câncer de mama
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câncer de mama
Nº 104 Outubro/2012 CÂNCER DE MAMA ainda não é diagnosticada em estágios precoces. O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa começou na Califórnia, no início dos anos 90, com o objetivo de dar visibilidade à causa do câncer de mama no mundo, fortalecendo a importância do diagnóstico. Teve seu início marcado pela iluminação de monumentos históricos, tomou proporções mundiais passando pela Torre de Pisa na Itália, Arco do Triunfo na França e chegou ao Brasil há três anos. Para este ano, o símbolo escolhido é o Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Veja os detalhes na página 2 SAIBA MAIS: foto: divulgação Femama Monumentos públicos e privados foram iluminados com a cor rosa no País todo para lembrar às mulheres sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama foto: ronaldo romano Neste ano, são esperadas, no Brasil, 52.680 ocorrências novas de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres, segundo informações contidas no relatório bienal do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que acaba de ser divulgado e mostra o total de 12.852 mortes em 2010, sendo 147 homens de 12.705 mulheres. Segundo o Inca, o câncer de mama responde por 22% dos casos novos a cada ano em todo o mundo e é o mais comum entre as mulheres. Se diagnosticado e tratado adequadamente, o prognóstico é bom. O diagnóstico precoce eleva para 95% as chances de cura de tumor de origem hereditária, garantem as autoridades. No Brasil, no entanto, o câncer de mama ainda responde por aproximadamente 13 mil mortes a cada ano. É uma taxa ainda bastante elevada, muito provavelmente porque a doença foto: Christian Rodrigues A Cabesp ficou cor-de-rosa neste mês de outubro. Foi para participar da terceira edição do Movimento Outubro Rosa que este ano tem como tema “Toque de Coragem – Nós acreditamos em um mundo sem câncer de mama. Acredite também” e demonstrar sua adesão a todo o trabalho voltado à orientação da mulher e ao despertar da população à importância da prevenção na luta contra o câncer de mama, tipo que mais acomete as mulheres em todo o mundo. O maior objetivo é estimular as mulheres a procurarem seu ginecologista e realizarem a mamografia, exame indicado para diagnóstico precoce dessa doença. foto: digitalsignagebrasil.com/FEMAMA É cor-de-rosa choque: a favor da prevenção Sorriso saudável começa na infância As armadilhas do mundo digital Doenças coronarianas tiram milhares de vidas precocemente Evento da Cabesp leva informação ao Guarujá Infância: ato de brincar gera uma melhor qualidade de vida 3 4 6 7 8 câncer de mama Incidência aumenta com a idade A idade continua sendo um importante fator de risco para o câncer de mama. As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos e, posteriormente, esse aumento ocorre de forma mais lenta. Contudo, outros fatores de risco já estão bem estabelecidos, como, por exemplo, aqueles relacionados à vida reprodutiva da mulher (menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação a termo acima dos 30 anos, anticoncepcionais orais e menopausa tardia), história familiar de câncer da mama e alta densidade do tecido mamário. Hereditariedade é o Os grandes inimigos os principais maior fator de risco Conheça fatores de risco para as mamas femininas Mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença. Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama. Mulheres que se encaixem nesses perfis também devem buscar orientação médica. As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia. •Predisposição genética – mulheres com história familiar de câncer de mama apresentam maior risco de desenvolver a doença. •Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos (nuliparidade). •Exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 40 anos. •Ingestão regular de bebida alcoólica, mesmo que em quantidade moderada (30g/dia). •Obesidade, principalmente quando o aumento de peso se dá após a menopausa. •Sedentarismo. Lembre-se: a prática de atividade física e o aleitamento materno exclusivo são considerados fatores protetores. Fonte: www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/ nobrasil/programa_controle_cancer_mama/fatores_risco Sintomas A mulher deve se conhecer, tocar seu corpo, observar-se no espelho com regularidade na busca de qualquer alteração fora de sua normalidade. Esse cuidado vale para tudo e pode ser um primeiro alerta. Mas, atenção, porque o autoexame não substitui o exame físico realizado pelo médico. De qualquer forma, é fundamental que a mulher conheça as suas mamas. Em frente a um espelho tente sempre perceber alterações na pele (textura, cor), abaulamentos, retrações, posição dos mamilos, secreção, nódulos (caroços), dor. E não se esqueça das axilas e pescoço. Sempre compare o lado direito com o esquerdo. Pequenas alterações só serão perceptíveis pelas mulheres que realizam o autoexame constantemente. Fique atenta! Como se cuidar Campanha criada pelo Ministério da Saúde em Parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), com o tema “Câncer de Mama. Cuidar da Saúde é um gesto de amor à vida”, é protagonizada pela cantora e atriz Zezé Motta Fique esperta com os fatores de risco e previna-se contra o câncer de mama: •Olhe, sinta e perceba o que é normal para suas mamas. Em caso de alterações, procure um médico antes da consulta regular; •Inclua o autoexame da mama em sua rotina (uma vez por mês ao banho e após a menstruação); •Toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar o seu ginecologista anualmente; •Entre 50 e 69 anos, a mulher deve fazer uma mamografia pelo menos a cada dois anos; •Após os 35 anos o médico pode indicar a mamografia como exame complementar na prevenção do câncer; •Não abusar de bebidas alcoólicas, não fumar, alimentar-se bem e praticar atividade que movimente seu corpo podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer. divulgação Fontes: •www.afecc.org.br/ •www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home •www.facebook.com/BCABrasil#!/BCABrasil/photos_stream •www.femama.org.br/novo/ •Dr. Anderson Issamu Iamanaca, ginecologista da Auditoria Médica Cabesp. 2 Uma boa saúde oral começa no início da vida, antes até o nascimento do bebê, quando este ainda se encontra na barriga da mamãe. Acompanhe algumas dicas para criar uma criança com um belo sorriso e, assim, desenvolver os hábitos que repercutirão num adulto com boa saúde bucal. Quando se fala em boa saúde bucal, a principal recomendação é sempre frequentar regularmente o consultório do dentista e praticar a escovação ao menos três vezes ao dia, ou após todas as refeições. Esta regra vale também para as crianças. Mas quando, afinal, devemos levar a criança ao dentista pela primeira vez? O ideal seria que a gestante, da mesma forma que realiza o pré-natal, fosse ao dentista antes do nascimento da criança. Essa consulta serviria para verificar o estado da saúde bucal da mãe, garantindo uma gravidez mais segura, e para tirar dúvidas a respeito dos cuidados com a cavidade oral do seu futuro bebê. Os primeiros dentinhos do bebê começam a aparecer por volta dos seis meses de vida. É neste momento que deve acontecer a primeira visita ao dentista. O normal é que os pais levem a criança ao dentista habitual da família, mas o ideal é que esse dentista seja um Odontopediatra, mais preparados para lidar com o comportamento infantil, evitando traumas que comprome- tam futuros tratamentos. A limpeza da boca deve começar antes mesmo da erupção dos primeiros dentes. Nesta fase, a mãe deve fazer a higiene da boca do bebê esfregando levemente sobre toda a gengiva e língua uma gaze, pano ou toalha umedecida em água. Após o nascimento dos primeiros dentes devemos utilizar uma escova própria para essa idade, ou a escovinha de dedo. Apesar de todo o benefício conhecido, o flúor é uma substância tóxica quando