II Congreso de Comunicación Política y Estrategias de

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II Congreso de Comunicación Política y Estrategias de
II Congreso de Comunicación Política y Estrategias de Campaña
"Comunicación política en procesos de cambio"
03 al 05 octubre 2013
Toluca (México)
O Uso da Internet e das Redes Sociais em Campanhas Políticas: Análise da
Estratégia de Comunicação Política nas eleições presidenciais portuguesas de
2011.
Mafalda Lobo
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UL) – Portugal
[email protected]
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Lobo, Mafalda 1
RESUMO:
Na campanha eleitoral para as presidenciais portuguesas de 2011, todos os seis candidatos (Cavaco
Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Defensor Moura e José Manuel Coelho)
aderiram à Internet e à utilização das redes sociais para fazer campanha política. O objectivo geral
deste estudo é descrever e analisar a forma como os candidatos às eleições fizeram uso das várias
ferramentas da Internet na campanha política A internet foi assumida como plataforma necessária
na divulgação das suas estratégias políticas, na mobilização, angariação e envolvimento cívico dos
cidadãos “on-line”. Este artigo, fruto de um trabalho que estou a desenvolver, permite-me já
apresentar alguns elementos e dados quantitativos acerca da estratégia seguida pelos candidatos na
Internet.
O corpus de análise para o estudo empírico da Internet corresponde às páginas de websites dos seis
candidatos (temas e propostas do candidatos), e às redes sociais e media sociais utilizados pelos
candidatos, na fase da pré-campanha (26 de Outubro de 2010 a 8 de Janeiro de 2011) e na fase
oficial da campanha (9 de Janeiro a 21 de Janeiro de 2011).
Palavras-chave: Internet, redes sociais, campanha política, eleições presidenciais 2011.
ABSTRACT:
En la campaña para las presidenciales de 2011 portuguesa, los seis candidatos (Cavaco Silva, Manuel
Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Defensor Moura y José Manuel Coelho) unido a la Internet
y el uso de las redes sociales para hacer campaña política. El objetivo de este estudio es describir y
analizar cómo los candidatos a las elecciones hicieron uso de diversas herramientas de Internet en la
campaña política El Internet se asumió como plataforma necesaria en la divulgación de sus
estrategias políticas, la movilización, la recaudación de fondos y el compromiso cívico de los
ciudadanos "on-line”. En este artículo, el resultado del trabajo que estoy desarrollando, permítanme
ahora presento algunos elementos y datos cuantitativos acerca de la estrategia utilizada por los
candidatos en la Internet.
El corpus de análisis para el estudio empírico de Internet sitios web de las páginas corresponden a los
seis candidatos (temas y propuestas de los candidatos), y las redes sociales y los medios sociales
utilizados por los candidatos en la pre-campaña (26 de octubre de 2010 para 08 de enero 2011) y la
fase oficial de la campaña (9 enero a 21 enero 2011).
Palabras clave: Internet, redes sociales, campañas políticas, las elecciones presidenciales en 2011.
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Doutoranda em Ciências da Comunicação, variante de Comunicação Política pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da
Universidade de Lisboa (ISCSP-UL), mestre em Comunicação Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UL). É
investigadora do Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (CAPP-ISCSP) no grupo
de Investigação, Sociedade, Comunicação e Cultura. É também investigadora do Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ) da
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), e Investigadora Associada do Observatório
Político (OP).
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1.Introdução
Na campanha eleitoral para as presidenciais portuguesas de 2011, todos os seis candidatos
(Cavaco Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Defensor Moura e José Manuel
Coelho) aderiram à internet e à utilização das redes sociais para fazer campanha política. A Internet
foi assumida como plataforma necessária na divulgação das suas estratégias políticas, na
mobilização, angariação e envolvimento cívico dos cidadãos “on-line”. Este artigo, fruto de um
trabalho que estou a desenvolver no âmbito do doutoramento, permite-me poder já apresentar
alguns dados quantitativos acerca da estratégia seguida pelos candidatos na Internet e Redes Sociais.
Procuro no decorrer deste trabalho, demonstrar que a forma tradicional de fazer campanha eleitoral
(discurso, retórica, o comício, arruadas, e a militância na rua), inseridos dentro dos espaços e
processos mediáticos, são complementares à utilização da Internet, e funcionam como elemento
estratégico nas campanhas político-eleitorais.
O corpus de análise para o estudo empírico da Internet corresponde às páginas de websites
dos seis candidatos (temas e propostas dos candidatos), e aos “posts” que deram entrada nas
páginas/perfis dos candidatos no Facebook na fase de pré-campanha (26 de Outubro de 2010 a 8 de
Janeiro de 2011) e na fase oficial da campanha (9 de Janeiro a 21 de Janeiro de 2011). A escolha de
26 de Outubro de 2010 para o início da análise deve-se à data da entrada do último candidato no
Facebook (Cavaco Silva).
