diva dá um sacode na fifi!

Transcrição

diva dá um sacode na fifi!
Escrito em:31/12/2009
DIVA DÁ UM SACODE NA FIFI!
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Já que tanta gente pediu, decidi publicar aqui a cena em que a
diva Lara Romero e a fifi Eliete Queiroz se enfrentam em
“Cinquentinha”. Não sei se vocês notaram, mas ninguém dentre
os fifis mais notórios comentou a cena. Silêncio total a respeito.
Elogios, claro que não, e menos ainda protestos. Sabem por quê?
Medo de botar a carapuça!
Então, vamos lá. Curtam de novo essa foto divina da Susana
Vieira e o texto a seguir:
Eliete se adianta.
ELIETE QUEIROZ
Dá licença! Escuta Lara, nós atendemos ao seu convite,
chegamos na hora marcada... E não fica bem pra anfitriã
fazer seus convidados/
LARA
(corta, apontando em direção a Flávia) Esse caco velho e
desdentado que está aí ao seu lado nasceu no mesmo ano que
eu. Não é incrível? Porque agora ela tem 66 anos... E eu tenho
48!
O burburinho é geral.
ELIETE QUEIROZ
Peraí: ninguém tá aqui pra ouvir lorota! Lara prometeu que
ia revelar sua verdadeira idade/
LARA
(corta) Se me interromper de novo paro a entrevista e mando
todo mundo comer grama!
ELIETE QUEIROZ
(insiste) Ela acabou de dizer que tem 48 anos! Vocês hão de
convir que nem como piada/
LARA
Tenho 48 anos porque essa é a idade que aparento. Aliás,
aparento menos ainda: no máximo 45... E no teatro eu posso
fazer personagens de 35 sem maiores problemas... Pois o
público, que é quem decide a idade de suas estrelas, se for o
caso acha mesmo que tenho 35 anos... Porque acredita em
mim!
Ela se volta para os fotógrafos.
LARA
Ou será que algum de vocês discorda?
Lara ergue a saia mostrando uma das pernas...
E em resposta, os fotógrafos a cobrem com uma saraivada de
flashes... Até que ela cobre a perna de novo e lhes dirige um gesto
de enfado.
LARA
Pronto, rapazes: agora só no carnaval.
ELIETE
Ai, que ódio... A maldita conseguiu! Eu queria um close dela
toda desgrenhada... Mas é claro que o editor vai dar essa foto
aí na primeira página!
LARA
Agora, falando sério: essa questão de idade é muito relativa!
A idade física é uma coisa, a idade mental é outra! E no meu
caso particular, por conta de um desses raríssimos fenômenos
da natureza, as duas se combinam! Eu sou o que aparento:
uma mulher com corpo e cabeça de 45 anos.
ELIETE QUEIROZ
Peraí: mas há pouco não era 48?
LARA
Só pra encher seu saco vou baixar mais ainda. Uma coisa eu
garanto: sou mais nova que você, que não passa de uma
criatura espinhenta e despeitada!
ELIETE QUEIROZ
Estou aqui a trabalho, e não admito ser/
LARA
(na bucha) Insultada? Mas é o que você faz comigo! Me
insulta no seu jornal todos os dias! Se você pode emitir sua
opinião pejorativa sobre mim, então, elas por elas: eu também
posso dizer em público o que acho da sua cara feia e
deslavada!
ELIETE QUEIROZ
Eu só estou preocupada com a verdade!
LARA
Mentira! Seu problema é o despeito! É ele que te envelhece!
Você se aproveita de sua profissão, de forma desonesta, pra
tentar me destruir, porque sabe que nunca será gostosa e
poderosa como eu!
Lara se volta para os fotógrafos.
LARA
É, ou não é, rapazes?
Os fotógrafos reagem de novo com uma saraivada de flashes
enquanto Lara faz caras e bocas.
SOLTEM A PAREEEEEEEDE!
Na minha adega lá em Itaipava, quinze minutos depois da meianoite do dia 31. Cohiba e Porto dez anos pra começar o Ano
Novo: ai, ai!...
(postado no dia 06/01 às 00h22m)
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OS MELHORES DO ANO NA TEVÊ!
A lista de melhores do ano da televisão, organizada
pelo Moderador e referendada por mim, entra agora
na sua segunda edição e caminha para se tornar um
must. Tem muita gente na encolha, esperando na
maior ansiedade para saber se teve seu nome incluído
ou não... E como.
Sei que, como a do ano passado, essa lista de melhores
do Blogão do Aguinaldão vai provocar muitas
polêmicas. Mas é assim que a gente se diverte, né não?
Sendo polêmico, metido, arrogante... Mas encarando
com a maior seriedade cada trabalho que faz,
incluindo este aqui: o melhor blog de celebridades do
ano, segundo o júri especializado... Um mérito que eu
não poderia deixar de dividir com meus
comentaristas... Vocês todos.
E agora a lista: the winners are...
MELHOR AUTOR: Walcyr Carrasco (no centro da
foto acima), que escreveu Caras & Bocas, a melhor
novela do ano, depurou o seu estilo até atingir a
excelência e se firmou não apenas como um autor
estabelecido, mas também como a grande esperança do
gênero telenovelas para o futuro. Não se espantem se,
num próximo trabalho, ele chegar à novela das oito.
MELHOR DIRETOR: Wolf Maya, pelo segundo ano
consecutivo. Embora Jayme Monjardim tenha
brilhado em Maysa, foi Wolf quem mereceu o troféu,
pelo modo cheio de Som & Fúria como atacou o texto
de Cinquentinha e o transformou num dos ícones da
televisão brasileira, um Cult que será visto, revisto e
comentado como exemplo de seriado a ser seguido nos
próximos anos.
MELHOR SERIADO (ou minissérie, ou seja lá o que
for, tanto faz): Cinquentinha. Maria Elisa Berredo e
seu parceiro, cujo nome neste momento me escapa,
produziram um texto inovador, ousado, revolucionário
mesmo, cheio de energia, crítico, mas ao mesmo tempo
pleno de alegria; mostraram que é possível tratar dos
temas mais delicados sem chocar ninguém; e
trouxeram à baila um tema que a televisão aberta
aparentemente tinha esquecido, ou seja, que sua
missão é ser compreendida por todas as classes sociais,
de A a Z.
MELHOR ATOR: Tony Ramos, now and forever, por
sua capacidade de enriquecer com sua humanidade até
os textos mais triviais e corriqueiros. Cada cena que ele
fez em Caminho das Índias foi nunca menos que
memorável e, mesmo que a novela não tivesse outras
qualidades – e tinha -, só o trabalho de Tony já valia o
espetáculo.
MELHOR ATRIZ: Lília Cabral, por sua capacidade
de parecer sempre inovadora mesmo quando faz –
como vem ocorrendo em seus últimos trabalhos – mais
do mesmo. Da Amorzinho de Tieta às mulheres
complicadas dessas novelas de Manoel Carlos, sem
falar em suas passagens pelo cinema e pelo teatro, Lília
acabou de tornando uma das grandes damas da nossa
arte dramática.
MELHOR VILÃ: não teve nenhuma que merecesse o
troféu este ano... E elas fizeram muita falta. Mas como
em 2010 teremos no ar Sílvio de Abreu e Gilberto
Braga – o que é um verdadeiro luxo -, sem dúvida as
grandes vilãs retornarão à cena para delícia dos que as
adoram e torcem por elas em segredo.
MELHOR VILÃO: Carlo Berganti, de Cinquentinha,
vivido por Pierre Baitelli, embora tenha aparecido
pouco. Seu caráter vicioso, a relação altamente
suspeita com a mãe (Maria Padilha) e sua visível
intenção de assediar, cooptar e seduzir cunhados,
irmãos e primos, se desenvolvida numa segunda
temporada do seriado, graças ao visível talento do ator
vai torná-lo um vilão inesquecível.
MELHOR ESPECIAL: tem repeteco. Todos os que
foram produzidos na série Por Toda a Minha Vida.
MELHOR SERIADO ESTRANGEIRO: depois de
uma temporada em que, como o seu protagonista,
andou capengando, House retoma o posto. Ainda mais
porque, exibido aqui na televisão aberta – pelo SBT -,
ajudou a provar que, além das novelas, no futuro da
televisão brasileira também cabem os seriados.
Troféu GENTE, O QUE É AQUILO?” Marcelo Tas,
do CQC, que há 20 anos é apresentado pela mídia
como um “comunicador prodígio”, mas GENTE, O
QUE É AQUILO?
PROJETO MAIS PESSOAL: Aquele seriado chamado
Norma”, que Denise Fraga produziu com o marido.
Cruzes!
MELHOR MÚSICA DE ABERTURA: este ano não
teve nenhuma que nos falasse ao membro. A de
Caminho das Índias,que no começo era interessante,
com o passar dos tempos, de tão repetitiva nos levou à
loucura!
