Aula Oleaginosas Material Escola de Quimica UFRJ

Transcrição

Aula Oleaginosas Material Escola de Quimica UFRJ
• ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
SUSTENTÁVEIS NO PROCESSAMENTO
DE ÓLEOS VEGETAIS – EQE706
OLEAGINOSAS DE INTERESSE
COMERCIAL E SEUS USOS
SETORES:
ALIMENTOS, COSMÉTICOS
FÁRMACOS E ENERGIA
APLICAÇÕES PARA FINS
COMESTÍVEIS
• Para o consumo humano, os óleos de soja, palma, canola
girassol, amendoim, algodão, arroz, gergelim, oliva, milho,
são de interesse já que possuem alto teor de gorduras
insaturadas.
• O interesse industrial no processamento destas oleaginosas
consiste no fato das mesmas apresentarem teor de óleo entre
20% e 60%, com exceção dos germes de milho e farelo de
arroz com cerca de 10 a 15%.
SOJA
•
óleo de soja é o óleo vegetal mais consumido no mundo. A soja é atualmente a
mais importante oleaginosa produzida no Brasil cuja produção em 2006 foi
estimada em 57 milhões de toneladas. No comércio exterior o complexo soja
(óleo, farelo e grão) movimenta mais de 5 bilhões de dólares.
•
A importância da soja no mercado internacional deve-se a sua proteína de alto
valor nutritivo que possibilita a comercialização do óleo em grande escala e
preços atraentes. O farelo resultante da extração representa 60% da renda
obtida no processamento do grão.
•
O óleo de soja, devido ao seu baixo preço, é um dos mais utilizados na
indústria de alimentos em especial para fabricação de gorduras hidrogenadas.
•
O óleo bruto é rico em lecitina que é removida durante o refino e
posteriormente recuperada e usada na indústria de alimentos como um
emulsificante natural. A lecitina é também encapsulada e vendida como
produto farmacêutico.
PALMA/PALMISTE
•
•
•
•
A palma é uma das oleaginosas mais produtivas, algumas variedades chegam a
produzir 10 toneladas de óleo por hectare por ano (20 vezes mais que a
soja). Em média 4370.
A palma é a única oleaginosa da qual se pode extrair dois diferentes tipos de
óleo (láurico e não láurico). O óleo de palma, não láurico, é extraído da polpa
fibrosa que envolve a semente do fruto. É rico em carotenóides (beta-caroteno)
e possui quantidades significativas de antioxidantes.
Diferente da maioria dos óleos vegetais o óleo de palma é semi-sólido. A
fração sólida é de interesse na indústria para produção de molhos cremosos,
margarinas, chocolates, pães e biscoitos. Esta característica permite reduzir o
uso de gorduras hidrogenadas na produção de alimentos sólidos ou cremosos.
Além dos benefícios econômicos a aplicação da fração sólida melhora a
digestibilidade dos produtos se comparado com aqueles confeccionados com
gordura hidrogenada. Pesquisas recentes confirmam as implicações
indesejáveis dos ácidos graxo trans proveniente da hidrogenação de óleos.
PALMA
•
•
•
•
•
Da semente se extrai o óleo de palmiste rico em ácido graxo láurico e
bastante utilizado na indústria de detergentes. O óleo de palmiste é extraído
com solvente orgânico
O processamento da polpa é realizado através da prensagem do fruto em
prensas hidráulicas produzindo um óleo virgem (azeite de dendê).
No Brasil o óleo de palma é produzido no norte do país em empresas de
pequeno porte (capacidade de 6 a 12 toneladas de cachos por hora) com
exceção da Agropalma, localizada na rodovia que liga Belém a Marabá e que
possui uma capacidade de produção atual de cerca de 100 mil toneladas de
óleo por ano.
A cultura da palma é apontada como uma das melhores opções para a
exploração agrícola da Amazônia. A produção mundial do óleo de palma é de
17 milhões de toneladas e vem crescendo 8 a10% ao ano. O Brasil ocupa a
7a posição com 0,6%. A Malásia é o maior produtor mundial (10 milhões de
toneladas/ano).