Nesta comunicação, dado que o trabalho está em desenvolvimento, apenas apresento alguns
elementos relativos às páginas de websites dos candidatos e resultados quantitativos das
páginas/perfis dos candidatos nas redes sociais e media sociais durante a pré-campanha e campanha
eleitoral.
Parte 1 – Enquadramento teórico
Qualquer processo eleitoral é sempre um fenómeno que gera grande cobertura mediática. A
televisão em tempo de campanhas eleitorais, tem-se assumido como o meio de comunicação de
maior preponderância para chegar a um elevado número de cidadãos, e tem sido vista como um
instrumento central de mediação política entre representantes e representados, para além de ser
considerada uma das principais fontes de informação e mobilização política dos eleitores.
A preparação de uma campanha eleitoral faz-se por isso, não só nos bastidores da política,
mas também no palco mediático, o que levou ao aparecimento do fenómeno da “videopolítica”, e à
conotação negativa associada a conceitos como a “espectacularização do poder” ou “política
mediática”, ou seja, tem sido evidente a incorporação da lógica do espetáculo inerente à televisão
nas campanhas políticas-eleitorais ou em outros acontecimentos políticos. O recurso a “soundbytes”,
tem sido também nos últimos anos considerado por muitos, causador da perda de qualidade do
discurso político-ideológico, e poderá ter contribuído para o desinteresse dos cidadãos pela atividade
política, e para o próprio enfraquecimento dos partidos.
O discurso mediático, é um discurso intermediado, em que jornalistas e editores políticos em
períodos eleitorais, decidem o tipo de cobertura a dar a cada candidato, os critérios jornalísticos a
utilizar para transmitir a informação, e o tipo de enquadramento a dar à notícia, acabando por
influenciar a opinião pública.
A necessidade de evitar a intermediação mediática, que é sempre uma intervenção
condicionada, e considerando que em Portugal, 55,2% da população já tem acesso à internet e que o
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número de utilizadores da rede social facebook é de 4,663,060 (www.internetworldstats.com, dados
de Dezembro, 2012), a opinião pública, pode já não ser tão influenciada apenas pelos media (com a
sua ideologia, atitudes, e normas profissionais, a orientação político-editorial do veículo, etc.) e, por
isso, os candidatos a eleições, têm vindo a recorrer à Internet, e mais recentemente às redes sociais
e media sociais, dada a possibilidade de poderem disponibilizar informação de forma direta aos seus
potenciais eleitores. Muitas vezes, muitos candidatos não encontram espaço na televisão, e por isso,
os candidatos políticos procuram na Internet disseminar todo o tipo de material para defenderem as
suas posições políticas, constituindo-se esta como um novo instrumento de Marketing Político e
Eleitoral, e um novo espaço público de democracia, que vai privilegiar a promoção da imagem
pessoal do candidato (qualificações, carreira e experiência política), a sua posição política perante os
problemas que afetam as pessoas e o país, o recrutamento de voluntários, a mobilização para a
campanha e a angariação de fundos, etc. A televisão e outros media, poderão não desaparecer, mas
parecem estar mais enfraquecidos, e terão de se transformarem ou ajustarem, no sentido de criarem
sinergias. Assim, parece-me que os media, e no caso particular, a televisão, poderão competir ou
complementar a Internet surgida nos anos 90 do séc. XX, e que tem evoluído rapidamente enquanto
plataforma comunicação e informação. Abrem-se os canais para a comunicação direta entre os
políticos e os cidadãos, colocando em curso, uma mudança de paradigma assente num modelo
político de carácter individualizado, e personalizado que a Internet permite, abrindo-se um novo
espaço de debate e discussão e de comunicação interpessoal, estreitando as relações entre
representantes e representados.
Segundo Pippa Norris (2000), as campanhas eleitorais atuais, cruzam características
dominantes nas fases pré-modernas (meados do século XIX, até década de 50 do século XX) com
novas formas de comunicação (fase pós-moderna, século XXI). O Digital, abre a possibilidade de o
recetor deixar de ser passivo na assimilação de conteúdos, para passar a ser um agente ativo, que
participa ativamente na (re)-construção da mensagem (Carniello, 2003: 26), rompendo-se a barreira
entre os media tradicionais (Thompson, 1990).
