projeto ceths

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projeto ceths
Porto Alegre, maio de 2002
RELATÓRIO DE
ATIVIDADES
Vol. 1
PROJETO CETHS
Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais
Sustentáveis
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
NORIE - Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação
PROJETO CETHS
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
Relatório Final de Pesquisa
Fase 1: Modelagem e Desenvolvimento de Projetos
Porto Alegre
Maio 2002
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS – MINISTÉRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NÚCLEO ORIENTADO PARA A INOVAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Catalogação-na-publicação (CIP). Biblioteca da Escola de Engenharia da UFRGS.
U58p
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia.
Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação
Projeto CETHS Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais
Sustentáveis : relatório final de pesquisa / Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Escola de Engenharia. NORIE; [coordenador geral]
Miguel Aloysio Sattler. - Porto Alegre : NORIE/UFRGS, 2002.
5 v.
1. Construção civil. 2. Habitação popular. 3. Desenvolvimento sustentável. 4. Construções sustentáveis. I. Sattler, Miguel Aloysio. II. Título.
CDU 69
Processo FINEP n° 2807/97
EQUIPE TÉCNICA
Prof. Miguel Aloysio Sattler- Coordenador Geral
EQUIPE DE APOIO
Prof. Ângela Masuero, Engenheira Civil, Dra.
Prof. Beatriz Fedrizzi, Agrônoma, PhD.
Prof. Carin Schmitt, Engenheira Civil, Dra.
Prof. Luis Carlos Bonin, Engenheiro Civil, MEng.
Prof. Ruy Alberto Cremonini, Dr.
Márcia Roig Sperb, Engenheira Civil, MEng
Lucília Bernardino Silva, Engenheira Civil, MEng.
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE PROJETO
Prof. Miguel Aloysio Sattler, Engenheiro Civil e Engenheiro Agrônomo, PhD
Aluisio Costa Filho, Arquiteto e Urbanista, MArq.
Márcio Suminski, Biólogo, MSc.
Elaboração do Portal do CETHS
Carolina Furlanetto Mendes, Estudante de Arquitetura
Daniela Stumm Cardeal de Souza, Estudante de Engenharia Civil
Marcello Guedes Pinto , Estudande de Engenharia Civil
Secretaria
Rosana Dal Molin Inghes
Porto Alegre, maio de 2002
Vol. 1
PROJETO CETHS
Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais
Sustentáveis
Processo FINEP n° 2807/97
EQUIPE TÉCNICA
Prof. Miguel Aloysio Sattler- Coordenador Geral
CONVÊNIO ALVORADA
Alunos de Pós-Graduação
Projeto de Paisagismo
Ana Elisa Souto, Arquiteta e Urbanista
Cristina Wayne Brito, Arquiteta e Urbanista
Helena Wachsmann Schanzer, Engenheira Agrônoma
Luís Augusto dos Santos Ercole, Engenheiro Civil
Rafael Kluwe, Arquiteto e Urbanista
Protótipo da Unidade Habitacional
Aluisio Costa Filho, Arquiteto e Urbanista, MArq
Andrea Naguissa Yuba, Arquiteta e Urbanista
Cláudia Kusiak, Engenheira Civil
Jussara Maria Leite Mattuella, Engenheira Civil
Maki Tokudome, Engenheira Civil
Lucília Bernardino Silva, Engenheira Civil, MEng.
Equipamentos
Alicia Filomena M. Rodrigues, Arquiteta e Urbanista
Clarice Bleil de Souza, Arquiteta e Urbanista
Giane de Campos Grigoletti, Arquiteta e Urbanista, MEng
Luciana Inês Gomes Miron, Arquiteta e Urbanista
Maria Fernanda de Oliveira Nunes, Arquiteta e Urbanista,
MEng
Maria Helena Favaretto, Arquiteta e Urbanista
Computação Gráfica
Marco Antônio Claser Jr., Arquiteto e Urbanista
Marco Antônio Maia, Arquiteto e Urbanista
Bolsistas
Ângela Capitânio Nichetti, Estudante de Arquitetura
Paula Bettin de Nale, Estudante de Arquitetura
Processo FINEP n° 2807/97
EQUIPE TÉCNICA
Prof. Miguel Aloysio Sattler- Coordenador Geral
CONVÊNIO NOVA HARTZ
Alunos de Pós-Graduação
Projeto de Urbanismo
Alexandra Follman, Arquiteta e Urbanista
Christiane Carbonell Jatahy, Arquiteta e Urbanista
Cristiano Viegas Centeno, Arquiteto e Urbanista
Inês Martina Lersch, Arquiteta e Urbanista
Verena Schmidt Baldoni, Arquiteta e Urbanista
Projeto de Paisagismo
Sérgio Luiz V. Tomasini, Engenheiro Agrônomo
Maria Cristina Haas, Arquiteta e Urbanista
Geometria Viária
Michele de Moraes Sedrez, Arquiteta e Urbanista
Telissa Frenzel da Rosa, Arquiteta e Urbanista
Gestão de Resíduos
Christiane Carbonell Jatahy, Arquiteta e Urbanista
Cristiano Viegas Centeno, Arquiteto e Urbanista
Eduardo Grala da Cunha, Arquiteto e Urbanista, MArq.
Luís Augusto dos Santos Ercole, Engenheiro Civil
Gestão Energética
Clarissa Santafé, Arquiteta e Urbanista, MArq
Liane Conrad, Engenheira Civil.
Produção de Alimentos
Sérgio Luiz V. Tomasini, Engenheiro Agrônomo
Cristiano Viegas Centeno, Arquiteto e Urbanista
Protótipo da Unidade Habitacional
Rafael Simões Mano, Arquiteto e Urbanista.
Verena Schmidt Baldoni, Arquiteta e Urbanista
Marco Antônio Maia, Arquiteto e Urbanista
Computação Gráfica
Marco Antônio Maia, Arquiteto e Urbanista
Acompanhamento da Construção
de Protótipos em Nova Hartz
Camilo Holzmann da Silva, Arquiteto e Urbanista
Carolina Furlanetto Mendes, Estudante de Arquitetura
Christiane Carbonell Jatahy, Arquiteta e Urbanista
Marcello Guedes Pinto , Estudante de Engenharia Civil
Rafael Simões Mano, Arquiteto e Urbanista
Verena Schmidt Baldoni, Arquiteta e Urbanista
Giane de Campos Grigoletti, Arquiteta e Urbanista, MEng
Bolsistas
Carolina Furlanetto Mendes, Estudante de Arquitetura
Carolina Hartmann Galeazzi, Estudante de Arquitetura
Marcello Guedes Pinto , Estudande de Engenharia Civil
Nádia Andrea Hilgert, Estudante de Arquitetura
Patrícia Fernanda Voltolini, Estudante de Arquitetura
RESUMO
O Projeto CETHS - Fase 1: Modelagem e Desenvolvimento de Projetos tinha como principal objetivo o projeto de assentamento habitacional, que viesse a
se constituir, posteriormente, em um centro de experimentação, demonstração e
educação ambiental. Tendo isto em mente, uma equipe interdisciplinar de projeto
foi montada, para estudar e propor soluções alinhadas com os princípios de
construções sustentáveis, de modo a incluir propostas tais como: o uso de fontes
sustentáveis de energia; a gestão de resíduos sólidos e líquidos; o uso de
materiais de construção de baixo impacto ambiental; a produção local de
alimentos; o uso de paisagismo produtivo; sem descurar atenção a questões
sociais e educacionais, etc.
Entre os resultados já alcançados, cabe destacar a concepção de um
protótipo habitacional e de um assentamento habitacional, atendendo aos
pressupostos de construções sustentáveis. Ultrapassando as metas propostas, o
projeto de pesquisa orientou a implantação de oito unidades habitacionais, no
município de Nova Hartz, situado a aproximadamente 70 km da cidade de Porto
Alegre.
Este relatório apresenta a evolução e os resultados deste projeto de
pesquisa, desde o surgimento de suas primeiras idéias e diretrizes, até seu
estágio de desenvolvimento atual e perspectivas futuras.
ABSTRACT
The main objective of the CETHS Project - Phase 1: Modeling and Design
Development - was to design a sustainable housing settlement, that could, later
on, be built as centre of experimentation, demonstration and environmental
education. In order to do that, an interdisciplinary design team was assembled to
develop studies that included: use of sustainable energy sources; management of
solid and liquid wastes; use of building materials with low environmental impact;
local production of food; creation of productive landscapes; keeping within the
main strategies a special regard to social and educational issues, etc.
The achieved results include the conception of a sustainable housing
prototype and of a housing settlement, aiming at minimum environmental impacts.
Going beyond the main objective, eight housing units were built in the municipality
of Nova Hartz, about 70 km far from the city of Porto Alegre, State of Rio Grande
do Sul.
This report intends to present the development and results of this research
project, starting from its first ideas and guidelines, until its current development
phase and but also stating future perspectives.
Projeto CETHS
Apresentação
Apresentação
Este capítulo identifica os diversos elementos que descrevem o produto do
trabalho realizado, que é o Projeto CETHS – Centro Experimental de Tecnologias
Habitacionais Sustentáveis, iniciado em fevereiro de 1999.
Este volume, denominado de Volume 1, contém o Relatório Final de
Pesquisa, descrevendo o projeto em seu todo, além de apresentar os
fundamentos teóricos que direcionaram as atividades desenvolvidas durante o
projeto de pesquisa.
O Volume 2 apresenta os trabalhos gráficos desenvolvidos dentro do
Convênio Alvorada. O convênio recebeu esta denominação por ter sido
desenvolvido para a municipalidade de Alvorada, no Estado do Rio Grande do
Sul. O objetivo do projeto, conforme consta dos termos do convênio celebrado
entre o Município de Alvorada e da Fundação de Apoio da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, foi o de desenvolver estudos e pesquisas sobre materiais
ecológicos e de baixo custo para moradias populares no município de Alvorada...
visando a implantação ... de um projeto-piloto (protótipo de habitação sustentável)
que possa ser viabilizado através de Cooperativas Habitacionais, Associações
Comunitárias, Prefeitura Municipal e/ou Organizações Não Governamentais
vinculadas à habitação popular, para construção de unidades habitacionais. O
convênio foi assinado em 10 de maio de 1999, tendo sido o projeto sido concluído
em novembro de 1999. O seu principal produto, para o Projeto CETHS, foi o
desenvolvimento do Protótipo Alvorada. Este protótipo de habitação popular foi
desenvolvido, pois, ao longo do ano de 1999, atendendo aos propósitos tanto do
Convênio Alvorada, como aos do Projeto CETHS.
O Volume 3 contém a descrição dos estudos e princípios que governaram
o desenvolvimento de uma proposta para o Horto Municipal de Alvorada,
apresentada no Volume 2, com ênfase no Protótipo Alvorada.
Projeto CETHS
Apresentação
O Volume 4 apresenta os trabalhos gráficos desenvolvidos para
atender ao Convênio Nova Hartz, estabelecido entre o NORIE – Núcleo Orientado
para a Inovação da Edificação e a Prefeitura Municipal de Nova Hartz, com a
finalidade de prestar consultoria na área de habitação popular e em serviços de
apoio à reelaboração do Plano Diretor do Município. Este convênio, assinado em
01 de julho de 2000, incluía a tarefa de elaboração e acompanhamento técnico da
implantação de projetos de habitação popular, elaborados segundo princípios e
tecnologias de baixo impacto ambiental.
O Volume 5 reúne uma coletânea de artigos técnicos, publicados ou não,
relativos aos projetos do Protótipo Alvorada e do Centro Experimental de
Tecnologias Habitacionais Sustentáveis. Adicionalmente, são incluídos no volume
vários documentos associados aos projetos desenvolvidos, tais como: cópia de
artigos publicados em jornais ou revistas, cópia dos convênios celebrados, etc.
Projeto CETHS
Introdução
1. I
NTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
O Censo Demográfico realizado no ano de 2000, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), estima que a população brasileira esteja próxima
de 170 milhões de habitantes, dos quais mais de 80% vivem em áreas urbanas
(IBGE,
2001).
Associado
a
este
grande
contingente
populacional
predominantemente urbano, observa-se a existência de outros fatos, tais quais:
ƒ populações
desempregadas
ou
sub-empregadas,
residindo
em
habitações precárias e improvisadas;
ƒ populações mal nutridas e/ou famintas e, em conseqüência, muitas
vezes doentes;
ƒ violência e criminalidade;
ƒ poluição aérea e sonora, pelo intenso tráfego de veículos, dentre outras
fontes;
ƒ poluição do solo e dos recursos hídricos, pela falta de um manejo
adequado dos resíduos sólidos e líquidos gerados;
ƒ ocupação desordenada do solo urbano, acentuando o problema das
ilhas de calor e das inundações;
ƒ consumo irracional de energia;
ƒ degradação dos ecossistemas naturais; etc.
Diante deste fatos, torna-se evidente a necessidade de se repensar as
cidades em que vivemos, inserindo-as dentro de um contexto global de
sustentabilidade, que extrapola os limites urbanos, passa pelo tratamento das
Projeto CETHS
Introdução
áreas rurais e inclui a sociedade como um todo. Neste sentido, SACHS
(1993) entende que o desenvolvimento sustentável de nossa sociedade deva
atender, necessariamente, a cinco dimensões, de modo a orientar o seu
planejamento:
• sustentabilidade social, onde o objetivo é melhorar substancialmente
os direitos e as condições de amplas massas de população e reduzir a
distância entre os padrões de vida de abastados e não-abastados;
• sustentabilidade econômica, possibilitada pela alocação e gestão mais
eficiente dos recursos e por um fluxo regular do investimento público e
privado;
• sustentabilidade
ecológica,
através
das
seguintes
estratégias:
intensificação do uso dos recursos potenciais dos vários ecossistemas,
proporcionando o menor dano possível aos mesmos; limitação do uso de
recursos não renováveis; redução do volume de resíduos e de poluição,
estabelecimento de limites de consumo para países ricos; intensificação
da pesquisa de tecnologias limpas e proposição de regras para a
proteção ambiental, definindo instrumentos econômicos, legais e
administrativos necessários para o cumprimento dessas regras;
• sustentabilidade espacial, voltada a uma configuração rural-urbana
mais equilibrada e a uma melhor distribuição territorial de assentamentos
humanos e atividades econômicas, buscando a diminuição das
concentrações excessivas nas áreas metropolitanas e da destruição dos
ecossistemas;
promoção
da
agricultura
regenerativa
e
da
industrialização descentralizada e, ainda, estabelecimento de uma rede
de reservas naturais e de biosfera para proteger a biodiversidade;
• sustentabilidade cultural, através da tradução do conceito normativo
de ecodesenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares,
que respeitem as especificidades de cada ecossistema, de cada cultura
e de cada local.
Projeto CETHS
Introdução
A aplicação destas dimensões da sustentabilidade ao projeto de
uma habitação, tendo em vista um modelo sustentável, deve não somente
considerar a unidade de moradia, que constituirá o lar de uma família, mas o
conjunto onde esta unidade se insere, assim como as relações estabelecidas
entre esta unidade e o meio ambiente. Devem ser consideradas questões
relativas à produção e ao tratamento dos resíduos gerados por cada uma das
unidades habitacionais e pelo conjunto das mesmas, assim como, questões
relativas a alternativas para obtenção de água e geração de energia. Dentro deste
amplo contexto, não se pode esquecer das questões relacionadas à saúde dos
indivíduos, diretamente conectada à qualidade dos alimentos por eles ingeridos
que, por sua vez, depende da forma como os mesmos são produzidos.
O modo de deslocamento das pessoas também deve ser estudado,
objetivando a sua racionalização, de forma a minimizar o tempo despendido em
transporte, bem como o consumo de energia e a poluição àquele associados. A
racionalização do tempo de deslocamento poderia, por sua vez, possibilitar ao
indivíduo empregar mais sabiamente o seu tempo, aumentar o convívio com sua
família e com a comunidade ao seu redor, proporcionando-lhe também mais
tempo de lazer. Admite-se, então, que a função de uma habitação sustentável
extrapola o papel de um simples abrigo, incorporando a este todo, o processo de
promoção da saúde, educação, lazer, proteção, convívio social e relacionamento
com o ambiente natural.
Porém, sabe-se que estas questões versando sobre sustentabilidade são
relativamente novas para estudantes e profissionais de várias áreas, tanto no
Brasil, como a nível internacional. Desta forma, com a finalidade de aumentar o
entendimento de futuros profissionais e promover a colaboração e intercâmbio de
conhecimentos e experiências entre aqueles já envolvidos no tema, várias
iniciativas estão sendo desenvolvidas pelo país, tanto a nível nacional, quanto a
nível regional e local (SATTLER, 2000).
Projeto CETHS
Introdução
1.2 O PROJETO CETHS
O próprio projeto CETHS, que é objeto deste Relatório, e que se
desenvolve no sul do país, pelo grupo de pesquisa em Edificações e
Comunidades Sustentáveis, do Núcleo Orientado para a Inovação da Edificação
(NORIE), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), busca
implementar um centro de experimentação, demonstração e educação ambiental,
como um assentamento habitacional a ser construído de acordo com princípios
sustentáveis. Este grupo de pesquisa interdisciplinar, que envolve estudantes e
profissionais das áreas de arquitetura, engenharia civil, agronomia, biologia, etc.,
busca, então, alternativas sustentáveis para as propostas tradicionais de
habitação popular, as quais continuamente têm priorizado a redução de custos, a
partir da minimização da capacidade funcional e da qualidade das habitações
construídas. Além do estudo específico da unidade habitacional, o grupo analisa e
propõe novas formas de implantação urbana destas unidades, de modo a
minimizar o seu impacto ambiental.
Este Centro deverá, então, se constituir em modelo para um amplo público,
como, por exemplo, àqueles interessados em Edificações Sustentáveis,
Comunidades Sustentáveis e Permacultura. Com suas propostas educativas,
demonstrativas e de pesquisa, o Centro apresentará o entendimento do grupo de
pesquisadores sobre temas ligados ao Desenvolvimento Sustentável, entre os
quais destacam-se:
ƒ Energia. Tanto quanto possível, o Centro proverá as suas necessidades
energéticas
através
de
recursos
locais.
As
edificações
serão
climatizadas por técnicas solares passivas. Biodigestores processarão
resíduos de forma a produzir biogás. Energia eólica também se encontra
entre as alternativas estudadas e poderá ser utilizada.
ƒ Edificações. As edificações do Centro combinarão os seguintes
propósitos: integração com o ambiente, otimização da capacidade
funcional, utilização de materiais com reduzido impacto ambiental,
Projeto CETHS
Introdução
adequação aos princípios da arquitetura bioclimática e reforço de
interações sociais.
ƒ Alimentos. Através da produção local de alimentos, o Centro contribuirá
para as necessidades alimentares dos seus habitantes, além de possibilitar
geração de renda pelo comércio dos excedentes. Particular atenção deverá
ser dada a práticas que: protejam e melhorem as características do solo;
que reduzam o consumo de energia, fertilizantes e outros produtos
químicos; maximizem as possibilidades de múltipla utilização e reduzam o
consumo de água; melhorem a qualidade dos alimentos pela minimização
de utilização de agrotóxicos em sua produção.