A produção brasileira é ainda inexpressiva A demanda brasileira é superior a
500.000 toneladas por ano. Dos 60 milhões de hectares adequados para o
plantio o Brasil usa apenas 50 mil. Portanto o país tem condições climáticas e
disponibilidade de terra para competir no futuro com a Malásia que tem cerca
de 3 milhões de ha plantados com palma e não possui mais área para expansão.
COLZA - CANOLA
• A colza é a terceira oleaginosa mais produzida em todo o mundo
superada apenas pela soja e palma. Durante muito tempo esteve
associada ao consumo animal e sua toxicidade para os seres humanos
era bem conhecida, devido ao alto teor de ácido erúcico e
glucosinolatos.
• O melhoramentos genéticos ocorridos com a colza, acarretaram redução
do teor de ácido erúcico, glucosinolatos e de gorduras saturadas
originando um grande mercado de novos consumidores. Esta variedade
genética de colza passou a chamar-se canola (canadian oil low acid)
para incentivar o consumo. O Canadá foi o país que a desenvolveu.
• A produção mundial do grão em 2005 foi da ordem de 40 milhões de
toneladas.
CANOLA
• As plantações brasileiras de canola estão em crescimento e
sua maioria se encontra Paraná, com algumas lavouras no
Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
• As principais empresas “Cooperativas” brasileiras que
cultivam e comercializam sementes de canola são:
COTRIMAIO – RS COTRIBA Ltda-RS; COCAMAR PR. A área disponível para o plantio da canola no inverno é
cerca de 3 milhões de ha no sul do país.
• A produção mundial do óleo canola vem crescendo nos
últimos anos, devido ao seu baixo teor de gordura saturada,
inferior ao dos óleos de girassol, milho e soja.
GIRASSOL
• O girassol é cultivado em várias regiões do mundo, com destaque para
Rússia, Argentina, Hungria e Estados Unidos. O cultivo do girassol,
apesar da planta ter sido domesticada há cerca de 5000 anos, só foi
introduzida na América do Sul no século XIX. A Argentina é o maior
produtor mundial do grão.
• A produção mundial do girassol vem crescendo nos últimos anos,
tendo alcançado em 2005 a faixa de 30 milhões de toneladas. Isto
se deve às características especiais da semente e do óleo com diversas
aplicações na formulação de produtos alimentícios como uma fonte
importante de proteínas e de óleo vegetal.
• A cultura do girassol vem apresentando considerável aumento da área
no Brasil, em função da crescente demanda dos setores produtivos. No
Brasil a EMBRAPA-Soja tem dado suporte tecnológico para o
desenvolvimento desta cultura. Este Centro desenvolveu e introduziu
a variedade E122-V2000 e além de outras variedades mais produtivas.
GIRASSOL
• O óleo de girassol (sunflower oil) é geralmente utilizado na
produção de cremes vegetais, maionese, produtos de
panificação, entre outros, pois seu conteúdo de gordura saturada
é mais baixo do que os óleos de milho e de soja.
• A produção mundial do óleo em 2005 foi da ordem de 10
milhões de toneladas devido às suas características especiais
para uso na produção de cremes vegetais, maionese e produtos
de panificação, pois seu teor de gordura saturada é mais baixo
do que os óleos de milho e de soja.
• Cerca de 91% da produção de girassol é destinada ao
processamento industrial resultando em cerca de 12 milhões de
toneladas de farelo e 10 milhões de toneladas de óleo.
AMENDOIM
• O amendoim é uma das culturas mais difundidas no mundo com área
plantada superior a 25 milhões de hectares.
• Sua introdução na Europa se deu no século XVIII, tendo sido
cultivado inicialmente no Jardim Botânico de Montpellier, ainda no
fim deste século, proveniente da América foi introduzido em Valença
na Espanha, onde sua cultura se propagou.
