web - Glintt

Transcrição

web - Glintt
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Mensagem do Presidente
4
Mensagem da Comissão Executiva
5
6
7
8
9
9
10
1// O Grupo Glintt
1.1 Missão, Visão, Valores, Estratégia e Compromisso
1.1.1 Inovação e Empreendedorismo
1.1.2 Responsabilidade Social e Corporativa
1.2 Empresas do Grupo
1.3 Principais Indicadores
1.4 Órgãos Sociais
11
12
13
14
14
15
15
15
16
17
2// Relatório Consolidado de Gestão
2.1 Enquadramento Macro Económico
2.2 Performance da Glintt em 2013
2.3 Perspectivas para 2014
2.4 Modelo de Governação
2.5 Informação Privilegiada - Sumário
2.6 Proposta de Aplicação dos Resultados
2.7 Declaração dos Responsáveis Sobre a Conformidade da
Informação Financeira Apresentada
2.8 Agradecimentos
Anexos ao Relatório Consolidado de Gestão
19
3// Governo da Sociedade
60
61
112
4// Demonstrações Financeiras e Notas às Contas
4.1 Demonstrações Financeiras Consolidadas
4.2 Demonstrações Financeiras Individuais
138
5// Certificação Legal e Relatório de Auditoria
143
6// Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
146
7// Declaração dos Responsáveis Sobre a Conformidade da
Mensagem do Presidente
O ano de 2013 foi difícil para a economia portuguesa,
talvez o mais difícil desde que o País iniciou em 2011
um período de assistência internacional. As empresas
continuaram a experimentar elevadas dificuldades de
financiamento, altas taxas de juro e quebra na procura
interna.
Os sinais positivos que surgiram no último trimestre
do ano não alteraram o panorama de acentuada crise
económica e social. O sector das Tecnologias de Informação acompanhou a tendência geral. Sofreu as consequências da quebra do investimento, da contracção
de custos por parte dos seus clientes e de alguma
tendência para redução da actividade de outsourcing.
Neste quadro geral negativo a Glintt teve em 2013 um
desempenho globalmente positivo evidenciando capacidade de resistência à crise. A sua actividade, em
volume, proveitos e resultados, foi similar à de 2012.
Confrontada com as dificuldades do mercado interno,
a empresa intensificou o seu processo de e 26% dos
seus proveitos têm origem já hoje do mercado externo.
A crise, entretanto, tem imposto pesados sacrifícios
às empresas e aos cidadãos. A Glintt não é exceção
à regra. E é justo salientar o sentido da responsabilidade de todos os colaboradores que suportaram a
austeridade e mantiveram o seu empenhamento na
actividade e no futuro da empresa. É de crer que o pior
já passou e que no ano de 2014 se multiplicarão os
sinais de uma mudança positiva na economia nacional
e internacional.
A Glintt é uma marca forte no mercado das Tecnologias
de Informação. Adoptou com sucesso um plano para
resistir às dificuldades do País vividas nos últimos anos.
Acreditamos nos sinais positivos dos novos tempos que
aí vêm. A empresa tem um plano de desenvolvimento
sólido e coerente, que continuará a pôr em prática em
2014.
Somos optimistas quanto ao futuro da Glintt. Com
o apoio dos accionistas, a qualidade da gestão, o
empenho dos colaboradores e o reconhecimento dos
nossos clientes, acredito que os próximos anos serão de
afirmação deste projecto empresarial, a nível interno e
a nível internacional.
Luís Matias
Presidente do Conselho
de Administração
Mensagem da Comissão Executiva
Muito embora o contexto económico global não tenha
evoluído de forma favorável, a Glintt concluiu o exercício de 2013 com uma performance positiva quer ao
nível dos resultados líquidos, quer ao nível dos resultados operacionais brutos (EBITDA).
Foi possível prosseguir com o processo de reestruturação, com o investimento na estratégia de internacionalização e com a continuidade dos projetos de
inovação, investigação e desenvolvimento de novas
soluções e produtos.
Continuámos a investir no desenho de novos modelos
de negócio, procurando antecipar tendências e respondendo às principais preocupações dos nossos clientes
e parceiros.
Levámos a nossa marca e o nosso Know-how até novas
geografias. As nossas receitas fora de Portugal representam já cerca de 26% das receitas globais.
Investimos no desenho de processos e no aumento da
eficiência das nossas áreas de apoio.
Continuámos a investir na seleção, captação e criação
de oportunidades de desenvolvimento para os
melhores profissionais, fomentando acima de tudo
uma cultura empresarial empreendedora, que premeie
e estimule o mérito, atenta e consciente às principais
questões sociais.
Somos conscientes que apesar do longo caminho
percorrido e dos resultados obtidos, continua a ser
essencial continuar a investir na implementação e consolidação dos objetivos estratégicos definidos, para
garantir uma transformação e evolução sustentada de
toda a organização.
No final destes três anos de mandato da atual
Comissão Executiva, estamos profundamente gratos e
orgulhosos de todos os que têm caminhado connosco,
e não nos restam quaisquer dúvidas que o esforço e
empenho investido farão a diferença.
Juntos estamos a construir uma Glintt mais sólida.
A Comissão Executiva
1.1 Missão, Visão, Valores, Estratégia e Compromisso
A Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. (doravante Glintt, ou Grupo Glintt) é uma empresa portuguesa, cotada
na NYSE Euronext Lisbon, que atua no mercado das Tecnologias da Informação, nomeadamente nas áreas da Consultoria e Outsourcing.
O Grupo encontra-se presente na Europa, África e América, estando representado por um coletivo de mais de 1300
profissionais, especializados e capazes de oferecer aos seus Clientes soluções com valor acrescentado para o negócio.
• Missão
Construir com os Clientes e Parceiros, soluções tecnológicas, inovadoras e úteis que contribuam para o progresso
sustentado das organizações.
• Visão
Ser um fornecedor de soluções de IT’s GLOBAIS, permitindo aos seus Clientes focar-se no desenvolvimento do seu
negócio.
• Valores
Para cumprir a sua missão, a Glintt definiu sete valores base, os quais serão o enfoque nos anos vindouros, a saber:
• Credibilidade
• Qualidade
• Rigor
• Excelência
• Ambição
• Competência
• Socialmente Responsáveis
• Estratégia
As principais linhas de orientação estratégica do Grupo centram-se em torno de quatro objetivos fundamentais:
A - Solidez do balanço
A
D - Valores Fundamentais
de conduta
B
D
A - Solidez do
balanço
• Solidez financeira e económica dos diversos negócios
• Adequação da estrutura e recursos às necessidades do
cliente
B - Crescimento
Sustentável
• Crescimento nos negócios atuais
• Desenvolvimento de novos negócios
• Modelos de negócio sustentáveis para maximizar
retorno
C - Inovação e
empreendedorismo
• Inovação e empreendedorismo como alavancas de
crescimento
D - Valores
Fundamentais de
conduta
• Relação sustentável e relação justa e ética com todos os
colaboradores, parceiros e clientes
• Garantir oportunidades de desenvolvimento, avaliações
regulares e um sistema de meritocracia
B - Crescimento Sustentável
C
C - Inovação e
empreendedorismo
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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1// O GRUPO GLINTT
Estes quatro objetivos fundamentais encontram-se na génese
dos seguintes objetivos estratégicos:
• Oferta - Reorganizar a Glintt e a sua oferta para abordar o
mercado (Figura 1).
• Competitividade - Aumentar a competitividade.
• Near Shore - Apostar no Near Shore como um factor
diferenciador.
• Internacionalização - Definir e implementar modelos de
internacionalização por geografia e negócio.
• Novos Modelos de Negócio - Definir novos modelos de
negócio, cruzando competências de várias áreas de negócio.
• Estrutura Interna - Ajustar a estrutura interna da Glintt para
suportar a estratégia e aumentar o enfoque no cliente.
(Figura 1)- Organização do Negócio e Abordagem de Mercado.
• Compromisso
Oferecer soluções integradas e com capacidade para responder a todas as fases da cadeia de valor do processo
tecnológico, acrescentando valor ao negócio dos nossos clientes.
Avaliação
1
Implementação
& Prestação de
Serviços
Concepção
2
3
Consultoria
5
4
6
Manutenção
& Suporte
Desenvolvimento
A oferta do Grupo assenta em quatro pilares verticais, organizados por competências técnicas e experiências.
ENERGY
ENGINEERING
CONSULTING
FARMA
1.1.1 Inovação e Empreendedorismo
O Grupo promove uma cultura de inovação e empreendedorismo, a qual se traduz em dois compromissos essenciais:
• Incentivar a procura ativa e a partilha do conhecimento;
• Criar de um ambiente de valorização e desenvolvimento profissional, onde a cada colaborador lhe seja dada
oportunidade de explorar a sua criatividade e experiencia pessoal em prol de iniciativas que criem valor nas mais
diversas atividades do dia-a-dia, contribuindo desta forma ativamente na melhoria contínua e nos processos de
inovação do Grupo.
Neste contexto, o Grupo desenvolveu em 2013, um conjunto de iniciativas, de entre as quais destacamos as seguintes:
RELATÓRIO E CONTAS 2013
7
1// O GRUPO GLINTT
• WIN Ideas
Esta iniciativa é dirigida ao universo de 1300 colaboradores da Glintt e visa captar as suas ideias de melhorias internas ou de desenvolvimento de novos negócios.
Durante o ano de 2013 foram registadas 152 ideias, tendo sido aprovados para implementação 12 projetos de
melhoria interna e identificadas 3 novas oportunidades de inovação. (figura 2)
• G-BIP
(Figura 2)- Iniciativa Code Jam: uma Win Idea powered by Glintt.
O Glintt Business Ideas & Projects (G-BIP) é uma iniciativa Glintt que visa promover o empreendedorismo e facilitar
o lançamento de novas ideias e projetos de negócio, com ênfase nos aspetos da inovação, potencial financeiro e
benefícios para a sociedade.
O G-BIP tem por Missão apoiar os Empreendedores na concretização da sua ideia/projeto de negócio, disponibilizando a Glintt instalações físicas e equipamentos, bem como recursos humanos com as competências técnicas,
operacionais e de gestão, e o conhecimento de mercado, de forma a permitir a validação e o desenvolvimento do
conceito quer para o mercado nacional quer para o internacional.
Esta iniciativa destina-se a todos os Empreendedores - estudantes, empresários, inovadores & engenhosos - com
uma ideia diferenciadora que necessite ser testada e validada.
Ainda sobre nós...
Durante o ano de 2013, foi atribuído à Glintt Inov o Estatuto de Idoneidade, capacitando e reconhecendo as boas
práticas desta entidade, para levar a cabo atividades de investigação, desenvolvimento e inovação.
1.1.2 Responsabilidade Social e Corporativa
Na prossecução de um dos seus objetivos fundamentais
– Valores Fundamentais de Conduta – a Glintt publicou
recentemente a Politica Glintt Responsável, a qual incorpora os 8 compromissos assumidos pelo Grupo para
dar resposta às suas preocupações de cariz responsável
em matéria social, económica e ambiental, os quais se
resumem na figura ao lado.
Durante o ano 2013, foi também constituído o primeiro
Comité de Solidariedade Glintt, o qual tem como objetivo
principal selecionar, promover e implementar as iniciativas que se considerem adequadas à prossecução dos
objetivos definidos.
Do conjunto de iniciativas levadas a cabo em 2013
pelo coletivo de colaboradores da Glintt, destacamos:
ações de recolha de sangue; ações de recolha de roupa e alimentos para comunidades desfavorecidas;
construção de infraestrutura educacional em Cabo Verde
e realização de diversas iniciativas de promoção cultural.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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1// O GRUPO GLINTT
1.2 Empresas do Grupo
O Grupo Glintt engloba dentro da sua estrutura, um conjunto de 17 empresas.
i.
ii.
iii.
iv.
v.
vi.
vii.
viii.
ix.
x.
xi.
xii.
xiii.
xiv.
xv.
xvi.
xvii.
Glintt – Technology Enabled Services, S.A. (TES)
Glintt – Business Solutions, Lda. (BS)
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A. (BPO)
Glintt – Healthcare Solutions, S.A. (HS)
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A. (Netpeople)
RHM – Management de Recurso Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda. (RHM)
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.
Glintt Energy, S.A.
Glintt Inov, S.A.
Pulso Informática, S.L., Unipersonal (sediada em Espanha)
Consoft, S.A.U (sediada em Espanha)
Farmasoft Informatica y Servicios, S.L. (sediada em Espanha)
Glintt España, Sociedade Limitada (Unipersonal) (sediada em Espanha)
GLINTT POLSKA Sp. Z o.o (abreviado Glintt Polska Sp. Z.o.o) (sediada na Polónia)
SolServices Angola, Lda. (sediada em Angola)
Glintt Angola, Lda. (sediada em Angola)
Glintt Brasil Ltda. (sediada no Brasil)
1.3 Principais Indicadores
VOLUME VENDAS / EBITDA / EBIT
em milhões €
VENDAS VERSUS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
em milhões €
94
94
91
86
-8%
94
91
86
-3%
79%
14,1
+11% 91
+41%
-6%
22,1
9,0 %
-15%
7,9%
5,6%
2011
74
6,9 %
6,3 %
2012
86
15,6
78%
76%
9,6 %
VENDAS POR MERCADO
em milhões €
2013
67
69
+12%
-14%
20
22
19
2011
2012
2013
80,3
75,5
63,9
2011
2012
2013
Volume de Negócios
Prestação de Serviços
Nacional
Margem EBITDA
Vendas
Internacional
Margem EBIT
Contrib. % Prest. Serv.
EVOLUÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO
em milhares €
GASTOS COM PESSOAL E FSE’s
em milhares €
EQUIPA DE PROFISSIONAIS
-2%
+5%
12.293
+18%
427
1.058
1.247
1.314
2011
2012
2013
+60%
0%
12.105
1336
685
39.582
39.636
2012
2013
2011
-3%
1300
2012
+3%
1335
2013
Gastos com Pessoal
FSE’s
Reestruturação
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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1// O GRUPO GLINTT
1.4 Órgãos Sociais
Conselho de Administração
Presidente
Dr. Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
Vogal
Dr. Joaquim Anibal Brito Freixial de Goes
Vogal
Dr. Vitor Manuel Lopes Segurado
Vogal
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Vogal
Dr. Luis Paulo Reis Cocco
Vogal
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal
Eng. Luis Manuel Gameiro da Silva
Vogal
Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita
Vogal
Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio
Vogal
Dr. José Luis Bonifácio Lopes
Comissão Executiva
Presidente Executivo
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Administrador Executivo
Dr. Luis Paulo Reis Cocco
Administrador Executivo
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Administrador Executivo
Eng. Luis Manuel Gameiro da Silva
Conselho Fiscal
Presidente
Dr. Luis Manuel Pereira da Silva
Vogal
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
Vogal
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro
Revisor Oficial de Contas
Efetivo
BDO & Associados, SROC, Lda
Representada pelo Dr. João Paulo Torres Cunha Ferreira(ROC nº 956)
Suplente
Dr. Gonçalo Raposo da Cruz(ROC nº 1189)
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
Dr. José Alberto Vasconcelos Tavares Moreira
Secretário
Dr. José António da Ponte Zeferino
Secretário da Sociedade
Efetivo
Dr. Raul Miguel Lampreia Corrêa Teles Lufinha
Suplente
Dra. Joana Helena Leitão do Valle Wemans Gonçalves
Comissão de Vencimentos
Presidente
Dr. Luis Miguel Cortes Martins
Vogal
Dr. Jorge de Brito Pereira
Vogal
Dr. Luis Pereira da Silva
Representante para as Relações com o Mercado
Dr. Raul Miguel Lampreia Corrêa Teles Lufinha
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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2.1 Enquandramento Macro Económico
A evolução da economia mundial em 2013 verificou-se semelhante à de 2012, conquanto ligeiramente mais lenta (3%
e 3,2%, respetivamente). Contudo, e pese embora a taxa de crescimento real tenha sido inferior à dos anos anteriores,
começam a existir sinais de relativa evolução. Os principais condicionalismos à retração da evolução económica mundial, como sejam as apertadas políticas orçamentais, o aumento da tributação, a existência de alguma instabilidade
politica, a incerteza sobre o projeto da moeda única europeia, os processos de correção do mercado imobiliário nos
EUA, começaram já a ter desenvolvimentos positivos, que sugerem que a atividade económica mundial poderá estar
a iniciar uma nova fase de recuperação a partir de 2014.
Com efeito, as projeções apontam para crescimento da atividade económica mundial de 3,7% em 2014 e 3,9% em
2015. Não obstante, existem riscos, como sejam a incerteza do ritmo de consolidação orçamental nos Estados Unidos
e nas demais economias avançadas, com impacto eventual na respetiva política monetária, e o abrandamento da
economia chinesa, com impacto na procura global.
Na zona euro, a atividade económica verificou uma retração de 0,4%, consequência dos processos de ajustamento
estrutural em curso em vários países. A necessidade de redução dos níveis de endividamento, a aplicação de planos
claros de austeridade na tentativa de controlo do défice orçamental, o elevado nível de desemprego, foram fatores
que continuaram a produzir efeito negativo na confiança dos principais agentes económicos, refletindo-se na redução
do consumo e do investimento.
Para 2014 as projeções apontam para inversão da tendência recessiva e início da recuperação na zona euro, com a
atividade económica a evoluir cerca de 1,0% em 2014 e 1,4% em 2015, contudo, de forma mais moderada nos países
que tenham ainda em curso programas de assistência económica e financeira.
Em Portugal, a evolução da economia manteve-se condicionada pelo processo de correção dos desequilíbrios macroeconómicos, que motivou a adoção de um conjunto de medidas de consolidação orçamental nomeadamente as que
decorreram do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).
O Produto Interno Bruto diminuiu 1,4%, o que representa uma evolução favorável quando comparada com a redução
de 3,2 % registada em 2012. Esta evolução resultou não só da redução da procura interna como externa, no primeiro
caso, devido sobretudo à redução do consumo privado, em resultado da diminuição do rendimento disponível, e à
redução do investimento. Ainda assim verificou-se uma evolução favorável no processo de consolidação estrutural
das contas públicas, bem como a melhoria do saldo das contas externas, que se traduziu num aumento da capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa. Contudo, os riscos e incertezas mantêm-se, uma vez que a
conclusão e consolidação do processo de ajustamento dos desequilíbrios estruturais poderá ainda implicar adoção de
medidas adicionais, cuja origem e impacto no crescimento económico não é ainda conhecido.
Para o período de 2014 – 2015, as projeções apontam para uma recuperação moderada da economia portuguesa, em
resultado da evolução projetada para o setor privado, uma vez que deverá continuar a verificar-se contração no sector
publico, embora progressivamente menor.
No que diz respeito ao mercado das tecnologias da informação, e de acordo com as previsões avançadas pela IDC, em
Fevereiro último, apontam uma evolução favorável do sector em 2014, em resultado do contínuo alinhamento das
prioridades de negócio das organizações nacionais, com as necessidades de investimento em tecnologia. Soluções
de redução de custos, projetos de inovação quer de produtos quer de serviços, atração e retenção de clientes, e a
expansão para novas geografias, serão exemplos das principais prioridades que motivarão decisões de investimento
no sector das TI.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
12
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2.2 Performance da Glintt em 2013
Breve Resumo
Em 2013, não obstante a ligeira queda no Volume de Negócios, a Glintt alcançou um Resultado Operacional Bruto
(EBITDA) de 8,2 Milhões de Euros, ligeiramente superior ao verificado em 2012. A margem operacional bruta (Margem
EBITDA) subiu de 9,0% para 9,6%, e os Resultados Líquidos Consolidados cresceram 5,4%, situando-se nos 1.314 Mil
Euros.
A economia portuguesa apresentou vários sinais de recuperação, os quais se espera mostrem consistência ao longo
de 2014, no entanto, se bem que estes sinais permitam alguma sustentação do volume de negócio doméstico, em
especial na área da prestação de serviços, a Comissão Executiva da Glintt tem claro que o enfoque do crescimento da
empresa tem que continuar a ser a vertente internacional.
Com efeito, o enfoque estratégico do Grupo no mercado internacional que tem sido uma constante desde 2011, tem
permitido compensar em grande medida a performance do mercado doméstico. Reflexo disso é a crescente evolução
do peso das receitas internacionais no volume de negócios total, o qual evoluiu de 15% em 2011, para 21% em 2012
e alcançou já os 26% em 2013.
Principais Projetos
ENERGY
CONSULTING
• Objetivo Estratégico - Novos Modelos de Negócio
• Objetivo Estratégico - Competitividade
A Glintt iniciou em 2013 a construção do seu primeiro parque
solar fotovoltaico de concentração (CPV). Este projeto representou um investimento de mais de quatro milhões de euros
e permitirá gerar cerca de um megawatt de energia, a qual
será posteriormente vendida. Situado na periferia da cidade
de Évora, num antigo terreno que já serviu de aterro sanitário,
este investimento contribuirá igualmente para a reabilitação
daquele espaço.
Foi concluído em 2013 um dos principais projetos de investimento levados a cabo pela área da Engenharia - “POS Vega”.
Este projeto contou com um apoio por parte do IAPMEI através
da conceção de incentivo à investigação e desenvolvimento
tecnológico, do quadro de referência nacional (QREN). A sua
conclusão permitirá à Glintt lançar em 2014 três novos produtos, os quais farão parte da futura plataforma de pagamentos
eletrónicos seguros da Glintt.
ENGINEERING
• Objetivo Estratégico – NearShore
• Objetivo Estratégico – Internacionalização
• Objetivo Estratégico – Internacionalização
• Objetivo Estratégico – Reorganização da oferta / mercado
Glintt leva tecnologia Outsystems até ao mercado espanhol,
pela mão de um dos seus clientes de referência, um importante
grupo internacional. Este projeto consistiu na construção de
um portal interno, destinado a melhorar os níveis de serviço
prestados ao cliente final. A sua realização a partir de território
nacional foi possível graças à relação de confiança estabelecida com o nosso cliente, e ao sucesso dos anteriores projetos, representando um marco importante na prossecução da
estratégia de Nearshore.
Glintt faz remodelação total de espaços, na farmácia do aeroporto de Lisboa. Partindo de um espaço muito complexo, resultado da união de vários espaços distintos existentes, o desafio
foi construir um layout que compatibilizasse as áreas de farmácia e parafarmácia, de forma a torná-lo dinâmico, harmonioso
e ao mesmo tempo inovador. Materializou-se a implementação
de um conceito inovador, ao nível do contacto do utilizador com
os produtos de dermocosmética, o qual estimula as sensações
do utente através da experimentação dos produtos. Criou-se
uma zona de público, atrativa, com uma sequência de contacto
e sugestão que potencia a venda livre dos produtos expostos,
apostando igualmente nos serviços, com a introdução do atendimento personalizado e de um balcão exclusivo de apoio à
secção de dermocosmética. Este projeto está em linha com a
aposta da Glintt na apresentação de soluções para conceção de
imagem e comunicação para farmácias, desenho e fornecimento de mobiliário e equipamentos e material de robótica.
FARMA
Glintt vende solução integrada de gestão de processos que prevê
entre outras funcionalidades, a agregação do volume diário de
trabalho filtrado por prioridades / estado, a integração dessa
informação com bases de dados centrais, a distribuição de tarefas em paralelo para várias equipas e a criação de matriz geral
para análise e acompanhamento diário de toda a informação
de uma prestigiada instituição financeira, na Bélgica. Este projeto representou igualmente um marco importante na estratégia
de internacionalização do área e do grupo.
Glintt leva as suas solução de conceção de imagem, desenho e
fornecimento de mobiliário e equipamentos, a mais de cerca
de 30 novas farmácias fora de Portugal, nomeadamente em
Espanha, França, Polónia, Angola e Qatar.
Principais Indicadores
Do ponto de vista comercial a Glintt apresentou a seguinte evolução ao nível da distribuição do seu volume de negócios:
Pilar de Oferta
2013
Segmento Operacional
2012
2013
2012
Managed Services
41.174.437
48.796.681
Engenharia
3.886.993
5.168.011
Consultoria
48.209.864
51.163.136
Consultoria e Integração
34.333.625
33.306.480
Farma
33.608.768
34.206.057
Outsourcing
10.493.360
9.020.352
295.797
586.309
86.001.422
91.123.513
86.001.422
91.123.513
Energia
RELATÓRIO E CONTAS 2013
13
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2.3 Perspetivas para 2014
As projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação gradual ao longo de 2014, prevendo-se
um crescimento do PIB na ordem de 1,2%. Nesta medida é expectável que esta melhoria das condições da atividade
económica produza efeitos nas prioridades de negócio das organizações nacionais, influenciando assim, um aumento
no investimento em tecnologias da informação.
Contudo, a comissão executiva da Glintt tem claro que o enfoque do crescimento da empresa, e a garantia de sustentabilidade no médio longo prazo, passa pelo reforço da aposta estratégica na vertente internacional. De facto, o potencial de negócio que se tem confirmado nas várias geografias e mercados onde a Glintt tem reforçado a sua atuação
nos últimos 3 anos, conjugado com o facto de, em algumas áreas relevantes, a empresa deter já quotas de mercado
elevadas em Portugal, como por exemplo na área da Saúde, reforça a convicção que o crescimento passará sempre
pela vertente internacional.
Assim, o ano de 2014 continuará a ser assim um ano de investimento no desenvolvimento do processo de internacionalização, o qual tem vindo a ser dinamizado desde 2011, reforçando e renovando a aposta nas seguintes frentes:
• Crescimento e consolidação do processo de internacionalização na área da Farmácia, com um enfoque na venda
de projetos em Espanha, França, Itália e Angola, os quais compreendem essencialmente o fornecimento de mobiliário e equipamentos; a conceção, desenho da imagem e organização dos espaços de Farmácias;
• Crescimento e consolidação da estratégia de NearShore, sobretudo para os países do centro da Europa, Bélgica,
França, Alemanha, Suíça e Reino Unido, aumentando e potenciando o crescimento internacional da área de Consultoria;
• Consolidação do processo de venda de Robots para a área da Saúde, nomeadamente junto dos mercados Polaco
e Brasileiro;
• Reforço da atividade operacional dos escritórios abertos no final de 2011 e 2012, Glintt Espanha, Glintt Polónia e
Glintt Brasil respetivamente, em especial na área Hospitalar;
• Crescimento e consolidação da atividade de Consultoria e da Saúde em Angola, a par da atividade de infraestruturas;
• Promoção internacional de soluções ligadas a operadores de telecomunicações.
A par com as demais linhas de orientação estratégica a Glintt continuará focada em desenvolver uma cultura empresarial em linha com os seus objetivos fundamentais, continuando desta forma a investir em iniciativas que estimulem
a inovação e o empreendedorismo; e também iniciativas e políticas de gestão que garantam transparência e igualdade
nas oportunidades de desenvolvimento do seu principal ativo – o capital humano.
O volume de negócios deverá estar em linha com o de 2013, mas com um maior contributo da componente internacional, devendo a margem EBITDA situar-se entre 8% e 10%.
2.4 Modelo de Governação
A Glintt é uma holding cotada na NYSE Euronext Lisbon e o Conselho de Administração desempenha um papel ativo
no acompanhamento da gestão operacional de cada uma das sociedades participadas. O modelo de governação da
sociedade é detalhadamente descrito no Relatório de Governo da Sociedade, o qual é parte integrante do presente
relatório (vide por favor, capítulo 3).
RELATÓRIO E CONTAS 2013
14
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2.5 Informação Privilegiada – Sumário
Durante o exercício de 2013, foi divulgada pela Sociedade a seguinte informação privilegiada:
• 8 Janeiro 2013
Registo da Glintt Brasil LTDA
• 12 Março 2013
Cooptação do Dr. Luis Matias para Vogal do Conselho de Administração
• 26 Março 2013
Resultados Consolidados do Exercício de 2012
• 19 Abril 2013
Cessação de funções do Presidente do Conselho de Administração
• 23 Maio 2013
Apresentação relativa aos resultados consolidados de 2012, a efetuar na Assembleia Geral Anual de 23 de Maio
de 2013
• 23 Maio 2013
Deliberações da Assembleia Geral Anual de 23 de Maio de 2013
• 28 Maio 2013
Resultados Consolidados do 1º Trimestre de 2013
• 26 Julho 2013
Resultados Consolidados do 1º Semestre de 2013
• 26 Setembro 2013
Cooptação do Dr. José Luis Bonifácio Lopes para Vogal do Conselho de Administração
• 12 Novembro 2013
Resultados Consolidados do 3º Trimestre de 2013
• 19 Dezembro 2013
Calendário Financeiro 2014
2.6 Proposta de Aplicação dos Resultados
O Conselho de Administração da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A., nos termos e para os efeitos do disposto
na alínea b) do nº 1 do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais e de acordo com o Relatório de Gestão propõe
que o resultado líquido negativo da Sociedade no exercício de 2013, no montante de 2.693.923,70 Euros (contas individuais), seja transferido para a conta de Resultados Retidos de Exercícios Anteriores.
2.7 Declaração dos Responsáveis sobre a conformidade da Informação Financeira
Apresentada
De acordo com o disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do
Conselho de Administração da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. declaram que, tanto quanto é do seu
conhecimento, a informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal de contas e os demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira
e dos resultados da emitente Glintt e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, e que o relatório de gestão
expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da emitente Glintt e das empresas incluídas no
perímetro da consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Beloura, 10 de Abril de 2014.
Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
(Presidente do Conselho de Administração)
Manuel Mira Godinho
(Presidente da Comissão Executiva)
Abel Mesquita
(Administrador)
Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes
(Administrador)
Luís Paulo Reis Cocco
(Administrador Executivo)
Pedro Inácio
(Administrador)
Vítor Manuel Lopes Segurado
(Administrador)
Alexandre Gomes
(Administrador Executivo)
José Bonifácio Lopes
(Administrador)
Luís Gameiro da Silva
(Administrador Executivo)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
15
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2.8 Agradecimentos
A Glintt agradece aos seus Acionistas e Clientes, a confiança demonstrada durante o ano de 2013. Agradece também
aos seus Parceiros estratégicos a colaboração ativa em projetos comuns, bem como a capacidade de criação de novos
negócios. Agrademos igualmente a todos os Colaboradores pelo desempenho conseguido em 2013, e pelo apoio na
prossecução das medidas estratégicas implementadas, permitindo à Glintt continuar a afirmar-se como empresa de
referência no mercado das TI.
Beloura, 10 de Abril de 2014
O Conselho de Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2013
16
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Anexos ao Relatório Consolidado de Gestão
• Ações detidas pelos membros dos órgãos sociais
Participação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização na Sociedade e em Sociedades em relação de
domínio ou de grupo (Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais) e Transações de Dirigentes (nº 7 do Artigo
14º do Regulamento da CMVM).
Nº Títulos
31/dez/12
Nº Títulos
31/dez/13
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
- (a)
-
-
-
-
-
168 173
168.173 (b)
-
-
-
-
Joaquim Anibal Brito Freixial de Goes
-
-
-
-
-
-
Vítor Manuel Lopes Segurado
-
-
-
-
-
-
177 529
362 819
(c)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
50 000
100 000
(c)
-
-
-
3 300
3 300
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
15
15
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Nº Títulos
31/dez/12
Nº Títulos
31/dez/13
Conselho de Administração
Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
João Carlos Lombo da Silva Cordeiro
Manuel Mira Godinho
Luís Paulo Reis Cocco
Alexandre Gomes
Luis Gameiro da Silva
Abel Bernardino Teixeira Mesquita
Pedro Manuel de Barros Inácio
José Luis Bonifácio Lopes
Conselho Fiscal
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
Luís Manuel Pereira da Silva
-
-
-
-
-
-
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
-
-
-
-
-
-
João Gaspar Lopes Ribeiro
-
-
-
-
-
-
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
-
-
-
-
Nº Títulos
31/dez/12
Quadros Dirigentes
5 000
Jorge Manuel Vicente Rodrigues Fróis
Nº Títulos
31/dez/13
5 000
(a) À data de inicio de funções - 12 de março de 2013
(b) À data de cessação de funções - 24 de maio de 2013
(c) Aquisições de ações:
Manuel Mira Godinho
Aquisições
Alexandre Gomes
Preço Unit.€
Data
10 000
0,16
16/05/2013
2 955
0,16
3 000
0,16
10
Aquisições
Preço Unit.€
Data
580
0,14
13/08/2013
20/06/2013
5 811
0,16
16/08/2013
20/06/2013
18 609
0,16
16/08/2013
0,16
20/06/2013
24 500
0,16
16/09/2013
1 000
0,16
20/06/2013
240
0,16
16/09/2013
625
0,16
20/06/2013
152
0,16
16/09/2013
410
0,16
20/06/2013
108
0,16
16/09/2013
10 000
0,16
20/06/2013
50 000
12 000
0,16
24/06/2013
290
0,16
24/06/2013
20 000
0,15
28/06/2013
2 087
0,14
22/07/2013
22 913
0,14
22/07/2013
20 000
0,14
31/07/2013
5 000
0,14
31/07/2013
3 300
0,16
16/09/2013
21 700
0,16
16/09/2013
6 000
0,18
30/09/2013
19 000
0,18
30/09/2013
14 100
0,18
07/10/2013
10 000
0,18
07/10/2013
900
0,18
07/10/2013
185 290
RELATÓRIO E CONTAS 2013
17
2// RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
• Participações Qualificadas
Para efeitos da alínea c) do nº 1 do artigo 9º do Regulamento 5/2008 da CMVM, apresenta-se a lista de titulares de
participações qualificadas comunicadas à Sociedade até 31 de Dezembro de 2011 e calculadas nos termos do artigo
20º do Código dos Valores Mobiliários.
Acionistas
Nº. de Ações
% do Capital
% dos Direitos de voto
Farminveste 3 - Gestão de Participações SGPS, Lda (a)
43 246 620
49,73%
49,73%
José Ribeiro Gomes
2 600 000
2,98%
2,98%
(a) De acordo com o comunicado à Glintt no dia 3 de Setembro de 2013: «Para efeitos de atualização da informação
prestada sobre a participação qualificada detida pela Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda., (“Farminveste”), sociedade com sede na Travessa de Santa Catarina, n.º 8, 1200-403, Lisboa, na GLINTT – GLOBAL INTELLIGENT
TECHNOLOGIES, S.A. (“Glintt”), desde o dia 24 de Julho de 2008 e, bem assim, para os demais efeitos que a Glintt
venha a considerar pertinentes no âmbito de informação que divulgue ao mercado, a Farminveste informa que, na
presente data, detém diretamente 49,73% do capital social e dos direitos de voto da Glintt. Em acréscimo, o Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros, membro do Conselho de Administração da Farminveste – SGPS, S.A. – sociedade
dominante da Farminveste – detém 0,0011% do capital social e dos direitos de voto.» Assim, nos termos e para os
efeitos das alíneas b), d) e i) do n.º 1 do Artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, são imputáveis à Farminveste,
à Farminveste, S.A. e à Associação Nacional das Farmácias, na qualidade de entidade dominante das referidas sociedades, 49,73% dos direitos de voto na Glintt.
• Transações de ações próprias
No exercício de 2013, não se realizaram transações de ações próprias.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
18
Advertências:
- Salvo indicação em contrário ou quando do contexto resulte diferentemente, as informações são prestadas por
referência ao último dia do exercício económico a que o relatório diz respeito, ou seja, a 31 de dezembro de 2013;
- Consideram-se feitas para o código dos valores mobiliários todas as referências a artigos sem indicação do respetivo
diploma legal.
PARTE I – INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA
SOCIEDADE
A. ESTRUTURA ACIONISTA
1.Estrutura de capital (capital social, número de ações, distribuição do capital pelos acionistas, etc), incluindo
indicação das ações não admitidas à negociação, diferentes categorias de ações, direitos e deveres inerentes às
mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa (Art. 245.º-A, n.º 1, al. a)).
O capital social da Glintt é de € 86.962.868, sendo composto por 86.962.868 ações, todas da mesma categoria,
com o valor nominal de € 1, e encontrando-se totalmente disperso em bolsa, na NYSE Euronext Lisbon.
2.Restrições à transmissibilidade das ações, tais como cláusulas de consentimento para a alienação ou limitações
à titularidade de ações (Art. 245.º-A, n.º 1, al. b)).
Não existem restrições à transmissibilidade das ações.
3.Número de ações próprias, percentagem de capital social correspondente e percentagem de direitos de voto a
que corresponderiam as ações próprias (Art. 245.º-A, n.º 1, al. a)).
A Glintt tem zero ações próprias.
4.Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso
de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos
respetivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade,
exceto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais (art. 245.º-A, n.º 1, al. j).
A Glintt não é parte em acordos com esse conteúdo.
5.Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que
prevejam a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista, de
forma individual ou em concertação com outros acionistas.
Na Glintt não existem medidas defensivas, bem como não existe qualquer regime para a sua renovação ou revogação, caso existissem.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
20
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de
transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto (art. 245.º-A, n.º 1, al. g).
A Glintt não tem conhecimento de acordos parassociais.
II. Participações Sociais e Obrigações Detidas
7. Identificação das pessoas singulares ou coletivas que, direta ou indiretamente, são titulares de participações
qualificadas (art. 245.º-A, n.º 1, als. c) e d) e art. 16.º), com indicação detalhada da percentagem de capital e
de votos imputável e da fonte e causas de imputação.
Acionistas
Nº. de Ações
% do Capital
% dos Direitos de voto
Farminveste 3 - Gestão de Participações SGPS, Lda (a)
43 246 620
49,73%
49,73%
José Ribeiro Gomes
2 600 000
2,98%
2,98%
(a) De acordo com o comunicado à Glintt no dia 3 de Setembro de 2013: «Para efeitos de atualização da informação
prestada sobre a participação qualificada detida pela Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda., (“Farminveste”), sociedade com sede na Travessa de Santa Catarina, n.º 8, 1200-403, Lisboa, na GLINTT – GLOBAL INTELLIGENT
TECHNOLOGIES, S.A. (“Glintt”), desde o dia 24 de Julho de 2008 e, bem assim, para os demais efeitos que a Glintt
venha a considerar pertinentes no âmbito de informação que divulgue ao mercado, a Farminveste informa que, na
presente data, detém diretamente 49,73% do capital social e dos direitos de voto da Glintt. Em acréscimo, o Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros, membro do Conselho de Administração da Farminveste – SGPS, S.A. – sociedade
dominante da Farminveste – detém 0,0011% do capital social e dos direitos de voto.» Assim, nos termos e para os
efeitos das alíneas b), d) e i) do n.º 1 do Artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, são imputáveis à Farminveste,
à Farminveste, S.A. e à Associação Nacional das Farmácias, na qualidade de entidade dominante das referidas sociedades, 49,73% dos direitos de voto na Glintt.
8. Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização.
Participação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização na Sociedade e em Sociedades em relação
de domínio ou de grupo (Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais) e Transações de Dirigentes (nº 7 do
Artigo 14º do Regulamento da CMVM)
Nº Títulos
31/dez/12
Nº Títulos
31/dez/13
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
- (a)
-
-
-
-
-
168 173
168.173 (b)
-
-
-
-
Joaquim Anibal Brito Freixial de Goes
-
-
-
-
-
-
Vítor Manuel Lopes Segurado
-
-
-
-
-
-
177 529
362 819
(c)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
50 000
100 000
(c)
-
-
-
3 300
3 300
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
15
15
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Nº Títulos
31/dez/12
Nº Títulos
31/dez/13
Conselho de Administração
Luis Carlos Alves Rodrigues Matias
João Carlos Lombo da Silva Cordeiro
Manuel Mira Godinho
Luís Paulo Reis Cocco
Alexandre Gomes
Luis Gameiro da Silva
Abel Bernardino Teixeira Mesquita
Pedro Manuel de Barros Inácio
José Luis Bonifácio Lopes
Conselho Fiscal
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
Luís Manuel Pereira da Silva
-
-
-
-
-
-
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
-
-
-
-
-
-
João Gaspar Lopes Ribeiro
-
-
-
-
-
-
Aquisições
Alienações
Preço Unit.€
Data
-
-
-
-
Quadros Dirigentes
Jorge Manuel Vicente Rodrigues Fróis
Nº Títulos
31/dez/12
5 000
Nº Títulos
31/dez/13
5 000
(a) À data de inicio de funções - 12 de março de 2013
(b) À data de cessação de funções - 24 de maio de 2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013
21
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
9. Poderes especiais do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do
capital (art. 245.º-A, n.º 1, al. i), com indicação, quanto a estas, da data em que lhe foram atribuídos, prazo até
ao qual aquela competência pode ser exercida, limite quantitativo máximo do aumento do capital social, montante já emitido ao abrigo da atribuição de poderes e modo de concretização dos poderes atribuídos.
Nos termos do n.º 2 do artigo 4.º dos Estatutos, o Conselho de Administração poderá, quando o julgar conveniente e obtido o parecer favorável do Conselho Fiscal, aumentar o capital social da sociedade por entradas em
dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite máximo global de € 10.000.000.
Porém, durante o exercício de 2013, o Conselho de Administração entendeu não ser necessário aumentar o capital social, pelo que não solicitou qualquer parecer ao Conselho Fiscal para o efeito.
10. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a sociedade.
Não existiram durante o exercício de 2013 relações significativas de natureza comercial entre a sociedade e os
titulares de participações qualificadas. As relações existentes encontram-se descritas no ponto 92 do presente
relatório.
B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES
I. Assembleia Geral
a) Composição da Mesa da Assembleia Geral*
*ao longo do ano de referência
11. Identificação e cargo dos membros da mesa da assembleia geral e respetivo mandato (início e fim).
A Mesa da Assembleia Geral da Glintt é constituída por um Presidente e um Secretário:
• Dr. José Alberto Vasconcelos Tavares Moreira (Presidente);
• Dr. José António da Ponte Zeferino (Secretário).
Os membros da Mesa da Assembleia Geral foram eleitos a 19 de Maio de 2011 para um mandato de 3 anos, que
terminou a 31 de Dezembro de 2013.
Através da coordenação do Secretário-Geral Dr. Raul Lufinha, a Glintt – considerada a situação económica da
Sociedade – disponibiliza ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral todos os recursos humanos e logísticos
de apoio, por este considerados adequados ao desempenho independente e competente das suas funções e às
respetivas necessidades.
b) Exercício do Direito de Voto
12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da
titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou
sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial (Art. 245.º-A, n.º 1, al. f).
Na Glintt não existem restrições em matéria de direito de voto.
A cada ação corresponde um voto.
Não foi adotada qualquer medida que tivesse por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se
afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do
desempenho dos titulares do órgão de administração.
13. Indicação da percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por
acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do art. 20.º.
100%.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
22
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
12. 14. Identificação das deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada, para além das legalmente previstas, e indicação dessas maiorias.
Para além das legalmente previstas, não existem deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só
possam ser tomadas com maioria qualificada.
II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO
a) Composição*
*ao longo do ano de referência
15. Identificação do modelo de governo adotado.
A Glintt é governada por um Conselho de Administração, que delegou a gestão corrente da Sociedade numa
Comissão Executiva.
16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos
membros do Conselho de Administração (art. 245.º-A, n.º 1, al. h).
Não existem regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição
dos membros do Conselho de Administração.
17. Composição do Conselho de Administração, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do
termo de mandato de cada membro.
Nos termos dos Estatutos da Glintt, a Sociedade é administrada por um Conselho de Administração composto
por um número, par ou ímpar, de membros, no mínimo de dois e no máximo de onze, conforme deliberação dos
acionistas que designará igualmente o respetivo Presidente.
Os membros do Conselho de Administração podem ser acionistas ou não e são eleitos por períodos de três anos,
sendo permitida a sua reeleição por triénios sucessivos, sem qualquer limitação.
A 31 de Dezembro de 2013, o Conselho de Administração da Glintt eleito para o mandato 2011/2013 tinha a
seguinte composição:
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias
Vogal Dr. Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva
Vogal Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes
Foi a seguinte a data da primeira designação de cada um dos membros do Conselho de Administração:
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias: 2013-03-12;
Vogal Dr. Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes: 1999-09-23; consecutivamente é Administrador desde 2008-0611;
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado: 2008-06-11;
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho: 2010-11-16;
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco: 2011-01-21;
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes: 2011-01-01;
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva: 2011-01-01;
Vogal Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita: 2008-06-11;
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio: 2004-04-30;
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes: 2013-09-26.
O termo do mandato ocorreu a 31 de Dezembro de 2013.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
23
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes.
18.1. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria
afere-se nos termos da legislação vigente e, quanto aos demais membros do Conselho de Administração, considera-se independente quem não esteja associado a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade
nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de:
a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de
grupo, nos últimos três anos;
b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade
ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou
enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;
c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação
de domínio ou de grupo, além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador;
d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha
colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação
qualificada;
e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participação qualificada.
No Conselho de Administração da Sociedade, existem:
‒ seis membros não executivos:
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias
Vogal Dr. Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes*
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado
Vogal Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio*
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes
* Independentes, nos termos do n.º 18.1 supra.
‒ quatro membros executivos:
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho (Presidente da Comissão Executiva)
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva
19. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do Conselho
de Administração.
Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Ciências Farmacêuticas.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Presidente do Conselho de Administração da Glintt desde 2013.
Vice-Presidente da Associação Nacional das Farmácias até 2013.
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Administrador da Farminveste – SGPS, S.A.
Administrador da Dose Exacta - Farmácia, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
Gerente da FDM - Farmácia Domus Massamá, Sociedade Unipessoal Lda.
Gerente da Ana Lourenço & Filhos, Lda.
Sócio Gerente da Farmácia Véritas, Lda.
Sócio Gerente da Newfar – Agrupamento Complementar de Farmácias A.C.E.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
24
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Dr. Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, com especialização em Marketing e Finanças, pela Universidade Católica Portuguesa. MBA pelo INSEAD, Fontainebleau.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo do Banco Espírito Santo. Membro do Conselho de Administração da Portugal Telecom.
Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Ciências Farmacêuticas.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Presidente do Conselho de Administração da Glintt desde 2013.
Vice-Presidente da Associação Nacional das Farmácias até 2013.
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Administrador da Farminveste – SGPS, S.A.
Administrador da Dose Exacta - Farmácia, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda
Gerente da FDM - Farmácia Domus Massamá, Sociedade Unipessoal Lda
Gerente da Ana Lourenço & Filhos, Lda.
Sócio Gerente da Farmácia Véritas, Lda
Sócio Gerente da Newfar – Agrupamento Complementar de Farmácias A.C.E.
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho:
• Qualificações profissionais:
Bacharel em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
CEO da Glintt desde 2011. Anteriormente, Partner da Accenture desde 2000 e Administrador Executivo da
Accenture Portugal.
Dr. Luís Paulo Reis Cocco:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas, pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa. Master em Business Administration, pela Harvard Business School, EUA.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
CFO da Glintt desde 2011. Anteriormente, Administrador Executivo da Portugal Telecom Investimentos Internacionais, S.A.
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Informática – Matemáticas Aplicadas, pela Universidade Portucalense, no Porto.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo da Glintt desde 2011. Presidente do Conselho de Administração da Glintt – Healthcare Solutions, S.A., anterior CPC HS.
Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica (eletrónica e telecomunicações)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
25
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo da Glintt desde 2011. Administrador da Glintt TES e responsável pela divisão de
pagamentos eletrónicos.
Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e advogado.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
• Sócio da PLMJ – A. M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados.
• Presidente do Conselho de Administração da ALLIANCE HEALTHCARE, S.A.
• Administrador da FARMINVESTE – SGPS, S.A.
• Administrador não executivo da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A.
• Administrador da Health Market Research España, S.L.
Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio:
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Engenharia Informática pelo COCITE.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Administrador Executivo da Espírito Santo Informática.
Eng. Dr. José Luís Bonifácio Lopes:
• Qualificações profissionais:
Licenciatura em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e Executive MBA - ISG.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Diretor Financeiro da Associação Nacional das Farmácias.
Administrador da Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.
Administrador da Jutai – Sociedade Imobiliária, S.A.
Administrador da LUSO-ATLÂNTICA, CORRETOR DE SEGUROS, S.A.
Administrador da MAISFIN – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, S.A.
Administrador não executivo da Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A.
Gerente do A Ver Navios em Santa Catarina – Sociedade de Restaurantes, Unipessoal, Lda.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.
20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do Conselho de
Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de
voto.
Presidente Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias:
Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias
Administrador da FARMINVESTE - S.G.P.S., S.A.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda
Vogal Dr. Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes:
Nada a registar.
Vogal Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado:
Vice-Presidente da Direção da Associação Nacional de Farmácias
Administrador da FARMINVESTE - S.G.P.S., S.A.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda
RELATÓRIO E CONTAS 2013
26
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Vogal Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho:
Nada a registar.
Vogal Dr. Luís Paulo Reis Cocco:
Nada a registar.
Vogal Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes:
Nada a registar.
Vogal Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva:
Nada a registar.
Vogal Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita:
Administrador da FARMINVESTE - S.G.P.S., S.A.
Administrador da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda
Vogal Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio:
Nada a registar.
Vogal Dr. José Luís Bonifácio Lopes:
Director Financeiro da Associação Nacional das Farmácias
Gerente da Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda
21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais,
comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em
particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade.
ASSEMBLEIA GERAL
Comissão de
Vencimentos
Conselho
Fiscal
R.O.C.
Conselho
de Administração
Secretaria
Geral
COMISSÃO EXECUTIVA
Glintt Consulting & Services
Manuel Mira Godinho (PCE)
Luís Cocco
Alexandre Gomes
Luís Gameiro da Silva
Markets
Financial Services
x
Telcos & Media
x
x
Public Sector
x
Healthcare
Ind. & Transp.
x
Retail & Utilities
x
Service Lines
BPO
x
Business Solutions
x
IT Consulting Services
x
x
Managed Services
x
Cloud Computing
People Sourcing & Training
Glintt Farma
x
x
x
Glintt Engineering & Systems
Glintt Energy
x
International (ADLC: Consoft e Pulso)
x
RELATÓRIO E CONTAS 2013
27
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Áreas Corporativas
Manuel Mira Godinho (PCE)
Secretaria-Geral
x
Recursos Humanos
x
Luís Cocco
Alexandre Gomes
Luís Gameiro da Silva
x
I&D
Administrativa e Tesouraria
x
Financeira e Económica
x
Jurídica
x
Controlo de Gestão
x
x
Sistemas de informação
Marketing, Comunicação e Sustentabilidade
Relação com Investidores
x
x
Qualidade
x
b) Funcionamento
22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração.
O Conselho de Administração da Glintt tem um regulamento de funcionamento, que pode ser consultado no site
da Sociedade.
https://www.glintt.com/documents/10228/18382/GlinttRegulamentoCA.pdf/428b3617-2062-45fb-ac086843d7001feb
23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração às reuniões realizadas.
O Conselho de Administração realizou dezasseis reuniões, com uma assiduidade de 100%.
24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores
executivos.
O Conselho de Administração assegura uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global.
O desempenho do Conselho de Administração é avaliado pelos acionistas, a todo o tempo e também nomeadamente quando reunidos na Assembleia Geral Anual.
O Conselho de Administração e os acionistas reunidos em Assembleia Geral refletem sobre sistema estrutura e
as práticas de governo adotado, verificando a sua eficácia e, se necessário, propondo aos órgãos competentes as
medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.
25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos.
O atingir dos objetivos fixados no orçamento anual aprovado pelo Conselho de Administração.
26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração, com indicação dos cargos exercidos
em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos
membros daqueles órgãos no decurso do exercício.
Dr. Luís Carlos Alves Rodrigues Matias:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
28
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
• Extra Grupo Glintt:
Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias:
Vice-Presidente.
Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.:
Administrador.
Farminveste – SGPS, S.A.:
Administrador
Farminveste 3 – Gestão de Participações, SGPS, Lda.:
Gerente.
Dose Exacta - Farmácia, S.A.:
Administrador.
FDM - Farmácia Domus Massamá, Sociedade Unipessoal Lda.:
Gerente
Ana Lourenço & Filhos, Lda.:
Gerente.
Sócio Gerente da Farmácia Véritas, Lda.:
Sócio Gerente.
Dr. Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Banco Espírito Santo, S.A.:
Administrador Executivo.
ES Ventures, SCR, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
BES – Companhia de Seguros, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Portugal Telecom, SGPS, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda:
Presidente do Conselho Fiscal.
Universidade Católica Portuguesa:
Membro do Conselho Superior.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
29
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
EFMA (European Financial Management & Marketing Association):
Membro do Conselho de Administração.
Dr. Vítor Manuel Lopes Segurado:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Farmácia Nova:
Diretor Técnico
Associação Nacional de Farmácias:
Vice-Presidente da Direção
FARMACOOPE – Cooperativa Nacional das Farmácias, CRL:
Presidente da Direção
Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração
Farminveste – SGPS, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração
Health Market Research España, S.L.
Vogal do Conselho de Administração
Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.:
Gerente
Farminveste 3– Gestão de Participações, SGPS, Lda.:
Gerente
Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.:
Administrador
SRCF – Sociedade de Consultoria a Farmácias, Unipessoal, Lda.:
Gerente
Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Presidente do Conselho de Gerência.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
30
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt ITC – Information Technology Consulting, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Consoft, S.A.:
Presidente.
Pulso Informática, S.L.:
Presidente.
Farmasoft – Informática y Servicios, S.L.:
Presidente.
Glintt España, S.L.:
Presidente.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Presidente.
Glintt Brasil Ltda.:
Administrador.
• Extra Grupo Glintt:
TIGAJOA – Serviços Imobiliários, Lda.
Gerente.
WINE AND FLAVORS – Comércio de Produtos Alimentares, Lda.
Gerente.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
31
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Dr. Luís Paulo Reis Cocco:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Vogal do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt ITC – Information Technology Consulting, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Glintt España, S.L.:
Vogal.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Vogal.
Glintt Brasil Ltda.:
Administrador.
• Extra Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
32
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Presidente do Conselho de Administração.
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Vogal do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt ITC – Information Technology Consulting, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Glintt España, S.L.:
Vogal.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Vogal.
• Extra Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
33
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva:
• No Grupo Glintt:
Glintt – Technology Enabled Services, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Business Solutions, Lda.:
Vogal do Conselho de Gerência.
Glintt – Business Process Outsourcing, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
NetPeople – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Energy, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt Inov, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt ITC – Information Technology Consulting, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
SOL-S e Solsuni – Tecnologias de Informação, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
Glintt – Healthcare Solutions, S.A.:
Vogal do Conselho de Administração.
RHM – Management de Recursos Humanos, Sociedade Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Glintt España, S.L.:
Vogal.
Glintt Polska Sp. Z o.o:
Vogal.
• Extra Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
34
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Dr. Abel Bernardino Teixeira Mesquita:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Sócio da PLMJ – A. M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados.
Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Farminveste 3 – gestão de Participações, SGPS, Lda.:
Gerente.
Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, S.A.:
Administrador.
Farminveste – SGPS, S.A.:
Administrador.
HMR – Health Market Research, Lda.:
Gerente.
Health Market Research España, S.L.:
Administrador.
Eng. Pedro Manuel de Barros Inácio:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Espírito Santo Informática, ACE:
Administrador Executivo.
Dr. José Luís Bonifácio Lopes:
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Associação Nacional das Farmácias:
Diretor Financeiro.
A Ver Navio em Santa Catarina – Sociedade de Restaurantes, Unipessoal, Lda.:
Gerente.
Farminveste 3 – gestão de Participaçãoes, SGPS, Lda.:
Gerente.
Finanfarma – Sociedade de Factoring, S.A.:
Administrador.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
35
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Jutai – Sociedade Imobiliária, S.A.:
Administrador.
LUSO-ATLÂNTICA, CORRETOR DE SEGUROS, S.A.
Administrador.
MAISFIN – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SGPS, S.A.:
Administrador.
c) Comissões no Seio do Órgão de Administração e Administradores Delegados
27. Identificação das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados
os regulamentos de funcionamento.
Existe uma comissão criada no seio do Conselho de Administração: a Comissão Executiva.
O seu regulamento de funcionamento não está disponível para consulta externa por ser meramente instrumental.
28. Composição, se aplicável, da comissão executiva e/ou identificação de administrador(es) delegado(s).
A Comissão Executiva tem a seguinte composição:
Presidente – Eng. Manuel Francisco Costa Mira Godinho
Vogal – Dr. Luís Paulo Reis Cocco
Vogal – Dr. Alexandre Miguel da Cruz Machado Pereira Gomes
Vogal – Eng. Luís Manuel Gameiro da Silva
Não existe qualquer Administrador Delegado.
29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no
exercício dessas competências.
O Conselho de Administração da Glintt delegou na Comissão Executiva os seguintes poderes:
a. Gestão corrente da Sociedade.
b. Preparação e elaboração da proposta de orçamento a ser submetido à aprovação do CA.
c. Controlo da execução do orçamento aprovado pelo CA.
d. Constituição de mandatários e procuradores.
e. Contratação e dispensa de pessoal (efetivo, a prazo, outsourcing ou qualquer outro regime), aplicação das
políticas remunerativas: remuneração (fixa, variável, despesas motivacionais, atribuição de viaturas, outros
fringe benefits e prémios), plano de carreiras e promoções, sempre de acordo com o orçamento aprovado e
com as políticas previamente aprovadas pelo CA.
f. Representação da Sociedade, em juízo e fora dele.
g. Comunicação, imagem e marketing da Sociedade.
h. Organização interna, incluindo a elaboração e aprovação de regulamentos internos relativos ao funcionamento da Empresa e do Grupo, de acordo com os princípios definidos pelo CA no âmbito da competência reservada
prevista nas respetivas alíneas o) e p).
i. Abertura e movimentação de contas.
j. Gestão financeira, administrativa e patrimonial.
k. Realização de pagamentos e de recebimentos, emissão de cheques, quitações.
l. Contratos de arrendamento, locação financeira, leasing, aluguer de longa duração e renting de bens móveis de
acordo com os respetivos regimes jurídicos.
m. Contratação de seguros relativos à atividade do Grupo.
n. Aquisição e alienação de bens móveis e contratação, junto de terceiros, dos serviços necessários ao regular e
normal funcionamento do Grupo.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
36
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
o. Execução de programas de aquisição e alienação de ações próprias, nas condições deliberadas pelo CA e nos
termos da competente autorização concedida pela Assembleia Geral.
p. Negociação e contratação de linhas de crédito e de financiamentos incluindo a emissão de papel comercial.
q. Concessão de créditos e suprimentos a sociedades participadas.
r. Prestação de serviços técnicos de administração e gestão a sociedades do Grupo e fixação dos respetivos valores nos termos permitidos pela lei.
s. Estabelecimento de parcerias de colaboração que não envolvam participação em capital social.
t. Designação do representante da Sociedade nas Assembleias Gerais das participadas.
u. Acordos e transações, sejam judiciais, extrajudiciais ou arbitrais.
v. Exercer o poder disciplinar em relação aos trabalhadores da Sociedade.
Tendo o Conselho de Administração reservado para si as seguintes matérias:
a. Convocação da Assembleia Geral.
b. Aprovação dos relatórios e contas anuais.
c. Aprovação dos planos estratégicos e das políticas gerais de MLP da Sociedade e do Grupo.
d. Aprovação do orçamento anual, incluindo o enquadramento das contratações de pessoal.
e. Cooptação de administradores.
f. Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis.
g. Prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela Sociedade.
h. Apresentação de propostas de emissão de obrigações pela Sociedade, incluindo obrigações convertíveis.
i. Celebração de negócios entre a Sociedade e os seus administradores.
j. Mudança de sede da Sociedade.
k. Constituição ou participação no capital social de outras sociedades e celebração, neste âmbito, de acordos
parassociais.
l. Aquisição e alienação de participações sociais noutras sociedades.
m. Aprovação de projetos de fusão, cisão e de transformação da Sociedade.
n. Aprovação de programas de aquisição e alienação de ações próprias, para execução nos termos previstos na
alínea o) da lista de matérias delegadas na Comissão Executiva.
o. Aprovação da estrutura empresarial do Grupo.
p. Extensão ou redução da atividade do Grupo e modificações relevantes na sua organização.
q. Composição dos órgãos sociais das sociedades participadas e designação dos respetivos membros.
Em síntese, a Comissão Executiva faz a gestão diária da Sociedade, dentro dos poderes que lhe foram delegados
pelo Conselho de Administração.
Os Administradores que exercem funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais,
prestam, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, todas as informações por aqueles requeridas.
O Presidente da Comissão Executiva remete a todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho
Fiscal as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
37
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
III. FISCALIZAÇÃO
a) Composição*
*ao longo do ano de referência
30. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adotado.
Conselho Fiscal.
31. Composição do Conselho Fiscal, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração
estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro.
O Conselho Fiscal tem a seguinte composição:
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente);
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal);
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal).
Existe ainda um membro suplente: Dr. João Carlos Tovar Jalles.
Estatutariamente o Conselho Fiscal é composto por um número mínimo de três membros efetivos e um ou dois
suplentes, não sendo fixado um número máximo de membros.
O mandato do Conselho Fiscal tem a duração estatutária de três anos, tendo o triénio 2011/2013 terminado a 31
de Dezembro.
Foi a seguinte a data da primeira designação dos membros efetivos do Conselho Fiscal:
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente), 19 de Maio de 2011;
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal), 11 de Junho de 2008;
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal), 22 de Maio de 2012.
32. Identificação dos membros do Conselho Fiscal que se considerem independentes, nos termos do art. 414.º, n.º
5 CSC.
Os três membros do Conselho Fiscal consideram-se independentes, nos termos do art. 414.º, n.º 5 CSC.
33. Qualificações profissionais, consoante aplicável, de cada um dos membros do Conselho Fiscal e outros elementos curriculares relevantes.
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente):
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Administração e Gestão de Empresas, pela Universidade Católica Portuguesa. MBA, pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Gerente e Consultor
de gestão e de assuntos financeiros e fiscais em diversas empresas privadas.
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal):
• Qualificações profissionais:
Revisor Oficial de Contas. Licenciatura em Auditoria pelo ISCAL e Bacharelato em Contabilidade e Administração pelo ISCAL.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Revisor Oficial de Contas, Docente do Ensino Superior, Consultor Fiscal. Sócio-Gerente da Oliveira Reis &
Associados.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
38
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal):
• Qualificações profissionais:
Licenciado em Finanças pelo ISEG. Inscrito na Ordem dos Economistas. Membro Fundador da Ordem dos
Técnicos Oficiais de Contas.
• Percurso profissional nos últimos 5 anos:
Consultor na Área Contabilística e Fiscal.
b) Funcionamento
34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho Fiscal.
O regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal da Glintt está disponível para consulta no site da Sociedade.
https://www.glintt.com/documents/10228/18382/Microsoft+Word+-+GLINTT+-REGULAMENTO+DO+CONSELHO+FISCAL+_2011-final_.doc.pdf/2d38eb49-248d-4061-b71b-b6e85d3e73ea
35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas de cada membro do Conselho
Fiscal.
O Conselho Fiscal realizou quatro reuniões em 2013, com 100% de assiduidade.
36. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho Fiscal, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros
daqueles órgãos no decurso do exercício.
Dr. Luís Manuel Pereira da Silva (Presidente):
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Gerente e Consultor de gestão e de assuntos financeiros e fiscais em diversas empresas privadas. Sócio-Gerente da Sociedade Anglo-Portuguesa de Diatomite, Lda.
Dr. Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha (Vogal):
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Oliveira Reis & Associados:
Sócio-gerente, exercendo em representação desta a função de ROC em diversas entidades.
Dr. João Gaspar Lopes Ribeiro (Vogal):
• No Grupo Glintt:
Não exerce outras funções.
• Extra Grupo Glintt:
Alliance Healthcare, S.A.:
Primeiro Vogal do Conselho Fiscal.
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas:
Membro do Conselho Superior.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
39
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
c) Competências e Funções
37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo.
No exercício das suas funções e sempre que considera necessário, o Conselho Fiscal valida todas e quaisquer
contratações de serviços adicionais, a prestar pelo Auditor Externo ou por entidades em relação direta com este,
garantindo a manutenção da relação de independência indispensável ao exercício das funções deste último. No
exercício de 2013 não houve conteúdo necessidade de intervenção neste âmbito, por parte do Conselho Fiscal,
conforme detalhe dos serviços contratados apresentados no ponto 47.
38. Outras funções do órgão de fiscalização.
O Conselho Fiscal não tem outras funções.
IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa.
O Revisor Oficial de Contas é a BDO & Associados – SROC, S.A., representada pelo Dr. João Paulo Torres Cunha
Ferreira (ROC n.º 956).
40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da
sociedade e/ou grupo.
O ROC exerce funções na Sociedade desde 2006, ou seja, o ano de 2013 foi o sétimo ano consecutivo.
41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade.
O Revisor Oficial de contas é simultaneamente o auditor externo do Grupo, cujos serviços e funções se detalham
nos pontos abaixo.
V. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8.º e do sócio revisor oficial de contas que o
representa no cumprimento dessas funções, bem como o respetivo número de registo na CMVM.
O Revisor Oficial de Contas é a BDO & Associados – SROC, S.A., registada na CMVM sob o número 1122 e representada pelo Dr. João Paulo Torres Cunha Ferreira (ROC n.º 956).
43. Indicação do número de anos em que o auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou do grupo.
O Auditor Externo exerce funções na Sociedade desde 2006, ou seja, o ano de 2013 foi o sétimo ano consecutivo.
O representante exerce essa função desde 2013.
44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções.
O mandato é anual, sendo anualmente reavaliada a continuidade vs rotação do Auditor Externo.
Consultados diversos profissionais e recolhidas diversas opiniões e propostas de prestação de serviços, foi deliberado propor à consideração da AG a designação do Auditor Externo:
- Efectivo, a BDO & Associados – SROC, S.A., registada na CMVM sob o número 1122 e representada pelo Dr. João
Paulo Torres Cunha Ferreira (ROC n.º 956).); e
- Suplente, o Dr. Gonçalo Raposo da Cruz (ROC n.º 1189);
para prestação de serviços profissionais de auditoria em 2013.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
40
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
45. Indicação do órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é
feita.
O órgão responsável pela avaliação do auditor externo é o Conselho Fiscal, que efetua essa avaliação anualmente,
inclusivamente propondo ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos
seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito, o que não sucedeu em 2013.
O Conselho Fiscal é o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios,
zelando para que lhe sejam asseguradas dentro da empresa as condições adequadas à prestação dos serviços.
46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo para a sociedade e/ou
para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação.
Os demais trabalhos que não os de auditoria, realizados pelo auditor externo em 2013, foram os seguintes:
a. Serviços relacionados com validação de candidaturas a apoios e subsídios governamentais, incluindo nomeadamente a revisão dos documentos contabilísticos e de suporte que justificam a sua obtenção;
b. Serviços relativos à organização e atualização da informação de suporte à manutenção anual do dossier fiscal
de preços de transferência
47. Indicação do montante da remuneração anual paga pela sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de
domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede e discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços (Para efeitos desta informação, o conceito de
rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio):
Montante 2013
Serviços de revisão legal de contas
%
Montante 2012
%
74 490
93%
81 303
6 000
7%
2 500
2,6%
Total de serviços de auditoria
80 490
100%
83 803
87,5%
Serviços de consultoria fiscal
0
0%
12 000
12,5%
Total de outros serviços
0
0%
12 000
12,50%
100,0%
95 803
100,0%
Serviços de garantia de fiabilidade decorrentes da função de ROC
80 490
RELATÓRIO E CONTAS 2013
84,9%
41
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
C. ORGANIZAÇÃO INTERNA
I. Estatutos
48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade (art. 245.º-A, n.º 1, al. h).
Para além das normas supletivas legais, os Estatutos da Glintt referem o seguinte, no n.º 1 e no n.º 2 do artigo
13.º:
«UM – As deliberações da Assembleia Geral serão tomadas por maioria simples dos votos presentes, salvo disposição legal ou estatutária que exija maioria qualificada.
DOIS – As deliberações relativas à alteração do Contrato de Sociedade, fusão, cisão, transformação, dissolução
da sociedade ou outros assuntos para os quais a lei exija maioria qualificada, sem a especificar, só poderão ser
tomadas quando na Assembleia Geral, em primeira convocatória, estiverem presentes ou representados, pelo
menos, um terço do capital social, exigindo-se sempre maioria qualificada de dois terços de votos emitidos, quer
na primeira quer na segunda convocatória, para aprovar deliberações sobre tais matérias.»
II. Comunicação de Irregularidades
49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade.
A Sociedade não tem instituído uma política formal de comunicação de Irregularidades.
III. Controlo Interno e Gestão de Riscos
50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de
controlo interno.
A Glintt não possui órgãos ou comissões independentes que se dediquem em exclusivo à supervisão, à análise e
implementação de sistemas de controlo interno, conquanto, os diversos mecanismos de garantia de fiabilidade
da informação, bem como identificação dos riscos críticos que possam afetar a estratégia da sociedade, são assumidos pelas diversas unidades operacionais e corporativas.
51. Explicitação, ainda que por inclusão de organograma, das relações de dependência hierárquica e/ou funcional
face a outros órgãos ou comissões da sociedade.
Não aplicável, uma vez que a Glintt não possui órgãos ou comissões independentes que assumam estas funções.
52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos.
Os sistemas de controlo interno e de gestão de riscos da Sociedade são da responsabilidade do Conselho de Administração e estão delegados na Comissão Executiva, sendo objeto da avaliação do Conselho Fiscal.
53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade
se expõe no exercício da atividade.
Os principais riscos económicos são os que resultam do enquadramento macroeconómico de 2013 e das perspetivas para 2014, descritos detalhadamente supra na Parte 1 do presente Relatório & Contas 2013. Os principais
riscos financeiros são o risco de crédito, o risco de liquidez e o risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro.
As principais fontes de risco de crédito são: caixa e equivalentes de caixa e exposição de crédito a clientes: a nível
de bancos e instituições financeiras, a empresa seleciona as contrapartes com quem desenvolve negócios atendendo à credibilidade das entidades; em relação a clientes, a Glintt não tem concentrações de risco de crédito
significativas e tem políticas que asseguram que as vendas e prestações de serviços são efetuadas a clientes com
um histórico de crédito apropriado que limitam o montante de crédito a que os seus clientes têm acesso.
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção da caixa e depósitos bancários a um nível suficiente, a
viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a
RELATÓRIO E CONTAS 2013
42
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
capacidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria
da empresa pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo as linhas de crédito disponíveis.
A exposição da empresa ao risco da taxa de juro advém de aplicações em instituições financeiras e empréstimos
obtidos. As aplicações em instituições financeiras assumem a natureza de curto prazo, pelo que os riscos de fluxos
de caixa decorrentes de alterações na taxa de juro não assumem um carácter relevante.
Os empréstimos obtidos estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência, facto que
expõe a entidade a riscos de cash flow. A exposição ao risco é analisada de forma dinâmica, realizando-se testes
de sensibilidade às variações da taxa de juro, fundamentalmente à euribor, sendo que alterações na taxa de juro
do mercado afetam ganhos ou perdas de instrumentos financeiros.
De entre riscos jurídicos da atividade da empresa, destaca-se a eventualidade de poderem surgir potenciais
problemas com clientes e trabalhadores, os quais são controlados nomeadamente ao nível da gestão e controlo
dos projetos.
54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos.
De acordo com a responsabilidade que lhe foi atribuída, a Comissão Executiva, em articulação com o Conselho
Fiscal, acompanha e avalia o funcionamento dos sistemas de controlo interno e os mecanismos de antecipação e
gestão de riscos, propondo nomeadamente os ajustamentos e as medidas que considera necessárias. Conquanto
não exista uma unidade interna que se dedique em exclusivo à prestação de serviços, ditos de auditoria interna
e ou Compliance, sempre que se revela necessário, a Comissão Executiva determina a contratação externa deste
tipo de serviços, revendo periodicamente a robustez dos procedimentos internos implementados e respetivos
mecanismos de controlo.
55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira (art. 245.º-A, n.º 1, al. m).
De acordo com a responsabilidade que lhe foi atribuída, a Comissão Executiva tem promovido uma cultura de
controlo, com vista a assegurar a fiabilidade da informação financeira do Grupo. Nesse contexto, tem defendido
a prossecução das seguintes medidas:
a. Definição / Revisão, publicação e supervisão de políticas adequadas que garantam a fiabilidade da informação;
b. Definição e implementação de sistemas de suporte ao registo; gestão e controlo das operações, garantindo por
um lado que a assunção de encargos para o Grupo só é efetuado quando devidamente autorizado e por outro,
antecipando eventuais debilidades em processos que considera críticos para a prossecução da sua estratégia
de gestão.
Os riscos que afetam o processo de divulgação de informação financeira são também mitigados, por um adequado sistema de Reporting, o qual envolve por um lado boas práticas ao nível da segregação de funções e por outro
a limitação ao nível dos acessos, para realização de determinadas práticas ou assunção de responsabilidades.
Mais ainda, são desenvolvidas e implementadas pelo departamento de Controlo de Gestão, políticas de reporte e
supervisão da informação financeira e de gestão, que permitem à Comissão Executiva obter informação analítica
relativa ao desempenho e evolução da performance das diversas unidades, bem como receber atempado reporte
sobre desvios existentes face aos objetivos propostos e previamente aprovados.
IV. Apoio ao Investidor
56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses
serviços e elementos para contacto.
O Gabinete de Relações com os Investidores da Glintt tem como função assegurar o relacionamento da Sociedade
com o Mercado, incluindo os Accionistas, os investidores, os analistas e toda a comunidade financeira.
Assim, o Gabinete de Relações com os Investidores tem uma dupla vertente: por um lado, é através do Gabinete
de Relações com os Investidores que a Glintt comunica ao Mercado toda a informação de divulgação obrigatória,
bem como outra informação cuja divulgação a Sociedade considere pertinente; e, por outro lado, é também o
Gabinete de Relações com os Investidores o meio privilegiado de o Mercado aceder à Glintt.
Este contacto permanente com o Mercado é efetuado de forma a respeitar o princípio da igualdade dos Acionistas e visa prevenir as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores.
O responsável pelo Gabinete de Relações com os Investidores (Investor Relations) é o Dr. Raul Lufinha.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
43
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
57. Representante para as relações com o mercado.
O Representante para as Relações com o Mercado e a CMVM é o Dr. Raul Lufinha, Secretário-Geral e responsável
pelo Gabinete de Relações com os Investidores (Investor Relations).
58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes
de anos anteriores.
Em 2013 houve 70 pedidos de informação, respondidos em média em 24 horas e sem terem transitado pedidos
de informação entrados em anos anteriores
V. Sítio da Internet
59. Endereço(s).
• E-mail: [email protected]
• Telefone: + 351 219 100 200
• Fax: + 351 219 100 299
• Morada: Beloura Office Park, Edifício 10, Quinta da Beloura, 2710-693 Sintra, Portugal
• Internet: www.glintt.com.local/investidores_kit_investidor.php
60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos
mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais.
https://www.glintt.com/corpos-sociais
61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões.
Estatutos:
https://www.glintt.com/estatutos-glintt
Regulamentos:
https://www.glintt.com/regulamentos-dos-orgaos-sociais
62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante
para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas
funções e meios de acesso.
Corpos Sociais:
https://www.glintt.com/corpos-sociais
Gabinete de Relações com os Investidores:
https://www.glintt.com/gabinete-de-relacoes-com-os-investidores
63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos
durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso
aplicável, trimestrais.
https://www.glintt.com/contas
A informação é disponibilizada em português.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
44
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória
e subsequente com ela relacionada.
https://www.glintt.com/assembleias-gerais
65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias
gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos
antecedentes.
https://www.glintt.com/assembleias-gerais
D. REMUNERAÇÕES
I. Competência para a Determinação
66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da
comissão executiva ou administrador delegado e dos dirigentes da sociedade.
A determinação da remuneração dos órgãos sociais, incluindo a dos membros da Comissão Executiva, compete
aos Acionistas, que na Assembleia Geral designaram para o efeito uma Comissão de Remunerações.
II. Comissão de Remunerações
67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores.
A Comissão de Vencimentos da Sociedade, eleita a 19 de Maio de 2011 para o mandato 2011/2013, tem a seguinte composição:
• Dr. Luís Miguel Cortes Martins, Presidente.
Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa em Julho de 1985. Foi Assistente Estagiário da
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. É atualmente Assistente Convidado da Faculdade de Direito
da Universidade Católica Portuguesa. É membro do Centro de Direito Comercial e de Direito da Economia da
Universidade Católica Portuguesa.
Advogado inscrito na Ordem dos Advogados desde 1987. Sócio da Sociedade Serra Lopes, Cortes Martins &
Associados onde desde a licenciatura tem exercido ininterruptamente a advocacia dela fazendo a sua actividade
principal.
Exerce os seguintes cargos sociais: Gestespada, SGPS, S.A. – Vogal do Conselho de Administração; Serra Lopes,
Cortes Martins & Associados – Sociedade de Advogados, RL – Administrador; APCAP - Associação Portuguesa
das Sociedade Concessionárias de Auto-Estradas ou Pontes com Portagens – Presidente da Mesa da Assembleia
Geral; Espirito Santo Saúde- Presidente da Mesa da Assembleia Geral e Membro da Comissão de Remunerações;
Gesprosint – Consultoria e Gestão de Investimentos e Projectos, S.A. – Presidente da Mesa da Assembleia Geral; Lisnave Estaleiros Navais, S.A. – Presidente da Mesa da Assembleia Geral; Lisnave Infraestruturas Navais,
S.A. – Presidente da Mesa da Assembleia Geral; Plazainveste – Promoção e Investimentos Imobiliários, S.A. –
Presidente da Mesa da Assembleia Geral; BRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A. – Presidente da Comissão de
Vencimentos.
• Dr. Jorge de Brito Pereira, Vogal.
Presidente do Conselho de Administração da Zon Optimus
Vogal do Conselho de Administração de PLMJ – Sociedade de Advogados, RL
Vogal do Conselho de Administração de De Grisogono, S.A.
Vogal do Conselho de Administração da CIMIPAR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (2006/2007)
Vogal do Conselho de Administração da PARAREDE, SGPS, S.A. (2002-2005)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
45
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Vogal da Comissão de Remunerações da Glintt, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Sport TV, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da SAPEC, SGPS, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Oxy Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da ONETIER Partners SGPS, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da CIMINVEST – Sociedade de Investimentos e participações S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-geral da SANTORO FINANCE – Prestação de Serviços, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da SANTORO FINANCIAL HOLDINGS, SGPS, S.A.
Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da FIDEQUITY – SERVIÇOS DE GESTÃO, S.A.
Secretário da Mesa da Assembleia-Geral do Banco BIC Português, S.A.
• Dr. Luís Pereira da Silva, Vogal.
Licenciado em Direito, é Assessor Jurídico Principal da Administração Pública aposentado, Consultor da Associação Nacional de Farmácias, Administrador Não Executivo de Viagens Abreu, S.A. Foi Conselheiro na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia em Bruxelas.
Todos os membros da Comissão de Vencimentos são independentes relativamente aos membros do órgão de
administração com funções executivas. Contudo, relativamente aos Administradores não executivos, o Dr. Luís
Pereira da Silva é consultor da Associação Nacional de Farmácias (Vice-Presidente da Direção é o Administrador
não-executivo da Sociedade Dr. Vítor Segurado) e o Dr. Jorge Brito Pereira é sócio da PLMJ (escritório de advogados de que também é sócio o Administrador não executivo da Glintt Dr. Abel Mesquita).
Não foi contratada qualquer pessoa singular ou coletiva para apoiar a Comissão de Remunerações.
68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de
remunerações.
Ver número anterior.
III. Estrutura das Remunerações
69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2.º
da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.
A política de remunerações dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere ao artigo 2.º da Lei n.º
28/2009, de 19 de Junho é a seguinte:
A. Remuneração dos membros do Conselho de Administração
I. Remuneração dos membros não executivos do Conselho de Administração
Em conformidade com as recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades da CMVM nesta matéria, a Comissão de Vencimentos da Sociedade determinou que a remuneração dos Administradores
Não Executivos da Sociedade seja exclusivamente composta por uma componente fixa determinada pela
Comissão de Vencimentos, a abonar catorze vezes por ano.
II. Remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração
A remuneração dos Administradores Executivos será composta por uma componente fixa e uma componente
variável.
a. Remuneração Fixa
Durante o mandato em curso, os Administradores Executivos terão direito a uma remuneração fixa
permanente, a abonar catorze vezes por ano.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
46
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
b. Remuneração Variável
(i) Princípio geral
Sem prejuízo do referido em (ii) infra, para além da remuneração fixa, os Administradores Executivos
auferirão, no seu conjunto, uma remuneração variável bruta equivalente a 5% do Resultado Líquido do
respetivo ano, calculado antes da remuneração variável bruta.
A distribuição da remuneração variável pelos Administradores Executivos será proporcional à
remuneração fixa permanente bruta de cada um deles.
A remuneração variável não passa pela atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações da
Sociedade.
O pagamento da remuneração variável terá lugar, conforme abaixo mencionado, após o apuramento
dos resultados de cada exercício.
(ii) Critérios de atribuição da Remuneração Variável
A remuneração variável é atribuída em função do grau de cumprimento dos objetivos previstos no orçamento aprovado pelo Conselho de Administração da Sociedade, pelo que não alcançar tais objetivos
limita, por si só, a atribuição desta componente de remuneração.
Para efeitos do cálculo da remuneração variável serão atendidos os seguintes critérios:
1. Se o Resultado Líquido anual da Sociedade for igual ou superior ao previsto no orçamento aprovado pelo Conselho de Administração da Sociedade, a quantia a distribuir por todos os Administradores Executivos, no seu conjunto, corresponderá a 5% do Resultado Líquido anual.
2. Se o Resultado Líquido anual da Sociedade for inferior ao previsto no orçamento aprovado pelo
Conselho de Administração da Sociedade, a percentagem da quantia correspondente a 5% do
Resultado Líquido anual a distribuir pelos Administradores Executivos, no seu conjunto, será a
seguinte:
Resultado Líquido Anual
Remuneração Variável (%)
< 70%
0%
> 70% e < 80%
25%
> 80% e < 90%
50%
> 90% e < 100%
80%
III. Alinhamento dos interesses dos Administradores com o interesse da Sociedade
Conforme decorre do acima exposto, a remuneração variável dos Administradores Executivos encontra-se
dependente do desempenho destes e do seu contributo para a obtenção dos melhores resultados para a
Sociedade.
Por outro lado, a estrutura da remuneração visa assegurar um nível remuneratório competitivo, suscetível de
atrair e reter os mais qualificados quadros profissionais capazes de dar resposta aos desafios que a Sociedade
enfrenta.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
47
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
Nesta esteira, os Administradores Executivos que não vejam o seu mandato renovado (por iniciativa da Sociedade) e não retomem o seu anterior vínculo contratual à GLINTT ou a uma das sociedades suas participadas
ficam investidos no direito a uma compensação de 6 meses de remuneração fixa – permanente e temporária
(se e quando aplicável) – e variável, nos termos definidos pela Comissão de Vencimentos.
B. Remuneração dos membros do Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas
A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é exclusivamente composta por uma componente fixa, a
abonar anualmente. Os montantes pagos ao Presidente e aos vogais deste órgão variam entre si em virtude
das funções desempenhadas.
De igual modo, a remuneração do Revisor Oficial de Contas é exclusivamente composta por uma componente
fixa determinada pela Comissão de Vencimentos, a abonar anualmente, estando a determinação do seu montante em linha com as práticas e condições normais para serviços similares.
70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses
dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o
modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos.
Por decisão dos Acionistas, a remuneração dos membros do Conselho de Administração está confiada a uma
Comissão de Vencimentos.
O meio de alinhamento dos interesses dos administradores com o interesse da Sociedade e de avaliação do
desempenho que foi adotado pela Comissão de Vencimentos da Sociedade foi o de, para além de estabelecer a
remuneração fixa, fixar igualmente uma remuneração variável para os membros da Comissão Executiva.
A remuneração dos administradores não executivos consiste numa quantia fixa.
Nesta esteira, os Administradores Executivos que não vejam o seu mandato renovado (por iniciativa da Sociedade) e não retomem o seu anterior vínculo contratual à Glintt ou a uma das sociedades suas participadas ficam
investidos no direito a uma compensação de 6 meses de remuneração fixa e variável, nos termos definidos pela
Comissão de Vencimentos.
Em 2013 foi submetida à apreciação da Assembleia Geral Anual de Acionistas uma declaração sobre a política de
remunerações.
Os membros do órgão de administração não celebraram contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros,
que tivessem por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes foi fixada pela sociedade.
Quando a destituição de administrador não decorre de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão
para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, é reconduzível a um inadequado desempenho,
a sociedade encontra-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível.
O auditor externo, no âmbito das suas competências, verifica a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno, reportando igualmente quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da Sociedade, o que não sucedeu em 2013.
71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente.
Existe uma componente variável da remuneração, nos termos referidos no número 69.
72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento.
O pagamento da componente variável da remuneração relativa a um exercício é diferido para o ano seguinte.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
48
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações, sobre eventual celebração de contratos relativos a essas ações,
designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação
face ao valor da remuneração total anual.
Não existe remuneração em ações.
74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício.
Não existe remuneração em opções.
75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios
não pecuniários.
Não existe um sistema de prémios anuais, apenas remuneração fixa e variável.
76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais.
Não existem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem qualquer sistema de benefícios
de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais.
IV. Divulgação das Remunerações
77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do
órgão de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem.
Executivos
Fixas
Variáveis
Totais
Manuel Mira Godinho
280 000 €
280 000 €
Luís Cocco
210 000 €
210 000 €
Luís Gameiro da Silva
196 000 €
196 000 €
Alexandre Gomes
196 000 €
882 000 €
Não Executivos
João Carlos Lombo da Silva Cordeiro
Fixas
Variáveis
882 000 €
Totais
6 417 €
Luís Carlos Alves Rodrigues Matias
11 228 €
Joaquim Anibal Brito Freixial de Goes
14 000 €
Abel Bernardino Teixeira Mesquita
14 000 €
Pedro Manuel de Barros Inácio
14 000 €
Vitor Manuel Lopes Segurado
14 000 €
José Luis Bonifácio Lopes
196 000 €
- €
3 669 €
77 314 €
78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum.
Não foram pagos quaisquer valores desta natureza.
79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que
tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos.
Não foram pagos quaisquer valores desta natureza.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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3// GOVERNO DA SOCIEDADE
80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções
durante o exercício.
Não foram pagos quaisquer valores desta natureza.
81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do
órgão de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho.
Orgão de fiscalização
Luis Manuel Pereira da Silva
3 000 €
Carlos Grenha
2 000 €
5 000 €
82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral.
Setecentos e cinquenta euros.
V. Acordos com Implicações Remuneratórias
83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador
e sua relação com a componente variável da remuneração.
Não existem.
84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e
os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores
Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da
relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. (art. 245.º-A, n.º 1, al. l).
Não existem.
V. Planos de Atribuição de Ações ou Opções Sobre Ações (‘Stock Options’)
85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários.
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao
preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas,
características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e/ou o exercício de opções).
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa.
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes (art. 245.º-A, n.º 1, al. e)).
Não existe qualquer plano de atribuições de ações ou opções sobre ações.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
50
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
I. Mecanismos e Procedimentos de Controlo
89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas
(Para o efeito remete-se para o conceito resultante da IAS 24).
Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles
estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, são realizados em
condições normais de mercado.
Todas as transações comerciais são registadas nos sistemas informáticos desenvolvidos pelo Grupo, e que cobrem
todas as fases do negócio, nomeadamente: 1) negociação; 2) adjudicação; 3) execução; 4) faturação e cobrança
e 5) aceitação da entrega.
90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência.
Todas as operações havidas durante o ano de 2013 com partes relacionadas, foram objeto de análise, juntamente
seguindo as mesmas metodologias definidas e implementadas para as demais operações comerciais levadas a
cabo pelo Grupo.
91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da
avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades
que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários.
O Conselho Fiscal estabeleceu os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de
significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles
estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando
a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão.
II. Elementos Relativos aos Negócios
92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios
com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24, ou, alternativamente, reprodução dessa informação.
Durante o ano de 2013, os saldos e transações havidos com partes relacionados, são os que se resumem na tabela
em anexo.
De entre os principais negócios realizados durante o ano de 2013, destacam-se a) manutenção e gestão de infraestrutura tecnológica; b) Implementação de serviços de garantia de continuidade de negócio, nomeadamente
aqueles que dizem respeito à salvaguarda dos acessos lógicos (soluções de armazenamento e backup de dados);
c) prestação de serviços de callcenter para prestação de apoio na utilização de sistemas informáticos; d) serviços
de consultoria relacionados com desenvolvimento de sítios web institucionais e respetivas manutenções; e)
serviços de consultoria aplicacional; f) fornecimento de licenças de Software e respetivas manutenções.
Ent. Relacionada
Farminveste, SA
Réditos
Gastos
Saldos Devedores
Saldos Credores
2 625 385
1 199 302
262 056
Alliance Healthcare, SA
804 800
0
250 668
0
Assoc. Nacional Farmácias
439 758
165 014
63 751
27 519
Finanfarma - Soc. Fact., SA
101 295
94 870
77 070
0
Farmácias
365 146
36 050
488 446
0
Imofarma
0
827 740
0
0
Jutai
0
462 589
6 957
50 311
Outras entidades
RELATÓRIO E CONTAS 2013
91 587
451 111
201 281
141 490
187 908
4 787 494
2 986 847
1 290 438
357 324
51
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES ADOTADO
A Glintt adota o Código de Governo das Sociedades da CMVM, constante do Regulamento da CMVM n.º 4/2013
e que se encontra disponível ao público no site da CMVM, em http://www.cmvm.pt/CMVM/Legislacao_Regulamentos/Regulamentos/Reg2013/Documents/Regulamento%20CMVM%20nº%204-2013%20Governo%20das%20
Sociedades.pdf
2. ANÁLISE DE CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES ADOTADO
A Glintt acolhe as recomendações da CMVM nos termos infra, apresentando-se a respetiva justificação relativamente àquelas que não foram adotadas pela Sociedade em 2013 e a remissão para o Ponto da Parte I do presente
Relatório em que essa matéria seja abordada.
Recomendações da CMVM
I. Votação e Controlo da Sociedade
I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto
e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via
eletrónica.
Não cumprida parcialmente, dado que em 2013 não existiu a possibilidade de voto por via eletrónica – os
recursos são escassos e a Glintt entende que a votação eletrónica não é uma prioridade, atendendo a que
os acionistas já podem participar presencialmente e por correspondência, pelo que os seus direitos estão
devidamente salvaguardados.
Pontos 12 e 13.
I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus
acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.
Cumprida.
Pontos 12,13 e 14.
I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre
o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto
de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo
dos acionistas.
Cumprida.
Ponto 12.
I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou
exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem
prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia
geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado
relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela
limitação funcione.
Não aplicável.
Pontos 12 e 13.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
52
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos
pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação
pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.
Cumprida.
Ponto 12.
II. Supervisão, Administração e Fiscalização
II.1. Supervisão e Administração
II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho
de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.
Cumprida.
Pontos 27, 28 e 29.
II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia
e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser
consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.
Cumprida.
Ponto 29.
II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão
cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de
previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se
pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial
do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este
órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da
sociedade.
Não aplicável.
Pontos 15 e 30.
II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e
de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para:
a. Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes;
Cumprida.
Pontos 24, 25.
b. Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos
órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.
Cumprida.
Ponto 24.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
53
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem
fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir
que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.
Não cumprida.
Até ao momento a Sociedade não teve necessidade de fixar tais objectivos – mas a gestão de risco é uma
área que neste momento está em revisão na Glintt, no âmbito da qual está também a ser tida em conta esta
recomendação da CMVM.
Pontos 50 a 55.
II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva
capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão
de administração.
Cumprida.
Ponto 18.
II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o
respetivo free float.
A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração
considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos
na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de
decisão, nomeadamente em virtude de:
a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio
ou de grupo nos últimos três anos;
b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a
sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de
forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;
c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre
em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de
administrador;
d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive,
na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de
participação qualificada;
e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações
qualificadas.
Não cumprida totalmente, dado que o número de Administradores Não-Executivos independentes (2 em 6)
é inferior ao free float (47%).
A Glintt considera a atual proporção adequada, uma vez que na prática a proporção entre Administradores
independentes/não independentes, na avaliação que a empresa faz, funcionou não apenas ao longo do
exercício de 2013 mas de todo o mandato.
Ponto 18.
II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos
sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.
Cumprida.
Ponto 29.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
54
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme
aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente
da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão
para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.
Cumprida.
Ponto 29.
II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de
entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos
demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e
informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação.
Não aplicável.
Ponto 18.
II.2. Fiscalização
II.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão
para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as
competências adequadas ao exercício das respetivas funções.
Cumprida.
Pontos 32 e 33.
II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos
respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que
sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços.
Cumprida parcialmente.
Nos termos do artigo nono dos Estatutos da Glintt, o Revisor Oficial de Contas (ou seja, o auditor externo) é
um órgão social. Ora, tendo os acionistas reunidos em Assembleia Geral confiado a fixação da remuneração
dos órgãos sociais da Glintt a uma Comissão de Vencimentos, atualmente na Glintt – em cumprimento da decisão dos acionistas – a fixação da remuneração do auditor externo foi feita pela Comissão de Vencimentos.
Pontos 45 e 69.
II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua
destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa
para o efeito.
Cumprida.
Pontos 45.
II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de
riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários.
Cumprida.
Pontos 54 e 52.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
55
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre
os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo
cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos
relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com
a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais
ilegalidades.
Cumprida.
Pontos 52 e 54.
II.3. Fixação de Remunerações
II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente
aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos
e experiência em matérias de política de remuneração.
Cumprida.
Pontos 67 e 68.
II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções
qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a
qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação
é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada
por contrato de trabalho ou prestação de serviços.
Cumprida.
Ponto 67.
II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere
o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente:
a. Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros
dos órgãos sociais;
b. Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das
circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos;
c. Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou
cessação de funções de administradores.
Cumprida parcialmente.
A política de remunerações foi definida no início do mandato (2011) e cumpre os requisitos legais, mas não
inclui estes três aspetos adicionais da presente recomendação, que não existiam tal e qual em 2011.
Ponto 69.
II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações,
e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos
órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do
plano.
Não aplicável.
Pontos 73 e 74.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
56
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios
de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.
Cumprida.
Pontos 76.
III. Remunerações
III.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos.
Cumprida.
Pontos 69 e 70.
III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros
do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da
sociedade ou do seu valor.
Cumprida.
Pontos 69 e 70.
III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da
remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.
Cumprida.
Pontos 69 e 70.
III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos,
e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.
Não cumprida.
A Sociedade entende haver vantagem em que a avaliação do desempenho seja efetuada numa base anual,
bem como o correspondente pagamento da eventual remuneração variável – isto porque a sociedade funciona numa lógica anual: o orçamento é anual e a gestão presta contas aos acionistas todos os anos.
Pontos 69 e 70.
III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com
terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for
fixada pela sociedade.
Cumprida.
Ponto 70.
III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que
tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da
remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de
impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações.
Não aplicável.
Ponto 73.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
57
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve
ser diferido por um prazo não inferior a três anos.
Não aplicável.
Ponto 74.
III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua
inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um
inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados
e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja
exigível.
Cumprida.
Ponto 70.
IV. Auditoria
IV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas
de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e
reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade.
Cumprida.
Pontos 70.
IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que
integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação
de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos
serviços prestados à sociedade.
Cumprida.
Ponto 47.
IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam
respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada
num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.
Não cumprida parcialmente.
O mandato do auditor é anual, pelo que a avaliação é feita todos os anos.
Ponto 44.
V. Conflitos de Interesses e Transações com Partes Relacionadas
V.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com
eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser
realizados em condições normais de mercado.
Cumprida.
Pontos 10 e 89 a 92.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
58
3// GOVERNO DA SOCIEDADE
V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para
a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do
art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa
dependente de parecer prévio daquele órgão.
Cumprida.
Pontos 10 e 91.
VI. Informação
VI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo.
Cumprida parcialmente.
A informação é disponibilizada em português. A partir deste ano, a Glintt passará a produzir e disponibilizar
informação em inglês - por exemplo, o presente Relatório & Contas será oportunamente disponibilizado em
língua inglesa.
Ponto 63.
VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido
um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado.
Cumprido.
Pontos 56, 57 e 58.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
59
4.1 Demonstrações Financeiras Consolidadas
Demonstração da Posição Financeira Consolidada a 31 Dezembro de 2013
(valores em euros)
31 / 12 / 2013
Ativo
31 / 12 / 2012
Variação (%)
Não corrente
Ativos fixos tangíveis
7
2.985.249
3.340.752
Goodwill
8
119.578.927
119 565 085
0,01%
Ativos fixos Intangíveis
9
42.811.951
35 776 083
19,67%
46,39%
-10,64%
Outros Investimentos Financeiros
10
69.537
47 500
Contas a receber de clientes e outros devedores
13
5.154.352
5 154 352
0,00%
Ativos por Impostos Diferidos
11
3.745.831
2 658 270
40,91%
174.345.847
166 542 042
4,69%
Corrente
Inventários
12
3.137.856
3.097.322
1,31%
Contas a receber de clientes e outros devedores
13
29.796.632
34 321 715
-13,18%
Caixa e equivalentes de caixa
14
4.314.993
4 646 595
-7,14%
Acréscimos e diferimentos ativos
15
9.550.349
7 957 282
20,02%
Total do Ativo
46.799.830
50 022 914
-6,44%
221 145 677
216 564 956
2,12%
0,00%
Capital Próprio
Capital e reservas atribuíveis aos detentores do capital
Capital social
16
86.962.868
86 962 868
Prémios de emissão
16
10 255 221
10 255 221
0,00%
Outras reservas
17
15.489.772
12 824 624
20,78%
Reservas de conversão cambial
17
(598.101)
(318 075)
88,04%
Resultados retidos de exercícios anteriores
17
5.651.783
7 163 738
-21,11%
Resultados retidos no exercício
17
Capital Próprio atribuível a acionistas
Interesses que não controlam
1.313.893
1 247 073
5,36%
119.075.436
118 135 450
0,80%
209.330
163 342
28,15%
119.284.766
118 298 792
0,83%
-90,14%
17
Total do Capital Próprio
Passivo
Não corrente
Contas a pagar a fornecedores e outros credores
18
157.683
1 599 552
Empréstimos
20
29.033.479
27 979 710
3,77%
Acréscimos e diferimentos passivos
19
1.413.625
1 703 898
-17,04%
Provisões para outros passivos e encargos
22
366.016
372 516
-1,74%
Passivos por Impostos Diferidos
21
9.491.336
9 453 302
0,40%
40.462.139
41 108 978
-1,57%
15,89%
Corrente
Contas a pagar a fornecedores e outros credores
18
18.856.487
16 271 025
Empréstimos
20
24.395.509
26 502 841
-7,95%
Acréscimos e diferimentos passivos
19
18.146.776
14 383 320
26,17%
61.398.772
57 157 186
7,42%
Total do Passivo
101.860.911
98 266 164
3,66%
Total do Capital Próprio e Passivo
221.145.677
216 564 956
2,12%
RELATÓRIO E CONTAS 2013
A ADMINISTRAÇÃO
61
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Demonstração dos Resultados Consolidados
(valores em euros)
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2012
Variação
Variação (%)
Vendas
19.088.581
22 324 733
(3 236 153)
Prestação de serviços
66 912 841
68 798 780
(1 885 939)
-3%
Total das Vendas e Prestação de Serviços
86 001 422
91 123 513
(5 122 092)
-6%
Custo das vendas
(13 271 627)
(16 065 180)
2 793 554
-17%
Subcontratos
(15 850 787)
(15 322 036)
(528 751)
3%
56 879 008
59 736 297
(2 857 289)
-5%
-2%
Margem Bruta
-14%
Fornecimentos e serviços externos
23
(12 105 216)
(12 292 676)
187 459
Gastos com pessoal
24
(39 635 745)
(40 008 863)
373 118
-1%
Outros ganhos e perdas - líquidas
25
3 106 186
762 517
2 343 669
307%
8 244 233
8 197 276
46 957
1%
Depreciações e amortizações
26
(1 429 792)
(1 692 199)
262 408
-16%
Provisões
22
6 500
47 284
(40 784)
-86%
Perdas por imparidade
27
(868 816)
(833 932)
(34 884)
4%
5 952 125
5 718 428
233 697
4%
(3 421 520)
(3 446 294)
24 773
-1%
-
-
-
-
Resultado operacional bruto
Resultado operacional
Resultados financeiros
28
Ganhos em empresas do grupo
Resultados antes de impostos e antes de alienação de
operações descontinuadas
Imposto sobre lucros
29
2 530 605
2 272 134
258 471
11%
(1 043 021)
(897 357)
(145 664)
16%
1 487 584
1 374 777
112 807
8%
-
-
-
-
1 487 584
1 374 777
112 807
8%
Resultados depois de impostos e antes de alienação de
operações descontinuadas
Perdas com operações descontinuadas
Resultado antes dos interesses que não controlam
Resultado atribuível a interesses que não controlam
173 691
127 704
45 987
36%
1 313 893
1 247 073
66 820
5%
Resultados básicos
0,015
0,014
Resultados diluídos
0,015
0,014
Resultado líquido do exercício
Resultados por acção (eur)
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral
31 / 12 / 2013
Resultado Líquido do Período (Antes de Interesses que não controlam)
31 / 12 / 2012
1 487 584
1 374 777
Rubricas que poderão ser posteriormente reclassificadas nos resultados
Justo valor de instrumentos financeiros derivados (IAS 39)
Diferenças de conversão cambial (IAS 21)
(78 534)
-
(280 026)
(67)
Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio
(358 560)
(67)
Rendimento Integral do período
1 129 024
1 374 710
Atribuível aos acionistas
955 333
1 247 006
Atribuível aos Interesses que não controlam
173 691
127 704
Demonstração das Alterações do Capital Próprio
(valores em euros)
Prémios de Emissão
de Ações
Capital Social
Outras Reservas
Reservas Conversão
Interesses que não
Resultados Retidos
Cambial
controlam
Total Capital
Próprio
86 962 868
10 255 221
9 737 325
(318 007)
10 253 336
153 169
Aplicação resultado exercício anterior
-
-
3 087 300
-
(3 087 300)
-
-
Out. ganhos /perdas reconh. direct. no capital próprio
-
-
-
(67)
(2 299)
(1 881)
(4 247)
(115 650)
(115 650)
-
-
-
-
1 247 073
127 704
1 374 778
Saldo em 31 de dezembro de 2012
86 962 868
10 255 221
12 824 624
(318 075)
8 410 811
163 342
118 298 792
Saldo em 1 de janeiro de 2013
118 298 792
Saldo em 1 de janeiro de 2012
Pagamento de dividendos para fora do grupo
Resultado integral do ano
117 043 912
86 962 868
10 255 221
12 824 624
(318 075)
8 410 811
163 342
Aplicação resultado exercício anterior
-
-
2 743 681
-
(2 743 681)
-
-
Out. ganhos /perdas reconh. direct. no capital próprio
-
-
(78 534)
(280 026)
(15 346)
-
(373 906)
Pagamento de dividendos para fora do grupo
-
-
-
-
-
(127 703)
(127 703)
Resultado integral do ano
-
-
-
-
1 313 893
173 691
1 487 584
86 962 868
10 255 221
15 489 772
(598 101)
6 965 676
209 330
119 284 766
Saldo em 31 de dezembro de 2013
A ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO E CONTAS 2013
62
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados
(valores em euros)
31 / 12 / 2013
Atividades Operacionais
31 / 12 / 2012
Recebimentos de clientes
105 391 801
105 766 196
Pagamentos a fornecedores
(44 599 696)
(46 289 497)
Pagamentos ao pessoal
(39 678 087)
(38 847 540)
21 114 018
20 629 159
Fluxo gerado pelas operações
Pagamentos/recebimentos imposto s/ rendimento
(1 457 086)
(2 158 015)
Outros pag./recebimentos relat ativ. Operacionais
(11 746 445)
(10 057 778)
(13 203 531)
(12 215 793)
7 910 487
8 413 366
Fluxos de atividades operacionais Atividades de Investimento
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
Subsídios de investimento
Juros e proveitos similares
17 190
39 703
449 737
221 095
12 579
212 565
479 506
473 363
(127 703)
(115 650)
Pagamentos respeitantes a:
Dividendos (Interesses que não controlam)
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Fluxos de atividades investimento
(35 880)
0
(441 422)
(476 045)
(2 956 342)
(877 235)
(3 561 347)
(1 468 930)
(3 081 842)
(995 567)
95 168 141
101 968 430
95 168 141
101 968 430
(96 706 445)
(105 283 541)
Atividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Pagamentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Amortização contratos locação financeira
Juros e custos similares
Fluxos de atividades financiamento (98 812)
(93 055)
(3 559 263)
(3 534 575)
(100 364 521)
(108 911 171)
(5 196 380)
(6 942 741)
Efeito das diferenças de câmbio
Variações de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes - início do exercício
Caixa e seus equivalentes - fim do exercício
14
Decomposição do saldo final
Caixa
Depósitos bancários
36 132
5 271
(331 602)
480 329
4 646 595
4 166 266
4 314 993
4 646 595
4 314 993
4 646 595
69 795
19 019
4 245 198
4 627 576
A ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO E CONTAS 2013
63
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Ano de 2013 (valores em euros)
1. Informação Geral
A Glintt – Global Intelligent Technologies, SA, (empresa mãe) e as suas filiais (Grupo ou GLINTT) atuam no mercado das Tecnologias de Informação e dedicam-se nomeadamente à prestação de serviços de consultoria e
Outsourcing.
A Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. (anterior Glintt – Global Intelligent Technologies, SGPS, S.A,) é uma
sociedade anónima, domiciliada em Portugal, com sede no Beloura Office Park, Edifício 10, na Quinta da Beloura,
em Sintra.
A Sociedade encontra-se cotada na actual NYSE Euronext Lisbon desde Junho de 1999.
O Grupo Glintt é composto por 17 empresas, com escritórios em Portugal, Espanha, Angola, Polónia e, mais
recentemente, também no Brasil.
O Grupo é líder em Portugal no desenvolvimento e comercialização de terminais de pagamento eletrónico e líder
ibérico em Software de gestão de farmácias.
As demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 27 de Março
de 2014.
Estas demonstrações financeiras consolidadas serão aprovadas pela Assembleia Geral de Acionistas.
2. Sumário das políticas contabilísticas mais significativas
2.1. Bases de Preparação
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Glintt foram preparadas em conformidade com as
Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as Interpretações do International Financial Reporting
Interpretation Committee(IFRIC) ou pela anterior Standing Interpretations Committee (SIC) emitidas e vigentes à data da preparação das demonstrações financeiras.
Os principais critérios contabilísticos aplicados na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritos abaixo. Estas políticas contabilísticas foram consistentemente aplicadas aos períodos
aqui apresentados, salvo indicação contrária, não existindo erros materiais relativos a exercícios anteriores.
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até 31 de Dezembro de 2004. Em 2009, as empresas incluídas
na consolidação adotaram as IFRS na preparação das suas demonstrações financeiras individuais.
As empresas sediadas em Espanha e Angola preparam as suas demonstrações financeiras de acordo com
os normativos em vigor no país. Esses métodos de contabilização e valorização são alterados sempre que
necessário, para cumprir com os IFRS.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das
operações e de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela reavaliação dos ativos financeiros disponíveis para venda, e pelos ativos financeiros e passivos financeiros valorizados pelo justo valor.
A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas contabilísticas. A Administração necessita também de exercer julgamento sobre o processo de aplicação dos princípios contabilísticos da empresa. As áreas que envolvem maior grau de complexidade e julgamento ou as áreas sobre as
quais os pressupostos e as estimativas são mais significativos são divulgadas na nota 4.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
64
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.2. Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras
Em 2013, passaram a ser de aplicação obrigatória novas normas e interpretações ou suas alterações,
as quais não tiveram impacto significativo nos montantes reportados e divulgações efetuadas nestas
demonstrações financeiras.
2.2.1. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela
União Europeia, com entrada em vigor a partir de 01 de janeiro de 2013:
• Alterações à IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras (Regulamento n.º 475/2012, de
5 de junho) – Apresentação de rubricas de Outro rendimento integral:
(i) As alterações introduzem nova terminologia para o título da ―Demonstração de rendimento
integral, que na norma passa a ser redenominada como ―Demonstração dos resultados e
de outro rendimento integral‖. Contudo, a aplicação e uso do título redenominado não é de
aplicação obrigatória, podendo as entidades continuar a usar para as suas demonstrações financeiras títulos que não sejam usados na norma.
(ii) As alterações da IAS 1 mantêm a possibilidade de apresentar os resultados e o outro rendimento integral quer numa única demonstração quer em duas demonstrações separadas, desde
que consecutivas. Contudo, as alterações à IAS 1 requerem que as rubricas de outro rendimento integral sejam agrupadas em duas categorias: a) rubricas que não irão ser posteriormente
reclassificadas nos resultados, e b) rubricas que poderão ser posteriormente reclassificadas
nos resultados, logo que estejam preenchidas determinadas condições. As alterações à IAS 1
devem ser aplicadas retrospetivamente, pelo que a apresentação (grupos separados) das rubricas de outro rendimento integral deve ser modificada para refletir estas alterações também
no período comparativo.
• Alterações à IAS 19 Benefícios dos empregados (Regulamento n.º 475/2012, de 5 de junho):
As alterações mais significativas nesta nova versão da IAS 19 relacionam-se com a contabilização de alterações nas obrigações de benefícios definidos e ativos do plano. As alterações na
nova versão da IAS 19 requerem que as alterações nas obrigações de benefícios definidos e as
alterações no justo valor dos ativos do plano sejam reconhecidas no momento em que ocorrem,
eliminando assim a abordagem de “corridor”‖ permitida pela versão anterior da IAS 19 e acelerando assim o reconhecimento dos custos com serviços passados. Com esta nova versão da IAS
19, todos os ganhos e perdas atuariais deverão ser reconhecidos imediatamente em outro rendimento integral. Além disso, o custo de juros e retorno esperado dos ativos do plano, usados na
versão anterior da IAS 19 são substituídos, nesta nova versão, por um montante de “juro líquido
sobre o passivo (ativo) líquido de benefícios definidos”, que é calculado mediante a aplicação da
taxa de desconto ao passivo (ativo) líquido de benefícios definidos. Em adição, esta nova versão
da IAS 19 introduz determinadas alterações na apresentação dos custos de benefícios definidos,
incluindo divulgações mais extensivas. A nova versão da IAS 19 deverá ter aplicação retrospetiva.
• Adoção da IFRS 13 Mensuração pelo justo valor (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro):
A IFRS 13 estabelece um quadro único para o cálculo do justo valor de acordo com as IFRS (exceto
para pagamentos com base em ações no âmbito da IFRS 2, transações de locação no âmbito da
IAS 17 e mensurações que têm algumas semelhanças com o justo valor, mas que não são justo
valor, como por exemplo o valor realizável líquido na mensuração de inventários, ou como por
exemplo o valor de uso para aferição de imparidades) e fornece orientações abrangentes sobre a
forma de calcular o justo valor de ativos e passivos, tanto financeiros como não financeiros. A IFRS
13 define justo valor como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago para transferir um passivo numa transação ordenada entre participantes no mercado à data da mensuração.
O justo valor na IFRS 13 consiste num “preço de saída”, independente de esse preço ser diretamente observável ou estimado por recurso a outra técnica de avaliação. A IFRS 13 inclui requisitos
extensos de divulgações adicionais. A IFRS 13 requere apenas uma aplicação prospetiva, a partir
de 1 de janeiro de 2013, pelo que os requisitos de divulgação não são exigidos para a informação
comparativa de períodos anteriores antes da aplicação inicial da norma.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
65
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Alterações à IAS 12 Impostos sobre o rendimento (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro) – Imposto diferido: recuperação de ativos subjacentes
O objetivo das alterações consiste em introduzir uma exceção ao princípio de mensuração contido
na IAS 12, sob a forma de uma presunção refutável de que o montante escriturado de um bem de
investimento mensurado pelo justo valor será recuperado através da venda e que uma entidade
será obrigada a utilizar a taxa de imposto aplicável à venda do ativo subjacente. Estas alterações à
IAS 12 vêm suprimir a SIC 21 Impostos sobre o Rendimento — Recuperação de Ativos Não Depreciáveis Revalorizados, cujo teor passa a estar incluído na própria norma que passa a incluir mais
exemplos ilustrativos de aplicação.
• Alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez:
(i) Hiperinflação grave e supressão de datas fixas para os adotantes pela primeira vez: (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro) - O objetivo destas emendas à IFRS 1 consiste
em introduzir uma nova isenção, designadamente, as entidades que foram sujeitas a uma
hiperinflação grave são autorizadas a utilizar o justo valor como custo considerado para os seus
ativos e passivos na demonstração financeira de abertura de acordo com as IFRS. As emendas
substituem ainda as referências a datas fixas, na IFRS 1, por referências à data de transição.
(ii) Empréstimos governamentais (Regulamento n.º 183/2013, de 4 de março) - As emendas à
IFRS 1 tratam os empréstimos recebidos de Governos a uma taxa de juro inferior à do mercado
e têm por objetivo conceder aos adotantes pela primeira vez das IFRS uma dispensa da aplicação total e retrospetiva na transição para as IFRS.
• IFRIC 20 Custos de descobertura na fase de produção de uma mina a céu aberto (Regulamento
n.º 1255/2012, de 11 de dezembro)
O objetivo da IFRIC 20 consiste em fornecer orientações sobre o reconhecimento dos custos de
produção relacionados com a descobertura como um ativo e sobre a mensuração inicial e subsequente do ativo correspondente às atividades de descobertura, de forma a reduzir a diversidade,
na prática, quanto à forma como as entidades contabilizam os custos de descobertura incorridos
na fase de produção de uma mina a céu aberto.
