Frecuencia Latinoamérica
Transcrição
Frecuencia COMUNICAÇÃO SEM FIO NA AMÉRICA LATINA Ano 9 - Nº 65 - Abril 2005 Edição em PORTUGUÊS Latinoamérica www.frecuenciaonline.com Melhores OPERADORAS 2005 flp_abr05_capa.pmd 1 28/3/2005, 10:41 Frecuencia Latinoamérica EDITORIAL Nº 65 Abril 2005 MATRIZ ITP Editorial 475 Biltmore Way, Suite 203 Coral Gables, FL 33134-5756 Tel: 1 305 567 2492 / Fax: 1 305 448 5067 DIRETORA & EDITORA-CHEFE Ana María Yumiseva [email protected] DIRETORA EDITORIAL Graça Sermoud [email protected] EDITORA EXECUTIVA Ana Paula Lobo [email protected] EDITORA EUA Clara Persand [email protected] Somos locos por ti, América! EDITORA MÉXICO Fabiola González [email protected] CORRESPONDENTES Argentina - Elías Tarradellas Equador - Jaime Yumiseva Peru - Marco Villacorta F CIRCULAÇÃO Carmen Burgos [email protected] WEBMASTER Danilo Bilbao [email protected] TRADUTORAS Ana Cristina Gonçalves Barbara Sipe ADMINISTRAÇÃO & FINANÇAS Carmen Luz Yumiseva ESCRITÓRIOS REGIONAIS REDAÇÃO FRECUENCIA - MÉXICO Calle Once # 102-202 Col. Espartaco Del. Coyoacán - C.P. 04870 - México D.F. Tel: 52 55 53 515302 ITP EDITORIAL - REGIÃO ANDINA Av. Eloy Alfaro 3822 y Gaspar de Villaroel Quito – Ecuador Tel: 593-22-422-568 / Fax: 593-22-424-871 REDAÇÃO FRECUENCIA - BRASIL Av. Ibirapuera, 2907 / conj. 121 Moema - São Paulo – CEP: 04029-200 Telefones: 55-11-5053-9828 / Fax: 55-11-5053-9838 IMPRESSÃO SuperGráfica EDIÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO PUBLICIDADE Pedro R Costa [email protected] AMÉRICA LATINA, EUA E EUROPA GERENTE de MARKETING & PUBLICIDADE Sara Astoul [email protected] 475 Biltmore Way, Suite 203 - Coral Gables, FL - USA Tel: 305-567-2492 EUA OESTE Jordan Sylvester [email protected] 1715 Mtn. Ridge CT NE - Albuquerque, NM 87112 Tel: 505-480-5109 ARGENTINA Edgardo Muchnik [email protected] Defensa 649 - 4º “D” - C1065 - Capital Federal Buenos Aires Tel: 15-4182-2565 ÁSIA Ben Sanosi [email protected] interAct Group 10 Anson Road - No. 11-17 International Plaza - Singapore Tel/Fax: +65 68770418 FRECUENCIA LATINOAMÉRICA circula dez vezes no ano e é distribuída às empresas e executivos do mercado de telecomunicações sem fio. Assinatura anual: Latinoamérica, EUA e Canadá: US$ 35. Europa e Ásia: 60 Euros. Brasil R$ 50. Direitos Reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta publicação sem prévia autorização da direção. As opiniões contidas na revista Frecuencia Latinoamérica refletem a posição dos autores e não necessariamente a da ITP Editorial. www.frecuenciaonline.com flp_abr05_editorial.pmd oi com uma indisfarçável ponta de orgulho que a equipe editorial da FRECUENCIA LATINOAMÉRICA concluiu a Quarta Edição Anual do TOP TEN OPERATORS. O resultado, que o leitor poderá conferir nessa edição, comprova: bons ventos sopram em nossa direção. As 10 melhores operadoras foram selecionadas através do voto direto de um seleto time de especialistas, mas não deve em função da metodologia aplicada, ser apontado como um ranking oficial. O resultado expressa a avaliação e o conhecimento dos analistas, que nos honraram com a participação no Conselho Consultivo. Motivos não faltam para comemorarmos. Em 2004, a recuperação econômica do Brasil e da Argentina influenciou o faturamento global dos fornecedores de terminais móveis. As vendas na América do Sul cresceram mais de 80%, índice muito acima da média mundial. O Chile mantém a liderança folgada na área. Na região andina, Equador e Colômbia se consolidam. No Peru, para evitar um possível monopólio, o Governo instigou a concorrência e licitou uma quarta banda. Até mesmo nos países em crise política, como Bolívia e Venezuela, os serviços móveis superaram as dificuldades. Na América Central, os investimentos em novas tecnologias e serviços só fazem ampliar a penetração da telefonia celular. É verdade que ainda temos muito por fazer. O predomínio dos sistemas pré-pagos determina uma verdadeira ginástica por parte das operadoras na busca pelo retorno financeiro. Nessa jornada, muitas vezes, o assinante paga a conta e sofre com uma qualidade de serviço aquém da expectativa. Os contratempos, no entanto, não são razões para deixarmos de nos orgulhar. Ao contrário. Até porque fortes emoções não vão faltar ao longo desse ano. Nessa edição, a equipe editorial da FRECUENCIA LATINOAMÉRICA retratou ainda dois assuntos: o eterno conflito relativo à remuneração pela interconexão de rede e a possível adesão dos países andinos ao Tratado de Livre Comércio, proposto pelos Estados Unidos. Temas polêmicos que, certamente, voltarão a estar nas páginas da nossa revista. Até a próxima! Equipe editorial Abril 2005 3 FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:19 3 ÍNDICE NOTÍCIAS NOTÍCIAS CAPA 6 AMÉRICA LATINA Desenvolvedores de aplicativos móveis traçam estratégias para ampliar a receita de dados nos sistemas pré-pagos 8 COLÔMBIA Novo presidente da Colômbia Móvil/OLA cria unidade de negócios voltada para o segmento empresarial 10 MÉXICO Maria Teresa Prieto é reeleita para a presidência da Câmara Nacional da Indústria Eletroeletrônica do País (Canieti) 12 CDMA Principais players debatem a evolução do uso da tecnologia na AL. Evento, que acontece no Rio de Janeiro, Brasil, reúne os maiores especialistas da área PERFIL 36 Em entrevista exclusiva à FRECUENCIA LATINOAMÉRICA, o secretário-Executivo da Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL), Clóvis Baptista, reconhece que, apesar da liberalização do mercado, a competição no serviço local ainda é incipiente. Para o executivo, a única maneira de reverter o cenário de operadoras dominantes na região é a evolução para o uso das novas tecnologias sem fio. Baptista também se posiciona em relação a uma possível regulamentação do serviço IP PÁGINA TOP TEN 14 OPERATORS Nunca tantas transformações foram capazes de redesenhar o cenário da comunicação móvel na região. A quarta Edição Anual do TOP TEN OPERATORS constata o impacto da telefonia celular em todos os países do continente latino-americano. Também adianta que as mudanças estão longe de terminar. Há muito por vir e, principalmente, por fazer em prol do consumidor. Qualidade de Serviços, Inovação Tecnológica, Serviços Corporativos, Produtos de Dados e Rentabilidade foram os quesitos escolhidos pela FRECUENCIA LATINOAMÉRICA para a definição das 10 operadoras que mais se destacam. A escolha foi feita a partir da avaliação de um seleto time de analistas especializados na comunicação móvel na América Latina MERCADO 30 Ausência de competição nos serviços locais, adoção de políticas de inclusão digital e adequação legal aos serviços convergentes são desafios a serem enfrentados pelas autoridades ligadas ao setor de telecomunicações na AL 32 Quem tem razão? Adesão dos países andinos ao Tratado de Livre Comércio agita os bastidores da área CASE STUDY OPINIÃO 38 Ex-gerente geral da OSIPTEL, órgão regulador do Peru, Liliana Ruiz, diz que a adesão dos países andinos ao Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos não reprime o direito soberano de cada País andino requerer licenças, concessões ou qualquer outra habilitação de serviços PRÓXIMA EDIÇÃO Operadoras, fabricantes, provedores e desenvolvedores de serviços ligados à tecnologia promovem de 18 a 20 de abril, um encontro latino-americano para debater os rumos do CDMA e a evolução para a Terceira Geração FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_indice.pmd 4 Uma das três maiores instituições financeiras da América Latina, o Banco do Brasil sela uma parceria com a operadora Vivo com o intuito de transformar o celular num substituto dos cartões bancários ESPECIAL ANUAL BANDA LARGA SEM FIO CONFERÊNCIA CDMA AMÉRICA LATINA 4 34 FRECUENCIA LATINOAMÉRICA faz um balanço do mercado de banda larga sem fio na região. As principais tecnologias em utilização, expansão de mercado, expectativa de crescimento, tendências futuras e o desenvolvimento das ações em Wi-Fi e WiMAX na AL são temas de destaque. As polêmicas em torno da regulamentação e padronização de equipamentos também estão presentes nessa reportagem especial Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:20 NOTÍCIAS NOTICIAS Qualidade de serviços Em busca da rentabilidade, as operadoras criam estratégias para atrair o maior número possível de desenvolvedores. Na região, como o serviço pré-pago é dominante, O MERCADO DE CRIAÇÃO DE APLICATIVOS MÓVEIS AINDA É INCIPIENTE Fabiola V. González Cidade do México Agregar valor aos produtos ofertados aos consumidores. Essa é a máxima adotada pelas operadoras de telefonia móvel no mundo. Na região, o quadro não é diferente. E uma série de desenvolvedores começa a conquistar a confiança das teles, mas com o produto pré-pago dominante, as aplicações disponíveis ainda são incipientes. "É necessário que todos os interes- sados em fomentar o mercado de transações móveis tenham em mente o papel do produto pré-pago na AL. Esse segmento é a oportunidade de negócio", frisa Rodrigo Miranda, diretor Geral da unidade mexicana da MCentric, empresa espanhola especializada no desenvolvimento de serviços de valor agregado com foco na América Latina. Atualmente, ressalta Miranda, já é possível acessar informações de um ERP pelo celular, mas ainda há uma resistência cultural por parte das corporações. O alto custo dos terminais para a implementação dessas aplicações também é considerado um entrave para o negócio nas teles latino-americanas. Ainda assim, afirma o diretor da MCentric, o mercado cresce. Um exemplo é o contrato assinado entre a provedora de aplicativos e a Telefônica Móviles do México. Os assinantes da operadora podem contratar um serviço no qual a partir do celular poderão acessar e-mails, agendas e dados disponibilizados nas Intranets. Sem concorrentes Cabo de guerra O mexicano Carlos Slim Helú é o dono do dinheiro. Pesquisa da Forbes revela que a fortuna do magnata passou de US$ 13,9 bilhões para US$ 23,8 bilhões. Aos 65 anos, o dono da Telmex/ América Móvil, se tornou o quarto homem mais rico do mundo. Também é o primeiro latino-americano a ocupar uma posição no top ten mundial. Em 2003, Slim ocupava a 17ª posição no ranking mundial. A ascensão, explica a Forbes, aconteceu em função da valorização das ações da América Móvil, que aumentaram 76%, em 2004. O concorrente venezuelano Gustavo Cisneros ocupa a distante 94ª posição no ranking, com uma fortuna estimada em cinco bilhões de dólares. Numa prova de que não existe consenso entre as autoridades da área de telecom no País, o Ministério das Comunicações anunciou a edição por parte do Governo de um decreto que irá viabilizar o desenvolvimento dos programas de inclusão digital financiados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) sem, no entanto, criar um serviço público, modelo defendido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A medida foi oficializada pelo secretário-Executivo do Ministério, Paulo Lustosa. Ele adiantou que o decreto determinará as normas necessárias para viabilizar o financiamento das duas modalidades desenhadas para agilizar a adoção dos projetos de inclusão digital: forma direta (através das concessionárias de telecomunicações) ou indireta, por meio de convênios com Estados e municípios. O secretário-Executivo do Ministério assegurou que a alternativa sofreu uma análise jurídica. Não foi constatado nenhum conflito legal com relação à medida na Lei do Fust nem na Lei Geral de Telecomunicações. Atualmente o fundo reúne recursos de R$ 3,4 bilhões, a maior parte contigenciada para os cofres da área econômica. 6 FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_noticias.pmd 6 Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:20 NOTÍCIAS Ex-Telcel assume Movida Talktelecom investe R$ 20 milhões Especializada na oferta de soluções de infra-estrutura de contact centers para operadoras móveis e fixas, a empresa norte-americana estrutura uma operação na região através da abertura escritórios na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e Brasil. O reconhecimento de voz é uma das maiores apostas da Talktelecom. O diretor comercial da empresa, André Merçon, admite que o uso da tecnologia ainda esbarra na resistência cultural do latinoamericano interagir com uma máquina, mas o momento é o de investir na disseminação das soluções. "Os portais de voz, principalmente nas operações móveis não evoluíram por uso de ferramentas erradas e de estratégias confusas", destaca o executivo. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma grande usuária da tecnologia da Talktelecom é a companhia aérea American Airlines. Através da solução, o cliente da empresa interage com a máquina a partir de um menu de opções. A plataforma do Talk ePBX / IP é composta por sete módulos: PABX, URA (Unidade de Resposta Audível), discador automático, correio de voz, DAC (Distribuidor Automático de Chamadas), conferência e VoIP. Enrique J. Garcia, ex-presidente da Telcel Bellsouth, assumiu a presidência da Movida Comunicações, primeira operadora a oferecer serviços MVNO (Mobile Virtual Network Operators), no qual a carrier não possui uma infra-estrutura própria. Ela compra minutos das teles estabelecidas e depois os revende no varejo. Os planos da Organização Cisneros, dona da carrier, são ambiciosas. A intenção é atender aos 40 milhões de hispânicos que vivem nos Estados Unidos. Osorio: sem mudanças O novo presidente da Colombia Móvel/OLA, León Darío Osorio Martínez, assegurou que não planeja fazer nenhuma alteração na estratégia de atuação da tele no País. A única medida nova é a criação da vice-Presidência de Mercado, sem um titular ainda nomeado, que terá a função de estabelecer as novas práticas de vendas da carrier. A nomeação do executivo foi endossada pelos Presidentes da Empresa de Telecomunicações de Bogotá (ETB), Rafael Orduz, e Juan Felipe Gavíria, da Empresa Pública de Medellín. SALDO POSITIVO • Os investimentos estrangeiros CRESCERAM 44% NA REGIÃO EM 2004, ULTRAPASSANDO OS US$ 56,4 BILHÕES, informa a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) • O BRASIL RECEBEU US$ 18,165 BILHÕES E LIDEROU O RANKING DE INVESTIMENTOS. O México ficou em segundo lugar com US$ 16,6 bilhões. Na terceira posição ficou o Chile com US$ 7,6 bilhões. No ranking da Cepal estiveram ainda Colômbia - US$ 2,35 bilhões, Trinidad e Tobago US$ 1,8 bi, Peru com US$ 1,39 bi, Equador, US$ 1,2 bi e Venezuela com US$ 1,14 bi BRASIL MÉXICO CHILE COLOMBIA TRINIDAD Y TOBAGO PERÚ ECUADOR VENEZUELA • O resultado revela UM INCREMENTO DE APORTES NA ARGENTINA – US$ 1 bilhão – MAS O NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA NO PAÍS É UM DOS MAIS BAIXOS DOS ÚLTIMOS 15 ANOS • OS PAÍSES QUE MAIS INVESTIRAM NA AL FORAM OS ESTADOS UNIDOS, COM 21,8% DE PARTICIPAÇÃO, Espanha, com 16,3% e a Holanda, com 10,5% 8 FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_noticias.pmd 8 Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:20 CASE STUDY CRÉDITO de confiança Parceria entre Banco do Brasil e Vivo promete TRANSFORMAR O CELULAR NUM SUBSTITUTO DOS CARTÕES BANCÁRIOS VANGUARDA Fazer do celular o substituto ideal dos cartões de débito e crédito. Esse é, hoje, o serviço que demanda maior atenção dos desenvolvedores do Banco do Brasil. A intenção da instituição é lançar o produto comercialmente ainda no segundo semestre desse ano. Através dele, o correntista poderá validar uma transação comercial – seja ela tradicional ou via Web - através de uma ligação celular. Uma das possibilidades, exemplifica o vice-Presidente de Tecnologia do Banco do Brasil, Cerqueira César, é o correntista ir a um posto de gasolina para encher o tanque do carro. A proposta é que o cliente disponibilize o número do celular para o frentista, que fará a comunicação com o ban- Luiz Queiroz co da transação comercial. Em tempo real, há Brasília Tempo é subjetivo. Na área da tecnologia avançada a afirmação é ainda mais apropriada. Em 2003, as instituições financeiras acreditaram na possibilidade de inovar a oferta de serviços através da telefonia celular. Só que o resultado não agradou. As redes se mostraram inadequadas e a velocidade de transmissão de dados decepcionou. Pouco mais de dois anos depois, o cenário se apresenta absolutamente diferente. As redes móveis atuais são capazes de oferecer velocidades médias de transmissão de dados superiores, inclusive, às das redes fixas tradicionais. Com a evolução da infra-estrutura celular, o Banco do Brasil – maior instituição financeira do País e da América Latina, que obteve um lucro de R$ 3 bilhões, em 2004 – decidiu retomar os investimentos na área móvel e com uma boa pitada de ousadia. A proposta é transformar o celular num substituto para os cartões de crédito e débito. Tanto é assim que a instituição fechou um acordo comercial com a Vivo, para garantir a oferta de serviços semelhantes aos disponíveis nos caixas eletrônicos ou no Internet banking nos celulares da operadora. O vicePresidente de Tecnologia do Banco do Brasil, José Luiz Cerqueira César , informa, no entanto, que o processo acontecerá de forma gradual. Os terminais móveis vão realizar transações que não 34 flp_abr05_case.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 34 a confirmação da instituição junto ao cliente da intenção de compra. Caso a resposta seja positiva, bastará digitar uma senha para confirmar a transação comercial. “Essas etapas acontecem em segundos”, explica o executivo de TI. Cerqueira César não teme o uso da mobilidade. Segundo ele, as infra-estruturas móveis estão cada vez mais capacitadas e seguras. exijam comprovantes ou recebimento de valores. “É preciso uma melhor adequação das aplicações e do processo. Tudo é muito inovador”, destaca o executivo. Mas os clientes do BB poderão, por exemplo, realizar pagamentos, fazer aplicações financeiras e transferências de valores para outras contas correntes. A maior parte das operações online da instituição acontece nos caixas eletrônicos (55%) e no Internet Banking (30%). O diferencial, adverte o executivo, está na curva de crescimento do número de clientes contratantes de serviços pelo celular. Hoje, essa taxa já está em 3% ao mês. “A velocidade é muito maior do que a apresentada durante o período de lançamento do Internet Banking”, sinaliza Cerqueira César. Atualmente, o BB possui duas linhas de serviços disponíveis na plataforma móvel. A primeira oferece notificações e o envio de informações para clientes. Já a segunda, é o mobile banking efetivo, ou seja, permite ao correntista da instituição transferir todas as operações feitas pela Internet tradicional para o terminal móvel celular. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:19 NOTÍCIAS Prova de fogo Quarta edição do CDMA Latin América Regional Conference DEBATE O FUTURO DA TECNOLOGIA Ana Paula Lobo São Paulo De 18 a 20 de abril, fabricantes de equipamentos, provedores de conteúdo, desenvolvedores de aplicativos, operadoras e agências reguladoras discutem o presente e o futuro da tecnologia CDMA na América Latina. O evento, que acontecerá no Rio de Janeiro, Brasil, terá como temas principais o acesso universal à telecomunicação, banda larga e a expectativa de receita por parte das teles a partir da oferta de serviços avançados de voz, dados e imagens com o uso da tecnologia CDMA. O ambiente latino-americano não se mostra favorável ao CDMA. No Brasil, maior mercado da região, o GSM já contabiliza cinco milhões de assinantes a mais. Nos demais países, o quadro não é diferente. As operadoras integrantes da holding mexicana América Móvil, por exemplo, migraram suas infra-estruturas para o GSM. Unificadas em toda a região sob a marca MoviStar - com exceção da brasileira Vivo, que tem a Portugal Telecom com 50% do controle acionário – as teles dirigidas pela espanhola Telefônica Móviles ainda não têm uma definição estratégica com relação à migração ou não do CDMA para o GSM, principalmente na Argentina e no Chile. Numa tentativa de reverter o panorama, os defensores do CDMA aproveitam a quarta edição da Conferência Latino-Americana para apresentar, por meio de exemplos práticos de gigantes usuárias, as vantagens do uso da tecnologia. O evento contará com a participação dos principais executivos da China Unicom e das norte-americanas Verizon e Sprint. Outro tema que promete esquentar os debates, desta vez com os órgãos reguladores, será o uso do CDMA 450 MHz como principal tecnologia para a oferta de serviços de última geração de telecomunicações em áreas remotas e ainda não cobertas pelas operadoras tradicionais. Projetos piloto foram realizados em vários países, mas ainda não há uma definição oficial com relação à liberação ou não da freqüência. 12 flp_abr05_noticias.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 12 ATUALIDADE • A tecnologia CDMA encerrou 2004 com 240 milhões de assinantes, sendo 147 milhões usuários da Terceira Geração • Na América Latina, o CDMA somou 42 milhões de assinantes. Na Ásia, a tecnologia é adotada por mais de 105 milhões de consumidores. Já nos Estados Unidos são 92 milhões de usuários e o CDMA detém 47% do market share da telefonia móvel • Em 2008, o CDMA deverá somar mais de 370 milhões de assinantes, sendo que mais de 89% dessa base serão usuários dos serviços mais avançados da Terceira Geração Fonte: Yankee Group Brew x Java O embate dos mundos CDMA e GSM desembarcou no modelo de negócio considerado de maior rentabilidade para as operadoras: o desenvolvimento e a transmissão de aplicativos móveis. O mundo CDMA afia as garras na defesa do Brew, tecnologia criada há pouco mais de quatro anos pela Qualcomm. A mais recente novidade anunciada pela fabricante é o suporte a desenvolvedores e distribuidores BREW para a criação de jogos de comunicação móvel em 3D otimizados para os chipsets MSM™ (Mobile Station Modem™, modem de estação móvel) e Enhanced Multimedia Platform (plataforma de multimídia avançada) adequados à Terceira Geração – seja ela WCDMA ou CDMA2000. Já o mundo GSM incorporou o ambiente Java. "O Java é um elemento crítico para estimular a adoção de serviços de dados móveis nas teles que estão investindo no mundo baseado em GSM/GPRS/EDGE", destacou o presidente da 3G Americas, Chris Pearson, em informe distribuído à comunidade. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:20 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com Ana Paula Lobo, Clara Persand e Fabíola González São Paulo, Miami e México efinir o amanhã na indústria da telefonia móvel celular é uma dura tarefa delegada aos especialistas. Negócios não páram de ser fechados. Na disputa pela hegemonia, as operadoras ampliam a oferta dos serviços. A venda de terminais celulares explodiu. Foram tantos os aparelhos comercializados que, pela primeira vez, a América do Sul influenciou na performance financeira mundial do setor, mesmo com o predomínio absoluto dos serviços pré-pagos, mais adequados à realidade econômica e social do assinante da região. Pesquisa do Gartner revelou que, em 2004, a América do Sul registrou um incremento superior a 80% nas vendas, marca histórica, mas capaz ainda de ser superada, uma vez que os maiores mercados da área – Brasil, México e Argentina – ainda têm demandas a serem atendidas. E não são apenas os “grandes” que aparecem. Os demais países da comunidade latino-americana, entre eles, o Equador e a Colômbia, também sinalizam excelentes performances. Neste cenário singular, FRECUENCIA LATINOAMÉRICA apresenta a quarta edição anual do TOP TEN OPERATORS, uma seleção não-oficial das operadoras móveis que mais se desTOP TEN OPERATORS* tacam na região. A partir de critérios como qualidade de serviço, inovação tecnológica, ser• BELLSOUTH COLOMBIA (MOVISTAR) viços corporativos, serviços de dados e rentabi• ENTEL PCS CHILE (GRUPO ALMENDRAL) lidade, um seleto time de analistas da região aceitou a missão de apontar os 10 destaques na ope• MOVILNET VENEZUELA (CANTV) ração móvel celular da América Latina. Participaram do conselho consultivo o ana• NEXTEL ARGENTINA lista principal para a América Latina do Yankee • NEXTEL MÉXICO Group, Wally Swain, Marc Einstein, analista da Pyramid Research para os países andinos, • PERSONAL ARGENTINA Vanessa