• No princípio do século XIX, os portugueses levaram do Brasil o
amendoim para a costa ocidental da África. Ao mesmo tempo, do
Peru, os espanhóis o disseminaram nas costas do Oceano Pacífico,
chegando posteriormente às Filipinas, de onde foi para a China,
Japão e Índia.
• A produção atual do grão supera a marca dos 25 milhões de
toneladas, com 80% da produção mundial oriunda dos países em
desenvolvimento e aproximadamente 67% dos trópicos semi-áridos.
• O Brasil já foi um dos principais produtores e exportadores
mundiais, mas tem decrescido ano após ano.
AMENDOIM
• A importância econômica do amendoim está relacionada ao fato das
sementes serem ricas em óleo (aproximadamente 50%) e proteína (22
a 30%). Além disso contém carboidratos, sais minerais e vitaminas,
constituindo-se num alimento altamente energético (585 calorias/100
g/sementes).
• Produção nacional do grão em 2006 foi cerca de 267 mil toneladas.
• Responsável por 10% da produção mundial de óleo comestível, com
produção estimada em 5 milhões de toneladas anuais.
• O óleo de amendoim (peanuts oil) é fonte das vitaminas lipossolúveis
A (betacaroteno), D (pró-vitaminas D, alguns esteróis) e E
(tocoferóis).
• O sabor agradável torna o amendoim um produto destinado também
ao consumo "in natura.
GERGELIM
• O gergelim é uma cultura importante, além de ser uma fonte de
óleo é usado como alimento humano de excelente conteúdo
nutritivo.
• O óleo da semente torrada tem um aroma especial, sabor suave
e agradável sendo indicado para consumo em saladas,
margarinas, cremes e produtos de panificação.
• A produção mundial do óleo de gergelim em 2005 foi estimada
em cerca de 2.500.000 toneladas, com 50% da produção
mundial concentrada entre a Índia e a China, seguidos de
México, Sudão, Uganda, Bangladesh, Venezuela e Etiópia. O
maior importador é o Japão e o maior exportador a China.
• O Brasil, atuamente, produz cerca de 15 mil toneladas em 20
mil hectares plantados, com rendimentos em torno de 650
kg/ha. O cultivo comercial está situado, principalmente, no
Estado de São Paulo
OLIVA
• O azeite de oliva é obtido por prensagem da polpa do fruto da oliveira
(azeitona).
• Quando produzido a partir de frutos frescos e maduros apresenta
aroma e sabor bastante delicados, sendo por esta razão consumido in
natura como óleo para saladas.
• Em geral, não necessita de refino e por isso é denominado virgem e
conserva todos os seus nutrientes naturais. Por vários milênios os
azeite de oliva tem sido consumido na região do mediterrâneo.
• Devido principalmente ao seu aroma é um alimento importante na
dieta humana em todo o mundo.
• Sua elevada demanda é responsável pelos mais altos preços no
mercado mundial de óleos comestíveis. O elevado preço comercial do
óleo de oliva torna-o susceptível à adulterações com outros óleos mais
baratos.
COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE ALGUNS
ÓLEOS VEGETAIS COMESTÍVEIS: INSATURADOS
Girassol
Amendoim Gergelim
Soja
Canola
Oliva
C 14:0
traços
<0,6
traços
0,05
traços
8
C16:0
5.29
12,91
9,43
7,96
4
4
C16:1
traços
-
0,15
0,08
traços
-
C18:0
3.11
3,85
4,78
4,38
2
32
C18:1
33.57
39,67
36,40
23,37
60
56
C18:2
56.11
34,66
46,70
54,17
21
1,2
C18:3
traços
-
0,56
7,46
11
traços
C20:0
0.27
1,51
0,56
0,47
1
traços
C20:1
0.16
1,14
0,08
0,43
traços
traços
INDÚSTRIA DE COSMÉTICO E
FARMACÊUTICA
• Óleos e gorduras de origem vegetal e animal são
considerados como os primeiros “emolientes” utilizados
pelos humanos. Existem registros de seu uso em
cosmetologia desde 7000 AC. Estes compostos lipídicos
fornecem maciez e ação suavizante na pele e efeito alisante
em cabelos e barba. Em geral os óleos e gorduras de
origem vegetal superam os de origem animal, mantendo as
vantagens de emoliência e segurança com uma redução na
sensação oleosa “greasy”. A incorporação destes como
ingredientes em produtos de uso tópico fornece efeitos de
proteção e reposição da diversas camadas lipídicas da pele.
