1 2012 Outubro 310

Transcrição

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2012 Outubro 310
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Vela
MOD70 European Tour
Vitória do FONCIA
no 1º Circuito Europeu
FONCIA vencedor do 1º Circuito Europeu MOD70
O trimarã francês FONCIA, de Michel Desjoyeaux, venceu o primeiro Circuito
Europeu de MOD70, após ser segundo na última etapa que terminou no passado
dia 2 de Outubro e que ligou a cidade francesa de Marselha a Génova, Itália.
O
FONCIA conquistou o título, numa
prova que teve
início em Kiel, na
Alemanha, no passado dia 2 de
Setembroe e que incluiu também várias etapas em águas
portuguesas as quais tiveram
organização do Clube Naval de
Cascais e o apoio da Câmara
Municipal de Cascais e da Marina de Cascais.
Foi preciso aguardar pelos
últimos 22 minutos de regata
para encontrar o vencedor do
Circuito Europeu de MOD70.
Depois de 4.400 milhas percorridas em cinco etapas e 23 City
Races, tudo ficou decidido na
madrugada de 2 de Outubro em
águas genovesas. O FONCIA,
Tripulação do FONCIA, festeja a vitória
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de Michel Desjoyeaux, logrou
passar dois adversários junto à
linha, foi segundo na derradeira
etapa e assegurou o triunfo na
geral do circuito: “A experiência
pode ser determinante na vela.
Não é apenas um desporto de
Vela
Team do Musandam Oman Sail, à chegada em Marselha
Musadam Omã Sail venceu a 4ª Etapa Cascais a Marselha
tecnologia, por isso quanto mais
experiente for a tripulação mais
rápido é o barco e melhor é a
adaptação às condições”, afirma
o skipper francês: “É um prazer
competir com esta equipa. Toda
a gente dá o máximo, a qualquer
hora do dia ou da noite, e mesmo quando cometemos erros,
seguimos em frente”, conclui
O Spindrift racing, de Yann Guichard, foi segundo, a dois pontos
do vencedor, a mesma diferença
que separou o terceiro, o Race
for Water, de Stéve Ravussin, do
quarto classificado, o MusandamOman Sail, de Sidney Gavignet.
O Groupe Edmond de Rothschild, de Sébastien Josse terminou na quinta posição da geral.
Guichard, vencedor da Krys Ocean Race e segundo da geral do
Circuito Europeu de MOD70,
estava satisfeito: “A missão foi
cumprida. O FONCIA venceu
bem mas houve emoção até ao
final. Divertimo-nos imenso e
tenho a certeza que foi espectacular acompanhar as regatas”,
declara.
O primeiro a cortara linha
de chegada em Génova foi
o Spindrift Racing (EUR), de
Yann Guichard (FRA) com o tempo de1d 15h 21m 22s
A média de curso navegado
foi 680 milhas à velocidade 17.29
nós
ta etapa do MOD70 European
Tour que largou de Cascais.
O pescurso do Atlântico para o
Mediterrâneo foi o mais longo
em termos de duração, pois com
longos períodos calmaria, obrigou todos os barcos a tentarem
táticas para procurarem o vento e avançarem alguma coisa.
A equipa que é comandada por
Sidney Gavignet levou 3 dias 16
horas 11 minutos e 34 segundos
para completarem 1.030 milhas
de Cascais a Marselha. O trimarã
MOD70 chegou na Sude Rade ao
nascer do sol, com uma brisa de
20 nós e um mar plano depois de
uma noite turbulenta com fortes
ventos que chegaram aos 35 nós
e que Gavignet descreveu essas
condições como uma “batalha”.
O Musandam-Oman Sail ao vencer em Marselha, complementa
sua vitória na regata que decorreu
em águas portuguesas a Cascais
City Race, uma regata de percur-
Musandam Omã Sail
Vence em Marselha
Ao cruzar a linha de chegada
na frente, em Marselha na manhã de segunda-feira, dia 24 de
Setembro, a equipa do Musandam Omã Sail venceu a quar-
A Regata City Marselha
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Vela
Spindrift Racing venceu a 5ª Etapa Marselha a Génova
so curto e num sprint costeiro e
coloca a equipa de Sidney Gavignet em terceiro lugar na classificação da MOD70 European Tour.
A 4 ª Etapa foi marcada por ventos principalmente fracos. O trecho entre o Estreito de Gibraltar
e o Cabo de Gata na ponta su-
Race for Water Terminou em 3º no Circuito Europeu de MOD 70
Groupe Edmond de Rothschild Foi o 5º MOD70
A tripulação do Spindrift Racing faz a festa à chegada a Génova
deste de Almeria, provou ser a
mais difícil, onde as transições
entre os ventos diferentes, de
dia e brisas terrestres noturnas,
foram mais complicados. Mas
foi durante essas horas que
Musandam Omã-Vela conseguiu os seus maiores ganhos.
Sidney Gavignet, no pontão,
após atracar o Musandam-Omã
Sail na pequena marina onde
há 25 anos atrás ele costumava
treinar, diz: “Aqui é onde o meu
barco estava e é onde estive
muitas vezes, por isso tem um
sentimento especial para mim,
estar de volta aqui. Passei três
anos em Marselha fazendo estudos e vela e assim estar de volta, depois de ganhar esta etapa,
deixa-me muito emocionado. “
Musandam Omã Vela terminou
com o tempo de 3d 16h 11 ‘34’’
Média de curso real navegado foi
1.147 milhas a 13,0 nós de velocidade.
Spindrift Racing
vence Marselha
City Race
Ao vencer o Marselha City Race,
que se disputou nodia 28 de Setembro, num impulso motivador
para a vitória final do circuito,
Yann Guichard do Spindrift Racing fez tudo o que poderia, possivelmente, para melhorar a sua
chance de passar o líder Foncia
e vencer o Tour MOD70 europeu Ao iniciar-se a última regata
offshore de 651 milhas na Etapa
Classificação Final após 5 Etapas
1º
Equipa
Skipper
Pontos
FONCIA (FRA)
Michel Desjoyeaux (FRA)
284
2º
Spindrift Racing (EUR)
Yann Guichard (FRA)
282
3º
Race for Water (SUI)
Stéve Ravussin (SUI)
244
4º
Musandam Omã Sail (OMA)
Sidney Gavignet (FRA)
242
5º
Groupe Edmond de Rothschild (FRA)
Sébastien Josse (FRA)
228
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5 de Marselha a Gênova, a diferença entre os dois protagonistas
do título era apenas de sete pontos a favor do FONCIA.
Yann Guichard disse, ao vencer a regata: “Hoje foi especialmente bom para nós. Era a última
City Race da prova e o trabalho
da equipe a bordo foi muito bom.
Estamos apenas a sete pontos
atrás do FONCIA para a etapa
final. Há 16 pontos disponíveis
e tudo pode acontecer. Nós preferimos estar mais perto do que
mais para trás”
4º Etapa Cascais a Marselha
1º - Musandam Omã Sail (OMA)
3d 16h 11m 34s
2º - Race for Water (SUI) + 2h
23m 7s
3º - FONCIA (FRA) + 2h 45m
32s
4º - Spindrift Racing (EUR) + 5h
34m 7s
5ª - Groupe Edmond de Rothschild (FRA) + 5h 52m 38s
Marselha City Race
1º - Spindrift Racing (EUR) 54 pts
- 1,4,2,3,1
2º - FONCIA (FRA) 52pts 5,1,3,1,4
3º - Musandam Omã Sail (OMA)
50pts - 4,2,5,2,2
4º - Race for Water (SUI) 49pts
- 2,3,1,5,5
5º - Groupe Edmond de Rothschild (FRA) 44pts - 3,5,4,4,3
5ª Etapa Marselha a Génova
1º - Spindrift Racing (EUR) 1d
15h 21m 22s
2º - FONCIA (FRA) + 22m 32 s
3º - Race for Water (SUI) + 25m
41 s
4º - Musandam-Oman Sail
(OMA) + 29m 03s
5º - Groupe Edmond de Rothschild (FRA) + 1 h 14m 37s
Vela
Fotografia: João Ferrand
America´s Cup World Series
Oracle Spithill Vence em São Francisco
O Oracle Team USA
Spithill, deJimmy
Spithill,venceu
a America’s Cup
World Series
San Francisco
Championship.
F
oi como que um “contra-relógio”, Spithill e a
sua tripulação - Dirk de
Ridder, John Kostecki,
Jono MacBeth e Joe Newton - largaram em último para a derradeira
regata. Encetaram uma recuperação espectacular que culminou
com um triunfo apoteótico com 17
segundos de vantagem sobre o segundo, Oracle Team USA Coutts,
do lendário Russell Coutts
Spithill conquistou 40 pontos na
regata e somou 79 pontos nas Series de São Francisco, terminando
empatado com o JP Morgan BAR,
do campeão olímpico britânico Ben
Ainslie. A vitória na última regata
valeu-lhe o título.
“A diferença foi feita pela minha
equipa. Ficámos “mortos” à largada
mas nada os perturbou. Temos uma
tripulação de lutadores e estamos
muito felizes, afirmou Spithill.
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Vela
Notícias da Federação Portuguesa de Vela
Programa de Ação
Recebemos da Lista A, o Programa de Ação 2012-2016 com que vai concorrer, no
próximo dia 18 de Outubro, à Direcção da Federação Portuguesa de Vela. nacionais e internacionais, os Estatutos da FPV, o Regulamento Geral
e os restantes regulamentos desportivos, federativos e normas atualizadas, informações de interesse
nacional (lista de juízes, de formadores, contactos, etc.).
Neste manual, serão destacadas todas as alterações efetuadas
referentes aos documentos antigos
pelo que servirá de grande ajuda e
suporte aos sócios e agentes desportivos através da facilitação da
comunicação clara e expedita entre
todos.
A iniciação e os Infantis está a ser patrocinada pela EDP
A Nossa Candidatura
Quando iniciámos o nosso caminho
de reestruturação da vela nacional
em 2008, não esperávamos ter de
cumprir uma travessia tão dura e
angustiante.
Foi preciso remar contra a maré,
defendendo os direitos do nosso
desporto até às últimas consequências. O espírito de missão e
sacrifício demonstrado, permitiunos manter a nossa verticalidade e
hombridade mesmo nos momentos
mais complicados da história da
vela nacional.
Depois das eleições intercalares de 2010, prosseguimos a linha
estratégica programática delineada
em 2008 e, com a pacificação da
modalidade, estivemos nos Jogos
Olímpicos de Londres 2012, com a
maior comitiva de sempre.
A crise financeira e os anunciados cortes no orçamento, já divulgados pela tutela, não nos desviam
um milímetro do rumo de futuro que
traçámos.
Continuamos a querer modernizar, profissionalizar e crescer.
Nos quatro anos da nossa vigência à frente da Federação alcançámos grande parte das metas que
tínhamos estabelecido em 2008
- Reestruturámos a área Administrativa da FPV e o Departamento
Técnico;
- Controlámos o orçamento
apresentando saldo positivo nos
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exercícios de 2009 e 2011;
- Contribuímos para a formação
dos diversos agentes desportivos;
- Adequámos os Estatutos e Regulamento Geral à lei;
- Clarificámos e adequámos alguns regulamentos desportivos;
- Melhorámos exponencialmente
a relação com os órgãos de comunicação social;
- Conseguimos um patrocinador
histórico para os escalões de formação;
- Aumentámos o número de parcerias;
- Normalizámos as relações com
a tutela;
Nestes termos, são objetivos da
lista que vamos encabeçar:
Relações
institucionais
No cumprimento estrito da lei e no
respeito pelas competências próprias de cada instituição, vamos
manter as mais amistosas relações
institucionais com todas as entidades públicas ou privadas que, direta
ou indiretamente, nos mais diversos níveis da estrutura hierárquica,
se relacionam com o Desporto da
Vela.
Relações
internacionais
A credibilidade e importância da Federação Portuguesa de Vela cresceram nos âmbitos da ISAF e da
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EUROSAF.
Marcámos presença em todas
as conferências da ISAF deste quadriénio, defendendo os interesses
nacionais e também pugnando pelo
crescimento do Desporto da vela a
nível mundial.
Defendemos intransigentemente os interesses de Portugal dentro
do Grupo E, posição que queremos
manter. Ainda no âmbito do Grupo
E, queremos garantir, entre outras
medidas, que a representação no
Council da ISAF, seja realmente de
rotatividade entre os países. Programa de Ação - José Manuel Reis
Nunes Leandro 2012
O nosso compromisso para com
os agentes da vela nacional é o de
alargar o estatuto de competência
da FPV nos âmbitos da ISAF e EUROSAF.
Recursos humanos
Aumentar a excelência dos colaboradores que já pertencem à
instituição, não descurando a sua
formação em áreas especializadas
relevantes, valorizando o seu desenvolvimento profissional e pessoal. É nosso entendimento que existe uma relação direta no resultado
do nosso processo coletivo, entre a
motivação e a qualificação de cada
colaborador
Documentação
Mantemos o objetivo de criar um
anuário que inclua os resultados
Financiamento
e sustentabilidade
As questões do financiamento e
da sustentabilidade da Federação
exigem uma análise rigorosa e profunda. A redução drástica do financiamento público, impôs a adoção
de novas medidas, para evitar a
ruptura financeira.
Sem avançar análises muito detalhadas, é evidente que assegurar
a sustentabilidade financeira, não
pode deixar de ser um objectivo
central deste programa de ação. É
importante definir regras e medidas
que resolvam, de uma vez por todas, as permanentes situações de
incerteza e instabilidade.
Num contexto difícil, devem
definir-se metas exigentes e criar
as condições para que possam ser
atingidas.
Numa perspectiva de médio prazo, julgamos que devem adotar-se
as seguintes orientações principais:
- Propor ao governo a celebração de um contrato-programa de
financiamento plurianual, com regras, compromissos e objetivos
claros;
- Definir como meta a atingir a médio prazo um orçamento
50%/50%, metade correspondente
ao financiamento público por parte
do Estado e metade correspondente a receitas próprias;
- Estabelecer que a despesa
com pessoal não ultrapasse 20%
do orçamento
Informação
e patrocinadores
A FPV durante este quadriénio
primou pela transparência e divulgação de todos os seus atos. Foi
uma aposta consciente, que vamos
manter, porque sabemos da importância de os agentes da vela estarem informados de toda a atividade,
decisões, atuações e projetos a implementar.
Vela
A estratégia de comunicação e
marketing implementada ao longo
destes quatro anos, conferiu uma
visibilidade, jamais conseguida,
nos órgãos de comunicação social.
O número de notícias publicadas
aumentou exponencialmente, garantindo aos patrocinadores um retorno, nunca antes sentido, do seu
investimento.
Vamos zelar para manter os
parceiros externos no domínio do
“sponsoring” e continuar a demanda de novas parcerias, em contrapartida da divulgação da imagem
da modalidade. Programa de Ação
- José Manuel Reis Nunes Leandro
2012
Neste domínio, o portal da FPV
continuará a ser o principal meio
divulgador, bem como a página de
facebook, que tem sido um dos pilares da estratégia de comunicação
da FPV.
Associativismo
Vamos continuar a desenvolver uma
sã convivência entre todos aqueles
que, independentemente da salutar
diferença de opiniões, estiverem interessados no processo de desenvolvimento da vela em Portugal.
Continuamos cientes que a estrutura orgânica do mundo da vela
tem de ser reforçada e adaptada
aos novos tempos. As acrescidas
dificuldades financeiras podem vir
a colocar obstáculos de monta, em
que apenas o trabalho em conjunto
entre a FPV e as Associações Regionais, Associações de Classe e
os Clubes, permitirá atenuar o impacto dos novos desafios.
Voltamos a frisar que, para o
efeito, é necessário avançar para
um observatório do mundo do Desporto da Vela que permita obter os
dados, a informação e o conhecimento necessários aos processos
de tomada de decisão que, em matéria de políticas desportivas, vão
sendo tomadas. Esta informação
será igualmente útil aos demais órgãos da superestrutura do desporto
nacional que, de uma maneira geral, estão carentes de informação
de suporte às decisões.
Atividades
No âmbito do Quadro de Atividades
regular da FPV, vamos garantir o
apoio nas vertentes do lazer, alto
rendimento e preparação olímpica.
O Programa de Orientação
Olímpica, recentemente concebido, e que tem como meta principal
a deteção de talentos em classes
estratégicas e respetivo direcionamento para as classes olímpicas,
terá uma continuação lógica com a
criação de um Programa de Preparação específico (PPO - Programa
de Preparação Olímpica). Desta
forma, o alto rendimento e o novo
Projeto Olímpico da FPV serão ge-
Criação de um novo Projeto Olímpico
ridos de forma dinâmica, com máxima rentabilização de recursos,
estabelecendo metas de continuidade, oportunidade e desenvolvimento tendo como final lógico, a
obtenção de resultados.
Criação de um novo Projeto
Olímpico da FPV – em sintonia
com as diretrizes da Secretaria de
Estado do Desporto e Juventude,
do Instituto Português do Desporto
e Juventude e do Comité Olímpico
de Portugal - com visão plurianual,
apostando no longo prazo com vista às presenças nas Olimpíadas de
2016, 2020 e 2024.
Vamos continuar a defender a
construção de um Centro de Alto
Rendimento, de acordo com um
modelo organizacional que responda às caraterísticas especiais da
modalidade.
No que às Escolas de Vela diz
respeito, são necessários correções e ajustamentos que permitam
um real crescimento do número de
velejadores. Entre outros, urge uniformizar programas de ensino, criar
e divulgar material pedagógico. Vamos, igualmente, rever os conceitos
de acreditação das Escolas de Vela
reconhecidas pela FPV.
O investimento num sistema de
formação de treinadores, altamente
atualizado e completo, vai ser mantido, em sintonia com o Modelo de
Desenvolvimento do Velejador a
Longo Prazo. Serão estudados novos processos com o objetivo claro
e inequívoco de rentabilização técnica e económica.
As provas com elevada participação de velejadores merecerão uma
atenção especial e serão enquadradas pela FPV. A meta é fomentar a
competitividade, promovendo e distinguindo os atletas nacionais mais
regulares e versáteis e torná-las
apelativas às frotas estrangeiras.
Esta é, igualmente, uma forma de
divulgação dos Centros de Treino
existentes em Portugal. Programa
de Ação - José Manuel Reis Nunes
Leandro 2012
O processo de treino tem de ser
mais cuidado. Como tal, desejamos
que as futuras equipas nacionais
sejam conhecidas com maior antecedência, por forma a melhorar o
acompanhamento técnico, diversificando estratégias e metodologias,
dos velejadores pré-selecionados e
respetivos treinadores.
Não apenas será dado cumprimento às obrigações legais provenientes da implementação do Plano
Nacional de Formação de Treinadores como será implementado um
sistema de certificação de Escolas
de Vela e de Centros de Treino, garantindo um ensino da vela de acordo com os requisitos estabelecidos
pela FPV, com as normas de segurança em vigor e sob orientação de
técnicos devidamente credenciados
pela FPV/IPDJ.
A vela adaptada será outras das
apostas fortes da FPV para o próximo quadriénio. A modalidade é para
todos, sem qualquer exceção. Como
tal, queremos fomentar a prática da
vela para cidadãos com deficiência.
