Drácula Ficha

Transcrição

Drácula Ficha
Dracula
‘
Legadode
Nosphoros
Dracula
‘
2
Contrário ao expresso na literatura e filmes, que o
apontavam como um autêntico vampiro, o Drácula histórico
consistiu tão somente num Familiar utilizado como joguete
pela Lilim Sarahelen para assegurar o controle do poder
político na região da Valáquia e Transilvânia. Realmente,
Drácula era um ser humano que se destacava dos demais nas
suas habilidades como homem de cultura, estadista e militar
e o Matriarcado de Lilith foi o primeiro a antever a ascensão
deste mortal ao trono da Valáquia.
Vlad Dracula, o Filho do Dragão, havia ascendido ao trono
em junho de 1456, quando da passagem do cometa Halley,
que foi documentado por astrônomos chineses e europeus. Sua
ascensão durante tal aparição celestial foi interpretada como um
símbolo de vitória.
Em 1457, Drácula cumpriu o seu
voto no juramento que fizera anos
antes a seu primo, Estevão, quando
aquele que assumisse primeiro o seu
trono ajudaria o outro a conquistar
sua sucessão legítima, devendo
permanecerem unidos. Desta feita,
Drácula apoiou a ascensão de
Estevão ao poder na Moldávia e o
consagrou seu governante.
Drácula mantia um juramento
de fidelidade ao rei da Hungria, que
o auxiliou na sua ascensão como
governante e ao Papa, mas era vassalo
dos turcos, o que incluía pagamento
de tributo e visita ocasional a
Constantinopla, a qual havia sido
conquistada pelos muçulmanos. A
figura de Drácula era maquiavélica por excelência, mas os
turcos paulatinamente trabalhavam contra a fé católica, o
que o importunava.
No início de seu reinado como Príncipe da Valáquia,
Sarahelen, na época uma Nosferatu Jovem, conseguiu se tornar
uma das consortes de Drácula durante uma das incursões
noturnas e solitárias que este desempenhava disfarçado, nos
arredores da capital Tirgosviste em busca da companhia de
mulheres bonitas, mas humildes, que às vezes se tornavam
suas amantes. Sarahelen obteve êxito em seduzi-lo, mas em
um momento de paixão ela ofereceu a Vlad a chance de ser
seu Familiar e este aceitou. Porém, alguém de temperamento
beligerante como Drácula jamais se curvaria a Sarahelen se não
fosse submetido a um Vínculo, o que de fato ocorreu.
Drácula era conhecido como Vlad “Tepes” (“O Empalador”),
suprindo a Casa de Lilith de farto alimento consubstanciado
no sangue derramado daqueles homens e mulheres que eram
empalados porque representavam perigo a seu Principado ou
porque assim suspeitava o príncipe da Valáquia. Algumas
vezes, pezaroso com o destino de tais pobres almas,
Drácula exigia de certos mortos um enterro cristão. Era
falado também que Drácula teria realizado um banquete
pessoal durante uma dessas execuções, onde comeu um pão
embebido no sangue desses moribundos, a maioria deles
assassinos de seu pai e irmão.
Drácula não perdoava sequer indícios de deslealdade
entre seus subordinados, submetendo não somente a nobreza
(“boiardos”) de Tirgosviste a sua vontade, eliminando os infiéis
e os substituindo por homens de sua confiança, mas também
chacinando aqueles membros da Igreja que ousavam se opor
às práticas vis pelas quais ele se mantia no poder. No entanto,
como um xenófobo convicto, prezava o patriotismo e numa
visão distorcida de valores, fornecia doações para aqueles
clérigos que assentiam nos seus atos,
pois em seu íntimo, Vlad também se
preocupava com sua espiritualidade.
Como
governante
supremo
da Valáquia, Drácula representou
um excelente modo de barrar a
influência da Mihna e dos Nizaris
Ismaelitas no território valáquio, que
cobravam tributo infantil (alistamento
de crianças para os regimentos
islâmicos), para o sultão Mehmed II
em total discrepância ao pactuado. As
relações entre a Turquia e a Valáquia
haviam se tornado tão insuportáveis
que Vlad passou a descumprir suas
obrigações como vassalo.
