8 de Novembro Igreja de S. Roque Escola de Música

Transcrição

8 de Novembro Igreja de S. Roque Escola de Música
8 de Novembro
Igreja de S. Roque
Grupo
Escola de Música Nossa Senhora do Cabo
Título do Concerto
“Gaudi Cantatae”
Programa
Duração: ca. 60’
1. Título: Glória in excelsis, BWV 191
Compositor: Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
2. Título: Gaudi Fons (estreia mundial)
Compositor: Diamantino Faustino
Soprano, flauta de bisel e baixo contínuo
Direcção musical de Ana Mafalda Castro/Pedro Couto Soares
Duração: ca. 15’
3. Título: Cantata Auf Rogate "Deine Toten werden leben"
Compositor: Georg Phillipe Telemman (1681-1767)
Camerata Gareguin Aroutiounian da ESML
Direcção musical de Miguel Henriques
Duração: ca. 20’
4. Título: Concerto nº 1 em Mo maior, Op. 8, RV 269, “La Primavera”
Sub-título: Allegro; Largo; Allegro Pastorale
Compositor: Antonio Vivaldi (1678-1741)
5. Título: Concerto nº 2 em Sol menor, Op. 8, RV 315, “L’Estate”
Sub-título: Allegro non molto; Adagio e piano – Presto e Forte; Presto
Compositor: Antonio Vivaldi (1678-1741)
Intervenientes
Coro de Câmara, Coro Juvenil, Orquestra Maior da EMNSC , Coro Feminino
Joana Levy | soprano
Tiago Herdade | tenor
Teresita Gutierrez Marques | direção do Coro Feminino
Henrique Piloto | direção
Biografias
Escola de Música Nossa Senhora do Cabo
A Escola de Música Nossa Senhora do Cabo foi fundada em 1979 pela Paróquia de Linda-a-Velha.
Presentemente estão matriculados mais de 800 alunos que se inserem nos níveis de Pré-Iniciação,
Iniciação, Cursos Básico e Secundário de Música, bem como no Espaço Arte e na Dança, que se
apresenta nas vertentes de Ballet Clássico e Dança Contemporânea. A EMNSC oferece actualmente
cursos de Flauta, Flauta de Bisel, Oboé, Fagote, Clarinete, Saxofone, Trompa, Trompete, Trombone,
Tuba, Percussão, Violino, Viola de Arco, Violoncelo, Contrabaixo, Piano, Órgão, Guitarra Clássica, Harpa,
Composição, Formação Musical e Canto.
Como complemento pedagógico, mas sobretudo como aposta artística, a EMNSC tem criado espaços de
trabalho para o desenvolvimento da prática musical de conjunto de que são exemplos a Orquestra
Maior, a Orquestra Da Capo, o Ensemble Zapping Cello, as Vozes de Palmo e Meio, o Coro Infantil, o
Coro de Câmara, o Coro Juvenil, o Atelier de Ópera, Ensemble de Sopros, as Mini Guitarras, Ensemble de
Guitarras, o Atelier de Música Contemporânea, a Oficina de Música Antiga, bem como o Coro Feminino
que aqui se apresenta.
Henrique Piloto
É formado em Direção de Orquestra pela Academia Nacional Superior de Orquestra. Possui a
licenciatura em Direção Coral da Escola Superior de Música de Lisboa e o Curso de Canto Gregoriano do
Instituto Gregoriano de Lisboa.
Estudou com Christopher Bochmann, Jean-Marc Burfin e Jean-Sébastian Bérau. Dirigiu a Orquestra
Metropolitana de Lisboa, orquestra Académica Metropolitana, Orquestra de Câmara de Macau,
Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra da Musikskola de Ümea (Suécia) e o Oratory Choir of Hong
Kong.