Além deste fator fundamental na integração social, não vamos descurar a participação ao mais alto nível,
querendo que Portugal seja representado nos Jogos Paralímpicos do
Rio de Janeiro 2016, pelo menos
por um velejador.
A náutica de recreio em todas
as suas vertentes merecerá uma
atenção especial. A Federação Portuguesa de Vela tem de assumir o
seu papel de liderança nesta área
envolvendo-se de forma abnegada
na formação de navegadores de
recreio. O turismo náutico merecerá também uma atenção especial,
no sentido de entender que a FPV
pode ser fulcral na divulgação e pro-
moção de Portugal além-fronteiras.
Arbitragem
A Arbitragem necessita de uma
clara remodelação. Os seguintes
princípios serão orientadores das
políticas a implementar no próximo
mandato:
- Queremos os árbitros (Juízes,
Oficiais de Regata, Umpires, Medidores e Classificadores Funcionais)
mais qualificados e habilitados na
água e a desempenharem as suas
funções em prol da modalidade.
Os atributos requeridos são forte
capacidade de decisão e profundo
conhecimento das regras;
- Haverá uma forte aposta e
apoio à formação de jovens árbitros
(menores de 40 anos), em especial
aos do escalão etário inferior aos
30 anos.
- Será publicado o Plano de Formação de Árbitros e o Quadro de
Formadores sujeitos a formação
específica;
- Será nomeado, para algumas
provas estratégicas, um delegado
técnico que, além de reportar o
desenrolar da prova, pela sua observação, avaliará a atuação dos
juízes nessa prova.
Formação
Se a formação dos praticantes é de
fundamental importância a dos técnicos e dirigentes não o é menos.
A tradição do mundo do desporto
da vela desde o início das regatas
de canoas no Tejo em meados do
século XIX, como se pode verificar
quando se observa toda a dinâmica
organizacional dos primórdios de
clubes como, por exemplo, a Real
Associação Naval, sempre se caraterizou por promover uma cultura
de auto aprendizagem pela troca
de conhecimentos e de experiências que se transmitia de geração
em geração que, inclusivamente,
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Vela
vantamento dos circuitos, dos procedimentos e arquivos que permita
a racionalização de funcionamento
entre as várias áreas e a sua rentabilização. Programa de Ação - José
Manuel Reis Nunes Leandro 2012
A náutica de recreio merecerá uma atenção especial
levaram à obtenção de medalhas
olímpicas. Tal cultura que decorre,
naturalmente, da própria prática da
vela que se realiza num ambiente
de, por vezes grande hostilidade,
tem de ser transportada para o domínio do treino e do dirigismo. Programa de Ação - José Manuel Reis
Nunes Leandro 2012
Em conformidade, é necessário
avançar para novos modelos de formação que caracterizam aquilo que
hoje se designa por “organizações
aprendentes”, através do estabelecimento de um programa de ação
no domínio da formação de quadros técnicos e dirigentes, em que
o conhecimento flua entre todos na
medida em que todos podem ser simultaneamente agentes recetores
e transmissores de conhecimento.
Neste sentido, vamos apresentar um programa de ação no
domínio da formação de técnicos
e dirigentes a fim de cumprir este
desiderato.
- Será dada a maior importância
à realização de ações de formação
e cursos de arbitragem, nas suas
variadas vertentes, em colaboração
com as Associações Regionais de
Clubes e o Departamento Técnico
da FPV.
- A formação contínua, quer seja
em plataforma de aprendizagem
por e-learning ou por outros meios
eletrónicos similares será fomentada e desenvolvida.
- Quanto à formação de treinadores, serão desenvolvidas ações
de aprendizagem formal, nomeadamente através da dinamização
de cursos de treinadores nos vários
graus, segundo a organização prevista no decreto-lei 248/A de 31 de
Dezembro de 2008.
- A aprendizagem informal, deri8
vada sobretudo da troca de experiências entre treinadores, será estimulada quer através de estágios
quer de treinos apoiados pela FPV.
- Serão desenvolvidas ações de
formação, que constituam momentos de aprendizagem relevantes
para o trabalho de treinador, de
modo a garantir condições para a
renovação de cédulas de Treinador
de desporto e cumprimento das exigências legais vigentes para esta
atividade.
Organização Interna
- Instalações
Uma vez que as instalações da
actual sede social estão cedidas à
FPV a titulo precário, não é consistente a hipótese da realização de
grandes obras de beneficiação. No
entanto, é nossa intenção realizar
algumas obras que permitam oferecer aos que nela trabalham, as condições para o exercício condigno e
eficaz das suas funções e, aos que
a ela se dirigem, as condições de
acolhimento apropriadas
- Equipamento Informático
Perante o levantamento das
necessidades administrativas e
técnicas que se vão colocar à gestão da FPV durante os próximos
quatro anos, há que equacionar a
renovação do parque informático e
a aquisição de um gestor de correspondência.
- Frota da FPV
É necessário garantir a correcta
utilização, conservação e manutenção da frota de barcos de apoio
(cascos e motores), assim como
contemplar a necessidade, que vai
existir, de renovação deste material.
- Serviços
Tendo em atenção o grande
aumento do volume de trabalho,
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quer administrativo quer técnico,
é necessário proceder-se a um le-
Conclusão
Em conclusão, quatro anos depois,
reforçámos o entusiasmo com que
fomos eleitos em 2008. A cultura de
liderança participada, em que todos
os agentes da Vela foram escutados, permite-nos olhar o futuro com
otimismo e esperança. Queremos
continuar a melhorar as condições
da prática desportiva da nossa modalidade, prometendo apenas esforço e denodo em todas as nossas
ações.
Este programa é deveras ambicioso, mas permite à Federação
Portuguesa de Vela continuar um
rumo de profissionalização, modernização e crescimento sustentado.
Lisboa, 28 de Setembro de
2012
José Manuel Leandro
Candidato a Presidente da Federação Portuguesa de Vela
Listas Candidatas aos Orgãos e Mesa
da Assembleia Geral
Quadriénio 2013/2016- Listas”A”
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: José Carlos Pestana Vasconcelos
Vice-Presidente: António José Caeiro da Motta Veiga
Secretário: Antero da Glória Júlio dos Santos
Presidente
José Manuel Reis Nunes Leandro
Direcção
Vogal: Adelino da Costa Rocha
Vogal: Luís Manuel Lopes Claro
Vogal: Heitor Hugo Louro Batalha de Almeida
Suplente: Luís Miguel Leitão Barbosa de Sousa Otto
Suplente: António Miguel Teixeira de Freitas
Conselho Fiscal
Presidente: Paulo José Lourenço de Azevedo Madruga
Relator: José Manuel Martins Gonçalves Roberto (ROC)
Secretário: António José de Freitas Duarte
Suplente: Maria Manuela Ribeiro da Graça (ROC)
Conselho de Justiça
Presidente: José Manuel da Veiga Testos
Vogal: José Hipólito
Vogal: José Manuel de Oliveira Tomás da Cruz
Conselho de Disciplina
Presidente: João Miguel Sousa Condé
Vogal: Armindo Carlos Cortez Azevedo
Vogal: Paulo Manuel Bernardes Moreira
Conselho de Arbitragem
Presidente: Hugo Barrier Henrique
Vogal: João Luís Valente Ribeiro de Horta
Vogal: João Pedro Cocco Mercante Ferro
Suplente: Maria de Fátima Aguiar de Freitas Menezes
Vela
Campeonato da Europa de Match Racing
Portugal de Bronze
A BBDouro Sailing Team, formada por Álvaro Marinho, Luís Brito, António Fontes,
Bernardo Freitas e Diogo Barros, conquistou a medalha de bronze no Campeonato
da Europa de Match Race, que decorreu em Bayona, Espanha.
A
BBDouro Sailing
Team fez um excelente campeonato tendo alcançado 8 vitórias em 10 regatas
na fase apuramento, passando
aos quartos-de-final. Nesta fase
levou a melhor sobre Mati Sepp,
da Estónia por 3-0. Nas meiasfinais, a tripulação nacional foi
derrotada pelo dinamarquês
Mads Ebler.
Restava aos portugueses lutar pelo Bronze, contra a equipa
da casa liderada pela Campeã
Olímpica de Match Race, Tá-
mara Echegoyen, e assim o
fez, vencendo a “petit-final” por
2-0, repetindo novamente a 3ª
posição que tinha alcançado no
Europeu de 2010.
“Este foi um resultado um
pouco acima das nossas expectactivas pois já não competíamos em match race há 1
ano. A ambição esteve sempre
presente a bordo e com isso
chegámos à medalha de bronze que nos deixa muito satis-
feitos. A equipa fez um excelente trabalho a bordo, lidando
muitas vezes com condições
difíceis de vento e a evolução
que fomos fazendo ao longo
do campeonato permitiu-nos
chegar à petit-final na máxima
força”, comentou Álvaro Marinho.
O francês Pierre-Antoine
Morvan sagrou-se campeão
europeu batendo na final o dinamarquês Mads Ebler.
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Notícias do Mar
Salão Náutico de Barcelona 2012
Texto e Fotografia Anteros dos Santos
Um Novo Formato que Agradou
Com um novo formato, o Salão Náutico de Barcelona deste ano, que se realizou
entre os dias 26 e 30 de Setembro apenas no Port Vell permitiu melhor que os
visitantes pudessem ver, tocar e até mesmo testar no mar os barcos e ensaiar
também diversos novos produtos para os desportes aquáticos.
N
os anos anteriores, o Salão de
Barcelona chegou a realizavase ocupando quatro grandes
pavilhões da Fira de Barcelona,
com os barcos expostos em
seco e ainda no Port Vell com
os iates acima dos 12 metros
em exposição dentro de água.
E o certame durava nove dias.
Em virtude da situação económica do sector, nos dois últimos anos assistiu-se já a uma
grande redução de espaço
ocupado pelos expositores habituais e a ausência de muitos
outros.
A organização do salão náutico decidiu assim utilizar um
formato de exposição semelhante ao usado pelos salões de
Cannes, Mónaco e outros, que
se realizam à volta das marinas
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O Salão de Barcelona no Port Veill
San Remo com muito público
Notícias do Mar
San Remo OffShore 300 e San Remo 900 Pro
e reduzindo também o número
de dias para cinco.
Durante um pequeno-almoço
que a direcção do salão ofereceu à comunicação social, foi
confirmada a pretensão da organização manter nos próximos
anos, o Salão de Barcelona a
ocupar o Port Vell e o espaço
envolvente, tal como este ano,
com standes individuais.
Nos contactos que fizemos
com diversos expositores, todos
concordaram com este novo
formato. Dizem que não são
necessários mais dias e é muito
mais económico o atendimento ao público, pois assim não
é necessário ter duas equipas
distribuídas em dois espaços,
uma nos pavilhões e outra no
Port Vell.
O grande inconveniente deste tipo de salão ao ar livre é se
chove, como aconteceu no dia
29, sem interrupção torrencialmente de manhã à noite. Houve
standes inundados e outros com
as coberturas caídas. O público,
claro, não compareceu.
Nos restantes dias houve
sempre muitos visitantes, sobretudo no último dia.
Os barcos foram o que mais
atenção despertavam ao público visitante que tinha mais
de 700 barcos para ver, uns
flutuando outros em seco mas
mostrava também outras ofertas como desenvolvimentos tecnológicos aplicados à náuticas,
equipamentos eletrónicos e os
mais diversos acessórios náuticos, serviços de charter, pesca
e turismo.
Também para promover e
chamar mais público, organizou-se um desfile nocturno com
cerca de vinte iates que percorreram o Port Vell desde o mo-
lhe d’ Espanya e o molhe de la
Fusta.
Mesmo com a crise,
foram apresentados
diversos novos
modelos
A grande maioria dos expositores apresentou novidades. E alguns estaleiros desenvolveram
mesmo vários modelos que são
novidades para 2013.
Fazemos aqui referência de
algumas novidades que vimos e
cujos estaleiros têm representação em Portugal e também destacamos a marca nacional San
Remo que esteve mais uma vez
presente, com dois modelos expostos dentro de água.
San Remo
San Remo é uma gama de
barcos pesca cruzeiro desenvolvida pelo estaleiro nacional
Beneteau Barracuda 7
Riatlante, que expôs dois dos
seus novos modelos na água,
quase à entrada do salão, com
bastante visibilidade e sempre
com muito público interessado
e a solicitar saídas para o mar
para testes.
Os modelos expostos eram
o San Remo Offshore 310 e o
San Remo 900 Pro, ambos com
o mesmo casco com 9,30 metros de comprimento.
Os San Remo são construídos com robustez, são barcos
Beneteau Swift Trawler 50
Os Veleiros Beneteau
2012 Outubro 310
11
Notícias do Mar
Cobalt WSS 220
insubmersíveis e os cascos em
V profundo. Como os planos de
estabilidade laterais são bastante salientes, os San Remo,
são rápidos a arrancar e sofrem
pouco com os balanços laterais
quando estão parados.
Qualquer dos modelos pode
ser personalizado, ao gosto e
ao encontro dos objetivos do
cliente, com diferentes cores
tanto para o casco como para
os interiores, e equipado com
os acessórios opcionais, mais
no interesse dos pescadores ou
mais dirigidos ao cruzeiro
A nova gama Galeon desenhada por Tony Castro
Cobalt 232
San Remo Offshore 310
é um barco de linhas elegantes e casco marinheiro, muito
bem equipado para o mercado
da pesca e o cruzeiro. Neste
modelo, foram aplicados uma
série de inovações e incorporados muitos equipamentos que
simplifica a utilização do barco,
permite grande acomodação e
aumenta muito a comodidade
dos ocupantes.
O poço é muito amplo, tem
um banco em L com uma mesa
ao meio e é almofadado junto
à borda. O banco tem a particularidade de poder funcionar
também como solário, baixando
a mesa até à altura adequada,
através de um sistema eléctrico
No salão, encontra-se o posto de comando e uma zona de
convívio e refeições com um
sofá em L e uma mesa a meio.
A cozinha fica atrás do ban-
Cobalt 273 e 302
12
2012 Outubro 310
co do piloto e dispõe de armário
para arrumação de loiças, fogão, lavatório e frigorífico
A cabina tem um banco em
U com uma mesa ao meio, convertível em cama de casal. Tem
ainda um compartimento com
uma cama de casal com janela,
quarto de banho, e um roupeiro
com porta.
San Remo 900 Pro é um
barco que procura oferecer mais
espaço desimpedido no poço,
tem um banco corrido na popa e
fácil acesso à cabina de pilotagem, bem ao gosto dos pescadores. Neste barco, há também
o excelente aproveitamento dos
espaços e a incorporação dos
equipamentos no salão e na cabina, tal como no Offshore 310.
Bénéteau
A atividade não cessa no estaleiro francês Bénéteau, que apresentou dois novos modelos da
sua gama de lanchas a motor e
é representado em Portugal por
Francisco Ramada.
Beneteau
Sportfisher
Barracuda 7, com a cabina de
pilotagem no estilo de barco de
pesca, tem muito espaço desimpedido no poço, uma borda alta
e portas laterais na cabina. É um
barco de 7,14 metros de comprimento por 2,68 de boca, destinado para a pesca desportiva,
com um casco especialmente
criado para este projecto. Com
uma proa bastante deflectora
para melhor enfrentar as ondas,
tem uma cabina de pilotagem
espaçosa e uma distribuição da
coberta pensada para a pesca
desportiva. Este modelo estava
equipado com dois motores de
popa Yamaha de 200 HP. Existe
um pack Confort destinado mais
para o cruzeiro e confortáveis
Notícias do Mar
Hanse 575
para passeio de barco.
Beneteau Swift Trawler
50 é um barco para o cruzeiro
que segue um conceito tradicional inspirado nas embarcações de cruzeiro da costa leste
dos EUA. Esta linha de barcos
já ganhou inúmeras adesões,
especialmente para as suas virtudes em virtude de uma navegação tranquila, de autonomia e
de eficiência. Apresentando um
amplo flybridge, este modelo foi
criado pelo gabinete de desenho da Bénéteau em colaboração com Michel
Joubert e Frutschi Pierr, o
novo 50 pés é um novo modelo
adicionado à gama criada em
2003 que é actualmente composta por modelos de 34 até 52
pés de comprimento.
O casco deste novo trawler de 14,99 de comprimento e
4,65 metros de boca, foi especialmente projectado para incorporar 2 motores de 435 HP.
A autonomia é garantida por
tanques com 2.400 litros de
combustível e tem ainda 800 litros de água.
Muito Importante é a distribuição dos espaços e a grande
capacidade para a navegação
familiar, podendo acomodar três
casais, em três cabines duplas e
mais duas camas em beliches.
Bénéteau - Vela
Na zona reservada para as
embarcações à vela, encontravam-se diversos modelos
do estaleiro francês Beneteau
da temporada de 2012, assim
como o novo Sense 46, modelo
para 2013.
Bénéteau Sense 46 segue o conceito da gama de
cruzeiros Sense, criada com
sucesso em 2010 e que não
tem cessado de aumentar, convertendo-se numa importante
referência de monocascos de
cruzeiro.
A partir deste Outono, os
interessados por este conceito
de veleiro de cruzeiro, poderão
escolher entre quatro modelos,
43, 46, 50 e 55 pés.
O novo Sense 46, de 14,12
metros de comprimento e 4,43
metros de boca, dispõe de duas
cabinas e mantém em linhas
Hanse 415
gerais a distribuição de espaços e as características tanto
em manobra como em equipamentos dos restantes modelos
da gama.
É um desenho de BerretRacoupeau, com interiores de
Nauta Design. Está disponivel
em dois calados e se motoriza
com um Volvo Penta de 70 HP
saildrive.
Cobalt
Representada em Portugal pela
Nautiser/Centro Náutico,
Cobalt é uma das mais prestigiadas marcas americanas de
lanchas de recreio.
Para 2013 a Cobalt ampliou
a gama com os modelos WSS
220, 232, A28 e 302. Cobalt
WSS 220 é um modelo bowrider que levou vários anos de
Sonda XTreme Depth da Humminbird
Honda BF250
2012 Outubro 310
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Notícias do Mar
Jeanneau Merry Fisher 755
pesquisa, desenvolvimento e
aperfeiçoamento, para proporcionar aos clientes o máximo
em desempenho e uma grande
adaptação para os desportos
aquáticos, como esqui, nestas
dimensões de embarcação.
Cobalt 232, é um barco
elegante bowrider que apresenta um design interior sofisticado.
Este modelo destaca-se pela
sua capacidade de aceleração
e sobretudo facilidade e precisão nas manobras em altas velocidades,
Os Cobalt A28 e 302,
com requintados interiores, representam a máxima comodidade, desempenho e conforto
que são símbolo deste estaleiro
americano. Destaca-se o design, os excelentes acabamentos, perfeição técnica e mantêm
a elevada qualidade de acordo
com a alta reputação da marca.
Galeon
Os Galeon são uma marca polaca representada em Portugal
por World Wide Motors. Em
Barcelona apresentou o novo
Galeon 380 HT, desenhado por
Tony Castro que tem vindo a renovar a gama.
Galeon 390 HT foi inspirado no modelo 380 Fly, projecto
que foi nomeado para barco do
ano na Europa no ano passado.
