INCLUSÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DA

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INCLUSÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DA
INCLUSÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA
COMUNICAÇÃO (TICs)
Abstract: Nesta aula são abordadas as Tecnologias da Informação e da Comunicação
em sua incorporação aos sistemas educacionais. A compreensão das diversas linguagens
comunicacionais foi um elemento de diferenciação nas diferentes sociedades ao longo
da história. Atualmente, a alfabetização digital condicionada pela possibilidade de
acesso ao hardware estabelece diferenças sócio-culturais na sociedade. A
impossibilidade para alguns setores de compreender e utilizar as novas linguagens
reforça em alguns casos a exclusão social. A revolução tecnológica e a globalização
determinam que, para alcançar padrões mínimos de qualificação e acesso ao mundo do
trabalho, é necessário conhecer e utilizar as novas tecnologias da informação. A
extensão dos sistemas educacionais e a tendência à universalização dos níveis
fundamentais e médios de ensino não foi acompanhada pela incorporação das novas
tecnologias às instituições de ensino. A brecha digital entre pobres e ricos e entre países
centrais e periféricos pode acentuar a exclusão social. Na região, alguns projetos em
andamento tentam mitigar essa diferenciação social. Convidamos vocês a percorrerem
esta aula que tenta propiciar a reflexão sobre temas tão importantes como tecnologia e
educação, mas que, em última instância, remetem sempre para a necessária
democratização e extensão dos direitos das pessoas nas nossas sociedades do Sul. O
próprio desenvolvimento da aula pretende também estimular o uso de diferentes formas
de utilização das TICs.
Dados do autor: Pablo Cora Dubinsky. É Bacharel em História e Professor formado
pelo Instituto de Professores Artigas na mesma disciplina. Fez pós-graduação em
Educação com ênfase em Currículo e Avaliação. Está elaborando a tese de Mestrado em
Educação. É redator de módulos de aprendizagem e tutor em formação de professores à
distância utilizando TICs.
Nossa aula compreenderá as seguintes seções:
1.- Para uma sociedade democrática inclusiva através do conhecimento.
2.- Revolução tecnológica e educação.
3.- O que são as TICs?
4.– Um exemplo de políticas tendentes a reduzir a brecha digital.
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1 - Para uma sociedade democrática inclusiva através do conhecimento.
Vou começar esta aula fazendo um breve percurso histórico sobre o que o conhecimento
significou e significa para diferentes culturas e em diferentes regiões. Sabemos que,
desde as mais antigas civilizações, o conhecimento esteve associado ao poder. Nas
grandes civilizações agrícolas, tanto americanas como asiáticas, os conhecimentos
vinculados aos ciclos solares e às colheitas estavam limitados a cúpulas políticas e
religiosas que usufruíam de seu saber, excluindo o resto da população do seu acesso.
Com o aparecimento das primeiras formas de escrita, esta forma de comunicação foi
também patrimônio de uns poucos. Com o decorrer dos séculos, formas de comunicação
mais abrangentes foram se abrindo passagem, porém, sempre limitadas a quem soubesse
decifrar o código que se apresentava como elemento comunicacional. A criação da
imprensa significou uma ampliação considerável na transmissão de idéias em
sociedades que mantinham altos níveis de analfabetismo. No século XIX, com o
aparecimento dos grandes e organizados sistemas escolares na Europa e na América,
gera-se uma considerável ampliação das capacidades das pessoas para se integrarem ao
mundo da circulação de idéias. Saber ler e escrever representava, em finais do século
XIX e boa parte do XX, a chave para adquirir conhecimentos. A extensão do ensino
através da escola pública, laica, gratuita e obrigatória permitiu que grandes massas de
população tivessem acesso aos conhecimentos que permitissem inseri-las na sociedade.
A escola pública se sentiu então formadora de pessoas ilustradas mas também de
cidadãos capazes de exercer seus direitos. Desde meados do século XX, a revolução
tecnológica se acelerou e, aos poucos, foram aparecendo novos elementos que
começaram a tornar mais sofisticada a aquisição de conhecimentos. Mesmo que no
início o rádio fosse um elemento de socialização importante, com a vantagem de
transmitir informação ainda àqueles que fossem analfabetos, avançando o século,
assistimos ao grande desenvolvimento do cinema, em grande proporção em línguas
estrangeiras, à extensão da televisão, do telefone, e ao surgimento dos computadores
capazes de armazenar informação para ser utilizada com diversas finalidades. A criação
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da World Wide Web nos EUA, a enorme “teia de aranha” que começou a unir os
centros de produção de conhecimento, primeiro em ambientes acadêmicos e depois se
estendendo para a população em geral, marcou um salto nas comunicações a nível
mundial.