Foi elemento fundador do Coro Gregoriano de Lisboa e do Coro Syntagma Musicum. A convite do
Instituto Cultural de Macau residiu e trabalhou neste território entre 1997 e 2001 dirigindo a Orquestra
de Câmara de Macau.Tem-se apresentado como maestro em Portugal, Espanha, França, Suécia, China e
Japão. Foi maestro titular da Orquestra de Câmara de Sintra e da Nova Orquestra de Lisboa e da
Orquestra Jovens Músicos.É membro da Direção da Associação Portuguesa de Educação Musical e
colabora com o INATEL ministrando cursos de Direção. É professor de Classes de Conjunto na Escola de
Música Nossa Senhora do Cabo.
Teresita Gutierrez Marques
Teresita Gutierrez Marques é licenciada pela Faculdade de Música da Universidade das Filipinas. Em
1972, foi nomeada Professora Assistente daquela Universidade, cargo que ocupou até 1976. Integrada
no Coro Madrigal da Universidade das Filipinas, participou em numerosos festivais e competições
internacionais, entre 1969 e 1976.
Frequentou, como bolseira do Governo Espanhol, a Classe de Polifonia do XXI Curso Internacional de
Música de Compostela, sob a direcção de Angel Botia.
Em 1984, leccionou nos Cursos de Verão da Universidade da Califórnia (Santa Bárbara). É
frequentemente chamada a integrar o corpo docente de cursos de direcção coral e técnica vocal.
É membro da Phi Kappa Phi International Honor Society e da Um Phi Epsilon International Music
Sorority. Desempenha actualmente as funções de professora da Classe de Coro na Escola de Música do
Conservatório Nacional e na Escola de Música Na. Senhora do Cabo de Linda-a-Velha
Joana Levy
Licenciada em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa e Mestre em Artes Musicais – Lied e Oratória, pela mesma universidade, Joana de QuinhonesLevy iniciou os seus estudos de música com a sua mãe, a violoncelista Pilar Torres.
Ingressou, posteriormente, na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa no curso de Piano
com a Professora Leonor Cadete e mais tarde no curso de Canto com a Professora Helena Pina Manique
tendo terminado o Curso Superior de Canto em 1990.
Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, prosseguiu os seus estudos em Londres com as
cantoras Jennifer Smith e Dorothy Richardson de 1990 a 1993. Em 1991 obteve o Diploma of
Licentiateship da London College of Music tendo em 1992 frequentado os cursos “Foundation Course” e
“Production Course” no “Mayer-Lismann Opera Centre”.
Apresenta-se regularmente como solista em inúmeros concertos de Lieder, ópera e oratória, em
Portugal e no estrangeiro. Gravou para a R.D.P. e R.T.P.
Em 2000 gravou, como solista, um CD com o Coro de Câmara de Lisboa dirigido, pela maestrina Teresita
Gutierrez Marques e em 2009 os Responsórios das Matinas da Sagração da Sé de Angra de João José
Baldi com o Maestro Duarte Rosa. Actualmente colabora com o Maestro José Atalaya com o qual se
tem apresentado com o violinista Vasco Barbosa, como membro do Trio Barbosa. Paralelamente à sua
actividade como cantora lírica, é professora de Canto e de Atelier de Ópera na Escola de Música Nossa
Senhora do Cabo, em Linda-a-Velha.
Tiago Herdade
Nascido em Lisboa em 1982, licenciou-se em Eng. Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico.
Estudou Canto na Academia de Amadores de Música com o Prof. José Araújo e na Escola de Música de
Nossa Senhora do Cabo, na classe da Prof. Joana Levy.
No âmbito do Ateliê de Ópera da EMNSC interpretou os papéis de Don José, em Carmen (Bizet), Turiddu
em Cavalleria Rusticana (Mascagni), Tony em West Side Story (Bernstein), Candide em Candide
(Bernstein) e Canio em Pagliacci (Leoncavallo). Colaborou com os projetos “Pano Cru” e “Orquestra
Barroca” como solista em concertos em Portugal e no estrangeiro. Dirige desde 2006 o Coro de S.
