24 a 30 de Setembro de 2012
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24 a 30 de Setembro de 2012
POLÍTICA S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Presidente eleito toma posse O Camarada José Eduardo dos Santos foi investido (26/09) em Luanda, nos cargos de Presidente da República e de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, em cerimónia realizada no Memorial Dr. António Agostinho Neto, situado no bairro da Kinanga. Foto de OLIVEIRA A tomada de posse do mais alto mandatário da nação foi conferida num acto público, pelo juiz presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, que na ocasião procedeu à leitura da declaração de abertura da cerimónia. No decorrer da cerimónia, foi também empossado o camarada Manuel Domingos Vicente no cargo de Vice - Presidente da República, resultante das eleições gerais de 31 de Agosto último. O ponto mais alto da cerimónia caracterizou-se pelo primeiro pronunciamento do Presidente eleito, no qual estão bem patentes a conquista e a preservação da paz e, os resultados animadores alcançados no esforço de reconstrução nacional. Na história de Angola independente, esta foi a primeira investidura de um Presidente eleito em escrutínio geral, livre, justo, transparente e ordeiro, baseado em sufrágio universal directo e secreto. Com o voto expressivo e inequívoco, o povo fez justiça em eleger o Presidente e confirmar a legitimidade das funções que vem exercendo, reconhecendo ao mesmo tempo o seu exemplo de vida, dedicação à Pátria e às causas mais nobres do povo angolano. funções para os quais foi investido, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola e as leis do país, defender a independência, a sobera- No decorrer da cerimónia o Chefe de Estado eleito prestou Juramento à Nação, com a mão direita sobre a Constituição da República de Angola. Jurou por sua honra, desempenhar com toda a dedicação as nia, a unidade nacional, integridade territorial, a paz, a democracia e promover a estabilidade, o bem-estar e o progresso social de todos os angolanos. Na sequência, o Presidente da República assinou o termo de posse e o respectivo termo individual. O Venerando Juiz Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, ratificou os dois instrumentos, impôs o medalhão, incrustou na lapela do lado esquerdo do casaco o crachá Presidencial e, saudou-o. Após felicitações, o Presidente da República proferiu o seu discurso à Nação. Ao discursar à Nação, o Camarada Presidente José Eduardo dos Santos agradeceu ao povo angolano a honra e a confiança que lhe conferiu para dirigir os destinos do país. Seguiu-se o desfile de tropas dos três ramos das Forças Armadas Angolanas (Exército, Marinha de Guerra e Força Aérea Nacional). No final da cerimónia foram disparadas 21 salvas de canhão e entoado o Hino da República. Milhares de populares, entre diversas individualidades políticas, religiosas, tradicionais e diplomáticas, acorreram ao local para assistirem o evento. Por Joaquim Guilherme Foto de OLIVEIRA Foto de OLIVEIRA Foto de JOÃO LUÍS INSCRITO NO MINISTÉRIO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL SOB O Nº: 129/B/96 Propriedade: MPLA www.mpla.ao DIRECÇÃO - Director: Emanuel Mangueira, Administrador: Fernando Jaime ([email protected]), Chefe de Redacção: Herminia Tiny ([email protected]) - REDACÇÃO - Reconstrução & Desenvolvimento: Estêvão S. Rodrigues (Editor); Sociedade: Hermínia Tiny (Editora); Juventude, Mulher e Família: João Valente; Actualidade: Luzolo Maria; Cultura, Figuras & Factos e Desporto: Ferraz Neto (Editor) - Fotografia: Joaquim Guilherme (Editor) e Hélder Neto - Concepção Gráfica e Composição: Leonel Ganho (Editor) e António Pompílio - Secretário de Redacção: Joaquim Domingos. - ADMINISTRAÇÃO Contabilidade: Fátima Daniel, Relações Públicas e Marketing: Marisa de Oliveira (Chefe) e Ângelo Vunda, Distribuição e Vendas: Augusto Paixão (Chefe) e José Mambo, Transportes: João Agostinho - CORRESPONDENTES - Benguela: António Gonçalves, Cabinda: Vuvu Matualunda, Lunda-Sul: Francisco Memória, Uíge: Santos Kiala - DIRECÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDACÇÃO: Sede Nacional do MPLA - 3º andar/DIP/CC. - TELEFAX: 222 - 32 20 43; TELEFONE: 222 - 32 31 61; EMAIL: [email protected]; CAIXA POSTAL: 936 - Luanda - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS: ANGOP; RESPONSABILIDADE EDITORIAL: Secretariado do Bureau Político do MPLA; TIRAGEM: 10.000 exemplares. 2 S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 POLÍTICA DISCURSO DO CAMARADA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, NA SUA INVESTIDURA COMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA "Excelentíssimo senhor juiz presidente do Tribunal Supremo, Venerandos juízes do Tribunal Constitucional, Senhor presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Ilustres convidados, Minhas senhoras e meus senhores, Este é um momento muito especial para o povo angolano, para o Partido MPLA e para mim mesmo. Em conformidade com os resultados das Eleições Gerais, do passado dia 31 de Agosto e nos termos do Artigo 114º da Constituição da República, acabo de ser empossado, pelo senhor presidente do Tribunal Constitucional, como Presidente da República de Angola. O país já realizou duas outras eleições democráticas e multipartidárias, em que uma clara maioria votou a favor do MPLA e do seu líder. O facto de, só hoje, ter lugar esta cerimónia formal de investidura significa que, desta vez, todas as possíveis dúvidas anteriores foram completamente esclarecidas. Eu agradeço, do fundo do meu coração, a honra e a confiança que o povo angolano me conferiu, para dirigir os destinos do país, reafirmando, assim, a sua anterior posição, numa clara demonstração de coerência e de maturidade política. Agradeço, também, aos membros da minha família e a todos aqueles que me ajudaram, durante a Campanha Eleitoral, a levar a minha mensagem e a do MPLA, ao conhecimento de todos os angolanos. Os eleitores votaram, escolheram os dirigentes do país e estamos aqui para respeitar a sua vontade. Tratou-se, de facto, de uma decisão democrática do nosso povo, que, deste modo, mostrou que está a favor do Manifesto Eleitoral e do Programa de Governação do MPLA. Esses dois documentos reitores apontam como seu objectivo a construção de uma sociedade democrática, inclusiva, de progresso, bem-estar e justiça social. A sua aplicação, pelo Executivo que vou dirigir, assentará no princípio da renovação e da continuidade, para renovar e corrigir o que está mal, dar continuidade e melhorar o que está bem e iniciar novas obras. O rumo do nosso desenvolvimento está definido! Os Foto de OLIVEIRA Caros compatriotas. objectivos que traçámos para este novo período de governação inscrevem-se na Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo do nosso país, conhecida por "Angola 2025". Este instrumento tem estado a ser aplicado com sucesso desde 2008, altura em que uma Conferência Nacional, representativa de todos os angolanos, aprovou a Agenda Nacional de Consenso. Orgulhamo-nos dos resultados alcançados até agora, que vão no sentido da satisfação das aspirações e legítimos anseios da sociedade angolana. Caros compatriotas, No mandato que agora começa, a primeira prioridade do Executivo é manter a estabilidade política, mediante a promoção, defesa e consolidação da paz. Inscrevem-se nesta perspectiva o aprofundamento da democracia, em que a liberdade de expressão e de criação, a igualdade de oportunidades e a justiça social se entrelaçam com os programas e acções multidisciplinares para o desenvolvimento da cultura nacional e do homem. 3 Inscrevem-se, ainda, nesta perspectiva a promoção da igualdade do género, e um maior rigor na observância dos princípios da boa governação e da transparência na gestão dos bens públicos. Para a realização desta prioridade, serão reforçados os mecanismos de diálogo com sindicatos, as organizações sociais e profissionais, as igrejas, os empresários e outros parceiros sociais, a fim de se obter a sua colaboração na definição das políticas de desenvolvimento e das estratégias para a sua aplicação. Um lugar privilegiado vai ser atribuído ao diálogo com a juventude. A nossa juventude precisa de canais eficientes para se envolver na solução dos problemas que afectam toda a sociedade, contribuindo com o seu dinamismo, o seu entusiasmo e a sua criatividade. A consolidação do Estado e das suas instituições apresentase, neste contexto, como a garantia da estabilidade política, da paz e das liberdades democráticas. Por essa razão, vamos dar ênfase à concretização do programa de reformas, para melhorar a organização, gestão e controlo das finanças públicas. Dar ênfase, também, à concretização do programa de reforma dos sectores da Defesa, Ordem Pública e Segurança Nacional e do programa de reforço da eficácia do Sistema de Justiça, no seu todo, incluindo as polícias de investigação e de instrução processual, o alargamento substancial da rede dos tribunais, o aumento do número de estabelecimentos prisionais e de centros de reeducação e recuperação de delinquentes, fazendo-se uma aposta pragmática, na procura de soluções inovadoras e mais eficazes, para garantir a celeridade da justiça e das decisões judiciais. Pretendemos, por um lado, dar um sinal claro de combate ao nefasto sentimento de impunidade e, por outro, garantir o acesso ao direito e à defesa dos interesses jurídicos dos cidadãos, das empresas e das instituições democráticas. Na verdade, a estabilidade política e o reforço da capacidade institucional, sobretudo ao nível da Administração Pública, são, para além de um pressuposto de consolidação do Estado de Direito, uma condição para garantia da estabilidade macroeconómica, que prometemos ao eleitorado. A este propósito, recordo que a economia angolana conheceu, nos últimos cinco anos, uma taxa de crescimento médio, de cerca de 9,2%, sendo que o sector não petrolífero cresceu, em média, a uma taxa de 12%. Esses níveis de crescimento resultam da eficácia das medidas tomadas pelo Executivo, para a estabilidade dos indicadores macroeconómicos de natureza fiscal, monetária e cambial, que permitiram reanimar a economia. Esperamos, neste novo mandato, redobrar os esforços para uma melhoria acentuada da estabilidade macroeconómiContinua na página 4 POLÍTICA Continuação da página 3 ca, essencialmente no domínio do controlo das pressões de liquidez, do controlo de preços, da gestão cambial, do monitoramento dos índices de competitividade e do controlo do défice orçamental. Em 2013, vamos efectuar o primeiro Recenseamento Geral da População e da Habitação. É uma operação importante, para sabermos quantos somos e como vivemos. Este processo permitirá um conhecimento rigoroso e completo do nosso país e vai colocar, à nossa disposição, informações e dados credíveis, para a elaboração de políticas mais realistas. As políticas públicas de apoio e incentivo ao crescimento serão, assim, ajustadas e aperfeiçoadas, de modo a dar uma cobertura institucional mais eficaz à valorização dos recursos do país, através da promoção do investimento estrangeiro e nacional, tendo em conta a notação positiva, dada pelas agências internacionais de avaliação do risco. Será, também, prestada uma maior atenção ao fortalecimento dos instrumentos de financiamento ao empresariado nacional recentemente criados, nomeadamente o Fundo de Garantia e o Fundo de Capital de Risco Promocional e, também, do Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA). O mercado de capitais será mais um importante instrumento para promover o sector empresarial, devendo, nos próximos anos, constituir-se numa fonte adicional de financiamento à economia, alternativa ao tradicional crédito bancário. Caros compatriotas, As ambições e objectivos do nosso Programa de Governação têm uma forte motivação de justiça social e de desenvolvimento humano. A sua concretização assenta numa estratégia de crescimento económico, em que o investimento público e o investimento privado, em projectos estruturantes do sector público, constituem na plataforma para o desenvolvimento da economia nacional. As nossas prioridades, neste domínio, vão centrar-se na economia não petrolífera, conferindo um papel mais relevante aos sectores mineiro e imobiliário, à agricultura, à indústria transformadora, às redes de distribuição, à circulação mercantil, à prestação de serviços de qualidade e à concorrência empresarial, susceptível de conduzir à redução dos preços no consumidor. Daremos, deste modo, continuidade ao programa de transferência de recursos fiscais, provenientes de recursos naturais não renováveis, para os sectores de geração de renda, baseados em recursos renováveis. Neste sentido, teremos um programa de projectos estruturantes para a energia e para a água, um programa estratégico S e m a n a de segurança alimentar e outro de industrialização do país. Esta estratégia vai ser orientada no sentido de superarmos as assimetrias de natureza territorial, permitindo interligar e elevar o nível de cobertura das cadeias de valor nas regiões norte, sul e leste. O nosso propósito é expandir o mercado interno, integrá-lo e diversificar a base produtiva nacional, dotando-a de um suporte logístico com circuitos de distribuição e sistemas de transporte eficazes e operacionais. Com a finalidade de elevar a competitividade, continuaremos a dar prioridade ao processo de desburocratização e simplificação administrativa do ambiente de negócios, procurando capitalizar os recursos internos, que permitam, ao sector privado, criar riqueza. A experiência tem-nos ensinado que, se melhorarmos o desempenho de um conjunto de instituições, de políticas e factores determinantes da produtividade do país, cresceremos mais rapidamente e obteremos elevados níveis de retorno dos investimentos, com reflexos na prosperidade dos negócios e das receitas fiscais, podendo-se, assim, crescer mais e distribuir melhor. Caros compatriotas, Um dos compromissos de maior impacto social do nosso Programa de Governação prende-se com a capacidade de acesso aos bens essenciais. A produção destes bens requer a adopção de medidas bem doseadas de incentivo e de protecção à indústria interna. As políticas de emprego, de combate à pobreza, de fomento e incentivo às oportunidades e realização de negócios vão ser implementadas como vias para atingir essa meta. Partimos do pressuposto de que a nossa economia tem condições para garantir muito mais empregos. Por esta razão, pretendemos alcançar uma taxa mais elevada de ocupação laboral da força de trabalho activa, através da melhoria dos mecanismos de criação e de acesso ao emprego. Por outro lado, para além da aplicação sistemática dos programas geradores de emprego e de rendimento das famílias, apoiados nas políticas de fomento e incentivo às micro, pequenas e