ƒ Água. Um sistema integrado de fluxo de águas permitirá a pesquisa e
demonstração de técnicas de aquacultura, irrigação e tratamento
biológico de esgotos. A água tratada em lagoas e comunidades
aquáticas servirá para irrigar e fertilizar plantas.
ƒ Resíduos. Através da racionalização de suas operações, o Centro
minimizará o consumo de energia e materiais, o que resultará na
minimização de resíduos. Os resíduos orgânicos inevitáveis serão reintroduzidos no ecossistema do Centro: poderão ser utilizados para
alimentação animal, compostados ou tratados em biodigestores. Um
sistema de tratamento natural de esgotos, usando plantas aquáticas e
comunidades de microorganismos, realizarão o seu tratamento dentro do
próprio assentamento. Os resíduos inorgânicos serão destinados à
reciclagem e/ou reutilização.
Através da abordagem destes e de outros temas relacionados a
sustentabilidade, acredita-se que o Centro exercerá um papel de difusor e
disseminador de edificações e comunidades sustentáveis, apresentando uma
nova proposta de vida no meio urbano. A minimização dos impactos aos
ecossistemas terrestres, bem como, a promoção do equilíbrio cultural, social,
econômico e espacial, constituem-se nos pontos chaves do Projeto CETHS.
Projeto CETHS
Introdução
1.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
Considerado em sua totalidade, o Projeto CETHS é basicamente composto
das seguintes quatro fases de pesquisa:
ƒ Modelagem e Desenvolvimento de Projetos;
ƒ Implantação e Povoamento;
ƒ Monitoramento;
ƒ Desenvolvimento de Produtos.
Como fase de Modelagem e Desenvolvimento de Projetos, entende-se
todas as etapas referentes ao planejamento incluindo-se, a instalação física e o
suporte funcional para as atividades a serem desenvolvidas no local. Admite-se
como inerente a esta etapa, os serviços de levantamento topográfico, o projeto de
zoneamento, demarcação e loteamento da gleba, o desenvolvimento dos projetos
arquitetônicos e complementares das edificações e o desenvolvimento dos
projetos de implantação urbana (água, energia, saneamento, pavimentação,
arborização, condicionamento térmico, comunicações, prevenção de acidentes,
etc.). Considerou-se, ainda nesta fase, projetos de produção agrícola e de cultivos
diversos,
para
obtenção
local
de
alimentos
(permacultura,
aquacultura,
compostagem, etc.), projetos de reutilização dos resíduos e também projetos de
tratamento de despejos sólidos e líquidos. Partindo-se do princípio de que está
implícito o interesse em manter os moradores integrados à área, dentre as
soluções propostas deverão ser estudadas alternativas para as questões de
geração de renda e ocupação.
Uma vez concluída a fase de modelagem e produção de projetos, terá
início a fase de Implantação e Povoamento, onde os projetos deverão ser
concretizados através da construção do Centro, conjuntamente com a
participação e comprometimento dos futuros moradores. O acompanhamento e o
gerenciamento das obras trará, necessariamente, o feedback para a equipe de
desenvolvimento de projetos de forma a aperfeiçoar todo o processo.
Projeto CETHS
Introdução
Uma vez finalizada a construção e efetuada a ocupação da área,
deverá ter início a fase de Monitoramento. Nesta fase, com um período previsto
de, no mínimo, dois anos, haverá um acompanhamento por parte do corpo
técnico da equipe, do processo de ocupação do Centro, onde serão aferidas as
metas propostas, de forma comparativa aos resultados reais alcançados pelos
projetos implantados. O principal objetivo desta fase é a de produzir parâmetros
para a avaliação das tecnologias propostas face aos aspectos sócio-ambientais
envolvidos. Por conseqüência, uma vez concluída esta fase, poderá ter início a
fase de Desenvolvimento de Produtos. Sendo possível avaliar as vantagens e as
reais possibilidades de transformar as inovações tecnológicas projetadas em
produtos capazes de serem absorvidos pelo mercado, estarão expostas as
chances de serem desenvolvidos projetos capazes de disponibilizar estes
produtos.
Especificamente, este relatório de pesquisa refere-se tão somente à
primeira fase do Projeto CETHS, relativa a Modelagem e Desenvolvimento de
Projetos.
1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA
O Projeto CETHS, especificamente em relação a etapa de Modelagem e
Desenvolvimento de Projetos em questão, teve como objetivo principal projetar
um
centro
de
experimentação,
demonstração
e
educação
ambiental,
apresentando como referência um assentamento habitacional sustentável.
Como objetivos secundários, incluem-se os seguintes:
ƒ Criar oportunidades de pesquisa nas áreas de: tecnologias sustentáveis;
agricultura urbana sustentável; aquacultura sustentável; paisagismo
produtivo; manejo sustentável de resíduos sólidos e líquidos; uso de
fontes de energia sustentáveis; e materiais de construção com baixo
impacto ambiental;
Projeto CETHS
Introdução
ƒ Possibilitar oportunidades de pesquisa em questões referentes a
habitação popular, assim como, em questões de educação ambiental;
ƒ Promover o II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis, oportunizando um encontro
dos participantes do projeto e outros especialistas na área de
tecnologias sustentáveis principalmente para divulgar os resultados
desta fase do projeto, ouvir suas críticas e discuti-las, assim como fixar
diretrizes para o prosseguimento das demais fases.
1.5 ESTRUTURA DESTE RELATÓRIO
Este relatório está estruturado em seis capítulos, sendo que o primeiro
consiste na introdução, onde são apresentadas: a justificativa, a delimitação e os
objetivos da pesquisa.
O segundo capítulo descreve o Concurso Internacional de Idéias, que
originou as primeiras idéias e diretrizes para o Projeto CETHS.
O terceiro capítulo, por sua vez, apresenta as atividades realizadas dentro
do Convênio Alvorada, estabelecido com a Prefeitura Municipal de Alvorada e
conduzido paralelamente ao Projeto CETHS, cujos resultados possibilitaram o
detalhamento e aperfeiçoamento de um protótipo habitacional.
O quarto capítulo descreve o Convênio com a Municipalidade de Nova
Hartz, estabelecido com a Prefeitura de Nova Hartz, também conduzido
paralelamente ao Projeto CETHS, que compreendeu o desenvolvimento de
propostas de implantação urbana de um grupo de unidades habitacionais.
No quinto capítulo, apresenta-se o estágio atual do projeto CETHS. E por
fim, o sexto capítulo apresenta algumas considerações finais, assim como,
sugestões para o prosseguimento da pesquisa.
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
2. C
I
I
ONCURSO NTERNACIONAL DE DÉIAS
2.1 CHAMADA DE TRABALHOS
O Concurso Internacional sobre Idéias de Projeto tendo por tema
Habitações Sustentáveis para Populações Carentes, realizado em 1995, foi
conjuntamente promovido pela ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do
Ambiente Construído e pela PLEA – Passive and Low Energy Architecture. O
principal objetivo da competição foi o de estimular a apresentação de alternativas
de projeto de arquitetura e de planejamento urbano, focadas sobre o tema
habitação de interesse social, e que fossem compatíveis com a realidade
brasileira e com os princípios de Desenvolvimento Sustentável (SATTLER, 1998).
Este Concurso de Idéias constituiu, então, em um desafio a arquitetos e
estudantes de arquitetura e áreas afins, no sentido de desenvolverem propostas
habitacionais alternativas. A competição teve um caráter internacional, sendo
encorajada a participação de equipes multidisciplinares.
O tema deste concurso teve por objeto uma pequena comunidade, com
possibilidade de localização, tanto em área rural, como suburbana. Os conjuntos
habitacionais que se instigou fossem propostos deveriam possuir 20 unidades
residenciais e um centro sócio/educacional, para educação diurna dos jovens e
noturna dos adultos, provendo, também, opção para outras atividades sociais da
comunidade.
Cada unidade habitacional deveria possuir uma horta doméstica,
suficientemente grande para suprir as demandas alimentares de cada família
(frutas, legumes, pequenos animais, etc.). A vegetação a ser implantada também
contribuiria para a criação de um micro-clima favorável ao ambiente construído,
abrandando as altas temperaturas, características do período de verão, assim
como o frio e vento, típicos do inverno. Alternativas em termos de fontes
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
energéticas, tratamento dos resíduos domésticos e utilização de água
também foram encorajadas.
As casas deveriam ser capazes de acomodar uma família de quatro a cinco
pessoas, propondo-se uma área mínima de, aproximadamente, 40 m2, com
possibilidade de expansão futura. Como diretriz geral, que teve por base o custo
praticado em conjuntos habitacionais tradicionais do início da década de 90, em
Porto Alegre, um orçamento de 100 a 150 US$/m2, para a construção das casas
(somente em termos de material) deveria ser considerado como referência pelos
participantes do Concurso. Foi sugerida a implantação de um centro
sócio/educacional, com possibilidade de alojar um máximo de 100 (a população
total prevista para a comunidade) crianças/adultos, em duas salas de aula,
conversíveis em uma única grande sala.
As propostas foram encorajadas a prover, não só um alojamento para as
populações carentes, mas também oportunidades de trabalho para as pessoas,
em particular àqueles voltados à produção de alimentos segundo os princípios de
uma agricultura sustentável. À época do lançamento do Concurso, tinha-se em
mente implantar a proposta junto a áreas de pequenos agricultores ecológicos
cooperativados, residentes na zona sul de Porto Alegre. As atividades agrícolas,
organizadas em cooperativas de produtores, buscariam a produção orgânica, sem
agrotóxicos, de frutas e legumes, para suprir a sua crescente demanda pela
população local ou regional.
2.2 TRABALHOS PREMIADOS
O comitê organizador do Concurso recebeu ao todo 38 propostas, oriundas
de oito países, sendo 32 as propostas estudantis e 6 as propostas encaminhadas
por profissionais. O corpo internacional de jurados, composto por nove membros,
incluindo arquitetos (7) e engenheiros civis (2), premiou, ao todo, seis trabalhos:
três de profissionais e três de estudantes. A premiação dos trabalhos vencedores
foi anunciada em 07 de julho de 1995, em cerimônia realizada no encerramento
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
do III Encontro Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no
Ambiente Construído, realizado na cidade de Gramado, RS.
Segundo o júri, os trabalhos inscritos na categoria profissional variaram
entre dois extremos. Por um lado, alguns demonstraram grande conhecimento
nos temas relativos a sustentabilidade, porém sem apresentar a mesma
profundidade nos temas relativos ao projeto de implantação da comunidade. Por
outro lado, outros apresentaram um ponto forte no projeto arquitetônico, sendo,
porém, fracos em aspectos relacionados a desenvolvimento sustentável. Desta
forma, nenhum dos trabalhos atingiu igual sucesso em todos os requisitos da
competição.
Salienta-se,
no
entanto,
que
todos
os
trabalhos
inscritos
demonstraram bom conhecimento das questões climáticas.
A proposta profissional vencedora foi de autoria do arquiteto Michael Daniel
Morrisey, líder de uma equipe de projetos denominada H2O Workshops, da
Austrália (figura 1). Segundo o corpo de jurados, este trabalho foi o que chegou
mais perto de uma abordagem balanceada entre requisitos de sustentabilidade e
os de um projeto de arquitetura e sua implantação. Ainda na categoria
profissional, o segundo prêmio ficou para a equipe de projetos formada por María
J. Leveratto, Francisco Ortiz, John M. Evans, Silvia de Schiller, Analía Fernández,
Susana Mazzoli e Susana Eguía, do Centro de Investigación Hábitat y Energia da
Universidade de Buenos Aires, Argentina (figura 2). Por fim, o terceiro prêmio foi
para a equipe de projetos constituída por Otávio U. Chaves, Fernando C.
Marques, Isabela M. Coimbra, Luciana Miron, Flávio Paim, Marco A. Backes,
Christiane C. Jatahy e Pedro Inda, da ARCOO - Arquitetura e Cooperativismo,
Porto Alegre, Brasil (figura 3).
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
Figura 1. H2O Workshops, Austrália.
Figura 2. Centro de Investigación Hábitat y Energia, Argentina.
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
Figura 3. ARCOO - Arquitetura e Cooperativismo, Brasil.
Já na categoria estudantil, na opinião do júri, os trabalhos apresentaram
bons projetos arquitetônicos em termos tradicionais. A maioria dos trabalhos
apresentou um bom conhecimento das técnicas de arquitetura bioclimática, sem,
contudo, avançar de apresentações esquemáticas. O júri ficou desapontado com
o fato de que quase nenhum projeto considerou as questões ecológicas e de
sustentabilidade. Por exemplo, questões como o fluxo de energia, gerenciamento
de resíduos, produção de alimentos e reciclagem de água, considerados
fundamentais neste concurso, foram praticamente ignorados.
A proposta estudantil vencedora foi de autoria de Nigel J. Craddock, na
ocasião estudante de pós-graduação da University of Cambridge, Reino Unido
(figura 4). A proposta que ficou em segundo lugar foi de autoria de Paul B. Peng,
na ocasião estudante da University of New South Wales, Austrália (figura 5). O
terceiro lugar foi para Jin Wang, na ocasião também estudante da University of
New South Wales, Austrália (figura 6).
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
Figura 4. Nigel J. Craddock, Reino Unido.
Figura 5. Paul B. Peng, Austrália.
Projeto CETHS
Concurso Internacional de Idéias
Figura 6. Jin Wang, Austrália.
Da análise das propostas apresentadas, a organização do Concurso
concluiu que o Concurso Internacional de Idéias indicou diretrizes de projeto,
incluindo alternativas tecnológicas, que, compreensivelmente, pela origem dos
autores das propostas vencedoras, apesar de ricas, não consideravam as
particularidades da realidade local. Era necessária, pois, a adaptação das
propostas vencedoras às especificidades desta realidade, de modo a viabilizar a
sua implantação local na forma de um assentamento habitacional sustentável.
Projeto CETHS
Convênio Alvorada
3. C
ONVÊNIO
ALVORADA
3.1 BREVE HISTÓRICO
Ao final de 1997, foi firmado um convênio entre o NORIE/UFRGS e a
Prefeitura Municipal de Alvorada (região metropolitana de Porto Alegre/RS), para
o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre materiais ecológicos e de baixo
custo para moradias populares no município de Alvorada. O convênio contou com
o patrocínio do Centro Internacional de Investigações para o Desenvolvimento
(IDRC), organização não-governamental do Canadá.
A partir deste convênio, decidiu-se aproveitar a oportunidade para estender
o projeto de pesquisa à construção de um protótipo, que consolidaria os princípios
e idéias levantados no Concurso Internacional de Idéias. Salienta-se que o
objetivo de construção do protótipo não era o de estabelecer um modelo a ser
reproduzido posteriormente em larga escala, mas sim, uma edificação cuja função
principal seria a de testar, junto ao cotidiano das pessoas, alternativas
tecnológicas sustentáveis capazes de preservar o meio ambiente e de,
simultaneamente, proporcionar bem-estar. (COSTA FILHO et al., 2000)
Neste sentido, para a elaboração deste protótipo, buscou-se, a partir dos
resultados alcançados no Concurso Internacional de Idéias, definir detalhes e
especificações aplicáveis à realidade local.
3.2 DIRETRIZES DE PROJETO
As principais diretrizes gerais, adotadas para a concepção do protótipo,
foram as seguintes: (SATTLER et al., 2000 e COSTA FILHO et al., 2000)
ƒ Otimizar a capacidade funcional da habitação, transferindo, para um
segundo momento, a avaliação dos seus custos;
Projeto CETHS
Convênio Alvorada
ƒ Especificar materiais de construção alinhados com princípios
sustentáveis, priorizando aqueles materiais com o menor impacto
ambiental possível, assim como aqueles disponíveis localmente;
ƒ Incluir no projeto relações espaciais que permitissem a utilização da
habitação por pessoas portadoras de deficiências físicas e/ou idosos;
ƒ Utilizar princípios da arquitetura bioclimática para produzir espaços com
um grau de habitabilidade otimizado, com mínima, ou nenhuma,
dependência de sistemas ativos de resfriamento ou aquecimento;
ƒ Utilizar tecnologias que pudessem ser facilmente assimiladas pelos
futuros usuários, de modo a possibilitar processos de autoconstrução;
ƒ Projetar o protótipo considerando as condições do local onde o mesmo
seria construído;
ƒ Prever um espaço que possibilitasse o desenvolvimento de atividades
geradoras de renda, no programa de necessidades da habitação;
ƒ Desenvolver o projeto de modo a possibilitar ampliações e re-manejo de
espaços.
Além disto, considerando a realidade específica de Alvorada, as seguintes
diretrizes específicas orientaram a concepção do protótipo:
ƒ Viabilizar as atividades de um centro de difusão de tecnologias
sustentáveis e de um escritório, em uma edificação cujos espaços teriam
o layout de uma habitação, e onde deverão ser demonstradas
tecnologias utilizadas no cotidiano de uma moradia;
ƒ Integrar a edificação e seu entorno imediato com as atividades do Horto
Municipal de Alvorada, promovendo a disseminação de práticas
permaculturais;
ƒ Selecionar tecnologias de fácil utilização por um usuário típico da região,
para que as capacidades funcionais previstas fossem efetivamente
praticadas;
Projeto CETHS
Convênio Alvorada
ƒ Analisar as tipologias habitacionais já praticadas pela população
da região, assim como os materiais de construção produzidos e
comercializados na região, de forma a identificar parâmetros que
refletissem as aspirações e identidades da população em relação à
moradia.
3.3 A CONCEPÇÃO DO PROTÓTIPO
A concepção final do protótipo habitacional foi atingida a partir das
seguintes etapas básicas: definição do seu partido arquitetônico, definição dos
materiais de construção e, por fim, escolha das técnicas construtivas a serem
utilizadas. Para o protótipo de Alvorada foi definido um programa de
necessidades, típico de uma habitação voltada a uma pequena família, incluindo
dois dormitórios, sala e cozinha integradas, banheiro, área de serviço e área de
entrada (figuras 7 e 8), com possibilidades de ampliação futura.
Figura 7. Protótipo Habitacional Alvorada.
Em suma, o protótipo foi concebido segundo as principais estratégias
citadas a seguir:
ƒ
Arquitetura solar passiva;
Projeto CETHS
ƒ
Convênio Alvorada
Coletor solar de baixo custo, para aquecimento de água;
Figura 8. Plantas Baixas do Protótipo Habitacional Alvorada.
ƒ
Níveis de isolamento térmico para telhados, paredes e pisos, adequados à
realidade climática local e à condição econômica dos futuros usuários;
ƒ
Uso de pinturas e produtos preservativos não tóxicos, para madeiras;
ƒ
Prioridade ao uso de materiais locais e à reutilização, ou reciclagem, de
materiais de demolição;
ƒ
Uso de vegetação, tanto para sombreamento, como para a produção de
alimentos (paisagismo produtivo);
ƒ
Proposta de uso de secador de alimentos (folhas e frutos) e composteira;
ƒ
Proposta de utilização de fogão à lenha, para cozinhar e ao mesmo tempo
aquecer o ambiente interior, nos períodos frios;
ƒ
Sistema de coleta e reutilização de água de chuva, para descarga do vaso
sanitário, assim como para irrigação de jardim;
ƒ
Tratamento local de esgoto doméstico;
Projeto CETHS
ƒ
ƒ
Convênio Alvorada
Uso de elementos e componentes passíveis de auto-construção;
Distribuição dos espaços internos, de modo a permitir a acessibilidade
universal a todos os ambientes.
