CAPACITAÇÃO DA GERAÇÃO Y DENTRO DO

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CAPACITAÇÃO DA GERAÇÃO Y DENTRO DO
CAPACITAÇÃO DA GERAÇÃO Y DENTRO DO CONTEXTO DA ITAIPU
BINACIONAL
C – Desenvolvimento Humano e Social
C4 – Crescimento e Desenvolvimento Humano
Mariana Gonçalves Pereira (UNIOESTE) [email protected]
Tiffany Priscila Almeida (UNIOESTE) [email protected]
Resumo:
O presente texto tem como objetivo divulgar a capacitação profissional oferecida aos
adolescentes inscritos na Guarda Mirim de Foz do Iguaçu, participantes do Projeto de
Incentivo e Iniciação ao Trabalho (PIIT) na Itaipu Binacional. Descrevem-se as duas formas
de treinamento através das quais a empresa incentiva e prepara os jovens para o mercado de
trabalho. Em parceria com o Instituto SPEI, de Curitiba, a Itaipu oferece treinamentos de
microinformática que capacita os jovens operar programas básicos do Microsoft Office. As
turmas são compostas por doze alunos e o tempo máximo de curso é de quatro dias corridos.
Quanto à qualificação profissional e pessoal, a empresa desenvolveu juntamente com a
Educare (empresa de Foz do Iguaçu) workshops divididos em quatro etapas, abordando temas
sociais com o objetivo de melhorar a autoestima e conscientizá-los quanto ao futuro. Pode-se
concluir a o programa oferecido pela Itaipu é de extrema importância no desenvolvimento dos
jovens.
Palavras chave: Qualificação, Capacitação, Responsabilidade Social.
TRAINING OF GENERATION Y IN THE CONTEXT OF ITAIPU BINACIONAL
Abstract:
This article aims to promote the professional training offered to adolescents enrolled in
Guarda Mirim de Foz do Iguazu, participants of the Initiation Project to stimulate Labor
(PIIT) in Itaipu. It describes the two forms of training through which the company encourages
and prepares young people for the job market. In partnership with the Institute Speier,
Curitiba, Itaipu offers training on information technology that empowers young people to
operate basic programs of Microsoft Office. Classes are composed of twelve students and the
maximum time of course is four consecutive days. As regards professional qualifications and
personal, the company developed in partnership with the Educare (company of Foz do
Iguacu) workshops divided into four stages, addressing social issues with the aim of
improving self-esteem and educate young people about the future. It can be concluded that the
program offered by the Itaipu is extremely important in youth development.
Key words: Qualification, Training, Social Responsibility.
1 Introdução
O objetivo do artigo é descrever os processos de treinamento e de desenvolvimento humano
realizados pela Itaipu Binacional, cujo o público alvo são os adolescentes do Programa PIIT
em Foz do Iguaçu, mostrando a responsabilidade social da empresa não só para com os
menores envolvidos, mas também para com a sociedade, a qual recebe estes jovens cada vez
mais bem preparados e qualificados.
A Itaipu tem uma política de que os conhecimentos que estes jovens adquirem ao longo do
tempo que trabalham na empresa (no máximo dois anos) são importantíssimos, porém não
suficientes. Ela aborda a teoria sistêmica que enxerga as atividades do trabalho associada à
influência de conhecimentos extras, adquiridos em cursos, palestras e workshops, o qual
promove o crescimento e o desenvolvimento do jovem na vida pessoal e profissional.
Para o desenvolvimento deste artigo, fez-se uso das cartilhas oferecidas pela Itaipu, que
explicam as funções do PIIT dentro da empresa, bem como as propostas de trabalho e
planejamentos das empresas parceiras. Também foram utilizadas bibliografias que abordam
os temas de treinamento, desenvolvimento interpessoal e responsabilidade social.
O tema foi escolhido destacando-se a responsabilidade social da empresa para com estes
jovens e a sociedade, levando em consideração o desenvolvimento humano, através dos
treinamentos e das relações sociais.
