As Placas Tect icas

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As Placas Tect icas
As Placas Tect�icas
Escrito por Gerson Caravaca
Ter, 15 de Setembro de 2009 03:04 - Última atualização Qui, 08 de Outubro de 2009 01:37
<p style="text-align: justify;"><br /> Segundo a teoria da Tect�ica de Placas, a litosfera n�
�uma camada cont�ua, e sim, ela �fragmentada em uma d�zia ou mais de grandes placas
r�idas que est� cont�uo movimento na superf�ie terrestre. Uma <strong>placa
tect�ica</strong> (tamb� chamada de placa litosf�ica) �uma grande fatia, maci� e irregular,
de rocha s�ida, geralmente composta de litosfera continental e oce�ica. As placas variam
grandemente em rela�o ao tamanho horizontal, desde algumas centenas at�milhares de
quil�etros, no qual as placas do Pac�ico e da Ant�tida s� as maiores. A espessura das
placas tamb� varia enormemente, desde menos de 15 Km para a litosfera oce�ica jovem
at�em torno de 200 Km ou mais para antigas litosferas continentais (como por exemplo, as
partes internas das Am�icas do Sul e do Norte).</p> <p style="text-align: justify;">Cada placa
move-se como uma unidade r�ida individual sobre a astenosfera, que tamb� est�em
movimento. As placas tect�icas movem-se porque o interior do planeta �quente, e ainda que a
maior parte do manto abaixo da litosfera seja s�ido, ele tamb� �quente e d�ctil. O manto
pode fluir se sujeito a for�s tect�icas originadas pela convec�o mant�ica. Uma placa pode
dobrar levemente quando ela move-se, mas relativamente pequena varia�o ocorre nas por�es
internas de uma placa. Quase toda atividade tect�ica maior ocorre ao longo dos limites das
placas, incluindo atividade vulc�ica e terremotos, onde as placas interagem entre si.<br /> <br
/> <img height="93" width="185"
src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/placast.gif" alt="Mapa mostrando a
distribui�o dos continentes, das placas tect�icas (limites em azul), vulc�s (tri�gulos
vermelhos) e terremotos (pontos amarelos): Fonte NASA" class="caption" /></p> <p
style="text-align: justify;">Tr� tipos de limites de placas tect�icas s� reconhecidos e definem
tr� fundamentais tipos de deforma�o e atividade geol�ica:</p> <p style="text-align:
justify;">(1) <u><strong>Limites Divergentes</strong></u> - onde as placas tect�icas
separam-se e movem-se em dire�es opostas, permitindo a forma�o de nova litosfera;</p> <p
style="text-align: justify;">(2) <u><strong>Limites Convergentes</strong></u> - no qual as
placas tect�icas convergem, colidem e uma mergulha por baixo da outra, promovendo o
retorno da litosfera oce�ica para o manto;</p> <p style="text-align: justify;">(3)
<u><strong>Limites Transformantes</strong></u> - onde as placas tect�icas deslizam
lateralmente uma em rela�o as outras, aproximadamente a altos �gulos em rela�o aos limites
divergentes.</p> <h3><strong>Limites Divergentes</strong></h3> <p style="text-align:
justify;"><img height="150" align="left" width="72"
src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/cord.jpg" alt="Diagrama ilustrando a
Cordilheira Meso-Atl�tica, s�io de limites de placas divergentes: Fonte U.S. Geological
Survey" class="caption" /><br /> Limites divergentes formam-se quando duas placas
afastam-se devido a convec�o mant�ica. No fundo do mar, o limite entre placas em separa�o
�marcado por uma cordilheira oce�ica que exibe vulcanismo bas�tico ativo, terremotos
superficiais e falhamentos normais provocados por for�s tensionais criadas pela separa�o
entre as duas placas. As Cordilheiras Meso-Atl�tica e Meso-Pac�ica s� exemplos deste tipo
de limite de placas no fundo mar.</p> <p style="text-align: justify;"><br /> <br /> <br /> <br />
<img height="156" align="left" width="150"
src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/isl.jpg" alt="Mapa mostrando a
Cordilheira Meso-Atl�tica dividindo a Isl�dia e separando as placas Norte Americana e
Eurasiana: Fonte U.S. Geological Survey" class="caption" />Por curiosidade, um dos �nicos
lugares que uma cordilheira meso-oce�ica aflora na superf�ie terrestre �na Isl�dia.</p> <p
style="text-align: justify;">Quando as placas tect�icas em limites divergentes s� afastadas
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entre si, o manto s�ido, mais m�el, abaixo do rifte responde ao decr�cimo da press� e
ascende para preencher o espa� vazio. O manto, devido a diminui�o da press�, funde
espontaneamente, sem adi�o de calor.</p> <p style="text-align: justify;"><br /> <br /> <br />
Est�ios iniciais de separa�o de placas tamb� podem ser encontrados sobre os continentes.
