Comentário da Parashá

Transcrição

Comentário da Parashá
Iyar 5758
Parashat Acharei Mot/Kdoshim Para a semana que termina1em& 26maio1998
*13 Iyar/8 & 9 maio fora de Israel
Resumo da Parashá
ACHAREI MOT
Hashem instrui os kohanim para tomarem muito cuidado
ao entrar no Mishkan. Em Yom Kipur, o Kohen Gadol entra
na parte mais sagrada do Mishkan após preparações
especiais e usando roupas específicas. Ele consagra
oferendas que são especiais para Yom Kipur, incluindo as
duas cabras idênticas que são designadas através de sorteio.
Uma é “para Hashem” e é oferecida no Templo, enquanto
que a outra é “para Azalzel” no deserto. A Torah indica as
obrigações específicas do indivíduo para Yom Kipur, no
décimo dia do sétimo mês: restrições físicas como comer,
beber, consagrar, usar calçados de couro, se lavar, e
relações íntimas.
Consumir sangue é proibido. O sangue de pássaros abatidos
e animais não domesticados tem que ser coberto. O povo é
prevenido de não se envolver nas práticas pecaminosas que
eram comuns no Egito. Incesto é definido e proibido.
Relações matrimoniais são proibidas no período mensal do
ciclo da mulher. Homossexualidade, bestialidade e
sacrifício de crianças é proibido. O povo é instruido para
não se corromper com essa proibições para poder merecer
entrada na Terra de Israel.
KDOSHIM
A nação recebe o mandamento de ser sagrada. Muitas
proibições e mandamentos positivos são ensinados:
Proibições: idolatria, comer oferendas após o período
estipulado, roubo e assalto, negação de assalto, falso
juramentos, retenção de propriedade alheia, atrasar
pagamento de empregados, bater e amaldiçoar um judeu
(especialmente os próprios pais), dizer calúnias, colocar
empecilhos físicos e espirituais, perversão de justiça, não
agir quando outros estão em perigo, embarassar, vingança,
guardar rancor, cruzamento de espécies diferentes, usar
vestimenta feita de lã e linho, colher uma árvore nos três
primeiros anos, gulodice e intoxicação, feitiçaria, raspar a
barba e costeletas, tatoagem.
Positivos: Temer e respeitar os pais e idosos, deixar parte da
colheita para os pobres, amar a outros (especialmente
convertidos), comer em Jerusalém frutas do quarto ano da
árvore, temer o Templo, respeitar Rabinos, cegos e surdos.
Vida em família tem que ser sagrada. Nós somos
prevenidos a não imitar o comportamento dos gentios, para
não perder a Terra de Israel. Nós temos que cumprir
kashrut, e portanto manter nosso status especial e separado.
Parashat Acharei Mot/Kdoshim
Comentário da Parashá
ACHAREI MOT
DE DENTRO PARA FORA
“E ele (Aharon) colocará o incenso no fogo
diante de Hashem”. (16:13)
Na primeira parte do serviço de Yom Kipur no Beit
HaMikdash, o Kohen Gadol queimava o incenso no local
Sagrado dos Sagrados.
Os Tzadukim (Saduceus), que negavam a autoridade da
Torah oral, afirmaram que o incenso teria que ser colocado
inicialmente numa oferenda fora do local Sagrado dos
Sagrados, e somente depois o Kohen Gadol teria que trazela para dentro. O Talmud (Yoma 53) cita o verso acima
como prova do contrário, de que o incenso teria que ser
colocado somente no fogo “diante de Hashem”.
Em toda geração, o povo judeu tem “Tzadukim”, aqueles
que querem introduzir novidades no Judaismo baseadas em
idéias “de fora”, estranhas a nossa tradição. Como imitando
o mundo secular, introduzindo “aperfeiçoamentos”,
“ajustes” e “modernizações” para dentro da santidade de
Israel. Os sábios de Torah de todas as gerações discutem
arduamente contra essas “melhoras”.
Obviamente a Torah não está desatualizada. Pelo contrário,
a Torah se dirige a toda geração em todos aspectos, ás
vezes se involvendo em detalhes científicos, para expressar
como a halacha considera tudo que se refere ao mundo
moderno. Mas essa visão é extrapolada da essência interna
da Torah para fora, e não imitada de fora.
A Torah se relaciona ao mundo moderno, não em termos
de concessões ou abrandamentos, não mudando de acordo
com a ideologia do momento, ou os conceitos de moda do
mundo. Pelo contrário, ela considera o mundo com
princípios intrínsicos e imutáveis.