É um modelo desportivo, moderno, de linhas agressivas, que
chamam a atenção pela amplitude do espaço livre que o hardtop proporciona, pois deixa praticamente aberto todo o poço,
graças a um sistema automático
que abre o teto de vidro.
A espaço no poço oferece
uma ampla dinete com móvel
e janelas baixas para oferecer
a sensação de se estar num
barco open., com um posto de
comando muito completo e permitir boa circulação e acesso à
ampla plataforma de banhos.
Chama a atenção a convertibilidade do banco de popa, cujo
encosto, se pode estender para
a popa para formar um excelente solário.
O salão é amplo e luminoso,
formado por dois grandes sofás
e uma cozinha perfeitamente
equipada.
Os catamarans Lagoon
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Jeanneau Cap Camarat 6.5
Na coberta inferior, na versão
de dois camarotes fica a cozinha em baixo.
O 390 HT oferece uma versão para proprietário, com um
grande camarote com cama
de casal e numerosos espaços
para arrumações. o terceiro camarote tem dois beliches.
Na cabina existem dois quartos de banho completos.
A motorização standard é de
dois motores de 380 HP.
no princípio do ano. Tem 12,40
metros de comprimento e 4,17
metros de boca e pode ter como
disposição interior duas ou três
cabinas.
O veleiro está disponível em
duas opções de quilha, a comprida cala 2,10 metros e a curta
1,72 metros. A motorização é
de 38 HP. Com uma superfície
vélica total de 87 m2, incorpora
uma genoa de 106% com 40 m2
e gennaker de120 m2
Hanse - Vela
Os veleiros Hanse são representados em Portugal por Algarvesail. Em exposição estavam vários modelos, entre os
quais os novos Hanse 575 e o
Hanse 415, candidato a barco
do ano 2012/2013.
Hanse 575 última novidade do estaleiro alemão o Hanse
575, de 17,15 metros de comprimento e 5,20 metros de boca,
apresenta dois tipos de quilha,
comprida com 2,85 metros de
calado, ou curta com a qual cala
2,25 metros. Em área vélica tem
160,50 m2 mais gennaker com
210 m2. O motor tem a potência
de 107 HP.
O Novo Hanse 575 vai situarse na gama entre os modelos
existentes Hanse 545 e o Hanse 630.
Destaca-se a capacidade de
armazém na popa, onde pode
guardar um pneumático de
apoio.
O desenho é de Judea/Vrolijk
e o interior da Hanse Yacht Design e está disponível em múltiplas opções de distribuição no
interior, podendo optar-se por
3,4 ou 5 cabinas com beliches
e pode ainda dispor de dois ou
três quartos de banho.
Hanse 415 foi apresentado
Honda - Motor
O BF250 foi a novidade apresentada pela firma japonesa
que tem em Portugal a Honda
Marine. Trata-se de um motor
que combina um novo bloco de
6 cilindros em V com 3,6 litros
de cilindrada. Dispõe do primeiro sistema de admissão de ar
directa num motor fora de borda
do Mundo. Este novo sistema
aumenta o rendimento e diminui
o consumo de combustível. O
desenho deste motor, o maior
da gama Honda, apresenta-se
com um visual mais elegante e
estreito, simples e aerodinâmico, mostrando potência e velocidade.
O BF250 incorpora a tecnologia exclusiva BLAST, um sistema único, que consegue o binário aumentado a baixa rotação,
permitindo uma forte aceleração no arranque. Está também
equipado com um avançado
sistema de controlo do consumo de combustível, o ECOmo,
um sistema de combustão de
queima pobre, para se obter em
velocidades de cruzeiro, uma
grande economia no consumo
de combustível.
O BF250 apresenta uma
nova caixa de engrenagens,
com uma relação mais baixa
Notícias do Mar
Salão do Lagoon 560
2:1 e mais hidrodinâmica. Também o esforço de engrenagem
foi ainda mais reduzido, graças
à introdução do novo sistema
de controlo e Redução da Carga de Engrenagem, controlado
pela unidade de controlo do
motor (ECU) e combinada com
uma gama de hélices maiores,
proporciona altos níveis de rendimento globais e proporciona
um importante ganho neste motor.
Humminbird –
Elétrónica
Representada em Portugal pela
Nautel, no stand da Humminbird destacava-se a Xtreme
Depth.
Xtreme Depth é uma nova
gama de sondas, lançada pela
marca americana, para a pesca
a maior profundidade, a série
chamada Xtreme Depth. A profundidade alcançada com a tecnologia da série Xtreme permite
Quarto do proprietário do Lagoon 560
que o feixe de 50kHz de baixa
frequência possa chegar a profundidades até 750 metros. Isto
significa que os utilizadores
agora podem encontrar peixes
e visualizar a estrutura do fundo
a uma profundidade que com
sondas mais antigas seria elegível.
As unidades de Humminbird
XD funcionam com um transdutor de 500W (RMS), e por isso
os utilizadores não necessitam
de comprar um novo transdutor
para conseguir mais profundidade. Além disso, Humminbird
incorporou nos seus sistemas a
possibilidade de incluir a tecnología de Radar nos seus equipamentos das gamas mais altas,
as series 800, 900 e 1100.
Jeanneau
A poderosa firma Jeanneau que
é representada em Portugal pela
Nautiser/Centro Náutico,
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Notícias do Mar
Stand Touron com as novidades Quicksilver
lançou nada menos que sete
novidades a motor para a temporada 2012. Três modelos da
serie 2 de Cap Camarat; dois da
renovada gama Merry Fisher da
serie Marlin com motorizações
fora de borda, um novo NC 14
Sportcruiser com 13,73 metros
de comprimento e o Voyage 42,
um iate de flybridge com 42 pés
Merry Fisher 855 Marlin
é um barco com cabina de pilotagem de 8,25 metros de comprimento e 2,97 metros de boca
que se converte na maior desta
gama de embarcações destinada principalmente a um público
aficionado na pesca desportiva.
Pode levar dois motores fora de
borda e dispõe de uma capacidade de combustível de 400
litros e de 100 litros de água
doce.
Desenho de Centkowski &
Denert Design, esta unidade, de
facto, assemelha-se e mantém
as características das outras
duas embarcações do mesmo
estaleiro com esta tipologia e
programa: Merry Fisher 6 Marlin
e Ferry Fisher 755 Marlin.
Merry Fisher 755 Marlin, com o comprimento de 7,25
metros, parece na realidade um
modelo à escala do 855 Marlin.
Com a série Marlim, as Merry
Fisher retomam ao programa
mais radical destinado à pesca.
Equipada com motor fora de
borda pode montar até 150 HP
que le permite alcançar cerca
de 30 nós. Destaca-se pela sua
cabina muito bem aproveitada,
e pelos pormenores que incorpora destinados à pesca, tais
como cofres, viveiros e porta
canas, entre outros.
Cap Camarat 6.5 WA
Serie 2 é uma nova proposta do estaleiro francês, uma
embarcação de 6,5 metros de
comprimento de tipologia walkaround, que permite passar até à
proa à volta da consola central
e dispõe de solário à proa. Propulsão fora de borda, linha elegante moderna dispõe de bastante conforto a bordo. Isto são
os eixos desta nova incorporação na famosa gama Cap Camarat, que se inspira no desenho do anterior modelo 7.5 WA
e oferece as características que
fizeram dela famosa: proa alta e
bem defendida, novo design do
casco e consola integrada no
molde com maior capacidade
para instalar eletrónica.
Cap Camarat 6.5 CC Serie 2 é uma embarcação aberta 6,5 metros de comprimento,
com consola central,. destinada
a uma utilização familiar. É um
barco de passeio de linhas modernas, casco alongado e com
a proa deflectora bem defendida do mar. Com um nível de
conforto maximizado respeita
bem as suas predecessoras.
No poço, permite que a mesa
de piqueniques se converta
num solário. O acesso a bordo
é espaçoso e fácil.
Cap Camarat 6.5 DC Serie 2 foi concebido dentro do
estilo das lanchas desportivas
nórdicas, com o poço muito pro-
Quicksilver Activ 705 Cruiser
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tegido, passagem central para a
proa e dinete na popa convertível em solário. Tem um desenho
moderno e elegante, que segue
o conceito desenvolvido para
este tipo de barcos pelo gabinete de desenho de Sarrazin e
Jeanneau.
O Cap Camarat 6.5 DC Serie
2, apresenta um comprimento
total de 6,32 metros de comprimento.
Lagoon
No espaço reservado aos Catamarans Lagoon, encontrava-se
José Augusto Oliveira, administrador da Siroco e representando a Lagoon Portugal no
Salão para receber os clientes
nacionais.
Este tipo de embarcação à
vela proporciona, sem dúvida,
viagens, passeios ou férias,
mais calmas e confortáveis que
qualquer outro tipo de barco,
sem os ruídos e a trepidação
dos barcos a motor nem a inclinação dos veleiros monocasco.
É outra forma de navegar,
que está a ganhar cada vez
mais adeptos.
Os Lagoon são líderes mundiais dos grandes catamarans à
vela de luxo.
No salão estavam em exposição os modelos 380, 450 e
560. E era também apresentado
o novo 400S2.
Visitámos o Lagoon 560, um
impressionante e luxuoso apartamento náutico. Tem um deck
com um enorme salão, com
zona de refeições, de convívio
e cozinha, um quarto especial
para o proprietário e mais dois
quartos para convidados, todos
com quarto de banho.
A ponte foi concebida para o
governo desta embarcação ao
centro, com toda a simplicidade
em qualquer manobra, com os
molinetes eléctricos. e as escotas, aderiças e mordedores tudo
à mão.
Quanto a zonas para os banhos de sol, existem muitas e é
só escolher, pois o barco navega sempre direito.
Quicksilver
No stand da Touron, que no nosso país tem a Touron Portugal, encontravam-se diversos
barcos da gama Activ da Quicksilver e também o novo Activ 705
Cruiser, juntamente com outros
produtos que representam para
Notícias do Mar
a Península Ibérica, como os
motores fora de borda Mercury
e Mariner, motores Mercruiser,
motores Cummins diesel e semi
rígidos Walker Bay e Valiant.
Activ 705 Cruiser é a
novidade desta marca americana, que se destaca por dois
aspectos importantes, poço desimpedido e amplo, concebido
tanto para a pesca como para
a vida a bordo. Salienta-se o interior, com grandes dimensões
e a possibilidade de num modo
simples, transformar o espaço
que o mobiliário oferece.
Com imaginação o salão permite uma versatilidade pouco
comum num barco deste segmento.
Realça-se o excelente nível
de acabamento, os pormenores
repartidos por todo o barco e o
equipamento de série, bastante
completo. Os acessórios são
também elementos muito importantes pois permitem oferecer
quatro packs distintos: Comfort,
Cruising e Cruising de Luxe e
Eletrónica.
Com um motor Verado de
200 HP alcança cerca 30 nós
em velocidade de ponta.
Com a oferta deste pack por
42.900 € e com a oferta do IVA
no Salão, praticamente este
conjunto não tinha concorrência.
Sessa Marine
A Sessa Marine é representada
em Portugal pela Limatla, cujo
administrador Rui Ferreira, mais
uma vez lá estava no Salão a
receber os clientes que de Portugal foram para ver as novidades em primeira mão.
Sessa Key Largo 24
Inboard é a última versão da
completíssima série dos Key
Key Largo 24 e Key Largo 27
Largo do estaleiro italiano Sessa Marine, inspirando-se no Key
Largo 27 de motor interior.
O novo Key Largo 24, alterou
agora o seu programa, incorporando um motor interior Z-Drive
a gasolina da Volvo Penta, o 5.7
GXi com hélice DuoProp que
proporciona 300 HP, potência
mais que suficiente para cumprir com o objectivo desportivo
deste Key Largo. A instalação
deste motor em nada afecta a
estrutura da embarcação, tira
um pouco de espaço na popa
que fica completamente reformada para obter uma fantástica plataforma de banho. Esta
complementa-se ainda com um
espaçoso solário à popa, que é
o mais amplo, dentro destas dimensões de embarcações,
O Key Largo 24 Inboard tem
um amplo poço, com bancos
individuais à frente e um banco corrido à popa, cabina e um
grande solário igualmente à
proa.
Dentro da linha marinheira
com o casco em V profundo, característica da gama, este novo
conjunto é perfeitamente equilibrado e mostra um estilo muito
desportivo.
Key Largo 24
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Pesca Desportiva
Texto e Fotografia:
Mundo da Pesca
Pesca Embarcada
Dias de Choupas
O Que Fariam
Dois Campeões?
Criámos um cenário de pesca e dois pescadores de topo estão no barco. A pesca
está a ser feita aos diversos mas de repente começam a sair mais umas choupas,
algumas de bom tamanho.
S
endo este um dia
de pesca “normal”, fora da competição pedimos a
José Luís do Costa do Algarve
e a Paulo Patacão de Setúbal
que nos explicassem o que fariam para cada uma das situações que lhes colocamos e nos
mostrassem o seu ponto de vis-
José Luís Costa
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ta na pesca a este peixe. Afinal,
cada pescador tem a sua forma
de interpretar cada momento da
pesca e pode ser que daqui tire
algumas ilações que lhe sejam
benéficas.
Mundo da Pesca Assim que vissem que o que
começava a sair mais eram
Paulo Patacão
Pesca Desportiva
É necessário saber primeiro o que é que o peixe está a comer
choupas de bom tamanho, o
que fariam?
José Luís Costa –
Primeiro que tudo observar o
que elas estão a comer, com
isto estou a dizer, começar a
perguntar aos colegas de grupo (amigos) que estão a bordo, qual o isco?…, para então
começarmos a colaborar, a
fim de que elas também colaborem conosco; à medida que
vão saindo alguns exemplares com medida legal (23cm)
é muito importante haver um
diálogo entre todos a bordo…,
“entre amigos não pode haver
segredos”, certo? Então? Não
tenham vergonha de perguntar
ao amigo que está a tirar uns
peixes qual é o isco! Que tamanho de estralhos, nº de anzol…
enfim. De maneira a entender
como é que “elas” estão a entrar nalgumas canas e não na
nossa. Em segundo lugar, se
começarem a entrar choupas
de bom tamanho e “francas de
comer”… aumentar um pouco
de nº de anzol e linhas, isto
para evitar algumas bogas e
peixe mais miúdo que ande por
ali. Todos nós sabemos que a
choupa “grada” – grande - é um
peixe nobre e que não se dá por
vencido muito facilmente, ainda
por cima tem uma boca frágil;
aconselho o uso do “tradicional
chicote” para evitar dissabores,
que acontecem muitas vezes,
como o rompimento da boca do
peixe!
Observação: a montagem
que opto nesta situação de
pesca será uma madre 0.34mm
com um estralho de um bom
fluorocarbono 0.28mm de 40
a 45cm, acompanhado de um
bom anzol nº 2 a 1/0; a isca:
“elas é que sabem, e escolhem…”.
Paulo Patacão Quando as choupas entram
num pesqueiro o melhor é pes-
Quando entram choupas grandes deve-se aumentar o anzol
Deve-se observar como estão a pescar os companheiros para escolhert o anzol
As choupas têm a boca frágil é preciso ter cuidado e usar o chicote
Depois de perceber o que choupas gostam é só pescá-las
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Pesca Desportiva
Quanto o peixe deixa de comer deve-se alterar a montagem
car com estralhos um pouco
maiores, com cerca de 45cm
e fio entre 0,23 e 0,26mm, dei-
xando a pesca um pouco mais
solta, sem tensão na linha, para
que a iscada se apresente o
Devemos fazer uma boa iscada, de preferência atada
20
2012 Outubro 310
Nas horas mortas, muda-se de isca para apanhar um dos maiores
melhor possível ao peixe, permitindo assim que comam mais
francamente e se ferre melhor
o que leva até, na maioria das
vezes, a que o peixe embuche.
MP - O peixe começou a
comer menos bem. O que al-
Para as choupas o anzol deve ser mais aberto
Pesca Desportiva
teravam primeiro? Aquilo com
que estavam a iscar ou a montagem e estralhos?
JLC - Neste caso, o que
acho é que nós temos que tentar de tudo um pouco, mas não
tenham ilusões, normalmente
quando o peixe deixa de comer
e tem uma transição de boa
“comedia” para depois fechar a
boca… hummm… mal da “volta”… muitas das vezes o que
acontece é que a corrente fica
mais forte e a favor dos “bordos” e aí, o pessoal do bordo
contrário dificilmente consegue
chegar onde estão os companheiros a pescar uns peixes invejáveis, mas a pesca é mesmo
assim…
Observação: os peixes invejáveis levam a muitas “situações”; rodadas, apostas, bocas
e afins entre amigos a bordo…
“A pesca é como Las Vegas… o
que vai para lá… fica lá!”
PP - Em primeiro lugar alterava a montagem passando a
estralhos mais curtos entre os
35 e os 40cm para que se possa
reagir melhor ao toque e ferrar
o peixe, fazendo iscadas mais
pequenas tentando não deixar
pontas de isca penduradas.
te que os restantes diversos?
JLC - Truque acho que não.
Temos é que tentar nos aperceber o que elas estão a gostar
naquele momento e adaptarmos
a nossa pesca da melhor forma
possível, isto porque o que acontece muita das vezes é nós não
sermos rápidos o suficiente enquanto… “elas estão de maré”,
pelas mais variadas razões.
Depois de elas fecharem a
boca não vale a pena as lamentações e os “ses”. Há sempre
os que têm azar, os “chorões” e
os “outros”) o que conta é o que
está no fim do dia na nossa geleira.
Quando o peixe diexa de comer, pode andar lá em baixo algo maior
MP - Qual a situação em
que alterava a iscada?
JLC - Normalmente é precisamente a situação anterior
que me leva muitas vezes a ir
ao saco das canas e preparar
algo mais “forte e feio”… isto
porque muitas vezes o peixe
deixa de comer e a razão é que
algo de maior anda lá em baixo;
para mim é a oportunidade de
tentar um peixe maior. As horas
“mortas” e de menos atividade
muitas vezes revelam-se de
grandes surpresas com peixes,
que muitas vezes são os das
nossas vidas. Filetes inteiros de
cavala, ou mesmo viva, choco,
lula, sardinha… etc., são aconselhados, sempre em iscadas
generosas.
PP – Pessoalmente alterava a isca só na situação de o
peixe estar a comer mal, fazendo iscadas mais pequenas a cobrir só o anzol e experimentava
também outros tipos de isca até
obter o sucesso desejado.
MP - Têm algum truque
que põem em prática sempre
que a choupa está mais presen2012 Outubro 310
21
Pesca Desportiva
Deve-se fazer uma boa iscada, tipo chucha
PP – Não acho que seja
um truque. Geralmente opto por
fazer uma boa iscada, ou como
chamamos uma boa “chucha” e
de preferência atada.
Deixar a linha com pouca tensão para fazer duplas ou triplas
MP - Qual o formato e tamanho de anzol preferido para
as choupas.
JLC - Os que mencionei
na primeira pergunta.
PP - Para as choupas o
anzol deve ser mais aberto tipo
Keiryu nº2 ou um Chino nº4.
MP - Tendo em conta a forma de comer da choupa, qual a
forma de iscada que prefere?
