritos de madeira ou similar do tamanho dos quadros ou das caixas para que o
vã o fique moldado.
7. Eventuais desaprumos ou desalinhamentos da estrutura são corrigidos na
definição do posicionamento da fiada de marcação, procurando-se sempre localizar
o menor preenchimento para o lado externo (fachada) e minimizando a espessura
X
do revestimento.
8. Os blocos da 1ª fiada onde será fixado rodapé de madeira são preenchidos com
X
argamassas.
Fixação da parede junto a estrutura
1. A fixação da alvenaria (ultima fiada junto a estrutura) é feita com argamassa, e
X
não através de encunhamento com tijolos maciços.
2. Em paredes internas, a camada de argamassa de fixação da alvenaria junto à
X
estrutura preenche totalmente a espessura da parede.
3. Em paredes externas, preenche-se com argamassa de fixação apenas 2/3 da
X
espessura da paredes, sendo que o 1/3 restante é preenchido durante o
chapiscamento da fachada.
4. Existe anteparo junto à alvenaria, evitando que a argamassa caia no chão e
X
consequentemente possa ser reutilizada.
5. Realiza-se a fixação da última fiada à estrutura partindo-se dos pavimentos
X
superiores em direção aos inferiores.
PLANILHA 02 - QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS – BLOCO CERÂMICO
OBRA:
CROQUI:
DESCRIÇÃO: BLOCO CERÂMICO 6 FUROS
OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES
PAVIMENTO:
TÉRREO,
SUPERIOR
COBERTURA
E
DATA:
DIMENSÃO DO
COMPRIMENTO
BLOCO (cm)
(m)
9X19X24cm
88,95
3,80
338,01
11,5X19X24cm
39,67
3,50
138,85
9X19X24cm
66,79
3,80
253,80
11,5X19X24cm
74,5
3,50
260,75
NAVE
9X19X24cm
70,31
6,10
428,89
NAVE
14X19X24cm
123,16
8,00
985,28
AMBIENTE
ANEXO LATERAL PAV.
TÉRREO
ANEXO LATERAL
ANEXO
FUNDO
TÉRREO
ANEXO FUNDO
PAV.
ALTURA (m)
ÁREA
(m²)
ATRIO
PLATIBANDA
NAVE
E
ANEXOS
PLATIBANDA
SUBESTAÇÃO
11,5X19X24cm
25,97
7,70
199,97
11,5X19X24cm
264,34
2,75
726,94
11,5X19X24cm
50,6
0,80
40,48
9X19X24cm
122,19
3,60
439,88
9X19X24cm
24,57
3,25
79,85
ANEXO LATERAL PAV.
SUPERIOR
ANEXO
FUNDO
PAV.
SUPERIOR
PILARETES
DO
TELHADO
14X19X24cm
136,8
OBS: A aréa utilizada para os pilaretes é ficticia, pois sabe-se que foram utilizados
3000,00 blocos para execução dos mesmos.
PLANILHA 03 - RESUMO – QUANTIFICAÇÃO DE BLOCO CERÂMICO
DESCRIÇÃO
Bloco cerâmico
9X19X24cm
Bloco cerâmico
11,5X19X24cm
QUANTIDADE
ÁREA 1
(m²)
BLOCO
1540,44
0,0504
33781,57
1366,98
0,0525
26037,70
985,28
0,0525
21176,19
Bloco cerâmico
14X19X24cm
UNIDADES
PLANILHA 04 - CONTROLE DE RECEBIMENTO DE MATERIAL – BLOCO CERÂMICO
OBRA:
PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA
DESCRIÇÃO: BLOCO CERÂMICO 6 FUROS
OBSERVADOR: ANGELO BARRETO
DESTINO: PAREDES
DATA:
DESCRIÇÃO DO
MATERIAL
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
DIMENSÕES
NÚMERO DA
DATA DO
QUANTIDADE
NOTA FISCAL
RECEBIMENTO
EM UNIDADES
11,5x19x24
1190
2/9/2009
4500,0
11,5x19x24
38254
2/9/2009
5000,0
9X19X24
38351
16/9/2009
6500,0
11,5x19x24
38365
17/9/2009
5000,0
14X19X24
38389
23/9/2009
4300,0
9X19X24
38421
26/9/2009
6500,0
9X19X24
38444
30/9/2009
5000,0
14X19X24
38458
1/10/2009
4300,0
9X19X24
38467
3/10/2009
3000,0
14/10/2009
5500,0
DO BLOCO
(cm)
11,5x19x24
11,5x19x24
38603
24/10/2009
5000,0
11,5x19x24
38615
26/10/2009
5000,0
14X19X24
38635
28/10/2009
4300,0
4/11/2009
5000,0
9X19X24
14X19X24
38672
4/11/2009
2000,0
11,5x19x24
38672
4/11/2009
5000,0
9X19X24
38750
17/11/2009
6500,0
14X19X24
3541
17/11/2009
4300,0
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
Bloco cerâmico de
vedação, 6 furos
9X19X24
18/11/2009
6500,0
14X19X24
19/11/2009
4300,0
14X19X24
4300,0
PLANILHA 05 - RESUMO – BLOCO CERÂMICO
QUANTIDADE
DESCRIÇÃO DO MATERIAL
PREVISTA EM
UNIDADES
QUANTIADE
UTILIZADA
EM
UNIDADES
DIFERENÇA
EM
UNIDADES
DIFERENÇA
EM %
Bloco cerâmico 9X19X24cm
30564,99
39000,0
8435,72
27,6
Bloco cerâmico 11,5X19X24cm
26037,70
35000,0
8962,30
34,42
Bloco cerâmico 14X19X24cm
21176,20
27800,0
6623,81
31,28
ANEXO B - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO
REVESTIMENTO CERÂMICO (PAREDE E PISO)
DADOS RELATIVOS AOS MATERIAIS:
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO E PAREDE
PLANILHA Nº 01
A. Identificação da obra
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Especificação do material
C. Serviços nos quais o material é utilizado
xRevestimento cerâmico para piso
xRevestimento cerâmico para parede
Outros: ___________________________________
D. Lista de verificação
Item de verificação
Recebimento
1. Existe procedimento sistematizado do controle da quantidade no recebimento
Sim
Não
X
do material
2. É feito algum ensaio ou verificação para aceitação do produto?
X
Se sim, quais?
oNBR 5644
oNBR 6133
ooutros: ___________
oNBR 9457
3. Existe local de recebimento pré-definido no canteiro
X
4. O material é descarregado no local definitivo de armazenagem (não há duplo
X
manuseio)
Estocagem
5. A base de armazenamento é plana
X
6. O local de estocagem está protegido de intempéries. (umidade e acúmulo de
X
pó) pois podem prejudicar as características de aderência)
7. Na mesma pilha só há um tipo de material
X
8. Na mesma pilha só há peças de mesmas dimensões
X
9. A altura da pilha é menor ou igual a 1,60 m.
X
10. Existem coisas sobre as pilhas de revestimento cerâmico. (Ex. Sacos de
X
cimento)
Não se aplica
11. O estoque do material é isolado, ou seja, de difícil acesso à maioria das
X
pessoas. (evitar roubos)
DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:
PAREDE - REVESTIMENTO CERÂMICO
PLANILHA Nº 01.1
A. Identificação
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Características gerais do serviço
Tipo de mão-de-obra
contratada
Forma de contratação dos
serviços
xprópria
osubempreitada
xpor hora
opor tarefa
Com decomposição de movimento
Vertical
ojerica
oelevador de obra
xcarrinho de mão
oguincho de coluna (velox)
opallets
ona mão
ona mão
Xoutro Roldana
ooutro__________________
Horizontal
Equipamento de transporte
do revestimento cerâmico
do estoque ao posto de
trabalho
Sem decomposição de movimentos
ogrua
xesquadro de alumínio
xrégua de alumínio
o ________________
Controle geométrico
xcolher de pedreiro
xdesempenadeira dentada
o ________________
o riscador com broca de vídia de ¼ ”
o cortador mecânico
x
“makita” com disco adiamantado
o serra-copo diamantada
x martelo de borracha
o _______________________________
Preparo e aplicação
argamassa
Equipamentos e
ferramentas utilizadas na
execução do revestimento
cerâmico
Preparo e aplicação
dos revestimentos
cerâmicos
o rodo (com ou sem cabo)
x espátula plástica
Rejuntamento
1
C. Projeto
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Sim
As definições das características pertinentes à execução revestimento cerâmico
X
(parede) sã o previstas no projeto arquitetônico.
Caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:
Não
Não se
aplica
oTipos de revestimento de parede a serem utilizados;
X
oMateriais e técnicas de fixação empregadas;
X
oCaracterização da natureza do substrato;
X
oEspecificação e caracterização dos detalhes construtivos.
X
oPaginação de cada parede a ser revestida
X
D. Planejamento e organização da produção
ITENS DE VERIFICAÇÃO
1. O revestimento cerâmico é executado de tal forma que não haja o tráfego de
X
pessoas e equipamentos nos ambientes já revestidos.
Organização do posto de trabalho
1. As dimensões do equipamento de transporte (tanto da argamassa quanto do
X
revestimento cerâmico) são compatíveis com as dimensões (largura) das portas.
2. Entrega-se o número mínimo de caixas de revestimento cerâmico em cada posto
X
de trabalho objetivando a menor sobra possível.
3. O pedreiro tem a paginação em mãos para a execução do revestimento cerâmico.
X
Transporte dos materiais
1. Os caminhos, quando não estão protegidos pela estrutura, são protegidos da ação
X
da chuva.
2. As rampas existentes no trajeto (estoque-aplicação) têm inclinação inferior a 10%.
X
3. O trajeto é isento de saliências ou depressões, ou seja, a base está regularizada.
X
4. Os componentes estão acondicionados na própria caixa (embalagem) em que
X
foram entregues.
E. Procedimentos de execução e controle
ITENS DE VERIFICAÇÃO
1. Há procedimentos documentados de execução do revestimento cerâmico.
x
2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução do
x
revestimento cerâmico.
F. Processo de execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Condições para o início do serviço
1. O emboço a ser revestido está concluído há pelo menos 14 dias, apresentando
X
textura áspera. (geralmente obtida com sarrafeamento leve e desempeno com
desempenadeira)
2. Os contramarcos estão chumbados.
X
3. Os batentes estão chumbados ou pelo menos estão com suas referências
X
definidas.
4. As instalações elétricas e hidráulicas estão concluídas.
X
5. As instalações elétricas e hidráulicas estão testadas.
X
6. Verifica-se o prumo das paredes, corrigindo qualquer irregularidade.
X
7. Verifica-se o esquadro das paredes, corrigindo qualquer irregularidade.
X
8. Verifica-se a planicidade das paredes, corrigindo qualquer irregularidade.
X
Execução da camada de fixação
1. Prepara-se a superfície a ser revestida removendo-se a poeira, partículas soltas,
graxas e outros resíduos. (geralmente feito com o uso de lixas, vassouras e escovas).
X
2. Utiliza-se argamassa adesiva industrializada para o assentamento do revestimento.
X
3. No caso de assentamento das peças cerâmicas com argamassa adesiva, é
X
obedecido o tempo de descanso especificado pelo fabricante.
4. A argamassa adesiva é aplicada com desempenadeira dentada. (a aplicação dessa
argamassa deve-se iniciar com o lado liso da desempenadeira, imprimindo-se uma
X
pressão suficientemente forte para que a argamassa adira ao substrato; a seguir,
passa-se a desempenadeira com o lado dentado, formando cordões)
Aplicação do revestimento cerâmico
1. Realiza-se o umedecimento para os revestimentos executados sob sol intenso ou
X
sujeitos a muito vento e baixa umidade relativa do ar.
2. As peças cerâmicas não são umedecidas antes do assentamento, a menos que
X
haja uma recomendação do fabricante. (antigamente as cerâmicas eram mais
porosas, exigindo-se a prática de umedecê-las)
3. Caso as peças cerâmicas apresentem o tardoz recoberto por uma camada de pó, a
X
mesma é removida com um pano.
4. Utilizam-se espaçadores plásticos para garantir a uniformidade das juntas.
X
5. Os azulejos sã o assentados com uma folga de 5 mm em relação aos pisos, de
X
modo a evitar o remonte das peças sobre os pisos.
Rejuntamento
1. Utiliza-se argamassa adesiva industrializada.
X
2. O rejuntamento das peças é feito após um período mínimo de 48 horas do
X
assentamento.
3. Em utilizando-se pasta de cimento ao invés de um produto industrializado
X
específico, a mesma é aplicada somente para juntas de espessura menor ou igual a 2
mm.
4. Para espessuras de juntas maiores que 2 mm e menores que 5 mm, utiliza-se
X
argamassa de cimento e areia fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:1.
(motivo: fissuração)
5. Para espessuras de juntas maiores que 5 mm, utiliza-se argamassa de cimento e
X
areia fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:2. (motivo: fissuração)
6. As juntas sã o frisadas. (o frisamento das juntas proporciona maior compacidade
X
das mesmas, diminuindo a porosidade e consequentemente aumentando a
estanqueidade; recomenda-se o uso de madeira ou fio elétrico encapado)
DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:
PISO
REVESTIMENTO CERÂMICO
PLANILHA Nº 01.2
A. Identificação
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Características gerais do serviço
Tipo de mão-de-obra
contratada
Forma de contratação dos
serviços
xprópria
osubempreitada
xpor hora
opor tarefa
Com decomposição de movimento
Vertical
oelevador de obra
oguincho de coluna (velox)
ona mão
Xoutro Roldana
Horizontal
Equipamento de transporte
do revestimento cerâmico
do estoque ao posto de
trabalho
ojerica
xcarrinho de mão
opallets
ona mão
ooutro___________
Sem decomposição de movimentos
ogrua
Controle geométrico
Equipamentos e
ferramentas utilizadas na
execução do revestimento
cerâmico
xnível de mangueira onível a laser
onível alemão
xesquadro de
alumínio
o________________
Aplicação da argamassa xcolher de pedreiro xdesempenadeira dentada
o ________________
Preparo e aplicação
dos
revestimentos
cerâmicos
o riscador com broca de vídia de ¼ ”
o cortador mecânico
x
“makita” com disco adiamantado
o serra-copo diamantada
x martelo de borracha
o torquês
o _______________________________
C. Projeto
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Sim
Há projeto específico para o contrapiso sobre o qual se executará o piso cerâmico.
No caso de não se ter projeto específico de contrapiso, as definições das características
do revestimento de piso cerâmico sã o previstas no projeto de arquitetura.
Não
X
X
Não
se
aplica
Em caso afirmativo (em pelo menos uma das perguntas anteriores),
anotar os itens contemplados no(s) projeto(s):
onível acabado de todos os ambientes;
X
otipos de revestimento de piso a serem utilizados;
X
omateriais e técnicas de fixação empregadas;
X
oindicação de áreas que serão impermeabilizadas e a sua espessura;
X
ocaracterização da natureza do substrato (contra piso ou laje acabada);
X
oespecificação e caracterização de detalhes construtivos.
X
opaginação de cada piso a ser revestido
X
D. Planejamento e organização da execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Logística
1. O revestimento cerâmico é executado de tal forma que não haja o tráfego de pessoas e
X
equipamentos nos ambientes já revestidos.
Organização do posto de trabalho
1. As dimensões do equipamento de transporte (tanto da argamassa quanto do
X
revestimento cerâmico) são compatíveis com as dimensões (largura) das portas.
2. Entrega-se o número exato de caixas de revestimento cerâmico em cada posto de
X
trabalho objetivando a menor sobra possível.
3. O pedreiro tem a paginação em mãos para a execução do revestimento cerâmico.
X
Transporte dos materiais
1. Os caminhos, quando não estão protegidos pela estrutura, são protegidos da ação da
X
chuva.
2. As rampas existentes no trajeto (estoque-aplicação) têm inclinação inferior a 10%.
X
3. As condições do trajeto são isentas de saliências ou depressões, ou seja, a base está
X
regularizada.
4. Os componentes estão acondicionados na própria caixa (embalagem) em que foram
X
entregues
E. Procedimentos de execução e controle
ITENS DE VERIFICAÇÃO
1. Há procedimentos documentados de execução do revestimento cerâmico.
X
2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução do
X
revestimento cerâmico.
F. Processo de execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Condições para o início do serviço
1. O substrato (contra piso) a ser revestido está concluído há pelo menos 14 dias. (nos
X
primeiros 7 dias após a execução do contra piso ocorre a maior parte das tensões de
retração)
2. O substrato (contra piso/laje acabada) no qual será assentado o revestimento cerâmico
X
foi acabado com desempenadeira de madeira
3. A impermeabilização dos pisos que a requerem está concluída.
X
4. Nestes pisos, a impermeabilização está testada.
X
5. É verificado o nível do contra piso em toda área a ser revestida, visando eventuais
X
reparos ao substrato previamente ao assentamento.