Troféu AI, MEU SACO”: para o excesso de intervalos
comerciais na tevê paga. É uma interrupção a cada três
minutos! Se a gente paga pra ver comerciais, então por
que é que a gente paga?
Troféu “CONJUNTO DE OBRA”: tem repeteco. Vai
de novo para a Rede Globo, que continua a ser,
disparada, a emissora que produz mais e melhor na
televisão brasileira, e a cuja prateleira de troféus foi
acrescentado um Emmy por Caminho das Índias.
Aliás, por falar em Caminho das Índias eu vos digo:
aqueles cenários, figurinos e adereços requintadíssimos
foram produzidos em apenas seis meses?!... Mas nem a
Hollywood dos tempos áureos conseguiria fazer isso.
REVELAÇÃO DO ANO: foram três, todos
incrivelmente jovens e promissores. Tatyane Goulart,
que já tinha sido uma inesquecível Emília do “Sítio do
Picapau Amarelo”, Pierre Baitelli e Rafael Cardoso,
todos de Cinquentinha. Eles me fizeram pensar como
seria bom ter um trio de protagonistas adolescentes
numa das minhas próximas novelas.
MELHOR PROGRAMA DOMINICAL: como
escolher outro senão ELE? Gordo ou magro Faustão
ganha de novo.
MELHOR REVISTA DE VARIEDADES: esse troféu
não tem ganhador, porque ninguém o merece.
MELHOR APRESENTADOR: bastou o Big Brother e
Pedro Bial mereceu o bis. Mas, sem querer parecer do
contra, achei meio confuso aquele programa dele que
estreou neste final de ano na televisão a cabo.
MELHOR APRESENTADORA, repito o que já falei
ano passado: é a Luciana Gimenez, estúpido!
Troféu “FUI!”: a tão apregoada guerra pelo primeiro
lugar de audiência. Até Tropa de Elite levou porrada
de Cinquentinha, e a Rede Globo continuou imbatível.
O Capitão Nascimento brochou, gente!
MELHOR COLUNA DE TEVÊ: não é uma coluna, é
um site inteiro: o R7, lançado em meados deste ano
pela Rede Record. Apesar do excesso de colunistas
Fifis, tem um mérito - o de não se dedicar apenas aos
produtos da Casa e encarar o veículo sobre o qual
escreve como um todo. Além disso tem o Miguel
Arcanjo Prado, um grande jornalista, nos seus
quadros.
Troféu “C* DE BÊBEDO NÃO TEM DONO”: para
Marília Gabriela e Ângela Vieira, na cena de
Cinquentinha” em que a primeira sai de baixo de um
lençol nua e ainda meio bêbeda e pergunta: “onde é
que eu estou?” E então Ângela Vieira sai de baixo do
mesmo lençol e lhe diz: “na minha cama!”.
Prêmio ELSA MAXWELL (não sabe quem foi?
Procure na Wikipedia): para Daniel Castro, do R7.
MELHOR CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIA
DA TELEVISÃO BRASILEIRA: André Bernardo e
Cíntia Lopes pelo livro A Seguir, Cenas do Próximo
Capítulo, no qual eles reproduzem histórias contadas
por dez autores de novelas sobre o trabalho que fazem.
Prêmio ODEIO ESSA MULHER! Pros alunos daquela
faculdade paulista que quase lincharam a coitadinha
da Geisy só porque ela gostava de se exibir. Resultado:
ela está faturando os tubos graças à notoriedade, e eles
continuam freqüentando uma universidade de quinta
categoria. Que coisa horrorosa!
MELHOR SITE SOBRE TELEVISÃO: alguém aí
sugere alguma coisa? Este ano não teve nada que me
falasse ao membro nesta categoria.
Troféu “DECIFRA-ME OU TE DEVORO”: Viver a
Vida.
Troféu “LINDINHA DO ANO”: Aline Moraes, que
mesmo paralítica é ao mesmo tempo ótima atriz... E
lindona!
Troféu “CHEGUEI E ARRASEI”: Susana Vieira,
Marília Gabriela e Betty Lago em Cinquentinha.
Gente, aquilo não são apenas três mulheres sexies e
três grandes atrizes. São três verdadeiros furacões!
Claro que uma delas devia ter levado o prêmio de
Melhor Atriz aqui do blogão. Mas como escolher uma e
deixar as outras duas de lado?
MELHOR CANAL DE TEVÊ ALTERNATIVO: o
HOT... Porque só tem intervalos comerciais depois do
orgasmo.
Troféu “IRRITANDO RAFAELA MAMBABA”: para
o pessoal que diz ter adorado Som & Fúria, embora
não tenha visto mais do que cinco minutos do seriado.
Foi bom, sim, foi maravilhoso... Mas não foi feito para
a televisão aberta, sorry.
Ah sim: quem é Rafaela Mambaba? Depois eu conto!
A PERGUNTA QUE NÃO QUER
CALAR
Vem cá, me diz uma coisa: “Maysa” passou às 22
horas. “Dalva e Herivelto” vai passar às 22 horas.
Então por que “Cinquentinha” foi lançada às feras às
23 horas? Acho que meu cartaz não está tão grande
assim não... E ainda querem que eu faça segunda
temporada?!...
(publicada no dia 04/01 às 21h14m)
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Escrito em:25/12/2009
SÓ DEU PRA "CINQUENTINHA"!
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CINQUENTINHA COMEÇA A CORRER MUNDO!
Ótima notícia: a TV Globo de Portugal acaba de me
ligar pra informar que "Cinquentinha" estréia lá, e no
resto do mundo, já no próximo dia 19! Assim, os
brasileiros residentes no estrangeiro, que ouviram
falar do seriado, mas ficaram a ver navios, poderão
assisti-lo ainda neste mês de janeiro. Legal, né não?
(postado no dia 30/12, às 10h56m)
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SURINAME OU MUQUIRANE?
Vem cá, se o Brasil está bem no meio da onda de progresso que o
governo e a mídia apregoam, se é a nova Land of Oportunities
capaz de barrar aquela outra do Norte que Celso Amorim, o
Ministro das Relações Exteriores, tanto odeia... Então por que
tantos brasileiros migraram para o Suriname, que é um dos locais
mais muquiranas do Universo?
O que aquele bando de “paraíbas” de todos os rincões do Brasil
faziam lá? Por que havia tantas mulheres? Aliás, não sei se vocês
sabem, mas em muitos lugares o número de imigrantes brasileiros
mulheres é maior que o de homens. Na Alemanha, por exemplo –
são dados oficiais - elas são 80% do total. Por que, de repente, as
brasileiras se tornaram tão aventureiras?
Qualé?
No caso do Suriname: se aquelas pessoas andavam em busca de
aventura, queriam viver perigosamente, então por que não foram
para o Tocantins?
E outra coisa: segundo a filosofia terceiro-mundista do nosso
governo os quilombolas são gente do bem, que merece todas as
benesses, incluindo casa, comida, pensão alimentícia, terra e
roupa lavada. Por que no Suriname eles odeiam tanto os
brasileiros a ponto de se tornarem vilões de toda essa história?
Não seria melhor se mudaram pra cá e exigirem os direitos sobre
as terras em que seus antepassados escravos se refugiaram?
Nesse momento (me responda, Ministro Celso Amorim) quem é
mais hostil ao Brasil: os Estados Unidos ou o Suriname?
E por que não invadimos de uma vez por toda aquele c* de
mundo? Assim Nelson Jobim finalmente teria a sua guerra.
Enfim: perguntas e perguntas, que a mídia tem obrigação de
responder...
Mas não responderá.
(postado no dia 29/12 às 07h52m)
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Grizelda subiu no telhado?...
A propósito da nota publicada hoje na coluna de Flávio
Ricco segundo a qual “Marido de Aluguel” não seria mais
a minha próxima novela, vai um esclarecimento:
Não é verdade que “Marido de Aluguel” tenha subido no
telhado. O que aconteceu é que o jurídico da Rede Globo
detectou alguns possíveis problemas em relação à autoria,
que precisam ser sanados.
Afinal, quinze pessoas colaboraram com o projeto e,
embora todas tenham assinado documento renunciando
aos direitos sobre ele, é preciso que haja certeza –
estabelecida juridicamente – de que isso não será
contestado. Ou seja: vou ter que me reunir com a turma
toda e mais os advogados – meus e da Rede Globo – para
acertar tudo.
Se este acerto não acontecer... Adeus “Marido de
Aluguel”, bye bye, Griselda. Sou muito pragmático
quando a essa possibilidade. Para mim, sinopse é igual a
orgasmo, a gente perde um, mas daqui a cinco minutos
tem outro.