É neste momento evolutivo na área da comunicação política, que interessa perceber a
importância da Internet neste campo. Parece indiscutível que as novas tecnologias abriram a Internet
à comunicação política, e trouxeram a discussão sobre o impacto deste medium na democratização
do sistema político, e na eficácia das campanhas eleitorais. O primeiro estudo consistente (Myers,
1993) comparou os websites da campanha de Bill Clinton com outros meios convencionais. Verificou
vantagens na desintermediação mediática que possibilita a comunicação direta entre candidatos e
cidadãos. Norris (2002) estudou o papel dos websites de partidos e candidatos em vários ciclos
eleitorais norte-americanos (1992-2000) e atribuiu-lhe uma função estritamente informativa. Os
estudos sobre as eleições de 1996 debruçaram-se sobre o impacto eleitoral dos websites de
campanha, a interatividade e a possibilidade de contacto com estratos específicos do eleitorado,
alterando as estratégias típicas da televisão ou da rádio. A personalização das mensagens, traçadas
de acordo com o perfil do eleitorado, através da criação de bases de dados, foi outro aspeto
considerado neste estudo (Howard, 2006; Howard, 2005; D´Alessio, 1997). Contudo, StrommerGalley (2000) critica o carácter meramente “top-down” das campanhas “on-line” analisadas em
1996. Para a autora o valor qualitativamente diferencial deveria ser a interatividade candidatoeleitor. Outras pesquisas centraram-se na influência de websites de candidatos nas intenções de voto
(Johnson et al., 2003; Johnson et al., 1999). Entre 2000 e 2001, pesquisas eleitorais centraram-se na
visibilidade, disputa eleitoral e no contexto cultural e político (Tkach-Kawasaki, 2003), no Japão e
(Kluver, 2004) em Singapura. Willians & Trammell (2005) exploraram as estratégias que os
candidatos presidenciais dos Estados Unidos em 2004, Al Gore e George Bush Jr., aplicaram na
utilização de e-mails. É um período de concentração das estratégias de mobilização ligadas aos
websites.
De 2003, e até ao presente, entramos no estágio das campanhas “on-line”, em que o uso das
redes sociais e dos media sociais (Facebook, MySpace, Twitter, YouTube, Flickr, etc.) se tornaram um
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poderoso instrumento de comunicação política, e que ganharam uma ênfase maior a partir da
eleição do Presidente Barack Obama nas eleições norte-americanas de 2008. As experiências
empíricas são bastante recentes e ainda pouco disseminadas na literatura. No entanto, alguns
trabalhos já indicam o poder de algumas destas ferramentas nas campanhas “on-line” (Gueorguieva,
2008; Willians & Gulati, 2008).
Assim, temos assistido nos últimos anos em períodos eleitorais, os políticos apresentarem os
seus objetivos, ideias e programas recorrendo à Internet, através da criação de websites de
candidatura, de blogues pessoais e utilização de redes sociais (em especial o facebook e o twitter),
como aconteceu com a eleição de Barack Obama em 2008, nos Estados Unidos – conhecida por
Politics 2.0), fomentando a interação com os cidadãos. Esta tem vindo a ser uma das tendências
atuais de comunicação política nas campanhas eleitorais, acentuando o carácter da cientifização das
campanhas. Em termos de eficácia, tem existido alguma dificuldade em tentar perceber qual
apresenta melhores resultados, se os canais tradicionais de política, se os novos media, o que poderá
justificar-se pela recente introdução das novas tecnologias na comunicação política e pela
inexistência (por enquanto) de ferramentas que permitam fazer essa avaliação de forma eficaz.
Impõe-se uma pergunta: Será que estamos perante uma nova tendência ou paradigma de
comunicação em campanhas eleitorais em Portugal? A experiência das eleições presidenciais e
legislativas de 2011, foi positiva, mas ainda é um fenómeno muito recente para que possamos
perspetivar, se esta forma de comunicação no campo político, se irá tornar consistente, e ter a
eficácia quantos aos objetivos que deverão cumprir em contexto “on-line”. Mas, importa, sobretudo
perceber se a Internet no campo político está a tornar-se uma ferramenta que promove o debate
político, a participação política e a cidadania – considerados novos instrumentos no afirmar da
democracia participativa -, ao modificar tendencialmente a natureza e as formas da comunicação
política nas sociedades democráticas. Stromer-Galley, em 2000 defendeu que a distância entre os
partidos e candidatos com os cidadãos, ou seja, a inexistência de mecanismos de aproximação e
discussão entre eleitores, e aqueles que pretendem representar os cidadãos, é uma grande
deficiência democrática que pode ser corrigida com o uso da internet.