utilizado em grandes quantidades. Por isso, nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda não consegue cuspir direito e sempre acaba por engolir uma grande quantidade de creme dental, devemos dar preferência para os cremes sem flúor. O flúor nesta fase deve ser administrado pelo dentista. A criança ainda não tem habilidade para fazer a escovação sozinha, por isso recomendamos que a mãe dê uma escova de dentes para a criança, mas depois complemente a higiene, certificandose de que todos os dentes e a língua foram limpos. foto: office.microsoft O sorriso bonito começa na infância Quando a criança está sendo amamentada não devemos adoçar a mamadeira. Mesmo sem adoçar o leite, após cada mamada a higiene deve ser feita seja com a gaze, fralda ou escova de dedo, dependendo da idade da criança. É um erro achar que por ser um dente de leite, e que irá cair, esses não devam ser tratados. Ao contrário. Todos os dentes são importantes. A perda precoce de um dente decíduo (de leite) compromete todo o desenvolvimento da boca e atrapalha a erupção dos permanentes. E não podemos esquecer que os dentes de leite, quando cariados, doem como os dentes permanentes. Por volta dos seis anos de idade nasce o primeiro molar permanente (atrás dos últimos dentes de leite), sem que nenhum dente de leite caia. Atenção especial deve ser dada a este molar, pois dele irá depender toda a oclusão (mordida) da criança no futuro. Crianças adoram doces, chicletes e refrigerantes, considerados os grandes vilões e maiores causadores de cárie. Devemos desestimular o hábito frequente destes e sempre orientar as crianças a escovarem os dentes após o consumo. É normal também as crianças utilizarem chupeta e/ ou chuparem o dedo. No caso das chupetas devemos dar preferência às ortodônticas. Este hábito deve ser mantido até no máximo os dois ou três anos de vida. Ambos causam prejuízos, mas os prejuízos causados pela sucção do dedo prolongada são normalmente maiores do que os causados pela sucção da chupeta. A chupeta pode ser jogada fora, esquecida em casa em algum passeio ou mesmo ser retirada pelos pais enquanto a criança dorme ou brinca. Já o dedo está sempre disponível e, por isso, é mais difícil de ser retirado. Provoca alterações na arcada, na fala, na respiração oral e perturbações sociais. Colaborou: Dr. Paulo Sérgio Trevelin Pícolo – Gerente de Auditoria e Regulação Odontológica 3 MUNDO DIGITAL As armadilhas navegam nas redes foto: office.microsoft É cada vez maior a presença de crianças e adolescentes na rede e esse acesso os tornam as maiores vítimas de uma internet navegada sem segurança: pedofilia, ofensas por meio de montagens de fotos ou imagens comprometedoras, roubo de senhas para utilização de e-mails pessoais, são apenas alguns dos riscos a que ficam expostos. Com o aumento significativo da presença de crianças e adolescentes na rede, todos nós precisamos estar atentos e ter alguns cuidados. Filtros e outros softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial e o diálogo são as formas mais eficazes e, portanto, indispensáveis de proteção. “Muitos pais acreditam que os adolescentes podem usar a internet sem supervisão. Engano: eles precisam de tutela – e não apenas do tempo de uso –, já que podem sofrer ou provocar constrangimentos e passar por experiências desastrosas. Aprender a usar bem a internet exige ensinamentos”, diz a psicóloga Rosely Sayão. Acompanhe, nesta reportagem preparada pelo Cabesp +Vida como você pode ajudar sua família a navegar com segurança e tirar o melhor desse fantástico mundo virtual. Estabelecer limites com regras claras é Diálogo aberto, orientação, respeito e confiança mútua são as bases da relação familiar que valem também para a colocação de limites ao uso da internet às crianças/adolescentes, diz a psicóloga Iolanda Rosemary Martins, credenciada Cabesp, nesta entrevista ao Cabesp +Vida. Confira a reportagem: Cabesp +Vida – A maior parte dos serviços de internet encontra-se