Distúrbio da Voz: a lei aplicada ao trabalho

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Distúrbio da Voz: a lei aplicada ao trabalho
Distúrbio da Voz:
a lei aplicada
ao trabalho
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REVISTA DA
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EDITORIAL
Conselho Regional de Fonoaudiologia
do Estado de São Paulo - 2ª. Região
7º. Colegiado
Estamos às vésperas de três eventos muito importantes, dois deles
Presidente
Sílvia Tavares de Oliveira
Vice-Prasldente
Anamy Cecília César Vizeu
Diretora-Secretaria
Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida
Diretora-Tesoureira
Ana Léia Safro Berenstein
Conselheiros
• Ana Léia Safro Berenstein • Anamy Cecília César Vizeu •
Andrea Wander Bonamigo • Claudia Aparecida Ragusa •
Cristina Lemos Barbosa Furia • Diva Esteves • Dulcirene
Souza Reggi • Fernando Caggiano Júnior • Lica Arakawa
Sugueno • Luciana Pereira dos Santos • Márcia Regina da
Silva • Maria Cecília Greco • Mônica Petit Madrid • Roberta
Alvarenga Reis • Sandra Maria Rodrigues P. de Oliveira •
Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida • Silvia Regina Pierotti
• Silvia Tavares de Oliveira • Thelma Regina da Silva Costa •
Yara Aparecida Bohlsen •
Rua Dona Germaine Burchard, 331
CEP 05002-061 - São Paulo
Fone/Fax: (011) 3873-3788
Site: www.fonosp.org.br
Delegacia Regional da Baixada Santista
Rua Mato Grosso, 380 – cj. 01
CEP 11055-010 - Santos
Fone: (13) 3221-4647 - Fax (13) 3224-4948
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Delegada: Isabel Gonçalves
Delegacia Regional de Marília
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Delegada: Fabiana Martins
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CEP 14015-130 - Ribeirão Preto
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Ouvidoria: [email protected]
Saúde e Convênios Médicos: saú[email protected]
Tomada de Contas: [email protected]
em particular para a Fonoaudiologia: o Dia Internacional da Voz,
comemorado em 16 de abril e o Encontro Internacional de Audiologia,
entre os dias 21 e 24 do mesmo mês. Para o primeiro, cujo tema este ano
será “Seja amigo da sua voz”, esperamos contar com uma grande
mobilização de fonoaudiólogos por todo o Estado, desenvolvendo ações
voltadas à conscientização da população sobre a importância da saúde
da voz. O 20 o EIA, que este ano será realizado na cidade de São Paulo,
promete atrair, por sua vez, os profissionais ligados à área da Audiologia,
e envolvê-los em fóruns, cursos, conferências sobre temas como:
Diagnóstico em Audiologia, Processamento Auditivo, Genética, entre
outros.
O terceiro dos eventos que mencionei, que também tem data
marcada para abril, abrangerá não só os profissionais de todas as
especialidades da Fonoaudiologia, como também de outras 11 áreas da
saúde. No dia 27 de abril, mais 500 mil assinaturas deverão juntar-se às
500 mil já entregues no Senado Federal, totalizando, então, um milhão
de assinaturas contra o Projeto de Lei No 25/2002 (Ato Médico), que
restringe a autonomia dos demais profissionais, na medida em que os
torna subordinados ao médico. O CRFa. 2a Região recolherá assinaturas
até o dia 14 de abril, na sede e nas delegacias, que serão remetidas ao
Conselho Federal. Você pode, também, acessar o site
www.naoaoatomedico.com.br e imprimir o abaixo-assinado, para
divulgá-lo. Quanto mais assinaturas conseguirmos, maiores serão as
chances de sensibilizarmos nossos governantes contra a aprovação
REVISTA DA
deste projeto de lei, nocivo não apenas para os profissionais envolvidos,
N° 59 – JANEIRO-FEVEREIRO 2005
ISSN – 1679-3048
mas para toda a população. Portanto, participe!!!
Tiragem: 12.200 exemplares
Comissão de Divulgação
Márcia Regina da Silva - Presidente
Diva Esteves
Roberta Alvarenga Reis
Cristina Lemos Barbosa Furia
Luciana Pereira dos Santos
Sandra Maria Rodrigues P. de Oliveira
das colegas Mara Behlau, Helen Francisco,
Editor e jornalista responsável:
Elisiario Emanuel do Couto
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reafirmam o valor de nossos profissionais
Roberta Gonçalves e Letícia Mansur, que
dentro e fora do país.
Redação:
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CEP 05002-061 - São Paulo, SP
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mencionar a passagem do Dia Internacional da
Impressão:
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Mulher, e parabenizar a todas as
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As opiniões emitidas em matérias assinadas, bem como na
publicidade veiculada nesta publicação são de inteira
responsabilidade de seus autores. Os textos desta edição
poderão ser reproduzidos, desde que mencionada a fonte.
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
Não poderia finalizar este editorial, sem
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É com muito orgulho que, nesta edição, relatamos as conquistas
fonoaudiólogas.
Silvia Tavares de Oliveira
Presidente do CRFa 2a Região
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 3
Distúrbio da Voz: CEREST elabora p
O Centro de Referência em
Saúde do Trabalhador do Estado de
São Paulo – CEREST-SP tomou a
iniciativa de formar um Grupo de
Trabalho para discutir e elaborar
proposta de instrução normativa
sobre o Distúrbio de Voz
relacionado ao Trabalho, com a
incorporação do conhecimento
científico existente e com a adoção
de idêntica estrutura das normas
técnicas já em vigor. O documento
foi encaminhado ao Ministério da
Saúde, visando sua inclusão no
Manual de Doenças relacionadas ao
Trabalho, e também ao Setor de
Benefícios do INSS.
“As ações de vigilância e a
elaboração de normas técnicas que
adeqüem o conhecimento científico
acumulado às novas condições e
demandas de trabalho são praticamente inexistentes e fazem-se
necessárias urgentemente, uma vez
que existe aumento progressivo dos
profissionais que dependem da voz
enquanto instrumento de trabalho”,
destaca a fonoaudióloga do CEREST
(SBFa), com representantes do
Márcia Tiveron de Souza. ”Uma das
grandes conquistas dessa instrução
Comitê de Voz e do Comitê de
Telemarketing; o Conselho Regional
normativa é a determinação do papel
dos fatores ambientais e organizacio-
de Fonaudiologia 2ª Região (CRFa);
o Departamento de Saúde do Traba-
nais do trabalho e a forma que atuam
como fatores de risco para o desen-
lhador Municipal (DESAT); o Hospital do Servidor Público Municipal
volvimento do Distúrbio da Voz
Relacionado ao Trabalho, bem como
(HSPM); a Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP);
os impactos gerados na vida do
trabalhador. Portanto, o que se
representantes de empresas privadas
que prestam consultoria em saúde
pretende com este documento é
conquistar novas formas de lidar
ocupacional; médicos do trabalho da
Associação Brasileira de Telemarke-
com as repercussões que estes
impactos causam na saúde do
ting (ABT) e do CEREST-SP; além de
representantes do Sindicato dos
trabalhador, bem como suas possíveis incapacidades”.
Professores e Funcionários Municipais (APROFEM); Sindicato dos
Para que este documento fosse
produzido, o CEREST-SP organizou
Artistas e Dubladores (SATED) e
Sindicato dos Radialistas.
um Fórum de Debates e foram
convidados profissionais represen-
Este documento foi apresentado e discutido no XIV Seminário de
tantes de diversos segmentos da
sociedade, entidades de classes e
Voz da PUC-SP (“Disfonia relacionada ao trabalho: da construção do
representantes sindicais.
Participaram desses debates o
documento à uma nova prática”),
realizado em 5 de novembro de
Superintendente do INSS; a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
2004.
Desde 1997, o GT-Voz da PUC-
ENTREVISTA - DR. ANTÔNIO LOPES MONTEIRO
Distúrbio da Voz:
a lei aplicada ao trabalho
“O distúrbio de voz relacionado
parágrafo 2º do artigo 20 da lei da
médicos do trabalho, como os
ao trabalho deve ser reconhecido
como uma doença do trabalho, como
Previdência Social. O que ainda gera
problemas para sua aplicação é a
médicos peritos do INSS e os otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos
definida pela Lei n. 8.213/91, em seu
artigo 20, inciso II, sem necessidade
falta de preparo da absoluta maioria
dos agentes, operadores e técnicos
não estão ainda, no meu ponto de
vista, totalmente preparados para
de recorrer à excepcionalidade do
que tratam dessa questão. Tanto os
enfrentar essas questões. O operador
4 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
a proposta de Instrução Normativa
SP vem organizando esses seminá-
A seção inicial do documento
rios para discussão do Distúrbio de
Voz Relacionado ao Trabalho, sob a
discute ainda os sinais e sintomas que
podem estar presentes no Distúrbio da
São Paulo – CEREST-SP aborda
procedimentos administrativos e
coordenação da profa. dra. Léslie
Piccolotto Ferreira e que têm conta-
Voz relacionado ao Trabalho, que comporão o quadro clínico e o diagnóstico.
periciais para avaliação da incapacidade laborativa, como a emissão da
do com a participação de fonoaudiólogos (principalmente os que atuam
Em seguida, o tratamento e reabilitação, com o envolvimento, em todas as
CAT e a conduta pericial a ser
adotada.
junto ao Hospital Municipal e ao
DESAT), médicos otorrinolaringolo-
etapas, do fonoaudiólogo na equipe
multidisciplinar composta para esse
gistas e do trabalho, psicólogos,
fisioterapeutas, advogados e repre-
fim.
sentantes de diferentes sindicatos.
proteção são abordadas detalhadamente, em função do grande impacto
Voz, será realizado o Seminário
Nacional – Vozes do Trabalho,
A PROPOSTA. O documento
elaborado no CEREST-SP trata, em
social, econômico, profissional e
pessoal que podem causar as altera-
organizado pelo CEREST em parceria
com o Comitê de Voz da Sociedade
sua primeira parte, da definição da
disfonia e suas categorias etiológicas
ções vocais relacionadas ao trabalho.
A notificação ao SUS, embora
Brasileira de Fonoaudiologia e da
Pontifícia Universidade Católica de
e do conceito do Distúrbio de Voz
relacionado ao Trabalho. Em segui-
não compulsória ao Sistema Nacional de Informações de Agravos de
São Paulo. O evento pretende
discutir diversas experiências de
da, enfoca os aspectos epidemiológicos, com a análise dos fatores de
Notificações (SINAN), é estimulada
no relatório, com o objetivo principal
atuação fonoaudiológica nessa área e
acontecerá no Anfiteatro 239 da
estresse do professor e do operador
de telemarketing em particular e os
de fornecer subsídios para ações de
vigilância nos ambientes e processos
PUC-SP (rua Ministro de Godoy,
985- Perdizes) das 8:30 às 17:00.
fatores de risco de natureza ocupacional (organizacionais do processo
de trabalho.
A segunda parte do relatório
Maiores informações e inscrições
podem ser feitas pelo telefone (011)
de trabalho e ambientais) e nãoocupacional.
gerado pelo Grupo de Trabalho
criado pelo Centro de Referência em
3259-9075 ou pelo e.mail
[email protected]
embasar no técnico e se este
técnico não informa se esta ou
aquela situação ou patologia é
ocupacional e tem ou não reflexo
FOTO: ELISIARIO E. COUTO
de direito, nestes casos, deve se
As medidas preventivas e de
Saúde do Trabalhador do Estado de
NOVO SEMINÁRIO. No
próximo dia 15 de abril, como uma
atividade em comemoração ao Dia da
PUC-SP, com vários livros publicados
sobre o assunto, hoje vem se dedicando à questão do distúrbio da voz
relacionado ao ambiente do trabalho,
que considera um desafio para todos
no trabalho, não há como aplicar a
lei e dar os direitos que o
os que militam na área da saúde
ocupacional, sobretudo do
trabalhador faz jus”.
