ESPÍRITO DE INICIATIVA
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ESPÍRITO DE INICIATIVA
ESPÍRITO DE INICIATIVA A CHAVE QUE LIGA EMPREENDEDORISMO, VOLUNTARIADO E SAÚDE FINANCEIRA a revista da caixa CAIXA GERAL DE DE P ÓSI TOS NO ARRISCAR ESTÁ O GANHO FRANCISCO BANHA, GONÇALO REGALADO E JOÃO GARCIA DA FONSECA EM ENTREVISTA EXCLUSIVA N . o 1 3 | o u tu b ro d e 2 0 1 3 | A n o I V O XISTO E A SERRA À DESCOBERTA DA LOUSÃ E DAS MÁGICAS ALDEIAS DE PEDRA DESCUBRA TUDO O QUE A CAIXA TEM PARA LHE OFERECER € 1,50 CONTINENTE E ILHAS PERIODICIDADE TRIMESTRAL CLIENTE MAIS SER CLIENTE MAIS É DAR A VOLTA PARA TER UM FUTURO COM MAIS VANTAGENS. Ser Cliente Mais é poder investir na formação e no futuro, beneficiando de uma redução na taxa de juro do Crediformação.* Poderá, por exemplo, pagar menos 167,08 € num crédito de 12.000 € a 180 meses. É somar vantagens em poupanças, em financiamentos, em seguros, na gestão do dia-a-dia e em todas as voltas da vida. Para ser Cliente Mais basta receber o ordenado ou pensão na Caixa, ter Caixadirecta, Cartão de Débito e de Crédito. * TAEG de 4,2% calculada com base numa TAN de 3,598% (Euribor 3M + 3,375%), em outubro de 2013, para um crédito de 12.000 €, com prazo total de 180 meses (24 meses de utilização + 36 meses de diferimento + 120 meses de reembolso) e garantia de fiança. Exemplo para cliente com rendimento domiciliado, serviço Caixadirecta, cartão de crédito e cartão de débito ou débito diferido. Prestação na fase de utilização: 40,39 €. Prestação na fase de reembolso: 122,37€. MTIC: 17.195,44€” . HÁ UM BANCO QUE DÁ MAIS VANTAGENS AOS SEUS CLIENTES. A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24 horas por dia / todos os dias do ano Informe-se na Caixa editorial e Fazer a diferença a revista da caixa Diretor Francisco Viana Editores Luís Inácio e Pedro Guilherme Lopes Arte e projeto Rui Garcia e Rui Guerra Colaboradores Ana Rita Lúcio, Helena Estevens, Leonor Sousa Bastos, Paula Lacerda Tavares (texto); FG + SG, Filipe Pombo, João Cupertino, Miguel Manso e Gualter Fatia, com agências Corbis, Getty Images e iStockphoto (fotos); Marta Monteiro (ilustração); Dulce Paiva (revisão) Secretariado Teresa Pinto Gestor de Produto Luís Miguel Correia Produtor Gráfico João Paulo Batlle y Font REDAÇÃO TELEFONE: 21 469 81 96 FAX: 21 469 85 00 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos PUBLICIDADE TELEFONE: 21 469 87 91 FAX: 21 469 85 19 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Diretor Comercial Pedro Fernandes ([email protected]) Diretor Comercial Adjunto Miguel Simões ([email protected]) Diretora Coordenadora Luísa Diniz ([email protected]) Assistente Florbela Figueiras (ffi[email protected]) Coordenador de Materiais José António Lopes ([email protected]) Editora Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. NPC 501 919 023 Capital Social: €74 748,90; CRC Lisboa Composição do capital da entidade proprietária Impresa Publishing, S. A. - 100% R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Tel.: 21 469 80 00 • Fax: 21 469 85 00 Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S. A. Distribuição Gratuita (a revista Cx tem preço de capa, mantendo-se, no entanto, o seu caráter de oferta) Propriedade Caixa Geral de Depósitos Av. João XXI, 63, 1000-300 Lisboa Periodicidade Trimestral (Edição n.º 13, outubro/dezembro 2013) Depósito Legal 314166/10 Registo ERC 125938 Tiragem 72 000 exemplares Correio do leitor [email protected] A VIDA É FEITA DE DECISÕES, todos o sabemos, mas há decisões mais importantes do que outras. E algumas são autênticos desafios de vida, envolvendo coragem e motivação para assumir responsabilidades e, por vezes, enfrentar um futuro do qual a incerteza faz parte. A isto chamamos «espírito de iniciativa». É, precisamente, este espírito de iniciativa que, ao longo dos anos, a Caixa Geral de Depósitos tem procurado incentivar, colocando-se ao lado dos portugueses e dos seus projetos, seja em Portugal ou nos quatro cantos do mundo. Um espírito empreendedor, voluntarioso e sagaz, que desejamos ver cada vez mais enraizado no nosso País, promovendo, assim, a saúde financeira e o futuro sustentável. Está, assim, apresentado o tema maior desta edição da Cx que, agora, chega até si. Um tema que juntou à mesa Francisco Banha, da Federação Nacional de Associações de Business Angels, João Garcia da Fonseca, que em 2008 lançou a sua própria start-up, e Gonçalo Regalado, diretor do programa comunitário Juventude em Acção. Tentámos perceber como estas temáticas se relacionam, como o tal espírito empreendedor e voluntarioso dos jovens de hoje pode ajudar na aquisição de competências para os líderes e empresários de amanhã. As páginas que se seguem, aliás, estão repletas de exemplos desse espírito de iniciativa, numa linha em tudo semelhante ao que é hábito na Cx. É o caso de Manuel Tarré, que, hoje, lidera um império chamado Gelpeixe; é o caso de Joana Barros, que deixou o conforto do laboratório para transformar a ciência em filme. Mas é, também, o da Associação PAR, apostada em dar respostas sociais e em apoiar os jovens, ou de Rui e Rita Anastácio, que saíram do conforto da sua Casa dos Matos para lançarem o inovador Cooking & Nature Emotional Hotel. E, já agora, da Culturgest, que promove, há 20 anos, a cultura no nosso País e serve de berço a novos talentos. Esta é, pois, uma edição dedicada àqueles que fazem e querem fazer a diferença, àqueles detentores desse tal espírito de iniciativa e empreendedor. O mesmo que, há 137 anos, faz da Caixa o Banco dos portugueses e o parceiro de confiança que faz e ajuda a fazer a diferença. E a dar a volta ao País. FRANCISCO VIANA ESTA É, POIS, UMA EDIÇÃO DEDICADA ÀQUELES QUE FAZEM E QUEREM FAZER A DIFERENÇA, ÀQUELES DETENTORES DESSE TAL ESPÍRITO DE INICIATIVA E EMPREENDEDOR CONHEÇA A APP Esta revista está escrita nos termos do novo acordo ortográfico A Cx é uma publicação da Divisão Customer Publishing da Impresa Publishing, sob licença da Caixa Geral de Depósitos As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas. As características dos produtos e serviços apresentados nesta edição remetem para o mês constante na capa. Confirme a atualidade das mesmas em www.cgd.pt ou numa Agência da Caixa. Cx a re v i s ta d a c a i xa 3 i interior 06 Pormenor Notícias breves DESTAQUES PESSOAS 10 Histórias de sucesso Manuel Tarré 12 Talento Conheça Paulo Henrique Durão e Joana Barros ESTILO 16 Design & arquitetura O arranque da EXD’13 e uma entrevista a José Esparza, um dos curadores da Trienal de Arquitectura de Lisboa 20 Automóveis Citroen DS5, um luxo híbrido 22 Culto + Soluções Há muitas vantagens em ser Cliente da Caixa, incluindo em produtos selecionados 24 Gourmet + Prazeres A Casa Gallega, o Refúgio D’el Rey e uma tentação fria de castanha 39 Observatório A opinião de Gonçalo Amorim DESTINOS 52 Fugas 32 Investir no futuro Da dinamização do tecido empresarial ao estímulo da multiplicação de valor social, poderá o cruzamento entre empreendedorismo e voluntariado conduzir-nos a um futuro mais sustentável e à criação de oportunidades para todos? E como potenciá-lo junto das gerações mais novas? Páteo do Morgado Como divertir-se sem gastar dinheiro; Projeto C 60 Saúde A importância de uma boa alimentação 61 Educação O que importa colocar num curriculum vitae? 64 Sustentabilidade À descoberta da Associação PAR e das bicicletas dos CTT CULTURA 67 Livros & Discos 68 A ligação da CGD à música 72 Agenda 73 Vintage Assim nascia a Caixa 74 Fecho Notícias CGD 4 Cx a rev i s ta d a ca i xa 26 Entrevista Francisco Banha, João Garcia da Fonseca e Gonçalo Regalado dão-nos uma verdadeira lição empreendedora. 40Viagem Aldeias que nos transportam para uma outra dimensão, entre o nevoeiro e o cantar dos veados. Um mundo imaginário tornado realidade, nas Aldeias do Xisto. 48Fugas Chama-se Cooking & Nature Emotional Hotel e desafia-nos os sentimentos, um local onde os pormenores fazem toda a diferença. 54 Institucional As Soluções de Poupança Automática, o Serviço Cliente Mais e muita oferta de produtos e serviços da CGD, a pensar em si 62 Sustentabilidade O lançamento da segunda edição do VolunTeam, projeto que faz a solidariedade e o empreendedorismo germinar nas escolas portuguesas. 70 Cultura Os 20 anos da Culturgest, sempre a promover a cultura nacional. Foto: D.R. VIVER 58 Finanças SOLUÇÕES DE POUPANÇA AUTOMÁTICA POUPE AUTOMATICAMENTE. ATÉ QUANDO ESTÁ A NAMORAR. A Caixa tem consciência de que há muitos Portugueses que sentem que não conseguem poupar. Por isso criou as Soluções de Poupança Automática, onde poupar não só é possível como automático. Por exemplo, pode usar a App Caixadirecta e aumentar as suas poupanças com um simples toque no botão de Poupança Imediata. Ou simplesmente utilizar os cartões da Caixa e, através dos programas de Cash-Back ou Arredondamento, todos os clientes, de todas as idades, vão poder poupar no seu dia-a-dia. Conheça mais Soluções de Poupança Automática numa agência ou em www.cgd.pt e saiba como desfrutar dos melhores momentos da sua vida. HÁ UM BANCO QUE ESTÁ A AJUDAR OS PORTUGUESES A DAR A VOLTA. A CAIXA. COM CERTEZA www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24 horas por dia / todos os dias do ano Informe-se na Caixa p pormenor FOI VOCÊ QUE PEDIU UM GRAFOLITA? Grafolita é o nome de um tipo de letra (type design, de Rui Abreu, especificamente para a marca) e é, também, o nome de mais um belo exemplo de criatividade lusitana. Na Grafolita Notebooks, o papel, a tinta e a cor são rei e rainhas, gerindo um reino feito de cadernos de vários tamanhos e feitios, criados totalmente à mão e impressos em tipografia tradicional. Destinados a todos os que gostam de escrever, desenhar e guardar com todo o carinho, estes cadernos são produzidos um a um, com atenção a todos os detalhes. Os clássicos e as novidades estão em grafolita.com. PROTEGER OS PÉS DOS MIÚDOS E de uma fábrica norte-americana de calçado militar sai a mais recente novidade em moda infantil. Com o outono à porta e porque o sol não dura sempre, estas originais Butler Overboots, extremamente flexíveis, surgem com três números marcados na sola, pelo facto de poderem ser calçadas, por exemplo, por cima de ténis. Assim, garantidamente, as crianças chegam com os pés secos à escola e prontas para a aula de ginástica (o pior será quando saltarem nas poças...). SINTRA Serra elétrica Já é possível serpentear entre Monserrate e o Palácio da Pena em veículos livres de qualquer emissão de carbono, criados de forma a respeitarem a Natureza CAFÉS E BICICLETAS No renovado Mercado Bom Sucesso, no Porto, encontramos uma concept store de ciclismo urbano, que reúne três valências: loja, café e oficina. Chama-se Urban Cicle Café, é gerida por um médico anestesista e por uma arquiteta e, como está bom de ver, aqui as bicicletas são rainhas, mesmo que a visite para tomar brunch! 6 Cx a re v i s ta d a c a i xa a parques de sintra inaugurou uma nova forma de passear pelos Parques da Pena e de Monserrate: carrinhos elétricos, livres de qualquer emissão carbónica, que funcionam em sistema hop on – hop off. Isso permite que, consoante o tempo que tenham, os visitantes possam sair do veículo nos pontos mais emblemáticos e voltar a entrar em qualquer uma das outras paragens existentes. Uma excelente medida, não só em termos ambientais, mas também tendo em conta a abertura de várias novas atrações, casos do Jardim e Chalet da Condessa d’Edla, da Feteira da Rainha e da Abegoaria da Pena, na Pena, e do Jardim do México e do Roseiral, no Parque de Monserrate. Na Pena, o suplemento para utilização do veículo é de três euros, percorre cerca de 2,5 km e tem paragens em dez locais. Em Monserrate, o bilhete tem um custo de dois euros, com o veículo a percorrer 1,5 km e a incluir paragens em seis locais. Funciona das 10 às 19 horas. DESPORTO Maratona a pedal o início de outubro ganhou redobrado interesse: se a realização da Meia Maratona já era motivo para milhares de pessoas saírem de casa, o anúncio da Maratona Bike ampliou o impacto do primeiro fim de semana do mês. Organizado pelo Maratona Clube de Portugal e apadrinhado pelo ciclista Rui Costa, o evento uniu Cascais e Lisboa (Parque das Nações) em duas rodas e contou, este ano, com uma maratona, uma meia-maratona e um contrarrelógio por equipas. Dado o sucesso da iniciativa, está previsto que, já no próximo ano, exista um contrarrelógio individual, que deverá trazer até ao nosso País grandes nomes do ciclismo mundial. OS SKATES DO NOSSO CONTENTAMENTO quem nasceu na década de 70 e cresceu na década de 80 assistiu à estreia do filme Trashin e à febre do skate. Esse gostinho do passado pode ser recuperado, numa versão mais de passeio do que de competição, com os skates Milf (milfskateboards.com). Esta marca portuguesa resulta do trabalho do designer Diogo Frias e da Camila Móveis, que se apresentam nesta parceria como SkateBoard Tailors, apostando num produto que se destina tanto ao sexo masculino como ao feminino. A aparência retro é o suficiente para apelar a skaters entre os 35 e os 50 anos, desejosos por experimentar um Bullock, um Vergara ou um Longoria. Quer partilhar apontamentos? intitula-se grabmark e é uma plataforma criada pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto com o objetivo de permitir aos estudantes portugueses terem uma rede onde seja possível partilharem conteúdos (incluindo os apontamentos que fazem falta para o teste seguinte). Há, igualmente, espaço para fóruns, comentários e partilha de fotos nesta rede, criada há cerca de um ano e que pode ser descoberta em http://s.grabmark.com. Fotos: D.R. DESIGN BEM TEMPERADO A Mendes Gonçalves é uma empresa 100 por cento portuguesa, localizada na Golegã, especialista em produzir todo o tipo de temperos e já distinguida como empresa inovadora (pela Rede COTEC) e uma das melhores para trabalhar em Portugal. Uma das suas marcas é a Paladin, a primeira marca de temperos a certificar os seus produtos com o selo «Portugal Sou Eu» que se destaca pela irreverência das embalagens e dos slogans utilizados. «Tão ninja assim, só pode ser Paladim» pode ler-se nos molhos de soja, «Com tomates assim, só pode ser Paladim», exclama o ketchup, sem esquecer o nome com que foi batizado o piripiri: «Sacana». E diz que «é picante sem ofensa, é tradição bem apurada, este Sacana faz bem a diferença, sem entrar pela asneirada». PROFESSORA E SUPER-HEROÍNA do paquistão chega-nos uma série de animação tremendamente original. Em Burka Avenger, a protagonista é Jiya, uma professora primária cujo alter ego é nada mais nada menos do que uma super-heroína vestida de burka (nada inocente, num país onde a percentagem de mulheres com mais de 15 anos que consegue ler e escrever ronda os 40,3 por cento). Como qualquer «vingador» que se preze, ela luta pela paz e pela justiça, mas acrescenta um terceiro objetivo: a educação. Armada com livros e canetas («se queres ser bem-sucedido, torna as canetas e os livros os teus melhores amigos», diz ela) e ajudada por três amiguinhos e uma cabra de estimação, fará frente a um político corrupto que, em parceria com um mágico, pretende acabar com as escolas. Cx a re v i s ta d a c a i xa 7 p a Caixa ao pormenor NEU CGD nas universidades Durante os meses de setembro e outubro, a Caixa deu as boas-vindas aos jovens recém-entrados no ensino superior à semelhança dos anos anteriores, a Caixa levou a cabo a Campanha Nova Época Universitária (NEU), numa iniciativa já na 19.ª edição e que passou por mais de 100 instituições de ensino superior. Os números falam por si: 410 colaboradores envolvidos, 250 postos de atendimento para um total de 40 mil potenciais estudantes. Esta é uma aposta que remonta a 1994, ano do primeiro acordo firmado, no caso, com a Universidade do Minho, e que faz da CGD pioneira em Portugal no estabelecimento de parcerias com as escolas de ensino superior. Uma aposta ganha e que reflete o imenso carinho e dedicação que merecem estes jovens cheios de sonhos e ambições. É para ajudá-los a concretizar esses mesmos sonhos e ambições que a Caixa realiza toda uma preparação, ao longo do ano, de modo a aferir as melhorias a implementar nos mais diferentes níveis. E foi assim que, durante esta Campanha, a Caixa ofereceu aos novos universitários a oportunidade de aderirem a um pacote de produtos financeiros essenciais, especificamente desenhados para a gestão do seu dia a dia (ver coluna Pacote Caixa IU). Tudo num único momento, no próprio estabelecimento de ensino, com toda a simplicidade e a custo zero. Trata-se de uma aposta que reflete a ideia sempre presente na Caixa de que o valor acrescentado aos Clientes, à sociedade académica e civil são, também, contributos para o crescimento de Portugal. Uma clara aposta alicerçada em valores de modernidade, inovação, espírito de parceria e apoio àqueles que são o futuro do País. E é esta dedicação que mantém a CGD como líder na preferência destes alunos, em Portugal, com uma quota de 63 por cento e um total de mais de 800 mil alunos universitários desde 1994 até hoje. PACOTE CAIXA IU Para premiar o sucesso dos novos universitários, a Caixa preparou um pacote de produtos financeiros específicos para responder às suas necessidades, incluindo: > Cartão multifunções Caixa IU, que integra a identificação da escola com a vertente bancária opcional e totalmente gratuito, conferindo, ainda, descontos em mais de 160 parceiros nacionais; > Conta à ordem sem despesas de manutenção para titulares dos cartões Caixa IU ou Caixa Académica Estudante; > Cartão de Estudante Internacional Caixa ISIC, aceite como cartão de descontos em mais de 120 países e que pode tornar-se um cartão de crédito 1 por opção do Cliente; > Conta Caixapoupança Superior, uma conta de poupança para universitários, titulares do Caixa IU, ISIC ou Caixa Académica Estudante, para incentivar a pequena poupança, com reforços a partir de um euro, sem montantes mínimos de abertura e com bónus de taxa pela adesão a certos produtos; > Serviço de home banking Caixadirecta, para acesso permanente, por telefone, mobile, internet ou via app, que permite a realização de operações a preço mais baixo; > Caixadirecta IU, um serviço de atendimento personalizado à distância, exclusivo para os estudantes, assegurado por uma equipa acessível 24 horas por dia, todos os dias do ano, através do número azul 808 212 213. Saiba mais numa Agência da CGD. (1) TAEG de 19,3%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 17,90%. A CAIXA LIGA DE VOLTA O site da Caixa dispõe, agora, de um serviço de call-back, permitindo pedir apoio ou manifestar interesse na subscrição de um produto. Para o efeito, estão disponíveis dois novos botões no menu lateral de algumas páginas, como a da Campanha Cliente Mais (ver pág. 57): «Quero ser contactado» e «Quero subscrever». Em resposta, será contactado, de forma gratuita, por um assistente da Caixa, que o ajudará no esclarecimento de dúvidas, sendo também possível subscrever alguns produtos. Esta é mais uma marca da inovação dos serviços da Caixa e da sua atenção face aos seus Clientes, num serviço igualmente disponível a não Clientes. 8 Cx a re v i s ta d a c a i xa P O U PA N ÇA Uma volta na poupança dos jovens Na Caixa, o futuro dos jovens tem rodas para andar. E, além das soluções à medida, há bicicletas para aqueles que mais pouparem quaisquer que sejam os planos dos jovens para o presente e para o futuro, a Caixa está ao seu lado para ajudar a realizá-los. Seja aquele computador novo, um telemóvel de última geração ou para assistir ao concerto da banda preferida, na Caixa os jovens encontram as soluções necessárias para dar a volta às poupanças e conseguir o dinheiro que precisam para pôr todos os planos a andar. E, entre 15 de outubro de 2013 e 15 de janeiro de 2014, os 50 Clientes que tiverem maior variação positiva de saldo numa conta CaixaProjecto ainda ganham uma bicicleta, numa campanha válida tanto para os atuais como para novos subscritores da conta CaixaProjecto. Também os primeiros 50 Clientes que, no período da campanha, associem aos seus cartões LOL Júnior ou LOL a função poupança serão premiados com um iPod. CaixaProjecto Uma conta poupança até aos 25 anos, que se adequa aos projetos dos jovens CARTÕES LOL Na Caixa, há cartões que ensinam a poupar e onde a permanência das economias é automaticamente premiada, podendo ser reforçada a qualquer momento a partir de um euro (ver caixa). Cartões Pré-pagos LOL Júnior e LOL Permitem gerir a mesada e ajudam a poupar através das transferências automáticas para a CaixaProjecto do saldo mensal não utilizado (ver coluna). Para mais informações, dirija-se a qualquer Agência da Caixa ou veja em www.cgd.pt. Caixa Projecto Uma conta destinada aos Clientes até aos 25 anos, inclusive, ou menores quando abertas através dos seus representantes legais, disponível para subscrição em Agência. Depósito Prazo Taxa anual nominal bruta (TANB) Pagamento de juros Montantes de subscrição Mobilização antecipada Conta CaixaProjecto 181 dias Com renovação automática, por igual período, até ao limite dos 25 anos do titular Mínima de 0,600% Máxima de 0,950% Semestral e capitalizados Mínimo: 10 euros Máximo: não aplicável Possível, total ou parcial, com perda dos juros corridos Sabia que a Caixa ajuda a gerir a mesada dos jovens, transferindo para a poupança o montante não utilizado durante o mês? É isso que acontece com os cartões LOL. O LOL Júnior (10-15 anos) e o LOL (15-18 anos) são cartões pré-pagos, que funcionam com base num valor previamente carregado, que pode ser pontual ou agendado. O nível de segurança na utilização é muito elevado, já que todas as operações requerem o número de identificação pessoal e os gastos são limitados ao saldo existente. No caso do LOL Júnior, existe, mesmo, um limite diário de utilização, atualmente de 50 euros, conferindo, ainda, maior proteção e controlo dos gastos. A vertente didática destes cartões é, também, um fator muito importante, já que é o jovem que gere e se responsabiliza pelo dinheiro, avaliando as opções de compra de acordo com o saldo de que dispõe. E essa gestão passa também pela poupança. Esta opção funciona de um modo muito simples: no final de cada mês, o que sobrar no saldo do cartão é guardado e, sempre que atinja um euro ou mais, é transferido, automaticamente, para a conta de poupança CaixaProjecto, onde fica a render juros. Cx a re v i s ta d a c a i xa 9 h histórias de sucesso M A N U E L TA R R É Sonhos frios que aquecem a alma Apaixonado pela vida e pela profissão, Manuel Tarré é apologista de que devemos ensinar os filhos a pescar, ao invés de lhes darmos o peixe Por Pedro Guilherme Lopes Fotografia João Cupertino ACREDITA QUE NADA NA VIDA se faz sem disciplina e sem trabalho e que são as relações humanas que fazem a diferença ao nível pessoal e profissional. Num percurso repleto de «estórias» para contar, o líder da Gelpeixe assume-se como exemplo de um estado de espírito onde não há espaço para descrença e onde os portugueses devem assumir a sua capacidade em fazer tão bem ou melhor do que os outros. Cx: É quase impossível não iniciar a nossa conversa pegando em algo que defende: que, quando se aperta a mão, não é necessário assinar um contrato? Isso é mesmo possível nos dias de hoje? Manuel Tarré: (sorriso) Quando, de olhos nos olhos, se fecha um negócio, sobre as suas condições nada mais haverá a falar, aceitando-se o risco inerente, ganhar ou perder. A nossa palavra é algo sagrado e que, ao longo da nossa vida, faz toda a diferença. Mas, há situações que temos de passar a compromissos escritos e, nestes casos, devemos fazê-lo de forma sucinta, evitando contratos de múltiplas folhas, onde tudo se pretende segurar. Cx: Depreendo que tem tido a sorte de lidar com pessoas que pensam da mesma forma… MT: Não vou dizer que tenha tido sorte, pois essa, por norma, dá muito trabalho. Prefiro dizer que a experiência tem mostrado ser mais compensador ter ao nosso lado – ou no nosso mundo de negócios – aqueles que abraçam projetos semelhantes, sendo, sem duvida, mais adepto de compromissos celebrados com um aperto de mão, de olhos nos olhos. Cx: Hoje, fala-se muito em empreendedorismo, até como uma saída para a crise, mas o seu percurso é um exemplo de que essa é uma palavra que, ao contrário do que se possa pensar, não foi inventada nos nossos dias. MT: Empreendedores são pessoas capazes de criar, de ver desafios com uma adrenalina 10 Cx a re v i s ta d a c a i xa com a qual conseguem conviver e que os alimenta nos sonhos de construir. Ora, este perfil tem com ele «o arriscar, o sentir que, se tal projeto não funcionar e falhar, pode-se ficar pior, no impacto da qualidade de vida pessoal e familiar». Esta capacidade de perder nem todos a temos, pois a maioria das pessoas acomoda-se a um tipo de vida e quer melhorála sem assumir o risco, quer não investindo dinheiro seu num projeto, quer não investindo em si, num ganho de conhecimento que possa ser reconhecido e valorizado, por quem o possa contratar. No entanto, podemos sempre avaliar todas as variantes para tomar a decisão certa de mudança mas, se não tivermos «a tal sorte connosco», podemos não conseguir. Empreendedor é quem arrisca, eu tenho tido a felicidade de sonhar e de ver concretizados sonhos, mesmo para além deles. Cx: Nesse assumir do risco e nessa postura de estar preparado para perder, qual o peso que tem a proximidade da família? MT: A família é, sem duvida, uma parte fundamental da vida, devendo, nestes casos de decisões de risco, ter um conhecimento adequado, mas não demasiado, sob pena de os deixarmos preocupados e sem entenderem os porquês dessas decisões que nos animam. A Gelpeixe é uma empresa familiar. O pai Tarré, com os seus 85, continua a vir todos os dias à empresa, onde o meu irmão, a minha filha e eu partilhamos o dia a dia, cientes que trabalhar em família só acrescenta um Print VIDA PREENCHIDA Em contracorrente. Tendo crescido atrás do balcão da loja dos pais, em Loures, o negócio atravessou-se cedo no caminho de Manuel Tarré. Terminado o curso, bateu a várias portas, mas, tal como hoje, não havia emprego. Um dia, pensou que era possível algo mais. «O meu pai tinha começado a vender arcas congeladoras, um conceito totalmente novo, mas decidimos arriscar», explica, recordando que, na altura, não sabia distinguir um carapau de uma sardinha. Empenhado, Manuel Tarré tirou a carta de pesados para poder conduzir os camiões que transportavam o peixe. Carregava-o, sozinho, em Aveiro e em Matosinhos, e regressava a Loures para o descarregar. Novo desafio chegou com a internacionalização. Primeiro Las Palmas, depois África do Sul, naquele que seria o verdadeiro clique para o sucesso da Gelpeixe. elemento novo à equação: temos de manter o bom senso para não ultrapassarmos determinados limites. Cx: Esse cariz familiar explica a proximidade e a preocupação com os trabalhadores? MT: Nos últimos quatro anos, ganhámos, por duas vezes, o prémio de melhor empresa para trabalhar em Portugal, algo ainda mais relevante quando falamos do setor industrial. Este ganhar é sinónimo de que tratamos bem as pessoas; é ganhar porque partilhamos com elas. Esse é o galardão, esse é o prémio que – enquanto empresa, e eu, enquanto empresário – podemos almejar. Criar uma empresa do zero e ser reconhecido como a melhor empresa para trabalhar é algo fantástico. É a prova de que podemos ter uma consciência social de partilha e continuar a gerar lucro, a crescer e a ter credibilidade no mercado. RIGOROSO