Parece estarmos diante um novo paradigma comunicativo e político, onde se torna
importante perceber as complementaridades e/ou conflitos de interesses entre o modelo tradicional
dos media, e o modelo derivado das novas tecnologias de comunicação, ou seja, perceber os efeitos
que estarão a produzir no contexto da comunicação política, e o tipo de alterações que poderão
estar a ocorrer na esfera pública, pelas oportunidades comunicativas criadas.
A Internet, a rádio digital ou a televisão interativa, têm vindo a ter forte impacto no interior
das comunidades, e parecem influenciar o comportamento dos indivíduos. Os atores políticos ao
perceberam esta influência, encaram este novo cenário mediático, por um lado, como uma ameaça,
e por outro, um desafio. A massificação dá assim lugar à individualização, explicada através de
diferentes perspetivas (kerckhove, 1995; Dyson, 1998). O conjunto de novas Tecnologias da
Comunicação (NTC), interativas personalizadas, poderá estar a pôr em causa o próprio processo de
legitimação política, em que o modelo de democracia representativa poderá vir dar lugar a um
modelo mais individualizado, aquilo a que se chama de democracia direta, que já foi referido. A
interatividade e a individualização gerada por este novo modelo de comunicação bidirecional, poderá
aproximar eleitores e eleitos.
A comunicação pela via da Internet, é um fenómeno que ganha cada mais importância nos
nossos dias, pela possibilidade que dá a cada um de nós, de podermos participar, sobretudo através
das redes sociais, de produzir conteúdos próprios, ao ter sido criado um novo espaço público de
maior intervenção. Don Tapscott, pesquisador canadense, defende mesmo que, “os governos
precisam criar oportunidades para um diálogo sustentado entre os eleitores e os eleitos”, e por isso a
Internet, pode significar a transição de um modelo de democracia de transmissão para um modelo
de democracia de participação direta, que pode vir a influenciar o processo de eleições.
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Os novos media reaproximam desta forma, a discussão política de forma mais personalizada,
menos anónima, menos mediada, promovendo uma maior interatividade. A comunicação dos media
tradicionais, unidirecional, em que os recetores pouca capacidade de resposta têm, está a ser
complementada por um novo espaço público que permite uma nova relação entre indivíduos e
comunidades e, entre estas e a esfera política.
Também as tradicionais teorias do jornalismo, como o gatekeeping e a hipótese do agendasetting, poderão também estar a sofrer profundas alterações pelos recursos que a Internet
apresenta, uma vez que, os seus utilizadores poderão ser os novos “gatekeepers” pelo poder de
navegar e selecionar as informações que desejam, com a vantagem de que esta informação não
passa pelo crivo dos jornalistas. O processo tradicional de gatekeeping, de seleção e hierarquização
da informação, que contribui muitas vezes para a distorção involuntária contida na cobertura
informativa dos media (ligada às práticas profissionais, às rotinas produtivas normais, aos valores
partilhados e interiorizados acerca do modo de desempenhar a função de informar), não se aplica na
Internet.
Parte 2 – Comunicação política digital: campanha eleitoral Presidencial de 2011
Na campanha eleitoral para as presidenciais portuguesas de 2011, verificámos que todos os
candidatos aderiram à internet e à utilização das redes sociais para fazer campanha política, não só
através da criação de sites e blogues de candidatura (à semelhança do que ocorreu em 2006), mas
também através da utilização das redes e media sociais, nomeadamente o Facebook, Twitter,
Youtube e Flickr (quadro 1). Na Internet, os websites e as redes sociais, assumiram a principal
ferramenta de Marketing Político Eleitoral. Os candidatos, assumiram a Internet, não só como
plataforma imprescindível na divulgação das suas estratégias políticas, na mobilização, angariação e
envolvimento cívico dos cidadãos “on-line”, mas também, porque consideram que apresenta
potencialidades específicas que não se encontram em outros meios de comunicação, dado que as
informações das candidaturas e dos candidatos, não são mediadas pelos media noticiosos,
permitindo aos candidatos difundirem as suas mensagens políticas, sem passar pelo “crivo” dos
jornalistas. Esta desintermediação dos media, poderá estar a gerar mais transparência na discussão
pública.
Algumas plataformas da Internet foram comuns a todos os candidatos (Facebook e Twitter).
A construção de websites de candidatura foi uma opção de todos, e embora se diferenciem pela
forma, a apresentação de conteúdos foi muito semelhante. Para além dos websites criado para a sua
candidatura (http://cavacosilva.pt/), Cavaco Silva foi o candidato que utilizou uma diversidade maior
de canais, tendo criado um canal de televisão próprio na Internet (Cavacosilva TV - CSTV), dando
acesso à visualização de vídeos das visitas do candidato aos vários distritos do país; aos discursos
proferidos em momentos-chave da sua campanha etc.