sem qualquer restrição ou controle. Como a senhora vê isso? Psicóloga Iolanda Rosemary Martins – A premissa básica da internet é que ela só existe por não possuir nenhuma censura por parte de governos, organizações ou pessoas. Se você bloquear o acesso à informação aos seus filhos, vai agir como sempre a humanidade tratou o conhecimento, simplesmente proibindo a informação àquele que não tem poder. Quem detém a informação, detém o 4 poder. Acompanhamos estarrecidos casos na mídia, em que crianças são atraídas para um mundo adulto sem intervenção dos pais, vítimas de sequestros em porta de escola, shoppings, etc., atraídas por uma sedução com a qual não sabem lidar, se defender e reagir. Hoje em dia devemos orientar sobre o que é bom e o que é prejudicial. Só assim poderemos desenvolver o senso crítico, o discernimento e o caráter da futura geração, que poderá e deverá ser muito melhor do que a nossa. Que tipo de controle a senhora recomenda aos pais? O diálogo, a orientação, o estabelecimento de uma relação de confiança e respeito. Fica mais difícil para os pais que não exercitam tais pressupostos em sua relação cotidiana com seus filhos. Precisa haver uma vigilância constante no tempo de uso e com as conversas que ocorrem nos sites de relaciona- mento. Essa vigilância deverá ocorrer por compartilhamento, com perguntas para os filhos, pedindo que eles mostrem as novidades da Net, participando das comunidades com explicação dos filhos sobre o funcionamento e entendimento delas. Participar das atividades dos filhos, levando e buscando dos lugares onde forem. Não negligenciar e ficar atento a alguns sinais que os próprios filhos comunicam: como tempo excessivo na internet, utilização em horários em que você está dormindo ou ocupado, baixar o monitor ou minimizar telas quando tem alguém chegando, mudança de humor e de comportamento. O que a senhora recomendaria aos pais para o equilíbrio da necessidade de privacidade de um adolescente e a necessidade de controle a esses acessos? Como disse antes, o equi- líbrio está na conversa e na participação da vida dos seus filhos, da sua rotina, do seu dia a dia e de seus amigos. Penso que se uma criança e/ ou adolescente fica por muito tempo na internet e os pais não se dão conta do que está acontecendo, temos aí o diagnóstico do problema. Essa estrutura familiar está em desequilíbrio, não há compartilhamento familiar. E a partir daí a criança/ adolescente busca na internet o que não encontra no seu meio familiar e no mundo real. Os pais têm direito a inspecionar as navegações dos filhos? Os pais devem evitar tal caminho, pois se trata de uma violação na relação de confiança estabelecida. Mas em casos extremos em que se percebe um risco real para os filhos, temos a obrigação de agir para protegêlos, pois não devemos confundir omissão com cautela ou respeito. •Pesquise, leia, aprenda mais sobre a internet, conheça como funciona e quais são as possibilidades de uso. •Navegue sozinho e junto com seus filhos. •Limite o tempo de utilização da internet pelas crianças e adolescentes. •Saiba por quais sites eles navegam e quais comunidades virtuais integram. •Peça para ler o que eles divulgam em seus blogs, comunidades e salas de bate-papo. •Instrua-os a não divulgar dados pessoais, como nome, endereço, telefone, fotografias, escola e endereço eletrônico (e-mail) em locais públicos da internet. foto: office.microsoft Pais: estejam antenados •Mantenha o computador numa área comum da casa e com a tela visível. •Caso encontre algum material violento ou ofensivo durante a navegação, explique aos seus filhos o que pretende fazer sobre o fato. •Coloque-se sempre à disposição para ajudar caso eles se sintam em perigo, mesmo se não dominar a tecnologia. uma das saídas Como estabelecer os limites e regras nesses casos? Devemos deixar as regras e limites bem claros para os filhos, o que permitimos, aceitamos, toleramos ou concordamos. Se possível, construir com eles essas