JLC - A choupa, quanto a
mim não tem um “comer” muito
específico e não é muito esquisita a comer quando tem fome,
sendo normal entrar peixes
variados junto a “elas”; temos
é que estar muito atentos aos
variados toques na ponteira da
nossa cana e saber diferenciá-
Deve-se deixar as choupas mamar à vontade
22
2012 Outubro 310
los, normalmente as iscadas
são sempre generosas e temos
que as deixar “mamar” um pouco, aliviando muitas vezes a
nossa pesca e retificando a tensão da nossa linha de forma a
conseguir “enganá-las”.
PP - Uma boa iscada tipo
“chucha” ou uma iscada esfarrapada costuma funcionar
bem.
MP - Prefere ir ao toque ou
deixar o peixe comer? Deixa a
ponteira mais folgada ou tem a
linha esticada?
JLC - Acho que respondi
na pergunta anterior deixo sempre que as choupas “mamem” à
vontade.
PP - Num pesqueiro com
muitas choupas prefiro deixar o
peixe comer com a ponteira direita e com pouca tensão no fio,
normalmente dá bons resultados permitindo bastantes duplas
e triplas... quando há choupas.
Quando as choupas entram, fazem-se boas pescarias
Electrónica
Notícias Nautel
Soluções para o Cumprimento da Palamenta
de GMDSS em Embarcações de Recreio
Não se trata de um assunto novo, mas é por vezes útil relembrar alguns temas
básicos particularmente nos cuidados com a segurança a bordo, e correspondentes
obrigatoriedades legais.
S
ucintamente, as embarcações de recreio
em Portugal dividemse em 5 categorias,
quanto à sua área de navegação.
CLASSE 5 - Embarcações para
Navegação em Águas Abrigadas,
concebidas e adequadas para navegar em zonas de fraca agitação
marítima, junto á costa e em águas
interiores, nelas se incluindo as
motos de água e embarcações de
comprimento inferior a 5m (considera-se geralmente a zona correspondente a 3 milhas de um porto).
CLASSE 4 - Embarcações para
Navegação Costeira Restrita, concebidas e adequadas para navegação costeira, até uma distância não
superior a 20 milhas de um porto de
abrigo e 6 milhas da costa
CLASSE 3 - Embarcações para
Navegação Costeira, concebidas e
adequadas para navegação costeira, até uma distância não superior a
60 milhas de um porto de abrigo e
25 milhas da costa.
CLASSE 2 - Embarcações para
Navegação ao Largo, concebidas
e adequadas para navegar ao largo, até 200 milhas de um porto de
abrigo.
CLASSE 1 - Embarcações para
Navegação Oceânica, concebidas
e adequadas para navegar sem
limite de área.
A cada classe corresponde um
tipo de obrigatoriedade de palamenta de segurança, em que parte
é composta por equipamentos de
matriz eletrónica.
Os requisitos obrigatórios mínimos para cada uma das classes
podem ser satisfeitos com os seguintes tipos de equipamento:
Classe 5: nenhuma obrigatoriedade. Recomenda-se no entanto o
uso de pelo menos um radiotelefone portátil de VHF, com os seus
normais 54 canais internacionais
Classe 4: Obrigatoriedade apenas de um radiotelefone de VHF
fixo, com DSC Classe D (Chamada
Seletiva Digital, para uso do botão
de emergência)
Classe 3: Obrigatoriedade do
Radiotelefone de VHF fixo com
DSC Classe D, e de uma EPIRB
406/121,5MHz (Radiobaliza de Localização de Sinistros, portátil ou
fixa). As baterias das EPIRB’s têm
prazo de validade. Terão que ser
substituídas (em empresas certificadas) caso o prazo tenha expira-
do, ou após situação de terem sido
usadas numa emergência.
Classe 4 e 5: Obrigatoriedade
dos equipamentos da Classe 3,
mais um Recetor de Navtex e um
Radiotelefone portátil de VHF de
Emergência GMDSS (diferentes
do vulgar radiotelefone portátil de
VHF, sendo que têm que ter uma
bateria normalmente de cor amarela ou laranja, e não recarregável, e
com selo que só se pode quebrar
em situação de necessidade de uso
em emergência). As baterias têm
também um prazo de validade ao
fim do qual, usadas ou não, terão
que ser substituídas. Também terão
que ser substituídas em caso de
usadas, antes do fim do prazo de
validade.
A solução proposta pela Nautel
para este tipo de rádio permite uma
flexibilidade particular: O rádio pode
ser adquirido numa configuração de
dupla bateria, uma convencional recarregável mais o seu carregador, e
a outra, a de emergência, só para
ser colocada no rádio nessas alturas, ou nas ocasiões das inspeções
pelas autoridades.
Este resumo não
dispensa a consulta à
legislação em vigor.
Os equipamentos
que a Nautel mais
aconselha, para satisfação de todos estes
requisitos, são os que
a seguir se apresentam.
Radiotelefone portátil de VHF de
emergência : ENTEL HT649
Classes 1 e 2 :
Navtex : Nasa Target
Pro Plus
ou NASA
CLIPPER Navtex
Radiotelefone de VHF fixo com
DSC Classe D
Classes 3 e 4 :
Os anteriores menos o Navtex e o
Radiotelefone portátil de VHF, de
emergência
Classe 5 : Não sendo obrigatório nada, o uso de um convencional Radiotelefone Portátil de VHF,
é recomendado. Os modelos da
Navicom RT320 (totalmente estanque) e RT300, são ideais para esta
situação.
EPIRB : Uma dos vários modelos
da marca GME
Para preços consultar www.
nautel.pt ou revendedores em
qualquer ponto do país.
2012 Outubro 310
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Notícias do Mar
Campeonato Nacional de Fotografia
Subaquática 2012 - Açores
Filomena Sá Pinto Campeã Nacional
O XXI Campeonato Nacional de Fotografia Subaquática realizou-se de 19 a 23 de
Setembro de 2012, em Santa Maria, nos Açores, sob influência da tempestade tropical
“Nadine”, cuja organização esteve a cargo da FPAS-Federação Portuguesa de
Actividades Subaquáticas e contou com o apoio do CNSM- Clube Naval de Santa
Maria.
O
Filomena Sa Pinto - 1ºAmbiente
Filomena Sa Pinto - Macro
24
2012 Outubro 310
campeonato
nacional de fotografia subaquática tem por
finalidade apurar o campeão
nacional desta modalidade e
este ano foi disputado em condições de mar pouco próprias
para a prática da modalidade,
face às adversas condições
meteorológicas que se traduziram em mar bastante alterado,
com vagas de dimensões excepcionais, vento forte e chuva
copiosa.
A organização e participantes tiveram que levar por diante a árdua tarefa de conseguir
concretizar mais esta edição
do campeonato nacional, pondo à prova os meios humanos
e técnicos disponibilizados localmente pelo Clube Naval de
Santa Maria e pelos Centros de
Mergulho que colaboraram na
competição.
Inicialmente estava agendada a realização de 4 imersões
distribuídas por dois dias de
prova, mas, apesar da boa vontade da organização e dos participantes, que ainda tentaram
no segundo dia sair para o mar,
este campeonato nacional resumiu-se apenas a uma jornada
de prova com duas imersões,
reduzindo assim a produtividade dos trabalhos obtidos pelos
fotógrafos a cerca de metade
do que seria expectável.
Por esse motivo as cinco fotografias que cada atleta teria
que submeter à apreciação do
júri, designadamente uma foto
por cada tema em competição –
Foto Ambiente, Foto Ambiente
com Modelo/Mergulhador, Foto
Macro, Foto Macro com tema
obrigatório (este ano o tema escolhido foi o espirógrafo) e Foto
de Peixe - foi reduzido face às
condições limitadas em que se
desenrolou a competição, para
apenas três fotos a apresentar
a concurso nas categorias Am-
Filomena Sa Pinto - Peixes
Notícias do Mar
biente com ou sem mergulhador, Macro e Peixe.
Apesar do mau tempo, o
fantástico mar dos Açores proporciona sempre momentos de
rara beleza e, mais uma vez, os
fotógrafos nacionais demonstraram a sua inegável qualidade, ao presentearem o júri e a
plateia reunida na biblioteca da
Vila do Porto, onde foram apresentadas as fotos obtidas no
decorrer da prova, com excelentes trabalhos fotográficos.
A cerimónia pública de entrega de troféus e encerramento
da competição teve lugar também nesse mesmo local, uma
muito bem conseguida obra de
recuperação de um antigo edifício no centro da vila, que contou com a presença do Director
Regional do Turismo – Miguel
Cymbron, do Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto
– Carlos Rodrigues, do Presi-
Victor Medeiros - 1º Peixes
dente da Junta de Freguesia de
Vila do Porto – Ricardo Sousa,
do Presidente do Clube Naval
de Santa Maria – Pedro Silveira
e do representante da Direcção
da Federação da Portuguesa
de Actividades Subaquáticas –
Lourenço Silveira.
Bruno Sousa - 1º Macro
Após a votação do júri que foi composto por conhecidos fotógrafos subaquáticos nacionais - Armando Ribeiro, Luís Quinta, Luís Sarmento,
Nuno Sá e Rogério Silva - a classificação geral ficou assim ordenada
por atleta/modelo:
1 – Filomena Sá Pinto / Susana Sá Pinto (Campeã Nacional e Melhor foto
Ambiente)
2 – Pedro Vasconcelos / Ana Carvalho
3 – Nuno Gonçalves
4 – Manuel Silva / Marco Cabral
5 – Bruno Sousa (Melhor foto Macro)
6 – Rui Palma / Carla Siopa
7 – Victor Medeiros / Miguel Oubina (Melhor foto Peixe)
8 – José Azevedo
9 – José Carvalho / Teresa Sousa
10 – Gorette Pestana
11 – Alexandre Matos / Paulo Corte Real
12 – Rui Janarra / Fátima Rocha
13 – Nelson Deus
As fotos da prova submetidas a concurso pelos fotógrafos podem ser observadas no sítio internet da FPAS (www.fpas.pt).
2012 Outubro 310
25
Notícias do Mar
Conhecer e Viajar pelo Tejo
Texto Carlos Salgado
O Tejo Ibérico a Património da Unesco
O entrevistado de hoje é o senhor Almirante José Bastos Saldanha, Presidente
da Direcção da Associação Tagus Universalis Portugal.
Fotografia: Zélia Silva
C
Almirante José Bastos Saldanha
Xira.
C.S.- Que motivações concorreram para uma projeção transnacional?
J.B.S.- Os primeiros fundamentos desta iniciativa começaram
por indiciar a valia excepcional do
Tejo em todo o seu curso, em termos
da monumentalidade do conjunto
Fotografia: Rui Cunha
omeçámos então pela
primeira pergunta.
C.S.Senhor
Almirante, tem vindo
a ser notícia a candidatura do Tejo
Ibérico a Património da Humanidade, a Tagus Universalis; que evolução tem tido este processo?
J.B.S. - A questão simples
que coloca, sugere-me uma ideia
central que desenvolverei em seguida, atentando na sua resposta:
“A paisagem cultural do Tejo Ibérico
e a sua inscrição na Lista de Património Mundial da UNESCO: um
projeto das comunidades taganas”.
C.S.-Como nasceu esta iniciativa?
J.B.S. - Uma das conclusões
do II Congresso do Tejo, realizado
em Lisboa em 24 e 25 de Outubro
de 2006, foi a de promover a candidatura para inscrever a paisagem
cultural do Tejo Ibérico na Lista de
Património Mundial da UNESCO,
iniciativa de que se incumbiu a Associação dos Amigos do Tejo. Com
esse propósito, realizaram-se em
2009 dois encontros ibéricos, de
que saíram a Declaração de Vila
Franca de Xira de 20 de Junho e
as deliberações de Talavera de la
Reina, em 24 e 25 de Setembro, as
quais: a) reconheceram, face às valências existentes, o enquadramento daquela candidatura no conceito
de paisagem cultural previsto no Artigo 1.º da Convenção das Nações
Unidas para a Protecção do Património Cultural e Natural Mundial, b)
reafirmaram o propósito das Partes
prosseguirem o desenvolvimento
da candidatura em rede transnacional mediante a assinatura de
um protocolo de geminação entre a
Tagus Universalis de Espanha e a
Tagus Universalis de Portugal e c)
reafirmaram os termos da supracitada Declaração de Vila Franca de
Belver
26
2012 Outubro 310
do acervo patrimonial, natural e cultural, e da singularidade no contexto ibérico e europeu, apelando para
a sua concretização por intermédio
de um amplo movimento transnacional. Daqui decorreu com singeleza um compromisso societário, a
Declaração de Vila Franca de Xira,
que assume integrada e plenamente o excecional património cultural e
natural que o Tejo entrelaça e, além
disso, o propósito inabalável dos
seus Povos, ultrapassando um antagonismo atávico, se aproximarem
para resolver em cooperação e de
forma pacífica, solidária e equitativa
os complexos problemas do desenvolvimento socioeconómico na senda irreversível da sustentabilidade,
honrando a sua responsabilidade
de cidadania perante as gerações
passadas e face às vindouras.
C.S.- Uma paisagem cultural
viva ou fóssil?
J.B.S.- O valor patrimonial
e as interacções significativas com
os povos que o bordejam e a ele
ligados permitem considerar o Tejo
como paisagem cultural, segundo
o estipulado no Artigo 1.º da Convenção, enquadramento genérico
que todavia convém distinguir, de
entre as diversas categorias de paisagem cultural previstas no Anexo
3 das Linhas de Orientação para o
Implemento da Convenção sobre o
Património Mundial, a que melhor
se adequa ao caso desta candidatura: uma paisagem contínua
organicamente evoluída com uma
sociedade contemporânea ativa em
estreita relação com o modo de vida
tradicional, mantendo o processo
de evolução em curso e, ao mesmo tempo, cuidando de preservar a
evidência material desse processo.
Uma paisagem viva!
C.S.- Como se processa a
candidatura?
J.B.S.- A candidatura a formalizar pelos Governos de Portugal
e de Espanha, mediante inscrição
prévia no Centro do Património
Mundial da UNESCO, terá de comprovar perante a Comissão do Património Mundial da UNESCO o
excecional valor universal do Tejo e
a sua representatividade em termos
de região geocultural e também a
capacidade de assinalar os seus
elementos culturais, essenciais e
distintivos. No complexo processo de candidatura a desenvolver
refira-se a imprescindibilidade da
participação das comunidades locais. Conhecidos os fundamentos e
o enquadramento jurídico, importa
saber como vai a Associação Tagus
Universalis Portugal construir no
nosso País, em paralelo com o esforço a desenvolver pela sua congénere espanhola, argumentação
convincente e decisiva à aceitação
da candidatura pelo Governo Português na expectativa de um entendimento favorável com o Governo
Espanhol.
C.S.- Associação Tagus Universalis Portugal: uma intervenção
transitória?
J.B.S.- A Associação dos
Amigos do Tejo promoveu em 14
de Janeiro de 2009 a constituição
estatutária da Associação Tagus
Universalis Portugal, cuja primeira
Assembleia-Geral se realizou em
25 de Março de 2010 e, na sessão
seguinte de 1 de Abril, foram eleitos os corpos sociais e aprovados
o regulamento interno e o plano
de actividades trienal, em que está
presente a finalidade da Associação de “influenciar decisivamente a
Sociedade Portuguesa − em cooperação com a sua congénere Tagus
Universalis Espanha − para que a
veis de um tal labor permitirão: a) a
compilação do Atlas das Paisagens
do Tejo, nele constando “tanto os
valores patrimoniais de excelência
como os aspetos que, não sendo
de um valor ou raridade excecionais, têm relevância para que possam ser considerados no quadro
de uma gestão sustentável das
paisagens do quotidiano que, por
sua vez, enquadram e garantem a
conservação ou proteção das que
apresentem um valor universal” e
b) o processo comunicacional inerente ao mesmo esforço vai permitir
desenvolver com as redes sociais
locais uma perceção mais ampla
sobre o Tejo e a sua paisagem cultural, por intermédio da construção
ascendente de uma Rede Transcomunitária das Paisagens do Tejo
Português. Ressalve-se, contudo,
que a aplicação com sucesso do
Roteiro depende da operacionalização eficiente, a curto prazo, da
estrutura da paisagem do Tejo.
C.S.- O que é a estrutura da
paisagem do Tejo?
J.B.S.- Para aplicação do
Roteiro foi estabelecida uma estrutura simples, em rede, de quatro pólos locais (“Tejo Superior e
Internacional”, “Médio Tejo/Vale do
Zêzere”, “Vale do Tejo - Lezíria/Vale
do Sorraia” e “Estuário do Tejo”) em
ligação com a Área Metropolitana
de Lisboa, comunidades intermunicipais, 33 municípios e comunidades locais, articulados por um pólo
central coordenador da boa execução do mesmo Roteiro. Está em
curso um conjunto de tarefas conducente à ativação plena dos pólos
locais, que se iniciou com a constituição de núcleos dinamizadores
dos mesmos pólos e de ligação às
comunidades e vai prosseguir com
a aliciação para esta nobre causa
Portas de Rodão
de todos os atores políticos, académicos, autárquicos, económicos e
sociais que lhe são essenciais.
Um Tributo
Decorridos mais de dois anos após
a eleição dos primeiros corpos sociais, a Associação Tagus Universalis Portugal dispõe de um conceito
e dos instrumentos de trabalho
essenciais para contribuir significativamente, a partir da realidade paisagística do Nosso Tejo, para que
a paisagem cultural do Tejo Ibérico
seja inscrita na Lista de Património
Mundial da UNESCO. Independentemente da candidatura se não concretizar, importa assinalar que todo
o esforço já realizado (e a realizar)
pela parte portuguesa tem o merecimento de tornar evidente a relevância dos desprezados valores paisagísticos no nosso País; de captar
o sentido holístico do conceito de
paisagem cultural no entretecer de
Natureza, Cultura e Humanidade;
de propiciar o reconhecimento da
exuberante diversidade e da com-
plexidade coexistente das unidades de paisagem do Nosso Tejo e
finalmente, o mais importante, de
se render enternecido ao mosaico
plural de patrimónios e culturas que
identificam as nossas comunidades
taganas, as tornam únicas e as elegem como atores principais da paisagem cultural. Tudo isto vale um
elementar exercício de cidadania!
Um tributo.
É altura de prestar público agradecimento às individualidades e aos
membros da Associação Tagus Universalis Portugal que têm prestado
uma colaboração voluntária inestimável no desenvolvimento deste
projeto. É justo reconhecer a rede
informal de cumplicidades em torno
das paisagens do Nosso Tejo que
paulatinamente se vai urdindo ao ritmo empático das relações pessoais
e com a disponibilidade para trabalho
voluntário, uma comunidade de afetos essencial ao bom êxito da candidatura para inscrição da paisagem
cultural do Tejo Ibérico na Lista de
Património Mundial da UNESCO.
Fotografia: Rui Cunha
paisagem cultural do Tejo
Ibérico seja inscrita na Lista de Património Mundial da UNESCO e assegurar que seja preservado o seu
excecional valor universal”. Uma
vez cumprida a finalidade a que se
propôs a Associação será extinta.
C.S.- Quando se iniciou a caminhada?
