pdf português - CEBC - Conselho Empresarial Brasil
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Edição 10 _OUTUBRO 2014 Visita do presidente Xi Jinping ao Brasil e celebração de 40 anos de parceria Brasil-China Comercio Bilateral 02 Update empresarial 05 Update institucional 11 Cebc recomenda 15 O China Brazil Update é uma publicação do CEBC, que tem por objetivo atualizar os empresários brasileiros e chineses e os representantes de governo sobre as principais notícias de investimentos e comércio entre os dois países, reunindo, sob a ótica empresarial, dados e fatos da agenda bilateral. china/brazil update Comércio bilateral Balança Comercial De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente de comércio Brasil-China totalizou US$ 42,28 bilhões, no primeiro semestre de 2014, o que reflete um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações somaram US$ 23,88 bilhões, apresentando um cresci- mento de 4% em relação ao primeiro semestre de 2013. Por sua vez, as importações advindas do país asiático totalizaram US$ 18,40 bilhões, refletindo um aumento de 5%. Com estes resultados, o saldo da balança comercial entre os dois países fechou o primeiro semestre de 2014 com US$ 5,47 bilhões favoráveis ao Brasil. Tabela 1: Balança comercial – 1º semestre de 2014 em comparação com o 1º semestre de 2013 (US$ MILHÕES) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Elaboração: CEBC EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO CORRENTE 2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. % 2013 2014 1º Trimestre 7.718 9.582 24% 8.823 9.748 10% -1.104 -166 85% 16.541 19.330 Var. % 17% Janeiro 1.705 2.178 28% 3.107 4.005 29% -1.402 -1.827 -30% 4.812 6.183 28% Fevereiro 2.109 2.847 35% 2.863 2.977 4% -754 -130 83% 4.972 5.824 17% Março 3.905 4.557 17% 2.853 2.766 -3% 1.052 1.791 70% 6.757 7.323 8% 2º Trimestre 15.238 14.298 -6% 8.762 8.656 -1% 6.476 5.642 -13% 24.001 22.954 -4% Abril 4.712 4.487 -5% 2.834 2.915 3% 1.877 1.573 -16% 7.546 7.402 -2% Maio 5.630 5.020 -11% 2.864 3.100 8% 2.767 1.920 -31% 8.494 8.119 -4% Junho 4.896 4.791 -2% 3.064 2.642 -14% 1.831 2.149 17% 7.960 7.433 -7% Acumulado 22.957 23.880 4% 17.585 18.404 5% 5.371 5.476 2% 40.542 42.284 4% Gráfico 1: Comércio Brasil-China no 1º semestre de 2014 (US$ bilhões) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Elaboração: CEBC 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Gráfico 2: Saldo comercial do Brasil com países selecionados no 1º semestre de 2014 (US$ milhões) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Elaboração: CEBC 4% 4000 4% 23 23,9 5% 2000 17,6 18,4 2% 5,4 Corrente 1º Sem. 2013 Exportações Importações 5,5 Saldo 0 -2000 -4000 -6000 4.499 2.621 China América Latina União Europeia -2.627 BRICS EUA -4.731 1º Sem. 2014 Cabe destacar que o primeiro semestre de 2014 apresentou o maior superávit comercial do Brasil com a China nos últimos quatro anos, o que evidencia o crescimento das exportações brasileiras, impulsionadas, principalmente, pelo bom resultado proveniente do envio de soja ao país asiático neste período. CEBC 2 5.476 6000 40,5 42,3 Desta forma, a expansão das exportações brasileiras vem sustentando o saldo comercial fortemente positivo com a China, compensando o déficit em transações comerciais com outras juridições, a exemplo dos EUA e Europa, mercados com os quais o Brasil fechou o primeiro semestre de 2014 com balanças comerciais negativas da ordem de US$ 4.7 bilhões e US$ 2.6 bilhões, respectivamente. china/brazil update Pauta de Exportação No primeiro semestre de 2014, foi possível observar que, de forma geral, o padrão das exportações brasileiras para a China se manteve igual ao verificado nos anos anteriores, uma vez que as vendas para o país asiático se concentraram em três produtos – soja, minério de ferro e óleos brutos de pe- tróleo, responsáveis por 85,1% do total da pauta. No entanto, cabe mencionar o importante ganho relativo da participação da soja, que passou a representar, nos primeiros seis meses deste ano, aproximadamente 50% do total das exportações brasileiras para a China. Tabela 2: Pauta de exportação - 1º semestre de 2014 em comparação com o 1º semestre de 2013 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 2013 EXPORTAÇÕES US$ (milhões) PRODUTOS OU FAMÍLIAS DE PRODUTOS 2014 Ton (mil) US$ (milhões) Ton (mil) Var. (%) US$ Var.(%) Ton (mil) Participação na pauta em 2014 (US$) Soja, mesmo triturada 10.940 20.717 11.982 23.693 10% 14% 50,2% Minérios de ferro e seus concentrados 6.963 70.572 6.733 81.318 -3% 15% 28,2% Óleos brutos de petróleo 1.613 2.334 1.591 2.398 -1% 3% 6,7% Celulose 612 1.224 667 1.406 9% 15% 2,8% Açúcares 339 780 325 834 -4% 7% 1,4% Couros e peles 186 87 260 97 39% 12% 1,1% Carne de aves 221 92 237 106 7% 15% 1,0% Ferro-ligas 191 8 225 22 18% 186% 0,9% Óleo de soja 201 185 198 225 -1% 22% 0,8% Minérios de cobre e seus concentrados 86 44 135 75 57% 70% 0,6% Couros preparados 84 5,7 130 7,2 55% 28% 0,5% Pasta química de madeira, para dissolução 116 141 127 137 9% -3% 0,5% Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas 227 30 106 15 -53% -50% 0,4% Outros 1.176 - 1.163 - -1% - 4,9% Destaque também deve ser dado ao setor de mineração, no qual o minério de ferro apresentou crescimento, em toneladas, de 15%, amortecendo a tendência de queda dos preços internacionais da commodity nos últimos meses. Houve, também, um considerável impulso nas exportações de ferro-ligas, que obtiveram crescimento, em toneladas, de 186%. Gráfico 3: Variação das exportações em US$ e toneladas no 1º semestre de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Elaboração: CEBC Soja Minério de ferro 25.000 20.000 15.000 10.000 20.717 10% 10.940 14% 23.693 11.982 5.000 0 US$ milhões 2013 2014 Ton (mil) 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 15% 81.318 70.572 -3% 6.963 2013 6.733 US$ milhões 2014 Ton (mil) 3 CEBC china/brazil update Óleos brutos de petróleo Celulose 3.000 -1% 2.500 2.000 1.500 3% 1.613 2.334 2.398 1.591 1.000 500 0 US$ milhões 2013 15% 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 Ton (mil) 1.406 1.224 9% 667 612 Ton (mil) US$ milhões 2014 2014 2013 Pauta de Importação As importações no primeiro semestre de 2014, comparadas ao mesmo período de 2013, mantiveram-se concentradas nos setores de máquinas e aparelhos elétricos e mecânicos e suas partes que, somadas, corresponderam a 50% do total da pauta. Outros produtos como veículos automóveis, quími- cos orgânicos e plásticos e suas obras, comuns na pauta de importação brasileira oriunda da China, apresentaram crescimento, em US$, de 2%, 5% e 10%, respectivamente. Cabe destacar, também, as importações de ferro fundido, ferro e aço, que registraram crescimento de 88%, em US$. Tabela 3: Pauta de importação – 1º semestre de 2014 em comparação com o 1º semestre de 2013 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 2013 IMPORTAÇÕES 2014 Var. (%) Var.