TRABALHADOR CONFIANTE LUTADOR EMPREENDEDOR Cx: É essa a base do sucesso? MT: É essa a base. Quando partilhamos, quando damos mais do que aquilo que nos é exigido… Não me canso de referir que temos seguros de saúde de 25 mil euros por pessoa, para todos os que têm mais de três anos de casa, além dum amplo pacote de regalias. As pessoas têm de sentir que estamos aqui para ajudá-las, apesar de sermos rigorosos e exigentes. Cx: Essa forma de gestão tem permitido à Gelpeixe continuar a crescer, mesmo em tempos conturbados como os que vivemos. Que conselho daria para que o País conseguisse, também ele, ultrapassar este momento com sucesso? MT: Sabe, é complicado acreditar no futuro quando as pessoas recebem, diariamente, a imagem de um País à deriva e sem referências. Mas, mesmo nesse quadro, há muitos empresários que têm vontade de crescer e que lutam diariamente. Há muita gente que nasceu para gerar riqueza para o País, para dar trabalho aos outros, para os entusiasmar, mas se lhes cortam as asas e não os deixam voar… Há milhares de pessoas capazes de dar a volta a este País! Têm é de lhes dar os meios... Cx: Saber gerir a Marca «Portugal», portanto… MT: Vivemos num País onde tudo o que não é nosso é visto como sendo melhor e onde nos esquecemos que slogans como «compre o que é nosso» deviam ser um dever moral. Devemos começar por ter envolvimento com quem nos está mais próximo e ir alargando essa circunferência até aos limites do País. Quando o País deixa de ser capaz de nos dar o que precisamos, então podemos pensar em ir ao estrangeiro comprar. Mas, até esse momento, devemos dar preferência ao que é nosso. Cx: Neste cenário, como encara a ideia de recuperar a ligação ao mar, tornando-o numa arma económica? MT: Nós nunca perdemos essa ligação ao mar… Poderemos, sem dúvida, melhorá-la, através dum cuidado extra no turismo que podemos oferecer, mesmo através da gastronomia rica em peixe, afirmando que temos o «melhor peixe do mundo». Dar maior notoriedade aos nosso portos, tornando-os mais competitivos; solicitar dos diversos departamentos de Estado melhor e mais ágil ligação no avaliar do que podemos todos fazer com «o mar». E, por ultimo, conseguir, com arte, engenho e objetividade, retirar riqueza para todos, nem que seja para o tempo dos nossos netos, do possível alargamento das águas territoriais e do que elas representam. Cx a re v i s ta d a c a i xa 11 t talento PAU LO H E N R I Q U E D U R ÃO O construtor de sonhos Talhado para o mundo em berço de pedra, o português que a Wallpaper elegeu como um dos 20 jovens arquitetos mais promissores, em 2013, entrega-se ao precioso ofício de joalharia dos espaços onde os sonhos fazem casa Por Ana Rita Lúcio Fotografia Filipe Pombo CADA FRASE é meticulosamente calibrada e burilada, sílaba a sílaba, até se encastrar na próxima, como quem lima arestas num discurso pontuado por silêncios lapidares e risos apurados. Na corrente de ideias que se vai compondo ao longo de mais de uma hora de entrevista, Paulo Henrique Durão parece emprestar ao manejo das palavras a mesma destreza com que procura moldar os ambientes, tirando máximo proveito de cada peça. «Gosto de imaginar a arquitetura como um minucioso exercício de joalharia, transposto para a macroescala do espaço habitado», aponta, enquanto não resiste a ir adornando a conversa com os esquissos que a caneta imprime, solta, num dos muitos moleskines que jamais o abandonam. Mais do que o desenho, é, porém, o sentido de obra feita (ou por fazer, mas já lá iremos) que lhe dá sustento. Afinal, sempre gostou de «construir coisas», preferindo vestir a pele do «arquiteto enquanto construtor», tal qual Paul Valéry o esboçou em Eupalinos ou o Arquiteto: «Como aquele que sabe como é que se trabalham as matérias, como é que se tira partido do veio de uma madeira ou do encaixe das pedras.» Ávido de lhes aprender o entalhe, as pedras haveriam de se encaixar no caminho que cedo o afastou da Marinha Grande natal. Guardou-as todas na memória de Porto de Mós, precisamente no «sítio das pedras», precioso alicerce da infância. Gravado de forma indelével, ainda hoje não esquece o anfiteatro natural de Fórnea, sulcado no rosto calcário das serras de Aire e Candeeiros, joia a coroar, a 150 metros de altura, «a paisagem extraordinariamente agreste que é, simultaneamente nesse facto de ser inóspita, extraordinariamente bela». Ainda na época de todas as quimeras, o destino de Paulo começou a traçar-se em linha reta, sem pontos de fuga aparentes. Ser arquiteto foi «a decisão sempre tomada» e o plano que deu cobertura à tão cobiçada 12 Cx a rev i s ta d a ca i xa «margem para poder construir sonhos». Os dele, mas sobretudo os dos outros, ou não fosse a arquitetura, como o nosso protagonista a entende, uma realidade talhada pela dimensão humana, à medida das pessoas que a habitam. À revelia dos caprichos do tempo, esta capacidade de projetar nas quatro paredes de uma casa o lugar mais íntimo do outro encheu o olho da prestigiada revista britânica Wallpaper, que viu em Paulo Henrique Durão um dos 20 jovens arquitetos mais promissores, a nível internacional, em 2013. Prestes a completar 34 anos, a mão que rege o ateliê Phyd Arquitectura – e a equipa que ESCOLHEU ARQUITETURA, QUE LHE DAVA «MARGEM PARA CONSTRUIR SONHOS» reúne «uns tipos fantásticos, muito melhores arquitetos do que eu», sublinha – agarra a distinção como uma «surpresa» e um «incentivo». Entre os projetos não construídos, que davam para povoar uma cidade alojada algures nos servidores da empresa, «e a meia dúzia de coisas já feitas», «nem sempre é fácil continuar a achar que o caminho que estamos a trilhar tem um quê de correto e, no fundo, esta distinção incentiva-nos a continuar, paulatinamente, um caminho qualquer». Print MÃOS À OBRA Ou como de um aparente entrave o arquiteto fez uma trave-mestra da sua carreira. Ainda antes de se deixar fotografar empoleirado na Casa de Pedrógão, a primeira por si assinada, já Paulo Henrique Durão nos tinha rabiscado um esboço do projeto que tira partido da envolvente natural da região. Formado pela Universidade Lusíada de Lisboa e pela Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madrid, onde já deu aulas, está habituado a não entregar nas mãos do destino aquilo que pode resolver com as suas. Foi assim que aconteceu quando, depois de ter sido rejeitado por dois ateliês, resolveu avançar para a arquitetura, em espaço próprio, com o Phyd Arquitectura, em 2007. Seja em Pedrógão, Liteiros (ambos em Torres Novas) ou Moreira (na Maia) – as três casas que mereceram o destaque da Wallpaper –, em Angola, Moçambique, no México ou em qualquer outra porção do globo, o ponto de partida é o mesmo. «Reinventar uma pequena parte do mundo», rompendo «um pedacinho» com o que já se fez no passado, sem abandonar «a identidade» do ateliê. Do «perigosíssimo» que é falar do que ainda falta construir, Paulo, para quem «arriscar» continua a ser «fundamental», não hesita em debruçar-se sobre a vontade de erguer um museu ou uma casa de artes, embora duvide que o atual contexto o permita. «Gostava de construir uma torre. Para lhe dar um chavão», atalha de sorriso provocador. Aproveitamo-la, enfim, para espreitar, além do arquiteto, o homem que gosta de se revelar entre amigos – «aquele lugar-comum tão agradável» –, de se ocultar no escuro de uma sala de cinema ou de ficar «sossegado», à conversa. Arquitetando cada frase, como se de um edifício se tratasse. Protocolo com a Ordem dos Arquitectos A Caixa tem um protocolo com a Ordem dos Arquitectos (OA), do qual resulta um conjunto de vantagens para os seus membros. Em causa estão benefícios em produtos e serviços financeiros, assim como descontos de bilheteira na Culturgest, entre outras vantagens. Com este protocolo, a Caixa posiciona-se como parceiro privilegiado desta classe profissional, assegurando a presença em certames nacionais realizados pela OA, tal como em outras iniciativas ou projetos de interesse comum e canais de comunicação privilegiados com os 20 mil membros da Ordem. Cx a rev i s ta d a ca i xa 13 t talento Print JOANA BARROS Ciência clara Carregando a curiosidade nos genes e o gosto pelas artes junto ao peito, esta investigadora em Genética Molecular colocou a divulgação científica em primeiro plano. Com o documentário A História de um Erro, a agora realizadora prova que a experiência vai no caminho certo As paredes do laboratório, onde a ciência avança cautelosa, «passo a passo», não bastaram, no entanto, para pôr freio ao grande sonho de Joana. O tal que ficou do tempo de ser pequena: «queria que o meu trabalho fosse descobrir, saber mais, sobre coisas diferentes». Com a investigação em stand-by, a mão habilodosa puxou para a ilustração científica, mas a formação necessária fez com que a ideia não saísse do papel. A outra mão combativa ergueu-se pela política da ciência, tendo até ponderado concorrer à União Europeia para travar a luta de «informar o processo político». Regressada a Portugal, chegou-lhe, porém, ao ouvido a notícia da Associação Viver a Ciência (VAC), um embrião acabado de formar. Daí para cá, Joana tomou em braços a divulgação científica, «misturando-a com a cultura», numa experiência que quer «mover a ciência para outros locais» e agitar consciências. Voltando a pedir boleia aos porquês, a coordenadora da VAC, hoje com 38 anos, viajou até ao caderno Profissão: Cientista – Retratos de uma Geração em Trânsito, onde recuperou o percurso de 14 jovens cientistas portugueses. A paragem seguinte deu-se no livro Vidas a Descobrir - Mulheres Cientistas do Mundo Lusófono, onde a ciência surge liberta de amarras, quer de género, quer de lugar. Às «mulheres extraordinárias» que encontrou em quatro continentes, foi colher uma lição «simples», não simplista. «Lembro-me de uma frase do Ratatui [filme da Disney]: ‘Nem toda a gente pode ser um bom cozinheiro, mas um bom cozinheiro por estar em qualquer lado’. E é exatamente isso: nem toda a gente dá um bom cientista, mas um bom cientista pode estar em qualquer lado», sentencia, com o entusiasmo que a voz não tolhe. O pretexto sobra para tornarmos a mergulhar no azul dos olhos de Joana, rasos da predileção pela cultura visual: «fotografia, ilustração, desenho». A lista continua, mas é hora de pôr o cinema em grande plano, agora que o papel de realizadora de documentários de ciência lhe serve como nenhum outro. Com A História de um Erro, estreado no festival Curtas de Vila do Conde, a narrativa leva-nos através dos progressos que se foram fazendo no conhecimento sobre a paramiloidose, a «doença dos pezinhos», descoberta por um português, e que em «nenhum outro lugar do mundo está tão concentrada como na região da Póvoa do Varzim», explica Joana Barros. «Não é uma história só de ciência, porque esta ciência e os seus avanços têm um valor adicional pela repercussão que tiveram nas vidas das pessoas», remata. Ou não procurasse no porquê das coisas, sempre, uma resposta. Escusado seria INDAGAR o que dizem os olhos de Joana, uma vertigem azul marejando ao sabor da inesgotável sede de «saber mais sobre qualquer assunto», a que não fica imune quem dela se abeira. O mais certo é que a resposta se ensaiasse em jeito de pergunta, defeito congénito de quem nasceu «curiosa» e cresceu às cavalitas dos pontos de interrogação que saltavam do livro O Porquê das Coisas, devorado com a fome nunca saciada da descoberta. O caminho levou-a do Porto, dos seus 20 anos, até Londres, metrópole tornada segunda casa. Primeiro no Kings College e, mais tarde, no Institute of Cancer Research, onde se doutorou em Biologia Celular. Focada no estudo dos mecanismos que regulam o crescimento das células, a investigadora escolheu a área que lhe pesava no sangue. «Queria trabalhar em cancro, porque o meu pai biológico morreu com cancro, quando era muito pequena», recorda, enquanto nos faz um esboço despojado da doença, «uma célula que perdeu o controlo de crescimento e que já não aceita travões». 14 Cx a rev i s ta d a ca i xa Para aproximar a ciência das pessoas, Joana Barros não conhece fronteiras. Mostrar que a ciência é património de todos é o que leva Joana Barros a eleger temas «centrais por cá», como aconteceu com o documentário sobre a paramiloidose. Ricardo Jorge, paladino da Saúde Pública, em Portugal, ou a erradicação da malária, no nosso País, podem estar na calha, mas o foco deve alargar-se à realidade lusófona. A origem do povo e da biodiversidade de São Tomé e Príncipe, por exemplo, é uma das histórias que a realizadora quer devolver à comunidade. Por Ana Rita Lúcio Fotografia Bruno Barbosa Virada a página da infância que a veia artística de Joana não se cansou de ilustrar – «se eu pudesse ter um super poder, era o de desenhar tudo», há de confessar, divertida –, no 9.º ano, a abertura de um novo capítulo escolar inscreveu-a na área de Economia. O teste valeu-lhe para ter a certeza de que, a partir de então, todas as suas dúvidas se virariam para as Ciências. À medida que o interesse pela Biologia se ia «sedimentando», a hipótese de seguir Medicina colocou-se. No tira-teimas das candidaturas ao ensino superior, contudo, um acidente de percurso conduziu-a a um inusitado destino: Medicina Dentária. Mal suspeitava a futura cientista que o «azar» ainda haveria de lhe roubar um sorriso. É que, ao terceiro ano de um curso que não deixou saudades, foi a vez de Joana se deparar com a paixão que, sem o adivinhar, lhe parecia gravada no ADN. «Ao descobrir a Genética Molecular, soube que era por ali que queria ir.» SABER EM TODO O LUGAR CAIXA WOMAN Conheça as soluções Caixa Woman, um conjunto de produtos e serviços financeiros de excelência, desenhados a pensar na mulher ativa, ambiciosa e confiante. Desde cartões exclusivos de débito ou de crédito (1), com um design feminino e vantagens únicas, a um site a pensar nas necessidades das mulheres, passando por soluções ímpares de poupança e proteção da saúde, a Caixa não descurou nenhum pormenor. Saiba tudo em www.cgd.pt ou numa Agência da Caixa. (1) TAEG de 23,8%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 24,00%. d design & arquitetura E X P E R I M E N TA D E S I G N Mostra de criatividade sem limites Considerado um dos melhores eventos na Europa na área do design, arquitetura e criatividade e um dos primeiros a colocar Lisboa no circuito dos grandes acontecimentos culturais mundiais, a Bienal EXD’13 «No Borders» mostra-se, já a partir de novembro, sem limites fronteiriços A BIENAL EXD’13 está de regresso a Lisboa para a sua 8.ª edição já no dia 7 de novembro (e até 22 de dezembro), com novidades ao nível da programação, um formato inovador e uma estratégia internacional ousada. Guta Moura Guedes, diretora da Bienal, define os contornos da edição deste ano: «‘No Borders’ aborda a forma como o design, a cultura e a criatividade podem quebrar fronteiras a um mundo, por vezes, demasiado complexo e pouco eficiente. Propõe-se, também, redefinir a noção de colaboração, de networking, de protagonismo e poder, criando redes de debate e conceitos inovadores. Lisboa será o ponto de partida deste diálogo, cujo ponto alto é a Semana Inaugural, de 7 a 10 de novembro. As ideias desenvolvidas na edição deste ano terão continuidade em 2014, na cidade de São Paulo.» Lançados a meta e o mote desta Bienal, uma das novidades deste ano – e que dá início a um modelo diferenciador dos anteriores – consiste na ligação de duas cidades, dois países e duas bienais que se complementam. Com efeito, a ligação ao Brasil vai resultar, em agosto do próximo ano, na extenção desta EXD’13 com o evento EXD’14, na cidade de São Paulo. Na capital portuguesa, a EXD’13 propõe um programa intensivo de exposições, open talks, workshops, conferências e intervenções urbanas em vários locais. Este ano, Belém é palco de mais uma novidade da EXD’13, já que as intervenções urbanas que aqui têm lugar olham para esta zona da cidade de uma forma criativa e nela desenvolvem um conceito integrador de design estratégico sustentável. O conjunto de intervenções urbanas em Belém integra os projetos Pelo Tejo vai-se para o Mundo, com a requalificação da passagem subterrânea pedonal que liga a Praça do Império ao Tejo e ao Padrão dos Descobrimentos. Belém engloba, ainda, o 16 Cx a re v i s ta d a c a i xa projeto Jardim Botânico Tropical, que responde a questões como a sinalética, o equipamento urbano, a reformulação e a requalificação dos espaços edificados deste jardim. Também no Chiado vão surgir vários acontecimentos no âmbito da Bienal, tais como eventos e projetos tangenciais. O tema «No Borders», escolhido para esta EXD’13, centra-se na deteção e análise de todo um território transdisciplinar e metanacional em revisitação, em relação ao qual o design tem um papel fundamental. Outra das novidades a assinalar que visa explorar o tema «No Borders» e os eventos constantes da Bienal é o lançamento da «EXD MAG», um projeto interativo para iPad que realmente leva a experiência da Bienal além fronteiras, numa rede de distribuição de cobertura mundial. Todos os eventos da EXD’13 são revelados nesta publicação digital para iPad, disponível para downnload no Quiosque e na App Store da Apple. Exposições em novo formato Nas novidades programáticas, a EXD’13 altera a sua relação com as exposições, como com a Identity e a Unmapping the World, que terão contornos diferentes em Lisboa e, depois, em São Paulo. A primeira, Identity, possui uma componente work-in-progress CGD PATROCIONADORA EXCLUSIVA DO EVENTO OPEN TALKS Iniciativa visa encorajar o debate e o pensamento crítico e consiste numa reflexão sobre os eventos culturais e de design, a construção da sua identidade e perfil, reunindo em Lisboa cidades como Londres, Bruxelas, Viena, Belo Horizonte, Moscovo, Istambul e Mumbai. Esta exposição está patente ao público no Convento da Trindade, além de integrar uma sessão de debates no MUDE. Já a exposição Unmapping the World, com a parceria do Instituto de Investigação Científica Tropical, lança um olhar sobre as práticas reativas na realização de mapas e as formas poéticas da antropologia. A mostra decorre no Palácio dos Condes da Calheta, no topo do Jardim Botânico Tropical, em Lisboa. Com a parceria do Mosteiro dos Jerónimos e, por conseguinte, no Claustro do Convento, acontece Metamorphosis, uma exposição que conta com a parceria da Corticeira Amorim e que explora utilizações inovadoras e criativas da cortiça pela visão de nomes incontornáveis, como Alejandro Aravena, Álvaro Siza, Amanda Lavete, Eduardo Souto Moura, Jacques Herzog, entre outros. Por fim, a quarta exposição, intitulada Asterisms, explora uma nova forma expositiva e um diferente modelo de disponibilização de conteúdos, centrado no vídeo, na imagem, no som e na projeção. O Planetário Calouste Gulbenkian acolhe esta iniciativa, inserida num projeto que vai, também, desenvolver uma rede internacional com planetários de vários pontos do mundo. Conferências de Lisboa As Conferências de Lisboa, debates e fóruns acontecem no auditório do novo Museu dos Coches e voltam a juntar especialistas e intervenientes do panorama internacional do design e das disciplinas a que se reporta a Bienal. Dirigidas a um público alargado, destinam-se a potenciar o interesse em torno do tema «No Borders» e das disciplinas de projeto, através do contributo de figuras cimeiras da criatividade e da cultura contemporâneas. No total, realizam-se três sessões, com um leque de conferencistas que promete animar as tardes da Semana Inaugural. Neste contexto, é apresentado o evento O Futuro do Futuro, concebido pela ExperimentaDesign, em formato de simpósio e coproduzido com o Festival IN, centrado sobre o tema da economia criativa falada em português. O seu lançamento irá ocorrer durante a Bienal, envolvendo Portugal, Brasil, Angola e Moçambique, seguido por uma segunda edição no âmbito da EXD’14. Projetos especiais Na vertente de Projetos Especiais, a EXD’13 inaugurou a 1 de outubro o seu primeiro evento, intitulado From Here to Somewhere. Trata-se de uma exposição que resulta da parceria com o Programa de Indústrias Culturais e Criativas da ANA – Aeroportos de Portugal, Ver, Ouvir e Degustar, com o tema «Alimentação e Mobilidade». Esta mostra de objetos desenhados para o transporte, a conservação e o consumo de produtos alimentares tem lugar na Praça Central do Terminal 1, do Aeroporto de Lisboa. As Open Talks vão animar as manhãs da Semana Inaugural da Bienal, que decorre de 7 a 10 de novembro, sendo a Caixa Geral de Depósitos a patrocinadora exclusiva desta iniciativa. A edição deste ano conta com a participação de Kieram Long (diretor do Departamento de Arquitetura e Design do Victoria & Albert Museum de Londres) e, também, de Meteo Kries (diretor do Vitra Design Museum), que vão mobilizar a comunidade criativa em dinâmicas de discussão e exploração conceptual mais arrojadas. O formato das Open Talks, lançado em 2005, mantém-se: um moderador orienta o diálogo entre três criadores, convidados e vários agents provocateurs, numa discussão aberta e plural, onde os membros da audiência são convidados a intervir. Esta proposta aborda questões da atualidade cultural, a partir de diferentes perspetivas, em que se estreitam os laços entre o público mais jovem e as principais disciplinas, configuradoras da contemporaneidade, tais como a arquitetura, o design industrial, o urbanismo e o design de comunicação. As Open Talks destinam-se a públicos específicos: estudantes, jovens criadores, críticos e opinion makers. Por se tratar de um evento de grande interesse, aconselha-se a não perder! Convento da Trindade Situado, este ano, no Convento da Trindade, o Lounging Space continua a ser o principal interface da Bienal com o grande público e, também, com a comunicação social que aflui a Lisboa para a sua cobertura. Este espaço serve como ponto de encontro, centro de informação, bar lounge e press centre, além de acolher uma das principais exposições da Bienal. E é, igualmente, aqui que o público em geral pode recolher materiais informativos, bem como adquirir publicações e objetos de merchandising. Cx a re v i s ta d a c a i xa 17 d design & arquitetura TRIENAL 2013 Por uma cidade mais inclusiva José Esparza, um dos curadores da Trienal de Arquitectura de Lisboa, iniciativa apoiada pela CGD, fala do projeto Fórum Novos Públicos e da importância de uma arquitetura mais virada para as pessoas, abrindo-lhes as portas do espaço público, numa época de grandes mudanças por Pedro Guilherme Lopes COM VISTA para a Praça da Figueira, local escolhido para receber o Fórum Novos Públicos, José Esparza revela-nos a sua vontade de tornar os portugueses mais próximos da sua capital, descobrindo o que desejam para o presente e futuro de Lisboa. Cx: O que mais o entusiasmou no convite para ser um dos curadores da Trienal de Arquitectura de Lisboa? José Esparza: Desde logo, a possibilidade de desenvolver uma ideia de raiz, algo que considerei um desafio aliciante. Mas, provavelmente, o que teve mais impacto na minha decisão de aceitar o convite foi a possibilidade de ter acesso à cultura portuguesa e a oportunidade de pensar a cidade de Lisboa em termos de arquitetura, enquadrando-a numa conjuntura em que a Europa tem oportunidade de alterar o seu rumo. Cx: Nesse papel de um dos curadores, qual é para si a importância da realização de uma Trienal de Arquitectura, em Portugal? JE: Na fase que atravessamos, em que a arquitetura, seja na sua vertente de design, seja ao nível da construção, é profundamente afetada pela situação financeira, acredito ser fundamental o fomentar de eventos como este, que nos permitem pensar, discutir e experimentar novos formatos e novos caminhos. Cx: O José tem sido curador em vários projetos, em vários locais do mundo. Se compararmos com o povo da América Latina ou com o que se passa em Nova Iorque, por exemplo, como é que sente que o povo português se relaciona com a arquitetura e com a participação no espaço público? JE: É sempre um desafio trabalhar no espaço público, pois, independentemente 18 Cx a re v i s ta d a c a i xa do local do mundo onde trabalhemos, sabemos que estamos a trabalhar com matéria imprevisível. É fundamental conhecer e compreender o contexto em que trabalhamos, para conseguirmos cativar uma audiência, passar a mensagem e atingir o nosso objetivo. Isso não muda, independentemente do local onde estejamos a trabalhar. Cx: Como podemos definir o Fórum Novos Públicos e quais os seus principais objetivos? A IDEIA É CONSEGUIR VER A DIVERSIDADE DA CIDADE NUMA ÚNICA PLATAFORMA JE: O grande objetivo do Fórum Novos Públicos é promover novas dinâmicas num ponto específico de Lisboa. E será neste local que tentaremos mostrar como é possível, através da utilização ativa do espaço púbico, criar uma plataforma onde nasça uma nova forma de olhar e de compreender a cidade. Cx: Como surgiu a ideia de associar o teatro a esta iniciativa? JE: No teatro, quando estamos em palco, somos convidados a ser outra pessoa sem termos a preocupação de sermos julgados por isso. Em minha opinião, vivemos um momento em que vão surgindo várias novas ideias de como viver as nossas cidades e o que precisamos é de um ponto de encontro onde possamos articular, livremente, estas ideias e aquilo que desejamos. Cx: O Palco Cívico é um instrumento que dá oportunidade a quem se queira fazer ouvir. Isso significa que qualquer pessoa pode intervir? Em que moldes terão lugar essas intervenções? JE: O ponto chave deste projeto é que ele apenas estará completo quando as pessoas que se encontram ao redor da Praça da Figueira se sentirem confortáveis para utilizarem o Palco Cívico. A ideia é conseguir ver a diversidade da cidade numa única plataforma e conseguir transmitir a ideia de uma cidade inclusiva. Cx: Em sua opinião, de que forma é que a cidadania se relaciona com a arquitetura? JE: Acredito que, neste momento, a prática da arquitetura, mais do que incidir no aspeto financeiro, deve apontar às pessoas e ao seu envolvimento na criação de uma cidade melhor e mais inclusiva. Print FÓRUM NOVOS PÚBLICOS Mais do que uma exposição, uma demonstração teatral cívica Ao longo do tempo, a História tem-nos mostrado que as ações individuais ganham mais relevância quando levadas a cabo juntamente com um coletivo. O mesmo será dizer que públicos diversificados a trabalhar em conjunto, em direção a objetivos comuns, são mais significativos do que aqueles que procuram realizar desejos individuais. É, precisamente, neste contexto que surge o Fórum Novos Públicos. Apresentando-se como um programa público experimental, aposta numa série de Atos de Discurso, Atos Corporais, Atos Urbanos e a apresentação pública de uma peça de teatro original – todos encenados na Praça da Figueira, no centro de Lisboa – para explorar o conceito de espaço cívico como um local ativo de intercâmbio, onde singularidades individuais podem ser expressas em uníssono. À medida que Portugal e muitos outros países experienciam uma importante revitalização da participação cívica e pelo facto de, atualmente, o discurso político ser o mais audível pelo grande público, o Fórum Novos Públicos oferece um cenário ideal para colocar em ação um discurso que pode criar espaços cívicos mais diversos, inclusivos e vibrantes. No centro de todas as atividades estará o Palco Cívico, projetado por Frida Escobedo (MX), que permanecerá na Praça da Figueira durante toda a duração do programa, recebendo todos os atos e convidando a participações improvisadas por qualquer pessoa com interesse em envolver-se na vida da cidade. Dessa forma, até 31 de outubro, o Palco Cívico do Fórum Novos Públicos transforma-se num instrumento que dá oportunidade a quem se queira fazer ouvir. Cx a re v i s ta d a c a i xa 19 a automóveis CITROËN DS5 2.0 HDI HYBRID4 Luxo à francesa O terceiro elemento da série DS é um familiar híbrido topo de gama, com uma estética convincente e surpreendentes soluções tecnológicas Por Luís Inácio ESTÃO MUITO MUDADOS, os Citroën. Nos últimos anos, a marca reinventou-se a todos os níveis. A revolução estética é, sem dúvida, a face mais visível dessa mudança. O DS5 é a terceira proposta da Citroën no âmbito de um conceito que recupera a designação DS dos míticos automóveis do construtor francês, propondo uma linha estética (e não só) que claramente se diferencia das suas restantes propostas. E é, precisamente, pelo design que começa por encantar. Com um dos perfis mais ousados de toda a oferta Citroën – fortemente HYBRID4 COM QUATRO MODOS O DS5 estreou na Citroën a tecnologia amiga do ambiente do Grupo PSA. O sistema tem quatro modos de funcionamento: Auto. É sempre acionado automaticamente com o arranque e otimiza o consumo. ZEV (Zero Emission Vehicle). A velocidades abaixo dos 60 km/h recorre apenas ao motor elétrico. 