2 Revisão de Literatura
Responsabilidade social
As empresas atualmente encontram-se em um ambiente de grande concorrência. Á medida em
que o mundo dos negócios vai crescendo, cresce também a semelhança entre os produtos e
serviços oferecidos pelas organizações. Tal semelhança, as vezes é tão grande que muitas
vezes sem a atribuição às marcas fica quase impossível de identificar as diferenças.
O que passa a ser valor para o consumidor não é o produto em si, mas sim, o que está por trás
dele. Isto é, neste novo contexto, o que tem importância para quem compra, são as variáveis
envolvidas no processo de produção e comercialização do produto e as práticas diárias da
empresa.
Desta forma surge o conceito da Responsabilidade social, caracterizado por Ashley, (2003,
p.2) como sendo:
[...] o compromisso que uma organização deve ter com a sociedade, expresso por
meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou alguma
comunidade de modo especifíco, agindo proativa e coerentemente no que tange a
seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas em relação a ela.
Este conceito é relativamente novo e apresenta a empresa não só como geradora de lucro, mas
sim como elemento fundamental para a transformação da sociedade.
A inserção da responsabilidade social nas práticas da empresa implica a realização de ações
que normalmente abordam o desenvolvimento regional sustentável, a preservação de recursos
ambientais e culturais, a redução das desigualdades sociais, e a melhora na qualidade de vida
da sociedade.
Tais ações tornam-se o diferencial que os clientes procuram ao adquirir os produtos e serviços
oferecidos pela organização por adicionarem ao produto uma característica de compromisso
com a sociedade. Gomes e Moretti (2009, p. 16) explicam que:
A sociedade aplaude a iniciativa das corporações. Começa a dar atenção à forma
com que cada empresa se relaciona com o mundo à sua volta, passa a cobrar das
corporações participação mais ativa no que diz respeito às ações sociais.
Atualmente, uma empresa não é mais respeitada por seu porte ou volume de
negócios... A ação social praticada confere aos empreendimentos admiração. E, por
que não dizer, ajuda a vender mais.
Quando o individuo adquire o produto de uma empresa que pratica alguma atividade de
responsabilidade social, sente que “ajudou” o mundo de alguma forma e conseqüentemente
satisfaz uma necessidade intrínseca de ser engajado em causas sócias,
Programas de iniciação para jovens
Os programas de iniciação ao trabalho buscam preparar e qualificar jovens e adolescentes
para entrar e permanecer no mundo do trabalho. O desenvolvimento de habilidades e
competências quando feito desde cedo, oferece aos jovens a oportunidade de entrar no mundo
dos negócios com experiência e com aspirações individuais melhor definidas.
As oficinas de capacitação englobam temas inerentes a formação do jovem como ser humano
e como agente transformador da sociedade. Ao abordar questões relacionadas ao
desenvolvimento interpessoal do jovem, essas oficinas proporcionam uma visão mais realista
do ambiente em que estão inseridos e da postura que devem ter para atingir o sucesso tanto
profissional como pessoal. Conforme explica Souza Campos (2000, p. 14):
Quando se consideram todas as habilidades, os interesses, as atitudes, os
conhecimentos e as informações adquiridas, dentro e fora da escola, e suas relações
com a conduta, a personalidade e a maneira de viver, pode-se concluir que a
aprendizagem acompanha toda a vida de cada um. Através dela, o homem melhora
suas realizações nas tarefas manuais, tira partido de seus erros, aprende a conhecer
a natureza e a compreender seus companheiros. Ela capacita-o a ajustar-se
adequadamente a seu ambiente físico e social.
O computador é uma ferramenta de informação que faz parte do cotidiano atual. Sendo assim,
deve-se preparar os jovens e adolescentes a encarar com responsabilidade os benefícios que a
tecnologia pode trazer. Os treinamentos em microinformática, além de fornecer capacitação
profissional, aproximam os jovens do processo de globalização. Malagutti e Bergo (2009)
explicam que:
A busca da inclusão digital pode ser uma luta pela globalização contra-hemônica,
se dela resultar a apropriação pelas comunidades e pelos grupos sociais socialmente
excluídos da tecnologia da informação. Entretanto, o caminho para ampliar a
cidadania pode ser trilhado por via do investimento em educação.