(%) - US$ Qte (10 mil) Participação na pauta em 2013 (US$) US$ (milhões) Qte (10 mil) US$ (milhões) Qte (10 mil) Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes 5.119 2.506.695 5.542 2.650.609 8% 6% 30% Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia 1.171 5.286 1.438 5.364 23% 1% 8% Aparelhos e partes para rádio e televisão 899 1.042 910 944 1% -9% 5% Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos 489 44.778 516 49.064 5% 10% 3% Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos 257 99.339 294 103.697 14% 4% 2% Aquecedores elétricos de água 207 2.983 247 3.078 19% 3% 1% 4.229 39.664 3.616 43.795 -14% 10% 20% PRODUTOS OU FAMÍLIAS DE PRODUTOS Máquinas e aparelhos mecânicos e suas partes Partes e acessórios para máquinas e equipamentos mecânicos 766 3.210 742 2.608 -3% -19% 4% Máquinas automáticas para processamento de dados 397 3.085 345 2.892 -13% -6% 2% Máquinas e aparelhos para impressão 264 60 247 51 -6% -14% 1% Bombas e compressores de ar ou de vácuo 192 1.895 204 1.663 6% -12% 1% Máquinas e aparelhos de ar condicionado 179 18 198 19 11% 8% 1% Produtos químicos orgânicos 961 - 1.014 - 5% - 6% Ferro fundido, ferro e aço 350 - 656 - 88% - 4% Plásticos e suas obras 475 - 521 - 10% - 3% Veículos automóveis, tratores, ciclos e suas partes 503 3.653 514 3.739 2% 2% 3% Partes e acessórios para tratores e veículos automóveis especiais 192 3.502 217 3.560 13% 2% 1% Partes e acessórios para motocicletas e outros ciclos 111 113 132 132 19% 17% 1% Veículos automóveis para usos especiais 60 0,02 54 0,01 -10% -38% 0,3% Automóveis de passageiros 60 1,25 38 0,76 -37% -39% 0,2% Motocicletas (incluídos os ciclomotores) 24 8,14 24 8,32 -2% 2% 0,1% Obras de ferro fundido, ferro ou aço 473 74 499 95 5% 28% 3% Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 452 10.223 464 11.675 3% 14% 3% Embarcações e estruturas flutuantes 102 3,53 423 1,25 317% -65% 2% Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia 368 47.859 383 68.535 4% 43% 2% CEBC 4 china/brazil update Update empresarial – INVESTIMENTOS BILATERAIS ANUNCIADOS DE janeiro a junho de 2014 Fonte: Imprensa AVANÇO DA FOTON NO BRASIL JUNHO – 2014 Começou a tomar forma, na cidade de Guaíba, Rio Grande do Sul, a construção de uma unidade fabril da chinesa Beiqi Foton Motor Group. Segundo Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da empresa no país, a intenção é que o primeiro caminhão da Foton, fabricado no município gaúcho, esteja em circulação em maio de 2016. Automotivo JAC MOTORS PASSA A SER CONTROLADA POR CHINESES NO BRASIL março – 2014 O empresário brasileiro Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC e, até agora, sócio majoritário da fábrica de veículos da JAC Motors do Brasil, passará a ter participação minoritária no projeto, sendo a mudança na composição acionária um pedido dos próprios chineses. Além de colocar mais dinheiro no projeto – orçado em R$ 1 bilhão –, os chineses vão gerir a fábrica, cujas obras em Camaçari, Bahia, estão atrasadas. O início da produção, prevista para o fim do ano, foi adiada para o 2º. semestre de 2015. A fábrica baiana terá capacidade para produzir de 100 mil automóveis por ano e, futuramente, 10 mil caminhões. CHINESA ZOTYE CHEGA AO BRASIL EM OUTUBRO abril - 2014 A chinesa Zotye Motors confirmou a instalação de uma fábrica de automóveis, provavelmente, no município de Colatina, Espírito Santo. O parceiro responsável pela implantação da Zotye no país é o Grupo Exata, detentor da marca no Brasil, que realizará uma joint venture para a produção de veículos. Os investimentos, que são da ordem de R$ 20 milhões em 2014, aumentarão consideravelmente a partir de 2015, dado que as operações da fábrica estão programadas para o final de 2016. No momento em que a fábrica estiver com sua capacidade total, a previsão é que sejam gerados cerca de 300 empregos diretos e 1.200 empregos indiretos. Além disto, todos os fornecedores de matéria-prima e equipamentos serão da região onde está instalada a fábrica, possibilitando que 80% do caminhão da marca chinesa seja feito com peças brasileiras. A parte chinesa entrou com a transferência de tecnologia e de projetos, além de uma supervisão periódica da produção. CHERY ESTÁ CADA VEZ MAIS PERTO DE INICIAR SUAS OPERAÇÕES NO BRASIL JUNHO – 2014 Uma cerimônia no início de junho marcou a produção do primeiro modelo Celer, ainda na fase de testes, na fábrica da Chery, em Jacareí, São Paulo. Após a inauguração da unidade fabril, prevista para agosto, a perspectiva é de que a produção em série para venda comece em meados de novembro. Segundo o presidente da empresa no Brasil, a meta é atingir 3% de participação nas vendas de automóveis e veículos comerciais leves, entre 2017 e 2018, quando a fábrica atingirá a capacidade de produção anual de 150 mil veículos. A linha de montagem está 85% concluída, porém, ainda há obras em andamento, principalmente na parte externa. A unidade já conta com 200 funcionários em treinamento. QUEM É? Com sede em Yongkang, província de Zhejiang, a Zotye possui quatro bases para a produção de veículos e uma base exclusiva para a fabricação de motores na China. A capacidade de produção anual da empresa é de 250 mil unidades, gerando mais de 10 mil empregos diretos. No ano de 2006, a Zotye iniciou suas operações internacionais, estando entre as cinco maiores exportadoras de veículos chineses, com atividades em países da Ásia, África, Leste Europeu e América do Sul. A Zotye possui linhas de montagem no modo Completely KnockDown (CKD) na Índia, Rússia e Irã, pretendendo, em curto espaço de tempo, implantar uma unidade também no Brasil, para atender ao crescente mercado da América do Sul. 5 CEBC china/brazil update Segundo o comunicado, o acordo foi de caráter amigável. Com isto, a BRF e a DCH manterão uma parceria comercial com foco nos mercados de Hong Kong e Macau. PORK SUMMIT AMPLIA OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS ENTRE BRASIL E CHINA MAIO – 2014 AGRONEGÓCIO CHINESA TIDE AQUIRE CONTROLE DA PARANAENSE PRENTISS QUÍMICA ABRIL – 2014 A companhia chinesa Tide adquiriu o controle da paranaense Prentiss Química, aprofundando, desta forma, sua presença no Brasil. A Tide chegou ao país em 2010 e, desde então, estava em fase pré-operacional. Com a compra da Prentiss, a empresa chinesa projeta contar com um portfólio de produtos já registrados e, com isto, agilizar o acesso ao mercado brasileiro. Organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, em parceria com o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Pork Summit Brasil-China, realizado em Xangai, teve como principal objetivo promover o debate entre instituições, empresas e profissionais de ambos os países para potencializar o intercâmbio comercial nos segmentos econômicos da cadeia produtiva de carne suína. A delegação brasileira e mais de 30 participantes chineses, provenientes das principais províncias engajadas em atividades de suinocultura, analisaram as oportunidades de transações comerciais, no âmbito da produção e do processamento industrial, assim como o enorme potencial do mercado para carne suína e derivados em ambos os países. A unidade da Prentiss, no município