viviane dos santos nunes
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viviane dos santos nunes
UNIVERSIDADE FEEVALE INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE DESIGN CRISTIANE NUNES DRESSLER RAFAEL DEON SÍNTESE RE-PROJETO DE LIXEIRAS PARA ESCRITÓRIO: UM ESTUDO COZA. Novo Hamburgo 2011 CRISTIANE NUNES DRESSLER RAFAEL DEON SÍNTESE RE-PROJETO DE LIXEIRAS PARA ESCRITÓRIO: UM ESTUDO COZA. Professora: Ms. DAIANA STAUDT Novo Hamburgo 2011 RESUMO Nos últimos tempos, presencia-se uma necessidade muito elevada de empresas e instituições que, de alguma maneira ou outra, buscam formas de se inserirem dentro do grupo de empresas “verdes”, empresa que buscam se adequar, ou melhor, incorporar de forma geral ou em aspectos e detalhes pequenos em seu cotidiano questões ambientais e sociais como o uso de material de escritório reciclado, a própria reciclagem de resíduos, etc. Sustentabilidade está na moda, não há como uma empresa fechar os olhos para um assunto tão comentado e importante nos dias atuais. Este trabalho visa o desenvolvimento de estudos de re-projeto de lixeiras para escritórios, através de analises visando a melhoria estética e funcional de lixeiras para ambientes profissionais, tornando o produto atrativo e harmônico para o uso e que vise a sustentabilidade. O objetivo central foi analisar a partir da lixeira Romeu e Julieta, da empresa Coza, um produto do qual atribuía sustentabilidade, reciclagem, design moderno e inovador, tornando um produto “com consciência ambiental” para atrair olhares aquela empresa que estão se inserindo dentro do conceito ser sustentável, praticar a sustentabilidade. A partir destes objetivos, foi projetado uma lixeira que se insere dentro deste conceito. Para isso, foram realizados coletas de dados, estudos e analises, identificando e aprimorando os conceitos para um novo projeto de lixeira em ambientes profissionais. A partir das coletas de dados e pesquisa de campo, realizada através de questionários, foi possível atingir esses objetivos e re-projetar uma lixeira que possa ser usada como mais um meio de introduzir e instigar o uso consciente da coleta seletiva e a importância da reciclagem para que isso ocorra. As informações coletadas indicam que as pessoas entendem desta importância, mas se não há uma regra, um meio ou uma forma de realizá-la, não as fazem. Assim, a introdução de uma lixeira que atenda estas necessidades, com design e custo beneficio é uma forma de estabelecer metas, objetivos e novos ideais dentro das empresas, trazendo não somente satisfação para a empresa, mas como para o próprio usuário. Palavras-chave: Sustentabilidade; Design; Reciclagem; Lixo; Conscientização SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................... 2 SUMÁRIO ................................................................................................................. 3 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5 1 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................... 7 1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................... 7 1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 8 1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 8 1.3.1 Objetivos Gerais ...................................................................................... 8 1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10 2.1 LIXO................................................................................................................. 10 2.1.1 Classificações E Tipos De Lixo.............................................................. 12 2.1.2 Reciclagem, Coleta Seletiva E Regulamentação Do Lixo .................... 16 2.1.3 Tipos de Reciclagem ............................................................................... 27 2.2 SUSTENTABILIDADE ..................................................................................... 31 2.2.1 Design Sustentável ................................................................................. 32 2.3 LIXEIRAS......................................................................................................... 33 2.3.1 Lixeira e o Mercado ................................................................................. 34 2.4 COZA ............................................................................................................... 36 3 METODOLOGIA E CRONOGRAMA ..................................................................... 38 4 ANÁLISES ............................................................................................................. 39 4.1 ANÁLISE DIACRÔNICA DA LIXEIRA E IDENTIDADE VISUAL COZA ........... 39 4.1.1 Assinatura Visual Coza ........................................................................... 40 4.2 ANÁLISE SINCRÔNICA .................................................................................. 42 4.3 ANÁLISE ESTRUTURAL E TÉCNICA ............................................................. 43 4.4 ANÁLISE FUNCIONAL .................................................................................... 44 4.5 ANÁLISE MORFOLÓGICA .............................................................................. 46 4.6 ANÁLISE ERGONÔMICA ................................................................................ 47 4.6.1 Análise da Tarefa ..................................................................................... 48 4.6.2 Análise do Produto ................................................................................. 49 4.7 ANÁLISE DE ESTILO ...................................................................................... 51 4 4.8.1 Influências Socioculturais ...................................................................... 52 4.8 ANÁLISE AMBIENTAL .................................................................................... 52 4.8.1 Reciclagem de PP ................................................................................... 53 4.9 ANÁLISE MERCADOLÓGICA ......................................................................... 54 4.9.1 Análise de PDV – Lojas Físicas.............................................................. 56 4.9.1 Análise de PDV – Lojas Vituais .............................................................. 59 4.9.1 Público-Alvo ............................................................................................ 60 4.9.2 Análise da Identidade Visual da Marca e Embalagem ......................... 61 4.2 APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO .................................................................. 62 5.1 SÍNTESE DO PROBLEMA .............................................................................. 69 5.2 CHECKLIST DO BRIEFING ............................................................................ 71 5.3 REQUISITOS E RESTRIÇÕES ....................................................................... 72 6 PROPOSTA ........................................................................................................... 74 6.1 CONCEITO E LINGUAGEM VISUAL .............................................................. 74 6.2 GERAÇAO DE ESTUDOS............................................................................... 78 6.3 MATERIAIS E TECNOLOGIAS ....................................................................... 81 6.3.1 PP – POLIPROPILENO ................................................................................... 82 6.4 SOLUÇAO ....................................................................................................... 83 6.4.1 Detalhamento Técnico Lixeira Triplex ................................................... 84 6.4.2 Comunicação e Embalagem do Produto ............................................... 86 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 89 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 91 ANEXOS ................................................................................................................... 93 5 INTRODUÇÃO A preocupação ambiental é um assunto mundialmente comentado já algum tempo, porém ainda não alcançou seus objetivos como um todo que é a utilização dos meios naturais, utilizando fontes renováveis com consciência, reciclando resíduos que possam suprir a necessidade do uso de fontes naturais e finitas suprindo as necessidades da sociedade moderna, sem comprometer com o futuro das novas gerações. Sustentabilidade é um tema cada vez mais abordado dentro de empresas e na própria sociedade. São ações e atividades que auxiliam para suprir as necessidades atuais da sociedade moderna, sem comprometer o futuro daqueles que ainda virão. Esta visão de sustentabilidade vem ganhando forças no cenário coorporativo. Muitas empresas estão cada vez mais preocupadas com o com questões ambientais, tanto por incentivo de órgãos governamentais, quanto por uma Para PELTIER (2009, p.12), “não é mais tempo de se perguntar o que é preciso fazer, é preciso agir de modo sustentável. Devemos nos comprometer com o bom caminho, evitando cometer os mesmos erros e reinventando o que já foi feito.” Para tal, a maioria das empresas, não possuem lixeira individual de reciclagem para seus funcionários. Em muitas das empresas, as lixeiras de coleta seletiva são de uso coletivo, e estão alocadas em alguns pontos da empresa. Porém o lixo descartado individualmente é alocado em apenas um compartimento, e este quando recolhido, possui a mistura de materiais secos e orgânicos. Uma vez que os materiais secos são contaminados por material orgânico, já não há como reciclar o material. Como auxiliar num detalhe que apara alguns seja simples, mas que no processo final de reciclagem fará uma grande diferença? Isso se tornou um fator decisivo para a escolha do projeto, que é um redesign de lixeiras para escritório, utilizando compartimentos que atendam as necessidades da separação de lixo dentro das corporações, de uso individual. O objetivo deste trabalho é desenvolver estudos através de análises visando a melhoria estética e funcional de lixeiras para ambientes profissionais, tornando um produto atrativo e harmônico para o uso e sustentável. 6 No decorrer dos estudos, o trabalho abordará a aplicação de metodologias, do Método de Munari, além de estudos de caso, aplicação de questionários e demais ferramentas de criatividade. Durante o embasamento teórico, será descrito um breve histórico do lixo, seus tipos e classificações, normas além de conceitos como sustentabilidade. Em contrapartida, a aplicação do das metodologias analisará a evolução do produto no mercado, similares, analises estruturais e funcionais, estilo e mercadológicas, entre demais análises que compreenderão estudos de requisitos e restrições. Estes por fim, darão o pontapé inicial para a geração de conceitos e estudos para a elaboração deste projeto. Por fim, será feito o projeto renderizado, com estudos e propostas de aplicação. As análises das informações contidas neste trabalho serão contempladas no na conclusão, apresentando o aprendizado obtido no projeto, as dificuldades encontradas, a satisfação do trabalho cumprido e as metas alcançadas. 1 PROBLEMATIZAÇÃO A sustentabilidade é um tema muito discutido atualmente e muitas empresas estão adotando essa nova postura frente aos problemas sociais e ambientais. O uso consciente da reciclagem é a proposta de um novo design1 para lixeiras de escritório onde, em grande parte das mesmas, seus funcionários possuem lixeira individual sem fazer uso da reciclagem dos resíduos, o que é extremamente importante para uma empresa que busca, além de seus propósitos finais, a sustentabilidade. Segundo Kaminski (2000, p.2), “O produto final deve ser a resposta ou a solução a uma necessidade, individual ou coletiva, que pode ser satisfeita pelos recursos humanos, tecnológicos e econômicos disponíveis naquele instante.” A busca pela melhoria de um produto é a chave de respostas para satisfação do cliente final, ou seja, do usuário direto do produto, porém para isso são necessários estudos e análises de dados referentes ao produto, para que se possam alcançar os objetivos propostos. 1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA O uso de lixeiras em escritórios é utilizado de forma individual, em seu local de trabalho. Porém, o lixo empresarial se dá através do descarte de papeis, plásticos e material orgânico, sendo que a maioria dos lixos não possui compartimentos específicos para cada material. De acordo com D‟Almeida (1995, p. 29), o lixo comercial é “aquele originado nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços [...]. O lixo destes locais tem grande quantidade de papel, plástico, embalagens diversos [...].” Gerado pelo terceiro setor, o lixo comercial nada mais é, além dos resíduos de higiene dos funcionários, papel, plástico e embalagens e sobras de alimento. Contudo, o tipo de lixeira que é alocado estes resíduos não possui a devida 8 separação de lixo para coleta seletiva em escritórios e uma futura reciclagem, uma vez que quase todos os materiais descartados possam ser re-utilizados. Portanto, a problemática deste trabalho é re-projetar lixeiras para escritório de modo sustentável, e com design moderno, visando a reciclagem dos resíduos, colaborando com a coleta seletiva, destinado à empresas que querem e estão adotando uma nova postura frente aos problemas ambientais e sociais. 1.2 JUSTIFICATIVA Melhorar a função prática e estética de lixeiras para escritórios, instigando o uso consciente de reciclagem e de transformação do ambiente em que vivemos. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivos Gerais Desenvolver estudos através de análises visando a melhoria estética e funcional de lixeiras para ambientes profissionais, tornando um produto atrativo e harmônico para o uso e sustentável. 1.3.2 Objetivos Específicos Este trabalho tem como objetivos específicos: Coletar dados acerca do público de profissionais de diversas áreas; Analisar produtos do segmento voltados para ambientes profissionais; Aprimorar a funcionalidade da lixeira para vários tipos de coletas; 9 Aplicar novo conceito estético para o produto; Re-projetar, a partir de estudos, nova proposta de produto sustentável para utilização em escritórios. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para que se possa ter uma efetividade na análise dos dados coletados na pesquisa, no que tange ao envolvimento com o problema, é preciso que se tenha a base teórica para comprovação dos fatos. Assim, detalham-se as teorias e conceitos que evidenciam a importância da sustentabilidade e do eco design para a criação de produtos que possam inserir valores como a conscientização ambiental dentro do ambiente profissional, transformando esses valores e ideias em ideais, propondo a melhoria de uso e pensamento do ser humano. 