4WD. As rodas da frente são movidas apenas pelo motor térmico e as rodas de trás somente pelo motor elétrico. Sport. Para condução desportiva, mude o cursor para este modo e o motor elétrico complementa o térmico. 1. 2. inspirado no protótipo C-SportLounge que o construtor revelou no Salão de Frankfurt em 2005 –, o DS5 tem grande presença e não deixa ninguém indiferente à sua passagem. O habitáculo, espaçoso, convida a desfrutar do conforto em longas viagens e o seu arrojado desenho é uma perfeita continuação do exterior. O toque dos materiais e a qualidade de construção fazem deste automóvel um requintado topo de gama e a generosa mala, com 465 litros, aproxima este DS5 de características dignas de uma station. Concentrado de tecnologia Embora o design seja o principal responsável por virar cabeças, este DS5 destaca-se ainda pelo nível de tecnologia. Desde logo, pelo sistema Hybrid4 (ver caixa), que associa as performances do bloco HDi com 200 cv à eficácia da propulsão elétrica, reclamando consumos comedidos e emissões na casa dos 99 g/km. Mas há muito mais para descobrir no DS5. São muitos os pormenores e, num automóvel com um elevado nível de equipamento, são essas e outras soluções que permitem tirar partido não só de um grande prazer de condução, mas também de uma luxuosa vida a bordo. Fundada em 1918, nos Estados Unidos, a Hertz é, atualmente, a maior empresa de aluguer de automóveis do mundo, presente em mais de 150 países, com um total superior a 8100 estações de aluguer. Em Portugal desde 1959, a Hertz dispõe de 65 estações de aluguer em território nacional, com uma frota de mais de 6000 viaturas de diferentes segmentos, incluindo minibus e motociclos. Os titulares de alguns cartões da CGD têm acesso aos seguintes descontos: > Até 40% sobre a tarifa pública em vigor em Portugal – acesso a tarifas especiais com redução; > 10% sobre as tarifas Hertz Affordable EUA & Canadá, pré-pagas e não pré-pagas; > 10% sobre a tarifa pública disponível em vigor em Angola; > 10% nas tarifas Hertz Affordable não pré-paga na Austrália, Extremo Oriente, América Latina e África do Sul; > 10% sobre a melhor tarifa de retalho disponível publicada, onde tais descontos sejam permitidos por lei na Europa. Saiba quais os cartões que dão acesso a estes descontos em www.vantagenscaixa.pt e reserve já o seu automóvel em www.hertz.pt. 3. Fotos: D.R. 4. TOPO O nível de conforto é elevado, assim como os materiais e a montagem 20 Cx a re v i s ta d a c a i xa c culto DL0069 São para te ver melhor RADIOMIR BLACK SEAL TRUNK BACKPACK Viajante com estilo A forma faz lembrar ligeiramente o modelo Sirocco, mas esta interpretação da Louis Vuitton para o próximo outono-inverno masculino é completamente nova, tratando-se de uma fusão de uma mochila (elas regressam em força nesta estação) com um baú desenhado para ser transportado às costas. Muito original. Um clássico renovado A Officine Panerai recupera o modelo mítico Radiomir com o novo Black Seal Cerâmica, juntando tradição e inovação, através de um processo de alta tecnologia de pressão isostática. A caixa do mostrador em cerâmica e o movimento mecânico de corda manual são a cereja no topo do bolo. Disponível na Anselmo 1910, onde os detentores de cartões da CGD têm 10 por cento de desconto. Saiba quais em www.vantagenscaixa.pt. Não falta charme a este modelo da Diesel, que é uma recordação feminina dos anos 60 para este outono-inverno. A nova coleção de sol e graduados da Diesel inclui várias referências não só ao estilo vintage, mas também diversos elementos coloridos e em denim. Tudo com um look divertido e muito próprio. Para marcar a diferença. PLAYBAR Para ouvir com estilo Da Sonos, um sistema com nove colunas numa barra que otimiza o som dos monitores LCD HD, conseguindo, apesar do seu formato, rivalizar, em qualidade, com sistemas mais avançados de cinema em casa. Pode ser controlada à distância, através de uma app específica para Android, iPhone e iPad. ESPECIALLY ESCADA ELIXIR IN-EI Rosa paixão A ver a luz Escada adicionou à linha de fragrâncias Especially Escada Elixir. Concebida a partir de notas de coração de rosa da Turquia, é uma apaixonante, misteriosa e, acima de tudo, intensa eau de parfum. O desenho do frasco responde a um equilíbrio entre moderno e clássico, enquanto a tampa tira partido do icónico logótipo da marca. Uma escultura em forma de candeeiro. Foi com este objetivo em mente que Issey Miyake desenvolveu, para a Artemide, uma coleção exclusiva de candeeiros, que não só recorre à económica (e amiga do ambiente) tecnologia LED, mas também a materiais reciclados. Os titulares de cartões da CGD têm 15 por cento de desconto sobre o PVP recomendado, até 30/11/2013, em www.loja.inexistencia. com, apresentando o código «12721302748». Não acumulável com outras promoções. Usufrua das vantagens que o cartão de crédito Caixa Gold (1) proporciona. Além de poder aderir à função de arredondamento e poupar sempre que o utiliza em compras, este cartão tem associados benefícios em vários parceiros e um completo pacote de seguros. Saiba mais em www.cgd.pt. (1) TAEG de 24,2% para um montante de 2500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 19,75%. 22 Cx a rev i s ta d a ca i xa soluções LAVANDARIA ON-LINE A Lavandaria On-line é um novo conceito de lavandaria, distinguindo-se pela acessibilidade, comodidade e qualidade dos serviços. Disponibiliza os serviços de lavandaria, engomadoria, limpeza de sofás, sapateiro e pequenos serviços de costura, sem que o Cliente necessite de se deslocar. Pode marcar o seu serviço em OIÇA TUDO A missão da MiniSom é proporcionar a melhor qualidade de vida a todos os que necessitam de aconselhamento, assistência e cuidados de saúde auditiva. Ao longo dos anos, a empresa tem ajudado milhares de pessoas a terem uma melhor audição, recorrendo aos últimos avanços em tecnologia de aparelhos auditivos e às melhores marcas presentes nesse mercado. Na MiniSom, encontra especialistas altamente treinados, assegurando o mais alto nível de profissionalismo, apoio ao Cliente e, acima de tudo, a sua satisfação. 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Cx a rev i s ta d a ca i xa 23 g gourmet AQUI D’EL REY A nobreza de uma estação renovada que se tornou central na linha do Vouga. CASA GALLEGA Galaico-português Tangendo distante, sem fugir ao compasso do encontro sonoro entre pratos, talheres e brindes fartos, quase jurávamos poder escutar o eco medieval trovadoresco, servido com violas, liras e flautas, a acompanhar uma refeição que chega a ser lírica, de tão saborosa. Mas ainda que não sejam cantigas de amigo ou de amor a embalar-nos na visita à casa que – no coração de Paço de Arcos – se diz galega, mantendo-se também portuguesa, não deixa de ser de profundo afeto a história que ali se canta. O mote é dado pela paixão entre Marina Alonso – filha de Antonio Alonso Martinez, imigrante galego, em Lisboa, que fora proprietário de um famoso restaurante na linha de Cascais – e Fernando Matos que, no início dos anos 90, deu frutos nesta Casa Gallega. Num casamento gastronómico contemporâneo, onde se juntam as tradições galega (basca também) e portuguesa, tal como na antiga língua que fazia a delícia dos trovadores, a união faz a força em pratos como a paelha valenciana (disponível apenas por encomenda), famosa por conquistar paladares aquém e além-fronteiras. Numa corte de sabores onde o peixe e o marisco reinam (imperdíveis a sopa de peixe, com e sem marisco, a pescada frita à basca ou o arroz de lavagante com amêijoas), as boas carnes, como o bife tártaro ou a perdiz desfiada em vinagre balsâmico, também sabem puxar dos galões. CONTACTOS Morada Avenida Patrão Joaquim Lopes, 7 C, Paço de Arcos Telefone 214 432 400 Site www.casagalega.pt Horário Das 12h15 às 15h30 e das 19h30 às 22h30. Encerra ao domingo. Preço médio € 35 O silvo das composições que, quatro vezes ao dia, rasam o limiar da porta, rasgando caminho no vale sinuoso que lhes cai aos pés, dá lugar ao apito de tachos e panelas, tornados força motriz de um restaurante que já foi estação de comboios. Chegados ao agora apeadeiro de Ul, em Oliveira de Azeméis, à boleia do Vouguinha, pela linha herdeira do nome e do encanto do rio, espera-nos não o chefe da estação, mas um verdadeiro mestre-sala. António Nunes, ele que trocou as voltas ao destino decadente do antigo edifício, para ali fazer erguer, em 2005, um dos mais nobres representantes da gastronomia regional. Fazendo jus à história da Linha do Vouga que a monarquia inaugurou, a joia da coroa é o tradicional pão de Ul, pronto a prestar vassalagem culinária à vitela assada à D. Manuel I ou ao bacalhau à D’El Rey. REFÚGIO D’EL REY Morada Rua Domingues Oliveira Fontes, 238, Oliveira de Azeméis Telefone 256 686 134 Site www.refugiodelrey.pt Horário Das 12 às 15 horas e das 19 horas às 22h30. Preço médio €20 24 Cx a rev i s ta d a ca i xa p prazeres ENCOSTAS DE ALQUEVA 2011 Dedicado aos prazeres da carne. Frias e boas Há um certo romantismo à volta do homem das castanhas e não há ritual igualável ao do cartucho que se vai esvaziando pela rua. Apesar de tudo, as castanhas são um fruto delicioso e que se presta a multiplas combinações, acrescentando riqueza e profundidade quer a doces ou a salgados. Para quem, como eu, tem uma paixão por castanhas, esta receita torna-se completamente irresistível. E não é apenas pelo facto de a sua execução ser de uma extrema simplicidade. É, também, porque resulta numa textura cremosa e num sabor genuíno, onde só sobra espaço para um molho de chocolate quente. a delícia de... C R E M E F R I O D E C A S TA N H A C O M M O L H O D E C H O C O L AT E Q U E N T E Leonor de Sousa Bastos Doce outono PARA 4 A 6 PESSOAS: > 500 g de castanhas descascadas e peladas > 750 ml de leite m.g. > 1 pitada de sal > 1 colher de chá de essência de baunilha > 125 g de manteiga amolecida > 125 g de açúcar em pó Molho de chocolate: > 150 g de chocolate de culinária 70 % de cacau > 40 g de manteiga amolecida Para o creme: Num tacho, colocar o leite, as castanhas e uma pitada de sal e levar ao lume até ferver. Deixar ferver lentamente, durante cerca de 30 minutos, ou até que as castanhas estejam completamente cozidas, mexendo regularmente. Retirar o tacho do lume. Verter a mistura num passe-vite, colocado sobre uma taça, e passar até obter um puré. Cobrir o puré com película aderente e deixar arrefecer completamente. Noutra taça, bater a manteiga com o açúcar e a baunilha até que esteja um preparado cremoso e esbranquiçado. Adicionar o puré de castanhas e bater a velocidade baixa até que fique uma mistura homogénea. Verter a mistura numa taça e levar ao frigorífico durante a noite ou até que esteja completamente firme. Para o molho de chocolate quente: Cortar finamente o chocolate e colocar numa taça juntamente com a manteiga. Derreter no micro-ondas, a potência baixa e com pequenos intervalos de calor, ou em banho-maria. Servir o creme frio, regado com o molho de chocolate quente. A Cooperativa Agrícola de Granja foi fundada em 1951, como produtora de azeite. Mais tarde, dedicou-se também ao vinho. A sua área de influência, na margem esquerda do Guadiana, é uma das zonas mais preservadas da paisagem alentejana. Mantém tradições agrícolas e culturais difíceis de encontrar noutras paragens. Em termos vitícolas, uma das originalidades locais é a existência de algumas vinhas não enxertadas. Os vinhos das suas uvas, principalmente as da casta Moreto, são agradáveis e diferentes e mostram boa capacidade de evoluir com o tempo. O Encostas de Alqueva tinto 2011 inclui, além desta, o Aragonês e a Trincadeira. A fermentação decorreu em ânforas de dez toneladas, para dar origem a um vinho equilibrado e fresco, volumoso e de final longo com notas frutadas. No nariz, salientam-se os frutos vermelhos bem maduros, especiarias, tabaco e alfarroba. É um vinho para os prazeres da carne. José Miguel Dentinho Um tinto alentejano equilibrado e fresco, que é uma boa companhia para pratos de carne Cx a re v i s ta d a c a i xa 25 e 26 entrevista Cx a re v i s ta d a c a i xa G O N Ç A LO R E G A L A D O FRANCISCO BANHA JOÃO GARCIA DA FONSECA Lição empreendedora Porque o futuro do País se escreve pela mão de quem cedo aprendeu a tomar iniciativa, o diretor do Programa Juventude em Acção, o presidente da Direção da Federação Nacional de Associações de Business Angels e o CEO da start-up Biosurfit defendem que o saber que cria valor deve incutir-se desde os primeiros anos de escola Por Ana Rita Lúcio É UMA entrevista em jeito de aula, que começa com noções de Biologia – havemos de aprender que é preciso cultivar os ecossistemas empreendedores. Salta, depois, para a Geografia – discorre-se sobre as condições, em solo europeu, para que uma nova mentalidade criadora de oportunidades grasse. E não se desvia da Economia – discutem-se as bases de capital financeiro e humano que é preciso amealhar para que o País volte à senda do crescimento. Francisco Banha, da Federação Nacional de Associações de Business Angels, dá-nos conta da cartilha de quem investe. Da parte de quem arrisca, escutamos João Garcia da Fonseca, que, em 2008, lançou a sua própria start-up, prestando-se a revolucionar o atual sistema de diagnóstico médico, com uma tecnologia inovadora de análises ao sangue. E o horizonte de futuro, espreitamo-lo com Gonçalo Regalado, diretor do programa comunitário Juventude em Acção. Em uníssono, a matéria resume-se, porém, numa ideia: é o conhecimento que permite criar valor. Cx: Nunca o empreendedorismo foi tão falado como hoje, nem a ideia de avançar com novos negócios uma possibilidade ponderada por tantos. Mas estamos a conseguir passar do discurso à prática? Francisco Banha (FB): Tem havido uma evolução bastante interessante nos últimos anos, mas, mais importante do que os programas e as ideias políticas, é a transmissão de uma mentalidade que tenha presente a tomada de iniciativa. E se, de facto, temos criado algumas condições naquilo que designamos por ecossistema empreendedor, nomeadamente promovendo a criação de uma cultura empreendedora no País, ainda há quem não tenha compreendido que a cultura empreendedora faz parte de um sistema: não basta ter atores, não basta promover iniciativas pontuais, elas têm de estar interligadas e articuladas. Na minha opinião, ainda há muito trabalho a fazer a esse nível. Falávamos, antes da entrevista, da transmissão da cultura empreendedora desde tenra idade. A mudança das mentalidades deve-se fazer o mais cedo possível, na escola: se nós queremos que os nossos jovens venham a criar negócios, mais tarde, temos de lhes ensinar primeiro como é que isso se faz. Cx: A existir essa lacuna na transmissão de uma atitude empreendedora desde tenra idade e visto que o Programa Juventude em Acção é uma plataforma de impulso ao empreendedorismo jovem, como é que se pode ultrapassar esse obstáculo? Gonçalo Regalado (GR): Não estou em desacordo com aquilo que o Francisco aponta, mas considero que, não só no País, como na Comissão Europeia (CE), há vontade de dar um novo enquadramento aos temas do passado. Nomeadamente com o programa Erasmus +, que entra em vigor em 2014, passando a conciliar a educação formal, do ponto de vista académico, com a educação não formal, onde estão contempladas as questões do voluntariado, da mobilidade, do desporto e do emprego. Isto permitir-nos-á ter maior eficácia na resposta às necessidades dos jovens portugueses e dos jovens europeus, como um todo, na atual conjuntura. O trabalho que tem de ser feito é o de capacitar as pessoas, dando-lhes oportunidade de formação, de treino, de arriscar e de falhar. Aquilo que se pede ao setor privado é que possa criar oportunidades; aquilo que se pede ao setor público é que seja um agilizador e um catalisador dessas oportunidades. E é a articulação entre setor público, privado e terceiro setor da economia social que pode permitir que o País deixe de estar na cauda da Europa em muitos indicadores. Cx: Falando de oportunidades e da necessidade de articulação, existem mecanismos que permitam fazer a ponte entre a academia e o mundo empresarial para quem esteja a desenvolver projetos de investigação numa universidade ou a terminar um curso? João Garcia da Fonseca (JGF): Voltando um pouco atrás, é uma pena que ainda não haja um enfoque no ensino dos jovens para a importância do empreendedorismo. Temos de mostrar aos jovens que a sua aprendizagem é fundamental para trazer valor acrescentado ao País, promovendo uma mudança de mentalidades, para que não tenham medo de arriscar e tenham a noção da conversão de uma ideia num produto que, depois, alguém queira comprar. Não temos de inventar a roda, mas temos de mudar esta Cx a re v i s ta d a c a i xa 27 e entrevista maneira de ver o mundo, porque, culturalmente, ainda estamos muito presos ao medo de falhar. Por outro lado, há que fazer também upgrade nas empresas. O futuro não são as empresas de mão de obra intensiva; não há alternativa para o País a não ser fazermos produtos de valor acrescentado e isso não passa só por criar empresas novas, mas por converter os outputs das empresas que temos em produtos de maior valor acrescentado. Depois, há, também, o facto de o País ter mudado muito em matéria de ciência. Temos milhares de pessoas com uma formação científica de topo, a nível mundial, o que nos falta é convertermos esse know-how científico em produtos. O País precisa, não de um grande caso de sucesso, mas de uma massa crítica de empresas que traga essa mudança. Quando me pergunta se existem mecanismos para que quem esteja na academia tenha esta perceção do empreendedorismo, há que salientar que o País também não é uniforme a esse nível, mas há muito bons exemplos. Cx: Essa mudança que se tem feito sentir nos últimos anos prende-se, também, com a conjuntura que o País atravessa. É preciso superarmos a caricatura do empreendedorismo como um maná para resolver a crise, para pensá-lo como um mecanismo para um desenvolvimento mais sustentado? FB: Quem cria valor hoje é quem tem o conhecimento para aproveitar as oportunidades que a economia potencia. Ainda assim, menos de cinco por cento dos jovens, dentro da União Europeia (UE), tem acesso a programas de empreendedorismo em idade escolar. Há estudos que demonstram que os jovens, em idade escolar, que tenham acesso a este tipo de programas têm uma taxa de probabilidade de criação de empresas quatro a cinco vezes superior aos que não passaram por esta formação. E mesmo aqueles que não criam empresas têm uma taxa de empregabilidade muito superior. Tendo presente estas necessidades do mundo atual, não podemos, de maneira nenhuma, encarar o tema do empreendedorismo como uma solução para todos os males da sociedade em que vivemos e, nomeadamente, para o problema da crise que nos tem assolado nos últimos cinco anos. O João, há pouco, tocou na ferida: nós temos ilhas de excelência, em todos os níveis. Temos infraestruturas de suporte à inovação e ao empreendedorismo, desde aceleradoras de empresas, parques tecnológicos, incubadoras, fundos de capital de risco disponíveis, mas tudo isso é desconhecido da generalidade da sociedade portuguesa. Falámos nas universidades... Uma das questões mais importantes que temos de colocar, hoje, no seio das universidades é a possibilidade de os alunos desenvolverem os seus próprios negócios ainda antes de terminarem a licenciatura. Temos de criar condições aos nossos jovens para que eles se sintam apoiados, de modo a que aqueles que queiram lançar uma empresa o possam fazer. Neste modelo organizacional, o futuro das sociedades não depende das grandes empresas, mas da competitividade dos nossos ecossistemas empreendedores. E Portugal tem todas as condições para gerar vários ecossistemas, de base local, que potenciem, de forma permanente, o aparecimento de uma nova geração capaz de vencer à escala global. GR: Temos de encontrar um novo modelo, muito menos formal – sem descontar na necessidade de formação dos nossos jovens –, que obrigue os jovens a sair da sua zona de conforto, que lhes permita ter um conjunto de experiências. Seja por intercâmbios internacionais, 28 Cx a re v i s ta d a c a i xa «TEMOS DE MOSTRAR AOS JOVENS QUE A SUA APRENDIZAGEM TRAZ VALOR ACRESCENTADO AO PAÍS» João Garcia da Fonseca seja por participação em projetos de estágios empresariais, seja pela sua exposição às diferentes profissões e ao mercado de trabalho, seja também pelo fortalecimento do ensino profissional. Quanto às empresas, o País tem a capacidade de ter, em áreas concretas, clusters de excelência a nível internacional. Seja na área das tecnologias, na área da saúde, na área do turismo... O que acontece é que há uma desarticulação das entidades. As universidades não falam com as empresas, as empresas sentem dificuldades no acesso às universidades, e não há uma ligação dos jovens ao mercado de trabalho. Enquanto não conseguirmos juntar o meio científico e a produção de conhecimento com o meio empresarial e a produção de riqueza e de valor acrescentado, e ligá-los ainda a quem tenha capacidade de desenvolver as suas ideias e participar nestes projetos empreendedores, este caminho tem de continuar a ser feito. Cx: Há abertura, por parte da sociedade e, nomeadamente, dos potenciais empregadores, para reconhecer a importância da educação não formal no currículo dos jovens? GR: Esse é um dos principais objetivos da CE. É que, enquanto a educação formal, que hoje conhecemos, é claramente mensurada, as outras componentes da aprendizagem em ambiente não formal têm também agora um instrumento de reconhecimento, que é o Youthpass, complementar ao Europass, onde está o tradicional currículo. Esse instrumento acreditado pela CE é aceite em várias empresas, como um meio de reconhecimento e validação de experiências, em ambiente não formal. Mas é preciso fazer mais. Por exemplo, os jovens portugueses que vão para países europeus, através do programa Erasmus, deviam ser patrocinados por empresas portuguesas. Patrociná-los não é pagar-lhes, porque esse é um trabalho que o Programa Juventude em Acção já faz, mas é acompanhá-los, permitir que esses jovens cheguem a outros países com a bandeira portuguesa, mas também com a bandeira de uma empresa. O mesmo deve ser feito com os jovens que recebemos. Cx: Indo para o terreno, um empreendedor em potência, que esteja a ponderar avançar com a sua ideia de negócio, sabe onde está o capital e como pode atraí-lo? JGF: Há uma série de possíveis fontes de financiamento, desde os business angels a fundos privados e públicos de capital de risco, embora talvez não seja fácil perceber à primeira vista onde é que estão esses fundos. O que falta é criarmos catalisadores que permitam que os promotores de novos projetos consigam analisar os projetos do ponto de vista crítico e melhorá-los, de modo a que muitos deles possam vir a ser uma realidade, em termos de negócios, e outros não, sem que isso tenha de representar necessariamente um falhanço. Um projeto que seja submetido e que não vá para a frente trará, seguramente, uma aprendizagem aos promotores, para que depois, numa segunda, terceira ou quarta oportunidade, venham a criar um projeto novo. E isso também faz parte desta mudança de mentalidade de que falávamos. Cx: Ser inovador é uma condição imprescindível para atrair os investidores? FB: Para convencer o investidor, qualquer que ele seja, o mais importante são os empreendedores em si. É preciso saber como é que se chega ao cliente-alvo. E, para fazer isso, é preciso ter capacitação empresarial. E o problema que se coloca, ainda hoje, é que quem começa e vem ter connosco, em busca de investimento, não conhece o ecossistema empreendedor. A diferença entre investirmos ou não investirmos depende, muitas vezes, desse conhecimento. Os business angels têm também um papel importante a esse nível, que não se mede no número de projetos financiados: a capacidade de triagem. Há que reconhecer o impacto que se gera quando os atores do mercado acreditam na capacidade de quem empreende. Foi o caso da PME Investimentos [sociedade de capital de risco], que, entre 2004 e 2006, fez 56 investimentos em start-ups que ninguém conhecia. Como, mais tarde, o trabalho desenvolvido pela Caixa Capital e, nomeadamente, pelo programa Caixa Empreender Mais, que possibilitou que alguns desses investimentos anteriormente feitos por outro ator pudessem beneficiar de novas rondas de financiamento, para ajudar a passar mais uma série de barreiras. Temos de permitir que projetos como o do João avancem, até porque o conhecimento que ele tem pode ser inspirador para quem esteja agora a começar. O poder da comunicação é brutal. Para termos uma ideia, neste momento, muito por força do trabalho da Caixa Capital, existem 51 empresas de business angels. E esses business angels, nos últimos dois anos e meio, fizeram 119 investimentos em 88 start-ups com menos de três anos, num montante global de 14,9 milhões de euros. Quem é que conhece esses investimentos? Como é que um empreendedor, que queira começar hoje, sabe onde é que está uma base de dados com esses projetos? Que características tinham os projetos? Que áreas de atividade? Quais os montantes envolvidos? Por cada investimento que os business angels fizessem, se houvesse uma divulgação ao mercado, talvez se pudesse gerar um efeito galvanizador de muitos. Cx: O que vale mais na relação com um business angel: o investimento ou o acompanhamento do negócio, a abertura de portas, a rede de contactos? JGF: Numa boa parte dos casos, os promotores de novos negócios não têm muita experiência empresarial, portanto essa relação é fundamental para se ganharem também as ferramentas para análise e para decisão. Quando lançamos um projeto, é normal que haja uma dose grande de otimismo, a roçar o irrealismo. Quando um investidor investe num projeto, fá-lo porque acredita que ele pode fazer a diferença, que pode dar retorno, mas também porque acredita nas pessoas. No meu caso concreto, quando olho agora para trás, vejo que tinha uma dose de irrealismo muito grande. O Francisco Cx a re v i s ta d a c a i xa 29 e entrevista Banha conheceu o projeto da Biosurfit ainda antes de termos arrancado e, na altura, pensávamos que, em quatro