Assim, ao ministrar tais treinamentos para seus jovens aprendizes as empresas, conciliam a
necessidade de praticar ações de responsabilidade social, pois inserem os jovens na sociedade
da informação com a necessidade de qualificação de seu quadro funcional.
4 Pesquisa de campo
Nesta seção apresentam-se os principais conceitos e objetivos dos programas de capacitação
profissional oferecidos pela Itaipu Binacional.
4.1 Programas de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT)
O PIIT foi criado pela Itaipu Binacional em 1988. Chamva-se inicialmente “Programa Bom
Menino”. No ano de 1992 o nome foi alterado para Programa de Iniciação e Incentivo ao
Trabalho(PIIT). A Empresa desenvolve este projeto em parceria com a Associação de
Educação Familiar e Social do Paraná, a Guarda Mirim de Foz do Iguaçu e o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O programa contribui para o atendimento ao
disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, que
dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Cumpre também o que está
redigido no artigo 277 da Constituição e na Lei 10.097/2000.
O grande objetivo do programa é promover a iniciação profissional de adolescentes de baixa
renda. Ou seja, além da oportunidade do primeiro emprego para muitos, é também uma forma
de ajudar na renda mensal das famílias. A faixa etária compreende dos quinze anos e oito
meses, até os dezessete anos e onze meses. Dentro do PIIT existem três modalidades:
Iniciantes (com formação técnico-profissional), Aprendiz e Jovem Jardineiro.
a)
menor aprendiz: propicia aprendizagem compatível com o desenvolvimento físico,
moral e psicológico, com a inscrição do aprendiz em cursos com formação técnico
profissional;
b) jovem jardineiro:é oferecido a esses adolescentes, um processo educativo na área
específica de jardinagem, proporcionando conhecimentos e habilidades que lhes
permitam despertar e aprimorar as potencialidades, através de atividades teóricas e
práticas em jardinocultura;
c)
iniciante:o foco do trabalho com esses adolescentes está na oportunidade de
desenvolvimento no campo profissional, garantindo sua permanência e progressão
escolar, contribuindo direta ou indiretamente com o orçamento familiar e, principalmente,
formando novos cidadãos com condições dignas de vida.
Em Foz do Iguaçu, o programa atende hoje cerca de cento e oitenta adolescentes, distribuídos:
na Usina Hidrelétrica, no Centro Executivo, no Ecomuseu, na sede da Associação de
Moradores da Vila A e no Refúgio Biológico de Bela Vista. Independente do local e do
supervisor de área, todos estão ligados a coordenação do PIIT. O responsável pela
coordenação é o funcionário Marcos Antonio C. de Araújo, o “Marcão”, lotado junto a
Divisão de Acompanhamento e Seleção (RHDA.AD), que desenvolve este trabalhado
auxiliado por uma estagiária de administração e duas menores do programa, uma na parte da
manhã e outra à tarde, e conta também com o apoio da psicóloga Josemeire Terezinha
Cordeiro.
Marcos é formado em Educação Física pela Fundação de Ensino Superior de Recife
/Pernambuco (FESP) - 1980, e pós-graduado em Dinâmica de Grupos, em 2003, pela
Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo. Responsável pelo programa PIIT desde 1995.
Josemeire concluiu a faculdade de Psicologia pela Universidade Federal do Paraná, em 1995,
onde também cursou a pós-graduação com especialização em Psicologia do Trabalho, em
2005; trabalha na Itaipu desde agosto de 2008.
Os integrantes do PIIT recebem bolsa auxilio no valor do salário mínimo vigente, valetransporte, vale alimentação, assistência médica e odontológica.
O contrato de aprendizagem encerra quando o adolescente completa dezoito anos de idade ou
em caso de inadaptação, falta disciplinar grave, desempenho insuficiente ou a pedido do
adolescente.