MAS, ATENÇÃO: CASO "MARIDO DE ALUGUEL"
NÃO SE TRANSFORME EM NOVELA, DAREI POR
ENCERRADA A MINHA CARREIRA DE
GERENCIADOR DE MASTER CLASSES. NÃO FAREI
SEQUER A SEGUNDA. AFINAL, A IDÉIA ORIGINAL
DE "MARIDO DE ALUGUEL" FOI MINHA, E EU NÃO
POSSO, PELO MENOS UMA VEZ POR ANO,
INVENTAR UMA HISTÓRIA ORIGINAL E DEPOIS
DÁ-LA COMO PERDIDA... AINDA MAIS DE GRAÇA.
Sorry, quereeeeeeedos.
(publicado no dia 28/12 às 08h44m)
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Lara Romero fingindo que é Susana Vieira, e eu bancando
o rapaz modesto: quaquaquá! Somos dois pândegos... E
somos lindíssimos!
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Mal cheguei e já me encontro - como diria Hortelino
Trocaletra (personagem de histórias em quadrinhos da
minha infância mais que remota) -, diante de um diadema
retroz: como escolher os melhores do ano da televisão
brasileira e ao mesmo tempo, por uma questão de
modéstia, ignorar que CINQUENTINHA foi o que se teve
de mais inovador, ousado e revolucionário em 2009? Se eu
escrever isso e assinar embaixo todos falarão que estou
advogando em causa própria; mas se não o fizer serei
hipócrita.
Pois a verdade é que CINQUENTINHA foi isso
mesmo: o melhor programa da televisão
brasileira neste ano que está terminando. Até
mesmo os meus maiores desafetos tiveram que
engolir esse fato, digeri-lo, e depois expulsá-lo
pelo canal competente, de preferência da maneira
mais dolorosa possível.
Portanto, na minha lista de melhores de 2009 da televisão
brasileira, que ainda não está pronta e conterá muitas
surpresas, vocês já sabem: como diria o megamilionário e
filósofo nas horas vagas Joe Berardo, uma das figuras
mais interessantes do Portugal de hoje, fuck all!, mas vai
dar CINQUENTINHA nas cabeças.
Por enquanto, pra adiantar duas das minhas escolhas,
vejam a foto abaixo, no lançamento do livro DEU NO
BLOGÃO: Wolf Maya não só pagou o melhor cofrinho da
noite, como também foi, disparado e sem concorrentes
próximos, O MELHOR DIRETOR DO ANO pela
minissérie que ele dirigiu magistralmente.
O QUE VEM POR AI?
Preparo várias novidades aqui para o blogão neste ano que
em breve começa. Uma delas será uma sessão de
entrevistas... Mas só com figuras de real interesse: a
Marília Gabriela, por exemplo... Ou o Davi Vallerio.
Outra será o que chamo provisoriamente de “meus
arquivos implacáveis”: histórias pitorescas destes meus
trinta e tantos anos de televisão, durante os quais –
desculpem (outra vez) a falta de modéstia - estive sempre
na crista da onda. Uma terceira eu já estréio hoje: são os
“Diálogos Impossíveis” (vejam abaixo).
Vou estabelecer também um concurso de textículos
(atenção Ganso, não se assanhe: eu disse “textículos”)
com vistas à eleição de futuros colaboradores fixos, que
possam dividir comigo certas responsabilidades. Por
exemplo: quando for preciso elogiar um trabalho meu,
cedo a vez a um deles e assim não preciso bancar o
convencido.
Ou seja: tenho muitos planos para o ano que vem, e o
Blogão do Aguinaldão é parte importante deles... Mas não
é tudo: uma das coisas que estou preparando em grande
estilo é a minha possível entrada, como colunista fixo e
semanal, na revista QUEM Acontece. Aguardem maiores
detalhes.
E quanto à segunda temporada de CINQUENTINHA já
em abril? Este é outro dilema atroz deste meu fim de ano:
afinal de contas, eu e Maria Elisa Berredo já batemos o
pênalti, fizemos o gol e corremos pro abraço! Faço ou não
faço? Antes do fim do ano decido... E, depois de Manoel
Martins e Wolf Maya, vocês serão os primeiros a ser
informados.
Se tenho mais a contar em matéria de novidades para o
ano próximo? Tenho sim... Mas vou guardar para o
próximo post.
A incrível, fantástica e inefável Dama de Vermelho: Lady
Francisco mostra que, em matéria de bumbum, é tudo uma
questão de ponto de vista.
Sílvio Guerra e Ítalo Guerra: pai e filho, os dois saídos de uma
mesma fábrica de galãs.
DIÁLOGOS IMPOSSÍVEIS
Ricardo Linhares:
Aguinaldo, mas que camisa é esta?
Aguinaldo Silva:
Lagerfeld, meu bem. E você só está espantado porque
ainda não viu o meu sapato Louis Vuitton debaixo da
mesa...
Pano rápido!
MEU NEGÓCIO É CARNE!
Sim, tal como eu previ, tinha p´ru (é assim que os
portugueses, aquelas gracinhas, pronunciam) no jantar do
avião da TAP. Tinha também o que a aeromoça oferecia
ao pessoal da classe executiva como um simples e
modesto “peixe”; mas eu, malandro que sou, logo percebi
que na verdade não era apenas um “peixe”, mas sim um
bacalhau daqueles bem incrementados. Escolhi o “peixe” e
me dei bem, pois era o próprio, assado ao forno dentro de
uma crosta de farinha de pão, e que me soube dos deuses.
Tive a sorte de ser o único passageiro sem ninguém
sentado na poltrona ao lado... Mas a sorte durou pouco,
pois logo foi providenciado um ocupante para o local, uma
aeromoça loura e lindíssima, que dormiu a noite inteira e
até roncou feito um anjo. Parecia que, em vez de uma
poltrona de avião, ela estava num berço.
Morri de inveja dela... E lhe dei uma ou duas cotoveladas
pra ver se ela acordava... Mas que nada! E daí eu
comprovei que não é fingimento deles: essas pessoas que
trabalham lá nas alturas realmente não sabem o significado
da palavra “medo”.
Mal desci no Galeão e entrei no táxi o telefone tocou - era
uma famosa atriz a me desejar boas vindas e um feliz resto
de Natal: qual das CINQUENTINHAS era ela? Isso eu
não digo. Fui pra casa, entrei e senti a falta horrível
daquele que me esperava sempre... Ai, que saudades de
Tadeu, gente! Desarrumei minha frasqueira Prada, que é
minha única bagagem atualmente... E me perguntei:
“Qual a melhor maneira de festejar a data máxima da
cristandade?”
Imaginei uma boa meia dúzia de palestinos e a resposta
me veio quase de imediato:
“Comendo carne!”
Peguei o carro e – já devidamente acompanhado, porque
ainda é Natal, bimbalham os sinos – fui direto pra Barra
Grill, churrascaria da qual posso dizer o nome e garantir
que não estou fazendo merchandising porque lá EU
PAGO. Lá também tinha p´rus, e não eram apenas os
dos mocetões gaúchos. Mas à ave de má fama preferi as
costelinhas de cordeiro que eles sempre me fazem com
uma perícia digna de um bistrô francês.
Comi feito uma orca obesa... E não me furtei de posar
prum paparazzi que apareceu do nada e fez questão de
registrar no meu braço o presente que Papai Noel
safadamente me deu (na foto acima)... O qual, em vez de
fazer um mero e prosaico tic-tac, a cada segundo diz
assim:
“Quem pode, pode”...
Kakakakakakakakaká!
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Escrito em:21/12/2009
A GENTE É SODA COM PH!
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TODOS QUEREM RAFAEL CARDOSO
Essa foto eu tomei a liberdade de "pescar" no "site de Rafael Cardoso:
ele foi a grande revelação de galã em "Cinquentinha", e já tem gente
apostando nele para um papel importante numa próxima novela. Mas
antes ele vai brilhar em "Do Começo ao Fim", um filme polêmico de
Aluísio Abranches. Quem tirou a foto? A namorada dele. Sortuda!
___________________________________
________________________________
A FRASE DO DIA
“Desisti de dar beijo gay na televisão. Agora só
dou beijo gay em casa”.
Um cara sexy, gostosão e lindo, que tem os
cabelos mais prateados do mundo, numa
entrevista ao site G1.
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Como vocês já sabem e comentaram aqui à exaustão,
“Cinquentinha” acabou em alta. Média de 21 pontos no
horário, o que é um verdadeiro prodígio. Vitória sobre
“Tropa de Elite”, o filme que a Record lançou pra
combatê-la, o que significa que minhas “meninas”
fizeram o Capitão Nascimento dar sua primeira
brochada.
Ou seja, sob todos os pontos de vista, uma vitória.