O website de candidatura de Cavaco Silva, apresentou-se bem estruturado e organizado.
Logo na primeira página foram disponibilizados os seguintes separadores: “Manifesto” do candidato;
“Subscrição” da candidatura; “Apoio nas redes sociais”; e um link para “donativos” e envio de
mensagens. Cavaco Silva, utilizou diferentes redes e media sociais, que estavam visíveis na página
principal do seu website: o Facebook, Twitter, YouTube, Sapo Vídeos, Vimeo, Flickr, Four Square,
Sound Cloud. A candidatura disponibilizou ainda um link que remeteu para a forma como se utilizam
as diferentes redes sociais através de um endereço próprio - [email protected].
A rede social com mais impacto na sua candidatura foi o Facebook, que à data das eleições
contou com 28 962 apoiantes. Foram colocados diariamente nesta rede “posts” do dia-a-dia da
campanha, assim como as posições assumidas do candidato face a determinadas temas, para além
de remeter os seus “apoiantes” para a visualização do canal de televisão (CSTV). No Twitter, face aos
outros candidatos, foi o que teve mais seguidores (1 342 apoiantes). O website apresentou também a
sua vida pessoal, e o seu percurso profissional, aquilo que tem sido uma tendência crescente das
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campanhas eleitorais - o reforço para a personalização e para as características pessoais dos
candidatos - que na Internet não é exceção. As posições políticas, assumidas pelo candidato
apareceram organizadas por ordem alfabética através do separador “IDEIAS”, onde foi possível
partilhá-las através do Twitter, do Facebook, e via e-mail. No separador “CAMPANHA”, a candidatura
de Cavaco Silva, apresenta cronologicamente os principais eventos que decorreram em cada dia da
campanha eleitoral. Neste separador foi também possível ficar a conhecer todos os mandatários da
campanha, as várias comissões (Política, de Honra, e de Honra das Comunidades Portuguesas); os
jovens apoiantes da candidatura; os vários testemunhos; as notícias da campanha; o espaço opinião;
a agenda do candidato, e as newsletters do candidato.
No separador “APOIAR”, existem ferramentas que apelam à participação de forma ativa e
construtiva nas redes sociais: a possibilidade de enviar mensagens à candidatura; subscrição da
candidatura e à contribuição de donativos. A aplicação via iPhone, foi outra das possibilidades
apresentada no website da candidatura, através do endereço http://cavacosilva.pt/iphone ao
permitir um acompanhamento direto da campanha (notícias e vídeos). O apelo ao voluntariado
também esteve presente na página. O website deu ainda a possibilidade de acompanhar o candidato
via e-mail. O separador “MULTIMEDIA” apresentou vários arquivos de vídeos, fotografias e áudio. Foi
ainda possível aceder aos conteúdos da campanha através dos “RSS feed” (resumo de notícias
atualizadas e constantes diariamente). Na página oficial do facebook, o candidato propôs ainda a
sugestão das páginas aos amigos, e apresentou o endereço oficial do seu website.
No dia 13 de Dezembro de 2010, lançou no Facebook a iniciativa “Pergunte ao Candidato” e
no dia 20 de Dezembro de 2010, respondeu em direto para o Facebook às perguntas mais colocadas
pelos cidadãos “on-line”.
O candidato Manuel Alegre, à semelhança do candidato Cavaco Silva, também teve um
websites (http://www.manuelalegre.com/) com vários separadores. No separador “INÍCIO”, o
candidato apresentou a página principal do website, onde à semelhança do candidato Cavaco Silva,
apresentou as redes sociais que utilizou (YouTube, Twitter, Facebook e Flickr) e a opção de
subscrição de RSS feeds. Na página principal apresentou os links que remetem para o ”Contrato
Presidencial”; a “Comissão de Honra”; “Quero apoiar”; e “envie uma mensagem”. Ainda foi possível
aceder-se às notícias, à agenda política da campanha, e aos vídeos da campanha. No separador “
MANUEL ALEGRE” expõe-se a biografia, e a bibliografia do candidato. Quanto às notícias da
campanha, estas puderam ser visíveis no separador “NOTÍCIAS”. A “AGENDA” do candidato apareceu
incluída neste separador. Na “OPINIÃO”, aparece o “Discurso Direto”, o “Discurso Indireto”, e a
opção “mensagens” que puderam ser enviadas à candidatura. Para além disso, foram apresentadas
as entrevistas, os debates televisivos, os livros, as declarações de voto, os comunicados, os artigos e
outras declarações. No separador “PRESIDENCIAIS 2011” visualizamos o “Contrato Presidencial”. O
separador “LINK” remeteu para as páginas dos candidatos que têm perfis (Facebook, Twitter e
Youtube), e para outros sites do candidato e blogues. No separador “PESQUISA” foi possível procurar
assuntos relacionados com algum tema.