• Alterações à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e à IAS 32 Instrumentos Financeiros:
Apresentação (Regulamento n.º 1256/2012, de 13 de dezembro)
O objetivo da emenda à IFRS 7 é exigir a apresentação de informação quantitativa adicional sobre
compensação entre ativos financeiros e passivos financeiros, de maneira a que os utentes possam
comparar e conciliar melhor as divulgações de acordo com as IFRS e as divulgações de acordo com
os princípios de contabilidade geralmente aceites (GAAP) dos EUA. Por outro lado, o IASB emendou a IAS 32 por forma a fornecer orientações adicionais para reduzir as incoerências na aplicação
prática da norma - Regulamento 1256/2012, de 13 de dezembro.
• Melhoramentos anuais: ciclos de 2009-2011 (Regulamento n.º 301/2013, de 27 de março)
Os melhoramentos incluem emendas a cinco IFRS, que se sumarizam de seguida:
IFRS 1 Adoção pela primeira vez - Aplicação repetida da IFRS 1 - As emendas clarificam que uma
entidade pode aplicar a IFRS 1 se as mais recentes demonstrações financeiras não continham uma
declaração de conformidade, explícita e sem reservas, com as IFRS, mesmo se já tivesse aplicado
a IFRS 1 no passado.
IFRS 1 Adoção pela primeira vez - Custos de empréstimos obtidos - As emendas clarificam que
custos de empréstimos obtidos capitalizados de acordo com PCGA anteriores antes da data de
transição para as IFRS poderão ser usados sem ajustamento no montante previamente capitalizado à data de transição.
IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras - Clarificação dos requisitos para informação
comparativa - As emendas especificam que uma terceira demonstração da posição financeira é requerida quando: a) uma entidade aplica uma política contabilística retrospetivamente, ou efetua
uma reexpressão ou reclassificação retrospetiva de items nas suas demonstrações financeiras, e
RELATÓRIO E CONTAS 2013
66
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
b) a aplicação retrospetiva, reexpressão ou reclassificação tem um efeito material na informação
na terceira demonstração da posição financeira. As emendas especificam que não é requerido
que sejam apresentadas as notas conexas acompanhem a terceira demonstração da posição financeira.
IAS 16 Ativos fixos tangíveis - Classificação de equipamentos de serviço (peças sobressalentes,
equipamentos de reserva e de manutenção) - As emendas clarificam que as peças sobressalentes,
equipamento de reserva e de manutenção devem ser classificados como ativos fixos tangíveis
quando cumprem a definição de ativos fixos tangíveis, estabelecida na IAS 16 e como inventários
nas outras situações.
IAS 32 Instrumentos financeiros: Apresentação – Efeito fiscal da distribuição aos detentores de
instrumentos de capital próprio - As emendas clarificam que os impostos sobre o rendimento
nas distribuições aos detentores de instrumentos de capital próprio, devem ser contabilizados de
acordo com a IAS 12 Impostos sobre o rendimento.
IAS 34 Relato financeiro intercalar - As emendas clarificam que o total de ativos e total de
passivos de um determinado segmento de relato deverão ser divulgados separadamente se esses
montantes forem apresentados regularmente ao principal responsável pela tomada de decisões
operacionais e se se tiver verificado uma alteração substancial do valor divulgado nas últimas
demonstrações financeiras anuais para esse segmento de relato.
2.2.2. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela
União Europeia, com data de entrada em vigor em exercícios com início em ou
após 01 de janeiro de 2014:
• Adoção da IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas, da IFRS 11 Acordos conjuntos e da
IFRS 12 Divulgação de interesses noutras entidades, bem como das versões alteradas da IAS 27
Demonstrações financeiras separadas e da IAS 28 Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de dezembro)
O objetivo da IFRS 10 é fornecer um modelo de consolidação único, que identifica a relação de
controlo como base para a consolidação de todos os tipos de entidades. A IFRS 10 substitui a IAS
27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas e a SIC 12 Consolidação — Entidades com
finalidade especial. A IFRS 11 estabelece princípios para o relato financeiro pelas partes em acordos conjuntos e substitui a IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos e a SIC 13 Entidades
conjuntamente controladas – Contribuições não monetárias por empreendedores. A IFRS 12 combina, reforça e substitui os requisitos de divulgação para as filiais, acordos conjuntos, associadas
e entidades estruturadas não consolidadas. Em consequência destas novas IFRS, o IASB emitiu
igualmente uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28.
• Emendas à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, à IFRS 11 Acordos Conjuntos e à
IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades (Regulamento n.º 313/2013, de 4 de abril)
O objetivo das emendas consiste em clarificar a intenção do IASB quando emitiu pela primeira vez
as orientações de transição relativas à IFRS 10. As emendas proporcionam também uma flexibilidade de transição suplementar relativamente à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12, limitando o requisito
de prestação de informações comparativas ajustadas apenas ao período comparativo precedente.
Além disso, para as divulgações relativas a entidades estruturadas não consolidadas, as emendas
suprimem a obrigação de apresentar informações comparativas para os períodos anteriores à
aplicação pela primeira vez da IFRS 12.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Alterações à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 Divulgação de Interesses
Noutras Entidades e IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas (Regulamento n.º 1174/2013,
de 20 de novembro)
A IFRS 10 é emendada a fim de refletir melhor o modelo de negócio das entidades de investimento. Exige que essas entidades mensurem as suas filiais pelo justo valor através dos resultados, em
vez de procederem à respetiva consolidação. A IFRS 12 é emendada a fim de exigir uma divulgação
específica sobre essas filiais das entidades de investimento. As emendas à IAS 27 eliminaram ainda a opção que era dada às entidades de investimento no sentido de mensurarem os seus investimentos em determinadas filiais pelo custo ou pelo justo valor nas suas demonstrações financeiras
separadas. As emendas à IFRS 10, à IFRS 12 e à IAS 27 implicam, por conseguinte, emendas à IFRS
1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 7, IAS 12, IAS 24, IAS 32, IAS 34 e IAS 39, a fim de assegurar a coerência entre
as normas internacionais de contabilidade.
• Alterações à IAS 36 Imparidade de ativos (Regulamento n.º 1374/2013, de 19 de dezembro)
As principais alterações envolvem: (i) a remoção do requisito de divulgação da quantia recuperável das unidades geradoras de caixa relativamente às quais não foi reconhecida qualquer
imparidade; (ii) introdução do requisito de divulgar informação acerca dos pressupostos-chave,
técnicas de avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo valor para qualquer ativo individual
(incluindo o goodwill) ou para qualquer unidade geradora de caixa relativamente aos quais foi
reconhecidas ou revertidas perdas de imparidade durante o período, e para as quais o valor recuperável consiste no justo valor menos custos de vender; (iii) introdução do requisito de divulgação
das taxas de desconto que foram usadas no período corrente e em mensurações anteriores das
quantias recuperáveis dos ativos em imparidade que tenham sido baseadas no justo valor menos
custos de vender usando a técnica do valor presente; (iv) remoção do termo ―material‖, por se
ter considerado desnecessária a referência explícita quando a norma faz referência aos requisitos
de divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades geradoras de caixa, paras os quais
uma perda ou reversão ―material‖ de imparidade tenha sido incorrida durante o período.
• Alterações à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração - Novação de
Derivados e Continuação da Contabilidade de Cobertura (Regulamento n.º 1375/2013, de 19
de dezembro)
O objetivo das alterações é o de resolver as situações em que um derivado designado como
instrumento de cobertura é objeto de novação entre uma contraparte e uma contraparte central
por razões legais ou regulamentares. A solução prevista permitirá a continuação da contabilidade de cobertura independentemente da novação, o que não seria permitido na ausência destas
emendas.
2.3. Consolidação
2.3.1. Subsidiárias
Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem o poder de decisão sobre as políticas financeiras e operacionais, geralmente representado por mais de metade dos direitos de voto.
A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra entidade.
As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da consolidação a partir da data em que o controlo cessa.
É usado o método da compra para contabilizar a aquisição das subsidiárias pelo Grupo. O custo de
uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos
e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição. Os ativos identificáveis adquiridos, os
passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses
que não controlam, podendo ser objeto de revisão num período de 12 meses após aquela data.
O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos ativos e
passivos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior
ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
na demonstração dos resultados do período (ver nota 2.6).
Os custos de transação diretamente atribuíveis às combinações empresariais são imediatamente
reconhecidas nos resultados.
Os interesses que não controlam incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos ativos e
passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas
demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
As transações intragrupo, os saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do
Grupo e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido (ver nota 2.7).
As políticas contabilísticas de subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a
garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
2.3.2. Associadas e participadas
Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não
possui controlo, geralmente com participações entre 20% e 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.
As participações financeiras em empresas participadas (empresas em que o grupo não tem influência significativa nem controlo, normalmente quando detém menos de 20%), são registados
ao justo valor ou ao custo de aquisição, nos casos em que não têm capital cotado e o justo valor
não pode ser mensurado com fiabilidade.
A participação do Grupo nos ganhos e perdas das suas associadas após a aquisição é reconhecida
na demonstração dos resultados e a quota-parte nos movimentos das reservas, após a aquisição,
é reconhecida em reservas, por contrapartida do valor contabilístico do investimento financeiro.
Quando a participação do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento
na mesma, incluindo contas a receber não cobertas por garantias, o Grupo deixa de reconhecer
perdas adicionais exceto se tiver incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da
associada.
Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados até ao limite da participação do Grupo nas associadas. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a
transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido (ver nota 2.7).
2.3.3. Goodwill
As diferenças entre o custo de aquisição das subsidiárias e o justo valor dos ativos e passivos
identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição (ou durante um período de 12 meses após
aquela data), se positivas, são registadas na rubrica de Goodwill (caso respeite a empresas do Grupo) ou incluídas na rubrica de participações financeiras em empresas associadas (caso respeite a
empresas associadas), se negativas, são registadas de imediato em resultados do exercício.
O Goodwill originado em aquisições anteriores à data de transição para IFRS, foi mantido pelos
valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal
(“deemed cost”) àquela data, e foi objeto de testes de imparidade à data das demonstrações
financeiras. O “Goodwill” deixou de ser amortizado a partir daquela data, sendo contudo sujeito,
pelo menos anualmente, a um teste de imparidade para verificar se existem perdas de imparidade.
O goodwill é sujeito a testes de imparidade, numa base anual e é relevado ao custo, deduzido
de perdas de imparidade acumuladas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade
incluem o valor do goodwill referente à mesma.
Qualquer perda por imparidade é registada imediatamente na demonstração da posição financei-
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
ra como dedução ao valor do ativo e na demonstração de resultados na rubrica de Amortizações,
depreciações e perdas por imparidade, não sendo posteriormente revertida.
Para efeitos de realização de testes de imparidade o goodwill é alocado às unidades geradoras de
fluxos de caixa a que respeita. Cada uma dessas unidades geradoras de fluxos de caixa representa
o investimento, do Grupo, em cada uma das áreas de negócio em que o mesmo opera (ver nota
2.7), sendo o valor de uso determinado pela atualização dos fluxos de caixa futuros estimados
para cada unidade geradora de caixa.
2.4. Relato por segmentos
Um segmento operacional é um grupo de ativos e operações envolvidos no fornecimento de produtos ou
serviços num ambiente económico particular sujeitos a riscos e benefícios que são diferentes de outros
segmentos.
Os segmentos operacionais reportados são consistentes com o reporte interno, produzido e disponibilizado aos Órgãos de Gestão do Grupo, designadamente à Comissão Executiva e Conselho de Administração.
É com base no reporte atrás referido que os Órgãos de Gestão avaliam a performance operacional de cada
segmento e tomam decisões sobre a afetação de recursos a cada segmento.
A Administração definiu 3 áreas de negócio autónomas: Managed Services, Consultoria e Integração e
Outsourcing.
As políticas contabilísticas do relato por segmentos são as utilizadas pelo Grupo, sendo que todos os réditos inter-segmentos são a preços de mercado e objeto de eliminação na consolidação.
A informação relativa aos segmentos identificados encontra-se detalhada na nota 5.
2.5. Conversão cambial
2.5.1 Moeda funcional e de relato
Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (“moeda funcional”). As
demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em euros, sendo esta a moeda funcional e de
apresentação da empresa mãe.
2.5.2. Transações e saldos
As transações em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de
câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transações e
da conversão, pela taxa à data do balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda
diferente do euro, são reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto quando diferido em capital
próprio, se se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa.
2.5.3. Empresas do Grupo
Os resultados e a posição financeira de todas as entidades do Grupo que possuam uma moeda funcional
diferente da sua moeda de relato são convertidas para a moeda de relato como segue:
• Os ativos e passivos de cada Balanço são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data das
Demonstrações Financeiras, sendo as respetivas diferenças de câmbio reconhecidas como componente separada no Capital Próprio, na rubrica reservas de conversão cambial.
• Os rendimentos e os gastos de cada Demonstração de Resultados são convertidos pela taxa de
câmbio média do período de reporte, a não ser que a taxa média não seja uma aproximação
razoável do efeito cumulativo das taxas em vigor nas datas das transações, sendo neste caso os
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70
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
rendimentos e os gastos convertidos pelas taxas de câmbio em vigor nas datas das transações.
O goodwill e ajustamentos ao justo valor resultantes da aquisição de uma entidade estrangeira
são tratados como ativos ou passivos da entidade estrangeira e convertidos à taxa de câmbio da
data de encerramento.
2.6. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são compostos, essencialmente, por equipamento básico e administrativo. Os
ativos fixos tangíveis são relevados ao custo de aquisição, líquido das depreciações acumuladas. Considera-se como custo de aquisição, os custos diretamente atribuíveis à aquisição dos ativos (soma do respetivo
preço de compra com os gastos suportados direta ou indiretamente para o colocar no seu estado atual).
Os custos subsequentes são incluídos no valor contabilístico do ativo ou são reconhecidos como um ativo
separadamente, apenas quando seja provável a existência de benefícios económicos futuros associados
ao bem e quando o custo puder ser fiavelmente mensurado. Todas as outras despesas de manutenção,
conservação e reparação são registadas na demonstração dos resultados durante o período financeiro em
que são incorridas.
As depreciações são calculadas pelo método da linha reta, durante as suas vidas úteis estimadas como
se segue:
Nº de anos
5 a 50
• Edifícios e outras construções
3 a 10
• Equipamento básico
3a6
• Equipamento de transporte 3 a 10
• Equipamento administrativo 3 a 10
• Outras imobilizações corpóreas
O valor residual de um ativo e a sua vida útil são revistos e ajustados, caso necessário, na data de cada
balanço.
Quando a quantia registada de um ativo é superior ao seu valor recuperável, esta é ajustada imediatamente para o seu valor recuperável (ver nota 2.7)
Os ganhos e as perdas nas alienações são determinados pela comparação do valor da venda com o montante líquido registado e são incluídos no resultado do período.
2.7. Ativos intangíveis
2.7.1. Intangíveis desenvolvidos internamente
As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos
ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento são reconhecidas como ativos intangíveis, quando: i) for demonstrável a
exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento, ii) o Grupo tiver a intenção
e a capacidade de completar o seu desenvolvimento, iii) a viabilidade comercial esteja assegurada
e iv) o seu custo possa ser fiavelmente mensurado.
As despesas de desenvolvimento anteriormente registadas como custo, não são reconhecidas
como um ativo no período subsequente. Os custos de desenvolvimento que têm uma vida útil
finita, e foram capitalizados, são amortizados desde o momento da sua comercialização, pelo
método da linha reta, pelo período de benefício económico esperado que por norma não excede
os cinco anos.
Os principais intangíveis desenvolvidos internamente estão relacionados com o desenvolvimento
de produtos de software considerado identificável e único, controláveis pelo Grupo, e que se espera venham a gerar benefícios económicos, por um período de mais de um ano, superiores ao
investimento efetuado.
Os gastos capitalizados nesta rubrica são valorizados em função dos gastos com mão-de-obra
direta bem como os gastos diretamente associados aos mesmos e, os gastos incorridos com subcontratações de entidades externas.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.7.2. Ativos Intangíveis – Vida útil e métodos de amortização
Propriedade intelectual e outros direitos - Estes ativos encontram-se registados ao custo de aquisição. A rubrica de propriedade intelectual e outros direitos tem uma vida útil definida e é contabilizada ao custo deduzido de amortizações acumuladas. As amortizações são calculadas usando o
método da linha reta por um período de 3 anos.
Intangíveis adquiridos como parte de uma concentração de Atividades Empresariais - Em 2010,
e conforme divulgado no relatório e contas daquele exercício, resultante da aquisição da sociedade Consoft, a Glintt reconheceu separadamente no balanço consolidado, o valor dos ativos
identificáveis à data da aquisição, os quais configuram ativos intangíveis, a saber:
i. O Software aplicacional para gestão de farmácias “Farmatic” e,
ii. A respetiva Carteira de Clientes.
Estes ativos permitirão gerar benefícios económicos futuros sendo o seu custo mensurado com
fiabilidade pelo justo valor, apurado através do desconto dos fluxos de caixa líquidos futuros estimado pela Administração.
Relativamente ao Software “Farmatic”, os fluxos de caixa futuros que lhe estão associados são os
contratos de utilizador final (contratos novos), e os contratos de atualização do Software, relativos
a clientes/instalações surgidas após a data de aquisição daquela sociedade.
Relativamente à Carteira de Clientes, os fluxos de caixa futuros estão associados aos contratos de
atualização de Software relativos à Carteira de Clientes/Instalações, existentes no momento da
aquisição da sociedade.
Para a definição da vida útil destes ativos foram ponderados os seguintes factores-chave:
i. Estabilidade do sector em que o ativo opera;
ii. Os ciclos de vida típicos para o ativo e a informação pública sobre estimativas de vida útil de
ativos semelhantes que sejam usados de forma semelhante;
iii. O nível do dispêndio com manutenção/atualização exigido para obter os benefícios económicos futuros esperados do ativo e a capacidade e intenção para atingir esse nível; e
iv. O período de controlo sobre o ativo e limites legais sobre o seu uso.
Tendo em conta os fatores acima mencionados, foi definido para o Software aplicacional
“Farmatic”, uma vida útil finita de 10 anos, sendo o seu valor depreciado ao longo desse período,
mediante aplicação do método da linha reta. Anualmente, o período e o método de amortização
poderão ser revistos.
Ativos Intangíveis de Vida Útil Definida
Nº de Anos de Amortização
Propriedade inteletual e outros direitos
3
Intangíveis adquiridos concentração atividades (software “Farmatic”)
10
Relativamente à Carteira de Clientes, este ativo é objeto de testes de imparidade anualmente ou
sempre que exista indicação de que possa estar em imparidade. Para a realização dos testes de
imparidade anual, consideramos como base, a proporção das instalações perdidas em cada ano
face às instalações totais adquiridas.
2.8. Imparidade de ativos
Os ativos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização mas, são objeto de testes
de imparidade anuais. Os ativos que são sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre
que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram relevados
possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia relevada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre justo valor
do ativo, menos os gastos de realização, e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os
ativos são agrupados pelo menor grupo identificável de ativos que geram influxos de caixa derivados do
uso continuado e que sejam, em larga medida, independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
grupo de ativos (unidades geradoras de fluxos de caixa).
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se concluir
que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram (com exceção das perdas de
imparidade do goodwill – ver Nota 2.3.3). Esta análise é efetuada sempre que existem indícios que a perda por imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido.
A reversão de perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados na rubrica de Perdas
por Imparidade. Contudo, a reversão de perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que
estaria reconhecida (liquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse
registado em períodos anteriores.
2.9. Inventários
Os inventários, incluindo principalmente mercadorias, matérias-primas e subsidiárias, são registados ao
mais baixo valor entre o custo e o seu valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os
custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para os colocar no seu local e na sua
condição atual.
Os custos de financiamento são excluídos. O valor realizável líquido é o preço da venda estimado de acordo com as atividades normais de negócio, menos as despesas de venda imputáveis.
O método de custeio adotado para valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado.
2.10. Contas a receber de clientes e outros devedores
As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo
subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva, deduzido das
perdas para imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade das contas a receber são estabelecidas
quando há evidência objetiva de que o Grupo não receberá a totalidade dos montantes em dívida conforme as condições originais das contas a receber. O valor da perda por imparidade é a diferença entre
o valor apresentado e o valor presente estimado dos fluxos de caixa futuros, descontado à taxa de juro
efetiva. O valor da perda por imparidade é reconhecido na demonstração dos resultados.
2.11. Caixa e equivalentes de caixa
A caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo,
de liquidez elevada e com maturidade inicial até 3 meses e descobertos bancários.
Os descobertos bancários são apresentados no balanço, no passivo corrente, na rubrica “Empréstimos”.
2.12. Capital social
As ações ordinárias são classificadas no capital próprio.
Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante desta emissão.
Quando a empresa ou as suas filiais adquirem ações próprias da empresa mãe, o montante pago é deduzido ao total dos capitais próprios atribuível aos acionistas, e apresentado como ações próprias, até à
data em que estas são canceladas, reemitidas ou vendidas. Quando tais ações são subsequentemente
vendidas ou reemitidas, o montante recebido é novamente incluído nos capitais próprios atribuíveis aos
acionistas.
2.13. Empréstimos
Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação
incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado; qualquer
diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na
demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se o Grupo possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, doze meses após a data do balanço, sendo
neste caso classificado no passivo não corrente.
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são reconhecidos como gastos financeiros, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.14. Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido. O imposto corrente sobre o
rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data do balanço, considerando para os períodos intercalares a taxa anual efetiva de
imposto, estimada.
Os impostos diferidos são calculados com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores contabilísticos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os impostos diferidos são determinados pelas taxas fiscais (e leis) decretadas
ou substancialmente decretadas na data do balanço e, que se espera, sejam aplicáveis no período de
realização do imposto diferido ativo ou de liquidação do imposto diferido passivo.
São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados
lucros futuros contra os quais poderão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, exceto se resultarem de valores
registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na
mesma rubrica.
2.15. Provisões
São constituídas provisões no balanço sempre que: i) o Grupo tenha uma obrigação presente, legal ou
construtiva, resultante de um acontecimento passado; ii) seja provável que um Exfluxo, razoavelmente
estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigida para liquidar esta obrigação e; iii)
que o seu valor seja fiavelmente estimável. As provisões são revistas à data do balanço e ajustadas para
refletir a melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação, a provisão é revertida.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
2.16. Subsídios Governamentais e de outras entidades públicas
Os subsídios são reconhecidos quando existe segurança de que o Grupo cumprirá as obrigações inerentes
e o subsídio será recebido.
Os subsídios à exploração são reconhecidos na demonstração dos resultados de forma sistemática durante o período em que são reconhecidos os custos que eles visam compensar.
Os subsídios relativos a investimentos em ativos fixos tangíveis são incluídos nos passivos não - correntes,
como subsídios do estado diferidos, e são reconhecidos em resultados, numa base sistemática durante o
período esperado de vida dos ativos correspondentes.
2.17. Reconhecimento do rédito
O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos e após eliminação das vendas internas. O rédito é reconhecido como segue:
2.17.1 Venda
Os ganhos decorrentes das vendas de produtos são reconhecidas quando uma entidade do Grupo
forneça produtos ao cliente, o cliente aceite os produtos e a cobrança seja razoavelmente garantida.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.17.2. Prestação de serviços
Geralmente os proveitos com projetos de consultoria são reconhecidos na data efetiva em que os
serviços são prestados.
Os proveitos com projetos de consultoria em regime de contrato fechado, são reconhecidos
através do método da percentagem de acabamento, com base nos totais de custos incorridos,
estimativas de custos a incorrer e faturação contratada para conclusão dos mesmos, preparadas
pelos responsáveis técnicos de cada projeto. Desta forma, para os projetos em curso à data de
balanço, as rubricas acréscimos de gastos, gastos diferidos, acréscimos de rendimentos e rendimentos diferidos são ajustadas de forma a demonstrar o resultado de cada projeto no final do
período.
2.17.3. Manutenção / Suporte
Os rendimentos relacionados com contratos de manutenção/suporte são reconhecidos no período de contrato de acordo com método da linha reta.
2.17.4. Juros
A receita de juros é reconhecida numa base de proporcionalidade de tempo que tome em
consideração o rendimento efetivo do ativo. Quando uma conta a receber se encontra em imparidade, o Grupo reduz o seu valor contabilístico para o valor recuperável, sendo este igual ao
valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juro efetiva original do
instrumento. O desconto continua a ser reconhecido como rendimento financeiro.
2.17.5. Dividendos
O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito da
empresa a reconhecer o respetivo montante.
2.18. Locações
As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos riscos e
benefícios inerentes à posse do bem for retida pelo locador. Os pagamentos efetuados em locações
operacionais (deduzidos de eventuais incentivos recebidos do locador) são refletidos na demonstração
dos resultados, pelo método da linha reta, durante o período da locação.
No caso dos contratos de locação financeira, os ativos fixos tangíveis imobilizados adquiridos, bem como
as correspondentes responsabilidades, são contabilizadas pelo método financeiro.
De acordo com este método o custo do ativo é registado nos ativos fixos tangíveis e a correspondente
responsabilidade é registada no passivo. As amortizações daqueles bens e os juros incluídos no valor das
rendas são registadas nos resultados do exercício a que respeitam.
Locações de ativos fixos tangíveis onde o Grupo tem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade são classificadas como locações financeiras. As locações financeiras são capitalizadas no início
da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos
da locação. Cada pagamento efetuado é segregado entre o passivo em dívida e o encargo financeiro, de
forma a obter-se uma taxa constante sobre a dívida em aberto. As obrigações da locação, líquidas de encargos financeiros são incluídas em “Empréstimos”. A parcela dos juros é levada a gastos financeiros no
período da locação de forma a produzir uma taxa constante periódica de juros sobre a dívida remanescente em cada período. Os ativos fixos tangíveis adquiridos através de locações financeiras são depreciados
pelo menor entre o período de vida útil do ativo ou o prazo da locação.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
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4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.19. Férias, Subsidio de férias
De acordo com a legislação vigente, os trabalhadores têm, anualmente, direito a 22 dias úteis de férias, bem
como a um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no ano anterior ao do seu pagamento. Assim, estas
responsabilidades são registadas no período em que os trabalhadores adquirem o respetivo direito, por contrapartida da demonstração de resultados, independentemente da data do seu pagamento, e o saldo por liquidar
à data de balanço está relevado na rubrica de Valores a pagar correntes.
2.20. Encargos Financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros com empréstimos obtidos são registados como gasto financeiro de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros, resultantes de empréstimos contraídos para financiar os investimentos em ativos
fixos, são imputados a ativos fixos em curso, na proporção dos gastos totais incorridos naqueles investimentos líquidos de recebimentos de subsídios ao investimento, até à entrada em funcionamento dos mesmos,
sendo os restantes reconhecidos na rubrica de gastos financeiros na demonstração de resultados do exercício.
Os eventuais proveitos por juros obtidos com empréstimos diretamente relacionados com o financiamento de
ativos fixos em construção são deduzidos aos encargos financeiros capitalizáveis.
Os encargos financeiros incluídos nos ativos fixos são amortizados de acordo com o período de vida útil dos
bens respetivos.
2.21. Ativos e Passivos contingentes
“Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos
futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afetando benefícios económicos
futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.”
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas são divulgados
no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.22. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data
do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do
balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
2.23. Reclassificação de Instrumentos Financeiros
Durante o exercício findo em 31Dez13, a Glintt GIT não procedeu a reclassificações de instrumentos, ao abrigo
das emendas efetuadas à IAS 39 e IFRS 7, tal como adotadas pelo regulamento (CE) Nº 1004/2008, emitido em
15 de Outubro de 2008.
3.Gestão do risco financeiro
As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de
liquidez e risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro.
3.1.Risco de crédito
As principais fontes de risco de crédito do Grupo são: caixa e equivalentes de caixa e exposição de crédito a
clientes.
A nível de bancos e instituições financeiras, o Grupo seleciona as contra partes com quem faz negócio atendendo à credibilidade das entidades.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
76
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Em relação a clientes, o Grupo não tem concentrações de risco de crédito significativas e tem políticas que asseguram que as vendas e prestações de serviços são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado
que limitam o montante de crédito a que têm acesso os seus clientes.
Em 31 de Dezembro de 2013, os saldos a receber de clientes representavam a seguinte estrutura de antiguidade:
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
11 285 823
12 975 013
de 1 a 180 dias
8 506 329
9 592 892
de 181 a 360 dias
2 442 584
3 891 504
de 361 a 720 dias
3 225 686
4 608 037
a mais de 721 dias
3 870 490
4 085 075
29 330 912
35 152 521
Imparidades
- 2 795 021
- 2 672 489
Saldo líquido de clientes
26 535 891
32 480 032
Valores não vencidos
Os valores evidenciados no quadro acima correspondem aos valores em aberto face às respetivas datas de
vencimento.
Apesar de se constatar a existência de atrasos na liquidação de alguns valores, face às referidas datas de vencimento, tal facto não se traduz em situações de imparidade, para além das registadas pelo Grupo (2.795.021
euros).
Total saldo clientes
Saldo sem
imparidade
Saldo em
imparidade
Valor da imparidade
Saldo Líquido
clientes
11 285 823
11 285 823
-
-
11 285 823
de 1 a 180 dias
8 506 329
8 161 587
344 742
217 363
8 288 966
de 181 a 360 dias
2 442 584
1 965 082
477 502
340 990
2 101 594
de 361 a 720 dias
3 225 686
1 430 260
1 795 426
1 029 232
2 196 454
a mais de 721 dias
3 870 490
1 862 793
2 007 697
1 207 436
2 663 054
29 330 912
24 705 545
4 625 367
2 795 021
26 535 891
Valores Não Vencidos
Para efeitos da determinação da imparidade de cada ativo, a Glintt considerou a seguinte informação:
(i) Fornecida pela equipa interna de cobranças, que diariamente contata com os nossos clientes, para aferir
qual o momento em que se produzirá ou não, um influxo monetário por parte daqueles, para liquidar as
quantias vencidas.
(ii) Fornecida por parte da equipa de diretivos, os quais, em virtude de uma maior proximidade com os clientes,
nos vão transmitindo o seu grau de conforto / desconforto, relativamente à evolução de cada contrato/
débitos em mora.
Dos valores em aberto, cerca de 4 milhões de euros traduzem a faturação emitida a entidades públicas.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
77
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
3.2.Risco de liquidez
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção da caixa e depósitos bancários a um nível suficiente, a
viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e
a capacidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria do Grupo pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo as linhas de crédito disponíveis.
A liquidez dos passivos financeiros remunerados, bem como a liquidez inerente aos contratos de locação financeira operacional, originará os seguintes fluxos monetários:
Mais 2013
de 5 anos
Até 1 ano
1 a 5 anos
Mais de 5 anos
Dividas a instituições de crédito
22 346 678
21 470 995
7 341 383
Credores por locação financeira
80 480
164 069
57 032
1 741 100
2 537 441
-
24 168 258
24 172 505
7 398 415
ALD
Mais 2012
de 5 anos
Até 1 ano
1 a 5 anos
Mais de 5 anos
Dividas a instituições de crédito
25 019 230
17 362 333
10 315 798
Credores por locação financeira
98 816
228 402
73 175
1 345 189
1 385 252
-
26 463 236
18 975 987
10 388 973
ALD
De acordo com as demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2013, os passivos correntes são superiores
aos ativos correntes em cerca de 14.600 mil euros, contudo, os fluxos das atividades operacionais do último
exercício foram positivos. Consciente destes resultados, e por forma a mitigar o risco de liquidez, a Glintt tem
vindo a implementar diversas medidas de gestão, nomeadamente:
Através da prossecução de um planeamento financeiro cada vez mais rigoroso, elaborado em termos con(i) solidados, mas detalhado ao nível de cada participada, o qual por sua vez se traduz na elaboração e revisão
periódica de orçamentos/planos de tesouraria. Este planeamento permite à gestão prever e quantificar
eventuais excedentes ou défices de recursos ao nível das diversas empresas do grupo, atuando na gestão
dos mesmos, não só de maneira integrada, mas também tempestiva.
A procura de novas fontes de financiamento externos, alternativas às instituições bancárias, mantendo no
(ii) entanto junto destas um relacionamento de grande abertura e proximidade para acompanhar periodicamente a evolução dos recursos monetários do grupo
Manutenção e negociação de linhas de crédito, as quais representam reservas de liquidez de curto prazo, e
(iii) os montantes são os que se detalham:
Valor disponível
Linhas de crédito
59 918 336
Valor utilizado
51 159 056
Valor por utilizar
8 759 280
3.3.Risco de fluxos de caixa e de justo valor associados à taxa de juro
A exposição do Grupo ao risco da taxa de juro advém de aplicações em instituições financeiras e empréstimos
obtidos. As aplicações em instituições financeiras assumem a natureza de curto prazo, pelo que os riscos de
fluxos de caixa decorrentes de alterações na taxa de juro não assumem um carácter relevante.
Os empréstimos obtidos estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência, facto
que expõe o Grupo a riscos de cash flow.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
78
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
O Grupo contrata operações de factoring com recurso e sem recurso, com o objetivo de estabilizar os fluxos de
caixa.
Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo entregue a empresas de factoring ascendia a 4.810 mil euros, cujo adiantamento refletido em empréstimos ascendia a 1.968 mil euros.
A exposição ao risco é analisada de forma dinâmica, realizando-se testes de sensibilidade a variações da taxa de
juro, fundamentalmente à euribor, sendo que alterações na taxa de juro do mercado afetam ganhos ou perdas
de instrumentos financeiros.
Baseadas nas simulações efetuadas a 31 de Dezembro de 2013, uma subida ou descida de 50 pontos base nas
taxas de juro teria um impacto negativo ou positivo nos resultados antes de impostos, mantendo tudo o resto
constante, de cerca de 264 mil euros.
4. Estimativas contabilísticas e pressupostos críticos
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites requer o uso de estimativas e pressupostos que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos,
assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar destas estimativas
serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, os resultados
finais podem, em última instância, diferir destas estimativas.
As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor
contabilístico dos ativos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:
4.1. Estimativa da imparidade do goodwill
O Grupo testa anualmente se o goodwill se encontra em imparidade, de acordo com a política contabilística
referida na Nota 2. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa foram calculados de acordo com o seu valor em uso. Estes cálculos requerem o uso de estimativas.
4.2.Impostos Diferidos
O Grupo contabiliza impostos diferidos ativos com base nos prejuízos fiscais existentes à data de balanço e no
cálculo de recuperação dos mesmos. Estes cálculos requerem o uso de estimativas.
4.3.Rédito
O reconhecimento do rédito pelo Grupo é feito com recurso a análises e estimativas da gestão no que concerne
ao desenvolvimento atual e futuro dos projetos de consultoria, os quais podem vir a ter um desenvolvimento
futuro diferente do orçamentado à presente data.
4.4. Contratos de Construção
Sempre que o desfecho dos contratos de construção possa ser fiavelmente estimado, o rédito do contrato e os
gastos do contrato associados, são reconhecidos com referência à fase de acabamento da atividade do contrato,
à data do balanço. Quando for provável que os custos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a
perda esperada é reconhecida como um gasto.
Em 31 de Dezembro de 2013, os contratos de construção em curso, advêm essencialmente dos projetos afetos
à área de Managed Services, sendo que:
• Os gastos reconhecidos ascendiam a 1.376.981 euros; 1.705.576 euros em 2012
• Os ganhos reconhecidos ascendiam a 1.763.438 euros; 2.106.344 euros em 2012.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
79
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
5. Informação por segmentos
A IFRS 8 – Segmentos Operacionais, vem estabelecer os princípios para divulgação de informação sobre os
segmentos operacionais de uma entidade, assim como dos seus produtos e serviços, dos seus mercados
geográficos e dos seus principais clientes, de aplicação obrigatória após 1 de Janeiro de 2009, substituindo a IAS
14 – Relato por Segmentos, sendo que as alterações introduzidas apesar de conduzirem a divulgação adicional
de informação sobre cada segmento de negócio, não alteraram significativamente a forma como têm vindo a
ser apresentados os segmentos operacionais do Grupo.
Este normativo internacional impõe a identificação e reporte operacional, atendendo aos segmentos cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal responsável pela tomada de decisões da entidade para efeitos da tomada de decisões sobre a imputação de recursos ao segmento e da avaliação do seu
desempenho.
O grupo está organizado em quatro segmentos de negócio os quais foram definidos com base no tipo de produtos vendidos e serviços prestados, com as seguintes unidades de negócio:
• Managed Services
• Consultoria e Integração
• Outsourcing
De acordo com a alínea b) do parágrafo 22 da IFRS 8, uma entidade deve divulgar os tipos de produtos e
serviços a partir dos quais cada segmento relatável obtém os seus réditos.
Desta forma, e de maneira não exaustiva, referimos que os produtos e serviços alocados a cada segmento
relatável são os seguintes:
Managed Services
Esta área de negócio atua nas seguintes dimensões:
(i) Conceção, produção, venda e suporte de terminais de pagamento automático;
(ii) Integração de Infra-estruturas de IT, bem como o seu suporte, nomeadamente nas áreas de networking,
segurança, sistemas de storage e database management;
(iii) Gestão e integração de Projetos de Infra-estruturas, desenho e conceção de lay-out e imagem para
Farmácias.
Consultoria e Integração
Esta área de negócio constitui-se como um dos três vetores de atuação da Glintt e atua nas seguintes dimensões:
(i) Desenvolvimento de Software à medida com especial relevo para as tecnologias Java e .net;
(ii) Desenvolvimento de Software específico para área da saúde;
(iii) Implementação, desenvolvimento e integração de plataformas de parceiros com especial relevo para
o BPM, ERP, BI e soluções de Mobilidade.
Outsourcing
Esta área atua em três dimensões base, junto do Cliente:
(i) Colocação de consultores, especializados em TI, em regime “time & materials” preferencialmente nas
instalações do Cliente;
(ii) Assumir de forma total processos de negócio “não core” dos clientes, de forma a que estes se dediquem ao seu negócio, quer nas suas instalações, quer em instalações da Glintt;
(iii) Recrutamento e selecção, “Executive Search”, formação comportamental “indoor”, “Management
Outdoor”, desenho de processos e consultoria em recursos humanos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
80
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A informação solicitada no parágrafo 129 da IAS 36 encontra-se reportada na linha “Outros items materiais
que não dão origem a fluxos de caixa”, sendo que os valores que constam nessa rubrica correspondem ao
montante das imparidades registadas (nota 27).