Larez, analista da Pyramid Research para a América Central, Alex Zago, analista da • TELCEL MÉXICO Frost &Sullivan Brasil, Sol Elliot, analista da Frost • TELEMIG CELULAR (BRASIL) &Sullivan Argentina e Ernesto Piedras, diretor Geral da consultoria mexicana Competitive • TELEFÓNICA MÓVILES GUATEMALA Intelligence Unit. O TOP TEN OPERATORS contou (MOVISTAR) ainda com a participação especial de Federico • VIVO (BRASIL) Amprimo, consultor da IDC Peru, que analisou o momento do mercado móvel no País. * Em ordem alfabética D 14 FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_top10_14e15.pmd 14 Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:22 PATROCINADOR www.evistel.com Nunca tantas transformações foram capazes de redesenhar o cenário da comunicação móvel na região. Na quarta edição anual do TOP TEN OPERATORS, FRECUENCIA LATINOMAÉRICA constata que AS MUDANÇAS ESTÃO LONGE DE TERMINAR. HÁ MUITO AINDA POR VIR E, PRINCIPALMENTE, POR FAZER EM PROL DO CONSUMIDOR www.frecuenciaonline.com flp_abr05_top10_14e15.pmd Abril 2005 2005 Abril 15 FRECUENCIA Latinoamérica Latinoamérica FRECUENCIA 8/4/2005, 19:22 15 15 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com METODOLOGIA QUALIDADE DE SERVIÇOS, INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, SERVIÇOS CORPORATIVOS, PRODUTOS DE DADOS E RENTABILIDADE foram os quesitos escolhidos pela FRECUENCIA LATINOAMÉRICA para definir a eleição das 10 operadoras que mais se destacam na região de seleção SERVIÇOS CORPORTATIVOS • NEXTEL ARGENTINA • NEXTEL MÉXICO SERVIÇOS DE DADOS • MOVILNET (CANTV) VENEZUELA • VIVO (BRASIL) QUALIDADE DE SERVIÇOS N 16 esta quarta edição Anual do TOP TEN OPERATORS, o conselho editorial da FRECUENCIA LATINOAMÉRICA e o time de especialistas convidados para participar da iniciativa estabeleceram, de comum acordo, readequar os critérios adotados para a votação e definição das 10 melhores da região. As mudanças ocorreram em função da própria evolução da tecnologia. Novas redes ampliaram a gama de serviços e produtos ofertados aos consumidores. Foi acordado que as duas operadoras mais votadas, em cada um dos critérios pré-definidos para a seleção dos analistas - qualidade de serviços, inovação tecnológica, serviços corporativos, produtos de dados e rentabilidade – seriam as escolhidas para formarem o time das 10 melhores da América Latina. Como FRECUENCIA LATINOAMÉRICA não realizou um ranking oficial, em função das metodologias aplicadas, as relações das 10 melhores e das operadoras destacadas em cada critério estão apresentadas em ordem alfabética. A intenção é a de assegurar aos leitores a isenção do trabalho realizado pelos especialistas integrantes do Conselho Consultivo e pela equipe editorial da revista. FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_top10_16-17.pmd 16 • ENTEL PCS (GRUPO ALMENDRAL) CHILE • TELCEL MÉXICO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA • TELEFÔNICA MÓVILES (MOVISTAR) GUATEMALA • VIVO RENTABILIDADE • NEXTEL MÉXICO • TELEMIG CELULAR (BRASIL) Obs: resultado obtido a partir da consolidação dos votos dos analistas de mercado participantes do Conselho Consultivo da quarta edição do TOP TEN OPERATORS Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:23 PATROCINADOR www.evistel.com Dentro da metodologia traçada pela FRECUENCIA LATINOAMÉRICA foi acertado que, no caso de uma operadora terminar sendo selecionada em mais de um critério, a tele imediatamente melhor votada no quesito no qual essa operadora já escolhida despontasse pela segunda vez, seria pré-selecionada para ocupar uma das posições do quadro TOP TEN. Para confirmar a participação, essa operadora pré-selecionada teria ainda que estar presente na lista de votação do critério qualidade de serviço – escolhido para ser o item desempate, em função de estar relacionado com o atendimento ao assinante. A modelagem de desempate se mostrou absolutamente necessária. Duas operadoras – Vivo e Nextel México – foram escolhidas mais de uma vez pelos analistas. A brasileira Vivo ficou entre as duas mais votadas nas categorias Inovação Tecnológica e Servi- ços de Dados. Já a mexicana Nextel despontou nos itens Serviços Corporativos e Rentabilidade. Na linha adotada para a apuração dos votos, a Vivo foi selecionada no item Inovação Tecnológica e a Nextel, no quesito Serviços Corporativos. Diante desse resultado, as operadoras imediatamente melhor votadas nos quesitos serviços de dados e rentabilidade, nos quais a Vivo e a Nextel México foram escolhidas, passaram a disputar as duas vagas restantes no TOP TEN OPERATORS. As operadoras passaram ainda pelo crivo do quesito desempate – o critério qualidade de serviço – para serem, enfim, alçadas ao quadro das 10 melhores. Nos parâmetros da metodologia, as teles BellSouth Colômbia e Personal Argentina foram as que apresentaram melhor performance. Tanto é assim que estão na lista do TOP TEN OPERATORS. CONSIDERAÇÕES • O trabalho realizado pela FRECUENCIA LATINOA- da adoção dessas normas, as operadoras BellSouth Co- MÉRICA não tem o objetivo de apresentar um ranking, lômbia e Personal Argentina –foram as selecionadas para mas, sim, relacionar os 10 destaques na telefonia complementarem o TOP TEN OPERATORS móvel celular na região, conforme a avaliação do time de analistas convidados para integrarem o Conselho • A votação em curso no website da FRECUENCIA (www.frecuenciaonline.com) não foi levada em conside- Consultivo do TOP TEN ração para a elaboração do TOP TEN. O resultado da enquete • O resultado final apurado foi obtido a partir da conso- será divulgado no próprio website ao final desse mês lidação dos votos dados pelos especialistas, respeitando os critérios estabelecidos pelo conselho editorial da • A grande movimentação no mercado de telefonia mó- FRECUENCIA LATINOAMÉRICA: serviços corporativos, vel celular na região determinou a criação de uma regra serviços de dados, qualidade de serviço, inovação tecno- específica. Foi decidido que todas as operadoras envol- lógica e rentabilidade vidas em processo de aquisição – BellSouth, Entel PCS Chile, Movilnet Venezuela e Telemig Celular (Brasil) – • As duas operadoras mais votadas em cada critério indi- poderiam constar da seleção, uma vez que mantêm ope- cado pelo conselho editorial foram automaticamente rações normais de atendimento ao cliente incluídas no TOP TEN • Durante a apuração do TOP TEN OPERATORS, a Tele• Como ocorreu a eleição de uma mesma operadora em fônica Móviles oficializou a integração das operações da mais de um quesito – Vivo e Nextel México – o conselho BellSouth. Ao longo desse mês de abril, todas as opera- editorial estabeleceu que o critério para complementar a doras do grupo na AL – com exceção da Vivo (Brasil), que lista do TOP TEN OPERATORS seria o de apontar as ope- tem também a Portugal Telecom como acionista (50%)- radoras imediatamente selecionadas nos itens qualidade vão atuar sob a marca MoviStar. Como o anúncio ocor- de serviço e inovação tecnológica pelos especialistas reu após a entrega dos votos do time de especialista, o conselho editorial da FRECUENCIA LATINOAMÉRICA • O quesito qualidade de serviço foi o escolhido pelo sustentou a decisão de incluir as operações BellSouth conselho editorial para ser o critério desempate. A partir no processo de seleção dos 10 destaques www.frecuenciaonline.com flp_abr05_top10_16-17.pmd Abril 2005 17 FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:23 17 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com SERVIÇOS CORPORATIVOS Topo da PIRÂMIDE NEXTEL ARGENTINA e NEXTEL MÉXICO sobressaem junto ao segmento empresarial De longe os maiores responsáveis pela rentabilidade financeira alcançada ao longo dos últimos tempos, os usuários corporativos não atingem a casa dos dois dígitos em termos de representatividade numérica na carteira de clientes das teles móveis. Por quê? Para os analistas convidados a fazer parte do Conselho Consultivo do TOP TEN OPERATORS, a resposta pode estar num erro estratégico cometido no início das atividades. Na época, as teles preferiram adequar os produtos desenhados para atrair o público convencional às demandas das corporações. Não foi formulado um plano especial. “Foi talvez o grande erro das operadoras. Elas priorizaram a quantidade, e de uma certa forma, desprezaram a qualidade do perfil empresarial.Agora são obrigadas a correr atrás”, avalia Wally Swain, principal analista do Yankee Group para a América Latina. Coincidência ou não, nos votos apurados no time de especialistas do TOP TEN OPERATORS, a única operadora que centrou todos os seus esforços no mercado empresarial despontou como favorita absoluta. As subsidiárias da Nextel Holdings no Argentina e no México foram as mais votadas no quesito serviços corporativos para formarem o TOP TEN. A analista da Frost & Sullivan da Argentina, Sol Elliot, avalia que o maior êxito da Nextel é o de criar serviços focados na demanda das empresas. Em 2004, destaca a especialista, a operadora lançou um produto representativo dessa tese: o Conexão Direta Internacional, que permitiu aos assinantes da carrier se conectarem de forma simples e via rádio, com outros assinantes da tele localizados nas filiais da região: Brasil, México, Peru e Estados Unidos,além é claro, da própria Argentina. A adesão dos consumidores foi grande. A operadora conquistou uma performance ainda melhor na parte de rentabilidade por usuário. A média de consumo por assinante ficou em torno dos US$ 40. SERVIÇOS DE DADOS Última GERAÇÃO Usuárias da tecnologia CDMA 1x e EV-DO, MOVILNET, da Venezuela, e VIVO, do Brasil, são os destaques na área de aplicativos móveis Nesta batalha, o GSM perdeu. As duas operadoras mais votadas pelos especialistas no quesito serviços de dados são as que mais investiram na evolução das infra-estruturas CDMA na América Latina. A Movilnet, da Venezuela, e a Vivo, do Brasil, apostam na força da última geração CDMA – o EV-DO, que permite a transmissão de dados numa velocidade média de 400 Kbps - para conquistar os consumidores mais exigentes e interessados em contratar serviços, considerados já de Terceira Geração. É verdade que a capacidade EV-DO das duas operadoras ainda é pequena, mas tanto a Vivo quanto a Movilnet não poupam recursos para evoluir a infra-es- 18 FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_top10_18-19.pmd 18 trutura CDMA, especialmente nas grandes cidades onde atuam. Atualmente as teles têm suas redes baseadas na tecnologia CDMA 1x, que permite uma transmissão de dados a uma velocidade de 144 Kbps. O analista responsável pelos Países Andinos na Pyramid Research, Marc Einstein, destaca o trabalho realizado pela Movilnet para impedir a disparada da rival Telcel, da Telefônica Móviles, na liderança de mercado. A Venezuela, no final de 2004, contava com pouco mais de sete milhões de assinantes na telefonia celular. A Movilnet somou 2,7 milhões e foi à luta: anunciou a intenção de comprar a Digitel, subsidiária da Telecom Itália, por US$ 450 milhões. O negócio ainda está em processo de avaliação pelos órgãos reguladores, mas caso seja aprovado levará pelo menos 1,3 milhão de novos assinantes à carteira da operadora. Na avaliação dos especialistas, ao apostarem numa infra-estrutura de última geração e reforçarem o portfólio de aplicativos móveis, Movilnet e Vivo se preparam para disputar com a Nextel, a preferência do usuário corporativo. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:23 PATROCINADOR www.evistel.com INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Antenas LIGADAS TELEFÔNICA MÓVILES GUATEMALA e VIVO BRASIL brilham no quesito Tecnologia Tamanho não é documento. Essa é a mensagem passada pelos especialistas do conselho consultivo do TOP TEN OPERATORS na avaliação do critério Inovação Tecnológica. As duas operadoras selecionadas – Telefônica Móviles Guatemala e Vivo Brasil – têm portes absolutamente distintos, mas foram apontadas como as mais criativas no uso das inovações tecnológicas. Recém-superada a fase de integração com a BellSouth, a Telefônica Móviles Guatemala soma pouco mais de 750 mil assinantes. O diretor Geral da consultoria mexicana Competitive Intelligence, Ernesto Piedras, ressalta a coragem da carrier em apostar na evolução do CDMA. “Ao migrar para CDMA 1xRTT, a Telefónica Guatemala provou disposição para brigar pelos assi- nantes com a rival América Móvil, usuária da tecnologia GSM. Também ampliou a possibilidade de serviços no País”, destaca Piedras. Ao final de 2004, a Guatemala possuía pouco mais de 2,5 milhões de assinantes. Em 2005, a concorrência deverá trazer um incremento de 40% no número de assinantes. Com quase 27 milhões de assinantes, sendo mais de 19 milhões já na rede CDMA, a Vivo conseguiu um fato inédito: é a única representante latino-americana a figurar entre as 10 maiores operadoras mundiais de telefonia celular. Alex Zago, analista da Frost& Sullivan do Brasil, diz que o posicionamento em prol da inovação foi uma estratégia de defesa muito bem articulada, diante da maior presença das concorrentes GSM no País. “Ao lançar produtos de última geração como os aplicativos de localização e o Vivo Avisa e o Vivo Agenda, a tele prova aos assinantes GSM que a tecnologia CDMA é capaz de oferecer os mesmos produtos”, complementa o analista brasileiro. A Vivo, mesmo que ainda de uma forma experimental, é a operadora brasileira mais focada nos projetos ligados às tecnologias Wi-Fi e WiMAX. RENTABILIDADE Lucro CERTO Na busca pela almejada lucratividade, NEXTEL MÉXICO e TELEMIG CELULAR, do Brasil, viram exemplos a serem seguidos O resultado apurado a partir dos votos dos especialistas do Conselho Consultivo nesse critério pode até surpreender. Especialmente em função da votação recebida pela Telemig Celular, operadora brasileira com pouco mais de 2,77 milhões de assinantes e com presença no Estado de Minas Gerais. Só que essa “pequena notável” está sendo disputada a peso de ouro pelas titãs Telefónica e América Móvil, através da Vivo e da Claro. Por quê? A resposta é simples. A Telemig Celular, em 2004, obteve um lucro líquido de R$ 159,6 milhões e um EBITDA de R$ 478,9 milhões, com margem de 45,2%, a maior entre todas as operadoras em atuação no Brasil. www.frecuenciaonline.com flp_abr05_top10_18-19.pmd O resultado é considerado excepcional, até porque a Telemig Celular é controlada pelo Banco Opportunity, envolvido numa série de questões legais no Brasil e nos Estados Unidos em função das ações praticadas no mercado de telecom. Até o fechamento dessa edição, a venda da operadora permanecia suspensa. Apesar dos problemas judiciais, a Telemig Celular não pára. A empresa mantém os planos de crescer 7% em 2005. Também quer aumentar o ARPU (receita média por usuário) aos patamares de 2003, quando ele ficou em R$ 35,00, um dos mais altos do País. Em 2004, esse índice caiu para R$ 32,30. A presença da Nextel México no critério rentabilidade foi quase uma unanimidade entre os analistas do Conselho Consultivo. A operadora, focada no mercado corporativo, registra o maior ARPU do País e, agora, estabelece novas diretrizes para crescer junto às micro, pequenas e médias empresas (Leia matéria “Caldeirão de Emoções” nas páginas 22 e 23). Um dos maiores segredos da operadora, de acordo com os analistas, é cativar o assinante. Tanto é assim que o índice de churn – troca de operadoras – na Nextel é o menor registrado no mercado. Abril 2005 19 FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:23 19 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com QUALIDADE DE SERVIÇO À flor da PELE ENTEL PCS CHILE e TELCEL MÉXICO premiadas pelas políticas de atendimento ao assinante Crescer e manter a satisfação do assinante. Tarefas obrigatórias das operadoras, infelizmente não cumpridas pela grande maioria. Atualmente a qualidade do atendimento é um dos pontos mais sensíveis da oferta do serviço de telefonia móvel celular na América Latina. Os assinantes podem ter perfis diferentes, sotaques distintos, mas as queixas são idênticas: falta de atenção da operadora após a aquisição do terminal, contas enviadas com valores errados, demora no prazo de reparos dos aparelhos e promoções não cumpridas. Em todos os países, as empresas de telefonia lideram o ranking de reclamações junto aos órgãos reguladores e entidades de Defesa do Consumidor. “ CONCILIAR A ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO COM AS MELHORES PRÁTICAS DE RELACIONAMENTO COM O ASSINANTE É LIÇÃO DE CASA AINDA NÃO APRENDIDA PELAS OPERADORAS DA REGIÃO Por terem tentado encontrar as melhores práticas para se relacionar com os assinantes, as operadoras Entel PCS Chile e Telcel México foram as eleitas pelos especialistas do TOP TEN OPERATORS como as de melhor desempenho no critério qualidade de serviço. As duas operadoras, destacam os analistas, se não conseguiram realizar todos os pleitos, ao menos tentaram não criar diferenças no atendimento dos clientes de maior e menor poder aquisitivo. 20 flp_abr05_top10_20.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 20 Razões de orgulho não faltam para Entel PCS e Telcel México, mas observam os analistas, as operadoras precisam ficar atentas. Qualquer deslize será fatal num momento de competição tão acirrada. Mesmo sendo grandes consumidores dos sistemas pré-pagos, de menor rentabilidade para as operadoras, os assinantes da telefonia móvel celular na América Latina são exigentes e reclamam os seus direitos. “Recursos que seriam considerados como acessórios para aparelhos de pontas, como as telas coloridas, foram rapidamente migrados para os terminais de preços baixos. E não haverá como ser diferente. O usuário descobriu a tecnologia”, observa Marc Einstein, analista da Pyramid Research. SINAL DE ALERTA No Brasil, por exemplo, a qualidade de serviço chegou num ponto considerado crítico. Em pouco mais de dois anos, a base de assinantes pulou de 35 milhões para mais de 65 milhões. Nunca se consumiu tanta telefonia celular como agora, mas o volume de queixas também aumentou em progressão geométrica. Num período de 12 meses, as reclamações no call center da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ultrapassaram a casa dos 40%. Com tantos usuários insatisfeitos, o órgão regulador brasileiro decidiu tornar público um ranking mensal com a relação das piores operadoras em atividade no País. Na Argentina, onde o mercado móvel apresentou resultados expressivos no ano passado, as operadoras de telecomunicações também fizeram feio. No ranking das piores prestadoras de serviços do País, elas brigaram pelos primeiros lugares. Cansada das reclamações dos usuários, a Subsecretaria da Defesa do Consumidor recorreu à Justiça para pedir o fim da publicidade enganosa realizada por parte das operadoras. O pior é que nenhuma das teles móveis escapa das reclamações: CTI Móvil, Telefónica/Unifon, Movicom (BellSouth) e Personal se revezam no ranking das queixas. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:23 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com Caldeirão de EMOÇÕES Num ambiente de forte concorrência, OS PRINCIPAIS JOGADORES DO MERCADO MEXICANO DEFINEM SUAS TÁTICAS para conquistar a preferência do usuário Fabíola González Cidade do México E m ebulição. Assim se pode definir o status atual do mercado móvel no País. Decepcionado com a falta de competição na telefonia fixa, o assinante recorre aos serviços móveis para suprir as necessidades de comunicação. Não á toa o segmento de telefonia celular registrou, conforme dados divulgados pela empresa de pesquisa Seleta, um crescimento de 39% na receita em dólares em 2004. A “guerra” entre os principais jogadores – Telcel, Telefônica, Nextel, Unefon e Iusacell – está declarada. No embate, as três primeiras reúnem vantagens que as colocam como principais candidatas às maiores fatias desse bolo tão cobiçado. FRECUENCIA LATINOAMÉRICA aproveita o TOP TEN OPERATORS para revelar a visão estratégica dos principais jogadores mexicanos em 2005. NEXTEL: À CAÇA DE CLIENTES RENTÁVEIS Por meio de planos tarifários ilimitados no consumo de tempo conectado à rede telefônica e de uma nova e simplificada oferta tarifária, que traz vantagens nas chamadas de longa distância e no recebimento de chamadas, a Nextel mantém a estratégia de focar a atenção no cliente de maior poder aquisitivo. O modelo se mostra vencedor. Em 2004, a companhia ampliou em 30% o 22 FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_top10_22e23.pmd 22 valor pago pelos clientes. Até o momento, a empresa registra no México um ARPU (receita média por assinante) de US$ 77, o maior da AL. O diretor de Marketing da Nextel México, Victor Tiburcio, revela à FRECUENCIA LATINOAMÉRICA que o churn – troca de operadoras – caiu de 2,1%, em 2003, para 1,8%, no final de 2004. “É a nossa maior prova do nível de satisfação dos usuários”, comemora o executivo. Este ano, um dos planos prioritários da empresa é reforçar a cobertura no território mexicano. “O Canadá também está prestes a ser liberado (para nossos clientes), o que significa que conectaremos mais 15 milhões de empresários com um único clique no telefone”, antecipa Tiburcio. O desafio maior da provedora é o de crescer junto ao mercado de pequenas e médias empresas (SMB). “Estamos buscando os meios para gerenciar de forma mais eficiente o risco de crédito, mantendo as métricas de rentabilidade no patamar mais alto possível”, comenta Tiburcio. Para reforçar essa linha de atuação, a provedora deflagrou uma iniciativa histórica: montou uma rede de canais de vendas para atender ao SMB e também ao mercado residencial. Neste último, admite o diretor de Marketing, a expectativa é conquistar os usuários descontentes com Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:24 PATROCINADOR www.evistel.com o padrão de qualidade dos serviços prestados pelos concorrentes da telefonia fixa e móvel. QUEM É QUEM POSICIONAMENTO TELCEL: LIDERANÇA ISOLADA FATURAMENTO 2004 Dos 28,8 milhões de usuários da Telcel (operadora da América INVESTIMENTO Móvil, controlada pelo magnata PARA 2005 Carlos Slim, da Telmex), mais de MODALIDADES 27 milhões são clientes do sistema REDES pré-pago. Essa característica pode explicar o porquê de a empresa não SERVIÇOS DE DADOS alcançar os níveis de ARPU da Nextel (totalmente posicionada no modelo pós-pago), apesar de ser a Informação fornecida pelas empresas, com líder no mercado. Mas dentro do dados do final de 2004 nicho pré-pago, a Telcel registra um ARPU altamente competitivo. Com 15 anos de atuação, a Telcel lidera o segmento com ampla vantagem, mas não está satisfeita: a meta é ampliar ainda mais a distância em relação ao concorrente mais próximo, a Telefónica Móviles, subsidiária da Telefónica de España. “Embora alguns até considerem que o mercado mexicano esteja saturado, na verdade estamos diante de um nicho que não está engessado. O trabalho em desenvolvimento é para aumentar nossa participação de mercado” comenta Patricia Ramírez, gerente de Comunicação Corporativa da Telcel. Atualmente a Telcel conta com a maior cobertura no País: a infra-estrutura GSM cobre 660 cidades, onde vivem 73% dos mexicanos. A meta da operadora do magnata Slim é expandir ainda mais os pontos de presença, para concluir 2005, com 85% de cobertura nacional. Para efeito de comparação, a rede TDMA da empresa alcança uma cobertura de 89% da população. Este ano, dos US$ dois bilhões a serem investidos pela América Móvil, US$ 700 milhões serão destinados à Telcel, que aplicará os recursos principalmente na infra-estrutura, aumentando a cobertura e a capacidade das redes.