Esses locais s� caracterizados por longos falhamentos normais (riftes), vulcanismo bas�tico e
terremotos rasos. O Grande Rifte Vale do leste da �rica, localizado entre a placa Africana e a
subplaca da Som�ia, representa um est�io inicial da separa�o de placas dentro de um
continente.</p> <h3>Limites Convergentes</h3> <p style="text-align: justify;">Limites
convergentes s� zonas onde placas litosf�icas colidem entre si. S� �eas de processos
geol�icos complicados, incluindo atividade �nea, metamorfismo, deforma�o crustal e
constru�o de montanhas. Os processos espec�icos que s� ativos ao longo de uma margem
convergente depende do tipo de crosta envolvida na colis� das placas em converg�cia.</p>
<p style="text-align: justify;">H�tr� maiores tipos de intera�o de placas convergentes: (1)
<strong>converg�cia de duas placas oce�icas</strong>; (2) <strong>converg�cia de uma
placa oce�ica e uma placa continental</strong>; e (3) <strong>colis� de duas placas
continentais</strong>.</p> <p style="text-align: justify;"><img height="86" align="left"
width="150" src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/oceanocean.jpg"
alt="Diagrama ilustrando o limite convergente envolvendo converg�cia entre duas placas
oce�icas: Fonte U.S. Geological Survey" class="caption" />(1) Se ambas as placas cont�
crosta oce�ica, uma �empurrada abaixo da margem da outra, formando um cintur�
magm�ico marcado por uma cadeia de ilhas conhecido como arco de ilhas. Como exemplo
deste tipo de limites de placas pode ser citado o arco de ilhas que formam as Filipinas e a
Indon�ia.<br /> <br /> </p> <p style="text-align: justify;"><img height="88" align="left"
width="150" src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/oceancontinent.jpg"
alt="Diagrama ilustrando o limite convergente envolvendo converg�cia entre uma placa
oce�ica e uma placa continental: Fonte U.S. Geological Survey" class="caption" />2) Se uma
placa cont� um continente, a crosta continental mais leve sempre resiste a subduc�o, for�ndo
assim a placa oce�ica a subduzir. A compress� pode deformar a margem continental e um
cintur� de montanhas sobre a margem da placa continental �formado. As ra�es profundas
destas montanhas sofrem intenso metamorfismo e magmatismo. Os Andes sul-americano s�
um bel�simo exemplo deste tipo de colis�.</p> <p style="text-align: justify;"><img height="86"
align="left" width="150"
src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/continentcontinent.jpg"
alt="Diagrama ilustrando o limite convergente envolvendo converg�cia entre duas placas
continentais: Fonte U.S. Geological Survey" class="caption" />(3) Se ambas as placas
convergentes cont� crosta continental, nenhuma delas ir�subduzir para o manto. Ambas as
massas continentais s� comprimidas, e os continentes s� unidos em um �nico bloco
continental, com um cintur� montanhoso marcando a linha da sutura. Os Himalaias s� o
melhor exemplo deste tipo de orog�ese colisional.</p> <p style="text-align: justify;">Uma
placa mergulha por baixo da outra em um processo chamado de subduc�o. Uma zona de
subduc�o �normalmente constitu�a por uma fossa oce�ica (trench) profunda (com cerca de
100 Km de largura e profundidades em torno de 10 Km abaixo do n�el do mar), uma regi� de
frente do arco magm�ico (forearc), o arco magm�ico (magmatic arc) e uma bacia sedimentar
de retro-arco (backarc basin). A placa subduzida �levada at�a astenosfera, onde �aquecida e
reabsorvida pelo manto.</p> <p style="text-align: justify;">O movimento da placa descendente
gera uma zona estreita e inclinada com forte atividade s�mica que se estende por mais de 600
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Km de profundidade, mas onde dois continentes colidem, amplos cintur�s de terremotos
superficiais podem ser formados.</p> <p style="text-align: justify;">Deforma�o crustal em
zonas de subduc�o produz melanges (uma mistura de diversas rochas deformadas) na regi�
de frente do arco e extens� e compress� no arco vulc�ico e nas �eas atr� do arco. Colis�
continental �sempre marcada por fortes compress�s que provocam dobramentos e
falhamentos de empurr�.</p> <p style="text-align: justify;">Magmas s� produzidos nas
margens de placas convergentes por causa que a desidrata�o (perda de �ua devido ao calor)
da crosta oce�ica que est�sendo subduzida provoca fus� parcial do manto localizado acima
da zona de subduc�o. Esse magma torna-se relativamente silicoso e com baixa densidade,
adicionando a crosta continental grande parte do material &quot;gran�ico&quot; que a comp�.
