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A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Março a Julho 2011 7.ª edição 1 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA A programação do Terras sem Sombra, festival de música sacra do Baixo Alentejo, para 2011 foi apresentada ontem pelo seu novo director artístico, Paolo Pinamonti, e José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. Outra presença a destacar foi a de Alexandre Delgado, compositor a quem o Festival encomendou uma obra para soprano e orquestra de cordas, a interpretar por María Bayo. Peregrinação Interior – Momentos de Espiritualidade na Música Ocidental, tema escolhido para esta 7.ª edição, assinala o regresso de Paolo Pinamonti à programação cultural em Portugal. Entre Portugal, Espanha e Itália desde 2007, Paolo Pinamonti aceitou o convite que lhe foi dirigido pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja para assumir a direcção artística do Terras sem Sombra durante os próximos três anos. Paolo Pinamonti imprime à programação deste ano duas vertentes que lhe são caras. Por um lado, a criação contemporânea e, por outro, proporcionar uma programação musical coerente e diversificada; o fio condutor deste ano pretende ilustrar a relação complexa que a criação musical alimentou, desde sempre, com o mundo espiritual e do sagrado. Desde 2003, ano da sua fundação, o Terras sem Sombra (TSS), Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo, tem vindo a oferecer uma programação anual de concertos, conferências e visitas guiadas a ritmo quinzenal, ao sábado, e todas de entrada livre. Com concertos agendados em importantes igrejas históricas da Diocese de Beja, o Festival pretende construir pontes entre o património edificado religioso e a música, divulgar os aspectos mais interessantes e genuínos da paisagem e da biodiversidade e, ao mesmo tempo, contribuir para a projecção internacional do Alentejo e do próprio Festival que nela encontra espaços privilegiados para a sua actividade. O Festival Terras sem Sombra tem o Alto Patrocínio do Presidente da Comissão Europeia, Dr. José Manuel Durão Barroso e do Presidente da República Portuguesa, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva. Foto: AlfredoRocha/TSS 2 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA A MÚSICA Em todos os concertos, agendados para as 21h30 e sempre de entrada livre, destaca‐se a presença de um autor contemporâneo cuja obra denota uma ligação ao universo espiritual. A única excepção será a do recital com Pierre Hantaï cujo programa assinala o 3.º centenário do nascimento da princesa Maria Bárbara. Os locais percorridos entre Março e Abril englobam Santiago do Cacém, Almodôvar, Grândola, Beja, Vila de Frades (Vidigueira) e Castro Verde. Rui Vieira Nery faz uma apresentação do TSS na conferência intitulada PEREGRINAÇÃO E MÚSICA, a 19 de Março, na Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Beja, pelas 17h. Nascido em Lisboa em 1957, iniciou estudos musicais na Academia de Música de Santa Cecília e prosseguiu‐os no Conservatório Nacional de Lisboa. Ensinou no Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa e foi Director‐ Adjunto do Serviço de Música (1992‐2007) da Fundação Calouste Gulbenkian. É actualmente Professor Associado do Depar‐ tamento de Artes da Universidade de Évora, investigador do Instituto de Etnomusicologia‐Centro de Estudos de Música e Dança e Director do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura. Enquanto musicólogo, é autor de diversos estudos sobre história da música portuguesa, dois dos quais receberam o Prémio de Ensaísmo Musical do Conselho Português da Música, bem como de largo número de artigos científicos publicados em revistas e obras colectivas especializadas, tanto portuguesas como internacionais. Exerce uma actividade intensa como conferencista, no plano nacional como em vários países da Europa, nos EUA e no Brasil. É autor de Para uma História do Fado, dos capítulos sobre Portugal, Espanha e América Latina na History of Baroque Music de George Buelow (Indiana University Press, 2004) e da colecção de ensaios Pensar Amália (2009).Trabalha presentemente num estudo de fundo sobre a vida musical luso‐brasileira, na óptica dos viajantes estrangeiros do final do Antigo Regime (1750‐1834), e em diversos projectos de edição de música portuguesa dos séculos XVI a XVIII. Entre Outubro de 1995 e Outubro de 1997 desempenhou as funções de Secretário de Estado da Cultura no XIII Governo Constitucional. Foi condecorado em Outubro de 2003 pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique por serviços prestados ao estudo da Cultura portuguesa. É Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História. 3 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA O calendário de ABRIL exibe três concertos a não perder: AD LIMINA, a 2 de Abril, na Igreja Matriz de Santiago Maior [classificada Monumento Nacional em 1922], em Santiago do Cacém, estreia em Portugal Il pianto di Maria, de Giovanni Ferrandini e faz a estreia absoluta de Peregrinação Interior: Cinco Sonetos Quinhentistas, de Alexandre Delgado, a qual resulta de uma encomenda do FTSS. A soprano espanhola María Bayo é solista deste concerto acompanhada pelos Divino Sospiro, sob a direcção de Massimo Mazzeo. Quinze dias depois, a 16, tem lugar o concerto intitulado PEREGRINAÇÕES: NO 3.º CENTENÁRIO DE D. MARIA BÁRBARA, PRINCESA DE PORTUGAL E RAINHA DE ESPANHA, na Igreja Matriz de Santo Ildefonso, em Almodôvar, o cravista francês Pierre Hantaï assinala o 3.º centenário do nascimento da princesa portuguesa com um programa preenchido com obras dos três principais nomes do período Barroco – Handel, Bach e Scarlatti. PARA LÁ DO TEMPO fecha o mês de Abril, na noite de sábado, dia 30, no cenário privilegiado da Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição [classificada como Imóvel de Interesse Público em 1993], em Castro Verde, que acolhe as obras Rothko Chapel, homenagem de Morton Feldman ao pintor Mark Rothko – e de quem Paolo Pinamonti trouxe a ópera Neither a Portugal pela primeira vez em 2004 – e Via Crucis de Franz Liszt. São intérpretes Alexandre Delgado (viola), Kodo Yamagishi (piano/celesta), Rui Gomes (percussão) e o Coro da Arena de Verona, sob a direcção de Giovanni Andreoli. MAIO protagoniza um concerto único, DIÁLOGOS, no sábado 28, na Igreja Matriz de São Cucufate, em Vila de Frades (Vidigueira). Único não só pelo programa que estreia na Península Ibérica a obra Ligatura – Message to Frances‐Marie, de György Kurtág, mas também pelo enquadramento extraordinário que resultará da presença de dois pianos de cauda na igreja. São solistas Marta Zabaleta e Miguel Borges Coelho. O programa inclui ainda as Transcrições para dois pianos por György Kurtág de Johann Sebastian Bach e Visions de l’Amen de Olivier Messiaen. A 18 de JUNHO o Festival Terras sem Sombra desloca‐se a Grândola para apresentar na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, o programa LESTE/OESTE com obras de Sofia Gubaidulina e Johann Sebastian Bach interpretadas por Irene Lima (violoncelo) e Pedro Santos (acordeão). 