3.4 APERFEIÇOAMENTO DO PROTÓTIPO
Para fins de aperfeiçoamento do protótipo habitacional, foram realizados
vários estudos, dentre os quais pode-se citar: simulação térmica com o software
Thedes; análise de iluminação; proteção solar, etc. Além disto, estudou-se
possibilidades de novos layouts internos. Os resultados destes estudos constam
em anexos e o aperfeiçoamento do protótipo continua a ser realizado, de forma
contínua para cada novo projeto habitacional ou cada novo protótipo construído.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
4. C
ONVÊNIO
NOVA HARTZ
4.1 BREVE HISTÓRICO
Os resultados do Concurso Internacional de Idéias integraram uma
solicitação de recursos à FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos (Programa
HABITARE), onde se buscou materializar as idéias premiadas pelo concurso, em
um centro de experimentação, demonstração e educação ambiental. A proposta
foi aprovada e passou a contar com recursos da FINEP e da Caixa Econômica
Federal, para o desenvolvimento do projeto executivo de tal centro, a partir de
fevereiro de 1999.
No ano de 2000, foi firmado um convênio entre o NORIE/UFRGS e a
Prefeitura Municipal de Nova Hartz, (município localizado na região metropolitana
de Porto Alegre, com aproximadamente 15.000 habitantes), com o objetivo
principal de implantar no município os resultados do projeto. Desde então, várias
ações têm sido realizadas buscando implantar este centro experimental para
demonstração, pesquisa e educação ambiental, que recebeu o nome de Centro
Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis – CETHS.
4.2 DIRETRIZES DE PROJETO
4.2.1 Comunidades Sustentáveis
De acordo com JACSON (1999), uma comunidade sustentável é uma
forma de viver em harmonia com o mundo natural, com a terra, os animais e as
plantas, tanto quanto com nossos parceiros, os seres humanos. Assim sendo,
uma comunidade sustentável deve partir do princípio de cooperação entre os
seus moradores, cooperação entre homem e natureza, e cooperação entre seus
moradores e o contexto mais amplo no qual esta comunidade está inserida.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Neste sentido, SOARES (1999) apresenta as seguintes estratégias, que
forneceram subsídios para a concepção do CETHS:
•
Desenvolvimento do loteamento com o máximo de auto-suficiência
possível (energia, tratamento de resíduos, produção de alimentos,
água, etc);
•
Os lotes são de propriedade individual, mantida em condomínio, o qual
é proprietário das áreas em comum;
•
A manutenção das áreas e equipamentos comuns é feita pelos próprios
moradores;
•
Produção local de alimentos, para consumo dos moradores, e
comercialização do excedente, para geração de renda;
•
Caráter de centro de disseminação de idéias, sendo aberto à visitação
pública orientada;
•
As edificações obedecendo a princípios de arquitetura bioclimática e
empregando materiais de baixo impacto ambiental;
•
Paisagismo comestível e estético, em todas as áreas comuns e
individuais;
•
Drenagem natural, para aumentar a absorção de escorrimento
superficial da chuva;
•
Transporte através de automóvel é minimizado pela construção de ruas
estreitas, que privilegiam o pedestre;
•
Cul de sacs (ruas sem saída) encorajam o tráfego motorizado somente
dos residentes;
•
Cinturão verde, concebido como zonas de produção de alimentos,
controle ambiental e proteção da comunidade (privacidade);
•
Previsão de equipamento comunitário (centro comunitário), para
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
incentivar a participação de todos os habitantes nas decisões da
comunidade;
•
Incentivo à formação de grupos informais de desenvolvimento pessoal,
artesanato, etc.
•
O cuidado das crianças é responsabilidade dos próprios moradores, o
que pode ser buscado através da implantação de uma creche;
•
Tratamento local de esgotos e lixo doméstico.
LYLE (1994), por sua vez, apresenta uma lista de diretrizes de projeto que
também caracterizam uma comunidade sustentável, que também colaboraram na
definição das diretrizes de projetos, que são:
•
Deixar a natureza fazer o trabalho, ou seja, trabalhar com a natureza e
não contra ela. Ao invés de as atividades humanas perturbarem o
ambiente, buscar a sua harmonia com o mesmo;
•
Considerar o contexto natural como modelo; buscar inspiração na
natureza para o projeto, de tal maneira a mudar o mínimo possível o
meio ambiente natural;
•
Combinar e não isolar os diferentes equipamentos, culturas agrícolas,
atividades humanas, funções, etc., no tempo e no espaço;
•
Buscar um nível ótimo para o conjunto de funções e não um nível ótimo
para cada função isoladamente, ou seja, ter uma visão sistêmica e
balanceada de projeto;
•
Empregar tecnologias que sejam adequadas àquelas necessidades
que se busca satisfazer, a fim de não desperdiçar recursos (materiais e
imateriais);
•
Substituir o uso da força pelo uso da informação; ou seja, buscar
soluções adequadas para problemas específicicos e não generalizar
soluções;
Projeto CETHS
•
•
Convênio Nova Hartz
O projeto deve ser específico ao contexto; trabalhar na microescala;
Buscar soluções comuns a vários problemas; ou seja, resolver vários
problemas através de uma única estratégia;
•
Gerenciar de forma adequada os recursos disponíveis, tais como a
água, a energia, os materiais, otimizando e racionalizando o seu uso;
•
Configurar formas de acordo com os fluxos (energéticos, materiais,
humanos, etc) e configurar os fluxos conforme as formas disponíveis;
•
A configuração de fluxos e formas deve ser transparente e inteligível;
•
Preferir tecnologias que priorizem a sustentabilidade.
Esses critérios apresentados por LYLE admitem amplas interpretações,
podendo guiar desde o planejamento de uma cidade toda, até o de um
equipamento usado dentro de uma residência. Desta forma, estes princípios
também foram norteadores para a concepção do CETHS, em Nova Hartz.
4.2.2 Desenho Urbano
Para configurar o loteamento e as diferentes atividades previstas para o
CETHS, foram seguidos os princípios discriminados a seguir.
Segundo PRINZ (1980), uma implantação urbanística deve partir de uma
leitura da paisagem, incorporando o que já existe, transformando se necessário,
para resolver problemas, sem que se perca o vínculo com o ambiente natural e
artificial existentes. (figura 10)
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 9. Aproveitamento da configuração natural do terreno para implantar
circulações.
Fonte: PRINZ,1980.
Apoiando-se nesta concepção de urbanização, deve-se respeitar a
configuração natural presente na gleba, ou seja, curvas de níveis, bosques de
árvores nativas, alagadiços, etc, tirando proveito funcional e estético dos mesmos.
O respeito à escala humana, ou seja, todas as coisas que rodeiam o
homem em seu cotidiano (ferramentas, edifícios, quartos, plantas, caminhos, etc),
se ajustam à medida do corpo humano, ajustam-se à medida da “vista humana”.
Segundo PRINZ (1980), o aspecto do meio ambiente e o valor vivencial dos
espaços são determinados pela capacidade física da percepção, das sensações
subjetivas que cada ambiente, natural ou construído, proporciona ao usuário
destes espaços. Neste sentido, os espaços públicos do CETHS devem ser
pensados de forma a proporcionar esta experiência aos seus usuários (moradores
ou visitantes), não sendo apenas pensados como espaços de circulação e
trabalho, mas também como locais de experimentação sensorial da natureza.
(figura 11)
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 10. Áreas e lazer e contemplação distribuídas por todo o
assentamento.
Fonte: PRINZ, 1980.
ALEXANDER (1977) diz que a água é sempre preciosa. Desta forma,
pequenos córregos, alagados, açudes e outros elementos aqüíferos naturais
devem ser preservados, permitindo-se o acesso das pessoas às suas margens,
integrando homem-natureza, criando lugares de contemplação e lazer junto a
essas massas de água. Esses ambientes proporcionam a convivência dos
moradores do local, integrando não apenas diferentes famílias, mas também
diferentes gerações. A partir deste princípio, pode-se, por exemplo, aproveitar as
partes mais baixas de uma gleba, quando sujeita a alagamentos, como um
reservatório de vida aquática (plantas e peixes) e uma área de tratamento final
dos esgotos domésticos, bem como uma área de lazer para os moradores. (figura
12)
Figura 11. Aproveitamento das depressões naturais do terreno para
configurar massas de água.
Fonte: PRINZ, 1980.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
A área total deve conter diferentes espaços, alguns mais particulares,
outros mais públicos.
Deve proporcionar diferentes atividades, sejam elas de
trabalho, lazer, contemplação, brincadeiras, esporte, etc. Cada espaço contém
mais de uma função, fazendo com que os moradores, com diferentes interesses,
preservem estes espaços (ALEXANDER, 1977). Neste sentido, pode-se prever
vários níveis de privacidade, indo desde o totalmente privado (lotes individuais),
até ao totalmente público (espaços para visitação externa), dentro da gleba.
(figura 13)
Figura 12. Uso dos espaços externos para múltiplas atividades.
Fonte: ALEXANDER, 1977.
COELHO & CABRITA (1992) apresentam uma série de estratégias
urbanísticas, onde é privilegiado o pedestre em detrimento do automóvel. As
justificativas para esta decisão apóiam-se na garantia de segurança pedonal no
interior da área residencial, o respeito pelo sítio e o respeito à escala humana.
(figura 14)
Segundo esses autores, a contigüidade e a proximidade de residências
deve resultar na criação de espaços exteriores dominantemente pedonais, que
assegurem aos habitantes e outros usuários (principalmente crianças) condições
ótimas de segurança, funcionalidade e agradabilidade, e acesso aos serviços de
apoio à vida diária (manutenção, serviços de mudanças, ambulâncias, correios,
entregas, bombeiros, etc).
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 13. Ruas que privilegiam os pedestres.
Fonte: COELHO & CABRITA, 1992.
Os espaços públicos devem ser totalmente permeáveis aos pedestres,
sendo percorridos por caminhos, picadas, áreas de descanso e lazer,
proporcionando o uso intenso dos mesmos, evitando que se tornem espaços
marginais (COELHO & CABRITA, 1992). Apoiado nestas idéias, as vias de
acesso à comunidade podem ser planejadas para privilegiar os pedestres,
permitindo a passagem de automóveis, mas somente à baixa velocidade e para
uso exclusivo dos moradores.
Outro aspecto apontado pelos autores é a adequação sócio-cultural, ou
seja, deve-se procurar um equilíbrio entre as características gerais e de pormenor
destes espaços, que dão reposta aos anseios e preferências dos moradores: o
exterior de uma área residencial deve ser predominantemente um espaço público,
deve conter elementos formadores e socializadores, que permitam atividades de
lazer individuais e coletivas, proporcionem a convivência entre vizinhos, espaços
para culto, trabalho, etc. Paralelamente, deve-se garantir espaços de privacidade,
junto a cada residência, e zonas exteriores adequadas ao desenvolvimento da
convivência espontânea (não obrigatória ou forçada) entre vizinhos. (figura 15)
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 14. Uso intenso de todos os espaços.
Fonte: PRINZ, 1980.
4.2.3 Agricultura Urbana e Paisagismo Produtivo
Especificamente em relação aspectos alimentares, observa-se que o
vertiginoso crescimento da população mundial tem constituído uma ameaça
iminente ao abastecimento de alimentos no mundo. A este respeito, dados da
FAO1 revelam que, já na primeira década do século XXI, 64 países do terceiro
mundo não terão condições de alimentar suas populações (FREUDENBERGER e
WEGRZYN, 1994).
Estas projeções têm sido um dos principais argumentos daqueles que
defendem o atual modelo de desenvolvimento agrícola, difundido na maior parte
do mundo, baseado na aplicação intensiva de tecnologias industriais sobre o
processo de produção de alimentos. Tal modelo tem atingido níveis produtivos
bastante elevados, quando considerado o total produzido em função da área
cultivada. No entanto, este modelo de agricultura vem sendo alvo de críticas
crescentes quanto a sua real eficiência na solução dos problemas alimentares do
mundo.
1
FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Para FREUDENBERGER e WEGRZYN (1994), o atual modelo agrícola
industrial traz consigo uma série de prejuízos, os quais representam um alto custo
para o homem e para o planeta, não sendo, usualmente, contabilizados na
análise econômica destes sistemas produtivos. Dentre os prejuízos os autores
destacam:
- o gasto intensivo de energia proveniente de combustíveis fósseis não
renováveis, seja o petróleo utilizado para movimentar as máquinas agrícolas, seja
o gás natural usado para a produção de fertilizantes e defensivos químicos;
- o gigantesco consumo de água exigido pelos projetos de irrigação,
principalmente nos países de Primeiro Mundo;
- a deterioração da qualidade do solo decorrente da utilização de máquinas
e produtos químicos, como a compactação e a perda de matéria orgânica e as
conseqüentes perdas por erosão;
- a poluição do solo e das águas de superfície e de profundidade pelos
fertilizantes e defensivos;
- a perda da biodiversidade decorrente da expansão das terras agrícolas e
dos cultivos em monoculturas;
- e, finalmente os profundos impactos sociais decorrentes das migrações
das populações rurais para as cidades e da perda dos valores rurais centrados na
família e na terra.
Mesmo no início do século XX, quando predominava no setor agrícola e na
comunidade agronômica o otimismo diante das teorias que introduziram a prática
da adubação química na agricultura, alguns movimentos "rebeldes" já
questionavam a capacidade de a agricultura moderna manter o potencial
produtivo do solo ao longo do tempo, transmitindo-o para as gerações posteriores
(EHLERS, 1999).
Estes movimentos se preocupavam em valorizar o uso da matéria orgânica
e outras práticas culturais favoráveis aos processos biológicos e deram origem a
quatro grandes vertentes: - a agricultura biodinâmica, iniciada por Rudolf Steiner
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
em 1924; a agricultura orgânica, cujos princípios foram estabelecidos entre os
anos de 1925 e 1930 por Albert Howard; a agricultura biológica, inspirada nas
idéias do suíço Hans Peter Müller; e a agricultura natural, surgida no Japão
através das idéias de Mokiti Okada. Destas vertentes principais surgiram diversas
variantes sob muitas denominações, como o método Lemaire-Boucher,
permacultura, agricultura ecológica, agricultura ecologicamente apropriada,
agricultura regenerativa, agricultura poupadora de insumos, renovável, sunshine,
mazdaznan, macrobiótica, etc (EHLERS, 1999).
"No final da década de 80, na literatura sobre agricultura mundial, o
qualificativo sustentável passa a atrair a atenção de um número crescente de
profissionais, pesquisadores e agricultores, fazendo surgir uma infinidade de
definições sobre o termo. É fácil perceber, através de diferentes manifestações
hoje, que os termos agricultura e desenvolvimento sustentável indicam um anseio
a um novo paradigma tecnológico, que não agrida o meio ambiente, servindo para
explicitar a insatisfação com a agricultura convencional ou moderna" (ALMEIDA,
1997).
Embora a definição do termo agricultura sustentável ainda envolva certa
polêmica entre as diversas vertentes envolvidas em torno do tema, parece existir
um consenso sobre o seu objetivo básico: - "a manutenção da produtividade
agrícola com o mínimo de impactos ambientais e com retornos financeiros
econômicos adequados, que permitam diminuir a pobreza e atender as
necessidades da população " (ALTIERI, 1993 apud ALMEIDA, 1997; EHLERS,
1994 apud ALMEIDA, 1997).
Para FREUDENBERGER e WEGRZYN (1994), a agricultura urbana pode
ser uma importante alternativa na busca deste novo paradigma, devendo assumir,
a partir do século 21, um papel mais importante do que aquele que ocupa
atualmente na produção global de alimentos.
Os cultivos agrícolas nas cidades apresentam uma série de características
convergentes com os princípios do desenvolvimento sustentável. Nestes cultivos,
geralmente, a produção é consumida diretamente por quem cultiva, ou então por
mercados próximos, o que diminui os gastos com transporte (e o conseqüente
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
consumo de combustíveis fósseis) e as perdas por deterioração. As técnicas
regenerativas são facilmente adaptadas para a agricultura urbana, visto que esta
quase sempre é intensiva e faz pouco uso de químicos ou maquinário pesado. Os
métodos regenerativos podem também fazer um bom uso de uma variedade de
fontes urbanas de recursos, como a água reciclada, o esgoto e o lixo orgânico
doméstico. Desta forma, a agricultura urbana pode, potencialmente, fornecer
empregos
de
tempo
parcial
e
temporário
para
os
desempregados
e
subempregados urbanos. Ela pode, até mesmo, beneficiar-se do efeito de "ilhas
de calor" que ocorre nas grandes cidades, o que resulta em estações maiores de
crescimento para as plantas (FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994).
Além dos aspectos levantados pelos autores acima, a agricultura urbana
pode contribuir com uma série de outros benefícios que auxiliam na garantia de
uma melhor qualidade de vida no ambiente artificial das cidades. Pode-se citar,
por
exemplo,
a
amenização
das
amplitudes
térmicas;
a
redução
da
impermeabilização do solo; o embelezamento da cidade; a formação e o
fortalecimento de um senso de comunidade entre as pessoas, através da
exploração de espaços de produção coletiva; a garantia do consumo de alimentos
saudáveis, livres de defensivos químicos; a amenização do estresse urbano pelo
contato com a terra, entre outros. Vale ainda citar o benefício cultural e educativo
advindo do resgate, conservação e transmissão de valores e conhecimentos
ligados à terra e à produção de alimentos para as gerações posteriores.
Em
alguns
países,
os
cultivos
agrícolas
urbanos
já
contribuem
significativamente no fornecimento de alimentos para as populações das cidades.
Nos Estados Unidos, um estudo realizado para a National Association for
Gardening, em 1981, indicou que, aproximadamente, 38 milhões de casas no
país, ou quase a metade do seu número total, cultivavam algum tipo de alimento.
Na Europa, jardins comunitários nos cantos de algumas cidades fornecem aos
seus cultivadores uma quantidade considerável de alimentos, enquanto pequenas
áreas, onde são cultivadas frutas e hortaliças, formam anéis verdes de alta
produtividade ao redor de muitas cidades. Na Ásia, inúmeras cidades cultivam
vegetais dentro dos limites da cidade, produzindo o suficiente para alimentar toda
a sua população (FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994).
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 15. Apresentação de propostas resultantes da charrete, em 11/1999.
4.2.4 Resumo das Diretrizes de Projeto
As diretrizes finais adotadas para o CETHS representaram o consenso do
grupo de projeto e foram obtidas após a realização de uma charrette (Foto 1). A
charrete constitui-se de um processo interdisciplinar intensivo, que envolve a
formação de uma equipe multidisciplinar, que o NORIE desenvolve no início de
cada novo projeto para a definição de suas diretrizes gerais. Os resultados desta
charrete são apresentados nas tabelas 1, 2 e 3. Estas diretrizes de projeto
representaram, então, o ponto de partida para os projetos que seriam concebidos
para o município de Nova Hartz.