anos, já estaríamos a vender os nossos testes de diagnóstico médico. E não foi por falta de esforço da nossa equipa que não o concretizámos. Foi porque, de facto, o desafio é grande – e se não fosse grande, já estava feito, muito provavelmente. Portanto, o relacionamento com os investidores e a forma como todos crescemos nessa aprendizagem – quer os promotores, quer os investidores, que, hoje em dia, têm muito mais know-how, em algumas áreas – são muito importantes. Se conseguirmos que quem tem o capital consiga perceber que, por vezes, os projetos podem demorar mais tempo e se os investimentos não forem só dimensionados de acordo com o que é definido originalmente, isso pode também ajudar. Noutros países, é boa prática reservar uma parte dos fundos de capital de risco a investimentos subsequentes nos projetos, sob pena de, em muitos casos, eles poderem perder-se por essa falta de segundas rondas de investimento. Cx: O ecossistema também é favorável para quem investe, ou é necessário criar condições para atrair mais investidores? FB: Hoje, é extremamente aliciante para os business angels poderem desenvolver atividade em Portugal, porque o País tem gente com muito talento, tem excelentes infraestruturas de suporte à inovação e ao empreendedorismo, tem fundos de capital de risco disponíveis... Neste momento, quando falo dos 51 grupos de business angels, refiro-me a investidores que beneficiaram de um fundo de coinvestimento lançado, em 2009, com fundos comunitários. Para um montante total de 42 milhões de euros, que constitui o citado fundo, 28 milhões de euros são verbas comunitárias, 12,5 milhões são dos business angels e 1,5 milhões da Caixa Capital. Naturalmente que quem queira ser business angel agora, não vai poder alavancar o capital que tem disponível para investir com fundos como aqueles de que nós, neste momento, estamos a beneficiar. Por isso, recomendamos – e, inclusivamente, há uma autorização legislativa no Orçamento do Estado de 2013 que vai nesse sentido – que os business angels que invistam em start-ups com menos de três anos possam deduzir 20 por cento dos investimentos realizados nessas empresas em sede de IRS, até ao máximo de 50 mil euros. Numa fase em que se comunica que é preciso investimento estrangeiro direto em Portugal, creio que é também importante podermos beneficiar do investimento daqueles que conhecem o mercado português e que acreditam no seu País. Cx: O Gonçalo falava, há pouco, de alguns setores estratégicos para investimento. Quais são esses setores com maior potencial de crescimento que podem atrair investidores, tanto a nível nacional como a nível internacional? GR: Falo, nomeadamente, dos polos de competitividade associados à antiga indústria tradicional portuguesa que se modernizou – na área do calçado, na área das tecnologias, na área da saúde, na área automóvel, na área dos moldes, etc. Acredito que o programa Erasmus +, do ponto de vista dos jovens, vai permitir também abrir oportunidades a este nível, porque traz a questão profissional para dentro da equação. O novo programa Erasmus + será desenhado com três grandes ações. Estamos a falar num valor, para a Europa, 30 Cx a re v i s ta d a c a i xa «O PAÍS TEM A CAPACIDADE DE TER, EM ÁREAS CONCRETAS, CLUSTERS DE EXCELÊNCIA A NÍVEL INTERNACIONAL» Gonçalo Regalado na casa dos 1500 milhões de euros, em que cerca de mil milhões de euros serão destinados à mobilidade para a aprendizagem, seja em termos de intercâmbios, de serviço voluntário europeu, de partilha de experiências ou até numa perspetiva virtual. A segunda ação passará pelas parcerias estratégicas para a inovação e para a partilha de boas práticas, com cerca de 440 a 450 milhões de euros alocados. E, depois, há a questão das reformas políticas, que terá cerca de 70 a 75 milhões de euros e que trará uma nova dimensão à participação cívica e à cidadania ativa dos jovens. Essas três ações complementadas só se podem traduzir numa expressão, que é a expressão da oportunidade. Há um mar de oportunidades, o Programa Erasmus + será um mar de oportunidades. É preciso construir as caravelas, é preciso que ensinemos os nossos jovens a serem navegadores. E, depois, uma palavra de esperança, que julgo colocar toda a gente à mesma mesa e encontrar o melhor modelo para gerar oportunidades para o País. «PARA CONVENCER QUALQUER INVESTIDOR, O MAIS IMPORTANTE SÃO OS EMPREENDEDORES EM SI» Francisco Banha fundamental. Em primeiro lugar, ela prende-se com a certificação das competências adquiridas em ambiente não formal, que permitirão aos jovens que o seu tempo, a sua dedicação e o seu trabalho possam ser, efetivamente, certificados e reconhecidos. Depois, o processo que temos levado a cabo é um processo de democratização: em 2013, vamos abranger 16 mil jovens, quatro vezes mais do que no ano passado. Paralelamente, há que ter em conta a componente social, porque não podemos esquecer a realidade do País. Efetivamente, estamos a abranger, hoje, sete vezes mais jovens com menos oportunidades do que aquilo que acontecia no início do programa, em 2012. Portanto, há indústrias, há economia, há empresas, há boas universidades... Há programas comunitários que podem ajudar a fazer a mediação, há jovens ansiosos e com a necessidade de encontrar uma oportunidade, uma solução para a sua vida. É preciso Cx: Numa altura em que o País atinge níveis de desemprego – e, nomeadamente, níveis de desemprego jovem – recorde, esta mudança para uma cidadania mais proativa e para o empreendedorismo como um catalisador de oportunidades dá resposta a este problema? GR: O País não pode dar-se ao luxo de ter um conjunto enorme de pessoas sem ocupação. A CE dá também aqui um sinal. Foram aprovados seis mil milhões de euros num programa que se chama Youth Guarantee – Garantia Jovem, em português – , que não permitirá que nenhum jovem, na Europa, esteja mais do que quatro meses sem uma ocupação, seja essa ocupação formativa, profissional, de estágio ou um programa de voluntariado. Aquilo que temos de executar, em Portugal, é uma solução política que permita aos jovens poderem retribuir ao seu País aquilo que receberam, do ponto de vista da sua formação. Para uma pessoa que tem a responsabilidade que eu tenho, não há indicador mais preocupante, mais duro, do que aquilo que são os fatores de emigração jovem. Porque são um sinal de que os jovens deixaram de acreditar no País, de que procuraram outras soluções porque o País também não lhes deu oportunidades e de que não estão criadas condições, como houve no passado, para que eles possam voltar ao seu País e isso, para nós, é muito preocupante. Se me perguntar se o programa Erasmus + traz para os jovens um conjunto de oportunidades que lhes permita ter experiência internacional, «ganhar» Europa e «ganhar» mundo, ter formação em vários contextos, formais e não formais, ser mais empreendedores, desenvolver competências melhores do que aquelas que foram desenvolvidas até hoje, com certeza. Se me perguntar se chega? Não chega. O que nós podemos fazer é encontrar soluções de facilitação, sermos catalisadores, sermos um elemento proativo na comunicação das diferentes necessidades. FB: Fazemos esta mesa-redonda no dia [16 de setembro] em que mais de um milhão de jovens vai iniciar, com grande expectativa, o seu ano escolar, e penso que estamos a perder, mais uma vez, a oportunidade de os decisores poderem estar presentes e de transmitirem um conforto positivo a esses jovens, para que eles pensem que são eles que têm de criar o seu futuro, e não é o Estado que o vai criar por eles. E só podem criar esse futuro se realmente tiverem as competências-chave para aproveitarem as oportunidades e ultrapassarem as dificuldades com que se irão deparar, ao longo da sua vida. Relativamente às oportunidades que se colocam, em termos de áreas de negócio, à medida que a população mundial cresce para nove mil milhões de seres humanos, elas situam-se, sobretudo, nas áreas das ciências alimentares, das biomedicinas e mesmo nas tecnologias verdes. Projetos nessas áreas certamente merecerão o interesse dos investidores. Não podemos, também, deixar de estar associados às oportunidades que aparecem no mundo digital. Por tudo isto, se nós temos em Portugal, neste momento, jovens talentos até bastante reconhecidos à escala global, boas infraestruturas de suporte à inovação e ao empreendedorismo e dinheiro disponível para investir, porque não hão de aparecer aqui os projetos? Essa mensagem de esperança de que o Gonçalo falou é algo que compete a todos nós. Cx a re v i s ta d a c a i xa 31 h 32 história de capa Cx a rev i s ta d a ca i xa I N I C I AT I VA Investir no futuro Para vencer o desafio do crescimento e da competitividade, há que passar o testemunho de uma cultura assente na tomada de iniciativa que sirva de motor à criação de oportunidades para todos. Da dinamização do tecido empresarial que gera riqueza e emprego ao estímulo da multiplicação de valor do ponto de vista social, o cruzamento entre empreendedorismo e voluntariado pode conduzir-nos a um futuro mais sustentável? Por Ana Rita Lúcio interrogação pode surgir a quem articula, pela primeira vez, na mesma frase, os conceitos de empreendedorismo e de voluntariado. Enquanto um aponta para a capacidade de conceber negócios que, por sua vez, atuem como fontes de riqueza e de crescimento económico, tendemos a encarar o outro como avesso a qualquer criação de valor que não sejam os ganhos que traz para as pessoas e as instituições beneficiadas. Contudo, ainda que a ação voluntária não seja uma atividade com fins lucrativos e o empreendedorismo não se mova, em última instância, por motivos filantrópicos é muito mais aquilo que une estas duas realidades do que aquilo que as separa. O primeiro ponto de encontro entre estes dois vetores é, garantidamente, o motor que dá impulso a ambos. Afinal, quer para lançar e fazer vingar o seu próprio negócio, quer para emprestar as suas capacidades, em prol do bem-estar de outros, é necessário «sair da zona de conforto», como enfatizam Francisco Banha, presidente da Direção da Federação Nacional de Associações de Business Angels, e Gonçalo Regalado, diretor do Programa Juventude em Acção. Se empreender é tomar iniciativa empresarial, arriscando contribuir para o relançamento da economia nacional, gerando postos de trabalho e encontrando soluções para os novos desafios, ser voluntário é adotar a mesma atitude de cidadania ativa e interventiva, focada no atingir de determinados objetivos e na resolução de problemas que se coloquem à sociedade, em determinado momento. A Cx a rev i s ta d a ca i xa 33 h história de capa Valor que se acrescenta Lado a lado com os benefícios que o voluntariado desencadeia junto de cada causa ou instituição, em particular, ou na sociedade como um todo, há que salientar que as mais-valias que este ato acarreta podem ir muito além do bem altruísta. Ainda que não estejam envolvidas quaisquer contrapartidas remuneratórias – sublinhe-se, aliás, que só assim pode ser entendido, na medida em que não seja utilizado como alternativa a uma atividade remunerada –, o trabalho voluntário pode ter retorno efetivo para quem nele investe o seu tempo e as suas competências. Antes de mais, para lá de outras regalias de segurança social e laboral, a qualquer voluntário está garantido o acesso a formação inicial e contínua, de modo a que possa manter-se sempre atualizado na área em que exerce funções. Somados a esses direitos consagrados, há, no entanto, que ter em conta o valor que a própria experiência do voluntariado acrescenta a quem a põe em prática. Em qualquer idade, mas sobretudo para as camadas mais jovens, que atravessam uma fase decisiva na sua formação, o voluntariado pode funcionar como um catalisador da «mentalidade empreendedora». Francisco Banha, Gonçalo Regalado e João Garcia da Fonseca, CEO da start-up Biosurfit, são unânimes em elegê-lo como uma alavanca fundamental para o desenvolvimento sustentável do País e para competitividade da economia portuguesa, inserida num contexto europeu e global cada vez mais exigente. Daí que todos ressalvem a importância das escolas passarem a abranger este tipo de formação e de se criarem meios para reconhecer e validar estas experiências no enriquecimento dos currículos, o que já é feito através do documento Youth Pass, complementar ao tradicional Euro Pass. Porque os jovens portugueses «têm de ter uma preparação diferente para poderem vencer na atual conjuntura», como defende o presidente da Direção da Federação Nacional de Associações de Business Angels, é essencial desenvolverem, paralelamente ao seu preparo académico e profissional, aquilo que são as suas «soft skills», esclarece, por sua vez, o responsável do Programa Juventude em Acção. Uma expressão que se traduz em competências no âmbito comportamental e de interação com os outros e que engloba capacidades de Cx a rev i s ta d a ca i xa Print CAIXA JOVEM EMPREENDEDOR Para os jovens que pretendem desenvolver o seu próprio negócio. A LINHA Caixa Jovem Empreendedor destina-se a jovens até aos 40 anos ou sociedades recentemente constituídas ou em processo de constituição, cujo capital seja maioritariamente detido por jovens até essa idade. Visa financiar a aquisição de equipamentos e/ou outras componentes de investimento, necessários à criação, expansão ou modernização de pequenos negócios. Disponível até 50 mil euros, com limite de 80 por cento do investimento total, esta solução está disponível em duas modalidades: para criação de novas empresas, com prazo até 72 meses (seis anos), e para a modernização e expansão de empresas, com prazo até 60 meses (cinco anos). Tudo a uma taxa de juro atrativa, em função da análise do risco de crédito, contando, ainda, com uma redução de 50 por cento das comissões de estudo e de contratação. Para esclarecimentos adicionais, ligue o 808 21 22 13, disponível 24 horas por dia, ou visite uma Agência da Caixa. comunicação, de liderança, de trabalho em equipa, de gestão de tempo e de resolução de problemas de forma criativa. E que melhor forma de o conseguir do que apostando no voluntariado? Resposta empreendedora Recorrendo «à rede de partilha de conhecimento» acumulado na experiência, muitas vezes apreendida em ambientes não formais, como lhe chama Francisco Banha, torna-se evidente que voluntários e empreendedores, na maioria dos casos, são feitos da mesma «massa». Desde logo, porque têm em comum a paixão por aquilo que fazem, entregando-se de corpo e alma à defesa de uma causa, sem se deixarem travar pelos obstáculos que sempre vão surgindo pelo caminho. Apesar desse espírito resoluto de quem demonstra ter iniciativa, ambos devem ser, ainda assim, edificadores de pontes entre as diversas partes envolvidas nos projetos em que participam: tanto erguer o seu próprio negócio como tomar partido numa causa voluntária requerem que se criem e consolidem de laços de relação e entendimento com os outros. Essa capacidade de gerar empatia com o ambiente que lhes é próximo faz, também, com que os voluntários consigam identificar mais facilmente os desafios que se colocam ao seu redor, procurando dar-lhes resposta. Uma vantagem clara para qualquer empreendedor, uma vez que young volunteam Já na segunda edição, o programa da Caixa (ver pág. 62 e 63) tem promovido a cultura do voluntariado junto das escolas secundárias, sensibilizando os jovens para uma melhor consciência social e preparando-os para os desafios do futuro (à esq.) empreendedorismo Numa conjuntura em que o desemprego jovem se revela um flagelo que urge combater, a solução de cada vez mais portugueses parece estar na criação de novos e inovadores negócios Cx a rev i s ta d a ca i xa 35 h história de capa voluntários Os desafios lançados pela CGD têm tido resposta massiva por parte dos funcionários e seus familiares inovação A ciência, a inovação e a criatividade fazem a diferenciação face à concorrência do mercado saúde financeira O sucesso empresarial pode passar também pela criação de parcerias, em cooperação com outras entidades o seu propósito consiste em reconhecer oportunidades para desenvolver produtos ou serviços que venham preencher determinadas necessidades ou lacunas. Apesar disso, o caminho do voluntariado continua-se a trilhar paulatinamente, em Portugal. Dados recolhidos pelo European Value Survey, em 2008, apontavam para uma taxa de participação da população portuguesa em ações de voluntariado a rondar os 14 por cento, enquanto, já em 2012, um estudo levado a cabo pelo Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado situava esta cifra entre os 18 e os 20 por cento. Não menos importante é constatar o reforço que esta atividade solidária traz para a produção de valor. Os números dão conta disso mesmo. Segundo dados coligidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2012, estima-se que o trabalho voluntário tenha atingido cerca de 1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Tendo ainda como referência o emprego total gerado no que toca à economia social, em 2010, o mesmo estudo situa o trabalho voluntário neste setor em 40 por cento do total desenvolvido, confirmando o quão crucial é este recurso para as instituições. Um saldo positivo que se desdobra, consequentemente, num efeito multiplicador. Afinal, por cada euro investido em ações de voluntariado, verifica-se um retorno económico de cinco a oito euros, de acordo com estimativas da Comissão Europeia. Quando o que está em causa é o valor acrescentado do voluntariado, de resto, e já que se fala de empreendedorismo, importa não retirar da equação as O Caixaworks Empreender é um cartão de crédito para micro e pequenas empresas, que permite financiar as necessidades de tesouraria, a taxas de juro muito competitivas(1), o que o torna um produto diferenciador e inovador para os pequenos negócios. Este cartão constitui-se como um limite de crédito agregador das responsabilidades de curto prazo das novas empresas, com menos de dois anos de atividade, que cumpram um dos critérios: - Até 50 empregados, em qualquer setor de atividade, exceto construção e imobiliário; - Apresentação de business-plan com break-even até ao terceiro ano, inclusive; - Empresas de base tecnológica, científica e/ou com patentes registadas no INPI. 1 TAE de 15,2% (com garantia real) ou 17,7% (com garantia pessoal), calculadas com base na média mensal da Euribor a 6M (base 360) + spread de, respetivamente, 5,5% ou 8%, para um montante de 1500 euros com reembolso a 12 meses. Taxas Euribor atualizadas em 01/01 e 01/07 de cada ano. 36 Cx a rev i s ta d a ca i xa Print LINHAS MICROINVEST E INVEST + Soluções adequadas para um novo impulso profissional DUAS LINHAS que visam promover a criação de empresas, mediante o acesso ao crédito bancário em condições favoráveis por parte de jovens ou desempregados. Com um prazo alargado (84 meses, com 24 de carência), estas linhas permitem: Linha Microinvest – financiamentos até 20 mil euros por operação, com garantia de Sociedades de Garantia Mútua (SGM) de 100%; Linha Invest + – financiamento de operações de crédito entre os 20 mil e os 100 mil euros, que beneficia de uma garantia SGM de 75%. O financiamento está limitado a 95% do investimento global, não podendo este ultrapassar os 100 mil euros, nem os 50 mil euros por posto de trabalho a tempo inteiro criado. Destinatários: · Desempregados involuntários, inscritos no máximo há nove meses, ou independentemente do motivo da inscrição se há mais de nove meses; · Jovens à procura do primeiro emprego, ou seja, pessoas entre os 18 e os 35 anos, que nunca desenvolveram uma atividade profissional ou, tendo desenvolvido, que a sua duração, seguida ou interpolada, não tenha ultrapassado os 12 meses; · Pessoas que nunca tenham exercido atividade profissional por conta de outrem ou por conta própria; · Trabalhadores independentes cujo rendimento médio mensal, com base nos meses em que teve atividade no último ano, seja inferior à retribuição mínima mensal garantida. Conheças todas as condições de acesso destas linhas protocoladas entre a CGD, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a SGM e a Sociedade de Investimento em www.cgd.pt ou numa Agência da Caixa. mais-valias alcançadas do ponto de vista empresarial. Isto porque o estímulo à prática do voluntariado, no âmbito das políticas de responsabilidade social das organizações, acarreta benefícios que ultrapassam, em larga medida, o contributo para o bem-estar da comunidade ou o mero reforço da imagem corporativa. Em primeira instância, quem está à frente das empresas deve ter em consideração que o lucro e a responsabilidade social não são mutuamente exclusivos. Vivemos uma era em que os canais de comunicação entre os consumidores e as companhias se expandem continuamente e, da parte de quem compra, é cada vez mais valorizada a informação sobre os produtos e serviços aos quais se adere, bem como sobre as marcas que por eles são responsáveis. Por isso, saber que se está a lidar com uma empresa que mantém uma postura socialmente ativa e sustentável é um fator diferenciador para muitos. Fomentar programas de apoio ao voluntariado junto dos recursos humanos das empresas pode ser também um Cx a rev i s ta d a ca i xa 37 h história de capa BUILDING GLOBAL INNOVATORS Uma iniciativa para mentes inovadoras e arrojadas fator de motivação, com ganhos que se podem repercutir na produtividade, mas os mecanismos aos quais as diferentes organizações podem recorrer não se esgotam em iniciativas filantrópicas ou solidárias. Fazer a diferença pode passar pelo apoio ao florescimento de negócios paralelos, que promovam o emprego ou encontrem resposta para desafios de sustentabilidade social ou ambiental prementes, seja dentro de um mesmo grupo empresarial ou através de parcerias com outras entidades. Arriscar, inovando Numa conjuntura nacional em que o desemprego ronda os 17 por cento e, em particular, o desemprego jovem se situa, segundo o Eurostat, em 36,8 por cento, o empreendedorismo social pode ser, ao mesmo tempo, uma plataforma de resolução de problemas sociais e uma rampa de lançamento de negócios sustentáveis. Como avança a Carta de Cascais, um manifesto lançado no I Congresso Internacional sobre A Economia Social nos Desafios do século XXI, em junho deste ano, «as mais de 55 mil entidades do setor representam 5,5 por cento do emprego remunerado e 2,8 por cento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) nacional. Para ultrapassar estes e outros desafios, investindo no futuro do País, a solução de cada vez mais portugueses parece estar na criação de novos negócios (ver pág. 34, em Caixa Jovem Empreendedor, e no Print da pág. 37). De acordo com um estudo da consultora Informa D&B, até junho de 2013, foram constituídas, em Portugal, 20 mil novas empresas, mais 17,8 por cento do que em período homólogo de 2012, sendo que, pela primeira vez desde 2009, o número de insolvências também caiu. De modo a garantirem a diferenciação face à concorrência, tornando-se mais atrativas para o mercado e para os investidores, uma aposta vencedora pode recair sobre os vetores da ciência, da inovação e da criatividade. Segundo o Eurostat, Portugal está hoje em quarto lugar no ranking de países mais inovadores da UE 27, com mais de 60 por cento das empresas a terem produzido ou utilizado produtos e processos inovadores, entre 2008 e 2012. Voltando ao enraizar da «mentalidade empreendedor», João Garcia da Fonseca, que em 2008 foi distinguido com o Prémio Jovem Empreendedor do Ano, ressalva ainda que a inovação pode ir além da base tecnológica. «Acredito que o empreendedorismo se faz com inovação, no sentido de responder a uma necessidade que não está satisfeita», acrescenta. Sempre de olhos postos no futuro 38 Cx a rev i s ta d a ca i xa Relação com o consumidor Saber que se está a lidar com um produto criado por uma empresa que mantém uma postura socialmente ativa e sustentável é um fator diferenciador para muitos consumidores, que se revela valor acrescentado para a marca O Building Global Innovators é um concurso de empreendedorismo de base tecnológica com alcance global, promovido pelo IUL-ISCTE em parceria com o MIT Portugal. Apoiado pela CGD e a Caixa Capital, o seu principal objetivo passa por acompanhar projetos inovadores com alto potencial tecnológico, particularmente na etapa de concretização do negócio. Já na quarta edição, o concurso destina-se a start-ups e spin-offs universitárias com menos de cinco anos e com volume anual inferior a 2,5 milhões de euros. São igualmente aceites candidaturas de indivíduos, Politécnicos, Universidades ou de outras entidades dedicadas a projetos empresariais de forte valor tecnológico, com enfoque em mercado globais e de qualquer proveniência geográfica. Ao longo de vários meses, os projetos aceites integram um programa com mais de 500 horas de formação específica e várias iniciativas de aconselhamento. O apoio a este projeto responde aos objetivos estratégicos do Grupo Caixa ao nível do envolvimento com setores chave da economia nacional, como a tecnologia e a inovação. O apoio consiste na presença, como mentores das empresas, dos quadros da Caixa Capital e no seu investimento nas quatro start-ups mais promissoras, que pode ascender até um milhão de euros por edição do concurso, sendo que a sua continuidade confirma o êxito das edições anteriores. o observatório GONÇALO Amorim As palavras «Empreendedorismo» e «Empreendedor» nunca estiveram tão em voga como agora. Desengane-se aquele que julgar que se trata de um fenómeno português. É global. SE RECUARMOS três ou quatro anos, o panorama era bastante diferente. Tão diferente que parece ter sido numa década diferente da que vivemos. Há quatro anos, quando se falava de start-ups, os investidores queixavam-se tipicamente do dealflow e da falta de qualidade dos projectos. Há quatro anos, por sua vez, os promotores de start-ups queixavam-se de falta de acesso a capital, a redes de conhecimento, smart-money, entre outros. Hoje, vive-se uma realidade praticamente explosiva do nosso ecossistema de empreendedorismo e inovação. Várias organizações que, há quatro anos, nem sequer existiam contribuíram de forma dramática, muitas vezes com recursos extraordinariamente parcos. A montante, as universidades formaram Gabinetes de Apoio à protecção da Propriedade Industrial (PI) e capacitaram-se, criaram regulamentos de gestão de PI. As reitorias criaram redes de conhecimento e partilha de resultados da transferência de tecnologia (UTEN). No financiamento à ciência e tecnologia, várias Secretarias de Estado (Ensino, Ciência e Empreendedorismo, etc.) uniram-se numa estratégia conjunta de maximização de recursos. Fundiram-se vários operadores de capital de risco (CR) públicos num único chapéu (Portugal Ventures). Ainda mais a montante, a Fundação para a Ciência e Tecnologia deu continuidade a um longo caminho de capacitação e acumulação de conhecimento, com várias parcerias internacionais com centros de investigação de topo (p.e.: Fraunhofer, Harvard) e várias universidades líder na valorização do conhecimento (MIT, CMU). De entre as inúmeras aceleradoras e programas, destaca-se o Building Global Innovators®, como o de maior intensidade tecnológica, a Fábrica de Startups, especializando-se na metodologia de optimização de modelos de negócio do Alex Osterwalder para «lean start-ups». Surgiram várias incubadoras promovidas por autarquias, das quais se destacam a StartUp Lisboa e, mais recentemente, a Labs