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Porto Alegre, maio de 2002 RELATÓRIO DE ATIVIDADES Vol. 1 PROJETO CETHS Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil NORIE - Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação PROJETO CETHS CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS Relatório Final de Pesquisa Fase 1: Modelagem e Desenvolvimento de Projetos Porto Alegre Maio 2002 FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS – MINISTÉRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL NÚCLEO ORIENTADO PARA A INOVAÇÃO DA EDIFICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL Catalogação-na-publicação (CIP). Biblioteca da Escola de Engenharia da UFRGS. U58p Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação Projeto CETHS Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis : relatório final de pesquisa / Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. NORIE; [coordenador geral] Miguel Aloysio Sattler. - Porto Alegre : NORIE/UFRGS, 2002. 5 v. 1. Construção civil. 2. Habitação popular. 3. Desenvolvimento sustentável. 4. Construções sustentáveis. I. Sattler, Miguel Aloysio. II. Título. CDU 69 Processo FINEP n° 2807/97 EQUIPE TÉCNICA Prof. Miguel Aloysio Sattler- Coordenador Geral EQUIPE DE APOIO Prof. Ângela Masuero, Engenheira Civil, Dra. Prof. Beatriz Fedrizzi, Agrônoma, PhD. Prof. Carin Schmitt, Engenheira Civil, Dra. Prof. Luis Carlos Bonin, Engenheiro Civil, MEng. Prof. Ruy Alberto Cremonini, Dr. Márcia Roig Sperb, Engenheira Civil, MEng Lucília Bernardino Silva, Engenheira Civil, MEng. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE PROJETO Prof. Miguel Aloysio Sattler, Engenheiro Civil e Engenheiro Agrônomo, PhD Aluisio Costa Filho, Arquiteto e Urbanista, MArq. Márcio Suminski, Biólogo, MSc. Elaboração do Portal do CETHS Carolina Furlanetto Mendes, Estudante de Arquitetura Daniela Stumm Cardeal de Souza, Estudante de Engenharia Civil Marcello Guedes Pinto , Estudande de Engenharia Civil Secretaria Rosana Dal Molin Inghes Porto Alegre, maio de 2002 Vol. 1 PROJETO CETHS Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis Processo FINEP n° 2807/97 EQUIPE TÉCNICA Prof. Miguel Aloysio Sattler- Coordenador Geral CONVÊNIO ALVORADA Alunos de Pós-Graduação Projeto de Paisagismo Ana Elisa Souto, Arquiteta e Urbanista Cristina Wayne Brito, Arquiteta e Urbanista Helena Wachsmann Schanzer, Engenheira Agrônoma Luís Augusto dos Santos Ercole, Engenheiro Civil Rafael Kluwe, Arquiteto e Urbanista Protótipo da Unidade Habitacional Aluisio Costa Filho, Arquiteto e Urbanista, MArq Andrea Naguissa Yuba, Arquiteta e Urbanista Cláudia Kusiak, Engenheira Civil Jussara Maria Leite Mattuella, Engenheira Civil Maki Tokudome, Engenheira Civil Lucília Bernardino Silva, Engenheira Civil, MEng. Equipamentos Alicia Filomena M. Rodrigues, Arquiteta e Urbanista Clarice Bleil de Souza, Arquiteta e Urbanista Giane de Campos Grigoletti, Arquiteta e Urbanista, MEng Luciana Inês Gomes Miron, Arquiteta e Urbanista Maria Fernanda de Oliveira Nunes, Arquiteta e Urbanista, MEng Maria Helena Favaretto, Arquiteta e Urbanista Computação Gráfica Marco Antônio Claser Jr., Arquiteto e Urbanista Marco Antônio Maia, Arquiteto e Urbanista Bolsistas Ângela Capitânio Nichetti, Estudante de Arquitetura Paula Bettin de Nale, Estudante de Arquitetura Processo FINEP n° 2807/97 EQUIPE TÉCNICA Prof. Miguel Aloysio Sattler- Coordenador Geral CONVÊNIO NOVA HARTZ Alunos de Pós-Graduação Projeto de Urbanismo Alexandra Follman, Arquiteta e Urbanista Christiane Carbonell Jatahy, Arquiteta e Urbanista Cristiano Viegas Centeno, Arquiteto e Urbanista Inês Martina Lersch, Arquiteta e Urbanista Verena Schmidt Baldoni, Arquiteta e Urbanista Projeto de Paisagismo Sérgio Luiz V. Tomasini, Engenheiro Agrônomo Maria Cristina Haas, Arquiteta e Urbanista Geometria Viária Michele de Moraes Sedrez, Arquiteta e Urbanista Telissa Frenzel da Rosa, Arquiteta e Urbanista Gestão de Resíduos Christiane Carbonell Jatahy, Arquiteta e Urbanista Cristiano Viegas Centeno, Arquiteto e Urbanista Eduardo Grala da Cunha, Arquiteto e Urbanista, MArq. Luís Augusto dos Santos Ercole, Engenheiro Civil Gestão Energética Clarissa Santafé, Arquiteta e Urbanista, MArq Liane Conrad, Engenheira Civil. Produção de Alimentos Sérgio Luiz V. Tomasini, Engenheiro Agrônomo Cristiano Viegas Centeno, Arquiteto e Urbanista Protótipo da Unidade Habitacional Rafael Simões Mano, Arquiteto e Urbanista. Verena Schmidt Baldoni, Arquiteta e Urbanista Marco Antônio Maia, Arquiteto e Urbanista Computação Gráfica Marco Antônio Maia, Arquiteto e Urbanista Acompanhamento da Construção de Protótipos em Nova Hartz Camilo Holzmann da Silva, Arquiteto e Urbanista Carolina Furlanetto Mendes, Estudante de Arquitetura Christiane Carbonell Jatahy, Arquiteta e Urbanista Marcello Guedes Pinto , Estudante de Engenharia Civil Rafael Simões Mano, Arquiteto e Urbanista Verena Schmidt Baldoni, Arquiteta e Urbanista Giane de Campos Grigoletti, Arquiteta e Urbanista, MEng Bolsistas Carolina Furlanetto Mendes, Estudante de Arquitetura Carolina Hartmann Galeazzi, Estudante de Arquitetura Marcello Guedes Pinto , Estudande de Engenharia Civil Nádia Andrea Hilgert, Estudante de Arquitetura Patrícia Fernanda Voltolini, Estudante de Arquitetura RESUMO O Projeto CETHS - Fase 1: Modelagem e Desenvolvimento de Projetos tinha como principal objetivo o projeto de assentamento habitacional, que viesse a se constituir, posteriormente, em um centro de experimentação, demonstração e educação ambiental. Tendo isto em mente, uma equipe interdisciplinar de projeto foi montada, para estudar e propor soluções alinhadas com os princípios de construções sustentáveis, de modo a incluir propostas tais como: o uso de fontes sustentáveis de energia; a gestão de resíduos sólidos e líquidos; o uso de materiais de construção de baixo impacto ambiental; a produção local de alimentos; o uso de paisagismo produtivo; sem descurar atenção a questões sociais e educacionais, etc. Entre os resultados já alcançados, cabe destacar a concepção de um protótipo habitacional e de um assentamento habitacional, atendendo aos pressupostos de construções sustentáveis. Ultrapassando as metas propostas, o projeto de pesquisa orientou a implantação de oito unidades habitacionais, no município de Nova Hartz, situado a aproximadamente 70 km da cidade de Porto Alegre. Este relatório apresenta a evolução e os resultados deste projeto de pesquisa, desde o surgimento de suas primeiras idéias e diretrizes, até seu estágio de desenvolvimento atual e perspectivas futuras. ABSTRACT The main objective of the CETHS Project - Phase 1: Modeling and Design Development - was to design a sustainable housing settlement, that could, later on, be built as centre of experimentation, demonstration and environmental education. In order to do that, an interdisciplinary design team was assembled to develop studies that included: use of sustainable energy sources; management of solid and liquid wastes; use of building materials with low environmental impact; local production of food; creation of productive landscapes; keeping within the main strategies a special regard to social and educational issues, etc. The achieved results include the conception of a sustainable housing prototype and of a housing settlement, aiming at minimum environmental impacts. Going beyond the main objective, eight housing units were built in the municipality of Nova Hartz, about 70 km far from the city of Porto Alegre, State of Rio Grande do Sul. This report intends to present the development and results of this research project, starting from its first ideas and guidelines, until its current development phase and but also stating future perspectives. Projeto CETHS Apresentação Apresentação Este capítulo identifica os diversos elementos que descrevem o produto do trabalho realizado, que é o Projeto CETHS – Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis, iniciado em fevereiro de 1999. Este volume, denominado de Volume 1, contém o Relatório Final de Pesquisa, descrevendo o projeto em seu todo, além de apresentar os fundamentos teóricos que direcionaram as atividades desenvolvidas durante o projeto de pesquisa. O Volume 2 apresenta os trabalhos gráficos desenvolvidos dentro do Convênio Alvorada. O convênio recebeu esta denominação por ter sido desenvolvido para a municipalidade de Alvorada, no Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo do projeto, conforme consta dos termos do convênio celebrado entre o Município de Alvorada e da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi o de desenvolver estudos e pesquisas sobre materiais ecológicos e de baixo custo para moradias populares no município de Alvorada... visando a implantação ... de um projeto-piloto (protótipo de habitação sustentável) que possa ser viabilizado através de Cooperativas Habitacionais, Associações Comunitárias, Prefeitura Municipal e/ou Organizações Não Governamentais vinculadas à habitação popular, para construção de unidades habitacionais. O convênio foi assinado em 10 de maio de 1999, tendo sido o projeto sido concluído em novembro de 1999. O seu principal produto, para o Projeto CETHS, foi o desenvolvimento do Protótipo Alvorada. Este protótipo de habitação popular foi desenvolvido, pois, ao longo do ano de 1999, atendendo aos propósitos tanto do Convênio Alvorada, como aos do Projeto CETHS. O Volume 3 contém a descrição dos estudos e princípios que governaram o desenvolvimento de uma proposta para o Horto Municipal de Alvorada, apresentada no Volume 2, com ênfase no Protótipo Alvorada. Projeto CETHS Apresentação O Volume 4 apresenta os trabalhos gráficos desenvolvidos para atender ao Convênio Nova Hartz, estabelecido entre o NORIE – Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação e a Prefeitura Municipal de Nova Hartz, com a finalidade de prestar consultoria na área de habitação popular e em serviços de apoio à reelaboração do Plano Diretor do Município. Este convênio, assinado em 01 de julho de 2000, incluía a tarefa de elaboração e acompanhamento técnico da implantação de projetos de habitação popular, elaborados segundo princípios e tecnologias de baixo impacto ambiental. O Volume 5 reúne uma coletânea de artigos técnicos, publicados ou não, relativos aos projetos do Protótipo Alvorada e do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis. Adicionalmente, são incluídos no volume vários documentos associados aos projetos desenvolvidos, tais como: cópia de artigos publicados em jornais ou revistas, cópia dos convênios celebrados, etc. Projeto CETHS Introdução 1. I NTRODUÇÃO 1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA O Censo Demográfico realizado no ano de 2000, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima que a população brasileira esteja próxima de 170 milhões de habitantes, dos quais mais de 80% vivem em áreas urbanas (IBGE, 2001). Associado a este grande contingente populacional predominantemente urbano, observa-se a existência de outros fatos, tais quais: populações desempregadas ou sub-empregadas, residindo em habitações precárias e improvisadas; populações mal nutridas e/ou famintas e, em conseqüência, muitas vezes doentes; violência e criminalidade; poluição aérea e sonora, pelo intenso tráfego de veículos, dentre outras fontes; poluição do solo e dos recursos hídricos, pela falta de um manejo adequado dos resíduos sólidos e líquidos gerados; ocupação desordenada do solo urbano, acentuando o problema das ilhas de calor e das inundações; consumo irracional de energia; degradação dos ecossistemas naturais; etc. Diante deste fatos, torna-se evidente a necessidade de se repensar as cidades em que vivemos, inserindo-as dentro de um contexto global de sustentabilidade, que extrapola os limites urbanos, passa pelo tratamento das Projeto CETHS Introdução áreas rurais e inclui a sociedade como um todo. Neste sentido, SACHS (1993) entende que o desenvolvimento sustentável de nossa sociedade deva atender, necessariamente, a cinco dimensões, de modo a orientar o seu planejamento: • sustentabilidade social, onde o objetivo é melhorar substancialmente os direitos e as condições de amplas massas de população e reduzir a distância entre os padrões de vida de abastados e não-abastados; • sustentabilidade econômica, possibilitada pela alocação e gestão mais eficiente dos recursos e por um fluxo regular do investimento público e privado; • sustentabilidade ecológica, através das seguintes estratégias: intensificação do uso dos recursos potenciais dos vários ecossistemas, proporcionando o menor dano possível aos mesmos; limitação do uso de recursos não renováveis; redução do volume de resíduos e de poluição, estabelecimento de limites de consumo para países ricos; intensificação da pesquisa de tecnologias limpas e proposição de regras para a proteção ambiental, definindo instrumentos econômicos, legais e administrativos necessários para o cumprimento dessas regras; • sustentabilidade espacial, voltada a uma configuração rural-urbana mais equilibrada e a uma melhor distribuição territorial de assentamentos humanos e atividades econômicas, buscando a diminuição das concentrações excessivas nas áreas metropolitanas e da destruição dos ecossistemas; promoção da agricultura regenerativa e da industrialização descentralizada e, ainda, estabelecimento de uma rede de reservas naturais e de biosfera para proteger a biodiversidade; • sustentabilidade cultural, através da tradução do conceito normativo de ecodesenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares, que respeitem as especificidades de cada ecossistema, de cada cultura e de cada local. Projeto CETHS Introdução A aplicação destas dimensões da sustentabilidade ao projeto de uma habitação, tendo em vista um modelo sustentável, deve não somente considerar a unidade de moradia, que constituirá o lar de uma família, mas o conjunto onde esta unidade se insere, assim como as relações estabelecidas entre esta unidade e o meio ambiente. Devem ser consideradas questões relativas à produção e ao tratamento dos resíduos gerados por cada uma das unidades habitacionais e pelo conjunto das mesmas, assim como, questões relativas a alternativas para obtenção de água e geração de energia. Dentro deste amplo contexto, não se pode esquecer das questões relacionadas à saúde dos indivíduos, diretamente conectada à qualidade dos alimentos por eles ingeridos que, por sua vez, depende da forma como os mesmos são produzidos. O modo de deslocamento das pessoas também deve ser estudado, objetivando a sua racionalização, de forma a minimizar o tempo despendido em transporte, bem como o consumo de energia e a poluição àquele associados. A racionalização do tempo de deslocamento poderia, por sua vez, possibilitar ao indivíduo empregar mais sabiamente o seu tempo, aumentar o convívio com sua família e com a comunidade ao seu redor, proporcionando-lhe também mais tempo de lazer. Admite-se, então, que a função de uma habitação sustentável extrapola o papel de um simples abrigo, incorporando a este todo, o processo de promoção da saúde, educação, lazer, proteção, convívio social e relacionamento com o ambiente natural. Porém, sabe-se que estas questões versando sobre sustentabilidade são relativamente novas para estudantes e profissionais de várias áreas, tanto no Brasil, como a nível internacional. Desta forma, com a finalidade de aumentar o entendimento de futuros profissionais e promover a colaboração e intercâmbio de conhecimentos e experiências entre aqueles já envolvidos no tema, várias iniciativas estão sendo desenvolvidas pelo país, tanto a nível nacional, quanto a nível regional e local (SATTLER, 2000). Projeto CETHS Introdução 1.2 O PROJETO CETHS O próprio projeto CETHS, que é objeto deste Relatório, e que se desenvolve no sul do país, pelo grupo de pesquisa em Edificações e Comunidades Sustentáveis, do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação (NORIE), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), busca implementar um centro de experimentação, demonstração e educação ambiental, como um assentamento habitacional a ser construído de acordo com princípios sustentáveis. Este grupo de pesquisa interdisciplinar, que envolve estudantes e profissionais das áreas de arquitetura, engenharia civil, agronomia, biologia, etc., busca, então, alternativas sustentáveis para as propostas tradicionais de habitação popular, as quais continuamente têm priorizado a redução de custos, a partir da minimização da capacidade funcional e da qualidade das habitações construídas. Além do estudo específico da unidade habitacional, o grupo analisa e propõe novas formas de implantação urbana destas unidades, de modo a minimizar o seu impacto ambiental. Este Centro deverá, então, se constituir em modelo para um amplo público, como, por exemplo, àqueles interessados em Edificações Sustentáveis, Comunidades Sustentáveis e Permacultura. Com suas propostas educativas, demonstrativas e de pesquisa, o Centro apresentará o entendimento do grupo de pesquisadores sobre temas ligados ao Desenvolvimento Sustentável, entre os quais destacam-se: Energia. Tanto quanto possível, o Centro proverá as suas necessidades energéticas através de recursos locais. As edificações serão climatizadas por técnicas solares passivas. Biodigestores processarão resíduos de forma a produzir biogás. Energia eólica também se encontra entre as alternativas estudadas e poderá ser utilizada. Edificações. As edificações do Centro combinarão os seguintes propósitos: integração com o ambiente, otimização da capacidade funcional, utilização de materiais com reduzido impacto ambiental, Projeto CETHS Introdução adequação aos princípios da arquitetura bioclimática e reforço de interações sociais. Alimentos. Através da produção local de alimentos, o Centro contribuirá para as necessidades alimentares dos seus habitantes, além de possibilitar geração de renda pelo comércio dos excedentes. Particular atenção deverá ser dada a práticas que: protejam e melhorem as características do solo; que reduzam o consumo de energia, fertilizantes e outros produtos químicos; maximizem as possibilidades de múltipla utilização e reduzam o consumo de água; melhorem a qualidade dos alimentos pela minimização de utilização de agrotóxicos em sua produção. Água. Um sistema integrado de fluxo de águas permitirá a pesquisa e demonstração de técnicas de aquacultura, irrigação e tratamento biológico de esgotos. A água tratada em lagoas e comunidades aquáticas servirá para irrigar e fertilizar plantas. Resíduos. Através da racionalização de suas operações, o Centro minimizará o consumo de energia e materiais, o que resultará na minimização de resíduos. Os resíduos orgânicos inevitáveis serão reintroduzidos no ecossistema do Centro: poderão ser utilizados para alimentação animal, compostados ou tratados em biodigestores. Um sistema de tratamento natural de esgotos, usando plantas aquáticas e comunidades de microorganismos, realizarão o seu tratamento dentro do próprio assentamento. Os resíduos inorgânicos serão destinados à reciclagem e/ou reutilização. Através da abordagem destes e de outros temas relacionados a sustentabilidade, acredita-se que o Centro exercerá um papel de difusor e disseminador de edificações e comunidades sustentáveis, apresentando uma nova proposta de vida no meio urbano. A minimização dos impactos aos ecossistemas terrestres, bem como, a promoção do equilíbrio cultural, social, econômico e espacial, constituem-se nos pontos chaves do Projeto CETHS. Projeto CETHS Introdução 1.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA Considerado em sua totalidade, o Projeto CETHS é basicamente composto das seguintes quatro fases de pesquisa: Modelagem e Desenvolvimento de Projetos; Implantação e Povoamento; Monitoramento; Desenvolvimento de Produtos. Como fase de Modelagem e Desenvolvimento de Projetos, entende-se todas as etapas referentes ao planejamento incluindo-se, a instalação física e o suporte funcional para as atividades a serem desenvolvidas no local. Admite-se como inerente a esta etapa, os serviços de levantamento topográfico, o projeto de zoneamento, demarcação e loteamento da gleba, o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos e complementares das edificações e o desenvolvimento dos projetos de implantação urbana (água, energia, saneamento, pavimentação, arborização, condicionamento térmico, comunicações, prevenção de acidentes, etc.). Considerou-se, ainda nesta fase, projetos de produção agrícola e de cultivos diversos, para obtenção local de alimentos (permacultura, aquacultura, compostagem, etc.), projetos de reutilização dos resíduos e também projetos de tratamento de despejos sólidos e líquidos. Partindo-se do princípio de que está implícito o interesse em manter os moradores integrados à área, dentre as soluções propostas deverão ser estudadas alternativas para as questões de geração de renda e ocupação. Uma vez concluída a fase de modelagem e produção de projetos, terá início a fase de Implantação e Povoamento, onde os projetos deverão ser concretizados através da construção do Centro, conjuntamente com a participação e comprometimento dos futuros moradores. O acompanhamento e o gerenciamento das obras trará, necessariamente, o feedback para a equipe de desenvolvimento de projetos de forma a aperfeiçoar todo o processo. Projeto CETHS Introdução Uma vez finalizada a construção e efetuada a ocupação da área, deverá ter início a fase de Monitoramento. Nesta fase, com um período previsto de, no mínimo, dois anos, haverá um acompanhamento por parte do corpo técnico da equipe, do processo de ocupação do Centro, onde serão aferidas as metas propostas, de forma comparativa aos resultados reais alcançados pelos projetos implantados. O principal objetivo desta fase é a de produzir parâmetros para a avaliação das tecnologias propostas face aos aspectos sócio-ambientais envolvidos. Por conseqüência, uma vez concluída esta fase, poderá ter início a fase de Desenvolvimento de Produtos. Sendo possível avaliar as vantagens e as reais possibilidades de transformar as inovações tecnológicas projetadas em produtos capazes de serem absorvidos pelo mercado, estarão expostas as chances de serem desenvolvidos projetos capazes de disponibilizar estes produtos. Especificamente, este relatório de pesquisa refere-se tão somente à primeira fase do Projeto CETHS, relativa a Modelagem e Desenvolvimento de Projetos. 1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA O Projeto CETHS, especificamente em relação a etapa de Modelagem e Desenvolvimento de Projetos em questão, teve como objetivo principal projetar um centro de experimentação, demonstração e educação ambiental, apresentando como referência um assentamento habitacional sustentável. Como objetivos secundários, incluem-se os seguintes: Criar oportunidades de pesquisa nas áreas de: tecnologias sustentáveis; agricultura urbana sustentável; aquacultura sustentável; paisagismo produtivo; manejo sustentável de resíduos sólidos e líquidos; uso de fontes de energia sustentáveis; e materiais de construção com baixo impacto ambiental; Projeto CETHS Introdução Possibilitar oportunidades de pesquisa em questões referentes a habitação popular, assim como, em questões de educação ambiental; Promover o II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis, oportunizando um encontro dos participantes do projeto e outros especialistas na área de tecnologias sustentáveis principalmente para divulgar os resultados desta fase do projeto, ouvir suas críticas e discuti-las, assim como fixar diretrizes para o prosseguimento das demais fases. 1.5 ESTRUTURA DESTE RELATÓRIO Este relatório está estruturado em seis capítulos, sendo que o primeiro consiste na introdução, onde são apresentadas: a justificativa, a delimitação e os objetivos da pesquisa. O segundo capítulo descreve o Concurso Internacional de Idéias, que originou as primeiras idéias e diretrizes para o Projeto CETHS. O terceiro capítulo, por sua vez, apresenta as atividades realizadas dentro do Convênio Alvorada, estabelecido com a Prefeitura Municipal de Alvorada e conduzido paralelamente ao Projeto CETHS, cujos resultados possibilitaram o detalhamento e aperfeiçoamento de um protótipo habitacional. O quarto capítulo descreve o Convênio com a Municipalidade de Nova Hartz, estabelecido com a Prefeitura de Nova Hartz, também conduzido paralelamente ao Projeto CETHS, que compreendeu o desenvolvimento de propostas de implantação urbana de um grupo de unidades habitacionais. No quinto capítulo, apresenta-se o estágio atual do projeto CETHS. E por fim, o sexto capítulo apresenta algumas considerações finais, assim como, sugestões para o prosseguimento da pesquisa. Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias 2. C I I ONCURSO NTERNACIONAL DE DÉIAS 2.1 CHAMADA DE TRABALHOS O Concurso Internacional sobre Idéias de Projeto tendo por tema Habitações Sustentáveis para Populações Carentes, realizado em 1995, foi conjuntamente promovido pela ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído e pela PLEA – Passive and Low Energy Architecture. O principal objetivo da competição foi o de estimular a apresentação de alternativas de projeto de arquitetura e de planejamento urbano, focadas sobre o tema habitação de interesse social, e que fossem compatíveis com a realidade brasileira e com os princípios de Desenvolvimento Sustentável (SATTLER, 1998). Este Concurso de Idéias constituiu, então, em um desafio a arquitetos e estudantes de arquitetura e áreas afins, no sentido de desenvolverem propostas habitacionais alternativas. A competição teve um caráter internacional, sendo encorajada a participação de equipes multidisciplinares. O tema deste concurso teve por objeto uma pequena comunidade, com possibilidade de localização, tanto em área rural, como suburbana. Os conjuntos habitacionais que se instigou fossem propostos deveriam possuir 20 unidades residenciais e um centro sócio/educacional, para educação diurna dos jovens e noturna dos adultos, provendo, também, opção para outras atividades sociais da comunidade. Cada unidade habitacional deveria possuir uma horta doméstica, suficientemente grande para suprir as demandas alimentares de cada família (frutas, legumes, pequenos animais, etc.). A vegetação a ser implantada também contribuiria para a criação de um micro-clima favorável ao ambiente construído, abrandando as altas temperaturas, características do período de verão, assim como o frio e vento, típicos do inverno. Alternativas em termos de fontes Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias energéticas, tratamento dos resíduos domésticos e utilização de água também foram encorajadas. As casas deveriam ser capazes de acomodar uma família de quatro a cinco pessoas, propondo-se uma área mínima de, aproximadamente, 40 m2, com possibilidade de expansão futura. Como diretriz geral, que teve por base o custo praticado em conjuntos habitacionais tradicionais do início da década de 90, em Porto Alegre, um orçamento de 100 a 150 US$/m2, para a construção das casas (somente em termos de material) deveria ser considerado como referência pelos participantes do Concurso. Foi sugerida a implantação de um centro sócio/educacional, com possibilidade de alojar um máximo de 100 (a população total prevista para a comunidade) crianças/adultos, em duas salas de aula, conversíveis em uma única grande sala. As propostas foram encorajadas a prover, não só um alojamento para as populações carentes, mas também oportunidades de trabalho para as pessoas, em particular àqueles voltados à produção de alimentos segundo os princípios de uma agricultura sustentável. À época do lançamento do Concurso, tinha-se em mente implantar a proposta junto a áreas de pequenos agricultores ecológicos cooperativados, residentes na zona sul de Porto Alegre. As atividades agrícolas, organizadas em cooperativas de produtores, buscariam a produção orgânica, sem agrotóxicos, de frutas e legumes, para suprir a sua crescente demanda pela população local ou regional. 2.2 TRABALHOS PREMIADOS O comitê organizador do Concurso recebeu ao todo 38 propostas, oriundas de oito países, sendo 32 as propostas estudantis e 6 as propostas encaminhadas por profissionais. O corpo internacional de jurados, composto por nove membros, incluindo arquitetos (7) e engenheiros civis (2), premiou, ao todo, seis trabalhos: três de profissionais e três de estudantes. A premiação dos trabalhos vencedores foi anunciada em 07 de julho de 1995, em cerimônia realizada no encerramento Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias do III Encontro Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, realizado na cidade de Gramado, RS. Segundo o júri, os trabalhos inscritos na categoria profissional variaram entre dois extremos. Por um lado, alguns demonstraram grande conhecimento nos temas relativos a sustentabilidade, porém sem apresentar a mesma profundidade nos temas relativos ao projeto de implantação da comunidade. Por outro lado, outros apresentaram um ponto forte no projeto arquitetônico, sendo, porém, fracos em aspectos relacionados a desenvolvimento sustentável. Desta forma, nenhum dos trabalhos atingiu igual sucesso em todos os requisitos da competição. Salienta-se, no entanto, que todos os trabalhos inscritos demonstraram bom conhecimento das questões climáticas. A proposta profissional vencedora foi de autoria do arquiteto Michael Daniel Morrisey, líder de uma equipe de projetos denominada H2O Workshops, da Austrália (figura 1). Segundo o corpo de jurados, este trabalho foi o que chegou mais perto de uma abordagem balanceada entre requisitos de sustentabilidade e os de um projeto de arquitetura e sua implantação. Ainda na categoria profissional, o segundo prêmio ficou para a equipe de projetos formada por María J. Leveratto, Francisco Ortiz, John M. Evans, Silvia de Schiller, Analía Fernández, Susana Mazzoli e Susana Eguía, do Centro de Investigación Hábitat y Energia da Universidade de Buenos Aires, Argentina (figura 2). Por fim, o terceiro prêmio foi para a equipe de projetos constituída por Otávio U. Chaves, Fernando C. Marques, Isabela M. Coimbra, Luciana Miron, Flávio Paim, Marco A. Backes, Christiane C. Jatahy e Pedro Inda, da ARCOO - Arquitetura e Cooperativismo, Porto Alegre, Brasil (figura 3). Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias Figura 1. H2O Workshops, Austrália. Figura 2. Centro de Investigación Hábitat y Energia, Argentina. Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias Figura 3. ARCOO - Arquitetura e Cooperativismo, Brasil. Já na categoria estudantil, na opinião do júri, os trabalhos apresentaram bons projetos arquitetônicos em termos tradicionais. A maioria dos trabalhos apresentou um bom conhecimento das técnicas de arquitetura bioclimática, sem, contudo, avançar de apresentações esquemáticas. O júri ficou desapontado com o fato de que quase nenhum projeto considerou as questões ecológicas e de sustentabilidade. Por exemplo, questões como o fluxo de energia, gerenciamento de resíduos, produção de alimentos e reciclagem de água, considerados fundamentais neste concurso, foram praticamente ignorados. A proposta estudantil vencedora foi de autoria de Nigel J. Craddock, na ocasião estudante de pós-graduação da University of Cambridge, Reino Unido (figura 4). A proposta que ficou em segundo lugar foi de autoria de Paul B. Peng, na ocasião estudante da University of New South Wales, Austrália (figura 5). O terceiro lugar foi para Jin Wang, na ocasião também estudante da University of New South Wales, Austrália (figura 6). Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias Figura 4. Nigel J. Craddock, Reino Unido. Figura 5. Paul B. Peng, Austrália. Projeto CETHS Concurso Internacional de Idéias Figura 6. Jin Wang, Austrália. Da análise das propostas apresentadas, a organização do Concurso concluiu que o Concurso Internacional de Idéias indicou diretrizes de projeto, incluindo alternativas tecnológicas, que, compreensivelmente, pela origem dos autores das propostas vencedoras, apesar de ricas, não consideravam as particularidades da realidade local. Era necessária, pois, a adaptação das propostas vencedoras às especificidades desta realidade, de modo a viabilizar a sua implantação local na forma de um assentamento habitacional sustentável. Projeto CETHS Convênio Alvorada 3. C ONVÊNIO ALVORADA 3.1 BREVE HISTÓRICO Ao final de 1997, foi firmado um convênio entre o NORIE/UFRGS e a Prefeitura Municipal de Alvorada (região metropolitana de Porto Alegre/RS), para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre materiais ecológicos e de baixo custo para moradias populares no município de Alvorada. O convênio contou com o patrocínio do Centro Internacional de Investigações para o Desenvolvimento (IDRC), organização não-governamental do Canadá. A partir deste convênio, decidiu-se aproveitar a oportunidade para estender o projeto de pesquisa à construção de um protótipo, que consolidaria os princípios e idéias levantados no Concurso Internacional de Idéias. Salienta-se que o objetivo de construção do protótipo não era o de estabelecer um modelo a ser reproduzido posteriormente em larga escala, mas sim, uma edificação cuja função principal seria a de testar, junto ao cotidiano das pessoas, alternativas tecnológicas sustentáveis capazes de preservar o meio ambiente e de, simultaneamente, proporcionar bem-estar. (COSTA FILHO et al., 2000) Neste sentido, para a elaboração deste protótipo, buscou-se, a partir dos resultados alcançados no Concurso Internacional de Idéias, definir detalhes e especificações aplicáveis à realidade local. 3.2 DIRETRIZES DE PROJETO As principais diretrizes gerais, adotadas para a concepção do protótipo, foram as seguintes: (SATTLER et al., 2000 e COSTA FILHO et al., 2000) Otimizar a capacidade funcional da habitação, transferindo, para um segundo momento, a avaliação dos seus custos; Projeto CETHS Convênio Alvorada Especificar materiais de construção alinhados com princípios sustentáveis, priorizando aqueles materiais com o menor impacto ambiental possível, assim como aqueles disponíveis localmente; Incluir no projeto relações espaciais que permitissem a utilização da habitação por pessoas portadoras de deficiências físicas e/ou idosos; Utilizar princípios da arquitetura bioclimática para produzir espaços com um grau de habitabilidade otimizado, com mínima, ou nenhuma, dependência de sistemas ativos de resfriamento ou aquecimento; Utilizar tecnologias que pudessem ser facilmente assimiladas pelos futuros usuários, de modo a possibilitar processos de autoconstrução; Projetar o protótipo considerando as condições do local onde o mesmo seria construído; Prever um espaço que possibilitasse o desenvolvimento de atividades geradoras de renda, no programa de necessidades da habitação; Desenvolver o projeto de modo a possibilitar ampliações e re-manejo de espaços. Além disto, considerando a realidade específica de Alvorada, as seguintes diretrizes específicas orientaram a concepção do protótipo: Viabilizar as atividades de um centro de difusão de tecnologias sustentáveis e de um escritório, em uma edificação cujos espaços teriam o layout de uma habitação, e onde deverão ser demonstradas tecnologias utilizadas no cotidiano de uma moradia; Integrar a edificação e seu entorno imediato com as atividades do Horto Municipal de Alvorada, promovendo a disseminação de práticas permaculturais; Selecionar tecnologias de fácil utilização por um usuário típico da região, para que as capacidades funcionais previstas fossem efetivamente praticadas; Projeto CETHS Convênio Alvorada Analisar as tipologias habitacionais já praticadas pela população da região, assim como os materiais de construção produzidos e comercializados na região, de forma a identificar parâmetros que refletissem as aspirações e identidades da população em relação à moradia. 