regras ajuda a que os filhos comprometam-se com o que foi combinado e estabelecido mutuamente. é atribuída aos meios eletrônicos. Essas pessoas que se viciam na internet fazem parte de um grupo vulnerável, com comportamentos introvertidos, baixa autoestima, com uma vida familiar frustrante, que buscam na internet criar um mundo virtual que os satisfaçam, o que não ocorre no mundo real. A psicologia tem se deparado com casos crescentes de crianças/adolescentes vítimas de distúrbios por conta dos meios eletrônicos? Que tipo de distúrbios? Como isso pode ser tratado? Essa colocação é meio equivocada. Os distúrbios já são preexistentes, não começaram a existir em função dos meios eletrônicos. O comportamento da criança/adolescente/adulto começou a ficar exposto aos olhos dos familiares e a responsabilidade de tal distúrbio Protegidas pelo anonimato, cada vez mais crianças têm usado o mundo eletrônico para discutir temas como sexo e drogas. Como a senhora vê isso? Discutir é sempre a melhor solução, mas você deve se antecipar e fazer isso de uma forma esclarecedora e amigável, sem imposição, pois quando ele for discutir esses temas com outras pessoas ou na internet, já terá uma opinião formada com o que é adequado ou inadequado nesses temas. •Opte por programas que filtram e bloqueiam sites. Pesquise para encontrar um que se ajuste às regras previamente estabelecidas e acordadas com seus filhos. •Os programas ajudam, mas nunca podem substituir o acompanhamento dos pais. Diálogo e confiança ainda são as melhores tecnologias de segurança. •Conheça os amigos virtuais da criança. É possível estabelecer relações humanas benéficas e duradouras na internet. Contudo, há muitas pessoas com más intenções, que tentarão levar vantagem sobre a criança. •Se surgirem dúvidas, verifique! Não ignore qualquer sensação de insegurança. Prevenir nunca é demais! •Sempre que vir alguma coisa errada, denuncie por meio dos sites http://denuncie.org.br ou http://nightangel.dpf.gov.br ou, ainda, diretamente às autoridades policiais pelo disque 100. Denúncias O cidadão pode utilizar o disque 100, do governo federal, para denúncias ou informações sobre abusos ou exploração sexual de crianças e adolescentes. A ligação é gratuita e sigilosa. Sempre que, involuntariamente, você tiver acesso aos tipos criminosos como imagens ou textos de pornografia infantil ou pedofilia, anote tantos dados quantos forem possíveis acerca do fato (endereço eletrônico, e-mails, números de IP, etc.). Encaminhe os dados diretamente para a Polícia Federal no site: http://nightangel.dpf.gov.br. Serviço: Bloqueador de sites - NetFilter Família - www.netfilter.org/ Fontes: Iolanda Rosemary Martins, psicóloga credenciada Cabesp Childhood Brasil (Instituto WCF-Brasil) www.childhood.org.br/programas/programa-protecao-em-rede www.safernet.org.br/site/prevencao/cartilha/safer-dicas Associação Família Viva - www.portaldafamilia.org http://denuncie.org.br www.censura.com.br/ www.internetresponsavel.com.br/pais/como-proteger-seus-filhos.php 5 DOENÇAS CORONÁRIAS Bate, bate, bate coração Ataques cardíacos, insuficiência cardíaca e outras doenças coronarianas tiram milhares de vidas prematuramente. O coração é um órgão delicado e também o mais resistente do organismo humano. Nesta reportagem, o Dr. Rubens Tadeu A. Biagi, cardiologista da Auditoria Médica da Cabesp, esclarece questões importantes sobre o coração e explica maneiras de se manter em ordem esse grande aliado para uma vida saudável e longa. Cabesp +Vida – O que são doenças coronárias? Cardiologista Rubens Tadeu A. Biagi – São doenças que acometem as coronárias, os vasos que levam sangue rico em oxigênio para o músculo cardíaco. Têm como causa principal a aterosclerose (doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos). Como o diabetes compromete as artérias? O diabetes mellitus está associado ao desenvolvimento de anormalidades no metabolismo (hiperglicemia, dislipidemia e resistência à insulina) que