Lisboa, entre muitas outras de norte a sul do País. A Startup Pirates e a Beta-i organizaram, também, inúmeros DIRETOR DO PROGRAMA BUILDING GLOBAL INNOVATORS (WWW.MITPORTUGAL-BGI.ORG) eventos de promoção do empreendedorismo para digital start-ups. Portugal acordou para uma nova realidade global, extraordinariamente competitiva, onde só os melhores sobrevivem. Uma realidade desafiante, mas impelida de possibilidades futuras. O período que vivemos, apesar de muito desafiante económica, financeira e socialmente, apenas se pode comparar à realidade vivida na época de Vasco da Gama, na qual fomos impelidos a descobrir novos mundos graças ao avanço tecnológico que tínhamos, nomeadamente nas áreas naval e de navegação. Portugal investe hoje cerca de 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em investigação científica, que compara com 0,3 por cento nos primórdios dos anos 80. Tal investimento permitiu, nos últimos anos, entre muitos outros aspectos, a criação de centenas de empresas baseadas em conhecimento diferenciado. Mas nem tudo são rosas. Como poderá um jovem empreendedor maximizar o sucesso a partir de um pequeno País com um ecossistema ainda frágil como o português? Como escalar a nível global uma solução? Foi com esta premissa que, em Março de 2010, o ISCTE-IUL – em conjunto com a Caixa Capital – lançou uma iniciativa com uma envergadura nunca antes tentada em Portugal: fazer o maior programa de capacitação para promotores de empresas de base tecnológica. Ao final de vários anos de duras negociações, nasce o Building Global Innovators, alicerçado no programa MIT Portugal. Tal como em 1497, para grandes males, grandes remédios: a Caixa Capital assume o compromisso de Award Partner, com a atribuição de um prémio financeiro até um milhão de euros por edição. O que permitiu este prémio mudar então em menos de quatro anos? Colocou Portugal no mapa mundi da inovação, foram criadas centenas de ligações a investidores internacionais, foram investidos por investidores nacionais cerca de 16 milhões de euros, em cerca de 25 novas empresas, e criados mais de 150 postos de trabalho altamente qualificados. Acima de tudo, foram lançadas as bases para voos muito mais altos: os vários operadores de CR reconhecem o saudável e competitivo dealflow que se vive hoje, que lhes permitirá investir com maior segurança, criar valor e, eventualmente, desinvestir, de preferência internacionalmente, acumulando riqueza e know-how. * Por opção do autor, este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico Cx a re v i s ta d a c a i xa 39 v viagem A L D E I A S D O X I S T O Pedra sobre pedra Estradas de terra batida que percorrem a serra. Aldeias feitas de casas de xisto, que nos transportam para uma outra dimensão, entre o nevoeiro e o cantar dos veados. Um mundo imaginário tornado realidade ou a melhor forma de receber o outono com um sorriso nos lábios Por Pedro Guilherme Lopes Fotografia Pedro Sampayo Ribeiro 40 Cx a re v i s ta d a c a i xa Cx a re v i s ta d a c a i xa 41 v viagem inamizar o turismo da Região Centro através dos recursos naturais e humanos existentes nas aldeias, melhorando a qualidade de vida das populações locais e promovendo as atividades económicas e os produtos tradicionais. Este foi o ponto de partida para o projeto Aldeias do Xisto, conduzido pela Associação de Desenvolvimento Pinus Verde, e que, ao longo dos últimos anos, tem trabalhado na recuperação de 27 aldeias erguidas nessa pedra, distribuídas pelas serras da Lousã, Açor e Gardunha, e envoltas num cenário irresistivelmente bucólico, quase mágico. Saindo de Lisboa, apontamos Oleiros como primeira paragem. Sede de concelho, acolhe com simplicidade e simpatia a nossa pausa para esticar as pernas. No posto de turismo, depois de obtermos várias informações sobre a região e as Aldeias do Xisto, somos convidados a provar um delicioso bolo-rei feito de medronho (há muito mais para fazer com este fruto, além de aguardente), a que se segue um almoço onde temos a primeira prova de que por estas bandas não há doses pequenas. Espreitamos a belíssima Igreja Matriz e rumamos a Álvaro, a primeira das Aldeias do Xisto que visitamos e cujo nome se deve, provavelmente, ao nome de um criado que ficou encarregue de governar quando o seu senhor foi para a guerra. A verdade é que o fidalgo nunca mais voltou, ao contrário de nós, que ficámos com vontade de regressar a esta aldeia soalheira, eventualmente numa altura em que possamos experimentar a praia fluvial. Os dias agora são mais curtos e o sol já ameaça esconder-se, por isso continuamos a ziguezaguear a serra rumo ao destino eleito para passarmos a noite: Janeiro de Cima, situada nas margens do Zêzere, rio de onde saíram as pedras usadas para calcetar as ruas. Ainda não é hora de jantar, mas a temperatura já indicia que o verão é uma saudade gravada na pele ainda bronzeada. Aqui não há multibancos, mas há a tremenda simpatia com que D. Lídia nos recebe na aquecida Casa de Janeiro. E, mesmo ao lado, um restaurante chamado Fiado, que mistura sabores tradicionais (como, por exemplo, o maranho) com uma decoração e atendimento que, por certo, o tornariam num dos restaurantes da moda se estivéssemos em Lisboa (ainda para mais, servindo doses que não nos fazem perguntar a razão pela qual há tanto branco do prato à mostra). D 42 Cx a re v i s ta d a c a i xa panorâmica O verde da serra da Lousã, perto do final do dia conforto O Melia Boutique Hotel (em cima e na página ao lado) convida a uma estada inesquecível, onde nem falta a cozinha de autor (última foto, ao lado) lousã A Igreja Matriz, à noite biológico O projeto Planta do Xisto «prendeu» um lisboeta aos encantos da serra ideia inicial era apenas comprovar a fama do restaurante Pascoal de Fajão e, quanto a isso, ficámos rendidos com o bacalhau à juiz, o javali no forno e as tigeladas, mas acabámos por descobrir uma aldeia quase perfeita, cheia de recantos acolhedores e de gatos a dormitar ao sol. Ficou a promessa de regressar, depois de sabermos que quem nos aconchegou o estômago também tem uma casa cheia de quartos quentinhos, prontos a alugar. E os pequenos-almoços? «Bem, são feitos pela mesma família, portanto…», respondem-nos com um sorriso que não deixa margem para dúvidas. A vila de Góis é encantadora e abre-nos a porta a quatro aldeias: Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena. Integradas numa estrada panorâmica que as ligará ao Trevim, o ponto mais alto da serra da Lousã, são garantia de fascinantes histórias, onde os lobos obrigavam a cortar as ruas e a ligar, interiormente, as casas entre si, e são ponto estratégico para conhecer o Parque Florestal da Oitava e a Ribeira da Pena, por exemplo. É já com a noite posta que chegamos ao Quintal de Além do Ribeiro, uma casa de turismo em espaço rural que será o nosso porto de abrigo enquanto explorarmos as Aldeias do Xisto existentes na serra da Lousã. É com esse objetivo que acordamos cedo. Enquanto tomamos o pequeno-almoço, a D. Maria José, que nos fez realmente sentir em casa, diz-nos que «o São Pedro resolveu pregar uma partida». Depois de dias de intenso sol, o céu está toldado e cai uma chuvinha que se confunde com humidade, mas a verdade é que não nos lembramos de um dia em que tenhamos gostado tanto de vê-la cair. A explicação para o que acima se disse é simples: A cordados pelo som da porta, aberta por quem vem deixar o pequeno-almoço na sala de baixo, recebemos os bons-dias do sino da igreja e pelo roncar do motor de um pequeno trator. O sol convida a um curto passeio, com passagem obrigatória pela Casa das Tecedeiras, e confirma-se que este projeto está realmente a transformar as Aldeias do Xisto em locais onde apetece ficar. Acontece que a viagem não para e prometemos a nós mesmos não deixar de percorrer cerca de três dezenas de quilómetros extra para podermos descobrir o Piódão. Não faz parte da rede das Aldeias do Xisto, é verdade, antes da rota de Aldeias Históricas de Portugal, mas o seu casario em xisto, disposto em cascata, é um espetáculo que vale o caminho sinuoso que nos conduz a esta aldeia perdida na serra do Açor. Depois de visitada a Igreja Matriz e o Núcleo Museológico, olhamos para o plano traçado e damo-nos conta de que são, ainda, algumas dezenas de quilómetros que nos separam da Lousã. Um caminho que se faz quase sem se dar conta, com a beleza da paisagem a sobrepor-se às várias curvas, e com uma paragem para mais tarde recordar na belíssima aldeia de Fajão. A Cx a re v i s ta d a c a i xa 43 v viagem a neblina dá uma aura quase mágica a estas aldeias de pedra. Há todo um imaginário que nos fala de um mundo encantado, onde há reis, princesas e dragões, e, ao chegar a Cerdeira, a primeira das Aldeias que visitamos, somos tentados a acreditar nisso. Ao atravessarmos a ponte que faz a curva, envoltos em vegetação com tons que vão do verde ao avermelhado, passando pelo castanho, quase julgamos ter entrado numa dimensão paralela, onde poderiam viver os hobits criados por Tolkien. Não há hobits, mas há uma alemã chamada Kirsten, que por aqui ficou a trabalhar a madeira, e o António, que deixou o Conservatório para aqui se instalar e cultivar os mais variados tipos de plantas, entretanto embaladas em saquinhos com a marca Planta do Xisto. assando por Candal, a estrada de terra batida, ladeada por castanheiros e uma vegetação em mudança do verde para os alaranjados da época, leva-nos até Talasnal. É nessa aldeia que fica o afamado restaurante Ti Lena, que só abre de sexta a domingo e cuja mesa deve ser sempre reservada, e a Lojinha do Talasnico, onde encontramos os deliciosos talasnicos (uma especialidade feita com mel, castanhas e amêndoas) e vários licores de beber e chorar por mais. Mas como íamos conduzir… P Segue-se Casal Novo e Chiqueiro, antes de chegarmos a Gondramaz, aldeia de onde saíram as mundialmente famosas estátuas (bonecas) em pedra esculpidas pela mão de Carlos Rodrigues. Fantástica na cor da pedra que a sustenta, das ruas às casas, tem no Pátio do Xisto referência para quem quer comer ou ficar e reserva uma surpresa aos mais aventureiros: o Penedo dos Corvos. Para lá chegar, é necessário tomar o trilho pedestre que se inicia quando as casas da aldeia acabam e que nos convida a mergulhar na vegetação luxuriante. O cantar dos veados, que escutamos enquanto fazemos tentativas frustradas para conseguir ver os seus autores, dá a este percurso um cariz ainda mais incrível. E, quando «voltamos à superfície», somos surpreendidos por um enorme bloco de pedra que parece flutuar e que nos oferece panorâmicas que se cravam na memória. Neste mundo fantástico, construído com pedra sobre pedra, não poderia haver melhor forma de terminar o dia. A NEBLINA QUE SE VISLUMBRA CONFERE UMA AURA QUASE MÁGICA A ESTAS ALDEIAS DE PEDRA castelo Perdido por entre o verde, um dos símbolos da Lousã (à esq.) surpreendente Com o regresso do outono, as quedas de água ganham destaque cerdeira Uma aldeia que parece saída de um filme (em cima, ao lado) pormenores As surpresas reservadas pela Natureza são uma constante ao longo da viagem 44 Cx a re v i s ta d a c a i xa Cx a re v i s ta d a c a i xa 45 v viagem Guia de viagem IR À descoberta de um mundo mágico A Caixa, em parceria com a Tagus, deixa-lhe duas propostas para um fim de semana inesquecível, na serra da Lousã. Estada no Tryp Colina do Castelo 4*, em Castelo Branco, com visita à aldeia Foz do Cobrão. O programa inclui: > Estada de uma noite em quarto duplo standard; > Pequeno-almoço; > Jantar buffet no restaurante do hotel (bebidas da casa incluídas); > Acesso à piscina interior aquecida, jacuzzi, sauna e banho turco; > Visita à Aldeia do Xisto da Foz do Cobrão, visita ao Museu de Tecelagem e atividade de prospeção de ouro nas margens do rio Ocreza. Nota: A duração da atividade e visita é de 90 minutos e carece de marcação prévia. O transporte do hotel para o local da atividade é da responsabilidade do Cliente. Preço: 57 euros por pessoa, em quarto duplo. Estada no Palácio da Lousã Boutique Hotel de 4*, na Lousã, com passeio de jipe nas Aldeias do Xisto. O programa inclui: > Cocktail de boas-vindas à chegada; > Estada de duas noites em quarto duplo standard; > Pequeno-almoço; > Oferta no quarto; > Um almoço buffet; > Lanche para duas pessoas durante o passeio de jipe; > 10% de desconto no restaurante do hotel; > Passeio de jipe nas Aldeias do Xisto, com duração de quatro horas, pelo seguinte percurso: Neveiros Reais de Santo António (onde se fazia a produção de gelo para a corte, no século XVIII), Aigra Nova, Aigra Velha (tradições do xisto, Núcleo Vivo das Aldeias do Xisto de Góis) e passagem pela zona de observação de veados e Talasnal. Preço: 161 euros por pessoa, em quarto duplo. Notas gerais: Os programas são válidos para estadas até 20 de dezembro de 2013 e os preços não incluem taxa de serviço, despesas de caráter pessoal e quaisquer serviços não mencionados como incluídos; Preços especiais para Clientes da CGD, não cumulativos com quaisquer acordos, protocolos ou campanhas em vigor; Programas sujeitos a reserva prévia e disponibilidade, não sendo acumuláveis com outras ofertas; as ofertas podem ser canceladas a qualquer momento. Após ler o artigo, fica o desafio: faça o percurso ao contrário. Rumando a Coimbra, está a menos de meia hora da Lousã. Só precisará de mapa ao chegar à primeira aldeia do xisto. FICAR Casa de Janeiro Fica em Janeiro de Cima e tem seis quartos duplos e um individual. Para famílias, existe a Casa da Pedra Rolada. (www.casadejaneiro.com) Quintal de Além do Ribeiro Acolhedora casa setecentista, na serra da Lousã. (www.quintal-turismorural.web.pt) Meliá Boutique Hotel Lousã (*) Abrigado num edifício setecentista classificado Património Histórico de Interesse Público, o antigo Palácio dos Salazares é hoje um clássico boutique hotel, que o convida a perder-se nos seus detalhes. (http://palaciodalousa.artehhotels.com) Boutique Hotel Rural Quinta da Geia (*) Situado na Aldeia das Dez, beneficia de extraordinária vista panorâmica. (www.quintadageia.com) Pátio do Xisto Na aldeia de Gondramaz, permite experienciar o dia a dia de uma aldeia. (www.patiodoxisto.pt) Casa Princesa Peralta Indicada para grupos de amigos ou família. Fica na aldeia de Talasnal. (www.casaprincesaperalta.com) o ensopado de borrego e as tigeladas são obrigatórios. Ti Lena Situa-se em Talasnal e é conhecido pelo cabrito à moda da casa (por encomenda). Casa Velha Na Lousã, é famoso pelo bacalhau à Narcisa, a chanfana, os rojões à minhota, o cabrito e as pataniscas. O Burgo De visita obrigatória, para provar o cozido na broa, o bacalhau com migas ou o javali com castanhas. FAZER Uma das facetas mais curiosas das Aldeias do Xisto é a sua relação com os desportos de aventura. Prova disso é o UltraTrail, ou o Campeonato de Carrinhos de Rolamentos (setembro e novembro). Além disso, a Adriventura (*) proporciona momentos animados na zona das Aldeias do Xisto e não só. Veja em www.adriventura.com. Mas há muito mais, como festivais de jazz e de fado, caças fotográficas aos veados ou um projeto intitulado Água Musa, onde vários artesãos exploram tradições locais. ( ) * Benefícios para titulares de cartões da CGD. Saiba quais os cartões e todas as vantagens em cada um dos parceiros em www.vantagenscaixa.pt. COMER Informação na Net O Fiado Experimente o maranho ou as sugestões que dão um toque contemporâneo aos pratos da região. Em Janeiro de Cima. Pascoal de Fajão Refeições memoráveis, neste espaço em Fajão. O bacalhau, o cabrito à juiz, Sites que não deve deixar de consultar: > www.aldeiasdoxisto.pt; > http://escape.expresso.sapo. pt/boa-vida/roteiros/praiasfluvias-mergulhar-nas-aldeiasxisto-17539758; > https://www.facebook.com/pages/ Aldeias-do-Xisto/ prepare-se para ir para fora... cá dentro. O CARTÃO CAIXADRIVE (1) é o parceiro ideal para as suas viagens, permitindo beneficiar de descontos sempre que abastece o automóvel nas estações de serviço da Repsol. Usufrua de descontos de 3%, num máximo de 20 euros mensais, nas compras e abastecimentos efetuados com o Caixadrive nas estações de serviço da Repsol em Portugal. Se efetuar compras de valor superior a 250 euros (por cada ciclo de extrato), fora das estações de serviço da Repsol, beneficiará de um desconto suplementar de mais 3% sobre todas as compras e abastecimentos efetuados nas estações de serviço da Repsol (com limite de três euros mensais). Os abastecimentos pagos com este cartão estão isentos da comissão de abastecimento de combustível. Estes descontos dos cartões Caixadrive são cumulativos com outros em vigor (ex. desconto Caixadrive + de fim de semana + de cartão de sócio do S. L. Benfica). Com uma gestão eficaz dos vários descontos, os titulares do Caixadrive poderão usufruir dos melhores preços do mercado. Além disso, os titulares do Caixadrive beneficiam de um pacote de seguros e de vantagens em parceiros associados ao cartão. (1) TAEG de 22,6%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 20,50%. Ilustração: Marta Monteiro Cx a re v i s ta d a c a i xa 47 f fugas C O O K I N G & N AT U R E – E M O T I O N A L H O T E L Comer, caminhar e amar Se já é bom descobrir um hotel capaz de nos surpreender, depararmo-nos com um que nos desafia os sentimentos e onde os pormenores fazem toda a diferença é fantástico. Fica numa aldeia portuguesa, com certeza, e promete satisfazer os desejos dos mais curiosos e apaixonados pela vida Por Pedro Guilherme Lopes N 48 Cx a rev i s ta d a ca i xa faceta gastronómica é, efetivamente, a pedra de toque deste Cooking & Nature. Ao contrário do que estamos habituados, o restaurante é substituído por uma cozinha onde os hóspedes são convidados a dar largas aos seus dotes culinários (ou a aprender com quem sabe). No fundo, aqui, aos jantares, apenas se come o que se cozinha (existe uma carta com refeições leves, para o almoço). São as chamadas cooking lessons, feitas com base em menus previamente disponibilizados (elaborados pelo chef Nuno Barros, com base em produtos locais) e escolhidos pelos Clientes, que, consoante o seu estado de espírito, passam a ocupar os dois espaços destinados aos prazeres gastronómicos: a zona lovers, mais romântica e intimista, e a zona friends, pensada para grupos maiores. «Cria-se um espírito muito divertido», conta Rui. «Já tivemos cinco nacionalidades, em simultâneo, a cozinhar. Estar na cozinha são momentos de partilha e de convívio que acabam por aproximar as pessoas. Esse é um dos méritos deste conceito.» É, também, na cozinha deste Emotional Hotel que são celebrados alguns dias e datas A especiais, que se realizam workshops, como o de cozinha medieval, ou que se experiencia o programa «cozinheiros improváveis», altura em que são convidadas pessoas que, não sendo chefes, têm jeito para cozinhar e que se disponibilizam a partilhar os seus dotes. «Nesse dia, o menu é segredo e vem toda a gente ao mesmo tempo para a cozinha», revela o proprietário, para quem «a cozinha acaba por ser um pretexto para as pessoas se conhecerem e uma oportunidade para cruzarmos culturas». espaços O Cooking & Nature é feito de pormenores natureza O edifício, de linhas modernas, está devidamente inserido na paisagem vista A sensação de acordar virado para o verde da serra banho A decoração marca a diferença em todos os espaços quartos Não há dois iguais, todos têm uma personalidade própria cooking Os Clientes são convidados a mostrar os seus dotes culinários cosy Ambiente tranquilo, sofisticado Fotos: D.R. ão é de agora que a Aldeia de Alvados faz parte do mapa de destinos obrigatórios para escapadelas turísticas. Mas, se a unidade de turismo de natureza Casa dos Matos já era uma referência, a abertura deste Cooking & Nature – Emotional Hotel confirmou que no centro do País há muitas e boas ideias, há vontade de fazer e de surpreender e, como afirma Rui Anastácio, um dos responsáveis por este Emotional Hotel, existe «uma dose de loucura», por apostar em algo tão arrojado numa altura em que os contornos financeiros do País aconselham, no fundo, a apertar o cinto. Nesta nova aventura, Rui e Rita procuraram, acima de tudo, criar uma oferta completamente diferenciada, algo que fosse especial, onde os pormenores fizessem toda a diferença. «Penso que conseguimos isso», afirma o proprietário. «Temos tido boa adesão e um feedback muito positivo, algo que era uma verdadeira incógnita. O principal risco deste conceito cooking era saber qual ia ser a reação das pessoas, mas mesmo as que se mostram ‘desconfiadas’ ao início acabam por ficar rendidas ao conceito.» Cx a rev i s ta d a ca i xa 49 f fugas as o projeto não se assume, apenas, como cooking. O nature também está no nome e isso nota-se assim que chegamos. Em pleno coração do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e sob a batuta da arquiteta Ana Correia (que já havia sido responsável pela Casa dos Matos), este é um hotel que procura estar em íntima relação com o meio envolvente. Respeitando todas as pré-existências, foi o edifício que se adaptou ao olival que ali existia. A utilização de cortiça e de madeira, bem como a utilização de luzes LED e o aproveitamento da água das chuvas, reforçam esse sentimento de respeito pelo meio envolvente e esse convite a descobri-lo. Entre caminhadas, passeios de burro, a cavalo ou de bicicleta, escalada ou visitas a grutas poucos exploradas, o que não faltam são propostas para fazer da natureza uma aliada durante a sua estadia. Em finalização estão seis percursos pedestres que podem ser carregados em GPS, estando, igualmente, em desenvolvimento um programa de sete dias que levará as pessoas a descobrirem vários pormenores da região, com jantares a condizer com o que foi visto. «Vamos visitar queijarias, vamos visitar produtores de mel e as salinas de Rio Maior, vamos ver as fábricas de conservas de Peniche, comprar peixe fresco à Nazaré, visitar adegas e fazer provas de vinho, redescobrir lagares de azeite e, no final do dia, faz-se uma espécie de resumo do que se viu e experimentou através da ementa do jantar», explica Rui Anastácio. O mais curioso é que tudo isto pode ser realizado na companhia de crianças, com o Cooking & Nature – Emotional Hotel a assumir-se como um hotel «kids friendly». M descanso O local ideal para relaxar em comunhão com a natureza nadar A piscina exterior convida ao mergulho mesa Faça o favor de se sentar lareira No inverno, este é o ponto central das conversas, com bar self-service savana? Cada objeto tem uma leitura diferente 50 Cx a rev i s ta d a ca i xa Guia de viagem Como ir Pela A1, vindo de sul, saia na portagem de Torres Novas e, de seguida, na saída para Alcanena, siga a direção de Minde. Pela A23, vindo do interior, saia antes das portagens da A1, na saída para Alcanena; Siga a direção de Minde. Pela A1, vindo de norte, saia na portagem de Fátima. Siga opção rotunda Sul e, a partir daí, tome a direção de Minde; Em Minde, siga a direção de Mira de Aire. Cinco quilómetros depois de Mira de Aire, vire à esquerda e desça até à aldeia de Alvados. Siga as placas Cooking & Nature. Ficar Fotos: D.R. «As crianças fazem parte do nosso mundo e nós temos de enquadrá-las», afirma o proprietário. «Como é que fizemos isso? Primeiro, temos espaços para elas, como uma sala própria e como a piscina para crianças. Depois, temos forma de permitir a sua participação nas diversas atividades propostas e temos quatro quartos family, permitindo duas camas extra, e um deles permite, inclusivamente, três camas extra, o que é algo raro.» endo este um hotel muito especial, é também normal que seja procurado para assinalar a passagem de datas especiais. Por isso, os restantes oito quartos foram pensados para hospedar lovers & friends. E é precisamente S aqui que ganha ainda maior destaque a designação «emotional hotel», pois cada um desses quartos dedicados foi batizado com uma diferente emoção (ou com um diferente estado de espírito, se preferir): «Simplicidade – Meditação», «Futuro – Destino», «Exotismo – Sensualidade», «Luxúria – Paixão», «Aconchego – Protecção», «Curiosidade – Surpresa», «Saudade – Melancolia», «Aventura – Descoberta», «Alegria – Divertimento», «Passado – Nostalgia», «Magia – Fantasia», «Romance– Glamour». Cada quarto foi dotado de uma personalidade muito própria, convidando-nos a embarcar em doze diferentes viagens, repletas de pormenores e de sentimentos, onde o mais difícil será escolher em qual deles pretendemos ficar. Eleito Hotel Revelação pelos prémios Boa Cama Boa Mesa, atribuídos pelo Expresso, o Cooking & Nature Emotional Hotel é um desafio aos sentidos e oferece incontáveis propostas para ocupar os dias. Desde logo, esquecer o ritmo do dia a dia, aproveitando para relaxar na piscina exterior ou nas piscina interiores, parte integrante dos Banhos d’Aires. Abertos de outubro a maio, incluem um conjunto de banhos interiores que bebem inspiração nos banhos árabes e nas termas romanas, incluindo, ainda, sala de relaxamento e sala de massagem. Cá fora, são várias as caminhadas pensadas para descobrir o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e, à noite, é obrigatório experimentar uma das cooking lessons. Os fantásticos quartos são a sobremesa perfeita para um hotel surpreendente. cookinghotel.com (Preços entre 135 e 159 euros/ noite) Vantagens O Cooking & Nature - Emotional Hotel oferece 10 por cento de desconto no alojamento aos titulares de cartões da CGD, além de um welcome drink. Saiba quais os cartões em www.vantagenscaixa.pt f fugas PAT E O D O M O R G A D O A arte de bem receber Nesta Casa Branca, também somos recebidos com mordomias presidenciais: o conforto e a simpatia que só uma casa de família pode oferecer Por Luís Inácio Fotografia Filipe Pombo CASTRO TORRES recebe-nos com um grande sorriso. Os visitantes são sempre recebidos assim, mas hoje, particularmente, há mais motivos para sorrir. O seu vinho, Pateo do Morgado 2009, acaba de regressar de Bordéus com uma medalha de ouro no Challenge International du Vin e este não cabe em si de contente. A unidade de turismo de habitação e o vinho acabam por estar ligados não só pela designação, mas, também, pelo espírito empreendedor do seu proprietário. Ao negócio da vinha, acrescentou-se o necessário para transformá-lo numa base para partir à descoberta do Alentejo, incluindo, obviamente, os vinhos (os hóspedes são convidados a conhecer a adega e a fazerem provas aos vinhos ali produzidos). 