Correio Brasiliense

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6 • CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, sexta-feira, 8 de junho de 2012 • Diversão&arte
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Fotos: Luis Xavier de França/Esp. CB/D.A Press
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GABRIELADEALMEIDA
FRIOZINHO
Com o frio chegando, os festivais de inverno
começam a dar as caras. É o caso do Winter Federal
Music, que vai trazer os DJs Erick Morillo e Abel Ramos a
Brasília. A festa será dia 15, no Centro Comunitário Athos
Bulcão (UnB). Ingressos à venda no Cadê Tereza (201 Sul) e
Chiquita Bacana (209 Sul).
Carol Monteiro, Dani Braga, Cecília
Lindgren, The Miguelitos, DJ Pazes e
Sara Paracchini
Sabrina Castro e Zoe
ÚNICOS
Mais uma vez em Brasília, a banda cuiabana Inimitáveis se apresenta
esta noite na festa Play (edição Stage), no Clube da Asceb (904 Sul).
Trajando ternos pretos e com tênis no pé, o quarteto faz uma jovem
guarda de fôlego punk. O show explosivo tem tanto de rock quanto de
comédia, graças ao bom humor do vocalista Dennis Rodrigues. Essa
combinação já levou a banda por dezenas de palcos do país, sempre
colecionando elogios (e boas risadas) por onde passa. A discotecagem fica
por conta de Danny Boy & Lucasbilly (Os Dinamites), Gonzalo Insonia,
Malboro & Mojito e R@g. Entrada: R$ 15, com nome na lista
[email protected] ou R$ 20,00 (sem nome na lista ou após 1h).
Colaborou Pedro Brandt
Luiza
Lemos
CALÇADÃO
CULTURA
UM VIVA À REALEZA
O jubileu da Rainha Elizabeth II será comemorado em terras
candangas em uma bem-humorada edição da festa Let’s Club,
hoje, na boate Victoria Haus. Os dançarinos da Tribo Cia. de
Dança vão fazer uma disputa com coreografias inspiradas
nas bandas The Wanted e Spice Girls. Nas picapes, os DJs
Neto2Haus, Hugo de Lucca, Muchacha Loca e Diego
Giallanza, entre outros. Amanhã, quem se
apresenta na boate é a funkeira Tati
Quebra Barraco.
A estilista Brunna Nastassia
Joyce Santos, Fabiana Pereira
e Rafael Pinheiro
Alguns gostam de ir
ao Picnik para curtir o
pôr do sol, outros
adoram os DJs que
sempre aparecem por
lá. Nâo importa o
motivo, o Picnik é um
projeto novo (esta foi a
segunda edição) que
está conquistando o
coração do público
brasiliense. Entre as
roupas do bazar e os
brigadeirinhos
deliciosos que estão à
venda, o som rola
solto. Na última
edição, quem
comandou o fim de
tarde no Calçadão da
Asa Norte foram os DJs
Rafaela Ferrugem,
DeltaFoxx, The
Miguelitos, Oblongui,
Pílula Live, Fortuna,
Dinamite e Magaiver.
Projetos assim, que
propõem cultura em
meio à natureza, são
sempre bem-vindos.
AS FESTAS CITADAS NESTA COLUNA NÃO SÃO RECOMENDADAS PARA MENORES DE 18 ANOS
Vladi Fernandes/ Divulgação
MÚSICA / Em novo CD, a banda paulistana Bicho de Pé, representante do forró universitário, oferece mais do que o rótulo sugere
Bicho
versátil
S
ou morte
» Com 13 anos de carreira, a
Bicho de Pé tem apenas três
discos e um DVD lançados,
por conta dos percalços do
mercado fonográfico. “Logo
que estourou Nosso xote, o
maior sucesso da banda, a
gente ainda estava com a
Paradoxx. Exatamente nesse
momento, o mercado mudou, quebrou a engrenagem,
em 2002 mais ou menos,
porque a pirataria entrou
muito forte”, explica Daniel
Ferreira. Depois de sete anos
procurando fechar com uma
gravadora e de trocar de empresário três vezes, o grupo
resolveu tomar as rédeas.
“Entramos em estúdio com
nosso próprio dinheiro e
colocamos o disco na
cooperativa de música para
ser distribuído. Ali foi nosso
passo para a independência.
Atualmente, a Bicho de Pé
negocia parceria com o selo
Arlequim para produzir o
quarto CD da carreira.