alteram a parede das artérias, tornando-as mais suscetíveis a desenvolver aterosclerose. Controlar a pressão arterial, o colesterol, a glicemia, ter uma atividade física regular e parar de fumar são cuidados necessários para se ter uma vida longa e saudável. Como se desenvolvem as doenças coronárias? A formação das placas ateroscleróticas, que são acúmulos de lipídios (gorduras) e componentes fibrosos nas coronárias, são responsáveis pela redução do suprimento sanguíneo ao coração.Estas placas, que levam anos para serem formadas, vão se acumulando dentro das artérias, causando a obstrução das mesmas e desenvolvem-se, em grande parte, devido aos hábitos de vida do paciente. Quais hábitos de vida propiciam as doenças coronárias? Fatores como uma dieta rica em gorduras, o tabagismo, a hipertensão arterial e o diabetes, participam ativamente da formação das placas ateroscleróticas. O que é aterosclerose? É uma doença progressiva, caracterizada pelo acúmulo de lipídios e componentes fibrosos na parede das artérias (não só coronárias), que obstruem mecanicamente o fluxo sanguíneo, causando uma diminuição da oxigenação dos tecidos irrigados por estas artérias. Quais são os principais fatores de risco? Colesterol alto, tabagismo, hipertensão, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade abdominal, idade avançada, uso excessivo de bebida alcoólica e história familiar de doenças coronárias. Os hipertensos devem tomar remédio sempre? Nem sempre a hipertensão é tratada com remédio; em alguns casos a mudança de estilo de vida, com hábitos alimentares saudáveis, a diminuição do peso, atividade física regular e parar de fumar podem controlar a pressão arterial. Porém, nos casos em que a medicação é necessária, o paciente nunca poderá deixar de tomar o remédio, pois é uma doença de curso crônico e, sem o medicamento, aumenta a chance de o paciente vir a ter infarto e acidente vascular cerebral. 6 2 A hipertensão está associada a acidentes vasculares cerebrais. A que mais? Não só a acidentes vasculares cerebrais, como também a lesões em outros órgãos, como rins, olhos e coração, lesões que podem ser evitadas com diagnóstico precoce e controle rigoroso da pressão arterial. O que é dissecção da aorta? É uma condição grave na qual ocorre ruptura de uma das camadas da parede da aorta (maior artéria do corpo humano). Isso faz com que o fluxo sanguíneo, que está em alta pressão na aorta, se separe do seu trajeto normal e se acumule entre as camadas do vaso, formando um falso trajeto. A hipertensão arterial está presente na maioria dos pacientes que têm dissecção aórtica, sendo um importante fator de risco. Qual o peso da dieta nos problemas cardíacos? Fundamental. Dieta equilibrada, com redução de gorduras e doces, diminuição do sal, rica em fibras (saladas, frutas e verduras), contribui muito para controle de hipertensão arterial, diabetes e obesidade, favorecendo todo o sistema cardiovascular. Qual a importância da atividade física nos problemas cardíacos? A atividade física regular contribui no melhor controle dos níveis sanguíneos de glicose, aumenta o “bom” colesterol, diminui a pressão arterial, melhora todo o rendimento cardiovascular, incluindo diminuição do stress emocional e melhora do humor. O que é mais importante informar sobre a prevenção de doenças coronarianas? Lembro que a prevenção é eficiente e está ao controle de todos. É preciso consciência e disposição para usarmos os instrumentos a nosso favor. Controlar a pressão arterial, o colesterol, a glicemia, ter uma atividade física regular e parar de fumar, definitivamente, não são coisas impossíveis de serem feitas. Nem sempre é fácil, mas é possível e é necessário para se ter uma vida longa e saudável. PROMOÇÃO DA SAÚDE Evento leva informação ao Guarujá A 10ª edição do Espaço Saúde Cabesp aconteceu em setembro, na Colônia de Férias da Afabesp, no Guarujá, durante a Festa da Primavera. Foram três dias de atividades, em que mais de 400 