INDÚSTRIA DE COSMÉTICO E
FARMACÊUTICA
Óleo de semente gergelim
Óleo de polpa de abacate
Óleo de semente maracujá
Óleo de tucumã
Öleo de patauá
Óleo de amêndoa de manga
Óleo de macadâmia
COSMÉTICOS E FÁRMACOS
SEMENTE GERGELIM
• O gergelim (Sesamum indicum L.) é uma das plantas oleaginosas
mais antiga e usada pela humanidade. Existem achados arqueológicos
remanescentes do subcontinente Indiano datando de 5000 AC. Na
América do Sul foi introduzida no Nordeste do Brasil pelos
portugueses no século XVI, sendo plantado tradicionalmente para
consumo local. Na Venezuela, se desenvolveu como cultura comercial
devido às condições climáticas muito favoráveis e aos trabalhos de
pesquisa que difundiram a cultura. Na América do Norte foi
introduzida por escravos africanos ao fim do século XVII
(www.cnpa.embrapa.br).
ÓLEO DE SEMENTE GERGELIM
•
A semente de gergelim possui em média 45 a 63% de óleo. A principal
característica do óleo de gergelim é sua elevada estabilidade oxidativa
devido à presença de anti-oxidantes naturais, sesamina e sesamolina.
•
O óleo de gergelim (sesame oil) é indicado para diferentes usos:
•
Proporciona benefícios à saúde devido à sua composição em antioxidantes naturais: vitaminas A, B e E.
•
É rico em minerais: ferro, cálcio, magnésio, cobre, silicio e fósforo.
•
Contém ácido linoleico e lecitinas, o que pode explicar sua indicação para
tratamento de doenças nervosas e para redução de colesterol pois é
consumido virgem (prensado).
•
Apresenta também propriedades anti-bacteriana e anti-cancerígena.
ÓLEO DE ABACATE
• A produção brasileira de abacate é da ordem de 400 milhões
frutos por ano o que coloca o Brasil como terceiro maior
produtor mundial, sendo superado pelo México e República
Dominicana. Algumas variedades possuem alto teor de óleo (15
a 25% em base úmida).
• O óleo de abacate (avocado oil) é rico em ácidos graxos
monoinsaturados (oléico) e, além de ser indicado como óleo
para saladas, é utilizado na indústria cosmetológica, devido a
composição de sua matéria insaponificável (avocatinas).
• O óleo de abacate é ingrediente presente em um grande números
de produtos para conservação da pele e cabelo. Apesar da
enorme disponibilidade do fruto no país o Brasil importa o óleo
da abacate.
ÓLEO DE ABACATE
• O óleo de abacate (avocado oil) contém cerca de 75% de
ácidos graxos insaturados e 1,5 a 3% de matéria
insaponificável (agente anti-inflamatorio)
• Penetra facilmente na pele humana
• Apresenta elevado teor de esterois: hidrocarbonetos (20%)
e álcoois triterpenos (30%).
• Contém também vitaminas A, D e E.
ABACATE
Ácidos graxos (%)
Óleo de açaí*
Óleo de abacate**
C 16: 0 Palmítico
22,0
28,06
C16: 1 Palmitoleico
2,0
9,10
C18: 0 Esteárico
2,0
0,82
C18: 1 Oléico
60,0
45,77
C18: 2 Linoléico
12
15,45
C18: 3 Linolênico
Traços
0,79
C20: 0 Araquídico
2,5
ni
Fontes: * Rogez (2000) **FREITAS et al. (1996).
BURITI
• O buriti é um fruto ovóide cujo
peso varia de 25 a 40 g, sendo
32% de polpa, 48% de casca e
20% de semente, Possui uma
casca escamosa e vermelha que
recobre uma massa oleaginosa
de cor vermelho-amarelada e
consistência amilácea e oleosa.