de Campo Largo, Paraná, passou a ser a única fábrica da Tide fora da China. Naquele país, o grupo conta com três unidades de produção de defensivos. A fábrica da Prentiss tem capacidade para ofertar 35 milhões de litros de herbicida, 30 milhões de litros de inseticidas e fungicidas por ano. O objetivo imediato da companhia chinesa é fazer a Prentiss retomar a capacidade produtiva para, em um segundo momento, realizar investimentos em novas tecnologias e pesquisas no Brasil. QUEM É? O Grupo Tide foi oficialmente criado em 2003, tendo origem na Ningbo Tide International Co. Ltd. A Tide é especializada na fabricação, comercialização, registro e desenvolvimento de defensivos agrícolas, incluindo ingredientes ativos e produtos intermediários. Através de fusões e aquisições iniciadas em 1997, a Tide possui atualmente escritórios de representação nos EUA, África do Sul, Argentina, Equador e Hong Kong. BRF DESFAZ JOINT VENTURE COM CHINESA DCH ABRIL – 2014 A BRF anunciou, por meio de comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, que encerrou a joint venture com a empresa chinesa Dah Chong Hong Limited (DCH), anunciada em fevereiro de 2012. No momento da criação da joint venture, a BRF ficou responsável pela produção, suporte técnico e marketing dos produtos Sadia, na China, enquanto a DCH concentrou-se nas cadeias de suprimentos e distribuição, processamento e embalagem, e serviços gerais de suporte de operação. CEBC 6 FINANCEIRO BANCO DO BRASIL INAUGURA PRIMEIRA AGÊNCIA NA CHINA MAIO – 2014 Após três anos de espera pela liberação das autoridades chinesas, o Banco do Brasil (BB) anunciou a inauguração de sua primeira agência no país asiático. A entrada do BB na China marca a presença inédita de uma agência de um banco latino-americano no país. A agência BB-Xangai conta, inicialmente, com um administrador expatriado e 16 funcionários contratados localmente. Uma das estratégias do Banco do Brasil envolve buscar oportunidades de negócios no segmento de atacado, atendendo, principalmente, às demandas por produtos e serviços das empresas brasileiras com negócios com a China e vice-versa. china/brazil update CHINA DEVELOPMENT BANK AVALIA PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS NO RIO GRANDE DO SUL MAIO – 2014 O Governo do Rio Grande do Sul está avançando nas negociações com o China Development Bank com o intuito de atrair recursos para obras de infraestrutura no estado. Por enquanto, os esforços estão centrados em quatro projetos: a construção do Aeroporto Internacional 20 de Setembro, a ampliação do Porto de Rio Grande, a expansão da malha ferroviária para transporte de carga no estado e a instalação de uma planta industrial carboquímica para substituir a queima de carvão na Usina Termelétrica de Candiota. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, os empreendimentos, juntos, envolvem um investimento potencial de US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões. ESTATAL CHINESA COMPRA UM TERÇO DA HIDRELÉTRICA DE SÃO MANOEL FEVEREIRO – 2014 A estatal China Three Gorges (CTG), a maior empresa de geração de energia hídrica do mundo, anunciou a aquisição de um terço da hidrelétrica de São Manoel, leiloada em dezembro do ano passado. O acordo foi estabelecido por meio da CWEI Brasil – companhia controlada pela CTG – que adquiriu, da empresa portuguesa EDP, 33,3% da participação nesta hidrelétrica, que será construída no rio Teles Pires, situado na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará. Desta forma, a EDP vendeu aos chineses metade de sua participação de 66,6% no consórcio que venceu a licitação de São Manoel. Furnas, subsidiária da Eletrobras, que já possuía um terço, manterá sua parte no empreendimento. máquinas e equipamentos Energia LEILÃO DE BELO MONTE MARCA AVANÇO DA STATE GRID NO BRASIL FEVEREIRO – 2014 A empresa chinesa State Grid venceu o leilão da linha de transmissão que ligará a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, à divisa dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Com investimentos previstos de R$ 4,5 bilhões, o avanço da estatal chinesa no Brasil consolida um novo ciclo de investimentos do país asiático no setor elétrico. Além da State Grid, que possui 51% do projeto, o consórcio vencedor é composto pelas empresas Furnas (24,5%) e Eletronorte (24,5%), que pertencem à estatal Eletrobras. No país desde 2010, a State Grid possui hoje mais de seis mil quilômetros de linhas em operação. Além do projeto de Belo Monte, a companhia detém participação na construção e operação da linha de transmissão de 1,6 mil quilômetros de extensão, que conectará o complexo hidrelétrico de Teles Pires (MT) ao Sistema Interligado Nacional. De acordo com o plano de negócios, a empresa prevê investimentos de R$ 10 bilhões no Brasil até 2015. WEG ASSINA COMPRA DE DUAS FÁBRICAS CHINESAS MARÇO – 2014 A WEG comunicou a assinatura de acordos para a aquisição dos fabricantes chineses Changzhou Sinya Electromotor Co. Ltd (Sinya) e Changzhou Machine Master Co. Ltd. (CMM), e informou que as aquisições estão sujeitas às condições habituais e à aprovação pelos diversos órgãos reguladores chineses. O grupo Sinya produz motores elétricos para eletrodomésticos da linha branca e desenvolve produtos de tecnologia avançada para os principais fabricantes mundiais. A CMM, por sua vez, produz transmissões e componentes mecânicos para as soluções de linha branca comercializadas pela Sinya. A Weg iniciou suas atividades na China em 2004, com a instalação de uma fábrica na municipalidade de Nantong, e a recente compra das duas empresas chinesas indica o fortalecimento do processo de internacionalização da companhia brasileira. 7 CEBC china/brazil update TECNOLOGIA ENERGIA RENOVÁVEL LENOVO TRANSFERE COMANDO REGIONAL DA AMÉRICA LATINA PARA O BRASIL EMPRESA CHINESA DE ENERGIA SOLAR PATROCINOU A COPA DO MUNDO JANEIRO – 2014 ABRIL – 2014 A fabricante chinesa de computadores Lenovo está transferindo para o Brasil o comando de seus negócios na América Latina. Com a mudança, as atividades da empresa, que antes eram divididas entre o Brasil e os demais países latino- americanos, a partir de seu escritório no Peru, serão concentradas na cidade de São Paulo, indicando uma nova estrutura organizacional da Lenovo. A empresa chinesa Yingli Green Energy aproveitou a Copa do Mundo da FIFA no Brasil para exibir seus produtos de energia solar. Como o único patrocinador chinês no evento esportivo, o fabricante de módulos fotovoltaicos integrados verticalmente forneceu 27 conjuntos de sistemas para dispositivos de iluminação, em todas as cidades-sede, e instalou estações de carregamento solar nos centros de mídia de seis estádios, incluindo o de São Paulo. Durante o Mundial, a empresa chinesa teve um espaço para propaganda em cada um dos 64 jogos. HUAWEI E CPqD CRIAM LABORATÓRIO DE P&D PARA FOMENTAR INOVAÇÃO EM 4G MAIO – 2014 A Huawei e o CPqD anunciam uma parceria para pesquisa e desenvolvimento dedicada à inovação em 4G no Brasil. O objetivo do projeto é desenvolver tecnologias de software