Em 1461, emissários do sultão
foram enviados para solucionar o
impasse, de forma a capturar ou matar
Vlad Dracula numa emboscada. Por fim, Drácula percebeu
o plano do sultão e se tornou um cruzado da Igreja Católica
quando iniciou uma campanha militar contra os turcos sem
declaração formal de guerra.
Na época, a Moldávia encontrava-se sob controle político do
Patriarcado de Lamec, e quando Vlad requisitou auxílio do seu
primo, Estevão, este quebrou seus votos e se colocou ao lado
dos turcos no ataque à sua fortaleza, em Chilia, no Danúbio.
Seu primo Estevão agia sob a influência do Patriarcado de
Lamec, desejoso em sobrepujar a zona de influência das Lilins.
A esposa de Vlad se matou no auge do combate para não se
entregar ao inimigo e para evitar uma derrota iminente, Drácula
fugiu do castelo por uma passagem secreta com seu filho de
poucos meses de vida e alguns fiéis seguidores no meio da noite.
Contudo, a criança caiu dos seus braços durante o percurso a
cavalo e este não pôde ser encontrado naquele momento em
razão da proximidade de tropas inimigas.
Vlad prosseguiu para buscar apoio do Rei Húngaro, mas
antes recompensou seus soldados mais leais com parte de seu
Neste ponto, quando todos pensavam que Drácula não era
mais útil, foram as Forças da Ordem que intervieram para trazêlo de volta à vida como um Nituus. O próprio Arcanjo Miguel
foi incumbido dessa tarefa. Entendia a Ordem que aquele
mortal era importante demais para ser descartado, sem que
completasse sua missão na Terra. O Filho do Dragão levantouse e saiu discretamente do campo de batalha, como um solitário
sobrevivente, mas sua morte foi tão abrupta e violenta que seu
renascimento apagou completamente sua memória.
O exército turco tinha ordens de trazer a cabeça de Drácula
como troféu para Constantinopla e ao perceber que seu cadáver
não fôra mais encontrado, decapitou a cabeça de um falecido
soldado parecido com o Príncipe Vlad, para expô-la em
praça pública como prova de que o terrível Empalador estava
realmente morto. O corpo sem cabeça do falso Empalador teria
sido enterrado por monges num Monastério, mas o cadáver
jamais foi encontrado.
Durante sua nova existência, Vlad foi amparado
secretamente por Acólitos superiores da Ordem e isolado do
mundo, aprofundou-se nos estudos de Dádivas. Neste interím,
a maior parte da memória de Vlad já tinha retornado, mas para
ele não havia mais sentido vislumbrar seu passado sangrento
de intrigas mortais, eis que seus valores eram outros. Ele se
lembrou que havia enterrado secretamente seu tesouro em
determinado terreno antes da fatídica batalha que o matou e
utilizou esses recursos financeiros para atingir suas metas.
No entanto, Vlad retornou da morte ainda como um Familiar
e decidiu assegurar sua imortalidade para conseguir o tempo
DRÁCULA
DRÁCULA
O Familiar Drácula
tesouro e os dispersou temporariamente para facilitar a fuga,
aproveitando para enterrar grande parte de suas riquezas em
um local seguro. Após, o Empalador se apresentou à presença
do Rei da Hungria. A partir de então, Sarahelen perdeu contato
com seu Familiar.
No entanto, o atual Rei da Hungria, Matias Corvinus
era um devoto secreto do Destruidor e sendo informado por
Acólitos do Caos que o Príncipe da Valáquia nunca serviu em
última instância ao exército das Trevas, mas era um “testa-deferro” dos Nosferatus, medidas assecuratórias foram tomadas.
Drácula ainda era muito importante para ser descartado,
portanto, devia ser colocado longe da influência dos filhos de
Nosphoros até estar pronto para retornar ao seu trono como
servo mortal do Caos.
Traído pelo Rei Matias da Hungria, Drácula foi mantido
em cativeiro (prisão domiciliar) até 1475. Contudo, embora
fosse um cruel tirano, Vlad era tido como um eficiente cruzado
da Cristandade e vários Estados Cristãos e até mesmo o Papa
perquiriram ao Rei Matias o motivo para manter Drácula preso.