2.1 LIXO Desde os tempos primórdios, os homens vêem descartando aquilo que não o serve mais, aquilo que considera inútil, sem uso, que foi considerado “lixo”. Segundo Marques e Cruz (2007), o lixo nada mais é do que “aquilo que se joga fora, que não presta resultantes de atividades domésticas, comerciais, industriais e hospitalares”. Segundo o dicionário Michaellis, lixo significa: Aquilo que se varre para tornar limpa a sua casa, rua, jardim, etc...; restos de cozinha e refugos de toda espécie, como latas vazias e embalagens de mantimentos que ocorrem em uma casa; imundície, sujidade, escória, detrito, entulho, porcaria. A palavra „lixo‟ é vem do latim lix, o que significa “cinza”, que teria surgido numa época bem antiga, onde a maioria dos resíduos era de cozinhas e estes eram formados por restos de lenhas carbonizadas em fornos e fogões. (Isto é, setembro/1995). Na antiguidade, o homem nômade depositava seus lixos – que eram apenas seus dejetos e restos de alimentos – e o tempo encarregava-se de decompor e dar uma finalidade a ele. Com o passar dos tempos, o homem deixou de ser nômade, aos poucos foram surgindo as primeiras civilizações e com isso os primeiros artefatos e materiais que reproduzissem o conforto para estes povos como vasilhas, lanças, roupas e demais objetos. A caça e o plantio tornaram-se tarefas diárias e o lixo produzido começou a crescer e ser mais variado, ou seja, além de dejetos e 11 restos de comida, o lixo também se constituía de restos dos próprios materiais produzidos para o seu conforto. Segundo Peltier (2009), o surgimento dos primeiros depósitos de lixo deu-se na Antiguidade greco-romana. Resíduos eram depositados fora da cidade de Atenas e em Roma foram criadas fossas para depósitos destes resíduos. Com o passar dos anos, a população mundial foi aumentando, as pequenas aldeias tornaram-se cidades e muitas delas hoje, grandes centros urbanos. Em 1184, segundo Peltier (2009), o lixo em Paris era tão grande que Filipe Augusto ordenou a pavimentação de ruas e a criação de fossas e canais para o escoamento deste lixo. Na Idade Média, o lixo era acumulado nas ruas e vielas, proliferando o surgimento de ratos, baratas e demais microorganismos. Naquela época, o lixo foi considerado um proliferador de doenças, entre ela, a Peste Negra. Não havia nenhuma forma de coleta de lixo e muito menos saneamento básico. Mesmo assim, o homem passou a criar e produzir cada vez mais, e com a Revolução Industrial, a produção de bens de consumo foi impulsionada e o lixo produzido também foi aumentando e tornou-se hoje, o que podemos considerar um problema mundial. O que fazer com o lixo produzido? Como descartá-lo? Infelizmente, somente a partir metade do século XX, a humanidade passou a preocupar-se com o meio ambiente. Temas como camada de Ozônio, aquecimento global e poluição dos meios naturais tornaram-se uma preocupação vital para a humanidade e eram discutidos em fóruns e congressos. A Eco-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, foi um marco para acender ainda mais discussões sobre o os resíduos e a poluição ambiental (Marques e Cruz, 2007). Para Vilhena (2000), a população mundial, que hoje tem mais de 6 milhões de habitantes, gera em torno de 30 bilhões de toneladas de resíduos por ano, tendo os Estados Unidos o maior produtor de lixo mundial. Hoje, a mídia busca seduzir o consumidor a comprar cada vez mais, com isso consumimos ainda mais e produzimos toneladas de lixo. Para Vilhena (2000, p.8): O acelerado processo de urbanização, aliado ao consumo crescente de produtos menos duráveis, e/ ou descartáveis, provocou sensível aumento do volume e diversificação do lixo gerado e sua concentração espacial. 12 As indústrias, para satisfazer esta sedução e compulsão dos consumidores, investem ainda mais em produtos descartáveis, que possam ser jogados fora logo após o uso, aumentando ainda mais o lixo em nosso ambiente. As maiorias destes produtos descartáveis são plásticos, como garrafas, sacolas e copos. Produzidos de matéria prima natural e finita – o petróleo -, este lixo demora anos para decompor na natureza, tornando-se um dos principais pesadelos da humanidade. Contudo, a população mundial vem, cada vez mais pensando em uma forma de melhorar a qualidade de vida e o meio ambiente que me vivemos. Ainda para Vilhena (2000), uma grande preocupação é encontrar soluções seguras para sanar os problemas decorrentes da geração desenfreada de lixo em grandes quantidades. A população mundial consome uma grande parte dos recursos naturais como água, energia e alimentos, além de matéria prima e geram uma quantidade muito grande de lixo que precisam ser alocados de maneira segura e sustentável. Por isso, o surgimento da separação do lixo, saneamento básico, coleta seletiva e principalmente a reciclagem destes materiais descartados foi um pequeno passo, mas significativamente grande para tentar amenizar este problema que o mundo vem sofrendo com a produção de lixo. 2.1.1 Classificações E Tipos De Lixo Há uma variedade muito grande de tipos de lixo comparada com aqueles tipos descartados na era nômade. Cada tipo de lixo possui uma estimativa de vida e decomposição, além de alguns serem utilizado para a reciclagem. Segundo Vilhena (2000), o lixo produzido são restos de atividades humanas, sobras, material descartado, indesejável. Estão apresentados em sólidos, semi-sólido e semi-liquido. O lixo pode ser classificado por sua natureza (seco ou molhado), pela sua composição (orgânico ou inorgânico) ou pelo seu grau de riscos. Para Grippi (2001), esta classificação é obtida na NBR-10004 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que divide o lixo pelo seu grau de risco: perigosos (Classe I), não inertes (Classe II) e inertes (Classe III), conforme tabela abaixo: 13 CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICA Classe I (perigosos) Apresentam riscos ã saúde pública ou ao meio ambiente. Possui uma ou mais propriedades (inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade). Classe II (Não- Podem ter propriedades como combustabilidade, inertes) biodegradabilidade ou solubilidade, porém não se adequal como classe I ou III. Classe III (Inertes) Não tem constituinte algum solubilizado em concentração superior ao padrão de potabilidade de águas. Tabela 1: Classificação do lixo Norma NBR-10004 Uma forma importante é a classificação quanto à origem do lixo: comercial, doméstica, industrial, limpeza pública e hospitalar. Para alguns autores, a classificação inclui ainda, serviços de saúde, portos, aeroportos, rodoviários, ferroviários, agrícolas e de entulhos. Ainda podemos citar lixo nuclear, lixo eletrônico e lixo tecnológico. Vamos classificar apenas os mais citados que são o comercial, doméstico, industrial, hospitalar e limpeza pública, segundo a tabela abaixo, uma vez que os demais se aplicam dentro destes padrões. Tipo de Lixo Características Comercial Originado de estabelecimentos do terceiro setor como escritórios, supermercados, lojas, bares, etc. Os lixos encontrados têm volume de papel, plástico, embalagens, e resíduos de asseio dos funcionários e restos de alimentos. Doméstico Lixo residencial, constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais/ revistas, garrafas, embalagens, papel higiênico, fraldas, etc. Industrial Originado pela indústria, contém cinzas, óleos, resíduos de matéria-prima, plásticos, papeis, madeiras, borracha, vidro, etc. 14 Hospitalar Gerado por hospitais e clínicas médicas, contém resíduos sépticos, podendo conter agentes patogênicos2 (seringas, gases, bandagens, etc.), além de resíduos assépticos3. Considerado material perigoso, deve ter um tratamento diferenciado, desde a coleta até a sua deposição final. Limpeza Pública Composto por folhas em geral, galhos de árvores, papéis, plásticos, entulhos de construção, terras, animais mortos, madeiras e móveis danificados. Tabela 2: Classificação dos Tipos de Lixo Para este trabalho, abordaremos somente a classificação por origem de descarte, considerando apenas o lixo comercial. O lixo hoje, tanto industrial, comercial, domésticos e demais tipos, são coletados e descartados de três formas, citadas abaixo: Lixão – depósito feito em áreas extensas, a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento do solo. Nesta situação, o solo fica em contato diretamente com o lixo, exposto a degradação, causando um grande cheiro, contaminando o solo, podendo contaminar os lençóis freáticos. Além disso, por causa do cheiro, através diversos animais como aves, roedores, insetos e animais domésticos, correndo o risco de transmitirem doenças aos seres humanos, principalmente aqueles que se sustentam a margem do lixão, como os catadores de lixo. Aterro Sanitário – grande região de terras que estão de acordo com requisitos técnicos de engenharias e normas operacionais que limitam os resíduos em pequenas áreas sendo cobertos com terra. Estas áreas sofrem um processo de impermeabilização antes da utilização como depósito de lixo, possuindo um sistema de drenagem de chorume para p tratamentos, remoção e queima de gases produzidos pelos resíduos. A partir do momento em que o limite do aterro for 15 atingido, esta área é coberta por terra e encerrado o processo de depósito, sendo utilizado para o plantio de vegetais e raízes curtas. Incineração – queima do lixo em altas temperaturas (800 a 1.000º C). Este tipo de meio de descarte de lixo é vantajoso, pois além de reduzir o espaço para a utilização de aterros, a energia térmica produzida pela queimas destes resíduos através do vapor, produz energia elétrica. Este processo gera detritos sólidos e gases que não são poluentes e somente sua emissão gasosa deve ser tratada. O único problema é que o custo deste tipo de descarte de lixo é altamente caro, sendo utilizado somente para incineração de lixo hospitalar. Além disso, o tempo que leva para os resíduos se decomporem depende muito do tipo de material que é feito. Na tabela abaixo, poderá ser visto o tempo médio de decomposição de alguns resíduos. Resíduo Tempo Médio para Decomposição Papel 3 a 6 meses Chicletes 5 anos Alumínio 200 a 500 anos Vidros 4.000 anos Tecidos 100 a 400 anos Plástico 450 anos Borracha/ Pneu tempo indeterminado Nylon mais de 30 anos Madeira pintada 13 anos Filtro de cigarros 5 anos Fralda descartável 600 anos Garrafas PET Indefinido Palitos de fósforo 6 meses CD´s 450 anos Couro 30 anos Tabela 3: Tempo de Decomposição De Resíduos Fonte: Fonte: Núcleo de Estudos em Meio Ambiente (NUCLEAM)-UEPG 16 Existem ainda, pessoas que trabalham catando material para reciclagem nos lixões, pois lá, o lixo fica a céu aberto. Estas pessoas são identificadas como catadores de lixo. São pessoas de classe média baixíssima, que vendem os materiais juntados do lixo para o seu próprio sustento e de sua família. Para Vilhena (2000), o exercício deste trabalho representa uma opção de vida. Vilhena (2000, p.84) ainda cita: Há anos, a reciclagem é sustentada no Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, pela catação informal de papeis e outros materiais achados nas ruas e nos lixões. Estima-se hoje no Brasil a atuação de cerca de 200 mil catadores de rua responsáveis pela coleta de vários tipos de materiais. (apud CEMPRE, 1999). Por isso, a questão de separação de lixo é importante desde o inicio do processo, dentro de uma empresa, numa residência, em ambientes públicos e qualquer outro lugar que em que as pessoas gerem lixo. Para Grippi (2001), devemos gerenciar o lixo desde sua geração, seleção até o seu descarte. é importante pensarmos de maneira consciente, sabendo utilizar os produtos de maneira correta, levando sempre em consideração como este produto será descartado no nosso ambiente em que vivemos. Isso se dá através da conscientização e da importância da reciclagem em nossas vidas, através da separação do lixo, da coleta seletiva, e do descarte correto desses resíduos no meio em que vivemos. 2.1.2 Reciclagem, Coleta Seletiva E Regulamentação Do Lixo O termo reciclagem já vem sendo utilizado há muitos anos. Para Hare (2002), a reciclagem não é uma nova idéia. No passado, durante anos roupas e objetos usados eram revendidos em bazares e lojas de caridade. Hare (2002, p. 5) conclui: Reciclar significa reaproveitar o lixo. Isso pode ser feito reutilizando total ou parcialmente, o material usado na fabricação de produtos. [...] jogar fora, pura e simplesmente as coisas que não usamos mais não só polui o meio ambiente como desperdiça as preciosas matérias primas da Terra. A 17 reciclagem está sendo vista como importante solução para esses problemas. Grippi (2001, p. 4) define ainda: Reciclagem é o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem utilizados como matériaprima na manufatura de outros bens, feitos anteriormente apenas com matéria-prima virgem. Segundo o autor, os benefícios da reciclagem são inúmeros. Como: Diminuição da quantidade de lixo a ser aterrado; Preservação dos recursos naturais; Economia proporcional de energia‟ Diminuição da poluição ambiental; Geração de empregos, diretos e indiretos. Podemos citar ainda: Diminuição das áreas ocupadas pelos aterros sanitários; Valorização dos produtos descartados; Conscientização da importância da preservação do meio ambiente; Diminuição do impacto causado pelo homem; Contudo, a reciclagem não pode ser encarada como uma solução para o problema do acúmulo de lixo produzido pelo homem. A separação dos materiais é importante para que se possa obter um processo de reciclagem correto. Não se pode misturar o lixo seco com o molhado, papeis e plásticos com restos de material orgânico. Este papel de separação pode ser feito no momento do descarte dos resíduos. Lá dentro do escritório, da indústria, da cozinha, do lixo público. Este processo auxilia ainda mais os catadores formais e informais e é uma maneira de colaborar com o meio ambiente. Grippi (2001) menciona a importância da separação feita na fonte (gerador/ população), com a posterior coleta seletiva feita pela prefeitura municipal e envio aos locais de triagem ou usinas. O primeiro passo se dá através da participação da população geradora e a segunda envolve a gestão governamental. Porém, sem a 18 atuação participativa de todos, não há como melhorarmos este problema que é um agravante no nosso século. Segundo Vilhena (2000, p. 81), a coleta seletiva de lixo é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e „orgânicos‟, previamente separados na fonte geradora. O autor cita ainda quatro tipos de coleta seletiva, sendo: Porta-a-porta – assemelha-se ao processo clássico de coleta de lixo. Postos de entrega – coletas seletivas em PEV (Postos de Entrega Voluntária) são postos fixos que cada