inovadoras, baseadas na plataforma de serviços da Huawei, para uso em redes LTE. Além disto, as organizações criarão um laboratório de P&D nas instalações do CPqD em Campinas, São Paulo, que abrigará duas equipes de profissionais qualificados em telecomunicações, nas áreas de Sistemas de Suporte ao Negócio (BSS, na sigla em inglês) e de plataforma de serviços. QUEM É? O CPqD é uma instituição independente, com foco na inovação em tecnologias da informação e comunicação (TICs). As soluções do CPqD são utilizadas por empresas e instituições no Brasil e no exterior, em setores como telecomunicações, financeiro, industrial, corporativo, energia elétrica e administração pública. Com 36 anos de anos de atuação, o CPqD conta com um quadro de mais de 1.4 mil profissionais. CEBC 8 QUEM É? A Yingli Solar é a primeira fabricante do mundo a produzir módulos fotovoltaicos totalmente integrados verticalmente. A empresa fabrica e distribui módulos solares para uma ampla gama de mercados, incluindo Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, França, Coreia do Sul, China, Estados Unidos e Brasil. Sua matriz está localizada em Baoding, China, possuindo capital aberto na Bolsa de Valores de Nova Iorque desde 2007. china/brazil update PRIMEIRO DE 60 TRENS CHINESES CHEGA AO RIO MARÇO – 2014 Foi entregue ao Rio de Janeiro o primeiro dos 60 novos trens comprados pelo Governo do Estado para operar nos ramais da SuperVia. Com financiamento do Banco Mundial, o governo estadual investiu US$ 306 milhões na aquisição dos novos veículos, fabricados pelo consórcio chinês CMC/CNR/CRC. De acordo com o Governo do Rio, quatro novos veículos chegarão mensalmente até agosto de 2015. OUTROS OUROFINO EXPORTARÁ MEDICAMENTO VETERINÁRIO PARA A CHINA MARÇO – 2014 Após décadas de contatos comerciais e da abertura de um escritório na China, o Grupo Ourofino iniciará a exportação de medicamentos veterinários ao país asiático, neste ano. Com o início das exportações, o Grupo Ourofino espera reverter o déficit comercial que possui com a China, já que 95% dos insumos industriais utilizados pela companhia na produção de defensivos químicos e de saúde animal são importados do país asiático. Em 2013, as compras movimentaram 11 mil toneladas e custaram ao grupo US$ 92 milhões. QUEM É? Fundada em 1987, a Ourofino Agronegócio é uma das maiores empresas brasileiras do setor de fabricação de produtos veterinários, atuando nos segmentos de saúde animal e agricultura. O grupo possui duas indústrias – Ourofino Saúde Animal, em Cravinhos (SP) e Ourofino Agrociência, em Uberaba (MG) – além de uma fazenda de experimentação que reúne atividades como capacitação gratuita de mão de obra e desenvolvimento de estudos para novos produtos. CNT ABRE ESCRITÓRIO NA CHINA PARA ATRAIR INVESTIMENTOS EM TRANSPORTE E INFRAESTRURA ABRIL – 2014 Foi inaugurado em Pequim o primeiro Escritório Avançado da Confederação Nacional do Transporte (CNT) no exterior. Os objetivos da medida são atrair investimentos para os setores de transporte e infraestrutura no Brasil, estreitar as relações e facilitar a troca de experiências e tecnologias entre os empresários dos dois países. Em 2014, dois workshops – o primeiro no Brasil e o segundo na China – devem ser realizados para facilitar o intercâmbio entre os empresários, além de contribuir para identificar as oportunidades de negócios para os empreendedores. Também foram contratados consultores renomados para facilitar o contato com as autoridades chinesas, entre eles Clodoaldo Hugueney Filho, ex-embaixador do Brasil na China; Sergio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China; e Marcos Caramuru, ex- cônsul geral do Brasil em Xangai. MERCADO DE ATACADO CHINÊS ESTREIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MARÇO – 2014 Inaugurado em março deste ano, o ChinaTown Atacado é o primeiro mercado atacadista fundado e dirigido por imigrantes chineses no estado do Rio de Janeiro. Localizado em Duque de Caxias, o supermercado tem mais de 10 mil metros quadrados de área comercial e vende eletrônicos, brinquedos, artigos de papelaria e outros acessórios. 9 CEBC china/brazil update Update Empresarial – CONTRIBUIÇÕES DA Seção Chinesa DO CEBC CHINA MINMETALS COMPRARÁ PARTICIPAÇÃO EM MINA DE COBRE NO PERU POR CERCA DE US$ SEIS BILHÕES ABRIL – 2014 Um consórcio chinês liderado pela China Minmetals Corp (CMC) comprará parte de uma mina de cobre no Peru por meio de um acordo com o grupo Glencore Xstrata, no valor de US$ 5,85 bilhões. A operação é a maior aquisição chinesa de um ativo de mineração no exterior desde 2008, quando a Aluminum Corp of China adquiriu participação de 12% da empresa de mineração anglo-australiana Rio Tinto, por US$ 14 bilhões, segundo a agência de informações financeiras Dealogic. O movimento indica que a China Minmetals deverá se tornar a maior produtora de cobre da China e uma das dez maiores do mundo quando o projeto estiver concluído. Segundo Lin Boqiang, diretor do China Center for Energy Economics Research da Universidade de Xiamen, “o acordo, definitivamente, tem um grande significado estratégico para a China, uma vez que o país se encontra em rápido desenvolvimento e com sede de recursos energéticos”. David Lamont, diretor-executivo e financeiro da MMG – empresa responsável por parte da joint venture que fará a aquisição - declarou que o acordo “expandirá consideravelmente a escala de negócios da companhia, além de trazer vantagens estratégicas de longo prazo”. Zhou Zhongshu, presidente da China Minmetals Corp, comentou que o projeto Las Bambas “condiz completamente com a estratégia de longo prazo da CMC e da MMG, dado que irá aprimorar ainda mais o portfólio da China Minmetals em termos de ativos de mineração”. A Euromoney A Euromoney Institutional Institutional Investor Investor Company Company ACORDO DE COOPERAÇÃO COM A CHINA RAILWAY CONSTRUCTION CORPORATION E A CHINA INTERNATIONAL FUND É ASSINADO COMO PARTE DA VISITA DO GOVERNO DE MOSCOU À CHINA MAIO – 2014 O Governo de Moscou anunciou a assinatura de um acordo entre a JSC “Mosinzhproekt”, a China Railway Construction Corporation e a China International Fund, no início da visita de três dias do prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, a Pequim, Xangai e Hong Kong. A visita teve como objetivo fortalecer a cooperação financeira bilateral entre Moscou e as três respectivas cidades chinesas, promovendo significativas oportunidades de desenvolvimento urbano e de infraestrutura criadas pelo projeto “Nova Moscou”. O prefeito também fez parte da delegação do presidente russo Vladimir Putin que visitou Xangai, no dia 20 de maio, para participar de reuniões de alto nível com os seus homólogos da China. A delegação se reuniu com representantes políticos, líderes empresariais, gestores das grandes corporações e também investidores estratégicos da China e de Hong Kong, com o objetivo de promover e expandir os laços de colaboração de longo prazo entre ambos os países. Isto aconteceu em decorrência da entrada, na Rússia, de grandes quantidades de