Este é o posicionamento do dr.
ponto de vista técnico.
“Na prática, temos muitos
Antônio Lopes Monteiro, Procurador
de Justiça do Ministério Público do
poucos casos ligados à voz que
tenham sido enquadrados como
Estado de São Paulo, que há mais de
30 anos atua na área de Previdência
doença ocupacional ou doença do
trabalho”, relembra o procurador.
e Acidentes do Trabalho. Docente na
“No recente Fórum de Saúde do
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 5
Trabalhador, realizado em Araraqua-
assumem importância prepon-
auxílio-acidente, tal como o proble-
ra, perguntei a uma operadora de
telemarketing, a uma radialista e a
derante (são quase que exclusivamente o instrumento de trabalho),
ma do trauma acústico e tantas
outros”.
um líder sindical se tinham notícias
de algum afastamento superior a 15
como o operador de telemarketing,
as questões ligadas ao afastamento
dias que ensejasse o encaminhamento ao benefício por problemas de
do serviço provocadas por problema
de voz ganharam proporções tais que
dr. Antônio Lopes Monteiro, a
questão da voz tem que ser vista
voz. A resposta foi negativa em
todos os casos. No entanto, os
obrigaram os técnicos a parar para
pensar, e mais que isso propor
como uma doença ocupacional, na
subespécie do trabalho. “O que se
problemas ligados à voz no ambiente
do trabalho são antigos, embora sem
soluções técnicas e programas de
prevenção.
pretende agora é criar uma Norma
Técnica para casos específicos da
merecer a devida atenção, ao contrário de outros como, por exemplo, os
relacionados com a perda auditiva
ou aos esforços repetitivos”.
“Nos últimos cinco ou seis
anos”, pontua o procurador de
Justiça, “os fonoaudiólogos,
ENFOQUE CORRETO. Para o
voz, como já existe para a audição (a
NR-7, de 1994) e a conseqüente
jurisprudência”.
através de teses de mestrado e
de doutorado, começaram a
“Se o INSS acatar a proposta do
CEREST” - prossegue o procurador -
perceber que o assunto era muito
mais sério e profundo do que
“endossada pelo seminário recentemente realizado na PUC, teremos
parecia e começou a surgir uma
preocupação maior, até porque as
uma regulamentação para facilitar o
trabalho dos operadores técnicos
empresas começaram a sentir no
bolso os prejuízos. Só então a
nessa área na elaboração de diagnóstico e da definição das situações que
questão da voz começou a ser
estudada e equacionada como um
ensejam a concessão. Em um
segundo momento, fornecerá a
problema de saúde ocupacional e
mais especificamente para aqueles
dinâmica de como enfrentar esse
problema do ponto de vista técnico e
que só tem a voz como seu instrumento de trabalho”.
jurídico. A lei permite que o fonoaudiólogo seja perito nessa área, por
O dr. Monteiro lembra que,
do ponto de vista legislativo, a
sua competência e capacidade
técnica”.
Previdência prevê, há longo tempo,
que quaisquer tipos de patologia ou
Ao analisar os anais do XIII
Seminário de Voz realizado pela
de doença podem ser enquadradas
como doenças do trabalho.
PUC-SP em novembro de 2003, o
procurador já antevia que “os
“As chamadas disfonias estão
enquadradas no artigo 20 da lei que
profissionais ligados à saúde vocal,
sobretudo os fonoaudiólogos que
cuida das doenças ocupacionais, ao
mencionar que quando decorre de
sempre estiveram discutindo suas
idéias e propondo soluções, não
condições especiais de trabalho, a
Previdência pode reconhecer essas
estavam dispostos a esperar mais.
Estava prestes a vir à luz um docu-
mento”.
patologias como doenças do trabalho. Já existe na tradição da Previ-
mento que sintetizasse os avanços
alcançados, fruto de tantas discus-
UM QUADRO DE
MUDANÇA... No início da década
dência a previsão de que doenças
ligadas ao aparelho de fonação se
sões e pudesse embasar uma norma
técnica a ser assim reconhecida para
de 90, com o surgimento de novas
profissões nas quais a fala e a voz
enquadrem como doenças do
trabalho, que dão inclusive direito ao
efeitos legais pelos órgãos competentes”.
O dr. Antônio Lopes Monteiro
acredita que isso vinha ocorrendo
porque se entendia que o problema
estava restrito aos professores e,
mais ainda, aos da rede pública, em
regime especial da Previdência, do
qual o INSS não toma conhecimento.
“Com raras exceções, não havia a
preocupação com o grupo de trabalhadores acometidos de algum tipo
de patologia, que hoje se convencionou chamar de disfonias”.
O professor de ensino particular também dificilmente se afasta
por auxílio-doença. “Mesmo quem
dá aula durante todo o dia, normalmente encontra condições de
trabalho melhores do que as encontradas em escolas públicas, com
melhor acústica, com pincel em lugar
do giz... Provavelmente não seja tão
afetado ou se é, o receio de perder o
emprego o impede de recorrer ao
INSS. Esse quadro justifica a existência de poucos casos, tanto como
jurisprudência, como encaminha-
6 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
O dr. Antônio Lopes Monteiro
desta edição), que foi apresentado no
meu entender já é suficientemente
rememora o Fórum de Debates,
organizado pelo CEREST-SP em abril
XIV Seminário de Voz da PUC-SP,
realizado em 5 de novembro de
maduro para justificar uma
norma técnica da Previdência
de 2004, para discutir o distúrbio de
voz como doença relacionada ao
2004.
“Este documento segue a
Social dando ao Distúrbio de Voz
Profissional Relacionado ao
trabalho, com a presença de profissionais da área, órgãos governamen-
mesma estrutura das normas
técnicas já conhecidas (LER/DORT,
Trabalho o status que ele merece
dentro do universo das doenças
tais, entidades de classe e representantes sindicais e entre outras
PAIR etc) e merece ser estudado
com rigor científico, pois é fruto
ocupacionais previstas na nossa
legislação infortunística”,
categorias e gerou um documento
(veja mais detalhes nas páginas 4 e 5
de diversos trabalhos técnicos, e
embora não esgote o tema, no
assegura o Procurador de Justiça
Antônio Lopes Monteiro.
Fórum em Araraquara
também discute Distúrbio da Voz
Distúrbio da Voz relacionado ao
E. Winkel Parreira, Cláudia
Trabalhador de Araraquara,
Trabalho - foi coordendo pela fga.
Taccolini Manzoni e Thelma M. T.
promovido em parceria do Centro
Maria Lúcia S. Dragone e contou
de Souza).
Regional de Reabilitação de
com a participação das fgas. Léslie
Araraquara – CRRA com o Centro
Piccolotto Ferreira e Márcia
debate sobre Perícia em Distúrbio
de Referência em Saúde do Traba-
Tiveron de Souza e dos médicos
de Voz foi coordenado pelo médico
lhador – CRST e o Curso de
Fernando Prata Magalhães e César
Adail Perrone de Farias, com a
Fonoaudiologia da UNIARA,
Augusto Patta.
participação das fgas. Priscila
O I Fórum de Saúde do
escolheu o Distúrbio da Voz
No dia 2 de dezembro, o
Borba e Silmara Figueira e do
No período da tarde, os
relacionado ao Trabalho.como
debates giraram sobre os temas
médico José Henrique Scabello. O
tema para debate.
Importância da Voz em Diferentes
segundo debate do dia, sobre
Profissões (coordenado pela fga.
Legislação na Área de Voz, foi
dias 1 e 2 de dezembro de 2004,
Luciana M. de Carvalho, com a
coordenado pelo procurador de
teve como objetivo trazer para a
participação de Tadeu Queiroz,
Justiça Antonio Lopes Monteiro e
região uma discussão atual, que
ator; Ricardo Bombarda, cantor;
contou com a participação da fga.
viabilizasse a reflexão sobre essa
José Carlos Magdalena, radialista;
Thelma Costa e do deputado
temática com cidadãos e institui-
Lídio H.M. Rodrigues, pastor; Iara
federal Roberto Gouveia.
ções interessadas, com alcance nos
Rofini, telejornalista; Luci de
mais diversos segmentos da
Andrade, professora; Isabela
foi considerado um passo funda-
sociedade, na tentativa de elaborar
Valentino, operadora de
mental para a divulgação de
diretrizes para a implementação de
telemarketing e Geórgia Cristina
conceitos que precisam ser unifica-
uma política local de atenção
Affonso, advogada) e Promoção
dos, praticados e valorizados por
integral ao trabalhador com
de Saúde (coordenado pela fga.
todos os envolvidos na problemáti-
Distúrbio da Voz relacionado ao
Roberta A. Reis, com a participa-
ca: profissionais, usuários de voz
Trabalho.
ção das fgas. Maria Lúcia
no trabalho, profissionais da
Dragone, Valéria Lopes, Maria
saúde, empresários e gestores
Juliana Algodoal, Verena
públicos.
O encontro, realizado nos
O primeiro debate do encontro – sobre Contextualização do
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
A realização deste evento
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 7
Dia da Voz - 16 de abril, um sábado e ao longo de toda a semana. No
Estado de S.Paulo o evento conta
com o apoio do Conselho Regional de
Fonoaudiologia – 2ª Região.
Para a campanha de 2005, três
objetivos foram definidos. O primeiro deles é o de propiciar o entendimento da voz como expressividade,
veículo de relacionamento, de
afeto e constitutiva das funções
Campanha da Voz 2005:
Seja amigo da sua voz!
A Campanha da Voz voltará a
ser realizada em abril próximo, para
lhes finais da campanha, que já possui o símbolo (“Amigos da Voz”) re-
novamente sensibilizar a população
para a conscientização da saúde vo-
produzido acima e o tema “Seja amigo da sua Voz” definidos pelo Comitê
cal e suas implicações na comunicação, na saúde e na cultura. Os deta-
de Voz da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, irá se desenvolver no
orgânicas, físicas e psíquicas do
sujeito. O segundo, o de promover
ações que visem a conscientização da
sociedade quanto à importância da
saúde da voz em suas várias dimensões. O derradeiro, de promover
ações para divulgar a atuação
fonoaudiológica e o selo “Amigos da
Voz”, com o intuito de criar uma
marca que a população identifique
com os cuidados da voz.
Araraquara foi sede do Encontro de Fono
Como Araraquara é sede da
em nível ambulatorial, especialmente no
dezembro de 2004, do VII Encontro de
Fonoaudiólogos no Serviço Público,
Direção Regional de Saúde - a DIR VII,
composta por 25 municípios - todos os
que se refere ao acolhimento e fluxo dos
usuários e estratégias de atendimento.
evento que vem sendo realizado há sete
anos, no mês de dezembro, em comemo-
municípios que oferecem serviço na área
da fonoaudiologia foram convidados a
Na avaliação da fga. Roberta
Alvarenga Reis, o ponto alto do evento
ração ao Dia do Fonoaudiólogo. O encontro já ocorreu em Itu (por duas
participar de encontros mensais, preparatórios ao I Encontro de Fonoaudiólo-
foi a possibilidade de se constituir um
grupo de fonoaudiólogos que atuam na
vezes), Paulínia, Jundiaí, Salto e
Piracicaba e destina-se à reflexão das
gos da DIR VII (Araraquara), realizado
em paralelo ao evento estadual.
região da DIR VII, (representada no
encontro pela fga. Mônica Vilchez), dos
ações de Fonoaudiologia em Saúde
Pública/Coletiva, especialmente por
O foco das discussões foi voltado à
atuação fonoaudiológica na atenção
quais 12 com participação efetiva na
elaboração do evento.
meio da apresentação de relatos de
experiências em trabalhos realizados em
básica, além de ampliação das reflexões
relativas aos atendimentos já prestados
O evento estadual contou com a
participação de representantes das
diferentes serviços e do envolvimento
com os gestores públicos.