4 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA A noite quente alentejana de sábado, 9 de Julho apadrinha o concerto que fecha a edição de 2011 – EN PLEIN AIR, com um programa do qual se destacam o tenor Mário João Alves, a Banda Sinfónica da GNR e Marcello Panni na direcção musical. Tal como o título indica, o concerto tem lugar ao ar livre, no enquadramento prodigioso da Praça da República frente à Igreja da Misericórdia [classificada como Monumento Nacional em 1933]. Interpreta‐se pela primeira vez na Península Ibérica a obra de Marcello Panni, Missa brevis, ao lado de uma das páginas fundamentais da tradição francesa, a Symphonie funèbre et triomphale, de Hector Berlioz. O PRÉMIO INTERNACIONAL «TERRAS SEM SOMBRA» Instituído este ano pela organização do Festival, o Prémio Internacional «Terras sem Sombra» destina‐se a homenagear uma personalidade ou instituição que se tenha salientado no âmbito da Música, do Património Cultural e da Salvaguarda da Biodiversidade. Em 2011 o «Terras sem Sombra» distingue duas personalidades internacionais e uma nacional; a escolha dos recipiendários é da responsabilidade de um júri internacional. O Prémio consta de um diploma e de uma obra de arte encomendada a um artista contemporâneo. De periodicidade anual, o Prémio será entregue a 7 de Maio próximo pelo Príncipe Pavlos da Grécia, Patrono 2011, na Igreja Matriz de Santiago do Cacém. Esta igreja possui velhos laços com a Grécia, pois foi fundada (c. 1310) por uma princesa bizantina, Vataça, descendente da dinastia dos Lascaris. Nela se conserva uma relíquia do Lignum Crucis, doada por essa mesma princesa. Santiago do Cacém mantém‐se como importante referência no Caminho de Santiago. A BIODIVERSIDADE EM DESTAQUE Todos os artistas convidados aceitaram o desafio para participar em acções associadas à biodiversidade alentejana durante as manhãs do dia seguinte aos concertos. María Bayo, Pierre Hantaï, Marcello Panni, Irene Lima e os demais colaboram na preservação de espécies e sistemas em vias de extinção. Estas iniciativas merecem ser levadas até ao público, pelo que esperamos que se associem ao empenho quotidianamente demonstrado pelas autoridades competentes nesta área. 5 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA VINHO – O SONHO DA DIFERENÇA O FTSS conta com a colaboração de um dos enólogos mais reputados do País, Paulo Laureano. As manhãs reservadas à biodiversidade culminam com um almoço durante o qual serão dados diferentes vinhos a provar. Um dos almoços terá lugar na adega de Paulo Laureano, em Vila de Frades, local onde se fabrica vinho exclusivamente com castas portuguesas. Principal festival de música sacra do País, o Terras sem Sombra conseguiu demarcar‐se como um interface privilegiado entre o património, a natureza e a música numa região – o Alentejo – que mantém uma forte identidade e que soube preservar a sua idiossincrasia. Um dos objectivos a atingir diz respeito à preservação do património histórico‐artístico, religioso e ambiental do País. Ao perseverar numa programação musical regular agendada nas igrejas, o património edificado mantém‐se vivo e presente na memória de todos. Agradeço, desde já, toda a vossa colaboração em termos de divulgação. Bom trabalho e até breve. Paula Vilafanha COMUNICAÇÃO [email protected] Tlm. +351 96 428 63 32 | +351 91 420 11 24 www.patrimoniodiocesebeja.com 6 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Concerto de Abertura 2 Abril AD LIMINA 21h30 SANTIAGO DO CACÉM Igreja Matriz de Santiago Maior Antonio Vivaldi Sonata em Mi bemol Maior «Al Santo Sepolcro» para orquestra de cordas, op. 49 RV 130 Sinfonia em Si menor «Al Santo Sepolcro» para orquestra de cordas, op. 50 RV 169 estreia em Portugal Alexandre Delgado Peregrinação Interior: Cinco Sonetos Quinhentistas para soprano e orquestra de cordas Estreia absoluta. Encomenda do Festival Giovanni Ferrandini Il pianto di Maria para voz e orquestra de cordas soprano María Bayo direcção musical Massimo Mazzeo orquestra barroca Divino Sospiro 7 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA ALEXANDRE DELGADO COMPOSITOR Compositor e violetista, nasceu em Lisboa em 1965. Estudou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças e foi aluno em Composição de Joly Braga Santos e Jacques Charpentier, tendo‐se diplomado com o 1.º prémio de composição do Conservatório de Nice em 1990. Aluno em violeta de Barbara Friedhoff, venceu o Prémio Jovens Músicos em 1987 e foi membro da Orquestra Juvenil da União Europeia e da Orquestra Gulbenkian. É autor da ópera de câmara O Doido e a Morte (cuja estreia dirigiu no Teatro Nacional de São Carlos em 1994 e no Theater Am Halleschen Ufer em Berlim), do Concerto para Violeta e Orquestra (que estreou como solista em Portugal, Espanha e Países Baixos), da ópera A Rainha Louca (cuja estreia dirigirá no Centro Cultural de Belém em Julho de 2011) e da lenda Santo Asinha para barítono e orquestra (cuja estreia dirigiu em Alcobaça em 2010). Assina o programa A Propósito da Música na Antena 2 desde 1996 e é autor dos livros A Sinfonia em Portugal, A Culpa é do Maestro (crítica musical) e Luís de Freitas Branco, publicados na Editorial Caminho. Director do Festival de Música de Alcobaça desde 2002, é membro do Quarteto com Piano de Moscovo desde 2005 e freelancer como instrumentista, conferencista e comentador de concertos. MARÍA BAYO SOPRANO Nascida em Tudela (Navarra), é uma das cantoras mais conceituadas da cena internacional. Entre outros aspectos, caracteriza‐se por emprestar vocalidade e psicologia às personagens que encarna com o maior rigor interpretativo: uma ampla galeria de papéis operáticos que se estende desde o Barroco até ao século XX (Debussy, Granados, Falla, Poulenc, Stravinski), com predilecção por Mozart (foi a primeira cantora espanhola convidada pelo Festival de Salzburgo para representar a trilogia Mozart‐Da Ponte em quatro temporadas sucessivas), Rossini, a escola francesa (Gounod, Bizet, Offenbach, Massenet), privilegiando, acima de tudo, a recuperação e a gravação de páginas inéditas de óperas e zarzuelas esquecidas. Após obter inúmeros prémios internacionais, entre os quais o 1.º Prémio do Grande Concurso Internacional Belvedère de Viena, debutou em Pisa, Sankt Gallen e Lucerna com Les Pêcheurs de perles, Lucia di Lammermoor e La sonnambula, e obteve um êxito notável em Madrid e Paris com Le nozze di Figaro. A partir de então tem sido convidada pelos teatros de ópera mais importantes em Milão (Scala), Roma, Bolonha, Florença, Berlim (Staatsoper), Hamburgo, Viena, Munique, Dresden, Bruxelas (La Monnaie), Paris (Palais Garnier, Bastilha, Théâtre Châtelet), Lyon, Marselha, Montpellier, Londres (Covent Garden), Monte Carlo, Madrid (Teatro Real, La Zarzuela), Barcelona (Liceu), Bilbau, Sevilha, Pamplona, Corunha, Lisboa, Genebra, Buenos Aires (Teatro Colón), Nova Iorque (Metropolitan Opera), S. Francisco, Los Angeles, Houston, São Paulo, Telavive e Tóquio. Apresenta‐se assiduamente nos festivais de Salzburgo, Aix‐en‐ Provence, Granada, Perelada, Trienal de Ruhr, Quinzena Donostirra e Pesaro. Foi dirigida por Sinopoli, Chailly, Gavazzeni, Pappano, Zedda, Armin Jordan, Rizzi, C. Davis, Maazel, Scimone, Bychkov, Plasson, Latham‐Koenig, Nagano, Viotti, Gelmetti, Pablo Pérez, Ros Marbá, Gómez Martínez, López Cobos, Frühbeck, Fabio Luisi, Alessandrini, R. Jacobs, Rousset, Hogwood, Bolton, A. De Marchi, Herreweghe, entre outros. Também trabalhou com os mais reputados encenadores, nomeadamente Wernicke, Pizzi, Ronconi, Lavelli, Miller, Del Monaco, Carsen, Lepage, Grüber, Sagi, Pasqual, Espert, Gas, Joel, Neuenfels, Hytner, Toffolutti e Serreau. Desde o início da sua carreira cultivou o lied e a oratória em recital e em concerto, em salas de enorme prestígio: Lincoln Center (Nova Iorque), Concertgebow (Amesterdão), Wigmore Hall e Barbican Centre, nos London Proms (Londres), Musikverein (Viena), Théâtre des Champs‐Élysées e Salle Gaveau (Paris), Kioi Hall e Bunkamura (Tóquio), Palau de la Música (Barcelona, Valência), Auditório Nacional (Madrid), Beaux‐Arts (Bruxelas), etc. Interpretou e gravou grande parte do repertório espanhol, do qual é uma das embaixadoras mais destacadas, como demonstra o seu catálogo nas etiquetas Naïve, Decca, Deutsche 8 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Grammophon, Erato, Harmonia Mundi, Naxos, Opus Arte, Arthaus, Dynamic, TDK, além de contribuir para a redescoberta da zarzuela barroca do século XVIII. Foi galardoada com o Prémio Nacional de Música de Espanha (2009) e com o Prémio «Príncipe de Viana» (2002), o mais prestigioso galardão da Cultura de Navarra, que recebeu das mãos de S.A.R. o Príncipe Felipe de Borbón. MASSIMO MAZZEO DIRECÇÃO MUSICAL Diplomado pelo Conservatório de Veneza, aperfeiçoou posteriormente os conhecimentos em viola de arco com Bruno Giuranna e Wolfram Christ, e em música de câmara e quarteto de cordas com os membros do Quarteto Italiano e do Quarteto Amadeus. Fez parte seguidamente de algumas das mais representativas orquestras do panorama musical italiano, como a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília e a Orquestra da RAI de Roma, e foi Primeiro Viola da Orquestra Internacional de Itália. Colaborou com prestigiadas orquestras de câmara, entre as quais I Virtuosi di Roma, I Virtuosi di Santa Cecilia, Accademia Strumentale Italiana, Ensemble Nuove Sincronie, Musica Vitæ Chamber Orchestra, Caput Ensemble e European Solists Chamber Ensemble. Também trabalhou com artistas ilustres, nomeadamente Salvatore Accardo, Bruno Canino, Enrico Onofri e Marco Rizzi. Dedicou‐se nesse período ao estudo da interpretação historicamente informada e, depois de ter colaborado com diversas formações instrumentais como o Ensemble Aurora e a Academia Strumentale Italiana, e com artistas de renome, como Rinaldo Alessandrini, formou a orquestra barroca Divino Sospiro, em 2004. Na fase inicial da sua carreira, centrada no domínio da música contemporânea, trabalhou com Luciano Berio, Salvatore Sciarrino, Mauricio Kagel, Aldo Clementi, Franco Donatoni, Alessandro Solbiati e Wolfgang Rihm, merecendo felicitações públicas do compositor Giacomo Manzoni. No campo da música de câmara esteve ligado a alguns músicos importantes, entre eles Salvatore Accardo e Bruno Canino. Tem gravado para as etiquetas BMG, Erato, Harmonia Mundi France, Deutche Armonia Mundi, Nuova Era, Movieplay e Nichion. Na qualidade de maestro tem estado presente em inúmeros festivais e orquestras, com destaque para o Festival Geistlicher Musik de Bozen, o Ensemble Corelli, o Auditório Nacional de Espanha (Madrid), e o Centro Cultural de Belém. Foi director artístico do Festival Roncegno Musica, em Itália, onde se estrearam grandes personalidades da cena artística actual, nomeadamente, Boris Berezowsky. Exerceu a docência, como professor titular de Viola, Técnica de Orquestra e Música de Câmara, nas Master Classes do curso internacional «PSA Spettacolo Aperto». Foi consultor artístico, ao longo de vários anos, dos serviços culturais da Província Autónoma de Trento (Itália), para a qual realizou, entre outros, o projecto «Trentino‐Portogallo», considerado um projecto‐piloto ao nível europeu. Exerceu igualmente funções de direcção artística em Portugal e noutros países europeus. É professor convidado da Universidade de Évora nas disciplinas ligadas à música historicamente informada. Desde 2002 é membro do Quarteto Capela. É director artístico e fundador da orquestra barroca Divino Sospiro – actualmente a orquestra residente do Centro Cultural de Belém. DIVINO SOSPIRO ORQUESTRA BARROCA Num prazo de apenas seis anos de actividade, a Divino Sospiro percorreu um caminho que teria parecido impossível anteriormente em Portugal para uma orquestra de câmara. Desde a sua criação participou em festivais prestigiados e apresentou‐se em algumas das salas mais importantes da Europa (e não só). Destacam‐se o Teatro Nacional de São Carlos, o Auditório Nacional de Espanha em Madrid, as «Festas da Música», a Folle Journée de Nantes, a Folle Journée no Japão, os festivais de Música de Leiria, de Île‐de‐France (gravado pela Radio 9 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA France), de Varna, o Febrero Lírico em San Lorenzo del Escorial, o Mozartiana em Gdansk, e o conceituado Festival d’Ambronay, onde o agrupamento – a primeira orquestra portuguesa a fazê‐lo – teve a honra de actuar no concerto de encerramento. Entretanto, foram muitos os registos e gravações deste agrupamento, designadamente para a Radio France, a Antena 2 e a RTP, merecendo particular destaque a gravação de um CD para a editora japonesa Nichion com repertório dedicado a W. A. Mozart, que mereceu o galardão de best‐seller naquele país, e um concerto divulgado pelo canal Mezzo. «Os Divino», como são conhecidos em Portugal, constituem hoje em dia parte essencial da vida musical de Lisboa e do país, sendo reconhecidos pela dedicação, pela curiosidade e pela maneira viva e muito intensa com que abordam o desafio da interpretação historicamente informada. Com a passagem dos anos, estes factores tornaram‐se numa imagem de marca do agrupamento. Entretanto, o repertório da orquestra já não se limita ao Barroco, estendendo‐se para além do período clássico, até ao Romantismo, sem esquecer algumas «digressões» pela música contemporânea. Divino Sospiro colabora assiduamente com os artistas Enrico Onofri, Chiara Banchini, Christina Pulhar, Rinaldo Alessandrini, Maria Cristina Kiher, Alexandrina Pendatchanska, Gemma Bertagnolli, Alfredo Bernardini, Katia e Marielle Labèque, Christophe Coin e María Bayo, entre outros. Sob a direcção artística de Massimo Mazzeo, tem visto o seu repertório e o número dos seus concertos crescer em cada ano, dentro de uma assinalável variedade de formações, desde agrupamentos de câmara até orquestra de ópera, apresentando‐se não só em Portugal mas também em digressões por todo o mundo. É actualmente a orquestra residente do Centro Cultural de Belém, facto de fundamental e recíproca importância para o desenvolvimento em Portugal de uma realidade artística de alta qualidade a nível internacional. Conta regularmente com a direcção de Enrico Onofri, o seu maestro oficial. Ao mesmo tempo, tem proporcionado – desde a fundação – uma internacionalização que a coloca em primeiro lugar na divulgação do património cultural português e dos seus intérpretes. 10 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Concerto 16 Abril PEREGRINAÇÕES — NO 3.º CENTENÁRIO DE D. MARIA BÁRBARA, PRINCESA DE PORTUGAL E RAINHA DE ESPANHA 21h30 ALMODÔVAR Igreja Matriz de Santo Ildefonso Johann Sebastian Bach Prelúdio coral Wer nur den lieben Gott lasst walten, BWV 691 Prelúdio e fughetta em Ré menor, BWV 899 Três Prelúdios do Pequeno caderno para Wilhelm F. Bach Prelúdio e fughetta em Sol Maior, BWV 902a Suite inglesa em Fá Maior n.º 4, BWV 809 George Frideric Handel Suite em Fá Maior, HWV 427 Domenico Scarlatti Cinco sonatas (a anunciar pelo intérprete) Johann Sebastian Bach Suite inglesa em Sol menor, n.