Podem ler mais sobre a WWW em:
HTML com Classe - Breve história do World Wide Web
Já em finais do século XX e neste século XXI, estar atualizado com as possibilidades de
se aproximar ao conhecimento não significa saber ler e escrever. É necessário ter
aparelhos eletrônicos e possibilidades de se incorporar à rede de conhecimento que
significa a rede de redes, a Internet. É necessário ser alfabetizado na leitura e na escrita,
mas também compreender as novas linguagens computacionais e conhecer as formas de
acesso às informações, o que requer conhecer a lógica desse novo espaço virtual e das
interfaces nas quais o conhecimento nos é apresentado.
Estamos, então, perante sociedades como a nossa, na qual há pessoas analfabetas que
não adquiriram o código escrito, aquele transmitido pela escola no século XIX, e um
setor da população com acesso a todos os meios atuais de comunicação e informação.
Produz-se, assim, uma ruptura na sociedade, e convivem nos mesmos espaços sociais
indivíduos que não adquiriram os benefícios do ensino da modernidade, com setores
que contam com todas as possibilidades de comunicação, de informação e o capital
cultural necessário para integrar esse conhecimento e incorporá-lo a sua vida social.
Não é suficiente apenas contar com os “aparelhos”, mas é necessário poder utilizá-los
de maneira significativa para extrair deles a informação necessária, incorporá-la ao
corpus de conhecimento individual e com isso avançar no caminho da informação
indispensável para esta época. Essa brecha, chamada de “digital”, se sustenta em uma
brecha social que conduz à exclusão daqueles que ficam à margem do conhecimento. É
necessário, nesta sociedade dividida, aplicar políticas para incluir as pessoas, e isto deve
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começar cedo, a nível das instituições escolares, para evitar, principalmente, o
abandono, causa e conseqüência do fracasso escolar. Por isso, a partir de pensar nos
recursos com que contam essas instituições, nos perguntamos: É a introdução das TICs
nas escolas uma forma de diminuir a distância entre os que têm acesso ao conhecimento
e os excluídos? Este é um dos grandes temas da agenda educacional atual.
Atividade
Proponho que façam a lectura do capítulo 7 do trabalho Análise dos fatores de
exclusão social. Ricard Gomà Carmona e Joaquim Brugué Torruella (Coords.)
Nesse capítulo aparece o conceito de capital formativo Como vocês acham que pode
se relacionar com o tema da exclusão no conhecimento das TICs?
Se quiserem, podem usar o fórum para registrar seus pareceres e conclusões.
As brechas no interior da sociedade são cada vez maiores ao coincidir com o
extraordinário desenvolvimento das TICs e a importância que elas ganharam para o
capital cultural das pessoas. Os conhecimentos que antes eram exigidos para
desempenhar funções de baixa qualificação já não são suficientes para ocupar uma
posição de trabalho com um salário adequado. Vamos ler a respeito do capital cultural:
“…O capital cultural existe em estado incorporado, quer dizer, feito corpo nas pessoas
através da interiorização de disposições duradouras que se iniciam com a socialização
dentro da família e que requerem de um trabalho individual que não pode ser
substituído. Ninguém pode aprender a falar por outro, a andar ou a se movimentar no
espaço, nem a gostar de certa música ou vestir na moda. É o que temos chamado de
“habitus”. Existe também em estado objetivado, feito coisa, transformado em bens
culturais patrimônio da sociedade: livros, pinturas, museus, fotos, etc. Por último, há um
estado institucionalizado, legalizado e certificado pelo poder estatal que lhe outorga um
estatuto específico (...) é o crachá educacional que garante a existência de um suposto
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capital cultural incorporado nas pessoas que o possuem. As competências supostas do
portador do crachá ganham um valor convencional no mercado de trabalho...”1
Analisando o texto anterior, vemos elementos fundamentais que vão conformando o
capital cultural das pessoas:
.- A família
.- Os “artefatos” culturais possuídos
.- As certificações das supostas competências do indivíduo.
Em nossas sociedades fragmentadas, há setores sociais que têm desvantagens nos três
aspectos mencionados. De uma parte, a existência de famílias com várias gerações de
pobreza, indigência e afastamento dos bens culturais da sociedade, com exceção
daqueles de consumo de massa que não são pensados para favorecer a ascensão social
dos indivíduos. De outra parte, a dificuldade para o acesso e permanência nas
instituições de ensino durante 6, 9 ou 12 anos para obter as certificações mínimas de
estudos exigidas no mercado de trabalho.
No capital cultural das pessoas hoje incluímos a posse de aparelhos que permitem a
aprendizagem e utilização das TICs, como também a obtenção de certificações que
provam a competência no uso da tecnologia.