O objetivo é aproximar os fonoaudiólogos que atuam no serviço público e
DIVULGAÇÃO
Araraquara foi sede, em 3 de
aqueles que têm interesse na área, para
fortalecer a atuação deste profissional e
oferecer uma melhor assistência aos
usuários do SUS.
REVISTA DA
DA FONOAUDIOLOGIA
FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
88 -- REVISTA
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
Para atingir a população em
Voz, os fonoaudiólogos devem tam-
Como ocorre todos os anos, as
geral e, em especial, aquela comprometida com a formação educacional,
bém procurar os meios de comunicação de sua cidade ou região - mídia
campanhas realizadas concorrerão a
prêmio oferecido pela Sociedade
cultural e artística, deverão ser
preferencialmente priorizados
impressa e rádio-televisiva - para a
divulgação da campanha e das
Brasileira de Fonoaudiologia, através
de seu Comitê da Voz. A melhor
espaços públicos como escolas,
asilos, creches, parques e centros de
atividades planejadas. Poderão,
ainda, entrar em contato com os
campanha será destacada no próximo
Congresso Brasileiro de Fonoaudiolo-
convivência, onde possam ser
desenvolvidas oficinas, grupos de
parlamentares de sua cidade, solicitando que façam menção sobre o Dia
gia, desde que o material da campanha
seja enviado à SBFa até a data indicada
vivência, palestras, aulas e debates
voltadas à promoção da saúde em
da Voz em seus discursos.
Em paralelo, o Comitê da Voz
para análise. Entre os critérios de
avaliação, serão considerados os
sentido amplo e não apenas para a
prevenção de alterações da voz e sua
sugere a distribuição de folhetos e
orientações, de forma que a população
aspectos ligados a impacto e alcance da
campanha, criatividade e originalidade
expressividade.
Para que estas ações possam ser
tenha acesso às informações necessárias para cuidar da voz ou, se necessário,
das ações. A frase e o símbolo oficial
deverão ser utilizados em todos os
desencadeadas, os fonoaudiólogos
devem entrar em contato com a
procurar ajuda. Folders, faixas,
cartazes, bottons, bonés, adesivos,
locais.
Para obter informações adicio-
prefeitura e secretarias municipais
de Saúde de sua cidade e também
filipetas e camisetas, de acordo com as
possibilidades e características de cada
nais e sugestões para a campanha
acesse o site http://paginas.terra.
com escolas, empresas e entidades,
buscando apoio e participação.
região, são algumas das sugestões
oferecidas pelo Comitê da Voz para
com.br/saude/campanhadavoz
ou envie e-mail para
essa divulgação.
[email protected].
Na divulgação da Campanha da
noaudiólogos no Serviço Público de 2004
secretarias municipais de Saúde de
Ministério da Saúde, pela fga. Elaine
fonoaudiólogas Kátia de Cássia Botasso
quatro municípios (Araraquara, Matão,
São Carlos e Ibitinga) que apresentaram
Maria Giannotti, coordenadora de Programação da Assistência do Departa-
e Susana Maria Martiniano, o tema Em
Busca dos Princípios do SUS - A Organi-
suas propostas para a fonoaudiologia.
Essa mesa foi moderada pela conselheira
mento de Regulação, Avaliação e Controle do Ministério da Saúde e Tesoureira
zação do Serviço de Fonoaudiologia da
Prefeitura de Mogi Mirim (SP). O relato
Sandra Vieira e contou com o questionamento do então secretário de Saúde de
do Comitê de Saúde Pública - SBFa.
Os participantes puderam
da experiência de fonoaudiólogos do
município de Araucária (PR) foi apresen-
Franca, dr. Marco Aurélio, que manifestou a sua admiração pelo trabalho da
compartilhar experiências de trabalhos
desenvolvidos. Entre eles, trabalhos
tado pela fga. Andréa Sanerip.
Ao final do evento houve uma
fonoaudiologia e a sua posição contrária
ao projeto de lei do ato médico.
com grupos, com famílias, em equipe,
intersetorialidade saúde/educação,
apresentação do Curso de Fonoaudiologia da UNIARA, sobre o trabalho desen-
A inserção da fonoaudiologia nas
políticas públicas de saúde foi discutida
organização de serviços, atuação na
atenção básica e PSF.
volvido pela profa. Sandra Caucabene
Sichiroli junto à secretaria de Educação.
em debate moderado pela fga. Maria
Martha de Souza Lima Brant da Silva
A apresentação da fga. Reginalice
Cera da Silva, do Curso de Fonoaudiolo-
Em 2005, o VIII Encontro de
Fonoaudiólogos no Serviço Público
Carvalho. A situação da fonoaudiologia
na região foi apresentada pela fga.
gia da UNIMEP, teve como tema
O Conhecimento do Território Como
ocorrerá no município de Campinas.
Fiquem atentos! Para maiores informa-
Juliana Esteves Poletti; os indicadores
sobre a atuação regional relatados pela
Eixo Norteador para Planejar Ações em
Saúde. Em seguida, a fga. Maria Teresa
ções, entrem na lista de discussão do
Comitê de Saúde Pública da SBFa, pelo e-
conselheira do CRFa 2a. Região, Andréa
Bonamigo, e as informações colhidas no
Pereira Cavalheiro, docente da PUCCampinas expôs, juntamente com as
mail comitesaudepublica-subscribe
@yahoogrupos.com.br
EDIÇÃO 59
59 -- JAN/FEV
JAN/FEV 2005
2005
EDIÇÃO
REVISTA DA
DA FONOAUDIOLOGIA
FONOAUDIOLOGIA -- 2ª
2ª REGIÃO
REGIÃO -- 9
9
REVISTA
Um milhão de assinaturas contra o
PL do Ato Médico: você já assinou ?
A Campanha contra o Projeto de
O Projeto de Lei do Ato Médico,
Em São Paulo, o CRFa 2ª Região,
Lei do Ato Médico vai mostrar novamente sua força. Depois da entrega em
ao restringir ao médico a prescrição
terapêutica de qualquer ação na área
integralmente envolvido na luta
contra o cerceamento de atuação dos
dezembro das primeiras 500 mil assinaturas, outras 500 mil serão entre-
de saúde, subordina todas as demais
profissões à Medicina e determina que
profissionais de Saúde, receberá as
assinaturas até o dia 14 de abril, para
gues ao Senado em 27 de abril.
A nova data foi estabelecida em
só o médico pode chefiar equipes de
saúde, desestruturando o SUS
que haja tempo para encaminhá-las
para Brasília. O tempo é curto e temos
razão das eleições para a presidência
do Senado e, principalmente, para a
brasileiro.
A Comissão Nacional contra esse
de nos mobilizar. Assine o abaixoassinado, colete assinaturas, abra
Comissão de Assuntos Sociais, onde o
projeto está sendo analisado. Com a
projeto, composta por 12 categorias da
área da saúde, irá novamente ao
pontos de coletas de abaixo-assinados,
faça sua parte! O site da campanha,
definição de Renan Calheiros (PMDBAL) para a presidência do Senado,
Congresso Nacional levar mais 500 mil
assinaturas, totalizando um milhão de
em http://www.naoaoatomedico.
com.br, disponibiliza modelo do
foram também definidos os presidentes de todas as comissões.
assinaturas.
abaixo-assinado.
Audiência Pública em Santos
O senador Antonio Carlos
Tavares, do PSB-SE, advogado e
químico, é o novo presidente da
Comissão de Assuntos Sociais, em
substituição à senadora Lúcia Vânia
(PSDB-GO), que continua como
relatora do projeto.
À pedido da vereadora Cassandra Maroni, será realizada audiência
pública sobre o PLS 25/2002 no dia 30 de março próximo às 17:30 horas,
na Câmara Municipal de Santos. O CRFa 2ª Região participará da
audiência por intermédio da delegada da Baixada Santista, fga. Isabel
Gonçalves.
Anvisa suspende propaganda de
Botox para cordas vocais
Desde 14 de maio está suspensa
dispor de registro na agência.
do produto e suas alegações de
a veiculação da propaganda do
medicamento de venda sob prescri-
Naquela ocasião, a Anvisa
autuou a empresa Allergan Produtos
indicações voltadas ao tratamento
das cordas vocais.
ção médica Botox - toxina botulínica,
que associa seu uso ao relaxamento e
Farmacêuticos, de São Paulo (SP),
responsável pela produção e comer-
A determinação continua
válida, até que a investigação seja
rejuvenescimento das cordas vocais.
A decisão, contida na Resolução RE
cialização do medicamento e anúncios indevidos de propriedade terapêu-
concluída. A Anvisa já abriu processo
administrativo para investigar o
no 13, de 14 de maio de 2004, foi da
Agência Nacional de Vigilância
tica. A Editora Globo também foi
autuada por ter veiculado na revista
caso. Comprovadas as irregularidades, as multas variam de R$ 2 mil a
Sanitária (Anvisa), e ocorreu pelo
fato de tal indicação terapêutica não
Época, edição no 310, de 26 de abril,
matéria caracterizando propaganda
R$ 1,5 milhão, de acordo com a Lei
n o 6.437/77.
10 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
SÃO PAULO
Transição da alimentação de
sonda gástrica para via oral
Fga. e profa. Cláudia Xavier
Um número cada vez maior de
bebês com alterações no padrão de
deglutição em função da prematuridade, de problemas genéticos,
FOTO: RUBENS GAZETA
Este texto condensa os principais pontos abordados na palestra apresentada pela
fga. e profa. Cláudia Xavier, no Happy Hour Cultural realizado
na Casa do Fonoaudiólogo, em São Paulo, no dia 23 de setembro de 2004.
deglutição/respiração, esforço, gasto
de energia, ganho de peso, entre
outros.
Vários estudos, nos últimos
anos, têm mostrado um movimento
internacional tentando avaliar de
precocemente.
As possíveis dificuldades de
forma cada vez mais precisa a introdução da via oral e sua completa transi-
deglutição já são consideradas,
desde a hospitalização, sendo os
ção. Xavier, em sua pesquisa de
doutorado, discute a importância de
bebês avaliados e encaminhados a
programas terapêuticos o mais cedo
critérios comportamentais para o RN
ser primeiramente avaliado através da
possível.
O fonoaudiólogo que atua em
UTI neonatal precisa estar capacitado
para intervir com bebês e suas
famílias, respeitando e reconhecendo
as diversas necessidades e individuali-
FOTO: RUBENS GAZETA
neurológicos e/ou de outras patologias está sendo diagnosticado
dades. Uma avaliação clínica detalhada da alimentação é fundamental para
levantarmos hipóteses e estabelecermos estratégias para o tratamento.
Para cada caso, o terapeuta deverá
estabelecer um plano de trabalho onde
alguns aspectos devem ser precisamente avaliados, assim como o padrão
de sucção, a coordenação entre sucção/
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 11
SNN para definir a prontidão para a
via oral ou a necessidade de trabalho
terapêutico. De 73 RNPT avaliados,
78% precisaram de trabalho terapêutico e 22% puderam iniciar a alimentação por via oral em função dos
resultados da avaliação motora oral.