Tabela 1. Diretrizes gerais para o CETHS.
DIRETRIZES GERAIS
Buscar o máximo aproveitamento dos recursos utilizados
Buscar funções múltiplas para cada elemento
Considerar a natureza como modelo
Treinar educadores ambientais
Vincular a comunidade local com a comunidade maior que a circunda
Respeitar as características culturais e sociais da população
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Tabela 2. Diretrizes específicas para o CETHS.
DIRETRIZES ESPECÍFICAS
MATERIAIS – Uso de materiais:
ALIMENTOS – Buscar:
Locais
Culturalmente aceitos
Não tóxicos
Reciclados, ou potencialmente recicláveis, ou
reutilizáveis
Duráveis
Produção local
Paisagismo produtivo
Diversidade de culturas
Uso de habilidades localmente disponíveis para
animais e plantas
Aproveitamento de todos os extratos de
produção
Identificação das necessidades, tipo de
alimentação e desequilíbrios nutricionais da
comunidade.
IMPLANTAÇÃO URBANA – Com respeito à:
Propícios para auto-construção
De pequena pegada ecológica
HABITAÇÃO – Caracterizada por:
Flexibilidade
Conforto ambiental
Acessibilidade universal
Respeito às características arquitetônicas
regionais
Áreas que incrementem a habitabilidade
ENERGIA – Através de:
Racionalização
Uso de fontes renováveis
Uso de fontes diversificadas
Produção de energia dentro do sistema,
tornando-a maior que aquela oriunda de fontes
não-renováveis
Adaptação do projeto à geomorfologia local
Preservação de espécies nativas
Adaptação ao clima
Arquitetura orgânica
Necessidade de diferentes graus de privacidade
Uso de zonas de culturas conforme a intensidade
de uso
ÁGUA – Buscando:
Racionalização
Manejo otimizado dentro do sistema
Reutilizar, sempre que possível
Coletar água dentro do sistema, de modo a
suprir à demanda total, na medida do possível
RESÍDUOS – Buscando a:
QUESTÕES SÓCIO-ECONÔMICAS –
Buscando:
Compostagem de resíduos orgânicos
Possibilidade de múltiplos espaços para
interação social
Incentivar a comunidade a participar das
decisões
Geração de renda através da reciclagem de
resíduos sólidos
Educação comunitária
Reciclagem de resíduos inorgânicos
Reutilização de efluentes líquidos
Gestão das águas residuárias
Redução do consumo de produtos que
contribuam para a geração de lixo
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Tabela 3. Ecotécnicas a serem aplicadas no CETHS.
ECOTÉCNICAS
MATERIAIS – Princípio geral de:
ALIMENTOS – Produzidos utilizando:
Adaptação e respeito à disponibilidade local e
regional
Bacias de retenção, para produção e irrigação
Canais de infiltração
Cobertura morta e plantas rasteiras, para
proteção do solo
Sistema trator-galinha (permacultura)
Rotação de culturas
Agricultura orgânica
Hortas seguindo padrões naturais
HABITAÇÃO – Fazendo uso de:
IMPLANTAÇÃO URBANA – Com:
Ventilação natural
Plantas frutíferas e árvores decíduas para
sombreamento
Fogão à lenha, para aquecimento no inverno
Adaptação às curvas de nível
Reutilização de resíduos inertes (pneus, entulho,
pedras) para as edificações
Traçados (ruas e caminhos) sinuosos,
privilegiando o pedestre
Pavimentação permeável
Ervas aromáticas no interior e ao redor das
edificações
Aberturas adequadas para iluminação e
ventilação
Uso intensivo de vegetação, para melhorar o
clima local
ENERGIA – Com o uso de:
ÁGUA – Contemplando:
Energia solar e fogão à lenha, para
aquecimento da água
Energia eólica, para geração de energia e
bombeamento de água (se possível)
Digestores de biomassa para produção de
biogás e fertilizante
Coleta da água da chuva para uso doméstico,
irrigação e descarga de vasos sanitários
Poço artesiano para completar a água da chuva
RESÍDUOS – Gerenciados com:
QUESTÕES SÓCIO-ECONÔMICAS –
Viabilizadas através de:
Reciclagem de resíduos orgânicos e
inorgânicos
Compostagem
Creche administrada pela comunidade.
Reutilização da água
Biodigestores
Sanitários Secos
Tratamento do esgoto em lagos aquaculturais
Bacias de detenção para irrigação e produção de
alimentos
Centro comunitário adaptado a diferentes
atividades
Áreas abertas para lazer e convívio social
Comercialização do excesso de produção de
alimentos e dos resíduos inorgânicos
Geração de renda através da criação de espaços
de trabalho na unidade habitacional
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
4.3 ESTUDOS INICIAIS
4.3.1 O Município de Nova Hartz
Nova Hartz se caracteriza por ser um município de pequeno porte, com
aproximadamente 15.000 habitantes, estando localizado na região metropolitana
de Porto Alegre, de onde dista em torno de 70 km (figura 16). Possui uma área
municipal em torno de 60 km2 e está localizado ao pé de uma serra, abrangendo
cotas entre 20 m e 600 m. A beleza natural é evidenciada em vários locais,
incluindo-se diversas nascentes de rios localizadas dentro do município,
identificando uma rica hidrografia. A utilização intensa de bicicletas por parte da
população representa outra característica marcante deste pequeno município. A
base de sua economia está na indústria do calçado, tal como ocorre em seus
municípios vizinhos.
Figura 16. Localização do município de Nova Hartz, inserido na Região
Metropolitana de PA.
4.3.2 A Determinação da Gleba
Uma área de 2,7 ha, disponibilizada pela Prefeitura de Nova Hartz,
representou o ponto de partida para a implantação do CETHS. Tal área,
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
denominada de gleba 2 (adjacente à gleba 1), localiza-se na zona sul do
município, nas proximidades da entrada principal da cidade (figura 17). Ambas as
glebas 1 e 2 são de propriedade da Prefeitura Municipal. No entanto, enquanto a
gleba 1 já possuía projetos de infra-estrutura urbana aprovados, a gleba 2 ainda
se encontrava sem nenhum projeto de utilização para a área.
Desta forma, previu-se, para a gleba 1, a implantação de unidades
habitacionais concebidas a partir de princípios sustentáveis, sobre uma infraestrutura já determinada. Enquanto que para a gleba 2, previa-se a
implementação de um projeto sustentável completo, ou seja, abrangendo desde
aspectos referentes à unidade habitacional, até aspectos relativos a toda a infraestrutura urbana da área.
Figura 17. Planta de situação das glebas 1 e 2.
Salienta-se que a implantação na gleba 2 deveria considerar a localização
de uma via projetada, que futuramente deverá cortar a gleba e se constituirá na
principal via de acesso à cidade de Nova Hartz. Fora esta limitação pré-definida
pela Prefeitura de Nova Hartz, os alunos do curso de mestrado do NORIE
deveriam propor conjuntos habitacionais sustentáveis a partir de diretrizes básicas
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
semelhantes às do Concurso Internacional de Idéias, como por exemplo:
implantação
de
20
unidades
residenciais,
1
centro
sócio/educacional,
manejo/tratamento de resíduos gerados na comunidade, produção local de
alimentos, etc. Além disto, as unidades habitacionais deveriam estar identificadas
com o protótipo já concebido para o Projeto Alvorada. (SATTLER, 2000)
4.3.3 As Propostas Iniciais de Implantação
Em junho de 2000, foi realizada, então, uma reunião onde os alunos de
mestrado do NORIE apresentaram para a Prefeitura Municipal de Nova Hartz
duas propostas de implantação do CETHS na gleba 2 (pranchas 1A, 1B, 1C, 2A
e 2B). Uma vez obtida a aprovação da prefeitura em relação às idéias expostas
nas propostas, buscou-se iniciar o seu aprofundamento. Tendo em vista a riqueza
de ambas as propostas, decidiu-se por não optar pelo desenvolvimento de tão
somente uma, mas sim buscar agregar as características positivas das duas
propostas.
Resumidamente,
ambas
as
propostas
de
implantação
urbanística
possuíam algumas características em comum, como por exemplo:
ƒ Disposição do eixo maior da unidade habitacional (protótipo Alvorada) no
sentido leste-oeste, com orientação da fachada principal para Norte,
para fins de privilegiar o conforto ambiental das edificações, assim como
a captação de energia solar nos coletores propostos;
ƒ Localização de uma casa experimental, bem como, de uma área para
estacionamento de visitantes entre as glebas 1 e 2, de modo a funcionar
como entreposto de venda para os produtos produzidos na área, assim
como recepção para visitantes e sede administrativa do CETHS;
ƒ Localização de uma quadra esportiva entre as glebas 1 e 2,
possibilitando uma interação social entre as glebas;
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
ƒ Ênfase em formas orgânicas, para a implantação do loteamento, sendo
que as casas são implantadas respeitando as curvas de nível, de tal
forma a haver o mínimo possível de movimento de terra e a diminuir a
velocidade de escoamento superficial de águas (figura 18);
Figura 18. Elementos construídos perfeitamente integrados ao ambiente
natural.
Fonte: PRINZ, 1980.
ƒ Uso de caminhos sinuosos, que criam seqüências contínuas de espaços
e perspectivas, assim como uso de rua residencial de linhas suaves,
com caráter aberto de “parque” (figura 19);
Figura 19. Os caminhos inspiram-se nas formas orgânicas da natureza.
Fonte: PRINZ, 1980.
ƒ Prioridade aos pedestres, junto às habitações, com tráfego apenas dos
moradores e, eventualmente, de alguns serviços (entregas, ambulância,
bombeiros, etc - figura 20);
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 20. Acesso de veículos junto às residências limitado aos moradores e
serviços imprescindíveis.
Fonte: PRINZ: 1980.
ƒ Uso mínimo possível de superfícies impermeáveis, a fim de não impedir
a absorção de água pelo solo, buscando também priorizar aspectos de
acessibilidade universal (figura 21);
Figura 21. Revestimento dos pisos com sistemas permeáveis a água das chuvas.
Fonte: ALEXANDER, 1977.
ƒ Ruas, construções e jardins formando um conjunto paisagístico,
perfeitamente integrado ao ambiente natural, aproximando o homem e a
natureza (figura 22);
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Figura 22. Elementos paisagísticos lúdicos.
Fonte: NUTTALL, 1999.
ƒ Separação dos lotes e proteção da área residencial das vistas externas,
através de elementos naturais (cercas vivas), sempre quando possível,
promovendo o uso intensivo de vegetação (figuras 23 e 24);
Figura 23. Uso intenso da vegetação para diferentes funções.
Fonte: PRINZ, 1980.
Projeto CETHS
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Figura 24. Formas diferentes de usar um mesmo elemento, de acordo com o
usuário.
Fonte: PRINZ, 1980.
ƒ Presença de vegetação em todos os espaços, explorando os diferentes
portes, incluindo forragens, arbustos, trepadeiras e árvores (figura 25);
Figura 25. O uso de vegetação de diferentes portes para configurar espaços.
Fonte: ALEXANDER, 1977.
ƒ Destinação de áreas comunitárias e privadas (hortas, pomares, viveiros,
etc) para a produção de alimentos e ervas medicinais (figura 26),
possibilitando o suprimento de uma parcela das necessidades
alimentares a partir do cultivo local, bem como, a comercialização de
excedentes como uma possível fonte de renda adicional;
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Figura 26. Espiral de ervas.
Fonte: NUTTALL, 1999.
ƒ Utilização de composteiras, para tratamento de resíduos sólidos
orgânicos, associada a minhocário;
ƒ Utilização de galinheiro conjugado com estufa (figura 27);
Figura 27. Esquema de galinheiro conjugado com estufa.
Fonte: MOLLISON, 1998.
ƒ Criação de um lago aquacultural, com variedade de plantas e animais,
tanto para tratamento dos efluentes da comunidade e produção de
Projeto CETHS
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biomassa, quanto para atividades de lazer e contemplação da
paisagem (figuras 28 e29);
Figura 28. Lago aquacultural.
Figura 29. Exemplo de plantas aquáticas desenvolvendo-se em área de
banhado.
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Prancha 1A. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2.
Prancha 1B. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2.
Projeto CETHS
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Prancha 1C. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2.
Como características específicas da proposta, representada pelas
pranchas 1A, 1B e 1C, salientam-se as seguintes:
ƒ Formação de barreira vegetal ao sul-oeste do loteamento, para evitar a
incidência de ventos de inverno, sem impedir a insolação de norte;
ƒ Acompanhamento da direção da via projetada (a Leste), para otimizar o
aproveitamento de espaço;
ƒ Proposta de uma via única de acesso de carros ao loteamento, com
estacionamentos localizados somente ao longo desta via, sendo que ao
invés de um único grande estacionamento, cria-se pequenos núcleos
distribuídos nas proximidades das habitações, mas sem interferir nas
ruas que dão acesso às mesmas;
ƒ A área de estacionamentos é protegida da insolação através de pérgolas
com trepadeiras (videiras, chuchu, maracujá, etc);
Projeto CETHS
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ƒ Ligação com a gleba 1, através de via de acesso para carros e via de
acesso exclusivo para pedestres;
ƒ Proposta de uma quadra esportiva, ao final da via única, propociando a
recreação e o convívio social dos moradores do CETHS;
ƒ Proposta de uma praça central, associada a uma rua de convívio social,
ligada a um jardim concebido para a recreação das crianças e
relacionamento destas com a natureza;
ƒ Utilização de um catavento, para bombear água do poço artesiano para
o reservatório, assim como para servir de marco distintivo de entrada no
CETHS;
ƒ Espaços e equipamentos de lazer são distribuídos em toda a gleba,
segundo seu grau de segurança; áreas de lazer para crianças e idosos,
estão localizadas próximas às residências; áreas lazer para os
adolescentes e adultos estão mais afastados. Deste modo é possível
garantir a animação em toda a gleba, o que aumenta a segurança da
mesma.
Como características específicas da proposta representada pelas pranchas
2A e 2B, ressaltam-se as seguintes:
ƒ Desenho de uma via periférica, possibilitando o acesso de carros a todos
os lotes e ao centro comunitário, localizando os estacionamentos
somente nas duas entradas do loteamento e no centro comunitário;
ƒ Ligação com a gleba 1, através do prolongamento de suas duas vias de
acesso de carros (projeto já existente);
ƒ Localização de um anfiteatro entre as glebas 1 e 2, para reuniões,
encontros, teatro, etc, assim como, uma cancha de bocha para lazer;
ƒ Proposta de playgrounds distribuídos em pequenas áreas ao longo da
gleba, facilitando o acesso e integrando-se à paisagem;
Projeto CETHS
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Prancha 2A. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2.
Prancha 2B. Proposta de implantação do CETHS na gleba 2.
Projeto CETHS
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ƒ Utilização de sistema permacultural conhecido como trator-galinha, que
realiza o manejo de aves através do deslocamento de estrutura especial
de galinheiro através dos lotes, promovendo a adubação e aração do
solo superficial, bem como a remoção de plantas invasoras;
ƒ Formação de chinampas no lago aquacultural, que consistem no
aproveitamento das bordas de canais e lagoas, configurando canais e
canteiros produtivos, assim como a formação de ilhas através do plantio
de bambus, que desempenham também a função de quebra-ventos;
ƒ Utilização de bio-digestor e leitos de evapotranspiração, associados ao
lago aquacultural, para o tratamento de efluentes líquidos do loteamento;
ƒ Conformação de taludes junto à via projetada, para desempenhar a
função de barreira e conseqüente redução de ruídos de tráfego.
Além disto, a proposta representada pelas pranchas 2A e 2B se destacou
por apresentar um estudo dos condicionantes ambientais para a região do projeto,
através da análise do ecossistema de banhado.
Na planície de inundação dos rios se estabelecem ecossistemas
genericamente conhecidos como banhados. Banhados são áreas úmidas
periodicamente inundadas pelas águas pluviais ou pelas cheias de rios ou lagoas
adjacentes, com presença de flora hidrofítica. Segundo parecer técnico da
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS, 1976), as áreas que
margeiam o rio dos Sinos, do município de Campo Bom até o Guaíba, formam um
complexo físico e ecológico de recuperação das águas impregnadas de resíduos
sólidos, químicos e orgânicos, que são lançados constantemente, em grandes
quantidades, nos banhados ou diretamente no rio.
Os fatores ambientais determinantes da distribuição das comunidades e
espécies vegetais da planície de inundação do rio dos Sinos referem-se a
parâmetros relacionados ao conteúdo de água no solo como o regime hidrológico
(ciclos de cheias/vazantes), profundidade do lençol freático e saturação hídrica do
Projeto CETHS
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solo. Também são importantes os aspectos sucessionais relacionados à
perturbação antrópica e regeneração da flora.
O trabalho de ROSA e IRGANG teve como objetivos o levantamento
florístico de um segmento da planície de inundação do rio dos Sinos, identificar
padrões de agrupamento da vegetação, reconhecer fatores ambientais que
determinam a distribuição das espécies vegetais, bem como obter subsídios para
implantação de unidades de conservação e recuperação de áreas inundáveis
degradadas e contribuir para o conhecimento das comunidades vegetais daquela
planície de inundação. De acordo com estes autores, macrófitas aquáticas são
vegetais visíveis a olho nu, cujas partes fotossintetizantes ativas estão
permanentemente ou por diversos meses, todos os anos, total ou parcialmente
submersas em água doce ou salobra, ou ainda flutuantes na mesma. Na planície
de inundação do rio dos Sinos foram coletadas macrófitas aquáticas submersas,
anfíbias, emergentes ou flutuantes livres.
Os fatores ambientais considerados importantes para a distribuição da
vegetação referem-se ao regime hidrológico, saturação hídrica do solo e
profundidade do lençol freático, bem como a aspectos sucessionais relacionados
à perturbação antrópica e regeneração da flora. Foram efetuadas observações de
campo quanto a estes fatores. No segmento da planície de inundação do rio dos
Sinos, considerado neste estudo, foram reconhecidas:
ƒ comunidades de macrófitas aquáticas flutuantes livres (com dominância
de Pistia stratiotes ou Salvinia herzogii), comunidades de macrófitas
aquáticas fixas ao substrato (abrangendo as comunidades de Panicum
grumosum e de Cephalantus glabratus);
ƒ comunidades arbóreas (abrangendo as comunidades de Sebastiania
commersoniana, Salix humboldtiana e Inga uruguensis).
Nestas comunidades foram coletadas 105 espécies, pertencentes a 81
gêneros e a 44 famílias botânicas. As observações efetuadas na área sugerem a
formulação do seguinte esquema:
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
ƒ comunidades de macrófitas aquáticas flutuantes livres: estabelecem-se
em áreas permanentemente alagadas com flutuações da lâmina d’água
superficial;
ƒ comunidades
de
Panicum
grumosum
e
Cephalantus
glabratus:
estabelecem-se em áreas alagadiças com nível freático elevado e/ou
lâmina d’água superficial;
ƒ comunidade de Sebastiania commersoniana: estabelece-se em áreas
alagadiças com presença de mosqueados no horizonte superficial do
solo, evidenciando oscilações do nível freático;
ƒ comunidades de Salix humboldtiana e Inga uruguensis: estabelecem-se
em áreas sujeitas à dinâmica de vazantes e inundações periódicas,
apresentando menor conteúdo de água do que as demais comunidades.