6. Prepara-se a superfície a ser revestida removendo-se poeira, partículas soltas, graxas e
X
outros resíduos. (geralmente usam-se lixas, vassouras e escovas)
7. É feita a verificação dos rebaixos previstos em projetos em relação a outros pisos e
X
ou/ambientes.
8. É feita a verificação do esquadro do ambiente. (ortogonalidade entre vedações
X
verticais)
10. Verifica-se os caimentos necessários para os ralos e canaletas.
X
11. Executam-se juntas de movimentação do piso nos encontros com superfícies verticais
X
(paredes, pilares)
12. As possíveis juntas da estrutura de concreto sã o mantidas no piso cerâmico.
X
13. Essas juntas são preenchidas com material deformável.
X
14. Antes do assentamento do revestimento cerâmico propriamente dito, espalha-se sobre
X
a superfície a ser revestida (ambiente) duas fiadas ortogonais a fim de se acertar as
dimensões das juntas e de modo a se ter o mínimo de recorte possível.
Execução da camada de fixação
1. No caso de assentamento das peças cerâmicas com argamassa adesiva, é obedecido o
X
tempo de descanso especificado pelo fabricante
2. A argamassa adesiva é aplicada com desempenadeira dentada. (a aplicação dessa
X
argamassa deve-se iniciar com o lado liso da desempenadeira, imprimindo-se uma
pressão suficientemente forte para que a argamassa adira ao substrato; a seguir, passa-se
a desempenadeira com o lado dentado, formando cordões)
3. Para o caso de “contra piso zero”, onde as peças cerâmicas são assentadas sobre a
X
laje, é empregada argamassa colante flexível, formulada especialmente para obter-se
maior capacidade de absorção de deformações.
Aplicação do revestimento cerâmico
1. As peças cerâmicas não são umedecidas antes do assentamento, a menos que haja
X
uma recomendação do fabricante. (antigamente as cerâmicas eram mais porosas,
exigindo-se a prática de molhá-las antes do assentamento)
2. Caso as peças cerâmicas apresentem o tardoz recoberto por uma camada de pó , a
X
mesma é removida com um pano.
3. A aplicação dos componentes cerâmicos sobre a argamassa adesiva ocorre antes da
X
formação de uma película esbranquiçada sobre os cordões. (essa película indica o término
do tempo de abertura (assentamento), não sendo possível a aderência dos componentes
cerâmicos com o substrato; uma boa argamassa adesiva deverá apresentar pelo menos
um tempo de abertura de 20 minutos)
4. Em tendo-se pequenas variações toleráveis na ortogonalidade, procura-se “disfarçá-las”
X
o máximo possível, fazendo com que os arremates sejam realizados nos lugares menos
visíveis (atrás das portas ou pias, vasos sanitários etc.)
5. Caso as peças cerâmicas sejam lavadas com água, as mesmas são utilizadas somente
X
quando estiverem totalmente secas.
6. Utilizam-se espaçadores plásticos para garantir a uniformidade das juntas.
X
Rejuntamento
1. Utiliza-se material industrializado para a execução do rejuntamento.
X
2. Em utilizando-se pasta de cimento ao invés de um produto industrializado específico, a
X
mesma é aplicada somente para juntas de espessura menor ou igual a 2 mm.
3. Para espessuras de juntas maiores que 2 mm e menores que 5 mm, utiliza-se
X
argamassa de cimento e areia fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:1.
(motivo: fissuração)
4. Para espessuras de juntas maiores que 5 mm, utiliza-se argamassa de cimento e areia
X
fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:2. (motivo: fissuração)
5. As juntas são frisadas. (o frisamento das juntas proporciona maior compacidade das
X
mesmas, diminuindo a porosidade e consequentemente aumentando a estanqueidade;
recomenda-se o uso de madeira ou fio elétrico encapado)
6. Para casos de “contrapiso zero”, houve a preocupação em se executar juntas com
X
espessuras maiores que a convencional objetivando aumentar a capacidade de absorção
de deformações.
PLANILHA 02 - QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS – CERÂMICA (PAREDE E PISO)
OBRA:
CROQUI:
DESCRIÇÃO: PLACAS CERÂMICAS
OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES
PAVIMENTO: TÉRREO
DATA:
PAREDE M²
AMBIENTE
PERIMETRO
ALTURA
ARÉA
EL.
PISO
PISO M²
FORMA
URBANUS
CARGO
SLIM
GRAY
PLUS
BRANCO
41X41cm
BONE
31X31cm
SEGURANÇA
13,03
0,10
31X31cm
13,03
COPA
8,00
3,00
4,00
0,10
22,11
4,00
DESC.
8,46
3,00
4,15
0,10
BANH. 1
7,92
3,00
3,31
0,10
22,30
3,31
BANH. 2
8,03
3,00
3,37
0,10
22,62
3,37
COPA/A.SERV
13,10
3,00
10,47
0,10
34,86
10,47
IBURD
21,10
0,10
21,10
STA CEIA
29,33
0,10
29,33
7,34
4,15
4,07
OBREIRAS
13,08
3,00
10,53
0,10
35,85
10,53
3,91
OBREIRO
13,00
3,00
10,35
0,10
35,61
10,35
3,65
SANIT DEF.
7,95
2,75
3,92
0,35
20,18
3,92
SANIT. DEF.
7,95
2,75
3,92
0,35
20,18
3,92
SANT. MASC.
33,86
2,75
37,48
0,35
86,64
37,48
SANIT. FEM.
42,73
2,75
37,33
0,35
111,5
37,33
E.B.I. 04
24,34
0,35
24,34
SALA TIAS
9,92
0,35
9,92
BERÇARIO
30,23
0,35
30,23
E.B.I. 01
34,02
0,35
34,02
E.B.I. 02
32,18
0,35
32,18
E.B.I. 03
25,24
0,35
25,24
PLANILHA 03 - RESUMO – QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇO, CERÂMICA (PAREDE E
PISO)
DESCRIÇÃO
QUANTIDADE
QUANTIDADE (m²)
m²/CAIXA
413,21
1,50
275,47
348,22
1,50
232,15
18,97
1,50
12,65
FORMA SLIM BRANCO
31X31cm
URBANUS GRAY 41X41cm
CARGO PLUS BONE
31X31cm
CAIXAS
PLANILHA 04 - CONTROLE DE LIBERAÇÃO DE MATERIAL – CERÂMICA (PAREDE E PISO)
OBRA:
PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA
DESCRIÇÃO: BLOCO CERÂMICO 6 FUROS
DESTINO: PAREDES
OBSERVADOR: ANGELO BARRETO
DATA:
QUANTIDADE REALMENTE UTILIZADA CAIXAS
AMBIENTE
FORMA SLIM
BRANCO 31X31cm
PAREDES
SEGURANÇA
COPA
URBANUS GRAY
CARGO PLUS BONE
41X41cm PISO
31X31cm PISO
10,00
16,00
DESC.
3,00
4,00
BANH. 1
16,00
3,00
BANH. 2
17,00
3,00
COPA/A.SERV.
25,00
8,00
3,00
IBURD
15,00
STA CEIA
22,00
4,00
OBREIRAS
25,00
8,00
3,00
OBREIRO
25,00
8,00
3,00
SANIT DEF.
15,00
4,00
SANIT. DEF.
15,00
4,00
SANT. MASC.
60,00
28,00
SANIT. FEM.