beneficiários puderam realizar controles clínicos, cálculo do Índice de Massa Corporal e receber orientações nutricional e odontológica. Com a supervisão de fisioterapeutas parceiros, foram realizadas atividades ressaltando a importância de fugir do sedentarismo. O médico ortopedista da Auditoria Médica Cabesp, Dr. Décio Blecher, cativou a plateia com a palestra “Ai que dor nas juntas... Saiba mais sobre Artrites e Artroses” e chamou à atenção para os tratamentos disponíveis na atualidade para essas doenças. Foi um sucesso! É a Cabesp promovendo a saúde de seus beneficiários e conscientizando sobre a importância do autocuidado para a manutenção da qualidade de vida. Mais uma vez, o Espaço Saúde Cabesp levou informações aos associados da Afabesp, em evento no Guarujá que envolveu mais de 400 beneficiários FOTOS: Arquivo Cabesp planos cabesp DENGUE Abaixo os resultados dos planos de Assistência Direta,PAP,PAFE e FAMÍLIA relativos aos valores médios de janeiro até agosto 2012 Previna-se para um horário oficial de verão sem dengue. Reveja seus hábitos e não esqueça: •Água parada é ambiente propício para o mosquito da dengue. Não deixe água parada acumulada e ajude o Brasil a acabar com a dengue. Valores em R$ Mil ASSISTÊNCIA Fontes: CABESP PAFE PAP •www.saude.gov.br DIRETA FAMÍLIA •Jornal Brasileiro de Pneumologia – “Formas não habituais de uso do tabaco” – Viegas, Carlos Alberto de Assis13.299 RECEITA OPERACIONAL 9.825 517 1.271 •http://www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/2008_34_12_13_portugues.pdf Receita com Brasileira Contribuições 457 1.270 13.296 •Associação de Odontologia - www.abo.org.br 7.605 Coparticipação + Outras 1.392 60 1 2 Receita com Administração de Planos 828 0 0 DESPESA OPERACIONAL -27.933 -629 -1.293 -13.715 Desp. Assistencial ( Médico + Odonto ) -25.360 -552 -1.265 -12.953 Despesa Administrativa -2.573 -76 -27 -763 RESULTADO OPERACIONAL -18.108 -112 -21 -417 RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 53.036 554 127 518 SUPERÁVIT / DÉFICIT 34.928 442 106 101 RESERVA FINAL 5.126.409 48.257 11.008 36.441 BASE BENEFICIÁRIOS - UNITÁRIOS 54.323 3.202 1.168 31.748 OBS 1 - Os saldos de reserva e base de associados são referentes a agosto de 2012 OBS 2 - Em razão do demonstrativo ser em R$ MIL, podem ocorrer divergências no somatório. 0 INFÂNCIA As brincadeiras são o modo que as crianças têm de se manifestar com naturalidade, conforme suas vontades e exigências. E também a maneira de elas entrarem em contato com valores e hábitos sociais antigos e contemporâneos. Para ampliar esse conhecimento, Cabesp +Vida ouviu a psicóloga infantil Stella Maria de Aguiar Bessi. Veja o que ela diz: Cabesp +Vida – Como poderia ser qualificado o “brincar” na vida de uma criança? Psicóloga Stella Maria de Aguiar Bessi – É a atividade mais importante da criança; é o hábito essencial para ela ter uma melhor qualidade de vida e deveria ser considerado com muito mais seriedade do que é normalmente. Tem, inclusive, uma atuação terapêutica natural. O que a brincadeira proporciona à infância? A brincadeira é a linguagem da criança, a forma pela qual ela expressa seus sentimentos e se comunica com o mundo ao seu redor. A brincadeira proporciona o desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e social. Quanto mais oportunidade de brincar, mais fácil será seu desenvolvimento. Por que é importante? O bebe aprende pelo brincar a diferenciação entre o seu “eu” e o do “outro”. Ele vai se percebendo, se conhecendo, entrando em contato com seu corpo e aprendendo que existem outras pessoas, um mundo no qual está inserido; a criança desenvolve coordenação motora, habilidades visuais, auditivas, raciocínio, criatividade e inteligência; compreende como o mundo funciona e aprende que existem regras que devem ser respeitadas; a criança expressa sua angústias, representa o mundo no qual está inserida, transformando-o de acordo com suas vontades e fantasia e, desta forma, solucionando