A comunidade de Inga uruguensis ocorre principalmente nos locais de
cotas mais elevadas apresentando, no entanto, amplitude ecológica
quanto ao conteúdo de água no solo.
No anexo A, pode-se observar maiores informações sobre o ecossistema
da região para o projeto da gleba 2, considerando semelhanças com o sistema da
bacia do rio dos Sinos.
Por fim, além das características em comum, observa-se, então, que as
duas propostas foram muito diferentes entre si, demonstrando que podem existir
várias possibilidades de soluções sustentáveis a serem aplicáveis à mesma área
e partindo das mesmas diretrizes de projeto. Ambas as propostas, cada uma com
as
suas
peculiaridades,
representaram
alternativas muito ricas para a
implementação do CETHS.
4.4 NOVOS RUMOS PARA O CETHS
Após uma visita técnica detalhada na gleba 2, posterior à reunião de
apresentação da proposta à municipalidade de Nova Hartz, a equipe de projeto
constatou que a planta com o levantamento plani-altimétrico, disponibilizada pela
prefeitura local, não correspondia à topografia real do local. A equipe de projeto
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
concluiu que nenhuma implantação habitacional sustentável poderia ser feita no
local, tendo em vista ser esta uma área com características naturais de banhado,
cujo ecossistema deve ser primordialmente preservado. Novos rumos, então,
foram traçados para a implantação do CETHS. A riqueza de conteúdo das
propostas apresentadas para a gleba 2, contudo, representou a base para os
novos trabalhos que viriam.
Partiu-se, então, após negociação com representantes da Prefeitura de
Nova Hartz, para o estudo da implantação do CETHS na gleba 1 (2,3 ha),
buscando adaptar os projetos de infra-estrutura urbana, já existentes e aprovados
pelos órgãos competentes, a princípios sustentáveis. Os projetos de rede de
distribuição de água, rede elétrica, esgoto cloacal, esgoto pluvial, desenho
urbano, pavimentação e arborização passaram a ser, então, repensados e
reformulados visando o mínimo impacto ao meio ambiente.
Desta forma, a proposta inicial que havia para a gleba 1 foi ampliada. Ao
invés de somente implantar unidades habitacionais sustentáveis, sobre uma infraestrutura convencional, pré-determinada, poder-se-ia, agora, estudar novas
formas de realizar uma implantação urbana mais sustentável. A possibilidade de
adaptar projetos já existentes tornou-se, então, um desafio a ser alcançado.
4.4.1 Uma Nova Proposta de Implantação
Em outubro de 2000, a equipe do NORIE apresentou para a Prefeitura
Municipal de Nova Hartz as novas propostas de infra-estrutura urbana e uma
sugestão de locação das primeiras unidades habitacionais, a serem implantadas
na gleba 1.
Em relação às unidades habitacionais, conforme se pode visualizar na
prancha 3, foi feita uma proposta inicial de construção de 8 unidades
habitacionais (locadas em planta), com possibilidade posterior de alcançar um
total de 49 unidades no mesmo local. Enquanto as primeiras 8 unidades a serem
construídas possuirão as características morfológicas e funcionais do protótipo
Alvorada, estava prevista a incorporação de novas propostas arquitetônicas (em
termos de layout, materiais, tecnologias, etc.), para as demais unidades. A
Projeto CETHS
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proposta de localização das 8 primeiras unidades buscou, então, possibilitar a
concepção posterior de casas geminadas, assim como, a implantação em lotes
com fachada principal para o Norte (devido a características específicas do
protótipo Alvorada).
O memorial descritivo, orçamento e cronograma de implantação destas
primeiras unidades podem ser analisados em detalhe nos anexos B, C e D,
respectivamente. Em suma, foi proposto um cronograma das obras alcançando
um total de 6 meses de execução, sendo o primeiro mês destinado a construção
de somente 1 unidade habitacional, para fins de aprendizado e aperfeiçoamento
do processo construtivo, e os 5 meses seguintes destinados a construção, em
paralelo, das demais 7 unidades. Quanto às demais unidades habitacionais a
serem posteriormente implantadas na gleba 1, até atingir um total de 49 unidades,
descreve-se no item a seguir principais diretrizes de projeto que foram estudadas.
Em relação às propostas de infra-estrutura urbana, são apresentadas nos
itens seguintes as principais estratégias de projeto utilizadas para: desenho
urbano, pavimentação, rede elétrica e iluminação pública, abastecimento de água,
gerenciamento de águas pluviais e águas cinzas, tratamento e disposição de
águas negras, manejo de resíduos sólidos, agricultura urbana e paisagismo
produtivo.
Prancha 3. Proposta de implantação do CETHS na gleba 1.
Projeto CETHS
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4.4.2 Unidades Habitacionais
Conforme já foi mencionado anteriormente, enquanto as primeiras 8
unidades habitacionais a serem construídas em Nova Hartz representarão o
protótipo Alvorada, foi prevista a incorporação de novas propostas arquitetônicas
para as demais unidades. A definição de diretrizes para os futuros projetos de
habitações do CETHS constitui-se de uma análise que visa verificar de que forma
a
produção
das
habitações
em
Nova
Hartz
pode
contribuir
para
o
desenvolvimento das cinco dimensões da sustentabilidade, propostas por SACHS
(1993). Com isso, pretende-se criar soluções saudáveis e confortáveis de
habitações, a um preço acessível, com um impacto ambiental minimizado
(SATLLER, 1998).
A sustentabilidade social será buscada através de habitações que
proporcionem qualidade de vida, oferecendo às populações de baixa renda a
possibilidade de viver dignamente. A disponibilidade reduzida de recursos deve
ser considerada. Todavia, o objetivo do projeto deve ser a produção de
habitações que ofereçam o bem estar ao morador e não a produção da habitação
de menor custo.
A sustentabilidade econômica do processo de produção das edificações
está relacionada a iniciativas que busquem a redução dos custos das mesmas e a
geração de renda localmente. Desta forma, as iniciativas propostas são:
• Utilização de materiais locais, que não contam com os custos elevados
relativos ao transporte, e que gerem empregos na região de Nova Hartz;
• Produção de projetos à luz dos princípios da coordenação modular, que
possibilitem a adoção de sistemas de construção otimizados e a
diminuição das perdas de material por necessidade de quebra;
• Utilização da mão-de-obra dos futuros moradores, que podem ser
beneficiados com a aprendizagem de um ofício e que, além disso,
tendem a ficar mais comprometidos com o projeto, favorecendo assim o
êxito social do empreendimento.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
A sustentabilidade ecológica das habitações pode ser alcançada
através da:
•
Escolha
responsável
dos
materiais
e
sistemas
construtivos,
considerando os impactos relacionados a essas escolhas;
•
Otimização do desempenho energético, na fase de uso da edificação,
principalmente
através
do
uso
de
sistemas
passivos
de
condicionamento ambiental e do aproveitando de formas de energia
disponíveis e limpas;
•
Escolha do tipo de implantação, considerando a topografia e os
ecossistemas existentes no local, sendo que a edificação deverá se
integrar a estes.
A sustentabilidade espacial é definida pelo tipo arquitetônico proposto,
que deverá apresentar as seguintes características:
• Compacidade, já que a disponibilidade de terreno é limitada e assim
uma maior área do mesmo fica liberada para a produção de alimentos;
• Flexibilidade, o que permite uma maior adequação às necessidades
funcionais dos usuários e tende a determinar diversidade na composição
do ambiente urbano;
• Utilização de uma solução formal que não gere conflitos entre os
moradores, o que contribuiria para a dispersão da comunidade.
A sustentabilidade cultural deverá ser buscada através de duas formas:
• Da identificação dos elementos da edificação que fazem parte da
“memória afetiva” da comunidade;
• Da identificação de espaços da edificação que são suportes a atividades
e comportamentos típicos destas comunidades, devendo esses receber
maior atenção no projeto.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Partindo das diretrizes gerais, recém apresentadas, foram definidas
estratégias específicas quanto ao conforto ambiental, ao aproveitamento e reuso
de recursos, à escolha dos materiais e sistemas construtivos e quanto aos
aspectos econômicos e sociais que serão utilizados no projeto das habitações do
CETHS.
a) Estratégias para o Conforto Ambiental.
O conforto ambiental é um fator que promove a qualidade da edificação e a
conseqüente qualidade de vida do usuário. Sendo assim, o projeto de edificações
deve buscar satisfazer às necessidades básicas dos usuários no que concerne ao
conforto térmico, lumínico e acústico, que compõem o escopo do conforto
ambiental.
Segundo LYLE (1993), a edificação é uma mediadora entre o sol e a terra.
Sendo assim, deve-se projetar uma edificação de forma a controlar o fluxo de
energia (calor) no seu interior, mantendo a escala de conforto térmico interno.
Nesse sentido, a estratégia é trabalhar com a forma da edificação, ou seja,
modelar a edificação de forma a guiar o fluxo de energia. As estratégias
apresentadas a seguir são algumas das condicionantes para a definição da forma
das futuras habitações.
Quanto ao conforto térmico, LYLE (1993) considera, além da forma das
edificações, os seguintes elementos da envoltória:
• Isolamento térmico, para manter ou excluir o calor quando necessário;
• Superfícies transparentes, para permitir a entrada da radiação solar
quando necessário;
• Massa térmica, para armazenar calor e libera-lo quando necessário;
• Elementos de sombreamento, para bloquear a entrada de radiação solar
pelas superfícies transparentes;
• Aberturas, para direcionar e controlar os fluxos de ar.
Estes elementos somam-se a outros, que buscam a qualidade das
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edificações no que se refere ao conforto lumínico e acústico.
Para conferir níveis de isolamento térmico adequado à realidade climática
local propõe-se a utilização de:
ƒ Cobertura vegetal, que promove um isolamento térmico adicional pela
presença de uma camada de solo com vegetação, além de manter a
temperatura da cobertura estável através do resfriamento evaporativo;
ƒ Maior área da cobertura voltada para a orientação Sul, para diminuir a
densidade da radiação solar incidente, proveniente da orientação Norte;
ƒ Chapas metálicas recicladas na parte inferior do telhado, funcionando
como barreira à radiação térmica e conferindo mais uma camada de ar
(isolante) entre o telhado e o forro, reduzindo significativamente a
transmissão de calor pela cobertura;
Em termos de superfícies transparentes, localizar a maior área de
superfície envidraçada na fachada orientada para o Norte. Evitar grandes áreas
de superfícies transparentes voltadas para o sul, para diminuir as perdas de calor
para o exterior no período frio. Investir em esquadrias de boa qualidade, que
promovam estanqueidade adequada para a edificação, no inverno.
Quanto à massa térmica, deve-se buscar a utilização de elementos
construtivos de boa inércia térmica, que possibilitem, durante o inverno,
armazenar calor durante o dia para reemití-lo para o interior durante a noite,
mantendo a temperatura interna da edificação estável. Servem como exemplo:
ƒ Alvenaria de tijolos cerâmicos, de pedra ou terra crua (adobe, taipa de
mão, taipa de pilão, etc.);
ƒ Cobertura vegetal, com uma camada de solo com vegetação;
ƒ Cobertura plana, com uma camada de água superficial, que além da
inércia térmica também oferece uma barreira à passagem de calor
,devido ao resfriamento evaporativo;
ƒ Laje de piso de concreto (radier).
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Em termos de elementos de sombreamento, para minimizar os ganhos
de calor pela edificação durante o verão, propõe-se a utilização de:
ƒ Árvores frutíferas caducifólias junto à edificação (fachadas Norte e
Oeste), que absorvam e reflitam a radiação solar, proporcionando
sombra e ar fresco, criando um micro-clima abrandado em torno e dentro
da edificação;
ƒ Cobertura verde, com plantação de flores e/ou vegetais, ou cobertura
plana com água e plantas aquáticas, que interceptem a radiação solar
através de suas folhas;
ƒ Pergolado com vegetação produtiva caducifólia, junto à fachada Oeste
das edificações, para interceptar a radiação solar durante o verão,
permitindo sua incidência sobre a fachada no período de inverno, após a
queda das folhas;
ƒ Brises, beirais alongados ou pergolado com vegetação produtiva
caducifólia junto à fachada Norte, sobre as superfícies envidraçadas,
impedindo a incidência de radiação no verão e permitindo a sua
passagem no inverno.
Quanto a aspectos de ventilação, visando diminuir as temperaturas no
interior da edificação no verão e promover a qualidade do ar interior no inverno,
propõe-se:
ƒ Utilização de portinhola móvel nos beirais, e abertura de saída de ar na
parte mais alta da cobertura (cumeeira), para prover de ventilação
adequada o espaço entre o forro e o telhado, durante o período de verão
(portinhola aberta). Assim se reduzem as trocas convectivas de calor
entre o forro e o telhado, reduzindo também a emissão de calor radiante
em direção ao forro, permitindo que o ar estático constitua uma barreira
isolante térmica, durante o inverno (portinhola fechada);
ƒ Orientação das maiores aberturas de ventilação para a direção Leste, ou
seja, para a direção das brisas de verão predominantes na região de
Nova Hartz;
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ƒ Possibilidade de ventilação cruzada, através da localização de janelas
nos quadrantes de pressão positiva e nos quadrantes de pressão
negativa, proporcionando as trocas de ar no interior da edificação;
ƒ Implantação de uma abertura na parte superior da parede mais alta,
para saída de ar quente no período de verão;
ƒ Utilização de esquadrias que proporcionem ventilação higiênica durante
o inverno, como janela de guilhotina, maxim-ar e/ou portas e janelas com
bandeira, elemento adicional para a otimização da ventilação. A isto se
soma a busca de janelas com boa estanqueidade ao ar, de modo a
evitar a infiltração de ar durante o período de inverno.
Quanto a aspectos de iluminação, sabe-se que a qualidade e a
quantidade da luz nos espaços das edificações afeta a sensação de bem-estar do
usuário. Nesse sentido, as esquadrias devem ser projetadas para prover
iluminação natural adequada, além de direcionar os fluxos das massas de ar.
Integrada à iluminação natural está a iluminação artificial necessária durante a
noite, que deve ser projetada para o mínimo consumo de energia. A partir destes
requisitos propõe-se a utilização de:
ƒ Iluminação zenital, que também permite a ventilação pela parte superior,
retirando o ar quente e induzindo o fluxo convectivo;
ƒ Iluminação direcionada aos espaços de trabalho, minimizando os gastos
com a iluminação geral;
ƒ Lâmpadas fluorescentes.
Por fim, em termos de acústica, salienta-se que o loteamento onde será
implantado o CETHS está situado entre duas vias de acesso à cidade,
consideradas de tráfego intenso, sendo que uma é uma via projetada. Para
minimizar os impactos de ruído gerados pela via existente e futuramente pela
outra via propôs-se a implantação de taludes, com dimensões a serem
calculadas, nos limites entre as vias e o loteamento. A busca de esquadrias com
boa estanqueidade ao ar, contribuirá para um bom desempenho acústico das
aberturas, já que, simultaneamente, estar-se-á evitando a infiltração de ruídos.
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b) Estratégias para o aproveitamento e reuso de recursos.
As edificações possuem certos recursos que podem ter funções múltiplas
ou serem reaproveitados. Visando a sustentabilidade, estes recursos não podem
ser negligenciados. Sendo assim, propõe-se as seguintes estratégias para as
habitações do CETHS:
ƒ Captação e armazenamento da água das chuvas, junto ao telhado,
podendo ser utilizada para beber (passando primeiramente por um filtro)
e/ou para abastecer a pia da cozinha, do banheiro, o tanque, o chuveiro
e/ou outras necessidades. VALE & VALE (2000) relatam um estudo
realizado no Reino Unido, onde verificaram que as características físicas
e químicas da água coletada pelo telhado de sua casa na área de
Nottingham. Nesta, exceto pelo aspecto de turbidez, os resultados
estavam de acordo com os padrões mínimos para água potável
estabelecidos pela WHO (World Health Organisation). No entanto, em
qualquer localidade, para maior segurança quanto ao uso desta água, é
necessário que se façam análises, de preferência periódicas, da
qualidade da mesma;
ƒ Reuso das águas cinzas, provenientes da pia do banheiro e do chuveiro,
para descarga do vaso sanitário. Segundo VALE & VALE (2000), um
estudo realizado na Alemanha, identificou que a quantidade de água
utilizada na descarga do vaso sanitário é de 46 litros/pessoa/dia, uma
quantia considerável que não justifica o uso de água potável. A água
cinza excedente ao uso na descarga pode ser utilizada para a irrigação
do jardim, lavagem de pisos, etc.;
ƒ Adoção de modelos de bacia sanitária, com caixa acoplada, que utilizam
menor volume de água;
ƒ Utilização de fogão à lenha para cocção de alimentos, aquecimento da
água utilizada para o banho e aquecimento ambiental, no inverno.
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c) Estratégias para definição de materiais e sistemas construtivos.
A escolha dos materiais de construção e dos sistemas construtivos que irão
compor a edificação é uma das questões de projeto mais importantes para a
definição do impacto final da edificação. Para essa escolha o projetista deve
verificar a disponibilidade de dados sobre os impactos gerados pelos materiais. A
maior parte de dados disponíveis sobre materiais são resultantes da análise do
ciclo de vida (LCA) dos mesmos.
A metodologia de análise do ciclo de vida parte do princípio de que todos
os estágios da vida de um material geram impactos ambientais e por isso devem
ser analisados (LIPPIATT, 1998). As análises abordam o processo de obtenção
da matéria-prima, a manufatura, o transporte, em todas as etapas da cadeia de
produção, e até o local de uso, a montagem ou instalação na obra, a operação e
manutenção na edificação, o potencial de reciclagem e o depósito final do
material (LIPPIATT, 1998).
Em relação à fase de obtenção da matéria prima, é necessário analisar a
renovabilidade desta, sendo que o ideal seria a utilização de produtos passíveis
de renovação a uma taxa compatível com a de extração (LYLE, 1993). Devem ser
consideradas também as emissões aéreas (poeiras, gases) e as emissões para
cursos d’água relacionadas a essa fase, bem como a energia consumida na
produção. Estes três aspectos configuram, também, os principais impactos a
serem analisados nas fases de manufatura e de montagem ou instalação,
incrementando os gastos energéticos relativos ao transporte do local de extração
ao local de fabricação e ao local de montagem. Possíveis processos insalubres,
ou geradores de insegurança, aos trabalhadores envolvidos devem ser evitados.
Os impactos ligados à fase de uso são decorrentes da necessidade de
troca freqüente dos componentes ao longo da vida útil da edificação e a sua
necessidade de manutenção. Quanto às trocas freqüentes, elas acarretarão um
desgaste econômico e um consumo de novos materiais, que resultam de
processos de extração e de manufatura. No que se refere à manutenção, além
do desgaste econômico, deve-se analisar o impacto gerado pelos elementos
utilizados nesse processo.