J.B.S.- O esforço encetado
pela nossa Associação permitiu,
em 19 de Fevereiro de 2011, no Encontro “Compreender a paisagem
cultural do Tejo e os seus valores”
apresentar publicamente a ideia
da candidatura, apreciar o conceito de paisagem cultural aplicável
e orientar o trabalho subsequente,
considerando: a) a diversidade e
complexidade das unidades de paisagem do nosso Tejo, b) o desejável envolvimento, desde o início do
processo, das comunidades locais
e das autarquias e c) a formulação
de um plano de ação sob a forma
de um roteiro simples, adequado e
exequível (e percetível pelas comunidades).
C.S.- Como se construiu o
Roteiro?
J.B.S.- O Manual sobre Conservação e Gestão de Paisagens
Culturais do Património Mundial
editado pelo Centro do Património
Mundial da UNESCO aponta as
diversas fases do Roteiro a prosseguir que, todavia, teve de ser
complementado para se preservar
e valorizar primeiro a diversidade e
complexidade da paisagem do Nosso Tejo no seu conjunto, permitindo
uma perceção mais ampla e inclusiva por todas as comunidades locais
e autarquias com salvaguarda da
coesão nacional e transcomunitária
face a um complexo processo de
identificação transnacional de uma
paisagem cultural. Neste sentido,
foi concebida uma metodologia
complementar para definir objetivos de qualidade paisagística do
Nosso Tejo a partir dos grupos e
unidades de paisagem abrangidos
– classificados na escala 1:250.000
segundo a obra “Contributos para
a Identificação e Caracterização
da Paisagem em Portugal Continental”, Volume III, editado pela
DGOTDU em 2004 – e da consulta à população e atores locais com
utilização de doze fichas-tipo por
unidade e subunidade de paisagem
do Tejo que incluem questionários à
escala local.
C.S.- Como vai ser aplicado?
J.B.S.- Em 26 de maio de
2012 no Encontro “A Paisagem
cultural do Tejo: Um processo de
reconhecimento”, foi possível expor
publicamente o Roteiro compósito
cujos próximos passos intentam,
como foi acima referido, na definição de objetivos de qualidade paisagística. Os resultados expectá-
Fotografia: Rui Cunha
Notícias do Mar
Sagres no estuário do Tejo
2012 Outubro 310
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Notícias do Mar
Conhacer e Viajar pelo Tejo
Texto Carlos Salgado
Candidaturas...
O Quê, Porquê, Quem, Como e Quando?
Aproveito a oportunidade para falar sobre Candidaturas, umas a Património da
Humanidade e outras a Património Nacional. Fico triste quando vou aqui ao lado
à nossa vizinha Espanha e encontro lá uma imensidade de Patrimónios Culturais
e Naturais que foram declarados pela Unesco como Património Mundial da
Humanidade.
T
candidaturas têm sido “chumbadas“ ! Então, porque razão isso tem
acontecido? Há quem diga que isso
aconteceu pelo facto dessas candidaturas terem sido mal preparadas
e fundamentadas, mas o que se
sabe é que isso não sucedeu por
falta de meios financeiros ou por
falta de membros das comissões e
grupos de trabalho eleitos e de consultores para a fundamentação dos
respectivos processos.
Quanto às candidaturas a patri-
mónio nacional, elas andam por aí
e há quem sem fundamento, com
manobras de diversão, queira vender gato por lebre, mas enfim é o
país que temos. Mas não deixa de
ser os portugueses a pagar todas
essas pretensiosas candidaturas,
tanto ao nível mundial como nacional.
Mas eu conheço uma louvável excepção que pode servir de
exemplo à sociedade civil. Estou a
referir-me a uma candidatura que
Fotografia: Rui Cunha
riste porque no meu
país são muito poucos
os patrimónios que
foram reconhecidos e
declarados por aquela entidade internacional, o que não significa que
isso se deve à falta de qualidade e
valor dos nossos patrimónios nem
por falta de candidaturas apresentadas à Unesco, ou sobretudo por
falta de apoios financeiros para a
elaboração dos respectivos processos. A verdade é que essas
tem vindo a desenvolver o seu
trabalho sem apoios financeiros,
mas mesmo assim prossegue com
grande determinação e empenho,
graças a um puro exercício de cidadania. Estou a referir-me concretamente à Candidatura do Tejo
Ibérico a Património da Humanidade - TAGUS UNIVERSALIS,
que tem vindo a registar declarações da apoio e solidariedade da
parte de entidades e individualidades portuguesas e espanholas,
tais como: Presidente da Assembleia da República Portuguesa,
Gabinete do Primeiro Ministro de
Espanha, Ministro do Ambiente do
Governo de Portugal, Embaixador
de Espanha em Portugal, Embaixador de Portugal em Espanha,
Dr. Jorge Sampaio, Confederación Hidrográfica del Tajo, Administração da Região Hidrográfica do
Tejo, Universidade de Castilha La
Mancha de Madrid, Administração
do Porto de Lisboa, Sociedade de
Geografia de Lisboa e diversos
Presidentes dos Municípios Ribeirinhos portugueses e dos Alcaldes
de Aranjuez e de Talavera de la
Reina, entre outros. É um projecto das comunidades taganas que
está a prosseguir com um trabalho, sério, objectivo e concreto,
que tem vindo a ser desenvolvido
por um Pólo Coordenador Central
e por Pólos Locais, multidisciplinares, ao longo do Tejo, que está
a envolver a sociedade civil.
Penso que desta forma a Associação Tagus Universalis de
Portugal está no bom caminho e
a candidatura que está a preparar
vai, por certo, ter êxito.
CANON Leva 7 Meses com uma Câmara 10D na sua Oficina e Não Repara
É
uma vergonha a forma como a Canon em Portugal, através da empresa credenciada Photo Station Lda., trata seus
clientes. Recebem equipamentos para consertos aos quais fornecem orçamentos, alegam que as peças estão a
caminho do Japão (pois não há estoques de peças de reposição), o cliente aguarda 7 meses, e, depois de confirmar por
telefone que o equipamento está pronto e reparado, descobre que tudo não passou de uma mentira. No documento
ao lado a empresa alega que a Canon não fabrica mais a peça necessária para reparação.
Ora, prezados leitores, como é possível uma marca que vendeu milhares de câmaras fotográficas modelo 10D em todo
o mundo, parar de fabricar uma peça fundamental, como é o caso do disparador (shutter). Parece proposital esse procedimento, para obrigar profissionais a comprarem equipamentos equivalentes (novos modelos) a preços exorbitantes.
Fica aqui nosso protesto e certamente de outros profissionais lesados pela Canon, com essa política de não fornecer
peças necessárias as reparações de suas câmaras fotográficas.
Gustavo Bahia- Jornalista e Repórter Fotográfico
28
2012 Outubro 310
Mergulho
Curso de Pós Graduação
Especialização em Medicina
Hiperbárica e Subaquática
Vai realizar-se um Curso de Pós Graduação para a Especialização em Medicina
Hiperbárica, numa iniciativa conjunta da Escola Naval, Faculdade de Medicina
de Lisboa e o Instituto de Formação Avançada
S
endo a Medicina Hiperbárica
e
Subaquática
uma área do conhecimento em franco crescimento no nosso País, e existindo já esta Competência
Médica com um Colégio de
Especialidade constituído na
Ordem dos Médicos, seria natural esperar-se que também
a formação específica fosse
disponibilizada em território
nacional com maior frequência
do que o que se tem verificado
nos últimos anos.
Dada a carência de mais
meios humanos para cobrir as
necessidades nacionais em
equiparação ao que se passa
no resto do mundo, a Escola
Naval, conjuntamente com a
Faculdade de Medicina de Lisboa e o Instituto de Formação
Avançada, vão dar inicio a um
Curso de Pós Graduação para
a Especialização em Medicina Hiperbárica e Subaquática, com 15 vagas, destinado
a licenciados em Medicina,
Medicina Veterinária, Ciências Farmacêuticas e Enfermagem, o que acontece pela
primeira vez no nosso País,
uma vez que anteriormente
apenas licenciados em Medicina podiam concorrer a esta
especialização.
Dada a formação teórica
e prática do Curso, no fim de
concluído o mesmo
com aproveitamento, para além do
Diploma, os candidatos ainda são
Certificados com o
Título Nacional de
Mergulho.
Os prazos de
candidatura são até
26 de Outubro de
2012, podendo a
mesma ser efectuada em www.fm.ul.
pt/IFA. Para mais
informações poderse-ão utilizar os email: [email protected].
pt ou escolanaval@
marinha.pt
2012 Outubro 310
29
Motonáutica
UIM F1H2O World Championship
Texto e Fotografia Gustavo Bahia
Alex Carella Vence
GP da China em Liuzhou
Carella venceu na China e pode conquistar
o segundo campeonato
O piloto italiano Alex Carella venceu a 4ª etapa do UIM F1H2O World Championship
realizado em Liuzhou, na China e assumiu a liderança do campeonato com 59 pontos.
Com grande promoção o GP da China vem se tornando o mais bem organizado de
todos, sempre com muito sucesso e grande público.
A
segunda vitória de
Alex Carella nesta
temporada fez com
que o piloto da Equipe do Qatar tomasse a liderança
do campeonato de Ahmed Al Hameli, que vinha na liderança com
9 pontos de vantagem. O piloto do
Team Abu Dhabi não pode participar da prova na China por motivo
de saúde. Al Hameli encontra-se
em Baltimore, nos Estados Unidos em recuperação de uma operação para retirada de um tumor.
Seu afastamento foi uma grande
perda para o Team Abu Dhabi e
para o campeonato, já que Al Hameli tinha todas as condições de
tornar-se campeão em 2012.
Team Abu Dhabi
mostra força mesmo
sem Al Hameli
Majed Al-Mansoori foi o piloto
Thani Al Qamzi chegou em segundo mas não tem hipoteses de lutar pelo campeonato
30
2012 Outubro 310
temporariamente escolhido por
Salem Al-Romaithi, dirigente do
Abu Dhabi Marine Sports Club,
para substituir Ahmed Al-Hameli
durante seu afastamento. Uma
boa opção com certeza, pois
Al-Mansoori tem muita experiência em várias categorias, tendo já participado em provas de
F1H2O nos anos anteriores nos
Emirados. Terminou em 6º lugar em Liuzhou. Tendo voltado
a condição de Team líder, Thani
Al-Qamzi mostrou que tem todos
os predicados para isso, lutou
com Carella pela liderança da
prova durante o último segmento
da corrida, interrompida com várias bandeiras amarela face aos
acidentes. Thani terminou a prova em 2º lugar a apenas 6.86 de
Carella. Foi uma demonstração
de força da equipa de Abu Dhabi,
onde esperam ansiosos o pronto
restabelecimento de Ahmed Al
Hameli e seu retorno as competições.
Philippe Chiappe põe
CTIC China Team
no Podium
O piloto francês Philippe Chiappe, primeiro piloto da equipe
da China, fez mais um Podium
nesse campeonato, e dessa vez
na China, para delírio dos milha-
Motonáutica
Majid Al Mansoori teve o barco de Al Hameli ainda hospitalizado nos Estados Unidos
res de chineses que estiveram
presentes em Liuzhou. Chiappe,
um dos melhores e mais regulares pilotos de F1H2O, encontrase em terceiro lugar na tabela
do campeonato com 48 pontos
e com a melhor oportunidade de
sua carreira de tornar-se Campeão Mundial. Os 11 pontos que
o separam de Alex Carella, é uma
diferença que pode ser eliminada
nas duas etapas que faltam para
o término da temporada nos Emirados Árabes Unidos (Abu Dhabi
e Sharjah). O afastamento de Al
Hameli facilitou ainda mais a vida
de Chiappe, que pode ser a surpresa nesse fim de temporada.
Qatar Team tem
Shaun Torrente
sem licença da UIM
após acidente
com Sami Selio
O piloto americano Shaun Torrente teve sua Super licença
suspensa pela UIM, após ter-se
envolvido em mais um acidente
grave. Desta feita aconteceu na
penúltima largada na 11ª volta
em Liuzhou, quando seu DACMercury EFI bateu por dentro no
barco de Sami Selio, um BABAMercury EFI, quando esse se pre-
parava para assumir a liderança
da prova logo na primeira bóia.
Os Comissários da UIM e o OOD
da prova, consideraram o acidente como de extrema gravidade e
falta de espírito desportivo, cancelando a super licença nº7/2012
do segundo piloto do Qatar Team.
Em verdade isso não cai como
surpresa, pois Shaun Torrente
tem conseguido alinhar um número considerável de pilotos na
sua lista de inimigos, podemos
relembrar o acidente no GP de
Portugal, quando o americano
tirou deliberadamente Marit Stromoy da liderança da prova em um
acidente espectacular. Seguiramse vários outros e inúmeros abandonos, fazendo com que o piloto
não seja visto com bons olhos na
categoria.
Cantando
Philippe Chiappe pode surpreender nas etapas dos emirados e vencer o campeonato
Sami Selio chegou a liderar a prova mas o acidente acabou com as suas expectativas
Os barcos Sul-Africanos com motores de 4 tempos ainda não são competitivos
e Al Rubayan entre
os seis primeiros
Com 38 voltas completadas ao
final da prova, assim como o
vencedor Alex Carella, o italiano
experiente Francesco Cantando
ficou com o 4º lugar e em 5º lugar o piloto do Kuwait, Youssef Al
Rubayan, seu melhor resultado
desde que estreou na F1H2O.
A sequência mostra o grave acidente causado por Shaun Torrente
Shaun Torrente causador do acidente está fora do campeonato com a licença suspença pela UIM
2012 Outubro 310
31
Motonáutica
Texto Gustavo Bahia
Fotografia Gustavo Bahia e IOC
UIM World Offshore 225 Championship
Kerem Tuncer e Alpay Akdilek Vencem
Etapas de Mersin e Gaziantep
A dupla vencedora da campeonato por antecipação
A dupla Kerem Tuncer /Alpay Akdilek da equipa ECI Men Cosmetics (88), venceram
as etapas realizadas nas cidades de Mersín e Gaziantep, na Turquia e garantiram
a vitória do campeonato por antecipação no ISIKLAR UIM World Offshore 225
Championship.
O
barco 88 da ECI Men
Cosmetics dominou
todo o campeonato com um total de
12 vitórias em 12 etapas. Nem
Michael Schumacker conseguiu
tantas vitórias em uma temporada,
quando vencia seus campeonatos
pela Ferrari. Isso demonstra uma
grande superioridade da equipa
da fábrica Yuka Yachts, mas deixa
também um ponto de interrogação
no ar. A pergunta lógica é: “Porque
um barco pode vencer sempre
em uma categoria onde todos os
barcos são “iguais” pelo regulamento?” Faltando ainda 2 etapas a
serem disputadas em Istambul, dificilmente veremos outro vencedor.
Óbvio que nosso questionamento
é apenas hipotético, pois durante todo o campeonato não houve
sequer um protesto contra o barco
dos Campeões, o que valida na íntegra suas vitórias.
Equipas Besiktas,
YKM Sport e Efe
Project - Mitsubishi
Electric disputam
Jean Marie Van Lancker da UIM conversa com Gustavo Bahia sobra segurança dos cockpits
O barco da GHB Offshore Racing uma volta antes do acidente
32
2012 Outubro 310
as posições
secundárias.
Para as equipas que estão disputando as colocações secundárias,
as etapas finais em Istambul serão
determinantes. A Besiktas com o
barco nº3 mantém a segunda colocação com apenas 78 pontos
de vantagem sobre o barco nº2
da equipa YKM Sport, e um desses barcos deverá conseguir a
pontuação necessária para atingir
o segundo lugar no campeonato.
Em seguida temos o barco nº33
da equipa Efe Project – Mitsubishi
Electric que tem 443 pontos a menos do que o Besiktas. Mesmo sendo uma equipa excelente, somente
encontrou sua competitividade a
partir das etapas de Mersín, e, com
essa diferença torna-se impossível
Motonáutica
Um grande susto mas com total segurança os pilotos saíram ilesos apenas com perda matériais para a equipa
chegar ao segundo lugar e muito
dificilmente conseguirá ultrapassar
o barco nº2, actualmente na terceira posição do campeonato.
GHB Offshore
Racing corre
sem Carrasquillo
em Mersín e tem
acidente
A GHB Offshore Racing chegou a
Mersín com uma alteração na formação da sua tripulação. Para o
lugar do porto-riquenho Juan Carrasquillo, impossibilitado de viajar
por motivo profissional, o dono da
equipa Gustavo Bahia teve que
lançar mão do throttleman reserva o turco Suha Yeneguil. Assim,
mais uma vez o piloto português
João Filipe Carvalho, teve ao seu
lado Suha Yeneguil, assim como
nas etapas de Van. Depois de conseguirem a sexta colocação para a
largada de sábado, a dupla tinha
grande esperança de um bom resultado para subir na classificação
geral durante o fim-de-semana
em Mersín. Mas nada como um
imprevisto, para literalmente água
abaixo as esperanças da dupla e
da equipa. A perda do motor no
meio da curva ao final da grande reta do circuito, acabou com o
barco nº27 virado. O barco Yuka
com que corre a GHB Offshore
Racing é um dos mais seguros nas
classes offshore da UIM, sendo o
único com sistema de airbag para
facilitar o salvamento. Os pilotos
saíram rapidamente do cockpit,
primeiro Suha, seguido por João
Filipe, antes mesmo das equipas
de resgate chegarem ao barco.
Segundo o depoimento do piloto
João Filipe: ”o barco de repente
ficou sem direcção e virou numa
fracção de segundo. Ficamos tranquilos, soltamos os cintos de segurança e o Suha abriu a escotilha de
saída, por onde passamos rapidamente. Nem usamos oxigénio, não
foi necessário tal a rapidez com
que saímos do cockpit.”
Equipa sem motor
não participa
da segunda prova
em Mersín
Apesar dos esforços ilimitados
dos mergulhadores da Equipa de
Resgate da prova, não foi possível
localizar o motor Evinrude 225HO
que soltou do barco nº27 da GHB
Offshore Racing. Com águas turvas e terreno de lodo com 6 metros de profundidade, tornou-se
um trabalho difícil a busca pelo
motor. Foram necessários 4 dias
de buscas feitas pela equipe de
Ugur Isik conversa com João Filipe sobre o acidente
resgate e nos dois dias seguintes
pela Guarda Costeira Turca, que
terminou por resgatar o motor. O
acidente não teve culpado, mas
representou um grande prejuízo
para a Equipa, afirma Gustavo
Bahia, dono da GHB Offshore Racing. “Num ano onde lutamos toda
temporada para conseguir outros
patrocinadores, esse acidente foi
uma grande perda financeira para
equipa.”
Mesmo tendo virado numa das provas em Mersin o Besiktas continua na vice liderança do campeonato
Besiktas vira
o barco no sábado,
mas consegue
recuperar motor
Outra equipa a ter um sábado difícil foi a Besiktas do barco nº3
da dupla Murat Leki/Tugberk Uca
que viraram o barco na entrada
da grande reta do circuito. Os pilotos foram resgatados sem problemas, apesar de Murat Leki ter
sofrido um corte no rosto ao sair
do cockpit. Atendido pelo serviço
médico da prova foi posteriormen-
2012 Outubro 310
33
Motonáutica
decidiu abandonar o campeonato
e já não compareceram para as
provas em Mersín. A equipa estava posicionada em terceiro lugar
com 706 pontos obtidos nas etapas anteriores. Os comentários no
Paddock davam como o possível
motivo para essa decisão o rompimento da amizade entre a dupla
Ilker Ozmen e Umur Duyar.
