staphclin latex

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staphclin latex
STAPHCLIN LÁTEX
1. FINALIDADE
Teste rápido em lâmina para identificação de Staphylococcus aureus.
2. INTRODUÇÃO
Dentro do gênero Staphylococcus, o S. aureus é o mais importante , pois a ele são atribuídas muitas doenças infecciosas graves, fato que ressalta a importância
de sua correta identificação. Dentre os métodos mais empregados com tal finalidade, está a prova da coagulase (em tubo para coagulase livre e em lâmina para a
coagulase ligada). O Staphclin é um aperfeiçoamento do teste de aglutinação com partículas de látex, descrito por Essers e Radebold, caracterizado por ser rápido e
seguro, pois permite a identificação após 45 segundos de reação. O acréscimo de um corante róseo ao reagente, favorece o contraste entre as partículas de látex e as
colônias suspeitas no fundo negro da lâmina de teste.
3. IMPORTÂNCIA CLÍNICA
As bactérias do gênero Staphylococcus são componentes da flora normal do organismo humano. O S. aureus está diretamente envolvido com processos
supurativos que ocorrem nos mais variados sítios do organismo, particularmente preocupante quando ocorre em surtos dentro de um ambiente hospitalar. Sua
rápida identificação, direciona de forma mais eficaz o tratamento dos infectados, bem como permite a adoção de medidas de contenção se for o caso. Usando as
técnicas convencionais pode haver demora de até 24h para se obter uma resposta definitiva, contrastante com os 45 segundos da prova em látex.
4. AMOSTRA
a- Tipos de amostra
Colônias de puras e recentes (18-24h entre 35-37 oC) de estafilococos , com 1-2 mm de diâmetro, em meios como o TSA (Tryptic Soy Agar) com 5% de sangue de
carneiro desfibrinado. Executar previamente a prova da catalase para confirmar o gênero .
b- Armazenamento e estabilidade
Culturas envelhecidas ou provenientes de meios inadequados, deverão ser repicadas em Ágar Sangue e passar por nova incubação (conforme ítem anterior).
c- Critérios de rejeição
Rejeitar materiais de cultura provenientes de meios com alto teor salino, como Manitol Salt Agar, Baird Parker etc., pois tais meios induzem a uma baixa produção de
proteína A, um dos fatores pesquisados pela metodologia.
d- Precauções e cuidados especiais
- Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois há risco de contaminação. Seu descarte deve ser feito preferencialmente após sua
autoclavação devendo-se evitar sua eliminação diretamente no meio ambiente.
5. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO
a- Registro no Ministério da Saúde: 10097010075
b- Princípio de técnica
O Staphclin látex baseia-se na aglutinação simultânea da coagulase (clumping factor) e da proteína A com as partículas de látex róseas sensibilizadas com proteínas
plasmáticas antígeno específicas. Colônias estafilocócicas contendo coagulase (clumping factor) e/ou proteína A, quando misturadas às partículas de látex,
produzem aglutinação visível a olho nu dentro de 45 segundos.
c- Reagentes
- Staphclin látex: Suspensão de partículas de látex róseas, sensibilizadas com proteínas plasmáticas antígeno-específicas;
- Staphclin controle positivo: Suspensão celular de S. aureus não viáveis , derivados da cepa ATCC® 25923;
- Staphclin controle negativo: Suspensão celular de S. epidermides não viáveis, derivados dacepa ATCC® 12228;
- Solução salina: Solução 0,15M de cloreto de sódio.
Observação: Todos os reagentes contém azida sódica a 0,1% como preservativo.
d- Armazenamento e estabilidade
Para fins de transporte, o conjunto reagente pode permanecer até 72h em temperatura ambiente. No laboratório, deverá ser armazenado em geladeira (2-8 oC),
mantendo-se estável até a data de validade expressa em rótulo, desde que isento de contaminações.
e- Precauções e cuidados especiais
- Os reagentes não podem ser congelados;
- Manter os frascos sempre fechados e o conta-gotas do frasco do látex sempre cheio, para evitar ressecamento do reagente;
- Antes do uso homogeneizar o reagente (usar vórtex ou bater contra a palma da mão 10-15 vezes com energia);
- Não usar produtos com prazo de validade expirado ou com componentes de lotes diferentes;
- Os reagentes destinam-se ao uso diagnóstico in vitro, não devendo portanto ser ingeridos ou entrar em contato com a pele e mucosas;
- A azida sódica usada como preservativo em contato com metais pesados (como o chumbo ou cobre de certos tipos de encanamento) forma azidas metálicas
explosivas, por esta razão, quando de seu descarte, usar água em abundância.
f- Insumos fornecidos com o conjunto
- Lâminas de teste descartáveis;
- Palitos para homogeneização.