Ficou evidente a importância da
utilização de um protocolo de avalia-
SÃO PAULO
A atuação da Fonoaudiologia
frente aos hábitos de sucção
ção, facilitando a visualização do
estágio em que o RN se encontra,
favorecendo o estabelecimento de
uma conduta e trabalho terapêutico
bem definidos, e a utilização de
dados quantitativos e qualitativos
Fga. Viviane Veroni Degan
para maior objetividade.
Quando os RNs passam por
um trabalho terapêutico a partir da
Este texto condensa os principais pontos abordados na palestra apresentada pela
fga. Viviane Veroni Degan Lilian, no Happy Hour Cultural realizado
na Casa do Fonoaudiólogo, em São Paulo, no dia 29 de outubro de 2004.
motor oral e transição de sonda
gástrica para via oral de maneira
segura e mais rápida. A alimentação
precisa ser sem riscos, funcional e
prazerosa. Ela é vital.
FOTO: RUBENS GAZETA
detecção da necessidade deste, eles
apresentam uma evolução no padrão
1990; Moyers, 1991 Moresca & Feres,
1992 e Schwartz & Schwartz, 1992,
Soligo, 1996) e estas podem vir
acompanhadas de distúrbios miofuncionais orofaciais (Benkert, 1997,
Soligo, 1996, Felício, 1999).
As características encontradas
em crianças que utilizam hábito de
Cláudia Xavier é fonoaudióloga
(PUC-SP) desde 1983, com pósgraduação na Western Michigan
sucção de chupeta são: mordida aberta
anterior, diastemas, mordida cruzada
University (USA) em 1987, Doutora
em Neurociências e Comportamento
posterior, hipodesenvolvimento de
mandíbula, protusão dos incisivos
– USP-SP em 2003, com experiência
na atuação com bebês há 18 anos.
superiores, palato ogival, incompetência labial e língua com posicionamento
Atuou na Unidade Neonatal da
Santa Casa de São Paulo como
fonoaudióloga e pesquisadora
durante 11 anos, é professora do
CEFAC desde 1992 e coordenadora e
professora do curso de especialização
em motricidade oral com ênfase em
fonoaudiologia neonatal no CEPEF.
Atua no Hospital e Maternidade São
Leopoldo e Modelo, em S.Paulo (SP)
e é autora de vários artigos e
capítulos na área de bebês.
Hábitos de sucção de chupeta e
rebaixado, protusa e com maior
mobilidade dorsal. Essas característi-
mamadeira prolongados são considerados fatores extrínsecos, que podem
cas levam a alterações de funções,
como a deglutição, onde a língua é
causar inadequações no sistema
estomatognático, através do desequilí-
projetada a fim de promover o selamento anterior (Black et al.,1990,
brio de forças, que existem naturalmente na cavidade bucal (Black et al.,
Soligo, 1996).
Durante o aleitamento artificial
1990, Soligo, 1996, Degan, 2002),
podendo ocasionar má oclusões,
com mamadeira, principalmente
utilizando-se bicos convencionais, a
principalmente a mordida aberta
anterior (Proffit, 1978; Black et al.,
musculatura facial torna-se imobilizada, e a musculatura supra-hioídea e de
12 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
FOTO: RUBENS GAZETA
Você não pode perder nenhum!
Coloque em sua agenda estas datas.
O CRFa 2ª. Região dá continuidade em
2005 a programação do
Happy Hour Cultural em São Paulo,
iniciada em 2002, sempre
na última sexta-feira
do mês.
mento sobrecarregadas, podendo
estomatognático através da Terapia
determinar alterações dentofaciais,
funcionais (Turgeon-O’Brein, 1996), e
Miofuncional Orofacial, favorecendo
assim a correção da mordida aberta
a manutenção do hábito de sucção
sem fins nutritivos.
anterior.
Para a remoção dos hábitos de
Os lábios, as bochechas e a
língua são responsáveis pelo efeito de
sucção, o método denominado
Método de Esclarecimento Modificado
equilíbrio na dentição, sendo a posição
dos dentes afetada pela pressão destes
tem demonstrado bons resultados.
A atuação do fonoaudiólogo
tecidos moles (Watson, 1981; Massler,
1983; Proffit; 1993 e Josell, 1995).
pode ser importante, pois segundo
pesquisa realizada por Degan &
Estudos relataram que crianças
que abandonaram o hábito de sucção
Puppin, a remoção dos hábitos de
sucção feita por profissionais apresen-
na faixa etária de quatro a seis anos,
desde que não tenham os dentes
tam 90% de sucesso.
Com este propósito a interven-
anteriores decíduos, apresentaram
correção espontânea da mordida
ção precoce promovida pela remoção
de hábitos de sucção associada à
aberta anterior (Kim, 1987; Black et
al., 1990; Moyers,1991; Proffit &
Terapia Miofuncional Orofacial
poderia aumentar o potencial do
Fields Jr. , 1993; Marchesan, 1994,
Boni et al.,1997, e Degan et al., 2001,
crescimento e desenvolvimento
craniofacial normais.
Degan, 2004).
Entretanto, como demonstrado
por Degan (1999), nem todas as
crianças desta faixa etária, que têm os
hábitos removidos são sujeitas a
autocorreção, necessitando de outras
intervenções como a adequação de
estruturas e funções do sistema
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
O Happy Hour Cultural é realizado
na Casa do Fonoaudiólogo –
rua Tanabi, 64, à partir das 18 horas.
Na primeira hora, os participantes
conversam e reciclam experiências
descontraidamente enquanto saboreiam o
lanche ofertado e, nas duas horas
seguintes, acompanham a palestra com
o tema do evento. A sua participação envolve
apenas a doação de um quilo
de alimento não perecível. Há necessidade
de inscrição prévia com Viviane, tel. (11)
3873-3788. Compareça!
18 de março
Fonoaudiologia Escolar
29 de abril
Voz
20 de maio
Disfagia
24 de junho
Fonoaudiologia Estética
26 de agosto
Fonoaudiologia Empresarial
30 de setembro
Gagueira
Viviane Veroni Degan é
fonoaudióloga, especialista em
Motricidade Oral, Mestre e Doutora
em Odontologia - Área de Fisiologia
Oral pela Faculdade de Odontologia
de Piracicaba/UNICAMP
28 de outubro
Doenças Neurológicas
25 de novembro
Fonoaudiologia e Saúde Mental
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 13
têm adotado, conjuntamente, o
Potencial Auditivo Evocado de
Tronco Encefálico (PAETE) para a
investigação das neuropatias
auditivas.
Outras aplicações clínicas das
EOA são o monitoramento da
audição nos programas de conservação da audição em trabalhadores
SÃO PAULO
Emissões otoacústicas:
aplicações clínicas
expostos a ruído e a pesquisa da
supressão das EOA frente a apresentação de ruído contralateral . A
ausência ou diminuição do efeito de
supressão das EOA seriam indicativos de um mau funcionamento do
Profa. Dra. Mônica Cristina Andrade Bassetto
Este texto condensa os principais pontos abordados na palestra apresentada pela fga.
profa. dra. Mônica Cristina Andrade Bassetto, no Happy Hour Cultural realizado
na Casa do Fonoaudiólogo, em São Paulo, no dia 27 de agosto de 2004.
As emissões otoacústicas (EOA)
Inicialmente, sua grande
sistema olivo-coclear eferente
medial, que dentre outras atribuições, contribui para melhorar nossa
recepção do sinal de fala na presença
de ruído de fundo. Estudos recentes
indicam que há ausência e/ou
diminuição da supressão das EOA
em crianças com distúrbios de
são sons gerados dentro da cóclea
normal e podem ser captadas no
meato acústico externo, por meio de
aplicação foi na área de triagem
auditiva neonatal, impulsionando,
inclusive, o surgimento dos progra-
uma sonda. Originam-se nos
mecanismos ativos cocleares e estão
mas de triagem auditiva neonatal
universal na década de 90. As
ausentes quando há dano nas células
ciliadas externas (CCE), também
emissões otoacústicas evocadas
transientes (EOAET) e por produto
conhecidas como amplificadores
cocleares. Em decorrência dessa
de distorção (EOAEPD) estão
presentes em recém-nascidos a
relação, o registro das emissões
otoacústicas tem sido bastante
termo e pré-termo, cuja audição
periférica,até o nível das CCE, esteja
empregado , nos últimos quinze
anos, para auxiliar a investigação da
íntegra. Vale a pena ressaltar que
nas alterações das células ciliadas
Bassetto é fonoaudióloga e professora adjunta do Curso de Fonoaudiolo-
integridade da audição periférica.
internas, nervo auditivo e via
auditiva central as EOA estarão
gia da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São
presentes. Portanto, muitos programas de triagem auditiva neonatal
Paulo.
aprendizagem.
Como podemos observar, são
múltiplas as aplicações das EOA na
área da audiologia e é inegável que
se trata de um instrumento valioso
para uma avaliação mais eficiente da
audição.
Mônica Cristina Andrade
Agradecimento
Nossos agradecimentos ao sr. Ezequiel, da Editora Lovise, pelo patrocínio
aos happy hours organizados na Casa do Fonoaudiólogo, em São Paulo (SP) pelo
Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2ª. Região.
14 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
SÃO PAULO
A Fonoaudiologia e as diferentes
realidades de mercado
“A Fonoaudiologia e as diferentes
realidades de mercado” foi o tema da
mesa redonda realizada na Casa do
Fonoaudiólogo no dia 26 de novembro
de 2004, com a participação das
fonoaudiólogas Ana Elisa Moreira
FOTO: CRFa 2a. REGIÃO
Sandra Oliveira - Comissão de Divulgação
Ferreira, Lorena e Paula Sotile, do
Comitê de Telemarketing da SBFa.
Realizamos uma discussão
extremamente interessante e importante sobre a realidade atual do
mercado de trabalho em Fonoaudiologia, em relação ao vínculo empregatício estabelecido entre as partes,
trabalho realizado em call centers,
discutimos a contratação do fonoaudiólogo em regime de CLT, cooperativa
e aquele que tem sua própria empresa
e, portanto, presta serviços.
Pudemos refletir juntamente
Os participantes, bem como os
leitores desse texto, estão convidados
são. Quem se interessar deve
enviar um e-mail para
a participar de nossa lista de discus-
[email protected].
FOTO: CRFa 2a. REGIÃO
empresa e fonoaudiólogos.
Tendo como pano de fundo o
com os fonoaudiólogos presentes
sobre vantagens e desvantagens de
cada tipo de contrato, além de discutirmos os limites de atuação com
relação as estratégias fonoaudiológicas
utilizadas e a preocupação com a
qualidade de vida e a promoção de
saúde, além do trabalho preventivo.
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 15
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Eventos
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
1° SIMPÓSIO DA VOZ DE PORTUGAL
tas legais a questões de diferença de
primeiro deles já traduzido para o
2004, ocorreu na cidade do Porto
(Portugal) o 1° Simpósio da Voz de
De 11 a 13 de novembro de
formação acadêmica que, porém,
foram colocados de lado no evento.
espanhol e inglês) e ofereceu dois
cursos, um sobre métodos de reabilita-
Portugal, tendo como presidência de
honra o médico otorrinolaringologista
Para os brasileiros trabalharem em
Portugal, além dos papeis de imigração
ção vocal e outros sobre limites de
fonoterapia no tratamento de lesões
dr. Almeida Ribeiro; como presidente
dos trabalhos o médico dr. Agostinho
e convalidação de documentos, é ainda
necessário um exame de proficiência
benignas da laringe. A fga. Deborah
Feijó discorreu sobre laboratório de
P. Silva e como secretário-geral a
também médica otorrinolaringologista
de língua, um verdadeiro desafio.