O caroço é duro e lenhoso,
separado da polpa por um
envoltório celulósico.
• O teor de óleo na polpa seca é
cerca de 20%.
•óleo da polpa de buriti é rico em
ácidos graxos monoinsaturados
(oleico), sendo também indicado
para consumo como alimento. Além
disso o óleo da polpa de buriti é rico
em caroteno (300mg/100g) e próvitamina A (500.000 UI/100g.)
superando os valores encontrados
nos óleos de palma.
TUCUMÃ
• O tucumã é uma palmeira monocaule, provavelmente originária
do Amazonas e distribuída até as Guianas, o Peru, a Colômbia
e vários estados brasileiros, tais como Piauí, Maranhão e Bahia.
É uma espécie tolerante a solos pobres e degradados e pode
suportar períodos de seca. O tucumanzeiro silvestre produz por
volta de 50 kg de frutos por ano e em Manaus frutifica de
janeiro até abril.
• A polpa de tucumã possui teores elevados de lipídios (16,6%),
glicídios (19,1%) além de conter proteínas (3,5%) e vitaminas.
O teor de vitamina C é da ordem de grandeza da maioria dos
frutos cítricos (60 mg/100 g de polpa) e o teor de pró-vitamina A
é de 31 mg/100 g de polpa.
• O óleo extraído da polpa comestível apresenta em média 180
mg de caroteno/100g, superando o óleo de palma com cerca
de 100 mg/100g .
PATAUÁ
• Fruto nativo da região norte do Brasil Assemelha-se ao
açaí e sua polpa é usada para obtenção de suco. Cada
fruto pesa em média de 8 a 10g e mede de 2 a 3 cm,
contendo uma polpa mole (40%) e amarelada que
envolve o caroço (60%). A proporção de óleo no fruto
integral é de 9,17%, sendo 18% na polpa e 3% na
semente.
• O óleo de patauá tem composição química e
características físicas e organolépticas semelhantes ao
óleo de oliva, ou seja rico em ácidos graxos
monoinsaturados (oleico).
• É considerado de alta qualidade (94% de insaturados). É
bastante apreciado no norte do país, em especial em
Belém e em Manaus.
PEQUI
O piqui. (C. brasiliense Camb.) é um fruto constituído de uma
tênue casca externa, verde acinzentada, de um mesocarpo
pouco fibroso e rico em taninos,
O caroço do piqui, por sua vez, é revestido externamente por
uma polpa oleosa, cuja coloração amarela é devida a presença
de substâncias carotenóides.
Sob a polpa localiza-se o endocarpo, duro e lenhoso, dentro
do qual se aloja a amêndoa branca oleaginosa.
Os espinhos, finos e pretos, dispostos em grupo no interior do
endocarpo, constituem um obstáculo à extração manual da
amêndoa.
PEQUI
. Teor de óleo na polpa = 62%
Teor de óleo na amêndoa = 55%
Com base nas estimativas feitas por produtores rurais obtémse em média 2000 frutos por árvore, o rendimento de óleo por
hectare de área cultivada varia entre 1 a 2 toneladas anuais.
MANGA
• Atualmente a oferta mundial de manga é de
aproximadamente 24 milhões de toneladas, entretanto sua
produção é bastante concentrada, visto que, mais de 50%
deste total são produzidos na Índia.
• O Brasil em 2004 produziu cerca de 823 mil toneladas,
com uma participação de 3,4% no volume total ofertado.
• Com relação a exportação, tem sido registrados aumentos
significativos, passando de 4 mil toneladas, em 1990, para
quase 68 mil toneladas, em 2000, o que garantiu o segundo
lugar entre os maiores exportadores de manga, superado
apenas pelo México.
MANGA
• A manga vem apresentando as maiores taxas de
crescimento entre as frutas exportadas pelo Brasil e a
perspectiva é de aumento dessa participação.