Podemos trabalhar em prol da inclusão conseguindo a permanência de nossas crianças e
jovens nos centros de ensino e aproximando-os das TICs, tanto na posse dos meios
objetivos necessários quanto na aquisição das habilidades necessárias para sua
utilização.
Atividade
Ouçam atentamente o som do vídeo que encontrarão no seguinte link:
YouTube - Tecnologias para a aprendizagem
Depois de analisar o que escutaram, respondam a seguinte pergunta:
1
Gluz, N. e outros (2002) La autoestima que fabrica la escuela (primeira parte) . Citado em: La inclusión
Por
que se coloca
que ao
do desenvolvimento
histórico
foi se democratizando o
como
posibilidad.
Ministerio
de longo
Educación
Ciencia y Tecnología.
OEA (2006)
acesso à tecnologia da informação e da comunicação? O que se coloca quanto às antigas
civilizações e seu acesso ao conhecimento?
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2.- Revolução tecnológica e educação.
Para nos adentrarmos nas complexas relações que se dão atualmente entre tecnologia e
educação, em primeiro lugar, sugiro que leiam atentamente o seguinte texto:
“O tópico “tecnologias educacionais” está na moda, e seus excessos conceituais e
discursivos invadem toda a cena educacional; revistas, artigos, exposições, entre outros
meios, apresentam e desenvolvem a importância das Tecnologias da Informação e das
Comunicações (TICs) no processo de ensino-aprendizagem; apesar disso, as mensagens
são muito limitadas, refletindo pelo menos dois problemas: a) a redução das TICs a
simples aplicações de Office em exercícios estatísticos; e b) salientando teoricamente o
quanto são importantes as TICs sem mostrar aplicações reais mais complexas, como o
uso de Mind Tools ou outros recursos utilizados nos países mais desenvolvidos para o
e-learning.
Como assinala Manuel Castells em sua última obra, A galáxia da Internet, o conceito de
tecnologia é muito mais que o ‘artefatal’, as novas tecnologias têm implicações sociais e
organizacionais; por outras palavras: não é suficiente saber manipular um pacote de
software, é sua evolução, lugar e implicações em um espectro de caráter cultural, já que
as TICs estão balizando uma nova sociedade informacional de fluxos.
A Internet -como tecnologia e como criação cultural- permite uma nova chave de
interpretação social a partir de uma analogia antropológica sem precedentes; com efeito,
nunca antes no devir histórico da humanidade uma criação tecnológica podia assumir ou
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prolongar qualidades próprias do ser humano como a comunicação, a cultura e a
liberdade.”2
(Podem acessar o texto completo em: SociedadInformacional.pdf)
Segundo o autor, estamos ante uma criação, a Internet, sem precedentes na história da
humanidade, embora seu uso ainda seja resistido por alguns setores docentes. Em várias
ocasiões constatamos que os professores opõem o uso da rede à utilização de textos em
suporte papel, em livros. O problema do suporte se torna então um ponto de discussão,
afastando o verdadeiro problema, que é a formação de alunos e pessoas capazes de
analisar aquilo que lêem, ser críticos e criadores, independente das formas em que eles
recebam a informação. Vamos ler, a respeito disso, as conclusões de um trabalho de
Oscar Picardo:
“Apesar de que nossos países latino-americanos estão em vias de desenvolvimento,
vivendo etapas agrícolas ou industriais, os cientistas sociais e docentes têm a
responsabilidade de estudar, analisar e conhecer a dinâmica da sociedade do
conhecimento.
Levando em conta nossas limitações sociais, não podemos negar a oportunidade que a
Internet nos oferece para acessar fontes de informação, revistas, e bancos de dados
especializados em ciências sociais, que nos permitem um maior desenvolvimento em
nosso trabalho acadêmico, científico ou docente.”
(Recomendo que acessem o texto completo em: Óscar Picardo - O cenário atual das
ciências sociais...)
2
Sociedad de la Información: investigaciones, análisis y opiniones (exercícios pré-doutorais) Oscar
Picardo Joao, MEd.
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A rejeição por parte de alguns setores da sociedade aos avanços tecnológicos não é uma
característica própria desta época, antes parece responder a uma tendência generalizada
a conservar certos costumes rígidos que fazem com que as mudanças sociais de “longa
duração” (e as transformações tecnológicas são isso) gerem resistência. Vamos ler o que
Giovanni Sartori diz a esse respeito:
“Todo progresso tecnológico, no momento de seu aparecimento, foi temido e até
rejeitado. E sabemos que qualquer inovação incomoda, porque altera as ordens
constituídas. Mas não podemos nem devemos generalizar. A invenção de que mais se
reclamou foi, historicamente, a da máquina, a máquina industrial. O aparecimento da
máquina provocou um medo profundo porque, segundo era dito, substituía o homem.