Não há pós-graduação em fonoaudio-
voz na clínica fonoaudiológica e
também sobre a avaliação do profissio-
dra. Eugénia de Castro. O simpósio
teve a presença de 350 colegas,
logia no país, mas aproveitando-se
das possibilidades de programas de
nal da voz. O dr. Paulo Pontes mostrou
inúmeros avanços da cirurgia laríngea.
médicos e fonoaudiólogos (terapeutas
da palavra, em Portugal), dobrando em
intercâmbio na União Européia,
alguns colegas têm-se pós-graduado
As atividades sociais foram
intensas, com visitas às caves de
número a expectativa dos organizadores. Os convidados internacionais
em outros países de reconhecida
formação profissional e científica,
vinho do Porto, em Vila Nova de
Gaia e uma festa de confraterniza-
foram o dr. Peak Woo (médico norteamericano), o dr. Thomas Murry
como o Reino Unido.
O clima das sessões científicas
ção, que contou com discurso
emocionado da colega portuguesa
(fonoaudiólogo norte-americano), os
médicos franceses dr. Albert Castro e
era de bastante interesse e participação e culminou com uma ativa discus-
Isabel Guimarães, que agradeceu os
médicos organizadores pela iniciati-
dr. Jean Abtibol e, do Brasil, as colegas
fga. dra. Mara Behlau de São Paulo e a
são de casos com prognóstico difícil,
avaliados perante o auditório, com a
va de realizarem um evento multidisciplinar, prestigiando os fonoaudió-
fga. Mestre Déborah Feijó, do Rio de
Janeiro, além do dr. Paulo Pontes,
intervenção dos professores convidados, que deram suas opiniões e
logos estrangeiros e nacionais. A
fonoaudiologia brasileira é avaliada
otorrinolaringologista de São Paulo.
Há hoje, em Portugal, 400
discutiram as diferenças em conduta
para cada uma das situações.
pelos portugueses como de ótimo
nível, servindo de modelo para ações
fonoaudiólogos inscritos na Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala
A dra. Mara Behlau fez uma
análise crítica dos diversos protocolos
naquele país, não somente devido à
formação e possibilidades de pós-
(www.aeiou.pt), sendo 60 brasileiros.
A relação entre os colegas de ambos os
de avaliação vocal, uma apresentação
sobre os programas acústicos Vox
graduação plena, mas também pela
produção científica importante e
países tem ocorrido com alguns
atritos, que vão de aspectos trabalhis-
Metria, Fono-Tools e Vox Games
(também distribuídos na Europa, o
pela excelência do trabalho multidisciplinar desenvolvido em nosso país.
Site do CRFa, renovado, no ar em abril
Renovado no visual e no seu
Com novas informações e apre-
novamente. Da mesma forma, o Ca-
conteúdo, o site do CRFa 2ª. Região
estará no ar em abril. Faça uma visi-
sentação dinamizada, algumas alterações foram necessárias. O novo Guia
dastro do Fonoaudiólogo desconsiderou as informações antigas. Com o
ta em http://www.fonosp.org.br e
envie seus comentários e sugestões,
do Fonoaudiólogo, totalmente reformulado, recomeça do zero. Portanto,
novo cadastramento, o profissional
receberá periodicamente clippings e
para que, cada vez mais, os fonoaudiólogos sejam melhor atendidos.
todos os que desejam participar do
guia devem inserir suas informações
informações do Conselho e da
profissão e ainda uma newsletter.
16 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
FOTOS: ELISIARIO E. COUTO
Fonoaudiólogos de São Paulo discutem
criação de novas especialidades
Em continuidade ao processo de
atualização das Especialidades da
pela abertura de novos cursos “com
enfoque em...”, pela necessidade de
não ser o mais facilmente reconhecido,
tem demonstrado ser o mais viável.
Fonoaudiologia, o Conselho Federal de
Fonoaudiologia realizou no dia 5 de
mercado de trabalho e decorrente da
própria atividade profissional.
Outro termo questionado é Disfagia (uma disfunção), como nomenclatu-
março último, na Casa do Fonoaudiólogo, em São Paulo (SP), o 2º Fórum de
Sensível a essas manifestações, a
proposta do CFFa é de que algumas sub-
ra da especialidade que estudaria os aspectos da deglutição, que compete com a
Especialidades. O objetivo foi o de
discutir as propostas analisadas em
áreas de especializações passassem a ser
entendidas como “áreas de domínio” (o
sugestão de Deglutição, para o qual aventa-se a possibilidade de confusão por
diversas dinâmicas realizadas com
consultorias externas, envolvendo
termo subespecialidade foi descartado
por sua conotação pejorativa), dentro
parte de outros profissionais de Saúde.
Para formar os fonoaudiólogos
especialistas referendados pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e pelos
das especialidades existentes, com o
possível acréscimo de 100 horas no cur-
interessados em Saúde Pública ou
Coletiva, questiona-se a possibilidade de
Conselhos Regionais de Fonoaudiologia.
Estes fóruns estão sendo realiza-
so de cada uma delas. Pela mesma proposta, outras áreas geradas pelo merca-
se criarem novos cursos ou do cadastramento de cursos já existentes que
dos simultaneamente em todo o país
nos meses de fevereiro e março. Na área
do de trabalho teriam que se destacar
como novas especialidades: Disfagia,
formam profissionais em áreas afins.
O papel desempenhado pelas
de jurisdição de São Paulo, além do
realizado na Casa do Fonoaudiólogo, na
Saúde Pública (ou Coletiva) e Gagueira.
A criação ou alteração da nomen-
universidades e sua autonomia para a
formação acadêmica, e das sociedades
capital paulista, um segundo encontro
ocorrerá em Ribeirão Preto, no dia 28 de
clatura, além da necessidade da criação
de novas especialidades – vem sendo
científicas e dos conselhos regulamentadores da profissão, na formação
março, organizado pela Delegacia
Regional. Estes encontros não têm
motivo de muitos questionamentos.
Entre as especialidades já reconhecidas,
profissional, são pontos que dividem
as opiniões nesses debates. O realizado
caráter deliberativo. Suas conclusões, no
entanto, deverão ser levadas em conta
existe a proposta de ser alterada a
nomenclatura de Motricidade Oral para
em São Paulo não foi exceção.
Os fonoaudiólogos presentes
para a definição do encaminhamento de
eventuais mudanças.
Motricidade Orofacial. Para as novas, se
efetivamente criadas, o termo Gagueira,
concluiram que no momento não se
deveriam abrir novos cursos de especia-
Hoje o CFFa reconhece as Especialidades de Audiologia, Linguagem,
por exemplo seria mais facilmente
reconhecido pela população mas deixaria
lidades nem “áreas de domínio” nos já
existentes. Abre-se, entretanto, a
Motricidade Oral e Voz porém desde
2002, a partir do X Congresso Brasileiro
de fora a taquifemia e a disfluência
normal de fala. A alternativa para o
possibilidade de novas discussões sobre
os temas Disfagia e Saúde Coletiva.
de Fonoaudiologia, se aventa a possibilidade de criação de outras, sinalizadas
termo Fluência não reflete o alvo da
especialidade e Disfluência, apesar de
Em Ribeirão Preto, no dia 28, o
debate continua...
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 17
UFSCar contrata primeira
fonoaudióloga
A fga. Helen
“Os de saúde
Estudante de
Fonoaudiologia
vence 818
concorrentes
Capeleto Francisco é a primeira
mental e atendimento ao idoso já
fonoaudióloga
contratada pela
estavam bem estruturados, embora
inscritos, o da estudante de
fonoaudiologia da Universidade
Universidade
Federal de São
com ações isoladas
nos ambulatórios
Metodista de São Paulo, Gilcélia
de Cássia Suman Martins, foi o
Carlos – UFSCar,
selecionada em
dos cursos. Logo
que as instalações
grande vencedor no 4º Conic Congresso de Iniciação Científica
concurso realizado em maio de
estiverem completamente prontas,
promovido pelo Semesp - Sindicato das Entidades de Estabeleci-
2004, com 68
inscritos.
começarão a
funcionar na USE os
mentos de Ensino Superior do
Estado de São Paulo, de 7 a 8 de
programas de
atendimento à mulher,
novembro de 2004. Gilcélia
também conquistou o primeiro
Formada pela
USP -Bauru em
Fga. Helen Francisco (à direita), ao lado
da Prof. Dra. Claudia Simões Martinez,
diretora da USE.
Entre 818 trabalhos
1998 e com
especialização em Audiologia pela
atendimento às
pessoas com necessidades especiais,
lugar na categoria de Ciências da
Saúde e Biológicas.
Universidade Católica Dom Bosco, de
Campo Grande (MS), a fonoaudióloga
atendimento à criança e o pólo de
capacitação regional”.
Com o tema “Avaliação da
Percepção e Leitura da Fala em
relembra que quando de sua posse, em
19 de novembro, ainda não sabia para
A UFSCar, na área de saúde,
mantém cursos de Enfermagem, Terapia
Crianças com Deficiência Auditiva de Classes Comuns e de
onde seria direcionada e qual seria sua
atuação.
Ocupacional, Psicologia e Fisioterapia,
com os ambulatórios para estágios dos
Classes ou Escolas Especiais”,
Gilcélia conquistou a primeira
Desde 1º. de dezembro, a fonoaudióloga dá suporte a USE - Unidade de
alunos e para pesquisa separados um
dos outros. A Unidade de Saúde Escola –
colocação na categoria Premiações Especiais. O trabalho foi
Saúde Escola da instituição, em companhia de dois terapeutas ocupacionais,
USE foi proposta como uma unidade
ambulatorial facilitadora da articulação
orientado pelas professoras dra.
Marisa Sacaloski e Ms. Érika
três psicólogos, dois médicos, duas
assistentes sociais, duas enfermeiras,
das diferentes ações de saúde já existentes na UFSCar, com o objetivo de
Longone.
A quarta edição do Conic
um técnico em enfermagem, dois
fisioterapeutas, cinco auxiliares de
promover a atuação interdisciplinar em
diferentes níveis, da promoção de
inaugurou novos critérios para
avaliação. “Buscamos acabar com
enfermagem e um técnico em eletrônica.
A fga. Helen detalha a proposta da
saúde à reabilitação, com uma perspectiva de atendimento integral ao usuário.
o mito de que apenas as universidades públicas produzem pesqui-
USE: “as ações de saúde serão orientadas
por parâmetros que, desenvolvidos por
Como a unidade é recente (foi
inaugurada em outubro de 2004), dois
sa. A participação de universidades públicas este ano enriqueceu
meio de esforços de pesquisa multidisciplinar, possam garantir a formação de
blocos arquitetônicos necessitam ainda
serem concluídos. “É tudo novo,
o evento, mas é importante ressaltar a pesquisa de excelente ní-
alto nível de alunos e profissionais,
desenvolvendo programas-modelo para
estamos organizando e pensando o
funcionamento da USE juntos. A
vel realizada nas particulares”, relatou o Prof. Dr. Godofredo Geno-
outras unidades de saúde e contribuindo
para o desenvolvimento regional da
previsão é de começarmos rapidamente
os atendimentos dos pacientes dos
fre, Coordenador dos eventos e
Diretor de Pesquisa da UNISA.
área”.
ambulatórios isolados dos cursos”.