6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (porém não fornecidos)
- Ágar sangue - TSA + 5% de sangue de carneiro desfibrinado (LB código 540159);
- Bico de Bunsen;
- Agitador mecânico (tipo Kline ou similar);
- Cronômetro;
- Vórtex.
7. PROCEDIMENTO TÉCNICO
a- Deixar que os reagentes adquiram a temperatura ambiente antes de efetuar o teste;
b- Em três lâminas de teste adicionar respectivamente uma gota de Staphclin controle positivo, uma gota de Staphclin controle negativo e uma gota de solução salina
(homogeneizar previamente os controles);
c- Usando um palito de madeira, emulsionar na gota de salina 2 à 4 colônias suspeitas em análise;
d- Homogeneizar o Staphclin látex e adicionar uma gota a cada círculo;
e- Usando palitos de madeira, homogeneizar o conteúdo de cada círculo;
f- Agitar as lâminas em movimentos rotatórios (manuais ou usando agitador de Kline (ou similar) regulado para 110-120 rpm) durante 45 segundos;
g- Sob uma boa fonte de luz branca incidente ler os resultados segundo a tabela abaixo:
DESCRIÇÃO DOS GRUMOS
Suspensão lisa e turva, sem partículas de aglutinação
Suspensão lisa e turva, denotando apenas aspereza
Finos grumos de látex róseos , fundo turvo
Pequenos ou médios , porém visíveis, grumos de látex róseos
e fundo moderadamente turvo
Grumos grandes e pequenos grumos de látex róseos e fundo
ligeiramente turvo
Grandes e pequenos grumos de látex róseos, fundo límpido
AGLUTINAÇÃO
ausente
fraca
+
++
+++
++++
- Interpretação:
Conforme pode ser observado na tabela acima, a leitura da reação deve considerar a formação de grumos bem como o aspecto do látex e do fundo, assim sendo,
reações de +++ ou mais devem ser interpretadas como positivas, uma vez que correspondem ao padrão da maioria das cepas de S. aureus testadas. Aglutinações
fracas, com ++ ou menos devem ser interpretadas com cautela, uma vez que outros estafilococos e mesmo as cepas de S. aureus meticilina resistentes podem dar
aglutinações fracas. Aglutinações iguais ou inferiores a + devem ser interpretadas como negativas (comparadas ao controle negativo).
- Precauções:
- As lâminas não devem ser reutilizadas;
- Destacar a quantidade necessária de lâminas para cada uso, destacando-as se necessário pelas linhas pontilhadas existentes;
- A leitura dos resultados deve ser feita imediatamente após a agitação da lâmina;
- O ressecamento dos reagentes pode criar dificuldades na leitura dos resultados;
- Não efetuar a reação caso as colônias analisadas apresentem-se rígidas ou não emulsionem completamente na salina ou ainda caso apresentem aglutinação após
emulsionadas com a salina (antes portanto de acrescentar o Staphclin látex reagente).
8. RESULTADOS
a- Para a prova negativa
Lançar a identificação como “Estafilococos não produtores de coagulase isolados na amostra analisada”;
b- Para a prova positiva
Lançar a identificação como “ Estafilococos produtores de coagulase com características compatíveis com S. aureus isolados na amostra analisada”.
c- Observação
Antes de lançar um resultado ler o ítem referente às limitações da técnica bem como o ítem referente à amostra.
9. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
- Algumas cepas de S. aureus cultivadas em caldo BHI (infuso de cérebro e coração) oferecem um padrão de aglutinação inferior ao verificado com as cepas
originadas de cultivo em ágar sangue de carneiro desfibrinado a 5% (base TSA);
- Meios com alta concentração salina, como o Manitol Salt Agar, não fornecem espécimes adequados para uso com o Staphclin, pois induzem a uma baixa secreção de
proteína-A em cepas de S. aureus o que ocasiona um padrão de aglutinaçào mais fraco;
- Organismo coagulase positiva ou proteína-A positivos que não o S. aureus podem oferecer um padrão de aglutinação igual ao verificado nas reações positivas;
- Algumas espécies podem produzir reações aberrantes com o Staphclin (agregados viscosos, membranosos ou gelatinosos), que necessitam de cuidadosa
interpretação;
- Se ocorrer um excesso de inóculo, podem ocorrer reações falsamente positivas;
- A aglutinação direta de culturas de sangue positivas para Cocos Gram Positivos apresenta baixa sensibilidade, não devendo ser usada;
- Algumas cepas de S. aureus resistentes a meticilina (MRSA ) foram demonstradas como não produtoras do clumping factor e não produtoras da proteína-A
(sorotipo capsular 5) fornecendo assim resultados falsamente negativos;
- Recomenda-se sempre que houverem dúvidas confirmar o resultado com o teste da coagulase livre (em tubo).
10. CONTROLE DE QUALIDADE
- Materiais necessários
Controles fornecidos com o conjunto.
- Periodicidade
Recomenda-se ao abrir o conjunto que os reagentes sejam avaliados utilizando-se os controles que acompanham o conjunto e amostras de controle conhecidas. A
cada bateria de testes deve-se avaliar em paralelo os controles que acompanham o conjunto.
- Interpretação e avaliação
Espera-se que o controle negativo apresente no máximo + de aglutinação e que o controle positivo apresente entre +++ e ++++ de aglutinação. Ocorrendo
resultados inesperados, não liberar as amostras clínicas até que as causas sejam apuradas.
11. GARANTIA DE QUALIDADE
A Laborclin obedece o disposto na Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor desempenho, é necessário :
- que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente procedimento técnico;
- que os materiais estejam sendo armazenados nas condições indicadas;
- que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam em boas condições de uso , manutenção e limpeza.
Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido a testes específicos, que são repetidos periodicamente até a data de vencimento expressa em
rótulo. Os certificados de análise de cada lote podem ser solicitados junto ao SAC - Serviço de Assessoria ao Cliente, bem como em caso de dúvidas ou quaisquer
problemas de origem técnica, através do telefone 0800-410027. Quaisquer problemas que inviabilizem uma boa resposta do produto, que tenham ocorrido
comprovadamente por falha da Laborclin serão resolvidos sem ônus ao cliente, conforme o disposto em lei.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-Essers, L. and Radebold, K. Rapid and reliable identification of Staphylococcus aureus by a latex agglutination test, J. Clin. Microbiol., 12:641-643, 1980.
2- Adams, J.; Van Enk, R.. Use of commercial particle agglutination sistems for the rapid identification of methicilin-susceptible and methicilin-resistant
Staphylococcus aureus. Eur. J. Microbiol. Infect. Dis., 13:86-89, 1994.
3- Aldridge, K.E.; Kogos, C.; Sanders, C.V. et al. Comparison of rapid identification assays for Staphylococcus aureus. J. Clin. Microbiol., 19:703-704, 1984.
4- Baker, J.S.; Borman, M.A.; Bordreau, D.H. Evaluation of various rapid agglutination methods for the identification of Staphylococcus aureus. J. Clin. Microbiol.,
21:726729, 1985.
5- Berke, A. and Tildon, R.C.,. Evaluation of rapid coagulase methods for the identification of Staphylococcus aureus. J. Clin. Microbiol. , 23:916-919, 1986.
6- Fournier, J.M.; Boutonier, A. and Bouvet, A. Staphylococcus aureus strain which are not identified by rapid agglutination procedures are capsular serotype 5. J. Clin.
Microbiol., 27:1372-1374, 1989.
7- Skulnik, M.; Simor, A.E.; Patel, M.P. et al. Evaluation of three methods for the rapid identification of Staphylococcus aureus in blood cultures. Diagn. Microbiol.
Infect. Dis., 19:5-8, 1994.
8- Gregson, D.B.; Donald, E.L.; Skulnik M. and Simor, A.E. Problems with rapid agglutination methods for identification of Staphylococcus aureus is being tested. J.
Clin. Microbiol. 26:1398-1399, 1988.
SERVIÇO DE
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