médias empresas, o Executivo vai implementar medidas tendentes a organizar melhor o mercado de trabalho e a garantir a fiscalização sistemática das suas regras. Ainda neste sentido, impõese a necessidade de um ajuste da legislação laboral, de modo a torná-la mais flexível para os empregadores, capaz de proporcionar maior mobilidade laboral, inclusive de emprego temporário, sem deixar de garantir o princípio da estabilidade do emprego e os direitos fundamentais dos trabalhadores. d e 2 4 a 3 0 d e Neste contexto, será promovida uma ampla discussão com os parceiros sociais, sobre este assunto e, também, definido um programa mais eficaz de formação profissional e técnica dos trabalhadores e jovens que aspiram ao primeiro emprego. Caros compatriotas, Nos últimos 10 anos, Angola atingiu os lugares cimeiros da África subsaariana, em termos de estabelecimento de ensino superior, médio e de base. Existem hoje em Angola 17 universidades e 44 institutos superiores. Só nos últimos três anos, investimos o equivalente a mais de 480 milhões de dólares, em 53 novas instituições escolares para o ensino secundário e técnico-profissional. Todo este esforço visa valorizar os angolanos, tornandoos cada vez mais capazes de, pela via da escolaridade e da formação profissional e académica, atingir níveis mais elevados de bem-estar e de realização profissional, a fim de poderem prestar um contributo mais qualificado ao desenvolvimento económico e social. Começámos por investir para aumentar a quantidade e, agora, impõe-se que haja mais investimento para melhorar a qualidade do ensino que é prestado nas nossas escolas e universidades. Diz-se que a grandeza de uma nação não se mede, apenas, pelas potencialidades dos seus recursos naturais, mas, também, pela nobreza de carácter, pela atitude e pelas competências dos seus cidadãos que são, de facto, a base dinamizadora desses recursos. Para enfrentarmos os desafios que se prendem com o desenvolvimento do nosso país, no contexto da globalização, precisamos de contar com quadros nacionais altamente qualificados e de possuir uma classe de trabalhadores bem formada tecnicamente, capaz de se adaptar, rapidamente, ao ambiente de mudanças e às necessidades impostas pelos novos sistemas de produção. Deste modo, o Executivo vai desenvolver um programa de revisão do sistema educativo, centrado na eficácia do ensino, que leve em conta o modelo curricular, o perfil de competências profissionais dos professores, dos formadores e dos educadores, bem como o sistema de gestão das escolas públicas. A revisão do sistema educativo que vamos implementar visa reorientar os cursos, em função das necessidades de desenvolvimento do país e das suas províncias e regiões. Pretendemos assegurar a educação pré-escolar e o ensino primário obrigatório e gratuito para todos e elevar a taxa líquida de escolaridade da educação básica para cerca de 100 por cento. O esforço de valorização dos angolanos implica, também e fundamentalmente, a melhoria constante das suas condições 4 S e t e m b r o d e 2 0 1 2 de vida, através do aperfeiçoamento dos mecanismos e vias de acesso à saúde, ao saneamento básico, à água potável e à habitação condigna. Apesar do grande investimento realizado neste domínio, temos ainda um longo caminho a percorrer, até que cada cidadão sinta que atingiu o nível adequado para viver com dignidade. Não devemos esmorecer. Vamos encarar, com optimismo e esperança, o futuro, que depende, fundamentalmente, da nossa entrega e atitude, face ao trabalho. Continuaremos a nossa marcha rumo aos objectivos já traçados. Adaptaremos um Plano Sanitário Nacional, logo no início do mandato, para o período 20122025. O programa de combate à fome e à pobreza não vai ser extinto. Antes pelo contrário, será reforçado. O grande desafio a vencer é tornar cada cidadão num agente dinamizador activo do mercado de produção e de consumo, com efeitos directos na sua qualidade de vida e no seu bem-estar. O apoio aos antigos combatentes, aos ex-militares e veteranos da Pátria ocupa, na agenda social deste mandato, um lugar especial. Para além dos incentivos que visam aumentar a diversificação dos seus rendimentos, serão promovidas acções de qualificação profissional que possibilitem a sua inserção no processo produtivo do país. A criança, os idosos e os deficientes físicos sempre estiveram no centro das políticas da governação. Neste mandato, o Executivo vai incrementar a assistência social e o apoio solidário a estes cidadãos, com medidas concretas de atendimento à criança, em idade pré-escolar, de reintegração social e formação profissional para portadores de deficiência e de alargamento, para todas as províncias, de estabelecimentos de acolhimento de idosos necessitados e amparo social. Ilustres convidados, Minhas senhoras e meus senhores, Angola é, hoje, um dos países mais respeitados da diplomacia africana. Trata-se de um mérito conquistado ao longo da nossa história, em que os angolanos se bateram, de forma consequente, pela independência nacional e souberam defender a sua soberania, das ameaças externas e das tendências hegemónicas de certos países. As nossas acções continuarão viradas para uma política diplomática e económica assente no respeito mútuo e nas vantagens recíprocas, na boa vizinhança com os nossos parceiros mais próximos territorialmente e no fortalecimento da integração económica regional, ao nível da SADC, da CPLP e da CEEAC. Angola continuará a respeitar todos os seus compromissos internacionais e aplicará todas as normas dos tratados internacionais de que é parte, ou a que aderiu. Estamos comprometidos com as questões da defesa e protecção do ambiente e vamos bater-nos, em todos os fóruns, pelo respeito e aplicação das medidas e instrumentos que a comunidade internacional aprovou, para garantir a sobrevivência do planeta e a protecção das gerações futuras. O Estado angolano sempre conduziu as relações com os seus parceiros de cooperação internacional, com base num comprometimento coerente com o interesse de Angola e dos angolanos. Onde quer que cada cidadão resida, a defesa dos seus interesses e direitos constitui uma obrigação do Estado, de que jamais abdicaremos. Neste momento, o Executivo vai continuar essa linha de orientação na sua política externa. O nosso propósito continuará a ser a promoção de Angola e de África, para uma posição de igualdade soberana nas instâncias e nas relações internacionais. Ilustres convidados, Minhas senhoras e meus senhores, Caros compatriotas, Para concluir, reitero que o espírito que me anima, na condução do Executivo, é o de renovação e continuidade, isto é: Manter a paz e aprofundar a democracia; Prosseguir, com dinamismo, a reconstrução e o desenvolvimento das infra-estruturas; Dedicar mais recursos à melhoria das condições sociais das pessoas e famílias, especialmente daquelas que têm pouco, ou quase nada, para sobreviverem; Valorizar mais os quadros nacionais e os recursos naturais que o país tem, para aumentar a riqueza nacional e fazer Angola crescer mais e distribuir melhor; Cooperar com todos os países e pugnar por um Mundo mais justo e em paz; Contar com a força e a consciência patriótica da juventude angolana, como aliada do Executivo na concretização destas tarefas, para fazer de Angola um bom lugar para viver; Servir a Nação com lealdade. Permita-me, pois, senhor juiz-presidente do Tribunal Constitucional, que termine a minha intervenção com o compromisso reiterado de respeitar o juramento, que acabo de fazer; de cumprir e fazer cumprir a Constituição e a lei; de defender as instituições do Estado e de me entregar, com todo o meu esforço e as minhas capacidades, às altas funções em que fui investido, cumprindo-as com responsabilidade e como Presidente de todos os angolanos, sem excepção. Muito obrigado". S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e POLÍTICA 2 0 1 2 Depoimentos Destacado o papel de José Eduardo dos Santos O contributo determinante do Camarada José Eduardo dos Santos, para a consolidação da paz, unidade nacional e melhoria das condições de vida das famílias angolanas, foi destacado por individualidades presentes na cerimónia da sua investidura como Presidente da República de Angola, realizada (26/9) no Memorial Agostinho Neto, em Luanda. O Jornal ÉME recolheu opiniões sobre o discurso do Presidente empossado e, perspectivas acerca do programa do governo do MPLA para os próximos cinco anos. Opiniões recolhidas por Luzolo Maria sagem foi de esperança. Dirigiuse ao povo angolano com a convicção de que tudo fará, com a contribuição de todos angolanos, para resolver os problemas que afectam as populações. Não foi fácil governar Angola, desde que surgiram os problemas da guerra, até à democratização. E hoje estamos em paz." Dino Matrosse, secretário-geral do MPLA: "Considero que o Camarada Presidente José Eduardo simboliza o espírito da unidade e reconciliação nacional. A vitória eleitoral do MPLA e do seu cabeça de lista confirmam a confiança que o eleitorado deposita tanto no seu Partido do coração, como no seu líder. Vamos trabalhar para corrigir onde alguns sectores apresentam algumas debilidades. Assim o MPLA continuará a materializar o seu programa. Estamos todos de parabéns pela realização desta cerimónia". Cónego Graciano Apolónio: "Acabamos de assistir um acto muito importante na história de Angola, desde a sua Independência nacional em 1975. O povo votante fez justiça nas urnas. Escolheu aquele que vai governar para mais um mandato de cinco anos. Temos que respeitar essa vontade do povo que foi às urnas para escolher o Partido e o líder que vão governar Angola. A mensagem que eu devo transmitir aos cristãos é de paz, de reconciliação e de unidade de todos angolanos. Vamos apoiar os nossos eleitos na sua nobre missão de conduzir Angola nos altos patamares". Camarada José Eduardo dos Santos Presidente do MPLA e da República de Angola por ter assistido uma cerimónia que nunca existiu desde a Independência de Angola. Desejo boa sorte ao nosso Presidente da República e à sua equipa governamental". João Messangaka, rei do Alto Zambeze, Moxico: "Agradecemos à Deus por ter-nos dado um Presidente que se preocupa sempre com os interesses do povo. A sua investidura significa um acto marcadamente importante na história do país. Vamos levar para o povo da província do Moxico uma mensagem de encorajamento e de esperança". Camba Ngongo, Rei do Uíge: "Fiquei muito emocionado pelo discurso do Presidente José Eduardo dos Santos, empossado como Chefe de todos angolanos. A sua men- Reverendo Luís Nguimbi: "O discurso do Presidente eleito, José Eduardo dos Santos, centrou-se em várias vertentes da nossa vida nacional. Temos que continuar a consolidar a democracia e resolver os problemas candentes que afectam a nossa sociedade. Foi uma mensagem de esperança e vamos ter fé para que Angola seja vista como um país normal. A comunidade cristã está visivelmente contente Ana Rosa Lopes, administradora do mercado S.Paulo: "Ficamos bastante contentes por termos assistido este acto histórico. A sua mensagem sobre a mulher deixou claro que continuará sempre a defender a política do género. A OMA continuará ao lado do MPLA para as batalhas decisivas, nos sectores político, social e económico. Este acto não se repete todos os dias, 5 Ana Cabral, embaixadora do Brasil em Angola: "Considero o discurso do Presidente José Eduardo dos Santos como uma mensagem de consolidação democrática e do fortalecimento das instituições. Abordou também um aspecto muito importante sobre o reforço das relações diplomáticas e da cooperação internacional. Respeitará os compromissos de Angola assumidos ao nível das organizações regionais e mundiais onde o país está inserido. Penso que Angola está no bom caminho. As relações com o Brasil serão reforçadas em diversos domínios". Ana Rosa Lopes Ana Cabral nem todos os anos. O MPLA continuará sempre forte, contando com o apoio das mulheres vendedoras e da OMA". POLÍTICA S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Foto de JOÃO LUÍS Investidura Dados biográficos do Presidente da República J osé Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola investido em 26/09, nasceu a 28 de Agosto de 1942, filho de Eduardo Avelino dos Santos e de Jacinta José Paulino. Casado com Ana Paula dos Santos. Concluiu o ensino secundário em Luanda (Liceu Salvador Correia) e integrou-se no MPLA em Novembro de 1961, no exílio. Licenciou-se, em 1969, em Engenharia de Petróleos no Instituto de Petróleo e Gás de Baku (antiga União Soviética). Regressado ao país, foi ministro das Relações Exteriores no primeiro Governo constituído depois da Independência de Angola; 2º vice-primeiro ministro, em 1978, e ministro do Planeamento, em 1978-79. Foi eleito Presidente do MPLA a 20 de Setembro de 1979 e investido no cargo de Presidente da República Popular de Angola até Outubro de 1992, altura em que decorreram as eleições presidenciais das quais saiu vencedor na primeira volta, com 49,6% dos votos. Datam da primeira metade dos anos 1980 as suas primeiras tentativas de criação das condições objectivas e subjectivas para o lançamento de profundas reformas económicas e políticas, com o apoio de jovens quadros pragmáticos saídos das faculdades de Engenharia, Direito e Economia. A situação de guerra não permitiu que essas reformas tivessem uma materialização mais rápida. Os Acordos de Bicesse, surgidos na sequência dessa abertura, acabaram por permitir um interregno no conflito militar criando condições para a adopção de um regime democrático e de mercado livre. Um dado relevante do início do seu consulado foi o facto de José Eduardo dos Santos nunca ter ratificado nenhuma das sentenças proferidas pelos tribunais quando a pena de morte ainda estava em vigor e ter mesmo contribuído decisivamente para a sua abolição em Angola. De 1986-1992 José Eduardo dos Santos esteve na base dos esforços de pacificação no país e na região, que culminaram com a retirada das tropas invasoras sul-africanas, o repatriamento do contingente cubano, a independência da Namíbia e o fim do regime do apartheid na África do Sul. Eliminados os factores externos que agravavam o conflito interno em Angola, José Eduardo dos Santos lançou as pontes para uma solução negociada, dinamizou a abertura ao pluralismo político e à economia de mercado, e organizou eleições democráticas multi-partidárias (29-30/9/92) sob supervisão internacional. Na grave crise que se seguiu, provocada pela recusa da Unita em aceitar o veredicto da ONU de que as eleições foram "livres e justas", José Eduardo dos Santos dirigiu pessoalmente a intensa actividade diplomática que culminou no integral reconhecimento internacional do Governo angolano, impulsionou a instituição dos órgãos de soberania eleitos e organizou a defesa das instituições democráticas, forçando os opositores armados a aceitarem uma solução negociada 6 do conflito, consubstanciada nos Acordos de Lusaka de Novembro de 1994. Nessa base foi constituído um Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, integrando elementos oriundos dos partidos com assento no Parlamento, incluindo da própria oposição armada. Infelizmente, os Acordos de Lusaka também não conduziram Angola à paz definitiva. Em 1998 as forças rebeldes retornam à guerra, depois de se terem rearmado em segredo, convencidas de que de que poderiam chegar ao Poder pela via militar. Novamente, José Eduardo dos Santos revelou-se um estadista à altura do momento delicado que o país atravessava. Decidiu combater a subversão armada sem recorrer ao estado de sítio ou de emergência, mantendo em funcionamento todas as instituições democráticas do país e assegurando assim os direitos, as liberdades e as garantias dos cidadãos. As próprias Nações Unidas o felicitaram em 29 de Julho de 2000 pelo anúncio de que perdoaria todos os rebeldes armados, incluindo o seu líder, desde que reconhecessem as autoridades legítimas e contribuíssem para a consolidação do regime democrático, para a reconciliação nacional e para o desenvolvimento do país. Dois anos depois, graças à implementação de um programa multilateral de resistência nacional contra a guerra, de iniciativa do Presidente angolano, foi finalmente alcançado um entendimento entre as chefias militares do Governo e das forças rebeldes que levaram ao fim definitivo da guerra em Angola, num acto que se cumpriu solenemente em cerimónia realizada em Luanda no dia 4 de Abril de 2002. Sensivelmente no mesmo período o Presidente angolano contribuiu de forma decisiva para a estabilização da situação na República do Congo Brazzaville e na República Democrática do Congo e para a busca de uma solução política para o conflito militar da região dos Grandes Lagos. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 POLÍTICA Parlamento tem novos inquilinos O presidente cessante da Assembleia Nacional, Paulo Cassoma, afirmou que com a investidura dos deputados abre-se um novo ciclo parlamentar, que vai ser renovado de cinco em cinco anos, no quadro do figurino jurídico traçado pela Constituição de 2010. Fotos de OLIVEIRA P aulo Cassoma realçou que a tomada de posse dos deputados marca o ponto de partida de um quadro de confiança e responsabilidade entre os deputados eleitos e os cidadãos, para a resolução dos problemas nacionais. Por sua vez, o presidente da Assembleia Nacional, eleito, Fernando Piedade Dias dos Santos, disse que a conjuntura politica, económica e social, transporta para o mundo, problemas globais, que obrigam os deputados a ter uma visão ampla sobre o papel que o Parlamento pode desempenhar e, deste modo, convergir os esforços conjuntos na satisfação dos anseios e necessidades dos cidadãos. O novo presidente do Parlamento pediu aos novos deputados para confirmarem e privilegiarem o dialogo nas questões estratégicas de cooperação com o Executivo, por entender que a Assembleia Nacional, no exercício da sua funções deve articular-se com os demais órgãos de soberania. Camarada Paulo Cassoma Composição da presidência No âmbito do funcionamento do órgão máximo do poder do Estado, para além do seu presidente, foi designado para primeiro vice-presidente, o deputado João Lourenço; para segundo vice-presidente, foi designada a deputada Joana Lina; ambos do MPLA. Para terceiro vice-presidente, foi designado, Ernesto Mulato da Unita; e quarto vice-presidente é o deputado João Manuel Fernandes, da Coligação CASA-CE. Os parlamentares elegeram também Carlota Celestino Dias como primeiro-secretário de mesa e Raul Augusto Lima segundo-secretário de mesa, todos deputados do MPLA. Ao mesmo tempo, Carlos Fontoura da Unita, designado terceiro-secretário de mesa. L. Maria 7 POLÍTICA S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e Convívio S e t e m b r o d e 2 0 1 2 MPLA promove festa da vitória Fotos de DOMINGOS GAIO A Sede Nacional do MPLA e o Comité Provincial de Luanda promoveram (29/09) actividades em alusão à vitória do MPLA e do seu cabeça de lista nas últimas eleições de 31 de Agosto do corrente ano. N a cerimónia organizada pelo Conselho de Trabalhadores da Sede Nacional do MPLA e dependências participaram membros da direcção do Partido, do Executivo, deputados da bancada parlamentar do MPLA e funcionários. Neste convívio, que decorreu no Parque Heróis de Chaves, o vice presidente do Partido, camarada Roberto de Almeida, afirmou que "é preciso continuar a trabalhar com o mesmo empenho e dedicação para que os próximos desafios também sejam vencidos, para o engrandecimento de Angola e do partido". Durante a cerimónia foram premiados os funcionários mais antigos e, os destacados em pontualidade, assiduidade e desempenho. Comité Provincial de Luanda Por sua vez, no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, o Comité Provincial do MPLA realizou um convívio para os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, para comemoração da vitória do MPLA no pleito eleitoral. Segundo o primeiro secretário provincial, camarada Bento Bento, o MPLA vai continuar a promover actos do género em agradecimento ao comportamento cívico dos militantes e população em geral. Este acto foi realizado no sentido de agradecer a todos quantos contribuíram para a vitória do Partido em Luanda, que na devida altura souberam fazer a diferença. Por Nelson José 8 S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o 9 d e 2 0 1 2 PUPLICIDADE S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 MULHER ANGOLANA UNIDA PELA IGUALDADE E DESENVOLVIMENTO Na comuna do Luvo (Zaire) OMA promove saúde nas comunidades A Organização da Mulher Angolana (OMA), em colaboração com o Comité de Especialidade dos Médicos do MPLA, realizaram de (20 à 30/09), na comuna do Luvo, município de M´Banza Congo, província do Zaire, uma campanha denominada "saúde mulher 2012 à 2016". Fotos de DOMINGOS GAIO A iniciativa da Organização da Mulher Angolana teve como finalidade, a assistência médica a todos os cidadãos que residem nas áreas periféricas daquela localidade do nosso país. A campanha foi coordenada pela camarada Maria Isabel Malunga, membro do Secretariado Nacional da OMA, em representação da camarada Luzia Inglês Van-Dúnem, secretária-geral da OMA. Durante a sua alocução, Maria Isabel Malunga, referiu que este programa tem como objectivo, garantir o acesso das mulheres ao longo do seu ciclo de vida à informação referentes aos cuidados e serviços de saúde adaptados, acessíveis e de boa qualidade, disse. "A prioridade deste programa é a saúde sexual e reprodutiva, bem como, sensibilizar homens e mulheres para os cuidados primários de saúde, promovendo consultas nas comunidades com destaque para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, incluindo VIH/SIDA", acrescentou. Durante o lançamento da campanha denominada "saúde mulher 2012 à 2016", na comuna do Luvo, província do Zaire, foi também aberta, consultas pré-natal, para as mulheres em estado de gestação. O chamado pré-natal é a assistência na área da enfermagem e da medicina prestada à gestante durante os nove meses de gravidez. A meta é evitar problemas para a mãe e a criança nesse período e no momento do parto. Durante a campanha denominada "saúde mulher 2012 até 2016", ficou patente o apelo as mulheres gravidas bem como os casais, para que afluam aos cuidados de saúde. Assim, na local- idade do Luvo, foi orientado as mulheres para que tenham um plano de parto que visa reduzir a mortalidade materna e infantil, 10 consulta pós-parto, a prevenção do cancro da mama, colo uterino, próstata, a menopausa, o planeamento familiar, a vacinação, a consulta de seguimento à criança e o aleitamento materno exclusivo. Durante a actividade os membros do Secretariado Nacional da OMA, fizeram entender os presentes que esta campanha não visa assistir apenas os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, mas que estende-se à toda a sociedade. A Organização da Mulher Angolana e o Comité de Médicos do MPLA implementaram visita ao hospital materno infantil de M´Banza Congo. Durante a visita foram doados bens de primeira necessidade aos pacientes e aproveitaram a ocasião para mobilizar todas as forças vivas para a redução zero da mortalidade materno infantil. Nelson José S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o 11 d e 2 0 1 2 PUBLICIDADE JMPLA S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Apelo Juventude orientada a evitar tabaco Luanda Crianças abandonadas recebem apoio U m kit composto por bens alimentares e de higiene foi entregue (02/10), em Luanda, à Associação de Apoio à Criança Abandonada "A.A.C.A", pela direcção do Banco Sol. Dos bens doados fazem parte sacos de arroz, açúcar, fuba de milho, feijão, caixas de sumo, yogurte, leite em pó, cereais, bolacha, frango, carne, massa, óleo alimentar, sal, papel higiénico, guardanapos, sabonete, pasta de dente, sabão, detergentes, desinfectante e lixívia. Na ocasião, a directora do centro, Rosa Pacavira, agradeceu o acto do Banco Sol, referindo que esta ajuda vem suprir algumas dificuldades que o centro apresenta no que concerne a alimentação das crianças. Referiu que momentos de solidariedade como este são sempre bem-vindos para as crianças, sobretudo pela demonstração de carinho que elas recebem. Já o presidente do conselho da administração do Banco Sol, Coutinho Nobre Miguel, apontou a solidariedade como um dos pilares fundamentais de qualquer sociedade, daí a iniciativa daquela instituição financeira para com o lar. O responsável afirma que o Banco Sol tem responsabilidades para com a comunidade e tem contribuído de forma humildade e modesta, para que se recupere os valores e princípios que nortenha a sociedade. A Associação de Apoio à Criança Abandonada "A.A.C.A" conta actualmente com 73 crianças do sexo feminino, em idade compreendida entre os 6 e os 17 anos, oriundas de várias províncias do país. Ao Hospital Pediátrico de Luanda Jovens Metodistas doam bens A Organização de Jovens Adultos, da Igreja Metodista Unida Juliana de Almeida, doou (29/09) ao Hospital Pediátrico de Luanda David Bernardino, bens alimentares e produtos de higiene, informou o director da associação, Jorge Hossi. Segundo o responsável, ofereceram às crianças do hospital bens como iogurte, farinha láctea, leite, fruta e fraldas descartáveis para contribuir na dieta dos petizes. Jorge Hossi informou que a actividade enquadra-se num programa da organização que visa solidarizar-se com os enfermos e necessitados, e o hospital David Bernardino foi o escolhido para esta acção. Por outro lado, referiu que a acção insere-se no âmbito de um princípio bíblico que apela a solidariedade e o amor com os enfermos, encarcerados e desprotegidos. Durante a visita, disse o religioso, percorreram as enfermarias levando, não só, apoio material mas também espiritual. "Constatamos as condições das crianças e sentimos que elas precisam de ajuda da sociedade e nós fizemos a nossa parte", disse o interlocutor. A Organização de Jovens Adultos (OJA) da igreja Juliana de Almeida é uma instituição adstrita à Igreja Metodista Unida em Angola (IMUA,) e está situada na zona da Camama, distrito de Kilamba Kiaxi, em Luanda. 12 O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, exortou (01/10), em Luanda, à população, em particular à juventude, a evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, por forma a prevenirem-se de várias doenças e de uma vida sedentária. Em declarações à imprensa, sobre o actual estilo de vida da população na sociedade, referiu que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o tabagismo têm sido os factores de várias enfermidades nomeadamente diabetes, impotência sexual no homem, complicações na gravidez, aneurismas arteriais, úlceras do aparelho digestivo, infecções respiratórias e trombose vascular. A principal causa de morte na população por ingestão destes produtos tem sido a diabetes, as doenças cardiovasculares e o câncer do pulmão. Para si, cada um deve ter responsabilidade com a saúde, onde uma das dificuldades tem a ver com o estilo de vida. Segundo o ministro, os jovens estão a comer, beber e a fumar mais do que precisam e tudo isso se reflecte na saúde, salientando que a saúde futura será um bocado daquilo que cada um fizer hoje. "Se tivermos preocupados connosco, se não formos excessivos no alcoolismo e tabagismo e tivermos uma vida muito sedentária, isso tudo se vai reflectir na saúde", afirmou. Definiu o alcoolismo como o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool. Já o tabagismo foi considerado como a poluição decor- rente da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagistica ambiental. Garantiu que o Governo tudo tem feito para minimizar as necessidades dos utentes onde os profissionais de saúde trabalham afincadamente em prol da população. "Os profissionais trabalham sempre com muita pressão, porque está em jogo a vida das pessoas, logo é necessário que quando se critica e analisa e o sector da saúde ter em conta a complexidade do problema, onde porém ao se ter dificuldades existem também aspectos positivos, por isso devemos fazer entender as pessoas que a saúde não é um problema do Ministério, mas sim de cada um. Assim teremos grandes aliados", concluiu. Frisou que os órgãos de comunicação social jogam um papel importante na modulação de comportamento e na transmissão de boas práticas como na educação das pessoas naquilo que é melhor para a sua saúde. "Se utilizarmos bem os fazedores de opinião, jornalistas, desportistas e artistas, teremos o trabalho facilitado, por isso o sector precisa ter a capacidade de encontrar as alianças para suprir as dificuldades, encontrando uma rede de actores que permitam levar para a agendas nacionais problemas que sejam prioridades nacionais", garantiu. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o 13 d e 2 0 1 2 PUBLICIDADE PUBLICIDADE S e m a n a d e 2 4 14 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 OPINIÃO Um político imbatível M uito há para dizer sobre as Eleições Gerais, da composição de coligações negativas às estratégias eleitorais erradas, do conteúdo agressivo das campanhas à omissão da política externa, até ao envolvimento de jornalistas na actividade política activa. Mas, hoje escrevo sobre o perfil do político que foi eleito, mais uma vez, por voto popular, Presidente da República de Angola. José Eduardo dos Santos anda na política activa desde os seus tempos de estudante liceal. A sua causa foi sempre a mesma: Angola e os angolanos. A liberdade e as condições concretas que a sustentam. A dignidade e a honra, enquanto marcos que limitam a vida humana. Numa sociedade segregada, onde todos eram vigiados em permanência, ele rejeitou a submissão e juntou-se aos que lutavam pela libertação da Pátria. Não era fácil atravessar todo o norte de Angola, até à fronteira com os Congos. José Eduardo dos Santos conseguiu. Essa foi a sua primeira grande vitória política. Embora jovem, já era um quadro. Na Angola daquele tempo, quem tinha o Curso Geral dos Liceus estava em condições de assumir cargos de responsabilidade na Administração Pública ou na iniciativa privada. A Direcção do MPLA viu nele um futuro dirigente e apostou na sua formação académica. Estudou e tornou-se um técnico qualificado. Foi até onde poucos tinham ido. Subiu até à alta direcção do movimento revolucionário, que lutava, de armas na mão, contra a dominação estrangeira. José Eduardo dos função da sua capacidade para enfrentar a situação de guerra. A economia era de guerra. A sociedade foi-se moldando e construindo em função das condições impostas pela guerra. O Presidente da República, nesses anos dolorosos, era, acima de tudo, um líder militar, que, muitas vezes, esteve com os seus soldados nas frentes de combate e com os aliados regionais. A política era feita nos campos de batalha e os dias dos angolanos ensombrados pela dor e o luto. Foi este homem forjado pela guerra que teve a coragem de assinar o Acordo de Bicesse. Foi este político experimentado, este chefe militar coberto de glória por ter vencido as mais duras batalhas, que aceitou o desafio da democracia multipartidária, depois de uma longa guerra de agressão contra o seu povo. Ao aceitar eleições para o ano de 1992, assumiu o maior risco da sua carreira política. Depois de quase duas décadas de sacrifícios e de penúria, os angolanos iam às urnas escolher o partido que havia de governar o país e o seu Presidente. José Eduardo dos Santos mostrou, em 1992, que no quadro nacional é um político imbatível. O Partido que liderou desde 1979 ganhou as eleições com maioria absoluta, apesar de uma boa parte de Angola ter votado sob coacção dos homens armados de Jonas Savimbi. E ele passou os 49 por cento, batendo estrondosamente o seu adversário directo que, sabedor de uma derrota humilhante, regressou à guerra, com alguns que agora se reclamam democratas. Santos foi escolhido, pelos seus pares, para coordenar a Frente Norte, que, em Abril de 1974, era a única que tinha forças de combate no terreno. Há alguns anos, publiquei, neste jornal, uma foto onde o responsável máximo da Frente Norte estava com os comandantes Pedalé, Jika e Eurico Gonçalves, nas bases avançadas de Cabinda. Foi sob a sua direcção esclarecida que os combatentes do MPLA puseram fim à aventura de Themudo Barata, então governador do distrito de Cabinda, com a FLEC. Nessa altura, revelou-se a sua faceta de diplomata. Conseguiu um acordo com o Movimento das Forças Armadas (MFA), para a defesa conjunta do território e, também, para um governo partilhado. José Eduardo dos Santos foi o arquitecto desse acordo, que transformou a província de Cabinda na rectaguarda segura do movimento, numa altura em que Nixon, Mobutu e Spínola decidiram afastar o MPLA do poder, numa Angola independente. José Eduardo dos Santos foi escolhido para Presidente da República. Era ainda jovem. É verdade. Mas era já um dos mais experientes políticos angolanos. E tinha, no seu currículo, grandes vitórias políticas. Uma das mais importantes foi, com certeza, ser um dos dirigentes mais próximos de Agostinho Neto, que, nos momentos decisivos daquela época, o teve sempre a seu lado. O Presidente José Eduardo dos Santos, até 2002, foi mais um chefe militar do que um político. Os governos eram formados tendo em conta a guerra. Os ministros eram escolhidos em 15 O político imbatível voltou a comandar as suas forças, agora para defender a democracia. Esse caminho doloroso só terminou em 2002. Então, José Eduardo dos Santos pôde, finalmente, mostrar os seus dotes de líder político imbatível. Na sua imensa generosidade ainda quis dar uma oportunidade aos derrotados, prolongando o Governo de Unidade e Reconciliação Nacional. Mas eles pensaram que tinha chegado a sua hora e exigiram eleições. Pela primeira vez na sua longa carreira política, José Eduardo dos Santos foi a eleições num clima de liberdade e estabilidade política e social. Venceu os adversários com mais de 81 por cento dos votos. O político excepcional mostrou, então, a sua imensa capacidade de decisão e previsão. Dotou o novo regime de uma Constituição que promove e favorece a estabilidade política. Neste novo quadro, foi, de novo, a votos. Conquistou mais de 71 por cento dos votos. Uma maioria qualificada que premeia um grande político, mas, também, um extraordinário chefe militar. Quando a CNE proclamou os resultados definitivos das eleições, ficou provado, sem qualquer dúvida, que José Eduardo dos Santos é um político imbatível. Os seus adversários, que se enredam em ‘contagens paralelas’ deviam perceber isto, até para se valorizarem. Bater-se e perder eleições com um político da envergadura do líder do MPLA é uma honra”. Por José Ribeiro, jornalista. RECONSTRUÇÃO & DESENVOLVIMENTO S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Fiscalização de obras públicas Kwanza Norte A Localidade de Kijila ganha 25 casas sociais localidade de Kijila, a seis quilómetros da sede municipal do Golungo Alto, na província do Kwanza Norte, passou a contar, a partir de (19/09), com 25 casas sociais edificadas no quadro do programa municipal integrado de desenvolvimento rural e de combate à fome e à pobreza. A construção das referidas moradias insere-se também nas acções do Executivo local, para a redução do défice habitacional na região e para a elevação do nível das condições de vida dos cidadãos do município do Golungo Alto. O responsável da empresa encarregue da execução da obra, Lucomba Manuel, afirmou que estão concluídas as alvenarias em oito moradias, faltando a colocação de cobertura e respectivos acabamentos nas demais. Centro da Maianga promove formação A empreitada iniciada em Maio do ano em curso, garantiu emprego a 27 cidadãos, na sua maioria jovens residentes na localidade de Kijila. A obra conta ainda com o apoio da Administração do Golungo Alto, também apostada em reconstituir alguns bairros destruídos durante o conflito armado terminado em 2002, para conferir melhores condições aos habitantes locais. Huíla Jamba vai ser cidade O T rezentos e trinta hectares estão a ser loteados no bairro Lucunga B, no município mineiro da Jamba, (Província da Huíla), para a construção de uma nova centralidade, onde já decorrem construções das primeiras infraestruturas. O município da Jamba, situado a 315 quilómetros a leste do Lubango, capital da Huíla é mineiro por excelência, dadas as suas extensas reservas em ferro, cobalto e ouro. Tem uma população estimada em 150 mil habitantes, que se dedica principalmente à pesca e ao cultivo de cereais como o milho, a massambala e o massango. A vila da Jamba, construída a partir da década dos anos 30 do século passado, surgiu da necessidade de se criarem condições habitacionais para os trabalhadores mineiros, empregados nas minas de Kassinga Norte (actual Jamba) e Kassinga Sul (comuna de Tchamutete). O administrador local, Miguel Kassela, disse existir uma área de 330 hectares na Lucunga B, onde vai nascer a nova cidade da Jamba e do lado oposto são loteados 80 hectares para a construção de 200 casas, para a população local. Algumas construções de infra-estruturas já se vislumbram na zona, a exemplo de um novo Centro de Saúde, uma escola do primeiro ciclo com 20 salas, algumas residências para juízes e procuradores, assim como a nova sede da administração municipal. 16 Centro de Formação Profissional da Maianga, prevê formar este ano, pelo menos 500 jovens em fiscalização de obras públicas. Revelou (27/09) em Luanda, o responsável da instituição, António Venâncio. A formação destes jovens, visa reduzir a falta de técnicos desta especialidade, no mercado da construção civil. Várias empresas do ramo sedeadas na capital do país, formalizaram a entrada dos seus quadros nos cursos de teoria da fiscalização de empreitadas de obras públicas. António Venâncio, declarou que os ciclos formativos têm a duração de 45 dias e envolvem matérias como a importância da fiscalização, adjudicação de empreitadas, deveres fundamentais do fiscal, cadernos de encargo e noções de qualidade, técnicas de fiscalização, organização de obras e orçamentos. O engenheiro civil manifestou-se satisfeito com o número de formandos que optaram pela especialidade de fiscalização de empreitadas de obras públicas e deu a conhecer que o referido centro, formou 120 jovens em cursos profissionais de fiscalização de obras públicas, em 2011. Garantiu ainda que estes formandos estão munidos de conhecimentos teóricos e práticos, que lhes permitem entrar no mercado de trabalho como mão-de-obra qualificada. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 RECONSTRUÇÃO & DESENVOLVIMENTO Ondjiva (Cunene) Habitantes ganham centro de saúde e escolas H abitantes da localidade de Onameva, arredores da cidade de Ondjiva, província do Cunene, ganharam (26/09) um centro de saúde e uma escola do I ciclo do ensino secundário com seis salas de aulas, inauguradas pelo governador local, António Didalelwa. As duas infra-estruturas construídas de raiz, no âmbito do programa de investimento público 2011, no período de cinco meses, pela empresa de construção civil "FRANSAP", custaram aos cofres do Estado o valor de 107 milhões 481 mil 798 kwanzas e 50 cêntimos. O centro de saúde é composto por banco de urgência, sala de tratamento infantil, gabinete do director, três consultórios, sala de partos, pós partos, pré partos, secretariageral, sala de observação, de espera, farmácia, sala de vacinação, entre outros. Já a unidade escolar de seis salas de aulas, tem ainda uma sala de professores, secretaria- Infra-estruturas no Cunene - passos largos rumo ao desenvolvimento sócio-económico geral, laboratório, arquivo e dois WC. Na ocasião, António Didalelwa disse que estas novas infraestruturas são um indicador do empenho do Executivo angolano, liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na melhoria das condições sociais dos cidadãos. António Didalelwa referiu que o centro de saúde vai permitir, através dos seus vários serviços, garantir assistência médica de qualidade a população na localidade. População de Onameva satisfeita com novas obras sociais Cazenga (Luanda) Canteiro do Cazenga ganha calçada em pedra O soba da localidade de Onameva, Dionísio Shidalua- O satisfeita com os esforços do Executivo. Dionísio Shidaluamuno apontou que a escola do primeiro ciclo do ensino secundário, totalmente apetrechada, assim como o centro de saúde, é um ganho indiscutível para a população. A localidade de Onameva, localizada a oito quilómetros da cidade de Ondjiva, província do Cunene, tem uma população estimada a mil e 984 habitantes, na sua maioria camponesa. Luanda Esgotos da avenida Ngola Kiluanje recebem obras de correcção O canteiro defronte à sede da administração do Cazenga, em Luanda, está desde o início desta semana a receber nova calçada em pedra para melhorar a imagem da zona e proporcionar maior segurança aos utentes do espaço A empreitada está a ser feita com material local desde (25/09), oferecendo aos citadinos comodidade, segurança e lazer e uma nova imagem ao local. O trabalho contempla a instalação de pavimentos com calçadas, jardins, iluminação pública, mobiliários e recuperação de lancis. A iniciativa procura agregar, preservar e valorizar cada espaço urbano da cidade, assim como facilitar a circulação de transeuntes e automobilistas. O restauro de passeios vai permitir a circulação de peões fora da estrada, dando-lhe segurança e facilitando a circulação automóvel. muno, manifestou, a satisfação da população pela construção de novas infra-estruturas sociais, direccionadas a melhoria das condições básicas dos habitantes da localidade. A autoridade tradicional fez tal pronunciamento no acto de inauguração de novas infraestruturas em Onameva, frisando que a comunidade desta localidade, incluindo as zonas de Ondukusho, Okapale e OKahalo, sente-se s esgotos dos dez quilómetros e 300 metros da avenida Ngola Kiluanje, em Luanda, no sentido rotunda do mercado de São Paulo/Serração da Panga Panga, estão a ser corrigidos desde (27/09), depois da constatação de defeitos na sua construção. Segundo o responsável da obra, Joaquim Manuel, os trabalhos, iniciados há uma semana, consistem na colocação de novos colectores e na substituição das sarjetas ao longo dos 100 metros do trecho em causa. A fonte indicou que os colectores criados durante a reabilitação do troço, numa profundidade de seis metros, foram mal aplicados e têm causado inundações no local durante as épocas de chuva. Consta igualmente da empreitada, que conta com a con- 17 tribuição de 20 trabalhadores, na sua maioria jovens nacionais, a colocação de novas condutas de água potável de 80 e 120 milímetros de diâmetro e cabos eléctricos. Depois disso, segundo o interlocutor, a obra vai entrar na fase de reposição do tapete asfáltico, separador central e postos de iluminação pública. Apesar da intervenção, a circulação rodoviária neste trecho esta a ser feita de forma normal. A avenida Ngola Kiluanje inicia da rotunda do mercado do São Paulo (Sambizanga) e termina na zona da moagem do Kikolo (Cacuaco). No trecho entre a zona da Cuca e o entroncamento da Quinta Avenida, os trabalhos decorrem com a colocação de rede de protecção para impedir a travessia de peões em locais inad- equados, bem como a criação de passeios em betão para melhorar a circulação de pessoas. Desde o início das obras, em 2007, foram colocados mais de 80 postes de iluminação pública ao longo do separador central, bem como foram criados três retornos, designadamente nas imediações da escola 1 de Junho, São Paulo, Cuca, perspectivando-se mais quatro ate à zona do Kikolo. O troço, segundo o perfil inicial, terá dois sentidos com duas faixas de rodagem de 12 metros por cada lado, três de berma e nove metros da área asfaltada, para permitir a ligação com a via Luanda/Kifangondo. A intervenção, uma iniciativa do Executivo angolano, faz parte da reabilitação das vias estruturantes e terciárias da cidade de Luanda. SOCIEDADE S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Cuito (Bié) O Qualidade de vida dos angolanos vindos de países vizinhos satisfaz CVA secretário da provincial da Cruz Vermelha de Angola (CVA), Ângelo Sassango, manifestou-se (27/09), no Cuito, satisfeito com as condições socioeconómicas oferecidas aos angolanos que habitavam no exterior e regressaram no país. O secretário da Cruz Vermelha de Angola (CVA), Ângelo Sassango, sublinhou para uma acomodação saudável, o governo da província garantiu o registo de nascimento as crianças e não que não tinha a identidade angolana, ofereceu chapas de zinco para construção de