Durante dois séculos isto não foi verdade. Mas era verdade então, e continua sendo
agora, que o custo humano da primeira revolução industrial foi terrível. Embora a
máquina fosse incontrolável, e apesar de todos os imensos benefícios que ela produziu,
ainda hoje as críticas à civilização da máquina são relacionadas com verdadeiros
problemas.
Em comparação com a revolução industrial, a invenção da imprensa e o progresso das
comunicações não encontraram hostilidades relevantes, pelo contrário, sempre foram
aplaudidas e quase sempre gozaram de eufóricas previsões. Quando apareceu o jornal, o
telégrafo, o telefone e o rádio, a maioria deu as boas-vindas como “progressos”
favoráveis para a difusão de informações, idéias e cultura. Neste contexto, as objeções e
os temores não atacaram os instrumentos, mas seu conteúdo. (…)
Inclusive quando um progresso tecnológico suscita temores importantes, toda invenção
dá lugar a previsões sobre seus efeitos, sobre as conseqüências que ela produzirá…”3
(Se quiserem ler sobre este autor e sua posição crítica frente à televisão, acessem:
INFOAMÉRICA | Giovanni Sartori)
3
Sartori, Giovanni (1998) Homo videns. La sociedad teledirigida. Madrid, Taurus.
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Atualmente, assistimos muitas vezes a uma discussão sobre o instrumento,
independente dos conteúdos. Sustenta-se que a tecnologia substitui a criatividade, que a
“máquina” faz tudo, que o corretor mecânico faz o trabalho que antes fazia quem
escrevia, etc. Em muitos casos, proibimos a tecnologia! Voltamos então a agir como o
movimento luddista?
Para aprofundar estes temas gostaria que lessem uma resenha sobre o livro titulado
Máquina maldita…, de Frank Manuel e outros, em:
Máquina maldita. Contribuições para uma história do luddismo
Sobre o “luddismo” do século XIX, podem encontrar informação em:
Luddismo - Wikipédia, a enciclopédia livre
O problema da relação entre indivíduos, conhecimento e máquinas que o próprio ser
humano cria, continua sendo um tema de debate na atualidade. A essência da questão
continua sendo também a existência de pessoas educadas, cultas, livres, capazes de se
apropriarem do conhecimento, independente do suporte em que este se encontrar.
Outro aspecto a ser discutido em torno do desenvolvimento tecnológico refere-se à
possibilidade de diminuir a desigualdade entre países do chamado primeiro mundo e
nossas sociedades. Há autores (por ex.: Finquelievich, Susana. TIC, desarrollo y
reducción de la pobreza en América Latina y el Caribe) que colocam a dificuldade de
superar a brecha tecnológica devido, fundamentalmente, às seguintes causas:
-
As inovações tecnológicas surgiram no primeiro mundo e levam vantagem por
isso.
-
O predomínio do mundo urbano faz mais rentável e fácil a aplicação das TICs.
-
O trabalho com TICs requer de mão de obra especializada e flexível.
-
Os países “desenvolvidos” contam com sistemas de segurança social e
organizações civis que permitem amortecer a transição da economia industrial
para a da sociedade do conhecimento.
(Podem ler o documento completo em: ticsypobrezalac.rtf)
Mas não podemos ficar estagnados em uma visão fatalista da situação. Os Estados
devem impulsionar políticas orientadas a superar a brecha no conhecimento entre
“norte” e “sul”. No documento antes citado, colocam-se os elementos necessários para
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poder construir uma sociedade da informação orientada para o desenvolvimento
econômico, social e político:
-
Acesso: Acesso físico e cultural às TICs. Extensão de infra-estruturas apropriadas
às necessidades de cada país e da Região. Estabelecimento de normas e padrões
tecnológicos comuns e compatíveis. Estratégias nacionais de negociação e
regulação de custos de acesso.
-
Uso: Aprendizagem sobre as TICs. Geração e difusão de conteúdos próprios.
Utilização das TICs para a educação formal e informal em todos os níveis. Egoverno. Estabelecimento de redes universitárias, científicas, governamentais,
comunitárias, outras.
-
Apropriação: Criação de cursos para a Sociedade da Informação. Apropriação do
conhecimento sobre geração de tecnologias. Adaptação de tecnologias já existentes
às necessidades e vantagens diferenciais locais. Geração de inovações tecnológicas.
Associação entre o setor público e o privado, e o setor de Ciência e Tecnologia.
-
Produção: Construção de indústrias tecnológicas nacionais e regionais.