78,00
28,00
E.B.I. 04
19,00
SALA TIAS
8,00
BERÇARIO
23,00
E.B.I. 01
26,00
E.B.I. 02
24,00
E.B.I. 03
20,00
PLANILHA 05 - RESUMO DA LIBERAÇÃO DO
MATERIAL, PAREDE
DESCRIÇÃO
FORMA SLIM BRANCO 31X31cm
QUANTIDADE
EM CAIXAS
293,0
PLANILHA 06 – RESUMO DA LIBERAÇÃO DO
MATERIAL, PISO
DESCRIÇÃO
QUANTIDADE
EM CAIXAS
URBANUS GRAY 41X41cm
268,0
CARGO PLUS BONE 31X31cm
13,0
PLANILHA 07 – RESUMO REVESTIMENTO CERÃMICO PAREDE
DESCRIÇÃO DO MATERIAL
FORMA SLIM BRANCO
31X31cm
QUANTIDADE
QUANTIADE
PREVISTA EM
UTILIZADA
CAIXAS
EM CAIXAS
275,5
293
DIFERENÇA
DIFERENÇA
EM CAIXAS
EM %
17,53
6,36
DIFERENÇA
DIFERENÇA
EM CAIXAS
EM %
PLANILHA 08 - RESUMO PISO CERÂMICO
DESCRIÇÃO DO MATERIAL
URBANUS GRAY 41X41cm
CARGO PLUS BONE
31X31cm
QUANTIDADE
QUANTIADE
PREVISTA EM
UTILIZADA
CAIXAS
EM CAIXAS
232,1
268,0
35,85
15,44
12,6
13,0
0,35
2,79
ANEXO C - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE CONCRETO
USINADO, VIGAS E LAJES
DADOS RELATIVOS AOS MATERIAIS: CONCRETO USINADO
PLANILHA Nº 01
A. Identificação da obra
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Especificação do material
C. Serviços nos quais o material é utilizado
xsuperestrutura de concreto
Outro: __________________________o
oinfraestrutura de concreto
ocontrapiso
D. Lista de verificação
Item
Sim
Recebimento
1. É feita a verificação se as características constantes na N.F. estão de acordo com
o prescrito na especificação. (módulo de elasticidade, resistência à compressão,
consist6encia expressa pelo abatimento do tronco de cone etc.)
2. Para cada caminhão recebido, verifica-se o abatimento do tronco de cone (slump
test).
3. Atenta-se para o horário de saída do caminhão da usina. (deve ter sido registrado
pelo relógio de ponto da concreteira no campo da NF)
4. Verifica-se o lacre da betoneira. (a bica de descarregamento do concreto deve
estar lacrada)
5. Faz-se a conferência quantitativa do volume de concreto entregue na obra.
(cubicagem das fôrmas, contagem do número de jericas etc.)
6. Para o caso de concreto bombeado, as sobras do cocho são aproveitadas.
7. Em dias de concretagem há sempre um pano de concretagem de pouca
importância estrutural por fazer a fim de se aproveitarem eventuais sobras (vergas,
contravergas, contrapisos etc.)
DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:
LANÇAMENTO DO CONCRETO
Não
Não se
aplica
CONCRETO USINADO
PLANILHA Nº 01.1
A. identificação
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Características gerais do serviço
Tipo de mão-de-obra contratada
Forma de contratação dos
serviços
xprópria
osubempreitada
xpor hora
opor tarefa
Com decomposição de movimentos
HORIZONTAL
Equipamento
Pilar
Viga
Laje
____________
Jerica
o
o
o
o
Carrinho de mão
o
o
o
o
_____________
o
o
o
o
VERTICAL
Equipamentos de transporte
Equipamento
Pilar
Viga
Laje
____________
Elevador de obra
o
o
o
o
Moitão/balde 1
o
o
o
o
Sem decomposição de movimentos
Equipamento
Pilar
Viga
Grua
o
o
Bomba
o
x
_____________
o
o
Laje
____________
o
x
o
o
o
o
oLajes convencionais (aquelas em que não existe, durante a execução, um
controle efetivo do seu nivelamento e rugosidade superficial)
xLajes niveladas (existe um controle do seu nivelamento de maneira que a
Classificação das lajes quanto
ao padrão de acabamento
camada de contrapiso seja aplicada com uma espessura mínima)
oLaje acabada (leva em consideração, além dos aspectos de nivelamento,
também a planeza e a rugosidade superficial, dispensando a camada de
contrapiso
ono pavimento tipo, podem existir dois ou os três tipos de laje. Neste caso,
fazer um croqui identificando a classificação de cada uma
Equipamento de marcação,
nivelamento e de prumo
Marcação
Nivelamento
oaparelho a laser
oaparelho a laser
oequipamento óptico
oequipamento
Prumo
oequipamento óptico
óptico
(teodolito)
xoutro Prumo de Peso
(teodolito)
(teodolito)
ooutro _______
onível alemão
xoutro Mestras 1
o
Equipamentos utilizados no
acabamento da laje
rolo
assentador
de
o desempenadeira metálica de cabo
agregado tipo “rollergug”
curto tipo “back end”
o desempenadeira de cabo
o desempenadeira metálica de cabo
longo tipo “bull float”
curto tipo “hand float”
o desempenadeira de cabo
o
longo tipo “blue steel”
“power float” ou “enceradeira”
o
desempenadeira
desempenadeira
motorizada
motorizada
tipo
tipo
“power troweler” ou “helicó ptero”
C. Projeto
Não
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Sim
Não
se
aplica
Existe projeto de produção para lançamento do concreto nas lajes
x
Em caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:
oplanta do pavimento contendo indicação do padrão de acabamento de cada
ambiente ou painel de concretagem
oplanta do pavimento contendo a definição dos painéis de concretagem
oplanta do pavimento contendo o sentido geral de concretagem
oplanta do pavimento contendo o sentido de concretagem em cada painel
oplanta do pavimento contendo o posicionamento e nível das taliscas
oplanta do pavimento contendo a posição das caixas de passagem
oplanta do pavimento contendo os caminhos de concretagem, incluindo a posição
inicial, remoção e relocação dos caminhos de concretagem (sistema de transporte
composto por jericas e elevador de obras)
D. Planejamento e organização da produção
Não
Logística
Sim
Não
se
aplica
1. É feito o planejamento da concretagem do pavimento de forma que o lançamento
do concreto termine junto à caixa de escada ou ao acesso de saída da laje
x
Organização do posto de trabalho
1. É feito o dimensionamento das equipes de trabalho, levando-se em consideração
o ciclo do transporte horizontal inferior, transporte vertical e do transporte horizontal
superior, no caso de concretagem com elevador de obras e jericas ou similar, ou
x
levando-se em consideração o ciclo de operação da grua.
2. As áreas de acesso do concreto, desde a descarga do concreto até o elevador
x
de obras estão delimitadas e/ou desobstruídas
3. Verifica-se as instalações elétricas e os equipamentos (vibradores, guinchos etc.)
x
4. Há um eletricista para a verificação da integridade das tubulações elétricas.
x
5. Há um carpinteiro por frente de trabalho trabalhando sob as fôrmas verificando a
x
integridade e o seu completo preenchimento (pilar e viga) com auxílio de um
martelo de borracha.
6. É prevista um equipe de apoio para o controle e conferência dos níveis após o
x
desempeno da laje
Transporte dos materiais
1. As condições da base do trajeto entre a estocagem dos materiais e produção
x
são providas de alguma melhoria. (existe algum tipo de nivelamento com concreto
magro, tábuas entre outros)
2. Caso haja rampas no trajeto entre o estoque e o equipamento de mistura, as
x
mesmas possuem inclinação menor que 10 %.
3. No caso de se usar rampas de madeira, são pregados sarrafos a fim de evitar
x
que o operário e/ou equipamento escorreguem.
E. Procedimentos de execução e controle
1. Há procedimentos documentados de execução do lançamento do concreto.
x
2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução da
x
concretagem
F. Processo de execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Não
Condições para início do serviço
Sim
Não
se
aplica
1. Os pés dos pilares estão tamponados entre a fôrma e o gastalho. (evitar
x
escorrimento da nata).
2. É feita a vedação das juntas entre os painéis da fôrma com fita adesiva.
x
2. As armaduras são conferidas antes do início da concretagem.
x
3. Confere-se a posição dos gabaritos utilizados para o rebaixo de lajes.
x
4. Confere-se os gabaritos de locação dos furos na laje.
x
5. Confere-se a colocação dos ganchos para a fixação posterior de bandejas de
x
proteção e amarração de torres de guincho.
6. Confere-se o posicionamento dos eletrodutos na laje.
x
7. Confere-se se os mesmos estão devidamente amarrados à armadura positiva da
x
laje.
8. O equipamento de transporte do concreto (jerica, caçamba etc.) é molhado antes
x
da concretagem.
9. Para o caso do bombeamento do concreto, as curvas da tubulação são travadas
x
(evitar problemas de empuxo)
10. As fôrmas são molhadas antes da concretagem (limpeza da mesma)
x
Lançamento, adensamento do concreto
1. Tem-se o cuidado de não lançar grandes quantidades de concreto em pontos
X
isolados da fôrma.