O Facebook (http://www.facebook.com/manuelalegre2011), foi a plataforma mais utilizada
pelo candidato Manuel Alegre, se considerarmos o elevado número de “posts” que foram colocados
diariamente, e que contou à data das eleições (23 de Janeiro de 2011) na sua página oficial com 14
859 apoiantes/amigos. No Twitter (http://twitter.com/alegre2011), o candidato foi seguido por 825
pessoas.
Fernando Nobre, à semelhança do candidato Cavaco Silva e Manuel Alegre, também teve o
seu site de candidatura (http://www.fernandonobre2011.com/), e foi o primeiro a aderir à rede
social Facebook - a 20 de Fevereiro de 2010-, e só mais tarde ao Twitter, Youtube e o Flickr. Na
página pessoal do seu website, encontrámos vários links que apelam à participação: quero assinar;
quero contribuir: quero colaborar). Aqui, também podemos aceder diretamente às principais
plataformas das redes sociais que utilizou (Facebook, Twitter, Flickr e Youtube). Ainda na primeira
página do website, e em rodapé houve a possibilidade de subscrever RSS feeds. O link, que nos deu a
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conhecer os mandatários para a campanha, esteve na primeira página. Ainda na primeira página do
website, à semelhança dos outros candidatos, encontrámos separadores, sendo o primeiro
“ESPERANÇA NA MUDANÇA”, onde foi definido o espaço político e o slogan da sua candidatura,
“Esperança na Mudança”. Neste separador, encontramos o “Manifesto do candidato,” “os discursos
do candidato”, “a resposta da semana” com indicação de que o candidato iria responder às
perguntas colocadas pelos cidadãos na Internet e o discurso do candidato no dia da “Convenção
Nacional” a 25 de Setembro de 2010. É neste separador, que encontramos no fim da página, outras
plataformas de comunicação do candidato, por exemplo, o “e-mail”, o “Delicious”, o “Digg” etc.
No separador “EXEMPLO DE VIDA”, acedeu-se à biografia e bibliografia do candidato. Teve
um separador para quem quis tornar-se voluntário da candidatura - “TORNE-SE VOLUNTÁRIO” e o
separador “BLOGUE” do candidato (http://www.fernandonobre2011.com/blogue/129.aspx),
intitulado “Esperança na Mudança”. Foi possível ainda subscrever os comunicados de imprensa
através do separador “ÁREA DE IMPRENSA”, e ter acesso aos discursos, fotos e vídeos enviados para
os diversos órgãos de comunicação. No separador “AGENDA”, acedeu-se ao calendário de todas as
iniciativas da campanha de Fernando Nobre, e por último, o separador “ÁREA PESSOAL”, onde
através de várias ferramentas, era possível mobilizar amigos, vizinhos e familiares. O Facebook foi
também a plataforma mais utilizada por este candidato, que contou até à data das eleições com 38
584 apoiantes.
Na página de Facebook (http://www.facebook.com/fernando.nobre.recomecarPT?)
apresentou links diretos para o seu website (www.fernandonobre2011.com), Twitter
(http://twitter.com/RecomecarPT), Youtube (http://www.youtube.com/recomecarportugal), e para
a página oficial do hino da candidatura (http://www.youtube.com/watch?v=pTp_0UcRA0E). O
candidato no Twitter foi seguido por 1055 pessoas (à data das eleições, 23 de Janeiro de 2011).
Francisco Lopes, candidato apoiado pelo Partido Comunista Português (PCP) teve também
um site de candidatura (http://www.franciscolopes.pt). Aderiu também ao Twitter. No entanto, a
utilização destas ferramentas por parte deste candidato foi muito tímida. No facebook, partilhou
algumas fotos da campanha, fez a apresentação da sua candidatura em vários distritos, partilhou os
tempos de antena, apresentou as várias edições do jornal da campanha ao longo dos mais de três
meses no facebook. No facebook conseguiu 2.164 amigos/apoiantes e no Twitter
((http://twitter.com/franciscolopes), teve 42 seguidores.
Francisco Lopes, fez pouco uso das ferramentas da web social, e algumas delas nem sequer
utilizou. O website foi a plataforma mais utilizada para a campanha política na comunicação em rede.