3.3 A CONCEPÇÃO DO PROTÓTIPO A concepção final do protótipo habitacional foi atingida a partir das seguintes etapas básicas: definição do seu partido arquitetônico, definição dos materiais de construção e, por fim, escolha das técnicas construtivas a serem utilizadas. Para o protótipo de Alvorada foi definido um programa de necessidades, típico de uma habitação voltada a uma pequena família, incluindo dois dormitórios, sala e cozinha integradas, banheiro, área de serviço e área de entrada (figuras 7 e 8), com possibilidades de ampliação futura. Figura 7. Protótipo Habitacional Alvorada. Em suma, o protótipo foi concebido segundo as principais estratégias citadas a seguir: Arquitetura solar passiva; Projeto CETHS Convênio Alvorada Coletor solar de baixo custo, para aquecimento de água; Figura 8. Plantas Baixas do Protótipo Habitacional Alvorada. Níveis de isolamento térmico para telhados, paredes e pisos, adequados à realidade climática local e à condição econômica dos futuros usuários; Uso de pinturas e produtos preservativos não tóxicos, para madeiras; Prioridade ao uso de materiais locais e à reutilização, ou reciclagem, de materiais de demolição; Uso de vegetação, tanto para sombreamento, como para a produção de alimentos (paisagismo produtivo); Proposta de uso de secador de alimentos (folhas e frutos) e composteira; Proposta de utilização de fogão à lenha, para cozinhar e ao mesmo tempo aquecer o ambiente interior, nos períodos frios; Sistema de coleta e reutilização de água de chuva, para descarga do vaso sanitário, assim como para irrigação de jardim; Tratamento local de esgoto doméstico; Projeto CETHS Convênio Alvorada Uso de elementos e componentes passíveis de auto-construção; Distribuição dos espaços internos, de modo a permitir a acessibilidade universal a todos os ambientes. 3.4 APERFEIÇOAMENTO DO PROTÓTIPO Para fins de aperfeiçoamento do protótipo habitacional, foram realizados vários estudos, dentre os quais pode-se citar: simulação térmica com o software Thedes; análise de iluminação; proteção solar, etc. Além disto, estudou-se possibilidades de novos layouts internos. Os resultados destes estudos constam em anexos e o aperfeiçoamento do protótipo continua a ser realizado, de forma contínua para cada novo projeto habitacional ou cada novo protótipo construído. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz 4. C ONVÊNIO NOVA HARTZ 4.1 BREVE HISTÓRICO Os resultados do Concurso Internacional de Idéias integraram uma solicitação de recursos à FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos (Programa HABITARE), onde se buscou materializar as idéias premiadas pelo concurso, em um centro de experimentação, demonstração e educação ambiental. A proposta foi aprovada e passou a contar com recursos da FINEP e da Caixa Econômica Federal, para o desenvolvimento do projeto executivo de tal centro, a partir de fevereiro de 1999. No ano de 2000, foi firmado um convênio entre o NORIE/UFRGS e a Prefeitura Municipal de Nova Hartz, (município localizado na região metropolitana de Porto Alegre, com aproximadamente 15.000 habitantes), com o objetivo principal de implantar no município os resultados do projeto. Desde então, várias ações têm sido realizadas buscando implantar este centro experimental para demonstração, pesquisa e educação ambiental, que recebeu o nome de Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis – CETHS. 4.2 DIRETRIZES DE PROJETO 4.2.1 Comunidades Sustentáveis De acordo com JACSON (1999), uma comunidade sustentável é uma forma de viver em harmonia com o mundo natural, com a terra, os animais e as plantas, tanto quanto com nossos parceiros, os seres humanos. Assim sendo, uma comunidade sustentável deve partir do princípio de cooperação entre os seus moradores, cooperação entre homem e natureza, e cooperação entre seus moradores e o contexto mais amplo no qual esta comunidade está inserida. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Neste sentido, SOARES (1999) apresenta as seguintes estratégias, que forneceram subsídios para a concepção do CETHS: • Desenvolvimento do loteamento com o máximo de auto-suficiência possível (energia, tratamento de resíduos, produção de alimentos, água, etc); • Os lotes são de propriedade individual, mantida em condomínio, o qual é proprietário das áreas em comum; • A manutenção das áreas e equipamentos comuns é feita pelos próprios moradores; • Produção local de alimentos, para consumo dos moradores, e comercialização do excedente, para geração de renda; • Caráter de centro de disseminação de idéias, sendo aberto à visitação pública orientada; • As edificações obedecendo a princípios de arquitetura bioclimática e empregando materiais de baixo impacto ambiental; • Paisagismo comestível e estético, em todas as áreas comuns e individuais; • Drenagem natural, para aumentar a absorção de escorrimento superficial da chuva; • Transporte através de automóvel é minimizado pela construção de ruas estreitas, que privilegiam o pedestre; • Cul de sacs (ruas sem saída) encorajam o tráfego motorizado somente dos residentes; • Cinturão verde, concebido como zonas de produção de alimentos, controle ambiental e proteção da comunidade (privacidade); • Previsão de equipamento comunitário (centro comunitário), para Projeto CETHS Convênio Nova Hartz incentivar a participação de todos os habitantes nas decisões da comunidade; • Incentivo à formação de grupos informais de desenvolvimento pessoal, artesanato, etc. • O cuidado das crianças é responsabilidade dos próprios moradores, o que pode ser buscado através da implantação de uma creche; • Tratamento local de esgotos e lixo doméstico. LYLE (1994), por sua vez, apresenta uma lista de diretrizes de projeto que também caracterizam uma comunidade sustentável, que também colaboraram na definição das diretrizes de projetos, que são: • Deixar a natureza fazer o trabalho, ou seja, trabalhar com a natureza e não contra ela. Ao invés de as atividades humanas perturbarem o ambiente, buscar a sua harmonia com o mesmo; • Considerar o contexto natural como modelo; buscar inspiração na natureza para o projeto, de tal maneira a mudar o mínimo possível o meio ambiente natural; • Combinar e não isolar os diferentes equipamentos, culturas agrícolas, atividades humanas, funções, etc., no tempo e no espaço; • Buscar um nível ótimo para o conjunto de funções e não um nível ótimo para cada função isoladamente, ou seja, ter uma visão sistêmica e balanceada de projeto; • Empregar tecnologias que sejam adequadas àquelas necessidades que se busca satisfazer, a fim de não desperdiçar recursos (materiais e imateriais); • Substituir o uso da força pelo uso da informação; ou seja, buscar soluções adequadas para problemas específicicos e não generalizar soluções; Projeto CETHS • • Convênio Nova Hartz O projeto deve ser específico ao contexto; trabalhar na microescala; Buscar soluções comuns a vários problemas; ou seja, resolver vários problemas através de uma única estratégia; • Gerenciar de forma adequada os recursos disponíveis, tais como a água, a energia, os materiais, otimizando e racionalizando o seu uso; • Configurar formas de acordo com os fluxos (energéticos, materiais, humanos, etc) e configurar os fluxos conforme as formas disponíveis; • A configuração de fluxos e formas deve ser transparente e inteligível; • Preferir tecnologias que priorizem a sustentabilidade. Esses critérios apresentados por LYLE admitem amplas interpretações, podendo guiar desde o planejamento de uma cidade toda, até o de um equipamento usado dentro de uma residência. Desta forma, estes princípios também foram norteadores para a concepção do CETHS, em Nova Hartz. 4.2.2 Desenho Urbano Para configurar o loteamento e as diferentes atividades previstas para o CETHS, foram seguidos os princípios discriminados a seguir. Segundo PRINZ (1980), uma implantação urbanística deve partir de uma leitura da paisagem, incorporando o que já existe, transformando se necessário, para resolver problemas, sem que se perca o vínculo com o ambiente natural e artificial existentes. (figura 10) Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 9. Aproveitamento da configuração natural do terreno para implantar circulações. Fonte: PRINZ,1980. Apoiando-se nesta concepção de urbanização, deve-se respeitar a configuração natural presente na gleba, ou seja, curvas de níveis, bosques de árvores nativas, alagadiços, etc, tirando proveito funcional e estético dos mesmos. O respeito à escala humana, ou seja, todas as coisas que rodeiam o homem em seu cotidiano (ferramentas, edifícios, quartos, plantas, caminhos, etc), se ajustam à medida do corpo humano, ajustam-se à medida da “vista humana”. Segundo PRINZ (1980), o aspecto do meio ambiente e o valor vivencial dos espaços são determinados pela capacidade física da percepção, das sensações subjetivas que cada ambiente, natural ou construído, proporciona ao usuário destes espaços. Neste sentido, os espaços públicos do CETHS devem ser pensados de forma a proporcionar esta experiência aos seus usuários (moradores ou visitantes), não sendo apenas pensados como espaços de circulação e trabalho, mas também como locais de experimentação sensorial da natureza. (figura 11) Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 10. Áreas e lazer e contemplação distribuídas por todo o assentamento. Fonte: PRINZ, 1980. ALEXANDER (1977) diz que a água é sempre preciosa. Desta forma, pequenos córregos, alagados, açudes e outros elementos aqüíferos naturais devem ser preservados, permitindo-se o acesso das pessoas às suas margens, integrando homem-natureza, criando lugares de contemplação e lazer junto a essas massas de água. Esses ambientes proporcionam a convivência dos moradores do local, integrando não apenas diferentes famílias, mas também diferentes gerações. A partir deste princípio, pode-se, por exemplo, aproveitar as partes mais baixas de uma gleba, quando sujeita a alagamentos, como um reservatório de vida aquática (plantas e peixes) e uma área de tratamento final dos esgotos domésticos, bem como uma área de lazer para os moradores. (figura 12) Figura 11. Aproveitamento das depressões naturais do terreno para configurar massas de água. Fonte: PRINZ, 1980. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz A área total deve conter diferentes espaços, alguns mais particulares, outros mais públicos. Deve proporcionar diferentes atividades, sejam elas de trabalho, lazer, contemplação, brincadeiras, esporte, etc. Cada espaço contém mais de uma função, fazendo com que os moradores, com diferentes interesses, preservem estes espaços (ALEXANDER, 1977). Neste sentido, pode-se prever vários níveis de privacidade, indo desde o totalmente privado (lotes individuais), até ao totalmente público (espaços para visitação externa), dentro da gleba. (figura 13) Figura 12. Uso dos espaços externos para múltiplas atividades. Fonte: ALEXANDER, 1977. COELHO & CABRITA (1992) apresentam uma série de estratégias urbanísticas, onde é privilegiado o pedestre em detrimento do automóvel. As justificativas para esta decisão apóiam-se na garantia de segurança pedonal no interior da área residencial, o respeito pelo sítio e o respeito à escala humana. (figura 14) Segundo esses autores, a contigüidade e a proximidade de residências deve resultar na criação de espaços exteriores dominantemente pedonais, que assegurem aos habitantes e outros usuários (principalmente crianças) condições ótimas de segurança, funcionalidade e agradabilidade, e acesso aos serviços de apoio à vida diária (manutenção, serviços de mudanças, ambulâncias, correios, entregas, bombeiros, etc). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 13. Ruas que privilegiam os pedestres. Fonte: COELHO & CABRITA, 1992. Os espaços públicos devem ser totalmente permeáveis aos pedestres, sendo percorridos por caminhos, picadas, áreas de descanso e lazer, proporcionando o uso intenso dos mesmos, evitando que se tornem espaços marginais (COELHO & CABRITA, 1992). Apoiado nestas idéias, as vias de acesso à comunidade podem ser planejadas para privilegiar os pedestres, permitindo a passagem de automóveis, mas somente à baixa velocidade e para uso exclusivo dos moradores. Outro aspecto apontado pelos autores é a adequação sócio-cultural, ou seja, deve-se procurar um equilíbrio entre as características gerais e de pormenor destes espaços, que dão reposta aos anseios e preferências dos moradores: o exterior de uma área residencial deve ser predominantemente um espaço público, deve conter elementos formadores e socializadores, que permitam atividades de lazer individuais e coletivas, proporcionem a convivência entre vizinhos, espaços para culto, trabalho, etc. Paralelamente, deve-se garantir espaços de privacidade, junto a cada residência, e zonas exteriores adequadas ao desenvolvimento da convivência espontânea (não obrigatória ou forçada) entre vizinhos. (figura 15) Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 14. Uso intenso de todos os espaços. Fonte: PRINZ, 1980. 4.2.3 Agricultura Urbana e Paisagismo Produtivo Especificamente em relação aspectos alimentares, observa-se que o vertiginoso crescimento da população mundial tem constituído uma ameaça iminente ao abastecimento de alimentos no mundo. A este respeito, dados da FAO1 revelam que, já na primeira década do século XXI, 64 países do terceiro mundo não terão condições de alimentar suas populações (FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994). Estas projeções têm sido um dos principais argumentos daqueles que defendem o atual modelo de desenvolvimento agrícola, difundido na maior parte do mundo, baseado na aplicação intensiva de tecnologias industriais sobre o processo de produção de alimentos. Tal modelo tem atingido níveis produtivos bastante elevados, quando considerado o total produzido em função da área cultivada. No entanto, este modelo de agricultura vem sendo alvo de críticas crescentes quanto a sua real eficiência na solução dos problemas alimentares do mundo. 1 FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Para FREUDENBERGER e WEGRZYN (1994), o atual modelo agrícola industrial traz consigo uma série de prejuízos, os quais representam um alto custo para o homem e para o planeta, não sendo, usualmente, contabilizados na análise econômica destes sistemas produtivos. Dentre os prejuízos os autores destacam: - o gasto intensivo de energia proveniente de combustíveis fósseis não renováveis, seja o petróleo utilizado para movimentar as máquinas agrícolas, seja o gás natural usado para a produção de fertilizantes e defensivos químicos; - o gigantesco consumo de água exigido pelos projetos de irrigação, principalmente nos países de Primeiro Mundo; - a deterioração da qualidade do solo decorrente da utilização de máquinas e produtos químicos, como a compactação e a perda de matéria orgânica e as conseqüentes perdas por erosão; - a poluição do solo e das águas de superfície e de profundidade pelos fertilizantes e defensivos; - a perda da biodiversidade decorrente da expansão das terras agrícolas e dos cultivos em monoculturas; - e, finalmente os profundos impactos sociais decorrentes das migrações das populações rurais para as cidades e da perda dos valores rurais centrados na família e na terra. Mesmo no início do século XX, quando predominava no setor agrícola e na comunidade agronômica o otimismo diante das teorias que introduziram a prática da adubação química na agricultura, alguns movimentos "rebeldes" já questionavam a capacidade de a agricultura moderna manter o potencial produtivo do solo ao longo do tempo, transmitindo-o para as gerações posteriores (EHLERS, 1999). Estes movimentos se preocupavam em valorizar o uso da matéria orgânica e outras práticas culturais favoráveis aos processos biológicos e deram origem a quatro grandes vertentes: - a agricultura biodinâmica, iniciada por Rudolf Steiner Projeto CETHS Convênio Nova Hartz em 1924; a agricultura orgânica, cujos princípios foram estabelecidos entre os anos de 1925 e 1930 por Albert Howard; a agricultura biológica, inspirada nas idéias do suíço Hans Peter Müller; e a agricultura natural, surgida no Japão através das idéias de Mokiti Okada. Destas vertentes principais surgiram diversas variantes sob muitas denominações, como o método Lemaire-Boucher, permacultura, agricultura ecológica, agricultura ecologicamente apropriada, agricultura regenerativa, agricultura poupadora de insumos, renovável, sunshine, mazdaznan, macrobiótica, etc (EHLERS, 1999). "No final da década de 80, na literatura sobre agricultura mundial, o qualificativo sustentável passa a atrair a atenção de um número crescente de profissionais, pesquisadores e agricultores, fazendo surgir uma infinidade de definições sobre o termo. É fácil perceber, através de diferentes manifestações hoje, que os termos agricultura e desenvolvimento sustentável indicam um anseio a um novo paradigma tecnológico, que não agrida o meio ambiente, servindo para explicitar a insatisfação com a agricultura convencional ou moderna" (ALMEIDA, 1997). Embora a definição do termo agricultura sustentável ainda envolva certa polêmica entre as diversas vertentes envolvidas em torno do tema, parece existir um consenso sobre o seu objetivo básico: - "a manutenção da produtividade agrícola com o mínimo de impactos ambientais e com retornos financeiros econômicos adequados, que permitam diminuir a pobreza e atender as necessidades da população " (ALTIERI, 1993 apud ALMEIDA, 1997; EHLERS, 1994 apud ALMEIDA, 1997). Para FREUDENBERGER e WEGRZYN (1994), a agricultura urbana pode ser uma importante alternativa na busca deste novo paradigma, devendo assumir, a partir do século 21, um papel mais importante do que aquele que ocupa atualmente na produção global de alimentos. Os cultivos agrícolas nas cidades apresentam uma série de características convergentes com os princípios do desenvolvimento sustentável. Nestes cultivos, geralmente, a produção é consumida diretamente por quem cultiva, ou então por mercados próximos, o que diminui os gastos com transporte (e o conseqüente Projeto CETHS Convênio Nova Hartz consumo de combustíveis fósseis) e as perdas por deterioração. As técnicas regenerativas são facilmente adaptadas para a agricultura urbana, visto que esta quase sempre é intensiva e faz pouco uso de químicos ou maquinário pesado. Os métodos regenerativos podem também fazer um bom uso de uma variedade de fontes urbanas de recursos, como a água reciclada, o esgoto e o lixo orgânico doméstico. Desta forma, a agricultura urbana pode, potencialmente, fornecer empregos de tempo parcial e temporário para os desempregados e subempregados urbanos. Ela pode, até mesmo, beneficiar-se do efeito de "ilhas de calor" que ocorre nas grandes cidades, o que resulta em estações maiores de crescimento para as plantas (FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994). Além dos aspectos levantados pelos autores acima, a agricultura urbana pode contribuir com uma série de outros benefícios que auxiliam na garantia de uma melhor qualidade de vida no ambiente artificial das cidades. Pode-se citar, por exemplo, a amenização das amplitudes térmicas; a redução da impermeabilização do solo; o embelezamento da cidade; a formação e o fortalecimento de um senso de comunidade entre as pessoas, através da exploração de espaços de produção coletiva; a garantia do consumo de alimentos saudáveis, livres de defensivos químicos; a amenização do estresse urbano pelo contato com a terra, entre outros. Vale ainda citar o benefício cultural e educativo advindo do resgate, conservação e transmissão de valores e conhecimentos ligados à terra e à produção de alimentos para as gerações posteriores. Em alguns países, os cultivos agrícolas urbanos já contribuem significativamente no fornecimento de alimentos para as populações das cidades. Nos Estados Unidos, um estudo realizado para a National Association for Gardening, em 1981, indicou que, aproximadamente, 38 milhões de casas no país, ou quase a metade do seu número total, cultivavam algum tipo de alimento. Na Europa, jardins comunitários nos cantos de algumas cidades fornecem aos seus cultivadores uma quantidade considerável de alimentos, enquanto pequenas áreas, onde são cultivadas frutas e hortaliças, formam anéis verdes de alta produtividade ao redor de muitas cidades. Na Ásia, inúmeras cidades cultivam vegetais dentro dos limites da cidade, produzindo o suficiente para alimentar toda a sua população (FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 15. Apresentação de propostas resultantes da charrete, em 11/1999. 4.2.4 Resumo das Diretrizes de Projeto As diretrizes finais adotadas para o CETHS representaram o consenso do grupo de projeto e foram obtidas após a realização de uma charrette (Foto 1). A charrete constitui-se de um processo interdisciplinar intensivo, que envolve a formação de uma equipe multidisciplinar, que o NORIE desenvolve no início de cada novo projeto para a definição de suas diretrizes gerais. Os resultados desta charrete são apresentados nas tabelas 1, 2 e 3. Estas diretrizes de projeto representaram, então, o ponto de partida para os projetos que seriam concebidos para o município de Nova Hartz. Tabela 1. Diretrizes gerais para o CETHS. DIRETRIZES GERAIS Buscar o máximo aproveitamento dos recursos utilizados Buscar funções múltiplas para cada elemento Considerar a natureza como modelo Treinar educadores ambientais Vincular a comunidade local com a comunidade maior que a circunda Respeitar as características culturais e sociais da população Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Tabela 2. Diretrizes específicas para o CETHS. DIRETRIZES ESPECÍFICAS MATERIAIS – Uso de materiais: ALIMENTOS – Buscar: Locais Culturalmente aceitos Não tóxicos Reciclados, ou potencialmente recicláveis, ou reutilizáveis Duráveis Produção local Paisagismo produtivo Diversidade de culturas Uso de habilidades localmente disponíveis para animais e plantas Aproveitamento de todos os extratos de produção Identificação das necessidades, tipo de alimentação e desequilíbrios nutricionais da comunidade. IMPLANTAÇÃO URBANA – Com respeito à: Propícios para auto-construção De pequena pegada ecológica HABITAÇÃO – Caracterizada por: Flexibilidade Conforto ambiental Acessibilidade universal Respeito às características arquitetônicas regionais Áreas que incrementem a habitabilidade ENERGIA – Através de: Racionalização Uso de fontes renováveis Uso de fontes diversificadas Produção de energia dentro do sistema, tornando-a maior que aquela oriunda de fontes não-renováveis Adaptação do projeto à geomorfologia local Preservação de espécies nativas Adaptação ao clima Arquitetura orgânica Necessidade de diferentes graus de privacidade Uso de zonas de culturas conforme a intensidade de uso ÁGUA – Buscando: Racionalização Manejo otimizado dentro do sistema Reutilizar, sempre que possível Coletar água dentro do sistema, de modo a suprir à demanda total, na medida do possível RESÍDUOS – Buscando a: QUESTÕES SÓCIO-ECONÔMICAS – Buscando: Compostagem de resíduos orgânicos Possibilidade de múltiplos espaços para interação social Incentivar a comunidade a participar das decisões Geração de renda através da reciclagem de resíduos sólidos Educação comunitária Reciclagem de resíduos inorgânicos Reutilização de efluentes líquidos Gestão das águas residuárias Redução do consumo de produtos que contribuam para a geração de lixo Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Tabela 3. Ecotécnicas a serem aplicadas no CETHS. ECOTÉCNICAS MATERIAIS – Princípio geral de: ALIMENTOS – Produzidos utilizando: Adaptação e respeito à disponibilidade local e regional Bacias de retenção, para produção e irrigação Canais de infiltração Cobertura morta e plantas rasteiras, para proteção do solo Sistema trator-galinha (permacultura) Rotação de culturas Agricultura orgânica Hortas seguindo padrões naturais HABITAÇÃO – Fazendo uso de: IMPLANTAÇÃO URBANA – Com: Ventilação natural Plantas frutíferas e árvores decíduas para sombreamento Fogão à lenha, para aquecimento no inverno Adaptação às curvas de nível Reutilização de resíduos inertes (pneus, entulho, pedras) para as edificações Traçados (ruas e caminhos) sinuosos, privilegiando o pedestre Pavimentação permeável Ervas aromáticas no interior e ao redor das edificações Aberturas adequadas para iluminação e ventilação Uso intensivo de vegetação, para melhorar o clima local ENERGIA – Com o uso de: ÁGUA – Contemplando: Energia solar e fogão à lenha, para aquecimento da água Energia eólica, para geração de energia e bombeamento de água (se possível) Digestores de biomassa para produção de biogás e fertilizante Coleta da água da chuva para uso doméstico, irrigação e descarga de vasos sanitários Poço artesiano para completar a água da chuva RESÍDUOS – Gerenciados com: QUESTÕES SÓCIO-ECONÔMICAS – Viabilizadas através de: Reciclagem de resíduos orgânicos e inorgânicos Compostagem Creche administrada pela comunidade. Reutilização da água Biodigestores Sanitários Secos Tratamento do esgoto em lagos aquaculturais Bacias de detenção para irrigação e produção de alimentos Centro comunitário adaptado a diferentes atividades Áreas abertas para lazer e convívio social Comercialização do excesso de produção de alimentos e dos resíduos inorgânicos Geração de renda através da criação de espaços de trabalho na unidade habitacional Projeto CETHS Convênio Nova Hartz 4.3 ESTUDOS INICIAIS 4.3.1 O Município de Nova Hartz Nova Hartz se caracteriza por ser um município de pequeno porte, com aproximadamente 15.000 habitantes, estando localizado na região metropolitana de Porto Alegre, de onde dista em torno de 70 km (figura 16). Possui uma área municipal em torno de 60 km2 e está localizado ao pé de uma serra, abrangendo cotas entre 20 m e 600 m. A beleza natural é evidenciada em vários locais, incluindo-se diversas nascentes de rios localizadas dentro do município, identificando uma rica hidrografia. A utilização intensa de bicicletas por parte da população representa outra característica marcante deste pequeno município. A base de sua economia está na indústria do calçado, tal como ocorre em seus municípios vizinhos. Figura 16. Localização do município de Nova Hartz, inserido na Região Metropolitana de PA. 4.3.2 A Determinação da Gleba Uma área de 2,7 ha, disponibilizada pela Prefeitura de Nova Hartz, representou o ponto de partida para a implantação do CETHS. Tal área, Projeto CETHS Convênio Nova Hartz denominada de gleba 2 (adjacente à gleba 1), localiza-se na zona sul do município, nas proximidades da entrada principal da cidade (figura 17). Ambas as glebas 1 e 2 são de propriedade da Prefeitura Municipal. No entanto, enquanto a gleba 1 já possuía projetos de infra-estrutura urbana aprovados, a gleba 2 ainda se encontrava sem nenhum projeto de utilização para a área. Desta forma, previu-se, para a gleba 1, a implantação de unidades habitacionais concebidas a partir de princípios sustentáveis, sobre uma infraestrutura já determinada. Enquanto que para a gleba 2, previa-se a implementação de um projeto sustentável completo, ou seja, abrangendo desde aspectos referentes à unidade habitacional, até aspectos relativos a toda a infraestrutura urbana da área. Figura 17. Planta de situação das glebas 1 e 2. Salienta-se que a implantação na gleba 2 deveria considerar a localização de uma via projetada, que futuramente deverá cortar a gleba e se constituirá na principal via de acesso à cidade de Nova Hartz. Fora esta limitação pré-definida pela Prefeitura de Nova Hartz, os alunos do curso de mestrado do NORIE deveriam propor conjuntos habitacionais sustentáveis a partir de diretrizes básicas Projeto CETHS Convênio Nova Hartz semelhantes às do Concurso Internacional de Idéias, como por exemplo: implantação de 20 unidades residenciais, 1 centro sócio/educacional, manejo/tratamento de resíduos gerados na comunidade, produção local de alimentos, etc. Além disto, as unidades habitacionais deveriam estar identificadas com o protótipo já concebido para o Projeto Alvorada. (SATTLER, 2000) 4.3.3 As Propostas Iniciais de Implantação Em junho de 2000, foi realizada, então, uma reunião onde os alunos de mestrado do NORIE apresentaram para a Prefeitura Municipal de Nova Hartz duas propostas de implantação do CETHS na gleba 2 (pranchas 1A, 1B, 1C, 2A e 2B). Uma vez obtida a aprovação da prefeitura em relação às idéias expostas nas propostas, buscou-se iniciar o seu aprofundamento. Tendo em vista a riqueza de ambas as propostas, decidiu-se por não optar pelo desenvolvimento de tão somente uma, mas sim buscar agregar as características positivas das duas propostas. Resumidamente, ambas as propostas de implantação urbanística possuíam algumas características em comum, como por exemplo: Disposição do eixo maior da unidade habitacional (protótipo Alvorada) no sentido leste-oeste, com orientação da fachada principal para Norte, para fins de privilegiar o conforto ambiental das edificações, assim como a captação de energia solar nos coletores propostos; Localização de uma casa experimental, bem como, de uma área para estacionamento de visitantes entre as glebas 1 e 2, de modo a funcionar como entreposto de venda para os produtos produzidos na área, assim como recepção para visitantes e sede administrativa do CETHS; Localização de uma quadra esportiva entre as glebas 1 e 2, possibilitando uma interação social entre as glebas; Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Ênfase em formas orgânicas, para a implantação do loteamento, sendo que as casas são implantadas respeitando as curvas de nível, de tal forma a haver o mínimo possível de movimento de terra e a diminuir a velocidade de escoamento superficial de águas (figura 18); Figura 18. Elementos construídos perfeitamente integrados ao ambiente natural. Fonte: PRINZ, 1980. Uso de caminhos sinuosos, que criam seqüências contínuas de espaços e perspectivas, assim como uso de rua residencial de linhas suaves, com caráter aberto de “parque” (figura 19); Figura 19. Os caminhos inspiram-se nas formas orgânicas da natureza. Fonte: PRINZ, 1980. Prioridade aos pedestres, junto às habitações, com tráfego apenas dos moradores e, eventualmente, de alguns serviços (entregas, ambulância, bombeiros, etc - figura 20); Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 20. Acesso de veículos junto às residências limitado aos moradores e serviços imprescindíveis. Fonte: PRINZ: 1980. Uso mínimo possível de superfícies impermeáveis, a fim de não impedir a absorção de água pelo solo, buscando também priorizar aspectos de acessibilidade universal (figura 21); Figura 21. Revestimento dos pisos com sistemas permeáveis a água das chuvas. Fonte: ALEXANDER, 1977. Ruas, construções e jardins formando um conjunto paisagístico, perfeitamente integrado ao ambiente natural, aproximando o homem e a natureza (figura 22); Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 22. Elementos paisagísticos lúdicos. Fonte: NUTTALL, 1999. Separação dos lotes e proteção da área residencial das vistas externas, através de elementos naturais (cercas vivas), sempre quando possível, promovendo o uso intensivo de vegetação (figuras 23 e 24); Figura 23. Uso intenso da vegetação para diferentes funções. Fonte: PRINZ, 1980. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 24. Formas diferentes de usar um mesmo elemento, de acordo com o usuário. Fonte: PRINZ, 1980. Presença de vegetação em todos os espaços, explorando os diferentes portes, incluindo forragens, arbustos, trepadeiras e árvores (figura 25); Figura 25. O uso de vegetação de diferentes portes para configurar espaços. Fonte: ALEXANDER, 1977. Destinação de áreas comunitárias e privadas (hortas, pomares, viveiros, etc) para a produção de alimentos e ervas medicinais (figura 26), possibilitando o suprimento de uma parcela das necessidades alimentares a partir do cultivo local, bem como, a comercialização de excedentes como uma possível fonte de renda adicional; Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 26. Espiral de ervas. Fonte: NUTTALL, 1999. Utilização de composteiras, para tratamento de resíduos sólidos orgânicos, associada a minhocário; Utilização de galinheiro conjugado com estufa (figura 27); Figura 27. Esquema de galinheiro conjugado com estufa. Fonte: MOLLISON, 1998. Criação de um lago aquacultural, com variedade de plantas e animais, tanto para tratamento dos efluentes da comunidade e produção de Projeto CETHS Convênio Nova Hartz biomassa, quanto para atividades de lazer e contemplação da paisagem (figuras 28 e29); Figura 28. Lago aquacultural. Figura 29. Exemplo de plantas aquáticas desenvolvendo-se em área de banhado. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Prancha 1A. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2. Prancha 1B. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Prancha 1C. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2. Como características específicas da proposta, representada pelas pranchas 1A, 1B e 1C, salientam-se as seguintes: Formação de barreira vegetal ao sul-oeste do loteamento, para evitar a incidência de ventos de inverno, sem impedir a insolação de norte; Acompanhamento da direção da via projetada (a Leste), para otimizar o aproveitamento de espaço; Proposta de uma via única de acesso de carros ao loteamento, com estacionamentos localizados somente ao longo desta via, sendo que ao invés de um único grande estacionamento, cria-se pequenos núcleos distribuídos nas proximidades das habitações, mas sem interferir nas ruas que dão acesso às mesmas; A área de estacionamentos é protegida da insolação através de pérgolas com trepadeiras (videiras, chuchu, maracujá, etc); Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Ligação com a gleba 1, através de via de acesso para carros e via de acesso exclusivo para pedestres; Proposta de uma quadra esportiva, ao final da via única, propociando a recreação e o convívio social dos moradores do CETHS; Proposta de uma praça central, associada a uma rua de convívio social, ligada a um jardim concebido para a recreação das crianças e relacionamento destas com a natureza; Utilização de um catavento, para bombear água do poço artesiano para o reservatório, assim como para servir de marco distintivo de entrada no CETHS; Espaços e equipamentos de lazer são distribuídos em toda a gleba, segundo seu grau de segurança; áreas de lazer para crianças e idosos, estão localizadas próximas às residências; áreas lazer para os adolescentes e adultos estão mais afastados. Deste modo é possível garantir a animação em toda a gleba, o que aumenta a segurança da mesma. Como características específicas da proposta representada pelas pranchas 2A e 2B, ressaltam-se as seguintes: Desenho de uma via periférica, possibilitando o acesso de carros a todos os lotes e ao centro comunitário, localizando os estacionamentos somente nas duas entradas do loteamento e no centro comunitário; Ligação com a gleba 1, através do prolongamento de suas duas vias de acesso de carros (projeto já existente); Localização de um anfiteatro entre as glebas 1 e 2, para reuniões, encontros, teatro, etc, assim como, uma cancha de bocha para lazer; Proposta de playgrounds distribuídos em pequenas áreas ao longo da gleba, facilitando o acesso e integrando-se à paisagem; Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Prancha 2A. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2. Prancha 2B. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Utilização de sistema permacultural conhecido como trator-galinha, que realiza o manejo de aves através do deslocamento de estrutura especial de galinheiro através dos lotes, promovendo a adubação e aração do solo superficial, bem como a remoção de plantas invasoras; Formação de chinampas no lago aquacultural, que consistem no aproveitamento das bordas de canais e lagoas, configurando canais e canteiros produtivos, assim como a formação de ilhas através do plantio de bambus, que desempenham também a função de quebra-ventos; Utilização de bio-digestor e leitos de evapotranspiração, associados ao lago aquacultural, para o tratamento de efluentes líquidos do loteamento; Conformação de taludes junto à via projetada, para desempenhar a função de barreira e conseqüente redução de ruídos de tráfego. Além disto, a proposta representada pelas pranchas 2A e 2B se destacou por apresentar um estudo dos condicionantes ambientais para a região do projeto, através da análise do ecossistema de banhado. Na planície de inundação dos rios se estabelecem ecossistemas genericamente conhecidos como banhados. Banhados são áreas úmidas periodicamente inundadas pelas águas pluviais ou pelas cheias de rios ou lagoas adjacentes, com presença de flora hidrofítica. Segundo parecer técnico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS, 1976), as áreas que margeiam o rio dos Sinos, do município de Campo Bom até o Guaíba, formam um complexo físico e ecológico de recuperação das águas impregnadas de resíduos sólidos, químicos e orgânicos, que são lançados constantemente, em grandes quantidades, nos banhados ou diretamente no rio. Os fatores ambientais determinantes da distribuição das comunidades e espécies vegetais da planície de inundação do rio dos Sinos referem-se a parâmetros relacionados ao conteúdo de água no solo como o regime hidrológico (ciclos de cheias/vazantes), profundidade do lençol freático e saturação hídrica do Projeto CETHS Convênio Nova Hartz solo. Também são importantes os aspectos sucessionais relacionados à perturbação antrópica e regeneração da flora. O trabalho de ROSA e IRGANG teve como objetivos o levantamento florístico de um segmento da planície de inundação do rio dos Sinos, identificar padrões de agrupamento da vegetação, reconhecer fatores ambientais que determinam a distribuição das espécies vegetais, bem como obter subsídios para implantação de unidades de conservação e recuperação de áreas inundáveis degradadas e contribuir para o conhecimento das comunidades vegetais daquela planície de inundação. De acordo com estes autores, macrófitas aquáticas são vegetais visíveis a olho nu, cujas partes fotossintetizantes ativas estão permanentemente ou por diversos meses, todos os anos, total ou parcialmente submersas em água doce ou salobra, ou ainda flutuantes na mesma. Na planície de inundação do rio dos Sinos foram coletadas macrófitas aquáticas submersas, anfíbias, emergentes ou flutuantes livres. Os fatores ambientais considerados importantes para a distribuição da vegetação referem-se ao regime hidrológico, saturação hídrica do solo e profundidade do lençol freático, bem como a aspectos sucessionais relacionados à perturbação antrópica e regeneração da flora. Foram efetuadas observações de campo quanto a estes fatores. No segmento da planície de inundação do rio dos Sinos, considerado neste estudo, foram reconhecidas: comunidades de macrófitas aquáticas flutuantes livres (com dominância de Pistia stratiotes ou Salvinia herzogii), comunidades de macrófitas aquáticas fixas ao substrato (abrangendo as comunidades de Panicum grumosum e de Cephalantus glabratus); comunidades arbóreas (abrangendo as comunidades de Sebastiania commersoniana, Salix humboldtiana e Inga uruguensis). Nestas comunidades foram coletadas 105 espécies, pertencentes a 81 gêneros e a 44 famílias botânicas. As observações efetuadas na área sugerem a formulação do seguinte esquema: Projeto CETHS Convênio Nova Hartz comunidades de macrófitas aquáticas flutuantes livres: estabelecem-se em áreas permanentemente alagadas com flutuações da lâmina d’água superficial; comunidades de Panicum grumosum e Cephalantus glabratus: estabelecem-se em áreas alagadiças com nível freático elevado e/ou lâmina d’água superficial; comunidade de Sebastiania commersoniana: estabelece-se em áreas alagadiças com presença de mosqueados no horizonte superficial do solo, evidenciando oscilações do nível freático; comunidades de Salix humboldtiana e Inga uruguensis: estabelecem-se em áreas sujeitas à dinâmica de vazantes e inundações periódicas, apresentando menor conteúdo de água do que as demais comunidades. A comunidade de Inga uruguensis ocorre principalmente nos locais de cotas mais elevadas apresentando, no entanto, amplitude ecológica quanto ao conteúdo de água no solo. No anexo A, pode-se observar maiores informações sobre o ecossistema da região para o projeto da gleba 2, considerando semelhanças com o sistema da bacia do rio dos Sinos. Por fim, além das características em comum, observa-se, então, que as duas propostas foram muito diferentes entre si, demonstrando que podem existir várias possibilidades de soluções sustentáveis a serem aplicáveis à mesma área e partindo das mesmas diretrizes de projeto. Ambas as propostas, cada uma com as suas peculiaridades, representaram alternativas muito ricas para a implementação do CETHS. 4.4 NOVOS RUMOS PARA O CETHS Após uma visita técnica detalhada na gleba 2, posterior à reunião de apresentação da proposta à municipalidade de Nova Hartz, a equipe de projeto constatou que a planta com o levantamento plani-altimétrico, disponibilizada pela prefeitura local, não correspondia à topografia real do local. A equipe de projeto Projeto CETHS Convênio Nova Hartz concluiu que nenhuma implantação habitacional sustentável poderia ser feita no local, tendo em vista ser esta uma área com características naturais de banhado, cujo ecossistema deve ser primordialmente preservado. Novos rumos, então, foram traçados para a implantação do CETHS. A riqueza de conteúdo das propostas apresentadas para a gleba 2, contudo, representou a base para os novos trabalhos que viriam. Partiu-se, então, após negociação com representantes da Prefeitura de Nova Hartz, para o estudo da implantação do CETHS na gleba 1 (2,3 ha), buscando adaptar os projetos de infra-estrutura urbana, já existentes e aprovados pelos órgãos competentes, a princípios sustentáveis. Os projetos de rede de distribuição de água, rede elétrica, esgoto cloacal, esgoto pluvial, desenho urbano, pavimentação e arborização passaram a ser, então, repensados e reformulados visando o mínimo impacto ao meio ambiente. Desta forma, a proposta inicial que havia para a gleba 1 foi ampliada. Ao invés de somente implantar unidades habitacionais sustentáveis, sobre uma infraestrutura convencional, pré-determinada, poder-se-ia, agora, estudar novas formas de realizar uma implantação urbana mais sustentável. A possibilidade de adaptar projetos já existentes tornou-se, então, um desafio a ser alcançado. 4.4.1 Uma Nova Proposta de Implantação Em outubro de 2000, a equipe do NORIE apresentou para a Prefeitura Municipal de Nova Hartz as novas propostas de infra-estrutura urbana e uma sugestão de locação das primeiras unidades habitacionais, a serem implantadas na gleba 1. Em relação às unidades habitacionais, conforme se pode visualizar na prancha 3, foi feita uma proposta inicial de construção de 8 unidades habitacionais (locadas em planta), com possibilidade posterior de alcançar um total de 49 unidades no mesmo local. Enquanto as primeiras 8 unidades a serem construídas possuirão as características morfológicas e funcionais do protótipo Alvorada, estava prevista a incorporação de novas propostas arquitetônicas (em termos de layout, materiais, tecnologias, etc.), para as demais unidades. A Projeto CETHS Convênio Nova Hartz proposta de localização das 8 primeiras unidades buscou, então, possibilitar a concepção posterior de casas geminadas, assim como, a implantação em lotes com fachada principal para o Norte (devido a características específicas do protótipo Alvorada). O memorial descritivo, orçamento e cronograma de implantação destas primeiras unidades podem ser analisados em detalhe nos anexos B, C e D, respectivamente. Em suma, foi proposto um cronograma das obras alcançando um total de 6 meses de execução, sendo o primeiro mês destinado a construção de somente 1 unidade habitacional, para fins de aprendizado e aperfeiçoamento do processo construtivo, e os 5 meses seguintes destinados a construção, em paralelo, das demais 7 unidades. Quanto às demais unidades habitacionais a serem posteriormente implantadas na gleba 1, até atingir um total de 49 unidades, descreve-se no item a seguir principais diretrizes de projeto que foram estudadas. Em relação às propostas de infra-estrutura urbana, são apresentadas nos itens seguintes as principais estratégias de projeto utilizadas para: desenho urbano, pavimentação, rede elétrica e iluminação pública, abastecimento de água, gerenciamento de águas pluviais e águas cinzas, tratamento e disposição de águas negras, manejo de resíduos sólidos, agricultura urbana e paisagismo produtivo. Prancha 3. Proposta de implantação do CETHS na gleba 1. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz 4.4.2 Unidades Habitacionais Conforme já foi mencionado anteriormente, enquanto as primeiras 8 unidades habitacionais a serem construídas em Nova Hartz representarão o protótipo Alvorada, foi prevista a incorporação de novas propostas arquitetônicas para as demais unidades. A definição de diretrizes para os futuros projetos de habitações do CETHS constitui-se de uma análise que visa verificar de que forma a produção das habitações em Nova Hartz pode contribuir para o desenvolvimento das cinco dimensões da sustentabilidade, propostas por SACHS (1993). Com isso, pretende-se criar soluções saudáveis e confortáveis de habitações, a um preço acessível, com um impacto ambiental minimizado (SATLLER, 1998). A sustentabilidade social será buscada através de habitações que proporcionem qualidade de vida, oferecendo às populações de baixa renda a possibilidade de viver dignamente. A disponibilidade reduzida de recursos deve ser considerada. Todavia, o objetivo do projeto deve ser a produção de habitações que ofereçam o bem estar ao morador e não a produção da habitação de menor custo. A sustentabilidade econômica do processo de produção das edificações está relacionada a iniciativas que busquem a redução dos custos das mesmas e a geração de renda localmente. Desta forma, as iniciativas propostas são: • Utilização de materiais locais, que não contam com os custos elevados relativos ao transporte, e que gerem empregos na região de Nova Hartz; • Produção de projetos à luz dos princípios da coordenação modular, que possibilitem a adoção de sistemas de construção otimizados e a diminuição das perdas de material por necessidade de quebra; • Utilização da mão-de-obra dos futuros moradores, que podem ser beneficiados com a aprendizagem de um ofício e que, além disso, tendem a ficar mais comprometidos com o projeto, favorecendo assim o êxito social do empreendimento. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz A sustentabilidade ecológica das habitações pode ser alcançada através da: • Escolha responsável dos materiais e sistemas construtivos, considerando os impactos relacionados a essas escolhas; • Otimização do desempenho energético, na fase de uso da edificação, principalmente através do uso de sistemas passivos de condicionamento ambiental e do aproveitando de formas de energia disponíveis e limpas; • Escolha do tipo de implantação, considerando a topografia e os ecossistemas existentes no local, sendo que a edificação deverá se integrar a estes. A sustentabilidade espacial é definida pelo tipo arquitetônico proposto, que deverá apresentar as seguintes características: • Compacidade, já que a disponibilidade de terreno é limitada e assim uma maior área do mesmo fica liberada para a produção de alimentos; • Flexibilidade, o que permite uma maior adequação às necessidades funcionais dos usuários e tende a determinar diversidade na composição do ambiente urbano; • Utilização de uma solução formal que não gere conflitos entre os moradores, o que contribuiria para a dispersão da comunidade. A sustentabilidade cultural deverá ser buscada através de duas formas: • Da identificação dos elementos da edificação que fazem parte da “memória afetiva” da comunidade; • Da identificação de espaços da edificação que são suportes a atividades e comportamentos típicos destas comunidades, devendo esses receber maior atenção no projeto. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Partindo das diretrizes gerais, recém apresentadas, foram definidas estratégias específicas quanto ao conforto ambiental, ao aproveitamento e reuso de recursos, à escolha dos materiais e sistemas construtivos e quanto aos aspectos econômicos e sociais que serão utilizados no projeto das habitações do CETHS. a) Estratégias para o Conforto Ambiental. O conforto ambiental é um fator que promove a qualidade da edificação e a conseqüente qualidade de vida do usuário. Sendo assim, o projeto de edificações deve buscar satisfazer às necessidades básicas dos usuários no que concerne ao conforto térmico, lumínico e acústico, que compõem o escopo do conforto ambiental. Segundo LYLE (1993), a edificação é uma mediadora entre o sol e a terra. Sendo assim, deve-se projetar uma edificação de forma a controlar o fluxo de energia (calor) no seu interior, mantendo a escala de conforto térmico interno. Nesse sentido, a estratégia é trabalhar com a forma da edificação, ou seja, modelar a edificação de forma a guiar o fluxo de energia. As estratégias apresentadas a seguir são algumas das condicionantes para a definição da forma das futuras habitações. Quanto ao conforto térmico, LYLE (1993) considera, além da forma das edificações, os seguintes elementos da envoltória: • Isolamento térmico, para manter ou excluir o calor quando necessário; • Superfícies transparentes, para permitir a entrada da radiação solar quando necessário; • Massa térmica, para armazenar calor e libera-lo quando necessário; • Elementos de sombreamento, para bloquear a entrada de radiação solar pelas superfícies transparentes; • Aberturas, para direcionar e controlar os fluxos de ar. Estes elementos somam-se a outros, que buscam a qualidade das Projeto CETHS Convênio Nova Hartz edificações no que se refere ao conforto lumínico e acústico. Para conferir níveis de isolamento térmico adequado à realidade climática local propõe-se a utilização de: Cobertura vegetal, que promove um isolamento térmico adicional pela presença de uma camada de solo com vegetação, além de manter a temperatura da cobertura estável através do resfriamento evaporativo; Maior área da cobertura voltada para a orientação Sul, para diminuir a densidade da radiação solar incidente, proveniente da orientação Norte; Chapas metálicas recicladas na parte inferior do telhado, funcionando como barreira à radiação térmica e conferindo mais uma camada de ar (isolante) entre o telhado e o forro, reduzindo significativamente a transmissão de calor pela cobertura; Em termos de superfícies transparentes, localizar a maior área de superfície envidraçada na fachada orientada para o Norte. Evitar grandes áreas de superfícies transparentes voltadas para o sul, para diminuir as perdas de calor para o exterior no período frio. Investir em esquadrias de boa qualidade, que promovam estanqueidade adequada para a edificação, no inverno. Quanto à massa térmica, deve-se buscar a utilização de elementos construtivos de boa inércia térmica, que possibilitem, durante o inverno, armazenar calor durante o dia para reemití-lo para o interior durante a noite, mantendo a temperatura interna da edificação estável. Servem como exemplo: Alvenaria de tijolos cerâmicos, de pedra ou terra crua (adobe, taipa de mão, taipa de pilão, etc.); Cobertura vegetal, com uma camada de solo com vegetação; Cobertura plana, com uma camada de água superficial, que além da inércia térmica também oferece uma barreira à passagem de calor ,devido ao resfriamento evaporativo; Laje de piso de concreto (radier). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Em termos de elementos de sombreamento, para minimizar os ganhos de calor pela edificação durante o verão, propõe-se a utilização de: Árvores frutíferas caducifólias junto à edificação (fachadas Norte e Oeste), que absorvam e reflitam a radiação solar, proporcionando sombra e ar fresco, criando um micro-clima abrandado em torno e dentro da edificação; Cobertura verde, com plantação de flores e/ou vegetais, ou cobertura plana com água e plantas aquáticas, que interceptem a radiação solar através de suas folhas; Pergolado com vegetação produtiva caducifólia, junto à fachada Oeste das edificações, para interceptar a radiação solar durante o verão, permitindo sua incidência sobre a fachada no período de inverno, após a queda das folhas; Brises, beirais alongados ou pergolado com vegetação produtiva caducifólia junto à fachada Norte, sobre as superfícies envidraçadas, impedindo a incidência de radiação no verão e permitindo a sua passagem no inverno. Quanto a aspectos de ventilação, visando diminuir as temperaturas no interior da edificação no verão e promover a qualidade do ar interior no inverno, propõe-se: Utilização de portinhola móvel nos beirais, e abertura de saída de ar na parte mais alta da cobertura (cumeeira), para prover de ventilação adequada o espaço entre o forro e o telhado, durante o período de verão (portinhola aberta). Assim se reduzem as trocas convectivas de calor entre o forro e o telhado, reduzindo também a emissão de calor radiante em direção ao forro, permitindo que o ar estático constitua uma barreira isolante térmica, durante o inverno (portinhola fechada); Orientação das maiores aberturas de ventilação para a direção Leste, ou seja, para a direção das brisas de verão predominantes na região de Nova Hartz; Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Possibilidade de ventilação cruzada, através da localização de janelas nos quadrantes de pressão positiva e nos quadrantes de pressão negativa, proporcionando as trocas de ar no interior da edificação; Implantação de uma abertura na parte superior da parede mais alta, para saída de ar quente no período de verão; Utilização de esquadrias que proporcionem ventilação higiênica durante o inverno, como janela de guilhotina, maxim-ar e/ou portas e janelas com bandeira, elemento adicional para a otimização da ventilação. A isto se soma a busca de janelas com boa estanqueidade ao ar, de modo a evitar a infiltração de ar durante o período de inverno. Quanto a aspectos de iluminação, sabe-se que a qualidade e a quantidade da luz nos espaços das edificações afeta a sensação de bem-estar do usuário. Nesse sentido, as esquadrias devem ser projetadas para prover iluminação natural adequada, além de direcionar os fluxos das massas de ar. Integrada à iluminação natural está a iluminação artificial necessária durante a noite, que deve ser projetada para o mínimo consumo de energia. A partir destes requisitos propõe-se a utilização de: Iluminação zenital, que também permite a ventilação pela parte superior, retirando o ar quente e induzindo o fluxo convectivo; Iluminação direcionada aos espaços de trabalho, minimizando os gastos com a iluminação geral; Lâmpadas fluorescentes. Por fim, em termos de acústica, salienta-se que o loteamento onde será implantado o CETHS está situado entre duas vias de acesso à cidade, consideradas de tráfego intenso, sendo que uma é uma via projetada. Para minimizar os impactos de ruído gerados pela via existente e futuramente pela outra via propôs-se a implantação de taludes, com dimensões a serem calculadas, nos limites entre as vias e o loteamento. A busca de esquadrias com boa estanqueidade ao ar, contribuirá para um bom desempenho acústico das aberturas, já que, simultaneamente, estar-se-á evitando a infiltração de ruídos. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz b) Estratégias para o aproveitamento e reuso de recursos. As edificações possuem certos recursos que podem ter funções múltiplas ou serem reaproveitados. Visando a sustentabilidade, estes recursos não podem ser negligenciados. Sendo assim, propõe-se as seguintes estratégias para as habitações do CETHS: Captação e armazenamento da água das chuvas, junto ao telhado, podendo ser utilizada para beber (passando primeiramente por um filtro) e/ou para abastecer a pia da cozinha, do banheiro, o tanque, o chuveiro e/ou outras necessidades. VALE & VALE (2000) relatam um estudo realizado no Reino Unido, onde verificaram que as características físicas e químicas da água coletada pelo telhado de sua casa na área de Nottingham. Nesta, exceto pelo aspecto de turbidez, os resultados estavam de acordo com os padrões mínimos para água potável estabelecidos pela WHO (World Health Organisation). No entanto, em qualquer localidade, para maior segurança quanto ao uso desta água, é necessário que se façam análises, de preferência periódicas, da qualidade da mesma; Reuso das águas cinzas, provenientes da pia do banheiro e do chuveiro, para descarga do vaso sanitário. Segundo VALE & VALE (2000), um estudo realizado na Alemanha, identificou que a quantidade de água utilizada na descarga do vaso sanitário é de 46 litros/pessoa/dia, uma quantia considerável que não justifica o uso de água potável. A água cinza excedente ao uso na descarga pode ser utilizada para a irrigação do jardim, lavagem de pisos, etc.; Adoção de modelos de bacia sanitária, com caixa acoplada, que utilizam menor volume de água; Utilização de fogão à lenha para cocção de alimentos, aquecimento da água utilizada para o banho e aquecimento ambiental, no inverno. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz c) Estratégias para definição de materiais e sistemas construtivos. A escolha dos materiais de construção e dos sistemas construtivos que irão compor a edificação é uma das questões de projeto mais importantes para a definição do impacto final da edificação. Para essa escolha o projetista deve verificar a disponibilidade de dados sobre os impactos gerados pelos materiais. A maior parte de dados disponíveis sobre materiais são resultantes da análise do ciclo de vida (LCA) dos mesmos. A metodologia de análise do ciclo de vida parte do princípio de que todos os estágios da vida de um material geram impactos ambientais e por isso devem ser analisados (LIPPIATT, 1998). As análises abordam o processo de obtenção da matéria-prima, a manufatura, o transporte, em todas as etapas da cadeia de produção, e até o local de uso, a montagem ou instalação na obra, a operação e manutenção na edificação, o potencial de reciclagem e o depósito final do material (LIPPIATT, 1998). Em relação à fase de obtenção da matéria prima, é necessário analisar a renovabilidade desta, sendo que o ideal seria a utilização de produtos passíveis de renovação a uma taxa compatível com a de extração (LYLE, 1993). Devem ser consideradas também as emissões aéreas (poeiras, gases) e as emissões para cursos d’água relacionadas a essa fase, bem como a energia consumida na produção. Estes três aspectos configuram, também, os principais impactos a serem analisados nas fases de manufatura e de montagem ou instalação, incrementando os gastos energéticos relativos ao transporte do local de extração ao local de fabricação e ao local de montagem. Possíveis processos insalubres, ou geradores de insegurança, aos trabalhadores envolvidos devem ser evitados. Os impactos ligados à fase de uso são decorrentes da necessidade de troca freqüente dos componentes ao longo da vida útil da edificação e a sua necessidade de manutenção. Quanto às trocas freqüentes, elas acarretarão um desgaste econômico e um consumo de novos materiais, que resultam de processos de extração e de manufatura. No que se refere à manutenção, além do desgaste econômico, deve-se analisar o impacto gerado pelos elementos utilizados nesse processo. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Em relação ao destino do material de construção, deve-se considerar o potencial de reutilização dos mesmos, bem como o de reciclagem. A opção de reutilização direta do material é a que, em geral, determina menor necessidade de input energético. Para essa reutilização é necessário que o projetista, já na fase de projeto, se preocupe com os tipos de elementos de fixação a serem utilizados, de forma a facilitar o desmonte. Um exemplo disto é a determinação de um traço de argamassa para assentamento de tijolos que seja adequado a uma futura separação das peças. Os processos de reciclagem oferecem o benefício do reaproveitamento da matéria prima. Todavia, as suas demandas energéticas devem ser consideradas, para verificar os reais impactos relacionados aos mesmos. Devem ser considerados, também, os aditivos que são necessários à obtenção do mesmo produto ou de um novo. Muitas vezes esses podem ser grandes poluentes. Um exemplo disto é a produção de alguns tipos de painéis com resíduos de madeira, onde os aglomerantes utilizados podem ser tóxicos. Quanto à destinação final dos materiais, o ideal é que os resíduos sejam sempre reincorporados na produção de novos materiais e edificações. Deve ser evitado o uso de produtos, que, por sua toxicidade, sejam de difícil reaproveitamento e demandem a criação de aterros sanitários. d) Estratégias sociais e econômicas. A melhoria da qualidade de vida é também alcançada pelo desenvolvimento social e econômico da população. Nesse sentido propõem-se as seguintes estratégias: • Preservar as raízes históricas, culturais e naturais da população; • Promover a igualdade social entre as pessoas; • Propiciar a acessibilidade universal; • Incentivar a participação efetiva e igualitária da população na tomada de decisões; Projeto CETHS Convênio Nova Hartz • Promover atividades de educação ambiental contínua; • Permitir um pequeno negócio familiar junto à unidade habitacional; • Uso eficiente dos recursos disponíveis localmente; • Diminuir a ocupação do lote pela habitação, aproveitando a máxima área do mesmo para produção local de alimentos; • Incentivar a reciclagem local de lixo; • Proporcionar a geração de renda a partir da comercialização de excedente agrícola e de lixo reciclado. Por fim, salienta-se que para uma abordagem sustentável da questão da habitação social, é necessária uma análise criteriosa das características e potencialidades da região onde será implantado o projeto. Dentre essas, devem ser considerados: • A cultura, os hábitos da população e a materialização dessas características na arquitetura local; • A disponibilidade de materiais, considerando os impactos relacionados a cada escolha; • O clima local; • A realidade social e econômica da cidade. 4.4.3 Desenho Urbano e Pavimentação A idéia inicial do projeto foi a de modificar a relação de interação entre os elementos que compõem a paisagem urbana – homem, edifício, automóvel, vegetação, infra-estrutura – transformando a rua em um lugar que possibilite o convívio comunitário integrado, tanto físico, como socialmente. Desta forma, valoriza-se o pedestre, buscando a idéia da rua como evento e unidade entre as Projeto CETHS Convênio Nova Hartz funções. Estipula-se, assim, uma menor diferença de nível entre as áreas destinadas ao passeio público e as destinadas ao tráfego de veículos, possibilitando espaços destinados integralmente ao convívio entre os moradores da região. Permite-se o acesso de veículos, porém sempre enfatizando o respeito ao pedestre. Propõe-se, então, um leito carroçável estreito, sinuoso e em um só sentido, de forma não atrativa para uma circulação rápida de veículos automotores (vide prancha 4). A beleza da paisagem possuirá valor essencial no lançamento das decisões de projeto, buscando harmonia integradora entre todos os itens de projeto. Através do ordenamento da vegetação e da forma do percurso, serão criados bolsões com vegetação e mobiliário urbano, que configurem lugar de estar. Além disto, fez-se uma limitação das áreas para estacionamento, com estipulação de dezoito espaços para vagas de automóvel, que, se não utilizadas, também se transformarão em locais de lazer e estar. Propõe-se a utilização de pavimentos modulares, com juntas secas, que possibilitem a infiltração das águas de chuva, diminuindo o volume de água do escorrimento superficial e incrementando o lençol freático do local. A manutenção do lençol freático contribui para a conservação de ecossistemas locais. 4.4.4 Rede Elétrica e Iluminação Pública As especificações técnicas da rede de energia elétrica seguirão o projeto convencional já aprovado, sendo alterada somente a localização do posteamento suporte, devido a questões de posicionamento da vegetação e previsão de acessos de automóvel ao interior dos lotes. O projeto utiliza estratégias de redução do consumo de energia elétrica, através do aquecimento solar passivo das habitações e do uso de energia eólica, para o bombeamento de água do poço artesiano diretamente para o reservatório coletivo. Propõe-se, também, a utilização de biomassa em fogões a lenha, para o processamento de alimentos e para o aquecimento da casa. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Quanto à iluminação pública, salienta-se que as luminárias estarão agregadas aos postes de condução da rede elétrica, que serão implementados somente nas calçadas com orientação sul, juntamente com a arborização de baixo porte. As árvores de grande porte estarão localizadas nas calçadas com orientação norte. Esta escolha ocorreu em função da necessidade de sombreamento das áreas com maior incidência da radiação solar. (vide prancha 4, abaixo). Posteriormente este projeto seria modificado, ficando como na prancha 01, do anexo Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo. (em andamento) Prancha 4. Implantação urbana e posteamento (gleba 1). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz 4.4.5 Gerenciamento das Águas a) Abastecimento de água Como o abastecimento de água na cidade de Nova Hartz é feito por meio de poços artesianos (SZUBERT, 1994), foi proposto um controle rigoroso na execução da perfuração de novos poços, assim como um monitoramento constante da qualidade da água. O projeto original do assentamento na Gleba 1 já previa a perfuração de poço artesiano, estando localizado na área institucional. Para minimizar a utilização de energia elétrica pela bomba de recalque, projetouse a utilização de um cata-vento junto ao reservatório comunitário, para bombear e elevar mecanicamente a água proveniente deste poço. Desta forma a bomba, somente será acionada para suprir a demanda em dias de vento insuficiente. A rede de abastecimento de água será desenvolvida em um eixo paralelo aos alinhamentos frontais dos lotes e deverão ser previstas esperas para todos os lotes, para evitar intervenções desnecessárias na pavimentação (vide prancha 7, Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo) b) Águas pluviais Nas áreas condominiais, as águas pluviais serão recolhidas por canal de escoamento localizado entre o leito carroçável e uma ciclovia. O leito do pluvial será constituído por um canal revestido por manta geotêxtil, que permitirá a infiltração da água no solo durante o percurso. Este leito pluvial será preenchido com pedra de mão, garantindo a drenagem das águas superficiais e o aproveitamento posterior das águas não absorvidas pelo solo, que serão estocadas em dois tanques (Figura 30), para irrigação da área de produção de alimentos, além de suprimento do lençol freático (GORDON, 1990) (vide prancha 8, Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 30. Tanque de estocagem (corte). A ciclovia e o leito carroçável possuirão inclinação suficiente para atuarem também como reserva técnica de escoamento (MASCARÓ, 1994), possibilitando o acúmulo de água no caso de chuva abundante, evitando, assim, o alagamento dos passeios de pedestres (Figura 31). Em um primeiro momento, tanto a ciclovia como o leito carroçável, não possuirão inclinação, uma vez que não será executada a pavimentação das ruas. Esta medida garante que as águas pluviais possam ser lentamente absorvidas pelo solo, de modo a não ocorrer o deslocamento da superfície de saibro para dentro do canal pluvial, ocasionando sua colmatação. Quando necessário, serão criados dois sentidos de escoamento dentro dos lotes, implementando uma linha de recolhimento do escorrimento superficial no fundo do lote e outra na frente, mencionada acima. A linha de recolhimento no fundo do lote se constituirá de um canal permeável, revestido de solo cimento (traço 1:8), localizado junto à divisa (MORETTI, 1997), o qual possibilitará infiltração da água ao longo do percurso e conduzirá o excedente para irrigação das áreas comunitárias (Figura 32). Salientamos que parte da água da chuva deverá ser absorvida por pavimento permeável e pelo próprio terreno, uma vez que a proposta para as áreas pavimentadas estipula a utilização de blocos modulares com juntas secas. Nas habitações, a água da chuva recolhida no telhado, será armazenada em dois tanques e utilizada para a descarga do aparelho sanitário, podendo o excedente, se houver, ser direcionado para outras atividades. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 31. Perfil da rua e detalhe do pluvial. Figura 32. Detalhe da chegada das águas cinzas ao pluvial. c) Águas cinzas As águas cinzas serão conduzidas para uma caixa de gordura e decantação primária (PROSAB / ÁGUA, 1999), existentes em cada lote individual, para que sejam separadas as águas provenientes da pia da cozinha, misturadas com gordura, das demais águas cinzas provenientes do tanque, lavatório e chuveiro. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz A caixa de decantação (Figura 33) tem por objetivo separar os sólidos contidos no efluente. O efluente proveniente do tanque, lavatório e chuveiro entra por uma grande câmara, ao passo que a água da pia da cozinha passa por uma caixa de gordura antes de ser enviada à câmara maior. Figura 33. Esquema de funcionamento da caixa de decantação. Após este processo, as águas cinzas serão encaminhadas para um tanque de estocagem no próprio lote com capacidade de 400 litros. Este pequeno tanque poderá ser utilizado para irrigar a horta local. O excedente não utilizado para irrigação das hortas será conduzido para a rede pluvial. As águas provenientes destas caixas de decantação serão, então, conduzidas para a rede pluvial, em tubulação unificada, a cada duas casas (figura 32). Esta tubulação, que conectará as caixas de decantação primária ao canal destinado ao pluvial, deverá ser envelopada nos trechos abaixo do leito carroçável e ciclovia, para que resista ao peso recebido do tráfego. O ponto de chegada da tubulação das águas cinzas ao pluvial deverá receber uma grelha, para impedir que as pedras de mão, que compõem o canal, não se desloquem para o interior dos canos condutores das águas cinzas. As águas cinzas conduzidas pelo canal do pluvial, que não forem absorvidas pelo solo serão estocadas em dois pequenos lagos de aquacultura localizados na área de produção de alimentos (vide prancha 4). Estes lagos de estocagem darão continuidade ao tratamento das águas cinzas, através de plantas aquáticas, permitindo uma melhoria na qualidade da água, o que Projeto CETHS Convênio Nova Hartz possibilita sua reutilização na irrigação (TODD, N.; TODD, J., 1994) O sistema de condução e distribuição das águas provenientes destes lagos será executado de acordo com a topografia do terreno (LYLE, 1997) e se constituirá em canais de formas orgânicas, denominados flowforms, que por seu formato contribuem para a oxigenação da água. d) Águas negras A estratégia a ser adotada para o loteamento prevê que a tubulação condutora das águas negras seja implementada, em área pública, junto ao alinhamento dos lotes e recoberta por jardins, para facilitar o acesso para manutenção. A escolha desta vegetação a ser utilizada nos jardins deverá ser criteriosa para que as raízes não interfiram na tubulação. Deverão ser executadas esperas de esgoto para todos os lotes, facilitando a conexão individual de cada lote, com a previsão de caixas de inspeção a cada 50m (vide prancha 7, Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo) Os resíduos provenientes dos vasos sanitários serão tratados conforme as etapas a seguir: • Todo o resíduo proveniente dos vasos sanitários será conduzido diretamente a um biodigestor coletivo localizado na área de produção; • O biodigestor (figura 34) fornecerá os seguintes produtos: gás metano – a ser utilizado pelos equipamentos institucionais, na preparação de parte dos alimentos, na área comunitária do CETHS, ou para iluminação pública da praça. Como estes equipamentos não serão executados imediatamente, em um primeiro momento, o gás gerado será suficiente para ser utilizado em duas casas (PROSAB / ESGOTO, 1999); Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 34. Funcionamento de um biodigestor. Fonte: Soares, 1998. lodo – proveniente do biodigestor, o qual já sofreu um tratamento anaeróbio, será coletado e enviado para a composteira coletiva, gerando um produto denominado por LYLE (1998) como cocomposto (lodo+sobras de jardim), o qual, posteriormente, poderá ser utilizado para melhorar as propriedades do solo (ROLEY, 1997), na área coletiva do CETHS; efluentes líquidos – serão enviados ao leito de evapotranspiração e, posteriormente, encaminhados a uma bacia de acumulação, natural (banhado existente) ou construída, na gleba 02, contígua. O leito de evapotranspiração (figura 35) se constitui em um ambiente propício para a atuação de um conjunto de bactérias, que irão processar os nutrientes ainda contidos no efluente, permitindo que sejam utilizados pelas plantas do leito. Estas plantas poderão ser utilizadas como alimentação (os seus frutos) pelos moradores, como ração para os animais ou enviadas para a composteira coletiva. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Figura 35. Funcionamento do leito de evapotranspiração. Fonte: Mascaró, 1991 Por fim, salienta-se que o tratamento local das águas residuárias, possibilitando a sua reutilização, é fundamental para diminuir a “pegada ecológica” (WACKERNAGEL e REES, 1962) gerada pela implantação de loteamentos, ainda baseados em princípios, chamados por LYLE (1997), paleotécnicos, os quais são descomprometidos com a qualidade do meio ambiente em que estão inseridos. A aplicação destas estratégias sustentáveis de gerenciamento regenerativo das águas, reduz a dependência de abastecimento público, beneficiando tanto aos moradores do loteamento, por propiciar uma economia significativa de recursos financeiros (PAIM e URQUIZA, 1995), como aos demais moradores da cidade na qual o projeto está inserido, já que as águas servidas serão estocadas, tratadas e reutilizadas, diminuindo o impacto ambiental, pela otimização do uso de recursos da natureza (LYLE, 1997). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz 4.4.6 Resíduos Sólidos Usualmente, o lixo ainda é tratado como algo que não pode ser reaproveitado. Na natureza os ciclos de energia e materiais são fechados (figura 36). O homem age de forma distinta, interrompendo este processo cíclico natural, e enviando estes recursos aos seus depósitos, após serem utilizados uma única vez (figura 37). Soma-se a isto o fato de o homem estar aumentando, cada vez mais, o consumo individual e também a criação de produtos de difícil absorção e transformação por parte da natureza (Lyle, 1988). Figura 36. Ciclo da natureza. Figura 37. Processo unidirecional do homem. A cidade de Nova Hartz possui coleta seletiva de lixo. O lixo seco é separado em uma usina de reciclagem em plásticos, metais, vidros e papéis para ser comercializado com empresas especializadas em reciclar estes tipos de resíduos. Um aspecto presente no projeto da comunidade sustentável é o princípio dos 5 “Rs”: recusar – materiais que agridam a natureza como por exemplo: PVC, Tetrapak e fibrocimento, reduzir – o consumo de recursos naturais, reutilizar – materiais que já foram utilizados uma vez e que podem ser reaproveitados, reciclar – aproveitar sobras e transformá-las em recursos, iniciando um ciclo novamente, e restaurar – reorganizar o ambiente restaurando a paisagem. Um exemplo seria o caso das garrafas PET. O primeiro passo seria o de recusar este material, por se tratar de um recurso não renovável. Caso não seja Projeto CETHS Convênio Nova Hartz possível, reduzir a quantidade de garrafas PET é essencial. Após elas serem utilizadas, as garrafas podem ser reaproveitadas como jarras para líquidos, brinquedos ou vasos para mudas de plantas. Em último caso, as garrafas PET são enviadas para reciclagem, onde serão transformadas em outros produtos. Para que o conceito dos 5 “Rs” esteja presente no dia-a-dia do CETHS é de extrema importância a educação ambiental da população que ocupará a comunidade sustentável (figura 38). Os lixo orgânico é caracterizado por sobras de jardim e restos de comida. As sobras de jardim são galhos, folhas, frutas estragadas, aparas de grama e outros. Já os restos de comida são provenientes das sobras alimentares dos moradores do CETHS. O lixo orgânico será destinado a composteiras individuais e coletivas. As composteiras individuais estarão presentes nos pátios dos lotes das habitações unifamiliares e as coletivas estarão na área destinada à produção de alimentos. A partir do armazenamento e decomposição dos restos de comida e sobras de jardim, nas composteiras individuais e coletivas, a matéria orgânica proveniente deste processo será utilizado para tratamento e enriquecimento do solo das áreas de produção de alimentos individuais e coletivas. Figura 38. Tratamento do lixo na comunidade sustentável. Enfim, as propostas apresentadas em relação ao gerenciamento de resíduos no CETHS procuram aproximar o homem da natureza, com o menor impacto possível. A principal diretriz é imitar a natureza, trabalhando com ciclos e sempre reutilizando os recursos disponíveis. Entende-se que o homem deve procurar o equilíbrio no seu ecossistema, tornando-se parte em harmonia com o todo, ou seja, trabalhando com a natureza e não contra ela. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz 4.4.7 Agricultura Urbana e Paisagismo Produtivo Tendo em vista o potencial da agricultura urbana no âmbito do desenvolvimento sustentável, propôs-se a implantação de um sistema de produção de alimentos. Este projeto baseia-se na proposição de novas tecnologias vinculadas a habitações ecológicas incorporando, por um lado, os preceitos do desenvolvimento sustentável e, por outro, a idéia de habitação como extensão do habitat do homem, considerando também o seu contexto social. O projeto foi desenvolvido a partir de uma série de intervenções sobre um loteamento convencional, que já contava com aprovação e financiamento da Secretaria Estadual de Habitação, visando torná-lo mais sustentável. Dentre as diversas estratégias empregadas no projeto, destaca-se aqui a proposta de se viabilizar a produção local de alimentos. Primeiramente, vale esclarecer que as idéias relatadas a seguir tratam-se, até o momento, apenas de propostas incluídas no projeto CETHS. A efetiva implantação destas idéias dependerá de um trabalho social, que ora se inicia junto à comunidade que irá habitar o loteamento em questão e, em última análise, da decisão destas pessoas em aceitar parte destas propostas e/ou lançarem novas idéias, de acordo com seus anseios e necessidades. O projeto propõe, a princípio, a implantação de um sistema de produção de alimentos, que pode ser apresentado em dois níveis distintos, porém complementares: - produção individual nos lotes, e produção coletiva, em áreas de uso comum. Espera-se que, a partir da produção obtida nestes espaços, os moradores tenham condições de satisfazer parte de suas necessidades alimentares, bem como de dispor de uma fonte complementar de renda, através da comercialização dos excedentes. Acredita-se, além disso, que o sistema de produção assim proposto deverá levar os moradores a buscarem uma forma de organização comunitária para administrar as questões relacionadas ao cultivo e comercialização dos produtos advindos das áreas coletivas. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz a) Princípios Gerais Embora existam locais específicos de produção previstos no projeto, como as áreas dos lotes e as de produção coletiva, tanto estas áreas executam outras funções no projeto global do CETHS, como outras áreas apoiam as funções de produção destas primeiras, sempre que possível. Visa-se aqui uma concepção holística de projeto e a convergência com dois princípios básicos da permacultura2: 1) cada elemento do sistema deve executar muitas funções; 2) cada função importante é apoiada por muitos elementos (MOLLISON & SLAY, 1998). Desta forma, a produção de alimentos em todo o projeto está intimamente associada ao paisagismo do loteamento e vice-versa. Visando, portanto, agregar o maior número de funções possível à vegetação, bem como articulá-la com os demais elementos do projeto CETHS, a proposta de paisagismo para o loteamento procura atingir os seguintes objetivos, que podem ser estendidos a todas as áreas, inclusive às de produção: Paisagismo produtivo. Propõe-se, sempre que possível, o emprego de espécies que desenvolvam alguma função produtiva. Busca-se aqui uma visão mais abrangente do termo produção, procurando uma maior proximidade com os princípios da sustentabilidade. Esta produção se refere, portanto, a qualquer produto ou subproduto que estas espécies possam gerar e que possam ser utilizados pelos moradores dos CETHS, pelas criações de animais ou pela fauna nativa. Para os moradores, esta produção pode se destinar ao consumo direto (frutos, ervas medicinais, etc.), produção de alimentos elaborados (compotas, conservas, etc.), para serem convertidos em proteína animal, ao servirem de alimento para as criações, ou, mesmo, para produzirem biomassa e serem reintroduzidos no ciclo produtivo, na forma de composto orgânico. Procura-se, ainda, promover a alimentação e atração de animais da fauna nativa e, conseqüentemente, atraí-los para a paisagem do CETHS (utilizando-se, por exemplo, árvores frutíferas nativas, para a atração de pássaros, espécies 2 "Permacultura é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis". " Em um primeiro nível, lida com as plantas, animais, edificações e infra-estruturas (água, energia, comunicações). Todavia a Permacultura não trata somente desses elementos, mas principalmente, dos relacionamentos que podemos criar entre eles por meio da forma em que os colocamos no terreno" (MOLLISON & SLAY, 1998). Projeto CETHS atrativas de beija-flores e borboletas, etc.). Convênio Nova Hartz Assim, em última análise, praticamente todo o loteamento terá alguma participação na produção de alimentos. Este aspecto será discutido mais adiante, em maiores detalhes, para o melhor entendimento da proposta. Paisagismo pedagógico. O projeto propõe que a vegetação seja utilizada como uma forma de se fazer educação ambiental. Espera-se que a implantação do paisagismo e do sistema de produção de alimentos no CETHS seja uma experiência de construção do conhecimento junto à comunidade. Acredita-se que este processo, ao ser apoiado por um trabalho social, possa permitir a participação dos moradores na eleição final das espécies que farão parte do paisagismo, de um modo geral, e dos cultivos que serão desenvolvidos nas áreas produtivas. Acima de tudo, é importante que os moradores saibam o quê estão plantando, para que estão plantando e para que serve aquilo que estão plantando, tanto em relação ao meio ambiente, como em relação a sua própria alimentação e saúde. Portanto, o projeto prevê a indicação de uma série de espécies de relevância ambiental e produtiva para o caso do CETHS, dentre elas: - espécies nativas regionais, espécies frutíferas nativas, espécies de uso medicinal e espécies produtivas para a alimentação em geral (tanto nativas como exóticas). É preocupação do projeto, ainda, descrever as espécies indicadas quanto às suas diversas características, funções para o meio ambiente e formas de utilização possíveis para o homem, para que as pessoas, efetivamente, conheçam, respeitem e usufruam das potencialidades das espécies que irão fazer parte do entorno de suas habitações. Conforto térmico. A vegetação é utilizada para melhorar as condições térmicas, tanto das habitações, quanto das áreas de convívio e de circulação. A título de exemplo, árvores de grande e médio porte são propostas para serem utilizadas nos passeios localizados na face norte dos lotes, visando-se o sombreamento das habitações no verão, preocupando-se que as mesmas sejam caducifólias, para permitir a passagem dos raios solares no inverno. Junto à habitação, propõe-se, ainda, a utilização de trepadeiras caducifólias e frutíferas em pergolados localizados junto à fachada oeste, também com a finalidade de sombreamento no verão e insolação no inverno. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Conforto psicológico. Além da ação física direta da vegetação sobre o conforto humano, sabe-se que a vegetação bem planejada pode produzir efeitos benéficos sobre a saúde psicológica das pessoas, transmitindo sensações de tranqüilidade e relaxamento, que contribuem para a sua sensação final de bemestar. Tendo em vista este fato, o projeto se preocupa, além de permitir o máximo contato dos moradores com a vegetação, na maior parte dos espaços disponíveis, com as qualidades estéticas da composição da paisagem. Considera-se aqui, não somente as características visuais, como a exploração de características da vegetação relacionadas a outros sentidos humanos, tais como o paladar, o tato e o olfato. Desta forma, procura-se ambientes que estimulem o experenciar da vegetação, seja através de cores, formas e texturas de plantas, como pela oportunidade de saborear os seus frutos ou sentir o perfume que exalam. b) Soluções apontadas para a produção Tendo em vista os objetivos anteriormente citados, descreve-se a seguir algumas soluções propostas para o projeto CETHS: Lotes. O planejamento global do CETHS permite que os moradores possam dispor de áreas de produção privadas, uma vez que o loteamento é dividido em lotes individuais. Para os lotes, são propostas uma série de possibilidades produtivas inspiradas na permacultura (MOLLISON & SLAY, 1998), adaptáveis a pequenos jardins urbanos, dentre as quais: - horta permacultural: consiste de uma horta que utiliza um design racional, onde as espécies são dispostas de acordo de acordo com o seu porte e necessidade de manejo e onde há uma preocupação com princípios de ergonomia, ao facilitar o acesso aos canteiros para operações de plantio, manutenção e colheita. - espiral de ervas: consiste de um canteiro para o cultivo de ervas medicinais e temperos para a cozinha. Este canteiro possui o formato de uma espiral ascendente, onde as espécies são cultivadas de acordo com a necessidade de luz e de água (espécies mais exigentes em luz e drenagem do solo são plantadas em posição mais acima da espiral, onde a iluminação direta é maior e onde o solo é melhor drenado). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz - galinheiro móvel: consiste de um pequeno galinheiro que pode ser deslocado facilmente sobre o solo. Além de fornecer ovos e carne, este tipo de galinheiro pode aproveitar a ação do chamado "trator galinha", que consiste na aragem do solo provocada pelo hábito de ciscar da galinha e na fertilização do solo com o esterco que produz. Propõe-se ainda para os lotes o cultivo de arbustos e árvores frutíferas de pequeno porte (nativas ou exóticas), o cultivo das cercas de divisa entre os terrenos e o cultivo sobre pergolados situados junto à casa, com trepadeiras produtivas. O projeto CETHS prevê, também, a reciclagem do lixo orgânico doméstico, através da compostagem e aplicação do composto resultante nos cultivos realizados nos próprios lotes. Passeios. O desenho urbano do CETHS prevê a criação de áreas de convívio, junto aos passeios localizados em frente aos lotes. Este desenho possibilita a implantação de vegetação nestas áreas, em três níveis distintos quanto ao porte: árvores, arbustos e herbáceas. Em relação à arborização destas áreas, procurou-se recomendar as espécies tomando-se por base a seguinte ordem de prioridade: - espécies nativas regionais; espécies frutíferas nativas do RS úteis à alimentação humana; espécies frutíferas nativas do RS úteis à alimentação da fauna; espécies nativas do RS de uso medicinal; espécies com floração ou demais atributos ornamentais. Embora sejam priorizadas as árvores nativas regionais nesta área, principalmente por uma questão de educação ambiental, existe uma preocupação, sempre que possível, em se trabalhar com frutíferas nativas, a fim de contribuir com a produção de alimentos. Mesmo quando as espécies selecionadas não são frutíferas, procurase conhecer outras utilidades destas plantas para o homem (cabe salientar que grande parte das árvores nativas regionais possuem algum uso medicinal). Ambos os lados dos passeios possuirão canteiros, que serão cultivados com espécies arbustivas e herbáceas. Os critérios de seleção destas espécies, embora também procurem utilizar espécies nativas, sempre que possível, diferenciam-se daqueles utilizados para arborização, uma vez que enfatizam muito mais as questões produtivas e ornamentais. Estes espaços procuram Projeto CETHS Convênio Nova Hartz conjugar produção e ornamentação, através da priorização do uso de espécies produtivas de alimentos, de uso medicinal, aromáticas, de floração ornamental, melíferas, atrativas para beija-flores, atrativas para borboletas, entre outras características. Destaca-se, ainda aqui, a priorização de espécies que possuam ciclo perene e que sejam pouco exigentes em manejo. Estas áreas poderão vir, com o tempo, a se tornarem áreas de produção coletivas, onde os moradores poderão se responsabilizar pelo plantio e manutenção da vegetação em frente aos seus lotes. Área verde. O projeto do loteamento prevê, também, a existência de uma área verde para a construção de uma praça. Junto a esta praça estão previstas instalações físicas para um centro comunitário e uma creche, quadras esportivas e playground. Prioriza-se, portanto, nesta área, mais as questões sociais e recreativas da comunidade do que a atividade produtiva. Serão empregados, também aí, os três níveis de vegetação mencionados anteriormente, procurando conjugar critérios semelhantes de seleção, porém com maior ênfase nas qualidades ornamentais das espécies. Sempre que possível, no entanto, espécies produtivas também serão empregadas, desde que não sejam exigentes em manutenção e não entrem em conflito com as funções de lazer desta área. Não obstante, um aspecto importante a ser ressaltado aqui, em relação a esta área, é o visual para a área de produção coletiva, propriamente dita (da qual se tratará a seguir). Embora esta área seja voltada à recreação, o projeto se preocupa em permitir aos seus usuários a visualização das atividades produtivas, que ocorrem próximo à praça, agregando à paisagem de seu entorno as qualidades estéticas das hortas e pomares e conferindo um "ar rural" ao local. Área de produção coletiva. O projeto CETHS prevê a existência de uma área específica para a produção coletiva de alimentos. A forma de administração das atividades neste local deverá ser decidida pela própria comunidade, com o suporte de um trabalho na área social, a ser desenvolvido pela prefeitura de Nova Hartz. A idéia lançada pelo projeto é que a produção destas áreas se destine ao abastecimento direto das famílias habitantes do CETHS, ao abastecimento do centro comunitário e da creche e à comercialização dos excedentes, como complemento à renda da comunidade. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz As técnicas de cultivo a serem empregadas serão baseadas nas filosofias de produção ligadas ao paradigma da agricultura sustentável, ou seja, aproveitando recursos locais (com o emprego da mão-de-obra local), utilizando adubação orgânica (composto orgânico, proveniente de resíduos oriundos de podas e limpeza de áreas coletivas, e do lixo orgânico, do centro comunitário e creche), valorizando a biodiversidade (policulturas), promovendo a interação entre criações animais e cultivos vegetais (alimentando os animais com as sobras da produção vegetal e fertilizando os cultivos vegetais com o esterco dos animais), utilizando técnicas de controle de pragas e doenças, sem a aplicação de defensivos químicos (através do uso de inseticidas e fungicidas biológicos, controle biológico, alelopatia, rotação de culturas, etc.), entre outros. Alguns dos elementos de produção sugeridos pelo projeto para esta área são: - hortas mandalas: tratam-se de hortas permaculturais que possuem forma de mandala ou fractal. Além de conferir um aspecto interessante à paisagem, este tipo de horta também torna mais fáceis as práticas de cultivo (MOLLISON & SLAY, 1998). - galinheiro associado com casa de vegetação: ao conjugar estas duas funções em uma mesma estrutura (obviamente isoladas por tela entre si), seguese também uma técnica sugerida pela permacultura, aproveitando o calor gerado pelos corpos das galinhas na casa de vegetação, durante a noite, quando ocorre a queda de temperatura (MOLLISON & SLAY, 1998). - pomar consorciado com plantas rasteiras e trepadeiras: procura criar um sistema policultural, utilizando várias espécies de plantas rasteiras e, eventualmente, trepadeiras, junto e entre as árvores frutíferas do pomar. A idéia é fazer com que as espécies possam interagir positivamente entre si (por exemplo, o plantio de espécies leguminosas, entre as árvores que fixam nitrogênio no solo, para ser utilizado por estas últimas), além de valorizar a biodiversidade como forma de reduzir os danos provocados às culturas pelas pragas e doenças (FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994). Projeto CETHS Convênio Nova Hartz - viveiro de mudas: pretende-se instalar, ainda, na área de produção coletiva, um viveiro para a produção de mudas, tanto de ornamentais, como de espécies produtivas, a fim de abastecer a demanda por mudas do loteamento (inclusive dos lotes) e, eventualmente, comercializar o excedente. A água a ser utilizada nos cultivos será proveniente basicamente de duas fontes: de reservatórios, em forma de pequenos lagos, que são abastecidos por um sistema alternativo de escoamento pluvial das ruas e dos lotes proposto pelo projeto CETHS, e pelo lago aquacultural, localizado em área adjacente ao loteamento, sobre a qual serão feitas algumas considerações na seqüência. Como estrutura de apoio para a comercialização dos excedentes, o projeto prevê a construção de uma casa demonstrativa (baseada em tipologia projetada pelo NORIE, com vistas à sustentabilidade), onde serão recebidos visitantes do CETHS e que também será utilizada para a venda dos produtos pela comunidade. Banhado e Lago Aquacultural. Em área adjacente ao loteamento, também pertencente à prefeitura de Nova Hartz, está situado, atualmente, um banhado. O projeto prevê a preservação parcial do banhado e a construção de um lago em parte da área. A partir de um sistema alternativo de tratamento do esgoto cloacal, previsto pelo projeto CETHS, pretende-se utilizar o banhado para promover a fase final do tratamento ou polimento dos efluentes. Esta fase final do tratamento é realizada por plantas aquáticas, que ao filtrarem a água dos efluentes, convertem os resíduos remanescentes do sistema de tratamento em biomassa. Através deste processo, estas plantas se incorporam ao ciclo produtivo, servindo para a produção de composto orgânico, ou para a alimentação das galinhas. A água que sai do banhado, e que já se encontra livre de contaminantes, é conduzida para um lago, que também desenvolverá funções produtivas no sistema, principalmente através da produção de peixes. Por fim, procurando cumprir as diretrizes anteriormente apresentadas, foi elaborada uma pesquisa visando produzir informações capazes de orientar o projeto de arborização urbana do CETHS. A pesquisa resultou em uma série de três tabelas de espécies arbóreas, recomendadas para a arborização do loteamento, cujo processo de elaboração é descrito a seguir. Projeto CETHS Convênio Nova Hartz Estas tabelas foram construídas a partir da compilação de dados obtidos através de revisão bibliográfica. A seleção das espécies recomendadas partiu da listagem de espécies apresentada pelo Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre, como prioritária para a produção para fins de programas de arborização urbana neste município (SANCHOTENE, 2000). Utilizou-se esta referência como ponto de partida por entender-se que o conjunto de informações geradas pelo trabalho desenvolvido em Porto Alegre representa, atualmente, o material mais consistente envolvendo experiências com arborização urbana a nível de estado, sendo utilizado, inclusive, como referência para outras regiões do país. A partir desta listagem inicial, realizou-se um cruzamento de informações com o Projeto Madeira do Rio Grande do Sul (REITZ et al, 1983) a fim de verificar a origem das espécies listadas, selecionando-se, por fim, apenas as espécies de ocorrência natural neste estado. A fim de verificar, ainda quais dessas espécies são nativas para a região do Vale do Rio dos Sinos, foram consultadas duas dissertações de mestrado realizadas junto ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFRGS e que se dedicaram ao levantamento de comunidades arbóreas, em distintas áreas dessa região do estado (DANIEL, 1992; ROSA, 1997). Outras características foram levantadas sobre as espécies pesquisadas, a partir da consulta a diversas fontes bibliográficas (FRANCO, 199_ ; LONGHI, 1995; LORENZI, 1992; LORENZI, 1995; REITZ et al., 1983; ROSA, 1997; SANCHOTENE, 1989). São elas: nome comum, nome científico, possibilidades de aproveitamento (de acordo com os objetivos do CETHS), velocidade de crescimento, e fenologia (persistência foliar, período de floração e período de frutificação). Os resultados obtidos foram agrupados em três tabelas distintas relativas ao porte das espécies (vide anexos E, F e G), conforme a classificação apresentada pelo Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre - PDAU (SANCHOTENE, 2000): espécies arbóreas de pequeno porte, espécies arbóreas de médio porte e espécies arbóreas de grande porte. Ressalta-se, mais uma vez, que, em relação a listagem original apresentada pelo PDAU, foram mantidas Projeto CETHS Convênio Nova Hartz nestas tabelas somente espécies nativas do Rio Grande do Sul, de acordo com REITZ et al.(1983). Projeto CETHS Estágio Atual 5. E STÁGIO ATUAL DO PROJETO CETHS Neste capítulo se identifica o estágio atual das atividades desenvolvidas durante o projeto e se tecem comentários sobre as dificuldades e entraves para a implantação das propostas de projeto. 5.1 Convênio Alvorada Com relação ao Convênio Alvorada, o protótipo de unidade habitacional , desenvolvido inicialmente para a Prefeitura de Alvorada e identificado como Protótipo Alvorada, deverá ser construído no Horto Municipal desta cidade, em área cedida pela Prefeitura de Alvorada. No momento da elaboração deste relatório, estavam sendo desenvolvidos os trabalhos de locação do espaço destinado ao protótipo. A proposta, até este momento aceita pela Prefeitura de Alvorada, é de que as obras executadas sigam, tanto quanto possível, as propostas contidas neste Relatório, tanto para a edificação, quanto para o paisagismo. Durante o processo de implantação, pretende-se desenvolver atividades de conscientização da população carente de habitações do município, sobre as propostas em desenvolvimento. Isto deverá ser realizado através de palestras e visitas guiadas ao local do horto e, particularmente, do protótipo. 5.2 Convênio Nova Hartz Com relação ao Convênio Nova Hartz, foram construídas, no período de agosto de 2001 a março de 2002, 8 unidades habitacionais do CETHS - Nova Hartz. Seis destas unidades foram construídas delas segundo o modelo do Protótipo Alvorada, e duas outras, a partir de uma adaptação da primeira, para adequá-la a uma nova orientação solar, sendo esta unidade aqui denominada de Casa Verena. Esta adaptação foi efetuada através do desenvolvimento de um novo modelo de habitação, o que foi realizado dentro do escopo de uma Projeto CETHS Estágio Atual dissertação de mestrado, especificamente da mestranda Verena Schmidt Baldoni. O principal desafio foi o de, não fugindo radicalmente da proposta arquitetônica das demais unidades, adaptá-la para uma nova orientação de fachada principal, voltada para Sul, já que o protótipo original havia sido desenvolvido para a fachada principal orientada para a direção Norte. As fotografias apresentadas no ANEXO J, identificam a evolução da implantação das unidades habitacionais projetadas pelo NORIE, em Nova Hartz. 5.2.1 Considerações sobre o desenvolvimento do processo de implantação A construção das oito unidades habitacionais se desenvolveu a partir de um processo licitatório para aquisição de materiais. Posteriormente, foi realizada, pela Prefeitura Municipal, a contratação de mão-de-obra para a execução das casas. A opção realizada pela prefeitura de Nova Hartz, de contratação de mãode-obra para a execução das habitações, contrariou a proposta inicial do NORIE. A proposta preferencial seria a de desenvolver a construção das oito primeiras casas através de um processo de auto-construção, envolvendo os futuros moradores, onde esta sistemática contaria com a orientação do NORIE. Deste modo se almejava reduzir os custos de implantação das unidades, além de se atingir as propostas, desejáveis em um processo sustentável, de: inclusão dos moradores (pelo menos nesta fase do processo); capacitação dos futuros moradores na arte de construir, além da possibilidade de capacitação em educação ambiental, o que naturalmente decorreria do processo. A Prefeitura de Nova Hartz, ao se tornar partícipe e parceira no processo de implantação do CETHS, pronunciou-se, ao longo de todo o período anterior ao início da implantação das casas (modelo) Alvorada, como disposta a implantar a infra-estrutura de um centro demonstrativo. No entanto, a partir de um determinado instante, durante o processo de construção das casas, ela deixou de se comprometer com a continuidade dos projetos. Entre os projetos em desenvolvimento estavam os projetos de infra-estrutura urbana, para a gleba 1, referentes a: implantação, pavimentação, iluminação pública, rede de água, Projeto CETHS Estágio Atual esgoto cloacal e esgoto pluvial. Com esta mudança, a equipe de projeto foi desestimulada e não viu razão para a continuidade do processo de detalhamento final dos projetos acima, assim como dos procedimentos referentes à sua aprovação, na Fundação de Proteção ao Meio Ambiente do Estado e na Secretaria de Habitação do Estado. Conforme já mencionado anteriormente, na gleba 2, adjacente à gleba 1, pretendia-se implantar uma nova área de demonstração. Esta estaria ligada a práticas agrícolas sustentáveis, para produção ecológica de alimentos para a comunidade do CETHS, assim como para a população de Nova Hartz (colha-epague). Isto possibilitaria o desenvolvimento de práticas demonstrativas e de educação ambiental, criando, ainda, oportunidades de empregos. Por se constituir em uma área com características naturais de banhado, esta área seria utilizada, complementarmente, para o polimento dos efluentes tratados a nível secundário, da comunidade em processo de implantação na gleba 1, bem como para a preservação e incremento de elementos da flora e fauna locais. Em conjunto, as glebas 1 e 2 constituiriam um todo composto por dois Centros Experimentais, com características complementares. 