Associação entre o setor público e o privado, e o setor de Ciência e Tecnologia.
Acordos entre os países da América Latina e o Caribe sobre normas, padrões,
importações e exportações, mercado Regional, mercado internacional.
3.- O que são as TICs?
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João Pedro, 11 anos.
Nesta seção tentaremos refletir sobre a abrangência das Tecnologias da Informação e da
Comunicação, saber de que falamos quando fazemos referência a elas, analisar se estas
tecnologias são algo inteiramente novo ou são produto histórico da humanidade.
Podemos também nos perguntar: como os docentes nos “colocamos” perante os avanços
tecnológicos? Vamos ver o desenho na parte superior, feito por um menino de 11 anos.
Muitas vezes nos sentimos “esmagados” pelas máquinas? A formação docente em
nossos países é dada levando em conta as TICs? Sabemos o que é uma wiki, uma
webquest, o hipertexto, etc.? Somos alfabetizados como docentes do século XXI
capazes de nos apropriarmos do uso das TICs? Cada um de nós terá sua própria
resposta. As políticas públicas para a formação docente deveriam levar em conta estas
perguntas para oferecer uma formação inicial a professores capazes de ensinar na
sociedade do conhecimento.
Atividade
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Leiam o seguinte texto, que podem encontrar na íntegra em Blogs | Educar.org e
eAprender.org.
“…Por muito tempo tentei semear a semente do uso e aplicação de TICs no meio
educacional do meu ambiente, infelizmente, parece que semeio no deserto. Eu me
iniciei no manejo da Multimídia pela grande oportunidade que achei que ela
representava para servir de apoio docente, seja através de Programas Educacionais
formais desenvolvidos para abranger temas ou objetivos específicos ou através de
pequenos projetos como “PowerPoint” que concordassem com a capacidade do docente.
Ainda quando por causa de minha relação profissional eu sabia que falar em Multimídia
e Programas Educacionais a Nível Educação Básica, era quase falar de “quintiões
energéticos”, isto é, ia tratar um tema pouco conhecido e nada usual. (…) Há uma
enorme falta de interesse pessoal nos professores por descobrirem a relação entre
Tecnologia e Educação (não vou generalizar, mas no meu ambiente é assim mesmo),
que dá pavor, porque além disso, em muitos casos desconhecem o uso elementar de um
equipamento de computação. (…) Outro aspecto é, que crianças e jovens muitas vezes
superam o professor no manejo dos termos e conceitos que têm a ver com estes temas e,
por conseguinte, também dos Equipamentos. Portanto, ainda quando as escolas contem
com recursos como uma sala de mídia, projetor, conexão à Internet, etc., simplesmente
nada acontece.
Quando eu digo nada, refiro-me também a que por outra parte o próprio Sistema
Educacional não está fazendo a sua parte na formação e treinamento de seus docentes.”
O que vocês acham deste texto?
Compartilham a visão deste professor mexicano?
Em todos os setores sociais os jovens superam o docente quanto aos conhecimentos
tecnológicos?
Que medidas vocês acham que deveriam ser instrumentadas para superar estas
situações?
Compartilhem suas reflexões no fórum.
As TICs: um produto histórico.
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Desde seu aparecimento, os seres humanos transmitiram a outros seus conhecimentos.
“Ensinar” o que se sabe a outros, transmitir experiências, condutas de adaptação,
linguagens, sentimentos, etc., parece ser uma atividade primordial, embora não
exclusiva, da nossa espécie. Para esse ato de ensinar, usamos nosso próprio corpo, nossa
voz, nossas mãos, mas também meios externos, criados pelo ser humano, mas que,
paradoxalmente, superam nossas próprias capacidades. Desde os seixos da pré-história
que nossos antepassados batiam uns contra os outros, até hoje, sempre prolongamos
nossos corpos e sentidos para poder agir sobre o ambiente e transformar a realidade.
Mas sempre a base dessa expansão tecnológica foi o cérebro humano com sua
interminável capacidade de desenvolvimento e criatividade. Hoje falamos das
tecnologias da informação e da comunicação, mas, o que são as TICs?
Atividade
Antes de ler acerca da sociedade da informação, sugiro que tentem responder o
seguinte:
- Quais destas invenções humanas fazem parte das TICs?: Televisão, lápis, máquinas de
escrever, ábaco, computadores, telefone, papel.
- As máquinas que aparecem na foto, fazem parte das TICs?
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Nos seguintes links vocês podem encontrar algumas definições de TICs que poderão
ajudá-los a responder essas perguntas:
Capítulo 1, O que são as TICs?
Tecnologias da informação e da comunicação - Wikipédia, a enciclopédia livre
(A Wikipédia é um exemplo de enciclopédia de conteúdo livre possível pelo desenvolvimento
das TICs e que contém 342.763 artigos em espanhol.)