investimento estrangeiro de todo o mundo, com Moscou se tornando um dos principais destinos no país. O acordo, que foi assinado em nome da JSC “Mosinzhproekt” pelo vice-prefeito Marat Khusnullin, que também é diretor de Desenvolvimento Urbano e Construção, estipula a construção de uma importante rede de transportes subterrâneos – a nova linha de metrô South-West – que é parte fundamental do projeto de desenvolvimento urbano “Nova Moscou”. O projeto, que consiste em uma ambiciosa agenda de investimentos em construção e infraestrutura com o objetivo de dobrar o tamanho da capital, já recebeu US$ 4 bilhões em investimentos desde a sua aprovação, em 2012, e deverá atrair mais de US$ 200 bilhões até 2035. THE THE MOST MOST COMPLETE, COMPLETE, ACCURATE ACCURATE AND AND TIMELY TIMELY SETSET OFOF ECONOMIC ECONOMIC DATA DATA AVAILABLE AVAILABLE FOR FOR OVER OVER 125+ 125+ EMERGING EMERGING AND AND DEVELOPED DEVELOPED MARKETS MARKETS www.ceicdata.com www.ceicdata.com Global Global Database Database Indonesia Indonesia Premium Premium Database Database India India Premium Premium Database Database 2,500,000 2,500,000 timetime series series from from 125+ 125+ countries. countries. 200,000 200,000 datasets datasets covering covering macroeconomic macroeconomic 170,000 170,000 timetime series series datadata of 15 of 15 DataData down down to regional to regional andand citycity level. level. concepts concepts andand 10 industries. 10 industries. Regional Regional datadata macroeconomics macroeconomics andand 13 industries. 13 industries. covers covers 33 provinces. 33 provinces. DataData down down to regional to regional andand citycity level. level. WorldTrend WorldTrend Database Database Worldwide Worldwide benchmark benchmark andand macroeconomic macroeconomic Brazil Brazil Premium Premium Database Database Russia Russia Premium Premium Database Database data: data: Regional Regional aggregates aggregates andand forecasts, forecasts, 243,000 243,000 timetime series series covering covering 13 13 175,000 175,000 timetime series series datadata of 13 of 13 commodities commodities market market data, data, financial financial macroeconomic macroeconomic concepts concepts andand 13 industries. 13 industries. macroeconomics macroeconomics andand 11 industries. 11 industries. indexes, indexes, andand CEIC’s CEIC’s proprietary proprietary Global Global Regional Regional datadata covers covers 5 Regions, 5 Regions, 27 States, 27 States, Regional Regional datadata covers covers 8 federal 8 federal districts, districts, Economic Economic Monitor. Monitor. andand 6,000 6,000 Municipalities. Municipalities. 83 regions, 83 regions, andand 200200 cities. cities. China China Premium Premium Database Database 300,000 300,000 timetime series series datadata of 18 of 18 macroeconomics macroeconomics andand 22 industries. 22 industries. Regional Regional datadata covers covers 2000 2000 counties, counties, 287287 prefecture prefecture levellevel cities. cities. To To learn learn more more about about CEIC CEIC products, products, please please contact: contact: James James B. Boyko B. Boyko | 212.610.2928 | 212.610.2928 | [email protected] | [email protected] china/brazil update Update Institucional Conselho Empresarial BrasilChina promove encontros entre autoridades e empresários dos dois países Evento recebeu os Presidentes Dilma Rousseff e Xi Jinping para assinatura de acordos e celebração dos 40 anos de parceria Com foco na parceria entre os dois países, o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) promoveu dois encontros em Brasília (DF) para empresários e autoridades governamentais. O Seminário Empresarial abordou, no dia 16 de julho, temas relacionados ao agronegócio, infraestrutura, indústria e serviços. No dia seguinte, a Reunião Bilateral Anual reuniu os Presidentes Dilma Rousseff e Xi Jinping, além de membros do Conselho e convidados. Na ocasião, foram assinados o Plano de Trabalho Conjunto entre as partes e documentos concretizando acordos empresariais. O Seminário, que marcou os 10 anos do Conselho e os 40 da parceria sino-brasileira, contou com mais de 300 representantes de ambos os países. Foram discutidas as necessidades de diversificar as negociações entre as duas nações e de implementar melhorias nos sistemas de logística para avançar o desenvolvimento em território brasileiro. A China é, hoje, o principal parceiro comercial do Brasil e as transações entre os dois países, em 2013, registraram recorde de US$ 83 bilhões. Além disto, as trocas bilaterais, tradicionalmente sustentadas pela exportação de commodities, passam agora a abranger um escopo maior, que inclui a atração de investimentos para o país. “O Brasil e a China entram em uma nova fase de cooperação e de parcerias empresariais mais diversificadas...” (Embaixador Sergio Amaral) “O Brasil e a China entram em uma nova fase de cooperação e de parcerias empresariais mais diversificadas. A China investiu muito em transportes, desenvolveu tecnologias e nós precisamos atualizar nossa infraestrutura. Existem projetos já em desenvolvimento que prometem colocar a China em uma posição estratégica, mas temos alguns desafios, como reduzir obstáculos regulatórios dos dois países e elevar o grau de integração entre as empresas”, explicou, na abertura do evento, o presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, Embaixador Sergio Amaral. O Seminário Empresarial – realizado em parceria com a Apex-Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Transporte (CNT) –contou com a partici- pação de palestrantes como o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; o Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade; o Diretor do Departamento de Desenvolvimento do Ministério de Comércio da China, Sun Chenghai; e o Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, entre outros. O evento contou, ainda, com rodadas de negócios e apresentação de projetos para empresários chineses. A programação ocorreu paralelamente ao encontro de Presidentes dos BRICS no Brasil. Em sua apresentação, o Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou que “o Brasil viveu um significativo aumento de renda, que também provocou aumento na demanda por serviços de transporte e logística, pressionando as infraestruturas de transporte e mobilidade”. Segundo Coutinho, “os fundamentos da economia brasileira estão sólidos. Os ajustes macroeconômicos que precisam ser realizados são conhecidos. Mas há uma base sólida para o crescimento dos investimentos. A parceria entre as duas nações é de mútuo interesse e de alta complementaridade”. “o Conselho tem papel ativo na transformação das relações bilaterais apoiando mais empresários para participar da cooperação entre os dois países, com serviços de melhor qualidade, aumentando diálogos e ampliando parcerias”. (Liu Mingzhong, Presidente da seção chinesa do CEBC). Na Reunião Bilateral Anual do CEBC, além de autoridades empresariais e governamentais, estiveram presentes o Embaixador Sergio Amaral e Liu Mingzhong, que presidem as duas