Reitores na Moncloa - Duvi
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Reitores na Moncloa - Duvi
FARO DE VIGO: Opinión: <**TIT**> Página 1 de 2 Jueves, 21 de octubre de 2004 OPINIÓN FIRMAS Reitores na Moncloa MARÍA DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO Ver fotografados os reitores das universidades no Palácio d´A Moncloa, provoca que venha à minha memória o conceito do studium, definido no Título XXXI das "Siete Partidas" como "ayuntamiento de maestros e escolares que es fecho en algun logar con voluntad et con entendimiento de aprehender los saberes", princípio que tem que ser o objectivo mais importante da societas academica, sociedade que pouco tem a ver com essa sociedade cuja finalidade é a demagógia, a vaidade, a falta de diálogo, a prática do sil ncio administrativo, a pésima administraçom dos fundos públicos, a indifer ncia ante os casos de acoso moral no trabalho, a inexist ncia de garantias jurídicas, a exist ncia de Tribunais de Garantias inoperantes, a acumulaçom de causas nos julgados e tribunais de justiça, ou pessoas que consideram "inimigo" a todo aquel que solicita respeito polo princípio qui iure suo utitur, nemini injuriam facit, etc. Tenhem transcorrido vários séculos desde que se elaborarom as "Sete Partidas", porém nas universidades públicas do século XXI, a doc ncia continua a ser um dos pilares básicos e implica, em grande medida, a presença física de professores e alunos (excepto na UNED) e supom que os saberes (teóricos e práticos) sejam transmitidos, como lugares mais idóneos, nas aulas, nos laboratórios, nas salas com meios audiovisuais, nos museus, bibliotecas, factorias, natureza, etc. Qualquer universidade que libere os estudiantes da assist ncia às aulas, sem causa justificada, está a desprezar um dos elementos tradicionais em que se sustentou a reflexom sobre o saber científico. O outro pilar importante das universidades do século XXI é a investigaçom, que nas últimas décadas tem experimentado umha evoluçom espectacular, mas que nom sempre exige somas elevadas de dinheiro (nom é o mesmo a investigaçom no campo das ci ncias experimentais do que no campo das ci ncias relacionadas com as Humanidades, a Economia ou o Direito). Os elementos fundamentais de toda investigaçom som as cabeças pensantes e bem formadas, e isto é questom de tempo, de paci ncia, de honradez, de profissionalidade, de horas e horas de leituras e de trabalho, de ter tempo para pensar e reflexionar num clima de diálogo, colaboraçom e concórdia académica... Causa certa insegurança que as leis se podam mudar com tanta celeridade sob o pretexto da "qualidade da educaçom", sem que em nengum lugar se diga qu vai acontecer com essas faculdades, em que o número de alunos matriculados é muito inferior ao quadro de professores da licenciatura (o qual supom umha pésima gestom dos fundos públicos), nom se contemple a situaçom do mercado laboral, nom se busquem soluçons para corrigir e subsanar as gravíssimas car ncias culturais e de formaçom presentes numha cifra importante de estudiantes, nom se fale da melhor administraçom dos recursos, nom se analise com mais rigor a promoçom do professorado, etc. Afinal, a sensaçom que tenho, é que, detrás do sorriso dos fotografados, acaso só se esconda o interesse "por sair na foto", para que as questons verdadeiramente importantes das universidades sigam igual de mal. *Catedrática da Universidade de Vigo http://www.farodevigo.es/hoy/opinion/5opinion.asp 21/10/2004 FARO DE VIGO: Opinión: <**TIT**> Página 2 de 2 Artículo anterior: El engaño de fumar Siguiente artículo: La confesión © FARO DE VIGO, 2004. Todos los derechos reservados http://www.farodevigo.es/hoy/opinion/5opinion.asp [email protected] 21/10/2004