Agora sim, acessem o seguinte link: Capítulo 1, A Sociedade da Informação
Segundo leram no capítulo A sociedade da Informação, respondam: Quais foram os
três setores convergentes no desenvolvimento das TICs?
Vamos refletir a partir do seguinte fragmento, que faz parte de um comentário de uma
professora de escola:
“…eu não quero que usem a Internet, e menos a Wikipédia. Eles fazem download de
coisas que não lêem e não analisam nada. Estão perdendo o hábito de leitura e nunca
vão a uma biblioteca. Em minha aula já sabem que eu não aceito os trabalhos feitos com
coisas que eles tirem da Internet. Por esse caminho, cada vez mais estamos perdendo o
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nível do ensino. Eu digo ainda, não tenho nem quero ter correio eletrônico...”
(professora de história do Primeiro Ano do Ciclo Básico em Montevidéu).
Vocês já escutaram comentários como esse? Às vezes há nos próprios docentes uma
rejeição ao “novo”. É conveniente tratar esses temas entre colegas para enriquecer
nossas experiências e nos aproximarmos sem medos à utilização dos recursos que as
TICs nos oferecem.
Proponho que leiam o artigo de Antonio Sacco, titulado Variables ocultas que dificultan
la utilización de la tecnología en instituciones Educativas, incluído no final desta seção.
Atividade
Agora que já fizemos um percurso pela reflexão sobre o uso das tecnologias:
- Definam o que se entende por TICs.
- Pensem três formas concretas de colocá-las ao serviço dos processos de ensinar e aprender.
- Enviem essas propostas ao Fórum.
Vamos retomar a definição de capital formativo analisada anteriormente:
“... entendemos o capital formativo como a resultante em termos objetivos (diplomas
acadêmicos) e subjetivos (autopercepção) da relação que estabeleceram ou estabelecem
as pessoas com o sistema e os recursos educacionais...”
- Reflitam a respeito de que aspectos subjetivos do capital formativo podem melhorar
com um melhor acesso às TICs.
Enviem também estas reflexões ao Fórum.
Experiências de uso de TICs na sala de aula
Às vezes nós, docentes, achamos que levar as tecnologias para a sala de aula é um
trabalho quase impossível. Agora quero lhes apresentar um site no qual alguns docentes
criaram um espaço para trocar suas experiências na sala de aula utilizando as TICs:
Internet na Sala de Aula. Quando acessarem esse site poderão ver que introduzir as
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novas tecnologias na sala de aula nem sempre é tão difícil como pensamos. O anterior
requer de uma aprendizagem de recursos técnicos que muitas vezes não usamos por não
tê-los aprendido nos centros de formação docente e, portanto, na nossa ação na sala de
aula ensinamos como aprendemos. O ensino da “modernidade” e seus métodos
sobrevivem nesta época de grande desenvolvimento tecnológico. Nós, docentes,
estamos imersos nesta mudança de paradigma e somos transmissores em muitos casos
de práticas que reproduzem a desigualdade social, já que não somos capazes de oferecer
a nossos alunos os conhecimentos de que eles precisarão para se desenvolverem
plenamente como indivíduos em uma sociedade da informação. Imaginemos como
“serão vistas” nossas práticas daqui a 30 ou 50 anos. Pensemos em nossas salas de aula
com crianças e jovens adolescentes em muitos casos sentados durante horas olhando
para a frente… o melhor é o recreio! Podemos mudar essa realidade e as TICs ocupam
um lugar importante na abertura de nossas instituições de ensino ao mundo.
Atividade
Convido vocês a lerem um artigo no qual são analisadas as variáveis que fazem com
que, em alguns casos, a inclusão das TICs encontre empecilhos nas instituições de
ensino: “Variables ocultas que dificultan la utilización de la tecnología en instituciones
Educativas”. Antonio Sacco. Disponível em: variables_ocultas.pdf
- Relacionem o texto com o conceito de currículo oculto que usa o autor e enviem suas
reflexões ao fórum.
Vejam esta história em quadrinhos de Quino e coloquem-se a seguinte pergunta:
Poderão as TICs mudar todas as situações nas instituições de ensino?
Algumas aplicações de TICs que podemos ter na sala de aula
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- Acessem o seguinte site e observem outra aplicação das TICs no ensino:
YouTube - A tecnologia ao serviço da educação
- Acessem o seguinte site de educação da Colômbia. Este é um exemplo de recurso gratuito que
os docentes, em muitos casos, não costumamos usar.
www.eduteka.org
O site Eduteka fornece, de forma gratuita, toda classe de material a docentes, diretores
de escola e formadores de professores interessados em melhorar a educação básica e
média com apoio das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC).