Uma complexa farsa foi montada para explicar o ocorrido:
foram falsificados documentos escritos pelo Príncipe da
Valáquia, endereçados ao sultão Mehmed II, que suplicavam
sua misericórdia na guerra para que o servisse novamente. Tais
documentos teriam sido interceptados e entregues ao Rei da
Hungria. Diante dessas provas forjadas, Vlad foi abandonado
completamente por seus aliados.
Vlad havia se afastado da influência de Sarahelen, mas
ainda era seu Familiar. Era dito que em sua prisão domiciliar,
Drácula empalava pequenos animais na falta de seres humanos
e sorvia seu sangue.
Ademais, embora Vlad estivesse imerso em muitos Pecados,
os Acólitos do Caos não viam meios seguros de atrair a confiança
dele para a aceitação aberta dos preceitos do Destruidor, pois
Vlad era ainda um fiel temente a Deus. Então, optaram em
continuar manipulando o Filho do Dragão.
Em 1475, como preço para retornar ao trono da Valáquia sob
o apoio dos húngaros foi exigido que Drácula fosse convertido
à religião católica e se casasse com uma parente de Matias.
Era uma forma de angariar a simpatia da Igreja Católica, que
exercia grande influência na Hungria, para a escolha de Vlad
como o homem de sangue real capaz de expurgar os turcos da
Valáquia e assumir seu trono.
Foi com relutância que Drácula aceitou renunciar sua fé
ortodoxa e se converter ao Catolicismo, bem como as demais
condições impostas pelo Rei Matias para obter seu apoio.
Nessa época Vlad reencontrou seu filho perdido, que havia
sido educado por camponeses e recompensou generosamente
essas pessoas.
Contudo, a guerra não tardaria a ocorrer novamente. O primo
de Vlad, Estevão mostrou-se arrependido por ter quebrado seus
votos de lealdade e perante o Rei Matias, prestou-se a auxiliar
Drácula na sua retomada ao poder. Então, Vlad teve filhos com
sua nova esposa, sendo enviado ao combate para liderar seu
exército contra os turcos que tomaram a Valáquia.
De noite, quando Drácula se dirigiu para a batalha, o
Patriarcado de Lamec conspirou para a morte de Vlad, que foi
traído pelas forças moldávias de Estevão em combate. Vlad
caiu perfurado por lanças e foi dado como morto ao final da
batalha. Ao tentar localizá-lo, Sarahelen descobriu que seu
Familiar havia perecido.
3
DRÁCULA
necessário sobre a Terra com o fim de empreender o plano divino
traçado. Motivado por vingança, organizou com o auxílio de
Acólitos da Ordem a captura de Sarahelen. Drácula a manteve em
cativeiro através de Rituais num lugar secreto, onde a alimentava
com sangue de animais para garantir a perpetuação de sua vida
como Familiar e se dedicar completamente ao combate contra as
forças das trevas. Sarahelen seria mantida “viva” enquanto Vlad
não encontrasse outra forma melhor de alcançar a imortalidade.
Era um pequeno sacrifício em nome de sua fé.
Renascido como um Nituus, o Empalador vislumbrou uma
pequena parcela da Verdade e se tornou mais uma ferramenta da
Ordem no mundo.
Personagem: Vlad Draculea
Aparência: cabelos longos e negros com fios grisalhos esparsos,
bigode longo e negro, olhos verdes, longas e espessas sobrancelhas,
nariz longo, reto e fino, aparenta cerca de 40 anos (528 anos, desde
sua “morte”).
Estirpe: Nituus/Familiar (LN, pgs. 55-58).
Vocação: Líder; Ofício: Filho do Dragão; Caráter: Grão
Duque; Caricatura: Marechal.
Atributos: FOR 6 [2]; DES 7 [3]; VIT 6 [2]; INT 6 [2]; PER 6
[2]; CAR 7 [3]; ESP 10 [9]; Vontade: 6.
PV: CAB. 6; TRONCO 9; BRAÇO 3; PERNA 4; PTO VITAL 3.