• Com relação ao volume de manga comercializado no
mercado interno, a tendência é de um aumento,
principalmente porque, dos 25 mil hectares plantados na
região do Vale do São Francisco, 18 mil estarão em
produção plena em 2006. Essa produção deverá provocar
um acréscimo no volume de manga ofertado no mercado
nacional de cerca de 280 mil toneladas/ano
MANGA - DADOS ECONÔMICOS
• Com uma produção superior a 2 milhões de frutos por ano, colhidos
em uma área de cerca de 70.000 ha, o Brasil figura entre os dez
maiores produtores mundiais de manga (IBGE, 2003).
• Os estados da Bahia e São Paulo são responsáveis por cerca de 50%
da produção Nacional.
• Devido às suas características organolépticas, a manga é uma das
frutas tropicais com grande aceitação no mercado internacional e
desponta como um produto competitivo para ampliar a pauta das
exportações brasileiras.
• Em 2003 o Brasil atingiu um faturamento com a manga de cerca de
73,4 milhões de dólares.
• A gordura da manga é similar à manteiga de cacau e na sua
composição em ácidos graxos predomina os ácido oléico (no átomo de
carbono central do glicerol) e os ácido esteáricos ou ácido palmíticos
para formação do TAG.
MARACUJÁ
Fonte: Rev. Bras. Frutic. v.26, no.1 Jaboticabal 2004
DADOS ECONÔMICOS MARACUJÁ
• O Brasil é o maior produtor mundial de
maracujá, com produção anual de cerca de
180 mil toneladas. A Região Norte responde
por 33% da produção, a Nordeste participa
com 46,9% e a Sudeste com cerca de 20%
• possui alto teor de insaturados (mais que
87%)
COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE
ALGUNS ÓLEOS RAROS.
Ácido Graxo
Buriti
Murmuru
Patauá
C8:0
Caprílico
-
0,44
-
C10:0
Cáprico
-
1,48
-
C12:0
Láurico
0,18
55,26
-
C14:0
Mirístico
0,23
26,42
-
C16:0
Palmítico
18,44
5,32
6,0
% total de saturados
18,85
88,66
6,0
C16:1*
Palmitoléico
0,43
-
-
C18:0
Esteárico
2,01
2,12
6,0
C18:1
Oléico
74,91
6,50
79,2
C18:2
Linoléico
2,26
2,46
8,8
C18:3
Linolênico
1,54
-
-
80,8
11,08
94,0
% total de insaturados
COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE
ALGUNS ÓLEOS RAROS.
Ácido Graxo
maracujá
C8:0
Caprílico
C10:0
Cáprico
C12:0
Láurico
C14:0
Mirístico
0,08
C16:0
Palmítico
12,04
C18:0
Esteárico
% total de saturados
12,12
Pequi/
Pequi/
polpa
amêndoa
34,4
32,0
1,8
2,1
36,2
34,1
C16:1*
Palmitoléico
C18:1
Oléico
18,06
57,4
56,3
C18:2
Linoléico
68,79
2,8
7,2
C18:3
Linolênico
0,69
1,0
87,54
61,2
% total de insaturados
1,3
63,5
COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE
ALGUNS ÓLEOS RAROS.
Ácido Graxo
Buriti
Murmuru
Patauá
C8:0
Caprílico
-
0,44
-
C10:0
Cáprico
-
1,48
-
C12:0
Láurico
0,18
55,26
-
C14:0
Mirístico
0,23
26,42
-
C16:0
Palmítico
18,44
5,32
6,0
% total de saturados
18,85
88,66
6,0
C16:1*
Palmitoléico
0,43
-
-
C18:0
Esteárico
2,01
2,12
6,0
C18:1
Oléico
74,91
6,50
79,2
C18:2
Linoléico
2,26
2,46
8,8
C18:3
Linolênico
1,54
-
-
80,8
11,08
94,0
% total de insaturados
BIODIESEL
OLAGINOSAS USADAS PARA BIODIESEL
• Podem se transformados em biodiesel, todos os óleos vegetais
enquadrados na categoria de óleos fixos ou triglicerídeos (TAG)
obtidos a partir de sementes ou polpas oleaginosas, entre elas:
Polpa da palma,
Palmiste da palma,
Grão de soja
Amêndoa do côco da praia,
Amêndoa de babaçu,
Sementes de Pinhão manso
Caroço de algodão
Coco da macaúba
Semente de mamona,
Semente de colza
PINHÃO MANSO
•
•
•
•
•
PINHÃO MANSO pode ser considerado uma das mais promissoras
oleaginosas do sudeste, centro-oeste e nordeste do Brasil, para produção de óleos
vegetais visando substituir o diesel de petróleo, apresentando ainda como
vantagens o fato de não ser afetado por nenhuma praga.