5.2.2 Considerações sobre o tipo de ocupação do CETHS A partir da definição, no primeiro semestre de 2001, sobre quem seriam os futuros moradores do CETHS, a equipe multidisciplinar do NORIE começou, pela primeira vez, a interagir com as famílias que viriam a ali residir, buscando adequar o Centro às características específicas destas famílias, principalmente no que concerne a novas tipologias de edificações. Dois grupos sociais distintos deveriam, inicialmente, fazer parte do Projeto CETHS – Nova Hartz: as famílias da Vila dos Trilhos e as famílias da Vila Tomate. Enquanto as famílias da Vila dos Trilhos iriam morar nas primeiras 8 unidades habitacionais já construídas, para as famílias da Vila Tomate estavam sendo planejadas novas possibilidades de moradia, tendo em vista o caráter emergencial de seu problema habitacional. Para estes se previa a construção de novas unidades habitacionais, com padrões arquitetônicos distintos dos do Protótipo Alvorada, em cujo projeto e construção se propunha a efetiva participação dos futuros moradores. A ambas as Projeto CETHS Estágio Atual comunidades, mas principalmente com os moradores da Vila Tomate, foram realizadas visitas, onde foram discutidas questões relativas às propostas do NORIE e às expectativas das comunidades (ver Figuras 39 e 40). Figura 39. Reunião com moradores da Vila dos Trilhos. Figura 40. Reunião com moradores da Vila Tomate. Projeto CETHS Estágio Atual Deve ser salientado que, no entender da equipe do NORIE, a conscientização destes futuros moradores do CETHS - Nova Hartz, em relação às questões ambientais, seria imprescindível para o sucesso do Projeto, já que os próprios moradores seriam os responsáveis diretos pelo gerenciamento e manutenção dos loteamentos, que no fundo representariam uma nova proposta de vida. Desta forma, estudos de acompanhamento social, tanto pela equipe do NORIE, como por profissionais contratados pela Prefeitura de Nova Hartz, foram encaminhados para que o CETHS – Nova Hartz pudesse atingir o seu objetivo maior de: minimizar os impactos aos ecossistemas terrestres, buscando simultaneamente o equilíbrio cultural, social, econômico e espacial. 5.2.3 Considerações sobre outras atividades decorrentes do projeto CETHS Em decorrência da capacitação do NORIE na área de Edificações e Comunidades Sustentáveis, no segundo semestre de 2000, o NORIE foi contratado por Itaipu Binacional, para desenvolver um anteprojeto para o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), que integra o complexo da Barragem de Itaipu, localizada em Foz do Iguaçu. O RBV se constitui em um dos cinco refúgios biológicos localizados às margens do lago que configura a Barragem de Itaipu. O propósito destes refúgios é a regeneração de áreas afetadas pela barragem e a preservação de espécies nativas. Figura 41. Perspectiva da proposta formulada para o RBV. Projeto CETHS Estágio Atual O RBV tem uma área de 1.920 hectares e busca a reprodução de animais selvagens nativos à região, a produção de mudas para reflorestar as margens da barragem de modo a conter a erosão e conseqüente assoreamento da barragem, a condução de experimentos com a flora e fauna local, assim como ações associadas à educação ambiental. Considerando a importância da educação ambiental para o RBV, tanto as construções quanto o ambiente construído, em seu todo, deveriam ser projetados de modo a expressar um menor impacto ao meio ambiente, incluindo-se aí um uso mais eficiente de recursos materiais e energéticos. Figura 42. Atividades de construção do protótipo habitacional no Campus da UFRGS. Com o apoio da CAIXA e da FINEP, o NORIE está construindo um protótipo habitacional sustentável (Figura 42). O protótipo aperfeiçoado da Casa Alvorada teve a sua construção iniciada em outubro de 2001, no Campus do Vale, da UFRGS, no bairro Agronomia. Tão logo seja concluído, iniciar-se-á o monitoramento do desempenho térmico, lumínico e acústico deste protótipo, com recursos de um projeto já aprovado pelo CNPq. Complementarmente, outros aspectos relacionados com o tema sustentabilidade, como coleta de águas de chuva, tratamento de resíduos líquidos, fontes energéticas alternativas e paisagismo produtivo no seu entorno, serão observados. Desta construção tem participado vários alunos e bolsistas e, mesmo professores, vinculados ao curso Projeto CETHS Estágio Atual de pós-graduação do NORIE. A construção do protótipo, além de possibilitar o seu posterior monitoramento, está permitindo conhecer as dificuldades de construção de uma unidade habitacional que se pretende seja autoconstruída. Por fim, além destes projetos em andamento, salienta-se que várias outras entidades estão atualmente demonstrando interesse na implementação de propostas habitacionais sustentáveis em seus municípios, o que está repercutindo de forma muito positiva entre os membros da equipe de projetos do NORIE. Projeto CETHS Considerações Finais 6. C ONSIDERAÇÕES FINAIS Quando da aprovação do Projeto CETHS pelo Programa de Tecnologia de Habitação – Programa Habitare, em dezembro de 1997, o Comitê Assessor recomendou “a busca urgente de parcerias, que permitam a concretização do Centro”. Esta recomendação orientou os esforços que se desenvolveram ao longo de todo o processo de desenvolvimento do projeto de pesquisa, que sempre buscou a concretização das propostas de sustentabilidade da construção. Deve-se aqui reconhecer que o grupo de pesquisa em Edificações e Comunidades Sustentáveis do NORIE foi extremamente afortunado por ter encontrado duas municipalidades, Alvorada e Nova Hartz, que demonstraram receptividade às propostas do Projeto CETHS. Este fato propiciou a colocação em prática de sonhos anteriores ao próprio Concurso Internacional de Idéias, possibilitando a proposição de um conjunto de experiências que poderão ser, futuramente, compartilhadas com outras municipalidades, universidades, centros de pesquisa e com o público em geral. O texto que segue faz uma comparação entre os objetivos constantes da proposta do projeto de pesquisa e os resultados efetivamente obtidos. 6.1 Proposta, objetivos e metodologia Consta da proposta encaminhada à FINEP o seguinte: 6.1.1 Considerações introdutórias O projeto que se pretende desenvolver destina-se à criação de um Centro de Pesquisa voltado para novas tecnologias vinculadas a habitações de “Interesse Social” incorporando, por um lado, os preceitos do desenvolvimento sustentável e, por outro, a idéia de habitação como o habitat do homem no contexto social. Considerada em sua totalidade, nossa proposta é composta por 04 fases a saber: Projeto CETHS Considerações Finais 1 – MODELAGEM E DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS; 2 – IMPLANTAÇÃO E POVOAMENTO; 3 – MONITORAMENTO; 4 – DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS. Entendemos como fase de MODELAGEM E DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS todas a etapas relativas ao planejamento da instalação física e do suporte funcional para as atividades à serem desenvolvidas no local Admitimos como inerente a esta etapa os serviços de levantamento topográfico, o projeto de zoneamento, demarcação e loteamento da gleba, o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos e complementares das habitações e edificações conexas (água, luz e força, condicionamento térmico, saneamento básico, comunicações, prevenção de acidentes, etc.). Dentro da ótica em que este trabalho é proposto, consideramos, ainda nesta fase, projetos de exploração agrícola e de cultivos diversos, para a obtenção local de alimentos (permacultura, aquacultura, compostagem, etc.), projetos alternativos para a adaptação de sistemas de captação de energia, projetos alternativos para a obtenção de água potável, projetos de reutilização dos resíduos orgânicos e também projetos de tratamento de despejos sólidos e líquidos. Considerando que, no projeto geral, esta implícito o interesse em manter os moradores integrados à área, dentre as soluções propostas deverão ser avaliadas alternativas para as questões de fonte de renda e ocupação (ex. estação de separação de lixo próxima à comunidade). 6.1.2 Objetivos Objetivo Geral Desenvolvimento do projeto de um CENTRO EXPERIMENTAL destinado a provisão de habitações de interesse social em Porto Alegre, contendo 20 residências, seguindo diretrizes das propostas vencedora do Concurso Internacional de Idéias de Projeto Habitações Auto-Sustentáveis para Populações Carentes, promovido pela Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC e pela Passive and Low Energy Architecture - PLEA, e organizado pela Fundação de Ciência e Tecnologia e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (esboços em anexo), aliando os aspectos de sustentabilidade: a geração local de empregos, o atendimento às necessidades alimentares dos residentes e, em consequência, a manutenção de níveis adequados de salubridade, educação de crianças e adultos e o estímulo a práticas ecológicas. Objetivos Específicos 1) Projetar um centro de demonstração e divulgação de tecnologias sustentáveis, relacionadas a construção de habitações populares, geração de energia através de fontes energéticas alternativas, manejo de resíduos sólidos e líquidos, agricultura sustentável e aquacultura, criando oportunidades de pesquisa nas respectivas áreas do projeto. Projeto CETHS Considerações Finais 2) Criar um curso destinado a equipe técnica do projeto, com a duração total de 90 horas, destinado a formação local de recursos humanos especializado na prática de tecnologias sustentáveis, considerando o estado-da-arte a nível internacional. 3) Propor as condições objetivas para a criação de um Laboratório destinado a pesquisa e experimentação na área de edificações e comunidades sustentáveis, com ênfase na abordagem do problema habitacional brasileiro da população de baixa renda. 4) Promover o II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis que oportunizará um encontro sólido dos participantes do projeto e outros especialistas na área de tecnologias sustentáveis para, dentre outras coisas, divulgar os resultados desta fase do projeto e também fixar diretrizes para o satisfatório andamento das demais fases. 6.1.3 Metodologia Atividades São as seguintes as atividades de projeto previstas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Definição e caracterização da área Montagem da estrutura operacional de trabalho Montagem da infra-estrutura Revisão de literatura Montagem do Curso de capacitação das equipes de projeto Desenvolvimento do Curso de capacitação das equipes de projeto Elaboração dos projetos Organização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis. 9. Realização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis. 10. Elaboração de Relatórios Parciais e Relatório Final DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES: 1. Definição e caracterização da área Consiste em negociações com as Prefeituras interessadas, visando a compatibilização da área a ser cedida, com as características desejadas para o desenvolvimento pleno e equilibrado dos projetos. 2. Montagem da estrutura operacional de trabalho Atividade preliminar que consistirá no detalhamento do plano de trabalho e na organização da equipe básica de pesquisa, incluindo-se aí os contatos referentes à participação da H2O Workshops, em particular de Michael Morrisey, líder da equipe vencedora do Concurso de Idéias, nas atividades de projeto. 3. Montagem da infra-estrutura Projeto CETHS Considerações Finais Compreende a aquisição de material permanente e material de consumo para o desenvolvimento do projeto. Esta etapa inclui a aquisição de literatura técnica relativa aos diferentes projetos a serem desenvolvidos e que também servirão de apoio ao Curso de atualização das equipes de projeto. 4. Revisão de Literatura Nesta etapa será complementado o levantamento do estado-da-arte sobre o assunto, buscando caracterizar detalhadamente as interrelações e fluxos de materiais, energia, nutrientes e água, entre os diversos ambientes a serem construídos. Estas interrelações são de fundamental importância para o dimensionamento dos elementos componentes do projeto. Cita-se, por exemplo, o balanço energético do Centro, que será função da população prevista para o mesmo e das diferentes alternativas energéticas passíveis de exploração no local (solar, eólica, biodigestores, biomassa, etc.). Dentre a bibliografia básica referencial para o desenvolvimento do projeto inclui-se: Lyle (1994), Pearson (1989), Mollison (1988), Talbot (1993), Yannas (1994); Evans e Schiller (1988), Moore (1993), Broome e Richardson (1991), . 5. Montagem do Curso de capacitação das equipes de projeto Diante da carência de recursos humanos locais para o desenvolvimento de um projeto com as características acima descritas, que requer a composição de uma equipe multidisciplinar com uma identidade de linguagem e objetivos bem definidos, por todos entendidos, será organizado um Curso que trará especialistas nas diversas áreas com suas respectivas contribuições para o desenvolvimento dos projetos. 6. Desenvolvimento do Curso de capacitação das equipes de projeto Prevê-se para o Curso uma duração total de 90 hs, desenvolvendo-se ao longo de dois meses O Curso será desenvolvido em Porto Alegre, contando com apoio de profissionais da UFRGS, bem como de outras que vierem a participar do projeto. O curso poderá ser integrado por profissionais liberais ou professores de instituições locais e nacionais Tanto na montagem do Curso, como em seu desenvolvimento será fundamental o apoio da Cal Poly e, em particular, do Prof. John Lyle e do staff do Center for Regenerative Studies da mesma universidade, assim do Dr. William Roley, do Permaculture Institute of Southern California. 7. Elaboração de projetos A equipe que desenvolverá o projeto do Centro será montada através de uma composição de recursos humanos pertencentes a Cal Poly, H2O Workshops, UFRGS, alunos egressos do Curso e caso necessário, por outros profissionais locais ou nacionais. No tocante às edificações, que se constituirão nos investimentos de custo mais elevado, serão buscadas as seguintes características: • Uso de estratégias relacionadas à arquitetura solar passiva; • Uso de painéis solares para o aquecimento de água para uso doméstico; • Uso de níveis de isolamento térmico para telhados, paredes e pisos adequados à realidade climática local e à condição econômica dos participantes; Projeto CETHS • Considerações Finais Uso de pinturas e preservativos não-tóxicos para a madeira, da forma mais ampla possível; • Utilização de materiais locais de baixo conteúdo energético ou de materiais reciclados; • Utilização de coberturas verdes ou de telhas cerâmicas; • Emprego de sistemas de conservação de água em chuveiros, banheiros e cozinhas; • Coleta e reciclagem de água de chuva para uso para irrigação; • Emprego de sistemas construtivos passíveis de auto-construção, constituídos por componentes modulares, passíveis de utilização na forma de kits. Além dos aspectos estruturais, o perfil dos habitantes do Centro terá importância considerável. Por isso, serão desenvolvidas atividades coordenadas por profissionais da área de sociologia com o objetivo de estabelecer critérios para a escolha dos moradores. Esses critérios levarão em consideração a situação econômica e de ocupação, a capacidade de levar adiante as tarefas propostas pelos demais projetos e outros que impliquem numa melhor adaptação dos indivíduos às fases de implantação e monitoramento. 8.Organização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis Este encontro dará continuidade ao I Encontro Nacional sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis, que foi realizado em novembro de 1997 no município de Canela/RS. O Encontro oportunizará a disseminação das informações adquiridas através do desenvolvimento do projeto, assim como contar com uma avaliação crítica sobre as estratégias de projeto adotadas e registrar os avanços ocorridos na área em geral, a partir da realização do I Encontro. 9. Realização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis Pretende-se, após concluídos os projetos, realizar um Encontro internacional sobre Comunidades Sustentáveis, com ênfase na área de Edificações, com vistas a divulgar as idéias e as práticas propostas para a implementação do CETHS. Para a organização do Seminário, a equipe organizadora do Evento poderá contar com o apoio da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, principalmente de seu Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Sustentável, que preconiza e persegue os princípios propostos para o CETHS. 10. Relatórios Parciais e Final Consistirão da descrição minuciosa dos projetos e custos relacionados à implantação do Centro, podendo servir de referencial para a implantação de centros similares, em outras regiões, assim como, valendo-se dos diversos projetos, quer em seu todo, quer parcialmente, para a implantação de comunidades sustentáveis de diferentes escalas. O relatório incluirá, ainda, propostas para o monitoramento das tecnologias a serem implantadas e também orientação aos usuários do Centro no que se refere ao uso dessas tecnologias. Projeto CETHS Considerações Finais 6.2 Comentários sobre os resultados alcançados pelo projeto Os resultados do projeto serão discutidos tomando-se por referência cada um dos itens da metodologia proposta e acima descrita. 6.2.1 Atividades desenvolvidas 1. Definição e caracterização da área A recomendação do Comitê Assessor do Programa Habitare, mencionada no início deste capitulo do relatório, de que se buscasse de forma urgente a consolidação de parcerias para a concretização do CETHS, e que já era uma meta estabelecida pela própria equipe de projeto, fez com que tal meta fosse perseguida de modo ainda mais intenso. As parcerias mais concretas foram estabelecidas com as Prefeituras de Alvorada e de Nova Hartz. Infelizmente, com nenhuma delas os projetos conseguiram atingir o nível desejado: • Em Nova Hartz foram construídas oito unidades habitacionais, com recursos repassados pela CAIXA ao município, através do Programa Habitar Brasil. O município obteve um recurso de R$ 55.000,00, que seria utilizado na construção de 11 unidades habitacionais tradicionais. Através de negociação com a CAIXA, o município conseguiu reduzir o número de unidades a serem construídas para 8, com a apresentação da proposta do projeto de Casa Alvorada, casa esta que possuía um custo mais elevado do que aquele constante da proposta inicial encaminhada pela Prefeitura. Porém, por decisão unilateral da Prefeitura local, tais unidades não foram construídas conforme a proposta especificada em projeto. Todas as demais diretrizes de implantação, tanto de infraestrutura, como as propostas de cunho social e educativo, ainda estão por ser implementadas, permanecendo a dúvida sobre a sua efetiva implantação. • Em Alvorada, que constituiu o nosso primeiro interlocutor e parceiro, nem mesmo a unidade habitacional prototípica foi até agora construída. Esperase que ainda venha a ser implementada como uma unidade demonstrativa no Horto Municipal local. No entanto, uma parceria bem mais frutífera foi estabelecida, para o Projeto CETHS, com o Sindicato das Indústrias de Olaria e Cerâmica para a Construção no Estado do Rio Grande do Sul - SIOCERGS, que forneceu todos os tijolos e telhas, para a construção de quatro unidades no conjunto habitacional de Nova Hartz. Esta doação de materiais foi fruto de outro projeto de Pesquisa do NORIE – Gestão Ambiental das Indústrias Oleiras e de Cerâmica Vermelha do Rio Grande do Sul – , que conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul, sendo a doação de materiais a contrapartida do SIOCERGS para este projeto Projeto CETHS Considerações Finais Cabe, também, ressaltar que, ao longo do desenvolvimento do projeto, as propostas de sustentabilidade preconizadas neste projeto de pesquisa foram apresentadas a diversas prefeituras, incluindo-se um contato direto com os prefeitos de Alvorada, Nova Hartz e Pelotas, e apresentações a representantes das prefeituras de Viamão, Bagé e Porto Alegre. 2. Montagem da estrutura operacional de trabalho A atividade de detalhamento do plano de trabalho foi desenvolvida conforme o previsto. Destaca-se que durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa ocorreu uma visita de Michael Morrisey ao NORIE. No entanto, como se explicará mais adiante, o arquiteto australiano não participou das atividades de projeto. 3. Montagem da infra-estrutura Esta atividade também foi desenvolvida como previsto, com aquisições ocorrendo ao longo de todo o período do projeto. O Anexo K lista os, aproximadamente, 60 livros adquiridos pelo projeto, em adição a: um banco de dados sobre materiais de construção e seus impactos ambientais, um software e os dois periódicos subscritos. 4. Revisão de Literatura Conforme descrito acima, através da Atividade 3, a base bibliográfica, e conseqüente revisão de literatura foi ampliada, e em muito, a partir da construção de uma biblioteca em Edificações e Comunidades sustentáveis. Esta biblioteca provavelmente se constitua no maior acervo hoje existente no Brasil, tratando especificamente do tema. 5. Montagem do Curso de capacitação das equipes de projeto e 6. Desenvolvimento do Curso de capacitação das equipes de projeto Na elaboração do projeto de pesquisa, reconhecia-se a carência de recursos humanos locais com capacitação para o desenvolvimento de um projeto com as características daquele que se pretendia desenvolver. Propunha-se, diante disso, a organização de um Curso de capacitação, de 90 horas, e a contratação de consultorias periódicas, incluindo-se a de especialistas estrangeiros, para a capacitação da equipe de projeto, assim como para o seu próprio desenvolvimento. Após reavaliação desta proposta, dos custos a ela associados, assim como do potencial da própria UFRGS, e em particular do NORIE, de assumir a maior parte das tarefas de projeto, resolveu-se que esta última alternativa seria a mais racional, econômica e produtiva. Para atender a esta nova forma de ação, estruturou-se no NORIE uma linha de pesquisa em Edificações e Comunidades Sustentáveis, com a criação das disciplinas Edificações e Comunidades Sustentáveis (em 1999), Projetos Regenerativos (em 2000) e Gestão Ambiental Urbana (em 2001). Decidiu-se, então, que seriam capacitados recursos humanos dentro do próprio curso de mestrado do NORIE, com a contratação eventual de recursos humanos para atividades especiais, como os de produção gráfica. Projeto CETHS Considerações Finais Diante disso, e a um custo equivalente ao da contratação de especialistas locais, concedeu-se bolsas de mestrado a cinco profissionais arquitetos (Christiane Carbonell Jatahy, Cristiano Viegas Centeno, Michele Sedrez, Maria Cristina Haas e Verena Baldoni). Um dos profissionais que se integrou ao curso de mestrado (Maria Cristina Haas), inclusive, constava da lista de profissionais consultores que se pretendia contratar para o projeto. Tais mestrandos, assim como vários outros, cursando o NORIE, passaram a se dedicar às atividades do projeto, passo a passo, já que as disciplinas criadas tinham como proposta prática o desenvolvimento de trabalhos de interesse do projeto CETHS. Quanto à participação de especialistas estrangeiros, manteve-se a vinda ao Brasil do Dr. William Roley, do Permaculture Institute of Southern Califórnia, que em novembro de 1999, participou de uma atividade intensiva (charrette), ao longo de três dias, realizada no Rincão Gaia, centro demonstrativo ambiental pertencente à Fundação Gaia e fundado por José Lutzemberger. Nesta atividade participaram aproximadamente 25 profissionais, das áreas de engenharia, arquitetura e agronomia, além do Dr. Roley. Nesta ocasião foram definidas as diretrizes que orientaram o projeto do CETHS. Infelizmente, o criador e fundador do Center for Regenerative Studies, da Califórnia, Prof. John Lyle, grande incentivador do projeto CETHS, faleceria durante o segundo semestre de 1998. O outro consultor, arquiteto Michael Morrisey, vencedor do concurso internacional de idéias de projeto, em viagem de passeio ao Brasil no início de 2000, e sem custos para o projeto, foi apresentado às propostas e atividades que se desenvolviam à época. Outras contribuições importantes para o desenvolvimento do projeto, foram as do Dr. Steve Curwell e do Dr. Martin Sexton, ambos envolvidos com o tema de sustentabilidade em sua universidade de origem, University of Salford, Inglaterra. Ambos estiveram no NORIE, o primeiro em maio de 1999 e o segundo em abril de 2000, com recursos de um projeto CAPES/BRITISH COUNCIL, e ministraram disciplinas de 30 horas/aula, na área de sustentabilidade. As propostas desenvolvidas foram ainda enriquecidas pelos comentários dos palestrantes, Yves Cabanes e Liliana Miranda, convidados a participar do II Encontro Nacional e I Encontro Latino Americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis, organizado como atividade deste projeto. 7. Elaboração de projetos No item 5.2.1 Considerações sobre o desenvolvimento do processo de implantação, deste Relatório, e no título 1 Definição e caracterização da área, deste presente item, são relatadas algumas dificuldades enfrentadas para a implementação das idéias associadas a este projeto com as instituições parceiras. Apesar de sua implementação ser ainda parcial, acredita-se que ainda se consiga evoluir da situação atual. O Volume do Relatório, que contém os desenhos relativos à proposta de edificação habitacional, Casa Alvorada, e do conjunto habitacional CETHS, apresenta os detalhes arquitetônicos e urbanísticos resultantes do projeto de pesquisa. Projeto CETHS Considerações Finais O item 3.3 deste Relatório apresenta as diretrizes adotadas na concepção do protótipo. Pode ser observado que em relação à proposta original, foram adicionados os seguintes itens: • Uso de vegetação, tanto para sombreamento, como para a produção de alimentos (paisagismo produtivo); • Proposta de uso de secador de alimentos (folhas e frutos) e composteira; • Proposta de utilização de fogão à lenha, para cozinhar e ao mesmo tempo aquecer o ambiente interior, nos períodos frios; • Tratamento local de esgoto doméstico; • Distribuição dos espaços internos, de modo a permitir a acessibilidade universal a todos os ambientes. • Sistema de coleta e reutilização de água de chuva, para descarga do vaso sanitário. Com relação ao projeto urbanístico do Centro, o item 4.2.4 apresenta as diretrizes seguidas para a sua concepção, e que se encontram ilustradas nos projetos descritos em volume anexo. 8.Organização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis e 9. Realização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis O Encontro foi realizado, conforme previsto, permitindo a disseminação das idéias perseguidas, que foram apresentadas através de diversos trabalhos e posters ilustrativos, programados para o evento. Apresenta-se, a seguir, uma síntese do que foi o Encontro: O Encontro foi realizado entre os dias 24 e 27 de abril de 2001, em Canela, RS. Ao final do evento, no dia 28 de abril, foi realizado um Workshop com os componentes do Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Sustentável da ANTAC, para realizar uma apreciação geral sobre o Encontro, particularmente sobre os avanços ocorridos em relação ao I Encontro Nacional, também realizado pela ANTAC, no mesmo local em novembro de 1997. O Encontro contou com a Projeto CETHS Considerações Finais presença de 110 participantes (o que representa, aproximadamente, 25% de crescimento em participação, em relação ao I Encontro), originários de 8 diferentes Estados brasileiros. É de se destacar a participação de 3 convidados estrangeiros, originários do Equador, Peru e Costa Rica, além de um participante da Alemanha. Um participante da Argentina se inscreveu, mas não compareceu. O Encontro foi organizado em torno de Palestras Plenárias, Curso de Curta Duração, Sessões Técnicas e Painéis. O conteúdo das Palestras, Painéis e Sessões Técnicas foi incluído nos Anais do Encontro, enquanto que para o Curso foi produzida uma apostila em separado. As Palestras Plenárias tiveram os seguintes temas, datas e ministrantes: • SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE, 24/04/01, Rualdo Menegat • SUSTENTABILIDADE, 25/04/01, José Lutzemberger • ASSENTAMENTOS HUMANOS SUSTENTÁVEIS, 25/04/01, Yves Cabannes • EVOLUCION DE LOS SERVIÇOS DE ECOALOJAMIENTO Y TENDENCIA HACIA LA CERTIFICACION, 26/04/01, Ana L. Báez • HACIA UMA NUEVA URBANA AMBIENTAL CONCERTADA DESDE LA EXPERIENCIA DE ECOCIUDAD Y FORO CIUDADES PARA LA VIDA, 27/04/01, Liliana Miranda Sara Os Painéis reuniram especialistas brasileiros, tratando de três temas: Edificações e Comunidades Sustentáveis, Resíduos e Gestão Ambiental, organizados da seguinte maneira: • EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS Coordenador: Prof. Dr. Ioshiaqui Shimbo, UFSCar Participantes: M. Eng Andrea Naguissa Yuba, com o tema Uso da Madeira de Reflorestamento como Material de Construção e os Desafios para o Desenvolvimento Sustentável M. Eng. Giane de Campos Grigoletti, com o tema Caracterização dos Impactos Ambientais das Indústrias de Cerâmica Vermelha do Estado do RS. M. Eng. Márcia Roig Sperb, com o tema Avaliação de Tipologias Habitacionais a Partir da Caracterização de Impactos Ambientais Relacionados a Materiais de Construção. Projeto CETHS Considerações Finais • RESÍDUOS Coordenador: Prof. Dr. Miguel Aloysio Sattler, UFRGS Participantes: Prof. Dr. Tarcísio de Paula Pinto, com o tema Bacias de Captação de Resíduos – Instrumento para uma Gestão Sustentável Prof. Dr. Bernardo Arantes do Nascimento, da UFSCar, com o tema Análise de Sustentabilidade Ambiental dos Sistemas de Saneamento em um Loteamento Residencial. Prof. Dra. Maria Zanin, da UFSCar, com o tema Reciclagem de Resíduos Plásticos Domiciliares: Estudos de Casos Desenvolvidos pelo 3R – Núcleo de Reciclagem da UFSCar. • GESTÃO AMBIENTAL Coordenador: Prof. M.Eng. Luis Carlos Bonin, UFRGS Participantes: Eng° José Chacon de Assis, Presidente CREA/RJ, com o tema Gestão Ambiental de Espaços Urbanos. Prof. M.Eng. Vanessa Gomes da Silva, da UNICAMP, com o tema Agenda 21: Uma Proposta de Discussão para o Construbusiness Brasileiro M. Eng. Sandra Regina Mota Silva, com o tema Proposição Básica para Princípios de Sustentabilidade. As Sessões Técnicas foram subdivididas em Sessões Técnicas e Sessões de Comunicações Técnicas, ambas com a contribuição completa incluída nos Anais e com direito a apresentação oral de trabalhos (15 min, nas Sessões Técnicas e 10 min, nas Sessões de Comunicações Técnicas). Todos os autores que assim o quisessem, mas, obrigatoriamente, os autores de trabalhos selecionados como Comunicações Técnicas, foram solicitados a produzirem Posters, os quais ficaram expostos em área de frequente acesso, próxima ao espaço reservado ao Coffee Break, ao longo de todo o evento. O total de contribuições incluídas nos Anais foi de 61 trabalhos (13 na área de Gestão Sustentável de Espaços Urbanos e Áreas Rurais, 22 na área de Edificações Sustentáveis, 11 na área de Resíduos, 5 na área de Energia, 7 na área de Gestão Sustentável de Empresas, 1 na área de Ecoturismo e 1 na área de Permacultura), dos quais 35, nas Sessões Técnicas, 17, nas Sessões de Comunicações Técnicas e 9, nos Painéis. Durante o evento também foi ministrado um Curso de Curta Duração na área de Permacultura, com 4,5 hs de duração. Quarenta e nove profissionais Projeto CETHS Considerações Finais participaram do Curso Permacultura, que foi ministrado pelo Prof. André Soares, Diretor do INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DO CERRADO - IPEC. Com o intuito de incentivar a produção de trabalhos de qualidade, os organizadores decidiram premiar os três melhores trabalhos apresentados nas Sessões de Técnicas e nos Painéis, assim como os três melhores posters produzidos e expostos durante o decorrer do evento na área a eles destinada, e que foram apresentados oralmente nas Sessões de Comunicações Técnicas. A qualidade dos trabalhos foi julgada pelos participantes do evento, a quem foi solicitado preencher uma ficha de avaliação para cada tipo de trabalho. Os melhores Artigos Técnicos produzidos para o evento estão sendo encaminhados a ANTAC para que, após serem avaliados pela Comissão Editorial da Revista Ambiente Construído, sejam publicados neste periódico. Foram os seguintes os trabalhos premiados: • Na Categoria Artigos Técnicos: 1. Uso da madeira de reflorestamento como material de construção e os desafios para o desenvolvimento sustentável, apresentado por Andrea Naguissa Yuba. 2. Bacias de captação de resíduos sólidos – instrumentos para uma gestão sustentável, apresentado por Tarcísio de Paula Pinto. 3. Agenda 21: Uma proposta de discussão para o construbusiness Brasileiro, apresentado por Vanessa Gomes da Silva. • Na Categoria Posters: 1. O resíduo como um recurso, apresentado por Cristiano Viégas Centeno. 2. Gerenciamento sustentável das águas para o Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis – Nova Hartz, RS, apresentado por Christiane Carbonell Jatahy e Verena Schmidt Baldone. Estratégias de projeto para as habitações do CETHS, em Nova Hartz, apresentado por Michele de Moraes Sedrez e Telissa Frenzel da Rosa. 10. Relatórios Parciais e Final Além deste relatório, foram produzidos relatórios parciais, já encaminhados anteriormente. Projeto CETHS Considerações Finais 6.3 Comentários Finais Espera-se que este Relatório, efetuando o registro de todo o processo de produção do Projeto CETHS, inclusive dos fundamentos teóricos que apoiaram as diferentes propostas arquitetônicas e urbanísticas, torne possível a capacitação e aperfeiçoamento de estudantes e profissionais vinculados ao projeto e implantação de assentamentos habitacionais sustentáveis, assim como, a troca de experiências e, em um contexto maior, auxilie na educação ambiental do público em geral Além disto, torna-se indiscutível a contribuição para o desenvolvimento de pesquisas e disseminação dos princípios da sustentabilidade do ambiente construído no país que dele poderão advir, devidos, inclusive, à repercussão que o projeto vem obtendo junto à mídia (ver exemplos de divulgação pela mídia, em Anexo). Projeto CETHS Referências Bibliográficas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALEXANDER, C.; ISHIKAWA S.; SILVERSTEIN, M. A pattern language: towns, buildings, construction. Berkeley: Oxford University Press, 1977. 2. ALMEIDA, J. Da ideologia do progresso à idéia de desenvolvimento (rural) sustentável. In: ALMEIDA, J. e NAVARRO, Z. orgs. Reconstruindo a agricultura: idéias e ideais do desenvolvimento sustentável. Porto Alegre. UFRGS, 1997. p. 33-55. 3. CIB. Agenda 21 on sustainable construction. The Netherlands: CIB, 1999. 4. COELHO, A. B.; CABRITA, A. R. Espaços exteriores em novas áreas residenciais. Série Habitação. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1992. 5. COSTA FILHO, A.; BONIN, L. C.; SATTLER, M. A. Tecnologias sustentáveis em habitações destinadas à população de baixa renda. In: ENTAC 2000 – VIII Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Salvador, Bahia, Brasil, 2000. 6. DANIEL, A. Estudo fitossociológico arbóreo arbustivo da mata ripária da bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, RS. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: UFRGS, 1992. 7. DOURADO, G. M. (organizador). Visões de paisagem. Um panorama do paisagismo contemporâneo no Brasil. São Paulo: ABAP, 1997. 8. EHLERS, E. Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. Guaíba. Agropecuária, 1999. 157 p. 9. FIASCHI, L. et al. 1ª Mostra de paisagismo do IAB/RJ. Rio de Janeiro: IAB/RJ, 1987. 10.FRANCO, I.J. Ervas e plantas medicinais: a medicina dos simples. Chapecó: Imprimax, 199_ . 11.FREUDENBERGER, D.; WEGRZYN, V. Growth, Form, and Productivity. In: LYLE, J.T. org. Regenerative design for sustainable development. New York: John Wiley & Sons, 1994. Chapter 7. p.187-223. 12. GORDON, D. Green cities: ecologically sound approaches to urban space. Black Rose Books. Montreal, 1990. Projeto CETHS Referências Bibliográficas 13.GONZALEZ, F. A estruturação urbana e a participação da comunidade. 