2. Anteriormente à concretagem dos pilares, é lançada uma argamassa de cimento
X
e areia, objetivando impregnar a fôrma e a armadura e também formar uma camada
de argamassa no “pé” do pilar.
3. Usam-se gabaritos para rebaixos de lajes. Em caso afirmativo, anotar o tipo:
oMetálico
oMadeira
X
o outro _________________
4. Para a definição da espessura das lajes, utilizam-se taliscas. Em caso afirmativo,
anotar o tipo:
X
otaliscas com base e haste de PVC e corpo metálico
oargamassa
ooutra Mestra de Madeira
5. As taliscas estão espaçadas entre si por uma distância máxima de 2 m.
X
(adequação ao comprimento da régua de sarrafeamento.
6. Entre as taliscas são executadas mestras de concretagem.
X
X
7. As aberturas na laje para a passagem de tubulações hidrosanitárias são previstas
com auxílio de cones metálicos. Caso negativo, anotar qual o dispositivo adotado:
11
Caixa de Madeira
8. A concretagem dos pilares é feita em camadas respeitando-se o comprimento da
X
agulha do vibrador. (aproximadamente, cada camada deve ter ¾ do comprimento da
agulha)
9. Para alturas de queda livre superiores a 2,5 metros, a concretagem é realizada
X
por etapas de 2,5 metros ou utiliza-se bombas ou funis.
10. É feito o mapeamento das regiões em que foram lançados os concretos de cada
X
caminhão betoneira.
11. Para o adensamento do concreto, a agulha é introduzida e retirada lentamente,
X
de modo que a cavidade formada se feche naturalmente.
LAJES ACABADAS
1. As fôrmas estão niveladas e conferidas com auxílio de um aparelho de nível a
laser. (deve ser posicionado em local estratégico de modo a abranger toda a área
X
da laje)
2. O nível das taliscas é ajustado e conferido com o aparelho de nível a laser.
X
3. O nível das mestras é verificado com aparelho de nível a laser.
X
4. O nivelamento da laje, após o desempeno, é feito a cada faixa de 50 cm, com
X
auxílio de um aparelho de nível a laser.
5. Após o desempeno com madeira, aguarda-se cerca de uma hora para proceder
X
ao alisamento da superfície com o auxílio de um rodo-float.
PLANILHA 02 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (VIGAS PAVIMENTOSUPERIOR)
CROQUI:
OBRA:
OBJETO: VIGAS
OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES
PAV.: SUPERIOR
DATA:
DIMENSÃO cm)
LARGURA (cm)
e1 (cm)
e2 (cm)
e3(cm)
e média(cm)
VS 1
12X60
12,00
11,90
12,10
12,00
12,00
VS 2
12X50
12,00
12,00
12,00
12,00
12,00
VS 3
15X70
15,00
15,00
15,10
15,10
15,07
VS 4
15X60
15,00
14,90
14,90
15,00
14,93
VS 5
15X60
15,00
15,00
15,00
15,00
15,00
VS 6
17X70
17,00
16,90
17,10
17,00
17,00
VS 7
15X40
15,00
14,90
15,20
15,10
15,07
VS 8
15X40
15,00
15,00
15,10
15,20
15,10
VS 9
15X50
15,00
15,00
15,40
15,10
15,17
VS 10
17X70
17,00
17,00
17,00
17,50
17,17
VS 11
17X70
17,00
17,00
17,00
17,00
17,00
VS 12
15X60
15,00
15,00
15,00
15,00
15,00
VS 13
15X50
15,00
15,10
15,20
15,00
15,10
VS 14
12X60
12,00
12,40
12,40
12,20
12,33
VS 15
14X60
14,00
14,00
14,70
14,20
14,30
VS 16
20X60
20,00
20,60
21,00
20,50
20,70
VS 17
20X60
20,00
VS 18
12X60
12,00
VS 19
12X60
12,00
12,00
12,40
12,30
12,23
VS 20
19X60
19,00
19,20
19,40
19,40
19,33
VS 21
17X50
17,00
VS 22
17X50
17,00
VS 23
15X60
15,00
15,20
15,60
15,00
15,27
VIGA
VS 24
20X70
20,00
21,00
21,00
20,60
20,87
VS 25
20X70
20,00
VS 26
15X60
15,00
VS 27
15X60
15,00
VS 28
17X60
17,00
17,00
17,00
17,20
17,07
VS 29
12X40
12,00
VS 30
15X50
15,00
VS 31
15X50
15,00
VS 32
15X50
15,00
VS 33
12X50
12,00
VS 34
12X40
12,00
VS 35
15X50
15,00
VS 36
12X40
12,00
VS 37
15X50
15,00
VS 38
12X50
12,00
VS 39
15X50
15,00
15,30
15,00
15,00
15,10
VS 40
15X50
15,00
VS 41
17X60
17,00
17,20
17,40
17,00
17,20
VS 42
15X50
15,00
15,00
15,00
15,00
15,00
OBS: As larguras e1 e e3, correspondem as larguras das extremidades das vigas e
e3 corresponde a largura do meio do vão. As vigas que se apoiam em mais de dois
pilares, exemplo a viga VS3, possuem mais vão, logo as suas dimensões de
larguras pós concretagem foram tomadas como a média dos seus vãos.
PLANILHA 03 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (VIGAS DA COBERTURA)
OBRA:
CROQUI:
OBSERVADOR:
OBJETO: VIGAS
HUMBERTO
SOARES
PAV.: COBERTURA
DATA:
e
VIGA
DIMENSÃO(cm)
LARGURA(cm)
e1(cm)
e2(cm)
e3(cm)
média(cm)
VC 1
12X50
12,00
12,00
12,00
12,00
12,00
VC 2
15X70
15,00
15,10
15,30
15,00
15,13
VC 3
17X70
17,00
17,80
17,20
17,30
17,43
VC 4
15X50
15,00
15,00
15,40
15,00
15,13
VC 5
17X70
17,00
17,00
17,20
17,10
17,10
VC 6
25X70
25,00
25,00
25,50
25,20
25,23
VC 7
15X50
15,00
15,10
15,20
15,00
15,10
VC 8
14X60
14,00
14,00
14,00
13,90
13,97
VC 9
20X60
20,00
20,20
20,40
20,30
20,30
VC 10
20X60
20,00
20,30
20,30
20,20
20,27
VC 11
25x60
25,00
25,00
25,30
25,30
25,20
VC 12
12x25
12,00
12,00
12,00
11,90
11,97
VC 13
12x25
12,00
12,00
12,10
12,00
12,03
VC 14
15X60
15,00
15,00
15,30
15,10
15,13
VC 15
20X70
20,00
20,10
20,40
20,10
20,20
VC 16
20X70
20,00
20,00
20,30
20,00
20,10
VC 17
15X60
15,00
15,00
15,50
15,00
15,17
VC 18
15X60
15,00
15,10
15,10
15,20
15,13
VC 19
17X60
17,00
17,00
17,20
17,00
17,07
VC 20
15X50
15,00
15,00
15,40
15,20
15,20
VC 21
15X40
15,00
15,00
15,00
15,30
15,10
VC 22
15X50
15,00
15,10
15,50
15,00
15,20
VC 23
12x30
12,00
12,00
12,00
12,00
12,00
VC 24
12x30
12,00
12,00
12,00
12,00
12,00
VC 25
15X50
15,00
14,90
15,00
15,00
14,97
VC 26
12x30
12,00
12,30
12,10
12,00
12,13
VC 27
15X50
15,00
15,00
15,00
15,00
15,00
VC 28
12x30
12,00
11,90
12,40
11,90
12,07
VC 29
15X50
15,00
15,10
15,00
15,00
15,03
VC 30
25X50
25,00
25,30
25,50
25,00
25,27
VC 31
15X50
15,00
15,00
15,30
15,10
15,13
VC 32
17X60
17,00
17,40
17,20
17,00
17,20
CC3
12X25
12,00
12,00
12,00
12,20
12,07
OBS: As larguras e1 e e3, correspondem as larguras das extremidades das vigas e
e3 corresponde a largura do meio do vão. As vigas que se apoiam em mais de dois
pilares, exemplo a viga VS3, possuem mais vão, logo as suas dimensões de
larguras pós concretagem foram tomadas como a média dos seus vãos.