moradias e outros. O programa de repatriamento voluntário e não só de angolanos no exterior do país, resultante das vicissitudes do passado, segundo a fonte teve o objectivo proporcionar uma qualidade de vida mais salutar, diminuindo assim o sofrimento deste em país vizinhos (Zâm-bia, República Democrática do Congo, Zimbabwe e outros). Em função dos resultados positivos do programa de repatriamento de angolanos no estrangeiro, a Cruz Vermelha de Angola (CVA) na circunscrição reduziu significativamente as pessoas que procuram seus parentes, com base ao programa local de reunificação familiar. Sem revelar o número de cidadãos vindo de países vizinhos e não só, e encontram-se na província, Ângelo Sassango aconselhou na necessidade de criarem pequenos projectos sociais, como exemplo, carpintaria, marcenaria, salão de beleza e outros, por formas a reforçar o sustento das famílias. Luanda Apresentada previsão sazonal do país para os próximos seis meses A previsão sazonal do país para os próximos seis meses, caracterizada no geral por períodos de chuvas normais, com tendência acima da média, foi apresentada, em Luanda, pelo mestre Nfinda Pedro, especialista do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET). De acordo com o meteorologista, o referido estudo foi efectuado com base nas normas e orientações da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), tendo sido o território nacional subdividido em três regiões homogéneas, nomeadamente a um, dois e três. Para a região um, que integra as províncias de Luanda, Bengo, Cuanza Sul, Benguela, Huíla, Namibe e Cunene, a média de precipitação acumulada e de 300 milímetros por metro quadrado, o que representa a queda de um litro de água numa superfície de um metro quadrado de Outubro a Dezembro de 2012, prevendose chuva normal com tendência para acima da média. Já a dois, do qual fazem parte Cabinda, Zaire, Uíge, Malanje, Cuanza Norte, Huambo, Bié e a parte Este do Cuando Cubango, a média de precipitação é de 400 milímetros por metro quadrado, que representa a queda de um litro de água numa superfície de um metro quadrado no mesmo período, prevendo-se também chuva normal com tendência para acima da média. Por sua vez, a última região, integrada por Lunda Sul, Lunda Norte, Moxico e parte Leste do Cuando Cubango, onde a média de precipitação e de 500 milímetros por metro quadrado, o que representa a queda de um litro de água numa superfície de um metro quadrado, havendo igualmente chuva normal com tendência para acima da média. Além dos dados da previsão sazonal referentes ao último trimestre de 2012, o meteorologista Nfinda Pedro apresentou igualmente os dados das três zonas para o período de Janeiro a Março de 2013. Assim, a um terá uma média acumulada de precipitação de 200 milímetros por metro quadrado, igual a queda de um litro de água numa superfície de um metro quadrado, prevendo-se a ocorrência de chuva normal com tendência para acima do normal, enquanto que a dois a média acumulada será de 450 milímetros por metro quadrado, igual a queda de um litro numa superfície de um metro quadrado. Já a região três, de Janeiro a Março de 2013, a média acumulada de precipitação e de 500 milímetros por metro quadrado, o que representa a queda de um litro de água numa superfície de um metro quadra- do, com ocorrência também de chuva normal com tendência para acima do normal. O estudo previsional, elaborado na base de dados de 15 estações meteorológicas controladas pelo INAMET, informações de satélite e de outras estações ligadas ao sector da agricultura, indica que as três regiões poderão ser caracterizados de períodos seco, normal ou chuvoso, podendo ocorrer também seca, cheias ou estiagem. A referida previsão é um produto que se disponibiliza aos diferentes utilizadores e a sociedade em geral, para alertar e auxiliar determinados organismos, ministérios, as forças armadas, os órgãos policiais e institutos vários no sentido de serem alertados para a tomada de decisões perante cheias, secas e outras calamidades naturais. A previsão climática sazonal consiste em prever a média dos parâmetros meteorológicos (precipitação ou temperatura) para os próximos meses na escala de cada zona, sendo probabilística e não determinística, em termos dos dados disponibilizados. Participaram na cerimónia, coadjuvada pelo director técnico do INAMET, Francisco Osvaldo Sebastião Neto, representantes do Ministério da Agricultura e Pescas, do Interior, Ensino Superior, 18 Huambo MAPTSS promove seminário sobre registo nominal de trabalhadores Um seminário técnico sobre o registo nominal de trabalhadores decorreu (27/09), nesta cidade, sob a égide da Direcção Provincial da Administração Pública Trabalho e Segurança Social no Huambo. A acção formativa, que está a ser orientada pelo coordenador do observatório de emprego e formação profissional do Ministério da Administração Pública Emprego e Segurança Social (MAPTSS), Massunguna José Pedro visa explicar às empresas a importância do registo nominal de trabalhadores e instalar nas mesmas o novo software, de modo a contribuir na informatização dos sistemas de dado. Participam do evento, que vai analisar entre outros temas os mecanismos a empregar na recolha e tratamento da informação sobre a caracterização das empresas e empregos, 20 técnicos de informática e chefes de recursos humanos e de administrações e finanças de empresas públicas e privadas, além de responsáveis da Direcção Provincial da Hotelaria e Turismo. Ao intervir na abertura, o director provincial do MAPTSS no Huambo, Agostinho Amândio, disse que o registo nominal de trabalhadores é um instrumento importante que visa a caracterização de estrutura do mercado, emprego no sector empresarial público, privado, misto, comparativa e organizações sociais, assim como no desenvolvimento das relações jurídicas laborais dos seus diversos domínios. Acrescentou que este projecto procura identificar a situação real dos trabalhadores no concernente a sua quantidade, localização, nível de competência ou aptidões, condições de labor, prestação de serviço e as formas de reestruturação dos rendimentos. Ciência e Tecnologia, dos Serviços de Bombeiros e Protecção Civil, Força Aérea Nacional, Marinha de Guerra Angolana, entre outros organismos. A actividade, realizada na sede do Instituto, no bairro do Morro Bento, zona sul de Luanda, foi contida no âmbito do cumprimento do calendário de eventos científicos do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 SOCIEDADE Lubango (Huíla) Licenciados do ISCED aconselhados a exercer com rigor e coerência Quadros licenciados pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) devem desenvolver uma cultura universitária onde a cientificidade e as capacidades técnicas caminhem de mãos dadas e evidenciem rigor e coerência sobre os problemas da vida em geral e da área de conhecimento em particular. A observação foi feita (25/09), no Lubango, pelo director geral do ISCED, Raimundo Amizalaque, aquando da abertura das terceiras Jornadas Científico-Pedagógicas do Estudante, considerando a reflexão imposta como um desafio maior do que o expresso no momento, dada a responsabilidade dos formandos. Em seu entender, um curso superior para servir de forma satisfatória ao quadro licenciado e as entidades por ele servidas deve fornecer conhecimentos e técnicas relevantes no domínio dos seus cursos, assim como desenvolver altas capacidades de adaptação às novas realidades. De acordo com o responsável, urge questionar se a Chicomba (Huíla) Mais alunos serão enquadrados no I ciclo S etecentos e 20 alunos do município de Chicomba, província da Huíla, serão enquadrados no I Clico de ensino, em 2013, fruto da construção de novas escolas, no quadro do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza. O Chefe da Repartição Municipal da Educação, João Cambandje, disse estarem a concluir uma nova escola, com seis salas de aulas. Avançou que as condições em termos de recursos matérias, didácticos e humanos estão criadas, estando já disponíveis duzentas e 40 carteiras, 20 quadros, equipamentos geométrico de apoio às disciplinas de matemática, educação visual e plásticas, educação laboral. Estão também disponíveis 28 professores. Disse que com esta escola serão minimizadas as dificuldades do município em termos de educação, principalmente ligadas às vagas. Chicomba dista a 220 quilómetros a Norte de Lubango, província da Huíla. Conta com quase 110 mil habitantes. instituição universitária deve formar licenciados privilegiados pelas necessidades imediatas de promoção social, buscando diplomas de técnico superior ou pelo contrário buscar formação alicerçada no conhecimento sólido sustentável para a vida, ao invés da exibição de títulos. De igual modo se deve questionar entre privilegiar uma formação capaz de proporcionar um conjunto de conheci- mentos sólidos sobre o essencial e as competências passíveis de habilitar os discentes e docentes, assim como os recém-formados com condições técnico-praticas para enfrentarem as mudanças sociais sem esquecer a cultura geral e a educação para a cidadania. Para o docente, as III Jornadas Científico-Pedagógicas revestem-se de significado importante e de viragem para as gerações de líderes estudantis com uma nova visão, na qual o estudante deve ser um actor no processo de transformação das actividades e condição de mudança de mentalidade e cultura. O director disse aceitar-se por isso o desafio, desafio manifestando e reflectindo no lema das jornadas "Por uma aprendizagem de competências, resposta ao ensino superior sustentável". Angola recebe Diploma de Mérito do Secretariado do Ozono A República de Angola recebeu um Diploma de Mérito do Secretariado do Ozono dos Pontos Focais da Convenção de Viena e Protocolo de Montreal, durante a reunião conjunta de África, que decorreu de 24 a 27 do mês em curso, em Djibouti. Reunidos na sua 16ª sessão, o Secretariado do Ozono do Programa das Nações Unidas Para o Ambiente enalteceu os trabalhos que têm vindo a ser realizados pela República de Angola, através do Ministério do Ambiente, concretamente da sua Unidade Nacional da Camada de Ozono, no que toca ao cumprimento da eliminação progressiva dos gases que empobrecem esta camada da atmosfera, bem como a sensibilização e educação da sua população. De acordo com o documento, a partir de Djibouti, pelo ponto focal da Convenção de Viena e Protocolo de Montreal, António Matias, a atribuição do diploma foi feita também em alusão aos 25º aniversário do Dia Mundial da Preservação da Camada de Ozono, assinalado a 16 de Setembro. Angola, que comemorou neste ano pela 8ª vez este aniversário, é Parte Signatária do Protocolo de Montreal, aos 17 de Maio de 2000, além de ter aderido às suas respectivas emendas, nomeadamente: a de Londres, Copenhaga, Montreal e de Beijing. Com a entrada em vigor no país do Decreto Presidencial nº 153/11, de 15 de Junho, que aprova o Regulamento das Substâncias Destruidoras da Camada de Ozono, os serviços das Alfandegas de Angola confirmam a importação de substâncias alternativas a favor da Camada de Ozono, isto é, sem composição química de cloro e bromo, por parte dos empresários, quer nacionais, quer estrangeiros. A 65ª Reunião do Comité Executivo do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal, realizada em Novembro de 2011, aprovou o Programa de Eliminação Progressiva dos Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), substância alternativa dos Clorofluorcarbonos (CFCs), utilizada no sistema de refrigeração e ar condicionado. A 15ª Reunião Conjunta de África dos Pontos Focais da Convenção de Viena e Protocolo de Montreal decorreu de 24 a 27 de Outubro de 2011, em Harare (Zimbabwe). Huíla Lar da 3ª idade controla mais de 60 idosos O lar da terceira idade da província da Huíla controla actualmente 65 idosos, na maioria oriundos das províncias de Malanje, Huambo, Luanda e Kuando Kubango, informou, no Lubango, a directora daquela instituição, Valéria Ngueve. Em declarações a propósito do Dia Internacional do Idoso (1 de Outubro), a responsável disse que, a mais velha tem 102 19 anos de idade e o mais novo 55 anos. Segundo a fonte, os idosos ali controlados recebem diariamente a assistência do governo local, organizações da sociedade civil, igrejas, instituições de ensino, pessoas colectivas e singulares e de bancos comerciais no tocante à roupa usada, alimentação, medicamentos e alguns instrumentos de trabalho, como enxadas e sementes agríco- las, visando desenvolver a actividade de campo. "Os idosos deste lar são bem tratados e alimentam-se três vezes ao dia, isto é, pequenoalmoço, almoço e jantar, além do lanche, que vão tendo quando desejam", ressaltou. O Dia Internacional do Idoso foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1991, com vista a uma reflexão, promoção e protecção dos seus direitos e dificuldades. PUBLICIDADE S e m a n a d e 2 4 20 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 SOCIEDADE Huambo Casas ecológicas estão a contribuir para a educação ambiental dos cidadãos A responsável do Departamento do Ambiente, na província do Huambo, Suzana Capita, informou (20/09) que as duas casas ecológicas em funcionamento nesta cidade estão a contribuir significativamente para a promoção da educação ambiental. Realçou que a criação de tais casas, erguidas pelo Governo do Huambo, insere-se nos esforços conducentes a elevar esta cidade na 1ª capital ecológica de Angola. Suzana Capita explicou que as mesmas destinam-se também ao estudo e investigação das alterações climáticas e preservação dos recursos hídricos e climáticos, com o propósito de garantir o desenvolvimento sustentável da província para melhorar as condições de vida das populações, através da utilização racional dos recursos naturais. "As casas ecológicas estão afectas à Direcção Provincial do Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente, com o objectivo de promoverem a educação ambiental no seio da população", informou. A responsável do Departamento do Ambiente da Direcção do Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente, Suzana Capita, sublinhou que as casas estão também a divulgar a temática ambiental, através da realização de palestras e seminários. A 1ª casa ecológica foi inaugurada em Novembro de 2007 e a 2ª em Agosto deste ano, ambas localizam-se na estufafria, no centro da cidade do Huambo. As mesmas possuem escritórios, salas de biodiversidade, de energias renováveis, salas de Internet e ateliers para exposição das obras feitas com lixo reciclado onde a população e estudantes recorrem para pesquisar e receber conselhos para educação ambiental. Ondjiva (Cunene) Responsável enaltece dedicação dos trabalhadores da saúde A directora de enfermagem do Hospital Geral de Ondjiva, província do Cunene, Velácia Tongeinawa, enalteceu (26/09), em Ondjiva, a dedicação e empenho dos profissionais da saúde, em particular dos enfermeiros, pelo carinho e espírito humanista que demonstram na assistência médica aos pacientes. Em declarações à imprensa, a propósito do 25 de Setembro, Dia do Trabalhador da Saúde, a responsável afirmou que a actividade desenvolvida por todos profissionais do sector não é nada fácil, daí que se deve reconhecer o sacrifício que fazem para salvar vidas. Explicou que o dia deve servir de reflexão para a classe, apesar das dificuldades que os profissionais de saúde enfrentam. Disse que os trabalhadores da saúde têm conseguido dar solução a vários casos de doenças que assolam a província. Velácia Tongeinawa sublinhou que para saudar a data foram agendadas actividades culturais e recreativas. Explicou que o acto provincial alusivo à data será realizado na próxima sexta-feira, no Jamba(Huíla) ANEA apela maior humanização nos serviços de saúde O município do Cuvelai, 171 quilómetros da cidade de Ondjiva e os trabalhadores mais destacados serão premiados. A 25 de Setembro de cada ano comemora-se em Angola o Dia dos Trabalhadores da Saúde, data institucionalizada em homenagem ao médico e nacio- nalista Américo Boavida. Américo Boavida faleceu a 25 de Setembro de 1968, na sequência de um bombardeamento aéreo do exército colonial português à base Hanói II, do MPLA, perto do rio Luathi e da Floresta de Cambule, na província do Moxico. 