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ANEXOS PROJETO CETHS Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis Projeto CETHS Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2 ANEXO A INDICATIVOS ECOSSISTEMA DA REGIÃO PARA O PROJETO DA GLEBA 2 CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS C ET H S LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2 As comunidades de macrófitas aquáticas flutuantes livres representam, normalmente, o estágio inicial de uma hidrosere, colonizando a superfície d’água estagnada nas depressões do terreno. Na planície de inundação do rio dos Sinos verificam-se manchas com dominância de: Pistia stratiotes ou Salvinia herzogii. Também são encontradas espécies de macrófitas flutuantes como: Azolla caroliniana, Eicchornia crassipes, Wolffiela oblonga e Lemna valdiviana. As manchas de macrófitas aquáticas flutuantes encontram-se normalmente associadas à comunidade de Cephalantus glabratus, de acordo com um gradiente de profundidade da lâmina d’água e saturação hídrica do solo. 1. A comunidade de Cephalantus glabratus ocorre em áreas alagadiças com nível freático elevado ou água estagnada sobre a superfície. Esta comunidade caracteriza-se por extensas manchas monodominantes de C. glabratus, estabelecendo uma formação conhecida como sarandizal. Esta espécie estabelece uma comunidade arbustiva fechada de difícil penetração. Apresentando distribuição esparsa em meio à comunidade de Cephalantus glabratus/ sarandizal são encontradas espécies como: Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado), Mimosa bimucronata (maricá), Sebastiania schottiana (sarandi-vermelho) Phyllantus sellowianus (sarandi-branco). De acordo com a classificação proposta por IRGANG & GASTAL (1996) predominam macrófitas aquáticas anfíbias ou emergentes, em ambientes com disponibilidade de espaço e presença de lâmina d’água superficial, intercaladas aos agrupamentos de C. glabratus, ocorrem manchas de macrófitas flutuantes como Pistia stratiotes e Salvinia herzogii. 2. Enquanto a comunidade Panicum grumosum ocorre em áreas com afloramento periódico do lençol freático, caracterizando-se por um estrato herbáceo denso e contínuo (aproximadamente 1,5 metros de altura) com dominância de Panicum grumosum. Esta espécie estabelece extensas manchas monodominantes na planície de inundação do rio dos Sinos. Pertencendo ao estrato herbáceo também ocorrem espécies como: Echinochloa crusgalli, Hibiscus cf. cisplatinus, Ludwigia grandiflora, Cyperus spp., Polygonum spp. E Cleome trachycarpa, acompanhando Panicum grumosum ou constituindo manchas diferenciadas em estrutura de mosaico. Intercaladas à vegetação herbácea ocorrem espécies arbóreas e arbustivas esparsas ou constituindo pequenos agrupamentos. Entre estas espécies destacam-se: Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado), Sebastiania commersoniana (branquilho) e Blepharocalyx salicifolius (murta). 3. A comunidade de Sebastiania commersoniana ocorre em áreas com presença de mosqueados (tonalidades cinzentas e avermelhadas) no horizonte superficial do solo, evidenciando oscilações do nível freático. Esta comunidade é constituída predominantemente por: Sebastiania commersoniana (branquilho), acompanhado por espécies como Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado), Blepharocalyx salicifolius (murta), Terminalia australis (amarilho), Mimosa bimucronata (maricá) e Projeto CETHS Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2 Daphnopsis racemosa (embira-branca). − Nesta comunidade, verifica-se um estrato herbáceo com incidência de luz difusa, com presença de espécies como Panicum helobium, Justicia laevilinguis e Commelina diffusa. Entre as lianas encontram-se Mikania cordifolia, Clystostoma callistegioides, Ipomoea cairica e Ipomoea alba. − Freqüentemente verificam-se manchas monodominantes de S. commersoniana intercaladas a outras comunidades vegetais da planície de inundação do rio dos Sinos. Em manchas com dominância desta espécie situadas em meio à comunidade de Panicum grumosum também ocorrem espécies como murta e sarandi-branco. 4. A comunidade Salix humboldtiana, estabelece-se em áreas sujeitas a inundações periódicas, caracterizando-se fisionomicamente por um estrato emergente aberto e decidual com dominância de Salix humboldtiana (salseiro). No estrato emergente também ocorrem espécies como Syagrus romanzoffiana (gerivá) e Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio). No estrato das arvoretas ocorrem espécies como: Actinostemon concolor (laranjeira-do-mato), Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado), Sebastiania commersoniana (branquilho), Myrsine cf. lorentziana (capororoca), Daphnopsis racemosa (embira-branca), Myrceugenia glauscescens, Myrceugenia campestris (guamirim) entre outras, e Psychotria carthagenensis, no sub-bosque, caracterizado pela sua presença. − No que refere-se à dinâmica sucessional, não verifica-se a regeneração de Salix humboldtiana no sub-bosque. Este fato demonstra que esta é uma espécie pioneira na planície de inundação do rio dos Sinos. − A presença de plântulas, no sub-bosque, de espécies que não foram encontradas nos estratos superiores, destacando-se Bactris setosa (tucum) e Matayba elaeagnoides (camboatá-branco) também evidencia a dinâmica sucessional. − Nesta comunidade são freqüentes touceiras de Bambusa trinii (taquaruçu-de-espinho), indicativo de áreas alteradas em processo de regeneração. 5. A comunidade de Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio) estabelece-se normalmente nos locais de cota mais alta, principalmente sobre as barrancas das margens do leito do rio dos Sinos. Na planície de inundação do rio dos Sinos verificam-se manchas contínuas com dominância de Inga uruguensis no estrato emergente. Em diversos segmentos das barrancas marginais do rio dos Sinos constata-se a predominância de: Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio) Parapiptadenia rigida (angico), Luehea divaricata (açoita-cavalo), Guarea macrophylla (pau-d’arco), Salix humboldtiana (salseiro), Myrciaria tenella (cambuí), Scutia buxifolia (coronilha) e Ficus organensis (figueira), entre outras. − A ocorrência de Inga uruguensis em pequenas elevações situadas em meio à comunidade de Cephalantus glabratus apresenta relevante importância fisionômica, destacando-se na paisagem. − Nestes locais diferenciam-se manchas de vegetação com presença de espécies como Guettarda uruguensis (veludo), Myrciaria tenella (cambuí), Terminalia australis (amarilho), Calliandra tweediei (caliandra-vermelha) e Sebastiania commersoniana (branquilho), bem como Inga uruguensis no estrato emergente. Comunidades de / características Macrófitas aquáticas flutuantes livres. Onde são encontradas Colonizando a superfície d’água estagnada nas depressões do terreno. Cephalantus glabratus / sarandizal: Alagadiças com nível freático elevado ou água estagnada Espécies Pistia stratiotes ou Salvinia herzogii. Azolla caroliniana, Eicchornia crassipes, Wolffiela oblonga Lemna valdiviana Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado), Projeto CETHS Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2 uma comunidade arbustiva sobre a superfície. fechada de difícil penetração. Panicum grumosum / Estrato herbáceo (1) denso e contínuo (aproximadamente 1,5 metros de altura) Intercaladas à vegetação herbácea ocorrem espécies (2) arbóreas e arbustivas esparsas ou constituindo pequenos agrupamentos. Sebastiania commersoniana /Salseiro: Arbóreas (1); e estrato herbáceo (2) com incidência de luz. Salix humboldtiana, Arbóreas (1) e arvoretas (2). Inga uruguensis (ingá-debeira-de-rio). Mimosa bimucronata (maricá), Sebastiania schottiana (sarandivermelho) Phyllantus sellowianus (sarandi-branco) Ocorre em áreas com 1) Panicum grumosum afloramento periódico do Echinochloa crusgalli, lençol freático, Hibiscus cf. cisplatinus, Ludwigia grandiflora, Cyperus spp., Polygonum spp. E Cleome trachycarpa 2)Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado), Sebastiania commersoniana (branquilho) e Blepharocalyx salicifolius (murta) No horizonte superficial do (1)Sebastiania commersoniana solo, evidenciando oscilações (branquilho), do nível freático. Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado), Blepharocalyx salicifolius (murta), Terminalia australis (amarilho), Mimosa bimucronata (maricá) e Daphnopsis racemosa (embira-branca). (2)Panicum helobium, Justicia laevilinguis Commelina diffusa. Mikania cordifolia, Clystostoma callistegioides, Ipomoea cairica e Ipomoea alba Estabelece-se em áreas Syagrus romanzoffiana (gerivá) sujeitas a inundações ((1)Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio). periódicas. (2)Actinostemon concolor (laranjeira-domato), Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado), Sebastiania commersoniana (branquilho), Myrsine cf. lorentziana (capororoca), Daphnopsis racemosa (embira-branca), Myrceugenia glauscescens, Myrceugenia campestris (guamirim) Psychotria carthagenensis, Bambusa trinii (taquaruçu-de-espinho) Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio) Estabelece-se Parapiptadenia rigida (angico), normalmente nos Luehea divaricata (açoita-cavalo), locais de cota mais Guarea macrophylla (pau-d’arco), alta, principalmente Salix humboldtiana (salseiro), sobre as barrancas Myrciaria tenella (cambuí), Scutia buxifolia (coronilha) das margens do leito Ficus organensis (figueira) do rio. Guettarda uruguensis (veludo), Myrciaria tenella (cambuí), Terminalia australis (amarilho), Calliandra tweediei (caliandra-vermelha) Sebastiania commersoniana (branquilho) Inga uruguensis Projeto CETHS Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS ANEXO B MEMORIAL DESCRITIVO DAS 8 UNIDADES HABITACIONAIS CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS CETHS LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS GENERALIDADES O presente Memorial Descritivo apresenta, sumariamente, a descrição dos materiais a serem usados na construção do conjunto de 8 edificações unifamiliares, integrantes do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis (CETHS), no município de Nova Hartz. Este Memorial Descritivo ficará fazendo parte integrante do contrato e valendo como se, no mesmo, efetivamente transcrito fosse. A Prefeitura Municipal acompanhará o fornecimento de materiais, através da equipe de Fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente. A empresa contratada deverá assumir inteira responsabilidade pelo fornecimento dos materiais de construção. Portanto, todo e qualquer material, que a critério da Fiscalização, for julgado em desacordo com as especificações, deverá ser corretamente substituído, sem ônus para a Prefeitura Municipal. Onde este Memorial for eventualmente omisso, ou na hipótese de dúvida na interpretação dos textos, deverá sempre ser consultada a Fiscalização que prestará maiores esclarecimentos. 1.1 Verificações preliminares Inicialmente, o proponente deverá efetuar completa e detalhada verificação preliminar do Memorial Descritivo, Orçamento e Cronograma Físico-Financeiro. Caso sejam constatados quaisquer tipos de irregularidades, transgressão das normas técnicas, regulamentos ou leis em vigor, estas deverão ser imediatamente informadas à Secretaria do Meio Ambiente em até 3 dias úteis antes da entrega da proposta orçamentária, a fim de permitir a adequação do Memorial Descritivo e/ou Orçamento e/ou Cronograma Físico-Financeiro. 1.2 Especificações gerais de materiais Todos os materiais de construção deverão atender às normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. As especificações dos materiais constantes neste memorial deverão ser rigorosamente obedecidas. A empresa contratada só poderá fornecer qualquer material após o mesmo ter sido examinado e aprovado pela Fiscalização da Prefeitura Municipal. Não será aceito material defeituoso. Cada lote de material deverá ser comparado com a respectiva amostra, previamente aprovada pela Fiscalização, e armazenada. 1.3 Alterações no projeto Nenhuma alteração no Projeto ou Memorial Descritivo, determinando ou não valor da obra, será executada sem autorização do contratante e do autor do projeto. Toda vez que for sugerida qualquer alteração, esta deverá ser acompanhada de orçamento e justificativa correspondente, através de comunicação por escrito. 2 INSTALAÇÃO DA OBRA 2.1 • Locação da obra madeiras sem empenas, perfeitamente retas e secas 3 FUNDAÇÃO 3.1 Fundação rasa com pedra grês • bloco grês de 50x25x12 cm • cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado • areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais • concreto fck≥15Mpa • armadura de aço CA-50 • madeiramento para formas sem empenas • emulsão asfáltica em quatro demãos Projeto CETHS 3.2 Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS Drenagem • brita 1 e 2 lavada 4 PAREDES As paredes serão executadas em alvenaria de tijolo maciço aparente. Os materiais cerâmicos não devem ter quebras, trincamentos e deformações, com integridade de arestas e vértices. Devem ter as dimensões reais dentro do limite definido em norma, apresentando esquadramento e planeza, além de uniformidade de cor e textura no lote completo. A absorção de água pelos tijolos cerâmicos não deve ser inferior a 8% e nunca superior a 25%. Os tijolos deverão satisfazer as normas pertinentes da NBR. 4.1 Alvenaria de tijolos • tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa • cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado • areia regular lavada isenta de material orgânico e sais • impermeabilizante, para a argamassa de assentamento • plastificante, para a argamassa de assentamento 4.2 Pilares de tijolos • tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa • cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado • areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais • grampos metálicos φ 3,4mm de aço CA-60 4.3 Vergas em tijolo cerâmico • tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa • cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado • areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais • armadura aço CA-60 • madeiramento para formas sem empenas 4.4 Peitoril em tijolo cerâmico • tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa • cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado • areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais 5 COBERTURA 5.1 Vigas de concreto armado • concreto fck≥15MPa • armadura em aço CA-50 e CA-60 • madeiramento para formas sem empenas 5.2 Madeiramento Todo o madeiramento do telhado será efetuado em eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças que não puderem ser contínuas deverão conter no máximo uma emenda por vão e esta deve estar em cima dos apoios. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras e nós. Devem apresentar integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. (Observar amostras de madeira na Prefeitura Municipal.) As peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças expostas as intempéries deverão Projeto CETHS Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS receber pintura stain pigmentada na cor nogueira em 2 demãos. O número de peças abaixo relacionadas está quantificado para uma unidade residencial. • terças de 6x16 cm – 6 peças de 8,20 m e 1 peça de 4,20 m • chapuz 16x16 cm – 15 peças • caibros 5x6 cm – 17 peças de 7 m e 17 peças de 1,90 m • ripas 1,5x5 cm – 17 peças de 8,20 m e 6 peças de 4,20 m • pregos galvanizados 5.3 Telhamento A telha deve trazer em sua face inferior, gravada em baixo ou alto relevo, a marca do fabricante e a cidade de sua origem. Não deve apresentar fissuras, esfoliações, quebras ou rebarbas. Não deve apresentar empenamento superior a 5mm. O lote deve ter uniformidade em suas dimensões, cor e textura. A tolerância no comprimento é de 2% e na largura é de 1%. A massa máxima da telha seca não deve ser superior a 3.000g. As telhas não devem apresentar absorção de umidade superior a 20%. Deve satisfazer as normas pertinentes da NBR. • telhas cerâmicas tipo portuguesa na cor natural com resistência e impermeabilidade conforme normas brasileiras 5.4 Forro O forro será em pinus elliotti. As peças deverão ser contínuas e beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras, nós, nem manchas de fungos azuladas. Devem apresentar integridade de arestas. Deverão estar secas. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças deverão receber pintura stain incolor em 2 demãos. • lambri tipo macho/fêmea em pinus • pregos galvanizados 5.5 Chapas metálicas de offset (usadas) Estas chapas serão reaproveitadas dos resíduos de gráficas, com espessura aproximada de 0,3mm em alumínio, conforme amostra existente na Prefeitura Municipal. 5.6 Roda-forro • roda-forrro tipo cordão em pinus elliotti satisfazendo as especificações gerais para o forro 5.7 Calhas, rufo e algeroz • calha em chapa galvanizada seção 15x15cm, com espessura mínima de 0,3 mm (corte 26) • braçadeiras metálicas • todas as peças metálicas com pintura antioxidante na cor das paredes externas rebocadas • tela plástica de nylon tipo mosqueteiro • arame galvanizado 12BWG para fixação da tela plástica na calha • tubulação de queda metálico φ 150mm espessura 0,3mm • algeroz chapa galvanizada de 60 cm espessura 0,3mm (corte 26) • rufo chapa galvanizada de 60 cm espessura 0,3mm (corte 26) 5.8 Fechamento lateral do telhado Em madeira do tipo eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças que não puderem ser contínuas deverão conter no máximo uma emenda por vão. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de Projeto CETHS Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS tratamento tóxico. Todas as peças expostas às intempéries deverão receber pintura stain pigmentada, na cor nogueira, em 2 demãos. • testeiras com 15 cm de altura e espessura 2 cm, em eucalipto citriodora, satisfazendo as especificações gerais para o madeiramento do telhado • pregos galvanizados 5.9 Portinholas do telhado Em madeira tipo eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças não deverão conter emendas. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças expostas às intempéries deverão receber pintura stain ,pigmentada na cor nogueira em 2 demãos. • tábuas de 200x15cm, com espessura de 2cm, em eucalipto citriodora, satisfazendo as especificações gerais para o madeiramento do telhado • dobradiças para portas em aço • puxadores metálicos, tipo alça, em aço • peças metálicas, com pintura antioxidante • tela plástica nylon, tipo mosqueteiro • pregos galvanizados 6 PAVIMENTAÇÕES 6.1 Contrapiso e piso • brita 1 e 2 lavada • areia regular e fina, lavadas totalmente, isentas de material orgânico e sais • cimento Portland CPIV 32, totalmente seco, sem estar aventado • madeiras para piso, com tratamento em óleo de linhaça, por imersão 7 REVESTIMENTOS 7.1 Revestimentos • cimento Portland CPIV 32, totalmente seco, sem estar aventado • areia regular, lavada totalmente, isenta de material orgânico e sais • cal hidratada, totalmente extinta 8 ESQUADRIAS A madeira para as esquadrias será em eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças não deverão conter nenhum tipo de emendas, sendo todas as esquadrias em um único tipo de eucalipto. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça, durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças deverão receber pintura stain pigmentada na cor nogueira, em 2 demãos (faces voltadas para o exterior e o interior). As janelas dos quartos e sala/cozinha devem obedecer rigorosamente o projeto anexo para as esquadrias. O número de peças, abaixo relacionadas, estão quantificadas para uma unidade residencial. • 3 portas internas, semi-ocas, com batente 2,10x0,80m • 2 portas externas, almofadadas maciças, com batente 2,10x0,80m • 1 janela maxim-ar, com batente 0,85x0,65m • 2 janelas tipo báscula, com batente 1,50x0,50m, com puxador prolongado de 3m Projeto CETHS Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS • 4 janelas, tipo sanfona com venezianas e batente (ver detalhe de projeto) • vidros transparentes, assentados em todas as esquadrias, com 4mm de espessura, sem arranhões, trincas e rachaduras • ferragens metálicas galvanizadas, em todas as esquadrias (dobradiças, maçanetas, fechaduras, etc), sem tratamento cromado • pregos galvanizados 9 PINTURAS Paredes, esquadrias e madeiramento do telhado receberão duas demãos de tinta stain (incolor ou pigmentada, conforme especificado nos itens correspondentes). 9.1 Paredes externas com reboco • tinta acrílica em cores variadas, a serem indicadas pela Fiscalização 9.2 Paredes externas com tijolo a vista • hidrofugante incolor 9.3 Paredes internas com reboco (quartos e sala/cozinha) • tinta acrílica, na cor branca 9.4 Paredes do banheiro e parede sobre bancada da pia • tinta epóxi, na cor branca 9.5 Madeiras • stain incolor ou pigmentado, a ser indicado pela Fiscalização 10 INSTALAÇÕES E COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS As instalações de esgoto e água potável deverão ser em PVC rígido soldável, contendo explicitamente a marca do fabricante. As manilhas deverão ter selo de qualidade fornecido pela CIENTEC. Os metais sanitários não deverão conter tratamento cromado. • bacia com caixa acoplada, lavatório com coluna, porta-toalhas com bastão, papeleira e saboneteira serão em louça, na cor caramelo ou bege. • assento para bacia sanitária em plástico, cor caramelo ou bege, acompanhando a cor da louça sanitária • tanque será em concreto, pré-moldado, com dimensões de 80x70 cm • bancada da cozinha, com uma cuba em aço inox e comprimento de 1,20m • torneira para cozinha de parede, torneira para lavatório de bancada e para tanque de parede, todas em metal • reservatório de água, com capacidade de 1.000 litros, em fibra de vidro • chuveiro elétrico, metálico 10.1 Caixa de inspeção Feitas com tijolos maciços, argamassa e reboco com impermeabilizante pega normal com dimensões de 60x60cm. 11 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Todas as instalações elétricas serão aparentes e deverão estar contidas em tubulações metálicas rígidas, obedecendo as normas pertinentes. O circuito destinado ao chuveiro elétrico (potência de 5.200 W), deverá constar de fiação igual, ou superior, a 4,0mm2 e o disjuntor correspondente será de 25A. 12 PERGOLADOS Todo o madeiramento dos pergolados será efetuado em eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças que não puderem ser contínuas deverão conter, no máximo, uma emenda por vão e esta deve estar em cima dos apoios. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem Projeto CETHS Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas, por imersão, em óleo de linhaça, durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças deverão receber pintura stain pigmentada, na cor nogueira, em 2 demãos. O número de peças, abaixo relacionado, está quantificado para uma unidade residencial. 12.1 Madeiramento pergolado lateral • 6 toras roliças, φ 12 cm com 3,20 m • 7 toras roliças, φ 12 cm com 1,60 m • 2 toras roliças, φ 12 cm com 1,20 m • 1 tora roliça, φ 12 cm com 1,50 m • 1 tora roliça, φ 12 cm com 0,80 m • pregos galvanizados e parafusos passantes, com porcas em aço galvanizado 12.2 Bases pergolado lateral • Concreto, fck=15MPa • armadura em aço, CA-50 • chapa de aço, espessura ½”, de 12x12 cm 12.3 Madeiramento pergolado frontal • 1 peça de 7x16 cm, de 3,20 m • 5 peças de 5x7 cm, de 1,70 m • pregos galvanizados Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS ANEXO C MEMORIAL EXECUTIVO DAS 8 UNIDADES HABITACIONAIS CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS CETHS LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS INTRODUÇÃO O presente memorial traz as especificações para a execução das unidades habitacionais do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis – CETHS – a ser construído no município de Nova Hartz, visando orientar suas etapas. Todos os serviços deverão ser executados de acordo com este memorial, seguindo as especificações constantes em projeto e as indicações a serem fornecidas pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. O proponente deverá realizar levantamento das condições técnicas necessárias para a execução dos serviços, através de prévia visitação ao local da obra. O proponente deverá efetuar completa e detalhada verificação preliminar do Memorial Descrtitivo, Orçamento e Projetos. GENERALIDADES O projeto é constituído deste Memorial Executivo, Memorial Descritivo, Orçamento, Projeto Arquitetônico e Complementares. Os projetos e especificações técnicas fornecidos pela CONTRATADA farão parte do projeto executivo, após a aprovação dos mesmos pela Prefeitura de Nova Hartz . Qualquer serviço, ou material, que faça parte apenas das especificações, ou apenas dos desenhos, são considerados elementos integrantes do projeto. Aqui chamaremos de fiscalização os representantes credenciados pela Prefeitura de Nova Hartz. Todos os serviços que forem necessários e que não estejam mencionados no projeto, devem ser executados após indicação e aprovação da Prefeitura de Nova Hartz. Deverão ser aplicadas todas as prescrições e recomendações contidas neste Memorial Executivo e demais documentos com ele relacionados, salvo quando constem nos projetos, explicitamente, dados em contrário. Fica neste caso, a cargo da CONTRATADA a responsabilidade pela segurança e qualidade do trabalho especificado. A CONTRATADA deverá executar todos os trabalhos especificados nos projetos sempre mediante a aprovação da Prefeitura de Nova Hartz. Os serviços não aprovados ou que se apresentarem defeituosos em sua execução, serão demolidos e reconstruídos por conta exclusiva da CONTRATADA. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS A CONTRATADA só poderá usar qualquer material após o mesmo ter sido examinado e aprovado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. A CONTRATADA manterá permanentemente um Engenheiro Civil, devidamente credenciado conforme atestados apresentados na licitação, o qual, manterá no escritório da obra, uma cópia das especificações, dos desenhos, das ordens alterando os serviços (se houver) e o Diário da Obra. O Diário da Obra deverá ser escriturado todos os dias e vistados pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. Todas as observações da Fiscalização deverão ser transcritas no mesmo e devidamente assinadas. A CONTRATADA deverá obedecer as normas vigentes de segurança e higiene do trabalho e demais regulamentações pertinentes. Deverá ser realizada, por parte da empresa contratada, no decorrer do prazo de execução da obra, periódica remoção de todo o entulho e detritos que venham a se acumular no terreno. Exceto os reaproveitáveis e utilizáveis na obra, todos os demais deverão ser retirados do terreno imediatamente após feita a seleção dos mesmos. Todos os materiais residuários da construção (solo, madeiras, metais, plásticos, papéis, entulho de construção, etc.) deverão ser separados conforme sua natureza e depositados em locais específicos e aprovados pela Fiscalização. Com prévia autorização de Prefeitura de Nova Hartz, a CONTRATADA depositará em locais apropriados e em segurança os materiais que por sua natureza o exigirem. Não poderá sob nenhum pretexto depositar na obra materiais que não tenham emprego na mesma ou maiores quantidades que as requeridas pelos trabalhos contratados. Salvo para materiais suscetíveis de perdas ou quebras admitidos pela Prefeitura de Nova Hartz. Todos os serviços, independente de especificações e detalhamento, deverão atender as normas vigentes da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, e ser executados sob a orientação de profissional habilitado junto ao CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Será exigido o uso de equipamentos de segurança por todos os funcionários, de acordo com a legislação vigente, sendo sua distribuição e fiscalização de responsabilidade da empresa contratada. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS SERVIÇOS PRELIMINARES Instalação da obra A Prefeitura de Nova Hartz entregará à CONTRATADA o terreno da maneira em que se encontra. Ficarão a cargo exclusivo da CONTRATADA todas as providências correspondentes às instalações provisórias da Obra, compreendendo o aparelhamento, maquinário e ferramentas necessárias à execução dos serviços contratados, bem como: andaimes, tapumes e cercas. Será de responsabilidade da CONTRATADA a limpeza e remoção dos entulhos das obras e suas instalações. Limpeza do terreno A CONTRATADA procederá a limpeza do terreno destinado à construção, removendo qualquer detrito nele existente, inclusive destocamento. Também providenciará a retirada periódica do entulho que se acumular no recinto dos trabalhos, durante o encaminhamento da obra. Movimento de terra Será feito o movimento de terra necessário para se obter um perfil de superfície adequado à execução da obra, que permita fácil escoamento das águas superficiais. O aterro que se fizer necessário será executado com material escolhido (arenoso), em camadas de 20cm de altura, molhadas e fortemente compactadas. Entrada de energia para instalação da obra A entrada de energia para as instalações provisórias do canteiro de obras deverá ser realizada obedecendo rigorosamente às prescrições da Concessionária local. Os ramais e sub-ramais internos serão executados com condutores isolados por camada termoplástica, devidamente dimensionados, para atender às respectivas demandas dos pontos de utilização. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS Os condutores aéreos serão fixados em postes de madeira, com isoladores de porcelana. Não serão admitidos fios desencapados. Cada máquina ou equipamento deverá receber proteção individual, de acordo com a respectiva potência, por disjuntor termomagnético, fixado próximo ao local de operação do equipamento. Entrada de água para as instalações provisórias A entrada de água deverá ser captada da rede existente, seguindo as normas técnicas específicas. IMPLANTAÇÃO DA OBRA A CONTRATADA será responsável pela locação da obra no terreno obedecendo rigorosamente às cotas e os alinhamentos estabelecidos no projeto. Para locação da obra, a CONTRATADA deverá efetuar a montagem de gabarito de madeira, de modo a facilitar a implantação e a conferência dos pontos. A locação deverá ser feita pelos eixos e face das paredes ou pilares. O gabarito só poderá ser retirado após a conclusão da fundação. Os níveis e alinhamentos não indicados no projeto serão obtidos com a Fiscalização. Deve-se ter em conta que nenhum piso poderá estar a menos de 0,15 m acima do nível do terreno, salvo nas áreas de circulação externa. A CONTRATADA é obrigada a conservar todas as árvores que o projeto incorpore na sua planificação, tomando medidas cabíveis. FUNDAÇÕES As fundações serão executadas obedecendo ao projeto e detalhes específicos aprovados pela fiscalização. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS O terreno natural sob as fundações deve ser preparado. Essa preparação consistirá em apiloamento do terreno. As cavas para os alicerces deverão ter profundidade e largura adequadas às dimensões da fundação e ângulos de 90° . Poderão ser feitas manual ou mecanicamente. Após a execução dos alicerces serão aterradas aproveitando a terra da escavação e compactadas adequadamente. As fundações serão feitas com pedras em blocos de grês de 50x25x12 cm, assentadas nas cavas e unidas com argamassa de cimento e areia com traço 1:4, conforme especificação do projeto. A última fiada de pedras receberá uma cinta de concreto que vai “amarrá-las”, completando as fundações. Deve ser feita da seguinte maneira: faz-se uma forma de madeira, monta-se a armadura e faz-se a concretagem com concreto fck ≥ 15Mpa. Todo o material retirado das escavações e que não for posteriormente utilizado, deverá ser transportado por conta da CONTRATADA, para local indicado pela Fiscalização, até uma distância média igual ou inferior a 2 km. FORMAS Na execução das formas deverá ser observado: - reprodução fiel dos desenhos; - adoção de contra-flecha, quando necessária; - nivelamento das vigas; - contraventamento de painéis que possam se deslocar quando do lançamento do concreto; - furos para passagem das tubulações, se houver; - vedação e escoramento das formas; - limpeza das formas; A execução das formas e do escoramento deverá ser feita de modo a haver facilidade de retirada dos seus diversos elementos. Antes do lançamento do concreto as formas deverão ser molhadas até a saturação. A retirada das formas não deverá ocorrer antes de 4 dias para as faces laterais. Nenhum conjunto de elementos estruturais poderá ser concretado sem primordial e minuciosa verificação por parte da CONTRATADA e da Fiscalização, da perfeita disposição, dimensões e escoramento das formas e armaduras correspondentes. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS ARMADURAS Na execução das armaduras deverá ser observado: - dobramento das barras, de acordo com os desenhos; - números de barras e suas bitolas; - posição correta das barras; - recobrimento mínimo 2,5 cm. - o dobramento e corte do aço deverá ser feito a frio, não se permitindo aquecimento, em caso algum. - não serão admitidas emendas de barras não previstas no projeto estrutural. As emendas e comprimentos de ancoragem deverão estar de acordo com a NB-1. - as superfícies das barras deverão estar limpas de camadas de ferrugem, óleo, graxa e outras substâncias estranhas. - a armadura deverá ser precisamente colocada e segura na posição, de modo que não seja deslocada durante o lançamento do concreto. IMPERMEABILIZAÇÃO A impermeabilização das fundações deverá ser executada na face superior da viga baldrame e nas faces laterais da primeira fiada da alvenaria de elevação. Após o reaterro e apiloamento as vigas baldrame deverão ser impermeabilizadas com 3 demãos de hidroasfalto. As superfícies deverão estar secas e limpas e a contratada deverá tomar os devidos cuidados para que as superfícies impermeabilizadas mantenham a homogeneidade necessária a seu bom funcionamento. Os topos dos baldrames de pedra serão regularizados com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, com adição de Sika 1 ou similar, na proporção de 1:15 (Aproximadamente 3,5% sobre o peso do cimento). ALVENARIA DE ELEVAÇÃO As paredes seguirão as dimensões, alinhamentos e materiais especificados no projeto de arquitetura. Serão executadas, quando de alvenaria de tijolo, com junta nas primeiras Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS cinco fiadas de cimento e areia no traço 1:3. Após as juntas serão com cimento, cal e areia no traço 1:2:8. A alvenaria ficará a vista. Os tijolos empregados deverão ser bem cozidos, de coloração uniforme, dimensões regulares, sonoros e resistentes à queda. Sob temperaturas altas, ou ao sol, deverão ser mantidos úmidos a ponto de não secarem antes da argamassa de assentamento. Os pilares serão feitos conforme especificado em projeto, assentados com argamassa de 1:5, com amarração às paredes com grampos metálicos. Nas três primeiras fiadas a argamassa levará impermeabilizante, tipo SIKA 1 ou similar, na proporção indicada pelo fabricante. Todas as fiadas serão perfeitamente alinhadas e aprumadas, devendo a obra ser levantada uniformemente, evitando-se amarrações para ligações posteriores. Os paramentos serão perfeitamente planos e verticais. A argamassa que se estende entre duas fiadas terá espessura entre 1,00 cm e 1,50 cm, e será colocada cuidadosamente entre os tijolos a fim de evitar juntas abertas. Estas serão cavadas a ponta de colher para que o emboço adira fortemente. Deverão ser feitas as aberturas para posterior encaixe das esquadrias. Elas terão as dimensões especificadas no projeto de arquitetura e receberão tacos de madeira de lei para afixar os contramarcos. As vergas serão em alvenaria à vista, colocadas de lado. Será feita uma verga em concreto, com armadura de aço, conforme especificação do projeto. Para a fixação das esquadrias de madeira serão colocados, durante a elevação das paredes, tacos de madeira de lei, pichados, mergulhados em areia grossa e com pregos para maior fixação e assentes em argamassa de cimento e areia, traço 1:4, em número, dimensões e posições adequadas, com um afastamento máximo de 0,60m. Não se permitirá o emprego de argamassa com mais de um dia a contar de sua preparação, e nem cal em pasta com menos de 48 horas após a sua completa queima. Para as alvenarias aparentes, os tijolos serão assentados com argamassa de cimento, areia e água. Os tijolos deverão permanecer impecavelmente limpos e as juntas perfeitamente alinhadas, uniformes e frisadas. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS CINTAS, VERGAS e CONTRAVERGAS Sobre todas as paredes externas, será executada uma cinta de amarração de concreto armado ou madeira, de acordo com o projeto de arquitetura, na largura das paredes. Todas as vergas e contravergas deverão ultrapassar, no mínimo, 0,30m de cada lado da abertura. COBERTURA Estrutura de madeira O telhado convencional será com tesouras ou cavaletes compatíveis com os vãos indicados nos desenhos. Para a construção da estrutura de madeira deverão ser observadas as prescrições da norma NB-11 da ABNT e o projeto estrutural. Todos os trabalhos deverão ser feitos por operários habilitados e capazes, devidamente assistidos pelo mestre carpinteiro e assessorados pelo Engenheiro responsável, que verificarão a correta execução das sambladuras, encaixes, ligações e articulações, as quais deverão ser executadas de forma a permitir seu ajuste perfeito. As peças que na montagem não se ajustarem perfeitamente às ligações, ou que se tenham empenado, deverão ser substituídas. Para a execução de ligações, de perfuração, escariação, fresamento e ranhuras, torna-se imprescindível a utilização de máquina neste serviço, possibilitando perfeito ajustamento das peças. Quando houver dúvidas sobre a resistência de uma ou mais partes integrantes da cobertura, poderá ser exigida a realização de prova de carga. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS Cobertura Será executada em telha cerâmica, conforme especificação no projeto, com inclinação de acordo com o mesmo. As calhas serão de chapas galvanizadas nº 26. Quando for necessário, as telhas cerâmicas receberão amarração com arame galvanizado. Os furos executados nas coberturas para passagem de ventiladores, etc., deverão ser acabados com chapas galvanizadas nº 24, com recobrimento mínimo (gola) de 15 cm. O beiral junto aos oitões será executado em madeira, conforme especificações de projeto. Nos lados mais elevados do telhado, serão efetuados rufos e algeroz em chapa galvanizada, perfeitamente fixados na alvenaria e telhado, segundo cada caso, sem frestas. Entre o telhamento e o forro de lambri haverá uma camada de chapas de offset, que deverão ser fixadas às ripas do madeiramento do telhado, conforme especificações em projeto. Estas deverão estar limpas e perfeitamente sobrepostas a fim de evitar falhas e frestas. Será feita uma testeira nas bordas mais baixas do telhado, em madeira, a qual conterá portinholas para ventilação, com fecho manipulável e dobradiças e obstruídas com rede, que devem funcionar perfeitamente e ser executadas conforme especificações do projeto. REVESTIMENTOS DAS PAREDES Argamassas As paredes rebocadas receberão argamassa fina de cimento e areia 1:3 + 5% de cimento. Os revestimentos de argamassa deverão se apresentar perfeitamente desempenados, aprumados, alinhados e nivelados. As superfícies deverão ser limpas e abundantemente molhadas, antes do início do revestimento. O revestimento de argamassa será constituído de, no mínimo duas camadas superpostas contínuas e uniformes. Deverá apresentar paramentos perfeitamente desempenados, prumados, alinhados e nivelados com as arestas vivas. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS Os emboços e rebocos que apresentem defeitos, fissuras ou som oco à batida, serão removidos e substituídos. Chapisco Será aplicado chapisco de argamassa de cimento e areia no traço 1:3 em todas as paredes e embasamento, conforme lista de material. Emboço e reboco O emboço deverá ser iniciado após a completa pega do chapisco, depois de colocados os marcos e aduelas. Deverá o emboço ser fortemente comprimido e a superfície a revestir ser áspera para facilitar a aderência do reboco. A espessura máxima de emboço deverá ser de 1,50cm. Para o emboço interno ou externo usar-se-á argamassa de cimento, cal e areia, traço 1:2:8. FORRO Será constituído em tábuas fixadas na estrutura de madeira do telhado de acordo com as especificações de projeto. As tábuas serão do tipo "macho e fêmea" e serão pregadas pelo encaixe de modo que os pregos não sejam visíveis. As emendas não poderão ficar no mesmo alinhamento, e só poderão existir com aprovação da Prefeitura Municipal de Nova Hartz. A armação do forro será devidamente pregada à armação do telhado de modo a assegurar a sua completa sustentação e horizontalidade. O acabamento do forro com as paredes será feito com meia cana de 1" x 1" do mesmo material do forro. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS CONTRAPISOS E PISOS Onde cabível, será incentivada a reutilização de materiais refugados, com a sua a incorporação na execução de contrapisos e pisos. Aterro apiloado O aterro será executado em camadas de 20 cm, compactadas com "Sapo Mecânico" ou outra técnica aprovada pela Fiscalização da Prefeitura Municipal de Nova Hartz. Lastro de brita O lastro de brita consiste em uma camada de aproximadamente 30 cm de brita com a finalidade de evitar o contato direto do concreto com o solo. Contrapiso de concreto (lastro impermeabilizado) Serão de concreto, fck = 12,0 MPa, com 8 cm de espessura, sobre uma camada de pedra britada de 5 cm de espessura. No concreto será utilizado aditivo Sika 1 ou similar na proporção indicada pelo Fabricante. Antes do lançamento da camada de brita, o aterro deverá ser executado em camadas de 20 cm de espessura, abundantemente molhadas e compactadas. Após a compactação serão abertas as valas para as canalizações passantes sob o piso. A colocação das canalizações será seguida do reaterro e compactação das valas, com perfeita regularização e nivelamento da superfície compactada. Os pisos externos (circulação externa) terão caimento de 1% para fora. Os demais pisos terão declividade para o ralo ou porta externa. Pisos – cimento alisado Sobre o lastro de concreto de 8 cm de espessura, será feita uma camada de argamassa de 15 MPa, com 5cm de espessura. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS As superfícies dos pisos em cimento alisado deverão resultar perfeitamente planas, sem ressaltos ou desníveis entre as peças da habitação, e sem vazios na argamassa. O acabamento dos pisos deverá ser feito somente após a conclusão dos revestimentos de paredes e tetos e depois de totalmente vedadas as coberturas. Será alisado a madeira, superfície áspera e sem defeitos, com juntas de dilatação seca. Será proibida qualquer circulação sobre os pisos colocados, durante as primeiras 48 horas subseqüentes à colocação. Os pisos receberão detalhes com cacos cerâmicos, que devem ser discutidos com a Prefeitura Municipal de Nova Hartz. SOLEIRAS As soleiras das portas serão em concreto e cimento, seguindo as prescrições do piso. PEITORIS Os peitoris serão de tijolo 21 furos, 6x10,5x22,5, colocados de lado com inclinação de 10% para o exterior. A massa de rejunte será impermeabilizada e deverão ser tomado todos os cuidados para que o arremate com a esquadria seja perfeito, de acordo com o detalhe no projeto arquitetônico. Em algumas edificações os peitoris serão de tubo metálico galvanizado pintados na cor preta em cima de primer anti-ferruginoso. FERRAGENS O assentamento das ferragens será procedido com particular esmero, devendo ser precisas no seu funcionamento e seu acabamento perfeito. Todas as fechaduras serão colocadas após a pintura, não sendo toleradas folgas, taliscas, etc. A localização das fechaduras, dobradiças e outras ferragens, será conforme detalhes ou determinadas pela Fiscalização. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS As hastes das maçanetas devem estar perfeitamente ajustadas às espessuras das portas. A localização das peças das ferragens nas esquadrias, será medida com precisão de maneira a serem evitadas discrepâncias de posição ou diferença de nível perceptíveis à vista. ESQUADRIAS DE MADEIRA Na colocação dos marcos será observado o esquadrinhamento e a folga necessária em função da dilatação das peças. Os marcos serão tratados contra umidade e infestações, com produtos de pouca agressividade ao ambiente. Deverão obedecer rigorosamente ao projeto, quanto à localização, dimensões e detalhes. Para fixação dos batentes haverá 3 tacos nas faces verticais e 2 na face superior quando o vão for maior que 1,20 metros fixados com argamassa 1:3. Deverá haver rigor no prumo e nível das peças. Os parafusos para fixação dos batentes deverão ter cabeças embutidas dando-se o devido acabamento com o enchimento sobre as cabeças, por meio de um fragmento da mesma madeira. Os rebaixos, encaixes ou outros entalhes feitos nas esquadrias para a fixação das ferragens, deverão ser certos, sem rebarbas, correspondendo exatamente às dimensões das ferragens. A largura do batente será sempre igual à espessura da parede acabada, salvo explicitado diferentemente no projeto. As guarnições serão pregadas aos batentes ao longo da junta destes com as paredes. PINTURA Paredes rebocadas ou de alvenaria a vista e esquadrias internas e externas receberão pintura, conforme especificações. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS Paredes Antes da aplicação de qualquer pintura a superfície a ser pintada deverá estar bem seca e perfeitamente preparada: emassada, lixada, escovada, livre de poeiras, rebarbas e asperezas. As superfícies deverão estar protegidas da incidência direta dos raios do sol. A pintura exterior não deverá ser executada quando da ocorrência de chuva ou condensação. A tinta deverá ser freqüentemente agitada para obter uma consistência uniforme durante a aplicação. Se ocorrerem respingos de tintas, esses deverão ser removidos com solventes adequados. Toda a superfície pintada deverá apresentar, depois de pronta uniformidade quanto à textura, tonalidade e brilho. Serão aplicadas no mínimo duas demãos. Nas alvenarias aparentes será utilizada hidrofugante transparente para impermeabilização dos tijolos. Madeiras A superfície a ser pintada (nova ou restaurada) deverá estar completamente limpa e seca, isenta de poeira, mofo ou manchas gordurosas. Quando houver pintura antiga, lixar antecipadamente a superfície de modo a remover partículas soltas ou rugosas, a fim de proporcionar um acabamento homogêneo e atingir o aspecto desejado. Ficará a critério da fiscalização, a aplicação de fundo protetor antes do acabamento final. OBS: Serão aplicadas tantas demãos quantas necessárias para obtenção de uma superfície lisa, e de coloração homogênea, aguardando o tempo suficiente para a secagem entre uma e outra demão. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS Generalidades Os serviços das instalações hidráulicas compreendem a execução das tubulações prediais hidráulicas e sanitárias e das respectivas redes de coleta e distribuição, sejam elas de cobre Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS ou PVC, aparentes e/ou embutidas nas alvenarias, paredes divisórias, tetos e pisos. Compreendem ainda as conexões das redes prediais com as redes principais, ligações dos aparelhos sanitários das edificações a serem construídas, o tratamento dos efluentes finais, assim como seu destino final ou reaproveitamento. Todos os serviços deverão estar em conformidade com as últimas edições das normas técnicas de instalações prediais de água fria e de água quente e instalações prediais de esgotos sanitários. O projeto, os materiais, a fabricação, os ensaios, a instalação e testes devem obedecer prioritariamente às últimas revisões das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT - Brasil). No caso em que estas normas sejam omissas ou não incluam assuntos específicos e necessários para este fornecimento. O uso pela CONTRATADA de normas técnicas de outras organizações será permitido somente com a aprovação da Prefeitura Municipal de Nova Hartz. As instalações deverão ser executadas por pessoal especializado e habilitado com as respectivas ferramentas e equipamentos de segurança necessários para a execução dos serviços. As tubulações deverão ser cortadas no local e aplicadas de acordo com as indicações dos projetos, observando-se os respectivos alinhamentos, caimentos, dimensões, etc. As tubulações embutidas ficarão a uma profundidade suficiente para não afetar os revestimentos. As deflexões, ângulos e derivações serão feitas por meio de conexões apropriadas para cada caso. Para facilitarem em qualquer tempo a desmontagem das tubulações, serão colocadas, onde necessário, uniões ou flanges. Durante a construção, as extremidades das tubulações serão vedadas por bujões, a fim de evitar a entrada de corpos estranhos e possibilitar a execução de testes. As canoplas e volantes dos registros, válvulas de descarga, torneiras, acessórios e outros metais, somente deverão ser instalados no final das obras, quando os locais puderem ser fechados. Não será permitido o aquecimento de tubos de PVC com essa finalidade. As juntas dos tubos de PVC serão executadas com anéis de borracha ou com adesivo específico. As superfícies a serem soldadas deverão ser lixadas, limpas com solução limpadora e coladas. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS Todas as ligações de água e esgoto deverão ser entregues em perfeito funcionamento, com as tubulações devidamente testadas, antes do fechamento dos rasgos nas paredes e da colocação de quaisquer revestimentos. As tubulações aparentes deverão ser convenientemente fixadas por braçadeiras, por tirantes de aço ou outro dispositivo que garanta perfeita estabilidade. Deverão ser respeitadas as normas da Empresa Concessionária (SANEPAR) quando conflitantes com o projeto. Nas instalações sanitárias deverão ser previstas tubulações de ventilação. Todos os ralos serão sifonados com diâmetro de acordo com os respectivos projetos. As redes coletoras de esgoto terão caixas de gordura, caixas de inspeção e poços de visita colocados fora do perímetro do prédio, em concreto ou alvenaria(quando o terreno permitir), com tampa de concreto armado, revestidas internamente com argamassa, conforme especificações do projeto. O preenchimento da vala para tubulações enterradas, será feito usando-se material de boa qualidade, em camadas de 0,20 m, sucessiva e cuidadosamente apiloadas e molhadas. Os tubos de cobre de água quente deverão ter isolamento térmico adequado. Nenhuma saliência poderá ser deixada dentro da área a ser ocupada. Se em qualquer ponto o material natural da fundação ficar deformado ou abalado, o mesmo deverá ser removido. Caso seja necessário, a CONTRATADA deverá remover os materiais considerados pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz como impróprios na fundação para formar uma base firme apropriada ao lançamento de outros materiais. Todos os materiais que não forem utilizados para reaterro na mesma área, deverão ser carregados, transportados, descarregados e/ou espalhados em locais determinados pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. APARELHOS SANITÁRIOS Os aparelhos sanitários deverão ser instalados de acordo com as especificações do fabricante, perfeitamente nivelados e aprumados, utilizando-se parafusos, buchas plásticas, chumbadores ou outra fixação definida pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. O espaço entre aparelhos e as paredes ou pisos (rejuntamento), será preenchido com argamassa de cimento branco e corante, mastique a base de silicone ou outro material indicado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS De maneira geral, os aparelhos sanitários deverão ser instalados com os respectivos metais e acessórios e ligados às redes de água e esgoto. Deverá ser dispensado especial cuidado com o revestimento das paredes, quando da colocação das louças e metais sanitários. Após a instalação final, todos os aparelhos deverão ser testados quanto ao perfeito funcionamento e qualquer defeito deverá ser reparado. ACESSÓRIOS DE EMBUTIR E SOBREPOR Os acessórios de embutir e sobrepor tais como saboneteiras, cabides, papeleiras, , etc., deverão ser instalados de acordo com as instruções do fabricante, obedecendo-se as localizações do projeto ou conforme indicado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS As instalações elétricas deverão seguir exatamente as especificações contidas em projeto anexo, baseado nas normas da ABNT e regulamentos da CEEE. A tomada de energia será feita na rede existente. A rede predial é constituída de eletrodutos e condutores que vão derivar de um centro de disjuntores. Os eletrodutos ficarão a vista nas paredes, conforme detalhamento do projeto. As conexões de condutores, disjuntores, interruptores, tomadas e suportes para lâmpadas deverão ser firmemente apertadas. Antes de instalada a fiação, toda a rede de eletrodutos e caixas deve estar limpa e seca. LIMPEZA DA OBRA Ao final da obra, será removido todo o entulho, restos de materiais, andaimes, máquinas, ferraemtas, deixando a área limpa e em perfeita ordem. Será de responsabilidade da empresa contratada a disposição final do entulho e restos de materiais, em local aprovado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz e pelos órgãos ambientais responsáveis. Todos os acessos deverão ser limpos e varridos. Projeto CETHS Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS Todas as pavimentações, revestimentos, vidros, deverão estar limpos e sem defeitos, quebras, arranhões, manchas de qualquer natureza, etc. Todas as ferragens deverão estar limpas, lubrificadas, polidas e em perfeito funcionamento. VERIFICAÇÃO FINAL Após conclusão da obra, a CONTRATADA deverá comunicar por escrito a Prefeitura Municipal de Nova Hartz. Será feita vistoria completa para verificação das perfeitas condições de entrega, bem como da satisfação dos critérios constantes nas normas da ABNT específicas, assim como da NBR 5675. Caso seja verificada alguma desconformidade com as normas e com este memorial, deverão ser efetuados serviços e reparos, até que sejam satisfeitas as prescrições. Quando a obra estiver em perfeitas condições de uso será lavrado um termo de entrega definitiva da obra. Projeto CETHS Cronograma de 8 unidades habitacionais ANEXO D Orçamento de 1 unidade habitacional CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS CETHS LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Orçamento 1 unidade habitacional ORÇAMENTO PROGRAMA: HABITAR - BRASIL OBRA: 1 unidade habitacional do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis - CETHS LOCAL: RS 464, Bairro Campo Vicente, Nova Hartz DATA DO ORÇAMENTO: OUTUBRO/2000 INSTALAÇÃO DA OBRA 6,92 quant. (m2) Locação da obra por m2 construído nome do insumo unidade escora de eucalipto pregos bitolas variadas guia cedrinho 2,5x15cm m kg m custos totais consumo unitário 0,043 0,015 0,035 consumo total 2,720 0,960 2,240 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 0,51 1,39 2,50 2,40 1,40 3,14 6,92 0,00 custo unitário 64,00 custo total 1,39 2,40 3,14 6,92 FUNDAÇÃO 1181,10 quant. (m) Fundação rasa com bloco grês: 4 fiadas custo custo mãomateriais / de-obra equip. bloco grês 50x25x12cm un 2,000 440,000 0,80 352,00 areia regular (umidade 3%) m3 0,013 2,860 18,00 51,48 cimento Portland CP IV 32 kg 2,136 469,920 0,21 98,68 custos totais 502,16 0,00 quant. Viga de respaldo do concreto armado fck=15MPa c/impermeabilização (m3) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. aço CA-50 mais de 12,5mm kg 40,000 132,000 1,10 145,20 areia regular (umidade 3%) m3 0,620 2,046 18,00 36,83 arame recozido 18BWG kg 1,200 3,960 2,90 11,48 cimento Portland CP IV 32 kg 350,000 1155,000 0,21 242,55 brita 1 e 2 m3 0,850 2,805 20,00 56,10 pregos bitolas variadas kg 2,000 6,600 2,50 16,50 guia cedrinho 2,5x15cm m 6,250 20,625 1,40 28,88 pontalete cedrinho 7x7cm m 2,500 8,250 2,40 19,80 hidroasfalto 4 demãos kg 1,600 17,600 3,50 61,60 custos totais 618,94 0,00 quant. Canaleta de brita 30x30cm (m3) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. brita 1 e 2 m3 1,000 3,000 20,00 60,00 custos totais 60,00 0,00 nome do insumo unidade consumo unitário consumo total custo unitário 220,00 custo total 352,00 51,48 98,68 502,16 3,30 custo total 145,20 36,83 11,48 242,55 56,10 16,50 28,88 19,80 61,60 618,94 3,00 custo total 60,00 60,00 PAREDES 1692,03 Alvenaria tijolo maciço 5x10x20cm, argamassa de 1:2:8 de 10cm - J15mm quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. tij maciço com 5x10x20cm un 76,000 10640,000 0,11 1170,40 cimento Portland CP IV 32 kg 4,595 643,300 0,21 135,09 argam regular ca-am 1:5 m3 0,032 4,480 36,00 161,28 custos totais 1466,77 0,00 quant. Pilares tijolo maciço 5x10x20cm, argamassa de 1:5 de 10cm - J15mm (m2) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. tij maciço com 5x10x20cm un 22,670 612,090 0,11 67,33 cimento Portland CP IV 32 kg 4,595 124,065 0,21 26,05 argamassa regular ca-am 1:5 m3 0,032 0,864 36,00 31,10 kg 1,070 28,890 1,40 40,45 grampos φ 3,4mm c=50cm custos totais 164,93 0,00 quant. Verga 11x11cm em tijolo armado (vão até 1,20m), c/ desforma ci-ar 1:4 (m) nome do insumo unidade consumo unitário consumo total 143 custo unitário 140,00 custo total 1170,40 135,09 161,28 1466,77 27,00 custo total 67,33 26,05 31,10 40,45 164,93 12,00 Projeto CETHS nome do insumo unidade aço CA-60 até 8mm cimento Portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) tij maciço com 5x10x20cm guia de cedrinho 2,5x15cm escora de eucalipto kg kg m3 un m m custos totais consumo unitário consumo total 0,413 2,300 0,011 17,000 0,263 0,500 4,956 27,600 0,132 204,000 3,150 6,000 custo unitário 1,40 0,21 18,00 0,11 1,40 0,51 Peitoril de tijolo à vista-cutelo-J1cm ci-ar 1:5 nome do insumo unidade cimento Portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) tij maciço com 5x10x20cm kg m3 un custos totais consumo unitário consumo total 2,300 0,011 17,000 13,800 0,066 102,000 custo unitário 0,21 18,00 0,11 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 6,94 5,80 2,38 22,44 4,41 3,06 45,02 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 2,90 1,19 11,22 15,31 0,00 Orçamento 1 unidade habitacional custo total 6,94 5,80 2,38 22,44 4,41 3,06 45,02 6,00 custo total 2,90 1,19 11,22 15,31 COBERTURA 1818,28 quant. (m3) Viga concreto armado - cobertura nome do insumo unidade aço CA-60 até 8mm arame recozido 18BWG conc pré-mist fck=15MPa pregos bitolas variadas sarrafo cedrinho 2,5x5cm guia cedrinho 2,5x15cm kg kg m3 kg m m custos totais consumo unitário consumo total 1,042 3,000 1,030 2,400 6,600 6,250 1,334 3,840 1,318 3,072 8,448 8,000 custo unitário 1,40 2,90 130,35 2,50 0,54 1,40 Estrutura madeira tratada vão médio 10m para telhas cerâmicas nome do insumo unidade pregos bitolas variadas mad eucalipto estr telhado kg m3 custos totais consumo unitário consumo total 0,120 0,028 7,320 1,708 custo unitário 2,50 150,00 Cobertura com telhas cerâmicas tipo portuguesa nome do insumo unidade telha cerâmica un custos totais consumo unitário consumo total 20,000 1220,000 custo unitário 0,35 Forro de lambri madeira macho e fêmea em pinus nome do insumo unidade lambri pinus M/F, 100mm pregos bitolas variadas m2 kg custos totais consumo unitário consumo total 1,050 0,200 64,050 12,200 custo unitário 3,50 2,50 Rodaforro de madeira pinus tipo cordão nome do insumo unidade pregos bitolas variadas rodaforro cordão em pinus kg m custos totais consumo unitário consumo total 0,015 1,050 0,855 59,850 custo unitário 2,50 0,40 Chapas de offset reutilizadas nome do insumo unidade chapas de offset m2 custos totais consumo unitário 1,000 consumo total 61,000 custo unitário 4,00 Calha beiral chapa galvanizada corte 26 - 0,3mm nome do insumo unidade calha beiral chapa galv cond chapa galvanizada 4" tela plástica tipo mosqueteiro m m m consumo unitário 1,000 0,500 0,540 consumo total 8,200 4,100 4,428 144 custo unitário 10,00 12,00 2,00 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 1,87 11,14 171,85 7,68 4,56 11,20 208,30 0,00 quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 18,30 256,20 274,50 0,00 quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 427,00 427,00 0,00 quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 224,18 30,50 254,68 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 2,14 23,94 26,08 0,00 quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 244,00 244,00 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 82,00 49,20 8,86 1,28 custo total 1,87 11,14 171,85 7,68 4,56 11,20 208,30 61,00 custo total 18,30 256,20 274,50 61,00 custo total 427,00 427,00 61,00 custo total 224,18 30,50 254,68 57,00 custo total 2,14 23,94 26,08 61,00 custo total 244,00 244,00 8,20 custo total 82,00 49,20 8,86 Projeto CETHS arame galvanizado 12BWG kg custos totais 0,180 1,476 2,40 3,54 143,60 Algeroz chapa galvanizada corte 26 - 0,3mm fixo alvenaria Orçamento 1 unidade habitacional 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. cimento Portland CP IV 32 kg 1,080 5,400 0,21 1,13 areia regular (umidade 3%) m3 0,003 0,015 18,00 0,27 algeroz chapa galv corte 26 m 1,000 5,000 10,00 50,00 custos totais 51,40 0,00 quant. Rufo de alumínio para telhado corte 26 - 0,3mm (m) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. rufo alumínio p/telhado un 1,000 8,200 10,00 82,00 custos totais 82,00 0,00 quant. Testeira tratada com óleo de linhaça (m) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. testeira 2x15cm m 1,000 33,000 1,60 52,80 pregos bitolas variadas kg 0,150 4,950 2,50 12,38 custos totais 65,18 0,00 quant. Portinholas para ventilação do telhado c/tela plástica (m) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. portinholas 200x15x2cm m 1,000 6,000 1,60 9,60 dobradiça 3" x 2 1/2" aço un 1,000 6,000 1,54 9,24 pregos bitolas variadas kg 0,150 0,900 2,50 2,25 puxadores metálicos un 0,500 3,000 1,50 4,50 tela plástica tipo mosqueteiro m 1,330 7,980 2,00 15,96 custos totais 41,55 0,00 nome do insumo unidade consumo unitário consumo total custo unitário 3,54 143,60 5,00 custo total 1,13 0,27 50,00 51,40 8,20 custo total 82,00 82,00 33,00 custo total 52,80 12,38 65,18 6,00 custo total 9,60 9,24 2,25 4,50 15,96 41,55 PAVIMENTAÇÕES 588,84 Base pedra britada 5cm + contrapiso concreto 5cm - 200kg ci/m3 impermeavel nome do insumo unidade areia regular (umidade 3%) cimento Portland CP IV 32 brita 1 e 2 imperm pega normal m3 kg m3 kg custos totais consumo unitário 0,036 10,000 0,100 0,480 consumo total 1,620 450,000 4,500 21,600 custo unitário 18,00 0,21 20,00 2,73 Piso cimento alisado ci-ar 1:4 5cm + 1:3 1cm nome do insumo unidade areia regular (umidade 3%) areia fina cimento Portland CP IV 32 ripa cedrinho 1,2x7cm m3 m3 kg m custos totais consumo unitário 0,063 0,013 20,600 2,640 consumo total 2,835 0,585 927,000 118,800 custo unitário 18,00 19,00 0,21 0,50 quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 29,16 94,50 90,00 58,97 272,63 0,00 quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 51,03 11,12 194,67 59,40 316,22 0,00 45,00 custo total 29,16 94,50 90,00 58,97 272,63 45,00 custo total 51,03 11,12 194,67 59,40 316,22 REVESTIMENTOS 342,44 Argamassa Impermeabilizante ci-ar 1:3 nome do insumo unidade cimento Portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) impermeab pega normal kg m3 kg custos totais consumo unitário 433,333 1,250 15,167 consumo total 433,333 1,250 15,167 Chapisco ci-ar 1:3 - 7mm nome do insumo unidade cimento portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) kg m3 custos totais consumo unitário 3,033 0,009 consumo total 268,421 0,797 145 quant. (m3) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,21 91,00 18,00 22,50 2,73 41,41 154,91 0,00 quant. (m2) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,21 56,37 18,00 14,34 70,71 0,00 1,00 custo total 91,00 22,50 41,41 154,91 88,50 custo total 56,37 14,34 70,71 Projeto CETHS quant. (m2) Emboço ci-ar 1:4 - 10mm nome do insumo unidade areia regular (umidade 3%) cimento portland CP IV 32 m3 kg custos totais consumo unitário 0,013 3,250 consumo total 1,151 287,625 Reboco argamassa fina ci-af 1:3 + 5%ci - 7mm nome do insumo unidade argamassa fina ca-ar 1:3 cimento portland CP IV 32 m3 kg custos totais consumo unitário 0,007 0,455 consumo total 0,620 40,268 custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 18,00 20,71 0,21 60,40 81,11 0,00 quant. (m2) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 44,00 27,26 0,21 8,46 35,71 0,00 Orçamento 1 unidade habitacional 88,50 custo total 20,71 60,40 81,11 88,50 custo total 27,26 8,46 35,71 ESQUADRIAS 876,16 quant. (un) Porta interna semi-oca 0,80x2,10m em pinus custo custo mãomateriais / de-obra equip. cimento portland CP IV 32 kg 1,500 4,500 0,21 0,95 areia regular (umidade 3%) m3 0,008 0,024 18,00 0,43 pregos bitolas variadas kg 0,150 0,450 2,50 1,13 taco madeira com fixador un 7,000 21,000 0,35 7,35 porta interna semi-oca pinus un 1,000 3,000 20,00 60,00 batente 3x14cm m 5,100 15,300 1,60 24,48 guarnição pinus bol 1,5x5cm m 10,800 32,400 0,25 8,10 custos totais 102,43 0,00 quant. Ferragem completa para porta interna sem cromado (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. dobradiça 3" x 2 1/2" aço un 3,000 9,000 1,54 13,86 fechadura interna un 1,000 3,000 11,50 34,50 custos totais 48,36 0,00 quant. Porta externa almofadada - s/ ferragem 0,80 x 2,10 em pinus (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. cimento portland kg 1,500 3,000 0,21 0,63 areia regular (umidade 3%) m3 0,008 0,016 18,00 0,29 pregos bitolas variadas kg 0,150 0,300 2,50 0,75 taco madeira c/ fixador un 7,000 14,000 0,35 4,90 porta externa almofadada un 1,000 2,000 60,00 120,00 batente 3x14 cm m 5,100 10,200 1,60 16,32 guarnição boleada 1,5x5cm m 5,400 10,800 0,25 2,70 custos totais 145,59 0,00 quant. Ferragem completa para porta externa sem cromado (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. dobradiça 3" x 2 1/2" aço un 3,000 6,000 1,54 9,24 fechadura externa un 1,000 2,000 15,00 30,00 custos totais 39,24 0,00 quant. Janela pantográfica 2 folhas com venez 100x100cm eucalipto - com ferragem (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. cimento portland kg 1,500 6,000 0,21 1,26 areia regular (umidade 3%) m3 0,008 0,032 18,00 0,58 pregos bitolas variadas kg 0,150 0,600 2,50 1,50 taco madeira c/ fixador un 6,000 24,000 0,35 8,40 jan pant c/ venez 100x100cm un 1,000 4,000 80,00 320,00 custos totais 331,74 0,00 quant. Jan basculante c/ puxador prolongado 3m 150x50cm eucalipto - com ferragem (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. cimento portland kg 1,500 3,000 0,21 0,63 areia regular (umidade 3%) m3 0,008 0,016 18,00 0,29 pregos bitolas variadas kg 0,150 0,300 2,50 0,75 nome do insumo unidade consumo unitário consumo total 146 custo unitário 3,00 custo total 0,95 0,43 1,13 7,35 60,00 24,48 8,10 102,43 3,00 custo total 13,86 34,50 48,36 2,00 custo total 0,63 0,29 0,75 4,90 120,00 16,32 2,70 145,59 2,00 custo total 9,24 30,00 39,24 4,00 custo total 1,26 0,58 1,50 8,40 320,00 331,74 2,00 custo total 0,63 0,29 0,75 Projeto CETHS jan basc c/ pux 150x50 cm taco madeira c/ fixador un un custos totais 1,000 6,000 2,000 12,000 70,00 0,35 Janela máxim-ar 85x65cm eucalipto- c/ ferragem nome do insumo unidade cimento portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) pregos bitolas variadas janela máxim-ar taco madeira c/ fixador kg m3 kg m2 un custos totais consumo unitário consumo total 1,500 0,008 0,150 1,000 6,000 1,500 0,008 0,150 1,000 6,000 custo unitário 0,21 18,00 2,50 60,00 0,35 140,00 4,20 145,87 Orçamento 1 unidade habitacional 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 0,32 0,14 0,38 60,00 2,10 62,93 0,00 140,00 4,20 145,87 1,00 custo total 0,32 0,14 0,38 60,00 2,10 62,93 VIDRO 126,00 quant. (m2) Vidro transparente 4mm colocado, c/ massa nome do insumo unidade vidro transp. 4mm colocado m2 custos totais consumo unitário consumo total 1,000 6,000 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 21,00 126,00 126,00 0,00 custo unitário 6,00 custo total 126,00 126,00 PINTURAS 631,99 Pintura acrílica sobre reboco - 2 demãos - paredes externas e internas quant. (m2) custo custo mãomateriais / de-obra equip. tinta acrílica interior/exterior l 0,240 15,120 10,19 154,07 custos totais 154,07 0,00 quant. Pintura esmalte epóxi sobre reboco - 2 demãos - paredes do banheiro (m2) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. tinta epóxi / catalisador l 0,262 6,550 21,20 138,86 custos totais 138,86 0,00 quant. Pintura silicone sobre reboco tijolo - 2 demãos - paredes tijolo a vista (m2) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. silicone impermeab. líquido l 0,500 30,000 6,30 189,00 custos totais 189,00 0,00 quant. Pintura anti-oxidante + tinta óleo sobre metais - 2 demãos (m2) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. diluente / esmalte / verniz l 0,033 0,495 2,06 1,02 lixa para ferro fl 1,000 15,000 0,80 12,00 tinta anti-oxidante l 0,222 3,330 8,67 28,87 tinta óleo l 0,144 2,160 6,28 13,56 custos totais 55,46 0,00 quant. Pintura stain - 2 demãos (m2) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. tinta stain l 0,050 5,500 14,00 77,00 lixa para madeira fl 1,000 110,000 0,16 17,60 custos totais 94,60 0,00 nome do insumo unidade consumo unitário consumo total custo unitário 63,00 custo total 154,07 154,07 25,00 custo total 138,86 138,86 60,00 custo total 189,00 189,00 15,00 custo total 1,02 12,00 28,87 13,56 55,46 110,00 custo total 77,00 17,60 94,60 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 466,91 quant. (un) Registro Pressão metálico com canopla 20mm nome do insumo unidade registro de pressão 20mm fita teflon p/ ved.