Jerónimo, da Paróquia de Sta. Maria de Belém.
Notas de Programa
Johann Sebastian Bach, Glória in excelsis (BWV 191)
Esta Cantata de Bach tem a peculiaridade de ser a única com texto em Latim. Habitualmente, na Liturgia
Luterana utilizava-se o alemão. Esta excepção é ocasião de diversas especulações entre os musicólogos,
que sugerem alguma ocasião especial. A que mais se aponta é a celebração da “paz de Dresden”, no
dia de Natal de 1745.
Independentemente da circunstância, o texto da primeira parte da Cantata é natalício, pois apresenta as
palavras que os anjos cantam cheios de alegria, após terem anunciado aos pastores a jubilosa notícia do
nascimento do Salvador:
Gloria in excelcis Deo et in terra paz hominibus bonae voluntatis [Glória a Deus nas alturas e paz na terra
aos homens de boa vontade]. Após esta primeira parte teria lugar o sermão, adequado ao tema do dia.
O texto da segunda parte da Cantata é também litúrgico. Trata-se do Gloria Patri, aqui com as suas duas
secções divididas entre um dueto, que canta: “Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo”; e o Coro, que
canta: “como era no princípio agora e sempre. Amen”.
Quanto ao material musical é preciso dizer que faz parte da monumental “Missa em Si menor”,
compilada por volta de 1748. De resto, a música de Bach não precisa de comentários. A sua linguagem é
inconfundível, pela profundidade e complexidade aliadas à elegância e sedução. O resultado é sempre
uma forte experiência espiritual.
Bento XVI, refere a sua experiência pessoal de ouvir a música de Bach como um convencimento da
Verdade. Isto é, aquilo que as palavras e a música transmitem ao espírito humano provoca uma
experiência profunda de Verdade pacificadora e libertadora.
Diamantino Faustino, Gaudi Fons
Esta cantata surge por ocasião do Sínodo Diocesano de Lisboa, a decorrer entre 2014 e 2016. O Patriarca
D. Manuel Clemente convoca este Sínodo inspirado pelo Papa Francisco e tendo em conta a celebração
dos trezentos anos da atribuição do título de Patriarcado à Diocese de Lisboa (1716-2016), em
reconhecimento do seu trabalho missionário.
Os textos da Escritura escolhidos são citados na encíclica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), do
Papa Francisco.
Três textos do Antigo Testamento, onde o anúncio da Alegria surpreende pela força das imagens
utilizadas: (I.) transformação das armas em instrumentos de trabalho; (II.) Deus a embalar
maternalmente o seu Povo em Jerusalém; (III.) Deus a dançar numa festa pelo seu Povo.
Os textos do Novo Testamento, igualmente três, são as palavras de Jesus que recordam: (IV.) a atenção
a todos, mesmo os mais afastados (as “periferias”); (V.) a sede do coração humano, e a água viva que
sacia; (VI.) a alegria plena que vem do verdadeiro amor. Finalmente, (VII.) um texto do Papa Francisco,
que é uma prece da Igreja à Virgem Maria, onde esta é intitulada de “Fonte de Alegria para os
pequeninos”.
Ao texto alia-se a música, para exprimir o mesmo ambiente de festa, tranquilidade e alegria. Sem
recursos virtuosísticos, o trabalho musical quer aproximar-se de uma linguagem sóbria onde se unam a
profundidade harmónica, a serenidade melódica, a naturalidade rítmica, a variedade tímbrica e, como
ponto de partida e de chegada, a clareza cantada do texto.
Notas de Padre Diamantino Faustino
Informações Adicionais
A Escola de Música Nossa Senhora do Cabo apresenta, em São Roque, um concerto centrado na forma
Cantata, fazendo o contraponto entre um dos compositores que representa o expoente máximo deste
género musical, Johann Sebastian Bach e uma visão moderna, tanto ao nível do texto como da forma,
do compositor Padre Diamantino Faustino.

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