21 presidente da Associação Nacional dos Enfermeiros em Angola (ANEA), Joaquim Manuel Kambanda, apelou (25/09), no município da Jamba, província da Huíla, a todos profissionais da saúde a uma maior humanização dos serviços a prestar aos cidadãos. Ao discursar no acto provincial em alusão ao dia nacional do trabalhador da saúde (25 de Setembro), o responsável considerou importante que cada um deve fazer uma reflexão, dentro das responsabilidades que lhes são acometidas, para que possam promover cada vez mais a melhoria da qualidade no atendimento ao paciente. Na sua óptica, ao oferecer um serviço cada vez mais humanizado aos pacientes, com base na ética e deontologia profissionais, permitirá proporcionar uma maior qualidade na prestação de serviço nos centros médicos, postos de saúde e em hospitais. Reconheceu que, apesar dos esforços, ainda há profissionais da saúde de diferentes especialidades que não têm tido uma cultura de atender bem o público, situação que deve ser invertida para benefício de quem procura assistência na rede sanitária nacional. A Associação Nacional de Enfermeiros em Angola (ANEA) foi fundada em 1992, com objectivo de promover a saúde junto das populações nas áreas rurais e urbanas e na formação de quadros. PUBLICIDADE S e m a n a d e 2 4 22 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 S e m a n a d e 2 4 a 3 0 Lubango (Huíla) Veterinário considera situação epidemiológica aviária estável O chefe de Departamento Provincial de Veterinária, Miguel Barbosa, considerou (27/09), no Lubango, a situação epidemiológica aviária estável, apesar do registo de pequenos surtos isolados de newcastle nas províncias do Namibe, Cunene, Huíla e Cuando Cubango, sobretudo com a criação camponesa de aves. Em declarações à imprensa, a propósito da situação epidemiológica aviária nesta região, o responsável disse tratar-se de um aspecto registado na sua maioria sobre a criação dos camponeses, porquanto as galinhas dos criadores com produção industrial têm o seu programa completo de vacinação. Por este motivo, esclareceu a fonte, o sector trabalha na educação sanitária dos criadores tradicionais sobre os cuidados a ter até que tão logo sejam lançadas as vacinas contra a doença de newcastle se façam campanhas na Rádio e Televisão em línguas nacionais para explicar as pessoas os seus modos de uso. Sobre as vacinas, neste momento em fase experimental da produção no Lubango, o entrevistado disse serem mais para uso dos pequenos criadores, sector tradicional ou camponês. Actualmente, o laboratório apostou nesta doença, mas no futuro pretende estudar a possibilidades de intervir noutros tipos de enfermidades, enquanto se perspectiva produção para imunizar a maior parte da população galinácea, fundamentalmente na região sul e depois no resto do país. d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 SOCIEDADE Lubango (Huíla) Proprietários de animais domésticos incentivados para sua vacinação O chefe de departamento provincial de Veterinária da Huíla, Miguel Barbosa, aconselhou hoje, quartafeira, no Lubango, os utentes e proprietários de animais de estimação a se dirigirem a clínica veterinária ou ao Canil/Gatil a funcionar no bairro Benfica para a vacinação. Em declarações à imprensa, no âmbito da celebração do Dia Mundial de Luta contra a Raiva, a assinalar-se sexta-feira sob o lema "Cuidados fundamentais contra a Raiva", o interlocutor considerou pertinente vacinar-se os animais para os proteger contra o vírus, evitando a morte do animal e a contaminação de pessoas ou outros animais. Anualmente, disse, os animais domésticos (cães, macacos ou gatos) devem ser levados a vacinação nos postos de serviços veterinários para serem imunizados contra a doença durante os 12 meses subsequentes, sendo renovada a vacina no mesmo período do ano seguinte. Em seu entender, deste modo se protege também as pessoas e outros animais nas resi- dências, porquanto as vacinas são apenas válidas quando renovadas pelos técnicos dos serviços de veterinária, de acordo com o calendário de vacinação adoptado pelo utente ou proprietário do animal. Na província da Huíla, informou a fonte, este ano foram vacinados 22 mil canídeos contra a raiva, mas se continua a trabalhar e a desenvolver palestras e seminários com estudantes, distribuição de panfletos ao nível da cidade do Lubango, enquanto decorre a campanha de vacinação. Luanda Bolseiros da FESA satisfeitos pela iniciativa da instituição O grupo de bolseiros da Fundação José Eduardo dos Santos, (FESA), que partiu (27/09), para Venezuela, mostrouse satisfeito pela iniciativa da instituição por lhes dar oportunidade de continuar os seus estudos na área dos petróleos até ao nível superior. Joana António, bolseira de 23 anos de idade, disse estar feliz pela oportunidade de continuar a sua formação fora do país, apesar de nunca viver uma experiência do género longe da família por um período de cinco anos. Para Miguel António, de 24 anos de idade, será uma mais-valia não só para o país, como também para sua família, que muito aposta na sua formação. Por sua vez, Rafael Gaspar, 23 anos, disse que o seu maior desejo é dar o máximo para ajudar a reconstruir o país. Já o seu colega, Edmilson Jaime da Fonseca, de 20 anos, adianta igualmente que depois dos cinco anos de formação espera dar também o seu contributo para ajudar na reconstrução do país, estando também satisfeito por poder dar continuidade a formação no ramo. Por outro lado, Eva Claudete, tia de um dos integrantes do grupo, mostrou-se satisfeita pela oportunidade que seu sobrinho teve em dar continuidade aos estudos, apesar da distância, " o importante é que o nosso sobrinho venha formado ". Helena Gavião Gaspar, mãe do André Gaspar de 23 anos também bolseiro, disse estar triste por um lado e por outro feliz, "nunca pensei ficar muito tempo fora do meu " cassule " que no momento é a pessoa que me faz companhia, os outros cinco manos, cada um já tem o seu compromisso ". Este primeiro grupo foi seleccionado de um conjunto de estudantes finalistas do curso no Instituto Nacional de Petróleos (INP), situado na cidade do Sumbe, província do kwanza Sul. O país dá passos para o censo populacional e habitacional O coordenador geral do censo populacional e habitacional de 2013, Camilo Ceita, considerou (25/09), em Luanda, que Angola está a dar passos seguros para levar a bom porto este processo, cuja fase piloto vai abranger nove municípios já identificados em diferentes províncias. "O caminho a percorrer ainda é muito longo, mas estamos a criar todas as condições para que o processo seja um sucesso, com o apoio dos organismos das Nações Unidas e países da CPLP e dos consultores internacionais", disse, no final do encontro que manteve com a representante em Angola do Fundo das Nações Unidas para População (FNUAP), Kourtoun Nacro. Acrescentou que os detalhes de cumprimento das regras internacionais para a 23 realização de censo estão a ser seguidos com muita atenção, isto para que o mesmo seja reconhecido, visto que Angola não efectua o censo populacional desde 1970. Para si, a parceria dos organismos das Nações Unidas, no caso do FNUAP, representa uma sustentabilidade dos processos em curso, uma vez que Angola não "está de fora da padronização internacional". Reiterou também continuar a trabalhar com o "FNUAP" até ao fim desta actividade, que já permitiu a actualização cartográfica de várias regiões a nível do país. O plano estratégico em fase de conclusão é outro documento normativo que vai permitir que todos os agentes internos e externos possam saber ao certo como está a ser feito o censo, assim como tirar as suas dúvidas gerais, segundo o coordenador geral, Camilo Ceita. Para a fase piloto foram identificadas nove áreas nas províncias do Uíge, Luanda, Cuanza Norte, Huambo, Cuando Cubango, Namibe e Cunene. Com o envolvimento de 508 técnicos, entre os quais recenseadores, nesta fase ainda sem data marcada se poderá registar 36 mil 668 agregados. Assim, para o sucesso de todo o processo, o Executivo Angolano está engajado na preparação deste Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH-2013), também designado por Censo, uma operação completa de recolha, compilação, avaliação, análise e publicação de dados demográficos e socioeconómicos num período específico de todas as pessoas residentes e das habitações existentes no país. CULTURA Huambo Festival inter-provincial de teatro agita população A quinta edição do festival inter-provincial de teatro, a realizar-se de 29 a 30 deste mês, numa iniciativa do colectivo de artes Vozes de África, vai contar com a participação de oito grupos teatrais em representação das províncias de Benguela, Bié, Luanda, Kwanza Sul e Huambo. Trata-se dos grupos Protevida, Enigma-Teatro (Luanda), Ombaka (Benguela), Nova Lua (Kwanza Sul), Olombangue (Bié), além dos grupos locais Vozes de África (organizador), Efetikilo e Revelação. A informação foi prestada à Angop, pelo porta-voz do colectivo de artes Vozes de África, Almeirindo Bastos, tendo revelado que o evento, com a denominação "Vozafrica 2012", enquadra-se nas festividades do 100 anos da fundação da cidade do Huambo, que se assinala a 21 deste mês. Frisou que o festival, a decorrer sob o lema "teatro é vida e vida é teatro - vida também é a cidade do Huambo", visa a troca de experiência cultural com os demais grupos e sobre os conhecimentos das potencialidades e diversidades culturais como instrumento de reforço à consolidação da unidade do povo angolano. Segundo a fonte, o evento visa ainda estimular a qualidade e criatividade artística, favorecer o fomento das artes cénicas, particularmente nas áreas de produção, promoção e difusão. As edições anteriores deste festival, que não tem fim competitivo, ocorreram em 2008, 2009, 2010 e 2011. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Festival da Canção LAC homenageia André Mingas U m salva de prata foi entregue (22/09) a Ayhame Mingas, filho do referenciado artista do music hall nacional André Mingas, pela estação radiofónica Luanda Antena Comercial (LAC) como forma de homenagear o seu pai pelo contributo prestado à cultura angolana. O acto realizou-se no Cine Atlântico no 15º Festival da Canção de Luanda, realizado no âmbito das celebrações do 20º aniversário da estação radiofónica Luanda Antena Comercial. O compositor e músico André Mingas faleceu em 2011, vítima de doença prolongada. "Estou bastante emocionado pela homenagem prestada ao meu pai e pelo grande desempenho dos intérpretes (que concorreram ao grande prémio) sob a direcção do director artístico Simmons Massini", disse. Por sua vez, Rui Mingas disse estar feliz pelo facto dos luandenses, mais uma vez, recordarem as músicas do seu irmão caçula, André Mingas, e mostrouse convencido de que os "jovens de hoje e adultos de amanhã vão de certeza dignificar os mais velhos de hoje". Cabinda Fase provincial Sínodo conquista festival será na primeira de música infantil semana de Outubro O grupo coral do pastorado de Katapi afecto ao Sínodo municipal do Bailundo, a 75 quilómetros a norte da cidade do Huambo, conquistou (18/09) o 1º festival da canção infantil promovido pela direcção provincial da juventude da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA) nesta região. O evento, que contou com a participação de grupos corais dos Sínodos do Huambo, Bailundo, Caála e do Dondi, visou promover a canção infantil como um evento evangélico de ampla participação popular que incentiva a prática e a arte da música sacra, de modo a contribuir para a difusão cultural e no desenvolvimento da igreja, bem como melhorar o crescimento espiritual das crianças, preparando, deste modo, uma igreja com futuro risonho. O grupo coral infantil de Katapi teve como prémio uma guitarra eléctrica, acesso a agravação de uma música e livros de lições para estudos bíblicos. Na segunda posição ficou o grupo coral infantil do pastorado Académico (Huambo), que teve como prémio uma guitarra acústica e material para estudo bíblico. Em terceiro lugar ficou o grupo Renascer do Dondi, do Sínodo com o mesmo nome, tendo arrebatado uma guitarra e igualmente material para estudos bíblicos das crianças. Em declarações à imprensa, o coordenador do sínodo provincial de crianças e adolescentes da IECA no Huambo, Horácio Ferreira Raimundo, disse que o festival visou ainda difundir os valores espirituais e morais, para incentivar a capacidade de auto-expressão e reforço da auto-estima, através do respeito e cumprimento da palavra de Deus. "O nosso objectivo foi demonstrar a música sagra nos seus variados aspectos, adoração, gratidão, súplica e intercessão, promovendo o intercâmbio entre os grupos corais infantis. Tal como diz a bíblia sagrada com realce para o estipulado no salmo 133-1, Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união", disse o responsável. A fase provincial do Festival de Música Popular Angolana "Variante-2012" em Cabinda terá lugar dia 13 de Outubro próximo, informou (24/09) nessa cidade, o secretário local da Cultura, Euclides da Lomba. Em declarações à imprensa, disse que os preparativos decorrem sem sobressalto, tendo explicado que o "casting" de apuramento os dez concorrentes ao certame decorreu na semana passada. Euclides da Lomba disse acreditar numa boa prestação do representante da província de Cabinda à fase nacional, a julgar pelo empenho e a qualidade das músicas dos concorrentes à fase provincial. A edição passada da fase provincial do Variante foi ganha pela cantora gospel Solange de Nery. Lunda Sul Semba Comunicação pesquisa talentos locais U m grupo de técnicos afectos à empresa Semba Comunicação está (20/09), em Saurimo, província da Lunda Sul, para promoção de um "casting" para descobrir novos talentos em dança e promover a participação dos seleccionados ao programa Bounce. Em declarações, Hernani Pereira, assistente de produção do Bounce, disse que o casting visa buscar novos valores na dança. Apontou como pré-requisitos para a selecção destes a cópia do Bilhete de Identidade ou cópia do 24 passaporte, duas fotografias e um CD, com um minuto da coreografia. De acordo com o assistente de produção, pretendem seleccionar aproximadamente entre cinco a 10 candidatos, dos 23 inscritos. "Estamos convictos que vamos encontrar na Lunda Sul bons dançarinos e acreditamos que na província existem talentos capazes de atingirem altos patamares no Bounce, pois que já saíram de Saurimo vencedores como o Sandro Carima, que tem prestado um bom serviço ao nível da dança", disse. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 CULTURA Yuri da Cunha e Jacob na capital do Kwanza Sul As principais referências do FestiSumbe O músico angolano Yuri da Cunha e Jacob (integrante da banda Kassav) foram as grandes atracções do Festival Internacional de Musica do Sumbe (FestiSumbe2012), ocorrido na Marginal do Sumbe. Num ambiente de alegria e saudade, os fãs vibraram com mais uma edição do FestiSumbe, que teve muitos momentos de euforia, numa mistura entre o semba, Zuk, quilapanga, entre outras rítmicas, tendo, no seu encerramento, os artistas Yuri da Cunha, Jacob, C4 Pedro, W King, Ary, Bessa Teixeira, Lulas da Paixão, Sabino Henda como os grandes da jornada. Durante a actuação destes artistas, os fãs cantaram e incentivaram os músicos, demonstrando a sua fidelidade para com os convidados, com mais realce para a Banda Kassav. Num momento de inspiração, Jacob, vocalista dos Kassav, levou ao delírio os fãs, que no final da actuação pediam mais. O músico fez uma incursão pela sua carreira, interpretando vários sucessos do seu repertório. Já o angolano Yuri da Cunha, acompanhado pela banda, mostrou ser um "Show Man", ao cantar e encantar a plateia com as suas várias das suas músicas. Além da música, o evento contou ainda com exposições e venda de vários produtos artesanais, camisolas e discos de vários artistas angolanos. Artista plástico Exposição apresenta primeira "Através das portas" mostra individual O artista plástico angolano Pacheco Dito, de nome artístico Dito, inaugura a sua primeira exposição individual intitulada "Sinais do Presente" no dia 12 de Outubro deste ano, no espaço da Galeria Celamar. A mostra, que comporta 12 esculturas concebidas no estilo cubismo sintético, retrata, as diversas cenas do quotidiano das pessoas, dentre as quais as situações de pobreza por que muitos passam. U ma exposição denominada "Através das portas" foi (27/09) apresentada no Instituto Camões, em Luanda, pelo artista plástico Mário Tendinha. A propósito, o artista explicou que, a sua obra surge pelo facto da porta ser um objecto muito simbólico pois a abertura desta pode significar boas novas na vida dos indivíduos e ao mesmo tempo a sua viragem para a positiva. "A porta que é aberta para o futuro, a porta que nos possibilita a encontrar caminhos portas como propostas, reflexões, preocupações ambientais, humor através das portas é um pouco isso", disse. Acrescentou que a inspiração para o tema surgiu pelo facto de o material básico empregue ser originário de portas usadas. O vice-ministro da cultura, Cornélio Caley, presente no evento, encorajou o artista tendo reconhecido que a obra do artista pode inicialmente parecer banais, mais com bastante simbolismo. Reconheceu que a exposição oferece várias leituras, tendo destacado o "Através das Portas", como sendo: "A porta que se abre, a chave que trazemos, o convite a abrir a porta ou até mesmo a porta que se fecha". A exposição a decorrer no Instituto Camões - Centro Cultural Português, termina no dia 19 de Outubro com o lançamento de uma obra literária intitulada "Vento leste". Apesar da abordagem artística de vários aspectos, muito dos quais péssimos, Dito diz que apresenta soluções as quais tem a ver com o não esmorecer perante os dilemas, mas ir a luta, trabalhar afincadamente, pois só assim se prospera. Nascido aos 22 de Fevereiro de 1983, na província do Uige, Dito formou-se em artes plásticas em 2005, na especialidade de Escultura, na Escola Nacional de Artes Plás- Vista frontal da Galeria Celamar 25 ticas, adstrita a Direcção Nacional de Formação Artística (DINFA). O artista, que já participou em várias exposições colectivas no país, venceu o concurso Sonangol de 2006 que visou a elaboração, do ponto de vista artístico, de uma plataforma de 30 anos de existência das empresas petrolíferas em Angola. Em 2010 foi o vencedor do Prémio Cidade de Luanda, em Escultura. PUBLICIDADE S e m a n a d e 2 4 26 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e Beleza Hábitos e costumes Ana Correia eleita Miss Malanje A Jovem Ana Correia, de 20 anos de idade, foi eleita (29/09), Miss Malanje edição 2012, numa gala em que concorreram treze candidatas. Enquanto isso, os títulos de primeira e segunda-damas de honor foram arrebatados pelas candidatas Patrícia Brito (20 anos de idade) e Alexandrina Alexandre (23 anos). Por sua vez, Manuela João, 18 anos, arrebatou o título de Miss Simpatia e Juliana Jacinto Miss Fotogenia. Residente em Luanda, Ana Correia é estudante universitária. Reagindo a sua eleição, Ana Correia declarou que durante o seu mandato vai trabalhar no sentido de apoiar as crianças desfavorecidas, contribuindo para a inserção destas na vida social. A miss ora eleita recebeu como prémio uma viatura ligeira de marca Hyundai i10 e FACTUALIDADES 2 0 1 2 dois telemóveis, bem como terá direito a uma viagem a Portugal e um salário mensal de 750 dólares norte-americanos/mês, durante um ano, patrocinados por empresários malanjinos. Quanto à primeira-dama de honor, vai receber um salário mensal de 450 dólares norteamericanos, mais USD 200 que a segunda dama honor, durante um ano. Washington (Estados Unidos da América) Vaumara Rebelo eleita Miss Angola Vaumara Rebelo, angolana residente em Miami, foi (24/09) eleita Miss Angola EUA, na primeira edição do concurso que teve lugar no Warner Theater em Washington, D.C., pela sua beleza, simpatia, desenvoltura, firmeza na passarela e perspicácia no teste de cultura geral. N o evento, uma iniciativa da associação da comunidade angolana residente nos EUA "Kudissanga", realizada com o aval do Comité Miss Angola e apoio da Embaixada de Angola neste país, participaram dez concorrentes, nomeadamente do estados de Nova Iorque, Pensilvânia, Virgínia, Texas, Oregon, Florida e Massachusetts. De 21 anos de idade, natural de Luanda, Vaumara Rebelo é estudante do segundo ano do curso superior de gestão de empresas, no Miami Dade College, e vai participar no Concurso Miss Angola 2012. "Agradeço a Deus que tem feito maravilhas incontáveis na minha vida. Hoje, sinto-me muito feliz pela minha coroação e tudo farei para dignificar o nome de 27 Traços culturais desaparecem devido à aculturação O apóstolo da Igreja da Palavra e Poder Divino em Angola (IPPDA), Victor David Segunda, afirmou (24/09) em Luanda, que muitos traços característicos da cultura nacional estão a desaparecer em consequência do fenómeno aculturação. O responsável que falava, a propósito do estado actual da cultura nacional, o religioso reconheceu que Angola é um país rico no concernente a sua diversidade cultural, defendendo, por isto, a necessidade dos órgãos de comunicação social, Ministério da Educação e autoridades tradicionais apoiarem o Ministério da Cultura nas suas ingentes acções que visam a preservação e valorização da identidade cultural nacional. Victor David Segunda informou que as zonas urbanas são as mais vulneráveis da aculturação, referindo que tal quadro pode ser melhorado com a realização de acções de sensibilização que realçam a importância da diversidade cultural. "Nas cidades nota-se, com muita frequência, as consequências da aculturação. Já nas zonas rurais, onde se preservam as várias manifestações culturais, falta valorização", reconheceu. Apelou a convenção sobre a protecção e a promoção da diversidade das expressões culturais. Angola aqui nos EUA" - disse na ocasião a miss eleita, que não escondeu a sua emoção por ter sido a grande vencedora do concurso. Daniella Matias e Isabel Candangi, concorrentes pelos estados de Nova Iorque e Virgínia, igualmente estudantes universitárias, arrebataram, respectivamente, os títulos de primeira e segunda damas de honor. Os inúmeros fotógrafos presentes no evento elegeram Suraia Pinto, candidata número oito, residente em Portland, Estado de Oregon, miss Fotogenia e Vania Ribeiro, a candidata número dez, representante do Estado de Massachussets, residente em Boston, Miss Simpatia. Ambas são estudantes universitárias nos EUA e pretendem, após os seus estudos, regressar a Angola para dar a sua contribuição para o desenvolvimento de Angola. Com a sala lotada de angolanos idos dos diferentes estados dos EUA, amigos de Angola e parceiros norte-americanos, o evento contou com a participação especial do músico Maya Cool, que soube levar ao rubro uma plateia, bastante participativa, elevando assim o nome de Angola na sociedade dos Estados Unidos da América. O júri integrou Freddy Costa, actor e modelo angolano, que pousou com as presentes, no carpete vermelho no Concurso Miss Angola EUA 2012. "Foi um trabalho de equipa. A Kudissanga agradece todo o apoio recebido por todos os que nos ajudaram a tornar este sonho possível, com o principal objectivo de promover a imagem e dignificar o nome de Angola nos EUA" - disse Maria da Cruz, presidente da associação dos angolanos residentes nos EUA. A responsável destacou a importância do associativismo organizado na comunidade, como um passo através do qual é possível realizarem-se actividades de informação, sensibilização, promoção e divulgação das potencialidades do nosso país na sociedade norte-americana, O concurso foi também animado por outros músicos angolanos e de nacionalidade cabo-verdiana como Ivette Galiano, Hélder Lopez, Lord C e Toy Pinto. Os Djs Ritchelly e Jofe também animaram o evento. Esta primeira edição do concurso Miss Angola EUA foi transmitida pela Rádio300, emitida on-line, estação de rádio local para a comunidade angolana residente nos Estados Unidos da América, bem como mereceu a cobertura integral da revista Platine on-line, que é comercializada em Luanda. De entre os convidados de honra destacaram-se a presença de diplomatas angolanos nos EUA, representantes do Comité Miss Angola, assim como personalidades ligadas ao mundo das artes e cultura norteamericanas. DESPORTO S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Atletismo José Sayovo desejado no Bié Presidente da República, José Eduardo dos Santos na tomada de posse Desporto na cidade do Lubango Enaltecido desempenho do Camarada Presidente O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, possui grande interesse em revitalizar o desporto nas camadas de base através da Educação Física e Desporto Escolar, pelo que merece apoio para executar as "ideias", considerou hoje, no Lubango (Huíla), o director da Juventude e Desportos, Francisco Barros. Ao falar à Angop, na perspectiva da tomada de posse do PR na terceira república, manifestou confiança na capacidade de gestão e inteligência do estadista, pois o programa do MPLA para os próximos cinco anos, na vertente da juventude, dá primazia aos projectos em desenvolvimento para benefício dos jovens. Para si, ao nível do desporto foi visível o empenho de José Eduardo dos Santos porque mesmo nos momentos difíceis o país sempre se notabilizou, quer na arena nacional como na internacional. "Os jogos se realizaram em Angola, em 1981, tendo-se reconhecido o potencial do país em termos de recursos humanos e infra-estruturas, apesar de herdadas do colono, assim como a vontade de muitos amantes do desporto, incluindo o próprio presidente em conduzir a política desportiva enquanto cidadão nacional", referiu em alusão aos III Jogos da África Central. De acordo com o responsável, o PR esteve sempre presente nas acções ligadas às políticas desportivas, por isso ao longo dos anos se assistiu Angola a aparecer na arena internacional, nomeadamente no basquetebol masculino e no andebol feminino. Acrescentou que se seguiram participações em competições de clubes campões de África, jogos da SADC, tendo Angola organizado vários campeonatos com destaque para o Afrobasket com o surgimento de novas infra-estruturas construídas de raiz neste âmbito. Em 2006, recordou, registouse a presença de Angola no Mundial de Futebol (Alemanha2006), um grande triunfo e vitória para o país com o estadista sempre à cabeça, assim como a realização do CAN2010, onde o seu empenho permitiu também a construção de quatro estádios nacionais. Construídos de raiz, esclareceu Francisco Barros, os estádios constituíram destaque em África, atendendo o tempo recorde de edificação das obras e criaram também a possibilidade de construção de novos aeroportos e de requalificação de vias e cidades. O s feitos de José Sayovo são motivos de regozijo da população da província do Bié, motivo pelo qual é cada vez mais solicitada a visitada do velocista paralímpico à cidade do Kuito. Numa ronda feita (21/09) nas ruas da capital provincial, os habitantes manifestaram o desejo de ver Sayovo no Kuito depois deste ter conquistado ouro e prata nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Para o ex-colega do atleta ainda nas Forças Armadas Angolanas (FAA) Elísio Mateus, lembrar o corredor é motivo de orgulho, considerando-o "ilustre figura do desporto, por ter elevado mais uma vez o nome do país nos mais altos patamares do mundo". "É com bastante satisfação e orgulho que nós, povo bieno, temos José Amando Sayovo, pelas medalhas alcançadas nos jogos", disse, enquanto o admirador Riquelme Luís sublinha que aguarda a oportunidade de ver o velocista em breve na região, pois serve de incentivo para muitos deficientes físicos. Desta forma, segundo ele, formulou um especial convite para o vencedor com vista a festejar junto da população desta localidade, onde nasceu, cresceu e iniciou a carreira de desportista. Por sua vez, o presidente da Associação Provincial de Atletismo (APA) no Bié, José Kulingarna, prometeu que Sayovo será recebido com carinho e amor, pelos feitos obtidos em Londres 2012. Sayovo nasceu na comuna da Chipeta, município de Katabola, situado a 25 quilómetros a leste da cidade do Kuito, em 1973. Em Londres conquistou as medalhas de ouro (400 metros) e de