A Bicho de Pé tem um chamego por Brasília: gravou aqui o primeiro DVD e volta à cidade em 5 de julho
de personalidade, ela é compositora versátil. Dotada de notável
habilidade para criar canções
melodicamente ricas e com uma
levada rítmica capaz de fazer
qualquer pé de valsa deslizar pelo salão, Janaína é responsável
pela maioria das músicas autorais da banda. E, em A vida vai,
amplia seu espaço, assinando
nove das 13 faixas — as exceções
são Só quero um xodó (Dominguinhos e Anastácia), Cajueiro
abalador (Jacinto Silva), Cadê o
sanfoneiro (Zé Maria) e Vientos
del plata (de Potiguara Menezes,
também integrante da banda).
“Janaína compõe tanto que
teve que fazer outro disco, de
pop rock, com outra formação.
Foi lançado no ano passado,
mas, como a gente tem estado
muito envolvido com a banda,
com uma média de três a quatro
shows por semana, ela ainda
não teve tempo de divulgar”,
conta Daniel. Uma das criações
da cantora, Vem dançar, seduziu Elba Ramalho, que entrou
como convidada especial em A
vida vai e ainda trouxe para a
gravação o sanfoneiro Cezinha.
Outro convidado especial é
o gaitista brasiliense Gabriel
Grossi, em Vientos del plata.
Aliás, Brasília tem papel importante na trajetória da Bicho de
Pé — que volta a tocar por aqui
em 5 de julho na festa junina da
Paróquia de Nossa Senhor do
Carmo (113 Sul). Os músicos
gostaram tanto do calor do público nas vezes em que se apresentaram na cidade que a escolheram como local de gravação
do primeiro DVD. “O público
daí sempre legal, receptivo, e
achamos que, naquele momento, Brasília era o melhor lugar”,
diz Daniel.
Bicho de Pé — 10 anos foi registrado em 2009, no Arena do
Forró, com participações do
paraibano Chico César e de
músicos do Clube do Choro.
Depois disso, o grupo correu
mundo. “Viajamos por Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Holanda,
Rússia, Finlândia e Itália”, enu-
mera Daniel. “Foi a nossa terceira turnê internacional. O
forró está muito forte na Europa, os shows são lotados e o público é de europeus. Eles até
aprendem a dançar, têm professores por lá”, conta.
Por causa disso, a banda acabou lançado A vida vai primeiro no Velho Continente, na viagem que fez em abril. E, também por causa disso, ainda que
navegue por outros ritmos, a
Bicho de Pé prefere manter o
forró em primeiro plano, garante Daniel Ferreira: “A gente
não quer se desprender do forró. Todos no grupo têm um pé
no Nordeste. Somos paulistanos filhos de baianos”.
ão
ivulgaç
ecco/D
Aloice S
urgida em meio à onda
do chamado forró universitário, a Bicho de Pé
é vista até hoje como
uma das principais representantes da geração de jovens
músicos paulistas que aderiram aos ritmos nordestinos no
fim da década de 1990. E não
nega fogo quando recebe a incumbência de animar um arrasta-pé, como no último dia 2,
de passagem por Brasília, na
festa junina do Iate Clube. Mas
em A vida vai, o novo disco, o
sexteto reafirma a vontade de
não ficar rotulada como “banda de forró”.
Eu sou quero ver, a faixa de
abertura, tem tudo para repetir
o sucesso de Nosso xote — hit
do disco de estreia, Com o pé
nas nuvens, de 2001 — e xotes e
baiões ainda prevalecem no repertório. Mas o álbum tem samba-rock (Essa morena), chorinho (Tema predileto) e música
romântica (Platonismo), além
de uma sonoridade requintada,
que busca torná-lo mais do que
um disco para tocar em festa.
“Todos os nossos trabalhos tiveram essa preocupação, sempre há músicas que fogem do
forró e da dança. No nosso repertório, tocamos carimbó, xote,
xaxado, maracatu, samba, samba-rock… Somos uma banda de
ritmos brasileiros. Mas fomos
rotulados como banda de forró
porque surgimos no movimento
e nosso maior foco é o forró”, explica Daniel Ferreira. O baixista
lembra que no segundo disco,
Que seja, de 2008, tinha até intervenção poética do ator Paulo
César Péreio em Solidão — que
começa como toada e acaba contaminada pelo tango.
Mas o grande diferencial da
Bicho de Pé é, sem dúvida, a vocalista Janaína Pereira. Além de
ter bela voz e ser intérprete cheia
» Independência
CMYK
» ROSUALDO RODRIGUES
A VIDA VAI
Terceiro disco da banda paulistana
Bicho de Pé. Treze faixas,
produzidas por Alexandre
Fontenetti e Bicho de Pé.
Lançamento independente.
Preço médio: R$ 25.