pessoa pode levar o material separado. Postos de troca – são postos de troca do material reciclado por algum beneficio (alimento, vale-transporte, descontos, etc) Catadores – são as pessoas de baixa renda que saem as ruas catando materiais que possam ser reciclados. Além disso, trabalham em postos de triagem ou lixões. A coleta seletiva normalmente exige a construção de galpões de triagem 4 (Vilhena, apud CEMPRE, 1999), onde os materiais são depositados, separados, prensados ou picados enfardados ou embalados para venda novamente como matéria-prima. As vantagens da coleta seletiva também são muitas, podendo citar: Proporciona qualidade dos materiais recuperados; Estimula a cidadania; Permite a colaboração mútua de população, catadores, empresas e órgãos governamentais para conscientização Reduz o volume de lixo e beneficia a todos com novos recursos reciclagem e repasse ao toda a população. Porém, ainda há alguns aspectos a serem considerados: Necessita a colaboração de todas as pessoas; 19 Necessita um centro de triagem para que a separação seja realizada com sucesso e os benefícios sejam repassados à comunidade. Segundo Peltier (2009), a partir do séc. XIII surgiram as primeiras regulamentações para controlar a falta de higiene entre a população em Paris. O autor expõe que os habitantes daquela época tinham o dever de limpar o espaço frente a suas residências uma vez por semana. Todos os bairros foram cavados poços, que eram conhecidos como trous punais, ou seja, buracos fédidos. Porém, os habitantes daquela época se opunham e não cumpriam com seu dever, e em 1347 a situação se agravou com o surgimento da pandemia da peste negra, causada pela falta de higiene e proliferação de vermes e bactérias provindas do lixo. Hoje em dia, para que tudo isso ocorra de forma correta para que tenhamos boas condições de higiene, foram criadas normas e leis que regulamentam o lixo, bem como sua coleta, coleta seletiva e reciclagem. Abaixo, citamos algumas destas leis: Leis Federais - Projeto de Lei do Senado no 354, de 1989 (no 203, de 1991, na Câmara dos Deputados): Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dá outras providências. - Lei Federal Nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007: Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. - Decreto Federal 5.940 de 25 de outubro de 2006: Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. - CBO - Classificação Brasileira de Ocupações: Catador de Material Reciclável é profissão reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Abaixo algumas leis de alguns estados: 20 Rio de Janeiro – Leis Estaduais - Lei nº 3369 de 07 de janeiro de 2000: Estabelece normas para a destinação final de garrafas plásticas e dá outras providências. - Decreto nº 31.819, de 09 de setembro de 2002: Regulamenta a Lei nº 3369 de 07 de janeiro de 2000, que estabelece normas para a destinação final de garrafas plásticas. - Decreto Estadual 40.645 de 08 de março de 2007: Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. - Lei Estadual Nº 3755 (Laprovita), de 07 de janeiro de 2002: Autoriza o Poder Executivo a financiar a formação de cooperativas. - Lei nº 4191, de 30 de setembro 2003: Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá Outras Providências. Princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Rio de Janeiro, visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais. Rio de Janeiro – Leis Municipais - Decreto nº 30624: Institui a separação dos materiais recicláveis descartados pela administração pública municipal na fonte geradora e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. - Lei Municipal Nº 3273, de 06 de setembro de 2001: Dispõe sobre a Gestão do Sistema de Limpeza Urbana no Município do Rio de Janeiro Regulamentada em 22 de abril de 2002. - Decreto Municipal de Duque de Caxias Nº 5.623, de 19 de junho de 2009: Institui a separação dos resíduos sólidos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal Direta e Indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. 21 São Paulo - Lei Nº 12.528, de 02 de janeiro de 2007: Obriga a implantação do processo de coleta seletiva de lixo em “shopping centers” e outros estabelecimentos que especifica, do Estado de São Paulo. - Lei Municipal de Diadema nº 2.336, de 22 de junho de 2004: Institui o Sistema para gestão sustentável de resíduos sólidos do município de Diadema e dá outras providências. Paraná - Lei Estadual nº 12493, de 22 de Janeiro de 1999: Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes a geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e adota outras providências. Recentemente, no último ano de seu governo, o agora ex-presidente Sr. Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou a “Lei do Lixo”, em 23 de dezembro de 2010, conhecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS - sancionada em agosto de 2010 pelo presidente Lula, sob numeração Lei nº 12.305 -. Esta lei estabelece que a Gestão Integrada de Resíduos, onde o material descartado pela sociedade e todos os atores envolvidos são regulamentados com base no sistema de responsabilidade compartilhada. Foi ainda determinado a criação do SINIR (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos) que fará a coleta, sistematização e disponibilização de dados e estatísticos relativos aos serviços. Esta lei também gerou incentivos tributários e em 31/10/2010, a Lei Federal n.º 12.375 incentivam com créditos presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, até 31/12/2014, aos estabelecimentos industriais que usarem resíduos sólidos recicláveis como matéria prima na fabricação de seus produtos ou em processos intermediários na cadeia produtiva, desde que adquiridos diretamente de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. 22 Já para a normatização de coleta seletiva, segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), através da Resolução Nº 275/01 foi criado um sistema de identificação visual das lixeiras para facilitar a coleta seletiva e a separação efetiva dos materiais: De acordo com a RESOLUÇÃO nº 275 de 25 de abril de 2001: O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999, e: Considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e água; Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas, provocando o aumento de lixões e aterros sanitários; Considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil visualização, de validade nacional e inspirada em formas de codificação já adotada internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a reciclagem de materiais, RESOLVE: Artigo 1º- Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. Artigo 2º - Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo. §1º - Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não-governamentais e demais entidades interessadas. §2º - As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até doze meses para se adaptarem aos termos desta Resolução. 23 Artigo 3º - As inscrições com os nomes dos resíduos e instruções adicionais, quanto à segregação ou quanto ao tipo de material, não serão objeto de padronização, porém recomenda-se a adoção das cores preta ou branca, de acordo a necessidade de contraste com a cor base. Artigo 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Este documento foi assinado pelo presidente, Sr. José Sarney Filho. De acordo com o documento citado acima, foram estipulados padrões de cores para a coleta e separação do lixo conforme tabela abaixo: PADRÃO DE MATERIAL RECICLADO CORES AZUL Papel/papelão VERMELHO Plástico VERDE Vidro AMARELO Metal PRETO Madeira LARANJA Resíduos perigosos BRANCO Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde ROXO Resíduos radioativos MARROM Resíduos orgânicos CINZA Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação Tabela 4: Padrões de Cores Normatizado por Lei Na figura abaixo, podemos visualizar melhor este padrão, sabendo que as cores não precisam necessariamente, nos casos de lixos internos, de uso domestico escritório e locais públicos fechados, ser totalmente pigmentados com a cor correspondente. Pode-se apenas atribuir a cor no nome e em algum detalhe que fique visível e perceptível ao usuário. Em vias abertas, esse padrão é necessário para que o usuário possa identificar logo as lixeiras de coleta seletiva. 24 Figura 1: Padrões de Cores para Coleta Seletiva Fonte: http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=137&Itemid=146 De acordo com o tipo de material, podemos ter casos que não se pode fazer reciclagem, isso depende dos materiais utilizados no processo de fabricação do produto. Após o processo de coleta seletiva, devemos pensar na reciclagem destes materiais, porém nem todos os resíduos poder ser reciclados como papel com alumínio, embalagem de salgadinhos, etc. Além da padronização das cores, foram criadas simbologias de identificação de materiais, instigando uma mudança no comportamento da sociedade em si para questões como ser sustentável, reciclagem, renovação entre outros atributos, o setor produtivo tomou iniciativa em criar contribuições mecânicas, auxiliando na normatização em relação os produtos, uma vez que nem todas as pessoas têm conhecimento do material e seu meio de descarte. Para Preussler (2006), “o objetivo da rotulagem ambiental é promover a melhoria da Qualidade Ambiental de produtos e processos mediante a mobilização das forças de mercado pela conscientização de consumidores e produtores.” 25 A ISO (Organização Internacional para Padronização) criou uma rotulagem ambiental de produtos, e no Brasil, os padrões de normatizações são conferidos a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Segundo a autora, a série ISO sobre rotulagem ambiental, possui três tipos (Tipo I, II e II) de declarações ambientais. Estas normas servem para estabelecer critérios na estrutura do projeto que sejam validos tecnicamente para que os programas existentes possam ser avaliados. Abaixo, os três tipos de normas ambientais criadas pela ISO., segundo Preussler (2006, p.3): Rotulagem tipo I – NBR ISO 14024: Programa Selo VerdeEstabelece os princípios e procedimentos para o desenvolvimento de programas de rotulagem ambiental, incluindo a seleção, critérios ambientais e características funcionais dos produtos, e para avaliar e demonstrar sua conformidade. Também estabelece os procedimentos de certificação para a concessão do rótulo. Rotulagem Tipo II – NBR ISO 14021: Auto-declarações ambientaisEspecifica os requisitos para auto-declarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos. Termos selecionados em declarações ambientais e fornece qualificações para seu uso. Descreve uma metodologia de avaliação e verificação geral para auto-declarações ambientais e métodos específicos de avaliação e verificação para as declarações selecionadas Figura 2: Símbolo de Identificaçao de Produtos Recicláveis Fonte: Fonte: CEMPRE. A Rotulagem Ambiental e o Consumidor no Mercado Brasileiro de Embalagens (2006). 26 Rotulagem Tipo III – ISO 14025: Inclui avaliação do ciclo de vida Ainda está sendo elaborada no âmbito da ISO. Tem alto grau de complexidade devido á inclusão da ferramenta Avaliação do Ciclo de Vida. Existe um longo caminho para que este tipo de rotulagem ganhe o mercado. Abaixo, os símbolos mais comuns que vem ganhando destaque no mercado brasileiro: Figura 3: Simbologia de algumas embalagens Fonte: CEMPRE. A Rotulagem Ambiental e o Consumidor no Mercado Brasileiro de Embalagens (2006). Os materiais plásticos são mais diversificados, pois possuem propriedades diferentes uns dos outros, por isso, para resíduos plásticos, as simbologias mais utilizadas seguem a norma NBR 13230 da ABNT, conforme figura abaixo: 27 Figura 4: Simbologia dos Materiais Plásticos Fonte: CEMPRE. A Rotulagem Ambiental e o Consumidor no Mercado Brasileiro de Embalagens (2006). No Brasil, o assunto está sendo bem aceito e a tendência é que cada vez mais possamos encontrar produtos de acordo com a auto-declarações ambientais, pois a indústria sente a necessidade de simplificar e fazer o consumidor compreender estas normas, de maneira que precisa e de fácil entendimento. 2.1.3 Tipos de Reciclagem Para Grippi (2001), existem no Brasil, três tipos de reciclagem. A reciclagem por compostagem (reciclagem de matéria orgânica), a reciclagem de materiais (papel, plástico, vidro e metal) e a destruição por incineração. Compostagem – processo biológico de decomposição de matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. O resultado final deste processo é um composto orgânico que pode ser utilizado no solo (adubo). Reciclagem de materiais (papel, plástico, vidro e metal) - nem todos os materiais desta categoria podem ser reciclados. 28 A tabela abaixo informa os materiais que podem e os que não podem ser reciclados: Reciclável Não Reciclável Observações Folhas e aparas de papel Adesivos Jornais Etiquetas Revistas Fita Crepe Caixas Papel carbono Devem estar secos, limpos Papelão Fotografias (sem gordura, restos de PAPEL Formulários de comida, graxa), de preferência computador Papel toalha não amassados. As caixas de Cartolinas Papel higiênico papelão devem estar Cartões Papéis engordurados desmontadas por uma questão Envelopes Metalizados de otimização do espaço no Rascunhos escritos Parafinados armazenamento. Fotocópias Plastificados Folhetos Papel de fax Impressos em geral Tetra Pak Latas de alumínio Clipes PLÁSTICO METAL Latas de aço: óleo, sardinha, Grampos molho de tomate. Esponja de aço Devem estar limpos e, se Latas de tinta ou possível, reduzidos a um Ferragens veneno menor volume (amassados) Canos Latas de combustível Esquadrias Pilhas Arame Baterias Tampas Cabo de panela Isopor tem reciclagem em Potes de alimentos Tomadas algumas localidades. Potes e PET Adesivos frascos limpos e sem resíduos 29 Garrafas de água para evitar animais mineral Espuma transmissores de doenças Recipientes de Teclados de próximo ao local de Limpeza computador armazenamento . Higiene Acrílicos PVC Sacos plásticos Brinquedos Baldes Potes de vidro Planos Copos Espelhos Garrafas Lâmpadas Embalagens de molho Cerâmicas Frascos de vidro Porcelanas Cristal Devem estar limpos e sem resíduos. Podem estar inteiros ou quebrados. Se quebrados devem ser embalados em papel grosso (jornal ou craft). VIDRO Ampolas de medicamentos Tabela 5: Tabela de Produtos Recicláveis Reciclagem de papel – o papel é composto por fibras de celulose. Segundo Vilhena (2000), o papel foi inventado no ano de 105 a.C, pelo chinês T`sai Lun, formada por moldes planos e porosos a partir das fibras de vegetais. Hoje, o principio da fabricação do papel ainda é o mesmo, utiliza-se ainda as fibras vegetais. No Brasil, cerca de 80% do total de pasta celulósica produzida vem da madeira, sendo os outros 20% obtidos de outras fontes de matéria-prima. Existem vários tipos de papeis, sendo eles utilizados para diversas finalidades como desenho, cartões, embalagens, etc. A reciclagem do papel se dá através de aparas de papel geradas durante o processo de fabricações de materiais produzidos de papel, além de artefatos gerados pré ou pós-consumo. Reciclagem de Plásticos – os plásticos são produzidos através de resinas sintéticas, conhecidas como polímeros, derivados do petróleo, matéria esta de fonte 30 não renovável e natural. É o material que mais contribui para a poluição do ecossistema, devido ao fato de sua resistência a biodegradação. Segundo Grippi (2001, p. 37), [...] embora represente somente 4 a 7% em massa, os plásticos ocupam de 15 a 20% do volume do lixo [...] quando o lixo é depositado nos lixões, o problema principal relacionado ao material plástico é a sua queima indevida e sem controle, o que acaba causando poluição do ar [...]