PLANILHA 04 - RESUMO LARGURA DE VIGAS
LARGURA DE
PROJETO (cm)
MÉDIA DAS
LARGURAS PÓS
CONCRETAGEM (cm)
DESVIO
DIFERENÇA EM
DIFERENÇA
PADRÃO
CM
EM %
12,00
12,07
0,10
0,07
0,58
14,00
14,13
0,17
0,13
0,95
15,00
15,09
0,08
0,09
0,62
17,00
17,14
0,13
0,14
0,81
19,00
19,33
0,00
0,33
1,75
20,00
20,41
0,28
0,41
2,03
25,00
25,23
0,03
0,23
0,93
PLANILHA 05 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (LAJES PAVIMENTO SUPERIOR)
OBRA:
CROQUI:
OBJETO: LAJES
OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES
PAV.: SUPERIOR
DATA:
LAJE
ALTURA PROJETO
(cm)
e1(cm)
e2(cm)
e3(cm)
e média(cm)
L2
12,00
12,50
L3
14,00
14,30
L4
14,00
14,00
L5
14,00
L6
14,00
14,30
14,60
14,45
L7
12,00
12,60
13,00
12,80
L8
14,00
14,40
14,70
L9
12,00
12,30
L10
12,00
12,90
11,80
12,35
L11
14,00
L12
14,00
14,40
13,90
14,15
L13
12,00
L14
12,00
12,40
12,00
12,35
12,25
L15
12,00
L16
14,00
L17
12,00
12,00
12,20
12,70
12,30
L18
12,00
12,50
12,00
L19
12,00
14,40
14,35
14,00
14,50
14,53
12,30
12,25
L20
12,00
L21
12,00
L22
12,00
L23
14,00
L24
16,00
16,00
L25
L26
12,00
12,30
12,15
12,70
12,70
16,70
16,10
16,00
16,30
16,40
17,00
16,43
14,00
PLANILHA 06 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (LAJES DA COBERTURA)
OBRA:
CROQUI:
OBJETO: LAJES
OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES
PAV.: COBERTURA
DATA:
LAJE
ALTURA
PROJETO (cm)
e1(cm)
e2(cm)
e3(cm)
e média(cm)
L1
12,00
L2
12,00
L3
12,00
12,4
12,5
12,0
12,3
L5
12,00
13,0
12,6
12,6
12,7
L6
15,00
14,9
15,3
15,1
L8
12,00
L9
16,00
L10
12,00
12,4
12,5
12,45
L11
12,00
12,2
12,0
L12
12,00
12,0
12,1
L13
12,00
L14
12,00
L15
12,00
L16
12,00
L17
12,00
L18
12,00
L19
14,00
L20
14,00
L21
12,00
L22
10,00
L23
10,00
L24
12,5
12,3
12,4
12,3
12,4
12,35
10,3
10,3
10,3
10,00
10,2
10,5
L25
10,00
10,3
10,4
L26
10,00
10,4
10,4
10,35
PLANILHA 07 – RESUMO ESPESSURA DE LAJES
MÉDIA DAS
ESPESSURA
ESPESSURAS
DE PROJETO
PÓS
(cm)
CONCRETAGEM
DESVIO
DIFERENÇA
DIFERENÇA
PADRÃO
EM CM
EM %
(cm)
10,00
10,34
0,04
0,34
3,39
12,00
12,39
0,20
0,39
3,21
14,00
14,30
0,19
0,30
2,12
15,00
15,00
0,00
0,10
0,67
16,00
16,42
0,00
0,42
2,60
PLANILHA 08 - CONTROLE DE RECEBIMENTO DE MATERIAL
OBRA:
PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA
DESCRIÇÃO: CONCRETO 25MPa
OBSERVADOR: ANGELO BARRETO
DESTINO: LAJES E VIGAS
DATA:
HORÁRIO DE
DESCRIÇÃO DO
NÚMERO DA
DATA DO
MATERIAL
NOTA FISCAL
RECEBIMENTO
305
19/8/2009
07:20
8,0
306
19/8/2009
07:40
8,0
307
19/8/2009
07:55
8,0
308
19/8/2009
08:20
8,0
310
19/8/2009
09:15
8,0
311
19/8/2009
10:00
8,0
312
19/8/2009
09:40
9,0
315
19/8/2009
11:40
8,0
317
19/8/2009
12:30
7,0
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
SAÍDA DA
CONCRETEIRA
QUANTIDADE
EM M³
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
318
19/8/2009
12:45
1,0
391
26/8/2009
07:35
7,5
392
26/8/2009
08:20
7,5
394
26/8/2009
11:00
5,0
467
2/9/2009
08:55
8,0
469
2/9/2009
10:35
8,0
471
2/9/2009
11:20
8,0
472
2/9/2009
11:50
8,0
473
2/9/2009
12:30
8,0
474
2/9/2009
12:45
8,0
475
2/9/2009
13:40
8,0
477
2/9/2009
15:10
8,0
478
2/9/2009
16:10
8,0
479
2/9/2009
17:00
3,0
653
18/9/2009
11:15
8,0
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
654
18/9/2009
11:20
8,0
655
18/9/2009
11:40
8,0
656
18/9/2009
12:00
8,0
657
18/9/2009
12:15
8,0
658
18/9/2009
12:40
8,0
660
18/9/2009
14:30
2,0
767
28/9/2009
09:50
8,0
768
28/9/2009
10:15
8,0
769
28/9/2009
12:40
3,0
847
2/10/2009
08:50
8,0
848
2/10/2009
09:15
8,0
849
2/10/2009
09:40
8,0
850
2/10/2009
10:00
8,0
851
2/10/2009
10:15
8,0
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
Concreto 25 MPa,
slump 100+/- 10mm
852
2/10/2009
10:50
8,0
853
2/10/2009
11:15
8,0
854
2/10/2009
11:55
8,0
857
2/10/2009
14:00
8,0
858
2/10/2009
14:00
1,0
OBS:
1 - Dia 28/09/09 foram concretados quatro pilares de 35x50cm e 3,70m de altura
2 - Dia 02/10/09 foram concretados seis pelares de 22x22cm e 3,80m de altura
3 - Dia 02/09/09 foram concretados sete pilares de 22x22cm e 3,70m de altura
4 - Dia 19/08/09 foram concretados um pilar de 35x50cm e 3,80m de altura,
um pilar de 30x30cm e 2,75m de altura, e as paredes do batistério.
Isso totaliza um consumo de concreto = 9,31m³
Logo o total de concreto utilizado para vigas e lajes será decrescido desta
quantidade
TOTAL PREVISTO
DE CONCRETO M³
PARA LAJES DA
COBERTURA
73,79
TOTAL PREVISTO
DE CONCRETO M³
PARA LAJES PAV
SUPERIOR
93,42
55,76
PAV SUPERIOR
PARA VIGAS
CONCRETO M³
PREVISTO DE
TOTAL
51,02
COBERTURA
PARA LAJES DA
DE CONCRETO M³
TOTAL PREVISTO
300,69
CONCRETO M³
UTILIZADO DE
TOTAL
PLANILHA 09 – RESUMO CONCRETO USINADO
26,70
M³
DIFERENÇA EM
9,75
DIFERENÇA EM %
ANEXO D - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO CONTRAPISO
DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:
CONTRAPISO
ARGAMASSA USINADA
PLANILHA Nº 01
A. Identificação
Observador: Humberto Soares
Data:
B. Características gerais do serviço
Tipo de mão-de-obra
contratada
Forma de contratação dos
serviços
xprópria
osubempreitada
xpor hora
opor tarefa
Com decomposição de movimento
Horizontal
Equipamento de transporte
do revestimento cerâmico do
estoque ao posto de trabalho
Vertical
ojerica
oelevador de obra
xcarrinho de mão
oguincho de coluna (velox)
ooutro_________________
xoutro
Roldana
1
Sem decomposição de movimentos
Equipamento de nivelamento
ogrua
oBomba
olaser
onível alemão
xnível de mangueira
Limpeza e preparo da base
o vanga ou similar
xcolher de pedreiro 9”
o picão / ponteiro
o peneira com cabo
o marreta
x balde plástico
xvassoura
Equipamentos e ferramentas
de limpeza, preparo da base
e execução do contrapiso
propriamente dito
Execução do contrapiso
de
cerdas
duras
(tipo
ovassoura de cerdas duras
piaçava)
o brocha
o brocha
xpá ou enxada
x mangueira ou baldes
o metro articulado
o ________________________
o soquete com base aproximadamente
de 30x30 cm e 10 kg de peso
x réguas de alumínio
o desempenadeiras de madeira
o desempenadeira de aço
o espuma
o ________________________
Classificação quanto à aderência
xaderido
o não aderido
oflutuante
C. Projeto
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Sim
1. Há projeto de contrapiso.
Não
X
2. Caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:
oespecificação do nível de referência da laje, bem como os pontos cujos níveis
devem ser verificados;
oposicionamento das taliscas, perfeitamente identificadas;
odeclividade das áreas molháveis;
otipo de acabamento superficial;
odesníveis entre ambientes;
oespessura do contrapiso;
olegenda contendo os tipos de revestimentos de piso;
oprocedimentos de execução.
oespecificação de argamassa
D. Planejamento e organização da execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Logística
1. Realiza-se o planejamento do transporte da argamassa do local de produção ao
X
local de aplicação, ou seja, existem caminhos previamente definidos para o
transporte horizontal de argamassa do local de produção ao local de aplicação.