Relativamente ao parágrafo 34 da IFRS 8, entendemos não ser o mesmo aplicável à emitente, uma vez
que não existe dependência desta relativamente aos seus principais clientes, pois não existem réditos
provenientes das transações com um único cliente externo que representem 10% ou mais dos réditos totais.
(valores em euros)
Managed Services
dez/13
Consultoria e Integração
dez/12
dez/13
Outsourcing
dez/12
dez/13
Total
dez/12
dez/13
dez/12
Réditos Operacionais
41 174 437
48 796 681
34 333 625
33 306 480
10 493 360
9 020 352
86 001 422
733 455
1 634 232
597 431
1 367 077
692 268
1 835 864
2 023 154
4 837 173
41 907 892
50 430 913
34 931 056
34 673 557
11 185 628
10 856 216
88 024 575
95 960 686
41 456 996
46 587 835
28 091 675
29 292 453
10 500 626
9 524 797
80 049 297
85 405 085
339 548
2 168 603
1 683 606
1 845 438
0
823 132
2 023 154
4 837 173
41 796 544
48 756 438
29 775 280
31 137 890
10 500 626
10 347 929
82 072 451
90 242 257
111 348
1 674 475
5 155 775
3 535 666
685 002
508 286
5 952 125
5 718 427
0
0
0
0
0
0
0
0
494 416
143 024
412 105
98 336
131 965
30 789
1 038 486
272 149
2 123 379
1 954 180
1 769 877
1 343 588
566 750
420 675
4 460 006
3 718 443
0
0
0
0
0
0
0
0
Resultados antes de Impostos
-1 517 615
-136 681
3 798 003
2 290 414
250 217
118 400
2 530 605
2 272 133
Imposto sobre o Rendimento
-625 504
-28 026
1 565 395
872 197
103 130
53 186
1 043 021
897 357
Resul. do exercício antes de Interesses que não controlam
-892 111
-108 655
2 232 608
1 418 218
147 087
65 214
1 487 584
1 374 777
Externos
Intra-Segmentos
91 123 513
Gastos Operacionais
Externos
Intra-Segmentos
Resultado Operacional Segmento
Resultado de Actividades Descontinuadas
Ganhos Financeiros
Perdas Financeiras
Ganhos em empresas do Grupo
Interesses que não controlam
0
0
-173 691
-127 704
0
0
-173 691
-127 704
Resultado Líquido do Exercício
-892 111
-108 655
2 058 917
1 290 514
147 087
65 214
1 313 893
1 247 073
Outras Informações (demonstração de resultados)
Depreciações e Amortizações
680 714
776 698
567 388
748 302
181 689
167 199
1 429 792
1 692 199
Out. Itens materiais que não dão origem a fluxos de caixa
237 561
-418 017
647 252
1 305 813
-22 496
-53 864
862 317
833 932
110 954 901
90 723 046
74 068 530
93 897 919
36 122 246
31 943 988
221 145 677
216 564 954
221 145 677
216 564 954
Outras Informações (posição financeira)
Ativos do Segmento
Total do Ativo Consolidado
Investimentos em ativos tangiveis
Investimentos em ativos intangiveis
Passivos do Segmento
210 158
138 055
175 171
295 150
56 093
42 844
441 422
476 049
5 770 896
1 009 640
2 159 953
1 742 492
0
0
7 930 849
2 752 132
48 495 275
28 497 188
40 421 770
60 925 021
12 943 866
8 843 955
101 860 911
98 266 164
Os resultados, ativos e passivos de cada segmento correspondem aos que lhes são diretamente atribuídos,
bem como aos que lhes são atribuídos numa base razoável de imputação.
Relativamente às áreas geográficas, foram identificados os seguintes segmentos:
(valores em euros)
2013
Portugal
Espanha
Angola
64 285 805
12 094 982
5 975 390
492 942
455 682
2 425 028
271 593
1 359 395
348 890
1 258 870
18 094
0
0
0
2 985 249
119 578 927
0
0
0
0
0
0
119 578 927
42 763 734
45 838
1 255
1 124
0
0
0
42 811 951
3 479 875
103 295
0
37 363
125 298
0
0
3 745 831
Réditos
Polónia
Brasil
Resto Europa
Outros
Total
86 001 422
Ativos não correntes
Ativos fixos tangiveis
Goodwill
Ativos fixos intangiveis
Ativos por impostos diferidos
No segmento Outros incluíram-se os seguintes mercados: América do Sul e Central, África e Médio-Oriente.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
81
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2012
Portugal
Réditos
Espanha
Angola
Total
Polónia
75 490 314
9 709 183
5 751 857
172 160
91 123 513
Ativos não correntes
1 656 292
378 294
1 306 167
0
3 340 752
119 565 085
0
0
0
119 565 085
35 738 852
37 231
0
0
35 776 083
2 599 910
36 469
0
21 892
2 658 270
Ativos fixos tangiveis
Goodwill
Ativos fixos intangiveis
Ativos por impostos diferidos
6. Empresas incluídas e excluídas na consolidação
As empresas incluídas na consolidação pelo método integral à data de 31 de Dezembro de 2013, eram as
seguintes:
2013
Empresa Holding, empresas filiais e associadas
Sede Social
Capital Social
%
Glintt, SA
Sintra
86 962 868
-
Glintt - Technology Enabled Services, SA
Sintra
4 877 935
100
Glintt - Business Process Outsourcing, SA
Sintra
50 000
100
Glintt - Business Solutions, Lda
Sintra
10 000 000
100
Glintt - Healthcare Solutions, SA
Porto
1 992 000
100
Netpeople - Tecnologias de Informação, SA
Sintra
225 000
100
Sol-S e Solsuni - Tecnologias de Informação, SA
Lisboa
5 000 000
100
RHM, Management de Recursos Humanos, Lda
Sintra
100 000
100
Pulso Informatica, SLU
Madrid
10 818
100
Solservice Angola, Lda
Luanda
5.000 USD
100
Glintt Angola, Lda
Luanda
5.001 USD
100
Consoft, SA
Madrid
217 562
100
Farmasoft, SL
Madrid
48 081
55
Glintt Energy, SA
Évora
50 000
100
Glintt España, SL
Madrid
50 000
100
Porto
50 000
100
Glintt INOV, SA
Glintt Polska Sp. z.o.o
Varsóvia
100.000 PLN
Glintt Brasil LTDA
São Paulo
1.200.000 BRL
99,99
100
Capital Social
%
2012
Empresa Holding, empresas filiais e associadas
Sede Social
Glintt, SA
Sintra
86 962 868
-
Glintt - Technology Enabled Services, SA
Sintra
4 877 935
100
Glintt - Business Process Outsourcing, SA
Sintra
50 000
100
Glintt - Business Solutions, Lda
Sintra
10 000 000
100
Glintt - Healthcare Solutions, SA
Porto
1 992 000
100
Netpeople - Tecnologias de Informação, SA
Sintra
225 000
100
Sol-S e Solsuni - Tecnologias de Informação, SA
Lisboa
5 000 000
100
RHM, Management de Recursos Humanos, Lda
Sintra
100 000
100
Pulso Informatica, SLU
Madrid
10 818
100
Solservice Angola, Lda
Luanda
5.000 USD
100
Glintt Angola, Lda
Luanda
5.001 USD
100
Consoft, SA
Madrid
217 562
100
Farmasoft, SL
Madrid
48 081
55
Glintt Energy, SA
Évora
50 000
100
Glintt España, SL
Madrid
50 000
100
Porto
50 000
100
100.000 PLN
100
Glintt INOV, SA
Glintt Polska Sp. z.o.o
Varsóvia
A única alteração face a 2012 resulta do início de atividade da Glintt Brasil LTDA.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
82
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
7. Ativos fixos tangíveis
31 / 12 / 2012
31 / 12 / 2013
Custo
Amortizações
Acumuladas
Valor Líquido
Amortizações
Acumuladas
Custo
Valor Líquido
Edifícios e out. construções
2 428 914
921 059
1 507 855
2 509 768
794 562
1 715 206
Equipamento básico
7 506 859
6 907 276
599 583
7 460 332
6 675 628
784 704
797 865
665 423
132 442
681 280
646 920
34 359
6 204 022
5 611 467
592 555
5 982 559
5 341 723
640 835
Equipamento de transporte
Equip. administrativo
Outras imob. corpóreas
558 079
405 265
152 814
556 760
391 113
165 647
17 495 739
14 510 490
2 985 249
17 190 699
13 849 947
3 340 752
Saldo em 01-01-13
Aquisições /
Dotações
Abates/ Alienações
Acertos
cambiais
Transferencias
Saldo em 31-12-2013
Custo
Edifícios e outras construções
2 509 768
0
0
0
(80 854)
2 428 914
Equipamento básico
7 460 332
48 983
(2 308)
0
(148)
7 506 859
Equipamento de transporte
681 280
160 191
(28 302)
0
(15 304)
797 865
Equipamento administrativo
5 982 559
228 273
(1 162)
0
(5 648)
6 204 022
Outras imobilizações corpóreas
556 760
3 975
0
0
(2 656)
558 079
17 190 699
441 422
(31 772)
0
(104 610)
17 495 739
794 562
147 917
0
0
(21 420)
921 059
6 675 628
226 636
(2 308)
0
7 321
6 907 276
Amortizações acumuladas
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
646 920
44 872
(18 794)
0
(7 575)
665 423
Equipamento administrativo
5 341 723
295 741
(1 161)
0
(24 836)
5 611 467
Outras imobilizações corpóreas
391 113
13 915
0
0
237
405 265
13 849 947
729 081
(22 263)
0
(46 273)
14 510 490
Saldo em 01-01-12
Aquisições /
Dotações
Abates/ Alienações
Acertos
cambiais
Transferencias
Saldo em 31-12-2012
Custo
Edifícios e outras construções
2 293 091
216 677
0
0
0
2 509 768
Equipamento básico
7 535 063
24 838
(99 569)
0
0
7 460 332
Equipamento de transporte
864 080
30 662
(213 462)
0
0
681 280
Equipamento administrativo
5 881 856
202 053
(101 350)
0
0
5 982 559
Outras imobilizações corpóreas
554 942
1 818
0
0
0
556 760
17 129 032
476 048
(414 381)
0
0
17 190 699
645 163
150 270
0
0
-871
794 562
6 503 273
244 140
(71 779)
0
-5
6 675 628
Amortizações acumuladas
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
819 065
40 854
(213 462)
0
463
646 920
Equipamento administrativo
5 058 942
350 765
(68 037)
0
53
5 341 723
Outras imobilizações corpóreas
RELATÓRIO E CONTAS 2013
360 922
30 619
(41)
-404
17
391 113
13 387 366
816 648
(353 319)
-404
-343
13 849 947
83
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Os contratos de locação financeira estão relevados da seguinte forma:
31 / 12 / 2013
Valor
Aquisição
Bem
Amortização
Acumulada
Valor
Liquido
Viaturas
103 500
103 500
0
Edificios
186 815
14 011
172 804
Equipamento informático
318 225
159 113
159 112
608 540
276 624
331 916
31 / 12 / 2012
Valor
Aquisição
Bem
Amortização
Acumulada
Valor
Liquido
Viaturas
103 500
99 188
4 312
Edificios
186 815
10 275
176 540
Equipamento informático
318 225
95 468
222 757
608 540
204 931
403 609
8. Goodwill
31 / 12 /2013
Custo
Goodwill
121 328 927
Imparidades
31 / 12 /2012
Valor Líquido
1 750 000
Custo
119 578 927
121 315 085
Imparidades
1 750 000
Valor Líquido
119 565 085
O valor de Goodwill existente à data de 31 de Dezembro de 2013 ascende a 119.579 mil euros líquidos
dizendo respeito às seguintes operações:
Goodwill
Valor
Eurociber (2000)
18 098 387
WEN (2005)
22 706 268
Gain (2005)
Sols e Solsuni (2007)
2 100 000
12 779 972
Bytecode (2007)
6 310 267
Glintt BPO (2007)
4 628 824
Glintt HS (2008)
9 813 901
Pulso Informática (2008)
3 260 281
EHC (2008)
Consiste - SGPS (2008)
Netpeople (2008)
Glintt Angola (2008)
RHM (2010)
1 472 458
32 796 605
5 250 210
351 151
10 603
119 578 927
Teste de imparidade do Goodwill
O valor do Goodwill registado resulta de diversas operações de concentração de atividades, as quais ocorreram em exercícios anteriores, nomeadamente as últimas operações realizadas ocorreram em 2010, aquando da aquisição da totalidade do capital social da empresa RHM e anteriormente, e em 2008 com a fusão da
ParaRede SGPS com a Consiste.
Ainda assim, durante o exercício de 2013, verificou-se um aumento do valor do Goodwill, de 13.842 euros,
em resultado da concretização do último pagamento efetuado para aquisição da EHC, o qual havia sido
diferido e condicionado à verificação de determinados pressupostos, os quais apenas se materializaram no
corrente exercício.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
84
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Conforme referido no relatório de gestão, a Glintt estrutura a sua atividade por tipo de competência, a qual é
agrupável em 3 segmentos de negócio, a saber: Managed Services, Consultoria e Integração e Outsourcing.
Cada segmento constitui uma unidade geradora de caixa, cujo apuramento do valor presente dos fluxos de
caixa futuros se resume na seguinte tabela:
(valores em milhares de euros)
31 / 12 /2013
Valor presente dos fluxos
de caixa futuros
31 / 12 /2012
Valor contabilistico
Valor presente dos fluxos
de caixa futuros
Valor contabilistico
Managed Services
69 477
62 593
64 127
62 593
Consultoria e Integração
43 207
33 772
38 785
33 758
Outsourcing
38 618
23 214
25 318
23 214
Sendo o valor recuperável de uma unidade geradora de caixa baseado no cálculo do valor em uso, concluímos que confrontando o valor contabilístico com o valor em uso de cada unidade, é verosímil a recuperação
daqueles montantes.
O apuramento do valor presente dos fluxos de caixa de cada unidade segue a seguinte metodologia:
• Aferição dos resultados previsionais de cada área, antes de impostos, e das respetivas necessidades
de fundo de maneio; preparados a partir de projeções financeiras elaboradas e apresentadas pela
Administração ao longo de um período de cinco anos.
• Aferição do valor presente dos fluxos de caixa futuros, determinado com base em crescimentos em
perpetuidade diferenciados igualmente para cada unidade geradora de caixa, a saber:
Managed Services Consultoria e Integrações Outsourcing 1%
2,5%
3%
• Aferição do valor de uso de cada unidade, considerando 3 cenários distintos para cálculo do WACC
Os resultados previsionais de cada área são projetados em linha com as orientações estratégicas do Grupo,
quer em termos de crescimento do volume de negócio, quer em termos da consolidação e preservação de
adequados níveis de rentabilidade operacional (EBITDA).
Neste contexto, tem-se verificado a existência de desafios diferentes ao nível das três unidades operacionais,
com implementação de medidas distintas, para concretização dos objetivos globais do Grupo.
Ao nível do crescimento de volume de negócios, os segmentos operacionais “Managed Services” e “Consultoria e Integração” têm sofrido maior impacto da atual conjuntura económica do mercado doméstico,
em resultado não só do adiar de decisões de investimento por parte dos clientes de TI, como também uma
procura de novas soluções de baixo investimento para dar resposta às suas preocupações de negócio. Ao
nível destas duas áreas, a Glintt tem tentado contrariar esta tendência apostando em três alavancas de
crescimento: Mercado Internacional; Near Shore e Investimento seletivo em Projetos de I+I+D.
No caso do segmento do Outsourcing a estratégia para garantir crescimento sustentado passa igualmente
pela aposta na internacionalização, onde a demanda de serviços Glintt e a notoriedade dos mesmos têm
evoluído positivamente.
Com efeito, para o período em análise, foram projetadas as seguintes taxas de crescimento médias:
• Managed Services
• Consultoria e Integrações • Outsourcing 12%
6%
18%
Ao nível da rentabilidade, qualquer um dos três segmentos têm evoluído favoravelmente, fruto da utilização
de recursos de forma eficiente e sempre pensada numa ótica de criação de valor.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
85
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
As margens de EBIT previstas para 2014 são 5% para Managed Services, 10% para Consultoria e Integração
e 11% para Outsourcing.
No que diz respeito à atualização dos fluxos de caixa operacionais de cada unidade, a Glintt preparou três
cenários distintos para cálculo da WACC, pois considera esta taxa, um elemento chave na determinação dos
Fluxos de Caixa Futuros, e consequente aferição de eventual imparidade do Goodwill.
Assim, foram preparados três cenários distintos para determinação da WACC, a saber:
•
Cenário 1 (C1) – Aplicação das taxas vigentes antes do resgate da República Portuguesa, cuja WACC
apurada é de 10,271%, sendo este o cenário mais conservador e o refletido nas projeções tal como
atrás indicado;
•
Cenário 2 (C2) – Considera a taxa de juro sem risco da Alemanha, acrescida do prémio de risco total
atual do mercado português, cuja WACC apurada é de 9,583%;
•
Cenário 3 (C3) – Considera a taxa de juro sem risco de Portugal no mercado secundário, acrescido
do diferencial entre o risco total atual do mercado português e a OT 10Y PT, cuja WACC apurada é de
8,505%, sendo este o cenário mais ambicioso.
Pese embora o Grupo considere a taxa apurada no Cenário 1, uma taxa muito elevada, pois contempla fatores que não correspondem ao normal comportamento dos mercados, foi essa a taxa utilizada para efeitos
de aferição de eventual imparidade do Goodwill.
As variáveis introduzidas na WACC apurada no Cenário 1 e que serviram de base à determinação do Custo
de Oportunidade do Capital Próprio foram as seguintes:
•
Taxa de juro sem risco a longo prazo de 6,716% (aplicado em 2012)
•
Unlevered Beta do setor de Computer Services do mercado europeu
•
Prémio de risco do mercado português de 6,28%, aplicado em 2011 e 2012, equivalente ao que se
verificava antes do mercado deixar de funcionar normalmente.
Foi considerado um Custo do Capital Alheio de 6,247% (6,248% em 2012) e o nível de Leverage Financeiro
com base no Balanço de 2013.
A tabela abaixo resume os pressupostos e valores utilizados nos três cenários.
“C1
(Antes Resgate)”
CENÁRIOS
“C2
(GERMANY)”
“C3
(OT10Y@100314)”
Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC)
WACC = [(1 − L) * re] + [ L * rd * (1 − t )]
re
rd
L
t
Custo de Oportunidade do Capital Próprio (CAPM)
Custo da Dívida (1)
Leverage Financeiro Target = [D/(D+E)] (2)
taxa de imposto
WACC
12,929%
6,247%
31,89%
26,500%
10,271%
11,919%
6,247%
31,89%
26,500%
9,583%
10,337%
6,247%
31,89%
26,500%
8,505%
6,716%
0,99
0,47
0,7361
6,280%
12,929%
1,630%
0,99
0,47
0,7361
10,400%
11,919%
4,460%
0,99
0,47
0,7361
5,940%
10,337%
CAPM = re = rf + β L * (rm − rf )
rf
bL
D/E
bu
(rm-rf)
re
Taxa de juro sem risco longo prazo (3)
Levered Beta
Levered Contabilistico β L = β u *{1 + [ D / E * (1 − t )]}
Unlevered Beta
Prémio de Risco do Mercado (4)
Custo de Oportunidade do Capital Próprio (CAPM)
(1) Custo Médio da Dívida Glintt de 2013
(2) Leverage financeiro - Contas consolidadas de Dezembro de 2013
(3) Taxa de Obrigações do Tesouro a 10 anos no último leilão de dívida pública a 10 anos (12 Jan 11), antes do resgate da República; German Bund 10Y @10032014;
OT Portugal 10Y@10032014
(4) Prémio de risco do mercado português antes do antes do resgate da República (Fonte: Damodaran Online); Portugal Risk Premium (Fonte: Damodaran Online);
Portugal Risk Premium (Fonte: Damodaran Online) - OT10Y PT @10032014
RELATÓRIO E CONTAS 2013
86
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Por último, e uma vez que a Administração considera que outro dos pressupostos chave na determinação do
valor presente dos fluxos de caixa das três unidades é a taxa de crescimento na perpetuidade, muito embora e com devida exceção para a taxa considerada na unidade de Managed Services (demasiado prudente),
o Grupo procedeu igualmente a realização de testes de sensibilidade para aferição do impacto de uma
eventual redução, na determinação do valor de uso das unidades geradoras de caixa. Contudo, assumindo
um contexto mais desfavorável, a atualização dos fluxos de caixa futuros de cada unidade operacional continuariam a revelar-se superior à quantia escriturada nas contas de 31 de Dezembro, se se utilizassem as
seguintes taxas de crescimento na perpetuidade:
Managed Services
Consultoria e Integrações Outsourcing 0,75% (redução 0,25)
2,25% (redução 0,25)
2,75% (redução 0,25)
9. Ativos Intangíveis
31 / 12 /2013
Amortizações
acumuladas e
imparidades
Custo
31 / 12 /2012
Valor Líquido
Amortizações
acumuladas e
imparidades
Custo
Valor Líquido
Propr. intelectual out. direitos
1 197 321
183 388
1 013 933
440 539
148 786
291 753
Intangíveis desenv. Internam.
14 934 936
4 078 825
10 856 111
7 806 323
3 572 455
4 233 868
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
30 000 000
343 808
29 656 192
30 000 000
249 538
29 750 462
2 142 857
857 142
1 285 715
2 142 857
642 857
1 500 000
48 275 114
5 463 163
42 811 951
40 389 719
4 613 636
35 776 083
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
2013
Saldo em
01.01.13
P.imparidade
/ abates
Aquisições
/dotações
Saldo em
31.12.13
Acertos
cambiais
Transferencias
Custo
Intangíveis desenvolvidos internamente
7 806 323
7 128 613
0
0
0
Propriedade intelectual e outros direitos
440 539
802 236
-45 454
0
0
1 197 321
30 000 000
0
0
0
30 000 000
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
14 934 936
2 142 857
0
0
0
0
2 142 857
40 389 719
7 930 849
-45 454
0
0
48 275 114
Intangíveis desenvolvidos internamente
3 572 455
406 370
100 000
0
0
4 078 825
Propriedade intelectual e outros direitos
148 786
80 056
-45 454
0
0
183 388
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
249 538
0
94 270
0
0
343 808
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
642 857
214 285
0
0
0
857 142
4 613 636
700 711
148 816
0
0
5 463 163
Amortizações e imparidades acumuladas
2012
Saldo em
01.01.12
P.imparidade
/ abates
Aquisições
/dotações
Saldo em
31.12.12
Acertos
cambiais
Transferencias
Custo
Intangíveis desenvolvidos internamente
5 336 748
2 469 575
0
0
0
Propriedade intelectual e outros direitos
4 835 650
282 557
-4 677 668
0
0
440 539
30 000 000
0
0
0
0
30 000 000
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
7 806 323
2 142 857
0
0
0
0
2 142 857
42 315 255
2 752 132
-4 677 668
0
0
40 389 719
Intangíveis desenvolvidos internamente
2 922 858
649 597
0
0
0
3 572 455
Propriedade intelectual e outros direitos
4 814 786
11 668
-4 677 668
0
0
148 786
77 634
0
171 904
0
0
249 538
428 571
214 286
0
0
0
642 857
8 243 849
875 551
-4 505 764
0
0
4 613 636
Amortizações e imparidades acumuladas
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil indefinida)
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil finita)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
87
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Em 2010, e conforme divulgado no relatório e contas daquele exercício, resultante da aquisição da sociedade Consoft, a Glintt reconheceu separadamente no balanço consolidado, o valor dos ativos identificáveis
à data da aquisição, os quais configuram ativos intangíveis, a saber:
- O Software aplicacional para gestão de farmácias “Farmatic” e,
- A respetiva Carteira de Clientes.
Estes ativos permitirão gerar benefícios económicos futuros sendo o seu custo mensurado com fiabilidade
pelo justo valor, apurado através do desconto dos fluxos de caixa líquidos futuros estimado pela Administração.
Relativamente ao Software “Farmatic”, os fluxos de caixa futuros que lhe estão associados são os contratos
de utilizador final (contratos novos), e os contratos de atualização do Software, relativos a clientes/instalações surgidas após a data de aquisição daquela sociedade.
Para a definição da vida útil destes ativos foram ponderados os seguintes factores-chave:
I. Estabilidade do sector em que o ativo opera;
II. Os ciclos de vida típicos para o ativo e a informação pública sobre estimativas de vida útil de ativos
semelhantes que sejam usados de forma semelhante;
III. O nível do dispêndio com manutenção/atualização exigido para obter os benefícios económicos futuros
esperados do ativo e a capacidade e intenção para atingir esse nível; e
IV. O período de controlo sobre o ativo e limites legais sobre o seu uso.
Tendo em conta os fatores acima mencionados, foi definido para o Software aplicacional “Farmatic”, uma
vida útil finita de 10 anos, sendo o seu valor depreciado ao longo desse período, mediante aplicação do
método da linha reta. Anualmente, o período e o método de amortização poderão ser revistos.
De forma a dar cumprimento à alínea c) do parágrafo 134 da IAS 36 informa-se que, para o apuramento do
valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, o seu custo foi mensurado com fiabilidade pelo justo
valor, apurado através do desconto dos fluxos de caixa líquidos futuros estimados pela Administração. Estes
fluxos de caixa líquidos futuros estão associados aos contratos de atualização de Software, relativos à carteira de clientes/instalações existentes à data.
O valor registado como intangível de vida útil indefinida, no montante de 30.000.000 euros, corresponde
ao reconhecimento dos ativos identificáveis à data de aquisição da empresa espanhola Consoft, nomeadamente ao valor atribuído à carteira de clientes. A estes, estão associados os contratos de atualização de
Software, relativos à carteira de clientes/instalações existentes.
Este ativo é objeto de testes de imparidade, anualmente, ou sempre que existem indícios de que o mesmo
possa estar em imparidade. A mesma determina-se considerando como base a proporção das instalações
perdidas em cada ano, face às instalações totais adquiridas, a saber:
Exercício de 2011 – Perda de 14 Instalações e Reconhecimento de Imparidade de 77.634 euros
Exercício de 2012 – Perda de 31 Instalações e Reconhecimento de Imparidade de 171.904 euros
Exercício de 2013 – Perda de 17 Instalações e Reconhecimento de Imparidade de 94.270 euros
A alínea b) do parágrafo 134 da IAS 36 requer a divulgação das quantias escrituradas de ativos intangíveis
com vidas úteis indefinidas imputadas a cada unidade geradora de caixa.
No quadro abaixo, detalha-se a imputação dos ativos intangíveis com vidas úteis indefinidas, às unidades
geradoras de caixa:
Managed Services
Goodwill
Intangíveis c/vida útil indefinida
Consultoria e
Integração
Outsourcing
Total
62 593 085
33 771 842
23 214 000
-
29 656 192
-
119 578 927
29 656 192
62 593 085
63 428 034
23 214 000
149 235 119
Não se verificou durante o exercício de 2013, nenhuma alteração de nenhum pressuposto-chave, pelo que
não foram feitas divulgações adicionais a este respeito.
O montante relativo a pesquisa e desenvolvimento reconhecido como gasto durante o exercício de 2013,
ascendeu a 650 mil euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
88
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Intangíveis desenvolvidos internamente
Na rubrica de intangíveis desenvolvidos internamente, a 31 de Dezembro de 2013, encontram-se relevados os projetos relacionados com o desenvolvimento interno de produtos próprios, conforme se descreve
abaixo:
31/12/2013
Am. Acumuladas /
Imparidade
Investimento
V. liquido
POS Sedna
250 578
250 578
POS Europa
114 760
114 760
0
POS Vega
1 797 601
0
1 797 601
POS Titan
23 306
23 306
0
A7000
25 139
25 139
0
1 164 830
1 164 830
0
Nitec
292 560
292 560
0
Pharmacy - Equipamentos
128 474
69 135
59 339
Tecnovoz
Pharmacy - Soft. Easygest
Energy - CPV
0
47 275
37 426
9 849
4 497 939
0
4 497 939
50 000
50 000
0
Pharos
356 907
0
356 907
Software / Plataforma integração
150 000
Energy - Smart Metering
250 000
100 000
Glintt Content Management
35 000
28 889
6 111
Finance Glintt
70 000
28 000
42 000
3 651 628
1 886 934
1 764 694
785 635
0
785 635
Sol.Elect. Saude - HIVE
39 705
0
39 705
Queue Management(Disp senhas)
74 647
0
74 647
Glintt Signature
10 624
2 951
7 673
FarmaSites
17 311
0
17 311
Soft. Gestão Hospitalar
Poseidon
51 803
4 317
47 486
Appolo
316 903
0
316 903
POS Titan 2
103 189
0
103 189
96 142
0
96 142
FastFlow
158 425
0
158 425
MAC
346 569
0
346 569
Gestcall (Recargas digitais)
167 899
0
167 899
10 087
0
10 087
14 934 936
4 078 825
10 856 111
Wise Waste
Finance Glintt - Leasing Pack
Plataforma de faturação
Total
Comparativamente a 31 de Dezembro de 2012, o detalhe dos projetos era o seguinte:
31/12/2012
Investimento
Am. Acumuladas /
Imparidade
V. liquido
POS Sedna
250 578
250 578
POS Europa
114 760
114 760
0
POS Vega
1 569 800
0
1 569 800
POS Titan
23 306
18 773
4 533
A7000
25 402
19 123
6 279
1 164 830
1 164 830
0
Nitec
292 560
292 560
0
Pharmacy - Equipamentos
128 474
36 958
91 516
Tecnovoz
Pharmacy - Soft. Easygest
Energy - Produtos
0
47 275
13 789
33 486
195 000
0
195 000
40 000
0
40 000
Pharos
190 338
0
190 338
Software / Plataforma integração
Energy - Smart Metering
250 000
0
250 000
Glintt Content Management
35 000
7 223
27 777
Finance Glintt
70 000
14 000
56 000
2 637 284
1 639 861
997 423
Soft. Gestão Hospitalar
322 549
0
322 549
Sol.Elect. Saude - HIVE
23 921
0
23 921
Queue Management(Disp senhas)
67 401
0
67 401
Glintt Signature
10 316
0
10 316
FarmaSites
17 311
0
17 311
Wise Waste
13 315
0
13 315
316 903
0
316 903
7 806 323
3 572 455
4 233 868
Poseidon
Appolo
Total
RELATÓRIO E CONTAS 2013
89
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Apesar de à data de 31 de dezembro de 2013, existirem projetos já totalmente amortizados, os mesmos
continuam a ser relevados em balanço, por continuarem a consubstanciar unidades geradoras de caixa.
Foram capitalizados no exercício 7.128.613 euros, relacionados com diversos projetos, e que de acordo com
a estratégia definida, se enquadram da seguinte forma nos mercados:
Mercados
Investimento
Consulting
Applications, Solutions & Services
2 302 594
Energy
Produto
4 312 939
Engineering
Desenvolvimento
513 080
7 128 613
Consulting
Software de gestão hospitalar
Composto por vários módulos, sendo que cada um deles tem funcionalidades distintas. Os módulos que o
compõem são os seguintes:
•
Gestão de doentes – Representa o núcleo base da organização da informação de toda a Solução de
Gestão Hospitalar. Esta solução responde de forma eficiente, integrada, rápida e segura a todos os processos envolvidos, como a organização e planeamento da atividade, gestão de meios e recursos, nomeadamente, gestão de agendas e atendimento ao doente, gestão de diferentes listas de espera (Bloco
Operatório e Consulta Externa), e permite efetuar o registo de toda a atividade e consumos relacionados
com o doente e episódio clínico.
O investimento realizado focou-se essencialmente em dois objetivos:
• Articulação com os sistemas centralizados do Ministério da Saúde
• Componente de atendimento – “Front Office”
•
SGICM – É a aplicação de suporte a toda a Prescrição eletrónica de medicamentos e atitudes terapêuticas, Farmácia Hospitalar, Aprovisionamento e Logística Hospitalar. Esta solução está presente numa
grande percentagem dos Hospitais Portugueses, sendo constante o desafio subjacente à mesma, quer
em termos funcionais, quer tecnológicos.
O investimento realizado focou-se essencialmente no desenvolvimento de novas funcionalidades, como
sejam a monitorização da prescrição de medicamentos e MCDT, Prescrição do Plano Terapêutico, registo
de medicamentos biológicos, módulo de estupefacientes, módulo de hemoderivados, monotorização
de revisões clinicas, gestão das alíquotas em citostáticos, venda de medicamentos em unidose, solução
tátil de registo de consumos, registo móvel na armazenagem e distribuição e logística. A adequação aos
sistemas centralizados do Ministério da Saúde tem sido também um forte canalizador de recursos, ao
nível do investimento realizado nesta solução.
•
Faturação – FACTUS - trata-se de uma aplicação de faturação integrada no SIH, sendo que é uma resposta fundamental à atividade dos clientes de um mercado específico como a Saúde. Incorpora as novas
obrigações específicas da Saúde implementadas por imposições legais.
O investimento tem sido direcionado para o aprofundamento e automatização dos algoritmos utilizados
quer no privado quer nos hospitais do SNS, bem como para desenvolvimento dos processos de integração eletrónica automática da Faturação, nos sistemas dos clientes (Seguros e Entidades Pagadoras).
•
Enfermagem - é uma componente do processo clínico eletrónico para a gestão da atividade dos enfermeiros. Foram efetuadas alterações funcionais a nível das urgências, plano de cuidados, plano de trabalho, formulários e avaliação intraoperatória.
Para além das áreas acima, investiu-se também na padronização do diagnóstico e atitudes terapêuticas,
bem como na implementação do conceito de “WorkFlow”.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
90
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• EPR – Processo clinico eletrónico - O EPR-M, componente do Processo Clínico Eletrónica para a gestão
da atividade médica, carateriza-se por ser um sistema de informação centrado no doente permitindo ao
médico um acesso único ao mesmo. Investiu-se especialmente no ambiente móvel, com o investimento
centrado na definição de novos algoritmos e conceitos de suporte ao avanço tecnológico, que permitam
consolidação das funcionalidades existentes num único sistema do EPR Viewer, e do EPR mobile. Investiu-se igualmente na introdução de novas funcionalidades, para a área da Oncologia.
• Áreas técnicas e EPR – OR - solução de MCDT para meios complementares de diagnóstico e terapêutico.
Esta solução implementa um Workflow de ações e principais eventos na vida de um exame no circuito
definido. Encontram-se descritas três áreas dentro das áreas técnicas: SISLAB (Patologia Clinica), SIBAS
(Bancos de Sangue) e MCDT’s.
O investimento tem sido canalizado essencialmente para a componente tecnológica.
• Plataforma de integração (Gateway com outras soluções) - Sendo as componentes de Interfaces cruciais
no bom e correto funcionamento das restantes aplicações, a Plataforma de Integrações, evoluiu dando
ênfase na qualidade, robustez e monitorização das mesmas, bem como a incorporação de Standards.
• SIG - é a ferramenta de Business Intelligence especifica para o mercado da Saúde. Existe como resposta
às necessidades de reporting analítico de toda a gestão hospitalar, consubstanciando-se numa verdadeira ferramenta de Apoio à Gestão e Monitorização da atividade Hospitalar.
Tem sido realizado um investimento significativo na adaptação desta solução como ferramenta de gestão
para clientes cuja solução base não é da Glintt, mas a solução SONHO do Ministério da Saúde.
• Produto versão internacional – considerada uma das maiores apostas, pretende alavancar a estratégica
de internacionalização da área, com especial destaques para os mercados angolano, brasileiro e polaco.
A Glintt investiu no desenvolvimento dos seguintes produtos que compõe a solução global:
o Gestão de Doentes / HIS Administrativo
o Sistema de Gestão integrada do Medicamento / Produto
o Electronic Patient Record – Medico & Enfermagem
o Faturação
A criação de uma versão internacional partiu de uma metodologia base que assenta nas seguintes
orientações:
o Análise, simplificação e consolidação
o Construção técnica de dicionário
o Construção funcional de dicionário
E em cada Mercado
o Análise das especificidades do mercado, legais, funcionais e tecnológicas
o Adaptação da solução a estas especificidades
O investimento reconhecido referente ao Software de gestão hospitalar e respetivas previsões de venda
são as seguintes:
Réditos Previstos
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
Gestão de Doentes
129 433
33,33 %
350 000
400 000
350 000
SGICM
350 000
Projeto
116 617
33,33 %
350 000
400 000
Facturação
66 729
33,33 %
65 000
65 000
65 000
Enfermagem
46 651
33,33 %
140 000
140 000
140 000
109 022
33,33 %
250 000
275 000
300 000
Áreas Téc. e EPR-OR
61 239
33,33 %
85 000
100 000
85 000
Plataforma Integração
41 990
33,33 %
75 000
75 000
75 000
SIG
73 544
33,33 %
100 000
120 000
120 000
641 073
33,33 %
500 000
800 000
1 400 000
1 915 000
2 375 000
2 885 000
EPR, Proc. Clínico Eletr.
Produto V. internacional
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 3 anos para estes
produtos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
91
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Poseidon
O projeto POSEIDON consubstancia um projeto de I&D diferenciado, inovador, criado com a principal finalidade de aproveitar uma janela de oportunidade identificada no mercado das companhias de navegação:
colmatar a necessidade de obtenção de dados que permitam efetuar uma análise exata do estado de um
navio e quais os riscos que este oferece. O projeto procura dar resposta à incapacidade de muitos armadores
em gerir a complexidade dos procedimentos de gestão inerentes ao navio, por ausência de ferramentas que
estejam à altura dos desafios que lhes são impostos. O projeto passa pelo desenvolvimento de uma ferramenta que torna muito mais simples, barato e rápido a execução de tarefas que atualmente são complexas
e dispendiosas.
O projeto tem como objetivos:
•
Disponibilizar um serviço de Software (POSEIDON SaaS) que permita otimizar o processo de gestão de
um navio, contribuindo de forma efetiva para a monitorização das não conformidades de estruturas
e equipamentos, redução da sinistralidade, melhoria da reputação e consequente competitividade de
armadores e companhias de navegação.