. Quando a disposição é feita em aterros, os plásticos dificultam a compactação e prejudicam a decomposição dos materiais biologicamente degradáveis, pois criam camadas impermeáveis que afetam as trocas de liquidos e gases no interior do aterro. Para o plástico, segundo Vilhena (2000), sua reciclagem se dá através de três classificações: I. Primária ou pré-consumo – recuperação dos resíduos feitos pela própria indústria transformadora. É comum transformar restos de plásticos em grânulos para que se aproveite em outro produto. II. Secundária ou pós-consumo – conversão dos resíduos plásticos de produtos descartados no lixo. III. Terciária – é a conversão de resíduos de plásticos em produtos químicos e combustíveis. Os materiais plásticos são transformados em matérias-primas que originarão novamente resinas virgens ou outras substâncias como o bicombustível. Reciclagem de vidros – material obtido pela fusão de compostos inorgânicos a altas temperaturas e resfriamento da massa até um estado rígido, tem como principal componente a sílica. O vidro é considerado material 100% reciclado, sendo que para cada tonelada de caco de vidro limpo, uma nova tonelada de vidro é feita, além de disso, deixam de serem gastos 1,2 toneladas de matérias-primas virgens. Outra grande vantagem é que com o uso de caco de vidro, a nova produção de vidro tem economia de energia, além de ser reciclado infinitas vezes. Reciclagem de metais – os metais são classificados em ferrosos e não ferrosos. Os ferrosos nada mais são do que ferro e aço e dos não ferrosos abrangem alumínio, cobre, chumbo, níquel e zinco. Os metais sucateados tem grande valor na indústria metalúrgica, pois corresponde a cerca de 50% da produção de chumbo e 20% da produção de aço. Para a reciclagem de metal, sua vantagem 31 se dá na diminuição de despesas na fase de redução de minério e metal. Embora os metais não ferrosos tiverem seu valor de maior interesse, pelo seu custo, é muito grande a procura de sucatas de aço e ferro. Uma das principais reciclagens de metais que encontramos nos lixões são as latas de alumínio utilizadas pela indústria de bebidas. No Brasil, segundo Vilhena (2000), estima se que 700 mil toneladas de aço estanhado, cromado ou sem revestimento para a fabricação de 7 bilhões de latas de alumínio. Incineração – tecnologia térmica existente queima resíduos a uma temperatura acima de 900c, em mistura com uma quantidade de ar e durante um tempo determinado. Os compostos orgânicos ao reduzidos a seus constituintes minerais, principalmente o dióxido e carbono gasoso e vapor de água e cinzas. A grande desvantagem deste processo é o seu alto custo. 2.2 SUSTENTABILIDADE Para PELTIER (2009, p.12), “não é mais tempo de se perguntar o que é preciso fazer, é preciso agir de modo sustentável. Devemos nos comprometer com o bom caminho, evitando cometer os mesmos erros e reinventando o que já foi feito.” Sustentabilidade é um tema cada vez mais abordado dentro de empresas e na própria sociedade. São ações e atividades que auxiliam para suprir as necessidades atuais da sociedade moderna, sem comprometer o futuro daqueles que ainda virão. Ser sustentável está diretamente ligado com o desenvolvimento social, econômico e material sem que o homem interfira de modo privativo no meio ambiente. Para isso, um dos objetivos é usar os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável. Segundo Mazini (2005, p. 27): [...], referimo-nos às condições sistêmicas segundo os quais, em nível regional e planetário, as atividades humanas não devem interferir nos ciclos naturais em que se baseia tudo o que a resiliencia do planeta permite e, ao mesmo tempo, não devem empobrecer seu capital natural, que será transmitido a gerações futuras. 32 Para o autor, a sustentabilidade emerge num ponto fundamental: a sustentabilidade ambiental é um objetivo a ser atingido e não, como muitas vezes é entendida, uma direção a ser seguida. O que o autor expõe é a maneira em que encaramos a sustentabilidade. Algumas pessoas e empresas encaram a sustentabilidade como alguns itens que devemos cuidar, mas vai muito alem disso. Devemos cuidar verdadeiramente de nossos recursos e fontes naturais, baseando em fontes renováveis e ter o cuidado e consciência de uso dos recursos nãorenováveis. Devemos agir de modo a passar esse conhecimento para cada individuo, seja no trabalho, em casa ou com amigos. Hoje, o sistema de produção e consumo é cada vez maior. Queremos mais, não pensamos que isso pode acarretar o futuro de gerações. Reciclar? Algo tão simples e fácil de fazer. Para que? Hoje, mesmo em atividades como extração de madeira, minério, agricultura em larga escala, sabemos que a aplicação de práticas sustentáveis é importante tanto economicamente como ambientalmente. Hoje, este pensamento ainda cerca a maioria das pessoas e empresas. Porém isso vem mudando consideravelmente. Ideias de projetos dentro das empresas, que atendam aos parâmetros de sustentabilidade vem ganhando força. Explorar e extrair com eficiência e garantia de recuperação de áreas afetadas pela ação do homem, é marco que faltava par que a prática da sustentabilidade seja aplicada em grandes empresas. E neste caminho promissor, acabe ao designer tomar frente e auxiliar nesta conscientização e nestes conceitos. Quem gera o produto deve preocupar-se com todo o ciclo de vida, desde a matéria prima até o seu descarte e introduzir conceitos de design sustentável, sustentabilidade e renovação dentro de seus projetos, instigando o uso dos mesmos pela sociedade para que esta consiga assimilar o quão isso é importante para o nosso meio de vida. 2.2.1 Design Sustentável Para Peltier (2009), design sustentável é a grande colaboração do designer nos processo de criação de embalagens. O que podemos avaliar desta afirmação é 33 que não somente o designer de embalagens está envolvido em um design mais sustentável, mas qualquer designer deve ter isso como um fato, um objetivo a ser seguido em seus projetos. Deve-se analisar todas as possíveis maneiras de transformar um material natural em mais um resíduo para descarte. será preciso? Há outros maneirais alternativos? A busca incessante pelo alternativo, pelo reciclável deve ser infinita. Transformar resíduos em produtos é a chave do sucesso para um mundo mais sustentável. Introduzi-las no mercado, levando em consideração custos e disposições de venda para os consumidores é, senão, o prêmio final, por todo um conceito atribuído a alternativas renováveis e sustentáveis. Design sustentável abrange ferramentas e conceitos, que visam encontrar soluções para produtos voltados para a sustentabilidade do meio em que vivemos. Este assunto não é o mais novo, mas ainda está longe de ter seus objetivos alcançados. Por isso o papel do designer frente a este assunto é muito importante, pois alem de renovar, re-projetar um novo conceito, ele introduz o tema e difunde dentro de empresas, famílias, amigos através da sua criação, da sua pesquisa. 2.3 LIXEIRAS De acordo com o Dicionário Michaelis, lixeira significa: lixeira2 li.xei.ra2sf (lixo+eira2) 1 Depósito de lixo. 2 Montão de lixo. A lixeira ou balde de lixo é um depósito provisório de lixo. Comum em centros urbanos, residências, indústrias e todo o local onde há acúmulo de resíduos. O bom uso da lixeira faz com que não haja proliferação de animais transmissores de doenças, além de auxiliar na limpeza e cuidados com o ambiente em que vivemos. As lixeiras urbanas são uma preocupação dos órgãos públicos, bem como a coleta do lixo, coleta seletiva e reciclagem. Porém, toda a população deve estar consciente da importância do bom uso das lixeiras. De acordo com Peltier (2009), o surgimento das primeiras leixeiras deu-se por volta do final do séc. XIX, quando o prefeito da Seine, promulga uma resolução que obriga proprietários de imóveis deixarem nos imóveis recipientes coletivos para os inquilinos e que estes deveriam possuir tampa, para o deposito de resíduos 34 domésticos, dando o surgimento das lixeiras, ou poubelle, que é agregada ao suplemento do Grande Dicionário Universal do Sec. XIX. Conforme o autor menciona, foi deliberado ainda que o lixo orgânico seria separado dos demais, porém uma boa parte da população não havia aceitado muito bem esta nova lei. Alguns anos mais tarde, foram criados os primeiros centros de triagem na França, onde catadores recolhiam o material como latas, papeis, plásticos e materiais para triagem, deixando somente resíduos orgânicos para uso como adubo. Somente depois de alguns anos, a difusão das lixeiras tomou proporções mundiais e hoje são encontrados em diversos segmentos como casas, industriais, vias públicas e escritórios. Um dos modelos muito conhecidos de lixeiras eram os latões americanos, que ficaram eternizados em desenhos como MandaChuva e hoje podemos encontrar como objetos decorativos vintage. No Brasil, a utilização de latas e tambores foi trocada por sacos plásticos, em 1970. A terceirização de serviços de limpeza pública também contribuiu para a evolução dos meios de uso e sistemas de coleta de lixo. 2.3.1 Lixeira e o Mercado Atualmente encontramos uma variedade de lixeiras entre domésticas, públicas, de escritórios, hospitalares, de entulho, entre outros. Há uma gama muito grande de lixeira que variam entre suspensas, de chão, de pia, além de lixeira para banheiros, cozinhas, escritórios, coleta seletiva, indústrias, etc. No mercado encontramos todas as variedades, tipos, cores e destinações. São vendidas em mercados, lojas de departamentos, atacados, lojas populares como lojas de R$ 1,99, lojas especializadas em produtos para comercio e indústria, terceirizados e sites de compra das próprias marcas e de lojas de departamentos com venda pela internet. Lixeiras para uso doméstico – encontradas em supermercados, lojas populares e de departamentos, alem de sites especializados. Variam de acordo com o tamanho, material e destinação. As lixeiras podem ser de plástico, material reciclado como papel e também de 35 aço inox, podem ter pedal, basculante, pressão ou tampa, todas possuem tampa. Lixeiras de cozinha de chão geralmente variam seu volume entre 10 a 40 litros, ou até mais, dependendo do lugar e do que será destinado. As lixeiras de pia, geralmente são utilizadas para alimentos orgânicos, mas isso varia de acordo com cada usuário, variam entre 3 a 5 litros. Já as lixeiras de banheiro variam entre 5 e 10 litros. As lixeiras de cozinha de chão já podem ser encontradas com divisão de lixo coletivo, porém o custo delas é sempre superior ao de uma lixeira comum. Lixeira de uso em escritórios – encontrados em supermercados, lojas de departamentos e terceirizados, sites especializados e principalmente em lojas especializadas em produtos para comercio e indústria. O material com que são feitas as lixeiras são feitas de plástico, papel reciclado, aço inox, madeira e acrílico. Estas lixeiras geralmente não possuem tampa e algumas delas encontramos divisões para separação coletiva, porém o pensamento de sustentabilidade dentro de corporações mediante a busca por preço faz com que ainda não se tenha um volume esperado de vendas e uso as mesmas. Há algumas delas mais sofisticadas, possuindo tampas, compartimento para triturar papel, CDs, amassar latas entre outros. Há também algumas lixeiras criadas para ler código de barras de embalagens e abrir o compartimento correto para o descarte, mas o custo delas frente ao custo x benefício buscado pela maioria das empresas, não atrai a compra. Lixeiras de coleta seletiva – encontramos no mercado lixeira que variam entre 20 e 240 litros. São lixeiras coloridas de acordo com as normas que regulamentam a coleta seletiva de lixo, geralmente de plásticos PP. Elas possuem tampa, ou compartimento com abertura. Algumas possuem rodas para facilitar o manuseio, outras podem ser suspensas para uso em vias publicas. 36 Lixeiras hospitalares – são lixeiras de plástico PP que variam o volume entre 10 a 240 litros, são de cor branca, de acordo com as normas e possuem tampa. Estas lixeiras devem ser identificadas o tipo de material descartado. Lixeiras de entulho – conhecidas como caçambas, este tipo de lixeira serve para recolher entulhos de obras, podas de arvores e resíduos em grande quantidade que podem ser levados diretamente para aterros e lixões. São feiras de ferro. Lixeiras industriais – variam o tamanho, podem ser de plástico PP ou metal. Conhecidas também como container são feitas para armazenar uma quantidade grande de lixo. 2.4 COZA Fundada em 1983, por Rudy Luiz Zatti, na cidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, a Coza iniciou com o projeto de saca-rolhas com mecanismo de extração de rolhas, abridores de garrafas e kits para bar. No ano de 1987, as mulheres da família Zatti assumiram a empresa, após o falecimento de seu fundador. Assumiram a empresa a esposa, Sra. Vera Zatti e sua filha mais velha, a designer Cristina Zatti. A partir deste momento, a empresa tomou novos rumos, entrando mais afundo no segmento de U.D, especialmente em produtos para cozinha. Foi em busca do design diferenciado que a empresa agregou qualidade, modernidade e design para seus produtos, trabalhando com o polipropileno e o acrílico, material plástico que ganhou novas formas, cores e novo conceito no dia-a-dia a mulher brasileira. Na década de 90, a Coza lançou produtos para o uso em lava-louças e microondas – produtos febris daquela época – inserindo ainda tons translúcidos, texturas leves e cores especiais, alavancando as vendas da marca. Logo após este estouro de inovações, a Coza aderiu ao mercado com o estilo `Summer plastics`, com louças coloridas de plástico. Vendo e analisando o mercado, a designer Cristina 37 Zatti estendeu o mercado de UD da Coza para escritórios, banheiro e demais áreas da casa trazendo um novo conceito estético e decorativo. Pioneira e líder em design de homeware em plástico no Brasil, a Coza vem arrematando mais importantes prêmios nacionais e internacionais, como o Museu da Casa Brasileira, IDEA/Brasil, o MACEF, de Milão e o IF Design, da Alemanha. Com suas linhas multifuncionais, a marca renova constantemente nas formas, cores e materiais. Atualmente, já são mais de 200 produtos nas linhas Mesa, Sobre a Pia, Organização, Decoração, Lumi, Banho, Bios, Organic, Retrô, Office, Mesa Mix e Baby. Hoje, com sede de fábrica em Caxias do Sul e escritório em Porto Alegre, a Coza é administrado por um conselho de sócias-diretoras – as irmãs Daniela, Cristina e Manuela Zatti, além de ter um Bureau de Design, gerenciado pela Cristina e vários escritórios contratados, espelhados pelas capitais mais importantes de design. Destaca-se no mercado por uma estratégia competitiva diferenciada, focada no relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores a partir de valores culturais da organização como proximidade e confiabilidade. A empresa está em constante mudança, sempre buscando novidades, inovações e proporcionando uma ligação muito forte entre a marca e seus consumidores. Essas mudanças dão-se por uma abrangência e pelo fortalecimento no mercado, com o uso de tecnologias, pesquisa e inovações para um setor que busca qualidade, praticidade e design. 