º 3, BWV 808 cravo Pierre Hantaï 11 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA PIERRE HANTAÏ CRAVO Nasceu em 1964. Aos dez anos apaixonou‐se pela música de J. S. Bach. A influência de Gustav Leonhardt levou‐o a estudar cravo, primeiro sozinho, depois sob a orientação de Arthur Haas. As suas primeiras apresentações em concerto, a solo ou com os irmãos, Marc (travesso) e Jérôme (viola da gamba), não se fizeram esperar. Dois anos de estudo em Amesterdão com Gustav Leonhardt levaram a que este o convidasse a tocar sob a sua direcção. Nos anos posteriores, colaborou com inúmeros músicos e maestros de ensembles, entre os quais Philippe Herreweghe, os irmãos Kuijken, François Fernandez, Marc Minkowski e Philippe Pierlot. Actualmente apresenta‐se por todo o mundo, principalmente a solo. É convidado assíduo de Jordi Savall e aprecia igualmente juntar‐se com os seus irmãos e amigos – Hugo Reyne, Sébastien Marq, Skip Sempé, Amandine Beyer, Olivier Fortin, Christophe Coin e Jean ‐Guihen Queyras – para interpretar música de câmara. Voltou a dar vida recentemente ao ensemble que havia criado nos anos 80, Le Concert Français, para diversos concertos e uma gravação dedicada às Suites e Cantatas de Bach. A sua extensa discografia inclui gravações recentes para a etiqueta Mirare: o primeiro livro do Cravo Bem Temperado e Variações Goldberg, de J. S. Bach, e três discos dedicados às Sonatas de Domenico Scarlatti. 12 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Concerto 30 Abril PARA LÁ DO TEMPO 21h30 CASTRO VERDE Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição Morton Feldman Rothko Chapel para viola, celesta, percussão e coro Franz Liszt Via Crucis para coro e piano viola Alexandre Delgado celesta/piano Kodo Yamagishi percussão Rui Gomes direcção musical Giovanni Andreoli Coro da Arena de Verona 13 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA KODO YAMAGISHI CELESTA/PIANO Nascido no Japão em 1971, estudou na Universidade de Música de Viena, na classe de direcção musical de U. Lajovic, onde obteve o mestrado. Trabalhou então como co‐repetidor e maestro em produções de óperas e dirigiu a Orquestra Pró‐Arte de Viena. Participou ainda nas Master Classes de direcção, piano e interpretação de Lieder em Viena, no Cairo, em Weimar e com Dietrich Fischer‐Dieskau em Estugarda. Desde 1997 que actua como assistente nas Master Classes do maestro E. Acel. Foi maestro assistente em produções de óperas no Festival de Verão de Klosterneuburg, no Festival Haydn de Eisenstadt e no Opern Air em Gars am Kamp. Em 2002 dirigiu L’Enfant et les sortilèges na Alemanha e também a Orquestra de Salão de Merano (Itália). De 2002 a 2004 trabalhou como maestro co‐repetidor e «Kapellmeister» no Pfalztheater em Kaiserslautern (Alemanha), onde teve oportunidade de dirigir 22 récitas de óperas. Em 2004 dirigiu a Orquestra Nacional da Cidade de Oradea, na Roménia, e desde a temporada 2004/05 é maestro assistente do Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Foi vencedor do Prémio «Finalista» (2.º lugar) do II Concurso Internacional de Direcção de Orquestras e Prémio «OSESP» em São Paulo. GIOVANNI ANDREOLI DIRECÇÃO MUSICAL Estudou Composição, Piano, Música coral, Direcção de Coro, Flauta e Percussão. Iniciou muito jovem a actividade no âmbito teatral, primeiro como co‐repetidor, depois como director dos estudos musicais, finalmente como responsável pela preparação musical das companhias de canto. Foi maestro substituto em teatros e festivais líricos italianos (Rossini Opera Festival, Torre del Lago, Maggio Musicale Fiorentino, etc.) Tem desempenhado as funções de maestro de coro em importantes instituições, como a RAI de Milão, o Teatro La Fenice de Veneza, o Teatro Carlo Felice de Génova, o Teatro Nacional de São Carlos e, presentemente, a Arena de Verona. Colaborou com a Bienal de Música de Veneza, onde assegurou a estreia mundial de obras de autores como Guarnieri, De Pablo, Clementi, Manzoni e Nono. Em 1996 principiou um intenso labor na direcção musical de orquestra em inúmeros concertos sinfónico‐corais, interpretando, nomeadamente, Carmina Burana, de Orff, e Petite Messe solennelle, de Rossini, com os recursos artísticos do Teatro La Fenice de Veneza. No ano seguinte dirigiu a Petite Messe solennelle no Teatro Municipal de São Paulo. Com o Coro do La Fenice realizou o projecto «L’esperienza corale del 900 italiano», com obras de Dallapiccola, Rota e Petrassi. Em 1998 dirigiu L’elisir d’amore, de Donizetti, em Reiquiavique, a Missa da Coroação, de Mozart, e a Nelson ‐Messe, de Haydn, em São Paulo. Também dirigiu a Via Crucis de Liszt com o ensemble do La Fenice no Festival de Orvieto. À frente do mesmo ensemble voltou a dirigir os Carmina Burana e dirigiu obras de Remacha e Falla, o Dies Iræ, de Fellegara, e Les Noces, de Stravinski, no Festival de Granada. A convite do Festival Klangbogen de Viena, dirigiu Otello, de Rossini, no Theater an der Wien, com a Orquestra Filarmónica Nacional de Varsóvia. No mesmo ano dirigiu o Coro e a Orquestra do Teatro La Fenice na primeira execução moderna das obras Missa Amabilis e Missa Dolorosa, de Caldara. Em 1999 dirigiu La Bohème, de Puccini, no Teatro Grande de Brescia e em Lanciano, com a Orquestra Giovanile Italiana, e a Missa em Dó, de Beethoven, em Porto Alegre. Dirigiu seguidamente os Archi della Scala e o Coro do Teatro La Fenice num programa de música sacra em Brescia, Il barbiere di Siviglia no Teatro degli Italiani em Gardone Riviera, Una cosa rara de Martin y Soler no Teatro Goldoni de Veneza, com o Coro e a Orquestra do La Fenice. Dirigiu igualmente os coros do Teatro Carlo Felice de Génova em numerosos concertos cujo repertório abrangeu desde obras de música sacra ao musical, passando pelas músicas de filmes. 14 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA De 2004 a 2008 foi maestro titular do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, tendo dirigido programas dos autores portugueses mais significativos. Colaborou também com a Companhia Portuguesa de Ópera e foi maestro titular da Orquestra Sinfónica da Op‐Companhia Portuguesa de Ópera. Possui vasta discografia, com destaque para Orfeo cantando... tolse, de Guarnieri (gravada no Auditório da RAI de Florença em 1996) e os Carmina Burana (gravada com o Coro e a Orquestra do Teatro La Fenice de Veneza). De 1994 a 2005 foi director artístico da Temporada Lírica do Teatro Grande de Brescia. CORO DA ARENA DE VERONA O Coro da Arena de Verona nasceu com os primeiros espectáculos líricos no anfiteatro desta cidade, em 1913. Foram seus primeiros maestros Ferruccio Cusinati e Vittore Veneziani. O cargo veio a ser ocupado depois, sucessivamente, por Tullio Boni, Aldo Danieli, Armando Tasso, Romano Gandolfi e Marco Faelli. Todos os grandes momentos do anfiteatro veronês coincidiram com execuções de óperas de grande amplitude coral. A imponente vocalidade coral permite a realização de espectáculos grandiosos, adequados ao vertiginoso espaço cénico do vastíssimo «olho» formado pela Arena. Não é por acaso que os melodramas da Arena sejam, por excelência, aqueles que exigem uma maior intensidade coral, nomeadamente Aida, La Gioconda, Nabucco; deste último, «Va’ pensiero» suscita sempre grandes ovações e pedidos de encore. Entre as grandes produções históricas de que o Coro foi protagonista essencial cabe salientar as seguintes: Aida, Nabucco, La forza del destino, Otello, Il trovatore, Carmen, Turandot, La Gioconda, Norma, Mefistofele, Faust, Samson et Dalila, Boris Godunov. Além do seu contributo essencial para as óperas, o Coro tem realizado concertos memoráveis na Arena: Messa da Requiem, de Verdi, Nona Sinfonia, de Beethoven, La Damnation de Faust, de Berlioz, La Resurrezione di Cristo, de Perosi. Por outro lado, o Coro acompanha frequentemente a Orquestra da Arena na temporada lírica e sinfónica de Inverno, no Teatro Filarmónico e noutros espaços da cidade e da região. A carreira do Coro inclui igualmente importantes actuações fora de Itália: Deutschlandhalle, em Berlim (1977‐1980), Stadthalle, em Viena (1980, 1982, 1984), Luxor, no Egipto, nos locais de Aida (1987), Tóquio (1989, 1991), Pequim (2000), e ainda em Monte Carlo, Frankfurt, Zurique, Dortmund, Hamburgo e Estugarda. Giovanni Andreoli ocupa o lugar de maestro do Coro desde 2010. É também maestro do Coro, desde 1995, Andrea Cristofolini. 