- 10mm canopla metálica un m un custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,500 1,000 2,000 1,000 2,000 Registro de gaveta metálico 25mm 147 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 13,00 26,00 0,07 0,07 13,00 26,00 52,07 0,00 quant. (un) custo unitário 2,00 custo total 26,00 0,07 26,00 52,07 1,00 Projeto CETHS nome do insumo unidade registro de gaveta 1" canopla metálica tinta zarcão fio de algodão/encanador un un l kg custos totais consumo unitário consumo total 1,000 1,000 0,025 0,020 1,000 1,000 0,025 0,020 custo unitário 12,00 13,00 7,83 2,50 Cavalete entrada tubo galvanizado 20mm nome do insumo unidade tinta zarcão fio de algodão/encanador registro pressão amarelo 3/4" tubo ferro galv c/costura 3/4" tê 90 3/4" união de ferro galv 3/4" curva 90 ferro galv 3/4" hidrômetro para 3m3 torneira amarela p/ jardim 3/4" l kg un m un un un un un custos totais consumo unitário consumo total 0,100 0,100 1,000 2,000 1,000 3,000 4,000 1,000 1,000 0,100 0,100 1,000 2,000 1,000 3,000 4,000 1,000 1,000 custo unitário 7,83 2,50 8,60 3,82 2,09 5,43 3,81 90,00 10,00 Tubo PVC rígido soldável 25mm nome do insumo unidade tubo PVC ríg soldável 25mm adesivo plástico/tubo PVC luva PVC sold. 25mm m kg un custos totais consumo unitário consumo total 1,050 0,010 0,330 27,300 0,260 8,580 custo unitário 1,02 10,65 0,19 Mangueira transparente 25mm nome do insumo unidade mangueira transparente 25mm m custos totais consumo unitário consumo total 1,050 2,100 custo unitário 1,02 Tê 90 PVC rígido soldável 25mm nome do insumo unidade tê 90 PVC rígido sold 25mm adesivo plástico/tubo PVC un kg custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,030 5,000 0,150 custo unitário 0,32 10,65 Joelho 90 PVC rígido soldável 25mm nome do insumo unidade joelho PVC rígido sold 25mm adesivo plástico/tubo PVC un kg custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,020 26,000 0,520 custo unitário 0,20 10,65 Tubo PVC rígido soldável 40mm nome do insumo unidade tubo PVC rígido sold 40mm adesivo plástico/tubo PVC luva PVC sold. 40mm m kg un custos totais consumo unitário consumo total 1,050 0,025 0,330 6,300 0,150 1,980 custo unitário 3,19 10,65 0,94 Tubo PVC rígido soldável 75mm nome do insumo unidade tubo PVC rígido sold 75mm adesivo plástico/tubo PVC luva PVC sold. 75mm m kg un custos totais consumo unitário consumo total 1,050 0,014 0,330 1,050 0,014 0,330 custo unitário 9,69 10,65 4,51 Tubo PVC rígido soldável 100mm nome do insumo unidade tubo PVC rígido sold 100mm m consumo unitário 1,050 consumo total 2,100 148 custo unitário 20,23 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 12,00 13,00 0,20 0,05 25,25 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 0,78 0,25 8,60 7,64 2,09 16,29 15,24 90,00 10,00 150,89 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 27,85 2,77 1,63 32,25 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 2,14 2,14 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 1,60 1,60 3,20 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 5,20 5,54 10,74 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 20,10 1,60 1,86 23,56 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 10,17 0,15 1,49 11,81 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 42,48 Orçamento 1 unidade habitacional custo total 12,00 13,00 0,20 0,05 25,25 1,00 custo total 0,78 0,25 8,60 7,64 2,09 16,29 15,24 90,00 10,00 150,89 26,00 custo total 27,85 2,77 1,63 32,25 2,00 custo total 2,14 2,14 5,00 custo total 1,60 1,60 3,20 26,00 custo total 5,20 5,54 10,74 6,00 custo total 20,10 1,60 1,86 23,56 1,00 custo total 10,17 0,15 1,49 11,81 2,00 custo total 42,48 Projeto CETHS solda lenta tubos PVC luva PVC sold. 100mm kg un custos totais 0,034 0,330 0,068 0,660 12,75 17,46 Manilha de grês 100mm 0,87 11,52 54,87 Orçamento 1 unidade habitacional 0,00 quant. (m) custo custo mãomateriais / de-obra equip. cimento portland CP IV 32 kg 1,950 15,600 0,21 3,28 areia regular (umidade 3%) m3 0,002 0,016 18,00 0,29 manilha de grês 100mm m 1,020 8,160 3,57 29,13 custos totais 32,70 0,00 quant. Caixa de inspeção 60x60x60cm com tampa concreto alvenaria 15cm (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. aço CA-50 ate 12,5mm kg 1,625 1,625 1,14 1,85 tij maciço comum 5x10x20cm un 133,000 133,000 0,11 14,63 cimento portland CP IV 32 kg 19,272 19,272 0,21 4,05 areia regular (umidade 3%) m3 0,011 0,011 18,00 0,20 brita 1 e 2 m3 0,020 0,020 20,00 0,40 argamassa regular ca-am 1:5 m3 0,118 0,118 36,00 4,25 custos totais 25,38 0,00 quant. Caixa de gordura com tampa de alumínio 150mm (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. caixa de gordura 150mm un 1,000 1,000 20,23 20,23 solda lenta tubos PVC kg 0,007 0,007 12,75 0,09 solução limp p/ tubos PVC l 0,003 0,003 11,47 0,03 custos totais 20,35 0,00 quant. Caixa sifonada com grelha saida de 75mm (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. caixa sif saida de 75mm un 1,000 1,000 8,33 8,33 solda lenta tubos PVC kg 0,014 0,014 12,75 0,18 solução limp p/ tubos PVC l 0,005 0,005 11,47 0,06 custos totais 8,57 0,00 quant. Ralo sifonado com grelha saida de 40mm (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. ralo sifonado saida de 40mm un 1,000 1,000 8,33 8,33 adesivo plástico/tubo PVC kg 0,005 0,005 10,65 0,05 solução limp p/ tubos PVC l 0,002 0,002 11,47 0,02 custos totais 8,41 0,00 quant. Joelho 90 PVC rígido soldável 40mm (un) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. joelho PVC rígido sold 40mm un 1,000 3,000 1,26 3,78 adesivo plástico/tubo PVC kg 0,030 0,090 10,65 0,96 custos totais 4,74 0,00 nome do insumo unidade consumo unitário consumo total custo unitário 0,87 11,52 54,87 8,00 custo total 3,28 0,29 29,13 32,70 1,00 custo total 1,85 14,63 4,05 0,20 0,40 4,25 25,38 1,00 custo total 20,23 0,09 0,03 20,35 1,00 custo total 8,33 0,18 0,06 8,57 1,00 custo total 8,33 0,05 0,02 8,41 3,00 custo total 3,78 0,96 4,74 COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS 519,22 quant. (cj) Lavatório com coluna nome do insumo unidade lavatório e coluna - louça válvula p/ lavatório em metal fita teflon / vedação sifão para lavatório engate metálico - 30cm adaptador válv. lav. 1x1 1/2" un un m un un un custos totais consumo unitário 1,000 1,000 1,000 1,000 2,000 1,000 consumo total 1,000 1,000 1,000 1,000 2,000 1,000 custo unitário 45,00 6,75 0,07 5,00 5,80 0,47 Pia inoxidavel de cozinha 120cm cuba simples 46,5x30 cm c/ metais nome do insumo unidade pia aço inox cuba simples un consumo unitário 1,000 consumo total 1,000 149 custo unitário 58,00 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 45,00 6,75 0,07 5,00 11,60 0,47 68,89 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 58,00 1,00 custo total 45,00 6,75 0,07 5,00 11,60 0,47 68,89 1,00 custo total 58,00 Projeto CETHS válvula metal para pia sifão plást / pia aço 1"x 2 1/2" un un custos totais 1,000 1,000 1,000 1,000 13,2 4,50 Tanque pré-moldado de concreto com metais 80x70cm nome do insumo unidade tanque válvula PVC 2" sifão plástico tanque torneira metálica 1/2" un un un un custos totais consumo unitário consumo total 1,000 1,000 1,000 1,000 custo unitário 1,000 1,000 1,000 1,000 45,00 27,00 4,50 10,00 Chuveiro elétrico P=5.200W nome do insumo unidade chuveiro elétrico tubo aço galvanizado 3/4" fita teflon p/ ved.- 10mm un m m custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,500 0,600 custo unitário 1,000 0,500 0,600 27,00 3,47 0,07 Torneira metalica para lavatório de bancada bitola 1/2" nome do insumo unidade torneira p/ lav met bitola 1/2" fita teflon p/ ved.- 10mm un m custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,500 custo unitário 1,000 0,500 10,00 0,07 Torneira para cozinha metálica, tipo parede, bitola 1/2" nome do insumo unidade torn p/ coz met bitola 1/2" fita teflon p/ ved.- 10mm un m custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,600 custo unitário 1,000 0,600 10,00 0,07 Meia saboneteira de louça 7,5 x 15 cm nome do insumo unidade saboneteira de louça cim. Portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) un kg m3 custos totais consumo unitário consumo total 1,000 0,470 0,001 1,000 0,470 0,001 custo unitário 9,00 0,21 18,00 Papeleira de louça 15 x15 cm nome do insumo unidade papeleira de louça cim. Portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) un kg m3 custos totais consumo unitário 1,000 0,705 0,001 consumo total 1,000 0,705 0,001 custo unitário 6,05 0,21 18,00 Porta-toalhas de bastão de louça 60cm nome do insumo unidade porta-toalhas de louça 60cm cim. Portland CP IV 32 areia regular (umidade 3%) un kg m3 custos totais consumo unitário 1,000 0,705 0,001 consumo total 1,000 0,705 0,001 custo unitário 10,40 0,21 18,00 Bacia Sanitária com caixa acoplada de louça e assento plástico nome do insumo unidade assento plástico bacia c/caixa acoplada louça engate metálico parafuso niquelado fixação nipel duplo PVC rosca 1/2" bolsa borracha bacia 1 1/2" un un un un un un custos totais consumo unitário 1,000 1,000 1,000 2,000 1,000 0,200 consumo total 1,000 1,000 1,000 2,000 1,000 0,200 custo unitário 7,40 45,00 5,80 2,40 0,16 1,10 Reservatório água potável fibra vidro capacidade 1000 litros 150 13,20 4,50 75,70 Orçamento 1 unidade habitacional 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 45,00 27,00 4,50 10,00 86,50 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 27,00 1,74 0,04 28,78 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 10,00 0,04 10,04 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 10,00 0,04 10,04 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 9,00 0,10 0,02 9,12 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 6,05 0,15 0,02 6,22 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 10,40 0,15 0,02 10,57 0,00 quant. (un) custo custo mãomateriais / de-obra equip. 7,40 45,00 5,80 4,80 0,16 0,22 63,38 0,00 quant. (un) 13,20 4,50 75,70 1,00 custo total 45,00 27,00 4,50 10,00 86,50 1,00 custo total 27,00 1,74 0,04 28,78 1,00 custo total 10,00 0,04 10,04 1,00 custo total 10,00 0,04 10,04 1,00 custo total 9,00 0,10 0,02 9,12 1,00 custo total 6,05 0,15 0,02 6,22 1,00 custo total 10,40 0,15 0,02 10,57 1,00 custo total 7,40 45,00 5,80 4,80 0,16 0,22 63,38 1,00 Projeto CETHS nome do insumo unidade reservatório cap 1000 litros un custos totais consumo unitário consumo total 1,000 1,000 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 150,00 150,00 150,00 0,00 custo unitário Orçamento 1 unidade habitacional custo total 150,00 150,00 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 811,66 quant. (m) Eletroduto pesado esmaltado 1/2" nome do insumo unidade eletr pesado esmaltado 1/2" luva ferro eletroduto 1/2" m un custos totais consumo unitário 1,000 0,330 consumo total 47,000 15,510 Caixa de passagem tampa parafusada 25x25x10cm nome do insumo unidade caixa de pass 25x25x10cm bucha c/arruela eletrod. 3/4" un un custos totais consumo unitário 1,000 4,000 consumo total 22,000 88,000 Fio Isolado 2,5mm2 nome do insumo unidade fio Isolado 2,5mm2 m custos totais consumo unitário 1,020 consumo total 224,400 Fio Isolado 4,5mm2 nome do insumo unidade fio Isolado 4,5mm2 m custos totais consumo unitário 1,020 consumo total 22,440 Disjuntor monopolar 20 A nome do insumo unidade disjuntor 20A un custos totais consumo unitário 1,000 consumo total 2,000 Disjuntor monopolar 30 A nome do insumo unidade disjuntor 30A un custos totais consumo unitário 1,000 consumo total 1,000 Quadro de distribuição chapa 18 - ate 6 disjuntores nome do insumo unidade centro de distr p/ disjuntor bucha com arruela eletrod. 1" un un custos totais consumo unitário 1,000 5,000 consumo total 1,000 5,000 Tomada simples nome do insumo unidade fita isolante plástica 2cm 3/4 tomada simples espelho plástico tomada red. m un un custos totais consumo unitário 0,200 1,000 1,000 consumo total 1,600 8,000 8,000 Interruptor simples nome do insumo unidade fita isolante plástica 2cm 3/4 interruptor simples espelho plástico interrup. m un un custos totais consumo unitário 0,300 1,000 1,000 consumo total 1,200 4,000 4,000 Interruptor duplo 151 custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 2,90 136,30 0,40 6,20 142,50 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 8,30 182,60 0,21 18,48 201,08 0,00 quant. (m) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,31 69,56 69,56 0,00 quant. (m) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,47 10,55 10,55 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 4,45 8,90 8,90 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 4,45 4,45 4,45 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 7,43 7,43 0,30 1,50 8,93 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,30 0,48 2,60 20,80 1,00 8,00 29,28 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,30 0,36 2,40 9,60 1,00 4,00 13,96 0,00 quant. (un) 47,00 custo total 136,30 6,20 142,50 22,00 custo total 182,60 18,48 201,08 220,00 custo total 69,56 69,56 22,00 custo total 10,55 10,55 2,00 custo total 8,90 8,90 1,00 custo total 4,45 4,45 1,00 custo total 7,43 1,50 8,93 8,00 custo total 0,48 20,80 8,00 29,28 4,00 custo total 0,36 9,60 4,00 13,96 4,00 Projeto CETHS nome do insumo unidade fita isolante plástica 2cm 3/4 interruptor duplo espelho plástico interrup. m un un custos totais consumo unitário consumo total 0,300 1,000 1,000 1,200 4,000 4,000 Interruptor simples + tomada simples nome do insumo unidade fita isolante plástica 2cm 3/4 interr simp + tomada simp espelho plástico interrup. m un un custos totais consumo unitário consumo total 0,300 1,000 1,000 0,600 2,000 2,000 Luminária Fluorescente 1x20W nome do insumo unidade fita isolante plástica 2cm 3/4 luminária fluorescente 20W reator partida rápida lâmpada fluorescente 20W bucha arruela eletroduto 1/2" caixa estamp chapa 20MSG m un un un un un custos totais consumo unitário consumo total 1,200 1,000 1,000 1,000 3,000 1,000 7,200 6,000 6,000 6,000 18,000 6,000 Luminária Fluorescente 2X20W nome do insumo unidade fita isolante plástica 2cm 3/4 luminária fluorescente 20W reator partida rápida lâmpada fluorescente 20W bucha arruela eletroduto 1/2" caixa estamp chapa 20MSG m un un un un un custos totais consumo unitário 1,400 1,000 1,000 2,000 3,000 1,000 consumo total 7,000 5,000 5,000 10,000 15,000 5,000 custo custo mãomateriais / de-obra equip. 0,30 0,36 4,50 18,00 1,00 4,00 22,36 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,30 0,18 4,50 9,00 1,00 2,00 11,18 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,30 2,16 4,50 27,00 12,80 76,80 3,92 23,52 0,16 2,88 0,35 2,10 134,46 0,00 quant. (un) custo custo custo mãomateriais / unitário de-obra equip. 0,30 2,10 4,50 22,50 17,30 86,50 3,92 39,20 0,16 2,40 0,35 1,75 154,45 0,00 custo unitário Orçamento 1 unidade habitacional custo total 0,36 18,00 4,00 22,36 2,00 custo total 0,18 9,00 2,00 11,18 6,00 custo total 2,16 27,00 76,80 23,52 2,88 2,10 134,46 5,00 custo total 2,10 22,50 86,50 39,20 2,40 1,75 154,45 PERGOLADOS 154,75 Estrutura em madeira eucalipto roliça de reflorestamento quant. (m3) custo custo mãomateriais / de-obra equip. m3 0,400 300,00 120,00 escora de eucalipto φ 12cm 1,000 pregos bitolas variadas kg 0,600 2,50 1,50 1,500 custos totais 121,50 0,00 quant. Base de concreto armado para pergolado (m3) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. aço CA-50 até 12,5mm kg 60,000 4,200 1,14 4,79 cimento Portland CP IV 32 kg 350,000 24,500 0,21 5,15 areia regular (umidade 3%) m3 0,620 0,043 18,00 0,78 brita 1 e 2 m3 0,850 0,060 20,00 1,19 guia de cedrinho 2,5x15cm m 0,263 0,018 1,40 0,03 sarrafo cedrinho 2,5x1,5cm m 1,875 0,131 0,45 0,06 custos totais 11,99 0,00 quant. Estrutura em madeira eucalipto de reflorestamento - pergolado frontal (m3) custo consumo consumo custo custo mãonome do insumo unidade materiais / unitário total unitário de-obra equip. mad de euc 5x7cm e 7x16cm m3 0,070 300,00 21,00 1,000 pregos bitolas variadas kg 0,105 2,50 0,26 1,500 custos totais 21,26 0,00 nome do insumo unidade consumo unitário consumo total custo unitário Custo total Final 152 0,40 custo total 120,00 1,50 121,50 0,07 custo total 4,79 5,15 0,78 1,19 0,03 0,06 11,99 0,07 custo total 21,00 0,26 21,26 9216,31 9216,31 73730,45 Projeto CETHS Cronograma de 8 unidades habitacionais ANEXO E Cronograma das 8 unidades habitacionais CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS CETHS LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Cronograma das oito unidades habitacionais CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO PROGRAMA: HABITAR - BRASIL OBRA: 8 unidades habitacionais do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis - CETHS DATA DO ORÇAMENTO: OUTUBRO/2000 LOCAL: RS 464, Bairro Campo Vicente, Nova Hartz CRONOGRAMA: 6 MESES (execução de 1 unidade no primeiro mês e execução das demais 7 unidades, em conjunto, nos 5 meses restantes) ITEM DESCRIÇÃO TOTAL % 1 % 2 % 55,39 0,09 6,92 12,50 48,46 87,50 FUNDAÇÃO 9.448,80 14,60 1.181,10 12,50 8.267,70 87,50 3 PAREDES 6.671,28 10,31 833,91 12,50 3.502,42 52,50 4 COBERTURA 12.411,23 19,17 1.551,40 5 PAVIMENTAÇÕES 4.710,74 7,28 6 REVESTIMENTOS 2.739,48 7 ESQUADRIAS 8 1 INSTALAÇÃO DA OBRA 2 3 % 4 % 5 % 2.334,95 35,00 12,50 4.886,92 39,38 5.972,90 48,13 588,84 12,50 817,90 17,36 1.090,54 23,15 4,23 342,44 12,50 1.318,38 48,13 1.078,67 39,38 7.009,26 10,83 876,16 12,50 613,31 8,75 5.519,80 78,75 VIDRO 1.008,00 1,56 126,00 12,50 88,20 8,75 793,80 78,75 9 PINTURAS 5.055,91 7,81 631,99 12,50 10 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 3.735,26 5,77 466,91 12,50 11 COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS 4.153,78 6,42 519,22 12,50 1.453,82 12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 6.493,32 10,03 811,66 12,50 13 PERGOLADOS 1.238,01 1,91 154,75 12,50 83,95 6,78 64.730,47 100,00 8.091,31 12,50 11.902,54 18,39 9.510,53 8.091,31 12,50 19.993,85 30,89 29.504,38 TOTAL DO PERÍODO TOTAL ACUMULADO 1.470,76 39,38 1.797,59 6 % 2.213,46 46,99 4.423,92 87,50 35,00 2.180,74 52,50 2.840,83 43,75 2.840,83 43,75 48,13 999,31 80,72 14,69 11.880,23 18,35 11.686,92 18,05 11.658,94 18,01 45,58 41.384,61 63,93 53.071,53 81,99 64.730,47 100,00 Projeto CETHS Cronograma das oito unidades habitacionais CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO PROGRAMA: HABITAR - BRASIL OBRA: 8 unidades habitacionais do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis - CETHS DATA DO ORÇAMENTO: OUTUBRO/2000 ITEM DESCRIÇÃO LOCAL: RS 464, Bairro Campo Vicente, Nova Hartz CRONOGRAMA: 9 MESES (execução de 1 unidade nos 2 primeiros meses e execução das demais 7 unidades, em conjunto, nos 7 meses restantes) TOTAL % 1 % 2 % 3 % 4 % 5 % 6 % 7 % 8 55,39 0,09 6,92 12,50 48,46 87,50 FUNDAÇÃO 9.448,80 14,60 1.181,10 12,50 6.614,16 70,00 1.653,54 17,50 3 PAREDES 6.671,28 10,31 833,91 12,50 2.043,08 30,63 3.794,29 56,88 4 COBERTURA 12.411,23 19,17 620,56 5,00 930,84 7,50 4.886,92 39,38 4.886,92 39,38 5 PAVIMENTAÇÕES 4.710,74 7,28 272,63 5,79 316,21 6,71 817,90 17,36 1.090,54 23,15 6 REVESTIMENTOS 2.739,48 4,23 342,44 12,50 7 ESQUADRIAS 7.009,26 10,83 876,16 12,50 8 VIDRO 1.008,00 1,56 126,00 12,50 9 PINTURAS 5.055,91 7,81 631,99 12,50 10 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 3.735,26 5,77 93,38 2,50 11 COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS 4.153,78 6,42 519,22 12,50 1.817,28 12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 6.493,32 10,03 405,83 6,25 405,83 6,25 13 PERGOLADOS 1.238,01 1,91 11,99 0,97 142,76 11,53 64.730,47 100,00 3.706,48 5,73 4.384,83 6,77 3.706,48 5,73 8.091,31 1 INSTALAÇÃO DA OBRA 2 TOTAL DO PERÍODO TOTAL ACUMULADO 373,53 10,00 958,82 35,00 1.470,76 83,95 39,38 9 % 8,75 2.213,46 46,99 4.599,83 65,63 1.533,28 21,88 661,50 65,63 220,50 21,88 1.438,23 52,50 4.423,92 87,50 43,75 1.817,28 43,75 3.124,91 48,13 2.556,74 39,38 8.909,43 13,76 8.797,94 13,59 86,41 64.730,47 100,00 1.797,59 48,13 6,78 8.789,66 13,58 1.085,98 % 999,31 80,72 5.447,83 12,50 16.880,97 26,08 22.328,80 8,42 7.175,58 11,09 34,50 29.504,38 45,58 8.733,87 13,49 8.784,85 13,57 38.238,25 59,07 47.023,10 72,64 55.932,53 Projeto CETHS Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas ANEXO F Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS C ET H S LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas ANEXO F – Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas. Nome científico Blepharocalix suaveolens Eugenia hiemalis Brunfelsia uniflora Calliandra twedii Dodonea viscosa Eugenia uniflora Gomidesia palustris Myrciaria cuspidata Myrciaria delicatula Myrrhinum loranthoides Nome Popular Família Origem Aproveitamento Crescimento Fenologia Floração Set a Nov Frutificação Mar a Abr Camboim Myrtaceae RS AF, ME - Folhas P Aperta-cu, Guamirim-defolha-miúda Primavera, Manacá Caliandra, Topete-decardeal Vassoura-vermelha Pitangueira Guamirim, Uvá-mole Camboim Camboim bala Verdadeiro pau-ferro, Murta Araçá Myrtaceae RS AF L P Abr a Jun Jul a Nov Solanaceae Mimosaceae RS RS, VS FO, ME FO M - P P Ago a Set Set a Mar Fev a Mar - Sapindaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae RS, VS RS, VS RS RS RS RS, VS AH, AF, AD, ME, ML AH, AF, ML AH, AF, ME, ML AH, AF - M M M - P P P P - Set a Out Nov a Jan Nov a Jan Out a Mai - Nov a Jan Fev a Jan Nov a Jan Nov a Jun - Myrtaceae RS AH, AF, AS, AD, ME, L P Nov a Dez Fev em diante MEL Ipê-amarelo Bignoniaceae RS FO M C Ago a Set Set a Out Tabebuia chrysotricha Ipê-da-várzea Bignoniaceae RS, VS FO L C Set a Nov Dez a Mar Tabebuia umbellata Quaresmeira-da-serra Melastomace RS FO R P Abr a Mai Jan a Fev Tibouchinia sellowiana Origem: RS - nativa do Estado do Rio Grande do Sul; VS - nativa da região do Vale do Sinos (segundo ROSA, 1997 e DANIEL, 1992 ) Aproveitamento: AH - alimentação humana; AF - alimento para a avifauna; AS - alimento para outros animais silvestres; AD - alimento para animais domesticos; ME - uso medicinal; ML - melífera Crescimento: R - rápido; M - moderado; L - lento Persistência foliar: P - persistente; SC - semi-caduca; C - caduca Psidium cattleyanum Projeto CETHS Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas ANEXO G Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS C ET H S LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas ANEXO G– Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas Nome científico Allophyllus edullis Bauhinia candicans Britoa guazumaefolia Butia capitata Nome Popular Chal-chal Pata-de-vaca Sete-capotes Butiazeiro Família Sapindaceae Caesalpinaceae Myrtaceae Palmae Origem RS, VS RS RS RS Aproveitamento AH, AF, AS, ML ME, FO AH, AF, ME AH, AF, AD, ML, ME AH, UAF Crescimento R L Folhas P SC P P Fenologia Floração Set a Nov Nov a Dez Out a Nov Set a Jan Frutificação Nov a Dez Abr a Mai Mar a Abr Dez a Mar Guabiroba-folha-miúda Myrtaceae RS, VS P Ago a Dez Dez a Jan Campomanesia rhonbea Guassatunga Flacourticaceae RS AF, ME M P Set a Out Set a Dez Casearia parviflora Corticeira-do-banhado Papilionaceae RS, VS FO M C Set a Dez Jan a Fev Erythrina crista-galli Cocão Erythroxylaceae RS, VS AF, ME, ML M P Set a Out Fev a Mar Erythroxyllum argentinum Uvaia Myrtaceae RS AH, AF, ME L P Nov a Jan Jan a Fev Eugenia pyriformis Ástria Myrtaceae RS, VS AH, AF P Ago Set a Nov Eugenia shuechiana Camboim-da- folha-larga Myrtaceae RS, VS Myrcia multiflora Guttiferae RS AH, AF, AS, ME L P Ago a Set Dez a Fev Rheedia gardneriana Bacopari Araticum Annonaceae RS, VS AH, AF, ME R C Out a Nov Mar a Mai Rollinia exalbida Aroeira-periquito Anacardiaceae RS AF, ME, ML R P Ago a Nov Dez a Jan Schinus molle Sincho Moraceae RS, VS AF, ME P Ago a Set Fev a Mar Sorocea bonplandii Bignoniaceae RS FO Tabebuia pulcherrima Ipê-amarelo Tarumã-preta Verbenaceae RS AH, AF, AS, ME M C Out a Dez Jan a Mar Vitex montevidensis Origem: RS - nativa do Estado do Rio Grande do Sul; VS - nativa da região do Vale do Sinos (segundo ROSA, 1997 e DANIEL, 1992) Aproveitamento: AH - alimentação humana; AF - alimento para a avifauna; AS - alimento para outros animais silvestres; AD - alimento para animais domesticos; ME - uso medicinal; ML - melífera Crescimento: R - rápido; M - moderado; L - lento Persistência foliar: P - persistente; SC - semi-caduca; C - caduca Projeto CETHS Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas ANEXOS H e I Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS C ET H S LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas ANEXO H – Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas Nome científico Apuleia leiocarpa Aspidosperma parvifolium Ateleia glazioviana Banara parviflora Cabralea cangerana Campomanesia xanthocarpa Cecropia catarinensis Cedrela fissilis Cordia trichotoma Cupania vernalis Eryithrina falcata Eugenia involucrata Eugenia rostrifolia Guapira opositae Guarea lessoniana Holocalyx balansae Ilex paraguaiensis Inga marginata Jacaranda micrantha Luhea divaricata Matayba elegnoides Nome Popular Grápia Guatambú Timbó Pau-vidro Canjerana Guabirobeira Embaúba Cedro Louro-branco Camboatá vermelho Corticeira da serra Cerejeira Batinga Maria mole Camboatá-branco Alecrim Erva-mate Ingá-feijão Caroba açoita-cavalo Camboatá-branco Família Origem Aproveitamento Crescimento Caesalpiniaceae Apocynaceae RS RS - L R Folhas C SC Fabaceae Flacourtiaceae Meliaceae Myrtaceae RS RS RS, VS RS, VS ME AF, ME AH, AF, AD, ME R M L C P C Cecropiaceae Meliaceae Boraginaceae Sapindaceae Fabaceae Myrtaceae Myrtaceae Nyctanginaceae Meliaceae Caesalpiniaceae Aquifoliaceae Mimosaceae Bignoniaceae Tiliaceae Sapindaceae RS RS, VS RS, VS RS, VS RS, VS RS RS, VS RS, VS RS RS RS, VS RS, VS RS, VS RS, VS RS, VS AF, AS, ME ME FO AF, ML FO AH, AF, AD, ME AH, AF, AD ME AH, AF, ME AH, AF, AS, ML FO, ME ME, FO AF R R R M R L L L M R R M P C C P SC P, SC P P P P C C P Fenologia Floração Set a Dez Ago a Nov Frutificação Dez a Fev Jul a Ago Nov a Jan Mar a Mai Set a Nov/ Fev a Mar Julho em diante Set a Out Dez a Jan Dez a Mar Set a Dez Fev a Abr Dez a Mar/ Jun a Set Out a Nov Set a Nov Dez a Jan Dez a Jan Set a Dez Out a Fev Out a Dez Dez a Fev Set a Nov Abr a Jun Jul a Ago Mai a Jul Out a Dez Dez a Mar Out a Dez Jun a Jul Jun a Jul Dez a Mar Mar a Mai Jul a Set Mai a Jun Dez a Jan Projeto CETHS Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas ANEXO I – Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas (continuação) Nome científico Nome Popular Família Origem Aproveitamento Crescimento Fenologia Folhas Floração Frutificação Uvá-duro Myrtaceae RS AF, FO P Fev a Abr Jun a Out Myrcia glabra Guabijú Myrtaceae RS, VS AH, AF, AS, ME, ML L P Set a Nov Jan a Mar Myrcianthes pungens Jaboticabeira Myrtaceae RS AH, AF, ME L P Set a Out Out a Nov Myrciaria trunciflora Cabreúva Fabaceae RS, VS ME, ML M C Set a Out Jan a Fev Myrocarpus frondosus Canela lajeana Lauraceae RS, VS AF L P Nov a Jan Mai a Jul Ocotea pulchella Canela Lauraceae RS, VS AF L P Nov a Jan Mai a Jul Nectandra lanceolata Canela-preta Lauraceae RS, VS AF L P Ago a Out Dez a Abr Nectandra megapotamica Angico-vermelho Mimosaceae RS, VS ME, ML R C Nov a Dez Jun a Jul Parapiptadania rigida Guajuvira Boraginaceae RS, VS ME L C Set a Nov Nov a Jan Patagonula americana Canafístula Caesalpiniaceae RS FO R C Nov a Fev Mai a Jul Peltophorum dubium Jaborandi Rutaceae RS ME, FO P todo o ano todo o ano Pilocarpus pinnatifolius Aguaí Sapotaceae RS Pouteria gardneriana Aguaí-folha-de-salso Sapotaceae RS, VS Pouteria salicifolia Capororoca Myrsinaceae RS AF, ME P Set a Dez Dez a Abr Rapanea umbellata Carvalho-brasileiro Proteaceae RS M C Jun a Ago Ago a Out Roupala brasiliensis Gerivá Palmae RS, VS AH, AF, AS, AD, ML M P Set a Mar Fev a Ago Syagrus romanzoffiana Ipê-amarelo, Ipê-ouro Bignoniaceae RS FO R C Jul a Set Out a Nov Tabebuia alba Ipê-rôxo Bignoniaceae RS, VS ME, FO R C Set a Fev Out a Mar Tabebuia avellanedae Grandiuva Ulmaceae RS, VS AF, AD, ML R P Set a Jan Jan a Mai Trema micrantha Catiguá Meliaceae RS, VS AF L SC Ago a Out Jan a Mar Trichilia claussenii Origem: RS - nativa do Estado do Rio Grande do Sul; VS - nativa da região do Vale do Sinos (segundo ROSA, 1997 e DANIEL, 1992 ) Aproveitamento: AH - alimentação humana; AF - alimento para a avifauna; AS - alimento para outros animais silvestres; AD - alimento para animais domesticos; ME - uso medicinal; ML - melífera Crescimento: R - rápido; M - moderado; L - lento Persistência foliar: P - persistente; SC - semi-caduca; C - caduca Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais ANEXO J Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais do CETHS CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS CETHS LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais Figura 43. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 05/09/01. Figura 44. Estágio de implantação da primeira unidade habitacional, em Nova Hartz, em 08/10/01. Figura 45. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 18/10/01. Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais Figura 46. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 05/11/01. Figura 47. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 05/11/01. Figura 48. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 14/11/01. Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais Figura 49. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 21/11/01. Figura 50. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 21/11/01. Figura 51. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 21/11/01. Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais Figura 52. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 29/11/01. Figura 53. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 29/11/01. Figura 54. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 29/11/01. Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais Figura 55. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 07/12/01. Figura 57. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 02/03/02. Figura 58. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 02/03/02. Projeto CETHS Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais ANEXO L Relação de publicações adquiridas com recursos do Projeto CEHTS CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS C ET H S LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz Porto Alegre Maio 2002 Projeto CETHS Relação de publicações adquiridas pelo projeto RELAÇÃO DE PUBLICAÇÕES ADQUIDAS PELO PROJETO CETHS TÍTULO 1- Housing Ourselves: Creating Affordable, Sustainable Shelter 2- The Oregon Experiment 3- A Pattern Language: Towns, Buildings, Construction 4- Timeless Way of Building 5- Design With Nature 6- Regenerative Design for Sustainable Developmant 7- Green Development: Integrating Ecology and Real Estate 8- Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth 9- Earth in Mind: On Education, Environment, and the Human Prospect 10- Ecological Design 11- Ecotourism and Sustainable Development: Who Owns Paradise? 12- Designing With Nature: The Ecological Basis for Architectural Design 13- Architecture and the Environment: Bioclimatic Building Design 14- Introduction to Permaculture 15- From Eco-Cities to Living Machines: Principles of Ecological Design 16- Eco-Villages & Sustainable Communities: Models for 21st Century Living 17- Green Architecture: Design for na Energy-Conscious Future 18- Chinese Biogas Manual: Popularizing Technology in the Count 19- Running a biogas Programme: A Handbook 20-Earth to Spirit: In Search of Natural Architecture 21- From Eco-Cities to Living Machines: Principles of Ecological Design 22- Deep Design: Pathways to a Livable Future 23- Places of the Soul: Architecture and Environmental Design As a Healing Art 24- Green Design: Design for the Environment 25- The Humanure Handbook: A Guide to Composting Human Manure 26- Composting Toilet System Book: A Practical Guide to Choosing, Planning and Maintaining Composting Toilet Systems 27- Sustainable Architecture: Principles, Paradigms, and Case Studies 28- Ecological Design Handbook: Sustainable Strategies for Architecture, Landscape Architecture, Interior Design, and Planning 29- Designing With Nature: The Ecologiacl Basis for Architectural Design 30- Create an Oasis With Greywater: Your Complete Guide to Choosing, Building and Using Greywater Systems 31- Bulder’s Greywater Guide: Installation of Greywater Systems in New Construction & Remodeling; A Supplement to the Book Create na Oasis With greywat 32- The Humanure Handbook: A Guide to Composting Human Manure (The Humanure Hand Book,2) 33- Sustainability and Cities: Overcoming Automobile Dependence 34- Reshaping the Built Environment: Ecology, Ethics, and Economics 35-Roof Gardens : History, Desingn and Construction 36- The Cohousing Handbook : Building a Place for Community 37- Cohousing: A Contemporary Approach to Housing Ourselves 38- Healthy House Bulding for the New Millennium John Bower 39- Buildings of Earth and Straw: Structural Desing for Rammed Earth AUTOR Richard Burnham Christopher Alexander Christopher Alexander Christopher Alexander Ian McHarg John Tillman Lyle Alex Wilson Williams E. Rees David W. Orr Sim Van Der Ryn Martha Honey Ken Yeang David Lloyd Jones Bill Mollison Nancy Jack Todd Jillian Conrad Brenda Vale Ariane Van Buren David Fulford David Pearson Nancy Jack Todd David Wann Christopher Day Dorothy Mackenzie Joseph C. Jenkins David Del Porto James Steele Fred Stitt Ken Yeang Art Ludwig Art Ludwig Joseph C. Jenkins Peter Newman Charles J. Kibert Theodore H. Osmundson Chris Hanson Kathryn Mc Camant John Bower Bruce King Projeto CETHS Relação de publicações adquiridas pelo projeto and Straw Bale Architecture 40- Silence, Song and Shadows: Our Need for the Sacred in Our Surroundings 41- The Natural House: A Complete Guide to Healthy, Energy Independent , Envirolmental Homes 42- Living Spaces:Ecological Building and Design Tom Bender Daniel C. Chiras 43- Daylighting: Design and Analysis 44- Behavior and the Natural Environment: Human Behavior and Environment 45- Elderly People and The Environment: Human Behavior and the Environment 46- Applied Ecological Psychology for Schools Within Communities: Assessment and Intervention 47- People- Plant Relationships: Setting Research Priorities 48- Children’s Play and Nature in na Urban Environment 49- Adobe Architecture 50- The Rammed Earth House 51- The Passive Solar House 52- Independent Builder: Designing & Building a House Your own way ( Real Goods Independent Living Books) 53- Serious Straw Bale : A Home Construction Guide for all Climates (Real Goods Solar Living Book) 54- Audubon House: Building the Environmentally Responsible Energy Efficient Office, 55- Build It With Bales: A Step-By-Step Guide to Straw-Bale Construction, Version Two 56- The New Independent Home: People and Houses That Harvests The Sun 57 – Capitalismo Natural Thomas Schmitz Günter Abraham Claude L. Robbins Irwin Altman Irwin Altman Jody L. Swartz Joel Flagler Beate Jansson Myrtle Stedman David Easton James Kachadorian Sam Clark Paul Lacinski Architects Staff, Croxton Collaborative S.O. MacDonald Michael Potts Paul Hawken, Amory Lovins, L. Hunter Lovins PERIÓDICOS SUBSCRITOS PELO PROJETO CETHS TÍTULO Sustainable building Environmental Building News EDITOR Ronald Rovers Alex Wilson OUTROS MATERIAIS BIBLIOGRÁFICOS ADQUIRIDOS PELO PROJETO CETHS TÍTULO E Build Library – Version 2.0 Green Building Advisor EDITOR Environmental Building News Building Green, Inc.