Projeto CETHS
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Em relação ao destino do material de construção, deve-se considerar o
potencial de reutilização dos mesmos, bem como o de reciclagem. A opção de
reutilização direta do material é a que, em geral, determina menor necessidade de
input energético. Para essa reutilização é necessário que o projetista, já na fase
de projeto, se preocupe com os tipos de elementos de fixação a serem utilizados,
de forma a facilitar o desmonte. Um exemplo disto é a determinação de um traço
de argamassa para assentamento de tijolos que seja adequado a uma futura
separação das peças.
Os processos de reciclagem oferecem o benefício do reaproveitamento da
matéria prima. Todavia, as suas demandas energéticas devem ser consideradas,
para verificar os reais impactos relacionados aos mesmos. Devem ser
considerados, também, os aditivos que são necessários à obtenção do mesmo
produto ou de um novo. Muitas vezes esses podem ser grandes poluentes. Um
exemplo disto é a produção de alguns tipos de painéis com resíduos de madeira,
onde os aglomerantes utilizados podem ser tóxicos.
Quanto à destinação final dos materiais, o ideal é que os resíduos sejam
sempre reincorporados na produção de novos materiais e edificações. Deve ser
evitado o uso de produtos, que, por sua toxicidade, sejam de difícil
reaproveitamento e demandem a criação de aterros sanitários.
d) Estratégias sociais e econômicas.
A
melhoria
da
qualidade
de
vida
é
também
alcançada
pelo
desenvolvimento social e econômico da população. Nesse sentido propõem-se as
seguintes estratégias:
• Preservar as raízes históricas, culturais e naturais da população;
• Promover a igualdade social entre as pessoas;
• Propiciar a acessibilidade universal;
• Incentivar a participação efetiva e igualitária da população na tomada de
decisões;
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• Promover atividades de educação ambiental contínua;
• Permitir um pequeno negócio familiar junto à unidade habitacional;
• Uso eficiente dos recursos disponíveis localmente;
• Diminuir a ocupação do lote pela habitação, aproveitando a máxima área
do mesmo para produção local de alimentos;
• Incentivar a reciclagem local de lixo;
• Proporcionar a geração de renda a partir da comercialização de
excedente agrícola e de lixo reciclado.
Por fim, salienta-se que para uma abordagem sustentável da questão da
habitação social, é necessária uma análise criteriosa das características e
potencialidades da região onde será implantado o projeto. Dentre essas, devem
ser considerados:
• A cultura, os hábitos da população e a materialização dessas
características na arquitetura local;
• A disponibilidade de materiais, considerando os impactos relacionados a
cada escolha;
• O clima local;
• A realidade social e econômica da cidade.
4.4.3 Desenho Urbano e Pavimentação
A idéia inicial do projeto foi a de modificar a relação de interação entre os
elementos que compõem a paisagem urbana – homem, edifício, automóvel,
vegetação, infra-estrutura – transformando a rua em um lugar que possibilite o
convívio comunitário integrado, tanto físico, como socialmente. Desta forma,
valoriza-se o pedestre, buscando a idéia da rua como evento e unidade entre as
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funções. Estipula-se, assim, uma menor diferença de nível entre as áreas
destinadas ao passeio público e as destinadas ao tráfego de veículos,
possibilitando espaços destinados integralmente ao convívio entre os moradores
da região. Permite-se o acesso de veículos, porém sempre enfatizando o respeito
ao pedestre. Propõe-se, então, um leito carroçável estreito, sinuoso e em um
só sentido, de forma não atrativa para uma circulação rápida de veículos
automotores (vide prancha 4).
A beleza da paisagem possuirá valor essencial no lançamento das
decisões de projeto, buscando harmonia integradora entre todos os itens de
projeto. Através do ordenamento da vegetação e da forma do percurso, serão
criados bolsões com vegetação e mobiliário urbano, que configurem lugar de
estar. Além disto, fez-se uma limitação das áreas para estacionamento, com
estipulação de dezoito espaços para vagas de automóvel, que, se não
utilizadas, também se transformarão em locais de lazer e estar.
Propõe-se a utilização de pavimentos modulares, com juntas secas, que
possibilitem a infiltração das águas de chuva, diminuindo o volume de água do
escorrimento superficial e incrementando o lençol freático do local. A manutenção
do lençol freático contribui para a conservação de ecossistemas locais.
4.4.4 Rede Elétrica e Iluminação Pública
As especificações técnicas da rede de energia elétrica seguirão o projeto
convencional já aprovado, sendo alterada somente a localização do posteamento
suporte, devido a questões de posicionamento da vegetação e previsão de
acessos de automóvel ao interior dos lotes. O projeto utiliza estratégias de
redução do consumo de energia elétrica, através do aquecimento solar passivo
das habitações e do uso de energia eólica, para o bombeamento de água do poço
artesiano diretamente para o reservatório coletivo. Propõe-se, também, a
utilização de biomassa em fogões a lenha, para o processamento de alimentos e
para o aquecimento da casa.
Projeto CETHS
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Quanto à iluminação pública, salienta-se que as luminárias estarão
agregadas aos postes de condução da rede elétrica, que serão implementados
somente nas calçadas com orientação sul, juntamente com a arborização de
baixo porte. As árvores de grande porte estarão localizadas nas calçadas com
orientação norte. Esta escolha ocorreu em função da necessidade de
sombreamento das áreas com maior incidência da radiação solar. (vide prancha
4, abaixo). Posteriormente este projeto seria modificado, ficando como na prancha
01, do anexo Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo.
(em andamento)
Prancha 4. Implantação urbana e posteamento (gleba 1).
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4.4.5 Gerenciamento das Águas
a) Abastecimento de água
Como o abastecimento de água na cidade de Nova Hartz é feito por meio
de poços artesianos (SZUBERT, 1994), foi proposto um controle rigoroso na
execução da perfuração de novos poços, assim como um monitoramento
constante da qualidade da água. O projeto original do assentamento na Gleba 1 já
previa a perfuração de poço artesiano, estando localizado na área institucional.
Para minimizar a utilização de energia elétrica pela bomba de recalque, projetouse a utilização de um cata-vento junto ao reservatório comunitário, para bombear
e elevar mecanicamente a água proveniente deste poço. Desta forma a bomba,
somente será acionada para suprir a demanda em dias de vento insuficiente.
A rede de abastecimento de água será desenvolvida em um eixo paralelo
aos alinhamentos frontais dos lotes e deverão ser previstas esperas para todos os
lotes, para evitar intervenções desnecessárias na pavimentação (vide prancha 7,
Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo)
b) Águas pluviais
Nas áreas condominiais, as águas pluviais serão recolhidas por canal de
escoamento localizado entre o leito carroçável e uma ciclovia. O leito do pluvial
será constituído por um canal revestido por manta geotêxtil, que permitirá a
infiltração da água no solo durante o percurso. Este leito pluvial será preenchido
com pedra de mão, garantindo a drenagem das águas superficiais e o
aproveitamento posterior das águas não absorvidas pelo solo, que serão
estocadas em dois tanques (Figura 30), para irrigação da área de produção de
alimentos, além de suprimento do lençol freático (GORDON, 1990) (vide prancha
8, Projeto CETHS – Campo Vicente, do documento anexo).
Projeto CETHS
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Figura 30. Tanque de estocagem (corte).
A ciclovia e o leito carroçável possuirão inclinação suficiente para atuarem
também como reserva técnica de escoamento (MASCARÓ, 1994), possibilitando
o acúmulo de água no caso de chuva abundante, evitando, assim, o alagamento
dos passeios de pedestres (Figura 31). Em um primeiro momento, tanto a ciclovia
como o leito carroçável, não possuirão inclinação, uma vez que não será
executada a pavimentação das ruas. Esta medida garante que as águas pluviais
possam ser lentamente absorvidas pelo solo, de modo a não ocorrer o
deslocamento da superfície de saibro para dentro do canal pluvial, ocasionando
sua colmatação.
Quando necessário, serão criados dois sentidos de escoamento dentro dos
lotes, implementando uma linha de recolhimento do escorrimento superficial no
fundo do lote e outra na frente, mencionada acima. A linha de recolhimento no
fundo do lote se constituirá de um canal permeável, revestido de solo cimento
(traço 1:8), localizado junto à divisa (MORETTI, 1997), o qual possibilitará
infiltração da água ao longo do percurso e conduzirá o excedente para irrigação
das áreas comunitárias (Figura 32). Salientamos que parte da água da chuva
deverá ser absorvida por pavimento permeável e pelo próprio terreno, uma vez
que a proposta para as áreas pavimentadas estipula a utilização de blocos
modulares com juntas secas.
Nas habitações, a água da chuva recolhida no telhado, será armazenada
em dois tanques e utilizada para a descarga do aparelho sanitário, podendo o
excedente, se houver, ser direcionado para outras atividades.
Projeto CETHS
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Figura 31. Perfil da rua e detalhe do pluvial.
Figura 32. Detalhe da chegada das águas cinzas ao pluvial.
c) Águas cinzas
As águas cinzas serão conduzidas para uma caixa de gordura e
decantação primária (PROSAB / ÁGUA, 1999), existentes em cada lote individual,
para que sejam separadas as águas provenientes da pia da cozinha, misturadas
com gordura, das demais águas cinzas provenientes do tanque, lavatório e
chuveiro.
Projeto CETHS
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A caixa de decantação (Figura 33) tem por objetivo separar os sólidos
contidos no efluente. O efluente proveniente do tanque, lavatório e chuveiro entra
por uma grande câmara, ao passo que a água da pia da cozinha passa por uma
caixa de gordura antes de ser enviada à câmara maior.
Figura 33. Esquema de funcionamento da caixa de decantação.
Após este processo, as águas cinzas serão encaminhadas para um tanque
de estocagem no próprio lote com capacidade de 400 litros. Este pequeno tanque
poderá ser utilizado para irrigar a horta local. O excedente não utilizado para
irrigação das hortas será conduzido para a rede pluvial.
As águas provenientes destas caixas de decantação serão, então,
conduzidas para a rede pluvial, em tubulação unificada, a cada duas casas (figura
32). Esta tubulação, que conectará as caixas de decantação primária ao canal
destinado ao pluvial, deverá ser envelopada nos trechos abaixo do leito
carroçável e ciclovia, para que resista ao peso recebido do tráfego. O ponto de
chegada da tubulação das águas cinzas ao pluvial deverá receber uma grelha,
para impedir que as pedras de mão, que compõem o canal, não se desloquem
para o interior dos canos condutores das águas cinzas.
As águas cinzas conduzidas pelo canal do pluvial, que não forem
absorvidas pelo solo serão estocadas em dois pequenos lagos de aquacultura
localizados na área de produção de alimentos (vide prancha 4). Estes lagos de
estocagem darão continuidade ao tratamento das águas cinzas, através de
plantas aquáticas, permitindo uma melhoria na qualidade da água, o que
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possibilita sua reutilização na irrigação (TODD, N.; TODD, J., 1994) O sistema de
condução e distribuição das águas provenientes destes lagos será executado de
acordo com a topografia do terreno (LYLE, 1997) e se constituirá em canais de
formas orgânicas, denominados flowforms, que por seu formato contribuem para
a oxigenação da água.
d) Águas negras
A estratégia a ser adotada para o loteamento prevê que a tubulação
condutora das águas negras seja implementada, em área pública, junto ao
alinhamento dos lotes e recoberta por jardins, para facilitar o acesso para
manutenção. A escolha desta vegetação a ser utilizada nos jardins deverá ser
criteriosa para que as raízes não interfiram na tubulação. Deverão ser executadas
esperas de esgoto para todos os lotes, facilitando a conexão individual de cada
lote, com a previsão de caixas de inspeção a cada 50m (vide prancha 7, Projeto
CETHS – Campo Vicente, do documento anexo)
Os resíduos provenientes dos vasos sanitários serão tratados conforme as
etapas a seguir:
• Todo o resíduo proveniente dos vasos sanitários será conduzido
diretamente a um biodigestor coletivo localizado na área de produção;
• O biodigestor (figura 34) fornecerá os seguintes produtos:
gás metano – a ser utilizado pelos equipamentos institucionais, na
preparação de parte dos alimentos, na área comunitária do CETHS,
ou para iluminação pública da praça. Como estes equipamentos não
serão executados imediatamente, em um primeiro momento, o gás
gerado será suficiente para ser utilizado em duas casas (PROSAB /
ESGOTO, 1999);
Projeto CETHS
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Figura 34. Funcionamento de um biodigestor.
Fonte: Soares, 1998.
lodo – proveniente do biodigestor, o qual já sofreu um tratamento
anaeróbio, será coletado e enviado para a composteira coletiva,
gerando um produto denominado por LYLE (1998) como cocomposto (lodo+sobras de jardim), o qual, posteriormente, poderá
ser utilizado para melhorar as propriedades do solo (ROLEY, 1997),
na área coletiva do CETHS;
efluentes líquidos – serão enviados ao leito de evapotranspiração e,
posteriormente, encaminhados a uma bacia de acumulação, natural
(banhado existente) ou construída, na gleba 02, contígua. O leito de
evapotranspiração (figura 35) se constitui em um ambiente propício
para a atuação de um conjunto de bactérias, que irão processar os
nutrientes ainda contidos no efluente, permitindo que sejam
utilizados pelas plantas do leito. Estas plantas poderão ser utilizadas
como alimentação (os seus frutos) pelos moradores, como ração
para os animais ou enviadas para a composteira coletiva.
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Figura 35. Funcionamento do leito de evapotranspiração.
Fonte: Mascaró, 1991
Por fim, salienta-se que o tratamento local das águas residuárias,
possibilitando a sua reutilização, é fundamental para diminuir a “pegada
ecológica” (WACKERNAGEL e REES, 1962) gerada pela implantação de
loteamentos, ainda baseados em princípios, chamados por LYLE (1997),
paleotécnicos, os quais são descomprometidos com a qualidade do meio
ambiente em que estão inseridos.
A aplicação destas estratégias sustentáveis de gerenciamento regenerativo
das águas, reduz a dependência de abastecimento público, beneficiando tanto
aos moradores do loteamento, por propiciar uma economia significativa de
recursos financeiros (PAIM e URQUIZA, 1995), como aos demais moradores da
cidade na qual o projeto está inserido, já que as águas servidas serão estocadas,
tratadas e reutilizadas, diminuindo o impacto ambiental, pela otimização do uso de
recursos da natureza (LYLE, 1997).
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4.4.6 Resíduos Sólidos
Usualmente, o lixo ainda é tratado como algo que não pode ser
reaproveitado. Na natureza os ciclos de energia e materiais são fechados (figura
36). O homem age de forma distinta, interrompendo este processo cíclico natural,
e enviando estes recursos aos seus depósitos, após serem utilizados uma única
vez (figura 37). Soma-se a isto o fato de o homem estar aumentando, cada vez
mais, o consumo individual e também a criação de produtos de difícil absorção e
transformação por parte da natureza (Lyle, 1988).
Figura 36. Ciclo da natureza.
Figura 37. Processo unidirecional do
homem.
A cidade de Nova Hartz possui coleta seletiva de lixo. O lixo seco é
separado em uma usina de reciclagem em plásticos, metais, vidros e papéis para
ser comercializado com empresas especializadas em reciclar estes tipos de
resíduos.
Um aspecto presente no projeto da comunidade sustentável é o princípio
dos 5 “Rs”: recusar – materiais que agridam a natureza como por exemplo: PVC,
Tetrapak e fibrocimento, reduzir – o consumo de recursos naturais, reutilizar –
materiais que já foram utilizados uma vez e que podem ser reaproveitados,
reciclar – aproveitar sobras e transformá-las em recursos, iniciando um ciclo
novamente, e restaurar – reorganizar o ambiente restaurando a paisagem.
Um exemplo seria o caso das garrafas PET. O primeiro passo seria o de
recusar este material, por se tratar de um recurso não renovável. Caso não seja
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possível, reduzir a quantidade de garrafas PET é essencial. Após elas serem
utilizadas, as garrafas podem ser reaproveitadas como jarras para líquidos,
brinquedos ou vasos para mudas de plantas. Em último caso, as garrafas PET
são enviadas para reciclagem, onde serão transformadas em outros produtos.
Para que o conceito dos 5 “Rs” esteja presente no dia-a-dia do CETHS é de
extrema importância a educação ambiental da população que ocupará a
comunidade sustentável (figura 38).
Os lixo orgânico é caracterizado por sobras de jardim e restos de comida.
As sobras de jardim são galhos, folhas, frutas estragadas, aparas de grama e
outros. Já os restos de comida são provenientes das sobras alimentares dos
moradores do CETHS. O lixo orgânico será destinado a composteiras individuais
e coletivas. As composteiras individuais estarão presentes nos pátios dos lotes
das habitações unifamiliares e as coletivas estarão na área destinada à produção
de alimentos. A partir do armazenamento e decomposição dos restos de comida e
sobras de jardim, nas composteiras individuais e coletivas, a matéria orgânica
proveniente deste processo será utilizado para tratamento e enriquecimento do
solo das áreas de produção de alimentos individuais e coletivas.
Figura 38. Tratamento do lixo na comunidade sustentável.
Enfim, as propostas apresentadas em relação ao gerenciamento de
resíduos no CETHS procuram aproximar o homem da natureza, com o menor
impacto possível. A principal diretriz é imitar a natureza, trabalhando com ciclos e
sempre reutilizando os recursos disponíveis. Entende-se que o homem deve
procurar o equilíbrio no seu ecossistema, tornando-se parte em harmonia com o
todo, ou seja, trabalhando com a natureza e não contra ela.
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4.4.7 Agricultura Urbana e Paisagismo Produtivo
Tendo em vista o potencial da agricultura urbana no âmbito do
desenvolvimento sustentável, propôs-se a implantação de um sistema de
produção de alimentos. Este projeto baseia-se na proposição de novas
tecnologias vinculadas a habitações ecológicas incorporando, por um lado, os
preceitos do desenvolvimento sustentável e, por outro, a idéia de habitação como
extensão do habitat do homem, considerando também o seu contexto social.
O projeto foi desenvolvido a partir de uma série de intervenções sobre um
loteamento convencional, que já contava com aprovação e financiamento da
Secretaria Estadual de Habitação, visando torná-lo mais sustentável. Dentre as
diversas estratégias empregadas no projeto, destaca-se aqui a proposta de se
viabilizar a produção local de alimentos.
Primeiramente, vale esclarecer que as idéias relatadas a seguir tratam-se,
até o momento, apenas de propostas incluídas no projeto CETHS.
A efetiva
implantação destas idéias dependerá de um trabalho social, que ora se inicia
junto à comunidade que irá habitar o loteamento em questão e, em última análise,
da decisão destas pessoas em aceitar parte destas propostas e/ou lançarem
novas idéias, de acordo com seus anseios e necessidades.
O projeto propõe, a princípio, a implantação de um sistema de produção de
alimentos, que pode ser apresentado em dois níveis distintos, porém
complementares: - produção individual nos lotes, e produção coletiva, em áreas
de uso comum. Espera-se que, a partir da produção obtida nestes espaços, os
moradores tenham condições de satisfazer parte de suas necessidades
alimentares, bem como de dispor de uma fonte complementar de renda, através
da comercialização dos excedentes. Acredita-se, além disso, que o sistema de
produção assim proposto deverá levar os moradores a buscarem uma forma de
organização comunitária para administrar as questões relacionadas ao cultivo e
comercialização dos produtos advindos das áreas coletivas.