15 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Concerto 28 Maio DIÁLOGOS 21h30 VILA DE FRADES Igreja Matriz de São Cucufate György Kurtág Ligatura – Message to Frances‐Marie, op. 31/b para cordas e celesta estreia em Portugal e Espanha Johann Sebastian Bach Transcrições para dois pianos de György Kurtág Olivier Messiaen Visions de l’Amen para dois pianos violinos Adolfo R. Carbajal Pedro Meireles violoncelos Nuno Abreu Teresa Valente pianos Marta Zabaleta Miguel Borges Coelho 16 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA MARTA ZABALETA PIANO Natural de Legazpia (Guipúzcoa), iniciou os estudos musicais com Arantxa Rodríguez, prosseguindo‐os no Conservatório de San Sebastián com J. A. Medina. Posteriormente, fixou‐se em Paris, onde trabalhou com o Prof. Dominique Merlet no Conservatório da mesma cidade. Uma vez finalizada a etapa francesa, ingressou na Escola Superior de Música Rainha Sofia, de Madrid, para continuar os estudos com insignes maestros, entre os quais Dimitri Bashkirov, A. Pouvsun e Galina Eguiazarova. Mais tarde, especializou‐se em repertório espanhol, com Alicia de Larrocha e T. Montenys, na Academia Marshall de Barcelona. Foi galardoada em prestigiados concursos internacionais de piano, tais como «Paloma O’Shea» de Santander, «Chopin» de Darmstadt, «Pilar Bayona» de Saragoça e Jaén. Colabora de modo assíduo com destacadas orquestras, nomeadamente a Sinfónica da Galiza, da Extremadura, Euskadi, da RTVE, Valência, Bilbau, English Chamber Orchestra, Sinfónica de Berlim, Sinfónica de Londres, de Granada, da Comunidade de Madrid, Castela e Leão, Orquestra de Krefeld, entre outras. Tem trabalhado sob a direcção de Colin Davis, Sergiu Comissiona, Lucas Pfaff, Gabriel Chmura, Harry Christophers, Christian Mandeal, G. Varga, John Bell, Sebastián Bereau, Mario Venzago, George Pehlivanian, Gloria Isabel Ramos, Max Bragado, Juan José Mena, Christopher Wilkins, Jesús Amigo, Dorian Wilson, J. C. Spinossi, Gatti, entre outros. As suas incursões na música de câmara levaram‐na a colaborar com prestigiadas formações, como o Quarteto Enesco, Quarteto Ysaye, Alternance e Projecto Gerhard; trabalha regularmente com o violoncelista Asier Polo, com quem se estreou no Carnegie Hall de Nova Iorque. Estreou o Concerto para piano e orquestra «Hitzaurre‐bi», de Ramón Lazkano, no Festival de Estrasburgo e no Festival de Música Contemporânea de Alicante, e o Libro para piano, de Francisco González Pastor, no Festival Internacional de Santander, obtendo nestes concertos um enorme êxito junto da crítica e do público. Entre as suas gravações cabe destacar dois CD para a etiqueta EMI (Catálogo Internacional) com a obra para piano solista de Joaquín Rodrigo, um CD para a etiqueta suíça CLAVES com o Concerto Basco, de Escudero, um para a RTVE, com o Concerto para dois pianos e orquestra de Martín Pompey e um último com o violoncelista Asier Pólo para a etiqueta BBK. Actualmente concilia a sua carreira de solista com a docência no Centro Superior de Música do País Basco, Musikene. MIGUEL BORGES COELHO PIANO Nasceu no Porto em 1971. Iniciou o estudo do piano com Amélia Vilar, prosseguindo a formação no Conservatório de Música do Porto com Isabel Rocha. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkiam estudou na Escola Superior de Música de Freiburg im Breisgau, com Vitalij Margulis, e na Escola Superior de Música Reina Sofia, de Madrid, com Dimitri Bashkirov e Galina Egyazarova. Venceu vários concursos nacionais de piano e obteve o 2.º Prémio e o Prémio para a Melhor Interpretação de Música Contemporânea no XIV Concurso Internacional de Música da Cidade do Porto. Em 1998 o Ministério da Cultura atribuiu‐lhe o Prémio Revelação «Ribeiro da Fonte». Tocou em Portugal, Espanha, França, República Checa e Brasil, destacando‐se em salas como o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém, o Teatro Nacional de São Carlos, a Casa da Música, o Coliseu do Porto, o Palácio Euskalduna de Bilbau e o Rudolfinum de Praga. Actuou, entre outros, nos festivais de Sintra, Póvoa de Varzim, Festa da Música, Dias da Música, Folles Journées de Nantes, Internacional de Música de Ayamonte, Mozart da Coruña e Quinzena Musical de San Sebastián. Foi solista com as orquestras do Algarve, da APROARTE, de Câmara de Praga, Clássica da Madeira, da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Filarmonia das Beiras, Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa, Nacional do Porto (designadamente no concerto inaugural da sua formação sinfónica), Sinfónica Portuguesa e Sinfonietta de Lisboa. 17 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Actuou em recitais de música de câmara com Michal Kanka, Paulo Gaio Lima, Asier Polo, Gerardo Ribeiro, Pedro Ribeiro, António Saiote, Marta Zabaleta, Quarteto Capela, Quarteto de Cordas de Matosinhos e Quarteto Talich, entre outros. Fez a estreia mundial de Música Festiva n.º 18 para os 18 Anos do Miguel Borges Coelho, de Fernando Lopes‐Graça, e de In Memoriam Jorge Peixinho, de João Pedro Oliveira. Gravou um CD duplo com obras de Jorge Peixinho (Numérica) e, com o violoncelista Michal Kanka, as Sonatas para violoncelo e piano de Weinberg («Choc Disc» e «Diapason 5» das revistas Le Monde de la Musique e Diapason, respectivamente), e obras para violoncelo e piano e piano solo de Ernest Bloch («Diapason 5»), ambos para a Praga Digitals – Harmonia Mundi. É professor de Piano na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. 18 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Concerto 18 Junho LESTE/OESTE 21h30 GRÂNDOLA Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção Sofia Gubaidulina N.º 2: Mulher, eis o Teu filho para violoncelo e acordeão De As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz Johann Sebastian Bach Suite n.º 1 em Sol Maior para violoncelo, BWV 1007 Sofia Gubaidulina Em Cruz para violoncelo e acordeão N.º 5: Tenho sede para violoncelo e acordeão De As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz Johann Sebastian Bach Suite n.º 6 para violoncelo, BWV 1012 violoncelo Irene Lima acordeão Pedro Santos 19 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA IRENE LIMA VIOLONCELO Natural de Lisboa, iniciou os estudos musicais com Adriana de Vecchi e Fernando Costa na Fundação Musical dos Amigos das Crianças. Estudou em Paris com André Navarra e Philippe Muller. Apresentou‐se a solo com orquestra e em formações de câmara em vários países, designadamente Espanha, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Itália, Brasil e Macau. É de referir a sua actuação com a Orquestra Sinfónica da RTL, com a qual executou o Concerto de Câmara com Violoncelo obligato, de Fernando Lopes‐Graça, que lhe valeu elogiosa crítica, assim como actuações a solo com a Orquestra Sinfónica de Macau e a Sinfonia de Varsóvia, entre outras. Forma um duo com o pianista João Paulo Santos. Gravou para a EMI‐Classics a Sonata para Violoncelo e Piano, de Luís de Freitas Branco, e um disco com obras de Vivaldi, Boccherini e Bréval. É actualmente Primeiro Violoncelo da Orquestra Sinfónica Portuguesa, lugar que ocupou igualmente na Orquestra do Teatro Real de Liège e na Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos. Lecciona Música de Câmara na Escola Superior de Música de Lisboa. Apresenta‐se regularmente em diversos festivais internacionais e temporadas de concertos, como o Festival Internacional EUROPAMÚSICA, em Itália, ou a Festa da Música, e com pianistas como Bruno Canino, Tânia Achot, Jorge Moyano, Roberto Arosio, Sónia Rubinsky. Filipe de Sousa e Alexandre Delgado dedicaram‐lhe obras para violoncelo solo. PEDRO SANTOS ACORDEÃO Natural de Almada, iniciou os estudos musicais aos cinco anos no Instituto Musical Matono com Joaquim Raposo, sendo mais tarde aluno de Vitorino Matono, concluindo o curso de Acordeão com elevada classificação. Em 1982 obteve o 4.