2. O sequenciamento de execução do contrapiso no pavimento é de tal forma que
X
evita o tráfego de pessoas e equipamentos nos ambientes executados.
Organização do posto de trabalho
1. Há um sistema de solicitação de argamassa ao local de produção que evite as
sobras no local de aplicação.
2. O taliscamento das lajes é realizado de acordo com o comprimento da régua de
X
sarrafeamento.
Transporte dos materiais
1. As rampas existentes no trajeto (produção-aplicação) têm inclinação inferior a
X
10%.
2. As condições do trajeto são isentas de saliências ou depressões, ou seja, a
base está regularizada.
X
Não se
aplica
E. Procedimentos de execução e controle
ITENS DE VERIFICAÇÃO
1. Dentro do projeto de contrapiso ou fora dele, há procedimentos documentados
X
de execução do contrapiso.
2. Dentro do projeto de contrapiso ou fora dele, há procedimentos documentados
X
de verificação e controle da execução do contrapiso.
F. Processo de execução
ITENS DE VERIFICAÇÃO
Condições para o início do serviço
1. A elevação das alvenarias está concluída.
X
1. Caso a elevação da alvenaria seja feita posteriormente ao contrapiso, a
X
dosagem da argamassa empregada no contrapiso é coerente com um nível maios
de solicitação. (trânsito de pessoas e equipamentos etc)
2. As instalações elétricas e hidráulicas do piso estão concluídas.
X
3. As instalações elétricas e hidráulicas do piso estão testadas.
X
Limpeza da base e verificação dos níveis
1. Toma-se os níveis em vários pontos do ambiente para a determinação da
X
espessura do contrapiso.
2. Antes da tomada dos níveis de referência e do taliscamento, os ambientes sã o
X
limpos, ou seja, são retirados restos de argamassas e removidos óleos, graxas
etc.
Assentamento de taliscas
1. É realizado o taliscamento prévio da laje para a execução do contrapiso
X
propriamente dito.
2. No caso de realizar o taliscamento, as taliscas são localizadas de acordo com
X
os pontos de verificação de nível especificados no projeto.
3. Os pontos de assentamento das taliscas são devidamente limpos e previamente
X
umedecidos.
4. Polvilha-se cimento após a limpeza e umedecimento dos pontos a fim de se
X
garantir a aderência da argamassa de assentamento das taliscas à base, evitandose que as taliscas sejam acidentalmente deslocadas de sua posição original.
5. Junto aos ralos de áreas molháveis, executa-se uma talisca em anel, de forma a
X
garantir o caimento mínimo em sua direção.
6. A argamassa de assentamento das taliscas tem características idênticas à que
X
será empregada no contrapiso.
Execução de mestras
1. Executam-se mestras entre as taliscas.
X
2. Compactam-se as mestras.
X
Lançamento, sarrafeamento da argamassa e acabamento da superfície
1. Para ambientes cujas espessuras de contrapiso forem maiores que 50 mm ,
X
executa-se o contrapiso em duas camadas.
2. Molha-se a laje com água em abundância antes do lançamento da argamassa.
X
3. Remove-se o excesso de água lançada na laje.
X
4. Independentemente do número de camadas, a argamassa lançada é
X
compactada a fim de diminuir os vazios proporcionando maior resistência.
5. Após o sarrafeamento, o deslocamento das pessoas sobre a argamassa é feito
X
sobre pranchas.
6. Para os contrapisos aderidos, executa-se a camada de aderência polvilhando-
X
se a laje com cimento. (geralmente utiliza-se uma peneira e aplica-se uma
2
quantidade aproximada de 0,5 kg/m ).
7. Para contrapisos aderidos, o polvilhamento com cimento inicia-se pelos pontos
da laje que receberão a argamassa primeiramente, evitando que a nata que se
forma devido ao polvilhamento endureça antes do lançamento da argamassa
(geralmente polvilha-se inicialmente a região onde serão executadas as mestras
para em seguida polvilhar o restante do ambiente, após as mesmas estarem
prontas).
8. Para o caso dos contrapisos não aderidos, não é realizado nenhum preparo
especial da base, uma vez que não há necessidade de aderência do contrapiso à
mesma. (lavagem, retirada de graxas e óleos etc.).
9. No caso de contrapiso flutuante, a compactação da camada de argamassa
colocada sobre uma camada intermediária compressível é realizada com um
vibrador de superfície, evitando que a camada intermediária se deforme
diferencialmente.
10. Ainda para os contrapisos flutuantes, a execução da camada de contrapiso é
feita em duas etapas, ou seja: a primeira camada é lançada com espessura de 25
mm, sendo compactada e nivelada apenas com régua e, decorrido o intervalo de
24 horas, é lançada a segunda camada, também adequadamente compactada.
11. Em se tratando ainda de contrapiso flutuante, entre as duas camadas é
colocada uma malha metálica, a fim de se reduzir o risco de fissuração.
12. Contrapisos que receberão acabamentos finos colados (por exemplo vinílicos)
são desempenados com desempenadeiras metálicas, proporcionando um
acabamento mais liso.
13. O acabamento de contrapisos que receberão revestimentos fixados com
dispositivos ou argamassa adesiva (revestimento cerâmico, por exemplo), é feito
com desempenadeira de madeira (contrapiso desempenado).
14. Para o caso dos contrapisos reforçados, logo após o sarrafeamento da
X
superfície com régua metálica, polvilha-se cimento sobre a argamassa sarrafeada.
15. O contrapiso é umedecido durante seu período de cura.
16. O contrapiso é isolado do trânsito de pessoas e equipamentos durante um
período mínimo de 3 dias.
PLANILHA 02 - QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS
OBRA:
CROQUI:
OBSERVADOR:
OBJETO: CONTRAPISO
SOARES
PAV.: TÉRREO
AMBIENTE
HUMBERTO
DATA:
ÁREA PISO
(m²)
ESPESSURA
VOLUME DE
DE PROJETO
MASSA,
(cm)
PREVISTO (m³)
ESPESSURA
MÉDIA DE
EXECUÇÃO
(cm)
SEGURANÇA
13,03
3,00
0,39
3,60
COPA
4,00
3,00
0,12
4,33
DESC.
4,15
3,00
0,12
4,20
BANH. 1
3,31
3,00
0,10
4,28
BANH. 2
3,37
3,00
0,10
3,40
COPA/A.SERV.
10,47
3,00
0,31
3,98
IBURD
21,10
3,00
0,63
3,80
STA CEIA
29,33
3,00
0,88
2,98
8,84
3,00
0,27
3,30
OBREIRAS
10,53
3,00
0,32
2,95
OBREIRO
10,35
3,00
0,31
2,78
CIRCULAÇÃO
04
DEPÓSITO
18,00
3,00
0,54
2,90
ATENDIMENTO
14,39
3,00
0,43
3,40
LAVABO
2,11
3,00
0,06
2,95
43,60
3,00
1,31
3,73
7,35
3,00
0,22
3,90
41,13
3,00
1,23
3,48
SANIT DEF.
3,92
3,00
0,12
2,78
SANIT. DEF.
3,92
3,00
0,12
2,98
SANT. MASC.
37,48
3,00
1,12
1,00
SANIT. FEM.