52 Cx a re v i s ta d a c a i xa Esta antiga casa de família, agora adaptada para turismo, tem 13 quartos destinados aos visitantes. A ideia surgiu com a reforma do casal. Castro Torres e a mulher já faziam a sua vida entre Lisboa e o Alentejo quando decidiram, há 13 anos, recuperar esta casa e abrir as portas. Uma empreitada que não se adivinhava nada fácil, tendo em conta o estado da casa, mas para a qual contribuiu grandemente o empenho dos filhos do casal, arquitetos, ajudando a minorar as preocupações dos proprietários e encontrando soluções que permitiram a abertura do espaço em 2007. Aproveitando a presença dos jornalistas, Castro Torres não quer deixar passar a oportunidade de agradecer às diversas entidades que lhe permitiram erigir o sonho: «A Câmara Municipal de Sousel, o ITP, o IPPAR, o Ministério da Economia, através do programa Prime, e, claro, a Caixa Geral de Depósitos, que financiou o projeto.» Encantadora, a casa do Pateo do Morgado divide-se em três pisos, cada um deles com quartos reservados ao turismo e espaços públicos dedicados, com uma decoração bem adaptada ao caráter regional que esta apresenta. Às mobílias, que já se encontravam na casa e que foram, na sua grande maioria, recuperadas, juntaram-se outras peças, adquiridas em antiquários – e até à CP, onde fachada Um edifício com arquitetura de evocação setecentista amplo Pormenor do salão situado no segundo piso conforto Ambiente cosy grande O maior quarto, no terceiro andar da casa recuperação Uma das casas de banho comuns, com pormenores herdados da casa antiga jogos Snooker para entreter Guia de viagem Como Ir A partir da A2, seguir a direção de Montemor-o-Novo pela A6. Tomar o caminho da N4 para Arraiolos e no Vimieiro seguir as indicações para a Casa Branca. Aqui chegado, existem placas específicas do turismo de habitação. O Pateo do Morgado fica no número 8 da R. Miguel Bombarda. pateodomorgado.pt Castro Torres, engenheiro de formação, trabalhou vários anos – e que respondessem a, pelo menos, duas premissas: deviam ser confortáveis e, obviamente, com uma estética que permitisse inseri-las naturalmente num espaço que, sempre que possível, tirou partido dos materiais existentes. Ao nível do segundo andar, num amplo mas acolhedor salão, destacam-se madeiras exóticas que a recuperação revelou. Os quartos – todos equipados com casas de banho privativas (muitas delas adotando soluções muito originais), ar condicionado e televisores – são muito confortáveis, assemelhando-se aos quartos de hóspedes que tradicionalmente encontramos numa casa de família. É assim, em família, que o casal gosta de receber os seus visitantes. «Temos contactos ótimos. As pessoas vêm para conviver, estão aqui como se estivessem em sua casa e é precisamente esse ponto que destacam quando partem», refere Beatriz Castro Torres. A simpatia do casal é, de facto, um dos pontos fortes do Pateo, mas não o único. A localização da casa convida a uma temporada tranquila e não faltam espaços (com a piscina à cabeça) para nos sentarmos a apreciar um bom livro, numa revitalizante jornada. E o Pateo do Morgado também oferece uma ampla sala de jogos e uma outra de fitness. A resposta a grupos maiores é possível graças à existência de uma sala de conferências. O premiado Pateo do Morgado 2009 é uma boa desculpa para nos sentarmos mais alguns minutos à mesa antes do nosso regresso a Lisboa. A conversa corre descontraída. Prometemos voltar ainda no próximo ano para acompanhar a vindima sem o pretexto do trabalho, extraindo, tranquilamente, todas as sensações de uma estada com o tempo por nossa conta. Cx a re v i s ta d a c a i xa 53 i institucional IMOBILIÁRIO CGD no SIL 2013 A Caixa foi, uma vez mais, a patrocinadora oficial do maior evento do setor imobiliário no nosso País. A 16.A EDIÇÃO DO SIL – Salão Imobiliário de Portugal decorreu de 9 a 13 de outubro, em simultâneo com a Intercasa Concept, na FIL Parque das Nações, onde a CGD surgiu em destaque enquanto patrocinador oficial. Com cerca de 150 expositores e mais de 55 mil visitantes previstos, o SIL é, desde 1998, ponto de encontro obrigatório para investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e potenciais compradores. Com um stand atrativo e associado às conferências e leilões, o Grupo Caixa patrocinou ainda em exclusivo os Prémios SIL, reforçando um apoio já histórico a esta iniciativa. A isto, acrescentou-se uma oferta abrangente de imóveis do Grupo ou de parceiros por si financiados, além de serviços imobiliários e financeiros diversos, incluindo o acesso a condições vantajosas de acesso ao crédito imobiliário. No decorrer do SIL, foram lançadas pela Caixa duas campanhas, uma na vertente do arrendamento e outra dirigida à aquisição de imóveis do Grupo: 1. Até 31 de dezembro de 2013, a Caixa oferece as primeiras três rendas nos contratos de arrendamento envolvendo os imóveis do Grupo que constem de uma carteira pré-selecionada, disponível e convenientemente referenciados no site www.caixaimobiliario.pt. Essa carteira inclui frações habitacionais e empresariais e abrange todos os contratos firmados até à data indicada, desde que concretizados ao valor de referência da renda mensal assinalado no site. 2. Até 31 de março de 2014, na aquisição de imóveis residenciais e empresariais do Grupo e desde que a escritura se concretize até aquela data, a Caixa oferece cinco por cento de desconto sobre o preço de referência Saiba mais em www.caixaimobiliário.pt, através do 707 24 24 30 ou numa Agência da Caixa. 54 Cx a re v i s ta d a c a i xa assinalado no site www.caixaimobilario.pt, bem como todos os encargos e comissões relacionados com o processo de compra, incluindo: Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), Imposto de Selo (escritura e financiamento), comissões de Estudo e de Avaliação, preparação de minuta, Serviço Casa Pronta (certidão on-line do registo predial e despesas com o serviço-hipoteca e financiamento). O Grupo Caixa coloca, ainda, à disposição dos seus Clientes condições de financiamento vantajosas para a aquisição dos imóveis. Para ambas as campanhas, as ofertas são extensivas a um vasto conjunto de imóveis, incluindo apartamentos, moradias, lojas, escritórios, armazéns e edifícios comerciais e industriais. P O U PA N ÇA Fácil, cómodo e automático São dez as Soluções de Poupança Automática que o ajudam a desfrutar dos melhores momentos da sua vida A CAIXA criou as Soluções de Poupança Automática para ajudar os portugueses a poupar, de forma fácil, cómoda e automática. Com estas soluções, poupará automaticamente até quando estiver a brincar, a rir ou a namorar. Para começar, basta receber os rendimentos mensais na Caixa e… Subscrever uma conta de poupança, a partir de dez euros. De seguida, selecione as soluções que mais o ajudam a poupar com comodidade. Facilitadores de Poupança Agendar transferências – Crie um plano de transferências da conta à ordem para a de poupança, a partir de dez euros e com a periodicidade que lhe convier. Pode alterar ou cancelar a qualquer altura. Reforços das contas poupança – Assegure a continuidade da poupança com um dos depósitos a prazo que, no vencimento, transferem automaticamente o capital e os juros para a conta de poupança. Arredondar as compras – Arredonde o respetivo valor com uma das três opções disponíveis, transferindo para a poupança a diferença entre o valor das compras e o arredondado. Poupar a mesada – Os cartões LOL e LOL Júnior ajudam a gerir as despesas correntes dos mais novos, transferindo, no final do mês, o montante não gasto para a conta CaixaProjecto, a partir de um euro (ver pág. 9). Geradores de Poupança Caixa Aforro Poupe Mais – Com um prazo de cinco anos, esta conta permite realizar entregas a qualquer altura, beneficiando de um spread semestral crescente (TANB de Euribor 6M + 1%, no primeiro semestre, até Euribor 6M + 2%, no último). Cartões de crédito com cash-back – Disponível em alguns cartões, devolve uma percentagem para a sua poupança do que gastou em compras com o cartão de crédito. Serviço Caixa Família – Associe as contas de poupança de vários familiares para que todos possam receber automaticamente mais juros, mantendo a privacidade da informação de cada conta e a sua titularidade. Podem aderir o cônjuge do titular da primeira conta, descendentes até 4.o grau, colaterais ou seus descendentes até 4.o grau e ascendentes até 2.o grau, incluindo por afinidade. Podem aderir duas contas de poupança no mínimo, desde que não tituladas apenas por cônjuges, sendo a primeira titulada por um maior de 18 anos. Serviço Gestão Automática de Tesouraria – Otimize a liquidez através da transferência automática para uma conta de poupança do excedente da conta à ordem e vice-versa. Para Clientes Caixazul, Residentes no Estrangeiro e Empresas. NOVIDADE – Solução para poupar de imediato Poupança Imediata – Serviço inovador disponível na App Caixadirecta para tablet e smartphone, que permite transferir um montante definido pelo Cliente, a todo o momento, da conta à ordem para a de poupança. Apenas com um toque. Conheça em detalhe estas soluções numa Agência da Caixa ou em www.cgd.pt, onde pode simular os benefícios destas soluções na Calculadora da Poupança, também disponível na App para tablet e smartphone. Cx a re v i s ta d a c a i xa 55 i institucional CAIXA PME LÍDER E EXCELÊNCIA A Caixa está a ajudar a economia a dar a volta e não é por acaso que 65 por cento das empresas PME Líder 2012 são Clientes da CGD1. A Caixa apoia as empresas com vocação de líder, aquelas empresas que querem continuar a crescer e a ser competitivas. Com a oferta Caixa PME Líder e Excelência, as empresas portuguesas têm acesso a um conjunto de soluções de gestão corrente, financiamento de curto prazo e apoio à exportação, em condições muito especiais… Em novas operações de crédito2: > Redução de spread até 175 p.b. para crédito até 12 meses a empresas exportadoras; > Redução da comissão de estudo no crédito C O N TAC T L E S S É pagar e andar! O serviço netcaixa oferece-lhe agora maior agilidade e comodidade, sobretudo nos pagamentos de baixo valor OS NOVOS TERMINAIS do serviço netcaixa dispõem de tecnologia contactless, permitindo o pagamento de transações até 20 euros apenas com a aproximação do cartão. Inovador, simples, rápido e sem necessidade de digitar o PIN. Esta operação é possível com qualquer cartão contactless, identificado pelo símbolo ao lado. E a Caixa conta já com um milhão de cartões emitidos com a tecnologia contactless, com os quais poderá obter as seguintes vantagens: Para as empresas: > Preçário diferenciado nas transações até 20 euros; > Redução das filas de espera, dada a rapidez e a simplicidade no pagamento; > Redução do numerário em caixa, dado que a aceitação de transações de baixo valor reduz a necessidade de «trocos»; > Favorece a imagem do 56 Cx a re v i s ta d a c a i xa estabelecimento, através da inovação e do dinamismo nos sistemas de pagamento associados à funcionalidade contactless. Para os seus Clientes: > Rapidez e simplicidade, dada a fácil aproximação ao terminal para pagamento, sem ser necessário digitar o PIN; > Comodidade e conveniência, pois não é necessário ter numerário na carteira, nem ficar na fila a aguardar o troco; > Meio de pagamento seguro, ao permitir apenas compras até 20 euros sem PIN, com limite de quatro transações ou montante global até 60 euros em operações contactless. Adira até 31 de março de 2014 e beneficie de um preçário diferenciado para transações de baixo valor. Saiba mais em www.cgd.pt, numa Agência ou Gabinete da Caixa ou através da linha de apoio ao Cliente netcaixa (707 29 70 70). ao investimento e nas operações de leasing, durante o primeiro ano. Na remuneração de aplicações financeiras: > Remuneração indexada à Euribor dos recursos excedentários na conta de gestão automática de tesouraria; > Depósitos a prazo on-line com prazos e taxas diferenciadas. Em serviços: > Redução na mensalidade e na tarifa de serviço de Cliente nos TPA netcaixa; > Descontos nos seguros para empresas. Condições de acesso: > Ter estatuto PME Líder ou PME Excelência atribuído; > Possuir um mínimo de quatro produtos da Caixa, sendo obrigatório um plafond multiusos ou o cartão Caixaworks; > Ter uma quota de crédito na Caixa de, pelo menos, 25 por cento; > Ter um volume de negócios mínimo de 100 mil euros ou recursos, a prazo ou à ordem, de valor igual ou superior a 10 mil euros. Informe-se em qualquer Agência, Gabinete Caixa Empresas, em www.cgd.pt/empresas ou ligue 707 24 24 77, das 8 às 22 horas, todos os dias do ano. (1) Fonte: IAPMEI e CGD, segundo dados de dezembro de 2012. (2) TAE de 5,117%, calculada com base na TAN de 4,123% (Euribor a 3 meses + spread 3,90%) em outubro de 2013, para uma empresa PME Líder exportadora que cumpra os critérios de acesso aos benefícios da Oferta PME Líder. Exemplo de um limite em conta-corrente no valor de 100 mil euros, pelo prazo de um ano renovável, colateralizado por garantia real, com juros pagos trimestral e postecipadamente. Inclui juros, comissão de estudo, de contratação e de acompanhamento e gestão. CLIENTE MAIS Dê a volta com a Caixa Ser Cliente Mais é dar sempre a volta, com mais vantagens e benefícios ATÉ PARA NASCER TEMOS de dar a volta. E assim é sempre que acreditamos que podemos somar algo, em todas as fases da vida. Quando queremos aprender mais, quando queremos descobrir mais ou queremos estar mais seguros. No fundo, quando precisamos de mais. Foi por isso que a Caixa assumiu um compromisso com os portugueses, o de ajudar a dar a volta ao País, colocando-se ao lado das empresas e das famílias, dos estudantes e dos empreendedores, para que cada um possa também dar a volta às dificuldades. E acreditar num País melhor e num futuro mais risonho. Para tal, a Caixa coloca à disposição mais vantagens e mais benefícios para os Clientes com relacionamento global centralizado na CGD. E isso significa receber o ordenado ou a pensão na Caixa, ter o serviço Caixadirecta, cartão de débito e de crédito. Eis tudo o necessário para ser um Cliente Mais e usufruir de vantagens, muitas vantagens, entre elas: Receber o ordenado Enquanto Cliente Mais e em virtude de receber o seu ordenado, pensão ou outro rendimento regular na Caixa, não paga comissão de manutenção da conta à ordem, poupando busca dos seus sonhos e objetivos profissionais. Sendo Cliente Mais, terá acesso a uma redução de 0,125 por cento na taxa de juro, poupando 167,08 euros num empréstimo de 12 mil euros, a 180 meses, com uma TAEG de 4,3 por cento. até 62,40 euros anuais (exemplo de poupança anual para Clientes com saldos médios trimestrais inferiores a 1500 euros). Além disso, pode antecipar o ordenado, sem juros até 250 euros durante sete dias.1 Crediformação Com o Crediformação2, a Caixa ajuda-o a investir na sua formação e no seu futuro, na Caixa Família Associe as suas poupanças às da sua família através deste serviço e, por exemplo, para um conjunto de três contas Caixapoupança no total de 50 mil euros, irá beneficiar de mais 118,88 euros no primeiro ano (ver quadro). Podem beneficiar da melhor remuneração no Caixa Família os Clientes que receberem ordenado ou pensão superior a 500 euros ou, em alternativa, forem detentores de um dos seguintes cartões: ON, Caixa Activa, Caixa Woman, Caixazul, Caixa ISIC ou MTV. Estas são apenas algumas das vantagens para os Clientes Mais. Saiba tudo numa Agência da Caixa ou em www.cgd.pt e some vantagens em poupanças, em financiamentos, em seguros e na gestão do dia a dia em todas as voltas da vida. POUPANÇA COM O SERVIÇO CAIXA FAMÍLIA (EXEMPLO NO PRIMEIRO ANO) Montante TANB Imposto Juros líquidos (semestre) Juros líquidos (1.o ano) Caixa Família Base 50 000 € 1,115%(3) 28,000% [1] 201,78 € [3] = [1] × 2 403,56 € Caixa Família Mais 50 000 € 2,100%(4) 28,000% [2] 380,10 € [4] = [2] x 2 760,20 € Poupança adicional com o Caixa Família Mais Poupança adicional com o Caixa Família Mais dividida pelos três Clientes [5] = [4] - [3] 356,64 € [6] = [5] ÷ 3 118,88 € 1. Caixaordenado: TAEG 12,6%, para uma utilização de crédito de 1500 euros pelo prazo de três meses, à TAN de 11,45%. Contratado separadamente. 2. TAEG de 4,3% calculada com base numa TAN de 3,723% (Euribor 3M + 3,500%), em outubro de 2013, para um crédito de 12 mil euros com prazo total de 180 meses (24 meses de utilização + 36 meses de diferimento + 120 meses de reembolso) e garantia de fiança. Prestação na fase de utilização: 41,73 euros. Prestação na fase de reembolso: 123,13 euros. MTIC: 17.362,52 euros. 3. Valor corresponde a 20% da média da Euribor a 6 meses acrescido de 1,05%. 4. Taxa fixa. Cx a re v i s ta d a c a i xa 57 finanças SALDO POSITIVO Como divertir-se sem gastar dinheiro Saiba como fintar a austeridade e continuar a fazer as atividades de lazer que mais gosta COM UM POUCO de criatividade, poderá fazer o que mais gosta sem gastos significativos. O segredo é estar a par das novidades e, para isso, a Internet é fundamental. Subscreva as newsletters de sites de atividades gratuitas, pois encontrará algo a seu gosto e a custo zero. Eis algumas sugestões: 1. Museus virtuais – Alguns dos melhores museus nacionais e internacionais disponibilizam esta ferramenta nos seus sites, de forma gratuita. Não terá o mesmo efeito do que ver as obras «ao vivo e a cores», mas será enriquecedor e ficará com uma ideia do que o espera numa futura visita física. Ao nível nacional, pode experimentar a visita virtual, por exemplo, do Museu Grão Vasco, do Museu Nacional de Arte Antiga, do Museu Nacional de Soares dos Reis ou do Museu Nacional do Azulejo. Também o Palácio Nacional da Ajuda, o Palácio Nacional de Mafra, Palácio Nacional de Queluz e o Palácio Nacional de Sintra dispõem desta possibilidade. Ao nível internacional, experimente o MoMA – The Museum of Modern Art, o Palácio de Versailles ou o Tate Modern Museum. 2. Atividades em família – Além das idas à praia e dos piqueniques, explore as muitas atividades culturais gratuitas que acontecem pelo País. Se não sabe onde procurar, a página Estrelas e Ouriços é um ótimo ponto de partida. Este guia reúne ideias de atividades em família e tem uma secção de atividades com desconto e gratuitas. 3. Exercício – Há uma panóplia de alternativas bem mais entusiasmantes do que estar fechado num ginásio: dar uma corrida à beira-mar ou praticar exercício físico num agradável jardim são alguns exemplos. No entanto, se precisa de motivação extra, que tal aproveitar os últimos dias de verão para conhecer melhor Portugal através de caminhadas? Além de saudável, preenche o seu tempo de forma lúdica, faz novas amizades e conhece novos lugares. Eis três sites de grupos de caminhadas gratuitas: caminharemportugal.com, amigosdotrilho.com e solasrotas.blogspot.pt. 4. Cultura – Se não dispensa uma ida ao teatro, cinema ou workshops, terá de conhecer o site Vou Sair, que todas as semanas publica as «borlas» nas cidades de Lisboa e Porto. Outra sugestão é o blogue Cultura de Borla, que não se cinge a estas duas cidades. 5. Leitura on-line – Existem inúmeros sites que disponibilizam downloads gratuitos das obras em português. Experimente o portal brasileiro Livros Online Domínio Público, onde encontrará várias obras, desde a Divina Comédia, de Dante Alighieri, às de Fernando Pessoa. Tenha em atenção que as estrangeiras estão traduzidas em português do Brasil. Se pretende ler gratuitamente obras integrais, sejam literárias, de história, de arquitetura ou de música, a Biblioteca Digital Camões é, também, uma ótima solução, permitindo download. E, para os mais pequenos, existe a Biblioteca de Livros Digitais, que reúne vários títulos infantis da responsabilidade do Plano Nacional de Leitura. Apesar de não permitir o download, poderá ler no ecrã do dispositivo escolhido para aceder ao site. Saiba mais sobre finanças pessoais em www.saldopositivo.cgd.pt, o site de literacia financeira da Caixa. ARREDONDE COM O SEU CARTÃO Ao efetuar compras com os cartões de débito ou de crédito da Caixa (exceto Made By), pode beneficiar do mecanismo de arredondamento da Caixa, revertendo um determinado montante, automaticamente, para uma conta de poupança, PPR ou fundo de pensões, conforme o cartão utilizado. É muito simples, basta pedir em qualquer Agência da Caixa ou no serviço Caixadirecta telefone para associar um dos três programas de arredondamento à escolha a um cartão da Caixa elegível. Saiba mais em www.cgd.pt. 58 Cx a re v i s ta d a c a i xa Foto: Paul Bradbury f PROJETO C C de consumidor Conhecer o consumidor nacional e o seu comportamento para identificar necessidades e quaisas soluções mais adequadas. É este o objetivo do Projeto C, que conta com a CGD como parceira Por Helena Estevens Foto: Chan Pak Kei FRUTO DE UMA ASSOCIAÇÃO estabelecida, em 2009, pela ROI – Return on Ideas, a IPSOS-APEME – Área de Planeamento e Estudos de Mercado e a Augustos Mateus & Associados, o Projeto C – The Consumer Intelligence Lab tem como objetivo o conhecimento, a análise e a avaliação do comportamento do consumidor português e das suas tendências de mudança. «A CGD foi o primeiro Cliente a aderir ao Projeto C, cuja filosofia era muito simples», explica Rui Dias Alves, CEO da ROI. «A ideia passava por criar uma comunidade de empresas não concorrenciais, disponíveis para partilhar o investimento e o conhecimento na investigação sobre o consumidor. Queríamos ter um banco e a nossa convicção foi que a Instituição que melhor nos levaria a perceber a realidade portuguesa e mais beneficiaria de perceber o seu conjunto seria – pelas características que tem – a CGD e, portanto, na altura, fomos desafiá-la.» Esta parceria da Caixa com o Projeto C, iniciada em 2010, permite-lhe não só a participação numa comunidade de empresas multisetorial, como a identificação de novas necessidades das populações, possibilitando uma atuação comercial mais próxima e orientada para a satisfação das expectativas dos Clientes. «Há, em toda esta lógica, uma partilha de experiências que permite ao conjunto das entidades não concorrentes irem compreendendo muito melhor o consumidor, não apenas naquilo que é estrito na sua categoria ou na sua indústria, mas uma visão holística que pode permitir ter, depois, um conjunto de externalidades e de insights benéficos para os Clientes», esclarece o CEO da ROI. Até agora, o balanço da parceria com a CGD não poderia ser melhor: «É muito positivo porque, se tem havido Empresa onde as sessões durante todo o ano e as discussões em cima do conteúdo genérico para aquilo que são as especificidades da empresa têm sido ricas tem sido na Caixa. Pela amplitude, pelo facto de conseguirem congregar diferentes áreas da Empresa, pela própria dinâmica. Temos também envolvidas agências de comunicação para que a comunicação seja credível e próxima da realidade», frisa Rui dias Alves. Desafios lançados à Caixa Este ano, o desafio do Projeto C, no que se refere à Caixa, gira em torno da família como nova entidade económica e da relação mais séria que é hoje estabelecida com o dinheiro, fruto do empobrecimento real do País e das famílias portuguesas. O que está em jogo, no fundo, é saber como preparar o futuro em busca da sustentabilidade perdida, através de uma nova psicologia do dinheiro (familiarismo, conhecimento e materialidade). Pretende-se compreender, por exemplo, que decisões são tomadas em conjunto, qual a lógica de compra em escala que lhe está inerente ou como surgem os bons negócios, que bens são adquiridos e, depois, fruídos de forma alargada entre os vários membros da família. Mas também os mecanismos de entreajuda desenvolvidos, caso dos avós que se mobilizam para cuidar dos netos e, em muitos casos, a pagar-lhes a educação, etc. No que respeita à situação económica e à quebra do poder de compra dos consumidores, é importante analisar a nova relação com dinheiro e o valor que lhe é atribuído. Daí a necessidade de conhecer melhor os vários perfis de relação e gestão do dinheiro, para para que também as marcas possam ir ao encontro dos desejos dos Clientes, até porque são as alturas em que o dinheiro escasseia as mais propícias ao desenvolvimento de ideias, de relações e de conteúdos assentes noutros valores. Nos objetivos definidos para este ano, encontra-se, igualmente, a análise da relação dos consumidores com os diferentes pontos de venda e os vários conceitos de retalho, bem como a noção de value for money. Cx a re v i s ta d a c a i xa 59 saúde NUTRIÇÃO Dê nota cinco, a si e ao seu filho «É de pequenino que se torce o pepino», já diz o provérbio popular, por isso, neste regresso às aulas, incuta na sua família hábitos saudáveis Por Rita Calha (dietista clínica) NO INÍCIO DO ANO ESCOLAR, é urgente e emergente que se estabeleçam regras e rotinas que levem a criança e os pais a adotarem estilos de vida e hábitos alimentares mais saudáveis, potenciando o rendimento escolar. Todas as crianças devem ter o direito a uma alimentação equilibrada, serem fisicamente ativas e saudáveis. Contudo, a realidade atual leva-nos para um paradigma bastante distinto. Nos dias de hoje, confrontamo-nos com um aumento do sedentarismo infantil e com uma menor diversificação alimentar. É crucial que a obesidade infantil deixe de ser considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a epidemia crescente do século XXI. Para tal, adotemos medidas, desde «pequeninos», para manter o peso dos nossos futuros adultos saudável. O exemplo vem de cima Enquanto pai, cabe a si instituir a disciplina alimentar em casa, algo fundamental para que o dia comece cheio de energia. Dê nota cinco, a si e ao seu filho, priorizando e elegendo cinco regras para o seu dia a dia: 1. Acorde o cérebro Institua o pequeno-almoço diariamente e sempre em casa. Procure criar este hábito em família e verá que todos vão trabalhar com maior capacidade de concentração, energia e boa disposição matinal. A investigação científica tem demonstrado que crianças que iniciam o seu dia com uma refeição equilibrada apresentam melhores resultados escolares e menos problemas de falta de atenção, hiperatividade e agressividade; 2. Revitalize o corpo Pequenas refeições nutritivas e equilibradas preparadas em casa são, sem dúvida, uma excelente opção. No intervalo da manhã, uma dose individual de leite, um iogurte, uma peça de fruta ou uma fatia de pão de mistura com queijo é ideal e suficiente; 3. Conviva com o refeitório Informe-se junto da escola sobre o funcionamento do refeitório. À hora do almoço, uma refeição nutricionalmente equilibrada e variada é regra de ouro: sempre sopa, legumes/saladas variadas, alternância entre carne e peixe, fritos e/ou guisados só uma ou duas vezes por semana, a inclusão de leguminosas (feijão, grão, ervilhas) é fundamental e a fruta deve ser a sobremesa mais frequente. Optar pela ida ao refeitório, mesmo que seja menos apelativo, é sempre melhor escolha do que os snacks do bar da escola e até do seu trabalho (merendas, croissants, folhados, salgados, refrigerantes, bolos de pastelaria, batatas fritas de pacote, entre outros). Tem o direito e o dever de exigir uma alimentação saudável e, quando tal não se verifica, de alertar os responsáveis para esta necessidade. Use o direito à reclamação! 4. Equilibre a saúde O equilíbrio não passa só pela dieta! Hidrate-se ao longo do dia! Criar rotinas diárias de consumo de líquidos (água, tisanas e infusões) poderá ser uma excelente solução para si e para o seu filho. E seja ativo! Diversos trabalhos científicos têm demonstrado que as crianças mais ativas apresentam melhores resultados académicos. Incentive o seu filho a praticar atividade física, no mínimo, três vezes por semana; 5. Durma bem A quantidade não é tudo. Certifique-se que o seu filho descansa tranquilamente e dorme um número de horas suficiente por noite, ajustado à sua faixa etária, nunca inferior a oito horas. Um sono reparador é fundamental para o sucesso escolar, por isso, uma hora antes de se deitar, crie um ambiente tranquilo e sem grandes excitações! Deitar cedo e cedo erguer... O Cartão de crédito HPP Saúde (1) permite a identificação dos Clientes nas unidades HPP Saúde, proporcionando-lhes condições especiais nestas unidades, nomeadamente descontos até 20% e a possibilidade de fracionarem os pagamentos com taxas de juro diferenciadas (2). Conheça todas as vantagens que este cartão lhe proporciona na área da saúde em www.cgd.pt. (1) TAEG de 24,2% para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 19,00%. (2) TAEG de 11,6% na modalidade de pagamentos fracionados, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 9,0%, prestação mensal de 131,63 euros e um montante total imputado ao consumidor de 1590,58 euros. 