º lugar no Certame Internacional de Acordeão em Bilbau, na categoria de Concertista Júnior, e o 2.º lugar no Certame Internacional de Acordeão em San Sebastián, na mesma categoria. Em 1985 foi vencedor no Troféu Ibérico de Acordeão na categoria de Concertistas Juniores. Em 1989 obteve o 1.º Troféu Nacional de Concertistas de Acordeão na Categoria Sénior. Em 1991 foi convidado pela Orquestra Sinfónica do Porto (a extinta Régie) a actuar num tema interpretado pelo tenor Luciano Pavarotti no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Dois anos depois fundou o grupo Lusíada, tendo esta formação efectuado, entre 1993‐1997, mais de oitenta concertos em vários espaços da Grande Lisboa. Participou igualmente em programas da TVI, RTP1 e TV2. Tem integrado grupos de música de câmara e orquestras, nomeadamente a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Solistas de Lisboa, a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Nacional do Porto e a Orquestra Sinfonietta de Lisboa. É membro ‐fundador do Quinteto Lusotango. O objectivo de divulgar o acordeão de concerto levou‐o a formar, com Paulo Ferreira, o Duo Damián, que tem actuado em Portugal, França e Itália. Colaborou com os grupos de teatro Cornucópia, O Bando e Novo Grupo e com Dulce Pontes, Tereza Salgueiro, Mafalda Arnauth, Mísia, José Mário Branco, Carlos Alberto Moniz, Hélder Moutinho, Bem Charest, Eugénio Rodrigues, Daniel Schvetz, entre outros. É professor na Academia de Música José Atalaya, em Fafe. 20 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Concerto 9 Julho EN PLEIN AIR 21h30 BEJA Igreja Matriz da Misericórdia Marcello Panni Missa brevis para coro infantil, tenor, orquestra de sopros e percussão estreia em Portugal e Espanha Hector Berlioz Symphonie funèbre et triomphale para banda tenor Mário João Alves direcção musical Marcello Panni Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana 21 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA MARCELLO PANNI COMPOSITOR/DIRECÇÃO MUSICAL Nascido em Roma em 1940, estudou Piano, Composição e Direcção de Orquestra na mesma cidade, diplomando‐se no Conservatório de Santa Cecília. Aperfeiçoou‐se em Composição na Academia de Santa Cecília com Goffredo Petrassi e em Direcção de Orquestra no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris na classe de Manuel Rosenthal. Estreou‐se em 1969, na Bienal de Veneza, na direcção de um concerto dedicado a Petrassi. A partir de então, fez em simultâneo as carreiras de compositor e director de orquestra. No que toca à actividade criativa, destacou‐se inicialmente com obras como Prétexte para orquestra (Roma, 1964), Empedokles‐Lied (Hölderlin) para barítono e orquestra (Veneza, 1965), Arpège para harpa e percussão (Paris, 1967), D’Ailleurs para quarteto de cordas (Londres, 1967), e Patience para coro e orquestra (Nova Iorque, 1968). Em 1971 fundou o Ensemble Teatro‐Musica, com o qual realizou digressões por toda a Europa, executando e gravando obras de Schnebel, Cage, Pennisi, Berio, Bussotti, Clementi, Donatoni, Feldman, e viu representada Klangfarbenspiel, pantomima musical, na Piccola Scala de Milão, em colaboração com Piero Dorazio e Mario Ricci (1972); seguiu‐se La partenza dell’argonauta, de Savinio, no Maggio Musicale Fiorentino, em colaboração com Memè Perlini e Antonello Aglioti (1976). A partir de finais dos anos 70 foi convidado regular das principais instituições musicais italianas e dos mais destacados teatros líricos internacionais, nomeadamente a Opéra national de Paris, a Metropolitan Opera House de Nova Iorque, o Bolchoi de Moscovo e a Staatsoper de Viena. Dirigiu a primeira execução absoluta de Neither, de Feldman, na Ópera de Roma (1976), Cristallo di rocca, de Bussotti, no Scala de Milão (1983), The Civil warS, de Glass, na Ópera de Roma (1984). De 1980 a 1984 ensinou Composição no Mills College de Oakland (Califórnia), sendo titular da prestigiada Milhaud Chair. Entre as suas composições para orquestra sobressaem Trenodia, para viola e cordas (Roma, 1991), Sinfonietta para orquestra de câmara (Milão, 2001), Calatafimi! para vozes recitativas e orquestra (Turim, 2008). Compôs igualmente diversas obras líricas: Hanjo (1994), inspirada num No moderno de Yukio Mishima, encenada por Robert Wilson, encomenda do Maggio Musicale Fiorentino; Il giudizio di Paride, com libreto do compositor dos Diálogos de Luciano de Samósata, escrita para a Ópera de Bona (1996), The Banquet (Talking about Love), com libreto de K. Koch, encomenda da Ópera de Brema (1998), reposta em 2001‐02 em Roma, Génova e Florença. Em 2005 apresentou Garibaldi en Sicile no Teatro San Carlo de Nápoles, encomenda deste teatro, com libreto de K. Koch, inspirado em Les Garibaldiens, de Alexandre Dumas, Pai. Escreveu para a catedral de Nice, em 2000, uma Missa Brevis, para coro de vozes brancas, sopros e percussão; para a catedral de Milão, em 2004, o moteto para coro de vozes pares e orquestra Laudate Dominum; e para o Festival de Spoleto, em 2009, a oratória em duas partes, Apokàlypsis, com texto de Mons. Gianfranco Ravasi, inspirado em São João, para dois recitantes, coro, orquestra de sopros e percussão. Em 1994 foi nomeado director artístico da Orquestra dos Pomeriggi Musicali de Milão e director musical da Ópera de Bona. Três anos depois assumiu o cargo de director musical da Opéra e da Orquestra Filarmónica de Nice. De 1999 a 2004 foi director artístico da Academia Filarmónica Romana. No Outono de 2000 deixou Nice para retomar o cargo de consultor artístico do Teatro San Carlo de Napoli, onde permaneceu durante duas temporadas. Em 2003 foi nomeado membro da Academia de Santa Cecília de Roma. Entre 2007 e 2009 retomou a direcção artística da Academia Filarmónica Romana e, em 2009, assumiu as funções de director artístico e maestro principal da Orquestra Sinfónica «Tito Schipa», de Lecce. Gravou numerosos discos com obras contemporâneas e algumas óperas, entre as quais Il Flaminio de Pergolesi, com Daniela Dessì e a Orquestra do San Carlo de Nápoles, La Fille du régiment, de Donizetti, com Edita Gruberova e a Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera, Omaggio a Verdi, com Fabio Armiliato e a Orquestra Filarmónica de Nice, Semiramide de Rossini, com Edita Gruberova, Bernadette Manca di Nissa e Diego Florez, e a Orquestra Sinfónica da Rádio de Viena, Omaggio a Tito Schipa com cinco jovens tenores italianos e a orquestra homónima do célebre tenor de Lecce. 22 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA MÁRIO JOÃO ALVES TENOR Licenciou‐se em Canto no Conservatório Superior de Música de Gaia com Fernanda Correia, trabalhando actualmente com Gabriella Ravazzi. Venceu o 2.