37,33
3,00
1,12
3,08
85,05
3,00
2,55
3,10
35,36
3,00
1,06
3,35
E.B.I. 04
24,34
3,00
0,73
3,48
SALA TIAS
9,92
3,00
0,30
3,15
BERÇARIO
30,23
3,00
0,91
2,88
E.B.I. 01
34,02
3,00
1,02
3,53
E.B.I. 02
32,18
3,00
0,97
2,90
E.B.I. 03
25,24
3,00
0,76
3,55
CIRCULAÇÃO
03
DEPÓSITO
ESCADA
CIRCULAÇÃO
02
CIRCULAÇÃO
01
RAMPA DE
ACESSO
PLANILHA 03 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS
OBRA:
CROQUI:
OBSERVADOR:
OBJETO: CONTRAPISO
SOARES
PAVIMENTO: TÉRREO
DATA:
AMBIENTE
ESPESSURA DE
PROJETO (cm)
HUMBERTO
e1(cm)
e2(cm)
e3(cm)
e4(cm)
e média(cm)
SEGURANÇA
3,00
4
3,4
3,6
3,4
3,6
COPA
3,00
4,7
3,6
4,6
4,4
4,325
DESC.
3,00
4,3
4,6
3,7
4,2
4,2
BANH. 1
3,00
5,2
4,8
3,2
3,9
4,275
BANH. 2
3,00
3
3,9
3,7
3
3,4
COPA/A.SERV.
3,00
3,3
4,7
4,3
3,6
3,975
IBURD
3,00
4
4,2
3,8
3,2
3,8
STA CEIA
3,00
3
3,2
3
2,7
2,975
3,00
3,6
3,4
3,1
3,1
3,3
OBREIRAS
3,00
3,3
2,7
2,9
2,9
2,95
OBREIRO
3,00
2,6
2,5
3
3
2,775
DEPÓSITO
3,00
3,2
3,1
2,6
2,7
2,9
ATENDIMENTO
3,00
3,6
3
3,4
3,6
3,4
LAVABO
3,00
3
3
2,8
3
2,95
3,00
3,4
3,7
3,8
4
3,725
CIRCULAÇÃO
04
CIRCULAÇÃO
03
DEPÓSITO
3,00
4
3,8
3,8
4
3,9
3,00
3,5
3,3
3,6
3,5
3,475
SANIT DEF.
3,00
2,8
2,8
2,8
2,7
2,775
SANIT. DEF.
3,00
3
3
2,9
3
2,975
SANT. MASC.
3,00
0,7
2
0,8
0,5
1
SANIT. FEM.
3,00
3
2,8
3,5
3
3,075
3,00
3,2
3,1
3
3,1
3,1
3,00
3,2
3,4
3,4
3,4
3,35
E.B.I. 04
3,00
3,3
3,5
3,5
3,6
3,475
SALA TIAS
3,00
3
3,2
3,2
3,2
3,15
BERÇARIO
3,00
3,3
2,6
2,8
2,8
2,875
E.B.I. 01
3,00
3,6
3,4
3,5
3,6
3,525
E.B.I. 02
3,00
3
2,9
2,8
2,9
2,9
E.B.I. 03
3,00
3,3
3,5
3,7
3,7
3,55
ESCADA
CIRCULAÇÃO
02
CIRCULAÇÃO
01
RAMPA DE
ACESSO
PLANILHA 04 – RESUMO ESPESSURA DE CONTRA-PISO
MÉDIA DAS
ESPESSURA
ESPESSURAS
DE PROJETO
PÓS
(cm)
CONCRETAGEM
DESVIO
VARIAÇÃO
VARIAÇÃO
PADRÃO
EM CM
EM %
0,63
0,30
9,97
(cm)
3,00
3,30
PLANILHA 05 - CONTROLE DE RECEBIMENTO DE MATERIAL
OBRA:
PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA
DESCRIÇÃO: ARGAMASSA 1:4
OBSERVADOR: ANGELO BARRETO
DESTINO: LAJES E VIGAS
DATA:
HORÁRIO DE
DESCRIÇÃO DO
NÚMERO DA
DATA DO
MATERIAL
NOTA FISCAL
RECEBIMENTO
997
14/10/2009
07:15
3,0
1286
30/10/2009
07:00
7,0
1355
4/11/2009
12:55
4,0
1375
5/10/2009
10:50
4,0
1464
9/11/2009
15:50
3,0
Argamassa para
contrapiso, 1:4
Argamassa para
contrapiso, 1:4
Argamassa para
contrapiso, 1:4
Argamassa para
contrapiso, 1:4
Argamassa para
contrapiso, 1:4
SAÍDA DA
CONCRETEIRA
QUANTIDADE
EM M³
604,05
(M²)
TOTAL
ÁREA
3
PROJETO (cm)
ESPESSURA DE
3,30
CONCRETAGEM (cm)
ESPESSURAS PÓS
MÉDIA DAS
21,00
ULTILIZADA (M³)
(M³)
18,12
ARGAMASSA
ARGAMASSA PREVISTA
PLANILHA 06 – RESUMO CONTRA-PISO USINADO
2,88
M³
DIFERENÇA EM
15,88
EM %
DIFERENÇA
ANEXO E – CROQUIS 01 E 02, PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO E
SUPERIOR
Croqui 01 – Planta baixa pavimento térreo
Croqui 02 – Planta baixa pavimento superior
ANEXO F - ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Empresa:
Nome:
Cargo:
Data da entrevista:
Entrevista semi-estruturada
1. Já foi elaborado algum estudo, em alguma obra da empresa, sobre perda de
materiais?
2. De onde são extraídos os índices de perdas de materiais utilizados no processo
de orçamentação?
3. A preocupação dos gestores, tanto da empresa quanto da obra, quanto aos
índices de perdas de materiais que possam haver na obra?
4. Você acha que a interferência no processo executivo visando a redução das
perdas de materiais, pode ajudar para elevação da qualidade final do produto?
5. Você acha que a interferência no processo executivo visando a redução das
perdas, pode ajudar na maximização do lucro?
6. Você conseguiu enxergar resultados positivos e/ou negativos no estudo
realizado? Explique.
7. Qual sua avaliação final sobre o estudo? E a pesquisa agregou algo para a
empresa?
RESPOSTAS
1 – Não
2 – Do TCPO. Na maioria das vezes é considerado um índice de perda fictício, 10%,
independente do tipo de serviço ou material. Sabe-se que em alguns serviços estes
índices são menores e em outros maiores, o que deve acabar compensando um ao
outro.
3 – O fato da empresa não ter desenvolvido até então nenhum tipo de estudo nesta
área, não quer dizer que não houvesse preocupação com as perdas, pois sabe-se
que isto pode elevar o custo da edificação.
4 – Com certeza, evitando retrabalhos. Cortes, quebras, emendas ficam as vezes
visíveis e prejudicam a estética do produto. As vezes um serviço mal feito pode
também comprometer o desempenho do produto, como por exemplo uma camada
de massa única mais espessa pode não ter aderência suficiente para suportar seu
próprio peso e desplacar.
5 – Com certeza. Este, sem sombra de dúvidas, é o principal objetivo de se
mensurara e identificar as causas das perdas para tenta solucioná-las e se possível
“eliminá-las”.
6 – De forma geral o estudo foi proveitoso para a empresa para que posteriormente,
em outras obras, possa tentar aplicar as soluções aqui encontradas para minimizar
as perdas. Não poderia dizer o mesmo para a obra, pois já não há mais tempo para
executar mudanças.
Não esperava que o índice de concreto fosse alcançar 10%, pois a única parte de
material que é de fácil observação e te demonstra o desperdício, é a parcela que
não é incorporada a edificação e sai da obra como entulho.
7 – Acho que o principal retorno que esta pesquisa pode ter dado foi:
Demonstrar os pontos falhos no processo executivo, como nivelamento de formas,
plano de corte de cerâmica.
Pode ter sido um ponto de partida para que a empresa possa da prosseguimento,
fazendo um estudo mais completo, e consequentemente montar seu próprio banco
de dados para auxiliar no processo de orçamentação.
Até o momento o meu pensamento como gestor de obras, era trabalhar com
premiação por produtividade, porem o funcionário na tentativa maximizar o seu lucro
não dava importância a um material que poderia ser reaproveitado, temos com
exemplo a massa única da fachada que foi pago um certo valor por m² produzido, e
toda argamassa que caia no “pé” da parede era perdida e no final do dia ainda
tínhamos que colocar serventes para recolher a argamassa, gerando entulho.
Com este estudo percebi que algumas perdas são de fácil controle e estão ao
alcance dos operários, sendo assim poderíamos criar, assim como para produção,
uma política de premiação para racionalização de insumos.

Documentos relacionados