Barco 33 tornou-se bastante competitivo após as provas de Mersin
GHB Offshore Racing com Carrasquillo
e motor em Gaziantep
As duas etapas realizadas a 29/30
de Setembro em Gaziantep, teve
a GHB Offshore Racing de volta
com a dupla oficial João Filipe
(POR) / Juan Carrasquillo (PR) e
o motor resgatado totalmente revisado em estado de novo. Sem
tempo de poder realizar treinos
antes da prova, o motor teve que
ser amaciado durante os treinos
de classificação e a prova de sábado. Mesmo assim a dupla chegou em sexto lugar. Na prova de
domingo, o motor apresentou problemas de limitação nas rotações,
fazendo com que a dupla nada
pudesse fazer além de terminar a
prova, alcançando a sétima posição.
Equipa Galatasarayli
vira em Gaziantep
Outro acidente sem maiores problemas aconteceu com o barco
nº5 da equipa Galatasarayli, que
nesse final de semana não contou
com a dupla italiana Giacomo Casagni/Francesco Radaelli. A equipa usou a dupla Max Dessaux (E)/
Selcuk Oral (T) que virou o barco
na 20ª volta.
Com o motor recuperado mas ainda em rodagem não permitiu o desempenho a cem por cento em Gaziantep
te encaminhado ao Hospital local,
onde levou 3 pontos. Mesmo com
o acidente o Besiktas ainda conseguiu se classificar em sexto na
prova com 15 voltas completadas
das 19 totais da prova. A equipa
conseguiu revisar o motor e a dupla voltou a competição já no dia
seguinte, terminando a prova na
sétima colocação.
O barco 5 virou na prova do sábado em Gaziantep
34
2012 Outubro 310
Equipa Lenore
abandona
o campeonato
Uma das mais bem equipadas
equipas turcas, a Lenore Racing,
Campeonato terá
etapas finais
em Istambul
Nos próximos dias 19/20 de Outubro, em Istambul, serão realizadas
as etapas 13ª e 14ª do 10º Isiklar
UIM World Offshore 225 Championship, o maior campeonato de
uma classe offshore da UIM. Promovido e organizado pelo Istanbul
Offshore Club esse prestigioso
campeonato já chegou a ter 20
etapas realizadas em 2010, um
record e um exemplo para qualquer Promotor de categorias da
UIM. Em 2012, recebeu a primeira equipa 100% internacional, a
GHB Offshore Racing, com uma
dupla de pilotos de Portugal e
Porto Rico, factos ainda inéditos
na categoria. A categoria teve
competições até esse ano apenas na Turquia, onde foi criada e
desenvolvida, visitando cidades
espectaculares e oferecendo aos
participantes um tesouro de história e cultura.
2012 Outubro 310
35
Jet-Ski
Campeonato Mundial de Jet Ski UIM 2012
Stefania Balzer Sagra-se Campeã
do Mundo Pela Segunda Vez
Foi no passado dia 5 de Outubro, em Liuzhou, China, que Stefania Balzer repetiu
a proeza do ano 2010, sagrando-se pela segunda vez Campeã Mundial de Jet Ski
na categoria Ski Division Women F1.
Stefania Balzer, Campeã do Mundo
O
Campeonato teve
um total de três
etapas que se realizaram no Qatar,
Itália e China e Stefania Balzer
manteve-se no primeiro lugar
desde a primeira, mostrando
que estava determinada a vencer o segundo título da sua carreira desportiva e o primeiro na
classe Ski Division. Antes desta
última corrida, Stefania tinha a
pontuação mais alta do campeonato mas o triunfo no Grande
Prémio era decisivo para vencer as outras duas candidatas
ao título, Julie Bulteau e Pija
Summer, e depois da má prestação que teve em 2011 nesta
mesma etapa, Stefania sabia
que teria que concentrar-se ao
máximo e aproveitar todas as
36
oportunidades.
A prova realizou-se no rio
Liujiang e o tempo esteve bom
durante os três dias de competição, condições favoráveis para
Stefania que está habituada
a treinar no Rio Arade, no Algarve, sempre com condições
meteorológicas favoráveis. Tal
como na corrida da Itália, a
classe feminina e a masculina
competiam na mesma altura, o
que apresentou mais uma dificuldade na corrida ao título.
1ª na Pole Position
Feminina e 4ª na Geral
No primeiro dia da competição
realizaram-se os treinos e a pole
position em que Stefania Balzer
conseguiu um espectacular
2012 Outubro 310
Mais um Mundial para Stefania
Jet-Ski
quarto lugar na geral e primeiro na classe feminina com Pija
Summer em segundo e a Chinesa Li Qianqian em terceiro.
“Sabia que era importante não
só conseguir o primeiro lugar da
minha classe mas também conseguir um bom tempo na geral
porque assim teria a hipótese
de ficar separada das minhas
adversárias na partida e foi isso
que acabou por acontecer, fui a
única piloto da classe feminina
a partir da linha da frente” – disse Stefania Balzer.
No dia 4 realizou-se a primeira manga da competição,
Stefania arrancou em primeiro
da Women F1 e manteve a liderança até ao fim, controlando
a distância da piloto Eslovena,
Pija Summer, que se encontrava em segundo. Em terceiro
ficou a piloto chinesa Li Qianqian.
Na Segunda Manga
Precisava
apenas
de um Ponto
Depois da vitória na primeira
manga, Stefania precisava de
apenas um ponto para se sagrar Campeã do Mundo e para
isso só necessitava de cortar a
meta, mas queria também a vitória na corrida. Mais uma vez
arrancou da linha da frente e
fez uma partida brilhante, provando que a sua moto, preparada pela equipa de mecânicos
da Angel Pilot, está entre as
motos mais fortes do campeonato. Nas primeiras voltas tentou marcar alguma distância da
segunda classificada e depois
teve apenas que controlar essa
distância e tentar poupar o motor para evitar avarias até ao
Em Liuzhou, na China Stefania andou sempre à frente
final da corrida. Stefania manteve o primeiro lugar até ao fim,
vencendo o Grande Prémio da
China e sagrando-se Campeã
Mundial de Jet Ski 2012.
Após a entrega de prémios,
Stefania Balzer agradeceu todo
o apoio que teve ao longo da
temporada 2012, aos patrocinadores Angel Pilot, Valvoline,
Kiss FM e La Dolce Vita Buffet,
à equipa Angel Pilot, à organização, à Federação Portuguesa
de Motonáutica, à família e amigos e em especial a Emanuele
Balzer que estava em terceiro
lugar no campeonato mas não
participou nesta última etapa
devido a uma lesão no joelho e
acabou por descer para o quinto lugar.
Os quatro Medahas de Ouro
Stefania Balzer com a sua Medalha de Ouro
Todos os premiiados das quatro classe
2012 Outubro 310
37
Jet-Ski
Campeonato do Mundo de Jet Ski - World Finals IJSBA
Henrique Rosa Gomes
com Ouro, Prata e Bronze
Henrique Rosa Gomes,
foi medalhado em três classes
A equipa de Portugal, formada pela Federação Portuguesa de Jet Ski, teve uma
participação brilhante nas World Finals de Jet Ski que se disputaram entre os
dias 1 e 7 de Outubro.
N
a cidade norteamericana de Lake
Havasu, com Henrique Rosa Gomes
em grande destaque, pois con-
quistou medalhas em todas as
classes que disputou, Mariana
Pontes foi medalha de prata e
Tiago Sousa, medalha de bronze.
Disputada há 31 anos em
Lake Havasu, cidade localizada
no Condado de Mohave no estado do Arizona, as World Finals
representam todos os anos um
Henrique Rosa Gomes no pódio de Lake Havasu
38
2012 Outubro 310
exigente teste que dura durante
uma semana de competição.
A equipa portuguesa constituída por quatro pilotos, Henrique
Pereira Rosa, Tiago Sousa, Beatriz Curtinhal e Mariana Pontes,
teve ainda uma participante convidada pela Federação, a juvenil
Beatriz Truta, que foi marcar presença na classe Novice Women,
depois de ter sido campeã nacional de juvenis femininos.
O palmarés dos quatro pilotos
portugueses era uma forte razão
para acreditar numa boa prestação nestas competições.
Tiago Sousa, em 2011 foi vicecampeão do mundo e em 2012
sagrou-se campeão europeu.
Competiu na classe principal Pro
Ski Open, considerada a classe
rainha do campeonato masculino
de Jetski e terminou no 3º lugar,
conquistando a medalha de bronze.
Beatriz Curtinhal, foi vicecampeã europeia em 2010 e foi
campeã do mundo na classe Novice Women, a classe anterior à
Pro-Am Women Ski Limited. Participou na classe Pro-Am Women
Ski Limited, a classe principal do
campeonato feminino e terminou
Jet-Ski
em 7º lugar.
Mariana Pontes, ficou na terceira posição no Campeonato da
Europa deste ano e foi vice-campeã do mundo de Novice Women
em 2011. Agora concorreu na
mesma classe e conquistou, mais
uma vez, a medalha de vice-campeã mundial.
Henrique Rosa Gomes este
ano foi vice-campeão europeu de
Juniores e em 2011 foi campeão
do Mundo de Juniores e de Slalom. Participou agora nos USA
em três classes, Júnior Lites, Slalom e Amateurs e conquistou medalhas em todas, pois no final foi
campeão mundial em SKI Júnior
Lites, vice-campeão mundial SKI
Amateur e terminou em 3º lugar
em Slalon Junior
Beatriz Truta, na sua primeira
experiência internacional, terminou em 9º lugar na classe SKI
Novice Women.
No final, a participação portuguesa nas World Finals de 2012
foi brilhante, pois com apenas
quatro pilotos, ouve cinco subidas ao pódio.
Em Lake Havasu, o nivel de
competição nas World Finals tem
vindo sempre a crescer, tanto no
número de concorrentes, como
na sua qualidade.
As provas eram disputadas
com 20 a 40 participantes e requerem muita perícia e coragem
a todos os pilotos
A equipa de Portugal teve
sempre um grande apoio, com
uma boa claque de portugueses.
A falange de apoio à seleção,
formada por pilotos e ex pilotos e
ainda pessoas ligadas e apaixonadas pela modalidade, esteve
presente em Lake Havasu.
Lake Havasu
Tiago Sousa, medalha de bronze, na categoria raínha das World Finals
Mariana Pontes no pódio em Lake Havasu
Beatriz Curtinhal
2012 Outubro 310
39
Jet-Ski
Mariana Pontes vice-campeã mundial
As World Finals
As World Finals são compostas
por uma exigente semana de provas que se disputam há 31 anos
seguidos no mesmo local – o
que não acontece por acaso. Tal
como o nome sugere, a cidade
de Lake Havasu oferece um lago
com excelentes condições para a
prática da modalidade do Jetski e
dispõe de condições meteorológicas que convidam à prática de
desportos náuticos durante todo
o ano. Além das provas finais do
Campeonato Mundial de Jetski,
Lake Havasu city acolhe também
diversos torneios de pesca profissional e serve de palco para inúmeras regatas.
Fundada em 1963, embora
a cidade seja ainda jovem, está
Beatriz Truta
40
2012 Outubro 310
localizada paredes meias com a
Califórnia, o que contribuiu para
se formar rapidamente uma grande envolvência e tradição em
Lake Havasu. Atualmente, a cidade está fortemente relacionada
com atividades tão diversas que
vão deste a indústria às lojas,
passando pelas oficinas. Não
menos importante, a cidade dispõe da segunda atração turística
mais procurada em todo o estado do Arizona, a seguir ao Grand
Canyon. Trata-se da London
Bridge, uma ponte que a partir de
1968 foi desmontada em Londres,
onde servia sobre o rio Tamisa, e
foi transportada e reconstruída no
local, tendo sido aberta ao público em 1971.
Apoios e Patrocínios
O Campeonato Mundial de Jetski
contou com o apoio dos patrocinadores Marietel, PT Negócios,
Yamaha, Inatel e Saúde CUF.
A Federação Nacional de
Jetski, e o campeonato mundial,
contaram também com duas áreas de parceria. Para a comunicação interna e mediática, a Federação conta com a EDC (www.
edc.pt).
Tiago Sousa, Beatriz Curtinhal
e Beatriz Truta correm como pilotos oficiais da JetskiNworld.
Jet-Ski
Team Angel Pilot
Alessandro Balzer Continua Campeão
O Jet Ski nasceu nos EUA, em finais dos
anos 70, chegando a Portugal por volta
de 1986. Alessandro Balzer foi o pioneiro
neste desporto em Portugal e na Europa,
começando a sua carreira em 1990 e subiu
ao pódio logo no seu primeiro evento.
E
specializou-se a preparar os seus Jet Skis
e a ganhar provas e
em 1991 fundou a
Angel Pilot, tornando-se o primeiro
em Portugal, e um dos primeiros
na Europa na comercialização e
assistência a este novo produto.
Durante os 15 anos dedicados à
modalidade como piloto profissional de corridas, alcançou sempre
os primeiros lugares, tornando-se
campeão do mundo Offshore em
1999 e 2004 em França e Espanha.
Ao conquistar mais de 20 títulos
nacionais e europeus em diferentes
classes, Alessandro Balzer tornouse o melhor piloto em Portugal de
todos os tempos e um dos melhores do Mundo.
Entretanto, em virtude da sua
inigualável experiência e qualidades de líder, deu início à formação
de novos pilotos jovens e criou várias equipas que foram saindo sempre vitoriosas.
Desde 2009, a equipa começou
a contar também com os filhos do
fundador, Emanuele e Stefania, que
rapidamente se iniciam igualmente
a conquistar títulos.
A partir de 2011 o Team Angel
Pilot, passa a concentrar todos os
esforços para as provas internacionais, em particular no Tour do
Campeonato do Mundo da UIM. E
as vitórias do Team Angel Pilot não
param.
Stefania Balzer
Emanuele Balzer
2012 Outubro 310
41
Surf
Euro Surf junior 2012 - Lacanau, França
Portugal de Bronze na Festa Francesa
A selecção nacional de Surf Juniores
Não foi desta que a Selecção Nacional comandada por José Manuel Braga conseguiu conquistar o título europeu de juniores, que decorreu entre os dias 10 e
16 de Setembro em Lacanau, França, tendo de se contentar com o bronze, atrás
da Espanha, numa jornada completamente dominada pelas cores francesas, que
sagraram seis campeões europeus individuais em oito categorias possíveis.
O seleccionador nacional José Manuel Braga
42
2012 Outubro 310
Vasco Ribeiro foi medalha de bronze
Surf
N
Seis portugueses
na luta pelas
medalhas
Portugal acabou por colocar seis
atletas nas finalíssimas em luta
pelas medalhas.
Vasco Ribeiro chegou à finalíssima de surf sub-18, mas Carina Duarte perdeu a final de qualificação e a final de repescagem,
Pedro Neto Silva conquistou a medalha de prata
ambas em quarto posto. Um final
de percurso inglório para uma
surfista que protagonizou algumas das melhores exibições do
torneio feminino sub-18.
Entretanto, Tomás Fernandes
e João Moreira que haviam caído para as repescagens, também recuperaram e chegaram
às finalíssimas de surf sub-16 e
sub-14, respectivamente, pelo
que também estiveram na luta
pelas medalhas e pelos pontos
para Portugal.
No bodyboard, foi excelente a
prestação dos portugueses: Pedro Neto Silva (sub-18) e Miguel
Adão (sub-16) que conquistaram
também o direito de participar na
finalíssima.
Mas no final
a festa foi para
a equipa da casa
Os franceses preencheram bem
com atletas todas as finais e
bateram-se fortemente em todas
Fotografia: João Serpa
o entanto, a Selecção Nacional
entrou a ganhar
em todas as
frentes logo no início da prova,
marcando bem a sua posição de
vice-campeã da Europa. Madalena Pereira (bodyboard-sub-18),
Miguel Adão e Frederico Sena
(bodyboard sub-16), Guilherme
Fonseca e Tomás Fernandes
(surf sub-16) e João Moreira e
Jácome Correia, arrasaram as
ondas gaulesas, vencendo todos
os seus heats em que participaram
Também na estreia, Vasco
Ribeiro, a mais mediática figura
da equipa de Portugal, vice-campeão mundial de surf do Panamá
(em Maio), esteve à altura dos
seus créditos e venceu o único
heat em que participou hoje.
No mesmo escalão, Miguel
Blanco também esteve com nota
muito positiva, vencendo o seu
heat destacadamente.
Igualmente em dia de estreia, Carina Duarte e Constança
Coutinho não deram hipótese à
concorrência, passando as suas
baterias em primeiro lugar e passando à segunda ronda de qualificação de surf sub-18 feminino.
No bodyboard sub-18, Bernardo Machado e Pedro Neto
Silva passaram os dois heats e
chegaram com à terceira ronda
de qualificação como como toda
a equipa..
Porém, ao chegar à terceira
ronda a equipa nacional começa a ceder. No surf, o destaque
continua inteiro para Vasco Ribeiro (sub-18) e Carina Duarte
(sub-18 fem), que conseguiram
lugares nas respectivas finais
de qualificação, bem como para
Madalena Pereira em bodyboard
feminino sub-18.
Em bodyboard sub-18, Pedro
Neto Silva qualificou-se directamente para a final de qualificação e o mesmo sucedeu no
bodyboard sub-16 com Miguel
Adão.
Os outros elementos da equipa acabaram por ceder.
Miguel Adao terminou com a medalha de prata
2012 Outubro 310
43
Surf
Madalena Pereira ganhou a medalha de prata
elas.
Face a esta avalanche tricolor, os portugueses conseguiram três medalhas de prata
e uma de bronze, com Pedro
Neto Silva (bodyboard sub-18),
Madalena Pereira (bodyboard
feminino sub-18) e Miguel Adão
(bodyboard sub-16) a subirem
ao segundo lugar das respectivas categorias e Vasco Ribeiro
a ser surpreendido pelos irmãos
Cloarec, Nelson e Tom e a ter de
contentar-se com o bronze.
As categorias de surf sub-18
e sub-18 feminina foram, aliás,
a ilustração perfeita do domínio
francês, com os atletas da casa
a conquistarem ouro e prata em
ambas.
Referência para o triunfo de
Josephine Costes, irmã do campeão mundial profissional de
bodyboard, Pierre-Louis Costes,
residente em Portugal.
Mas voltando a Vasco Ribeiro, a coqueluche do surf português foi impotente para travar
Madalena Pereira
44
2012 Outubro 310
Vasco Ribeiro
Pedro Neto Silva
Surf
Miguel Adão
um inspiradíssimo Tom Cloarec
que, vindo das repescagens, somou um score total de 19,10 em
20 possíveis. Uma bateria para
recordar por parte do jovem gaulês que Vasco já havia batido a
caminho desta finalíssima.
No balanço final, José Manuel
Braga, lamenta o bronze, mas
salienta a experiência altamente
positiva para “a melhor equipa
que já tivemos”:
“Já sabíamos desde ontem
que os franceses tinham a vitória
nas mãos, pois estávamos a 640
pontos deles, pelo que lutávamos agora pelo segundo lugar.
Infelizmente, as contas saíram-nos furadas, com a machadada final a ser dada no heat do
Vasco, com os dois franceses a
surfarem como nunca surfaram
na vida.