38 3 METODOLOGIA E CRONOGRAMA O presente trabalho utilizará de métodos de pesquisa aplicada, de forma quantitativa e exploratória, além de pesquisa bibliográfica e documental, tais como estudo de casos, análises de artigos e materiais documentados, levantamentos de dados através de pesquisa de campo utilizando questionários. Quanto ao cronograma realizado para o projeto realizou-se o trabalho entre Abril e Junho de 2011, conforme tabela abaixo. Tabela 6: Cronograma de Atividades do Projeto 39 4 ANÁLISES As análises servem para comparar parâmetros entre o produto e seus concorrentes. Nela, serão analisados e deliberados pontos positivos e negativos do produto e seus concorrentes, para que numa nova etapa, estes tornem-se os requisitos essenciais e/ou restrições importantes para o desenvolvimento do projeto, traçando um caminho mais conciso e de alcance dos objetivos do projeto. 4.1 ANÁLISE DIACRÔNICA DA LIXEIRA E IDENTIDADE VISUAL COZA A partir da industrialização na Revolução Industrial, consumo desenfreado de produtos e com o crescimento populacional, a utilização da lixeira, após o seu surgimento na França, tornou-se importante na vida moderna. O aumento da comercialização de produtos fez do acumulo de lixo uma agravante para a proliferação de doenças e falta de higiene da população do mundo. As primeiras lixeiras surgiram no Brasil em meados da década de 50 e a partir dos anos 70 o Brasil começou a separar o lixo através da coleta seletiva. Esta veio com o objetivo de separar os resíduos urbanos e solucionar problemas de acumulo de lixo, reintegrando os mesmos no ciclo industrial e trazendo vantagens ambientais e econômicas para o país. Estas lixeiras eram feitas de madeira e a partir de 1970, começaram a ser trocadas por lixeiras de latão de alumínio e mais tarde, mesmo com a industrialização do polipropileno, em 1954, somente na década de 80, estas lixeira foram trocadas pelas fabricadas em PP. Esta troca deu-se devido a melhor higiene que o produto trazia, podendo ser molhado, limpado e não sofrer nenhuma ação do tempo. Na década de 90, surgiram as lixeiras e aço inox, e a partir deste momento as lixeiras só evoluíram, podendo ser trituradoras de papel, CDs e amassar latas de alumínio. Abaixo podemos ver a evolução das lixeiras. 40 Figura 5: Análise Diacrônica do Produto 4.1.1 Assinatura Visual Coza Não foi encontrada nenhuma informação a respeito de re-design ou modificações no logo da coza. O histórico da empresa não possui a evolução da identidade visual da empresa e seu próprio histórico é descrito sucintamente. Em relação ao produto, possui apenas etiqueta adesiva contendo com o nome do produto, identidade visual da empresa e descrição do desenvolvimento do produto em parceria de alunos da Universidade do Vale do Rios dos Sinos (Unisinos) e Politécnico de Milão, com a seguinte descrição: Uma declaração de amor ao planeta. O planeta é a nossa casa. Foi pensando nisso que nasceu o projeto Romeu e Julieta, A idéia, desenvolvida para a Coza por um grupo de alunos da Escola de Design da Unisinos, em parceria com a Politécnica de Milão, deu origem a um produto apaixonante. Romeu e Julieta são lixeiras que podem ser integradas para você separar o lixo seco do lixo orgânico, dando um final feliz para as sobras do dia-a-dia. [...]. 41 Abaixo, observa-se o Tag utilizado na divulgação da Lixeira Romeu e Julieta (Figura 5) e das Identidades Visuais da Coza (Figura 6). Figura 6: Tag da Lixeira Romeu e Julieta Fonte: 1www.coza.com.br Figura 7: Identidade Visual Coza Fonte: www.coza.com.br 42 4.2 ANÁLISE SINCRÔNICA A Coza é uma empresa que busca conceitos através do design de seus produtos. Por ela ser uma das maiores indústrias de seu segmento, foi analisado os seus concorrentes diretos que mantém o design como diferencial em seus produtos. Para Baxter (2000), a análise dos concorrentes é feita para monitorar as empresas concorrentes, analisando o sucesso e fracassos de seus produtos e assim poder direcionar o projeto por um caminho mais seguro. Seus concorrentes diretos são Ordene Sanremo, OU Martiplast e Viel. Ordene Sanremo – formas simples, seu produto para escritório é a lixeira papeleiro, que não possui tampa e nem separação de lixo. Feita polipropileno por meio de injeção. Seu único diferencial é possuir alças para manuseio, porém por não ter abertura reta, não é prática para a alocação de sacola plástica. Cores neutras. OU Martiplast – formas simples, porém não tradicionais, é um produto de escritório com tampa e abertura através de botão de pressão através de contato com a mão. A tampa permanece aberta com o tempo de uso e só se fecha manualmente. Seu formato e tipo de abertura permitem o uso de sacolas plásticas. Cores neutras e coloridas. Fabricadas por meio de injeção é feita de polipropileno. Viel – seu produto para escritórios não possui tampa, porém possui sistema de aro que facilita encaixe da sacola plástica. Feita de polipropileno e fabricado por meio de injeção, encontram-se em cores neutras. Na tabela abaixo, encontram-se informações sobre o produto Coza e seus concorrentes. 43 Tabela 7: Análise do Produto X Concorrentes 4.3 ANÁLISE ESTRUTURAL E TÉCNICA A lixeira da Romeu e Julieta da empresa Coza possui nove peças, todas elas feitas de PP, por sistema de injeção. Por ser feita de PP, é um produto 100% reciclável, possuindo maior tempo de vida útil. Pode ser lavado, suas peças são de fácil encaixe e desmontagem. O processo de fabricação ocorre após o material ser fluidificado por aquecimento e injetado em molde, sofrendo grande pressão e resfriamento para tornar o material rígido. Seu sistema de junção é através de encaixe, ficção e deformação por prensagem. Suas formas são simples, orgânicas e arredondadas, trazendo na percepção do usuário, um produto moderno e harmônico, além de trazer associações e higiene, limpeza e brinquedo (pelo sistema de encaixe). 44 Figura 8: Desenho Técnico do Produto Fonte: 2www.coza.com.br 4.4 ANÁLISE FUNCIONAL Durante a análise do produto foram contatados que o corpo do produto possui a função primária, podendo este ser usado para a mesma finalidade sem a interferência das demais peças. Porém, perde suas finalidades essenciais que é a separação do lixo. As demais peças possuem função secundária, mas de importância para a finalidade do produto é o encaixe da alça, sem esta peça o produto perde a característica de separação dos resíduos, pois é ela que encaixa uma lixeira auxiliar ao corpo da lixeira atual. Conforme a figura abaixo, identificamos as funções primárias e secundárias do produto. Figura 9: Funções Primárias e Secundárias do Produto 45 Analisando cada componente da lixeira Romeu e Julieta, foram contatados os seguintes dados: 1. Aba Giratória da Tampa: A aba giratória, cobre a parte da tampa, onde há a passagem para a colocação do lixo. Sendo ela giratória para não expor o conteúdo da lixeira. 2. Haste de Sustentação: A haste de sustentação, além de dar sustentação à aba giratória, dá o eixo necessário para a aba permanecer cobrindo o conteúdo do lixo. 3. Abertura da Tampa: A abertura da tampa é passagem do lixo para o corpo da lixeira, onde a aba giratória é fixada através da haste de sustentação. 4. Tampa: A tampa é a parte da lixeira que encaixa no corpo da lixeira e cobre a maior parte do lixo exposto. 5. Área de Encaixe da Tampa: A área de encaixe da tampa é a parte da tampa que encaixa no corpo da lixeira sem que a tampa deslise ou caia conforme o deslocamento da lixeira. 6. Alça: A alça fixada no corpo da lixeira tem com função a sustentação do mesmo na hora do despejo do conteúdo. A alça fica guardada dentro da lixeira, repousada dentro do corpo da lixeira. 7. Encaixe da Alça: O encaixe da alça fixa a alça ao corpo da lixeira, dando a ela a facilidade de manuseio na hora de levantá-la ou abaixá-la. 8. Suporte de Alça: O suporte de alça serve como repouso para a alça, para a mesma não ficar solta dentro da lixeira, dando assim uma segurança maior com menos riscos de danificação tanto para a alça quanto para o corpo da lixeira. 9. Encaixe do Suporte de Alça: O encaixe do suporte de alça fixa o suporte deixando-o fixo na lateral do corpo da lixeira. 10. Corpo da Lixeira: O corpo da lixeira serve para o depósito dos resíduos descartados, o lixo. As peças analisadas são todas feitas de material PP, sendo resistentes a impactos e pressão. 46 Figura 10: Visualização 'Explodida' do Produto 4.5 ANÁLISE MORFOLÓGICA A análise morfológica do produto foi observada o uso de formas cilíndricas, arredondadas. Seu corte representa a meia lua, base lisa, com tampa de encaixe e abertura basculante. As alças facilitam o carregamento do produto e podem servir como prendedor para a sacola plástica. O tamanho do produto analisado pode ser encontrado de 5 litros e 20 litros, sendo o produto de 20 litros utilizado em escritórios. Possui 30x 30x 35 cm, com superfície áspera e opaca. Fabricada em PP, que é um material de baixo custo, possui resistência a químicos e solventes. Além disso, o material é de fácil moldagem e coloração, com boa resistência ao uso e estabilidade térmica. Está representada em cores branca com preto, branca e verde, branca e laranja, utilizando as cores da Gestalt. Sua representação está em um casal, Romeu 47 e Julieta, representa a união de opostos, do lixo seco e do orgânico. Esta lixeira tem proposta mais limpa, simples e harmônica. Pode ser encaixada até 4 peças, sendo utilizada para tipos de lixos diferentes. A imagem abaixo resume a análise morfológica. Figura 11: Análise Morfológica do Produto 4.6 ANÁLISE ERGONÔMICA Nesta analise vamos apontar alguns problemas encontrados no produto em questão, analisando tanto o produto em si quanto as tarefas dos sujeitos envolvidos e as ações que ele demanda tendo assim uma maior compreensão de toda mecânica estrutural e corporal que influencia diretamente na ergonomia final do produto. 48 4.6.1 Análise da Tarefa Primeiramente é essencial verificar a tarefa necessária na utilização, tendo em vista que a lixeira pode ser usada em diversos lugares fizemos uma pesquisa para entender melhor as conseqüências e danos que esta ação pode nos causar. Figura 12: Análise da Tarefa Foi verificado na tarefa acima (Figura 11), que existem alguns pontos de tensão excessiva como, por exemplo, na região próxima dos ombros, constata-se também uma discrepância em relação aos lados que o individuo abaixa ao fazer o movimento, levando assim a um movimento semi-rotatório que agrava mais ainda a tensão. Fica evidente que o processo tem diversos problemas ergonômicos, porém a pouca freqüência, velocidade de execução e a ausência de repetições estressantes fazem com que o movimento não seja considerado danoso ao usuário. Nesse contexto, entendemos a necessidade de um sistema de abertura de fácil acesso, pois o sistema atual pode manter o usuário muito tempo em posição critica e aumentar esporadicamente a quantidade de tempo total que o individuo vai permanecer em uma posição critica. A altura também é um ponto chave no processo, pois o movimento se torna menos estressante à medida que a altura do produto aumenta, se o produto for 49 muito baixo isso poda acarretar posições cada vez mais criticas levando a uma possível fadiga e até lesão. 4.6.2 Análise do Produto Para facilitar a compreensão dividimos esta analise em pontos positivos e negativos encontrados. Pontos Positivos: Estrutura: A estrutura do produto com formas arredondadas e sua confecção em peça inteira facilita a pega da lixeira ajudando em sua locomoção e manutenção. Isso torna o produto viável para locomoção mesmo estando totalmente carregado sem a utilização das alças que compõe o produto. Visual: As formas elípticas e a escolha de apenas duas cores na sua concepção dão uma suavidade ao produto, que mesmo quando usado de forma combinada como sugerido pelo fabricante mantém sua leveza e simplicidade visual dando uma boa ergonomia neste aspecto. Alças: As alças ajudam na locomoção da lixeira e também pode servir para prender sacos plásticos em seu interior agregando uma função dupla, sua pega é adequado à mão com isso o usuário tem uma boa firmeza para depositar os dejetos. Material: O polipropileno material utilizado na lixeira é altamente recomendado para este tipo de produto devido a sua alta resistência a impacto e fácil moldagem, é de fácil limpeza e pode ser lavado sem problemas facilitando a limpeza e manutenção do material assim como sua manipulação. Ainda é valido lembrar que o polipropileno pode ser atacado por alguns produtos de limpeza e que esta é uma informação necessária ao usuário. 