Seções do CEBC; o Diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Pereira; o Presidente da Vale, Murilo Ferreira; o Presidente da State Grid, Liu Zhenya; o Presidente do Bank of China, Tian Guoli; e o Diretor Executivo da BRF, Marcos Jank, entre outros. O evento teve patrocínio de cinco instituições: Bank of China, Bradesco, BNDES, Odebrecht e Vale. 11 CEBC china/brazil update Seminário Empresarial por ocasião da visita do Presidente Xi Jinping ao Brasil As possibilidades de investimentos em infraestrutura de transportes mereceram destaque nas apresentações. Para o Presidente do Bank of China, Tian Guoli, “o Brasil é parceiro estratégico da China e a capacidade de construção de infraestrutura pode ser uma contribuição positiva para a necessidade brasileira neste campo. Hoje o governo chinês está promovendo a internacionalização de suas empresas e crê que o Brasil seja um ótimo espaço para implantação dos negócios”. Lembrou, ainda, que o país sediará a Olimpíada de 2016 e afirmou que a China espera participar deste processo fornecendo equipamentos de transportes. “Os dois mercados juntos são robustos no cenário internacional. Criar um ambiente econômico favorável é objetivo comum”, complementou. “Quando olhamos para o futuro vemos um enorme potencial para que esta parceria bem sucedida alcance um patamar mais elevado e traga ainda mais benefícios mútuos...” (Murilo Ferreira, Presidente da Vale) O Presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que a China é um parceiro estratégico de longo prazo. “Quando olhamos para o futuro vemos um enorme potencial para que esta parceria bem sucedida alcance um patamar mais elevado e traga ainda mais benefícios mútuos. Estamos certos que os dois países seguirão se desenvolvendo e ocuparão ainda mais destaque no cenário internacional”, afirmou. “O CEBC tem procurado dar as condições para fortalecer este intercâmbio. Agora, a meta é aprofundar as atribuições do Conselho. Por isto, o órgão passará a realizar levantamentos e avaliações semestrais dos resultados alcançados pelas parcerias empresariais, de forma que tenham prosseguimento de modo harmonioso e proveitoso mutuamente para as sociedades”, destacou o Presidente da Seção brasileira do CEBC, Embaixador Sergio Amaral. Para o Presidente da Seção Chinesa, Liu Mingzhong, o Conselho tem papel ativo na transformação das relações bilaterais “apoiando mais empresários para participar da cooperação entre os dois países, com serviços de melhor qualidade, aumentando diálogos e ampliando parcerias”. CEBC 12 LINHA 1: Bruno Batista, Diretor Executivo da CNT • Eduardo Corrêa Riedel, Diretor da CNA LINHA 2: Embaixador Sergio Amaral • Francisco Luiz Baptista da Costa, Diretor de Planejamento do Ministério dos Transportes LINHA 3: Guilherme Quintella, Presidente da EDLP • Paulo Sérgio Passos, Ministro dos Transportes china/brazil update LINHA1: Auditório do Seminário LINHA 2: Alexandre Petry, Gerente Executivo Interino para Investimentos da Apex-Brasil • Luciano Coutinho, Presidente do BNDES LINHA 3: Yuan Jinhua, Presidente da Sany Brasil e Co-fundador da Sany Group • Sun Chenghai, Diretor Geral de Desenvolvimento Comercial do MOFCOM • Robson Braga de Andrade, Presidente da CNI LINHA 4: Jorge Arbache, Professor da Universidade de Brasília • Wang Chunlei, Vice-Gerente do Centro de Investimento e Comércio Brasil-China 13 CEBC china/brazil update Reunião Bilateral do Conselho Empresarial Brasil-China LINHA 1: Aloizio Mercadante, Luiz Alberto Figueiredo, Dilma Rousseff, Xi Jinping e representantes do Governo Chinês LINHA 2: Membro da delegação chinesa • Liu Mingzhong, Presidente da seção chinesa do CEBC • Veni Shone, CEO da Huawei Brasil LINHA 3: Murilo Ferreira, Presidente da Vale • Marcos Jank, Diretor Executivo da BRF • Luiz Pereira Awazu da Silva, Diretor do Banco Central LINHA4: Embaixador Hadil Fontes Vianna • Daniel Feffer, Vice-Presidente Corporativo da Suzano Holding • Liu Mingzhong, Presidente da seção chinesa do CEBC e Embaixador Sergio Amaral CEBC 14 china/brazil update CEBC RECOMENDA Livros CEBC RECOMENDA: THE GREAT DRAGON FANTASY: A LACANIAN ANALYSIS OF CONTEMPORARY CHINESE THOUGHT A China percorreu um caminho único de desenvolvimento na era pós-maoísta. Especialmente na última década, a rápida ascensão da China ao nível de potência econômica global contrasta com os severos impasses que sofreram os países ocidentais (crises financeiras, turbulências político-sociais, etc.). Este livro analisa como os principais pensadores chineses entendem a atual prosperidade da China e o rápido desenvolvimento econômico e social do país. O autor estuda especificamente quais são os mecanismos ocultos que desempenharam um papel fundamental na tendência atual, de diversos pensadores contemporâneos chineses, em ressuscitar as ideias clássicas do Império do Meio. Ao mesmo tempo, o livro mostra como este novo fervor por descobrir as “características essenciais” do pensamento chinês revela as profundas transformações subjetivas e identitárias pelas quais atravessa o país asiático. GUANJUN, Wu. The Great Dragon Fantasy: A lacanian analysis of contemporary Chinese thought. World Scientific Publishing Company, 2014. ESPECIALISTA RECOMENDA*: CHINA’S URBAN BILLION: THE STORY BEHIND THE BIGGEST MIGRATION IN HUMAN HISTORY O livro de 192 páginas escrito por Tom Miller, editor-executivo da China Economic Quarterly, publicação da consultoria GK Dragonomics, procura explicar como a China garantirá um caminho sadio para o seu desenvolvimento urbano, o que o autor classifica como o grande desafio para o país nos próximos anos. Miller aborda a questão dos trabalhadores migrantes – um contingente de milhões de pessoas, vindas da zona rural, que buscam empregos na cidade – e detalha a importância do hukou, o registro de residência que liga os chineses à terra natal, onde o cidadão têm garantido o acesso a redes de saúde e educação, por exemplo. O sistema é, ao mesmo tempo, instrumento fundamental para evitar o êxodo rural e obstáculo, face à nova conformação urbana chinesa. LINHA 1: Embaixador Sergio Amaral LINHA 2: Aloizio Mercadante, Ministro Chefe da Casa Civil LINHA 3: Luiz Alberto Figueiredo, Ministro das Relações Exteriores do Brasil LINHA4: Liu Mingzhong, Presidente da seção chinesa do CEBC, Embaixador Hadil Fontes Vianna e Embaixador Sergio Amaral O autor mergulha em diversos temas a partir de dados consistentes levantados junto à consultoria que representa, pontuando os capítulos com personagens comuns, em histórias que se traduzem em crônica social da China contemporânea. É pela ótica também do morador que ele conta o projeto de Chongqing para dar status de moradores urbanos a detentores de hukou rurais, a realidade das tão faladas cidades-fantasma chinesas e o crescimento urbano para além das metrópoles de Pequim e Xangai, passando por cidades como Hangzhou, Tianjin, Kunming e Chengdu. Miller, Tom. China’s Urban Billion: The story behind the biggest migration in human history. Zed Books, 2012. * Janaína Camara da Silveira é jornalista e viveu na China de 2007 a 2013. Atualmente, é executiva de novos negócios para relações públicas, institucionais e governamentais no China Desk do Grupo In Press. 