Se eu gostei do que vi? Sim, gostei como nunca, e vos
digo: só Wolf Maya, com a luxuosa ajuda de Guilherme
Boeckel, pra dar ao nosso texto (meu e de Maria Elisa
Berredo) a agilidade e a leveza que ele merecia.
Foi ótimo quereeedos.
Assim como foram ótimos os comentários de vocês sobre
o seriado. Selecionei alguns pra fazer um rápido Vale a
Pena Ler de Novo. Leiam abaixo.
Wolf e eu: soda com PH, é ou não é?
____________________________________
É difícil não pensar numa outra temporada para
Cinquentinha. Após uma boa noite de sono, na qual
coloquei no travesseiro as impressões da série e de seu
último capítulo (ou seria episódio?), conversas do blog e
conversas com pessoas que assistiram a minissérie (ou
seriado), escrevo com mais clareza.
Não esqueço das obras que tiveram suas continuidades e
ficaram com qualidade aquém do original. Mas
Cinquentinha apresenta um diferencial. Trata-se de uma
obra que foi concebida para ser uma série, e que a direção
da Globo optou em transformar em minissérie. Projeto de
seriado que é, muitos personagens ficaram bem
construídos (não só textualmente, mas também pelas
interpretações) e despertaram em nós a vontade de vê-los
mais a fundo.
Não são apenas as três cinquentinhas que captaram nossa
atenção: há relações familiares a serem trabalhadas,
homossexualismos reprimidos a serem revelados,
chantagens a serem desenvolvidas e descobertas, um
núcleo de personagens jovens com muitos conflitos a
desenvolver, enfim, um universo que orbita em torno das
três protagonistas, mas que tem vida própria suficiente
para render vários episódios.
Parte de minha antiga opinião (contra uma segunda
temporada) devia-se ao fato de uma confusão ocasionada
pela série ter sido transformada em minissérie. Conhecido
o final (e é só aí que podemos fazer a análise do todo), não
vejo mais nenhum problema artístico em novas
temporadas. Tivesse a obra se fechado, aí sim haveria um
problema, pois “forçar” uma continuação seria muito
estranho.
Mas ainda que hoje tenha outra opinião, gosto do que
minha amiga Henriette Delforge escreveu dia desses. É
muito interessante também o apontar caminhos feito pela
dupla Aguinaldo e Maria Elisa. Só a inquietação que eles
provocaram em roteiristas da própria casa já nos dá
esperança de que outros projetos dinâmicos e modernos
surjam.
Voltando ao elenco, nesta análise geral que faço, opto por
não falar do elenco. Este grupo de atores desenvolveu um
verdadeiro trabalho de equipe, a ponto de ninguém roubar
a cena de ninguém, de modo que se eu comentasse o
trabalho de um ou outro ator, correria o risco de ser injusto
(em outra ocasião, falarei de alguns deles. Mas este
momento é do coletivo).
A agilidade necessária na direção (afinal, 23h é hora de
dormir) encontrou em Boeckel e Wolf os profissionais
certos. O casamento texto e direção se consagrou.
Ninguém quis brilhar mais do que ninguém e a total
cumplicidade que houve entre os dois autores, ocorreu
também na parceria texto-direção.
Neste ano tivemos três obras de arte na televisão
brasileira: Maysa, Som e Fúria e Cinquentinha. Obras
diferentes, tentar igualá-las seria um equívoco. Há espaço
para todos os gêneros. O que é necessário é qualidade.
Mas não se pode negar que em relação a uma das
principais necessidades da televisão (se não a maior),
Cinquentinha sai na frente: seu texto, seu ritmo, seus
assuntos atingem uma parcela muito maior de público,
num diálogo difícil de ser alcançado em TV, entre
qualidade e audiência.
Os temas fortes, sérios e necessários de serem abordados
com a sociedade, e que foram tocados em Cinquentinha,
tiveram a roupagem mais difícil de ser empregada, a da
comédia: gênero considerado menor, é ele quem
desmascara de verdade nossas mazelas, nossos problemas.
No drama, choramos catarticamente, acaba-se a obra e
pronto. Estamos aliviados, mas sem refletir. “Nada mais
triste do que o riso... Por isso, a intenção dos autênticos
escritores de comédias, quer dizer, os mais profundos e
honestos, não é, de modo algum, unicamente divertir-nos,
mas abrir despudoradamente nossas cicatrizes mais
doloridas para que as sintamos com mais força. Isto pode
ser aplicado a Shakespeare e a Molière tanto quanto a
Terêncio e a Aristófanes”. A essa declaração de Federico
Fellini, se incluo Juca de Oliveira, depois de Cinquentinha
devo incluir também Aguinaldo Silva e Maria Elisa
Berredo.
Lamenta-se apenas não termos no Brasil uma crítica
especializada em produção televisiva. Não acusemos só as
universidades públicas. Também as particulares não
possuem disciplinas de crítica televisiva. Já é passada a
hora, afinal qualquer pessoa com o mínimo de
conhecimento televisivo não tem como considerar
jornalismo crítico matérias que, ao falar de Cinquentinha,
referem-se ao trabalho como aquele em que as três peruas
interpretam a elas mesmas. No mínimo, é um equívoco de
amador, pois ainda que na vida real as três atrizes sejam
peruas, o papel de Rejane não foi escrito para Betty Lago,
o que torna essa afirmação jornalística (?) mentirosa.
Mas assim como chegamos a um texto moderno nas
minisséries, quem sabe um dia não seja criada no país uma
crítica televisiva de verdade? (Bruno Fracchia)
( Bruno Fracchia (à direita) escreveu o texto acima)
Olá, pessoal, Aguinaldo e Moderador. Depois de
assistir ao ultimo capítulo de CINQUENTINHA ontem
e ver todos os ganchos que você e a Maria Elisa
deixaram, sim Aguinaldo: o seriado, como imaginava,
tem boas tramas para uma segunda temporada. A
exemplo da empresa de Daniel, agora presidida pelos
filhos; sem falar nas próprias CINQUENTINHAS, que
rendem diversas tramas, além de situações cômicas.
Sobre os episódios, na minha opinião, eu deixo o
quarto e fico com o sétimo como o melhor. Ri muito
com aquela "guerra de travesseiros", e João Alfredo
temendo estar sendo paquerado por Carlo… Enfim,
parabéns para toda a equipe que fez de
CINQUENTINHA o sucesso que é. E agora, é esperar
pela próxima temporada. Abraço. (Luiz Carlos)
(Meg Santos - à direita - escreveu o texto abaixo)
Mestre querido, ontem estive com meus filhos para leválos a uma festa. O carro estava cheio de adolescentes e o
meu caçula de 14 anos, que na verdade se comporta como
se tivesse 18 anos, perguntou se eu sabia o que ia
acontecer no último capítulo de Cinquentinha. Eu disse
que não sabia e ele não se conformou.
Queria que eu telefonasse pra você para perguntar, pois,
ele não podia ficar sem saber. A festa era no mesmo
horário de Cinquentinha, então ele estava em cólicas por
perder o capítulo final.
Não conformado ele seguiu indagando: mãe, o Aguinaldo
colocou a Suzana Vieira pelada?!! Ela ganhou mais
dinheiro para ficar nua? E continuou: mãe, mas a Suzana
Vieira com aquela idade está muito inteira... Como ela
consegue? Pensei: ah, Gabriel... Bem que eu gostaria de
saber... Quanto às perguntas dele respondi que na verdade
a Suzana não apareceu completamente nua, mas sim sexy
ao extremo em cenas bastante calientes e de muito bom
gosto. Com relação ao fato dela ter recebido mais dinheiro
para ficar nua eu disse que não sabia, mas que a Suzana,
ao assinar o contrato para fazer Cinquentinha, estabeleceu
os valores para tal. Mestre, meu filho é louco por dinheiro,
e o mundo dos negócios o fascina. Com apenas 14 anos
compra revistas especializadas no mercado de ações, e já
decidiu que vai estudar economia.
Bem, voltando a Cinquentinha o Gabriel continuou: mãe, a
Leila Frateli apareceu peladona, e eu soube que ela tomou
um boa noite Cinderela. Conta como foi, porque eu
também perdi esse capítulo. Mestre, eu tive que contar
todo o capítulo pra ele, ao mesmo tempo em que dirigia e
estava perdida, de noite, pelas ruas do Méier com o carro
cheio de adolescentes. Gabriel não me deixou pedir
informações sobre como chegar ao local enquanto eu não
contei tudo que aconteceu no capítulo pra ele.
Imaginou a minha situação? Sem falar que ele exigiu que
os garotos ficassem totalmente em silêncio para ele poder
me ouvir. Mestre, os olhinhos dele brilhavam... Eu fiquei
pensando em você. Eu queria que estivesse presente vendo
o interesse de um garoto de 14 anos por Cinquentinha.
Interesse dele e dos outros também com idade até 17 anos.