Isso e a eliminação da Carina Duarte acabou por nos trair.
No caso da Carina, devo dizer
que o seu desempenho na final
de qualificação foi mal pontuado
e, depois, na repescagem, não
conseguiu encontrar-se face à
marcação impiedosa das espanholas.”
Carina Duarte mal pontuada terminou em 4ª
Tomás Fernandes
O Seleccionador lamenta ainda a falta de “fair play” dos anfitriões:
“Fomos muito mal recebidos,
com os atletas franceses a ameaçar-nos na praia e a cultivar um
péssimo ambiente, chegando-nos
a dizer que iam ganhar para ‘desforra’ da nossa vitória no Eurosurf
da Irlanda, o ano passado. Acho
inconcebível que se passem sentimentos e atitudes destas para
atletas jovens, em formação.
Em contrapartida, posso dizer
que esta é a melhor equipa que
já orientei, com uma dedicação,
entrega e concentração inexcedíveis. Podemos ter perdido o Eurojunior mas ganhámos aqui um
excelente lote de atletas para o
futuro das nossas Selecções.”
Miguel Blanco
Constança Coutinho
2012 Outubro 310
45
Surf
EDP Surf Pro Estoril 2012 Presented by Billabong
Justine Dupont Vence
Mundial de Surf
em Cascais
A francesa Justine Dupont foi a vencedora
A surfista francesa Justine Dupont, de 21 anos, venceu a prova de 6 estrelas do
circuito mundial de surf feminino de qualificação que terminou no Sábado dia
22 de Setembro em Carcavelos, com ondas de um metro, fortes e que proporcionaram
um bom espectáculo ao muito público esteve presente ao longo do dia.
A
surfista francesa,
que em 2012 competiu pela primeira
vez na elite mundial, mas que uma lesão no início
do ano não deixou mostrar todo
o seu potencial nesse circuito,
voltou assim a um bom momento
de forma, tornando-se também a
primeira atleta europeia a vencer
um evento desta importância.
“Estou super feliz,” afirmou a
simpática surfista de Lacanau.
“Este é o meu melhor resultado
até agora e foi muito bom poder contar com todas as minhas
amigas a apoiarem-me na praia,
a incentivarem-me a cada onda.
Justine Dupont mostra o cheque de 8.000 USD
46
2012 Outubro 310
Sei que é difícil e que já só falta
uma etapa, mas agora vou tentar requalificar-me nos Açores...
afinal até foi lá que consegui a
entrada no WCT, no ano passado,” concluiu Justine.
Dupont bateu na final a sorridente havaiana Nage Melamed,
de 18 anos, que foi a maior surpresa de todo o evento, ao eliminar nomes de peso do surf mundial para chegar pela primeira
vez a uma final numa etapa de 6
estrelas. Aí, acabou por lhe faltar
uma onda boa para vencer, mas
Melamed não deixou de sorrir
com a sua prestação.
“É claro que gostaria de ter
vencido, mas este não deixa de
ser o meu melhor resultado de
sempre no circuito mundial. Já
no ano passado tinha conseguido um 5º lugar nesta prova, que
é espectacular e tem sempre um
óptimo ambiente. Estou bastante
motivada com este resultado e
só espero que o bom momento
de forma continue... para o ano
estou cá novamente,” comentou
a jovem havaiana.
Nas meias-finais, em terceiro lugar ex-aequo, ficaram duas
veteranas do circuito principal,
Surf
Fotografia poullenot/aspeurope.com - carlospintophoto.com - Ricardo Santos - Francisco Branquinho
a australiana Rebecca Woods,
de 28 anos e a peruana Sofia
Mulanovich, de 29 anos, campeã mundial em 2004. Ambas se
destacaram ao longo da prova
(Woods foi mesmo a responsável pelo maior score do evento
– 16.50 em 20 pontos possíveis), mas nas meias-finais não
conseguiram ultrapassar a maior
vontade de vencer das surfistas
mais novas. No entanto, estes
resultados foram cruciais para a
eventual requalificação de ambas as atletas.
Provando o forte ataque das
surfistas francesas a esta prova,
Pauline Ado e Alizée Arnaud também conseguiram bons resultados, terminando em 5º lugar,
nos quartos de final, com boas
prestações e importantes pontos acumulados para o ranking
mundial.
A par de Ado e Arnaud ficaram ainda a muito jovem sul-africana Bianca Buitendag, que está
praticamente garantida na elite
mundial de 2013 e a australiana
Georgia Fish, uma das boas surpresas da prova.
Em 9º lugar, na fase anterior,
A havaiana Nage Melamed só perdeu na final
ficou outra jovem esperança europeia, a vice-campeã mundial
Pro Junior, Joanne Defay, bem
como Frankie Harrer, Jacqueline
Silva e Alana Blanchard, autora
da melhor onda do evento – 9.25
em 10 pontos possíveis.
Maria Abecassis, a
Melhor Portuguesa
No terceiro round, ficou a melhor
surfista portuguesa em prova,
Maria Abecasis, que não deixou
de apresentar muito bom surf e
de impressionar o júri. “Para mim
Maria Abecassis foi a melhor portuguesa
O público em Carcavelos
Os dez convidados para o Crazy Air Show
Vasco Ribeiro venceu o Crazy Air Show
2012 Outubro 310
47
Surf
o Crazy Airs Show, uma competição de manobras aéreas para
convidados, com a presença de
10 dos melhores surfistas nacionais da actualidade, vencida
pelo campeão nacional, Vasco
Ribeiro, com um Pop Shove It.
Teresa Bonvalot, vencedora individual do Troféu Nacional Feminino
foi tudo bónus, a partir do momento em que passei a primeira
bateria, por isso entrei descontraída e mostrei o que sei fazer.
Ainda consegui duas ondas de
5 pontos cada, o que me deixou
48
bastante satisfeita, pois as minhas adversárias têm muito mais
experiência,” comentou a campeã nacional, que terminou em
13º lugar, ex-aequo com a actual
líder do ranking, Sage Erickson,
2012 Outubro 310
entre outras, e com uma pontuação capaz de lhe dar a vitória,
por exemplo, na bateria anterior.
Crazy Airs Show
Antes da final realizou-se ainda
Troféu de Surf
Feminino Encerrou
Edição mais Concorrida de Sempre
Com o Troféu de Surf Feminino,
encerrou no Domingo dia 23, o
EDP Surf Pro Estoril 2012, o
maior evento de surf feminino
da Europa, depois de uma noite
recheada de música e de gente,
com concertos de Joana Lobo
Anta, Orelha Negra e 447 DJ.
O Troféu de Surf Feminino, foi
disputado num formato competitivo bastante original, organizado por equipas, com um prémio
monetário de 3.000 Euros, a distribuir pelas zonas Norte, Centro
e Sul.
Em ondas fortes, de 1m, as
cerca de 100 surfistas amadoras, distribuídas por 14 equipas,
resistiram e acabaram por dar
um grande espectáculo, digno
de claques e apoio do muito público que se deslocou à praia de
Orelha Negra à noite
Equipa Vencedora Norte
Equipa Vencedora Centro
Equipa Vencedora Sul
Surf
Carcavelos
Assim, depois de dois dias
de competição intensa, a equipa
Porto Team venceu a
Zona Norte, a Praia da Galé
foi a primeira classificada na
Zona Sul, e a Surf For
Life conquistou o primeiro lugar na concorrida Zona Centro.
A nível individual, Teresa
Bonvalot foi a grande vencedora deste troféu, mostrando um
nível de surf bastante elevado,
com direito a um tubo na final,
deixando Joana Richheimer em
segundo lugar, Mireia Martinez
em terceiro e Mariana Assis em
quarto.
O dia ficou completo com a
entrega de prémios, onde as
organizadoras, Joana e Rita Rocha, lembraram “o valor desta
experiência, que gostaríamos
servisse para incentivar todas as
participantes a continuar a lutar
pelos seus sonhos, a levar uma
vida saudável e a participar nos
eventos de surf. Este desporto é
como a vida – uns dias melhores,
outros piores... mas a persistência traz sempre recompensas
para quem acredita,” concluíram
as responsáveis por este que
foi o evento mais concorrido de
sempre organizado pela Rocksisters.
Destaque para a sustentabilidade do evento deste ano, com
Onda Estática
a reciclagem a permitir criar uma
onda estática bastante fotografada pelo público, responsabilidade de Gonçalo Osório, com cerca de 500 garrafas de plástico
consumidas durante estes três
dias.
Organização e Apoios
O EDP Surf Pro Estoril 2012 pre-
Rita e Joana Rocha
sented by Billabong foi organizado pela Rocksisters e contou
com o patrocínio do Turismo de
Portugal, Turismo Estoril, Câmara Municipal de Cascais, EDP,
Billabong e Kia Motors, bem
como com o apoio do MEO,
Comboios de Portugal, Ericeira
Surf Shop, Paez, Santini, Águas
do Vimeiro, XCult, Jardins Sintra,
Clube Recreativo e Cultural da
Quinta dos Lombos, Surf Academia e Surfsolutions, tendo ainda
como media partners a Sic Radical, Mega Hits, Jornal Metro, Lux
Woman, Sport Life, Up Magazine, That’s It, Surftotal, ONFIRE,
Puro Feeling, Análise Global e
Association of Surfing Professionals (ASP) Europe.
Público na entrega de prémios
Director: Antero dos Santos – [email protected]
Director Comercial: João Carlos Reis - [email protected]
Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith,
Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa
de Jet Ski, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf,
Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club
Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana.
Administração, Redação: Tel: 21 446 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - [email protected]
2012 Outubro 310
49
Surf
Liga MEO Prosurf 2012
Fotografia Mestre d3
Nicolau Von Rupp e Maria Abecasis
Vencem Última Etapa do Ano
Maria Abecasis venceu a Liga MEO Prosurf 2012
Terminou no dia 7 de Outubro o Caixa Geral de Depósitos Peniche Pro, a quinta e
última etapa da Liga MEO Prosurf, na praia de Supertubos, em Peniche, onde venceram
Nicolau Von Rupp e Maria Abecassis e foi a confirmação desta atleta e de Vasco
Ribeiro na vitória final da Liga MEO Prosurf 2012
N
um dia de excelentes ondas de 1,5m
e boas prestações,
Nicolau foi o surfista
mais consistente, vencendo a final
contra o amigo João Guedes, que
assim regressa aos resultados que
o viram sagrar-se campeão Nacional em 2009.
Nicolau Von Rupp, finalista derrotado na etapa anterior, desta vez
venceu mesmo a prova masculina,
com uma das maiores pontuações
do evento, subindo assim ao terceiro lugar do ranking nacional.
“Na final, entrei para dentro de
água com a mente aberta e a saber
que podia obter boas pontuações,
tanto nas esquerdas como nas direitas,” lembrou Nicolau. “Não quis
que acontecesse o mesmo que na
Figueira da Foz, no fim-de-semana
passado, onde fiz sempre as melhores pontuações ao longo da prova mas acabei em segundo. Assim,
acabei por escolher duas direitas
logo de início, onde conseguiu fa-
Nicolau Von Rupp Vencedor da 5ª Etapa
50
2012 Outubro 310
zer boas manobras de backside e
acabei por obter notas altas. Nem
estava à espera que fossem tão
altas, mas acabaram por ser essas
ondas a dar-me a vitória e estou
mesmo muito contente com isso!
A seguir tenho o campeonato de
triagens para o Rip Curl Pro, onde
gostava de conseguir o wildcard,
e depois vou continuar a correr o
circuito mundial, onde espero conseguir bons resultados já em 2013,”
concluiu.
Para chegarem à última bateria
do ano, Von Rupp e Guedes derrotaram nas meias-finais surfistas
como o júnior Miguel Blanco e o
luso-germânico Marlon Lipke, em
duas disputas acesas e também de
grande nível, com Guedes a fazer a
melhor onda da prova – 9,25 pontos
para um tubo muito profundo. Lipke
e Blanco foram terceiros classificados, naquele que foi o melhor resultado do ano para ambos.
No feminino, Maria Abecasis e
Keshia Eyre discutiram o título nacional até à última bateria do ano.
Quem ficasse melhor posicionada
na final seria campeã em 2012. Maria não vacilou e acabou por vencer
a prova de Peniche, conquistando
também o seu segundo título nacional consecutivo. Francisca Santos
foi segunda na etapa, Keshia Eyre
terceira (e vice-campeã nacional,
aos 16 anos) e Carina Duarte quarta classificada, numa final também
Surf
Vasco Ribeiro, vencedor antecipado da Liga MEO Prosurf 2012
bastante disputada.
“Acho que acusei o peso da luta
pelo título nas meias-finais, onde ia
perdendo,” comentou a agora bicampeã nacional. “Por isso entrei
para a final sabendo que não podia
pensar muito nas adversárias e sim
concentrar-me no meu surf. Felizmente correu tudo bem e isso acabou por acontecer. Venci a etapa,
conquistei o título novamente e estou muito feliz, claro! Agora é continuar a trabalhar, que para o ano há
mais,” concluiu Maria Abecasis.
vai definir o último wildcard do Rip
Curl Pro Portugal foram, por esta
ordem, Filipe Jervis, Marlon Lipke,
João Guedes, Ruben Gonzalez,
Nicolau Von Rupp, José Ferreira,
Tiago Pires no MEO
Expression Session
Logo após as finais, realizou-se
ainda a MEO Expression Session,
que encerrou esta última etapa da
Liga MEO Prosurf 2012 e que contou com a presença de Tiago Pires
e mais nove amigos por si convidados – Adriano de Souza, Dillon Perillo, Raoni Monteiro, Bruno Santos,
Ruben Gonzalez, Filipe Jervis, José
Ferreira, João Macedo e João Guedes. Após uma disputa intensa durante 45 minutos, o brasileiro Bruno
Santos acabou por vencer os 500
Euros para a melhor manobra, graças a um tubo incrível, com saída
no limite.
Já em relação ao Moche Wildcards, os dez surfistas que se qualificaram para este campeonato que
Marlon Lipke
Eduardo Fernandes, Miguel Mouzinho, Gony Zubizarreta e Miguel
Blanco, uma vez que nem Vasco
Ribeiro, nem Frederico Morais,
nem Justin Mujica (que teriam lugar
nesta lista) poderão participar, devido a compromissos internacionais.
Carina Duarte e Frederico Morais vencem
João Guedes finalista na 5ª Etapa
Miguel Blanco
A Estrutura em Peniche
2012 Outubro 310
51
Surf
estou bastante contente,” confessou.
A atleta surfou muito e alcançou
14 pontos nesta final, com a pontuação mais alta da prova feminina. Em segundo lugar ficou Maria
Abecasis, actual campeã nacional,
que fez a melhor onda (8 pontos),
em terceiro Keshia Eyre e em quarto Ana Sarmento, todas a mostrar
bom surf.
Pódio Feminino
Pódio com João Guedes e Von Rupp
quarta etapa
A quarta etapa decorreu entre os
dias 28 e 30 de Setembro, na Praia
do Cabedelo, Figueira da Foz.
Frederico Morais venceu Nicolau Von Rupp na final, alcançando
um score de 17.50 pontos (em 20
possíveis) contra os 12.50 pontos
do luso-germânico. Frederico foi
mais selectivo e preciso, terminando assim o evento com o maior total
e a melhor onda da prova (9.25 em
10 possíveis), igulando, curiosamente, o outro finalista, que tinha
Frederico Morais
52
2012 Outubro 310
conseguido o mesmo feito no segundo round. Em terceiro lugar ficaram Marlon Lipke e Vasco Ribeiro,
ambos eliminados nas meias-finais.
“Estou muito contente, pois este
foi um campeonato cheio de nível!
Nos primeiros dias as ondas foram
excelentes, hoje não tão boas, mas
quero dar os parabéns a todos”,
disse Kikas, no pódio.
A prova feminina, numa final
muito renhida, teve a presença de
três atletas da Ericeira, Carina Duarte, Keshia Eyre e Ana Sarmento,
e uma do Estoril, Maria Abecasis.
A vencedora foi Carina Duarte,
num heat muito disputado e com
as pontuações mais altas de toda a
prova feminina. Depois de ter tido
um bom desempenho nos Açores,
no dia anterior, onde conseguiu
passar um heat no Sata Airlines
Azores Pro 2012, Carina, com
poucas horas de sono, deu o máximo nesta etapa da Figueira. “Estou
muito cansada, dormi pouco, mas
Conclusão e Apoios
da Liga MEO Prosurf
Francisco Rodrigues, presidente da
Associação Nacional de Surfistas,
lembrou que “este foi um ano em
que vimos todos os melhores surfistas nacionais a competir na Liga
MEO Prosurf, com um nível muito
alto e com as novas gerações a
aproveitarem o ritmo competitivo
para se lançarem – com bons resultados – nos circuitos internacionais.
A divulgação do surf nacional atingiu níveis nunca antes vistos e os
patrocinadores também se mostraram bastante satisfeitos
com o resultado, por isso estamos já a preparar a edição de 2013.
Obrigado a todos os que participaram neste grande evento e até para
o ano!”
Todas as etapas da Liga MEO
Prosurf tiveram transmissão em
directo para os assinantes do MEO
por ADSL ou Fibra, na aplicação
MEO Surf, através do botão azul no
MEO Interativo; pela internet, em
www.meo.pt/surf ou através da página oficial de Facebook, em www.
facebook.com/LigaMeoProSurf;
bem como na TVI, através de resumos diários.
A Liga MEO Prosurf 2012 foi
uma organização da Associação
Nacional de Surfistas e da Spot da
Media Capital Entertainment, com o
patrocínio do MEO, do Moche, da
MINI e da Caixa Geral de Depósitos, os media partners TVI, Cidade
FM, Go-S.TV, GTV e Puro Feeling,
bem como os apoios do Sapo.pt,
Surftotal, Surf Portugal, ONFIRE,
Beachcam e SurFisio.
Carina Duarte
Surf
Centros de Alto Rendimento
Momento Histórico,
a Inauguração do CAR de Peniche
O primeiro de quatro Centros de Alto Rendimento de Surf foi inaugurado no
passado dia 9 de Outubro ao final da tarde em Peniche, numa cerimónia conduzida
pelo presidente da Câmara Municipal, António José Correia.
O Presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia conduziu a cerimónia na qual estiveram dois Secretários de Estado, entre outras individualidades
N
uma demonstração
da importância dos
CAR de Surf, para
o desenvolvimento
da modalidade e da economia regional, no ato da inauguração estiveram presentes o Secretário de
Estado da Juventude e Desporto,
Alexandre Mestre, o Secretário
de Estado para a Economia e Desenvolvimento Regional, António
Almeida Henriques, o presidente
do IPDJ, António Baganha, o presidente da Federação Portuguesa de
Surf, João Guilherme Bastos, António Almeida Henriques e Helena
Pinheiro de Azevedo, do Programa
de Valorização do Território.
O CAR de Peniche, com lotação
para 30 atletas, está dotado de 7
quartos e equipamentos de apoio
para surfistas de alto rendimento,
mas também está preparado para
trabalhar com o clube local, Península de Peniche Surf Clube e outras
entidades públicas e privadas, estando prevista, nessa lógia, a articulação com o Desporto Escolar
e Ensino Superior, ou com Federações estrangeiras e até marcas
internacionais, conforme explicou o
presidente da Câmara de Peniche,
António José Correia, unanimemente reconhecido como grande
dinamizador dos desportos de ondas no concelho.