•
Investigar conceitos de mobilidade e aplicação dos mesmos à atividade operacional da marinha mercante, nomeadamente, no que diz respeito aos procedimentos de inspeção, verificação e autocontrolo
(POSEIDON Mobile);
•
Estimular o desenvolvimento de novas formas de transmissão de dados entre os sistemas do navio (sistema offline) e as plataformas online em terra (POSEIDON box.com), tendo por base a reutilização de
tecnologia existente a bordo.
Este projeto encontra-se em desenvolvimento e conta com o apoio do IAPMEI através de incentivo à investigação e desenvolvimento tecnológico, do quadro de referência estratégico nacional – QREN.
O investimento reconhecido referente ao Poseidon e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
2017
785 635
25,0%
47 500
203 750
375 000
450 000
Poseidon
2018
218 750
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 4 anos.
Queue Management
A Arquitetura da Solução foi concebida com os seguintes objetivos:
•
Criação de uma solução que permita produzir senhas de atendimento e gerir as respetivas filas de atendimento de forma ordenada e criteriosa.
• Permitir que o utente obtenha uma senha numerada para atendimento.
• Permitir que os funcionários e utentes sejam informados quando à numeração de cada fila de trabalho.
• Permitir notificar o utente da sua vez de chamada.
• Permitir disponibilizar ao utente blocos informativos enquanto aguarda vez.
•
Garantir a troca de mensagens entre a aplicação SERVER e os restantes componentes do sistema.
• Envio de mensagens do servidor para o SCREEN, DESK, BackOffice e DISPENSER
• Registo de transações por utilizador e fila de trabalho
•
Gestão centralizada de várias lojas:
• Dashboard de Indicadores
• Perfis de acesso e de gestores
• Gestão backoffice web
• Extração de indicadores sobre a atividade da região/loja/lojista/balcão
• Definição morada, telefone, e-mail
• Definição do horário da Loja. Fora do horário definido, não são emitidas senhas
RELATÓRIO E CONTAS 2013
92
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
•
Novas funcionalidades:
• Rechamar, Suspender, Cancelar e Reencaminhar senhas
• Ligação a Active Directory
O investimento reconhecido referente ao Queue Management e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
2017
2018
74 647
20,00%
10 000
20 000
25 000
30 000
30 000
Queue Management
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
Wise Waste
É uma aplicação que visa extrair e proceder ao tratamento de informação a partir de diversos tipos de
equipamentos, tais como consolas, sensores de peso, sensores de velocidade e outros tipos de Hardware
instalados quer em viaturas ligeiras quer pesadas. Esta solução permite efetuar o controlo da recolha dos
contentores de resíduos urbanos, indiferenciados ou ecopontos, indo ao encontro de diversas necessidades
transmitidas pelos nossos clientes, como sejam a gestão eficaz e eficiente dos recursos.
A solução é constituída por um módulo base, que permitirá ao cliente recolher informação multiempresa, e
é composta pelas seguintes módulos / funcionalidades:
•
WiseWaste Route – Sistema de gestão de frota específica para a limpeza urbana. Permite a inclusão
de sensores para a aquisição automática de sinais dos equipamentos. Efetua a análise dos quilómetros
percorridos, consumos médios, velocidades médias, cargas médias transportadas, cargas máximas ultrapassadas, custos com manutenções, entre outros indicadores.
•
Gestão de Manutenção (Módulo) – Inserido no Wise Waste Route este módulo que permite fazer uma
gestão proativa e preventiva das manutenções a realizar aos diversos tipos de equipamento;
•
Planeamento (Módulo) - Inserido no Wise Waste Route este módulo permite efetuar o planeamento dos
circuitos em função do tipo de veículo ou resíduo a recolher;
•
WiseWaste Fleet – Sistema de gestão de frota, para viaturas ligeiras.
•
Wise Waste RFID - Sistema de identificação de contentores por RFID. Permite a aplicação do sistema PAYT
à recolha porta-a-porta.
•
WiseWaste Level – Módulo para monitorização automática (on-line) do nível de enchimento de contentores evitando deslocações desnecessárias e otimizando, assim, rotas e eficiência de recursos;
A solução tem como alvo preferencial as câmaras municipais mas também as empresas de prestação de
serviços de recolha de resíduos que prestam serviços a empresas públicas e que muitas vezes são obrigadas
(pelos seus clientes) a ter uma aplicação que prove a execução dos serviços.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
51 803
33,33 %
19 412
44 945
56 626
Wise Waste
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 3 anos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
93
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Finance Glintt – Leasing pack
Trata-se de uma solução web de gestão comercial do negócio de leasing e renting, com um foco particular na
relação entre a instituição financeira e os clientes finais. Baseado na utilização de uma plataforma tecnológica inovadora de desenvolvimento e administração de aplicações, a solução de Leasing da Glintt, diferencia-se por ter uma estrutura altamente escalável e 100% customizável á realidade da instituição financeira.
O FinanceGlintt – Leasing Pack inclui a gestão de Plafonds e informação de contratos, simulações de renda,
demonstração de Cash-Flow e módulos de agenda e esforço de cobrança. Permite uma gestão eficaz de
todos os pedidos de cliente, integrando os processos com eventuais sistemas core existentes.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Leasing Pack
Investimento
2014
2015
2016
96 142
400 000
810 000
662 500
2017
482 500
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 4 anos.
Fast Flow - Generix
O Gx - Generix é uma solução de BPM completamente diferenciadora que permite o aumento da produtividade, ligando processos, pessoas e documentos.
Foi concebida com o objetivo de ser utilizada por qualquer entidade, sendo por isso de fácil utilização. Os
processos de negócio podem agora ser concebidos, criados, executados e geridos de forma independente,
pelas mesmas pessoas que possuem e dirigem esses processos. A abordagem Generix liberta recursos de TI
para que se foquem na facilitação de projetos de integração de processos mais complexos.
Tem por base a configuração de processos de complexidade simples a moderada, que estão tipicamente sustentados em canais informais (telefone, email, fax). Esta solução, constitui um acelerador para a tecnologia
IBM BPM, permitindo autonomia dos business users face ao IT.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
2017
158 425
16,66 %
518 000
956 000
1 540 000
2 030 000
Fast Flow
2018
2 546 000
2019
3 193 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 6 anos.
MAC – Manutenção Assistida por Computador
O MAC2.0 é um projeto de desenvolvimento de Software para gestão inteligente de ativos, o qual está a ser
repensado e concebido totalmente, para ir ao encontro das novas necessidades do negócios.
Apesar de contemplar soluções que respondam aos requisitos funcionais identificados na anterior versão,
bem como outros que foram entretanto identificados pelos principais clientes e utilizados, o projeto MAC2.0
é um projeto de desenvolvimento que pretende alterar de forma radical o status-quo associado a um Software tradicional de gestão de ativos, quer incorporando como desenvolvendo novos algoritmos tecnológicos.
A Versão MAC2.0 será constituída pelos seguintes módulos funcionais:
• Ativos – Gestão de Equipamentos, Localizações, Sistemas, Modos de Falha de Equipamentos, Contadores
Funcionais, Contadores Físicos, Grupos de Contadores, Transferência de Ativos, Contratos de Garantia,
entre outros.
• Materiais
– Gestão de Artigos, Ferramentas, Serviços Standard, Inventário, Requisições, Emissões,
Devoluções, Transferências de Armazém, entre outros.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
94
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Recursos – Gestão de Pessoas, Grupos, Mão-de-obra, Profissões, Equipas, Qualificações, Calendários,
Turnos, entre outros.
• Compras – Gestão de Fornecedores, Fabricantes, Pedidos de Compra, Encomendas, Contratos de Compras, Receção de Material, Conferência de Faturas, Avaliação de Fornecedores, entre outros.
• Trabalho – Gestão de Ordens de Trabalho, Pedidos de Intervenção, Planos de Manutenção Preventiva,
Planos de Inspeções, Rotas, Trabalhos Pré-Preparados, Planos de Lubrificação, Planos de Calibração de
Equipamentos, Contratos de Serviços, SLA, Planos de Segurança, Perigos, Precauções, Lockout/TagOut,
entre outros.
• Sistema – Configurações Gerais da aplicação, parametrizações do sistema, Configuração da Organização
e Sites, Gestão de utilizadores e perfis de utilizadores, Moedas, Taxas de Câmbio, Unidades de Conversão,
Planos de Contas de Contabilidade, entre outros.
• Transversal a Todos os Módulos -
Gestão de Imagens, Comentários e Anexos de Entidades, Estatísticas,
Relatórios, Alertas/Notificações e Tarefas de Utilizadores.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
MAC
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
346 569
20,00 %
540 000
866 500
1 463 000
2018
1 967 000
2019
2 664 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
GestCall (Recargas Digitais)
Trata-se de uma plataforma cujo principal objetivo é facilitar a adesão das recargas eletrónicas pelo público,
e evitar despesas logísticas com a distribuição das recargas físicas.
Pretende-se com esta plataforma substituir gradualmente o processo atual, implementado através de um
sistema físico de distribuição de cartões, tipo “raspadinha”, que são comercializados em pontos de venda
ao público.
Esta plataforma vai ao encontro do crescimento das vendas de recargas nos últimos anos, e à crescente
complexidade do sector em que se insere, implementando uma ferramenta para o fornecimento de Recargas Eletrónicas.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Gestcall
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
167 899
20,00 %
301 314
703 066
870 462
2017
993 220
2018
1 205 256
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
Energy
Energy – Produtos
O projeto CPV de Évora é um projeto de interesse nacional de carácter experimental que tem por objetivo a
inovação, demonstração de conceito e reconhecimento da valia tecnológica do solar fotovoltaico de concentração em Portugal tendo o seu enquadramento legal no âmbito do Despacho n.º 18838/2009 da Direção
Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O projeto CPV de Évora foi um dos cinco projetos fotovoltaicos de concentração aprovados em Portugal
entre 38 candidaturas devido à sua qualidade técnica e à condição imposta pela comissão de avaliação de
não repetição de tecnologias/tecnólogos.
É um projeto com uma forte componente de I&DT e ligação ao sistema Científico e Tecnológico nacional na
área da energia solar e a parceiros nacionais e internacionais de reconhecido mérito no domínio da tecnologia fotovoltaica de concentração.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
95
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Foram desenvolvidos, em conjunto com a equipa da empresa Americana Emcore, líder mundial no fabrico
de células de multi-junção e de sistemas CPV, e as equipas nacionais, Glintt, Open Renewables, Universidade
de Évora e Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, trabalhos de engenharia, investigação e desenvolvimento do novo módulo CPV a instalar especificadamente em Évora.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
CPV
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
4 497 939
5,00 %
745 421
751 684
757 967
2017
2018
2019
2020
2021
764 270
770 592
776 931
783 287
789 659
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 20 anos.
Engineering
POS VEGA
Instrumento fundamental para a preparação da futura plataforma de pagamentos eletrónicos seguros da
Glintt, está a finalizar as certificações internacionais, o que permitirá à Glintt lançar 3 novos produtos.
Esta plataforma de pagamentos, tem um enfoque muito especial na redução de custos de produção, como
resposta às dificuldades económicas por que passam as empresas dos países onde as soluções da Glintt se
encontram. Os últimos anos têm sido particularmente difíceis para os nossos principais clientes, os bancos,
e com isso houve a necessidade de adaptar o andamento do projeto à capacidade de investimento e à
penetração dos bancos junto dos comerciantes que utilizam os POS como instrumento nos pagamentos. A
introdução dos cartões bancários sem contato será um marco importante na nova plataforma de pagamentos Glintt.
Os novos equipamentos permitirão reparações e personalizações simples, económicas e ágeis. A segurança
dos POS, protocolada através de normas específicas desta indústria, EMV, PCI e Multibanco (esta última
específica do mercado português) foi outro aspeto que sofreu grandes alterações e que impactou o andamento do projeto VEGA, levando a atrasos no desenvolvimento do projeto e na disponibilização dos
primeiros equipamentos que resultarão desta plataforma. É essencial que os nossos equipamentos estejam
conformes às últimas normas de segurança emanadas pela VISA, MasterCard, American Express e JCB, e que
respondam aos desafios colocados pelo BCE (Banco Central Europeu), pela EU e pela SIBS, para utilização
no mercado nacional.
O investimento reconhecido referente ao POS VEGA e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
VEGA
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
2017
1 797 601
16,66 %
1 320 000
2 200 000
2 200 000
2 200 000
2018
2 200 000
2019
2 200 000
Este projeto encontra-se em desenvolvimento e conta com o apoio do IAPMEI através de incentivo à investigação e desenvolvimento tecnológico, do quadro de referência estratégico nacional – QREN. Será
considerada uma vida útil finita de 6 anos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
96
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Pharos
É uma solução de atendimento Integrado. É uma família de produtos que contempla num mesmo dispositivo
três valências distintas: dispensador de senhas, orientador para o utente e um acompanhamento eletrónico.
O Pharos apresenta um design inovador e tecnologia recente com utilização de touch screen, leitor de código de barras, impressora e Software que integra com as plataformas de atendimento dos hospitais, centros
de saúde e farmácias.
O investimento reconhecido referente ao Pharos e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
PHAROS
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
356 907
20,00 %
150 000
300 000
375 000
2017
2018
450 000
450 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do sector, uma vida útil finita de 5 anos para este produto.
Hive
Solução de logística móvel de produtos hospitalares, disponibilizando medicamentos e outros tipos de itens
clínicos cujo controle seja fundamental. Esta solução é nova no mercado nacional e o seu ponto forte é a
adaptabilidade e a tecnologia modular.
O esforço de desenvolvimento deste produto terá como principais objetivos a oferta de uma solução flexível
e adaptada às necessidades dos clientes e por outro lado uma solução com custos controlados que permita
chegar a um maior número de clientes mesmo aqueles com menor poder de compra.
O investimento reconhecido referente ao Hive e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
HIVE
Investimento
Taxa
Amortização
2015
2016
2017
39 706
20,00 %
160 000
240 000
320 000
2018
2019
320 000
320 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do sector, uma vida útil finita de 5 anos para este produto.
TITAN
Plataforma de pagamentos, que permita a aceitação de cartões bancários em setores de atividade com transações de baixo valor, como sejam soluções de vending e pagamento de bens e/ou serviços de baixo custo.
O TITAN incorpora a capacidade de introdução da leitura do cartão do cidadão permitindo a desmaterialização
da documentação e aumentar a eficácia da recolha de informação pessoal, depois de devidamente autorizada pelo seu proprietário, para preenchimento de formulários. Sectores de negócio como a banca, seguros,
saúde, administração pública, distribuição de eletricidade, água, telecomunicações e outros, terão uma
apetência natural por esta solução.
Pretende-se que esta plataforma seja transversal a todos os setores de negócio permitindo aumentar e
diversificar a oferta Glintt e tem em vista tanto o mercado nacional como internacional.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
TITAN
Investimento
Taxa
Amortização
2014
2015
2016
103 189
16,66 %
97 500
325 000
487 500
2017
2018
2019
2020
650 000
650 000
650 000
650 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do sector, uma vida útil finita de 6 anos para este produto.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
97
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
10. Outros Investimentos Financeiros
Entidade
ACETECNO, ACE
MANTELNOR EGAP
PCTA-PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ALENTEJO, SA
LISGARANTE- SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
GARVAL- SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
NORGARANTE - SOCIEDADE DE GARANTIA MÚTUA, S.A.
Sede Social
%
31 / 12 / 13
31 / 12 / 12
Lisboa
20%
4 500
4 500
Espanha
5%
3 000
3 000
Évora
7%
40 000
40 000
Lisboa
0,03%
16 000
-
Santarém
0,01%
2 500
-
Porto
0,004%
2 500
-
OUTRAS
1 037
-
69 537
47 500
Os Outros Investimentos Financeiros estão mensurados ao custo de aquisição.
11. Ativos por Impostos Diferidos
O imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) é auto liquidado pelas empresas que constituem
o Grupo e, de acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por
parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Contudo, no caso de serem apresentados
prejuízos fiscais estas podem ser sujeitas à revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A
Administração entende que as correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais
às declarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013.
Os prejuízos fiscais gerados pelas empresas que constituem o Grupo em Portugal sujeitos também
a inspeção e eventual ajustamento, podem ser deduzidos a lucros fiscais nos seis anos seguintes.
O Grupo tem vindo a apresentar candidaturas ao SIFIDE ao longo dos últimos anos, pelo que encontram-se
constituídos Ativos por Impostos Diferidos dos montantes já certificados e ainda não utilizados, bem como
das candidaturas a apresentar referentes ao exercício corrente.
Ainda relativo a 2013, foi introduzido um novo Beneficio Fiscal - CFEI (Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento). O CFEI vigorou apenas em 2013 e para os investimentos efetuados entre junho e dezembro. O
montante do benefício fiscal traduz-se num crédito de 20% sobre o investimento realizado neste período e
tem um período de reporte de 5 anos. Dada a insuficiência de coleta, foram constituídos Ativos por Impostos
Diferidos no montante de 1.075.654 euros.
O Orçamento de Estado para 2014 veio alterar a taxa de IRC para os 23% a partir de 2014. Esta alteração teve
já efeitos em 2013, no cálculo do montante de Ativos por Impostos Diferidos correspondente aos prejuízos
fiscais.
Esta alteração de taxa de IRC teve um impacto de cerca de 30 mil euros no apuramento do montante dos
Ativos por Impostos Diferidos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
98
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A decomposição do montante registado em Ativos por Impostos Diferidos, bem como os anos limite para a
sua dedução são os seguintes:
31/12/2013
Imposto
diferido ativo
31/12/2012
Imposto
diferido ativo
Ano limite
p/ dedução
Prejuízos fiscais dedutíveis
2012
22 066
21 892
2017
2013
676 658
-
2018
698 724
21 892
SIFIDE 2009
113 332
132 267
2014
SIFIDE 2010
138 348
138 348
2015
SIFIDE 2011
377 477
903 214
2016
SIFIDE 2012
680 598
1 462 549
2017
SIFIDE 2013
661 698
-
2018
1 075 654
-
2018
3 047 107
2 636 378
3 745 831
2 658 270
Beneficios fiscais
CFEI
Prejuízos fiscais dedutíveis
31 / 12 / 2013
Saldo inicial
Reforço
31 / 12 / 2012
31 / 12 / 2013
21 892
147 063
676 658
21 892
174
-
-
(147 063)
698 724
21 892
Regularizações
Redução
Saldo final
Beneficios fiscais
31 / 12 / 2012
Saldo inicial
2 636 378
1 503 763
Reforço
1 737 352
1 462 953
Regularizações
Redução
Saldo final
(18 935)
-
(1 307 688)
(330 338)
3 047 107
2 636 378
O montante registado em Ativos por Impostos Diferidos tem tido por base as previsões do resultado fiscal
dos exercícios seguintes e tem sido considerado as reavaliações constantes das expectativas existentes.
12. Inventários
31/12/2013
31/12/2012
Mercadorias
2 045 856
2 257 050
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
1 436 925
1 178 971
3 482 781
3 436 021
Perda por imparidade
(344 925)
(338 699)
3 137 856
3 097 322
As mercadorias dizem respeito essencialmente a equipamentos e mobiliário para farmácia, outros equipamentos
informáticos para farmácia e demais clientes da área de Managed Services, os quais se destinam quer à venda
quer à incorporação em contratos de manutenção / prestação de serviços. As matérias-primas, subsidiárias e
de consumo destinam-se essencialmente à incorporação no processo de fabrico da unidade de pagamentos
automáticos seguros, da Glintt.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
99
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Movimentos ocorridos na rubrica de “Perdas por Imparidade”
31/12/2013
31/12/2012
Saldo inicial
338 699
Reforço
112 964
37 971
(106 738)
(60 048)
344 925
338 699
Redução
Saldo final
360 776
13. Contas a receber de clientes e outros devedores
31/12/2013
31/12/2012
Não corrente
Outros devedores
5 154 352
5 154 352
5 154 352
5 154 352
24 705 545
31 495 741
Corrente
Clientes de conta corrente
Clientes de cobrança duvidosa
Perdas por imparidade
Pessoal
Impostos
Outros devedores
4 625 367
3 656 780
(2 795 021)
(2 672 489)
26 535 891
32 480 032
84 565
54 948
2 183 699
1 477 612
992 477
309 123
3 260 741
1 841 683
29 796 632
34 321 715
De acordo com informação divulgada no relatório e contas de 2011, encontravam-se em curso naquele exercício
dois processos de contencioso, entre a Glintt Business Solutions, Lda., a Restelo Imobiliária SA (RIP) e os Hotéis
Alexandre Almeida (HAA).
Em 21 de Dezembro de 2012 a Glintt, a RIP e os HAA, puseram termo ao diferendo entre as partes por meio de acordo nos termos do qual fixaram o valor em dívida e estabeleceram a forma de pagamento. Desse acordo decorre o
valor total da rúbrica de Outros Devedores (não corrente), o qual não se encontra relevado ao custo amortizado,
uma vez que nos termos do acordo, são calculados e debitados juros anuais, relevados nos ativos correntes. Os
juros debitados até ao encerramento do presente exercício ascendem a 500 mil euros.
A rubrica clientes de conta corrente inclui as faturas dos clientes que foram cedidas à empresa de factoring, no
valor de 4.810 mil euros, e cujo adiantamento se encontra refletido em empréstimos (ver Nota 20).
A perda por imparidade resulta de análises detalhadas, segundo as quais determinados valores em divida, poderão
não vir a ser recebidos na sua totalidade.
O valor contabilístico desta rubrica acrescida do saldo de ‘Acréscimos e diferimentos ativos (ver nota 15) representa
a exposição máxima ao risco de crédito.
Movimentos ocorridos na rubrica de “Perdas por imparidade”
31/12/2013
Saldo inicial
Reforço
31/12/2012
2 672 489
2 065 505
870 989
1 154 568
Redução
(748 457)
(547 584)
Saldo final
2 795 021
2 672 489
RELATÓRIO E CONTAS 2013
100
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Os saldos em aberto que não se encontram em imparidade incluem:
31/12/2013
31/12/2012
Entidades públicas
4 190 203
7 002 291
Garantia
5 146 500
5 146 500
Planos de pagamento
1 623 816
923 904
Entidades relacionadas
1 290 438
1 307 549
Letras
773 690
1 086 893
13 024 647
15 467 137
14. Caixa e equivalentes de caixa
31/12/2013
Caixa
Depósitos bancários de curto prazo
Perdas por Reduções de Justo Valor
31/12/2012
69 795
19 019
4 250 298
4 632 676
4 320 093
4 651 695
(5 100)
(5 100)
4 314 993
4 646 595
15. Acréscimos e diferimentos ativos
31/12/2013
31/12/2012
Acréscimos de rendimentos
6 751 189
5 451 404
6 751 189
5 451 404
Rendas
90 674
99 856
Seguros
108 581
94 611
2 338
11 328
Trabalhos especializados
69 017
62 806
Conservação
60 020
90 543
Projetos em curso
Gastos diferidos
Publicidade
Outros custos diferidos
Projetos em curso
101 594
72 721
2 366 936
2 074 013
2 799 160
2 505 878
9 550 349
7 957 282
Os principais montantes relativos às rúbricas de acréscimos de rendimentos e gastos diferidos estão relacionados
com a natureza dos contratos celebrados no grupo.
Na área de Managed Services e na área de Consultoria e Integrações existem contratos que se materializam durante mais do que um período, e cujos eventos de faturação ou pagamento a terceiros, estão calendarizados em
momentos específicos, não sincronizados com estes.
Assim, no caso dos Managed Services, predominam os serviços relacionados com contratos de manutenção e licenciamento, onde o licenciamento é adquirido a terceiros num momento inicial, e o seu gasto vai sendo reconhecido
durante o período da licença, em paralelo com o reconhecimento do rédito global associado a uma prestação de
serviços única de licenciamento e manutenção, ocorrendo a faturação em momentos distintos durante a vida do
contrato.
No caso da consultoria onde a tipologia dos contratos estabelecidos com clientes, produz impacto essencialmente
ao nível da rúbrica de acréscimos de rendimentos, com o reconhecimento do rédito realizado de acordo com a
evolução dos serviços apresentados, e os eventos de faturação calendarizados em função da concretização de
determinados eventos do projeto.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
101
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
16. Capital social
Capital
social
Número de
Ações
Ações
próprias
Prémio de
emissão
Total
Em 31 de dezembro de 2012
86 962 868
86 962 868
10 255 221
0
97 218 089
Em 31 de dezembro de 2013
86 962 868
86 962 868
10 255 221
0
97 218 089
O capital social, integralmente subscrito e realizado, é representado por 86.962.868 ações ordinárias de valor nominal de 1 euro, detido pelas seguintes entidades:
Nº de Ações
% do capital
% dos direitos de
voto
Acionistas
43 246 620
49,73
49,73
José Ribeiro Gomes
2 600 000
2,98
2,98
Restantes acionistas
41 116 248
47,29
47,29
Farminveste 3 - Gestão de Participações SGPS, Lda (a)
17. Reservas e resultados acumulados
Reserva legal
Outras reservas
Reservas
Conversão
Cambial
Resultados retidos Interesses que não
controlam
Total
1 844 801
7 892 525
(318 007)
10 253 336
153 169
Aplicação resultado exercício anterior
-
3 087 300
-
(3 087 300)
-
-
Out.ganhos/perdas reconhecidos diret. capital próprio
-
-
(67)
(2 299)
(117 531)
(119 898)
Em 1 de janeiro de 2012
19 825 824
-
-
-
1 247 073
127 704
1 374 777
Em 31 de dezembro de 2012
1 844 801
10 979 825
(318 075)
8 410 810
163 342
21 080 703
Em 1 de janeiro de 2013
21 080 703
Resultado liquido do ano
1 844 801
10 979 825
(318 075)
8 410 810
163 342
Aplicação resultado exercício anterior
-
2 743 681
-
(2 743 681)
-
-
Out.ganhos/perdas reconhecidos diret. capital próprio
-
(78 534)
(280 026)
(15 346)
(127 703)
(501 609)
Resultado liquido do ano
Em 31 de dezembro de 2013
-
-
-
1 313 893
173 691
1 487 584
1 844 801
13 644 972
(598 101)
6 965 676
209 330
22 066 678
De acordo com a legislação em vigor, as empresas sediadas em Portugal são obrigadas a transferir para a rubrica
de Reserva legal um mínimo de 5% do resultado líquido anual, até que a mesma atinja 20% do capital social. Esta
reserva não pode ser distribuída aos acionistas, podendo no entanto ser utilizada para absorver prejuízos ou ser
incorporada no capital social.
As outras reservas respeitam a reservas livres constituídas através das transferências de resultados líquidos de
exercícios anteriores.
Na rúbrica Reservas de Conversão Cambial, está relevado o montante resultante da variação em moeda nacional
da conversão das demonstrações financeiras das filiais expressas em moeda estrangeira, decorrente de alteração
do câmbio respetivo.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
102
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
18. Contas a pagar a fornecedores e outros credores
31/12/2013
31/12/2012
Não corrente
Fornecedores
87 741
Outros credores
69 942
1 359 610
239 942
157 683
1 599 552
11 110 731
8 328 689
5 718 788
6 033 327
Corrente
Fornecedores
Estado e outros entes públicos
Colaboradores
Outros credores
Total de contas a pagar a fornecedores e outros credores
193 999
191 131
1 832 969
1 717 878
18 856 487
16 271 025
O montante referente à rubrica de Estado e outros entes públicos respeita a IVA a pagar (2.061.154 euros), a retenções de IRS e TSU (2.108.798 euros) e a IRC (1.548.837 euros).
Não existem dívidas em mora ao estado em 31 de dezembro de 2013.
19. Acréscimos e diferimentos passivos
31/12/2013
31/12/2012
Não corrente
Rendimentos diferidos
Projetos em curso
678 152
Outros rendimentos diferidos
735 473
1 356 304
347 594
1 413 625
1 703 898
Gastos com pessoal
5 782 934
5 708 026
Projetos em curso
4 423 385
2 393 927
Trabalhos especializados
802 298
856 689
Outros
668 200
234 354
Juros bancários
190 664
178 102
Comunicações
54 228
54 916
Publicidade
10 314
35 124
Seguros a liquidar
18 967
21 357
11 950 990
9 482 495
6 006 322
4 877 105
Corrente
Acréscimo de gastos
Rendimentos diferidos
Projetos em curso
Outros rendimentos diferidos
189 464
23 720
6 195 786
4 900 825
18 146 776
14 383 320
A rubrica de Gastos com pessoal refere-se aos montantes a liquidar referentes a férias, subsídios de férias e bónus
(conforme Nota 2.19).
Os Rendimentos diferidos derivam essencialmente da tipologia de contratos, onde há lugar a faturação e pagamento antecipado, com referência à data da realização dos trabalhos que ocorre em momento posterior. São exemplos,
os contratos de prestação de serviços de consultoria, comumente faturados em determinada percentagem do seu
valor global aquando da adjudicação, bem como na área de Managed Services, onde há lugar à faturação antecipada de alguns contratos de manutenção anual.
Por sua vez, os acréscimos de gastos, surgem sobretudo na área dos Managed Services dado que grande parte dos
gastos a incorrer resultam de trabalhos efetuados por entidades externas (contratos de manutenção back-to-back),
os quais são faturados e pagos à posteriori.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
103
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
20. Empréstimos
31/12/2013
31/12/2012
Não corrente
Dividas a instituições de crédito
28 812 378
Credores por locação financeira
221 101
27 678 134
301 576
29 033 479
27 979 710
Dividas a instituições de crédito
22 346 678
25 019 227
Credores por locação financeira
80 480
98 816
1 968 351
1 384 798
24 395 509
26 502 841
Corrente
Adiantamento de factoring
Os valores constantes da rubrica “dívidas a instituições de crédito” são referentes a linhas de crédito autorizadas
que não se encontram totalmente utilizadas.
O montante em divida para com os bancos teve o movimento que se segue:
31/12/2013
31/12/2012
Saldo Inicial
52 697 361
56 012 471
Reforços
95 168 140
101 968 430
(96 706 445)
(105 283 540)
51 159 056
52 697 361
Amortizações
Saldo Final
As variações ocorridas em 2013 decorrem fundamentalmente de utilizações e amortizações das contas correntes
caucionadas.
A média das taxas de juro efetivas à data do balanço eram as seguintes:
31/12/2013
31/12/2012
Dividas a instituições de crédito
5,39%
5,31%
Credores por locação financeira
4,57%
4,89%
Factoring
4,80%
4,87%
21. Passivos por Impostos Diferidos
No que respeita a Passivos por Impostos Diferidos, os movimentos ocorridos no exercício foram os seguintes:
31 / 12 /2013
Saldo Inicial
Efeitos em
resultados
Reclass.
Efeitos capitais
próprios
Saldo final
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
-
52 125
-
-
52 125
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
78 163
-
(10 948)
-
67 215
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Reconh. Rédito
-
-
89 424
-
89 424
449 999
-
(64 286)
-
385 713
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Software
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Carteira de Clientes
8 925 140
-
(28 281)
-
8 896 859
9 453 302
52 125
(14 091)
0
9 491 336
31 / 12 /2012
Saldo Inicial
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Ativos Tangíveis
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Software
Dif. entre criterio fiscal e contabilistico - Carteira de Clientes
RELATÓRIO E CONTAS 2013
Efeitos em
resultados
Efeitos capitais
próprios
Saldo final
87 605
(9 442)
-
78 163
514 285
(64 286)
-
449 999
8 976 711
(51 571)
-
8 925 140
9 578 601
(125 299)
0
9 453 302
104
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
22. Provisões para outros passivos e encargos
31/12/2013
31/12/2012
Saldo em 1 de janeiro
372 516
419 800
Anulação no exercício
(6 500)
(300 000)
-
252 716
366 016
372 516
Reforço
Na sequência da resolução de um processo com um antigo colaborador de uma das empresas do grupo, foi anulada
a respetiva provisão no montante de 6.500 euros.
23. Fornecimentos e serviços externos
31/12/2013
31/12/2012
Rendas e alugueres
4 020 047
4 261 867
Transportes, desloc. e representação
2 692 616
1 794 412
Trabalhos especializados
1 303 692
2 140 227
Eletricidade, água, combustíveis
1 140 052
1 237 687
Outros fornecimentos e serviços
904 320
993 844
Comunicação
525 573
580 910
Publicidade e propaganda
475 298
396 636
Comissões e honorários
214 845
474 751
Conservação e reparação
828 773
412 342
12 105 216
12 292 676
A rubrica de Rendas e alugueres inclui o registo das locações operacionais.
Os compromissos assumidos com locações operacionais e respetivos prazos de maturidade encontram-se reportados na Nota 3.2.
24. Gastos com o pessoal
31/12/2013
31/12/2012
Remunerações dos orgãos sociais
1 346 112
1 523 910
Remunerações dos colaboradores
30 947 868
31 209 171
6 235 531
6 424 493
Outros gastos com o pessoal
421 441
424 080
Custos de reestruturação
684 793
427 209
39 635 745
40 008 863
Encargos sobre remunerações
O Grupo tinha ao seu serviço, a 31 de Dezembro de 2013, 1.314 colaboradores. Em 31 de Dezembro de 2012 o
número de colaboradores era de 1.300.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
105
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
25. Outros ganhos e perdas líquidos
31/12/2013
Impostos
(167 492)
(463 387)
-
(378 538)
(3 937)
(307 388)
Divídas Incobráveis
Coimas
Resultados na venda de ativos fixos
Rendimentos suplementares
Subsidios à exploração
Trabalhos para a própria empresa
Out. ganhos/perdas liquidos
31/12/2012
7 682
38 385
592 663
638 578
275 747
211 360
3 106 273
1 874 898
(704 750)
(851 391)
3 106 186
762 517
A rubrica de Trabalhos para a própria empresa originou o reconhecimento de ativos intangíveis, conforme detalhado
na nota 9 (Intangíveis desenvolvidos internamente).
26. Depreciações e amortizações
31/12/2013
31/12/2012
Ativos fixos tangíveis
Edifícios e outras construções
147 917
150 270
Equipamento básico
226 636
244 140
Equipamento de transporte
44 872
40 854
Equipamento administrativo
295 741
350 765
Outras imobilizações corpóreas
13 915
30 619
729 081
816 648
Ativos intangíveis
Propriedade industrial e outros direitos
80 056
11 668
Intangiveis desenvolvidos internamente
406 370
649 597
Intangíveis concentração atividades(vida útil finita)
214 285
214 286
700 711
875 551
1 429 792
1 692 199
As depreciações e amortizações registadas estão em linha com os valores apuradas no ano transato, uma vez que
grande parte dos investimentos realizados em 2013 apenas iniciaram o seu período de exploração em exercícios
futuros, conforme essencialmente nota 9.
27. Perdas por Imparidade
31/12/2013
Intangíveis adquiridos concentração atividades (vida útil
31/12/2012
94 270
171 904
indefinida)
100 000
-
Intangíveis desenvolvidos internamente
561 581
637 120
-
-13 063
Clientes
Outros devedores
112 965
37 971
Inventários
868 816
833 932
As perdas por imparidade relativas aos ativos intangíveis adquiridos em processos de concentração de atividades
resultam da perda de instalações do Software Farmatic, conforme referido na nota 9, sendo que a perda por
imparidade registada nos intangíveis desenvolvidos internamente diz respeito a uma solução de interfaces para
Software hospitalar / sector público – cuja tecnologia base deixou de fazer parte da estratégia comercial da Glintt.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
106
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
28. Resultados financeiros
31/12/2013
Juros obtidos
Diferenças de câmbio favorável
Descontos de pronto pagamento obtidos
Outros ganhos financeiros
31/12/2012
12 579
204 911
533 473
58 676
3 822
908
488 610
7 654
(2 959 212)
(2 982 538)
Diferenças de câmbio desfavorável
(537 881)
(231 492)
Outras perdas financeiras
(962 911)
(504 413)
(3 421 520)
(3 446 294)
Juros suportados
29. Impostos sobre resultados
O Grupo apresenta um lucro contabilístico antes de impostos no montante de 2.531 mil euros, tendo sido apurado um valor de imposto de 1.043 mil euros.
O montante de imposto contabilizado em 2013 tem a seguinte decomposição:
Decomposição imposto do exercicio
31/12/2013
Imposto a pagar
Impostos diferidos ativos
Impostos diferidos passivos
IRC ex anteriores
31/12/2012
2 153 617
1 778 823
(1 106 322)
(1 007 444)
(14 090)
(125 299)
9 816
251 277
1 043 021
897 357
No que respeita aos Impostos diferidos ativos, os movimentos ocorridos foram os seguintes:
31/12/2013
31/12/2012
Saldo inicial
2 658 270
1 650 826
Reforço
2 414 010
1 484 845
Regularizações
Redução
Saldo final
RELATÓRIO E CONTAS 2013
(18 761)
-
(1 307 688)
(477 401)
3 745 831
2 658 270
107
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
A taxa média efetiva de imposto difere da taxa nominal, nomeadamente devido a:
31/12/2013
Resultado antes de impostos IFRS
2 530 605
31/12/2012
2 272 134
Taxa nominal de imposto
25,00%
25,00%
Imposto esperado
632 651
568 034
Diferença taxa imposto
736 092
177 251
Diferenças permanentes (a)
Prejuízos fiscais
75 546
409 813
(676 658)
(67 863)
Ajustamentos à colecta:
- Derrama sobre Lucro Tributável
- Tributações autónomas
- Beneficios fiscais
- IRC exercicios anteriores
Taxa efectiva de imposto
36 433
86 061
672 894
565 067
(443 754)
(1 092 282)
9 816
251 277
1 043 021
897 357
41,22%
39,49%
O imposto sobre o rendimento do período tem a
seguinte composição:
Imposto corrente
2 153 617
1 778 823
Imposto diferido
(1 120 412)
(1 132 743)
9 816
251 277
1 043 021
897 357
IRC ex. anteriores
(a) Este valor respeita essencialmente a :
31 105
57 000
Amortizações, provisões e imparidades
109 530
441 153
Correcções relativas a exercícios anteriores
122 288
395 643
ALD
Insuficiencia/Excesso de estimativa para impostos
9 816
-
Multas, coimas, juros compensatórios
2 968
330 934
Outros
Impacto fiscal (25%)
26 478
414 521
302 185
1 639 251
75 546
409 813
A linha da diferença de taxa de imposto deve-se à existência de filiais noutros países, nomeadamente em Espanha,
Angola, Brasil e Polónia, onde a taxa de imposto é superior – aprox. 30%.