Você tem idéia da faixa etária que Cinquentinha atingiu?
Foi, indiscutivelmente, um fenômeno. Eu tive um IBOPE
in natura do sucesso que foram suas meninas fabulosas.
Isso que estou te relatando foi apenas um pequeno
exemplo da receptividade que Ciquentinha teve dos
adolescentes. O meu filho quer assistir todos os capítulos
que eu gravei. Vou assistir junto com ele e perguntar o que
a galera dele está comentando. Bjs! (Meg Santos)
Surpresas do seriado: Bety Lago, totalmente
convincente como Rejane. Monique Alfradique se
destacando e quebrando a imagem de eterna
adolescente patricinha. Selma Egrei, que vem se
especializando em papéis sarcásticos, com simplicidade
e inteligência. Angela Vieira, que deu o tom certo, para
o personagem mais polêmico dos últimos anos. Maria
Padilha, que fez uma pequena participação, mas
mostrou que pode aprontar e muito na segunda
temporada.
Emiliano Queiroz e Maria Helena Pader, que sumidos,
deram as caras e mostraram que panela velha ainda
faz comida muito boa. Marília Gabriela e Suzana
Vieira mostraram tudo que sabem com seus
personagens feito sob medida. Minha decepção vai
para Daniela Winitz, cujo personagem histérico não
teve um propósito na trama, Dalton Vighi, que passou
apagadíssimo - o visual bicho grilo tirou todo o seu
charme -, e José Wilker, que fez uma participação de
luxo, mas sem grande destaque. (Denise)
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-------------------------------------------------------------------------------------Escrito em:13/12/2009
ELAS PODEM VOLTAR EM ABRIL!
________________________________________
A Jornalista Regina Rito (“Jornalista” assim mesmo,
com J maiúsculo) publica hoje a seguinte nota em sua
coluna no jornal O DIA:
Elenco, diretor e equipe de produção de
“Cinquentinha” foram mantidos “de prontidão” pela
direção da Rede Globo para a possibilidade de uma
nova temporada do seriado já no mês de abril de 2010.
Tudo depende da disposição do autor, Aguinaldo Silva,
que está em Portugal – ele volta ao Brasil dia 25 – e já
foi contactado pela cúpula da emissora. A propósito,
depois de uma conversa telefônica com a direção da
Globo, Aguinaldo lançou em seu blog uma pergunta e
pediu que seus comentaristas “decidam”: ele deve
fazer uma segunda temporada de “Cinquentinha” ou
não?
Não sei de onde Regina Rito tirou essa notícia.
MAS ELA É ABSOLUTAMENTE
VERDADEIRA!
Ao contrário do que escreveu no “site” R7 o jornalista Daniel
Castro (cuja vocação para “jornalista” com j minúsculo cresce a
cada dia), eu não estava fazendo “lobby”, aqui no blog quando
toquei no assunto da segunda temporada de “Cinquentinha”.
Minutos antes de escrever aquele comentário recebi um longo
telefonema da direção artística da Rede Globo, no qual ela não
apenas me propôs o trabalho, como me perguntou se seria
possível “Cinquentinha” estar de volta à telinha já daqui a quatro
meses.
Imagina se eu preciso fazer “lobby” pra ver meu trabalho
produzido... Pelo contrário, tenho às vezes que me
esconder em locais incertos e não sabidos, senão fico a
trabalhar o ano inteiro!
Portanto, “Cinquentinha” volta... Ou não volta, mas que
fique bem claro: a vontade de que isso aconteça é da Rede
Globo, e a dúvida é apenas minha.
(publicado no dia 18/12 às 07h22m)
_______________________________________
LEIAM O QUE EU DISSE AO G1!
A jornalista Dolores Orosco, do G1, fez uma entrevista tão deliciosa
comigo, que eu não resisti e peço licença a ela e ao "site" para
reproduzir aqui. Parabéns quereeeda, jornalista de verdade é isso aí!
Aguinaldo Silva estava cansado da forma como os gays eram retratados nas novelas. Segundo
o autor - homossexual assumido - a maioria desses personagens eram “pasteurizados demais”,
além de se comportarem “dentro dos padrões da classe média mais careta”.
Com a minissérie "Cinquentinha", Aguinaldo tenta chacoalhar o que chama de “corrente
positiva de gays bonzinhos da televisão”. Para isso, desenvolveu Carlo (Pierre Baitelli) um vilão
manipulador "inspirado em Joan Crawford”, e Leila (Ângela Vieira), uma jornalista de meiaidade bem sucedida, charmosa e resolvida com sua opção sexual.
No entanto o próprio autor tem uma série de "homossexuais do bem" em sua obra. Caso do
parzinho de lésbicas fofas Jennifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie), de "Senhora
do destino" (2004), e de Bernardinho (Thiago Mendonça), moço que era só ingenuidade em
"Duas caras" (2007).
Na entrevista a seguir, Aguinaldo avalia como a teledramaturgia tem “saído do armário” ao
longo dos anos e sua contribuição para a causa com "Cinquentinha".
G1 – Há dez anos, um casal lésbico foi tirado da novela “Torre de Babel” devido à
rejeição popular. Você levou em conta a possibilidade de a personagem Leila sofrer esse
mesmo tipo de má aceitação? Ou acredita que o espectador brasileiro está menos
conservador?
Aguinaldo Silva – Chamar o brasileiro de conservador, tendo em vista as roupas que ele veste
e suas atitudes públicas de absoluto exibicionismo comportamental, chega a ser engraçado.
Mas o pior é que, apesar de tudo isso, o brasileiro é conservador, sim! Por isso eu me cerquei
de cuidados ao criar Leila. Ela tinha que ser bonita, segura de si, não lembrar em nenhum
momento o estereótipo do que se conhece como “sapatão”. E tinha que ser uma atriz de
grande personalidade, como é o caso da Ângela Vieira. Acho que isso ajudou os
telespectadores a aceitá-la, sem maiores contestações. Quanto ao conservadorismo do
brasileiro, espero que algum dia Deus o tenha.
G1 – Os gays da ficção têm sido preferencialmente masculinos. Por que as
homossexuais são raras na nossa teledramaturgia?
Aguinaldo – Acho que é porque, e vou ser polêmico agora, há autores reconhecida e
assumidamente gays, e nenhuma autora que se apresente como tal (e não estou dizendo que
exista alguma dentro do armário). Os autores gays gostam de falar sobre temas que lhes dizem
mais de perto, acho que é isso. No meu caso, sou um autor devotado às mulheres, por isso
gosto de escrever, também, sobre as lésbicas. Já tinha feito isso em "Senhora do Destino",
sem que houvesse maiores problemas.
G1 – Quando você propõe personagens gays em suas novelas existe algum tipo de
recomendação da direção da emissora quanto ao tratamento? Algo como uma “cartilha
politicamente correta”?
Aguinaldo – Toda vez que digo isso noto surpresa nos meus interlocutores. Mas a Rede Globo
é inteiramente aberta a qualquer temática e não cria a menor restrição ao trabalho dos seus
autores. Claro que ela espera de nós a responsabilidade necessária a quem escreve para 40
milhões de telespectadores, e nós tratamos de lhe dar isso. Nunca tive uma única cena que
fosse cortada por parecer ousada demais aos olhos da emissora. A não ser nas vezes em que
tentei escrever o tal beijo gay, sobre o qual paira uma espécie de maldição, que eu não
entendo, mas aceito.
Os atores Ângela Vieira e Pierre Baitelli, que vivem os gays Leila e Carlo
em ’Cinquentinha’. (Foto: Divulgação/TV Globo)
G1 – Por que você decidiu incluir um gay vilão em “Cinquentinha”?
Aguinaldo – Porque os gays na dramaturgia televisiva estavam ficando pasteurizados demais.
Estavam ficando héteros! Tinham comportamento absolutamente dentro dos padrões da classe
média mais careta. Aí eu pensei: tudo bem, existem gays assim. Mas os gays, como os nãogays, não estão submetidos a nenhum padrão de comportamento. Acima de tudo, eles são
criaturas, pessoas, e cada pessoa é uma pessoa. Existem as boas, as mais ou menos, as más,
as perversas, as psicopatas... Então, pra quebrar essa corrente positiva de gays bonzinhos na
televisão, resolvi fazer um deles mauzinho. Aliás, não apenas mauzinho: péssimo!
G1 – Você acha que falta ousadia aos gays das novelas?
Aguinaldo – Acho. Mas também acho que isso é proposital da parte dos autores. Há uma
preocupação em dizer ao telespectador: vejam como eles são normais! O problema é que,
como já disse aquele famoso filósofo baiano, “de perto ninguém é normal”... Inclusive os gays.
G1 – Oscar Wilde foi uma das referências na composição do Carlo, de “Cinquentinha”?
Ele tem um jeito meio dândi...