50 Figura 13: Análise do Produto Pontos Negativos: Tampa: O sistema de basculante agregado ao produto é de fácil acesso e utilização, porém limita drasticamente a quantidade e tamanho dos dejetos capazes de serem armazenados pelo contentor e até mesmo pode acarretar algum tipo de problema caso seja necessária a introdução das mãos no interior do produto. Se caso isso ocorrer, será necessária a retirada da tampa principal para um processo mais efetivo. Figura 14: Análise do Produto 51 4.7 ANÁLISE DE ESTILO O estilo de produtos da empresa Coza é o diferencial em design associados ao bom gosto, qualidade, inovação e identidade forte. A figura abaixo se pode observar o Moodboard de análise de estilo, que faz a leitura visual do estilo da lixeira Romeu e Julieta. Linhas orgânicas, simples, cores entre neutras e fortes, preocupação com a sustentabilidade, eco design, para uso em ambientes coorporativos, valorização do pensar sustentável, da reciclagem e do meio ambiente. Para uso em ambientes modernos, harmônicos e para pessoas com atitude, convicções. Figura 15: Moodboard de Análise de Estilo 52 4.8.1 Influências Socioculturais As influencias sociais que a empresa transmite são muitas. Atualmente, é detentora de diversos prêmios nacionais e internacionais como, como o Museu da Casa Brasileira, IDEA/Brasil, o MACEF, de Milão e o IF Design, da Alemanha. Além de estar presente em diversas feiras de produtos para a área, a Coza vem cada vez mais divulgando e instigando o uso de seus produtos voltados ao publico que gosta de praticidade, modernidade, inovação ligadas a um design arrojado e jovial. A figura abaixo ilustra as influencias da marca x produto x consumidor final. Figura 16: Moodboard de Influencias Socioculturais 4.8 ANÁLISE AMBIENTAL O PP, material utilizado no produto é 100% reciclável. Este material é importante, pois se utilizarmos materiais não recicláveis, sofreremos os ter impactos na natureza com o seu descarte, aumentando ainda mais a poluição ambiental. 53 4.8.1 Reciclagem de PP Os processos de reciclagem mecânica são mais comuns. Estes constituem em moagem, derretimento, corte e granulação de resíduos plásticos. Inicialmente, as peças plásticas devem ser selecionadas em tipos iguais de materiais antes do início efetivo do processo. O plástico selecionado é derretido e moldado em uma nova forma ou cortado em pequenos grânulos (chamados de granulados) que serão posteriormente utilizados como matéria-prima para praticamente qualquer finalidade, nos quais é excluído hospitalar e alimentar. Na reciclagem de plásticos, deve-se observar que ao derreter polímeros diferentes, estes não se misturam facilmente. Portanto, é necessário que sejam de um mesmo material para que o processo de mistura seja homogêneo. Plásticos diferentes, portanto, tendem a não se misturar, mas em muitos compostos pode-se usar um agente compatibilizante. Misturadores recentes realizam a mistura de plásticos colocada em tonéis que giram com alta velocidade, o que gera calor pela fricção das partes de plásticos, fazendo com que as partes de plástico homogeneízem-se independente de sua natureza. Trata-se de uma importante nova tecnologia, que vem reduzindo custos e processos da reciclagem. Na tabela abaixo, analisaremos alguns aspectos ambientais importantes na confecção do produto e que devem ser levados em consideração. Questões Respostas Utilização de pouca matéria- Sim, o produto utiliza pouca matéria rima em sua prima? confecção o corpo do produto onde reside a maior parte do material em si as laterais da lixeira são finas assim como todo o resto do produto diminuindo drasticamente a quantidade de matéria prima utilizada e devido a natureza do material mesmo assim mantendo a qualidade e segurança necessárias ao produto 54 Uso de contaminantes como Sim, no processo de coloração são adicionados acabamentos ou união? contaminantes que dificultam um pouco a reciclagem do produto, porem ainda assim tornando-a viável. Materiais recicláveis? Sim, o Polipropileno utilizado na confecção da lixeira é totalmente reciclável. Fácil separação dos Os componentes são facilmente separados e componentes? desencaixados facilitando a desmontagem do produto. Utilização de poucos O produto conta apenas com três componentes componentes tampa (com uma “subtampa”), alça e corpo tendo em um mesmo produto? assim o mínimo de componentes para sua utilização. Uso de materiais reciclados? Não temos confirmação do uso de matérias reciclados em sua produção, porem devido aos seus componentes é uma possibilidade totalmente viável. Uso de materiais compatíveis A lixeira é feita inteiramente de polipropileno. entre si? Tabela 8: Análise de Aspectos Ambientais 4.9 ANÁLISE MERCADOLÓGICA Na análise mercadológica, foram levantadas informações referentes ao Ponto de Venda (PDV) dos produtos. Para Magalhães (2004, p.124), “[...] Ponto-de- 55 venda é um segmento de Design que se utiliza das habitações da comunicação visual e do Desenvolvimento de Produto em iguais proporções.” Além disso, o autor menciona que a fundamentação do PDV é impulsionar o desejo de compra do consumidor. Magalhães (2004) ainda ressalva que, “proporcionar-lhe uma experiência de compra capaz de envolvê-lo e levá-lo a identificar e valorizar a marca é o diferencial de um bom projeto de PDV.” Durante a execução deste projeto, foi constatado que os PDV`S de produtos da Coza e das três marcas concorrentes diferem somente de venda por telefone (Ordene Sanremo) e sites da marca (Coza e Viel), os demais os pontos de venda são distribuídos entre supermercados, hipermercados, lojas de departamento, lojas populares e virtuais. Em relação a sua embalagem, nenhum produto possui uma embalagem específica, todos possuem rótulo com identificação e a Coza ainda menciona na parte interna da tampa basculante a importância da reciclagem para nosso meio ambiente, porém é feita do próprio material e cor, e não é perceptível para o consumidor. O volume entre os produtos variam conforme as dimensões e os preços variam entre R$ 19,90 e R$ 59,90. Dentre todos os analisados, a Coza é considerado líder no mercado seguido da Ordene Sanremo, que é forte concorrente dos produtos do segmento. Na tabela abaixo, veremos resumidamente as analises realizadas. Tabela 9: Análise do Produto X Concorrentes - PDV`s 56 4.9.1 Análise de PDV – Lojas Físicas A disposição nos PDV`s físicos são feitas em prateleiras, com identificação e identidade visual da marca, juntamente com os concorrentes. Em supermercados e hipermercados, o corredor é distribuído os produtos pela forma de uso, alem de serem empilhados. Foram constatados, através da análise realizada os seguintes pontos negativos: Produtos com má exposição; Não há identificação da marca em nas prateleiras e corredores; Não há nenhuma outra forma de divulgação do produto além das prateleiras. Produtos misturados; Não possui embalagem; Não possui Tag especial do produto As figuras abaixo demonstram a disposição do produtos em um Hipermercado, e lojas populares. Figura 17: Disposição do Produto em Lojas Populares 57 Figura 18: Disposição do Produto em Lojas Populares Figura 19: Disposição do Produto em Hipermercado 58 Figura 20: Disposição do Produto em Hipermercado Figura 21: Disposição do Produto em Hipermercado 59 4.9.1 Análise de PDV – Lojas Vituais Já nas lojas virtuais, os produtos são distribuídos como U.D (Utilidades Domésticas), Lixeiras ou Escritório. Tirando a venda pelo próprio site da empresa, os demais não mostram a identidade visual da marca, além de não possuírem informações técnicas do produto padronizadas. Dentre as analises realizadas, os seguintes pontos negativos foram levantados: Produtos com pouca informação ou informações diferentes com cada site; Nem todos os sites possuem desenho técnico do produto; Em sites de vendas, não há identificação da marca por meio de identidade visual. Abaixo, pode-se observar a disposição dos produtos nas lojas virtuais. Figura 22: Disposiçao em Lojas Virtuais - www.coza.com.br 60 Figura 23: Disposiçao do Produto em Lojas Virtuais - www.submarino.com.br 4.9.1 Público-Alvo O público-alvo que este projeto visa atingir, primeiramente é o setor de compras das empresas que buscam o pensar consciente e sustentável, sempre aliado ao custo do produto. Pode-se concluir que o público final, os colaboradores de cada empresa, são pessoas que trabalham em escritórios dos mais variados segmentos e aqueles que buscam agregar ao seu dia-a-dia, questões ambientais como reciclagem. São pessoas do mundo todo, independente de gênero e idade e grau de escolaridade, porém interessadas em adotar praticas ambientais. Pessoas que se preocupam com o ambiente corporativo, tanto de higiene como de bem estar e respeito. Tem como hábitos a preocupação com o descarte de seus materiais de trabalho como papel, plástico e material orgânico. Gostam de trabalhar em um ambiente limpo, agradável e harmônio. Zelam pela organização do ambiente e aceitam novas idéias, novos conceitos e regras com facilidade. O produto é vendido para todo o Brasil e mercado internacional, contudo, como há muitas diversidades sociais e políticas, o produto deve ser neutro, de fácil entendimento e custo benefício para compras pelos setores responsáveis. É comprado pelas empresas quando necessário. 61 4.9.2 Análise da Identidade Visual da Marca e Embalagem A identidade visual da empresa Coza é de forma simples e limpa, com letras sem serifa, quinas acentuadas e a letra “C” estilizada, sendo maior que as outras, remetendo ao crescimento, criação e centralização de idéias novas. O formato das fontes remete ao aero dinamismo, a modernidade. Sua fonte te preenchimento bold e fontes irregulares. O verde remete ao remete vigor, juventude e calma e a identidade visual representa energia, esperança e perseverança, traduzindo segurança e satisfação. Simboliza vida nova, energia, crescimento e saúde, porém usada em excesso, determina orgulho, superioridade. Em relação à embalagem, o produto não possui nenhuma embalagem especial para armazenar o produto. Ele dispõe apenas de uma etiqueta. Abaixo, podemos observar a identidade visual da Coza. Figura 24: Identidade Visual Coza 62 4.2 APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO A aplicação do questionário foi realizada em pessoas direcionadas ao público-alvo. Foram questionados 20 indivíduos sobre a importância de coleta seletiva no ambiente de trabalho, cores para a harmonia da lixeira no ambiente de trabalho, tamanho e volume da lixeira, bem como perguntas relacionadas ao uso consciente. O questionário foi impresso disponibilizado as pessoas, dando-lhe a elas tempo suficiente para a realização do preenchimento do mesmo. De maneira geral, foram questionados homens e mulheres, dentre eles 60% homens e 40% mulheres. Dos entrevistados, 40% trabalham em empresas de grande porte, 20% trabalham em empresas de médio porte e 40% em empresas de pequeno porte. Além disso, observou-se que a maioria dos entrevistados está cursando o ensino superior incompleto e 20% concluiu o ensino médio. Grafico 1: Caracteristicas amostra quanto ao sexo (homens e mulheres) 63 Grafico 2: Caracteristicas Amostra quanto ao vínculo empregatício Grafico 3: Característica da amostra quanto a formação acadêmica Observando o andamento do questionário, quando perguntados da importância da classificação dos resíduos dentro do ambiente de trabalho, e foi observado que 60% da amostra joga papel, 25% plástico e 15% material orgânico. Isso faz com que seja planejada uma lixeira com dimensões diferentes para cada resíduo. A figura abaixo, demonstra estes percentuais. 64 Figura 25: Amostra de material descartado no ambiente de trabalho Figura 26: Amostra de resíduos jogados no lixo. Em relação a coleta seletiva de lixo, 80% dos entrevistados acham importante a reciclagem de lixo no ambiente profissional, isso demonstra o interesse e conhecimento das pessoas em relação a sustentabilidade e consciência ambiental. Figura 27: amostra de classificação do produto no ambiente profissional Ainda em relação a coleta seletiva, foi questionado se o uso de uma lixeira individual dentro do ambiente profissional seria interessante e se o mesmo usaria. Da amostra gerada, 90% dos entrevistados usariam, com certeza e 10% afirmaram que mesmo tendo uma lixeira seletiva, talvez não a usasse. Já na amostra seguinte, a mesma quantidade de amostras afirmam que sim, eles auxiliariam na separação do lixo em suas empresas, e 10% o faria somente se fosse obrigatório. 65 Figura 28: amostra de ralação ao uso Figura 29: amostra de participação na coleta seletiva Em relaçao ao projeto, a amostra mostrou-se interessada (55%) em ter lixeira com separaçao para 3 tipos de resíduos (os mais usados) e que prefere ao menos o lixo organico com tampa, pos demais sem tampa. Esta análise reforça a questão de praticidade do usuário com o produto, pois num ambiente de trabalho, é comum o agito e a cobrança. O dia-a-dia corrido exige que os materiais e utilitários esteja a mostra, facilitando o uso. Uma lixeira com tampa, em três compartimentos pode acarretar no desuso do produto ou no tempo de uso do mesmo. Figura 30: amostra de interesse no uso do produto com tampa 66 Em relação ao entendimento que os usuários têm de uso do produto, 80% acharam que o produto é adequado e atenderia ao seu dia-a-dia. Já na figura posterior, foi avaliado o impacto que este produto pode acarretar, por ser diferente no mercado e 90% dos entrevistados acharam o produto interessante para o uso. Figura 31: amostra de adequação do produto Figura 32: amostra de impressão dos usuários sobre o produto Em reação a cor de uso, foram perguntados se preferissem cores, seriam neutras, fortes, coloridas ou outras. 70% preferem cores neutras, 15% preferem fortes, 10% coloridas e apenas 5% preferem outras cores. 67 Figura 33: amostra de preferência de cores Com relação ao volume, foi analisado o tamanho do produto e 100% dos usuários acham que ele teve ter em torno de 20 litros. Figura 34: amostra de medidas volumétricas A última questão tratada demonstra que algumas pessoas preferem o uso das cores normatizadas no produto, foi de apenas 20% em relação aquelas que preferem ou apenas de indicação escrita que foi de 75%. Figura 35: Amostra de relação de cores e escrita 68 Em conclusão ao questionário aplicado, verificou-se a importância do seu uso para verificar a adaptação e colocação do produto no mercado. Por fim, serão levados em consideração os dados levantados e aplicados no desenvolvimento do produto proposto, levando em consideração o uso de cores neutras, produto com tampa apenas para material orgânico, tamanho de 20 litros e demais analises feitas através da aplição de questionário. 69 5 SÍNTESE E DIRETRIZES PROJETUAIS Para Prodanov (2003, p. 27), “após a coleta de dados, o pesquisador dispõe das informações necessárias para realizar a conclusão do seu trabalho.” Acrescenta ainda que antes da conclusão propriamente dita seja necessário agrupar os dados sintetizando-os para que sejam ordenados de forma lógica e possam dar respostas desejadas de forma clara e objetiva. Desta forma, a análise e interpretação das informações que foram coletadas, serão enumeradas, correlacionado com o embasamento teórico já descrito. Após esta etapa, será elaborada uma listagem contendo todos os requisitos para o projeto e suas restrições para a geração de estudos e proposta final do projeto, finalizandoo e fazendo cumprir os objetivos deste projeto. 