Empresas portuguesas ainda não aderiram às comunicações
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Empresas portuguesas ainda não aderiram às comunicações
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO sexta-feira, 19 de julho 2013 7 Raul Oliveira, CEO da Ipbrick, não tem qualquer dúvida Empresas portuguesas ainda não aderiram às comunicações unificadas Enquanto a tarifação ao minuto não acabar, as comunicações unificadas vão continuar a marinar, disse à “Vida Económica” Raul Oliveira, CEO da Ipbrick. O responsável admite que quando o “flat rate” for o método de tarifação total em todos os domínios das comunicações, aí sim, as comunicações unificadas e o suporte dos operadores às comunicações unificadas vai disparar. “Até lá vamos ainda ver o custo do minuto descer lentamente até ao break-even. Onde não será possível operar só baseado em custos dos minutos. SUSANA MARVÃO [email protected] tem muito mais valor em termos de produtividade que a redução de custos nas comunicações. Fazer uma pessoa ser produtiva mais 20% pode significar um ganho de 400 euros/pessoa/mês. E os custos de comunicações por pessoa nunca foram em média de 400euros/pessoa.” Questionado sobre de que forma tem vindo a evoluir este conceito, Raul Oliveira é bastante claro: “acho que, enquanto a tarifação ao minuto não acabar, as comunicações unificadas vão continuar a marinar”. O CEO explana que, quando o “flat rate” for o método de tarifação total em todos os domínios das comunicações, aí sim, as comunicações unificadas e o suporte dos operadores às comunicações unificadas vai disparar. “Até lá vamos ainda ver o custo do minuto descer lentamente até ao break-even. Onde não será possível operar só baseado em custos dos minutos. É preciso oferecer mais: QoS, endereços IP fixos, serviços de comunicações unificadas do lado do operador, consistentes com os serviços dentro da empresa”. Assim, o grande desafio das comunicações unificadas, para Raul Oliveira, será o fim do número de telefone. “Quando compreendermos que o nosso endereço pessoal [email protected] é mais que suficiente para comunicar de todas Raul Oliveira, CEO da Ipbrick A s empresas portuguesas ainda não aderiram às comunicações unificadas. Na opinião de Raul Oliveira, CEO da Ipbrick, as empresas continuam muito a pensar em centrais telefónicas, muitas até já passaram para a fase do VoIP, mas são poucas as que deram já passos em direção ao UCoIP (Unified Communications over IP). “Quantas é que no serviço de DNS já indicam onde estão disponíveis os serviços de Comunicações Unificadas? Muito poucas. Os próprios operadores telecom, que são uma parte essencial para alavancar as comunicações unificadas, ainda não estão preparados para isso. Estão todos a vender minutos ou alugueres de telefones”, disse o CEO à “Vida Económica.” E se é verdade que o VoIP e as Comunicações Unificadas vieram para reduzir muito os custos, os operadores tradicionais rapidamente compreenderam o risco e baixaram os custos das comunicações para valores tão baixos que nem o VoIP nem as comunicações unificadas hoje servem para reduzir custos de comunicações, explicou Raul Oliveira. “E ainda bem, porque a vantagem das Comunicações Unificadas também não está na redução do custo do minuto. E também os operadores, perdendo tanto dinheiro na redução dos custos das comunicações, ainda não entenderam que é na agilização das Comunicações Unificadas que pode estar uma importante quota do seu negócio empresarial”. Aliás, Raul Oliveira chama-nos a atenção para o movimento dos operadores em direção às soluções IP Centrex. “Que é que isto tem a ver com as comunicações unificadas? Pouco ou mesmo nada. Como podem as empresas terem comunicações unificadas a sério, quando adotam soluções Centrex? Onde está a integração de serviços? Onde está a integração de aplicações e comunicações?”, questionou o CEO. Para Raul Oliveira, a vantagem das Comunicações Unificadas está precisamente na ubiquidade das comunicações, na