Projeto CETHS
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a) Princípios Gerais
Embora existam locais específicos de produção previstos no projeto, como
as áreas dos lotes e as de produção coletiva, tanto estas áreas executam outras
funções no projeto global do CETHS, como outras áreas apoiam as funções de
produção destas primeiras, sempre que possível. Visa-se aqui uma concepção
holística de projeto e a convergência com dois princípios básicos da
permacultura2: 1) cada elemento do sistema deve executar muitas funções; 2)
cada função importante é apoiada por muitos elementos (MOLLISON & SLAY,
1998). Desta forma, a produção de alimentos em todo o projeto está intimamente
associada ao paisagismo do loteamento e vice-versa.
Visando, portanto, agregar o maior número de funções possível à
vegetação, bem como articulá-la com os demais elementos do projeto CETHS, a
proposta de paisagismo para o loteamento procura atingir os seguintes objetivos,
que podem ser estendidos a todas as áreas, inclusive às de produção:
Paisagismo produtivo. Propõe-se, sempre que possível, o emprego de
espécies que desenvolvam alguma função produtiva. Busca-se aqui uma visão
mais abrangente do termo produção, procurando uma maior proximidade com os
princípios da sustentabilidade. Esta produção se refere, portanto, a qualquer
produto ou subproduto que estas espécies possam gerar e que possam ser
utilizados pelos moradores dos CETHS, pelas criações de animais ou pela fauna
nativa. Para os moradores, esta produção pode se destinar ao consumo direto
(frutos, ervas medicinais, etc.), produção de alimentos elaborados (compotas,
conservas, etc.), para serem convertidos em proteína animal, ao servirem de
alimento para as criações, ou, mesmo, para produzirem biomassa e serem
reintroduzidos no ciclo produtivo, na forma de composto orgânico. Procura-se,
ainda, promover a alimentação e atração de animais da fauna nativa e,
conseqüentemente, atraí-los para a paisagem do CETHS (utilizando-se, por
exemplo, árvores frutíferas nativas, para a atração de pássaros, espécies
2
"Permacultura é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis". " Em um
primeiro nível, lida com as plantas, animais, edificações e infra-estruturas (água, energia, comunicações).
Todavia a Permacultura não trata somente desses elementos, mas principalmente, dos relacionamentos que
podemos criar entre eles por meio da forma em que os colocamos no terreno" (MOLLISON & SLAY,
1998).
Projeto CETHS
atrativas de beija-flores e borboletas, etc.).
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Assim, em última análise,
praticamente todo o loteamento terá alguma participação na produção de
alimentos. Este aspecto será discutido mais adiante, em maiores detalhes, para o
melhor entendimento da proposta.
Paisagismo pedagógico. O projeto propõe que a vegetação seja utilizada
como uma forma de se fazer educação ambiental. Espera-se que a implantação
do paisagismo e do sistema de produção de alimentos no CETHS seja uma
experiência de construção do conhecimento junto à comunidade. Acredita-se que
este processo, ao ser apoiado por um trabalho social, possa permitir a
participação dos moradores na eleição final das espécies que farão parte do
paisagismo, de um modo geral, e dos cultivos que serão desenvolvidos nas áreas
produtivas. Acima de tudo, é importante que os moradores saibam o quê estão
plantando, para que estão plantando e para que serve aquilo que estão
plantando, tanto em relação ao meio ambiente, como em relação a sua própria
alimentação e saúde. Portanto, o projeto prevê a indicação de uma série de
espécies de relevância ambiental e produtiva para o caso do CETHS, dentre elas:
- espécies nativas regionais, espécies frutíferas nativas, espécies de uso
medicinal e espécies produtivas para a alimentação em geral (tanto nativas como
exóticas). É preocupação do projeto, ainda, descrever as espécies indicadas
quanto às suas diversas características, funções para o meio ambiente e formas
de utilização possíveis para o homem, para que as pessoas, efetivamente,
conheçam, respeitem e usufruam das potencialidades das espécies que irão fazer
parte do entorno de suas habitações.
Conforto térmico. A vegetação é utilizada para melhorar as condições
térmicas, tanto das habitações, quanto das áreas de convívio e de circulação. A
título de exemplo, árvores de grande e médio porte são propostas para serem
utilizadas nos passeios localizados na face norte dos lotes, visando-se o
sombreamento das habitações no verão, preocupando-se que as mesmas sejam
caducifólias, para permitir a passagem dos raios solares no inverno. Junto à
habitação, propõe-se, ainda, a utilização de trepadeiras caducifólias e frutíferas
em pergolados localizados junto à fachada oeste, também com a finalidade de
sombreamento no verão e insolação no inverno.
Projeto CETHS
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Conforto psicológico. Além da ação física direta da vegetação sobre o
conforto humano, sabe-se que a vegetação bem planejada pode produzir efeitos
benéficos sobre a saúde psicológica das pessoas, transmitindo sensações de
tranqüilidade e relaxamento, que contribuem para a sua sensação final de bemestar. Tendo em vista este fato, o projeto se preocupa, além de permitir o máximo
contato dos moradores com a vegetação, na maior parte dos espaços disponíveis,
com as qualidades estéticas da composição da paisagem. Considera-se aqui, não
somente as características visuais, como a exploração de características da
vegetação relacionadas a outros sentidos humanos, tais como o paladar, o tato e
o olfato. Desta forma, procura-se ambientes que estimulem o experenciar da
vegetação, seja através de cores, formas e texturas de plantas, como pela
oportunidade de saborear os seus frutos ou sentir o perfume que exalam.
b) Soluções apontadas para a produção
Tendo em vista os objetivos anteriormente citados, descreve-se a seguir
algumas soluções propostas para o projeto CETHS:
Lotes. O planejamento global do CETHS permite que os moradores
possam dispor de áreas de produção privadas, uma vez que o loteamento é
dividido em lotes individuais. Para os lotes, são propostas uma série de
possibilidades produtivas inspiradas na permacultura (MOLLISON & SLAY, 1998),
adaptáveis a pequenos jardins urbanos, dentre as quais:
- horta permacultural: consiste de uma horta que utiliza um design racional,
onde as espécies são dispostas de acordo de acordo com o seu porte e
necessidade de manejo e onde há uma preocupação com princípios de
ergonomia, ao facilitar o acesso aos canteiros para operações de plantio,
manutenção e colheita.
- espiral de ervas: consiste de um canteiro para o cultivo de ervas
medicinais e temperos para a cozinha. Este canteiro possui o formato de uma
espiral ascendente, onde as espécies são cultivadas de acordo com a
necessidade de luz e de água (espécies mais exigentes em luz e drenagem do
solo são plantadas em posição mais acima da espiral, onde a iluminação direta é
maior e onde o solo é melhor drenado).
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
- galinheiro móvel: consiste de um pequeno galinheiro que pode ser
deslocado facilmente sobre o solo. Além de fornecer ovos e carne, este tipo de
galinheiro pode aproveitar a ação do chamado "trator galinha", que consiste na
aragem do solo provocada pelo hábito de ciscar da galinha e na fertilização do
solo com o esterco que produz.
Propõe-se ainda para os lotes o cultivo de arbustos e árvores frutíferas de
pequeno porte (nativas ou exóticas), o cultivo das cercas de divisa entre os
terrenos e o cultivo sobre pergolados situados junto à casa, com trepadeiras
produtivas. O projeto CETHS prevê, também, a reciclagem do lixo orgânico
doméstico, através da compostagem e aplicação do composto resultante nos
cultivos realizados nos próprios lotes.
Passeios. O desenho urbano do CETHS prevê a criação de áreas de
convívio, junto aos passeios localizados em frente aos lotes. Este desenho
possibilita a implantação de vegetação nestas áreas, em três níveis distintos
quanto ao porte: árvores, arbustos e herbáceas.
Em relação à arborização destas áreas, procurou-se recomendar as
espécies tomando-se por base a seguinte ordem de prioridade: - espécies nativas
regionais; espécies frutíferas nativas do RS úteis à alimentação humana; espécies
frutíferas nativas do RS úteis à alimentação da fauna; espécies nativas do RS de
uso medicinal; espécies com floração ou demais atributos ornamentais. Embora
sejam priorizadas as árvores nativas regionais nesta área, principalmente por uma
questão de educação ambiental, existe uma preocupação, sempre que possível,
em se trabalhar com frutíferas nativas, a fim de contribuir com a produção de
alimentos. Mesmo quando as espécies selecionadas não são frutíferas, procurase conhecer outras utilidades destas plantas para o homem (cabe salientar que
grande parte das árvores nativas regionais possuem algum uso medicinal).
Ambos os lados dos passeios possuirão canteiros, que serão cultivados
com espécies arbustivas e herbáceas. Os critérios de seleção destas espécies,
embora também procurem utilizar espécies nativas, sempre que possível,
diferenciam-se daqueles utilizados para arborização, uma vez que enfatizam
muito mais as questões produtivas e ornamentais. Estes espaços procuram
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
conjugar produção e ornamentação, através da priorização do uso de espécies
produtivas de alimentos, de uso medicinal, aromáticas, de floração ornamental,
melíferas, atrativas para beija-flores, atrativas para borboletas, entre outras
características. Destaca-se, ainda aqui, a priorização de espécies que possuam
ciclo perene e que sejam pouco exigentes em manejo. Estas áreas poderão vir,
com o tempo, a se tornarem áreas de produção coletivas, onde os moradores
poderão se responsabilizar pelo plantio e manutenção da vegetação em frente
aos seus lotes.
Área verde. O projeto do loteamento prevê, também, a existência de uma
área verde para a construção de uma praça. Junto a esta praça estão previstas
instalações físicas para um centro comunitário e uma creche, quadras esportivas
e playground. Prioriza-se, portanto, nesta área, mais as questões sociais e
recreativas da comunidade do que a atividade produtiva. Serão empregados,
também aí, os três níveis de vegetação mencionados anteriormente, procurando
conjugar critérios semelhantes de seleção, porém com maior ênfase nas
qualidades ornamentais das espécies. Sempre que possível, no entanto, espécies
produtivas também serão empregadas, desde que não sejam exigentes em
manutenção e não entrem em conflito com as funções de lazer desta área. Não
obstante, um aspecto importante a ser ressaltado aqui, em relação a esta área, é
o visual para a área de produção coletiva, propriamente dita (da qual se tratará a
seguir). Embora esta área seja voltada à recreação, o projeto se preocupa em
permitir aos seus usuários a visualização das atividades produtivas, que ocorrem
próximo à praça, agregando à paisagem de seu entorno as qualidades estéticas
das hortas e pomares e conferindo um "ar rural" ao local.
Área de produção coletiva. O projeto CETHS prevê a existência de uma
área específica para a produção coletiva de alimentos. A forma de administração
das atividades neste local deverá ser decidida pela própria comunidade, com o
suporte de um trabalho na área social, a ser desenvolvido pela prefeitura de Nova
Hartz. A idéia lançada pelo projeto é que a produção destas áreas se destine ao
abastecimento direto das famílias habitantes do CETHS, ao abastecimento do
centro comunitário e da creche e à comercialização dos excedentes, como
complemento à renda da comunidade.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
As técnicas de cultivo a serem empregadas serão baseadas nas filosofias
de produção ligadas ao paradigma da agricultura sustentável, ou seja,
aproveitando recursos locais (com o emprego da mão-de-obra local), utilizando
adubação orgânica (composto orgânico, proveniente de resíduos oriundos de
podas e limpeza de áreas coletivas, e do lixo orgânico, do centro comunitário e
creche), valorizando a biodiversidade (policulturas), promovendo a interação entre
criações animais e cultivos vegetais (alimentando os animais com as sobras da
produção vegetal e fertilizando os cultivos vegetais com o esterco dos animais),
utilizando técnicas de controle de pragas e doenças, sem a aplicação de
defensivos químicos (através do uso de inseticidas e fungicidas biológicos,
controle biológico, alelopatia, rotação de culturas, etc.), entre outros.
Alguns dos elementos de produção sugeridos pelo projeto para esta área
são:
- hortas mandalas: tratam-se de hortas permaculturais que possuem forma
de mandala ou fractal. Além de conferir um aspecto interessante à paisagem,
este tipo de horta também torna mais fáceis as práticas de cultivo (MOLLISON &
SLAY, 1998).
- galinheiro associado com casa de vegetação: ao conjugar estas duas
funções em uma mesma estrutura (obviamente isoladas por tela entre si), seguese também uma técnica sugerida pela permacultura, aproveitando o calor gerado
pelos corpos das galinhas na casa de vegetação, durante a noite, quando ocorre
a queda de temperatura (MOLLISON & SLAY, 1998).
- pomar consorciado com plantas rasteiras e trepadeiras: procura criar um
sistema
policultural,
utilizando
várias
espécies
de
plantas
rasteiras
e,
eventualmente, trepadeiras, junto e entre as árvores frutíferas do pomar. A idéia é
fazer com que as espécies possam interagir positivamente entre si (por exemplo,
o plantio de espécies leguminosas, entre as árvores que fixam nitrogênio no solo,
para ser utilizado por estas últimas), além de valorizar a biodiversidade como
forma de reduzir os danos provocados às culturas pelas pragas e doenças
(FREUDENBERGER e WEGRZYN, 1994).
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
- viveiro de mudas: pretende-se instalar, ainda, na área de produção
coletiva, um viveiro para a produção de mudas, tanto de ornamentais, como de
espécies produtivas, a fim de abastecer a demanda por mudas do loteamento
(inclusive dos lotes) e, eventualmente, comercializar o excedente.
A água a ser utilizada nos cultivos será proveniente basicamente de duas
fontes: de reservatórios, em forma de pequenos lagos, que são abastecidos por
um sistema alternativo de escoamento pluvial das ruas e dos lotes proposto pelo
projeto CETHS, e pelo lago aquacultural, localizado em área adjacente ao
loteamento, sobre a qual serão feitas algumas considerações na seqüência.
Como estrutura de apoio para a comercialização dos excedentes, o projeto
prevê a construção de uma casa demonstrativa (baseada em tipologia projetada
pelo NORIE, com vistas à sustentabilidade), onde serão recebidos visitantes do
CETHS e que também será utilizada para a venda dos produtos pela comunidade.
Banhado e Lago Aquacultural. Em área adjacente ao loteamento,
também pertencente à prefeitura de Nova Hartz, está situado, atualmente, um
banhado. O projeto prevê a preservação parcial do banhado e a construção de
um lago em parte da área. A partir de um sistema alternativo de tratamento do
esgoto cloacal, previsto pelo projeto CETHS, pretende-se utilizar o banhado para
promover a fase final do tratamento ou polimento dos efluentes. Esta fase final do
tratamento é realizada por plantas aquáticas, que ao filtrarem a água dos
efluentes, convertem os resíduos remanescentes do sistema de tratamento em
biomassa. Através deste processo, estas plantas se incorporam ao ciclo
produtivo, servindo para a produção de composto orgânico, ou para a alimentação
das galinhas. A água que sai do banhado, e que já se encontra livre de
contaminantes, é conduzida para um lago, que também desenvolverá funções
produtivas no sistema, principalmente através da produção de peixes.
Por fim, procurando cumprir as diretrizes anteriormente apresentadas, foi
elaborada uma pesquisa visando produzir informações capazes de orientar o
projeto de arborização urbana do CETHS. A pesquisa resultou em uma série de
três tabelas de espécies arbóreas, recomendadas para a arborização do
loteamento, cujo processo de elaboração é descrito a seguir.
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
Estas tabelas foram construídas a partir da compilação de dados obtidos
através de revisão bibliográfica. A seleção das espécies recomendadas partiu da
listagem de espécies apresentada pelo Plano Diretor de Arborização Urbana de
Porto Alegre, como prioritária para a produção para fins de programas de
arborização urbana neste município (SANCHOTENE, 2000). Utilizou-se esta
referência como ponto de partida por entender-se que o conjunto de informações
geradas pelo trabalho desenvolvido em Porto Alegre representa, atualmente, o
material mais consistente envolvendo experiências com arborização urbana a
nível de estado, sendo utilizado, inclusive, como referência para outras regiões do
país.
A partir desta listagem inicial, realizou-se um cruzamento de informações
com o Projeto Madeira do Rio Grande do Sul (REITZ et al, 1983) a fim de verificar
a origem das espécies listadas, selecionando-se, por fim, apenas as espécies de
ocorrência natural neste estado. A fim de verificar, ainda quais dessas espécies
são nativas para a região do Vale do Rio dos Sinos, foram consultadas duas
dissertações de mestrado realizadas junto ao Programa de Pós-Graduação em
Botânica da UFRGS e que se dedicaram ao levantamento de comunidades
arbóreas, em distintas áreas dessa região do estado (DANIEL, 1992; ROSA,
1997).
Outras características foram levantadas sobre as espécies pesquisadas, a
partir da consulta a diversas fontes bibliográficas (FRANCO, 199_ ; LONGHI,
1995; LORENZI, 1992; LORENZI, 1995; REITZ et al., 1983; ROSA, 1997;
SANCHOTENE, 1989). São elas: nome comum, nome científico, possibilidades
de aproveitamento (de acordo com os objetivos do CETHS), velocidade de
crescimento, e fenologia (persistência foliar, período de floração e período de
frutificação).
Os resultados obtidos foram agrupados em três tabelas distintas relativas
ao porte das espécies (vide anexos E, F e G), conforme a classificação
apresentada pelo Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre - PDAU
(SANCHOTENE, 2000): espécies arbóreas de pequeno porte, espécies arbóreas
de médio porte e espécies arbóreas de grande porte. Ressalta-se, mais uma vez,
que, em relação a listagem original apresentada pelo PDAU, foram mantidas
Projeto CETHS
Convênio Nova Hartz
nestas tabelas somente espécies nativas do Rio Grande do Sul, de acordo com
REITZ et al.(1983).
Projeto CETHS
Estágio Atual
5. E
STÁGIO
ATUAL DO PROJETO CETHS
Neste capítulo se identifica o estágio atual das atividades desenvolvidas
durante o projeto e se tecem comentários sobre as dificuldades e entraves para a
implantação das propostas de projeto.
5.1 Convênio Alvorada
Com relação ao Convênio Alvorada, o protótipo de unidade habitacional ,
desenvolvido inicialmente para a Prefeitura de Alvorada e identificado como
Protótipo Alvorada, deverá ser construído no Horto Municipal desta cidade, em
área cedida pela Prefeitura de Alvorada. No momento da elaboração deste
relatório, estavam sendo desenvolvidos os trabalhos de locação do espaço
destinado ao protótipo.
A proposta, até este momento aceita pela Prefeitura de Alvorada, é de que
as obras executadas sigam, tanto quanto possível, as propostas contidas neste
Relatório, tanto para a edificação, quanto para o paisagismo. Durante o processo
de implantação, pretende-se desenvolver atividades de conscientização da
população carente de habitações do município, sobre as propostas em
desenvolvimento. Isto deverá ser realizado através de palestras e visitas guiadas
ao local do horto e, particularmente, do protótipo.