º Prémio no IV Concurso de Canto Luísa Todi. No Teatro Nacional de São Carlos estreou‐se como Hylas (Les Troyens), a que se seguiram Nemorino, Ferrando, Almaviva, Pedrillo, Tamino, Le Clerc (Jeanne d’Arc au Bûcher), Tirlot (La borghesina), Mr. Keen, Lucien e Peter (The English Cat), Alfred (Die Fledermaus), entre outros. Na temporada de 2010‐2011 interpretou Rinuccio (Gianni Schicchi), Joe (Blue Monday) e Fadinard (Il cappello di paglia di Firenze). Cantou Nemorino em digressão pelo Japão e na Ópera do Cairo, Aronne em Sassari, Pedrillo em Bari e San Sebastián, Agenore em Como e Pavia, OEdipus Rex em Turim e Roma, Froh em Bari, Cassio em Tenerife (com José Cura como Otello), Beppe em Obidos, Don Ottavio em Orvieto e Ernesto em Diano Castello. Interpretou ainda Almaviva em Savona, Lucca, Bergamo e Rovigo, Harry (La fanciulla del West) em Turim e Sevilha, Monostatos no BAM em Nova Iorque, La Fenice de Veneza e La Monnaie de Bruxelas, L’Enfant et les sortilèges, Carmen e Falstaff com o CPO, Alfredo Germont em Queluz, Herr M. (Neues vom Tage), Albert (Albert Herring) e Captain MacHeath (The Beggar’s Opera) no Teatro Aberto, Arlequim (Der Kaiser Von Atlantis) e Leandro (La Spinalba) no CCB. Colabora regularmente nas temporadas da Orquestra do Norte e da Ópera Norte. Tem‐se apresentado em concerto e oratória, nomeadamente com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara de Lausanne, Sinfónica de Roma, e Sinfónica de Palermo. BANDA SINFÓNICA DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA Em 1838, por decreto de D. Maria II, nasceu a Banda da Guarda Municipal que, mais tarde, com a implantação da República, em 1910, se passou a chamar Banda de Música da Guarda Nacional Republicana. Actualmente a Banda de Música está na dependência da Unidade de Segurança e Honras de Estado, sendo um dos órgãos que o Comando‐Geral tem à disposição para, no âmbito musical, concorrer com a sua acção em actividades associadas à representação ao nível do protocolo de Estado, cerimónias militares, culturais e recreativas e de divulgação da GNR. A elevada especialização dos seus componentes e o seu amplo e valioso arquivo (mais de 3000 obras) permitem que a Banda alcance, em concerto, um nível artístico difícil de encontrar em agrupamentos congéneres. Dos muitos êxitos obtidos em digressões fora do País destacam‐se: em 1892, o Concurso Internacional de Bandas Militares, em Badajoz; em 1910, em Madrid, San Sebastián e Barcelona; em 1930, a digressão ao Brasil; em 1963, nos Países Baixos, a participação na NATO‐TAPTOE, e em Paris, a gravação de concertos para a rádio; em 1965, a representação de Portugal no IV Centenário da Fundação do Rio de Janeiro; no mesmo ano, em Badajoz; em 1980, em Mons, no 20.º Festival Internacional de Bandas Militares; em 1987, em Cáceres, no âmbito do intercâmbio cultural entre Portugal e Espanha; em 1988, em Cáceres e Plasência, na jornada de solidariedade com a zona sinistrada do Chiado (Lisboa); em 1995, em Modena, no 4.º Festival Internacional de Bandas Militares; em 1996, em Basileia, no 5.º Festival Internacional de Bandas de Polícia; em 1998, a digressão ao Luxemburgo, tendo actuado em Differdange, Luxemburgo e Vianden, com grande êxito. São ainda de salientar os tradicionais concertos de Ano Novo na Presidência da República (Palácio de Belém). Em 2005 recebeu o Prémio «Amália», na categoria de Música Clássica. O Presidente da República, Jorge Sampaio, conferiu‐lhe em 2006 o título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique. No decurso da sua longa história, a Banda foi dirigida pelos seguintes maestros: Jerónimo Soller (1838‐1878), Jacques Murat (1878), Manuel Augusto Gaspar (1878‐ 1901), António Gonçalves da Cunha Taborda (1901‐1911), Joaquim Fernandes Fão (1911‐1935), Lourenço Alves Ribeiro (1935‐1959), Manuel da Silva Dionísio (1960 ‐ 1973), Joaquim Alves de Amorim (1974‐1982), Idílio Martins Fernandes (1982‐1989), Vasco da Cruz Flamino (1989‐ 2001) e Jacinto Coito Abrantes Montezo (2001‐2008). O Capitão João Afonso Cerqueira é o actual maestro da Banda Sinfónica da GNR, tendo a coadjuvá‐lo o Sargento‐chefe Armindo Pereira Luís. 23 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA A BIODIVERSIDADE EM DESTAQUE Os protagonistas do Festival colaboram na recuperação da natureza do Baixo Alentejo ANO INTERNACIONAL DO MORCEGO | ANO INTERNACIONAL DA ÁRVORE 3 Abril a partir das 10h30 Santiago do Cacém Lagoa de Santo André Colaboração Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Departamento de Gestão de Zonas Húmidas) Apoio Câmara Municipal de Santiago do Cacém MARÍA BAYO INTERVÉM NA SALVAGUARDA DE FRÁGEIS SISTEMAS NATURAIS DO ALENTEJO LITORAL AS ZONAS HÚMIDAS LITORAIS – SISTEMAS BIODIVERSOS E PRODUTIVOS A costa alentejana desempenha um papel primordial para as aves migratórias. Daí o convite lançado à soprano espanhola María Bayo, que vai colaborar numa sessão em prol da vida selvagem. A tarefa consiste em retirar aves protegidas das redes, anilhá‐las e soltá‐ las. Esta intervenção passa também pela conservação dos sistemas dunares, numa acção de erradicação de chorão com apoio de voluntários. 17 Abril a partir das 10h30 Almodôvar Ribeira do Vascão/Visita a Santa Cruz Colaboração Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Parque Natural do Vale do Guadiana) Apoio Câmara Municipal de Almodôvar PIERRE HANTAÏ AJUDA A PRESERVAR PEIXES EXÓTICOS A BIODIVERSIDADE DA BACIA DO GUADIANA – FAUNA E FLORA DA RIBEIRA DO VASCÃO O cravista francês calça galochas e ajuda a puxar uma rede de pesca de arrasto destinada ao controlo de espécies exóticas na Ribeira do Vascão. Esta ribeira, que marca a fronteira entre o Alentejo e o Algarve, é o reduto de endemismos ameaçados pela seca e pela poluição, entre eles o saramugo. Na igreja de Santa Cruz, onde existem morcegos, Pierre Hantaï vai colaborar na colocação de abrigos para estes mamíferos voadores cujo Ano Internacional se celebra em 2011. 24 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA 1 Maio a partir das 10h30 Castro Verde Vale Gonçalinho Colaboração Liga para a Protecção da Natureza Apoio Câmara Municipal de Castro Verde O CORO DA ARENA DE VERONA APOIA A CONSERVAÇÃO DE AVES PROTEGIDAS PENEIREIROS E ABETARDAS, REFERÊNCIAS DO PATRIMÓNIO NATURAL NO CAMPO BRANCO A colocação de ninhos de peneireiros na Basílica Real de Castro Verde, a sinalização de uma vedação com vista a reduzir a colisão das abetardas, dos cisões e de outras aves em risco e uma sessão de birdwatching nas herdades da LPN são as actividades que vão ocupar os quarenta elementos do Coro da Arena de Verona. 29 Maio a partir das 10h30 Vila de Frades Vidigueira Colaboração Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade Apoio Câmara Municipal de Vidigueira MARTA ZABALETA E MIGUEL BORGES COELHO AJUDAM A RECUPERAR UMA FONTE HISTÓRICA E DE GRANDE IMPORTÂNCIA AMBIENTAL FLORA/FAUNA Os pianistas Marta Zabaleta e Miguel Borges Coelho juntam forças e ajudam na recuperação de uma fonte, contribuindo assim para garantir o acesso a um bem escasso para a fauna – a água. Os pianistas vão ainda, através do apoio à construção de um observatório de fauna, ajudar os visitantes a usufruir do local. 25 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA 19 Junho a partir das 10h30 Grândola Herdade da Ribeira Abaixo Colaboração Centro de Biologia Aplicada (Faculdade de Ciências/UL)/World Wildlife Fund/Direcção Regional de Agricultura do Alentejo Apoio Câmara Municipal de Grândola IRENE LIMA E PEDRO SANTOS COLOCAM NINHOS ARTIFICIAIS FEITOS DE CORTIÇA VIRGEM O MONTADO DE SOBRO, UM SISTEMA AGRO‐FLORESTAL Irene Lima e Pedro Santos pousam, respectivamente, o violoncelo e o acordeão e colaboram na tiragem da cortiça e na feitura e colocação de ninhos artificiais feitos a partir de canudos de cortiça virgem. Trata‐se de uma maneira original de chamar a atenção para a importância do papel dos consumidores na preservação do montado de sobro, pelo que a acção culminará com prova de vinhos. 