5.1 SÍNTESE DO PROBLEMA Durante a coleta e análise dos dados levantados, foram listadas possíveis soluções para o projeto, bem como algumas restrições atribuídas ao produto para que se possa dar inicio ao processo de conceito e criatividade. Problemas Funcionais – foi encontrada como aspectos negativos a basculante pequena, sem fixação, difícil acesso para manuseio das alças. Quando se tem lixo orgânico, mas alças podem ficar sujas e esta contaminar as mãos. Para os aspectos positivos, devemos incluir a facilidade no manuseio e transporte, não deixa o lixo exposto, fácil limpeza e possui a separação para lixo quando integrada a outra lixeira. Problemas Estruturais e Técnicos – para os aspectos negativos não tem fixação e encaixe ruim quando integradas. Como aspectos positivos, podemos citar a estrutura pouco vedada e q quantidade de peças baixa para sua fabricação. Problemas Morfológicos – para os aspectos negativos a basculante é pequena para uma mão média brasileira. Já nos aspectos positivos, 70 seu tamanho pode variar em 5 litros ou 20 litros. Suas cores estão dentro da Gestalt, o conceito de separação de lixo também é importante. Problemas de Identidade Visual – para os pontos negativos, os materiais de divulgação não seguem os padrões e cores. Nos aspectos positivos temos a facial leitura da identidade visual da marca. Problemas de Ergonomia – os aspectos negativos da ergonomia seria a basculante pequena demais para mãos grandes, além de ter problema de postura para o usuário, caso necessitasse estar de pé e usar a lixeira. Os positivos são suas formas arredondadas, que facilitam a pega e as alças auxiliam no transporte. Problemas de Meio Ambiente – é 100% PP, poucos agentes contaminantes e poucas peças são pontos positivos do produto. Problemas de Mercado – os aspectos negativos encontrados foram os preços, que não correspondem aos PDV`s, e estes ainda possui venda do produto irregular, sem disposição e identidade visual da marca. Os aspectos positivos encontrados foram às vendas no mercado nacional e internacional, além do produto ser encontrados em lojas de departamento, sites, lojas populares e hipermercados. Problema de Estilo – para os aspectos positivos encontramos as formas simples, arredondadas, estilo retro. Seu único problema foi não possuir um padrão definido de modelo. A figura abaixo representa o Mapa Mental elaborado para sintetizar as informações de maneira prática e direta. 71 Figura 36: Mapa Mental 5.2 CHECKLIST DO BRIEFING Foram considerados como itens fundamentais a serem considerados no projeto: Um produto que atende a necessidade do cliente de forma a contribuir para a conscientização da importância da reciclagem; Produto que atenda a ergonomia, facilitando o uso e otimizando processos, sem prejudicar a saúde do individuo; Manter as formas mais arredondadas originais da Coza, porém mantendo formas mais modernas no produto. Cores neutras para o uso harmônico e tamanho em torno de 20 litros. Não utilizar de contato do usuário com a lixeira; 72 Desenvolver melhorias para o PVD do produto e identidade visual; 5.3 REQUISITOS E RESTRIÇÕES Depois de realizada as análises, e considerando o levantamento dos aspetos positivos e negativos do produto e seus concorrentes, foram levantados os seguintes requisitos quem complementarão para o projeto em vista: Projetar um padrão definido de modelo com cor única e neutra; Ter fixação entre as lixeiras; Desenvolver tampa basculante para mãos com percentil 95; Melhorar o acesso à alça; Reduzir custo final para vendas nos PDV‟s; Criar material de divulgação que siga uma unidade com a identidade; Visual da marca em cores e formas; Desenvolver a produção com polipropileno reciclado para maior redução do impacto ambiental; Em relações as restrições encontradas, citamos: Ser agradável esteticamente; Manter o conceito de lixeiras únicas e separadas que se unem com encaixe; Manter estrutura totalmente vedada; Desenvolver material com poucas peças integradas; Permanecer com a mesma idéia de espaço a ser projetada; Ser um produto de fácil transporte e limpeza; 73 Permanecer com vendas em sites, mercados e lojas de departamento e populares; Manter conceitos de produção em 100% polipropileno; Usar agentes não contaminantes em sua estrutura física; 74 6 PROPOSTA A proposta deste projeto surgiu da necessidade de se ter uma lixeira que possua compartimentos para reciclagem, baixo custo, design moderno e com compartimento para o lixo orgânico, resíduos este que, além de propagar mau cheiro, em contato com qualquer outro material como papel e plástico, fazem com que estes produtos não possam ser reciclados, principalmente o papel. Além disso, questões ambientais estão sendo cada vez mais discutidas no mundo coorporativo e este projeto torna-se um meio de introduzir ainda mais estas questões e levá-las ao cotidiano, ao dia-a-dia de da sociedade como um todo. 6.1 CONCEITO E LINGUAGEM VISUAL Foram desenvolvidas várias ferramentas para que chegar aos primeiros traços do produto. Conceitos gerados a partir da percepção dos atributos funcionais, estruturais, da forma, mercadológicos, ergonômicos e de estilo do produto foram gerados através de nuvem conceitual, moodboard e tabela de valores. Geração de Tabela de Valores dos quais apontam o quanto o produto vai ter um determinado conceito ou não. Para este projeto, foram considerados a determinação de valores do produto e da identidade visual do produto. Nas tabelas abaixo, encontram-se as determinações de valores do produto e identidade visual: FEMININO BARATO ALEGRE INFANTIL INDIVIDUAL SIMPLES DOMESTICO FIXO FRAGIL RECICLAVEL DETERMNAÇAO DE VALORES DO PRODUTO MUITO POUCO NEUTRO POUCO MUITO X X X X X X X X X X MASCULINO CARO SÉRIO ADULTO COLETIVO COMPLEXO COMERCIAL PORTÁTIL ROBUSTO NAO RECICLAVEL 75 MODERNO HARMONICO ESPAÇOSA FEMININO SIMPLES ALEGRE INFANTIL DOMESTICO FIXO MODERNO HARMONICO ESPAÇOSA X X X DETERMINAÇAO DE VALORES DA IDENTIDADE VISUAL MUITO POUCO NEUTRO POUCO MUITO x x x x x x x x x CLASSICA CARREGADO COMPACTA MASCULINO ARROJADA SÉRIO ADULTO COMERCIAL MUTANTE CLASSICA CARREGADO COMPACTA Tabela 10: Determinaçao de Valores do Produto e da Identidade Visual Geração de Nuvem Conceitual – palavras- chaves que designam, remetem e transmitem o conceito do produto. Quanto mais destaque encontra-se a palavra, maior a atribuição a ela. A figura baixo está representada a Nuvem Conceitual do projeto. Figura 37: Nuvem Conceitual Para os painéis visuais, ou moodboard, foram criadas a partir de imagens que remetam ao conceito do produto, interligados as palavras-chaves da nuvem 76 conceitual e tabela de valores. A figura abaixo representa o conceito de reciclável, sério, alegre, moderno, uso adulto, individual. Figura 38: Moodboard de Conceito do Produto O moodboard que traduz a Forma, a estrutura do produto transmite a ideologia de uso de formas arredondadas, modernas, arrojadas harmônicas e sérias. Abaixo podemos verificar as imagens relacionadas a Forma. Figura 39: Moodboard da Foma do Produto 77 Questões como meio ambientes coleta seletiva, sustentabilidade e reciclagem fazem com o que o uso de materiais se remeta a estas palavras, estes requisitos. A figura abaixo define em imagens este conceito. Figura 40: Moodboard de Material do Produto Finalizando os painéis visuais, temos o moodboard de cores. E através das analises e questionários, ficou definido a neutralidade das cores do produto. Abaixo, a figura representa tons neutros, com imagens variadas. Figura 41: Moodboard de Cores do Produto 78 6.2 GERAÇAO DE ESTUDOS Para a geração de estudos, foi utilizado o método de brainstorming, onde o grupo reuniu-se a cada um colocou suas idéias através das analises já realizadas, foram acrescidas o uso de caixa morfológica, colocando vários conceitos de cores, materiais, formas, entre elas formas orgânicas e texturas para transformação de estudos alternativos, diferentes entre si. As figuras abaixo demonstram as rafes, sketches do projeto. Figura 42: Estudo de Projeto Figura 43: Estudo de Projeto 79 Figura 44: Estudo de Projeto Figura 45: Estudos do projeto A partir dos estudos propostos, foi avaliada a melhor proposta que compreendem todas as analises de dados levantados, analisados e listados dentro da matriz de avaliação listada abaixo. Nela, foram listados todos os aspectos positivos e negativos de cada proposta para que se tenha a melhor escolha do produto final. 80 Figura 46: Matriz de Avaliação A figura abaixo compreende a proposta escolhida, sendo nomeada de Lixeira Triplex. Desenvolvida a partir da forma do produto, a lixeira traz o nome de TRIPLEX que em latim quer dizer número multiplicativo – triplo, três vezes, conjunto de três. A cor verde que lembra a questão do meio ambiente, da conscientização da reciclagem, o triangulo que também remete a simbologia recicle e ao mesmo tempo o produto desenvolvido. Formas simples que remetem os valores essenciais ao que o produto representa. 81 Figura 47: Projeto Proposto 6.3 MATERIAIS E TECNOLOGIAS O plástico vem conquistando cada vez mais espaços nas indústrias, principalmente nas de embalagens. Mas muitos produtos são feitos desse material que possui uma variedade grande entre elas Poliestileno (PE) utilizado em sacos, o Polipropileno (PP), utilizado em bandejas, o Policroleto de Vinila (PVC) dos filmes, o Poliestireno Tereftalato (PET), das garrafas de refrigerante, Poliestireno (PS) dos iogurtes, e o Poliestireno Expandido (PES) do isopor. Porém, cada um possui propriedades diferentes, dificultado sua reciclagem, pois a separação seria muito demorada. Segundo Peltier (2009, p. 62), “depois da Segunda Guerra Mundial, a escalada da indústria do plástico acompanhou o desenvolvimento do consumo moderno, que foi inaugurado através de supermercados e hipermercados”. O autor menciona ainda que no ponto de vista do Marketing, o plástico ganhou espaço por seu potencial de criação por suas cores e formas que poderiam ser feitas. 82 O material proposto para uso neste projeto será o polipropileno (PP), material este já usado para lixeiras, pois possui custo baixo e ótimas características de transformação. 6.3.1 PP – Polipropileno Para o desenvolvimento do projeto será utilizado o PP, polímero de resistência moderada, baixa densidade, bom equilibro entre propriedades térmicas, químicas e elétricas. Porém, será utilizado o polímero Arboform®. Segundo Dapper (2010): é Polímero natural a base de lignina (proveniente da celulose) que se comporta como termoplástico durante o processo de injeção. Material reciclável (LIMA, 2006) e biodegradável (BRITEZ; NOGUEIRA, 2006), aproveita a lignina, subproduto resultado da transformação da madeira em celulose, que até então era incinerado, para aplicação e transformação em diversos produtos até então feitos em polímeros petroquímicos (BARROSO, 2006). É um material atóxico, permite fácil pigmentação e impressão. Possui menor resistência ao impacto, porém maior resistência térmica e resistência a flexão. Seus aspectos negativos são pouca rigidez, resistência ao riscamento e estabilidade dimensional. O processo de fabricação deste material destinado a produção da lixeira se dá através de injeção e reação. Segundo Lesko (2004, p. 173) “é um processo onde ocorre a combinação de misturas de resina e catalisador que reagem quimicamente na cavidade de um molde”. Podem ainda ser por sopro, extrusão de laminados. Este material, após ser fabricado, necessita de pintura e necessitam calor para colagem. A produção por injeção, além de ser excelente, pois tem como se produzir muitas peças/dia, é um processo barato, porém o investimento em equipamentos para esta produção é alto. Contudo, apensar disso, a produção de materiais provenientes de PP compensa pelo baixo custo do material no mercado e por ele ser um material reciclável. 83 6.4 SOLUÇAO Diante das analises feitas, e de todo o processo que proporcionou o projeto, a lixeira foi projetada originou-se através da aplicação de idéias que envolvessem produtos de escritórios. Para o projeto final, a lixeira foi desenvolvida a partir de estudos de arquivos de escritórios. Seu formato evidencia esta forma e se torna um produto `camaleão, pois ele adapta ao ambiente como um móveis propriamente dito. Abaixo, veremos o produto renderizado. Figura 48: Rendering LIxeira Triplex Figura 49: Rendering da versão explodida do produto 84 6.4.1 Detalhamento Técnico Lixeira Triplex Para o detalhamento técnico foram feitas as seguintes análises: Estudo da Morfologia: Forma de retângulo triangular, com corpo e tampa plásticas em polipropileno. Possui uma aparência em forma de „arquivo‟ para encenar junto a decoração do ambiente de trabalho. Deve atrair principalmente profissionais que trabalhem em escritório e passam a maior parte de seu dia sentados a mesa trabalhando, sem muito tempo para sair para lanchar e geralmente lanchem trabalhando, por isso a possibilidade de nicho para lixo orgânico. Também sendo esse, um público preocupado com o meio ambiente. Estudo da Funcionalidade: Possui tampa na partição do lixo orgânico, evitando assim expansão de mau cheiro. O sistema de abertura abre-fecha através de um botão, que permanecerá aberto durante todo o período de uso, sendo fechada manualmente. As demais partições, do papel/ lixo seco e do plástico não terão tampa para vedar odor, pois sendo lixo seco, não existe a necessidade. As abas das aberturas permitem que o saco de lixo, que deve ser colocado dentro do contentor, fique escondidos e bem presos. Estudo dos Processos de Fabricação: Injeção. Estudos de materiais: Arboform® - Compósito de plástico e elementos orgânicos (PP (polipropileno), linho, cânhamo, sisal e lignina) / PP. Estudo das Dimensões do Produto: de acordo com o que foi levantado no questionário, os maiores descartes de materiais são papeis, seguido dos plásticos e após o material orgânico. Por isso, o desenvolvimento do projeto se deu na elaboração de três compartimentos de volumes diferentes. Para o compartimento de lixo orgânico, foram propostos 4 litros de volume, pois analisando lixeiras de pia de cozinha, possui 4 litros de volume. Já o de papel, foi analisada algumas lixeira no mercado, denominadas lixeiras papeleiros, que tem em média 10 litros de volume. Como na análise do questionário, os usuários acharam o volume de 20 litros um tamanho bom, então o volume do plástico ficou em 6 litros, totalizando os 20 litros da lixeira. Em relação ao tamanho, o produto final compreenderá 50 cm altura x 55 cm comprimento e 25 cm de altura. 