60 Cx a rev i s ta d a ca i xa Foto: iStockPhoto s educação Print P R E PA R A R O C U R R Í C U LO CV: o melhor cartão de visita Mais do que um mero pró-forma, um bom currículo pode ser a chave para abrir portas no mercado de trabalho. Dedique-lhe a atenção que gostaria de captar no potencial empregador Texto Ana Rita Lúcio Ilustração: Fanatic Studio HÁ QUEM O CONHEÇA pelas iniciais. Outros preferem tratá-lo com pompa latina. E não falta quem dele fale em bom português. Mas, quer lhe chamemos «CV», «curriculum vitae» ou, simplesmente, «currículo», todos nos referimos ao mesmo: ao documento onde se coligem os dados biográficos, académicos, formativos e laborais que permitem traçar o perfil profissional de alguém. Desengane-se se pensar que o CV é um mero pró-forma. Sobretudo para quem está ativamente à procura de emprego, um bom currículo é um cartão de visita que pode fazer a diferença na altura de alcançar a tão ambicionada nova posição. Se estiver bem escrito e tiver sido construído de modo a valorizar as suas competências, pode distingui-lo das demais candidaturas e, quem sabe, valer um convite para uma entrevista. Para captar a atenção do recrutador e causar boa impressão, há, no entanto, que ter especial atenção no momento de o elaborar ou atualizar. Conheça algumas regras de ouro, das quais nenhum currículo – e nenhum profissional – deve prescindir: Concisão Ser pragmático e sucinto é indispensável, sobretudo se quiser que quem esteja a fazer a triagem das candidaturas leia o que está no CV. O segredo está em distinguir o essencial do acessório: coloque as informações relevantes, que destaquem os seus pontos fortes, e exclua todas as que sejam irrelevantes ou que não se adequem ao emprego em questão. Por exemplo, pode não ser pertinente referir que trabalhou numa loja de roupa, se se estiver a propor a um emprego na área da informática. Tente não exceder as duas folhas. Organização Para facilitar a leitura, divida o currículo em secções, como dados pessoais, formação e O QUE ESCREVER? Independentemente do emprego a que se candidata, existem informações de que não deve prescindir. Em matéria de dados pessoais, indique o seu nome completo, data de nascimento, morada, número de telefone, e-mail, nacionalidade, estado civil e carta de condução (caso tenha), podendo juntar uma fotografia sóbria e profissional. Quanto ao percurso académico, coloque o tipo de formação e a data de conclusão – pode, também, especificar a média final, se esta lhe for favorável. O diploma mais alto é, por norma, o mais importante e tenha ainda em conta que formações adicionais só devem ser mencionadas se forem pertinentes para o emprego em questão. Além da experiência profissional, faça alusão às suas competências linguísticas e informáticas. académica e profissional, experiência profissional, atividades extraprofissionais e observações (caso existam). Evite frases longas, deixe espaços em branco entre as frases e entre as diferentes secções e formate o texto: pode optar por alinhar o texto à esquerda, destacar a informação por pontos e sublinhar ou colocar a bold os aspetos mais importantes. Sempre sem exagerar. Criatividade Este é um dos aspetos que o podem diferenciar face à concorrência. Pode optar por apresentar o seu currículo de uma forma original (os currículos digitais estão hoje muito em voga, existindo ainda outras opções), mas nunca prescinda de ser eficaz. Tenha, também, em conta se a vaga a que concorre se adequa a formatos de CV mais arrojados. Experiência Valorize as suas competências. Ao indicar as empresas em que trabalhou, que funções desempenhou e durante quanto tempo, descreva, brevemente, as responsabilidades e tarefas executadas, dando exemplos concretos do que efetivamente sabe fazer. Caso não tenha ainda experiência profissional, dê mais relevo à formação académica e a trabalhos temporários ou estágios cuja experiência adquirida seja pertinente. Apresentação Envie sempre uma impressão original do currículo e certifique-se de que não tem manchas, dobras, vincos ou riscos. Se optar por um currículo em formato digital, envie-o primeiro a uma pessoa de confiança, para que confirme se está tudo operacional. Erros gramaticais ou de construção frásica são absolutamente proibidos: faça uma revisão do documento antes de o remeter para alguém e recorra ao dicionário, se necessário. Cx a rev i s ta d a ca i xa 61 s sustentabilidade YOU NG VOLU N T E AM Semente voluntária No rescaldo de uma primeira edição que fez a solidariedade e o empreendedorismo germinar nas escolas portuguesas, o Young VolunTeam prepara-se para um regresso às aulas de olhos postos no futuro Texto Ana Rita Lúcio UMA VEZ ENRAIZADA nos jovens, a vontade de dar mais ao mundo dará frutos por toda a vida. Disso nos dá conta Carmen Machado, na flor dos seus quase 18 anos, ela que fez parte da equipa que, no ano letivo passado, levou a Escola Secundária com 3.º Ciclo D. Manuel I (ESDMI), de Beja, a sagrar-se uma das cinco vencedoras da primeira edição do Programa Young VolunTeam. «Uma vez voluntário, para sempre voluntário», assegura-nos a aluna que, em conjunto com outros três finalistas do 12.º ano, ajudou a lançar, pela primeira vez, a semente do voluntariado no seio da sua comunidade escolar. Maria Portugal Ramôa, que também vestiu a camisola de voluntária na mesma escola, não poderia estar mais de acordo. «Com certeza que vou continuar a fazer 62 Cx a re v i s ta d a c a i xa voluntariado», garante-nos, agora que ela e os colegas, terminado o ensino secundário, já se encarregaram de «passar o testemunho» aos alunos que vão dar continuidade ao projeto ESDMI Solidária no novo ano letivo. Lado a lado com a Escola Secundária com 3.o Ciclo D. Manuel I, entre as vencedoras contam-se, ainda, a Escola Secundária de Cantanhede, a Escola Secundária D. Filipa de Lencastre, de Lisboa, a Escola Secundária Emídio Navarro, de Viseu, e a Escola Secundária Gabriel Pereira, de Évora. Feito o rescaldo do ano de estreia, a iniciativa promovida pela Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a Entrajuda e a Sair da Casca, foi um sucesso. Contando, também, com o apoio do Ministério da Educação e Ciência, o objetivo passava por incrementar o espírito voluntário, Embaixadores por um mundo melhor Na prática, este programa visa fazer dos estudantes embaixadores de uma nova consciência social, com a incumbência de criar e implementar projetos de voluntariado sustentáveis a longo prazo e que causem impacto, não só no seu espaço escolar, mas também nas escolas do ensino básico do seu agrupamento e na comunidade envolvente. Além disso, vive, igualmente, dos «exemplos inspiradores de cidadania e empreendedorismo» dos alunos envolvidos. Assim o considerou José de Matos, presidente da Comissão Executiva da CGD, na sessão de encerramento da edição piloto, congratulando-se pela ação de cada um destes jovens. O arranque desta segunda edição concretiza o compromisso, assumido pela Caixa, em continuar a apoiar esta iniciativa. Um reconhecimento do trabalho de todos os alunos e professores envolvidos na primeira edição, assim como do papel fulcral do voluntariado para a criação de valor para o futuro e para o próprio desenvolvimento Fotos: D.R. empreendedor, combativo, inclusivo, social e civicamente ativo dos jovens portugueses, grassando dentro de cada comunidade educativa, algo que foi amplamente alcançado. Uma simples análise aos números basta para comprovar que o Young VolunTeam passou no teste com todo o mérito. Dos 101 alunos representantes do ensino secundário, oriundos de 25 escolas, que mobilizaram 576 colegas no ano anterior, a fasquia mais do que duplica para o ano letivo de 2013/2014. A lição do voluntariado prepara-se para chegar aos 1200 alunos representantes do mesmo grau de ensino, num total de cem escolas, a nível nacional. Print VOLUNTÁRIOS CRIATIVOS Na edição piloto do programa Young VolunTeam, os alunos que vestiram a camisola ESDMI Solidária primaram pela originalidade com que deram as mãos (e as patas) pelo voluntariado Foi a primeira vez que a prática do voluntariado jovem entrou na Escola Secundária com 3.o Ciclo D. Manuel I (ESDMI), de Beja, mas o sucesso do projeto ESDMI Solidária mostra que a lição Young VolunTeam ficou bem estudada. A equipa de quatro alunos, orientados por uma professora, destaca as sessões de formação em matéria de voluntariado junto dos alunos do primeiro e segundo ciclo, que tiveram «uma participação bastante ativa», segundo Maria Portugal Râmoa. No entanto, foi a iniciativa Dar a Pata que fez com que sobressaíssem pela criatividade e originalidade do seu projeto. Através desta, ajudaram «a instituição Cantinho dos Animais, de Beja, que acolhe e trata de cães e gatos abandonados, dando-lhes a oportunidade de terem um novo lar», explica Carmen Machado. Esses predicados foram reconhecidos na sessão de encerramento da primeira edição do Young VolunTeam, valendo à equipa a oportunidade de ingressar num campo de voluntariado internacional. vencedores: Professora Ana Castro; Ricardo Passarinho; Carmen Machado; Beatriz Leal; Maria Portugal (da esquerda para a direita) cerimónia José de Matos, presidente da Comissão Executiva da CGD, marcou presença na sessão de encerramento da primeira edição do Young VolunTeam CARTÃO MTV Ganha uma pasta para portátil das competências dos jovens. Afinal, as ações de voluntariado são cada vez mais consideradas uma mais-valia por parte de potenciais empregadores, no processo de seleção de candidatos, e podem, inclusive, vir a ser reconhecidas no âmbito do sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Os protagonistas confirmam-no. No caso do projeto da ESDMI (ver caixa Voluntários Criativos), segundo Carmen Machado, pesou a motivação de «poder ajudar e desempenhar um papel ativo na nossa cidade e o facto de desenvolvermos as nossas capacidades de organização, cidadania e empreendedorismo». Isto somado à «vontade de divulgar a prática do voluntariado junto da comunidade escolar e civil, com o objetivo de mostrar a importância que os voluntários e os seus atos têm na sociedade». Fazendo a diferença na vida das pessoas e instituições de solidariedade social beneficiadas com as ações de voluntariado, Maria Portugal Ramôa acredita que a experiência Young VolunTeam pode também fazer a diferença em matéria de formação. Além de «despertar os jovens a serem cidadãos mais ativos», a estudante ressalva que esta participação «fez com que desenvolvêssemos o nosso lado empreendedor e descobríssemos que somos capazes de dar corpo a um projeto, ferramentas que poderão ajudar, futuramente, no nosso percurso académico e profissional». O cartão MTV é ideal para os que não perdem um concerto e sonham estar frente a frente com a banda favorita. Com este cartão, os Clientes podem ir a festas e a concertos, assim como a eventos da MTV, onde podem conhecer as maiores estrelas da música, tendo, ainda, acesso a descontos em cinema, música, cultura e muito mais. Disponível para maiores de 15 anos, na versão de débito, o Cartão MTV permite efetuar pagamentos, levantamentos, compras e outras operações no serviço Caixautomática, na rede multibanco e em estabelecimentos identificados com o símbolo VISA, em Portugal e no estrangeiro. Já o cartão de crédito MTV(1) está disponível a partir dos 18 anos e permite adquirir bens e serviços a crédito, em estabelecimentos da rede Visa. Além disso, é possível efetuar levantamentos a crédito (cash advance) nos caixas automáticos e balcões de agências bancárias identificadas com o símbolo Visa, em Portugal e no estrangeiro. E as primeiras mil novas adesões ao cartão de crédito ou de débito MTV, entre 12 de junho e o final de 2013, dão direito a uma pasta para portátil. Mais informações em www.cgd.pt, em www.cartaomtv.com ou numa Agência da Caixa. (1) TAEG de 18,7%, para um montante de 1.500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 17,50%. Cx a re v i s ta d a c a i xa 63 s sustentabilidade AS S O C I AÇ ÃO PA R Por uma sociedade mais solidária e inclusiva Acompanhando as necessidades e preocupações dos jovens há quase vinte anos, esta organização sem fins lucrativos que começou dando especial atenção à prevenção de comportamentos de risco, abraça, hoje, temáticas relacionadas com educação e formação, cidadania global, cidadania europeia, o respeito pela diferença ou a interculturalidade Por Pedro Guilherme Lopes ESTAMOS EM 1994, ano em que se dá a fundação da Associação Juvenil Jovem a Jovem, que começou por ser um programa adaptado de Inglaterra pelo Projecto Vida (Instituição Interministerial para a Prevenção de Drogas). Funcionava com jovens mediadores (facilitadores) de outros jovens para a reflexão das problemáticas da juventude, nomeadamente sobre a droga, sexualidade, assertividade, DST. «Eram constituídos grupos de 50 jovens, com seis facilitadores, apoiados por preletores especialistas (médicos, psicólogos, etc…), que participavam num curso de cinco dias em regime de internato», recorda Rui Godinho, fundador da associação. O curso era constituído por uma dinâmica que intercalava discussões em pequenos grupos, preleções e discussões em grupos mais alargados, jogos, debates, guitarradas e noites em branco de grande partilha emocional. Os primeiros quatro cursos foram de âmbito nacional, para o qual foram selecionados jovens de associações ou instituições de todo o País. De entre os participantes, os que demonstrassem mais capacidades eram convidados a fazerem um curso de facilitadores, que permitia replicar mais cursos jovem-a-jovem. «Ao fim de algum tempo, sentimos necessidade de nos constituirmos como uma associação juvenil, de forma a alargar a nossa intervenção para além da realização dos cursos», completa. Tanto feito e tanto por fazer Estavam lançadas as bases para o nascimento da Associação PAR – Respostas Sociais, algo que viria a acontecer em 2007. Nesse ano, é lançado um projeto piloto que viria a resultar 64 Cx a re v i s ta d a c a i xa no Projeto Salto, o qual consistiu no treino de competências para a autonomia no contexto de colónias de férias, com 41 crianças e jovens do Centro de Acolhimento de Emergência da Casa da Alameda, em Lisboa. «Ao longo deste tempo, conseguimos crescer e adaptar a nossa área de intervenção às novas realidades, mantendo, sempre, metodologias que estiveram na base da nossa formação, como é Print IJOBS - INCUBADORA JUVENIL Financiado pela Caixa, no âmbito da sua política de responsabilidade social, este é um projeto que visa ajudar a colocar em prática ideias empreendedoras. O objetivo foi claro: criar sinergias entre jovens empreendedores da Alta de Lisboa e jovens empreendedores do ensino superior não residentes na Alta de Lisboa, entre os 18 e os 35 anos, e dotá-los de conhecimentos, competências e atitudes empreendedoras que lhes permitam desenvolver negócios que dinamizem o bairro acima referido. Sendo o emprego uma das áreas sociais onde a Associação PAR sente que é necessário intervir, «o iJobs conseguiu juntar jovens com ideias empreendedoras, mas que ainda não sabiam como as colocar em prática, com jovens habituados ao desenvolvimento de novos negócios por fazerem parte de clubes de empreendedorismo de diversas faculdades», explica Joana Branco. E, depois de uma formação residencial e de outra ligada a competências técnicas, já começaram a aparecer os primeiros resultados. «Ainda não temos nenhum negócio formalizado, mas existem projetos com valor que estão no bom caminho. O Alta Bike, por exemplo, está em fase de finalização e vai compreender um ponto de venda de bicicletas, além de promover atividades lúdicas relacionadas com o transporte de duas rodas e uma oficina para o conserto das mesmas. A banda CLK está, também, a trilhar o caminho da profissionalização, uma vez que os jovens começam a perceber que a música que fazem pode ser uma fonte de rendimentos. E a revitalização da Associação de Moradores do Bairro João Amaral tem, igualmente, dado frutos do ponto de vista da intervenção comunitária», completa a presidente da PAR. ISTO É PAR O Projeto Salto assinalou, em 2007, o início da Associação PAR, mas o trabalho começou mais de uma década antes, em 1994. Aqui estão os diversos projetos desde então. Projeto: Na Europa Eu Conto Área: Educação e Formação Duração: 2009-2010 Descrição: Na Europa EU Conto promoveu, no Algarve, a Cidadania Europeia Ativa junto de líderes juvenis e jovens, entre os 15 e os 25 anos, de diferentes nacionalidades. Estiveram envolvidos cerca de cem jovens. Foto: Brooke Auchincloss Projeto: Agência ODM Área: Educação e Formação Duração: 2008-2011 Descrição: O projeto consistiu na criação de uma rede de jovens, os agentes ODM, que, através da sua ação local, procuraram contribuir para a redução global da pobreza extrema e para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). o caso da educação não formal e da educação entre pares», explica Joana Branco, presidente da PAR. «Inicialmente, batíamo-nos, maioritariamente, com questões relacionadas com a prevenção de comportamentos de risco. Hoje em dia, ganham força as questões relativas à educação e formação, cidadania global, cidadania europeia, o respeito pela diferença ou a interculturalidade. Isto porque o jovem de hoje é um jovem diferente e as suas preocupações são outras. Passados 20 anos, queremos ter novas respostas nas várias dimensões da vida de um jovem e temos novos desafios pela frente.» A presidente da PAR revela que existem novos projetos na calha, na área do desenvolvimento e da intervenção comunitária, para os quais «aguardamos pelos recursos necessários para se tornarem realidade. Vamos também lançar, no início do próximo ano, duas formações internacionais no âmbito do programa Grundtvig, para as quais já temos mais de 150 pré-inscritos, provenientes de mais de 20 países europeus. Isto sem esquecer o nosso investimento na área da educação e cooperação para o desenvolvimento e as propostas de combate ao desemprego», sublinha Joana Branco. Projeto: ODM Campus Challenge (OCC) Área: Educação e Formação Duração: 2010-2011 Descrição: O OCC foi um desafio lançado aos jovens universitários, entre os 18 e os 30 anos, e agentes ODM motivados para agir em defesa dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Participaram 50 equipas, num total de 250 estudantes. Projeto: Programa Formar * Área: Educação e Formação Duração: 2009-2010 Descrição: O programa deu formação, em diferentes áreas, aos dirigentes das associações inscritas no Registo Nacional de Associações Juvenis, com o intuito de os capacitar para uma execução mais eficaz e consciente das suas atividades e diferentes projetos. Projeto: Intolerant? Me? Área: Educação e Formação Duração: 2007-2011 Descrição: O projeto aliou música a um programa de formação sobre diálogo intercultural e, durante cinco anos, sensibilizou sobretudo os jovens para os desafios da interculturalidade num mundo global. Projetos: Participolix, Atitudes e Espaça-te Área: Intervenção Comunitária Duração: 2006-2008 Descrição: Os projetos, desenvolvidos no Vale de Alcântara, Lisboa, destinaram-se a jovens entre os 11 e os 18 anos. Os workshops e atividades realizados em contexto escolar promoveram a cidadania ativa e a inserção socioprofissional. Projeto: Liga-te Área: Intervenção Comunitária Duração: 2010-2012 Descrição: Com o objetivo de prevenir comportamentos de risco e promover estilos de vida saudáveis, o projeto contribuiu para a integração sociocultural de jovens de Benavente e de Samora Correia, com idades entre os 15 e os 18 anos. Projeto: Programa Jovem a Jovem Área: Saúde Duração: 1994-Presente Descrição: O programa tem contribuído para a prevenção de comportamentos de risco (consumos de substâncias psicoativas e sexualidade) e promoção da cidadania ativa junto de milhares de jovens. Realiza-se durante cinco dias, em contexto residencial. Projeto: Salto Área: Saúde Duração: 2007-Presente Descrição: O projeto Salto e, mais tarde, o Salto Saúde visam estimular o desenvolvimento social e pessoal de crianças acolhidas em instituições. Nesse sentido, são trabalhadas competências para a autonomia e promovidos estilos de vida saudáveis. * Programa da responsabilidade do IPDJ Cx a re v i s ta d a c a i xa 65 sustentabilidade D I S T R I B U I Ç ÃO E CO LÓ G I C A Correio verde Os CTT introduziram 122 bicicletas na sua rede, a maioria PELO PLANETA Números que contam. assistida eletricamente, o que permite aumentar a comodidade > Entre 1997 e 1998, dos carteiros e preservar o ambiente, diminuindo a pegada carbónica foi realizada uma auditoria energética a toda a frota dos CTT, da qual resultou um plano de redução energética; > Em 2000, foram utilizadas duas viaturas ligeiras de tração elétrica na distribuição postal do centro histórico de Évora. No ano seguinte, a ação estendeu-se a Aveiro; > Em 2004, foi desenvolvido um estudo de viabilidade económica e operacional dos combustíveis alternativos na frota CTT e foram testados dez veículos movidos a gás natural em Lisboa e em Braga; > Em 2008, foram disponibilizados modelos híbridos para veículos de utilização permanente; > Já este ano, os CTT encomendaram 150 bicicletas (122 para distribuição e as restantes como reserva), distribuídas de norte a sul do país: Aveiro (10), Beja (7), Coimbra (9), Évora (4), Faro (8), Leiria (15), Lisboa (18), Portalegre (4), Porto (13), Santarém (15) e Setúbal (5). Texto Pedro Guilherme Lopes O INTERESSE DOS CTT em promover a utilização de viaturas elétricas e, por isso, amigas do ambiente na distribuição do correio não é de hoje, sendo várias as cidades que servem de palco à utilização de veículos que permitem distribuir o correio sem poluir. Face a essa política, a empresa assumiu compromissos ambiciosos, a cumprir até 2020. Agora, às duas viaturas elétricas ligeiras de distribuição, às cinco scooters elétricas e às nove viaturas híbridas, os Correios de Portugal, pioneiros na utilização experimental de viaturas elétricas, acrescentaram 122 bicicletas, na sua maioria eletricamente assistidas. Este é um investimento que veio tornar possível que igual número de carteiros passasse a fazer a distribuição diária de correio usando este meio de transporte ecológico, prevendo-se que, em conjunto, estas 122 bicicletas percorram, diariamente, uma média de 1400 km. Tal distância, que quase equivale a uma Volta a Portugal em Bicicleta por dia, poderá permitir aos CTT pouparem cerca de 50 toneladas de CO2 por ano, aumentando, ainda, a eficiência na distribuição de correio e o conforto e segurança dos carteiros. Além da redução dos gases emitidos para um décimo e da quase total abolição do ruído, os CTT preveem que o tempo do giro diminua bastante nas situações em que a bicicleta assistida eletricamente substitua o giro a pé, desde logo por permitir abolir os abastecimentos durante o percurso. 66 Print Cx a rev i s ta d a ca i xa Nota, ainda, que, sempre que o giro feito em motociclo seja substituído pelo giro em bicicleta, se esteja a contribuir para o descongestionamento do espaço viário. Após concurso público, estas novas bicicletas foram produzidas em Águeda, pela Órbita, e foram concebidas propositadamente para os CTT, seguindo as especificações fornecidas pela empresa. Isso explica a introdução de acessórios como, por exemplo, um sistema de «descanso» e travão de parque, os pneus antifuro e os faróis LED. E, tendo em conta que estas bicicletas estão espalhadas um pouco por todo o País, o fabricante criou uma rede de assistência a nível nacional. Uma excelente medida e um excelente exemplo, como que a pedir que escrevamos cada vez mais, e que permite aos CTT reforçarem a sua posição como o sexto operador postal do mundo com melhor desempenho carbónico. Foto: D.R. f c cultura 1. O BARÃO Sveva Casati Modignani Porto Editora Sveva Casati Modignani revela-nos os meandros de uma sociedade em que os velhos paradigmas sociais entram em confronto com uma classe disposta a tudo para ascender ao poder, criando um mosaico de personagens vibrantes. (€ 14,94 na Wook on-line) 1 2. A VERDADE SOBRE O CASO HARRY QUEBERT 3. MORTE EM PEMBERLEY as escolhas de... P. D. James Joël Dicker Sena-Lino Porto Editora Alfaguara Verão de 1975. Nola Kellergan desaparece misteriosamente numa pequena vila costeira. Este é o ponto de partida para um thriller exemplar, que, aos poucos, se torna num fenómeno de vendas. P. D. James combina as suas duas paixões: a literatura policial e a obra Orgulho e Preconceito. Pegando nas personagens desta, oferece-nos um livro que se enquadra na linha dos grandes romances de mistério sobre a aristocracia inglesa. (€ 19,80 na Wook on-line) (€ 14,94 na Wook on-line) 3 2 Pedro Escritor 4 As escolhas do autor do novíssimo despaís, romance sobre o fim de Portugal em 2023. SUGIRO BACH, pela Freitagsakademie, no ambiente de sons em que foram compostos os Concertos Brandenburgueses; ou o novo álbum dos Vampire Weekend. Para ler, Mentiras & Diamantes, de Rentes de Carvalho, prosa montanhosa e límpida, e A Causa das Coisas, de Miguel Esteves Cardoso, o melhor livro de crónicas dos últimos 30 anos. Na sétima arte, Un Homme qui dort (1974), de Bernard Queysanne e Georges Perec. 4. VIDA & SOMBRA Nuno de Figueiredo Casa das Letras Dois amigos sonham com o futuro. O narrador quer ser escritor e Carlos Santiago sonha com a ação. O trágico e misterioso desaparecimento de Santiago é o mote para este romance. 