Eduteka oferece centenas de recursos próprios e numerosos links a outros sites valiosos
para educadores. Alguns dos conteúdos educacionais abrangem temas de caráter geral
que por seu valor muito especial, ou por sua oportunidade, foram considerados
pertinentes. No entanto, a grande maioria se concentra no tema central do Eduteka:
recursos teóricos e práticos que ajudam a enriquecer os ambientes de aprendizagem
escolar com o uso das TICs.
- Vocês sabem o que é uma wiki e suas possibilidades no ambiente educacional?
Acessem a Wikipédia e leiam a definição.
Wiki - Wikipédia, a enciclopédia livre
- Vocês sabem o que é uma webquest e que utilidades ela pode oferecer aos
educadores? Acessem o seguinte link:
WebQuest - Wikipédia, a enciclopédia livre
Através do Portal educativo do Estado argentino, encontrem as aplicações das
webquest. Para isso, acessem:
RSS educ.ar
4.– Um exemplo de políticas tendentes a reduzir a brecha digital.
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Esta última parte da aula estará orientada às indagações nas políticas que conduzem os
países de nossa região para reduzir a brecha digital. Concretamente, quero lhes contar
como no Uruguai estão sendo praticadas algumas políticas públicas nesse sentido. Uma
das últimas inovações aplicadas é o Projeto Ceibal (Conectividade Educacional de
Informática Básica para a Aprendizagem on-line).
O que é o Projeto Ceibal?
Acessem através do seguinte link:
http://www.mec.gub.uy/educacion/CEIBAL.pdf
Sugiro que procurem informação sobre políticas similares que estejam sendo praticadas
em outros países do MERCOSUL. Reflitam através do fórum sobre qual o papel das
políticas públicas em cada um dos países em matéria de acesso à tecnologia.
O Projeto dará a cada menino e menina das escolas públicas do Uruguai, e a cada
professor, um computador pessoal. Trata-se de um projeto que procura introduzir as
tecnologias na sala de aula e que promove a democratização do acesso ao conhecimento
e a igualdade de oportunidades para todos os meninos e meninas do país. Pretende
também ter um importante impacto social quanto à relação da escola com a família, a
promoção do desenvolvimento das competências para a sociedade do século XXI, em
uma tentativa por abater a brecha digital existente. Os principais atores são os meninos,
meninas, e professores do país. Poderão trabalhar com o computador em suas casas ou
na sala de aula, de forma individual, e com seus colegas de turma e/ou de outras escolas
do país e/ou do mundo.
O computador pessoal foi criado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets e
salientamos seu potencial tecnológico. Tem rede sem fio WiFi e é capaz de captar o
“roteador” por si própria a um quilômetro de distância, e a relação de cada máquina com
a outra (“redmesh”: rede tipo malha).
A experiência foi iniciada na escola de Pueblo Cardal do Departamento de Florida, com
150 alunos.
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Acessem o Google Earth e localizem o departamento de Florida no Uruguai. O Google
Earth é uma potente plataforma para criar, explorar e ver informação específica sobre diferentes
localizações.
É um recurso didático que nos oferece grandes oportunidades de apropriação do conhecimento.
Consulte em:
Google Earth e em Florida (departamento) - Wikipédia, a enciclopédia livre
Os professores desta primeira escola serão, junto com os Inspetores, os primeiros a
serem treinados no uso da ferramenta. Será necessário integrar sua utilização ao projeto
educacional do centro. Em 2008, pretende-se cobrir todos os departamentos do interior
do país para que, em 2009, possa chegar a meninos e meninas de todo Montevidéu. O
Uruguai, do mesmo modo que o Brasil e a Argentina, está na fase de lançamento inicial
deste projeto. Dadas as condições de conectividade, é provável que o Uruguai seja o
primeiro país da América a abranger todas as crianças em idade escolar.
Notícia extraída do jornal La diaria de Montevidéu, 18 de março de 2008, pág. 13.
“Pacote novo em folha. Estão prontos para ser usados cerca de 30.000 notebooks que terão
como destino as escolas públicas dos departamentos de Flores e Colonia. Muitos pequenos e
ágeis dedos esperam usar seus computadores portáteis e incorporá-los ao trabalho de todos os
dias. As autoridades de educação anunciaram que nas próximas semanas chegarão novas
partidas até alcançar 100.000 unidades...”