18 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
Brasileira é eleita para presidência da IALP
A fga. dra. Mara Behlau, de São
Paulo, foi eleita presidente da IALP -
importante fórum de discussão dos
profissionais envolvidos em pesquisa e
International Association of Logopedics
and Phoniatrics para a gestão de 2007 a
clínica na área dos distúrbios da
comunicação humana. O evento contou
2010. Na gestão atual, de 2004 a 2007, a
fonoaudióloga comporá a diretoria da
com 1.480 participantes, número que
superou o recorde de 1971, quando o
sociedade, como presidente eleita e
assistente da presidente empossada, a
congresso foi realizado em Buenos Aires,
com 1.419 participantes.
dra. Dolores Battle, dos Estados Unidos,
que assumiu a presidência da IALP
Estiveram representados 37
países e, embora a delegação brasileira
conjuntamente com a presidência da
ASHA. A escolha, por unanimidade,
tenha sido de apenas nove componentes, muito menor da que esteve no
ocorreu durante o XXVI Congresso da
IALP, em agosto de 2004, em Brisbane,
25th World Congress of IALP, no
Canadá, em 2001 (60 participantes),
Austrália.
O nome da dra. Mara surgiu em
Basel, na Suíça, em outubro de 2003,
por seu trabalho internacional e
participação ativa na diretoria da
associação, além dos Comitês de Voz e
de Relações Públicas. “É uma honra à
nomeação e espero desenvolver minha
gestão com visão de futuro e procurando
ainda buscar maiores oportunidades
para os colegas brasileiros no exterior”,
afirmou a fga. Mara Behlau na ocasião.
Até sua posse a dra. Mara continuará
atuando no Comitê de Voz e no Comitê
de Relações Públicas Internacionais, em
cargos que ocupa desde 1998.
A IALP foi fundada em 1924, em
Viena, pelo médico e fonoaudiólogo Dr.
Emil Froeschels e é a mais antiga
organização na área dos distúrbios da
comunicação humana, congregando
tanto membros individuais como
sociedades científicas, de diversas
disciplinas, tais como a medicina,
Estados Unidos, Reino Unido, Japão,
Suécia e Canadá, além, evidentemente,
dos colegas do país organizador. Os
brasileiros tiveram mais de 20 participações no evento.
O próximo congresso da IALP
ocorrerá de 5 a 9 de agosto de 2007, em
Kopenhagen, na Dinamarca. O Brasil é
fonoaudiologia, psicologia, física,
engenharia e educação.
O congresso da IALP realizado na
Austrália reforçou, mais uma vez, que
considerado forte candidato para
hospedar o congresso da associação em
2010 ou 2013.
esse evento se constitui no mais
Conquista da Fonoaudiologia
O CRFa 2a Região parabeniza a fga. Andréa Wander Bonamigo por ter sido
promovida, em março de 2005, a supervisora de Área - Pirituba da Coordenadoria de Saúde da Zona Norte da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Esta
região atende uma população estimada em aproximadamente 470 mil pessoas.
Esta conquista não é apenas individual. Decorre da atuação resolutiva
ofertada na área da Saúde Pública pela fga. Andréa Wander Bonamigo, que se
estende a toda a Fonoaudiologia, que nela se vê reconhecida.
Sindicato muda
de endereço
O Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado de São Paulo
comunica o seu novo endereço
desde 10 de janeiro de 2005: rua
Gonçalo Fernandes, 52 – casa 1,
bairro de Bela Vista, Santo André
(SP).
Livre docência: parabéns!
O Conselho Regional de Fonoaudiologia – 2ª. Região parabeniza a fga.
Brasilia Chiari pela obtenção do titulo de livre docente em dezembro último,
agregando mais cientificidade à Fonoaudiologia. Conquistas como esta elevam a
profissão para patamares cada vez mais elevados e estimulam a expansão e o
reconhecimento cada vez mais amplo de sua atuação.
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
constituiu-se no oitavo maior grupo,
perdendo apenas para Nova Zelândia,
Os telefones são (0 ** 11)
4990-9970 e 7224-6420 e o
horário de atendimento, das 13 às
17 horas.
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 19
Comissão de Orientação e Fiscalização
Congresso Abrasco
Fonoaudiólogo:
fique atento aos anúncios de
vagas de emprego
O III Congresso Brasileiro de
Ciências Sociais e Humanas em Saúde
Com os índices de desemprego e a competição acirrada por
das nos cadernos de emprego, não
existem de fato.
uma vaga no mercado de trabalho,
várias empresas e agências de
Nos últimos meses, a COF
recebeu denúncias de fonoaudiólo-
recolocação profissional vêm
seduzindo profissionais de vários
gos com relação a concursos e
anúncios de vagas de empregos em
níveis com propostas de emprego.
Esse quadro faz com que muitos
sites e em jornais de grande
circulação. Muitos procuravam o
candidatos acabem optando por
esses serviços, na tentativa de
fonoaudiólogo como auxiliar ou
técnico em Fonoaudiologia, cargos
melhorar suas chances de ingressar no mercado de trabalho.
que na verdade não existem, pois a
Fonoaudiologia é uma profissão
O aumento da oferta dos
serviços acima citados, faz com
que, muitas vezes atraído pela
com graduação de nível superior.
Alertamos aos colegas que,
antes de contratarem qualquer
descrição das vagas, que parecem
verdadeiros sonhos profissionais,
serviço ou disponibilizarem seus
currículos on-line, devem estar
o profissional desempregado seja
induzido ao pagamento de taxas, e
cientes de todas as condições
estipuladas; tudo o que for
nunca mais é contatado pela
agência. É como se a vaga desapa-
prometido deve constar por
escrito.
recesse num passe de mágica.
Por esse motivo, a Comissão
Ao aceitar uma vaga de
emprego é necessário ler com
de Orientação e Fiscalização (COF)
retoma este assunto de grande
atenção o contrato proposto pela
empresa, e, em caso de dúvidas,
importância para a atuação do
fonoaudiólogo, com o objetivo de
consultar um advogado de confiança. O contrato deve ser claro,
orientar o profissional a evitar
constrangimentos.
preciso e objetivo.
Ao se deparar com um desses
É preciso estar atento, pois
muitos anúncios omitem o fato de
serviços, não tenha a ilusão de que
este é um caminho fácil e rápido
que se trata de uma consultoria, e,
ao se deparar com isso, o profissi-
para o fim do desemprego. O
profissional deve sempre verificar
onal cria uma falsa expectativa,
descobrindo que foi selecionado
a idoneidade da empresa contratante e certificar-se de que
para uma função diferente da que
desejava ou que as vagas anuncia-
funciona de forma profissional,
antes de tomar qualquer decisão.
20 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
promovido pela ABRASCO será
realizado em Florianópolis, de 9 a 13
de julho de 2005. O tema central –
Desafios da Fragilidade da Vida na
Sociedade Contemporânea – tem o
objetivo de responder à necessidade de
uma reflexão articulada no campo das
Ciências Sociais e Humanas (CSH)
sobre a saúde e a qualidade de vida das
populações. As inscrições prévias
serão encerradas no dia 01 de julho de
2005. Após esta data, somente no dia
e local do evento. Informações: fone/
fax: (0 xx) 48 248-5838, e-mail
[email protected]
ou em www.acorianaeventos.com.br
Colabore conosco
Prezado Fonoaudiólogo.
Uma das ações do Conselho
Regional é acompanhar a legislação das áreas da Educação e
Saúde que envolvam a Fonoaudiologia.
Para que possamos realizar
esta ação, de forma mais ágil e
efetiva, contamos com sua
preciosa colaboração no sentido
de identificar Leis e Projetos de
Leis ou documentos que possam
ser importantes para a Fonoaudiologia e encaminhar ao CRFa.
Queremos fortalecer a
atuação do fonoaudiólogo na
Saúde e Educação e estimular a
construção e implementação de
Políticas Públicas em Fonoaudiologia.
Agradecemos desde já sua
atenção e colaboração.
CRFa-2a. Região
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Teses
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Efeito tardio do ruído na audição e na qualidade
de sono em indivíduos expostos a níveis elevados
Foram estudados 20 trabalhadores do sexo masculino do Hospital das
jornada de trabalho de 8 horas diárias,
compuseram o grupo controle. Os
outros (30,0%) tinham sonolência
sem distúrbio respiratório do sono.
Clínicas da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto - USP, com idade entre
dados de audiometria tonal limiar e
imitanciometria foram correlaciona-
Concluímos que a permanência
prolongada sob ruído ambiental
33 e 50 anos, expostos a ruído
ambiental maior ou igual a 85 dB, em
dos com a qualidade do sono observada através da polissonografia noturna
superior aos níveis considerados
seguros foi suficiente para produzir
jornada de oito horas de trabalho
diário há pelo menos oito anos; sem
e com parâmetros clínicos gerais de
saúde.
danos auditivos detectáveis laboratorialmente através dos testes usuais e
alterações anatômicas de orelha
externa/média e de vias aéreas
Com os resultados dos testes de
comparação aplicados a idade, estatu-
que não há razão para crer que a má
qualidade do sono do cidadão comum
superiores. O objetivo era verificar o
efeito do ruído persistente, decorrente
ra, peso, índice de massa corporal,
circunferência do pescoço, cintura e
guarde relação com a convivência
diurna em ambientes ruidosos.
das condições de trabalho, sobre a
qualidade de vida, relativamente às
quadril e indicadores do estado sócioeconômico-cultural obtidos em
repercussões sobre a audição e a
qualidade do sono e contribuir para a
entrevista, verificamos que as amostras foram semelhantes nestes
valorização dos prejuízos do ruído
excessivo e sistemático sobre a saúde.
aspectos. A análise estatística da
audiometria e imitanciometria, nos
Outros 20 trabalhadores do mesmo
hospital, na mesma faixa etária e
dois grupos revelou perda auditiva leve
e moderada. O sono, nos dois grupos,
características físicas, sócio-econômico-culturais, expostos ao ruído
revelou má qualidade. Dos 40 indivíduos, 13 (32,5%) apresentaram
ambiental habitual inferior a 85 dB na
distúrbio respiratório do sono e 12
Dissertação de Mestrado em
Biociências Aplicadas à Clínica
Médica, defendida em 24/02/2003
pela fga. Ana Lúcia Rios no Programa de Pós-Graduação da Clínica
Médica da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto – Universidade de São
Paulo.
Vozes que se cruzam: a intervenção
do fonoaudiólogo e o
graduando em Educação Física
Com o objetivo de investigar a
participação de seis inscritos. Foram
contemplavam, em tempo integral, o
intervenção fonoaudiológica a partir
de um programa vocal para graduan-
utilizados três questionários (um
antes do programa, outro logo após o
contexto profissional da referida
categoria. A análise da intervenção foi
dos em Educação Física, pesquisa foi
realizada em uma Faculdade de
término e o último, dois meses após o
término), além do registro escrito,
feita de modo qualitativo.
Os seis inscritos participaram
Educação Física localizada em uma
cidade de médio porte do Estado de
após cada encontro, feito pela pesquisadora. Os temas discutidos basearam-
ativamente dos encontros. A voz
passou a habitar a realidade dos
São Paulo. O programa conteve três
encontros de quatro horas cada, com a
se em assuntos relacionados à adequada produção e cuidados vocais e
participantes que, durante as três
semanas de programa, traziam
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 21
devolutivas e dúvidas. Apenas um
A pesquisa concluiu pela
deles atuava na área mas todos, de
maneira geral, vinculavam a prática
importância da intervenção, ainda
mais quando ela oferece atributos
oferecida com as atividades extrafaculdade. As propostas que contex-
para que o graduando possa se
tornar seu próprio agente transfor-
tualizavam a categoria da Educação
Física eram vislumbradas pelos
mador das mudanças necessárias.