“Dos nossos 28,8 milhões de usuários, cerca de 11,2 milhões já passaram para GSM. Queremos acelerar o processo de migração”, complementa a executiva de Comunicação Corporativa da Telcel. Os serviços de dados não estão fora dos projetos. Ao longo desse ano, a operadora investirá na ampliação da infra-estrutura EDGE, disponível em 10 cidawww.frecuenciaonline.com flp_abr05_top10_22e23.pmd TELCEL TELEFÔNICA MÓVILES NEXTEL Líder atual no mercado geral, sobretudo graças à sua participação no nicho de pré-pago Segue melhorando sua condição de segunda operadora de telefonia móvel do país Possui a melhor participação do mercado no segmento de pós-pago Não disponível 730 milhões de euros US$ 775,9 milhões US$ 700 milhões US$ 1,5 bilhão (entre 2003 e 2006) Não disponível Pré-pago e pós-pago Pré-pago e pós-pago Pós-pago TDMA e GSM CDMA e GSM iDEN e GSM • • Datum, para o mercado corporativo IDEAS TELCEL, para o mercado de massa • • • • • • • • Conexão Direta Acesso à rede telefônica Nextel Online, serviços de dados e Internet sem fio iLocator, serviço de localização des do País. Apesar de reconhecer que o investimento na área será mais cauteloso, a Telcel estima encerrar 2005, habilitando o EDGE em mais 20 cidades. TELEFÓNICA MÓVILES: NA CORRIDA PELO PÓS-PAGO O estágio atingido pela subsidiária mexicana da operadora espanhola é razão suficiente para preocupar a arqui-rival América Móvil, controladora da Telcel. A base de clientes da Telefónica Móviles aumentou significativamente nos últimos anos. Mais do que isso: apresentou uma elevação constante de ARPU, que já chega a apenas 20 pesos mexicanos (cerca de cinco reais) de diferença do contabilizado pela Telcel, líder absoluta do mercado. Juan Antonio Azcárraga, diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Telefónica Móviles México, ressalta a importância de mostrar a evolução ocorrida no nicho dos celulares pós-pagos, também conhecidos como “de contrato”. “O quarto trimestre de 2004 é o segundo trimestre consecutivo em que obtemos ganhos líquidos positivos. Este grupo de usuários cresceu 25%”, comemora o executivo. Assim como a Telcel, a Telefónica trabalha na expansão da rede GSM, que oferece cobertura em 248 cidades do México, e desponta como o maior fator de aumento de clientes da empresa. Segundo Azcárraga, em dezembro de 2004, o percentual do cliente pós-pago em relação ao conjunto de assinantes aumentou 72%. Em setembro passado, essa participação no total atingiu 58%. Abril 2005 23 Mensagem empresarial Fatura online Módulo de acesso GSM EDGE Contato direto FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:24 23 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com Estilo de VIDA Adaptação ao ritmo e ao gosto do assinante são tarefas delegadas às operadoras da América Central e Caribe. Na área, assim como nos demais países da região, há um DOMÍNIO ABSOLUTO DOS PRODUTOS PRÉ-PAGOS. ENTRETANTO HÁ QUEM APOSTE SUAS FICHAS NO CONSUMIDOR MAIS EXIGENTE Clara Persand Miami A ceitar a realidade e estruturar produtos conforme a vontade do usuário, que elegeu o serviço pré-pago como o melhor meio de possuir acesso à telefonia móvel celular. Mas também estreitar os laços com o cliente disposto a consumir produtos de última geração. Essas são as máximas de sobrevivência das operadoras da América Central e Caribe. Como nos demais países da AL, as campanhas de captação de novos assinantes se baseiam na incorporação do estilo, do gosto e das preferências dos consumidores. A salvadorenha Digicel, por exemplo, reconheceu a força dos números – 96% dos assinantes têm celulares “ O PREDOMÍNIO DOS SISTEMAS PRÉ-PAGOS NÃO SIGNIFICA UMA ESTRATÉGIA ÚNICA DE ATUAÇÃO PELAS OPERADORAS. A DIVERSIDADE DE PÚBLICO-ALVO É UMA REALIDADE pré-pagos - e desde o início das operações desenhou produtos adequados a esse perfil de consumidor. Uma das inovações da tele, destaca a diretora da área de Relações Públicas e Publicidade da operadora, Raquel de Ávila, foi instituir a cobrança das ligações por segundos, e não por minutos, como a grande maioria das operadoras faz. O modelo, explica a executiva, permite ao usuário utilizar o saldo excedente dos cartões pré-pagos após a data de vencimento. Ciente da força do pré-pago, a Digicel – que opera uma rede GSM na banda 900 MHz – é conservadora nos 24 flp_abr05_top10_24.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 24 planos de investimentos e admite que foca a expansão dos produtos em duas áreas: voz e SMS. A operadora enxerga os serviços de dados ainda numa fase muito embrionária, mas admite que o sucesso das mensagens de textos, especialmente junto aos jovens, impulsiona e fortalece ainda mais a marca da tele no País. RUMO OPOSTO Nem todas as teles optam por focar as ações no assinante de menor poder aquisitivo. Esse é o caso da Centennial, operadora da República Dominicana, usuária da tecnologia CDMA 1X. Com a maior parte dos clientes concentrada no regime pré-pago, a tele decidiu investir em novos serviços e no uso de tecnologias de ponta para fidelizar e ampliar a base de assinantes pós-pagos. A estratégia adotada foi a de permitir a esse cliente, mais exigente, a opção de escolher múltiplos serviços de valor agregado. O mercado corporativo ganha especial atenção, revela o diretor de Desenvolvimento de Produtos da Centennial, Mitsuteru Nishio. Ele diz que há uma série de promoções envolvendo a oferta conjunta de terminais e de minutos de voz e dados. “Essa sinergia permite a comunicação integrada entre os empregados destas empresas, com tarifa zero ou preços muitos especiais”, complementa. Nessa linha de atuação adotar o que há de mais moderno na tecnologia é uma obrigação na Centennial. A empresa foi a primeira no País a implementar um hotspot Wi-Fi e já formula planos para implementar o WiMAX, tão logo os equipamentos sejam disponibilizados pelos fornecedores no mercado. Também estuda a evolução, num médio prazo, da atual rede CDMA 1X para EV-DO, que assegura maior velocidade na transmissão de dados através do terminal celular. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:24 PATROCINADOR CAPA www.evistel.com O poder da SUPERAÇÃO Mesmo enfrentando as mais diferentes adversidades, o continente latino-americano mantém a capacidade de surpreender. NO MERCADO DE TELEFONIA MÓVEL, O ANO DE 2004 FOI PARA FICAR REGISTRADO NA MEMÓRIA Ana Paula Lobo São Paulo Q 26 uando se fala da América Latina, logo vêm à tona as famosas instabilidades políticas, econômicas e sociais. Seria mentir dizer que elas não existem. Entretanto a região sempre reage e revela uma força incomum. Brasil e Argentina nunca venderam tanto celulares, como em 2004. A Colômbia despontou como o quarto mercado na AL. A marca é histórica no segmento móvel. Os olhos do mundo se voltaram, mais uma vez, para o consumidor latino-americano. Entretanto, ao longo da apuração do TOP TEN OPERATORS, os analistas convidados pela equipe editorial não deixaram de revelar preocupação com o excesso de quantidade, em detrimento da qualidade. Também demonstraram receio com a hipótese de uma provável concentração de poder nas mãos de poucos, mas poderosos jogadores. Os especialistas, no entanto, ressaltam um fator significativo. Independentemente das suas preferências políticas, os governos se mostram preocupados em preservar a competição. Diante de tantas transformações, o cenário atual da comunicação móvel, embora já bastante modificado, promete ganhar um novo redesenho ao longo de 2005. FRECUENCIA LATINOAMÉRICA apresenta um diagnóstico do que está por vir. FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_top10_26e27.pmd 26 BRASIL Os números nacionais na telefonia móvel desafiam as previsões dos próprios fornecedores. Após a explosão registrada no último trimestre do ano passado, a maioria afirmou que haveria uma queda natural nas vendas. Só que os dados da Agência Brasileira de Telecomunicações comprovam o contrário. Em fevereiro, o País acrescentou 813 mil usuários no serviço móvel, um salto de 41% em relação ao mesmo período em 2004. A base de assinantes chegou a 67,41 milhões. Nesse ritmo, o Brasil terá pelo menos mais 12 milhões de assinantes até o final desse ano. Os dados são surpreendentes Após uma bataGSM lha sangrenta no período 36,85% de Natal, as operadoras sossegaram. Elas guarTDMA dam as armas para o pró33,33% CDMA ximo round: o dia das Mães. A quantidade de celulares 29,43% AMPS vendidos impacta positi(Analógico) vamente na economia na0,39% * Dados Anatel/fev/05 cional, mas também amplia a preocupação com os níveis de qualidade de serviços. No caso da Vivo, por exemplo, uma das eleitas para o TOP TEN OPERATORS, o grande calcanhar de Aquiles é a clonagem dos aparelhos – o uso do terminal por outra pessoa através da captura dos sinais. Os assinantes reclamam das contas erradas e da demora em se adotar uma solução efetiva para solucionar a falha. Por sua vez, as operadoras GSM apregoam que a clonagem está fora da lista de preocupações dos seus clientes, mas também estão no meio da avalanche das reclamações. A maior parte questiona o tratamento oferecido através das centrais de atendimento – considerado lento e ineficaz, na maioria das vezes. Questionadas, as operadoras optam pelo silêncio e preferem não se pronunciar. A Anatel está decidida a diminuir o índice e se mostra disposta a aplicar sanções pesadas às operadoras ao longo desse ano. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 11/4/2005, 11:46 PATROCINADOR www.evistel.com ARGENTINA PERU Depois de amargar uma das piores crises da história, o País apresentou uma performance destacada ao longo de 2004. A economia cresceu, o consumo também. Na área de telefonia celular, a disputa entre os titãs mexicanos e espanhóis promete rounds interessantes ao longo desse ano. O mercado de comunicação móvel fechou o ano de 2004 com cerca de 14 milhões de assinantes. Para esse ano, se não houver nenhum Personal contratempo, a expectativa de cresArgentina cimento supera a casa dos 50%. 29,9% MoviStar Posições políticas defendidas (soma dos usuários pelo Governo Kirchner – entre elas Movicom e Unifon) CTI a estatização de empresas 42,4% (América Móvil) 27,7% privatizadas em outras gestões – preocupam os investidores, mesmo com os executivos da área de telecomunicações assegurando que não haverá qualquer mudança na área. Ao contrário. Para incentivar ainda mais a disputa, o Governo está facilitando a criação de uma nova empresa de telefonia – a Comarcoop, administrada por um conjunto de cooperativas de trabalhadores. A intenção do Governo é acirrar a concorrência, ao mesmo tempo, que induz a oferta de serviços de comunicações em áreas carentes. Na corrida pelo assinante, a Personal Argentina, do grupo Telecom Itália, promete não se tornar uma coadjuvante de luxo na disputa entre CTI Móvil e MoviStar (Movicom e Unifon). A operadora programou uma série de lançamentos de produtos e aposta na infra-estrutura GPRS/EDGE para manter os clientes. CHILE Exceção à regra na região, pois um em cada dois chilenos possui um celular, a penetração do serviço móvel no País – que contabilizava 9,5 milhões de usuários – registra índices semelhantes aos dos países do chamado primeiro mundo. Ainda assim, 2005 não é um ano de calmaria. A Superintendência de Telecomunicações (Subtel), órgão regulador chileno, decidiu intervir em questões pra lá de polêmicas, entre elas o preço da tarifa de interconexão de rede. Por sua vez, o quadro de operadoras ganhou um novo desenho. A Telecom Itália disse adeus. Vendeu o controle acionário da ex-líder do ranking Entel PCS para a chilena Almendral. A operadora tem 35% de participação no mercado, inovou na oferta de serviços de ponta em EDGE e é uma das TOP TEN OPERATORS. A MoviStar, empresa resultante da fusão das operações Telefônica/ BellSouth “roubou” o primeiro lugar ao somar 48% do market share. A dúvida é saber como a gigante espanhola irá lidar com a questão das infra-estruturas rivais – GSM e CDMA. A posição da titã ainda não está transparente com relação aos investimentos na área. Com tanta movimentação, a briga pelo assinante promete ser boa. Até porque o mercado a ser conquistado é o de maior poder aquisitivo. Os serviços de valor agregado vão fazer a diferença. www.frecuenciaonline.com flp_abr05_top10_26e27.pmd As arestas políticas do Poder Executivo com a holding Telefônica agitam o cenário. O Peru foi o último país da região a altorizar a fusão Telefônica Móviles/BellSouth. A “briga” foi ainda mais longe. Preocupado com um possível predomínio absoluto da gigante espanhola – caso a unificação ocorra a Telefônica terá o controle de mais de 80% do segmento celular – o Governo decidiu