Por sua vez, o presidente da
FPS, Guilherme Bastos, congratulou-se pelo momento histórico que
se estava a viver naquele momento:
“Comparo este momento a uma
onda de Miguel Ximenes, em 2005,
quando nos sagrámos campeões
europeus pela primeira vez desde
que assumi a presidência da Federação. Normalmente, só atletas
de alta competição têm esta sensação, mas eu partilhei-a e, como
eles, logo senti a responsabilidade
de trabalhar cada vez mais, com
mais rigor, para fazer jus a esse
momento. Desde aí, conquistámos
mais títulos, europeus e mundiais,
mas a inauguração deste CAR é
em tudo semelhante a esses
momentos.”
O presidente da FPS aproveitou para agradecer a todos
os envolvidos num processo
iniciado em 2008 e que deverá
ficar concluído até final do ano,
com a inauguração dos CARs
de Viana do Castelo, Nazaré e
Aveiro, nomeadamente ao staff
da FPS, com destaque para o
DTN Rui Félix; à Secretaria de
Estado da Juventude e Desporto, ao IPDJ e à Câmara de Peniche, na pessoa do “inexcedível”
António José Correia.
Finalmente, o presidente da
FPS deixou uma mensagem:
“Esta é uma casa para ser
utilizada por todos os praticantes
de desportos de ondas, independentemente do seu nível e origem.
Venham e utilizem-na porque esta
casa não é nossa, é de todos!”
2012 Outubro 310
53
Surf
Sata Arlines Azores Pro- Feminino
Fotografia Masurel/aspeurope.com
Bianca Buitendag Vence Prova Feminina
A jovem sul-africana Bianca Buitendag, de 18 anos, venceu a fional em 29 de Setembro,
do SATA Airlines Azores Pro 2012, a última etapa do circuito mundial de surf de
qualificação feminino, conquistando 8.000 dólares de prize-money e 3500 pontos
para o seu ranking final. Bianca Buitendag, sul-africana, foi a vencedora do SATA Airlines Azores Pro Feminino
A
surfista, que há dois
anos já tinha surpreendido nos Açores
com um 5º lugar, voltou este ano para dominar uma
prova disputada, com boas ondas
de 1m a 1,5m, nos Areais de Santa
Bárbara, na Ribeira Grande.
Bianca não acusou minimamente o esforço de competir em seis
baterias ao longo do dia, mostrando
ser, em todas as fases, a atleta mais
forte. Começou a competição no primeiro heat do dia, às 7h30m, com a
melhor nota de todo o campeonato
(9,5 em 10 pontos possíveis) e terminou a final perto das 19h, com o
maior total da prova – 16,76 pontos
em 20 possíveis. “Eu sabia que já
estava qualificada para o WCT feminino do ano que vem, mas tenho
andado a treinar a consistência e
A havaiana Alana Blanchard foii semi finalista
54
2012 Outubro 310
tudo acabou por dar certo aqui nos
Açores,” comentou Buitendag. “Estou obviamente muito feliz com esta
vitória, que é a minha segunda do
ano.,” concluiu a vencedora, que
assim subiu à segunda posição do
ranking mundial de acesso, atrás
da Sage Erickson.
Na final, Bianca derrotou a francesa Pauline Ado, que foi muito
consistente e determinada até ali,
mas que na última bateria da prova
acusou algum cansaço.
Carina Duarte em 19ª
Foi um dia de emoções fortes para
as atletas que tinham hipóteses de
se qualificar para a elite mundial
feminina do ano que vem! Entre
as candidatas, a veterana brasileira Jacqueline Silva perdeu logo na
primeira fase, bem como outra jo-
A australiana Philippa Anderson chegou às semi finais
Surf
A francesa Pauline Ado atingiu a final
vem esperança sul-africana, Sarah
Baum, vítima da campeã nacional
Pro Junior portuguesa, Carina Duarte.
Carina foi assim a melhor portuguesa em prova, com um honroso
19º lugar, acabando por ser eliminada na segunda fase.
A havaiana Alana Blanchard,
alcançou as meias-finais nos Açores, onde perdeu e ficou no terceiro
lugar, a par da australiana Philippa
Anderson. Com o seu segundo melhor resultado do ano, Blanchard regressa à elite mundial em 2013
Justine Dupont, vencedora da
etapa anterior e que em 2011 conseguiu a qualificação para o WCT
deste ano precisamente nos Açores, perdeu no terceiro round, não
conseguindo também a qualificação para 2013.
O SATA Airlines Azores Pro
2012, este ano foi uma oportunidade dupla, para ver o melhor surf
mundial em ondas portuguesas,
com a prova masculina já disputada, no início de Setembro, e a feminina concluda no final do mês, no
mesmo local.
Rodrigo Herédia, director de prova, faz um balanço “muito positivo
desta prova, com um final de boas
ondas, surf de altíssimo nível, muita
emoção e um recorde batido – nunca antes se tinha feito uma etapa
Carina Duarte terminou no honroso 19º lugar
A veterana australiana Rebecca Woods atingiu os quartos e continua no nono ano na elite mundial
de seis estrelas da ASP num só dia!
Para o ano espero que os melhores surfistas do mundo voltem aos
Açores, mas tudo vai depender da
continuação do apoio do Governo
Regional, que tem sido imprescindível. Este ano há eleições regionais,
mas estou convicto que qualquer
governo eleito dará continuidade a
um evento que traz enormes maisvalias aos Açores,” lembrou o em-
presário e ex-campeão da Europa
de surf.
O evento teve transmissão em
directo para os assinantes do MEO
por ADSL ou Fibra, na aplicação
MEO Surf, através do botão azul
no MEO Interativo; e na internet,
através dos sites www.aspeurope.
com e www.mochewildsports.sapo.
pt/sata-azores/.
O SATA Airlines Azores Pro foi
organizado pela DAAZ Eventos e
pela USBA (União de Surfistas e
Bodyboarders dos Açores), contou
com o patrocínio da SATA Airlines,
do Turismo dos Açores, Câmara
Municipal da Ribeira Grande, Sumol, Moche, ainda com os apoios
do Hotel Vip Executive Açores,
FUEL TV como canal oficial, RFM,
RTP, Jornal i, Surf Total, Surf Portugal e ONFIRE.
Bianca Buitendag no pódio com o cheque
O público
2012 Outubro 310
55
Surf
Notícias da Associação Nacional de Surfistas
Hugo Maia Vence Prémio “MOCHE
Surfista do Mês” de Agosto
A Associação Nacional de Surfistas e a MOCHE decidiram atribuir o prémio “MOCHE
Surfista do Mês” de Agosto a Hugo Maia, surfista adaptado que, apesar das suas
dificuldades motoras, continua a mostrar destreza na habilidade de surfar.
A
atribuição do prémio coincidiu com
o dia em que se
iniciaram os Jogos
Paralímpicos em Londres. Este
prémio pretende também passar uma mensagem de encorajamento, esforço e orgulho para
todos os surfistas adaptados do
país, mostrando assim que o
surf é um desporto de todos independentemente de eventuais
limitações de qualquer ordem
ou natureza.
Sobre a sua distinção do prémio “MOCHE Surfista do Mês”,
Hugo Maia referiu que “sintome não só surpreso como honrado pela distinção, mas acima
de tudo satisfeito pelo Surf
Adaptado começar a ser
reconhecido por instituições ligadas ao Surf Nacional como
a ANS, razão pela qual quero
agradecer a todos e também
aos que contribuíram para esta
minha nova paixão e evolução Associação Salvador, Tiago Rodrigues, Duckdive entre outros
-. Este prémio motivar-me-á
certamente a querer evoluir
mais e melhor para que possa
contribuir, enquanto atleta, para
um futuro próspero e um possível quadro competitivo desta
modalidade fantástica.” Hugo
Maia é cada vez mais uma presença assídua nas praias, tendo participado no Surf For All
2012, onde impressionou com
a sua vontade e prestação nas
ondas da Caparica.
O prémio “MOCHE Surfista
do Mês” visa distinguir o(a) surfista Português(a) e/ou personalidades que trabalham em prol do
Surf com influência e contribuição positiva no desenvolvimento
da modalidade a nível nacional e
internacional, incluindo os domínios desportivos, ambientais ou
sociais, e projectos industriais ou
associativos directa e exclusivamente ligados ao Surf.
Em 2012, será uma distinção
que acontece mensalmente entre os meses de Junho a
Novembro, atribuindo um Blackberry Curve 8520 ao premiado.
Carina Duarte e Francisco Alves Vencem MOCHE Projunior 2012
O
MOCHE Projunior 2012 realizou-se no passado dia 22 de setembro na
Praia Internacional no Porto, onde Francisco Alves, da Costa da Caparica,
e Carina Duarte, da Ericeira, se sagraram campeões nacionais sub-20.
Demos a palavra a ambos para perceber as peripécias de cada um deles até à
ambicionada vitória final. “Eu estava a participar numa etapa do WQS no Estoril
e só fui para o Porto no Sábado, directamente para o meu heat!” referiu Carina,
56
2012 Outubro 310
agora a tri-campeã nacional Projunior. O Francisco responde mais tranquilamente
acrescentando que “a viagem até à final correu bastante bem!”.
Na categoria masculina, as idades misturavam-se com os jovens Guilherme Fonseca e Tomás Fernandes, a intrometerem-se pelo meio dos mais experientes José
Ferreira (campeão nacional Projunior 2011), e Francisco Alves.
Na categoria feminina, a experiência equilibrava-se entre Maria Abecasis, Ana
Sarmento e Carina Duarte, às quais se juntava Camila Kemp, que cada vez mais
surge em fases finais das competições nacionais.
Nos restantes lugares em masculinos, ficaram José Ferreira em 2º lugar, Tomás
Fernandes 3º e Guilherme Fonseca 4º lugar.
Quanto às meninas, Maria Abecasis foi 2ª, Camila Kemp 3ª e Ana Sarmento 4ª.
Tanto Carina Duarte como Francisco Alves ainda são juniores na próxima época,
mas, quanto ao interesse de terem garantido o título já este ano, a perspectiva
feminina é que “o Projunior é um campeonato muito importante pois só tem
um escalão, onde muitos bons atletas que competem já passaram a categoria
sub-18 e assim conseguem mostrar todo o seu valor” sendo que no masculino “o
título nacional é sem dúvida uma ambição de todos enquanto juniores, portanto
estou muito feliz por o ter na minha carreira!”. Nas palavras de Carina: “o título
é sempre importante!”.
Ambos os surfistas deixam uma mensagem para todos sendo que Carina, procurando incentivar as restantes meninas, disse que “gostava de ver mais raparigas
a competir nesta prova e mais etapas” e Francisco foca o trabalho de todos à
volta dele e agradeceu “aos meus patrocinadores que me tem apoiado bastante,
família e treinadores!”
Surf
Notícias do Surf Club de Viana
Surf Clube de Viana Leva o Surf
a Milhares de Pessoas
O Surf Clube de Viana, fundado em 1989, tem desenvolvido um vasto leque de competências turísticas, sociais, formativas, organizativas e competitivas. Na época
desportiva finda, proporcionou a prática de surf a mais de meio milhar de pessoas
de diferentes grupos etários e classes sociais, contribuindo para que o surf seja
a atividade turística náutica com maior procura na região de Viana do Castelo.
N
a onda das épocas
anteriores, a formação foi uma das
grandes
apostas
deste clube vianense, que, ao longo
de 23 anos, tem ajudado a escrever
a história regional, nacional, europeia e mundial do surf.
De entre as atividades realizadas, destaque para os Surf Camps,
de 9 a 20 de julho. Este modelo, que
inclui alojamento, alimentação e formação prática em surf e bodyboard,
atividades ambientais e de exploração do meio-marinho, proporcionou
uma experiência única a cerca de
80 jovens em idade escolar.
A Surfing School, escola do Surf
Clube de Viana (SCV) com presença em grande parte dos guias
internacionais de turismo, realizou,
entre 15 de julho e 16 de setembro,
sessões de surf diárias para turistas
nacionais e estrangeiros. Registou
uma adesão de aproximadamente 360 pessoas, 70% estrangeiros
(ingleses, holandeses, alemães e
franceses) e 30% portugueses. A
Surfing School, fator forte de atração turística e de promoção do
turismo náutico, conta com 10 treinadores reconhecidos pela Federação Portuguesa de Surf, oito de
nível 1 e dois de nível 2, e, destes,
quatro são licenciados em Educação Física.
A presença do surf no ensino
superior público português, já há
oito anos letivos, resulta de uma
parceria muito positiva com o SCV,
segundo o Prof. Dr. Luís Paulo Rodrigues, Diretor da Escola Superior
Formação Surf Clube Viana na praia da Arda
de Desporto e Lazer (ESDL), do
Instituto Politécnico de Viana do
Castelo. “O interesse dos alunos no
estudo e aprendizagem da modalidade tem sido excelente e estamos
certos que tem constituído uma
mais-valia muito significativa para
as suas competências académicas
e profissionais. Até ao momento, já
foram cerca de 250 os alunos que
tiveram esta modalidade na sua formação superior”, refere.
Para o Diretor da ESDL, o surf
e a colaboração com o SCV continuará a ter um papel na primeira
fila das preocupações formativas
da escola. “Não só porque faz parte de uma matriz muito importante
do nosso perfil de formação inicial
e que queremos distintivo no panorama nacional mas também porque
temos planos para a sua inclusão
nas nossas futuras formações de
mestrado e especializações”.
Também o “Programa Contínuo”
do SCV, ao longo deste ano, desenvolveu um trabalho para cerca de
120 pessoas, entre iniciantes, praticantes e atletas em competição.
Durante o mês de setembro, Michel Salgado, futebolista internacional, regressou a Viana do Castelo
para, com a filha, ter mais umas aulas de surf, na praia do Cabedelo.
Foi há quase 10 anos que Michel Salgado iniciou uma relação de
proximidade com o SCV, através de
aulas de surf. Desta vez, também
visitou as instalações do clube e o
Centro de Alto Rendimento de Surf,
que considerou uma mais-valia
para a região, para o país e para o
crescimento da modalidade. “Este é
um equipamento com grande qualidade e, por isso, muito importante
para o surf. Desde que cá venho,
noto um grande desenvolvimento e
acredito que esta infraestrutura terá
um importante papel nesse crescimento. Conheço o trabalho do Surf
Clube de Viana há muitos anos e
acredito que muitos campeões passem por este centro e que muitos
deles sejam de cá”.
SCV protagoniza competição ao mais alto
nível
O clube tem vários atletas em competição regular e, pelos bons resultados alcançados, deverão passar
para a alta-competição, integrando,
a curto prazo, as seleções nacionais.
Mais recentemente, destaque
para a participação da equipa do
SCV nos Jogos Náuticos Atlânticos,
na Bretanha, na Taça de Portugal
da Federação Portuguesa de Surf,
na Miss Sumol Cup, em Aveiro, no
Circuito Nacional de Surf Esperanças, em São Pedro de Moel, e no
Campeonato Nacional de Bodyboard Esperanças, na Figueira da
Foz. Destaque também para as
prestações dos atletas João Neiva,
atualmente 3.º no ranking nacional
e com uma participação de alto nível no Circuito Mundial de Bodyboard, de Filipa Fernandes, medalha
de ouro em Bodyboard sub 18 nos
Atlantic Games, e João Guedes,
Vice-Campeão Europeu de Surf.
SCV mantém uma resposta social forte
O SCV continua a desenvolver programas sociais de referência com
diversos parceiros, sobretudo regionais, como o Centro Social e Paroquial de Santa Maria Maior, a AMA
- Associação de Amigos do Autismo
e o projecto “Ainda Dar-que falar”,
possibilitando a prática do surf a um
vasto número de pessoas com necessidades sociais.
Em resposta a um pedido do
professor de Educação Física e
também vianense Hugo Lopes, a
lecionar em São Tomé, o SCV, recentemente, doou aos jovens sãotomenses material de surf (12 pranchas, chops, lycras, t-shirts, wax,..)
e material pedagógico de educação
e sensibilização ambiente da Surfrider Foundation Europe, que representa em Portugal, desde 1998.
Aula bodyboard do Surf Clube Viana
2012 Outubro 310
57
Notícias do Mar
Últimas
Campeonato Nacional de Dragão
Francisco Lacerda
Conquista Título
F
rancisco de Lacerda/Diogo de Lacerda/Francisco Andrade sagraram-se campeões nacionais
da classe Dragão, prova disputada em Cascais. Pedro
Mendes Leal/Pedro Andrade/Jorge Ferlov Ribeiro e
José Matoso/Gustavo Lima/Stefan Hellriegel foram 2º
e 3º, respectivamente
Circuito Mundial de RC44
Fotos MartinezStudio
Team Aqua Faz Bis
B o dy b o a r d P r o
Tour 2012 - 4ª Etapa
Etapa dos Açores
Confirmada de 16
a 18 de Novembro
A
O
Team Aqua, de Chris Bake, venceu
pelo segundo ano consecutivo o Circuito Mundial de RC 44. A tripulação
britânica foi segunda no Adris Campeonato do Mundo de RC44, disputado em Rovinj, na
Croácia, e conquistou as tão desejadas rodas do leme
douradas.
O Mundial croata teve um final emocionante. O
Team Aqua foi para o último dia com nove pontos de
vantagem, mas o Peninsula Petroleum, do gibraltino
Regata de RC44 em Rovinj, na Croácia
John Bassadone, foi verdadeiramente imparável nas
derradeiras três regatas e sagrou-se campeão do
mundo da classe: “Estou muito feliz, é inacreditável.
Esperávamos um bom resultado, mas não esperava
vencer “, admitiu Bassadone.
Por seu turno, Chris Bake comemorava o segundo triunfo no circuito: “Estamos muito satisfeitos por
ganhar e já estamos a planear o próximo ano.”
O Circuito Mundial de RC44 2013 terá início em
Fevereiro em Omã.
Team Aqua conquista roda de leme dourada
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2012 Outubro 310
quarta
etapa do
Bodyboard Pro
Tour 2012, agendada para a ilha de São Miguel,
nos Açores, e que aguardava
confirmação, está confirmada
para a data inicialmente prevista
e promete fazer História do bodyboard nacional
Uma confirmação de que se congratula o presidente da Associação
Portuguesa de
Bodyboard, Paulo Costa: “Esperávamos ansiosamente que a USBA
e as autoridades locais chegassem
a uma
plataforma de entendimento que
possibilitasse organizar esta etapa
fundamental do Bodyboard Pro
Tour. Estou muito satisfeito e honrado por poder voltar a ter uma
etapa nos Açores, em algumas das
melhores ondas nacionais.”
Pelo terceiro ano consecutivo,
o Circuito Nacional de Bodyboard Open, este ano designado
Bodyboard Pro Tour, volta aos
Açores e, depois de o ano passado
ter passado pela onda de Santa
Catarina, na Terceira, regressa
a S. Miguel, mas num formato
assumidamente diferente.
Tudo preparado para oferecer um
grande espectáculo de bodyboard
e grandes imagens, numa etapa
que promete fazer História com
uma etapa móvel que pde trazer
boas surpresas na rica costa Micaelense.
Rita Pires

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