15 CEBC china/brazil update Radar Estudos e Pesquisas Divulgado em julho deste ano, o relatório do Banco Mundial Implications of a changing China for Brazil: a new window of opportunity? analisa como o processo de transformação estrutural pelo qual a China atravessa apresentará novas oportunidades e desafios para a inserção internacional do Brasil. O documento projeta que as exportações brasileiras para o país asiático devem crescer entre 8% e 12% ao ano, em média, até 2030. No plano geral, o estudo conclui que o Brasil pode obter importantes benefícios com as mudanças estruturais previstas na China, apesar de que a realização destes ganhos exija uma postura de política proativa para expandir os laços externos e tratar das restrições ao crescimento interno e à produtividade. Acesse: http://goo.gl/ojFkUr FEIRAS The 72nd China International Medical Equipment Fair 23 a 26 de outubro/Chongqing/China Endereço: Chongqing International Expo Center Website: http://www.cmef.com.cn/en/index.htm Fundada em 1979, a China International Medical Equipment Fair (CMEF) tornou-se a maior exposição de equipamentos médicos, produtos e serviços relacionados na região da Ásia-Pacífico. A exposição cobre produtos de diagnóstico por imagem, eletrônica, ótica, primeiros socorros, tecnologia da informação médica, serviços de outsourcing e serviços integrais para a cadeia da indústria médica. 2014 CIIF China International Industry Fair 4 a 8 de novembro/Xangai/China Endereço: Shanghai New International Expo Centre Lançada em fevereiro de 2014, pelo Institute for Agriculture and Trade Policy, a pesquisa China’s Dairy Dilemma: The Evolution and Future Trends of China’s Dairy Industry analisa as principais tendências da indústria de laticínios da China. Desde 2000, tanto a produção como o consumo de leite no país asiático cresceram a uma taxa média de aproximadamente 12,8%. O trabalho estuda esta forte expansão, assim como os novos desafios que determinarão a evolução do setor de laticínios da China nos próximos anos. Acesse: http://goo.gl/GOeSdY O Fundo Monetário Internacional publicou, em janeiro deste ano, o estudo Fiscal Vulnerabilities and Risks from Local Government Finance in China. O trabalho parte da constatação de que a China resistiu à crise financeira global melhor do que a maioria dos países graças a um forte pacote de estímulos econômicos lançado pelo governo. Os autores salientam que este pacote, contudo, teve impactos diretos nas finanças dos governos provinciais. Acesse: http://goo.gl/9w7Pu5 A última edição do China Economic Update do Banco Mundial, publicada em junho de 2014, fornece uma atualização sobre as tendências e perspectivas das principais variáveis econômicas e sociais da China, além de apresentar os resultados preliminares das pesquisas em andamento da instituição sobre a economia chinesa. Cabe destacar a seção sobre os novos padrões de consumo de alimentos na China e as implicações deste fenômeno para o comércio internacional. Acesse: http://goo.gl/IIOy0z Acesse os estudos e pesquisas na versão eletrônica do China-Brazil Update, disponível no site do CEBC: www.cebc.org.br Website: http://www.ciif-expo.com/en/ Organizada conjuntamente por oito ministérios chineses e o governo municipal de Xangai, e co-organizada pela China Machinery Industry Federation, a China International Industry Fair (CIIF) é um evento líder para o setor de máquinas e equipamentos. Realizado anualmente, o evento constitui uma importante janela e plataforma para o comércio internacional e a cooperação no campo industrial. O CEBC O Conselho Empresarial Brasil-China é formado por duas seções independentes, uma no Brasil, outra na China. Dedica-se à promoção do intercâmbio econômico Brasil-China e, sobretudo, a fomentar o diálogo entre empresas dos dois países. O CEBC propõe-se a contribuir para um bom ambiente de comércio e investimentos, assim como a entender e divulgar as novas tendências observadas no dinâmico relacionamento Brasil-China. Atualmente, o CEBC é composto por cerca de 70 das mais importantes empresas e instituições brasileiras e chinesas com investimentos e negócios nos dois países. Como se Associar Para mais detalhes sobre o processo de associação ao CEBC, entre em contato com a Secretaria Executiva por meio do e-mail cebc@cebc. org.br ou pelo telefone (21)3212-4350. EQUIPE Julia Dias Leite (Secretária Executiva) Christiane Sauerbronn (Coordenadora Institucional) Santiago Bustelo (Coordenador de Análise) Tulio Cariello (Analista Internacional) Giselle Vasconcellos (Analista Institucional) Karen Grimmer (Analista de Relações Internacionais) Jordana Gonçalves (Assistente Administrativo) José Sigiliano Neto (Estagiário) DIAGRAMAÇÃO: Presto Design PATROCÍNIO: Para enviar contribuições de conteúdo, críticas ou sugestões, entre em contato com a Secretaria Executiva do CEBC: [email protected] / +55 21 3212 4350 / www.cebc.org.br. ESTE IMPRESSO É PARTE INTEGRANTE DO CHINA-BRAZIL UPDATE, EDIÇÃO 10 – OUTUBRO DE 2014 Conteúdo de responsabilidade dos patrocinadores O Banco Bradesco, com presença em todo o Brasil, apresenta produtos e serviços para diferentes perfis de clientes e também atua com a proposta de suprir as demandas de empresas interessadas em estabelecer e estreitar relações comerciais nos mercados brasileiro e chinês. Para isso, o segmento Corporate mantém uma gestão de relacionamento centralizada, oferecendo soluções estruturadas – Tailor Made e de Mercado de Capitais – e gerentes especializados em visões de risco, mercado e setores econômicos. Os atendimentos são exclusivos para que as empresas recebam soluções customizadas de acordo com os negócios realizados. Ao mesmo tempo, as Agências e Subsidiárias no Exterior (Nova York, Londres, Grand Cayman, Luxemburgo, Hong Kong, Buenos Aires e México) têm como objetivo a obtenção de recursos no mercado internacional para repasses a clientes, principalmente por meio de financiamento a operações de comércio exterior brasileiro. Para mais informações acesse o site www.bradesco.com.br ACELERAÇÃO DO PIB CHINÊS NO SEGUNDO TRIMESTRE DESTE ANO POSTERGA IMPORTANTES AJUSTES DA ECONOMIA PARA O ANO QUE VEM Respondendo às medidas de suporte adotadas desde meados de março, a economia chinesa mostrou recuperação no segundo trimestre deste ano, ao crescer 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado, superando o verificado nos primeiros três meses do ano (7,4%). Na comparação trimestral, a melhora foi notável, acelerando de uma alta de 1,5% para outra de 2,0%, na passagem do primeiro para o segundo trimestre, o que implica taxas de crescimento anualizadas de 6,1% e 8,2%, respectivamente. Este resultado, por sua vez, reduz de forma significativa as preocupações sobre uma desaceleração mais forte da economia chinesa, tendo em vista a retomada observada nos últimos meses em relação ao começo do ano. Ao mesmo tempo, os riscos sistêmicos