O Programa PIIT da Itaipu Binacional diferencia-se de outras iniciativas de educação
profissional e de projetos alternativos que têm sido propostos, ao se afastar da formação típica
do mercado, e centrar no treinamento para o exercício de uma ocupação. Ela oferece e amplia
os horizontes da capacitação, preparando seus participantes para uma vasta gama de
possibilidades e uma atuação cidadã com espaçopara percepção das relações humanas e para
com o planeta.
4.2 Treinamentos de Microinformática
Preocupada com a capacitação profissional, a responsabilidade da Itaipu para com estes
jovens vai além de lhes oferecer o primeiro emprego. A empresa investe em treinamentos de
microinformática, oferecidos gratuitamente aos menores.
Os cursos são ministrados por um instrutor externo do Instituto SPEI, empresa que atua a
vinte e sete anos no mercado de ensino de Informática, e conta com três unidades em Curitiba
mais a extensão em Foz do Iguaçu. O objetivo é ensiná-los a lidar com programas do pacote
Microsoft Office, tornando mais bem preparados para o mercado.
São três programas em que há a capacitação: Excel, Word e Power Point.
O Excel e o Word são divididos em três módulos, com cargas horárias diferentes: básico (12
horas); intermediário (8 horas) e avançado (8 horas). Já o curso de Power Point possui
somente um módulo, com carga horária igual há 12 horas. A preferência é que o adolescente
comece pelo básico, mesmo que já tenha conhecimento sobre a ferramenta, e avance de nível.
O Departamento de Desenvolvimento Humano (RHDD.AD), Treinamento, possui uma sala
específica para estes cursos, equipada com computadores individuais para cada participante.
A capacidade máxima é de doze participantes. O aprendizado com um número reduzido de
alunos melhora no atendimento e esclarecimento de dúvidas.
Por já fazerem cursos na Guarda Mirim, os adolescentes das categorias Jovem Jardineiro e
Menor aprendiz não participam destes cursos na Itaipu. A oportunidade é dada para os
Iniciantes, que são selecionados conforme histórico nos cursos do mesmo módulo.
As aulas têm duração de quatro horas quando acontecem no período da manhã, e de três horas
no período da tarde, o que acaba aumentando em um dia de curso com relação à manhã. Os
intervalos são de quinze minutos, e o coffe-break servido é custeado pela Itaipu.
A frequência mínima exigida para ter o curso completo é de 75%. Os certificados são
impressos individualmente e com a especificação de cada tipo de curso (Excel Intermediário,
Excel Avançado, Word Básico, etc.), e o responsável pela emissão é o Instituto SPEI. Cabe a
área de Desenvolvimento Humano da Itaipu controlar a frequência, repassar o nome dos
participantes para emissão e distribuir os certificados.
Ao final de cada treinamento, são aplicadas avaliações de reação. São perguntas básicas
quanto à aplicabilidade do curso, infraestrutura do local e avaliação do instrutor. Também há
espaço para comentários e sugestões. Essas avaliações são tabuladas, impressas e arquivadas
junto com os demais documentos relacionados ao curso. Nas avaliações dos adolescentes,
nota-se um grau de satisfação ótimo para com o treinamento, e eles consideram de excelente
aplicabilidade no cotidiano. Na Figura pode-se visualizar jovens sendo educados pelo
programa.
Figura 1: Treinamento de Microinformática
Fonte: www.jie.itaipu, acesso em 22 de setembro de 2010
4.3 Treinamentos da Educare
A EDUCAREFOZ Atendimento de Turismo Educativo Ltda.,surgiu por meio do Programa de
Geração de Empreendimentos em Turismo e Comunicação do Parque Tecnológico Itaipu
(PTI) para fins comerciais e administrativos. Desde 2005 ela atua no mercado regional,
diferenciando-se no mercado pela sua forma de gestão, que acontece de modo interativo e
participativo.