Aguinaldo – Não, por mais incrível que pareça, para compor o Carlo pensei o tempo inteiro
nas grandes mulheres más da época em que o cinema valia à pena, ou seja, os anos 40 e 50.
Carlo está mais para Joan Crawford que para Oscar Wilde. Todo mundo sabe que Joan
Crawford, para compor suas vilãs, se inspirava nos grandes travestis da época. Portanto...
G1 – Você já declarou que as “cinquentinhas” têm muito da personalidade das atrizes
que as interpretam. Leila e Carlo também foram inspirados em personagens reais?
Aguinaldo – Foram! Foram! Foram! Mas, quem são eles, eu não vou dizer nem sob tortura.
G1 – Uma das “cinquentinhas”, a Mariana [Marília Gabriela], teve um envolvimento
homossexual. Ela sairá do armário até o final da minissérie?
Aguinaldo – Não, a Mariana sabe o que quer. Isso está resumido na frase que ela pronunciou
no primeiro capítulo da minissérie, que não é dela, e sim de Nelson Rodrigues: “as mulheres só
deveriam amar meninos de 17 anos”.
G1 – Você é a favor da aprovação da lei do “casamento gay” no Brasil ?
Aguinaldo – Sou contra o casamento gay. Mas sou a favor da união civil entre pessoas do
mesmo sexo. O que os gays querem não é casar. Querem a segurança que a união civil
proporciona aos dois parceiros. A confusão entre a união civil e o "casamento" como instituição
é proposital: é assim que a oposição aos direitos dos gays consegue paralisar o andamento
dos projetos neste sentido. Quando se fala em “casamento gay” já se imagina um cara
barbudo, vestido de noiva, entrando numa igreja de braço com outro... E aí todo mundo é
contra, sem se dar conta de que o que os gays estão pleiteando não é isso.
G1 – Toda vez que um homossexual é mostrado em uma novela ou minissérie, cria-se
expectativa em torno do “beijo gay”. Você irá mostrar em "Cinquentinha" essa cena tão
esperada?
Aguinaldo – Não. Desisti de dar beijo gay na televisão. Agora só dou beijo gay em em casa.
________________________________________
O DIA EM QUE LARA ROMERO CAIU NO FUNK!
http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1176727-7822LARA+E+RECONHECIDA+POR+BANDIDO,00.html
________________________________________
MAIS "CINQUENTINHA": SIM OU NÃO?
Queridas e queridos meus:
Desde ontem ando as voltas com uma dúvida cruel, que
preciso dividir com vocês.
A essa altura ninguém, nem mesmo a mais escrota de
todas as Fifis, consegue ignorar o fato de que
CINQUENTINHA foi um tremendo sucesso. Não só de
audiência, mas de prestígio, inclusive pra Rede Globo, que
finalmente apresentou uma minissérie - ou seriado, ou raio
que o parta - realmente adulta, moderna e contemporânea.
Graças a quem, me digam? Não, quem respondeu que foi a
mim errou. Eu dei minha modesta colaboração, mas ela
não seria suficiente sem a preciosa parceria de Maria Elisa
Berredo, a magnífica direção de Wolf Maya, os geniais
cenários e figurinos e o espampanante elenco de senhoras
do qual o Brasil inteiro está falando.
CINQUENTINHA acaba esta semana sob uma chuva de
aplausos generalizados. E minha dúvida é a seguinte:
DEVO FAZER UMA SEGUNDA TEMPORADA?
VALE A PENA CORRER O RISCO?
Quero discutir este assunto aqui com vocês. Apesar de o
blog estar com grilos de acesso – ATENÇÃO, TURMA
DO BLOGLOG, QUAL É O “POBREMA”? – gostaria
que vocês se manifestassem a respeito.
Enquanto isso vamos fazer um rápido VALE A PENA
VER DE NOVO aí embaixo, republicando três
comentários.
O primeiro, de Alexandre Ganso, o nosso querido Dr.
Riad, é sobre a apresentação de Carlo, o filho de Leonor, o
assim chamado vilão-gay da trama. Adorei a interpretação
psicológica que ele fez do modo como a bicha má se
mostra feliz ao ver o pai morto. No segundo, Davi
Vallerio, vulgo Joan Crawford, fala do mesmo assunto, de
um modo, digamos assim, mais popular. E no terceiro
Moacir Jardim fala do “safári” das Cinquentinhas no
morro, e se espanta com o fato de podermos rir de
tamanhas mazelas...
Ao que eu lhe digo: pois é, quereeeeeedo, a comédia é a
mais subversiva e perigosa das artes, e os gregos, cinco
mil anos antes de nós, já sabiam disso!
ALEXANDRE GANSO:
Aguinaldo,querido,hoje tirei o chapéu pra vc. É um
assunto delicado que mil vezes pensei se deveria escrever
ou não.Vou escrever sim... talvez um pouco
cauteloso.Fiquei boquiaberto com a maneira como vc
retratou a frieza... o triunfo... a ’vingança’... enfim, o
sentimento interno de satisfação com que Carlo vê seu pai
tombado, acabado, finalizado, morto! Uma das gêneses,
talvez a principal, de construir um ser humano perverso é
justamente essa: a mãe delega ao filho ainda imaturo o
papel de seu marido... dá a ele o papel que seria do pai...
atribui precocemente ao filho o ’falo’ ( o poder) paterno...
A mãe desmoraliza o pai e faz do filho ’psiquicamente’ o
seu homem!... O filho,então, internaliza psiquicamente o
discurso denigritório, desmoralizante, difamatório, da mãe
em relação ao pai. O pai, além de ser ausente fisica e ou
psiquicamente, passa a ser um inimigo... um monstro a ser
’assassinado’. Digno de ser ’humilhado’!... Essa cena é
uma aula... digna de ser apresentada em qualquer
Sociedade Psicanalítica no mundo para ser discutida,
debatida.. e ser entendida a formação de um psicopata... de
um perverso...alguém do mal. veja bem: independe da
sexualidade vigente do ’psicopata’. AGUINALDO, vc não
imagina a aula que vc deu hoje! PARABÉNS!
DAVI VALLERIO:
GENTE O QUE E A BEE DO MAL? CHIQUERRIMA!!!!!
ADOREI! PQ AS PESSOAS MAIS CHIQUES SAO
BRANQUELAS OU A GRACE JONES? NAO TEM MEIO
TERMO, NAO TEM BRONZEAMENTO ARTIFICIAL... DÁ
ATE MEDO DELA, PARECE UMA VAMPIRA...TOMARA
QUE ELA TOMBE HORRORES AS PRIMINHAS CAFONAS...
E AINDA VAI CATAR O BOY DA FEIJAO FRADINHO...
CERTEZA.
MOACIR JARDIM:
PAUSA: Depois de ter assistido pelo menos 10 vezes a CENA da
LARA no baile FUNK... ATACADA DE GLAMUROSA;
RAINHA DO FUNK.... respirar: LITERALMENTE ROLEI NO
CARPETE DE TANTO RIR. GENTE, qué que é aquilo:
“DONA LARA, COMO É QUE CHEGOU AQUI?”
“A PÉ, VIM A PÉ, PORQUE NO MORRO NÄO TEM
ELEVADOR, ESCADA ROLANTE, BONDINHO, NÄO TEM
NADA! IGUAL À CORÉIA.”
“DO NORTE OU DO SUL?...”
Gente que COISA, do lado os pneus acessos para o
MICRONDAS, imaginar que a gente pode rir literalmente de uma
COISA assombrosa destas.. QUE CABECA para colocar um
TEXTO destes!
MAS A LARA NO FUNK foi tudo, coloca repeteco Aguinaldo,
talvez num FORRÓ de posto de Gasolina... ouvindo Rio Negro e
Solimöes ou dançando Frank Aguiar, Morango do Nordeste!
________________________________________
"CINQUENTINHA": MINHA PROVA DE ARTISTA...
“Enquanto me movo, graciosamente espero, rumo à porta
sobre a qual está escrito a palavra SAÍDA...” (Gore Vidal)
Na porta do céu, à espera que São Pedro apareça e me
faça a pergunta fatal: “prove que foi um roteirista de
verdade!” E aí eu lhe entrego o DVD com o quarto
episódio de “Cinquentinha”
______________________________________
...OU: É ASSIM QUE SE ENTRA NO OLIMPO!
Assisti o quarto capítulo de “Cinquentinha” no sábado à
noite, pela Globo.com, junto com uma seleta platéia de
portugueses. Ao final, um deles comentou:
- Você faz a vida parecer horrivelmente engraçada!
Após o que foi até a mesa do bufê e se serviu de uma boa
dose de fatias paridas.