que poderiam vir do sistema financeiro também se reduziram e os governos locais estão relaxando as políticas restritivas de compra de imóveis, evitando um ajuste muito rápido do setor imobiliário. Com isto, a meta de crescimento de 7,5% neste ano se torna mais factível, em linha com nossa expectativa de que o PIB chinês crescerá 7,3% neste ano. Fazendo um balanço dos últimos meses, entendemos que a retomada em curso tem sido decorrente principalmente da aceleração dos investimentos em obras de infraestrutura, garantida pela expansão dos gastos públicos e pela ampliação da oferta de crédito. Semelhante aos outros ciclos recentes de recuperação, notamos a mudança da política econômica a favor da preservação do crescimento de curto prazo. As medidas se deram de forma direcionada, voltadas a alguns segmentos de infraestrutura, como ferrovia e meio ambiente, além da construção de casas populares. Ainda assim, devemos considerar os seguintes fatores como favoráveis à interrupção da desaceleração ensaiada no começo deste ano: a manutenção das condições amplas de liquidez, o afrouxamento dos controles das concessões de crédito feitas pelas instituições não bancárias, a redução da intensidade da campanha de controle à corrupção e o alívio, já adotado por algumas cidades, das políticas restritivas à compra de imóveis. Para o restante do ano, acreditamos que o alívio das políticas econômicas seguirá presente, uma vez que o cumprimento da meta de crescimento de 7,5% exige uma expansão anualizada próxima de 8% no segundo semestre. Isto implica a manutenção do ritmo do segundo trimestre. Para tanto, os investimentos em infraestrutura seguirão fortes, bem como medidas setoriais e o afrouxamento monetário. Combinados a estes estímulos já adotados, esperamos pequenos avanços nas reformas estruturais, com destaque para a ampliação da participação do setor privado em estatais e em obras de infraestrutura. Da mesma forma, o governo segue avançando no desenvolvimento de instrumentos do mercado financeiro, mais próximos dos mecanismos de mercado, e várias ofertas públicas de empresas foram aprovadas recentemente. A moeda chinesa, após forte depreciação verificada entre março e maio, deve mostrar estabilização, de forma a promover algum suporte às exportações – que têm mostrado desempenho fraco, em decorrência da moderação das vendas para a região asiática e da queda para a América Latina. Desta forma, ainda que o cenário para este ano se mostre mais favorável, o que nos fez inclusive revisar nossa projeção para o crescimento do PIB de 7,0% para 7,3%, isto se deveu à postergação de riscos e de avanços mais expressivos nas reformas. Portanto, devemos analisar 2015 com bastante cautela ao mesmo tempo em que este ambiente poderá motivar o governo chinês a revisar sua meta – de 7,5% para 7,0% – no ano que vem, justificando a necessidade de dar passos importantes na desalavancagem da economia, na correção do excesso de capacidade instalada da indústria, na descompressão do setor imobiliário e no ajuste das finanças dos governos locais. CHINA-BRAZIL UPDATE ESTE IMPRESSO É PARTE INTEGRANTE DO CHINA-BRAZIL UPDATE | EDIÇÃO 10 – OUTUBRO DE 2014 As firmas do network PwC assessoram empresas e indivíduos a criar o valor que eles buscam. Somos um network de firmas que atuam em 158 países com 180.000 profissionais que se dedicam a prestar serviços de alta qualidade em auditoria, consultoria tributária e de negócios. 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No fim de novembro de 2013, mais de 1.434 empresas, dentre elas 38 estrangeiras, dos mais variados setores haviam iniciado atividades na área da SH PFTZ. Outras 6.000 haviam se candidatado ao programa de incentivos. O projeto da SH PFTZ foca principalmente em 4 áreas a saber: Reformas financeiras, Modernização da fiscalização aduaneira, Simplificação de sistemas administrativos e Criação de um ambiente regulatório e fiscal competitivo. 1. REFORMAS FINANCEIRAS No campo financeiro, o principal objetivo da SH PFTZ é fortalecer a internacionalização da moeda chinesa (Renminbi - RMB), por meio, principalmente, das seguintes medidas: • Maior facilidade para abertura de agências locais de bancos estrangeiros seja por meio de filiais, subsidiárias integrais, ou controladas (com participação minoritária de sócios chineses); • Flexibilização de políticas financeiras e cambiais, a fim de fomentar o crédito para determinadas multinacionais já em operação na China, como a suspensão da regra que requer que instituições estrangeiras operem na China por no mínimo dois anos com um escritório de representação, antes de abrir agências locais. As medidas tendem a impulsionar a constituição de centros regionais de negócio por empresas multinacionais na China. 2. MODERNIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO ADUANEIRA No aspecto aduaneiro, a SH PFTZ introduziu medidas que autorizam embarcações estrangeiras, que estiverem ingressando na zona franca, a efetuarem os procedimentos de desembaraço aduaneiro em momento posterior. A medida, denominada “inside the territory while outside the customs” (dentro do território, mas fora da aduana), estabelece uma fiscalização menos severa em um primeiro momento - os controles comuns, mais rígidos, se aplicam no momento da transposição da mercadoria da zona franca para outras regiões da China. A simplificação na fiscalização aduaneira em conjunto com outras políticas, como a de facilitação da imigração, dos procedimentos de quarentena e de administração no porto, tende a aprimorar a eficiência das empresas de logística que operam na SH PFTZ, ao permitir a redução de custos com armazéns gerais e processos relacionados. 3. SIMPLIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADMINISTRATIVOS Investidores estrangeiros da SH PFTZ poderão ter tratamento similar ao de empresas chinesas. As empresas estrangeiras (assim como as suas pares chinesas) estarão sujeitas a um sistema de registro de dados simplificado, o que aliviará alguns tramites burocráticos que investidores estrangeiros enfrentam na China. Tal simplificação não é aplicável a empresas que atuam nos 16 setores da chamada “lista negativa” (negative list), nos quais os investimentos estrangeiros são proibidos, restritos ou sujeitos a um capital mínimo ou percentual acionário. 4. CRIAÇÃO DE UM AMBIENTE REGULATÓRIO E FISCAL COMPETITIVO A SH PFTZ cria uma política fiscal com incentivos para modelos de negócios inovadores, em vez de apenas reduzir as alíquotas dos impostos ou conceder incentivos universais para determinados setores. As principais políticas anunciadas incluem: • Restituição de impostos indiretos pagos na exportação por instituições financeiras que desenvolvam a atividade de leasing; • Tratamento especial para investidores estrangeiros que aplicarem capital em ativos na SH PFTZ; • Profissionais em demanda poderão usufruir de benefícios tributários nos rendimentos recebidos por meio de planos de ações das empresas localizadas na SH PFTZ.
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