30. Resultados por ação
Básico
O cálculo do resultado básico por ação baseia-se no lucro atribuível aos acionistas ordinários dividido pela média
ponderada de ações ordinárias no período, excluindo ações ordinárias compradas pelo Grupo e detidos como
ações próprias.
31/12/2013
Resultado líquido do exercício atribuível aos acionistas ordinários
Nº médio ponderado de ações ordinárias
Resultado por ação - básico - euros
RELATÓRIO E CONTAS 2013
31/12/2012
1 313 893
1 247 073
86 962 868
86 962 868
0,015
0,014
108
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Diluído
O resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação, devido à inexistência de instrumentos financeiros
que venham a originar a diluição do capital social no futuro.
31.Compromissos
Os compromissos financeiros que não figuram no balanço referentes a garantias bancárias prestadas a terceiros
destinadas a servir de caução aos projetos em curso, são discriminados como segue:
31/12/2013
Hewlett - Packard International Bank plc
CSI Intelirent
Cit Group (Portugal) - Renting, Lda.
BCP
TD Tech Data Portugal, Lda.
TMN
PT Comunicações
REN
31/12/2012
5 220 005
3 833 605
-
2 297 004
1 299 509
1 299 509
-
1 425 000
200 000
200 000
9 493
21 908
46 650
46 650
-
136 686
123 000
152 230
Centro Hosp. Lisboa
14 184
117 422
Min. Negócios Estrangeiros
93 973
93 973
Ministério da Educação
89 950
89 950
PT Prime
12 320
48 809
PT.COM - Comunicações Interactivas
55 694
55 696
CATVP - TV Cabo Portugal
51 619
51 620
ESRF - European Synchroton Radiation Facility
14 205
30 067
HPP Saúde - Parcerias Cascais, S.A.
25 000
25 000
9 563
23 280
Petrogal
Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroismo E.P.E.
Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade
69 156
-
Outras garantias
82 617
164 106
7 416 938
10 112 515
Total garantias prestadas
Em dezembro de 2012, a Glintt contraiu um empréstimo de 19,5 milhões de euros junto do BES. Este foi concedido com a finalidade de amortizar totalmente os restantes empréstimos de MLP que o grupo detinha com o BES
e o restante para apoio ao investimento. Por garantia deste financiamento, foram dadas de penhor as ações da
Consoft, empresa espanhola adquirida em 2010 pela Glintt.
32 .Eventos após a data de balanço
Após data de encerramento não se revelaram eventos que possam ter impacto nas demonstrações financeiras
consolidadas do Grupo.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
109
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
33. Partes relacionadas
• Transações relevantes com entidades relacionadas
As transações e saldos entre a Glintt, S.A. e as empresas do Grupo, que são partes relacionadas, foram eliminadas no processo de consolidação, não sendo objeto de divulgação na presente nota.
Durante o exercício de 2013 foram efetuadas transações com outras partes relacionadas, que envolveram as
seguintes entidades e montantes:
Ent. Relacionada
Réditos
Gastos
Saldos devedores
2 625 385
1 199 302
262 056
Alliance Healthcare, SA
804 800
0
250 668
0
Assoc. Nacional Farmácias
439 758
165 014
63 751
27 519
Finanfarma - Soc. Fact., SA
101 295
94 870
77 070
0
Farmácias
365 146
36 050
488 446
0
Imofarma
0
827 740
0
0
Jutai
0
462 589
6 957
50 311
Farminveste, SA
Outras entidades
Saldos credores
91 587
451 111
201 281
141 490
187 908
4 787 494
2 986 847
1 290 438
357 324
2012
Ent. Relacionada
Réditos
Gastos
Saldos devedores
2 638 489
1 205 964
108 753
Alliance Healthcare, SA
673 141
11 540
99 324
0
Assoc. Nacional Farmácias
181 066
170 595
199 383
13 760
Finanfarma - Soc. Fact., SA
126 282
109 828
70 993
0
Farmácias
300 634
0
547 933
0
Imofarma
0
801 260
0
0
1 857
448 065
7 064
46 093
Farminveste, SA
Jutai
Outras entidades
Saldos credores
97 768
488 164
148 929
274 099
0
4 409 633
2 896 181
1 307 549
157 621
• Remunerações de Administradores e Diretores
A política de remunerações da Glintt encontra-se divulgada no Relatório sobre o Governo da Sociedade, capítulo
II.29 e seguintes.
No exercício de 2013, as remunerações pagas a Administradores e Diretores foram as seguintes:
2013
2012
2013
2012
Rem. fixas
Rem. fixas
Rem. variáveis
Rem. variáveis
Glintt GIT
Administradores executivos
Administradores não executivos
Diretores
Total
882 000
1 069 530
0
77 314
81 744
0
0
0
245 624
192 950
0
4 500
1 204 938
1 344 224
0
4 500
Grupo / Subsidiárias
Orgão executivo
350 742
386 959
81 464
111 374
Diretores
833 429
1 148 022
141 202
310 001
1 184 171
1 534 981
222 666
421 375
Total
RELATÓRIO E CONTAS 2013
110
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
34. Outras informações
De acordo com informação divulgado no relatório e contas de 2011, encontravam-se em curso naquele exercício
dois processos de contencioso, a decorrer no Tribunal Arbitral de forma a dirimir litígios entre a Glintt Business
Solutions, Lda., a Restelo Imobiliária SA (RIP) e os Hotéis Alexandre Almeida (HAA), no âmbito de dois contratos
de remodelações de unidades hoteleiras.
Em 21 de Dezembro de 2012 a Glintt e a RIP puseram termo ao diferendo entre as partes por meio de acordo nos
termos do qual fixaram o valor em dívida pela RIP à Glintt no montante de Euro 2.378.409,58, e estabeleceram a
forma do seu pagamento. Por força do acordo a RIP desistiu do processo judicial de anulação da Decisão Arbitral
em curso extinguindo-se o referido processo.
Igualmente, em 21 de Dezembro de 2012 a Glintt e os HAA puseram termo ao diferendo entre as partes por meio
de acordo nos termos do qual fixaram o valor em dívida pelos HAA à Glintt no montante de Euro 2.775.941,93,
e estabeleceram a forma do seu pagamento. Por força do acordo os HAA desistiram do processo judicial de
anulação da decisão arbitral em curso extinguindo-se o referido processo.
Em resultado dos acordos havidos e da extinção dos processos de contencioso, a Administração considera ver
extinto igualmente o passivo contingente anteriormente reportado.
A Administração
RELATÓRIO E CONTAS 2013
111
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
4.2 Demonstrações Financeiras Individuais
1. Demonstração Individual da Posição Financeira
(valores em euros)
31 / 12 / 2013
Ativo
31 / 12 / 2012
Não corrente
Ativos fixos tangiveis
5
204 105
102 406
Goodwill
6
7 782 727
7 768 884
Outros ativos intangíveis
7
908 966
428 805
Participações financeiras em subsidiárias
8
135 564 686
134 290 975
9
40 442
40 000
Ativos por impostos diferidos
10
3 479 875
2 599 910
Contas a receber de clientes e outros devedores
12
Outros investimentos financeiros
Total do ativo não corrente
6 000 000
3 220 000
153 980 801
148 450 980
Corrente
Inventários
11
6 557
14 560
Outras contas a receber
12
6 084 993
5 774 959
Acréscimos e diferimentos ativos
14
4 026 189
3 528 722
Caixa e depósitos bancários
13
1 953 901
118 549
12 071 639
9 436 790
166 052 440
157 887 770
Total do ativo corrente
Total do Ativo
Capital Próprio
Capital e reservas atribuíveis aos detentores de capital
Capital social
15
86 962 868
86 962 868
Prémios de emissão
15
10 255 221
10 255 221
Outras reservas
16
2 409 087
2 409 087
Resultados transitados
16
6 338 120
4 861 213
Resultado retidos no período
16
(2 693 924)
1 476 907
103 271 372
105 965 296
Capital, excluíndo interesses minoritários
Interesses minoritários
Total do capital próprio
-
-
103 271 372
105 965 296
Passivo
Não corrente
Outras contas a pagar
17
3 665 002
3 682 614
Financiamentos obtidos
18
18 716 667
19 020 890
22 381 669
22 703 504
Total do passivo não corrente
Corrente
Outras contas a pagar a fornecedores e outros credores
17
28 286 640
18 903 214
Financiamentos obtidos
18
8 863 807
6 765 527
Acréscimos e diferimentos passivos
19
3 248 952
3 550 229
40 399 399
29 218 970
Total do passivo corrente
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
RELATÓRIO E CONTAS 2013
62 781 068
51 922 474
166 052 440
157 887 770
112
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2. Demonstração Individual dos Resultados
(valores em euros)
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2012
Vendas
20
677 251
814 336
Prestação serviços
20
10 732 577
11 789 384
11 409 828
12 603 720
Total das Vendas e Prestação de serviços
Custo das Vendas
21
(570 124)
(603 556)
Sucontratos
22
(2 369 712)
(2 432 627)
8 469 992
9 567 537
Fornecimentos e serviços externos
23
(1 946 249)
(2 040 689)
Custos com pessoal
24
(9 458 344)
(9 169 753)
Outros ganhos e perdas líquidas
25
2 871 146
(1 796 603)
(63 455)
(3 439 508)
Margem bruta
Resultado operacional bruto
Depreciações e amortizações
26
(69 525)
(38 212)
Imparidades
27
(19 984)
(207 221)
(152 964)
(3 684 941)
28
(1 669 093)
5 482 829
(1 822 057)
1 797 888
Resultado operacional
Resultados Financeiros
Resultado antes impostos
Imposto sobre lucros
29
Resultado líquido do período
(871 867)
(320 981)
(2 693 924)
1 476 907
Resultado por ação (eur)
Resultados básicos
30
(0,031)
0,017
Resultados diluídos
30
(0,031)
0,017
3. Demonstração Individual do Rendimento Integral
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2012
(2 693 924)
Resultado Líquido do Período
Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio
1 476 907
-
-
Rendimento integral do periodo
(2 693 924)
1 476 907
Atribuível aos accionistas
(2 693 924)
1 476 907
4. Demonstração das Alterações do Capital Próprio
(valores em euros)
Prémios de Emissão
de Ações
Capital Social
Saldo a 1 janeiro de 2012
86 962 868
10 255 221
Reservas Legais
Outras Reservas
1 844 801
Resultados Retidos
19 187
Resultado liquido do ano
4 861 213
103 943 290
1 476 907
1 476 907
6 338 120
105 965 296
105 965 296
545 099
Transferência de fusão
Total Capital
Próprio
545 099
Saldo em 31 de dezembro de 2012
86 962 868
10 255 221
1 844 801
564 286
Saldo a 1 janeiro de 2013
86 962 868
10 255 221
1 844 801
564 286
6 338 120
Resultado liquido do ano
-
-
-
-
(2 693 924)
(2 693 924)
Saldo a 31 dezembro de 2013
86 962 868
10 255 221
1 844 801
564 286
3 644 196
103 271 372
RELATÓRIO E CONTAS 2013
113
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
5. Demonstração dos Fluxos de Caixa
(valores em euros)
31 / 12 / 2013
Atividades Operacionais
31 / 12 / 2012
Recebimentos de clientes
15 042 275
13 165 375
Pagamentos a fornecedores
(4 497 013)
(4 150 627)
Pagamentos ao pessoal
(8 424 110)
(6 593 354)
2 121 153
2 421 394
(356 728)
(1 005 789)
Fluxo gerado pelas operações
Pagamentos/recebimentos imposto s/ rendimento
Outros pag./recebimentos relat ativ. Operacionais
221 633
(461 241)
(135 095)
(1 467 030)
1 986 058
954 364
Investimentos financeiros
-
-
Ativos fixos tangíveis
-
-
SubTotal- recebimentos
-
-
Fluxos de atividades operacionais [1]
Atividades de Investimento
Recebimentos provenientes de:
Pagamentos provenientes de:
Investimentos financeiros
(115 500)
-
Ativos fixos tangíveis
-
(52 735)
SubTotal- pagamentos
(115 500)
(52 735)
Fluxos de atividades investimento [2]
(115 500)
(52 735)
Empréstimos obtidos
30 799 000
41 031 976
Empresas do Grupo
310 000
1 309 365
31 109 000
42 341 341
Empréstimos obtidos
(29 513 205)
(41 629 575)
Juros e custos similares
(1 631 001)
(1 569 494)
(31 144 206)
(43 199 069)
(35 206)
(857 728)
1 835 352
43 901
Atividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
SubTotal- recebimentos
Pagamentos provenientes de:
SubTotal- pagamentos
Fluxos de atividades financiamento [3]
Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3]
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
13
-
-
118 549
74 648
1 953 901
118 549
RELATÓRIO E CONTAS 2013
114
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Notas às Demonstrações Financeiras Individuais Ano de 2013 (valores em euros)
1. Informação Geral
A Glintt - Global Intelligent Technologies, S.A. (doravante Glintt GIT), foi constituída em dezembro de 1995 com
o objetivo de definir, rever, e controlar a missão e as linhas de orientação estratégica do Grupo, o qual atua no
mercado das Tecnologias de Informação, nomeadamente na área da Consultoria e Outsourcing.
A empresa tem a sua sede na Quinta da Beloura – Beloura Office Park, Edifício 10, em Sintra, registada na Conservatória do Registo Comercial de Sintra, com o nº único de contribuinte 503 541 320.
A sociedade encontra-se cotada na NYSE Euronext Lisbon, desde Junho de 1999, e está presente em três continentes, onde Portugal, Espanha, Polónia, Angola e Brasil se têm assumido como as principais geografias para
desenvolvimentos das suas operações.
2. Sumário das políticas contabilísticas mais significativas
2.1. Bases de preparação
Estas demonstrações financeiras referem-se à empresa em termos individuais e foram preparadas nos
termos legais para aprovação em Assembleia Geral de Acionistas, tendo os investimentos financeiros sido
registados ao valor de aquisição, tal como explicado na Nota 2.2. A empresa irá preparar e apresentar em
separado as demonstrações financeiras consolidadas nas quais vão ser incluídas as demonstrações financeiras das empresas em que participa maioritariamente ou detém o controlo de gestão.
Os principais critérios contabilísticos aplicados na elaboração destas demonstrações financeiras estão
descritos abaixo. Estas políticas contabilísticas foram consistentemente aplicadas aos períodos aqui apresentados, salvo indicação contrária.
Em 2009, a Glintt GIT passou a elaborar as suas demonstrações financeiras individuais em conformidade
com IAS/IFRS, tal como adotadas pela União Europeia.
As demonstrações financeiras individuais da Glintt GIT foram preparadas em conformidade com as Normas
Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) adotadas pela União Europeia, emitidas
pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as Interpretações do International Financial
Reporting Interpretation Committee (IFRIC) ou pela anterior Standing Interpretations Committee (SIC)
emitidas e vigentes à data da preparação das demonstrações financeiras.
A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de estimativas e pressupostos que afetam as
quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar de estas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão
em relação aos eventos e ações correntes, os resultados finais podem, em última instância, diferir destas
estimativas.
2.2. Investimentos financeiros
Os investimentos nas empresas subsidiárias, nas quais se detém o controlo, em empresas associadas, as
quais existe influência significativa e os outros investimentos são registados pelo valor do custo, reduzido
das perdas de imparidade acumuladas.
As participações financeiras em empresas encontram-se detalhadas na Nota 8.
Os dividendos recebidos das empresas subsidiárias são registados como ganhos financeiros.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
115
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.3. Conversão cambial
As transações em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de
câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transações e
da conversão, pela taxa à data do balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda
diferente do euro, são reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto quando diferido em capital
próprio, se se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa.
2.4. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são compostos por equipamento administrativo. Os ativos fixos tangíveis são
relevados ao custo de aquisição, líquido das depreciações acumuladas. Considera-se como custo de aquisição, os custos diretamente atribuíveis à aquisição dos ativos (soma do respetivo preço de compra com
os gastos suportados direta ou indiretamente para o colocar no seu estado atual).
Os custos subsequentes são incluídos no valor contabilístico do ativo ou são reconhecidos como um ativo
separadamente, apenas quando seja provável a existência de benefícios económicos futuros associados
ao bem e quando o custo puder ser fiavelmente mensurado. Todas as outras despesas de manutenção,
conservação e reparação são registadas na demonstração dos resultados durante o período financeiro
em que são incorridas.
As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes, durante as suas vidas úteis estimadas
como se segue:
N.º de anos
• Equipamento administrativo 3 a 10
O valor residual de um ativo e a sua vida útil são revistos e ajustados, caso necessário, na data de cada
balanço.
Quando a quantia registada de um ativo é superior ao seu valor recuperável, esta é ajustada imediatamente para o seu valor recuperável.
Os ganhos e as perdas nas alienações são determinados pela comparação do valor da venda com o montante líquido registado e são incluídos no resultado do período.
2.5. Goodwill
O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos identificáveis da subsidiária/associada na data de aquisição.
O goodwill é apurado na data de aquisição numa base provisória e os justos valores dos ativos e passivos
adquiridos e do custo de aquisição podem ser alterados até ao fim do exercício seguinte à data da aquisição.
O goodwill é sujeito a testes de imparidade, numa base anual e é relevado ao custo, deduzido de perdas
de imparidade acumuladas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do
goodwill referente à mesma.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
116
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.6. Imparidade de ativos
Os ativos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização mas, são objeto de testes
de imparidade anuais. Os ativos que são sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre
que os eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram relevados
possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia relevada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre justo valor
do ativo, menos os custos de realização, e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade, os
ativos são agrupados pelo menor grupo identificável de ativos que geram influxos de caixa derivados do
uso continuado e que sejam, em larga medida, independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou
grupo de ativos (unidades geradoras de fluxos de caixa).
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se concluir
que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram (com exceção das perdas de
imparidade do goodwill). Esta análise é efetuada sempre que existem indícios que a perda por imparidade
anteriormente reconhecida tenha revertido.
A reversão de perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como outros ganhos
e perdas operacionais. Contudo, a reversão de perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia
que estaria reconhecida (liquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se
tivesse registado em períodos anteriores.
2.7. Contas a receber de clientes e outros devedores
As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo
subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva, deduzido das
perdas para imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade das contas a receber são estabelecidas
quando há evidência objetiva de que a entidade não receberá a totalidade dos montantes em dívida conforme as condições originais das contas a receber. O valor da perda por imparidade é a diferença entre
o valor apresentado e o valor presente estimado dos fluxos de caixa futuros, descontado à taxa de juro
efetiva. O valor da perda por imparidade é reconhecido na demonstração dos resultados.
2.8. Caixa e equivalentes de caixa
A caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo,
de liquidez elevada e com maturidade inicial até 3 meses e descobertos bancários.
Os descobertos bancários são apresentados no balanço, no passivo corrente, na rubrica “Empréstimos”.
2.9. Capital social
As ações ordinárias são classificadas no capital próprio.
Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante desta emissão.
Quando a empresa adquire ações próprias, o montante pago é deduzido ao total dos capitais próprios
atribuível aos acionistas, e apresentado como ações próprias, até à data em que estas são canceladas,
reemitidas ou vendidas. Quando tais ações são subsequentemente vendidas ou reemitidas, o montante
recebido é novamente incluído nos capitais próprios atribuíveis aos acionistas.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
117
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.10. Empréstimos
Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação
incorridos. Os empréstimos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado; qualquer
diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor amortizado é reconhecida na
demonstração dos resultados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa efetiva.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, doze meses após a data do balanço, sendo neste
caso classificado no passivo não corrente.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são reconhecidos como gastos financeiros, de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.11. Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento inclui o imposto corrente. Este é determinado com base nos resultados
líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data do balanço, considerando para
os períodos intercalares a taxa anual efetiva de imposto estimado.
2.12. Provisões
São constituídas provisões no balanço sempre que: i) a entidade tenha uma obrigação presente, legal ou
construtiva, resultante de um acontecimento passado; ii) seja provável que um exfluxo, razoavelmente
estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigida para liquidar esta obrigação e;
iii) que o seu valor seja fiavelmente estimável. As provisões são revistas à data do balanço e ajustadas
para refletir a melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos, seja necessário para liquidar a obrigação, a provisão é revertida.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
2.13. Reconhecimento do rédito
O rédito compreende o justo valor dos serviços prestados, líquido de impostos e descontos.
2.14. Férias, Subsidio de férias
De acordo com a legislação vigente, os trabalhadores têm, anualmente, direito a 22 dias úteis de férias,
bem como a um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no ano anterior ao do seu pagamento. Assim, estas responsabilidades são registadas no período em que os trabalhadores adquirem
o respetivo direito, por contrapartida da demonstração de resultados, independentemente da data do
seu pagamento, e o saldo por liquidar à data de balanço está relevado na rubrica de Valores a pagar
correntes.
2.15. Ativos e Passivos contingentes
“Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afetando benefícios
económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.”
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras individuais mas são divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
118
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
2.16. Eventos Subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que
existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a
data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.
2.17. Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras
Em 2013, passaram a ser de aplicação obrigatória novas normas e interpretações ou suas alterações,
as quais não tiveram impacto significativo nos montantes reportados e divulgações efetuadas nestas
demonstrações financeiras:
2.17.1. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas
pela União Europeia, com data de entrada em vigor a partir de 1 de Janeiro
de 2013:
• Alterações à IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras (Regulamento n.º 475/2012,
de 5 de junho) – Apresentação de rubricas de Outro rendimento integral:
(i) As alterações introduzem nova terminologia para o título da ―Demonstração de rendimento
integral‖, que na norma passa a ser redenominada como ―Demonstração dos resultados e
de outro rendimento integral‖. Contudo, a aplicação e uso do título redenominado não é de
aplicação obrigatória, podendo as entidades continuar a usar para as suas demonstrações
financeiras títulos que não sejam usados na norma.
(ii) As alterações da IAS 1 mantêm a possibilidade de apresentar os resultados e o outro rendimento integral quer numa única demonstração quer em duas demonstrações separadas,
desde que consecutivas. Contudo, as alterações à IAS 1 requerem que as rúbricas de outro
rendimento integral sejam agrupadas em duas categorias: a) rubricas que não irão ser posteriormente reclassificadas nos resultados, e b) rubricas que poderão ser posteriormente
reclassificadas nos resultados, logo que estejam preenchidas determinadas condições. As
alterações à IAS 1 devem ser aplicadas retrospetivamente, pelo que a apresentação (grupos
separados) das rubricas de outro rendimento integral deve ser modificada para refletir estas
alterações também no período comparativo.
• Alterações à IAS 19 Benefícios dos empregados (Regulamento n.º 475/2012, de 5 de junho):
As alterações mais significativas nesta nova versão da IAS 19 relacionam-se com a contabilização de alterações nas obrigações de benefícios definidos e ativos do plano. As alterações na
nova versão da IAS 19 requerem que as alterações nas obrigações de benefícios definidos e as
alterações no justo valor dos ativos do plano sejam reconhecidas no momento em que ocorrem, eliminando assim a abordagem de “corridor”‖ permitida pela versão anterior da IAS 19 e
acelerando assim o reconhecimento dos custos com serviços passados. Com esta nova versão
da IAS 19, todos os ganhos e perdas atuariais deverão ser reconhecidos imediatamente em
outro rendimento integral. Além disso, o custo de juros e retorno esperado dos ativos do plano,
usados na versão anterior da IAS 19 são substituídos, nesta nova versão, por um montante de
“juro líquido sobre o passivo (ativo) líquido de benefícios definidos”, que é calculado mediante
a aplicação da taxa de desconto ao passivo (ativo) líquido de benefícios definidos. Em adição,
esta nova versão da IAS 19 introduz determinadas alterações na apresentação dos custos de
benefícios definidos, incluindo divulgações mais extensivas. A nova versão da IAS 19 deverá ter
aplicação retrospetiva.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
119
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Adoção da IFRS 13 Mensuração pelo justo valor (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de
dezembro):
A IFRS 13 estabelece um quadro único para o cálculo do justo valor de acordo com as IFRS (exceto para pagamentos com base em ações no âmbito da IFRS 2, transações de locação no âmbito
da IAS 17 e mensurações que têm algumas semelhanças com o justo valor, mas que não são
justo valor, como por exemplo o valor realizável líquido na mensuração de inventários, ou como
por exemplo o valor de uso para aferição de imparidades) e fornece orientações abrangentes
sobre a forma de calcular o justo valor de ativos e passivos, tanto financeiros como não financeiros. A IFRS 13 define justo valor como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou
pago para transferir um passivo numa transação ordenada entre participantes no mercado à
data da mensuração. O justo valor na IFRS 13 consiste num “preço de saída”, independente de
esse preço ser diretamente observável ou estimado por recurso a outra técnica de avaliação.
A IFRS 13 inclui requisitos extensos de divulgações adicionais. A IFRS 13 requere apenas uma
aplicação prospetiva, a partir de 1 de janeiro de 2013, pelo que os requisitos de divulgação não
são exigidos para a informação comparativa de períodos anteriores antes da aplicação inicial
da norma.
• Alterações à IAS 12 Impostos sobre o rendimento (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro) – Imposto diferido: recuperação de ativos subjacentes:
O objetivo das alterações consiste em introduzir uma exceção ao princípio de mensuração contido na IAS 12, sob a forma de uma presunção refutável de que o montante escriturado de um
bem de investimento mensurado pelo justo valor será recuperado através da venda e que uma
entidade será obrigada a utilizar a taxa de imposto aplicável à venda do ativo subjacente. Estas
alterações à IAS 12 vêm suprimir a SIC 21 Impostos sobre o Rendimento — Recuperação de
Ativos Não Depreciáveis Revalorizados, cujo teor passa a estar incluído na própria norma que
passa a incluir mais exemplos ilustrativos de aplicação.
• Alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez:
(i) Hiperinflação grave e supressão de datas fixas para os adotantes pela primeira vez: (Regulamento n.º 1255/2012, de 11 de dezembro)
O objetivo destas emendas à IFRS 1 consiste em introduzir uma nova isenção, designadamente, as entidades que foram sujeitas a uma hiperinflação grave são autorizadas a utilizar
o justo valor como custo considerado para os seus ativos e passivos na demonstração financeira de abertura de acordo com as IFRS. As emendas substituem ainda as referências a datas
fixas, na IFRS 1, por referências à data de transição.
(ii) Empréstimos governamentais (Regulamento n.º 183/2013, de 4 de março)
As emendas à IFRS 1 tratam os empréstimos recebidos de Governos a uma taxa de juro inferior à do mercado e têm por objetivo conceder aos adotantes pela primeira vez das IFRS uma
dispensa da aplicação total e retrospetiva na transição para as IFRS.
• IFRIC 20 Custos de descobertura na fase de produção de uma mina a céu aberto (Regulamento
n.º 1255/2012, de 11 de dezembro):
O objetivo da IFRIC 20 consiste em fornecer orientações sobre o reconhecimento dos custos
de produção relacionados com a descobertura como um ativo e sobre a mensuração inicial
e subsequente do ativo correspondente às atividades de descobertura, de forma a reduzir a
diversidade, na prática, quanto à forma como as entidades contabilizam os custos de descobertura incorridos na fase de produção de uma mina a céu aberto.
• Alterações à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e à IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação (Regulamento n.º 1256/2012, de 13 de dezembro)
O objetivo da emenda à IFRS 7 é exigir a apresentação de informação quantitativa adicional
sobre compensação entre ativos financeiros e passivos financeiros, de maneira a que os utentes
possam comparar e conciliar melhor as divulgações de acordo com as IFRS e as divulgações de
acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites (GAAP) dos EUA. Por outro lado,
o IASB emendou a IAS 32 por forma a fornecer orientações adicionais para reduzir as incoerências na aplicação prática da norma - Regulamento 1256/2012, de 13 de dezembro.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
120
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Melhoramentos anuais: ciclos de 2009-2011 (Regulamento n.º 301/2013, de 27 de março)
Os melhoramentos incluem emendas a cinco IFRS, que se sumarizam de seguida:
IFRS 1 Adoção pela primeira vez - Aplicação repetida da IFRS 1
As emendas clarificam que uma entidade pode aplicar a IFRS 1 se as mais recentes demonstrações
financeiras não continham uma declaração de conformidade, explícita e sem reservas, com as
IFRS, mesmo se já tivesse aplicado a IFRS 1 no passado.
IFRS 1 Adoção pela primeira vez - Custos de empréstimos obtidos
As emendas clarificam que custos de empréstimos obtidos capitalizados de acordo com PCGA
anteriores antes da data de transição para as IFRS poderão ser usados sem ajustamento no
montante previamente capitalizado à data de transição.
IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras - Clarificação dos requisitos para informação comparativa
As emendas especificam que uma terceira demonstração da posição financeira é requerida
quando: a) uma entidade aplica uma política contabilística retrospetivamente, ou efetua uma
reexpressão ou reclassificação retrospetiva de items nas suas demonstrações financeiras, e b)
a aplicação retrospetiva, reexpressão ou reclassificação tem um efeito material na informação
na terceira demonstração da posição financeira. As emendas especificam que não é requerido
que sejam apresentadas as notas conexas acompanhem a terceira demonstração da posição
financeira.
IAS 16 Ativos fixos tangíveis - Classificação de equipamentos de serviço (peças sobressalentes,
equipamentos de reserva e de manutenção)
As emendas clarificam que as peças sobressalentes, equipamento de reserva e de manutenção
devem ser classificados como ativos fixos tangíveis quando cumprem a definição de ativos fixos
tangíveis, estabelecida na IAS 16 e como inventários nas outras situações.
IAS 32 Instrumentos financeiros: Apresentação - Efeito fiscal da distribuição aos detentores
de instrumentos de capital próprio
As emendas clarificam que os impostos sobre o rendimento nas distribuições aos detentores
de instrumentos de capital próprio, devem ser contabilizados de acordo com a IAS 12 Impostos
sobre o rendimento.
IAS 34 Relato financeiro intercalar
As emendas clarificam que o total de ativos e total de passivos de um determinado segmento
de relato deverão ser divulgados separadamente se esses montantes forem apresentados regularmente ao principal responsável pela tomada de decisões operacionais e se se tiver verificado
uma alteração substancial do valor divulgado nas últimas demonstrações financeiras anuais
para esse segmento de relato.
Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor em exercícios com
início em ou após 01 de janeiro de 2014
• Adoção da IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas, da IFRS 11 Acordos conjuntos e da
IFRS 12 Divulgação de interesses noutras entidades, bem como das versões alteradas da IAS 27
Demonstrações financeiras separadas e da IAS 28 Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de dezembro)
O objetivo da IFRS 10 é fornecer um modelo de consolidação único, que identifica a relação de
controlo como base para a consolidação de todos os tipos de entidades. A IFRS 10 substitui a IAS
27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas e a SIC 12 Consolidação — Entidades
com finalidade especial. A IFRS 11 estabelece princípios para o relato financeiro pelas partes
em acordos conjuntos e substitui a IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos e a SIC 13
Entidades conjuntamente controladas – Contribuições não monetárias por empreendedores. A
IFRS 12 combina, reforça e substitui os requisitos de divulgação para as filiais, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas não consolidadas. Em consequência destas novas IFRS,
o IASB emitiu igualmente uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
121
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Emendas à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, à IFRS 11 Acordos Conjuntos e à
IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades (Regulamento n.º 313/2013, de 4 de abril)
O objetivo das emendas consiste em clarificar a intenção do IASB quando emitiu pela primeira
vez as orientações de transição relativas à IFRS 10. As emendas proporcionam também uma
flexibilidade de transição suplementar relativamente à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12, limitando
o requisito de prestação de informações comparativas ajustadas apenas ao período comparativo precedente. Além disso, para as divulgações relativas a entidades estruturadas não consolidadas, as emendas suprimem a obrigação de apresentar informações comparativas para os
períodos anteriores à aplicação pela primeira vez da IFRS 12.
• Alterações
à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 Divulgação de
Interesses Noutras Entidades e IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas (Regulamento
n.º 1174/2013, de 20 de novembro)
A IFRS 10 é emendada a fim de refletir melhor o modelo de negócio das entidades de investimento. Exige que essas entidades mensurem as suas filiais pelo justo valor através dos resultados, em vez de procederem à respetiva consolidação. A IFRS 12 é emendada a fim de exigir
uma divulgação específica sobre essas filiais das entidades de investimento. As emendas à IAS
27 eliminaram ainda a opção que era dada às entidades de investimento no sentido de mensurarem os seus investimentos em determinadas filiais pelo custo ou pelo justo valor nas suas
demonstrações financeiras separadas. As emendas à IFRS 10, à IFRS 12 e à IAS 27 implicam, por
conseguinte, emendas à IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 7, IAS 12, IAS 24, IAS 32, IAS 34 e IAS 39, a fim
de assegurar a coerência entre as normas internacionais de contabilidade.
• Alterações à IAS 36 Imparidade de ativos (Regulamento n.º 1374/2013, de 19 de dezembro)
As principais alterações envolvem:
(i) a remoção do requisito de divulgação da quantia recuperável das unidades geradoras de
caixa relativamente às quais não foi reconhecida qualquer imparidade;
(ii) introdução do requisito de divulgar informação acerca dos pressupostos-chave, técnicas
de avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo valor para qualquer ativo individual
(incluindo o goodwill) ou para qualquer unidade geradora de caixa relativamente aos quais
foi reconhecidas ou revertidas perdas de imparidade durante o período, e para as quais o
valor recuperável consiste no justo valor menos custos de vender;
(iii) introdução do requisito de divulgação das taxas de desconto que foram usadas no período
corrente e em mensurações anteriores das quantias recuperáveis dos ativos em imparidade
que tenham sido baseadas no justo valor menos custos de vender usando a técnica do valor
presente;
(iv) remoção do termo ―material‖, por se ter considerado desnecessária a referência explícita quando a norma faz referência aos requisitos de divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades geradoras de caixa, paras os quais uma perda ou reversão ―
material‖de imparidade tenha sido incorrida durante o período.
• Alterações à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração - Novação de
Derivados e Continuação da Contabilidade de Cobertura (Regulamento n.º 1375/2013, de 19 de
dezembro)
O objetivo das alterações é o de resolver as situações em que um derivado designado como
instrumento de cobertura é objeto de novação entre uma contraparte e uma contraparte
central por razões legais ou regulamentares. A solução prevista permitirá a continuação da
contabilidade de cobertura independentemente da novação, o que não seria permitido na
ausência destas emendas.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
122
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
3. Gestão do risco financeiro
As atividades da empresa estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco
de liquidez e risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro.
3.1. Risco de Crédito
As principais fontes de risco de crédito são: caixa e equivalentes de caixa e clientes. A informação relativa
à gestão dos riscos financeiros encontra-se detalhada no relatório do governo das sociedades (grupo 3) e
no capítulo destinado às Demonstrações Financeiras e Notas às Contas Consolidadas (ponto 4.1).
Em 31 de dezembro de 2013, os saldos a receber de clientes representavam a seguinte estrutura de antiguidade:
Total saldo clientes
Saldo sem
imparidade
Saldo em
imparidade
Valor da imparidade
Saldo Líquido
clientes
1 857 550
1 857 550
-
-
1 857 550
de 1 a 180 dias
848 667
848 667
-
-
848 667
de 181 a 360 dias
368 270
297 187
71 083
22 212
346 058
de 361 a 720 dias
303 868
226 047
77 821
55 691
248 177
a mais de 721 dias
427 347
151 484
275 863
203 581
223 766
3 805 702
3 380 934
424 768
281 484
3 524 218
Valores Não Vencidos
Os valores evidenciados no quadro anterior correspondem aos valores em aberto face às respetivas datas
de vencimento.
3.2. Risco de Liquidez
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção da caixa e depósitos bancários a um nível suficiente,
a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de
crédito e a capacidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria da empresa pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo as linhas
de crédito disponíveis.
A liquidez dos passivos financeiros remunerados originará os seguintes fluxos monetários:
Até 1 ano
Dívidas a Iinstituições de crédito
ALD
De 1 a 5 anos
Mais de 5 anos
8 863 807
15 216 667
292 618
557 642
3 500 000
-
9 156 425
15 774 308
3 500 000
3.3. Risco de fluxos de caixa e de justo valor associados à taxa de juro
A exposição da empresa ao risco da taxa de juro, advém de aplicações em instituições financeiras e empréstimos obtidos. As aplicações em instituições financeiras assumem a natureza de curto prazo, pelo que
os riscos de fluxos de caixa decorrentes de alterações na taxa de juro não assumem um carácter relevante.
Os empréstimos obtidos estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência,
facto que expõe a entidade a riscos de cash-flow.
A exposição ao risco é analisada de forma dinâmica, realizando-se testes de sensibilidade a variações
da taxa de juro, fundamentalmente à euribor, sendo que alterações na taxa de juro do mercado afetam
ganhos ou perdas de instrumentos financeiros.
Baseadas nas simulações efetuadas a 31 de dezembro de 2013, uma subida ou descida de 50 pontos base
nas taxas de juro teria um impacto negativo ou positivo nos resultados antes de impostos, mantendo tudo
o resto constante, de cerca de 170 mil euros.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
123
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
4. Estimativas contabilísticas e pressupostos críticos
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente
aceites requer o uso de estimativas e pressupostos que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos,
assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar destas estimativas
serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, os resultados
finais podem, em última instância, diferir destas estimativas.
5. Activos fixos tangíveis
Custo
Equipamento Administrativo
31 / 12 /2013
31 / 12 /2012
Amortizações
Acumuladas
Amortizações
Acumuladas
Valor Líquido
Custo
Valor Líquido
501 733
(297 628)
204 105
369 126
(266 720)
102 406
501 733
(297 628)
204 105
369 126
(266 720)
102 406
Aquisições /
Dotações
Saldo em 01-01-13
Saldo em 31-12-2013
Custo
Equipamento administrativo
369 126
132 607
501 733
369 126
132 607
501 733
266 720
30 908
297 628
266 720
30 908
297 628
Amortizações acumuladas
Equipamento administrativo
6. Goodwill
O valor de Goodwill existente à data de 31 de dezembro de 2013 ascende a 7.782.727 euros líquidos e diz respeito a:
Empresas
Valor
Bytecode
6 310 267
EHC
1 472 459
7 782 727
Em 31 de dezembro de 2012, o valor global do Goodwill registado na sociedade ascendia a 7.768.884 euros, ou
seja, menos 13.843 euros que na data do presente relatório. A diferença resulta de um pagamento diferido previsto aquando da compra da sociedade EHC, o qual apenas se concretizou no exercício de 2013, após verificação
dos pressupostos que estiveram na sua origem.