No website faz referência à rede social Facebook, mas não faz ao Twitter, embora tenha aderido ao
Twitter. O candidato, privilegiou ainda outras formas de comunicação política mais tradicionais,
como seja, o contacto direto com os cidadãos no terreno, através das arruadas, comícios e jantares
comício. O contacto com os “trabalhadores” deu-se também em contexto empresarial e industrial.
Defensor Moura, apresentou oficialmente a sua candidatura a Belém a 28 de Julho de 2010 e
no dia 30 de Novembro formalizou a sua candidatura no Tribunal Constitucional com a entrega de
9.260 assinaturas. O candidato aderiu ao Facebook a 25 de Julho de 2010. Criou um perfil no
facebook e contabilizou até ao dia das eleições 2.739 amigos/apoiantes e 70 seguidores no Twitter O
website da candidatura faz referências às redes sociais que utiliza: Facebook, Twitter e Youtube. A
utilização do Facebook permitiu não só a divulgação das ações da campanha, mas também interagir
com os seus apoiantes e esclarecer dúvidas sobre a sua candidatura.
José Manuel Coelho, último candidato a entrar na corrida às eleições presidenciais, foi
apoiado pelo partido Nova Democracia (PND). Para além de ter criado um website e um blogue,
também aderiu às redes sociais Facebook e Twitter. O candidato aderiu ao Facebook a 1 de
Novembro de 2010. No dia das eleições contabilizou 2.754 amigos/apoiantes.
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Conclusões
Na campanha eleitoral para as presidenciais de 2011, verificou-se que todos os candidatos
aderiram à internet e à utilização das redes sociais para fazer campanha política, não só através da
criação de sites de candidatura - à semelhança do que ocorreu em 2006 nas presidenciais e no ciclo
eleitoral de 2009 – mas adicionando novas formas de comunicação com os eleitores, como foi o caso
das redes sociais e dos media sociais - Facebook e Twitter - que representaram a grande inovação em
Portugal nesta campanha eleitoral. Contudo, a forma como os candidatos fizeram uso das diferentes
ferramentas da Internet é que foi substancialmente diferente, tendo sido pouco potenciado o seu
uso nas candidaturas de Francisco Lopes e de Defensor Moura. José Manuel Coelho apesar de ter
sido o último candidato a oficializar a sua candidatura às presidenciais de 2011, conseguiu ter uma
dinâmica diferente destes dois candidatos na rede social Facebook, mas ainda assim, foi uma
presença “tímida”.
De qualquer forma, todos parecem ter assumido a Internet como plataforma necessária na
divulgação das suas estratégias políticas, na mobilização, angariação e envolvimento cívico dos
cidadãos “on-line”. A televisão foi importante, até porque a Internet em Portugal ainda não é um
medium de massas, mas verifica-se que apresentam possibilidades e potencialidades específicas que
não se encontram em outros meios de comunicação, como por exemplo, o facto de as informações
não serem mediadas pelos media noticiosos, permitindo aos candidatos controlarem as suas
mensagens políticas. Esta possibilidade pode ter trazido mais transparência para a discussão política.
Embora tenha sido uma novidade a utilização das redes sociais nesta eleição, os candidatos
poderiam ter explorado melhor as potencialidades da Internet e das redes sociais para chegar a um
maior número de cidadãos, sobretudo, por parte dos candidatos Francisco Lopes, Defensor Moura
que iniciaram a “corrida” já em desvantagem, e por isso, deveriam ter (considerando os seus fracos
recursos para a campanha) investido mais nos meios “on-line” para fazer campanha política, dados
os baixos custos que representa a Internet na disseminação da mensagem política. As redes sociais,
serviram, sobretudo, para angariar e mobilizar eleitores, e os cidadãos tiveram uma oportunidade de
“ouro”, para contribuírem com ideias e participar nas iniciativas dos candidatos. A interatividade que
gerada na Internet entre as várias plataformas utilizadas, mobilizou os cidadãos para atividades
relacionadas com a campanha. Isto foi visível através do forte apoio que os candidatos receberam no
Facebook, quer através da criação de grupos de apoio às candidaturas, quer através das opções
“gosto” e dos “comentários”, mas também, através da partilha de vídeos, fotografias, mensagens e
convites para participação em eventos.
O candidato Cavaco Silva, foi de todos, aquele que melhor soube explorar as potencialidades
da Internet e das redes sociais, ao ter utilizado diversos canais na Internet. Fernando Nobre e Manuel
Alegre também o souberam fazer, embora, utilizando menos canais.
Manuel Alegre, à semelhança do candidato Cavaco Silva, utilizou as várias redes sociais,
embora o Facebook, tivesse sido utilizada de forma mais “intensa”. O candidato apresentou através
de “posts” diários, todos os eventos relacionados com a campanha.