integração entre as várias formas de comunicação e na integração das comunicações com as áreas aplicacionais. “E isso as formas: voz, video, IM, mail e web. Aí sim estaremos na dimensão correta e prontos para vivermos num mundo 100% de comunicações unificadas”. Por tudo isto, o CEO é perentório em afirmar que claramente Portugal ainda não abraçou este conceito. “Para quem ligou ontem usando o endereço que usualmente usa para enviar mensagens de correio eletrónico, fez alguma conversa instantânea usando o mesmo endereço que usa para o mail, e até usou para a telefonia/video? E como estão a evoluir as várias formas de comunicações? Estão a evoluir para ficarem dispersas e não terem a mínima forma de serem coordenadas. Veja bem, o mail estou a colocá-lo fora da empresa na cloud. A telefonia está a ir para o meu operador telecom em modo Centrex, e para as conversas instantâneas usa-se o Skype. Claramente ninguém coordena nada, as empresas usam só o que é mais barato, e comprometem a produtividade e a maior redução real de custos.” Mas então, como seria uma boa estratégia de comunicações unificadas para uma PME? Para Raul Oliveira , as PME têm hoje equipamentos de comunicações unificadas a realmente baixo custo, supercompetitivos ,pelo que podem dar esse passo, se quiserem. “Mas, como em tudo, isto é uma questão de modas, e como todas as modas, ainda não houve uma vaga que faça com que as empresas tenham uma solução de comunicações unificadas sua, quer na empresa ou na cloud. Mas a solução tem de ser da empresa, não pode ser uma pagaia de serviços distribuídos por vários operadores que não se entendem entre eles”. Aliás, basicamente, as comunicações unificadas, para funcionarem bem, precisam de três coisas: um servidor de comunicações unificadas, um endereço IP fixo para este servidor e um serviço de DNS que aponte onde estão os serviços de comunicações unificadas fora e dentro da empresa• PORTO 5 setembro 14h30/18h30 Transforme o seu negócio numa atividade sólida e sustentável ao longo dos tempos! Público Geral: G40 Assinantes VE: G25 DESTINATÁRIOS: Gestores, empresários, futuros empreendedores, professores e Alunos de Licenciatura e Mestrado nas áreas das Ciências Empresariais (+ IVA) PROGRAMA: Organização: INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica – Patrícia Flores Tel.: 223 399 466 • Fax: 222 058 098 [email protected] Participação sem custos para empresas com resultados negativos e desempregados. No âmbito da sua política de responsabilidade social, nas ações de formação a Vida Económica criou uma quota de inscrições gratuitas para os assinantes empresas com resultados negativos ou individuais em situação de desemprego. Para beneficiar desta oferta até ao limite dos lugares disponíveis, deverá enviar uma cópia da última Declaração mod. 22, ou uma cópia do comprovativo da situação de desemprego, emitida pelo IEFP. • • • • • • • • • • A identificação de necessidades. Definir a visão, valores e missão. Análise das capacidades e competências internas. Análise e avaliação do ambiente externo. Análise da indústria. Estabelecimento de metas e objetivos. Seleção de estratégias. Desenho de programas operacionais. Definição orçamental. Avaliação de desempenhos. Formador: João M. S. Carvalho é Professor no ISMAI – Instituto Superior da Maia, e Investigador da UNICES (Unidade de Investigação em Ciências Empresariais e Sustentabilidade). Trabalhou no setor farmacêutico durante 15 anos e é professor universitário na área das ciências empresariais há 16 anos. É Licenciado em Gestão de Empresas, Pós-graduado em Gerontologia Social, Mestre em Economia e Doutorado em Ciências Empresariais pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Paralelamente, tem colaborado como formador e consultor de inúmeras organizações a nível nacional nos três setores (lucrativo, nãolucrativo e público). Tem várias publicações e comunicações a nível nacional e internacional.
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