problemas; aprende a lidar com a separação, o crescer, a autonomia e os limites. Há quem acredite que a brincadeira tem perdido seu espaço físico e temporal. O que a senhora acha? Concordo e, em contra partida, o que temos presenciado é que o tempo que as crianças dispõem sem atividades, ao invés de estarem brincando, interagindo com outras crianças, é substituído por atividades como assistir televisão e, principalmente, videogames e jogos em computadores (N. da R. veja reportagem nas páginas 4 e 5). Torna-se urgente resgatar as brincadeiras tradicionais como amarelinha, escondeesconde, corre cutia, cabracega, queimada, dentre várias outras, em que a criança pode FOTO: keystone Roda, roda, roda... pé, pé, pé! exercitar aspectos de interação, tais como liberdade, escolhas, limites, autonomia, enquanto mantém uma atividade física. Qual a melhor diversão para cada idade? Respeitando sempre a personalidade e o gosto da criança, cito alguns exemplos: 0 – 3 anos: chocalho; brinquedos musicais; brinquedos de berço; móbiles; brinquedos flutuantes e livro para banho; brinquedos para martelar, empilhar e desmontar; brinquedos que emitem sons por meio de botões de apertar, girar ou empurrar; brinquedos de variadas texturas (estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato); brinquedos de montar e desmontar; brinquedos de encaixe, de empurrar ou puxar, etc. Passeios em parques infantis, lugares onde a criança possa interagir com outras crianças, se soltar e correr, se possível na terra, grama. Peças de teatro infantil. 3 – 7 anos: triciclo; carrinho grande de puxar, aviões; trenzinhos; casa de bonecas; ferramentas de brinquedo; massinha de modelar; fantoches; pandeiro, pianinho, trombetas e tambores; brinquedos de montar mais com- plicados; jogos e quebra-cabeças simples; lápis de cor e papel; livros com diferentes ilustrações; jogos de tabuleiro, pipas, carros de corrida, argila para modelar, pincel, tinta atóxica; jogos da memória e quebra-cabeças; para as maiores, bicicletas, patins, skate (sempre com equipamentos de proteção e supervisão de um adulto). Também há a necessidade de contato com a natureza e animais. 7 – 10 anos: jogos de tabuleiro; jogos de raciocínio e com regras mais complexas; quebra-cabeças; kits de profissões como mecânico, médico, iniciação científica; instrumentos musicais; leitura; bicicleta (com equipamentos de proteção); pipa; iniciação esportiva. Sempre há necessidade de brincadeiras ao ar livre e parques. 10 – 12 anos: kits elaborados de peças de construção, de química, de experimentos científicos; enigmas e quebracabeças; esportes ao ar livre; representações teatrais; jogos de tabuleiro e de cartas (principalmente os que exigem decisões estratégicas e conhecimentos adquiridos na escola); instrumentos musicais; artes plásticas; leitura. IMPORTANTE: Verifique sempre se o brinquedo escolhido é indicado para a idade da criança e se possui o selo de Segurança do Brinquedo do Inmetro. Entrevistada: Stella Maria de Aguiar Bessi é psicóloga, especializada em Psicologia Infantil, Distúrbios do Desenvolvimento, Pessoas com Necessidades Especiais e credenciada Cabesp Publicação da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo, dirigida aos seus associados. Sede: Rua Boa Vista, 293 Centro - São Paulo/SP CEP 01014-915. - Diretor Presidente: Eduardo José Prupest - Diretor de Operações: Jorge Angelo Lawand - Diretor Administrativo: Sérgio Kiyoshi Hirata - Diretor Financeiro: Getulio de Souza Coelho Disque Cabesp: 0800-722 2636. Fax: (11) 2185-1291 - Fale Conosco: www.cabesp.com.br - Fale Conosco. Edição e Produção: AMG & Editores Associados, Comunicação Integrada - [email protected] - Colaboração: Mariana Nogueira - Projeto Gráfico: Carlos Rocha - Tiragem: 29.000 exemplares. 8 O conteúdo dos anúncios publicitários é de inteira responsabilidade do anunciante, não alterando as regras estabelecidas pela CABESP quanto à cobertura, autorização, ao perfil e ao sistema de livre escolha.