6 8 5 (€13,41 na Wook on-line) Fotos: Alexandre Bordalo; Marco Möller (Pedro Sena-Lino) 7 8. POESIA PARA TODO O ANO 7. BODY MUSIC 6. VERVE REMIXED: THE FIRST LADIES 5. O AMANTE BILINGUE AlunaGeorge Luísa Ducla Soares Universal Music Vários Dom Quixote Porto Editora Universal Music Através dos mais reconhecidos poetas do passado e contemporâneos, procura estimular o prazer de ler e o gosto pela poesia e pela língua portuguesa. Como o título indica, o disco atira ao corpo, mas primeiro conquista a mente, com uma pop estilizada a piscar o olho aos anos 90, onde cabe R&B, eletrónica, house e até bass music. A Verve continua a recuperar clássicos pela mão de alguns dos principais DJ da atualidade, como Toro Y Moi, Pretty Lights ou Miike Snow. Música a saber a sunset! Vencedora do Prémio Ateneo de Sevilha, conta-nos a história de Joan Marés. Enquanto toca acordeão nas Ramblas, para sobreviver, encarna um novo papel para atingir um objetivo: recuperar a ex-mulher. (€ 13,41 na Wook on-line) (€ 13,90 na FNAC on-line) (€ 17,90 na FNAC on-line) (€ 14,31 na Wook on-line) Juan Marsé Já conhece o novo parceiro do Vantagens Caixa? A Livraria Almedina preparou uma seleção temática de livros com 15 por cento de desconto. Em outubro, a História Contemporânea estará em destaque e, no mês de novembro, pode encontrar uma seleção dos grandes clássicos da literatura. Saiba mais em www.pmelink.pt/vantagenscaixa Cx a re v i s ta d a c a i xa 67 c cultura A C G D N O S F E S T I VA I S Música para todos A CGD renovou o seu apoio à música este verão, apostando forte em diversos eventos. O último dos quais foi o Caixa Alfama NAS NOITES de 20 e 21 de setembro, o bairro lisboeta de Alfama encheu-se de gente num dos maiores eventos que a capital já viu especificamente dedicados ao fado. O público, de todas as idades, compareceu em peso, respondendo positivamente à primeira edição do Caixa Alfama – Aqui Mora o Fado, um inovador festival que não podia ter melhor estreia. Reunindo as atuações de 40 fadistas – entre eles nomes como os de Cuca Roseta, Camané e António Zambujo – em dez palcos e em apenas dois dias, o festival foi o mais recente exemplo de apoio da CGD à música portuguesa, um investimento que já faz parte da história do Banco. E é, obviamente, com especial carinho que a Caixa aposta no fado, Património Oral e Imaterial da Humanidade da UNESCO e, sem dúvida, uma das grandes marcas do País no estrangeiro. O público do festival Caixa Alfama revelou-se bastante eclético, refletindo a aposta transversal da CGD face à música, procurando abranger todos os portugueses independentemente de gostos e géneros. O nome da Caixa surgiu assim, naturalmente, associado às edições 2013 do Super Bock Super Rock (SBSR), do MEO Sudoeste e do EDP Cooljazz, à semelhança do que havia acontecido em anos anteriores. Nos dois primeiros, que registaram a visita de milhares de jovens, a CGD esteve presente com a Marca Caixa IU (ver caixa, na pág. 69), dirigida a universitários, tendo atribuído várias entradas, quer em passatempos na página da Marca no facebook (www.facebook.com/CaixaIU), quer numa iniciativa associada à subscrição de uma solução de poupança jovem. A presença da Caixa nos dois festivais 68 Cx a rev i s ta d a ca i xa Camané Gisela João Raquel Tavares António Zambujo MÚSICA, MAESTRO O Projeto Orquestras liga a Caixa a algumas das melhores orquestras nacionais. O APOIO DA CAIXA À MÚSICA É, ATUALMENTE, UMA DAS FACES MAIS VISÍVEIS DA SUA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Fotos: D.R. traduziu-se ainda na existência de um stand, onde decorreram muitos passatempos e animações, incluindo a oferta de estadias no Hostel Caixa IU. Instalado nos respetivos parques de campismo, este Hostel permitiu uma forma diferente e mais confortável para os jovens Clientes da Caixa pernoitarem nos festivais. Já no EDP Cooljazz, um evento com outro conceito, direcionado para um público totalmente diferente, a Caixa marcou presença com a Marca Caixazul, tendo também oferecido 250 bilhetes no âmbito da subscrição de uma solução de depósitos a prazo. Para a história destes festivais de verão ficaram momentos altos como o DJ set de Avicii, no MEO Sudoeste, as atuações dos Arctic Monkeys ou dos Queen of the Stone Age, no SBSR, e a estreia de John Legend em Portugal, no EDP Cooljazz. A importância do apoio Numa conferência de imprensa de antevisão do Super Bock Super Rock, Luís Montez – fundador da Música no Coração, produtora responsável por estes festivais apoiados pela Caixa – avançou aquele que considerava ser um dos principais motivos da aposta das marcas nos festivais: «Aqui há contacto direto com as marcas, é impossível fazer zapping.» Esse é um dos pressupostos da Caixa Geral de Depósitos, ao apostar em eventos como estes, que tanto dizem aos portugueses, a quem gosta de música e, também, aos artistas nacionais. Estar presente nas grandes iniciativas culturais, neste caso ligadas à música, não só em eventos ditos mais eruditos, como a música de orquestra (ver caixa), mas também naqueles considerados mais massificados e com grande visibilidade nos meses do verão. Neste contexto, o apoio da CGD à música extravasa em muito os limites dos recintos dos festivais, chegando, inclusive, aos eventos académicos, com a presença nas Queimas das Fitas de Évora, Coimbra e Porto, na Semana do Enterro de Aveiro, na Semana Académica de Lisboa e na Semana do Enterro da Gata no Minho. Além disso, a Caixa apoia, regularmente, concertos de artistas nacionais no estrangeiro, dedicando especial atenção às comunidades portuguesas. Efetivamente, o apoio da Caixa Geral de Depósitos à música tem sido uma constante, tornando-se, assim, uma das faces mais visíveis da sua política de responsabilidade social. Recentemente, numa entrevista exclusiva à Cx, Luís Montez ilustrava este facto, destacando a importância da CGD no festival Caixa Alfama. «Felizmente que a Caixa acreditou no projeto e tenho a convicção de que vamos lá estar [N.R.: em Alfama], pelo menos, dez anos juntos.» Sendo o fado um ícone da cultura nacional, pode bem ser que se concretize. O apoio da Caixa através do Projeto Orquestras (ver Cx 11) abrange as Orquestras do Norte, do Centro, Clássica do Sul (OCS) e a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Um envolvimento que permite não só levar a música clássica a públicos que tradicionalmente não teriam acesso a este estilo, mas também o desenvolvimento de várias iniciativas, entre as quais concursos destinados a revelar novos valores e outros eventos vocacionados para os mais jovens. Nota para a OCS, fundada já em setembro e herdeira da Orquestra do Algarve, até então também parte do Projeto Orquestras. A nova instituição pretende alargar a sua área geográfica de atividade sempre com uma programação diversificada e de qualidade. CAIXA IU Destinada aos estudantes do ensino superior, a Marca Caixa IU agrega todo o valor que a Caixa tem para este público, incorporando um leque de benefícios e atributos de interesse específico: › Protocolos de cooperação com as escolas; › Produtos e serviços inovadores ou exclusivos; › Canais próprios de contacto e de acompanhamento (ex: Portal Caixa IU, em www.caixaiu.pt, ou página no facebook, em www.facebook.com/caixaiu); › Custos adequados a uma fase da vida ainda sem rendimentos relevantes; › Processos simplificados de adesão a produtos e serviços; › Participação ativa em eventos académicos. Tudo para uma gestão mais fácil do dia a dia e para a concretização das ambições académicas de cada estudante. Mais informações em qualquer Agência da Caixa ou do Caixadirecta IU, através do número 808 212 213, 24 horas por dia, todos os dias do ano. c cultura C U LT U R G E S T Um aniversário entre amigos A Fundação CGD – Culturgest comemorou duas décadas de vida, evocando, simbolicamente, o seu início FOI DE FORMA SIMPLES, mas festiva, que se comemoraram os 20 anos da Culturgest durante este mês de outubro. A ocasião serviu para reunir amigos e homenagear o percurso da Fundação, num conjunto de iniciativas que decorreram durante dois fins de semana. Para trás fica todo um universo de propostas que, ao longo de duas décadas, foram passando não só pelos espaços da Culturgest, em Lisboa e no Porto, mas também por muitos outros, através, por exemplo, das várias exposições itinerantes da Coleção da Caixa Geral de Depósitos. Além de artistas nacionais e internacionais, das mais diferentes proveniências e géneros, a história da Culturgest conta ainda com a colaboração de diversas entidades. São o caso da Gulbenkian, da Fundação de Serralves 70 Cx a rev i s ta d a ca i xa ou de várias universidades, entre muitos outros exemplos com quem a Fundação foi estabelecendo importantes parcerias. Resumir 20 anos de atividade seria sempre uma tarefa ingrata e redutora, mas, neste caso, torna-se obrigatório mencionar também o Serviço Educativo ou as inúmeras conferências que marcam regularmente o seu programa, promovendo o debate em torno de temas atuais. E, já que falamos de iniciativas marcantes, há que referir ainda o PANOS – Palcos Novos Palavras Novas, um projeto da Culturgest que alia o teatro escolar e juvenil às novas dramaturgias. Inspirado no programa Connections, do National Theatre de Londres, a iniciativa vai já na oitava edição, apresentando novas peças todos os anos, escritas propositadamente para serem representadas por grupos escolares ou de teatro juvenil. São, pois, muitas e boas razões para comemorar, e assim se fez. As comemorações Para honrar a sua história, nada mais oportuno do que convidar aqueles com quem a Culturgest tem mantido uma relação mais constante. Foi isso que aconteceu, discretamente, durante todo este ano. As comemorações mais formais tiveram lugar nos últimos fins de semana, em dois momentos distintos. Entre os dias 4 e 6 de outubro, os visitantes puderam assistir a um conjunto de espetáculos de entrada gratuita, incluindo performances coreográficas, instalações/performance, dança, teatro e música. Tudo sem roteiro obrigatório e culminando com um convívio na cafetaria da Culturgest, onde o público pôde interagir com artistas e organizadores. A título de exemplo, assinala-se um trabalho em progresso de Vera Mantero, intitulado Mais Pra Menos Que Pra Mais, e um outro de Jacinto Lucas Pires e de Tiago Rodrigues (Mundo Perfeito), cuja versão final será apresentada em 2014. Além disso, o programa deste primeiro fim de semana incluiu um leque de curtas peças musicais de compositores portugueses, entre as quais se regista a estreia de uma encomenda a Andreia Pinto-Correia. O segundo momento teve lugar a 11 e 12 de outubro, precisamente na passagem da data em que se celebram os 20 anos da Fundação. De forma simbólica, o programa revisitou o arranque das atividades da Culturgest com a realização de um concerto e a inauguração de uma exposição. O primeiro foi, sem dúvida, um dos momentos maiores das comemorações e ficará na memória de todos. Falamos do Concerto de Aniversário que teve lugar nesses dois dias, no primeiro apenas para convidados, enquanto no segundo foi aberto ao público. Conciliando o barroco com o contemporâneo, o concerto dividiu-se em duas partes. Na inicial, ouviu-se Música para os Fogos de Artifício Reais, de Georg Friedrich Haendel, composto em 1749 para ser tocado no Green Park, em comemoração do fim da Guerra da Sucessão Austríaca. Seguiu-se o belíssimo Concerto n.º 1 para Instrumentos de Teclas, de Johann Sebastian Bach, interpretado excelentemente ao piano por Pedro Burmester. A segunda parte do concerto apresentou uma obra encomendada a António Pinho Vargas, compositor e músico com quem A importância de um «aniversário redondo» Miguel Lobo Antunes Administrador da É um costume social comemorar os chamados Fundação CGD - Culturgest «aniversários redondos». Não sei porquê, damos-lhe uma importância muito maior do que todos os outros aniversários. Embora em todos assinalemos a passagem do tempo e o desejo de permanência para além dessa passagem. Por isso resolvemos comemorar os 20 anos da Culturgest. Como agradecimento a todos os que nos ajudaram a ser quem somos: a nossa Instituidora, muitas Estruturas da Caixa e muitos dos seus colaboradores, os artistas, o público, a comunicação social, as instituições culturais e muitos outros. Para além, evidentemente, das entidades oficiais (nunca soube a origem desta expressão), que representam o País. Os tempos estão difíceis. Não é a altura, nem teríamos os meios, para grandes manifestações. Num primeiro fim de semana alargado, de 4 a 6 de outubro, com entrada livre, apresentámos, espalhados por diversos dos nossos espaços, um conjunto de pequenos espetáculos, performances, curtos recitais de música, fragmentos ou esboços do que virão a ser espetáculos, em áreas artísticas que ao longo do tempo têm feito a nossa vida. No dia 11, em que completámos os 20 anos de atividade, replicámos a fórmula usada no dia 11 de outubro de 1993: um concerto de música clássica e a abertura de uma grande exposição com a Coleção da Caixa. O concerto, nesse dia, como em 1993, foi só para convidados. Mas no dia 12 foi para toda a gente que quis vir e coube no nosso auditório. A entrada também não foi paga. O concerto incluiu, na primeira parte, duas obras-primas da música barroca, a Música para os Fogos de Artifício Reais, de Haendel, e o Concerto n.º 1 para Instrumentos de Teclas, de J. S. Bach, interpretado ao piano por Pedro Burmester. Para a segunda parte convidámos António Pinho Vargas a compor um Magnificat. Um hino de agradecimento e louvor, cujo significado vai para além do seu sentido religioso. Longa vida à Culturgest! a Culturgest tem uma estreita ligação há muitos anos. Trata-se de um Magnificat para coro e orquestra, num palco partilhado pelo Coro Gulbenkian e pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção do maestro Cesário Costa, também ele presença frequente nos programas da Culturgest. Quanto à exposição, as galerias de Lisboa e do Porto da Fundação recebem até 12 de janeiro a Coleção da Caixa Geral de Depósitos, numa iniciativa inaugurada no último dia das comemorações. Iniciada nos anos 60, esta coleção conta com mais de 1700 peças, não só de artistas portugueses, mas também de brasileiros e africanos de expressão portuguesa, utilizando os mais variados meios. Acompanhando um período que remonta até ao século XIX, a Coleção da CGD reflete um já longo histórico de apoio às artes e à cultura nacional por parte da CGD, neste caso no âmbito da preservação e divulgação do património artístico coletivo. Esta exposição, em particular, afirma-se como uma viagem através dos núcleos mais representativos da Coleção e contou com uma visita guiada pelo curador Bruno Marchand no dia da sua inauguração, algo que se repetirá a 14 de dezembro. Foi, portanto, uma comemoração cheia de vida e de amigos, onde não faltaram alguns dos mais reconhecidos artistas e entidades culturais nacionais, a lembrar aquele 11 de outubro de 1993. Parabéns, Culturgest! Os cartões da Caixa dão descontos na Culturgest Ser Cliente da Caixa dá acesso a um universo de vantagens, que pode descobrir em www.vantagenscaixa.pt. Entre elas, incluem-se descontos na Fundação CGD – Culturgest para detentores de alguns cartões da Caixa: › 40 por cento de desconto na aquisição de até dois bilhetes por espetáculo aos titulares dos cartões ITIC (1), ISIC (2), Caixa IU e Caixa Activa (3); › 30 por cento de desconto na aquisição de até dois bilhetes por espetáculo aos titulares dos cartões Caixa Gold (4), Caixa Woman (5), Visabeira Exclusive (6) e Caixadrive (7). › Os titulares dos cartões Caixa IU, ITIC (1) e ISIC (2) beneficiam, ainda, de 40 por cento de descontos em exposições. (1) TAEG de 22,1%/TAN de 18,50%; (2) TAEG de 19,3%/TAN de 17,90%; (3) (crédito) TAEG de 22,2%/TAN de 20,75%; (5) (crédito) TAEG de 23,8%/TAN de 24,00%; (6) TAEG de 23,3%/TAN de 22,30%; (7) TAEG de 22,6%/TAN de 20,50%; todos para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses. (4) TAEG de 24,2%, para um montante de 2500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 19,75%. Cx a rev i s ta d a ca i xa 71 agenda CINEMA Cinanima 11 a 17.11 Espinho + Fundação CGD – Culturgest, Lisboa O Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação é o mais importante festival de cinema de animação português. Realiza-se em Espinho, desde 1976, tendo este ano a sua 37.ª edição, o que o torna um dos mais antigos festivais deste tipo de cinema em todo o mundo. À semelhança do que vem acontecendo há anos, a Culturgest tem o prazer de se associar ao Cinanima, projetando uma seleção de filmes premiados feita pela organização do Festival. Tem lugar a 8 de dezembro. MÚSICA Tropa Macaca 08.11 Fundação CGD – Culturgest, Porto Tropa Macaca são André Abel e Joana da Conceição, banda sediada em Lisboa que trabalha no campo da composição contemporânea eletrónica. Com cerca de seis anos de parceria criativa e atividade pública, editaram a sua música em selos fundamentais do underground europeu e norte-americano, como a Qbico e a Siltbreeze, tendo o mais recente Ectoplasma sido lançado na nova-iorquina Software, de Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never). Depois de, no início deste ano, terem levado a cabo uma extensa digressão europeia, CINEMA Doclisboa 2013 24.10 a 03.11 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa O Doclisboa representa um lugar de convívio, debate e pensamento vivo, um espaço de proximidade e partilha entre o cinema e o público. As competições Internacional, Portuguesa e Investigações apresentam uma seleção dos filmes mais relevantes do último ano. A secção Riscos, comissariada por Augusto M. Seabra, debruça um olhar sobre o cruzamento entre o documentário e a ficção; Heart Beat explora a relação entre o cinema, a música e as artes performativas. Verdes Anos foca-se em autores ainda em formação, num apelo à reflexão sobre o ensino do documentário, e Cinema de Urgência procura ver o cinema como ação direta, em contraposição aos media tradicionais. Alain Cavalier é o realizador em foco, com uma retrospetiva integral inteiramente dedicada ao seu trabalho, enquanto Moving Stills – Photography, Photographers and Documentary Film apresenta um conjunto de obras que explora a ligação entre cinema e fotografia. O Doclisboa assinala os 40 anos do golpe de Estado que derrubou o governo da Unidade Popular de Salvador Allende, no Chile, com o foco: 1973-2013. O Golpe Militar no Chile: 40 Anos Depois. Este ano, é inaugurada a secção Doc Alliance, composta por filmes selecionados pelos mais relevantes festivais de cinema documental da Europa. esta apresentação foi feita especificamente para o espaço da Culturgest, sendo a sua primeira data no Porto, em 2013. Jazzores 09 e 10.11 Teatro Micaelense, Ponta Delgada CONDIÇÕES PARA CLIENTES DA CGD 40% DE DESCONTO NA AQUISIÇÃO DE ATÉ 2 BILHETES POR ESPETÁCULO AOS TITULARES DOS CARTÕES CAIXA ITIC, ISIC, CAIXA IU E CAIXA ACTIVA. 30% DE DESCONTO NA AQUISIÇÃO DE ATÉ 2 BILHETES POR ESPETÁCULO AOS TITULARES DOS CARTÕES CAIXA GOLD, CAIXA WOMAN, VISABEIRA EXCLUSIVE E CAIXADRIVE. 72 Cx a re v i s ta d a c a i xa O festival Jazzores está de regresso a Ponta Delgada. No dia 9, sobe ao palco Ursula Opens, uma das mais conceituadas artistas mundiais, nomeada para três Grammy Awards e regularmente convidada para atuar ao lado de orquestras como a de Nova Iorque, Los Angeles, Boston ou Berlim, entre outras. Neste espetáculo, a sua atuação incidirá sobre o compositor norte-americano Elliott Carter. No dia seguinte, é a vez de Maya Homburger (em violino barroco) e Barry Guy (em contrabaixo), fundadores da editora Maya Recordings. Barry Guy é, inclusivamente, uma das maiores referências do jazz à escala mundial, tendo fundado a London Jazz Composers Orchestra e a Barry Guy New Orchestra. TEATRO Intimidade de Ranters Theatre 29.11 a 01.12 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa Depois de ter passado pela Culturgest com Holiday (peça para dois atores e uma piscina insuflável), o Ranters Theatre prolonga com este espetáculo uma investigação sobre a conversa (banal, bizarra ou confessional). Baseado em encontros reais com desconhecidos numa rua de Melbourne, Intimacy fornece uma visão poderosa e complexa de como interações simples podem gerar conhecimento humano de uma enorme profundidade. Quanto de nós mesmos estamos preparados para mostrar? Porque é que, por vezes, é mais fácil ser honesto com um perfeito desconhecido do que com alguém que conhecemos? Será isto, de facto, honestidade ou apenas mais uma representação? Fotos: D.R. a vintage v O INÍCIO DE TUDO Assim nascia a Caixa A história da transição de valores do Depósito Público para a Caixa Geral de Depósitos Por Gabinete de Património Histórico da CGD Foto: João Cupertino As alterações mais significativas no Depósito Público deram-se em 1837, com a criação da Junta do Crédito Público, sendo o primeiro extinto em 1870. Surgia, então, o problema de como gerir os destinos financeiros e a própria dívida, agora assegurada pela Junta do Crédito Público. registados a 10 de abril Efemérides que marcam, também, o dia de aniversário da Caixa Geral de Depósitos. Apesar da atividade bancária em Portugal ser, na época, já uma realidade, só no primeiro quartel do século XIX é que começaram a proliferar instituições bancárias pelo País. Até aí, não existia qualquer referência a um banco do Estado, com exceção de algumas diretrizes de 1757, sobre aplicações de fundos na Companhia Geral do Grão Pará e Maranhão. O Depósito Público foi criado em simultâneo com as companhias monopolistas acima referidas. Este não era, propriamente, um banco; estava vocacionado para a receção de depósitos obrigatórios, sendo, porém, já possível guardar nele depósitos voluntários: dinheiro líquido, ouro e prata lavrada ou pedras preciosas. Por não ser um banco, os valores eram apenas depositados, sem aplicação ou juros. FACTOS Estima-se que, em 837, o cometa Hailey tenha feito a passagem mais aproximada da Terra, até hoje. 1. Em 1821, é decretada a abolição dos privilégios da nobreza, em Portugal. 2. Nasce, em 1847, Joseph Pulitzer, jornalista e editor norte-americano, de origem húngara, criador dos prémios de jornalismo e artes. 3. Junta do deposito publico de Lisboa, em 30 de Dezembro de 1876; Da Junta do deposito publico do Porto, em 28 de Fevereiro do anno corrente; Das diversas arcas ou cofres dos orphãos, por todo o mez da installação para as respectivas comarcas; Dos depositarios geraes e de quaesquer outros dos juízos, desde a installação nas comarcas respectivas até 30 de Junho próximo findo. Em 1912, o navio Titanic zarpa para a sua viagem inaugural, que haveria de terminar tragicamente, quatro dias depois. 4. O revolucionário mexicano Emiliano Zapata é assassinado, em 1919. 5. As tropas aliadas libertam, em 1945, o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha. 6. A ideia de um banco público germinava há muito, de modo a aproveitar as poupanças e aplicá-las no financiamento do Estado. A CGD surge, assim, em 1876, por decreto de 10 de abril, de início administrada pela Junta do Crédito Público, visando, sobretudo, receber os depósitos obrigatórios, voluntários e provisórios. Da Junta do Depósito Público de Lisboa e Porto, foram entregues à Junta do Crédito Público, como administradora da CGD, todos os livros, documentos e outros objetos existentes na sua repartição. Acompanhavam os objetos, livros e demais valores, balanços e inventários e relações adjuntas de todos os espécimes existentes nas repartições e arquivo destas juntas. Tudo devidamente documentado em mapas de registo como aquele que aqui vemos. Tornava-se, pois, necessário transferir os valores das antigas congéneres. O artigo 95.º do Regulamento Provisório de 6 de dezembro de 1876 previa uma instalação gradual dos serviços da nova Caixa e a transição dos antigos depósitos, dispersos por várias entidades, para a mesma:Da A partir de aqui, a nova instituição estava pronta para continuar a aplicar os fundos provenientes dos depósitos e a alimentar as despesas públicas, tendo apenas de se precaver das garantias necessárias e com as regras de gestão de uma instituição bancária. As tropas da NATO lançam o primeiro ataque na Bósnia-Herzegovina, em 1994. Em 1947, um movimento liderado pelo almirante Mendes Cabeçadas faz uma tentativa frustrada de derrubar a ditadura portuguesa. 7. Os Beatles anunciam a sua separação, em 1970. 8. 9. O Presidente da Polónia Lech Kaczynski morre num desastre de avião, em 2010. 10. Cx a rev i s ta d a ca i xa 73 f fecho MILES & MORE Viajar ficou mais fácil Além de meio de pagamento de grande conveniência, estes cartões oferecem milhas e benefícios a quem viaja frequentemente de avião emitido em parceria com a lufthansa e o programa de passageiro frequente Miles & More, os cartões de crédito Miles & More Gold1 e Miles & More Classic2 são aceites em Portugal e no estrangeiro, permitindo acumular milhas. Estas podem ser trocadas por viagens de avião na Lufthansa ou em qualquer companhia aérea membro do consórcio Star Alliance, como a TAP Portugal. As milhas acumuladas são válidas por um período ilimitado, caso tenha aderido ao cartão há, pelo menos, três meses e se efetuar uma operação geradora de milhas (compra) por mês com o cartão Miles & More da Caixa. Além disso, estes cartões permitem-lhe: > Definir a modalidade de pagamento do saldo em dívida; > Aceder a uma linha de crédito suplementar (1) (2) (3) Um micro-site para si que vive lá fora para o pagamento fracionado3 de compras de maior montante, libertando o limite de crédito do seu cartão; > Reduzir 50 por cento nas anuidades dos cartões do cônjuge e dos filhos até aos 24 anos; > Aceder a descontos, serviços e a um completo pacote de seguros, com coberturas específicas para deslocações e viagens. Para mais informações, visite uma Agência da Caixa ou veja em www.cgd.pt. TAEG de 24,2% para um montante de 8750 euros em compras, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%. TAEG de 24,1%, para um montante de 4000 euros em compras, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%. TAEG de 18,8% na modalidade de pagamentos fracionados, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 15,0%, prestação mensal de 135,39 euros e MTIC de 1643,12 euros. CGD ao lado dos portugueses no estrangeiro Durante este verão, a Caixa dedicou especial atenção aos portugueses a residir no estrangeiro, procurando fortalecer os laços e proporcionar um pouco de calor e alegria durante a sua passagem por Portugal. Foi, assim, em ambiente de afeto e proximidade que decorreram diversas festas e convívios, nomeadamente na Quinta do Carvalho, em 74 Cx a re v i s ta d a c a i xa Viana do Castelo, no Castelo de Belmonte e na Quinta do Terreiro da Luta, perto da cidade do Funchal, na Madeira. Além disso e à semelhança de anos anteriores, a Caixa manteve a sua ação de acolhimento na fronteira de Vilar Formoso, por onde passaram milhares de emigrantes no primeiro fim de semana de agosto, com direito a brindes e lembranças. Não muito longe, no Sabugal, a Caixa associou-se à 1.a edição do Festival Caixa Emigrante, proporcionando a muitos portugueses a oportunidade de assistir a um espetáculo de Tony Carreira. Esta foi uma forma de reforçar a ligação com um conjunto de Clientes muito especial, que vive e celebra Portugal mesmo à distância, sem esquecer as suas origens e respetivos laços afetivos. Muitos portugueses têm familiares ou amigos a viver noutro país. Alguns, eventualmente, estarão até de férias em Portugal, pelo que deixamos a pergunta: será que conhece o micro-site dedicado aos residentes no estrangeiro da Caixa Geral de Depósitos? Se não conhece, saiba que se trata de um portal onde encontrará assuntos de interesse específico, que ajudá-lo-ão a planear e a gerir a sua vida no estrangeiro. Sem esquecer as soluções de financiamento, de poupança e de seguros que a Caixa coloca à disposição de quem está longe, mas com Portugal sempre no seu coração. Além disso, o micro-site conta com uma série de secções de informação, a começar pela sempre útil página das perguntas frequentes, onde encontrará muitos esclarecimentos essenciais a quem vive, pensa viver ou tem família a residir no estrangeiro. A isto, junta-se uma página de notícias que deixam estes portugueses mais próximos do seu País, uma agenda de eventos no estrangeiro com o cunho da CGD e entrevistas com casos de sucesso nacionais a residir fora do nosso País. O acesso ao Caixadirecta internacional e a lista e respetivos contactos dos Escritórios de Representação e Sucursais da CGD são outras das muitas ferramentas disponíveis. Descubra este micro-site e todas as soluções que ele oferece em http://residentesnoestrangeiro.cgd.pt. NETCAIXA CONTACTLESS É PAGAR E ANDAR. O serviço netcaixa oferece-lhe agora maior agilidade e comodidade nos pagamentos até 20 €. Com os nossos novos terminais de tecnologia contactless, basta que o cliente aproxime o seu cartão do terminal e o pagamento está feito. Inovador, simples, rápido e sem necessidade de digitar o PIN. Adira até 31 de março de 2014 e beneficie de um preçário diferenciado para transações de baixo valor. Seja o próximo a aderir a esta forma de pagamento inovadora. A Caixa já conta com mais de 1 milhão de cartões contactless emitidos. HÁ UM BANCO QUE ESTÁ A AJUDAR A ECONOMIA A DAR A VOLTA. A CAIXA. COM CERTEZA. www.netcaixa.pt | 707 29 70 70 | 24 horas por dia / todos os dias do ano Informe-se na Caixa
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