KDOSHIM
CENTRO DO ESTÁGIO
“Ame a outro como a si mesmo - Eu sou
Hashem”. (19:18)
O Rabino Akiva afirmou que esse é um princípio básico de
toda a Torah. Mas na realidade como é possível amar a
outro como amamos à nós mesmos?
A pessoa tende a ver o mundo ego centricamente, e ainda
quando se comporta altruisticamente, suas ações
geralmente emanam do desejo de se sentir bem consigo
mesmo.
Isso não é amar a outro como a si mesmo. Isso é amar a si
próprio!
Então como alguém pode amar a outro tanto quanto ama a
si mesmo?
A resposta está no verso: “Eu sou Hashem”.
6 Iyar 5758 — 1 & 2 maio1998
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Esta publicação contém termos sagrados. Favor tratá-la com respeito.
Quando a pessoa se coloca no centro do universo ao invés
de Hashem, então todas as outras criações estão a anos-luz
dele. Porque ele se coloca no centro de tudo, ele
necessariamente se sente removido deoutros. Só pode haver
um centro. E ele roubou o centro do palco para si.
Mas quando ele percebe que não é Deus, mas que “Eu sou
Hashem” - que Hashem é Deus, então como criação Divina
ele se vê relacionado a outros. Pois tanto ele como outros
estão a pontos equidistantes do Centro de tudo.
Então, de certa forma não existe diferença entre “eu” e
“você”. Pois todos nós somos expressões da vontade do
Criador, consequentemente eu posso amar tanto a outro
quanto eu amo a mim mesmo.
(Rabino Mordechai Perlman)
Haftarah: Ashkenazim: Amos 9:7-15
Sefaradim: Yechezkiel 20:2-20
NO INTERIOR DA FAZENDA
“Note - dias estão vindo - as palavras de
Hashem - quando o arador encontrará o
colhedor...” (Amos 9:13)
Um morador da cidade, que nunca esteve fora da
metrópole, um dia se encontrou na fazenda, observando
um fazendeiro arando a terra e plantando sementes nos
sulcos. Ele pensou que alguém certamente precisava de
ajuda psiquiátrica urgente. O fazendeiro estava enterrando
na terra grãos saudáveis para que apodreçam! O morador da
cidade saiu, e retornou em seguida para a metrópole. Se ele
tivesse ficado lá mais tempo, ele teria testemunhado que
cada semente podre tinha se se tornado espigas de trigo
fartas e seus grãos colhidos foram suficientes para um ano
inteiro. Se ele tivesse ficado lá mais tempo, ele teria
certamente entendido que todo o arado e a semeação
tinham propósito, e não teria pensado de forma alguma que
o fazendeiro era louco. Porém, como o morador da cidade
retornou para a metrópole, ele não entendeu o motivo das
ações do fazendeiro.
Hoje em dia, nós olhamos para o mundo ao nosso redor e
vemos os pecadores prosperando e os justos sofrendo.
Porém, nós vemos somente o princípio do processo, e não
seu término e próposito. No futuro, haverá uma revelação
completa da Providência Divina guiando o mundo, e então
entenderemos o sentido de cada evento, ainda que tenham
parecido ilógicos e injustos. O “arado” será visto com a
perspectivas do “colhedor” - “... quando o arador
encontrará o colhedor...”
(Baseado no Maggid de Dubno)
CANTADAS
INTROSPECÇÕES SOBRE AS CANÇÕES
DURANTE AS REFEIÇÕES DE SHABBOS
ATRAVÉS DAS GERAÇÕES.
LECHA DODI
hsus vfk
PARA VOCÊ MINHA NOIVA…
Nós funcionamos conseqüentemente para você,
vimos, bride real do oh
l`trek wurb ifc
vfuxb vkf htuc
b’chayn na narutz likrosaych
bo’ee chalah n’suchah
Quando um homem corre na rua e colide com outro que está andando, o corredor é considerado culpado pelos danos que
tenha causado, porque não é normal correr em um lugar público. Porém se isso ocorreu logo antes do princípio do Shabat, o
corredor é absolvido pois é permitido correr para dar boas-vindas para o dia sagrado assim como faria para receber uma visita
real.
O Rabino Chanina costumava gritar antes do Shabat: “Vamos em direção a noiva real do Shabat”. O Rabino Yanai costumava
vestir suas melhores roupas e proclamar: “Venha noiva, venha noiva”.
Essa é a idéia de ir em direção ao Shabat para saluda-lo, expressando a última stanza do “Lecha Dodi”. Nesse momento
cantamos: “Nós corremos em direção a você. Venha noiva real”.
Parashat Acharei Mot/Kdoshim
6 Iyar 5758 — 1 & 2 maio1998
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