85 Figura 50: Desenho Técnico do Produto Padrão tipográfico: Todo projeto, fora a identidade visual, envolve a tipologia da família Arial. Foi escolhida essa fonte, pois seus tipos são mais adequados para leitura na identificação dos lixos orgânicos, papel e plástico no produto e na informação de sua comunicação visual. Padrão cromático: A cor beje-claro (pantone 14-1108) foi escolhida para harmonizar com o ambiente sóbrio e sério de um escritório, combinando com os móveis. Além desta cor padrão, foram analisadas possíveis alternativas para uso do produto. As cores que identificam o processo de separação de lixo não foram atribuídas ao projeto, pois além de encarecerem o custo de fabricação do produto, identificamos, através de pesquisa, que muitos indivíduos têm dificuldade para relacionar os símbolos e cores empregados nos contentores de separação de lixo. Figura 51: Proposta de Pantone 86 6.4.2 Comunicação e Embalagem do Produto Segundo Magalhaes (2004), o PDV é desenvolvido com foco em comunicar com eficiência e muita objetividade. Todos os elementos devem ser explorados em busca da atenção do consumidor. O autor que explicar que a comunicação e embalagem do produto é importante para a venda do produto no PVD, pois é ela quem instiga o usuário ao desejo da compra. A harmonia das formas e materiais, bem como o conjunto de informações e formas de disposição da marca transforma o PVD de lojas virtuais e locais em estratégias de marketing para a empresa. Foram usados os seguintes pantones na embalagem e na comunicação visual do produto. PANTONE CMYK Pantone 378 C 70 - 40 - 100 - 0 Pantone 377 C 40 - 0 - 100 - 0 Pantone 374 C 20 - 0 - 60 - 0 Para o desenvolvimento da embalagem do produto, foram criadas os seguintes materiais: TAGS - Papel reciclado foi escolhido para confecção dos TAGS que serão presos por uma fitinha do mesmo material do saco plástico e telado feito de polipropileno. 87 Figura 52: Embalagem do Produto Mesmo que não alcancemos redução no custo final x material virgem, pois o papel reciclado é mais caro que o virgem, para o mercado corporativo, além de o papel reciclado ter apelo ecológico, a ideia de passar informações sobre uma lixeira de separação de lixo em uma tag confeccionada com papel reciclado, certamente contará muitos pontos visualmente. A Lixeira Triplex leva ao seu escritório o comprometimento da preservação do nosso meio ambiente. Com três divisória, a lixeira fortalece a consciência da separação de lixo. Modo de usar Separe o lixo orgânico na gaveta com tampa e papel e demais lixos secos nas outras duas gavetas. Nosso meio ambiente agradece. Uma nova visão de ser sustentável Figura 53: Tag do produto Tamanho do tag 11 x 15cm papel kraft, frente e verso 3 x 1 cor em cor especial pantone, e faca de corte com cantos arredondados. 88 PDV: PDV especial feito em cartolina resistente. Lugar para 6 lixeiras. É um tipo de PDV temporário, pode-se colocar em qualquer ambiente da loja. Figura 54: PDV temporário Cinta Adesiva Cinta para adesivar prateleira. Detalhe colado enfatiza o conceito “reciclar, separação de lixo, transformar”. Figura 55: cinta adesiva para painéis Alem deste material, foi desenvolvido o manual de Identidade Visual da marca (Anexo) e a cartilha de reciclagem, que acompanha o produto (Anexo) e questionário (anexo). CONSIDERAÇÕES FINAIS O foco deste trabalho foi o direcionamento para a importância e conscientização da reciclagem do lixo em empresas, auxiliando a fortalecendo este comprometimento mútuo, instigando o uso consciente e as formas que podemos fazer para preservar o meio em que vivemos dentro e fora do ambiente de trabalho. No entanto, o fator determinante para a eficácia deste projeto foi a utilização de ferramentas metodológicas, que contribuíram como diferencial para uma estratégia de mercado atingindo assim, o objetivo geral relacionado ao desenvolvimento de um produto atrativo, com design e atribuído a questões de sustentabilidade de modo a evidenciar a importância deste tema dentro do ambiente coorporativo. Os resultados obtidos na pesquisa de campo comprovam a idéia que há uma preocupação por parte das pessoas entrevistadas em relação a coleta seletiva e reciclagem dos materiais descartados durante a rotina de trabalho - uma vez que grande parte destes materiais são recicláveis, porém não possuem um meio de descarte alternativo – foi bem abrangente, e a idéia de se ter uma lixeira com divisões para esta separação, foi bem aceita pelos mesmos. Nosso objetivo, através destas considerações, torna-se ainda mais importante, pois a lixeira Triplex pode ser considerada mais uma ferramenta de sustentabilidade, onde seu uso correto traz benefícios tanto para a empresa, quanto para cada pessoa que se preocupa com o nosso meio de vida. Junto a esta ideologia, está o pensar consciente, base de muitas empresas sólidas no mercado globalizado, assunto este cada vez mais difundido em grandes corporações. Há muito ainda o que fazer para conscientizar todos os meios coorporativos e também as pessoas de uma maneira geral, mas para isso todos os responsáveis dentro das empresas e seus subordinados devem estar integrados e preparados para estes desafios. O caminho para um ambiente sustentável, para a conscientização por parte de todos ainda está longe de atingir os 100%. Reciclar e pensar consciente para que tornarmos o planeta um mundo cada vez mais verde, cada vez mais limpo e sem a degradação do homem ainda é um fator que devemos nos preocupar, não somente para nós, mas para o futuro daqueles que ainda virão a usufruir do legado que deixamos. 90 No que nos referimos aos benefícios gerados deste trabalho, como impacto para a sociedade em geral, se deve ao tema ser muito discutido e estar cada vez mais dentro de pautas corporativas. Desta maneira, a difusão deste produto, de certa forma, torna-o um meio de colaboração mútua mais acessível e com maior aceitação por parte daqueles que o utilizarão. Contudo, existiram pequenas dificuldades deparadas durante este projeto, como um histórico mais abrangente do produto, tanto do produto em si, como da própria lixeira Romeu e Julieta da Indústria Coza. Historicamente falando, a televisão, e outros produtos ganharam mais destaques entre os historiadores, porém, por mais simples que seja uma lixeira, a importância dela frente à situação em que nos encontramos hoje, a torna um produto tão mais importante no âmbito de preservação quanto o uso de outros produtos que foram destaques em sua criação. O confronto dos referenciais teóricos, com a pesquisa de campo e a análise de mercado é a conexão entre pensamentos focados em um ambiente sustentável e a busca pela melhoria e qualidade de vida. O projeto da lixeira Triplex, será um desafio para trabalhos futuros de implementação e para empresas que queiram fazer dela, um produto concreto. O que se tem claro, por meio do confronto de referenciais teóricos com o estudo de caso, é a coerência de pensamentos focados em processos enxutos, entre as afirmações dos autores e a aplicação das ferramentas do STP, através do MFV. Este fica como desafio para trabalhos futuros, de explorar as oportunidades geradas com o uso da ferramenta, não somente para fins de estudo, mas para implementação. Por fim, este trabalho trouxe satisfação, crescimento e conhecimento, que serão multiplicadas para todos aqueles que tiverem a trajetória de um pensamento consciente, sustentável e renovável. Este assunto, não cabe somente ao projeto realizado, mas também ao diálogo, ao conjunto de idéias e uso diário em qualquer ambiente em que se encontram, trazendo uma nova percepção frente a um problema tão importante quanto o troca simultânea de informações feita hoje através de correio eletrônicos, internet e outros meios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRODANOV, Cleber Cristiano. Manual de metodologia científica. 3. Ed. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2003. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 1 ed. Novo Hamburgo: Feevale. 2009, 288p. KAMINSKI, Paulo Carlos. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade.1 ed. Rio de Janeiro: LTC. 2000, 132p. GRIPPI, Sidney; Lixo, Reciclagem e sua História: guia para as prefeituras brasileiras. 1 ed. Rio de Janeiro: Interciência. 2001, 134p. VILHENA, André; D‟ALMEIDA, Maria Luiza Otero Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado - 2. ed., São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000, 370p. HARE, Tony. Reciclagem. [15. ed.] São Paulo, SP: Melhoramentos. 2002, 32 p. (Coleção S.O.S. Planeta Terra. PELTIER, Fabrice; SAPORTA, Henri. Design Sustentável: caminhos virtuosos. 1ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo. 2009. PLANETA RECICLÁVEL. Simbologia de identificação de materiais. Disponível: <http://www.planetareciclavel.com.br/simbologia/simbologia.html>. Acessado em 01 de junho de 2011. PORTAL SÃO FRANCISCO. Portal São Francisco. Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br. Acessado em 11 de junho de 2011. 92 LESKO, J. Design Industrial: materiais e processos de fabricação. Tradução Wilson Kindlein Júnior, Clovis Belbute Peres. São Paulo: Edgard Blücher. 2004, 272p. MANZINI, E.; VEZZOLI, C. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis. 1. Ed. 2. reimp. São Paulo: Editora Edusp. 2008, 366p. PREUSSLER , Maria Fernanda. Rotulagem Ambiental – Um Estudo Sobre NR'S Disponivel em < www.advancesincleanerproduction.net/.../ Maria%20Fernanda%20Preussler%20-%20Abstract%2002.doc > acessado em 10 de junho de 2011. CONSULTERRA. Portal São Francisco. Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br. Acessado em 11 de junho de 2011. DAPPER, Silvia Trein Heimfarth O Cognitivismo E O Design De Produtos Como Possíveis Soluções Para A Sustentabilidade: proposta de metodologia para o desenvolvimento de produtos ecossustentáveis. TCC Graduação. Feevale, 2010. Coza. disponível em http://www.coza.com.br/produtos/lixeiras/lixeira-romeu-e-julieta20l Acessado em 20 de junho de 2011 Lixo através da história. Pesquisa aborda percepção sobre os resíduos desde a Idade Média. PESQUISA. A. Peste. Também chamada peste negra. Disponivel em: www.fiocruz.br/ccs/media/pag%2040-41%20-%20lixo.pdf – acessado em 23 de junho de 2011. 93 ANEXOS UNIVERSIDADE FEEVALE INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS DESIGN DE PRODUTO 1. Data do preenchimento do questionário: 10/05/2011 1.1. Sexo: Masc. ( ) Fem. ( ) 1.2. Idade: ( ) até 20 anos 1.3. Estado civil: Solteiro( ) ( ) entre 21 à 30 anos ( ) entre 31 e 40 anos Casado( ) Separado/ Divorciado( ) ( ) acima de 41 anos Viúvo( ) 2. Escolaridade: Fundamental ( ) completo ( ) incompleto ( ) Médio ( ) completo ( ) incompleto ( ) Universitário: ( ) completo ( ) incompleto ( ) Qual curso ? Administração Pós-Graduação: _______________________ Especialização em: _______________________ Mestrado ( ) Doutorado ( ) 3. Profissão: ___________________________ 3.1. Porte da empresa: ( ) pequeno ( ) médio ( ) grande ( ) não sei 3.2. Função ou Cargo Atual que exerce: QUESTIONÁRIO A partir do seu ambiente de trabalho, dos teus conhecimentos e da idéia de uma proposta de projeto de lixeira para escritórios com separação de material residual entre papel, plástico e material orgânico, responda as questões abaixo: 1. Como você classifica o produto lixeira com relação à coleta seletiva em ambientes de escritório? 94 ( ) é importante para a empresa e conscientizarão das pessoas. ( ) é relevante, para mim não faria diferença. ( ) não acho importante para a empresa. 2. Em relação ao uso da lixeira seletiva no seu ambiente de trabalho você: ( ) se tivesse usaria, com certeza. ( ) mesmo tendo, talvez não usaria como deveria. ( ) não usaria, continuaria colocando todo o lixo em um único compartimento 3. Quais os resíduos mais joga fora, dentro do seu ambiente de trabalho? ( ) Papel ( ) Plástico ( ) Orgânico ( ) Outros. Quais? _____________________________________________________ 4. O produto tem condições de atender a especificação de coleta seletiva proposta? A solução indicada é suficiente para abranger toda operação de separação de lixo? ( ) sim, acho adequado e atende ao dia a dia. ( ) sim, porém não atende ao meu dia a dia. ( ) não, não acho adequado e não atende ao meu dia a dia. ( ) indiferente. 5. Você participaria da proposta de separar os lixos em sua lixeira de escritório? ( ) sim, com certeza, mesmo não sendo obrigatório, gostaria de ajudar na separação e reciclagem do lixo. ( ) se fosse obrigatório, com certeza o faria, se não, não o faria. ( ) não, não acho importante. 6. Qual a impressão causada pelo diferencial da lixeira e sua funcionalidade? ( ) muito interessante, acredito que é importante ter uma. ( ) não gostei, não gostaria de te-la onde trabalho. ( ) indiferente. 7. Você prefere uma lixeira para material orgânico, papel e plástico com tampa? ( ) sim, para todas ( ) Indiferente ( ) Nenhuma com tampa ( ) apenas lixo orgânico com tampa 95 8. Qual cor de lixeira consideras mais adequada para o ambiente de trabalho? ( ) cores neutras ( ) cores fortes ( ) colorido ( ) Outro (s). Qual (is)? _________________________________________ 9. O produto possui 20 litros. Na sua opinião estas medidas são adequadas ao seu espaço de trabalho? ( ) sim ( ) não ( ) para mim é indiferente. 10. Em relação as cores que normatizam a reciclagem: marrom para materiais orgânicos, azul para papeis e vermelho para plástico. Você gostaria que estas cores estivesses presentes na lixeira ou prefere indicação escrita? ( ) sim, prefiro uso de cores. ( ) não, prefiro o uso de escrita. ( ) indiferente. 96 Cartilha de Reciclagem Para compreendermos a reciclagem, é importante "reciclarmos" o conceito que temos de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. Reciclagem Um dos maiores problemas sociais atualmente é a produção exagerada de lixo. Isso ocorre devido o aumento da populacional, ao consumo de produtos e a falta de estratégias preventivas. Por que reciclar é importante? Para que possamos diminuir a quantidade de lixo produzido. Mas não é porque um material é reciclado, que devemos aumentar o seu consumo. Apesar da reciclagem não ser a solução total para o problema do lixo, ela ajuda a amenizar as conseqüências. O que é Reciclar? A reciclagem é o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração. A coleta seletiva é uma das mais importantes formas de reciclar, não misturar materiais recicláveis com o restante do lixo. Ela pode ser feita por qualquer cidadão ou organizada em comunidade, como condomínios, empresas, escolas e clubes. Entenda o ECOPONTO – local onde são depositados os materiais reutilizáveis. Este trabalho pode ser organizado por uma só pessoa , ou mesmo por grandes grupos , como nas escolas ou no trabalho. Para entender a separar seus materiais conheça melhor as cores: Azul - papel Vermelho - plástico Marrom - resíduos orgânicos Verde - vidro Amarelo - matérias em geral A matéria orgânica é encaminhada para a compostagem, que é outra forma de reciclagem e consiste na decomposição biológica, gerando o composto que pode ser utilizado como adubo na agricultura. 97