Fatias paridas, vocês sabem, são as nossas populares
rabanadas. Aqui como aí elas são obrigatórias em todas as
mesas nesta época pré-natalina. Enquanto o meu
interlocutor português saboreava as suas, perguntei aos
outros o que tinham achado de meu trabalho. Cada um
deles fez um resumo crítico, mas nestes a expressão
“muito gira” foi a mais ouvida.
Assim como as fatias paridas, o “muito gira” - que poderia
ser traduzido para o nosso vernáculo por “legal, cara” - é
uma saída para quem não quer se comprometer com
excessos gastronômicos ou dramaturgia da pesada.
E isso é o que é “Cinquentinha”: dramaturgia da pesada.
Um prato daqueles que, devidamente degustado, dispensa
a sobremesa.
Se eu chegasse no céu amanhã e São Pedro, antes de me
deixar entrar, me pedisse uma prova de que eu fui mesmo
um roteirista de televisão, eu lhe entregaria o DVD
daquele quarto capítulo do meu seriado... E duvido que ele
conseguisse sair da frente do monitor antes de vê-lo até o
fim... E repetir a dose só pra ver Betty Lago dizer de novo:
- Ih! Me mijei toda!
Pois – e me desculpem a presunção, mas não estou aqui
pra bancar o modesto – aquele quarto capítulo de
“Cinquentinha” foi a minha tese de pós-graduação, a
minha prova de artista. Depois dele posso simplesmente
me aposentar, ainda mais porque minha parceira Maria
Elisa Berredo, cujos dedinhos sujos de tinta Parker
também ficaram lá marcados, poderia perfeitamente
continuar com o jogo de bola.
Mas não, meus queridos fãs, não cortem os pulsos de puro
desespero, tenham calma... Porque a palavra
“aposentadoria” não faz parte do meu vocabulário... Ainda
mais agora que o INSS deixou de pagar aquela a que eu
tinha direito e nunca mais me deu satisfação nenhuma.
Já que, sem os 1200 paus que o INSS me dava de esmola,
estou ameaçado de morrer de fome, vou continuar
escrevendo sim.
Porque, tenho que vos confessar, o ato de me colocar
diante do computador como faço agora, e escrever umas
poucas e mal traçadas linhas, é sempre o momento mais
gratificante da minha pobre vida.
Vida que, não só a minha como a de todos (sim, o meu
convidado português tem toda razão), eu acho
horrivelmente engraçada. Como não ver uma profunda
ironia no fato de Rejane (a personagem de Betty Lago) ser
até hoje uma consumidora de maconha, se mijar toda
depois de queimar um charo, e ao mesmo tempo ter que
condenar sua neta querida por se deixar seduzir pelo
traficante da esquina?
A vida é feia e é bela, é triste, mas é também
horrivelmente engraçada... E está pulsando como poucas
vezes na televisão brasileira em “Cinquentinha”. E isso,
claro, não é apenas mérito meu, mas de todos os que se
empenharam pra lhe dar este grau de excelência, ou seja: a
equipe inteira.
Se esta conjugação de esforços valeu a pena? Sem
nenhuma dúvida. Fizemos a audiência do horário subir
quatro pontos. Fomos os primeiros no Ibope nestes quatro
dias, isso apesar de a Record lançar mão da sua bomba de
sucção e vácuo, seu exocet, seu armadin mijada: o filme
“Tropa de Elite”, que ela vinha guardando a sete chaves
para o dia em que sua audiência estivesse ameaçada.
Dezenove a dezessete foi o placard final pra
“Cinquentinha”, diante do que podemos dizer que o
Capitão Nascimento finalmente deu uma bela de uma
brochada.
Kakakakakakakakakaka! Uma vitória como essa nem
mesmo o Mastercard paga.
Agora é atravessar a última semana, partir pro abraço e
dizer como arremate que foi horrivelmente engraçado... E
também foi divertido pra caramba!
INSTANTE CASA COR EM LISBOA!
Instante Casa Cor: só pra que vocês tenham uma
idéia, flagrantes tirados na minha nova casa em
Lisboa, ainda em fase de montagem. Nas três primeiras
fotos abaixo, detalhes da sala. Na última, o meu futuro
escritório. É nele que vou escrever o começo de
MARIDO DE ALUGUEL: no maior clima!
________________________________
Ah sim: e quanto ao fato de ter ficado deprimido com
a terceira temporada de “Brothers and Sisters”? Na
próxima atualização do post eu explico.
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Escrito em:5/12/2009
EU TAMBÉM TENHO CINQUENTINHA!
_________________________________
O colunista Paulo Roberto Moreira, do Jornal do
Brasil, publicou a minha entrevista abaixo a
propósito de “Cinquentinha”. Gostei, e peço licença
a ele para reproduzi-la aqui. Para ilustrá-la, escolhi a
foto acima, na qual vocês poderão constatar que eu
também tenho cinquentinha: dá pra acreditar?
Vamos à entrevista:
Fã das séries americanas, o autor Aguinaldo Silva
concebeu Cinquentinha para fazer sua estréia no gênero. A
Globo, porém, promoveu a obra à categoria de minissérie.
Apesar disso, o autor continua achando que sua trama é
um típico seriado. Para criar a história das quatro
mulheres que disputam metade da fortuna do ex-marido,
ele assistiu, com olhar atento de admirador e estudioso, a
sucessos como The Sopranos. Sem modéstia, Aguinaldo
afirma que Cinquentinha “faz a mesma linha” de Brothers
& Sisters, a sua série preferida no momento. Nesta
entrevista, ele conta como surgiu a história, minimiza os
problemas de escalação do elenco e aposta no sucesso de
audiência.
O que o levou a fazer “Cinquentinha”?
Depois de ver, com olhos de estudioso, a maioria dos
seriados americanos lançados em DVD nos últimos três
anos, decidi que já podia me exercitar no gênero, que,
vamos ser francos, é muito maltratado aqui no Brasil. O
que temos no ar não são seriados e sim arremedos. Eu
queria fazer uma coisa que pudesse ser considerada
realmente do gênero. Foi para isso que planejei
Cinquentinha.
Você escreveu pensando em fazer uma série, mas a Globo a
transformou em minissérie. Foi melhor essa mudança?
Continuo a ver Cinquentinha como um seriado. É isso que
ele é, e é isso que vai ao ar: um seriado que, em vez de ser
exibido uma vez por semana, será exibido quatro vezes
por semana, durante duas semanas, até acabar a
temporada inteira. Ou seja: não importa que classificação
lhe dêem. Chamam-no de minissérie talvez por razões
mercadológicas, sei lá... Mas Cinquentinha é o que é: um
seriado. Tanto que, se quiserem fazer uma nova
temporada ano que vem - e há muitos boatos nesse sentido
- isso será perfeitamente possível.
Como fã de séries americanas, você se inspirou especialmente
em alguma? Qual a sua preferida?
Neste momento, a minha preferida é Brothers & Sisters.
Estou vendo aqui em Lisboa a terceira temporada, porque
só vejo os seriados quando eles saem em DVD, pois assim
posso estudá-los melhor. Betty, a feia também é muito
interessante, assim como Rockefeller 30. Acho Damages
barra pesada demais, com Glenn Close fazendo cara de
quem está no meio de uma tragédia grega... E acho que os
seriados neste momento estão num período de baixa. Não
há nada que possa se comparar ao supremo The
Sopranos, ou mesmo à primeira temporada de Deadwood.
Por falar da família, ou seja, dos relacionamentos
familiares e do fato de que a família é a assim chamada
célula mater, ou seja, a base de tudo, eu diria que
Cinquentinha faz a mesma linha que Brothers & sisters.
Desde o início, você disse que as protagonistas seriam
Susana, Marília Gabriela e Renata Sorrah ? depois entrou
Marília Pêra, que desistiu e foi substituída por Betty Lago.
Escreveu para elas? As três personagens refletem o humor, a
vaidade e o temperamento de suas intérpretes?
Sim, mas muito vagamente. Eu diria que as três
personagens personificam alguns estereótipos,
valorizados pela mídia, relacionados com as três
atrizes. Foi divertido usar esses estereótipos criados
e alimentados pela mídia de celebridades e recheálos de humanidade, ou seja, transformá-los em
personagens de carne e osso. E as atrizes
entenderam o que eu estava fazendo e embarcaram
de imediato.
A minissérie teve problemas de escalação de elenco.
Como você encarou o fato de Renata, Reynaldo
Gianecchini e Tarcísio Meira não terem aceitado o
convite para os papéis? Ficou chateado?
Ah, meu Deus! Essa pergunta de novo?! A formação de
um elenco é um processo de negociação que dura meses!
Fulano quer, mas tem um filme; Beltrano não quer agora,
mas gostaria de fazer daqui a dois meses; Cicrano está
reservado... Tarcísio Meira trabalhou nas minhas duas
últimas novelas e, quanto a Gianecchini, já ia fazer um
vilão na novela de Silvio de Abreu, e não podia fazer
outro. Dois ou três não puderam fazer, dezenas brigaram
para fazer, e no fim um elenco de arrasar estava formado.