A semelhança do candidato Cavaco Silva, e de candidato Manuel Alegre, Fernando Nobre no
Facebook partilhou vídeos da campanha, entrevistas em vários canais de televisão, fotos da
campanha, links a solicitar as assinaturas necessárias para formalização da candidatura (participação
e mobilização), discursos da candidatura, filme da sua vida pessoal, agenda da campanha, “posts” de
apoiantes, blogues criados para apoiar a sua candidatura, e apresentação de movimento de apoios
de cidadãos. Foi possível ainda, aceder ao longo dos vários meses, às posições assumidas pelos
candidatos sobre determinadas políticas apresentadas pelo governo.
Esta candidatura teve no Facebook, um forte apoio de cidadãos mobilizados para a
campanha. Através deles, foram também partilhadas muitas fotos, entrevistas, notícias de jornal,
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anúncio de eventos/reuniões, conferências de imprensa etc. O Facebook foi a plataforma mais
utilizada por este candidato.
A campanha política para as eleições presidenciais de 2011, foi sem dúvida, um marco em
Portugal na utilização da Internet e das redes sociais, criando um novo paradigma de comunicação
política em campanhas eleitorais, mas também tem sido durante a última Legislatura Política, um
facto visível nas páginas/perfis que ao longo dos últimos anos têm sido criadas pelos políticos e várias
instituições políticas, como forma de comunicação.
A diversidade de ferramentas disponíveis na Internet permitiu aos candidatos às eleições
presidenciais de 2011, a divulgação da mensagem política de forma inovadora. Os candidatos
perceberam a importância da utilização destas plataformas como estratégia de comunicação política,
e, por isso, em futuras eleições em Portugal, a Internet, e sobretudo, as redes sociais, poderão vir a
ganhar uma maior dimensão.
Contudo, é preciso salientar que, em Portugal ter website na Internet e páginas/perfis nas
redes sociais pode não ser determinante para se ganhar eleições, uma vez que, não existem ainda
estudos científicos que comprovem que existe uma relação causa-efeito. No entanto, parece-nos
óbvio, que o uso destas plataformas em campanhas eleitorais contribui para o fortalecimento da
democracia, ao facilitar e estimular a participação dos cidadãos, e uma efetivação da cidadania,
princípio fundamental do Estado Democrático de Direito.
Quadro 1. Redes sociais mais utilizadas pelos candidatos (Evolução de 15 de Outubro de 2010 a 23
de Janeiro de 2011).
FACEBOOK
Candidatos
15
22
29
5
12
19
23
Cavaco Silva
18430 20513 21332 22239 25440 27828 28962
Manuel Alegre
9168 9761 10472 11198 12599 14111 14859
Fernando Nobre
27912 28681 29497 31168 33882 36752 38584
Francisco Lopes
856 1144 1282 1418 1681 1982 2164
Defensor Moura
1774 1801 1927 2024 2341 2609 2739
José Manuel Coelho
0
0
0
540 1005 1942 2754
Total
58140 61900 64510 68587 76948 85224 90062
TWITTER
Candidatos
15
22
29
5
12
19
23
Cavaco Silva
1093 1126 1151 1194 1242 1311 1342
Manuel Alegre
696
713
731
746
786
814
825
Fernando Nobre
764
799
830
896
960 1026 1055
Francisco Lopes
0
0
0
0
0
38
43
Defensor Moura
32
32
36
37
59
69
69
José Manuel Coelho
0
0
0
0
81
125
136
Total
2585 2670 2748 2873 3128 3383 3470
YOUTUBE
Candidatos
15
22
29
5
12
19
23
Cavaco Silva
3032 3206 3420 3634 4160 5079 5764
Manuel Alegre
4230 4596 4774 5076 5849 6987 7755
Fernando Nobre
1716 2374 2643 3035 4309 6068 7173
Francisco Lopes
0
0
0
0
0
0
0
Defensor Moura
0
0
0
0
0
0
0
10
José Manuel Coelho
Total
FLICKR
Candidatos
Cavaco Silva
Manuel Alegre
Fernando Nobre
Francisco Lopes
Defensor Moura
José Manuel Coelho
Total
0
0
0
0
0
0
0
8978 10176 10837 11745 14318 18134 20692
15
199
1088
224
0
0
0
1511
22
200
1201
224
0
0
0
1625
29
200
1201
224
0
0
0
1625
5
200
1201
224
0
0
0
1625
12
200
1222
224
0
0
0
1646
19
2236
1497
224
0
0
0
3957
23
2471
1668
224
0
0
0
4363
Nota: Período da pré-campanha e campanha eleitoral
Algumas referências bibliográficas
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