Juntamente com a Coordenação do PIIT, a Educare desenvolveu uma capacitação especial
para os jovens do programa. Em síntese, os objetivos desta capacitação são descritos a seguir:
a)
propiciar atividades ao ar livre, levando-os a reflexão, interação e sensibilização para o
trabalho de competências;
b) fortalecer a autoestima dos jovens e estimular a expressão de suas potencialidades;
c)
sensibilizá-los para a importância das relações humanas;
d) estimular a reflexão sobre o comportamento profissional;
e)
despertar para o plano de vida e carreira;
f)
planejar e desenvolver planejamento financeiro.
Para o desenvolvimento deste projeto, a Educare citou a utilização das seguintes ferramentas:
o lúdico, as intervenções interdisciplinares, dinâmicas de grupo, atividades ao ar livre. Todas
voltadas para que haja um momento agradável, divertido e prazeroso para os jovens.
As oficinas promovem o autodesenvolvimento das competências básicas: aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. Para tratá-las com os jovens
de uma forma produtiva e não exaustiva, foi traçado planejamento que definiu a divisão das
oficinas por turmas, para um melhor desempenho e atendimento, e por módulos aprofundando
mais temas.
Meta
Aplicação
Indicador Físico
Unidade
Oficina 1
TEAL
Treinamento ao Ar Livre
Oficina 2
Inteligência Financeira
Oficina em sala ampla, com
reflexões e construção de
planejamento
financeiro,
com inserções artísticas.
Quantidade
01 Oficina de 08
horas
Oficina
(08
turmas)
01 Oficina de 08
horas
Oficina em sala ampla, com
a construção do plano de
vida e carreira em todas as
áreas.
01 Oficina de 08
horas
Oficina em sala ampla, com
Oficina 3
Como lidar com pessoas inserções
artísticas,
difíceis
reflexões e apresentações de
dinâmicas de grupos.
01 Oficina de 08
horas
Oficina 4
Plano de Vida e Carreira
Tabela1:Capacitação para os jovens do PIIT
4.3.1 TEAL
Abordando a competência aprendendo a conhecer, a primeira oficina proporciona aos jovens a
integração com o grupo utilizando-se de jogos cooperativos, circuitos de orientação e
dinâmicas de interação. As atividades desenvolvidas ao ar livre trazem o desafio, a mudança
de percepção, busca da autoconfiança, da autorealização, da solidariedade e do trabalho em
grupo. Os desafios físicos e intelectuais ocasionam aos participantes uma superação pessoal e
a utilização dos métodos holísticos (compreensão integral das situações) alcança resultados
mais consideráveis.
A proposta da oficina para os PIITs tem o propósito de despertar sentimentos e sensações,
através do trabalho em equipe que o TEAL proporciona pelo envolvimento integral dos
participantes, que estarão fisicamente e mentalmente ativos, possibilitando reflexões e
entendimentos.
O objetivo principal é o desenvolvimento pessoal e a elevação da autoestima. A Figura 2
indica este tipo de atividade.
Figura 2: TEAL – Treinamento ao Ar Livre que desenvolve a integração e traz desafios
Fonte: www.jie.itaipu, acesso em 22 de setembro de 2010
4.3.2 Inteligência Financeira
O controle excessivo de gastos e a falta de planejamento financeiro afeta, senão todos, mas a
maioria dos jovens que ingressam na carreira profissional. O dinheiro do primeiro salário é
investido no sonho de consumo da adolescência: são roupas, calçados, acessórios, enfim, o
importante é conquistar aquilo que sempre desejou.
O objetivo do módulo de Inteligência financeira é refletir acerca do domínio sobre o dinheiro,
o controle dos impulsos de consumo. Através de exercícios com planilha básica de orçamento,
identificam-secomo estão às finanças pessoais e os investimentos profissionais, buscando
soluções, colocando em evidência a responsabilidade de cada indivíduo sobre mais este
aspecto. Também desejar aperfeiçoar a maneira com que pensam, fazendo com que
enxerguem as oportunidades que norteam suas vidas.