7. Ativos Intangíveis
Custo
Intang. desenv. Internam.
31 / 12 /2013
31 / 12 /2012
Amortizações
Acumuladas e
Imparidades
Amortizações
Acumuladas e
Imparidades
Valor Líquido
Custo
Valor Líquido
968 806
(59 840)
908 966
450 028
(21 222)
428 805
968 806
(59 840)
908 966
450 028
(21 222)
428 805
Saldo em 01-01-13
Aquisições
Imparidade
Saldo em 31-12-2013
Custo
Outros ativos intangíveis
450 028
618 779
100 000
968 807
450 028
618 779
100 000
968 807
21 222
38 618
59 840
21 222
38 618
59 840
Depreciações acumuladas
Outros ativos intangíveis
RELATÓRIO E CONTAS 2013
124
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
Na rubrica de intangíveis desenvolvidos internamente, a 31 de dezembro de 2013, encontram-se relevados
os projetos relacionados com o desenvolvimento interno de produtos próprios, conforme se descreve abaixo:
31 / 12 /2013
Investimento
250 000
Abate / Imparidade
100 000
Investimento
Líquido
Am. Acumuladas
V. Líquido
150 000
0
Glintt Content Management
35 000
35 000
28 889
6 111
Finance Glintt
70 000
70 000
28 000
42 000
Queue Managment (Disp. Senhas)
74 647
74 647
-
74 647
Glintt Signatures
10 624
10 624
2 951
7 673
FarmaSites
17 311
17 311
-
17 311
Software/Plataforma de integração
150 000
96 142
96 142
-
96 142
Fastflow
158 425
158 425
-
158 425
MAC
346 570
346 570
-
346 570
10 087
10 087
-
10 087
968 806
59 840
908 966
Finance Glintt- Leasing Pack
Plataforma de faturação
1 068 806
100 000
Comparativamente a 31 de dezembro de 2012, o detalhe dos projetos era o seguinte:
31 / 12 /2012
Investimento
Abate / Imparidade
Investimento
Líquido
Am. Acumuladas
V. Líquido
250 000
-
-
250 000
Glintt Content Management
35 000
7 222
7 222
27 778
Finance Glintt
70 000
14 000
14 000
56 000
Queue Managment (Disp. Senhas)
67 401
-
-
67 401
Glintt Signatures
10 315
-
-
10 315
FarmaSites
17 311
-
-
17 311
21 222
21 222
428 805
Software/Plataforma de integração
450 027
0
Foram capitalizados no exercício 618.779 euros, relacionados com diversos projetos da área de “Consulting”,
conforme a seguir se detalham:
Queue Management
A presente solução pretende ir ao encontro das necessidades quer do utente quer do gestor da solução, garantindo uma gestão eficaz e eficiente dos recursos envolvidos, com recurso às tecnologias da informação.
Neste contexto, a Queue Management é uma solução que está a ser desenvolvida pela área de “Consulting”
e foi conceptualizada para dar resposta às seguintes necessidades:
• Produção e emissão de senhas de atendimento em articulação com sistema de gestão de filas de atendimento. De forma muito simplificada, pretende-se que o sistema dê resposta às seguintes questões:
• Permitir que o utente obtenha uma senha numerada para atendimento.
• Permitir que os funcionários e utentes sejam informados quanto à numeração de cada fila de trabalho.
• Permitir notificar o utente da sua vez de chamada.
• Permitir disponibilizar ao utente blocos informativos enquanto aguarda vez.
• Garantir a troca de mensagens entre a aplicação SERVER e os restantes componentes do sistema.
• Envio de mensagens do servidor para o SCREEN, DESK, BackOffice e DISPENSER
• Registo de transações por utilizador e fila de trabalho
RELATÓRIO E CONTAS 2013
125
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
• Gestão centralizada de várias lojas:
• Dashboard de Indicadores
• Perfis de acesso e de gestores
• Gestão backoffice web
• Extração de indicadores sobre a atividade da região/loja/lojista/balcão
• Definição morada, telefone, e-mail
• Definição do horário da Loja. Fora do horário definido, não são emitidas senhas
• Outras funcionalidades:
• Rechamar, Suspender, Cancelar e Reencaminhar senhas
• Ligação a Active Directory
O investimento reconhecido referente ao Queue Management e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Investimento
2014
2015
2016
2017
2018
74 647
10 000
20 000
25 000
30 000
30 000
Queue Management
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
Finance Glintt - Leasing Pack
Trata-se de uma solução web de gestão comercial do negócio de leasing e renting, com um foco particular na
relação entre a instituição financeira e os clientes finais. Baseado na utilização de uma plataforma tecnológica inovadora de desenvolvimento e administração de aplicações, a solução de Leasing da Glintt, diferencia-se por ter uma estrutura altamente escalável e 100% customizável à realidade da instituição financeira.
O FinanceGlintt – Leasing Pack inclui a gestão de Plafonds e informação de contratos, simulações de renda,
demonstração de Cash-Flow e módulos de agenda e esforço de cobrança. Permite uma gestão eficaz de
todos os pedidos de cliente, integrando os processos com eventuais sistemas core existentes.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Leasing Pack
Investimento
2014
2015
2016
2017
2018
96 142
400 000
810 000
662 500
30 000
482 500
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 4 anos.
Fast Flow - Generix
O Gx - Generix é uma solução de BPM completamente diferenciadora que permite o aumento da produtividade, ligando processos, pessoas e documentos.
Foi concebida com o objetivo de ser utilizada por qualquer entidade, sendo por isso de fácil utilização. Os
processos de negócio podem agora ser concebidos, criados, executados e geridos de forma independente,
pelas mesmas pessoas que possuem e dirigem esses processos. A abordagem Generix liberta recursos de TI
para que se foquem na facilitação de projetos de integração de processos mais complexos.
Tem por base a configuração de processos de complexidade simples a moderada, que estão tipicamente sustentados em canais informais (telefone, email, fax). Esta solução, constitui um acelerador para a tecnologia
IBM BPM, permitindo autonomia dos business users face ao IT.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
Fast Flow
Investimento
2014
2015
2016
2017
2018
2019
158 425
518 000
956 000
1 540 000
2 030 000
2 546 000
3 193 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 6 anos.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
126
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
MAC - Manutenção Assistida por Computador
O MAC2.0 é um projeto de desenvolvimento de Software para gestão inteligente de ativos, o qual está a ser
repensado e concebido totalmente, para ir ao encontro das novas necessidades do negócios.
Apesar de contemplar soluções que respondam aos requisitos funcionais identificados na anterior versão,
bem como outros que foram entretanto identificados pelos principais clientes utilizadores, o projeto
MAC2.0 é um projeto de desenvolvimento que pretende alterar de forma radical o status-quo associado
a um Software tradicional de gestão de ativos, quer incorporando como desenvolvendo novos algoritmos
tecnológicos.
A Versão MAC2.0 será constituída pelos seguintes módulos funcionais:
• Ativos – Gestão de Equipamentos, Localizações, Sistemas, Modos de Falha de Equipamentos, Contadores
Funcionais, Contadores Físicos, Grupos de Contadores, Transferência de Ativos, Contratos de Garantia, entre
outros.
• Materiais – Gestão de Artigos, Ferramentas, Serviços Standard, Inventário, Requisições, Emissões,
Devoluções, Transferências de Armazém, entre outros.
• Recursos – Gestão de Pessoas, Grupos, Mão-de-obra, Profissões, Equipas, Qualificações, Calendários,
Turnos, entre outros.
• Compras – Gestão de Fornecedores, Fabricantes, Pedidos de Compra, Encomendas, Contratos de Compras, Receção de Material, Conferência de Faturas, Avaliação de Fornecedores, entre outros.
• Trabalho – Gestão de Ordens de Trabalho, Pedidos de Intervenção, Planos de Manutenção Preventiva,
Planos de Inspeções, Rotas, Trabalhos Pré-Preparados, Planos de Lubrificação, Planos de Calibração de
Equipamentos, Contratos de Serviços, SLA, Planos de Segurança, Perigos, Precauções, Lockout/TagOut, entre outros.
• Sistema – Configurações Gerais da aplicação, parametrizações do sistema, Configuração da Organização
e Sites, Gestão de utilizadores e perfis de utilizadores, Moedas, Taxas de Câmbio, Unidades de Conversão,
Planos de Contas de Contabilidade, entre outros.
• Transversal a Todos os Módulos - Gestão de Imagens, Comentários e Anexos de Entidades, Estatísticas,
Relatórios, Alertas/Notificações e Tarefas de Utilizadores.
O investimento reconhecido e respetivas previsões de venda são as seguintes:
Réditos Previstos
Projeto
MAC
Investimento
2015
2016
2017
2018
2019
346 569
540 000
866 500
1 463 000
1 967 000
2 664 000
A Administração definiu, baseada na experiencia do setor, uma vida útil finita de 5 anos.
8. Investimentos em Associadas e Subsidiárias
A Glintt GIT, na elaboração das suas demonstrações financeiras individuais optou por contabilizar os seus
investimentos em subsidiárias ao custo, reduzido das perdas de imparidade acumuladas.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
127
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
País da Sede
% Capitais detidos
Glintt BS
Empresas
43 242 630
Custo
Portugal
100%
Glintt TES (Eurociber)
18 098 386
Portugal
100%
Glintt TES (Wen)
22 706 268
Portugal
100%
SolS
12 930 153
Portugal
100%
Glintt TES
6 264 933
Portugal
100%
Netpeole
5 509 838
Portugal
100%
Glintt BPO
5 167 956
Portugal
100%
20 000 000
Espanha
100%
100 000
Portugal
100%
Glintt Energy
50 000
Portugal
100%
Glint España
50 000
Espanha
100%
1 006 190
Portugal
100%
Glintt Polska
23 093
Polónia
100%
Glintt Brasil
415 239
Brasil
99%
Consoft
RHM
Glintt Inov
Os montantes referentes à Eurociber e WEN dizem respeito a empresas que foram objeto de fusão na sociedade Glintt TES.
9. Outros Investimentos Financeiros
Em outros investimentos financeiros está registada essencialmente, uma participação de 7%, no valor de
40.000,00 Euros, na Sociedade Parque Ciência e Tecnologia do Alentejo SA.
10. Ativos por Impostos Diferidos
O Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) da Glintt GIT e suas subsidiárias com sede no território
nacional é calculado e apurado no âmbito do Regime especial de tributação dos grupos de sociedades.
A 31 de dezembro de 2013 está registado o montante de 3.479.875 euros, o qual apresenta a seguinte decomposição:
31/12/2013
Imposto diferido ativo
31/12/2012
Imposto diferido ativo
Ano limite
p/ dedução
Prejuízos fiscais dedutíveis
476 017
-
476 017
-
SIFIDE 2009
113 332
132 267
2014
SIFIDE 2010
121 250
121 250
2015
SIFIDE 2011
367 232
892 968
2016
SIFIDE 2012
671 472
1 453 425
2017
SIFIDE 2013
654 918
-
2018
1 075 654
-
2018
3 003 858
2 599 910
3 479 875
2 599 910
2013
2018
Beneficios fiscais
CFEI
Uma vez que é à empresa dominante que cabe o cálculo e liquidação do imposto, o montante do imposto diferido ativo foi transferido das subsidiárias para a empresa mãe.
11. Inventários
31 / 12 / 2013
Mercadorias
RELATÓRIO E CONTAS 2013
31 / 12 / 2012
6 557
14 560
6 557
14 560
128
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
12.Contas a receber de clientes e outros devedores
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2012
Não correntes:
6 000 000
3 220 000
6 000 000
3 220 000
Clientes de conta corrente
3 805 702
4 678 821
Perdas por imparidade
(281 484)
(429 045)
3 524 218
4 249 776
Empresas do grupo
Correntes:
Pessoal
-
1 593
Impostos 277 082
675 601
2 270 736
847 989
Empresas do grupo
Outros devedores
12 957
-
2 560 775
1 525 183
6 084 993
5 774 959
A rubrica clientes de conta corrente inclui as faturas dos clientes que foram cedidas à empresa de factoring, no
valor de 435 mil euros, e cujo adiantamento se encontra refletido em empréstimos (ver Nota 18).
13. Caixa e Equivalentes de Caixa
31 / 12 / 2013
Depósitos bancários de curto prazo
31 / 12 / 2013
1 953 901
118 549
1 953 901
118 549
14. Acréscimos e diferimentos ativos
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Acréscimos de rendimentos
Projetos em curso
Faturas a emitir- Empresas do Grupo
Outros
740 742
1 057 926
3 068 470
2 174 482
13 749
9 293
3 822 961
3 241 701
166 527
241 776
4 987
11 818
Gastos a reconhecer
Projetos em curso
Serviços especializados
Outros
31 714
33 427
203 228
287 021
4 026 189
3 528 722
A rubrica relativa a “Faturas a emitir – Empresas do Grupo” inclui entre outros, os serviços centrais prestados pela
holding à suas filhas e que anualmente são debitados de acordo com os critérios de preços de transferência.
A rúbrica “Projetos em Curso” incluida quer no total dos acréscimos de rendimento, quer no total dos gastos a
reconhecer diz respeito à tipologia dos contratos firmados, conforme se menciona na nota 15 do grupo 4.1.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
129
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
15.Capital social
A estrutura do capital social não sofreu alterações no exercício findo em 31 de dezembro de 2013. O capital
social, integralmente subscrito e realizado, está representado por 86.962.868 ações com o valor nominal de 1
Euro cada:
Nº de ações
Capital Social
Prémio de emissão
Total
86 962 868
86 962 868
10 255 221
97 218 089
Aumento capital em especie
-
-
-
-
Redução de capital para cobrir prejuizos
-
-
-
-
Alienações de ações próprias
-
-
-
-
Renominalização do nº de ações
-
-
-
-
86 962 868
86 962 868
10 255 221
97 218 089
Em 31 de dezembro de 2012
Em 31 de dezembro de 2013
O capital da Empresa em 31 de dezembro de 2013 encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo as
participações qualificadas comunicadas as seguintes:
Acionistas
Nº. de Ações
% do Capital
% dos Direitos de voto
Farminveste 3 - Gestão de Participações SGPS, Lda (a)
43 246 620
49,73%
49,73%
José Ribeiro Gomes
2 600 000
2,98%
2,98%
(a) De acordo com o comunicado à Glintt no dia 3 de Setembro de 2013: «Para efeitos de atualização da informação prestada sobre a participação qualificada detida pela Farminveste 3 – Gestão de Participações,
SGPS, Lda., (“Farminveste”), sociedade com sede na Travessa de Santa Catarina, n.º 8, 1200-403, Lisboa,
na GLINTT – GLOBAL INTELLIGENT TECHNOLOGIES, S.A. (“Glintt”), desde o dia 24 de Julho de 2008 e, bem
assim, para os demais efeitos que a Glintt venha a considerar pertinentes no âmbito de informação que
divulgue ao mercado, a Farminveste informa que, na presente data, detém diretamente 49,73% do capital
social e dos direitos de voto da Glintt. Em acréscimo, o Dr. António Nuno de Jesus Ribeiro de Barros, membro
do Conselho de Administração da Farminveste – SGPS, S.A. – sociedade dominante da Farminveste – detém
0,0011% do capital social e dos direitos de voto.» Assim, nos termos e para os efeitos das alíneas b), d) e i)
do n.º 1 do Artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, são imputáveis à Farminveste, à Farminveste, S.A. e
à Associação Nacional das Farmácias, na qualidade de entidade dominante das referidas sociedades, 49,73%
dos direitos de voto na Glintt.
16. Reservas e resultados acumulados
Reserva Legal
Outras Reservas
Resultados Retidos
Total
1 844 801
564 286
6 338 120
Reservas de fusão
-
-
-
-
Resultado retido no exercício
-
-
(2 693 924)
(2 693 924)
1 844 801
564 286
3 644 196
6 053 283
Em 31 de dezembro de 2012
8 747 207
Em 31 de dezembro de 2013
17.Contas a pagar a fornecedores e outros credores
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2012
Não correntes
Empresas do Grupo
3 665 002
3 665 002
Fornecedores -
17 612
3 665 002
3 682 614
Empresas do Grupo
24 214 251
16 707 252
Fornecedores
3 109 325
1 026 222
929 112
1 143 968
Correntes
Estado e outros entes públicos
Pessoal
RELATÓRIO E CONTAS 2013
33 952
25 772
28 286 640
18 903 214
31 951 642
22 585 828
130
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
18. Empréstimos
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Não corrente
Dívidas a instituições de crédito
18 716 667
19 020 890
18 716 667
19 020 890
8 428 248
6 292 310
Corrente
Dívidas a instituições de crédito
Adiantamento de factoring
435 559
473 217
8 863 807
6 765 527
27 580 474
25 786 417
Os valores constantes da rubrica “dívidas a instituições de crédito” são referentes a linhas de crédito autorizadas
que não se encontram totalmente utilizadas.
O montante em dívida para com os bancos teve o movimento que se segue:
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Saldo inicial
25 313 200
Reforços
31 228 804
41 651 180
(29 397 089)
(42 309 379)
27 144 916
25 313 200
Amortizações
Saldo final
25 971 399
19.Acréscimos e diferimentos passivos
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Acréscimos de gastos
1 698 157
1 503 990
Serviços especializados
331 693
396 308
Projetos em curso
223 168
574 920
Juros bancários
92 938
64 430
Faturas a receber- Empresas do Grupo
55 623
-
Publicidade
15 714
12 314
Remunerações a liquidar
75 175
49 945
2 492 468
2 601 907
Projetos em curso
647 539
945 515
Empresas grupo
103 392
-
5 553
2 807
756 484
948 322
3 248 952
3 550 229
Outros
Rendimentos a reconhecer
Outros
RELATÓRIO E CONTAS 2013
131
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
20. Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Venda de bens
629 301
716 381
Mercado comunitário
25 000
85 500
Mercado extracomunitário
22 950
12 455
677 251
814 336
Mercado interno
Prestação de serviços
9 739 564
11 094 094
Mercado comunitário
525 195
422 645
Mercado extracomunitário
467 818
272 645
10 732 577
11 789 384
11 409 829
12 603 720
Mercado interno
Total vendas e prestação de serviços
21. Custo das Vendas
31 / 12 / 2013
Saldo inicial
Compras
14 560
3 051
425 170
417 979
-
108 451
136 950
88 635
6 557
14 560
570 124
603 556
Movimentos de Fusão (CMVMC)
Movimentos de Acréscimos
Saldo final
31 / 12 / 2013
Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas
22. Subcontratos
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Serviços profissionais
336 994
Serviços de suporte e manutenção
708 287
752 525
1 324 431
1 136 331
2 369 712
2 432 627
Outros subcontratos
543 771
23.Fornecimentos e serviços externos
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Rendas e alugueres
646 051
655 105
Trabalhos especializados
535 136
920 526
Deslocações e estadas
386 267
123 676
Pulicidade e propaganda
75 731
53 433
Energia e fluídos
66 450
61 379
Conservação e reparação
56 933
65 207
Seguros
42 277
34 583
Contencioso e notariado
40 346
50 484
Comunicação
37 182
19 265
Transportes e representação
32 892
18 610
9 759
10 651
Despesas bancárias
Outros fornecimentos e serviços externos
17 225
27 770
1 946 249
2 040 689
A rubrica de Rendas e alugueres inclui o registo dos leasings operacionais.
RELATÓRIO E CONTAS 2013
132
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
24. Custos com o pessoal
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Remunerações do pessoal
6 906 733
6 402 417
Encargos sobre remunerações
1 553 537
1 395 131
Remunerações dos orgãos sociais
1 039 980
997 918
-
234 068
Custos Reestruturação
Outros gastos com pessoal
(41 906)
140 219
9 458 344
9 169 753
A empresa tinha ao seu serviço, a 31 de dezembro de 2013, 241 colaboradores.
25. Outros ganhos e perdas líquidos
31 / 12 / 2013
Impostos
Correções relativas a exercícios anteriores
Proveitos suplementares
31 / 12 / 2013
(538)
(82 187)
(52 476)
(3 973 109)
2 331 632
2 178 118
Trabalhos para a própria empresa
618 779
95 028
Outros ganhos/perdas líquidas
(26 251)
(14 453)
2 871 146
(1 796 603)
26. Depreciações e amortizações
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Ativos fixos tangíveis
30 907
17 545
Intangíveis desenvolvidos internamente
38 618
20 667
69 525
38 212
Equipamento admnistrativo
Ativos intangíveis
27. Imparidades
A empresa efetua anualmente testes de imparidade, para se assegurar que o valor dos ativos registados corresponde
ao seu valor recuperável líquido.
Após a elaboração dos referidos testes, foram identificadas as seguintes imparidades a registar:
31 / 12 / 2013
Clientes
Ativos intangiveis
31 / 12 / 2013
147 561
(207 221)
(167 545)
-
(19 984)
(207 221)
28. Resultados financeiros
31 / 12 / 2013
Dividendos obtidos
Outros ganhos financiamento
Juros suportados
Outras perdas financeiras
RELATÓRIO E CONTAS 2013
31 / 12 / 2013
-
7 000 000
322 259
490
(1 725 046)
(1 410 095)
(266 306)
(107 566)
(1 669 093)
5 482 829
133
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
29. Impostos sobre resultados
A empresa apresenta um resultado antes de impostos, negativo, de 1.822.057 Euros, tendo sido apurado um valor
de imposto de 871.867 Euros, que se decompõe conforme segue:
31 / 12 / 2013
Imposto a pagar
Imposto diferido ativo
IRC ex anteriores
31 / 12 / 2013
60 383
74 241
733 056
178 835
78 427
67 905
871 866
320 981
No que respeita aos Impostos diferidos ativos, os movimentos ocorridos foram os seguintes:
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Saldo Inicial
2 599 910
1 476 419
Reforço
1 730 572
1 453 425
(18 935)
-
Redução
(831 672)
(329 934)
Saldo Final
3 479 875
2 599 910
Regularizações
Reconciliação entre a taxa nominal e a efetiva
Reconciliação entre a taxa média efetiva de imposto e a taxa nominal.
A taxa média efetiva de imposto difere da taxa nominal, nomeadamente devido a:
31 / 12 / 2013
Resultado antes de impostos
Taxa nominal de imposto
Imposto esperado
Diferenças permanentes (a)
Prejuízos fiscais
(1 822 057)
31 / 12 / 2013
1 797 888
25,00%
25,00%
(455 514)
449 472
32 038
(297 972)
(32 935)
-
60 383
74 241
1 209 074
27 335
Ajustamentos à colecta:
- Tributações autónomas
- Beneficios fiscais
- IRC exercicios anteriores
Taxa efectiva de imposto
78 427
67 905
891 473
320 981
-48,93%
17,85%
O imposto sobre o rendimento do período
tem a seguinte composição:
Imposto corrente
60 383
74 241
Imposto diferido
733 056
178 835
IRC ex. anteriores
78 427
67 905
871 866
320 981
(a) Este valor respeita essencialmente a :
8 378
9 000
Correcções relativas a exercícios anteriores
54 110
38 106
Insuficiencia/Excesso de estimativa para impostos
78 427
67 905
ALD
Multas, coimas, juros compensatórios
Outros
Impacto fiscal (25%)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
901
233
(13 663)
(1 307 131)
128 153
(1 191 887)
32 038
(297 972)
134
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
30. Resultados por Ação
Básico
O cálculo do resultado básico por ação baseia-se no lucro atribuível aos acionistas ordinários, dividido pela média
ponderada de ações ordinárias no período, excluindo ações ordinárias compradas e detidas como ações próprias.
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
Resultado líquido do exercício atribuível aos
acionistas ordinários
(2 693 924)
1 476 907
Nº médio ponderado de ações ordinárias
86 962 868
86 962 868
(0,031)
0,017
Resultado por ação - básico - euros
Diluído
O resultado diluído por ação é igual ao resultado básico por ação, devido à inexistência de instrumentos financeiros
que venham a originar a diluição do capital social no futuro.
31.Compromissos
Em dezembro de 2012, a empresa contraiu um empréstimo de 19,5 milhões de euros junto do BES. Este foi concedido com a finalidade de amortizar totalmente os restantes empréstimos que a empresa detinha com o BES
e o restante para apoio ao investimento. Por garantia deste financiamento, foram dadas de penhor as ações da
Consoft, empresa espanhola adquirida em 2011 pela Glintt.
Os compromissos financeiros que não figuram no balanço referentes a garantias bancárias prestadas a terceiros
destinadas a servir de caução aos projetos em curso, são discriminados como segue:
31 / 12 / 2013
31 / 12 / 2013
ESRF - European Synchroton Radiation Facility
14 205
30 067
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas IP
12 511
-
AT - Autoridade Tributária e Aduaneira
10 572
-
Total garantias prestadas
37 288
-
RELATÓRIO E CONTAS 2013
135
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
32.Entidades relacionadas
Durante os exercícios de 2013 e 2012 foram efetuadas transações com entidades relacionadas, que envolveram
as seguintes entidades e montantes:
31 / 12 / 2013
Entidades Relacionadas
Réditos
Gastos
Saldos Devedores
Saldos Credores
-
13 810
-
9 250
HMR
159 432
-
46 001
-
Alliance Healthcare, S.A.
468 023
-
67 534
-
ANF-Associação Nacional
84 480
-
-
-
Cordeiro Saúde Clínica da Beloura
-
-
-
-
Farmacoope - Cooperativa
-
-
-
-
289 911
-
35 916
-
82 891
-
21 293
-
1 357
-
-
-
-
459 808
-
49 627
A.M. PEREIRA S.L.O.M.J.E ASSOC.
Farmainveste - Investimentos
FINAFARMA - Soc. Factoring, S.A.
GESSA - CLÍNICA MÉDICA DAS
Juntai - Soc. Imobiliária, S.A.
Quilaban
123 574
-
49 733
-
1 209 669
473 618
220 477
58 878
31 / 12 / 2012
Entidades Relacionadas
Réditos
Gastos
Saldos Devedores
Saldos Credores
-
105 307
-
4 931
38 810
-
16 703
-
Alliance Healthcare, S.A.
569 438
-
83 615
-
ANF-Associação Nacional
163 062
-
192 33
-
Cordeiro Saúde Clínica da Beloura
-
2 001
-
-
Farmacoope - Cooperativa
-
184
-
-
Farmainveste - Investimentos
438 643
-
1 507
-
FINAFARMA - Soc. Factoring, S.A.
100 111
-
24 269
-
1 326
-
-
-
-
443 729
-
45 444
A.M. PEREIRA S.L.O.M.J.E ASSOC.
HMR
GESSA - CLÍNICA MÉDICA DAS
Juntai - Soc. Imobiliária, S.A.
Quilaban
95 317
-
18 378
-
1 406 708
551 222
336 807
50 375
33.Remuneração dos Órgãos de Gestão
No exercício de 2013, as remunerações pagas a Administradores e Diretores foram as seguintes:
31 / 12 / 2013
Administradores Executivo
Administradores Não Executivo
Diretores
RELATÓRIO E CONTAS 2013
31 / 12 / 2013
882 000
-
77 314
-
245 624
-
1 204 938
-
136
4// DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ÀS CONTAS
34. Aprovação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras individuais foram aprovadas pelo Conselho de Administração.
35.Eventos após a data de balanço
Após a data de balanço, não se verificaram eventos que possam ter impacto material nas Demonstrações
Financeiras da Glintt GIT.
O Técnico Oficial de Contas
RELATÓRIO E CONTAS 2013
A Administração
137
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1069-211 Lisboa
CERTIFICAÇÃO LEGAL E RELATÓRIO DE AUDITORIAD AS CONTAS CONSOLIDADAS
Introdução
1. Para os efeitos do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos a
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira
consolidada do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, da Glintt –G lobal
Intelligent Technologies, SA (adiante também designada por Glintt ou Empresa),
incluída: no Relatório de Gestão, na Demonstração consolidada da posição financeira
em 31 de dezembro de 2013( que evidencia um total de 221 145 677e uros e um total
de Capital próprio de 119 284 766 euros, incluindo um Resultado líquido consolidado
atribuível ao grupod e 1 313 893 euros), na Demonstração consolidada dos resultados,
na Demonstração consolidada do rendimento integral, na Demonstração consolidada
das alterações no capital próprio, na Demonstração consolidada dos fluxos de caixa,
do exercício findo naquela data, e nasc orrespondentes Notas.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i)a preparação de
demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e
apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação,
o resultado e o rendimento integral consolidados das suas operações, as alterações
no capital próprio consolidado e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação
financeira histórica,q ue seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia eq ue seja completa,
verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores
Mobiliários; (iii)a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a
manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v)a informação de
qualquer facto relevante que tenha influenciado a atividade do conjunto das
empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.
3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos
documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é
completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código
dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e
independente baseado no nosso exame.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e
Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais
exigem que o exame seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de
segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas
de distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu:( i) a
verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação
terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não
tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e
divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e
critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
(ii) a verificação das operações de consolidação; (iii)a apreciação sobre se são
BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 -1 0º, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de
Lisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.
A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por
garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.
adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as
circunstâncias; (iv) av erificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;( v) a
apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das
demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação
financeira consolidada é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação
consolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos de
prestação de contas, bem como as verificações previstas nos números 4 e 5 do
artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.
6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a
expressão da nossa opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadasa presentam
de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a
posição financeira consolidada da Glintt –G lobal Intelligent Technologies, SA,e m 31
de dezembro de 2013, o resultado e o rendimento integral consolidadosd as suas
operações, as alterações no capital próprioc onsolidado e os fluxos de caixa
consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeirot al como adotadas na União Europeia e a
informação nelas constante é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação consolidada constante do relatório de
gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício e
o relatório do governo das sociedades inclui os elementos exigíveis nos termos do
artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários.
Lisboa, 14 de abril de 2014
_______________________________________________
João Paulo Torres Cunha Ferreira, emr epresentação de
BDO & Associados, SROC, Lda.
(inscrita no Registo de Auditores da CMVM sob nº 1122)
Tel: +351 217 990 420
Fax: +351 217 990 439
www.bdo.pt
Av. da República, 50 - 10º
1069-211 Lisboa
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA
Introdução
1. Para os efeitos do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos a
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira
do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, da Glintt –G lobal Intelligent
Technologies, SA( adiante também designada por Glintt ou Empresa), incluída no:
Relatório de Gestão, na Demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de
2013 (que evidencia um total de 166 052 440e uros e um total de Capital próprio de
1032 71 372e uros, incluindo um Resultado líquido negativo de 26 93 924e uros), na
Demonstração dos resultados separada, na Demonstração do rendimento integral, na
Demonstração das alterações no capital próprio, na Demonstração dos fluxos de caixa
do exercício findo naquela data, e nas correspondentes Notas.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:( i) a preparação de
demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas
operações, as alterações no capital próprio eo s fluxos de caixa; (ii) a informação
financeira histórica que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia e que seja completa,
verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores
Mobiliários; (iii)a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a
manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de
qualquer facto relevante que tenha influenciado a suaa tividade, posição financeira
ou resultados.
3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos
documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é
completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código
dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e
independente baseado no nosso exame.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as
Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais
exigem que o exame seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de
segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de
distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu: (i)a
verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações
constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em
juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua
preparação;( ii)a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas
adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii)a verificação da
aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv)a apreciação sobre se é adequada,
em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e( v) a apreciação
se a informação financeira é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 - 10º, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de
Lisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.
A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada por
garantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.
5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação
constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de
contas,b em como as verificações previstas nos números 4 e 5 do artigo 451ºd o
Código das Sociedades Comerciais.
6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a
expressão da nossa opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição
financeira da Glintt –G lobal Intelligent Technologies, SA,e m 31 de dezembro de
2013, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no
capital próprioe os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em
conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas
na União Europeia e a informação nelas constante é completa, verdadeira, atual,
clara, objetiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é
concordante com as demonstrações financeiras do exercício e o relatório do governo
das sociedades inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º-A do Código
dos Valores Mobiliários.
Lisboa, 14d e abrild e 2014
_______________________________________________
João Paulo Torres Cunha Ferreira, em representação de
BDO & Associados, SROC, Lda.
(inscrita no Registo de Auditores da CMVM sob nº 1122)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
143
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
(Contas Consolidadas)
Senhores Acionistas,
Nos termos legais e estatutários, vimos apresentar o nosso Relatório e Parecer sobre os documentos de prestação de contas consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, emitidos sob a responsabilidade do Conselho
de Administração da “GLINTT – Global Intelligent Technologies, S.A.”.
O Conselho Fiscal desempenhou com regularidade as funções que lhe foram confiadas, tendo procedido às verificações
adequadas e recebido da Administração e dos Serviços os esclarecimentos e informações que entendeu convenientes.
Em final de exercício, o Conselho Fiscal analisou com especial atenção o tratamento contabilístico de situações de natureza patrimonial de maior impacto, nomeadamente os que se encontram expressos no Balanço na rúbricas “Goodwill”,
“Ativos Intangíveis” e “Outras contas a receber de clientes e outros devedores” tendo recebido respostas satisfatórias da
Administração e do Revisor Oficial de Contas.
No desenvolvimento das nossas funções, examinámos o Relatório de Gestão, bem como a Demonstração da Posição
Financeira Consolidada (“Balanço”) em 31 de dezembro de 2013, a Demonstração dos Resultados Consolidados, a Demonstração Consolidada do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações do Capital Próprio e a Demonstração dos
Fluxos de Caixa Consolidados, e correspondentes Notas anexas, para o exercício findo naquela data.
O resultado consolidado líquido do exercício de 2013 ascendeu a Euro. 1.313.893.
Conforme divulgado nas Notas, os valores do “Goodwill” são objeto de testes de imparidade, numa base anual, apoiados
por estudo específico elaborado por entidade independente, o qual foi atualizado no exercício em análise de acordo com
os pressupostos definidos pela Administração, não tendo sido reconhecida qualquer perda por imparidade.
O nosso Parecer está também suportado do ponto de vista técnico pela “Certificação Legal e Relatório de Auditoria das
Contas Consolidadas”, documento emitido pelo Revisor Oficial de Contas em 14 de abril de 2014.
Nestas circunstâncias, somos de Parecer favorável à aprovação das Demonstrações Financeiras Consolidadas do Exercício
de 2013 e do Relatório de Gestão, incluindo a proposta de aplicação dos resultados, nos termos em que foram apresentados pelo Conselho de Administração.
Expressamos ao Conselho de Administração e aos Serviços o nosso apreço pela colaboração recebida no exercício das
nossas funções.
Sintra, 14 de Abril de 2014
Luís Manuel Pereira da Silva
(Presidente)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
(Vogal)
João Gaspar Lopes Ribeiro
(Vogal)
144
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
(Contas Individuais)
Senhores Acionistas,
Nos termos legais e estatutários, vimos apresentar o nosso Relatório e Parecer sobre os documentos de prestação de
contas individuais do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, emitidos sob a responsabilidade do Conselho de
Administração da “GLINTT – Global Intelligent Technologies, S.A.”.
O Conselho Fiscal desempenhou com regularidade as funções que lhe foram confiadas, tendo procedido às verificações adequadas e recebido da Administração e dos Serviços os esclarecimentos e informações que entendeu convenientes.
Em final de exercício, o Conselho Fiscal analisou com especial atenção o tratamento contabilístico de situações de
natureza patrimonial de maior impacto, nomeadamente os que se encontram expressos no Balanço na rúbricas “Participações Financeiras em Subsidiárias”, tendo recebido respostas satisfatórias da Administração e do Revisor Oficial
de Contas.
No desenvolvimento das nossas funções, examinámos o Relatório de Gestão, bem como a Demonstração Individual da
Posição Financeira (“Balanço”) em 31 de dezembro de 2013, a Demonstração Individual dos Resultados, a Demonstração
Individual do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações do Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos de
Caixa, e correspondentes Notas anexas, para o exercício findo naquela data.
O resultado líquido do exercício de 2013 foi negativo no montante de Eur 2.693.924.
O nosso Parecer está também suportado do ponto de vista técnico pela “Certificação Legal e Relatório de Auditoria”,
documento emitido pelo Revisor Oficial de Contas em 14 de abril de 2014.
Nestas circunstâncias, somos de Parecer favorável à aprovação das Demonstrações Financeiras do Exercício de 2013
e do Relatório de Gestão, incluindo a proposta de aplicação dos resultados, nos termos em que foram apresentados
pelo Conselho de Administração.
Expressamos ao Conselho de Administração e aos Serviços o nosso apreço pela colaboração recebida no exercício das
nossas funções
Sintra, 14 de Abril de 2014
Luís Manuel Pereira da Silva
(Presidente)
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
(Vogal)
João Gaspar Lopes Ribeiro
(Vogal)
Declaração dos Responsáveis sobre a conformidade da informação financeira apresentada
Senhores Acionistas,
De acordo com o disposto no n.º 1, alínea c) do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho Fiscal da “GLINTT - Global Intelligent Technologies, S.A” declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a
informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação legal das contas e os demais documentos
de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos
resultados da GLINTT (sociedade aberta) e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o relatório de
gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da GLINTT (sociedade aberta) e das
empresas incluídas no perímetro da consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que
se defrontam.
Sintra, 14 de Abril de 2014
Luís Manuel Pereira da Silva
(Presidente)
RELATÓRIO E CONTAS 2013
Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
(Vogal)
João Gaspar Lopes Ribeiro
(Vogal)
147
FICHA TÉCNICA
Propriedade
Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A.
Sociedade Aberta
Beloura Office Park, Ed. 10, Qta. da Beloura,
2710-693 Sintra, Portugal
Capital Social: 86.962.868 €
Matrícula na C.R.C. de Sintra
Pessoa Coletiva nº 503.541.320
Concepção, Design e Paginação
Departamento de Marketing e Comunicação
RELATÓRIO
E CONTAS
2013

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