Percebe-se a importância de atuação
participantes como algo iminente a
ocorrer, e em nenhum momento as
conjunta com a categoria de Educação Física, e, sabendo da diferença
atividades foram repelidas.
existente entre a graduação e a
realidade profissional, podemos
Disfagia: tese
de doutorado
em congresso
no Canadá
concluir que o processo de formação
é um bom momento para que haja
Medicina de Botucatu (UNESP) Área de Metabolismo e Nutrição,
foi aceita e apresentada no 13o
Congresso Anual da Dysphagia
Research Society, realizado em
Montreal (Canadá), de 13 a 16 de
outubro último, sob o título
Videoendoscopic and Videofluoroscopic Evaluation of Swallowing with
Therapeutic Intervention.
Residente em Bauru e
professora em Marília, a fonoaudia
óloga relatou para o CRFa. 2
Região o seu contentamento por
esta conquista, destacando a
importância das pesquisas
Silva por esta participação em um
evento internacional tão expressivo, que reafirma o estágio científico alcançado pela profissão no
Brasil.
Dissertação de mestrado
desenvolvida pela fga. Ana Carolina
Carlini em julho de 2004, com
orientação da profa. dra. Marta
Assumpção de Andrada e Silva, da
Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo – PUC/SP, como parte do
Programa de Estudos Pós Graduados
em Fonoaudiologia.
Fonoaudióloga escreve editorial
para revista científica da
Associação Paulista de Medicina
A fga. Dra. Letícia Lessa Mansur,
professora assistente do curso de
Fonoaudiologia da
Universidade de São
o título: Changing eating habits: what
does it really mean for patients who do
not complain about eating
difficulties?
Paulo, foi convidada
a escrever o editorial
O CRFa 2ª. Região
parabeniza a fga. Letícia
da revista São Paulo
Medical Journal –
Lessa Mansur por mais
esta conquista obtida
Revista Paulista
Medicina em
pela profissão.
O artigo publicado
seu volume 122,
edição no 5, com data
na revista da APM pode
ser acessado na Internet,
de capa de setembro
a outubro de 2004.
no formato.pdf (utilizado
pelo programa gratuito
A publicação é
editada pela Associação Paulista de
Adobe Acrobat Reader),
no site do CRFa. 2a Região, em
Medicina. O texto, em inglês, recebeu
www.fonosp.org.br.
desenvolvidas no Brasil estarem
sendo aceitas fora do país.
O CRFa – 2ª Região parabeniza a fga. Roberta Gonçalves da
experiência indica a necessidade de
futuras ações com a categoria.
tal intervenção. Com relação a este
A tese de doutorado sobre
Fisiopatologia em Clínica Médica,
defendida pela fga. Roberta
Gonçalves Silva na Faculdade de
estudo, pode-se concluir que a
Onde está você?
Se você conhece os profissionais abaixo relacionados, por gentileza solicite
que entrem em contato com a Delegacia Regional da Baixa Santista ou com a
sede do CRFa 2a Região, em São Paulo, para regularizar seus dados cadastrais.
Documentos encaminhados a estes fonoaudiólogos têm retornado, gerando
transtornos e gastos desnecessários.
ALESSANDRA ALI BENTO - CRFa 7234
FÁTIMA APARECIDA FERREIRA TEIXEIRA – CRFa 13693
22 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
Comissão de Ética
Quanto cobrar pelo
meu trabalho?
Prezado Fonoaudiólogo.
mentos. Portanto, se você tem
e-mail [email protected], aos
A partir desta edição da Revista
da Fonoaudiologia, a Comissão de
alguma dúvida com relação a
questões éticas, se você tem algum
cuidados da Comissão de Ética –
Revista.
Ética do CRFa 2ª Região responderá
suas dúvidas e levantará questiona-
caso que gostaria que fosse comentado, envie para o CRFa 2ª Região, no
Esperamos a participação de
todos vocês.
Caso
Outro dia fui negociar em uma empresa a possibilidade
de parceria para Audiologia. Na recepção vi que a tabela para
custo seja baixo, ou seja, sua realidade é muito específica, ela
não tem noção que envolve toda uma categoria e denigre
audiometria ocupacional custava R$ 27,50. Fui para outro
andar conversar com a gestora e a proposta foi de pagamento
nossa profissão.
O mesmo ocorre com convênios que pagam R$ 6,50
de R$3,50 para exame, no máximo R$5,00.
Falei muito da competência, qualidade etc da fonoau-
pela terapia. Não adianta falarmos: se nós não aceitarmos
outra profissional aceita.
dióloga que faz o exame. Mas a resposta foi que a fono que
cobra R$ 3,50 tinha tudo isso e mais o equipamento.
Por favor, temos que nos unir e não aceitar de forma
alguma e nos valorizar!
A minha vontade era de ligar para fono e contar tudo
isso e esclarecer que quando ela faz assim, talvez porque seu
A profissão torna-se digna por causa de seus profissionais.
Parecer da Comissão de Ética
A questão da cobrança de
honorários tem sido exaustivamente
1. condições sócio-econômicas
do cliente: o cliente, neste caso, deve
(faculdade, livros, entre outros), os
gastos efetivos que devem ser
discutida pelos Conselhos e pelo
Sindicato. O novo Código de Ética da
ser uma empresa prestadora de
serviços de Saúde Ocupacional. Se a
calculados, levando-se em o equipamento, calibração do mesmo, roupas,
Fonoaudiologia, aprovado em 2003,
aboliu o termo “preço vil”, mas criou
empresa cobra R$ 27,50, ela tem
uma situação sócio-econômica capaz
alimentação, condução, entre outros.
Desta forma, observa-se que o
alguns mecanismos onde o próprio
profissional pode e deve definir o
de pagar um valor maior ao fonoaudiólogo;
valor de R$ 3,50 a R$ 5,00 praticado
por este fonoaudiólogo está comple-
quanto cobrar por seu trabalho.
Neste sentido, determina que o
2. os valores usualmente praticados pela categoria: os valores de
tamente fora do mercado. Além
disto, e principalmente, como foi
profissional, ao estabelecer seus
honorários, deve verificar as condi-
audiometrias realizadas em empresa
estão por volta de R$ 18,00 (tabela
levantado no caso, nossa ética ou
nossa moral determinam que
ções sócio-econômicas do cliente, os
valores usualmente praticados pela
do Sindicato de Fonoaudiologia);
3. o custo operacional de seu
devemos valorizar nossa profissão.
Cobrar valores que denigram nossa
categoria e o custo operacional de
seu serviço, entre outros.
serviço: o fonoaudiólogo, para
determinar o valor de seu serviço,
imagem, que não condigam com
nossa formação acadêmica, só faz
Verificando o caso em questão,
temos:
deve levar em conta, além dos gastos
que ele teve com sua educação
com que sejamos cada vez mais
desvalorizados profissionalmente.
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 23
Campanha orientou
professores sobre saúde vocal
Agradecimento
Trabalho na Secretaria
Municipal da Educação de
Marília e, por duas vezes, já
tive o imenso prazer de ver
meus artigos publicados na
Revista da Fonoaudiologia.
Agradeço imensamente as
oportunidades e queria lhes
dizer que me sinto orgulhosa
do nosso trabalho. Poder
compartilhar o que faço com
outras colegas de profissão me
dá estimulo para que eu cresça
Com o tema “Para que a sua voz
não se torne um quadro negro”, o Hospital CEMA, localizado na zona leste
de São Paulo, promoveu no último dia
15 de outubro - Dia do Professor - uma
campanha de orientação sobre saúde
vocal exclusiva para os educadores, sob
coordenação das fonoaudiólogas Alessandra Moscatello e Andréa Factore.
O objetivo foi aproveitar a data para
sensibilizar os professores (em sua
maioria mulheres com idades entre 35
e 45 anos, com cinco a dez anos de
carreira) sobre os cuidados com a voz,
instrumento de trabalho fundamental
para o exercício da profissão.
Apesar de confessarem praticar
abusos vocais, como falar muito e alto,
gritar e ingerir pouca água diariamente, os professores não consultavam
habitualmente o otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo para avaliação de
sua saúde vocal. “Nenhum dos
professores atendidos tinha efetuado
tratamento completo com fonoaudiólogo, e muito menos exame laringológico, mesmo apresentando sintomas
como secura e irritação na garganta,
falta de ar para terminar as frases,
pigarro e cansaço ao falar por muito
tempo”, lamenta a fonoaudióloga
Alessandra Moscatello.
cada vez mais. Ter um artigo
publicado é um reconhecimento
do meu trabalho. Valorização
que não tenho da maioria das
próprias pessoas que trabalham
comigo. Ao mesmo tempo em
que é desanimador você não
receber os Parabéns! ou um
Muito bem! pela publicação de
um artigo, isso faz amadurecermos e aprendermos que nem
sempre a opinião dos outros
importa.
Fga. Marília Piazzi Seno
Gonçalves - CRFa. 9535/SP
CRFa realiza seleção pública para
preenchimento de vagas
O Conselho Regional de Fonoau-
da Vunesp – Fundação para o Vestibu-
Delegacia Regional de Marília, para
diologia 2ª Região realizou, em 22 de
fevereiro de 2005, as provas da seleção
lar da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”. O concurso
Supervisor, Auxiliar Administrativo,
Auxiliar Contábil, recepcionista,
pública para o preenchimento de oito
vagas em seu quadro de pessoal, no
foi divulgado pela imprensa, Internet e
através de cartazes.
mensageiro e porteiro) e concorreram
882 candidatos (826 deles para as
regime da CLT. A organização e
aplicação das provas ficaram a cargo
Foram oferecidas oito vagas (sete
para a capital paulista e uma para a
vagas disponibilizadas em São
Paulo).
24 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Lançamentos
● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Nutrição & Disfagia
Guia prático voltado a profissionais no
aborda principalmente os aspectos da dieta nos
cuidado de pacientes disfágicos, formulado por
fonoaudiólogo e nutricionistas experientes no
diferentes níveis de disfagia e apresenta uma
lista útil de cardápios e receitas.
assunto.
Além de definições importantes, descrição
Informações: www.nutroclinica. com.br,
tel. (41) 3013-5322, fax (41) 568-1098 ou pelo
de sintomas, forma de diagnóstico, o livro
e-mail nutroclinica@ nutroclinica.com.br
PROC
Protocolo de observação comportamental: avaliação de linguagem e aspectos cognitivos infantis
Jaime Luiz Zorzi e Simone Rocha de Vasconcellos Hage (Editora Pulso)
A prof.a Dr.a Vera Lúcia Garcia, da USC, avalia
cognitivos do protocolo. No capítulo 4 são
o lançamento da Editora Pulso. Com prazer recebi
o livro elaborado em parceria pelos pesquisado-
apresentadas tabelas sobre o desenvolvimento
normal de linguagem e cognitivo. No capítulo
res Jaime Zorzi e Simone Hage. Lançado durante
o XII Congresso Nacional de Fonoaudiologia e II
5, os autores apresentam casos clínicos
analisados a partir do protocolo proposto.
Encontro Sul Brasileiro de Fonoaudiologia,
realizado em Foz do Iguaçu, o livro vem preen-
O texto é de leitura agradável, sendo que
a experiência profissional dos autores permite-
cher uma lacuna na área de avaliação e diagnóstico fonoaudiológico da linguagem infantil,
lhes escrever com propriedade sobre toda a
fundamentação teórica que permeia o seu
propondo uma situação planejada da observação
dos comportamentos comunicativos e cognitivos
trabalho, assim como apresentar exemplos e
casos ilustrativos da vasta experiência clínica
infantis.