licitar, em tempo recorde, uma quarta banda de telefonia móvel. Foi a deixa necessária para marcar a entrada da América Móvil no País. E a titã mexicana, através da subsidiária Sercotel, não se fez de rogada. Foi a única operadora a apresentar uma proposta. Ela investiu US$ 21,1 milhões para assegurar, por 20 anos, o direito de prestar serviços celulares para os peruanos. Os planos são audaciosos. Em dois anos, planeja estar presente nas principais cidades peruanas. Em participação especial no TOP TEN OPERATORS, o analista da IDC, Federico Amprimo, acredita que a concorrência servirá para definir o futuro da TIM. A controladora italiana declarou manter interesse apenas nos mercados do Brasil e da Argentina, mas não colocou, pelo menos até o fechamento desta edição, a operação no País à venda. BOLÍVIA, COLÔMBIA, URUGUAI e VENEZUELA A Colômbia assumiu a quarta posição no ranking da região. No total, o País soma 11,3 milhões de assinantes e uma grande expectativa de crescimento. A Comcel (América Móvil) lidera o mercado com 6,2 milhões de usuários. A MoviStar (Telefónica) vem atrás com 3,6 milhões. A caçula Colômbia Móvil/OLA soma 1,4 milhão. A briga pelo assinante é grande. A MoviStar assegurou a manutenção dos investimentos na infra-estrutura CDMA para reforçar a oferta de serviços de valor agregado. Por sua vez, a Comcel decidiu baixar os preços dos terminais e dos minutos dos sistemas prépagos. Política adotada também pela Colômbia Móvil/OLA. Os ares saudáveis da concorrência também circulam no Uruguai. A estatal Ancel, líder de mercado, foi obrigada a se mexer, assim como, a MoviStar (Movicom). A América Móvil está chegando e quer 50% do mercado. Venezuela e Bolívia são os países que enfrentam as maiores instabilidades, mas surpreendem. Na Venezuela, o mercado aguarda a decisão do Governo de aprovar ou não a compra da Digitel, ex-TIM, pela Cantv, já proprietária da Movilnet, uma das operadoras TOP TEN OPERATORS. Se a interferência do Governo Chávez é maior na telefonia fixa, na operação móvel, há uma postura em prol da competição. O venezuelano é um grande consumidor de inovações. O País ocupa a segunda posição no ranking mundial no mercado de SMS. A Bolívia traduz a importância da comunicação móvel na AL. No auge de uma crise política, a telefonia celular é o setor que registra maior crescimento. O market share é dominado pela Entel – 67% – ainda sob controle da TIM, apesar dos fortes rumores de venda. O restante é dividido pelas Telecel, de Millicom, Viva GSM, de Nuevatel e Cotas Móvil, a primeira operadora a atuar na região no modelo MVNO (telefonia móvel virtual). Abril 2005 27 FRECUENCIA Latinoamérica 11/4/2005, 11:46 27 TECNOLOGIA Para todo o SEMPRE CIENTISTAS TENTAM CRIAR ANTÍDOTOS QUE POSSAM PROTEGER O USUÁRIO da ação cada vez mais predadora dos hackers e, ao mesmo tempo, assegurar às operadoras a rentabilidade almejada com os serviços de dados móveis Deixou claro que a convivência com os predadores será uma rotina para os usuários de todas as classes sociais. “Não são apenas os mais ricos que sofrem. Hoje qualquer terminal pré-pago está apto a transmitir e receber mensagens de textos. Eles são alvos potenciais de ataques”, esclarece. Medidas preventivas, entretanto, podem ser adotadas pelas operadoras. Ana Paula Lobo Garay lembra que existem recursos não São Paulo utilizados nas atuais infra-estruturas capaAté o final deste semestre, o Bell Labs, zes de, ao serem habilitados, dar maior proum dos mais tradicionais institutos de pesteção às redes e aos assinantes. Os vírus preoquisas do mundo tecnológico, finalizará o cupam (leia box “Sem trégua”), mas são os desenvolvimento de uma solução anti-spam spams – envio de mensagens indesejadas atra– mensagens enviadas de forma indesejada vés dos serviços SMS (mensagens curtas de – com recursos reforçados de segurança, texto) e MMS (mensagens com multimídia) – entre eles a criptografia, para uma operadoa maior dor-de-cabeça do mercado. JUAN GARAY, PhD em Ciência da ra móvel norte-americana. A intenção é torEstudo divulgado pela entidade WireComputação e integrante da nar a solução comercial até o final de 2005. equipe responsável pelos less Services Corporation (WSC) revela que, A informação é do PhD em Ciência da estudos ligados à segurança ao longo desse ano, 43% de todas as menComputação e integrante da equipe respon- móvel do Bell Labs sagens de texto enviadas por celulares nos sável pelos estudos ligados à segurança móvel do Bell Labs, EUA podem ser classificadas como spam. Em 2004, a Juan Garay. Em março, o especialista realizou uma série de média ficou em 18%. A entidade estima que o alto índipalestras na América Latina sobre a incorporação dos rece é determinado por dois fatores: o conhecimento rácursos de criptografia nas soluções de proteção às invasões pido dos spammers da tecnologia Wireless e a falta de na comunicação móvel. Em entrevista exclusiva à Frecuencia agilidade das operadoras em estabelecer estratégias Latinoamérica, o cientista não criou falsas expectativas. de proteção às redes e aos assinantes. Milhares de usuários, principalmente de pragas capazes de imobilizar es- nos mercados mais avançados como Es- ses produtos assume a preferência Há pouco mais de um ano os vírus eram tados Unidos e Japão, já passaram pelo dos hackers. apontados como ameaças irrelevantes no inferno de terem os aparelhos infectados Em março a finlandesa F-Secure mundo da telefonia celular. O tempo pro- por pragas capazes de apagar agendas, identificou o primeiro vírus celular ca- vou o erro da teoria. À medida que os dis- substituir ícones, realizar chamadas paz de se propagar através de mensa- positivos móveis conquistam espaço – há indesejadas e até mesmo desconectar o gens contendo fotos, música ou vídeo. mais aparelhos celulares ativados do que terminal da rede da operadora. A empresa de segurança revelou que a SEM TRÉGUA linhas fixas no mundo – os vírus deixaram O mais grave da situação é a falta praga, batizada de Commwarrior, teria de ser um tormento apenas para os usuá- de esperança dos especialistas da área um efeito ainda pior: ela seria capaz rios dos PCs tradicionais. Eles afiaram de segurança em relação ao futuro. Com de se auto-enviar para todos os núme- as garras e atacam cada vez mais os as- o mundo cada vez mais dependente dos ros de celulares encontrados na agen- sinantes da comunicação móvel. dispositivos móveis, o desenvolvimento da do terminal infectado. 28 flp_abr05_tecnologia.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 28 Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:22 MERCADO Continente DIVIDIDO Autoridades da área de telecomunicações se reúnem para DISCUTIR OS DESAFIOS DO SETOR NA AL André Silveira cretários de Comunicações da Argentina, Mário Guillermo Ausência de competição nos serviços locais, embaMoreno, Christian Nicolai te entre Agências reguladoras e operadoras dominanOrellana, do Chile, e o gerente tes, desenvolvimento de mercado interno, adoção de Geral da Osiptel, Agência Reguladora do Peru, Jaime políticas mais eficientes de inclusão digital e adequação legal aos serviços convergentes são temas que liCárdenas Tovar. deram os debates dos governantes da região em relaDiante da diversidade dos ção à área de telecomunicações. A grande questão é interesses políticos, econômicos que – apesar de o cenário ser semelhante em todos os e comerciais, pensar numa união conPaíses - não há uniformidade nas ações. tinental é um sonho ainda distante. A questão é que os Essa foi uma das conclusões da Conferência Interproblemas gerenciados no dia-a-dia são idênticos. Na área de telecomunicações, os males são rigorosamente nacional “Perspectivas das Telecomunicações nas Améiguais. Cada País sofre com a falta de competição, com ricas e Europa”, realizada em Brasília, capital do Brasil, no início de março. O evento reuniu as principais autoos embates diários com as operadoras dominantes e ridades da área na América Latina. Entre eles, os Secom a ausência de políticas práticas de fomento econômico e de inclusão digital. Foto: Victor Soares A missão atual dos governantes é encontrar as melhores respostas para a área, mas o esforço ainda é isolado. Cada um enxerga a própria fronteira e se omite em relação às dificuldades dos outros. Estimular a concorrência, por exemplo, é um dos grandes desafios. Em todos os países da região a competição na telefonia, prinDa esquerda para a direita: CHRISTIAN NICOLAI ORELLANA, Subsecretário de Comunicações, Chile; MARIO GUILLERMOS MORENO, Secretário cipalmente na área fixa, é de Comuicações, Argentina; JORGE BITTAR, deputado federal (PT-RJ); e JAIME CÁRDENAS TOVAR, gerente geral da Osiptel, Peru incipiente. A questão se agraBrasília 30 flp_abr05_mercado.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 30 Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:20 va com a iminente realidade de duopólios na operação celular, uma das poucas do setor a garantir uma concorrência mais salutar para o consumidor. O secretário de Comunicações da Argentina, Mário Guillermo Moreno, por exemplo, admitiu que a falta de competição na telefonia local é um dos problemas críticos do País. Ele salientou que as operadoras dominantes lucram muito mais com a cobrança do uso das redes do que com a prestação do serviço de telecomunicações. “Os concorrentes são obrigados a pagar muito caro pelo uso da infra-estrutura. A prestação de serviço ao assinante foi relegada a um segundo plano”, criticou Moreno. SEGUNDO PLANO O custo da interconexão de redes, aliás, tem sido um dilema sem fim para os órgãos reguladores. Em todos os países, incluindo o Brasil, as operadoras fixas e móveis não conseguem “falar” a mesma língua e a intervenção governamental se faz necessária em defesa dos direitos dos consumidores. No Chile e no Peru, apesar dos cenários diferentes, a telefonia fixa também é um entrave grave na evolução do setor. O subsecretário de Comunicações do Chile, Christian Nicolai Orellana, pontuou o contraste entre o uso da telefonia fixa e móvel no País. Enquanto na primeira, a taxa de penetração é de apenas 21%; na segunda, onde há uma forte concorrência, um em cada dois chilenos possui um terminal celular. Orellana admitiu que a receita obtida com o uso da infra-estrutura instalada é um dos fatores cruciais para o baixo índice de adoção registrado na prestação do serviço fixo. Exatamente por isso, salientou o executivo, uma das principais preocupações do Governo é o de incrementar a adoção de políticas ligadas às obrigações nas áreas de inclusão digital. A intenção é gerar programas que determinem metas de inclusão de serviços de telefonia e de Internet em áreas mais carentes no Chile. Hoje, o País possui uma base de internautas estimada em quatro milhões. O gerente Geral da Osiptel – órgão regulador do Peru - Jaime Cárdenas Tovar, admite que apesar das medidas efetivadas pelo Governo, a competição na telefonia fixa no País ainda fica muito aquém do esperado pelo assinante. Em 2001, veio a medida mais drástica: a Agência incluiu um fator de produtividawww.frecuenciaonline.com flp_abr05_mercado.pmd de para as operadoras no processo de cálculo das tarifas. Entretanto, ainda assim, frisou Tovar, a disputa não ganhou novas cores. Os dominantes permaneceram à frente do negócio. Já na telefonia móvel, a concorrência estava mais acirrada. A Telefónica Móviles detinha 51,9% do mercado, a Telecom Itália respondia com 26,9%, a BellSouth, agora da Telefónica, com 16,6% e a Nextel com 4,6% dos assinantes. Com a autorização da aquisição da BellSouth pela Telefónica Móviles, a gigante espanhola passou a controlar 68,5% do setor, o que incentivou o Governo a licitar uma nova faixa. A intenção foi facilitar a entrada do principal concorrente espanhol – a mexicana América Móvil – no País. “A disputa tem que continuar sendo saudável. Monopólios são ruins em todas as hipóteses”, destacou o executivo peruano. TOMADA DE DECISÃO Mais do que incentivar e criar novas regras de estimulo à competição nos serviços tradicionais, os responsáveis pela execução das políticas do setor nos países sabem que estão diante de uma revolução tecnológica. A oferta de produtos convergentes determina uma reviravolta no modelo adotado até agora. Uma das questões mais polêmicas é a regulamentação ou não do uso da plataforma IP. O subsecretário de Comunicações do Chile, Christian Orellana, destacou que é obrigação do Estado enfrentar o futuro levando em conta aspectos significativos, entre eles, processos tarifários transparentes, remuneração adequada do uso das redes, neutralidade tecnológica e especificação de serviços de forma a beneficiar o consumidor. Já o gerente Geral da Osiptel, Jaime Cárdenas Tovar, adiantou que a flexibilização da regulamentação é uma das prioridades máximas da agenda do setor para os próximos meses. Destaque também para os serviços convergentes.