Vamos ler agora o seguinte parágrafo do documento: PROJETO CEIBAL. Uma
Sociedade da Informação para tod@s, na qual encontrarão as bases que sustentam o
projeto:
“Trata-se de que o aluno seja o protagonista de seu processo de aprendizagem,
desenvolvendo seu talento, sua criatividade, atendendo seus tempos e de acordo com
suas possibilidades.
http://www.porlainclusionmercosur.educ.ar/seminario2008/
Um computador para cada criança cria uma situação muito favorável para as propostas
educacionais que utilizam metodologias ativas e participativas nas quais as tecnologias
são representantes das mesmas.
O fato de que cada criança tenha seu computador abre um leque de possibilidades de
ações sociais envolvendo-as no núcleo social ao qual pertencem.
Seu uso permite a extensão do tempo de aula em um ambiente de colaboração entre
alunos e docentes, a troca docente-família, como também a interatividade docentedocente. Pode promover a criação de comunidades entre atores de diferentes centros de
ensino, nacionais e/ou internacionais.4
Há uma incidência indireta no contexto social através da criança com a proposta de
realização de atividades de colaboração (cooperativas) que propiciam a solidariedade
em experiências compartilhadas para atingir objetivos comuns.
Por conseguinte, é possível gerar uma série de práticas democráticas ricas em valores
que permitem uma ação social no ambiente no qual se desenvolve o projeto e promovese, por sua vez, o acesso da sociedade a novas formas de acesso à informação.
O uso das TICs pode propiciar, também, o teletrabalho e o desenvolvimento da
educação à distância, elemento crucial para atingir o treinamento e superação
permanente, permitindo o acesso à educação de comunidades que não têm por motivos
de trabalho e/ou distância. Isto constitui uma das macro-tendências do desenvolvimento
moderno.
Mas é necessário considerar que os Computadores e a Internet não são de nenhum modo
mágicos, dependem da implementação que deles seja realizada, por isso consideramos
que a ação docente é a coluna vertebral deste programa.”5
Podem encontrar o documento completo em:
4
Contamos com experiências já realizadas de trocas educacionais a nível internacional.
5
Rabajoli, Graciela (2007); Castro, Manuela
http://www.porlainclusionmercosur.educ.ar/seminario2008/
PROJETO CEIBAL. Una Sociedad de la Información para tod@s
O Plano Ceibal pode treinar as comunidades educacionais para diversas atividades:
•
Plano Nacional de Leitura
•
Cursos on-line
•
Educação para a geração de conteúdos e não apenas de consumo dos mesmos
Atividade
Acessem o youtube para ver os computadores usados pelo Plano Ceibal
http://es.youtube.com/watch?v=K6UyTWrPA-s
Através dos seguintes links vejam as repercussões do Plano Ceibal na mídia:
YouTube - Projeto Ceibal - Sublinhado 18 Maio 2007 (3)
Plano Ceibal: revolução tecnológica ao serviço da evolução educacional - Comunidade 28 de novembro de 2007
- Agora respondam: O que dizem os telejornais uruguaios sobre o Plano Ceibal?
Acessem blogs criados por alunos e professores da escola de Cardal onde funcionou pela
primeira vez o Plano Ceibal:
Escola Cardal's Blogs
Acessem o artigo do jornal El País de 9 de março de 2008. Nele são colocados alguns
problemas da tecnologia em sua aplicação na sala de aula.
Jornal EL PAIS - Montevidéu - Uruguai
- Reflitam acerca das repercussões sociais da introdução da tecnologia em comunidades
educacionais e compartilhem com outros através do fórum.
Atividade final
Escrevam um texto de aproximadamente 15 linhas colocando os êxitos e carências na
utilização das TICs em seu centro de ensino ou em sua comunidade. Através de quais
http://www.porlainclusionmercosur.educ.ar/seminario2008/
meios poderiam se superar as carências? Há uma dicotomia entre os meios tradicionais
de ensino e o uso das TICs?
Enviem o texto ao fórum em http://www.porlainclusionmercosur.educ.ar/
Como epílogo, quero compartilhar com vocês uma frase de Antonio Battro, que nos
convida a refletir acerca da incorporação de novas tecnologias em nossa vida
profissional:
“A seguinte ‘experiência mental’ é provocadora. Se ressuscitássemos um médico que
praticava a cirurgia faz um século e o levássemos a um quirófano moderno, ele se
encontraria perdido e, com certeza, não poderia exercer sua profissão. Por outro lado,
se acordássemos um professor que exercia a educação também faz um século e o
convidássemos a uma escola de nosso bairro, ele não a encontraria muito diferente e,
com certeza, poderia dar sua aula. Esta comparação (que não é nossa, mas que
colhemos de outros) é irritante, porém, verdadeira”.6
6
Battro, Antonio e Percival Denham . La educación digital. Emece, Bs. As. 1997
http://www.porlainclusionmercosur.educ.ar/seminario2008/