É altamente resistente a doenças e os insetos não o atacam, pois ele segrega um
leite que queima.
Alta produção: 2,5 toneladas de óleo/ há.
As experiências recentes com o pinhão-manso, a cargo de algumas instituições
agrícolas do país comprovam o interesse crescente no conhecimento agronômico
da cultura. Atualmente, em Minas Gerais, através da EPAMIG, realizam-se
pesquisas da cultura em 4 estações experimentais, localizadas em regiões
diferentes do estado (Projeto FINEP), devendo constituir-se na base de estudos
visando à seleção e ao aprimoramento de variedades mais produtivas.
Diferente da soja e palma, a torta não pode ser usada para alimentação animal,
O
devido as suas propriedades alergênicas.
PINHÃO MANSO
DADOS ECONÔMICOS
Os rendimentos de sementes por pé são variáveis e
depende das condições climáticas, regularidade
pluviométrica e trato durante o cultivo.
A semente contém 66% de cascas. A amêndoa fornece
cerca de 50 de óleo se extraído com hexano ou éter de
petróleo e 35% em caso de extração por prensagem.
De acordo com os dados obtidos de plantios organizados
de pinhão-manso, a produtividade da cultura alcança
índices em torno de 8.000 kg de sementes/ha., o que
corresponde a cerca de 3990 kg de óleo/ha.
MACAÚBA
•
•
•
•
A macaúba (Acrocomia sclerocarpa Mart.), encontrada
abundantemente em Minas Gerais, desenvolve-se bem nos solos de
cerrado. Sua frutificação ocorre normalmente após 5 anos de idade com
um rendimento médio anual de 4 cachos por palmeira, cada um dos
quais pode produzir 12-15 Kg de cocos. Em algumas regiões de solos
mais férteis encontram-se palmeiras até com oito e dez cachos.
O fruto da macaúba é o produto economicamente mais representativo
da palmeira. Tanto o óleo da polpa como o das amêndoas têm bom
mercado na indústria de sabões, podendo ambos serem usados para
consumo humano.
O farelo da amêndoa, subproduto da extração do óleo, tem considerável
valor nutritivo pelo seu alto teor de proteína, o que leva seu emprego
como componente de rações animais balanceadas.
O endocarpo duro tem sido empregado in natura como insumo
energético, nas regiões de maior ocorrência da macaúba, para consumo
doméstico nos fogões de lenha ou em escala industrial para a produção
de carvão.
COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS DE ALGUNS
ÓLEOS USADOS PARA BIODIESEL
Ácido Graxo
Mamona
Babaçu
Macaúba
Pinhão
manso
C8:0
Caprílico
_
3,5
C10:0
Cáprico
_
4,5
-
C12:0
Láurico
_
44,7
-
C14:0
Mirístico
o
17,5
-
C16:0
Palmítico
1,2
9,7
18,7
14,3
C18:0
Esteárico
1,0
3,1
2,8
5,1
21,5
19,4
4,0
1,3
% total de saturados
2,2
C16:1
Palmitoléico
C18:1
Oléico
3,3
15,2
53,4
41,1
C18:2
Linoléico
3,6
1,8
17,6
38,1
C18:3
Linolênico
0,2
0
1,5
0,2
C?:1
Ricinoleico
89,2
0
% total de insaturados
96,3
_
78,5
80,6
REFERÊNCIAS
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