E a desistência de Marília Pêra depois de já ter gravado
algumas cenas? Você a chamaria de novo para uma novela?
Eu só responderia a essa pergunta se pudesse dizer
alguma coisa de nova. Mas ela já me foi feita pelo menos
100 vezes e eu respondi... Até descobrir que estava me
repetindo. Isso aconteceu há tanto tempo! Já nem me
lembro direito como foi, por isso não respondo.
Além da disputa de quatro mulheres pela herança de
um homem, você pretende chamar a atenção na trama
para algum tema específico?
Vários. Mas como a minissérie estréia depois de
amanhã, prefiro que o próprio telespectador
identifique esses temas e os discuta se for o caso.
Se “Cinquentinha” tiver uma continuação em 2010,
você está preparado para escrever os novos episódios
ou vai passar a bola para a Maria Elisa Berredo (coautora)?
Pelo menos o primeiro episódio eu escreveria, e
faria a supervisão dos outros. Além de Maria Elisa
Berredo, o ideal seria formar uma equipe de
roteiristas que, como ela, estejam afinados com a
minha concepção do que seja um seriado.
Qual a sua expectativa de audiência?
Duas semanas antes do Natal, às 11 horas da noite? Bem,
as pessoas chegarão do shopping, das compras de Natal, e
aí ligarão a TV e verão aquele programa com aquelas
mulheres divinas e engraçadíssimas. Por isso, a minha
expectativa de audiência é: vai ser um sucesso!
http://www.jblog.com.br/tvcom.php
(postado no dia 10/12 às 08h24m)
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É HOJE: "CINQUENTINHA" NAS PARADAS!
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Pois é, chegou a hora da estréia de CINQUENTINHA... E
aí vocês me perguntam:
“Está nervoso, querido?”
E eu respondo: porra nenhuma! Eu sou um matador, gente.
Capaz de, meia hora antes de uma estréia, deitar e dormir
vinte e cinco minutos só pra ficar mais relaxado. É claro
que espero qualquer coisa: alta ou baixa audiência, boas
ou más críticas, uma invasão de fakes aqui no Blogão a
dizer que não passo de um merda, quebrar o recorde das
minhas notas zero na coluna da Patrícia Donut... Mas
podem estar certos de que nada disso me deixará
perturbado.
Sabem por quê?
Porque escrever CINQUENTINHA foi o
meu “Yes, we can!”; foi um belo de um
presente que dei a mim mesmo... E
também à Rede Globo, pois foi o melhor
texto que já produzi para a emissora,
embora – fazer o quê? - ela nem tenha se
dado conta disso.
E também porque em CINQUENTINHA consegui reunir,
mais uma vez, um bando de amigos: Wolf e Bockel na
direção, Maria Elisa Berredo na co-autoria, Beth Filipecki
(maravilhosa!) nos figurinos, Susana, Marília, Wilker,
Dalton... E mais uma pá de gente com quem eu nunca
tinha trabalhado, e que passa a fazer parte do meu time de
preferidos: Betty Lago, a divina Maria Padilha, de quem
eu achava que nunca ia chegar perto, a maravilhosa
Danielle Winitz, Bruno Garcia, Luiz Mello... Sem falar
nos meninos: Rafael Cardoso, Ítalo Guerra, Tatyane
Goulart... E Monique Alfradique uma das mais belas e
talentosas atrizes da nova geração. Sim, tem também a
Daniele Valente com aquele jeitinho de loura tímida, que
se revelou diante dos meus olhos pasmos nada menos que
uma sommelier profissional, ou seja, uma especialista em
vinhos.
Não, eu não vou agora bancar o sexy, gostosão e lindo e
dizer que CINQUENTINHA c´est moi apenas, não...
Afinal de contas eu não sou aquele outro autor de cabelos
brancos. O que vocês vão ver logo mais é o produto do
trabalho de uma bela, azeitada, profissional e
talentosíssima equipe, portanto... Que venham as
audiências e críticas boas ou más, que venham as notas
zero e os fakes aloprados, porque nada vai me tirar a
alegria de ver no ar essa minissérie que, em nome dos que
a fizeram, eu ofereço a vocês todos.
E não esqueçam, quereeeeedos... Vejam e comentem, pois
eu só vou poder ver amanhã quando a Globo.com liberar o
episódio.
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Ah sim, e divirtam-se com a entrevista abaixo. É um
exemplo de como se pode ser fifi mas sem perder a
classe: a répórter é linda, o apresentador é simpático
e o entrevistado... Gente, que homem mais bonito é
este?!...
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ADOTE UM ARTISTA JOVEM, Ô MUQUIRANA!
Jordana Moreira (à direita): da Favela da Maré para o Bolshoi e o
mundo.
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Dois fatos: primeiro, em nenhum lugar do mundo a
formação de novos talentos, na área da cultura, dispensa
a necessidade de patrocínio. E segundo, no Brasil nós não
temos a tradição desse tipo de incentivo.
Existe o patrocínio aos atletas, por exemplo, mesmo
os de modalidades mais exóticas, como o Wind-surf.
Claro que esse patrocínio é fruto da política agressiva das
federações esportivas, e até dos próprios atletas, que
dedicam boa parte de seu tempo a tentar obtê-lo. Mas o
fato é que ele existe e, do ponto de vista das conquistas
esportivas, tem rendido bons frutos.
Quanto à arte, em nosso país ela depende, quase que
exclusivamente, da boa vontade, do talento e da sorte
daqueles que a escolheram como seu campo de atuação, e
por si mesmos vão à luta.
Para mudar esse panorama, é necessário que se
lançe uma campanha cujo lema seria:
ADOTE UM ARTISTA JOVEM. UM DIA VOCÊ VAI
SE ORGULHAR DELE.
Eu adotei uma jovem bailarina do Bolshoi, sei que ela
terá um grande futuro pela frente, e já sinto um orgulho
imenso por isso.
Portanto, você que me lê e pode, adote um artista jovem:
eu recomendo. (Aguinaldo silva)
O texto acima, escrito por mim a pedido do Ballet Bolshoi,
foi publicado no jornal da filial daquela instituição russa
no Brasil. Ela fica em Joinville, Santa Catarina, e é a única
escola do Bolshoi fora de Moscou. Lá já se formaram
dezenas de bailarinos brasileiros, e muitos estão hoje a
trabalhar pelo mundo afora.
Uma de suas alunas acaba o curso este ano: é Jordana
Moreira, uma moradora da Favela da Maré, que eu
apadrinhei depois que ela foi selecionada entre milhares de
candidatas para o Bolshoi, mas, por falta de meios, estava
prestes a desistir. Mas isso não é novidade, já contei aqui
essa história.
Jordana era um mosquitinho quando concorreu ao Bolshoi
e ganhou. Hoje é uma moça que a rígida disciplina da
dança tornou forte e decidida, como vocês podem ver nas
fotos acima. Da última vez que nos falamos ela me disse
da sua vontade mais recente, não mais de ser bailarina,
mas sim, professora de dança. Na certa para ensinar – e
encaminhar – meninas de pouca ou nenhuma chance,
como ela foi um dia.
Essas meninas precisarão de quem as patrocine. E eu
espero que os bancos, as empresas, as instituições que
gastam boa parte do seu imposto de renda com os talentos
esportivos, lembrem-se também destas pessoas que
possuem a assim chamada veia artística, mas não
encontram os meios para exercitá-la.
Neste momento exilado em Portugal, infelizmente não
poderei ir à formatura de Jordana.. Pelo menos não em
pessoa: pois lá estará o meu coração e também a minha
mente. Parabéns, querida afilhada. Muita sorte na sua
carreira. Eu a acompanharei de perto... E sempre com o
orgulho.
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E, NO MELHOR ESTILO BlogLog...
UM PORRILHÃO DE FOTOS!
Com Paulo Betti, na porta do Teatro Politeama aqui em Lisboa.
Um feliz encontro. Olhem só a cara do português na primeira
foto: o cara está me
manjando!
Flávia Alessandra toda lindinha. Por que publiquei a foto? Porque
adoro a modelo, ora!
Acima, o restaurante do Hotel do Guincho, um dos meus
preferidos na zona de Cascais. A foto do Cabo da Roca (abaixo),
o ponto mais avançado da Europa, foi feita por mim, da mesa do
restaurante, num dia de chuva, ressaca, boa comida e lautos
vinhos.
O inefável Mister Ganso, compondo a foto comigo, na noite do
lançamento de "Deu no Blogão".
E por falar em "Deu no Blogão", sabiam que desde o dia do
lançamento ele está no Kindle? Olha eu na foto já com o próprio:
gente fina é outra coisa, né não?...
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