O magma pode erupcionar violentamente em vulc�s ou resfriar abaixo da superf�ie em
intrus�s gran�icas. Em zonas de colis�s continentais, magma �menos volumoso,
dominantemente gran�ico, e provavelmente derivado da fus� parcial da crosta continental
previamente formada.</p> <p style="text-align: justify;">Metamorfismo em zonas de subduc�o
produzem f�ies de baixa temperatura-alta press� pr�imo a fossa e regi� de frente do arco, e
f�ies de alta temperatura-baixa press� no arco magm�ico. </p> <h3>Limites
Transformantes</h3> <p style="text-align: justify;">Limites transformantes s� zonas
deformacionais onde as placas deslizam uma em rela�o as outras sem diverg�cia ou
converg�cia, e portanto, sem cria�o ou destrui�o da litosfera. Estes limites ocorrem ao longo
de um tipo especial de falha tect�ica (uma falha �definida como uma superf�ie ao longo da
qual uma rocha sofre ruptura e deslocamento), a falha transformante, que �simplesmente uma
falha transcorrente entre as placas (isto � o movimento ocorre horizontalmente em um plano
paralelo a falha).</p> <p style="text-align: justify;">O termo transformante �utilizado por causa
que o tipo de movimento entre as placas pode ser modificado no final da parte ativa da falha.
Por exemplo, o movimento divergente entre as placas em uma cordilheira oce�ica pode ser
modificado ao longo da falha transformante para um movimento convergente entre as placas
em uma zona de subduc�o. Falhas transformantes podem unir cordilheiras com cordilheiras,
cordilheiras com fossas oce�icas, e fossas oce�icas com fossas oce�icas.</p> <p
style="text-align: justify;">Durante o movimento da falha, a crosta �fraturada e quebrada. Este
fraturamento produz terremotos superficiais que s� caracter�ticos dos limites de placa
transformantes. Entretanto, atividade vulc�ica normalmente n� �abundante nesses locais da
crosta. Metamorfismo em zonas de falhas transformantes cria rochas com f�ricas
metam�ficas fortemente orientadas e deformadas.</p> <p style="text-align: justify;"><img
height="130" align="left" width="115"
src="images/stories/Figuras/Tectonica/Placas_Tectonicas/transf.jpg" alt="Mapa mostrando a
falha transformante San Andreas na Calif�nia, E.U.A.: Fonte U.S. Geological Survey"
class="caption" /><br /> <br /> <br /> O exemplo mais conhecido deste tipo de limite de
placas �falha de San Andreas na Calif�nia, E.U.A.<br /> <br /> <br /> </p>
<h3>Combina�o de limites de placas</h3> <p style="text-align: justify;">Cada placa tect�ica
�limitada por alguma combina�o destes tr� tipos de limites descritos acima. Por exemplo, a
Placa Sul-Americana �limitada, a leste, pela divergente cordilheira meso-Atl�tica, onde a
litosfera �criada, e no oeste, pela zona de subduc�o convergente Peru-Chile, onde a litosfera
oce�ica �consumida. Outro exemplo �a Placa Norte-Americana, limitada pela cordilheira
meso-Atl�tica no leste, pela falha de San Andreas e outros limites transformantes no oeste, e
tamb� por zonas de subduc�o e transformantes localizadas desde o Estado do Oregon at�as
ilhas Aleutas (Alaska) no noroeste.</p> <h4><span style="color: rgb(255, 255,
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153);">Refer�cias bibliogr�icas utilizadas na confec�o do texto acima:</span></h4> <p
style="text-align: justify;">Hamblin, W.K. & Christiansen, E.H. 1998. Earth,s Dynamic Systems
(Eighth Edition). Prentice-Hall, Inc. 740 p.</p> <p style="text-align: justify;">Press, F. & Siever,
R. 1998. Understanding Earth (Second Edition). W.H. Freeman and Company. 682 p.</p> <p
style="text-align: justify;"> </p>
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