bronze (200 m) nos 14º jogos paralímpicos, decorridos de 29 de Agosto a 9 do corrente mês. No histórico soma já oito medalhas desde a estreia em jogos paralímpicos em Atenas2004, onde venceu ouro nos 100, 200 e 400 metros, além de ter batido os respectivos recordes. Em Pequim2008, arrebatou a prata nas três especialidades, completando o número agora em Londres2012 com uma de ouro e outra de bronze. Iniciou a prática desportiva em 2004 e colecciona 43 medalhas, das quais oito em jogos paralímpicos, sendo quatro de ouro, três de prata e uma de bronze. À direcção da federação voleibol Vice-presidente cessante apresenta recandidatura A s eleições na Federação Angolana de Voleibol para o quadriénio 2012-2016 realizam-se a 20 de Outubro, com apenas uma lista, apurou (24/09), em Luanda, a Angop. Carvalho Neto, presidente da comissão eleitoral, disse que depois dos prazos estabelecidos para a recepção dos documentos a candidatura do anterior vice-presidente da federação, Valentim Domingos, deu entrada para concorrência à direcção da instituição desportiva. "Depois da prorrogação do dia 18 para 20 deste mês, em que estava reservado para recebermos as listas de candidaturas, neste momento passamos ao período da campanha eleitoral", esclareceu. A população votante para o pleito eleitoral é composta pelas associações provinciais de Luanda (cujo elenco ainda não tomou posse), 28 Bié, Namibe, Kwanza Sul, Huambo, Bengo, Cabinda e Huíla e pelos clubes 1º de Agosto, Atlético Petróleos de Luanda, Progresso do Sambizanga e Bangú FC e os núcleos provinciais do Kwanza Norte, Malanje, Cunene, Uíge e Benguela. A direcção cessante da Federação Angolana de Voleibol (FAVB), presidida por António Justino, que cumpriu o segundo mandato, havia manifestado intenção de se recandidatar a própria sucessão. O actual cabeça de lista fez parte do elenco. O Ministério da Juventude e Desportos orientou as associações desportivas e clubes para realizarem eleições antes dos jogos olímpicos de Londres2012. Foram isentas deste período as federações que estiveram nos jogos olímpicos de Londres2012. O voleibol falhou o apuramento. S e m a n a d e 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 Desporto adaptado CPA perspectiva futuro melhor A ngola classificou-se na 51ª primeira posição dos Jogos Paralímpicos de Londres2012 num leque de 166 países, fazendo prever melhor participação na edição do Rio2016 (Brasil), afirmou (24/09) o presidente do Comité Paralímpico Angolano, Leonel da Rocha Pinto. O responsável falava durante um jantar de homenagem à selecção nacional paralímpica que por via de José Sayovo conquistou uma medalha de ouro (400 metros) e outra de bronze (200 m), no evento decorrido de 29 de Agosto a 9 deste mês. Ao fazer uma resenha dos resultados de Angola desde a estreia em 1996 em Atlanta (EUA), Leonel Pinto destacou as conquistas das oito medalhas no cômputo das cinco presenças em eventos do género, designadamente quatro de ouro, três de prata e uma de bronze. Para o também presidente do Comité Paralímpico Africano, as medalhas conquistadas por José Sayovo em Londres e as marcas desportivas de todos Atletismo Embaixada em Portugal promove corrida pedestre em homenagem a Neto A O presidente do Comité Paralímpico Angolano, Leonel da Rocha Pinto integrantes do combinado nacional fazem prever melhores resultados no Rio de Janeiro em 2016, acrescentando que a preparação do ciclo paralímpico já teve início. Referiu que o Comité Paralímpico Angolano vai continuar a trabalhar para o surgimento de outras modalidades e alargamento a outros tipos de deficiências para aquelas que já são praticadas no país. Segundo o responsável, a continuação de conquistas de medalhas em campeonatos africanos e mundiais são as principais apostas, alargando depois os objectivos para a manutenção dos feitos em jogos paralímpicos. No acto que decorreu num dos hotéis da cidade capital, Leonel Pinto enalteceu a cobertura da imprensa no que tange ao desporto adaptado a nível nacional e internacional, acrescentando que, na verdade, se tratam de parceiros da instituição que lidera. Comité Paralímpico Europeu homenageia Rádio-5 A Rádio 5, canal desportivo da Rádio Nacional de Angola, será homenageada esta noite, em Luanda, pelo Comité Paralímpico Europeu com um prémio denominado "Media Word", pelo seu contributo na divulgação do desporto adaptado. DESPORTO D e acordo com o presidente do Comité Paralímpico Africano, o angolano Leonel da Rocha Pinto, que prestou a informação, o prémio de reconhecimento será entregue pelo representante do Comité Paralímpico Internacional para África, o alemão Georg Schlachtenberger. Informou que o acto acontece durante a gala de homenagem de que será alvo o velocista José Armando Sayovo, numa das unidades hoteleiras de Luanda. Sayovo será reconhecido pelas medalhas de ouro (400 metros) e bronze (200 m) conquistadas nos Jogos Paralímpicos de Londres2012, terminados dia 9 deste mês. A Rádio 5 adicionou, em Abril de 2010, na sua grelha de programas o espaço "Voz Paralímpica", voltado exclusivamente à divulgação de matérias sobre desporto adaptado em Angola, facto ímpar em termos radiofónico no continente africano. 29 Embaixada de Angola em Portugal promoveu (24/09), em Lisboa, a segunda edição da "Corrida Pedestre Dr. António Agostinho Neto", enquadrada nos festejos do 90º aniversário natalício do primeiro presidente angolano. O certame, realizado no Complexo Desportivo do Alto do Lumiar, contou com a participação de 300 corredores, nos escalões de benjamins, infantis, iniciados, juvenis, juniores e seniores, em ambos os sexos. A prova dos 1.200m, no escalão sénior masculino, foi ganha por João Baptista, com o tempo de 3.59,26, enquanto os 1000m sénior feminino foram vencidos por Josina Vanakanya (4.45,78). Os 1000m juniores masculinos e femininos foram conquistados, respectivamente, por Jorge Joaquim (3.33,43) e por Soleiza Santos (4.33,39), enquanto os 1000m juvenis foram ganhos Leandro Mussolo, em masculino, com 3.42,39, e por Jéssica Carvalho (5.05,07), em feminino. Os restantes vencedores foram, nos 800m iniciados masculinos e femininos, Esanislau Kizonga (2.48,89) e Yocana Júnior (3.34,86), respectivamente; nos 800m infantis, Paulo Valente (em masculino) e Jovana Ma- chado (feminino), enquanto que os 600m em benjamins foram arrebatados por Silvano Correia (masculino) e Estella Ferreira (feminino). Em declarações à Angop, o professor angolano Bernardo Manuel, membro da comissão organizativa, salientou que a prova "serviu para, uma vez mais, juntar os vários filhos de Angola espalhados por Portugal, no dia de homenagem ao fundador da nação". Bernardo Manuel, treinador de atletismo no Sporting de Portugal desde 1993, considerou ainda a "Corrida Pedestre Dr. António Agostinho Neto" um momento que "veio mostrar ao mundo a coesão e a unidade entre os angolanos, especialmente num ano em que celebrámos 10 anos de paz e as eleições gerais em Angola". PUBLICIDADE S e m a n a d e 2 4 30 a 3 0 d e S e t e m b r o d e 2 0 1 2 S e m a n a d e Os objectivos estratégicos do MPLA para o Sector da Justiça residem na necessidade de se dar continuidade à política de modernização e de informatização assente nos princípios da desburocratização e simplificação de procedimentos, bem como na proximidade dos serviços junto das comunidades, com base nos seguintes objectivos: - a) Estabelecimento de uma política criminal e de reforma da justiça penal, que contemple: - I) Respostas à grande, média e pequena criminalidade; - II) Combate à corrupção, criminalidade organizada e económico-financeira; - III) Justiça tutelar; - IV) Combate às drogas. - b) Reorganização judiciária e do mapa judiciário; - c) Um sistema integrado de acesso ao direito e à justiça; - d) Um novo paradigma do processo; - e) O sistema de justiça como factor de desenvolvimento económico e social; - f ) Um sistema de justiça ao serviço dos direitos humanos; - g) A universalização do registo civil de nascimento. O ESTABELECIMENTO DE UMA POLÍTICA CRIMINAL E DE REFORMA DA JUSTIÇA PENAL O MPLA defende que uma melhoria na eficácia do combate ao crime passa pela adopção de políticas orientadas para os factores da criminalidade, privilegiando-se a reintegração à exclusão, sendo fundamental garantir os meios de investigação e repressão adequados. Por outro lado, considera que o aumento da eficácia criminal não pode prejudicar as garantias de defesa consagradas constitucionalmente e próprias do Estado de Direito Democrático. O MPLA privilegiará a vocação humanista da sua política, tutelando os interesses das vítimas de crimes, a eficácia do combate ao crime, a salvaguarda dos direitos dos arguidos, a humanização do sistema prisional e a eficiência do sistema de reinserção social. Os aspectos ligados às medidas preventivas merecerão um especial cuidado do MPLA, devendo ser postos em prática os mecanismos que permitam a separação da população prisional de diferente perigosidade, com especial preocupação para os reclusos mais jovens que, excepcionalmente, devam ser objecto de medidas preventivas de privação de liberdade em Centros de Internamento próprios. As políticas a definir neste domínio deverão dar resposta às seguintes questões: 2 4 a 3 0 d e S e t e m b r o d e GRANDE, MÉDIA E PEQUENA CRIMINALIDADE Para o MPLA o combate à grande criminalidade, ao crime económico organizado, às associações criminosas, às redes de tráfico de crianças, de pessoas e de órgãos e às drogas deve constituir uma questão central da política criminal. A este respeito o MPLA considera que se devem adoptar as seguintes medidas de política: - a) Consagração do princípio da legalidade mitigada ou oportunidade mitigada; - b) Criação de mecanismos legais e/ou organizacionais que permitam uma maior coordenação entre o Ministério Público e as forças policiais e de investigação criminal envolvidas no combate à grande criminalidade; - c) Melhoria da formação dos agentes da polícia de investigação criminal; - d) Criação de um sistema de monitorização das medidas de combate à grande criminalidade com a apresentação de relatórios anuais; - e) Despenalização de toda a área das contravenções e transgressões, que deverão passar a contra-ordenações; - f ) Descriminalização das condutas correspondentes aos crimes de condução sob o efeito do álcool e de condução sem habilitação legal; - g) Introdução das medidas preventivas alternativas à privação provisória de liberdade; - h) Desenvolvimento do regime prisional domiciliário e hospitalar, o qual deverá ser estruturado de acordo com as boas práticas; - i) Combate aos vários problemas na execução da pena de prisão, dando concretização prática ao princípio da ressocialização; - j) Desenvolvimento do processo de reforma do sistema prisional; - k) Criação das salas de execução de penas, junto dos Tribunais Provinciais existentes; - l) Revisão do regime jurídico de execução de penas; - m) Estudar a possibilidade de alargamento da aplicação do processo sumário a todas as situações de detenção em flagrante delito, de modo a integrar aquelas em que a detenção não é realizada por uma autoridade de investigação criminal ou policial, mas a quem os detidos são entregues de imediato (situação que ocorre, com alguma frequência, no caso de furtos simples); - n) Estudar a possibilidade de medidas potenciadoras de uma maior utilização dos mecanismos de celeridade e consenso entre o Ministério Público e o arguido e, no caso de crime dependente de acusação particular, entre aqueles e o assistente; Continua no próximo número 31 PROGRAMA 2 0 1 2 Disponibilizar terrenos infra-estruturados e legalizados para o atendimento das necessidades das famílias que pretendam construir casa própria em regime de auto-construção dirigida; Promover o desenvolvimento sustentável do sistema urbano e do parque habitacional, com o fim de garantir a elevação do bemestar social e económico da população mais carenciada; Estabilizar o sistema de comercialização das construções de habitação social, no quadro da recuperação do investimento e da auto-sustentabilidade financeira e económica do Programa de Urbanismo e Habitação; Dar continuidade ao desenvolvimento de novas centralidades; Prosseguir o processo de requalificação das cidades; Repovoar localidades com o desenvolvimento de aldeias rurais. AMBIENTE Equilibrar crescimento com preservação ambiental é uma questão central no mundo de hoje. No caso de Angola, o grande desafio posto para o período 2012-2017 é criar os mecanismos necessários para que o País siga crescendo sem que isso represente uma ameaça ao seu rico património ambiental. Para isso, foram definidas as seguintes prioridades: Desenvolver um Sistema Nacional de Controlo de Indicadores Ambientais e inseri-los no Plano de Desenvolvimento Sustentável; Assegurar a gestão integrada de recursos hídricos, visando a protecção dos ecossistemas e da biodiversidade; Desenvolver um plano de monitorização ambiental para o sector petrolífero, de gás e da indústria petroquímica; Fortalecer a Comissão Multissectorial do Ambiente de forma descentralizada e com foco na integração sustentável do território, no combate à seca, na gestão do solo e no combate ao desmatamento; Integrar as entidades executoras da política ambiental, através de intervenções locais, zoneamento ecológico, económico, industrial e urbano; Promover as tecnologias ambientais limpas, a legislação contra a poluição e a gestão ambiental de resíduos sólidos, do ar e da água. PROTECÇ ÃO SOCIAL E COMBATE À POBREZA O MPLA considera que a protecção social das camadas mais vulneráveis da população e o combate à pobreza devem concentrar a maior parte dos esforços de governação. Nos últimos anos, houve avanços consideráveis nessas duas frentes, não obstante a crise financeira mundial, iniciada em 2008, ter obrigado o País a diminuir o ritmo do seu crescimento económico e social. Agora, porém, Angola já dá sinais claros de superação da crise, o que nos permite apontar os seguintes objectivos para o período 2012 2017: Continuar a desenvolver os Programas Municipais de Desenvolvimento Integrado e Combate à Pobreza; Implementar um programa de rendimento mínimo (transferência directa de recursos) para pessoas em situação de risco e de extrema pobreza, associado ao cumprimento de acções de contrapartida que contribuam para a transformação da vida dos beneficiários e dos seus familiares; Definir incentivos específicos para apoiar a agricultura familiar; Implementar projectos de desenvolvimento rural integrados para a produção de alimentos e matérias-primas nos segmentos da agricultura, pecuária e pesca, com a construção e/ou reabilitação de infra-estrutura básica, assistência técnica, fornecimento de sementes, inputs, instrumentos de trabalho e equipamentos necessários à execução dos planos de produção; Continua no próximo número