10 Julho a partir das 10h30 Beja Micro‐reserva (Beringel) Colaboração Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza A MÚSICA UNE ESFORÇOS PARA DEFENDER A FLORA AMEAÇADA NA MICRO‐RESERVA DE BERINGEL: MARCELLO PANNI E A BANDA SINFÓNICA DA GNR A FLORA AMEAÇADA DA PLANÍCIE DOURADA Artistas conjugam esforços e ajudam na recuperação de solo degradado numa área onde a vegetação está a recuperar, e constroem paliçada e murete de pedra. A micro‐reserva de Colmeais está exclusivamente vocacionada para a conservação da flora ameaçada, como é o caso da Linaria ricardoi, uma espécie em severo risco de extinção. 26 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA Da esquerda para a direita: Santiago do Cacém, ©TAERT; Almodôvar; Castro Verde, ©Nicola di Nuzio, TAERT; Vila de Frades, ©Nicola di Nuzio, TAERT; Outeiro da Venda Nova, Grândola; Guadiana, Beja. FESTIVAL TERRAS SEM SOMBRA Iniciado em 2003, tem vindo a realizar‐se com um ritmo regular. Ao longo dos últimos seis anos foram realizadas actividades em igrejas históricas de Almodôvar, Alvito, Beja, Castro Verde, Grândola, Mértola, Moura, Odemira, Santiago do Cacém e Sines. Já assistiram aos concertos e outras iniciativas do Festival cerca de 23000 espectadores. Fiel a um compromisso entre a tradição musical e a criação contemporânea, o Festival caracteriza‐ se pelo carácter inovador e pela ligação entre património e artes. Também tem servido de rampa de lançamento para compositores e intérpretes portugueses (ou radicados em Portugal), com destaque para jovens com carreiras de projecção internacional mas que se deparam escassas oportunidades para apresentarem o seu trabalho no País. Organizações parceiras do TERRAS SEM SOMBRA Festclásica Asociación Española de Festivales de Música Clásica. Dirigida por Luis López de Lamadrid Satrústegui, é a mais importante associação de música clássica da Península Ibérica. Europa Thesauri Rede de catedrais, igrejas históricas e tesouros de carácter europeu, com sede em Liège (Bélgica). European Festivals Association É a mais antiga associação de festivais europeus de música, com sede em Gand (Bélgica). 27 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA DEPARTAMENTO DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DA DIOCESE DE BEJA Fundado em 1984, desenvolve uma acção pioneira na salvaguarda e dinamização do património religioso. Entre as muitas áreas de trabalho da sua equipa, constituída essencialmente por voluntários, destacam‐se: inventariação dos bens culturais religiosos; acções de formação e sensibilização patrimonial para as comunidades, em colaboração com o Ministério da Cultura e a Polícia Judiciária; criação de um núcleo de aconselhamento técnico; instituição de comissões locais de salvaguarda em cada uma das igrejas que, após restauro, passaram a ser abertas ao público; apoio a itinerários culturais que unem esses monumentos por áreas e temáticas; entrada em funcionamento de uma rede diocesana de museus, com sete unidades (Santiago do Cacém, Cuba, Castro Verde, Sines, Moura, Beja); realização de exposições no país e no estrangeiro (Regensburg, Roma, Saragoça, Lyon). A isto une‐se uma actividade editorial intensa (47 títulos publicados), além do lançamento do Festival Terras sem Sombra e da Associação Pedra Angular – Amigos dos Monumentos, Obras de Arte e Museus da Diocese de Beja (com cerca de duas centenas de voluntários dispersos pela Diocese). O Departamento tem sido distinguido com vários prémios, entre os quais se destacam os seguintes: Medalha de Mérito Municipal, atribuída pelo Município de Beja em 1999; Prémio Prof. Reynaldo dos Santos, atribuição pela Federação Nacional de Museus em 2000; Prémio da APOM – Associação Portuguesa de Museologia (2001); Medalha de Mérito Cultural, atribuída em 2004 pelo Ministério da Cultura; Prémio Europa Nostra para a Salvaguarda do Património Cultural, atribuído em 2005 pela União Europeia; Prémio Vasco Vil’Alva para a Salvaguarda do Património, atribuído em 2009 pela Fundação Calouste Gulbenkian. PAOLO PINAMONTI Paolo Pinamonti (n. 1958) licenciou‐se em Filosofia e doutorou‐se em Piano, tendo efectuado estudos de Composição. Ensinou História da Música nos Conservatórios Nacionais de Vicenza e Veneza. Desde 1992 exerce as funções de professor de Musicologia na Universidade Foscari, em Veneza. No âmbito das actividades de investigação orientou‐se os estudos para aspectos da vida teatral veneziana do séc. XIX (Rossini, Meyerbeer, Bellini e Donizetti), da teoria da história da música do séc. XX (Malipiero, Casella, Nono, Maderna) e da metodologia musicológica. De entre as suas publicações destacam‐se trabalhos sobre Manuel de Falla editados em Itália, França e Espanha. É membro do Patronato do Archivo Manuel de Falla, de Granada. Foi responsável pela edição crítica da ópera Sigismondo, de Rossini, estreada no “Rossini Opera Festival”, em Pesaro, a 9 de agosto 2010. 28 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com A MÚSICA SACRA O PATRIMÓNIO A BIODIVERSIDADE O UNIVERSO DAS CASTAS DOS VINHOS ALENTEJANOS O PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA A par da actividade científica, desenvolveu vasta acção no campo da organização artística. Em 1988 foi Secretário Artístico do Festival de Vicenza e em 1989 Director da organização artística do Festival “Mozart nel Veneto”, promovido pela CIDIM (Comissão Nacional de Música Italiana, CIM‐UNESCO). De 1992 a 1996 desempenhou foi Secretário Artístico do Festival de Música Contemporânea da Bienal de Veneza. Em 1997‐2000 foi Director Artístico do Teatro la Fenice de Veneza, recebendo em 1999 três Prémios “Abbiati”, da Associação Nacional de Críticos Musicais. Em 2001 tomou posse dos cargos de Presidente do Conselho de Administração e Director Artístico do Teatro Nacional de São Carlos, sendo reconduzido até 2007. Deste ano até 2010 foi Director Artístico do Festival Mozart na Coruña. Em 2006 foi agraciado pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, com o Grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. JOSÉ ANTÓNIO FALCÃO José António Falcão (n. 1961) é licenciado em História da Arte e Arquitectura, Mestre em Museologia e Doutor em Arquitectura. Dirige o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja desde a fundação (1984). Conservador de Museus, actualmente com a categoria de Conservador‐Chefe, tem desempenhado funções no Museu de Évora, no Museu Calouste Gulbenkian e na Casa dos Patudos. A sua actividade encontra‐se especialmente orientada para o estudo do património cultural e museológico, para cuja divulgação tem contribuído com o comissariado de Exposições como «Entre o Céu e a Terra» (Prémio Prof. Reynaldo dos Santos 2001) e «As Formas do Espírito», tanto no país como no estrangeiro. Como docente, tem estado ligado à Universidade Católica Portuguesa e a várias universidades estrangeiras. É membro da Academia Nacional de Belas‐Artes, da Academia Portuguesa da História e de agremiações similares, europeias e americanas. Presidiu à Real Sociedade Arqueológica Lusitana e foi director‐adjunto do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja e secretário da Comissão Nacional de Arte Sacra e do Património Cultural. Publicou cerca de uma centena de títulos, entre livros e artigos científicos, a maioria dos quais dedicados à história da arte e da arquitectura. É Presidente da Associação Portuguesa dos Museus da Igreja e Secretário‐Geral Adjunto de Europae Thesauri, organismo assessor da União Europeia. Em 2009 foi agraciado pelo Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva, com o grau de Grande‐Oficial da Ordem de Mérito 29 TERRAS SEM SOMBRA www.patrimoniodiocesebeja.com