No capítulo 1 os autores apresentam a
que possuem. A presente parceria complementa as publicações realizadas isoladamente pelos
proposta do protocolo para avaliar crianças na
faixa etária de 12 a 48 meses. Nos capítulos 2 e 3
autores anteriormente e dá aos graduandos em
Fonoaudiologia e aos profissionais em geral,
é fornecida a fundamentação teórica proposta
para a avaliação do aspectos comunicativos e
mais um referencial importante e de imprescindível leitura na área da linguagem.
Pró-Fono
Revista de Atualização Científica - Volume 16, Número 3
A nova edição apresenta sete artigos re-
fonológicos detectados em crianças de sete a
sultantes de pesquisas desenvolvidas por fonoaudiólogos brasileiros, dois relatos de caso e
oito anos, Diadococinesia oral e laríngea em
pacientes pós-acidente vascular encefálico,
um artigo de atualização científica. Os artigos de
pesquisa abordam os temas Avaliação da audição
Testes de fala: aplicação em portadores de
perda auditiva induzida por ruído e Fatores
em freqüências ultra-altas em indivíduos
expostos ao ruído ocupacional, Desenvolvimento
associados à transição da alimentação via oral
em recém-nascidos pré-termo. Os relatos de
da linguagem na adolescência: competências
semânticas, sintáticas e pragmáticas, Desempe-
caso cobrem o diário dialogado na terapia com
a criança surda e o desenvolvimento da
nho de escolares com distúrbio específico de
leitura em programa de remediação, Processos
linguagem por meio do sistema pictográfico de
comunicação.
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 25
Fórum
vai discutir
Voluntariado
Ser voluntário é doar seu
tempo, trabalho e talento para
causas sociais e comunitárias, de
maneira espontânea e não
remunerada. O voluntariado, em
sua forma mais pura, não deve
ser confundido com serviços
“voluntários” em uma instituição
ou empresa, com dias e horários
fixos, sem deixar claro que estão
utilizando mão-de-obra experiente não remunerada para não
admiti-los em seu quadro de
funcionários. Tampouco deve ser
identificado com o estágio não
remunerado para conclusão de
curso ou, ainda, com o atendimento “voluntário” a pacientes
de ONGs ou entidades beneficentes, com parte de cursos de
atualização, reciclagem ou
aperfeiçoamento, com a conseqüente perda de inúmeros postos
de serviço.
Estas questões fazem
parte dos tópicos de discussão
do Fórum do Voluntariado que
será promovido pelo CRFa 2a
Região no dia 6 de maio
Saiu na imprensa...
Estas entrevistas foram geradas através de ações do CRFa 2a Região e
refletem o empenho da Comissão de Divulgação na divulgação da profissão para
o público em geral.
O Estado de S. Paulo - Suplemento Estadinho
Vozes estranhas no gravador.
Por que o som da voz
gravada é diferente do que
escutamos quando estamos
frente a frente com uma pessoa?
Para responder a essas questões,
a fga. Márcia Regina da Silva foi
ouvida pelo Suplemento Estadinho, voltado ao público infantil,
em reportagem publicada no dia 29 de janeiro último. Didaticamente explicou a
diferença na transmissão dos sons por via aérea e por via óssea.
Rede Mundial de TV
Programa Vida Plena
A emissora de TV, com transmissão focada para o interior do país, basicamente através de retransmissoras regionais pelo sistema por assinatura, reservou todo o programa “Vida Plena” do dia 22 de fevereiro, transmitido das 9 às 10
horas da manhã e com uma hora de duração, para debater com a fga. Thelma
Costa questões ligadas a perda auditiva em ambiente de trabalho, o ruído que
causa essas perdas e medidas preventivas que podem ser adotadas.
Rádio Trianon
Programa Beleza Hoje
No programa Beleza Hoje, transmitido no dia 18 de janeiro de 2005 às
13:30 horas, as dificuldades de fala na idade pré-escolar e suas relações com a
alfabetização, a gagueira na criança e no adulto, a dislexia e fracasso escolar e as
dificuldades de aprendizagem na pré-escola e no ensino fundamental foram
abordadas em entrevista com o fgo. Jaime Zorzi.
próximo, das 18 às 21 horas, na
Casa do Fonoaudiólogo, em São
Paulo. Prestigie este evento,
comparecendo e trazendo
outros fonoaudiólogos para
debater esta questão.
VENDO
Cadeira pendular Ferrante
R$ 2.500,00 F 9901-7051
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26 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
59-26.pmd
26
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
3/8/2005, 9:33 PM
Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2a Região
Balanço Financeiro
Receita
Período Jan/2004 a Dez/2004
Despesa
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
RECEITAS CORRENTES
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
RECEITA PATRIMONIAL
RECEITAS DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
OPERACOES DE CRÉDITO
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
2.085.732,46
2.085.732,46
1.712.558,21
109.441,22
85.231,98
178.501,05
-
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
DESPESAS CORRENTES
DESPESAS DE CUSTEIO
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
INVERSÕES FINANCEIRAS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA
DIVERSOS RESPONSÁVEIS
DEVEDORES DA ENTIDADE
ENTIDADES PÚBLICAS DEVEDORAS
TÍTULOS FEDERAIS
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
DESPESAS A REGULARIZAR
DESPESAS JUDICIAIS
RESTOS A PAGAR
SERVIÇO DA DÍVIDA A PAGAR
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS
CONSIGNAÇÕES
CREDORES DA ENTIDADE
ENTIDADES PÚBLICAS CREDORAS
DESPESAS DE PESSOAL A PAGAR
DESPESAS DE SUPRIMENTO A COMPROVAR
DESPESAS IRREGULARES
TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
RECEITA NÃO CLASSIFICADA
CONVERSÃO MONETÁRIA
210.954,00
1.495,06
15.445,10
191.580,52
1.927,08
356,24
150,00
-
DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIA
DIVERSOS RESPONSÁVEIS
DEVEDORES DA ENTIDADE
ENTIDADES PÚBLICAS DEVEDORAS
TÍTULOS FEDERAIS
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
DESPESAS A REGULARIZAR
DESPESAS JUDICIAIS
RESTOS A PAGAR
SERVIÇO DA DÍVIDA A PAGAR
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS
CONSIGNAÇÕES
CREDORES DA ENTIDADE
ENTIDADES PÚBLICAS CREDORAS
DESPESAS DE PESSOAL A PAGAR
DESPESAS DE SUPRIMENTO A COMPROVAR
DESPESAS IRREGULARES
TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
RECEITA NÃO CLASSIFICADA
CONVERSÃO MONETÁRIA
SALDOS DO EXERCÍCIO ANTERIOR
CAIXA
BANCOS-C/MOVIMENTO
BANCOS-C/ARRECADAÇÃO
DISPONIBILIDADE EM TRÂNSITO
RESPONSÁVEL POR SUPRIMENTO
BANCOS-C/VINCULADA
BANCOS-C/VINCULADA A APLICAÇÕES
967.196,60
21.782,98
14.728,38
930.685,24
SALDOS PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE
CAIXA
BANCOS-C/MOVIMENTO
BANCOS-C/ARRECADAÇÃO
DISPONIBILIDADE EM TRÂNSITO
RESPONSÁVEL POR SUPRIMENTO
BANCOS-C/VINCULADA
BANCOS-C/VINCULADA A APLICAÇÕES
Total
3.263.883,06
1.841.385,95
1.822.440,95
1.431.032,95
391.408,00
18.945,00
18.945,00
-
230.479,48
3.279,83
885,03
8.338,66
24.639,83
191.506,21
1.712,84
117,08
1.192.017,63
22.628,13
22.195,96
1.147.193,54
Total
3.263.883,06
São Paulo- SP, 31 de dezembro de 2004
PAULO YASSUO KOIKE
CONTADOR
CRC N.1SP139221/0-0
CPF: 759.841.568-49
ANA LÉIA SAFRO BERENSTEIN
DIRETORA-TESOUREIRA
CRFa 3979
CPF: 274.155.460-91
SILVIA TAVARES DE OLIVEIRA
PRESIDENTE
CRFa 3861
CPF: 111.333.168-24
Balanço Patrimonial Comparado
ATIVO
2003
2004
Total
969.868,94
36.511,36
1.205.698,43
44.824,09
235.829,49
8.312,73
21.782,98
14.728,38
22.628,13
22.195,96
845,15
7.467,58
930.685,24
930.685,24
2.672,34
242,30
2430,04
-
1.147.193,54
1.147.193,54
5.342,14
2.027,07
3.315,07
8.338,66
8.338,66
216.508,30
216.508,30
2.669,80
1.784,77
885,03
8.338,66
887.545,99
843.475,53
298.392,14
545.083,39
44.070,46
44.070,46
-
934.995,55
862.420,53
317.337,14
545.083,39
72.575,02
72.575,02
-
47.449,56
18.945,00
18.945,00
28.504,56
28.504,56
-
1.857.414,93
2.140.693,98
283.279,05
-
1.857.414,93
2.140.693,98
283.279,05
ATIVO FINANCEIRO
DISPONÍVEL
BANCOS-C/MOVIMENTO
BANCOS-C/ARRECADAÇÃO
DISPONÍVEL VINCULADO EM C/C BANCÁRIA
BANCOS-C/VINCULADA
BANCOS-C/VINCULADA A APLICAÇÕES
REALIZÁVEL
DIVERSOS RESPONSÁVEIS
DEVEDORES DA ENTIDADE
ENTIDADES PÚBLICAS DEVEDORAS
TÍTULOS FEDERAIS
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
RESULTADO PENDENTE
DESPESAS A REGULARIZAR
DESPESAS JUDICIAIS
ATIVO PERMANENTE
BENS PATRIMONIAIS
BENS MÓVEIS
BENS IMÓVEIS
CRÉDITOS
DÍVIDA ATIVA
OUTROS CRÉDITOS
VALORES
TÍTULOS DE EMPRESAS ESTATAIS
TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
ALMOXARIFADOS
OUTROS VALORES
SOMA DO ATIVO REAL
SALDO PATRIMONIAL
PATRIMONIAL (Passivo Real a Descoberto)
Total:
PASSIVO
PASSIVO FINANCEIRO
DÍVIDA FLUTUANTE
RESTOS A PAGAR
SERVIÇOS DA DÍVIDA A PAGAR
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS
CONSIGNAÇÕES
CREDORES DA ENTIDADE
ENTIDADES PÚBLICAS CREDORAS
RESULTADO PENDENTE
DESPESAS DE PESSOAL A PAGAR
DESPESAS DE SUPRIMENTO A COMPROVAR
DESPESAS IRREGULARES
Período Dez/2003 a Dez/2004
2003
2004
Total
24.686,11
24.686,11
24.639,83
46,28
-
16.019,09
16.019,09
15.445,10
74,31
214,24
285,44
-
-8.667,02
-8.667,02
-9.194,73
-
-
24.686,11
16.019,09
74,31
214,24
239,16
8.338,66
PASSIVO PERMANENTE
DÍVIDA FUNDADA
DÍVIDA FUNDADA INTERNA
SOMA DO PASSIVO REAL
SALDO PATRIMONIAL
PATRIMÔNIO (Ativo Real Líquido)
Total:
-8.667,02
1.832.728,82
2.124.674,89
291.946,07
1.857.414,93
2.140.693,98
283.279,05
São Paulo- SP, 31 de dezembro de 2004
PAULO YASSUO KOIKE
CONTADOR
CRC N.1SP139221/0-0
CPF: 759.841.568-49
EDIÇÃO 59 - JAN/FEV 2005
ANA LÉIA SAFRO BERENSTEIN
DIRETORA-TESOUREIRA
CRFa 3979
CPF: 274.155.460-91
SILVIA TAVARES DE OLIVEIRA
PRESIDENTE
CRFa 3.861
CPF: 111.333.168-24
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 27

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