Essa oficina se associa diretamente no processo de formação dos jovens do PIIT, pois tem
relação direta com o comprometimento profissional e a administração da bolsa-auxílio
recebida pela empresa, ou seja, faz relação à oportunidade de empreender-se
profissionalmente e ser gestor de seu dinheiro. A geração que mais sofre com os
desequilíbrios financeiros tem que estar preparada para o mercado econômico.
4.3.3 Plano de Vida e Carreira
Grande parte dos jovens nessa idade ainda não possui a certeza do que irão fazer: qual
faculdade/curso técnico cursar, onde e com o que querem trabalhar. A falta de planejamento
de vida e carreira advém muitas vezes, do ambiente de trabalho, da escola ou da família em
que vivem. É preciso que estes jovens sejam motivados constantemente a pensar e agir
diferente, levando-os a sonhar com um futuro mais promissor e uma carreira de sucesso. O
programa PIIT é uma oportunidade que estes jovens têm para descobrir talentos, habilidades,
conhecer o seu potencial e ter uma perspectiva positiva da sua carreira no futuro.
A oficina PVC propõe o autoconhecimento para melhorar a autoestima e a consciência de
onde se quer chegar para projetar a busca do que é necessário. As atividades práticassão:
construção de um mural da qualidade, descrição de projetos em dimensões como cuidados
consigo mesmo, vivência comunitária, relações familiares, vida espiritual e desenvolvimento
pessoal. Também se constrói o livro “Minha vida, minha carreira”, traçando Plano de Vida e
de Carreira dos jovens.
4.3.4 Como lidar com pessoas difíceis
Cada ser humano age e reage de formas diferentes. O mundo atual é constituído de várias
culturas, que se encontram diariamente nas ruas, filas de banco, escolas, lojas. São contextos
sociais distintos num mesmo espaço fisico. Muitas pessoas se fecham de tal forma para a
comunicação e interação que acabam impedidas de receber feedbacks adequados para que
identifiquem onde estão cometendo erros. Outras se distanciam daqueles que tem modos de
pensar diferente, e que não aderem os conceitos próprios.
O homem tem por instito transformar tudo o que é contrário a ele em defeito, destacando as
inconveniências e vendo as diferenças como algo desagradável. Pensando nessa dificuldade, a
Educare trata deste tema delicado tentando persuadir os jovens a não se prenderem em préconceitos.
Esta Oficina é uma proposta de reeducação vivencial, para que se alcance um clima
organizacional com maior qualidade de vida e satisfação nos relacionamentos. O objetivo é
levar os jovens a identificar, escutar e entender as diferenças, compreendendo as intenções
que levam a ação, para que os relacionamentos nas rotinas diárias da escola, trabalho e
família, possam ser produtivos. Conscientizá-los a não reagirem influenciados pela ação, mas
sim, exercerem a escolha consciente em cada atitude.
5 Considerações Finais
Com base nas informações apresentadas, e considerando a revisão bibliográfica, encerra-se o
texto destacando a responsabilidade social da Itaipu Binacional para com o programa PIIT, a
qual investe em valores profissionais e éticos na vida dos jovens. Tanto os cursos de
microinformática quanto as oficinas desenvolvidas pela Educare, oferecem uma nova
realidade e proporcionam o crescimento destes jovens, abrindo as portas para um futuro e uma
carreira promissora.
Referências
ASHLEY, P.A. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2003.
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 2000.
GOMES, Adriano; MORETTI Sérgio. A responsabilidade e o Social. São Paulo: Saraiva,
2007.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho
Científico. São Paulo: Altas, 2008.
GOMES, Silvana. Proposta de Capacitação para o Programa PIIT - Programa de
Iniciação e Incentivo ao Trabalho, na Itaipu Binacional. Foz do Iguaçu: Educare, 2010.
Itaipu Binacional. Sobre o Programa PIIT. Disponível em:
<http://www.itaipu.gov.br/recursoshumanos/programa-de-iniciacao-e-incentivo-ao-trabalho>.
Acesso em 22/09/2010.
BRASIL. Itaipu Binacional. Diretoria Administrativa e Superintendência de Recursos
Humanos. Cartilha do Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho. Foz do Iguaçu,
2010.

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