Pecados & Virtudes: Ira 2; Gula 1; Vaidade 2; Cobiça 1;
Luxúria 1; Justiça 1; Honra 2; Sacrifício 2; Coragem 1.
Características Secundárias:Ira Extra+1 [-5]; Teimosia [-8];
Coragem Extra+1 [-5]; Cobiça Extra+1 [-5]; Luxúria Extra+1
[-5]; Justiça Extra+1 [-5]; Honra Extra+2 [-8]; Sacrifício Extra+2
[-8]; Objetivo Condutor: Eliminar o Mal do Mundo Vivo [-15];
Inimigos Muito Raros: (Estirpe Nosferatu [-15]; Estirpe Lamia
[-15]; Igreja Negra [-15]); Vício Comum: Síndrome Vampírica
[-8]; Segredo Muito Raro: Familiar [-15]; Não gosta de Turcos
[-1]; Status Hierárquico Muito Raro (Filho do Dragão) [15]; ExSenhor Aprisionado (Sarahelen) [8]; Classe de Idade Imortal
Grão-Lorde [4]; Anjo da Guarda [15]; Bonito [5]; Aliado Muito
Comum (Palatino de uma Sede) [5]; Rico [12]; Influência
Comum (Submundo) [8]; Influência Rara (Política) [12];
Influência Rara (Justiça) [12]; Influência Comum (Exército) [8];
Informante Muito Comum (Exército) [5]; Informante Comum
(Justiça) [8]; Informante Raro (Submundo) [12]; Informante
Muito Raro (Política) [15]; Identidade Falsa Muito Rara (Atual)
[15]; Identidade Falsa Muito Comum (Submundo) [5].
4
Habilidades: Pistola 6 [3]; Esquiva 7 [4]; Briga de Rua 7 [4];
Furtividade 7 [4]; Lâminas Curtas 7 [4]; Lâminas Longas 7 [4];
Escudo 6 [3]; Armas de Esgrima 7 [4]; Lança 5 [2] ; Avaliação
de Objetos 5 [2]; Condução 6 [3]; Intimidação 6 [3]; Lábia
6 [3]; Liderança 8 [6]; Tática 7 [4]; Estratégia Militar 6 [3];
Investigação 6 [3]; Política 6 [3]; Manha 6 [3]; Dissimulação 6
[3]; Empatia 5 [2]; Detecção de Mentiras 5 [2]; Sedução 6 [3];
Computador 5 [2]; Primeiros Socorros 5 [2]; Adestramento de
Animais 7 [4]; Conhecimento Local 9 [9]; Sobrevivência 7 [4];
Teologia Cristã 5 [2]; Angelologia 7 [4]; Demonologia 6 [3];
Ocultismo 10 [12]; Conhecimento Vampírico (Nosferatu) 7 [4];
Vampirologia (Nosferatu) 8 [6]; Vampirologia (Lamia) 7 [4];
Vampirologia (Ghul) 6 [3]; Vampirologia (Sukuyan) 5 [2]; Soc.
Secreta (Ordem do Dragão) 9 [9]; Sociedade Secreta (Casa de
Lilith) 5 [2]; História (Romênia) 7 [4]; Heráldica 8 [6]; Etiqueta
6 [3]; Disfarce 5 [2]; Escalada 6 [3]; Cavalgar 7 [4]; Natação 5
[2]; Línguas: Romeno [0]; Francês 5 [2]; Alemão 4 [1]; Inglês 5
[2]; Árabe (turco) 4 [1].
Dádivas: Locus 2 (Aspecto Metamórfico; Controle Corporal)
[12]; Obsigno 6 (Atordoar; Ocultar Emoções; Força de Vontade;
Invadir Pensamentos; Ordem; Hipnose) [84]; Mortalis 6 (Dor;
Causa Mortis; Necrose; Absorção de Vida; Desmembramento;
Morte da Essência) [84]; Ferus 3 (Comunicar com Animais;
Sentidos Animais; Convocação) [24]; Ferus 1 (Instinctu) [4];
Propheticus 1 (Noção do Perigo) [4]; Propheticus 1 (Profecias
Simples) [4].

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