“Trabalhamos alinhados com as tendências mundiais. Fenômenos como a convergência e o desenvolvimento de novas tecnologias, entre elas, a Terceira Geração da telefonia móvel e o WiMAX estão na nossa pauta de discussões”, complementou Tovar. O executivo da Agência reguladora antecipou que, ainda em 2005, a intenção do governo peruano é tirar proveito da convergência tecnológica para estabelecer medidas capazes de estimular a presença de prestadores de serviços em áreas ainda carentes de produtos básicos como a oferta de voz e de Internet em banda larga. Abril 2005 31 FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:20 31 SOBERANIA MERCADO Brasil e Argentina podem deixar de lado a tradicional rivalidade e unir forças contra a maior presença Pleito das operadoras norteamericanas de INCLUIR A TELEFONIA CELULAR NAS REGRAS DO TRATADO DE LIVRE COMÉRCIO negociado pelos EUA com a comunidade andina PROVOCA CONFLITOS DE INTERESSE RAZÃO São Paulo Ao reivindicarem à Secretaria do Representante Comercial dos EUA (USTR), equivalente ao Ministério do Comércio Exterior, a inclusão da telefonia celular no acordo do Tratado de Livre Comércio, as operadoras norteamericanas AT&T, MCI, Sprint e NII Holdings colocaram o setor, até então fora de qualquer pauta de discussão, no centro das atenções. Na Colômbia, País onde as conversas estão mais adiantadas, a proposta divide o mercado. Em tese, a inclusão da telefonia celular permitiria a atuação das operadoras norte-americanas naquele mercado e também abriria a porta dos EUA às teles dos países integrantes do TLC. Empresa especializada na oferta de serviços de trunking, a Avantel é uma das principais defensoras da proposta feita pelas teles norte-americanas. O presidente da operadora, Carlos Mariño, não esconde as razões que levam a tele a defender a postura norte-americana: combate ao predomínio espanhol e mexicano na oferta dos serviços. “É impressionante que países menores do que o nosso tenham uma concorrência mais saudável na área da telefonia”, destaca o executivo. Sergio Regueros, presidente da Telefônica Móviles Colômbia, principal fornecedora de serviços móveis celulares no País a partir da incorporação das operações 32 flp_abr05_mercado.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 32 sigam convencer a comunidade andina a aderir ao Tratado de Livre Comércio. Isso porque os dois países seriam os maiores prejudicados com a queda de barreiras comerciais entre os países integrantes do TLC. Os tradicionais rivais da AL são, hoje, os maiores defensores ? Quem tem Ana Paula Lobo norte-americana na região, caso os Estados Unidos con- da manutenção de uma indústria local. O Brasil é o maior pólo de produção local de Tele- comunicações e Informática da região, mas a Argentina, recém-saída da grave crise econômica, já anun- ciou a defesa da indústria de telecomunicações local como uma das prioridades do governo Kirchner. O secretário de Comunicações argentino, Mario Guillermo Moreno, é um dos defensores da necessidade de o País reconstruir seu complexo industrial. Para isso, o governo fomenta uma série de ações políticas para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento. Na visão do secretário, é preciso consertar os erros do passado. Na década de 90, a Argentina abandonou os esforços em prol de sua indústria. Hoje, afirma Moreno, os especialistas argentinos atuam mais como revendedores de produtos de outros países do que como produtores de equipamentos. "Produzir insumos locais e valorizar os especialistas da região é obrigação continental", instigou o secretário de Comunicações da Argentina, durante participação na Conferência Internacional "Perspectivas das Telecomunicações nas Américas e Europa", realizada em Brasília, capital do Brasil, no início de março. (Leia matéria “Continente Dividido” nas páginas 30 e 31) da BellSouth, discorda. O executivo afirma não haver nenhuma necessidade de incluir a telefonia celular nas regras do TLC porque o segmento é competitivo e possui regras definidas pelas autoridades em prol da concorrência. Oficialmente, o governo da Colômbia ainda não se pronunciou a respeito da questão. O principal foro público e privado para a discussão dos assuntos que envolvem o setor, a Comissão Interamericana de Telecomunicações - Citel - não participa das negociações referentes aos acordos bilaterais, informa o secretário-Executivo da entidade, Clóvis Baptista. Ele diz que a organização se colocou à disposição dos países da região para mediar as discussões referentes à Área de Livre Comércio das Américas, mas até o momento nenhuma ajuda foi solicitada. (Com colaboração de André Silveira, de Brasília) Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:20 Território DEMARCADO Nokia aposta em multimídia e antecipa as ESTRATÉGIAS PARA CONSOLIDAR LIDERANÇA DE MERCADO Clara Persand que apagar as anteriores. “Com este telefone multimídia, atenAtender, com qualidade e produtos específicos, os demos a uma fatia de 10% da MAURIZIO ANGELONE, vice-presidente diversos perfis de consumidores. Esse é o grande objepopulação latino-americana”, senior de operações de mercado e clientes da Nokia América Latina tivo da Nokia para a América Latina em 2005. A fabricomplementa Wibe Wagemans, cante deixou claro que planeja consolidar presença em diretor de mercado Multimídia para a AL. todas as classes – das de menor poder aquisitivo – C e D Já com relação aos telefones voltados para as clas– as camadas de maior potencial de compra e de troca ses C e D, o vice-presidente sênior de Operações de de telefones – A e B. Para essa última, adianta o diretor Mercado e Clientes da Nokia para a região, Maurizio Global de multimídia e imagem da Nokia, Mika Setala, a Angelone, adianta que a fabricante traçou como direempresa aposta no design arrojado e na qualidade das triz a fabricação de aparelhos moldados às necessidacâmeras fotográficas embutidas nos terminais. des das operadoras. A intenção, explica o executivo, é “Os usuários gostam cada vez mais produzir terminais de custos menode distribuir fotos e imprimi-las de forres, mas capazes de suportar a oferma fácil”, destaca o executivo. Para atenta de serviços de forma a não sacrifider esse público, a fabricante lançará, car a rentabilidade das teles. até o final desse ano, três novos modeServiços para atender essa nova los - 9500, 9300 e 6822. Pesquisas unidade de negócios começam a ser apontam que 75% das imagens impresdisponibilizados. Os primeiros a serem sas atualmente no mundo provêm de criados foram o Airfield, que consiste celulares com câmera. Ainda na área na distribuição aérea de cartões préde multimídia, antecipa Setala, uma das pagos; e o Mobile Customer Care, inmaiores apostas da fabricante é o proformação de atendimento ao cliente, duto, batizado de Nokia Lifeblog. previamente embutido no telefone. Essa prática permite ao usuário receSOB MEDIDA ber atendimento virtual em tempo real. Trata-se de um diário digital ins“Acreditamos na nossa capacidade de talado no telefone móvel e no com- MIKA SETALA, diretor global de estabelecer laços mais produtivos com putador, capaz de registrar as fotos multimídia e imagens da Nokia as teles. Criar serviços é uma maneira captadas e armazená-las em ordem cronológica, de de ganhar mercado”, estabelece Angelone. A colombiaforma que o usuário pode guardar suas fotos no PC e na Comcel, subsidiária da América Móvil, é a primeira ter espaço no celular para fazer mais fotos, sem ter usuária dos produtos na região. Miami www.frecuenciaonline.com flp_abr05_mercado.pmd Abril 2005 33 FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:20 33 CASE STUDY CRÉDITO de confiança Parceria entre Banco do Brasil e Vivo promete TRANSFORMAR O CELULAR NUM SUBSTITUTO DOS CARTÕES BANCÁRIOS VANGUARDA Fazer do celular o substituto ideal dos cartões de débito e crédito. Esse é, hoje, o serviço que demanda maior atenção dos desenvolvedores do Banco do Brasil. A intenção da instituição é lançar o produto comercialmente ainda no segundo semestre desse ano. Através dele, o correntista poderá validar uma transação comercial – seja ela tradicional ou via Web - através de uma ligação celular. Uma das possibilidades, exemplifica o vice-Presidente de Tecnologia do Banco do Brasil, Cerqueira César, é o correntista ir a um posto de gasolina para encher o tanque do carro. A proposta é que o cliente disponibilize o número do celular para o frentista, que fará a comunicação com o ban- Luiz Queiroz co da transação comercial. Em tempo real, há Brasília Tempo é subjetivo. Na área da tecnologia avançada a afirmação é ainda mais apropriada. Em 2003, as instituições financeiras acreditaram na possibilidade de inovar a oferta de serviços através da telefonia celular. Só que o resultado não agradou. As redes se mostraram inadequadas e a velocidade de transmissão de dados decepcionou. Pouco mais de dois anos depois, o cenário se apresenta absolutamente diferente. As redes móveis atuais são capazes de oferecer velocidades médias de transmissão de dados superiores, inclusive, às das redes fixas tradicionais. Com a evolução da infra-estrutura celular, o Banco do Brasil – maior instituição financeira do País e da América Latina, que obteve um lucro de R$ 3 bilhões, em 2004 – decidiu retomar os investimentos na área móvel e com uma boa pitada de ousadia. A proposta é transformar o celular num substituto para os cartões de crédito e débito. Tanto é assim que a instituição fechou um acordo comercial com a Vivo, para garantir a oferta de serviços semelhantes aos disponíveis nos caixas eletrônicos ou no Internet banking nos celulares da operadora. O vicePresidente de Tecnologia do Banco do Brasil, José Luiz Cerqueira César , informa, no entanto, que o processo acontecerá de forma gradual. Os terminais móveis vão realizar transações que não 34 flp_abr05_case.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 34 a confirmação da instituição junto ao cliente da intenção de compra. Caso a resposta seja positiva, bastará digitar uma senha para confirmar a transação comercial. “Essas etapas acontecem em segundos”, explica o executivo de TI. Cerqueira César não teme o uso da mobilidade. Segundo ele, as infra-estruturas móveis estão cada vez mais capacitadas e seguras. exijam comprovantes ou recebimento de valores. “É preciso uma melhor adequação das aplicações e do processo. Tudo é muito inovador”, destaca o executivo. Mas os clientes do BB poderão, por exemplo, realizar pagamentos, fazer aplicações financeiras e transferências de valores para outras contas correntes. A maior parte das operações online da instituição acontece nos caixas eletrônicos (55%) e no Internet Banking (30%). O diferencial, adverte o executivo, está na curva de crescimento do número de clientes contratantes de serviços pelo celular. Hoje, essa taxa já está em 3% ao mês. “A velocidade é muito maior do que a apresentada durante o período de lançamento do Internet Banking”, sinaliza Cerqueira César. Atualmente, o BB possui duas linhas de serviços disponíveis na plataforma móvel. A primeira oferece notificações e o envio de informações para clientes. Já a segunda, é o mobile banking efetivo, ou seja, permite ao correntista da instituição transferir todas as operações feitas pela Internet tradicional para o terminal móvel celular. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:19 PERFIL Esforço Regional Integrante da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel) é o principal foro público e privado para a discussão dos assuntos que envolvem o setor de telecomunicações nas Américas. EM ENTREVISTA EXCLUSIVA À FRECUENCIA LATINOAMÉRICA, O SECRETÁRIOEXECUTIVO DA CITEL, CLÓVIS BAPTISTA, ADMITE QUE A DESESTATIZAÇÃO DAS OPERADORAS NÃO TROUXE A COMPETIÇÃO DESEJADA PELO CONSUMIDOR. ELE TAMBÉM ADIANTA A POSIÇÃO DO ORGANISMO EM RELAÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS André Silveira Brasília O mercado de telecomunicações na AL vive um momento de mudanças. O domínio espanhol e mexicano é claro. Como o senhor avalia o desempenho do setor na região? Na América Latina houve um processo de privatização das empresas de governo. O mercado foi liberalizado, porém é preciso reconhecer que a competição no serviço local ainda é incipiente. Os marcos regulatórios criados foram desenhados para incentivar a concorrência, mas, na prática, não é isso que percebemos. A realidade é igual em qualquer País do continente: existe um operador forte e tentativas intensas de novos entrantes para conquistar algum tipo de espaço. Talvez com a evolução das tecnologias, especialmente às sem fio, esse processo possa vir a ser revertido e a competição na última milha aconteça de fato. Muitas autoridades defendem a regulamentação das novas tecnologias, em especial do Wi-Fi e do WiMAX. Como o senhor vê esse movimento? A regulamentação técnica de qualquer Agência reguladora contempla duas condições fundamentais: primeiro é a regulamentação do uso do espectro radioelétrico. Mesmo para as bandas livres - as não licenciadas pelo Governo – existem certos 36 FRECUENCIA Latinoamérica flp_abr05_perfil-eventos.pmd 36 parâmetros operacionais para impedir o prejuízo dos usuários das bandas licenciadas, especialmente no que se refere aos limites de potência irradiada. Outro aspecto muito importante é a certificação e homologação de equipamentos e antenas. No caso das bandas livres é fundamental operar com equiCLÓVIS BAPTISTA pamentos certificados. É a única secretário-Executivo maneira de evitar interferência no da Citel sistema licenciado. A homologação dos produtos também é essencial. Somente através dela é possível identificar os equipamentos que estão à venda no mercado. É uma proteção ao direito do consumidor. “ Hoje, na América Latina, essa questão de certificação e homologação já está definida? Posso responder que há muito por fazer. Temos na Citel um grupo de trabalho desenvolvendo um processo capaz de uniformizar os requisitos para a certificação de produtos de forma semelhante em todos os mercados da região. É uma tarefa delicada, mas que está em curso. Ao mesmo tempo, desenvolvemos o Acordo de Reconhecimento Mútuo para a Avaliação da Conformidade, que permite aos países exportadores de equipamentos colocarem seus produtos de forma mais rápida em outros mercados. O IP conquista o mundo. A discussão sobre a questão regulatória em torno da tecnologia é grande. Operadoras tradicionais reclamam da invasão de entrantes e as Agências aguardam para definir uma posição oficial. Os serviços de voz sobre IP são passíveis de regulamentação? Em nenhum lugar do mundo existe uma regulamentação sobre o serviço de voz sobre IP. O assunto é polêmico e divide opiniões. Há correntes favoráveis a uma regulamentação, mesmo que branda, por analogia à existente no Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). Em contrapartida, há outras correntes que preconizam a total desregulamentação na prestação desse serviço. No caso da Citel, o tema está em discussão num grupo de trabalho. Estamos trabalhando na confecção de um relatório para indicar as tendências futuras. Pessoalmente, creio que a utilização de VoIP é inevitável. Caminhamos para a era dos grandes dutos digitais nos quais a voz deixa de ser o negócio-chave. Ela passa a ser tão somente mais uma aplicação disponível na gama de produtos possíveis nas plataformas IP de alta velocidade. Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:21 EVENTOS ANUNCIANTES COMPANHIA WEBSITE PÁGINA Loral Skynet www.loralskynet.com Tekelec www.tekelec.com Página 5 Siemens Mobile www.siemensmobile.com Página 7 Ericsson www.ericsson.com Página 9 Carlson Wireless www.carlsonwireless.com Página 13 Evistel www.evistel.com Página 21 ITU Americas 2005 www.itu.int/americas2005/ Página 25 Informa www.telecomsaccess.com/brazil Página 29 IBC www.ibc.com.br Página 35 Axalto www.axalto.com Capa 3 Convergys www.convergys.com Capa 4 Capa 2 ABRIL XVII Reunión Iberoamericana de Tráfico Internacional AHCIET Punta Cana, República Dominicana Billing Summit & Revenue Assurance Caribbean Abril 14-15 San Juan, Porto Rico CDMA Latin America Regional Conference Abril 18-20 Rio de Janeiro, Brasil Revolución Móvil 2005 Buenos Aires, Argentina Cono Sur Telecom Summit Abril 28-29 Santiago, Chile MAIO V Foro de Regulación Cartagena de Indias, Colombia Assine e gerencie sua assinatura em tempo real Para servir melhor aos leitores, Frecuencia Latinoamérica simplifica o modelo de assinatura. O cupom impresso foi extinto. A partir de agora, o processo é on-line se baseia em três itens: Rapidez Simplicidade Objetividade As assinaturas para a revista impressa podem ser feitas através do site: www.frecuenciaonline.com Se voce já é leitor registrado no FrecuenciaOnline, basta clicar em "minha conta" e, em tempo real, gerencie e administre todo o processo de inscrição para receber a revista impressa. Se ainda não está registrado, aproveite o novo modelo! Ingresse em www.frecuenciaonline.com/subscribe Forneça os dados solicitados e faça uma assinatura de forma simples, ágil e objetiva. www.frecuenciaonline.com flp_abr05_perfil-eventos.pmd 10 th Annual ICT Americas Conference Miami, EUA Telecoms Access Brazil Maio 18-19 Rio de Janeiro, Brasil JUNHO Mobile Messaging Americas 2005 Junho 1-2 Miami, EUA GSM Argentina Junho 3-4 Buenos Aires, Argentina Supercomm 2005 Junho 6-9 Chicago, EUA Networks Solutions Forum Junho 6-9 Buenos Aires, Argentina V Encontro Cidades Digitais Junho 9-11 Florianópolis, Brasil Capacity USA 2005 Junho 14-15 New York, EUA GSM Brasil Junho 23-24 Rio de Janeiro, Brasil Convención Global Anual de WCA Junho, 28 - Julho, 1 Washington, EUA Abril 2005 37 FRECUENCIA Latinoamérica 8/4/2005, 19:21 37 OPINIÃO Soberania em debate SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES RECEBEM ATENÇÃO ESPECIAL NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO da adesão dos países andinos ao Tratado de Livre Comércio, proposto pelos Estados Unidos Por Liliana Ruiz de Alonso so e o uso das redes públicas, a transparência na atribuição e no uso do espectro radioelétrico e na outorga de licenças para Os países andinos - Equador, Colômautorizar a prestação de serviços. bia e Peru - se encontram em pleno proAs idéias expostas acima são em grancesso de negociação de adesão ou não ao de parte compartilhadas pelos Estados Tratado de Livre Comércio (TLC), proandinos, entre eles Peru e Bolívia, que há posto pelos Estados Unidos. O tema é anos liberalizaram a área de telecomunibastante polêmico. Mas o que exatamencações e demonstram o firme interesse de te está sendo negociado na área de telefomentar a expansão do setor por meio da comunicações? Como os serviços nesse concorrência de mercado. A adequação segmento são essenciais para fomentar das políticas de outros países ao Tratado negócios e facilitar o comércio de bens e significaria mudanças em favor da liO certo é que o TLC não reprime o direito beralização e, prinsoberano de cada País requerer licenças, cipalmente, da maconcessões ou qualquer outro título nutenção de um rede habilitação para prestar gulador independente e da transserviços de telecomunicações parência na interem seus territórios. Tão pouco venção regulatória torna legais atividades nestes mercados. atualmente ilegais, como o Mas há quem bypass de tráfego por duvide dos propósitos do acordo. As pseudo-operadores empresas estabeleserviços através das fronteiras dos divercidas na área andina manifestaram insos países, seu tratamento mereceu a quietude em relação a uma possível concriação de uma mesa de negociação escorrência norte-americana, que não prepecífica entre as partes envolvidas. cisaria investir na região para fazer parOs Estados Unidos, seguindo as meste do mercado. O certo é que o TLC não mas pautas dos acordos firmados com paíreprime o direito soberano de cada país ses da América Central e com Chile, defenrequerer licenças, concessões ou qualquer dem a inclusão do setor no TLC com o intuioutro título de habilitação para prestar to de incrementar a concorrência. À mesa serviços de telecomunicações em seus terpara discussões estão temas como maior ritórios. Tão pouco torna legais atividatransparência no manejo regulatório, acesdes atualmente ilegais, como o bypass de Peru 38 flp_abr05_opiniao.pmd FRECUENCIA Latinoamérica 38 tráfego por pseudo-operadores, sem autorização para prestar esses serviços. Está nas mãos de cada País continuar usando os direitos soberanos para regular seus mercados e continuar a promover investimentos em seu território. Outro ponto que merece destaque é que, com este acordo, os países andinos estariam se comprometendo a não regular, normatizar, estabelecer controles ou topos tarifários aos novos serviços que se possam oferecer graças à inovação tecnológica, utilizando as redes de telecomunicações, e que se distinguem dos serviços básicos de voz. Algo que na região se conhece como serviços de valor agregado, mas que no jargão norte-americano se denomina serviços de informação, porque incorporam a geração, transformação e utilização da informação através de redes de telecomunicações. A proposta norte-americana acredita que a concorrência, ao oferecer esses novos serviços, discipline os mercados e faça com que os provedores ofereçam tarifas justas e boa qualidade ao usuário. Desta maneira, evita-se também que uma intervenção estatal inadequada ou carente de informações necessárias possa vir a limitar a inovação tecnológica futura. Para os que defendem uma visão pró-regulatória, poderia parecer uma renúncia à soberania nacional. Entretanto, o certo é que, na região andina, este tipo de serviço já não está mais sujeito atualmente à regulação significativa na maioria dos casos, e o que se estaria alcançando seria melhor previsibilidade em seu tratamento. Liliana Ruiz de Alonso, é negociadora do Peru em Telecomunicações, presidente da ALTERNA Consultores e ex-Gerente Geral da OSIPTEL, Órgão Regulador das Telecomunicações no Peru [email protected] Abril 2005 www.frecuenciaonline.com 8/4/2005, 19:21
Documentos relacionados
Frecuencia Latinoamérica
Juan Waehner como novo gerente geral. Ele será responsável pela linha de negócios para telefonia básica, pública, acesso à Internet e catálogos de telefone do Grupo Telefónica no País. O executivo,...
Leia maisLatinoamérica Latinoamérica
A Lei Geral de Telecomunicações, alegaram as carriers, não está apta para fiscalizar o novo cenário que se desenha com a oferta de serviços convergentes e de players, como por exemplo, TV a cabo, e...
Leia maisFrecuencia Latinoamérica
pela ITP Editorial, nos dias 21 a 23 de novembro, os principais especialistas da área foram unânime ao afirmar que a telefonia celular é, hoje, um importante instrumento de inclusão social, já que ...
Leia mais10hores - Frecuencia Latinoamérica
ITP EDITORIAL – REGIÃO ANDINA Av. Eloy Alfaro 3822 y Gaspar de Villaroel Quito – Ecuador Tel: 593-22-422-568 Fax: 593-22-424-871
Leia maisFrecuencia Latinoamérica
ITP EDITORIAL – REGIÃO ANDINA Av. Eloy Alfaro 3822 y Gaspar de Villaroel Quito – Ecuador Tel: 593-22-422-568 Fax: 593-22-424-871
Leia maisFrecuencia Latinoamérica
dos debates dos participantes da ITU Americas Telecom, que acontece em Salvador, de 3 a 6 de outubro. Outras tecnologias, nem tão novas assim, mas também críticas para a rentabilidade do mercado, c...
Leia mais