5.2 Convênio Nova Hartz
Com relação ao Convênio Nova Hartz, foram construídas, no período de
agosto de 2001 a março de 2002, 8 unidades habitacionais do CETHS - Nova
Hartz. Seis destas unidades foram construídas delas segundo o modelo do
Protótipo Alvorada, e duas outras, a partir de uma adaptação da primeira, para
adequá-la a uma nova orientação solar, sendo esta unidade aqui denominada de
Casa Verena. Esta adaptação foi efetuada através do desenvolvimento de um
novo modelo de habitação, o que foi realizado dentro do escopo de uma
Projeto CETHS
Estágio Atual
dissertação de mestrado, especificamente da mestranda Verena Schmidt
Baldoni. O principal desafio foi o de, não fugindo radicalmente da proposta
arquitetônica das demais unidades, adaptá-la para uma nova orientação de
fachada principal, voltada para Sul, já que o protótipo original havia sido
desenvolvido para a fachada principal orientada para a direção Norte.
As fotografias apresentadas no ANEXO J, identificam a evolução da
implantação das unidades habitacionais projetadas pelo NORIE, em Nova Hartz.
5.2.1 Considerações sobre o desenvolvimento do processo de implantação
A construção das oito unidades habitacionais se desenvolveu a partir de
um processo licitatório para aquisição de materiais. Posteriormente, foi realizada,
pela Prefeitura Municipal, a contratação de mão-de-obra para a execução das
casas.
A opção realizada pela prefeitura de Nova Hartz, de contratação de mãode-obra para a execução das habitações, contrariou a proposta inicial do NORIE.
A proposta preferencial seria a de desenvolver a construção das oito primeiras
casas através de um processo de auto-construção, envolvendo os futuros
moradores, onde esta sistemática contaria com a orientação do NORIE. Deste
modo se almejava reduzir os custos de implantação das unidades, além de se
atingir as propostas, desejáveis em um processo sustentável, de: inclusão dos
moradores (pelo menos nesta fase do processo); capacitação dos futuros
moradores na arte de construir, além da possibilidade de capacitação em
educação ambiental, o que naturalmente decorreria do processo.
A Prefeitura de Nova Hartz, ao se tornar partícipe e parceira no processo
de implantação do CETHS, pronunciou-se, ao longo de todo o período anterior ao
início da implantação das casas (modelo) Alvorada, como disposta a implantar a
infra-estrutura de um centro demonstrativo. No entanto, a partir de um
determinado instante, durante o processo de construção das casas, ela deixou de
se comprometer com a continuidade dos projetos. Entre os projetos em
desenvolvimento estavam os projetos de infra-estrutura urbana, para a gleba 1,
referentes a: implantação, pavimentação, iluminação pública, rede de água,
Projeto CETHS
Estágio Atual
esgoto cloacal e esgoto pluvial. Com esta mudança, a equipe de projeto foi
desestimulada e não viu razão para a continuidade do processo de detalhamento
final dos projetos acima, assim como dos procedimentos referentes à sua
aprovação, na Fundação de Proteção ao Meio Ambiente do Estado e na
Secretaria de Habitação do Estado.
Conforme já mencionado anteriormente, na gleba 2, adjacente à gleba 1,
pretendia-se implantar uma nova área de demonstração. Esta estaria ligada a
práticas agrícolas sustentáveis, para produção ecológica de alimentos para a
comunidade do CETHS, assim como para a população de Nova Hartz (colha-epague). Isto possibilitaria o desenvolvimento de práticas demonstrativas e de
educação ambiental, criando, ainda, oportunidades de empregos. Por se constituir
em uma área com características naturais de banhado, esta área seria utilizada,
complementarmente, para o polimento dos efluentes tratados a nível secundário,
da comunidade em processo de implantação na gleba 1, bem como para a
preservação e incremento de elementos da flora e fauna locais. Em conjunto, as
glebas 1 e 2 constituiriam um todo composto por dois Centros Experimentais, com
características complementares.
5.2.2 Considerações sobre o tipo de ocupação do CETHS
A partir da definição, no primeiro semestre de 2001, sobre quem seriam os
futuros moradores do CETHS, a equipe multidisciplinar do NORIE começou, pela
primeira vez, a interagir com as famílias que viriam a ali residir, buscando adequar
o Centro às características específicas destas famílias, principalmente no que
concerne a novas tipologias de edificações. Dois grupos sociais distintos
deveriam, inicialmente, fazer parte do Projeto CETHS – Nova Hartz: as famílias
da Vila dos Trilhos e as famílias da Vila Tomate. Enquanto as famílias da Vila dos
Trilhos iriam morar nas primeiras 8 unidades habitacionais já construídas, para as
famílias da Vila Tomate estavam sendo planejadas novas possibilidades de
moradia, tendo em vista o caráter emergencial de seu problema habitacional.
Para estes se previa a construção de novas unidades habitacionais, com padrões
arquitetônicos distintos dos do Protótipo Alvorada, em cujo projeto e construção
se propunha a efetiva participação dos futuros moradores. A ambas as
Projeto CETHS
Estágio Atual
comunidades, mas principalmente com os moradores da Vila Tomate, foram
realizadas visitas, onde foram discutidas questões relativas às propostas do
NORIE e às expectativas das comunidades (ver Figuras 39 e 40).
Figura 39. Reunião com moradores da Vila dos Trilhos.
Figura 40. Reunião com moradores da Vila Tomate.
Projeto CETHS
Estágio Atual
Deve ser salientado que, no entender da equipe do NORIE, a
conscientização destes futuros moradores do CETHS - Nova Hartz, em relação às
questões ambientais, seria imprescindível para o sucesso do Projeto, já que os
próprios moradores seriam os responsáveis diretos pelo gerenciamento e
manutenção dos loteamentos, que no fundo representariam uma nova proposta
de vida. Desta forma, estudos de acompanhamento social, tanto pela equipe do
NORIE, como por profissionais contratados pela Prefeitura de Nova Hartz, foram
encaminhados para que o CETHS – Nova Hartz pudesse atingir o seu objetivo
maior de: minimizar os impactos aos ecossistemas terrestres, buscando
simultaneamente o equilíbrio cultural, social, econômico e espacial.
5.2.3 Considerações sobre outras atividades decorrentes do projeto CETHS
Em decorrência da capacitação do NORIE na área de Edificações e
Comunidades Sustentáveis, no segundo semestre de 2000, o NORIE foi
contratado por Itaipu Binacional, para desenvolver um anteprojeto para o Refúgio
Biológico Bela Vista (RBV), que integra o complexo da Barragem de Itaipu,
localizada em Foz do Iguaçu. O RBV se constitui em um dos cinco refúgios
biológicos localizados às margens do lago que configura a Barragem de Itaipu. O
propósito destes refúgios é a regeneração de áreas afetadas pela barragem e a
preservação de espécies nativas.
Figura 41. Perspectiva da proposta formulada para o RBV.
Projeto CETHS
Estágio Atual
O RBV tem uma área de 1.920 hectares e busca a reprodução de animais
selvagens nativos à região, a produção de mudas para reflorestar as margens da
barragem de modo a conter a erosão e conseqüente assoreamento da barragem,
a condução de experimentos com a flora e fauna local, assim como ações
associadas à educação ambiental. Considerando a importância da educação
ambiental para o RBV, tanto as construções quanto o ambiente construído, em
seu todo, deveriam ser projetados de modo a expressar um menor impacto ao
meio ambiente, incluindo-se aí um uso mais eficiente de recursos materiais e
energéticos.
Figura 42. Atividades de construção do protótipo habitacional no Campus da
UFRGS.
Com o apoio da CAIXA e da FINEP, o NORIE está construindo um
protótipo habitacional sustentável (Figura 42). O protótipo aperfeiçoado da Casa
Alvorada teve a sua construção iniciada em outubro de 2001, no Campus do Vale,
da UFRGS, no bairro Agronomia. Tão logo seja concluído, iniciar-se-á o
monitoramento do desempenho térmico, lumínico e acústico deste protótipo, com
recursos de um projeto já aprovado pelo CNPq. Complementarmente, outros
aspectos relacionados com o tema sustentabilidade, como coleta de águas de
chuva, tratamento de resíduos líquidos, fontes energéticas alternativas e
paisagismo produtivo no seu entorno, serão observados. Desta construção tem
participado vários alunos e bolsistas e, mesmo professores, vinculados ao curso
Projeto CETHS
Estágio Atual
de pós-graduação do NORIE. A construção do protótipo, além de possibilitar o
seu posterior monitoramento, está permitindo conhecer as dificuldades de
construção de uma unidade habitacional que se pretende seja autoconstruída.
Por fim, além destes projetos em andamento, salienta-se que várias outras
entidades estão atualmente demonstrando interesse na implementação de
propostas habitacionais sustentáveis em seus municípios, o que está repercutindo
de forma muito positiva entre os membros da equipe de projetos do NORIE.
Projeto CETHS
Considerações Finais
6. C
ONSIDERAÇÕES
FINAIS
Quando da aprovação do Projeto CETHS pelo Programa de Tecnologia de
Habitação – Programa Habitare, em dezembro de 1997, o Comitê Assessor
recomendou “a busca urgente de parcerias, que permitam a concretização do
Centro”. Esta recomendação orientou os esforços que se desenvolveram ao
longo de todo o processo de desenvolvimento do projeto de pesquisa, que
sempre buscou a concretização das propostas de sustentabilidade da construção.
Deve-se aqui reconhecer que o grupo de pesquisa em Edificações e
Comunidades Sustentáveis do NORIE foi extremamente afortunado por ter
encontrado duas municipalidades, Alvorada e Nova Hartz, que demonstraram
receptividade às propostas do Projeto CETHS. Este fato propiciou a colocação em
prática de sonhos anteriores ao próprio Concurso Internacional de Idéias,
possibilitando a proposição de um conjunto de experiências que poderão ser,
futuramente, compartilhadas com outras municipalidades, universidades, centros
de pesquisa e com o público em geral.
O texto que segue faz uma comparação entre os objetivos constantes da
proposta do projeto de pesquisa e os resultados efetivamente obtidos.
6.1 Proposta, objetivos e metodologia
Consta da proposta encaminhada à FINEP o seguinte:
6.1.1 Considerações introdutórias
O projeto que se pretende desenvolver destina-se à criação de um Centro
de Pesquisa voltado para novas tecnologias vinculadas a habitações de
“Interesse Social” incorporando, por um lado, os preceitos do desenvolvimento
sustentável e, por outro, a idéia de habitação como o habitat do homem no
contexto social.
Considerada em sua totalidade, nossa proposta é composta por 04 fases a saber:
Projeto CETHS
Considerações Finais
1 – MODELAGEM E DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS;
2 – IMPLANTAÇÃO E POVOAMENTO;
3 – MONITORAMENTO;
4 – DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS.
Entendemos como fase de MODELAGEM E DESENVOLVIMENTO DOS
PROJETOS todas a etapas relativas ao planejamento da instalação física e do
suporte funcional para as atividades à serem desenvolvidas no local Admitimos
como inerente a esta etapa os serviços de levantamento topográfico, o projeto de
zoneamento, demarcação e loteamento da gleba, o desenvolvimento dos projetos
arquitetônicos e complementares das habitações e edificações conexas (água, luz
e força, condicionamento térmico, saneamento básico, comunicações, prevenção
de acidentes, etc.).
Dentro da ótica em que este trabalho é proposto,
consideramos, ainda nesta fase, projetos de exploração agrícola e de cultivos
diversos, para a obtenção local de alimentos (permacultura, aquacultura,
compostagem, etc.), projetos alternativos para a adaptação de sistemas de
captação de energia, projetos alternativos para a obtenção de água potável,
projetos de reutilização dos resíduos orgânicos e também projetos de tratamento
de despejos sólidos e líquidos. Considerando que, no projeto geral, esta implícito
o interesse em manter os moradores integrados à área, dentre as soluções
propostas deverão ser avaliadas alternativas para as questões de fonte de renda
e ocupação (ex. estação de separação de lixo próxima à comunidade).
6.1.2 Objetivos
Objetivo Geral
Desenvolvimento do projeto de um CENTRO EXPERIMENTAL destinado a
provisão de habitações de interesse social em Porto Alegre, contendo 20
residências, seguindo diretrizes das propostas vencedora do Concurso
Internacional de Idéias de Projeto Habitações Auto-Sustentáveis para Populações
Carentes, promovido pela Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente
Construído - ANTAC e pela Passive and Low Energy Architecture - PLEA, e
organizado pela Fundação de Ciência e Tecnologia e Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (esboços em anexo), aliando os aspectos de sustentabilidade:
a geração local de empregos, o atendimento às necessidades alimentares dos
residentes e, em consequência, a manutenção de níveis adequados de
salubridade, educação de crianças e adultos e o estímulo a práticas ecológicas.
Objetivos Específicos
1) Projetar um centro de demonstração e divulgação de tecnologias sustentáveis,
relacionadas a construção de habitações populares, geração de energia através
de fontes energéticas alternativas, manejo de resíduos sólidos e líquidos,
agricultura sustentável e aquacultura, criando oportunidades de pesquisa nas
respectivas áreas do projeto.
Projeto CETHS
Considerações Finais
2) Criar um curso destinado a equipe técnica do projeto, com a duração total de 90
horas, destinado a formação local de recursos humanos especializado na prática
de tecnologias sustentáveis, considerando o estado-da-arte a nível internacional.
3) Propor as condições objetivas para a criação de um Laboratório destinado a
pesquisa e experimentação na área de edificações e comunidades sustentáveis,
com ênfase na abordagem do problema habitacional brasileiro da população de
baixa renda.
4) Promover o II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre Edificações
e Comunidades Sustentáveis que oportunizará um encontro sólido dos
participantes do projeto e outros especialistas na área de tecnologias sustentáveis
para, dentre outras coisas, divulgar os resultados desta fase do projeto e também
fixar diretrizes para o satisfatório andamento das demais fases.
6.1.3 Metodologia
Atividades
São as seguintes as atividades de projeto previstas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Definição e caracterização da área
Montagem da estrutura operacional de trabalho
Montagem da infra-estrutura
Revisão de literatura
Montagem do Curso de capacitação das equipes de projeto
Desenvolvimento do Curso de capacitação das equipes de projeto
Elaboração dos projetos
Organização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis.
9. Realização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis.
10. Elaboração de Relatórios Parciais e Relatório Final
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:
1. Definição e caracterização da área
Consiste em negociações com as Prefeituras interessadas, visando a
compatibilização da área a ser cedida, com as características desejadas para o
desenvolvimento pleno e equilibrado dos projetos.
2. Montagem da estrutura operacional de trabalho
Atividade preliminar que consistirá no detalhamento do plano de trabalho e na
organização da equipe básica de pesquisa, incluindo-se aí os contatos referentes
à participação da H2O Workshops, em particular de Michael Morrisey, líder da
equipe vencedora do Concurso de Idéias, nas atividades de projeto.
3. Montagem da infra-estrutura
Projeto CETHS
Considerações Finais
Compreende a aquisição de material permanente e material de consumo para o
desenvolvimento do projeto. Esta etapa inclui a aquisição de literatura técnica
relativa aos diferentes projetos a serem desenvolvidos e que também servirão de
apoio ao Curso de atualização das equipes de projeto.
4. Revisão de Literatura
Nesta etapa será complementado o levantamento do estado-da-arte sobre o
assunto, buscando caracterizar detalhadamente as interrelações e fluxos de
materiais, energia, nutrientes e água, entre os diversos ambientes a serem
construídos. Estas interrelações são de fundamental importância para o
dimensionamento dos elementos componentes do projeto. Cita-se, por exemplo, o
balanço energético do Centro, que será função da população prevista para o
mesmo e das diferentes alternativas energéticas passíveis de exploração no local
(solar, eólica, biodigestores, biomassa, etc.). Dentre a bibliografia básica
referencial para o desenvolvimento do projeto inclui-se: Lyle (1994), Pearson
(1989), Mollison (1988), Talbot (1993), Yannas (1994); Evans e Schiller (1988),
Moore (1993), Broome e Richardson (1991), .
5. Montagem do Curso de capacitação das equipes de projeto
Diante da carência de recursos humanos locais para o desenvolvimento de um
projeto com as características acima descritas, que requer a composição de uma
equipe multidisciplinar com uma identidade de linguagem e objetivos bem
definidos, por todos entendidos, será organizado um Curso que trará especialistas
nas diversas áreas com suas respectivas contribuições para o desenvolvimento
dos projetos.
6. Desenvolvimento do Curso de capacitação das equipes de projeto
Prevê-se para o Curso uma duração total de 90 hs, desenvolvendo-se ao longo
de dois meses O Curso será desenvolvido em Porto Alegre, contando com apoio
de profissionais da UFRGS, bem como de outras que vierem a participar do
projeto. O curso poderá ser integrado por profissionais liberais ou professores de
instituições locais e nacionais
Tanto na montagem do Curso, como em seu desenvolvimento será fundamental o
apoio da Cal Poly e, em particular, do Prof. John Lyle e do staff do Center for
Regenerative Studies da mesma universidade, assim do Dr. William Roley, do
Permaculture Institute of Southern California.
7. Elaboração de projetos
A equipe que desenvolverá o projeto do Centro será montada através de uma
composição de recursos humanos pertencentes a Cal Poly, H2O Workshops,
UFRGS, alunos egressos do Curso e caso necessário, por outros profissionais
locais ou nacionais.
No tocante às edificações, que se constituirão nos investimentos de custo mais
elevado, serão buscadas as seguintes características:
•
Uso de estratégias relacionadas à arquitetura solar passiva;
•
Uso de painéis solares para o aquecimento de água para uso doméstico;
•
Uso de níveis de isolamento térmico para telhados, paredes e pisos adequados
à realidade climática local e à condição econômica dos participantes;
Projeto CETHS
•
Considerações Finais
Uso de pinturas e preservativos não-tóxicos para a madeira, da forma mais
ampla possível;
•
Utilização de materiais locais de baixo conteúdo energético ou de materiais
reciclados;
•
Utilização de coberturas verdes ou de telhas cerâmicas;
•
Emprego de sistemas de conservação de água em chuveiros, banheiros e
cozinhas;
•
Coleta e reciclagem de água de chuva para uso para irrigação;
•
Emprego de sistemas construtivos passíveis de auto-construção, constituídos
por componentes modulares, passíveis de utilização na forma de kits.
Além dos aspectos estruturais, o perfil dos habitantes do Centro terá
importância considerável. Por isso, serão desenvolvidas atividades coordenadas
por profissionais da área de sociologia com o objetivo de estabelecer critérios
para a escolha dos moradores. Esses critérios levarão em consideração a
situação econômica e de ocupação, a capacidade de levar adiante as tarefas
propostas pelos demais projetos e outros que impliquem numa melhor adaptação
dos indivíduos às fases de implantação e monitoramento.
8.Organização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis
Este encontro dará continuidade ao I Encontro Nacional sobre Edificações e
Comunidades Sustentáveis, que foi realizado em novembro de 1997 no município
de Canela/RS. O Encontro oportunizará a disseminação das informações
adquiridas através do desenvolvimento do projeto, assim como contar com uma
avaliação crítica sobre as estratégias de projeto adotadas e registrar os avanços
ocorridos na área em geral, a partir da realização do I Encontro.
9. Realização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis
Pretende-se, após concluídos os projetos, realizar um Encontro internacional
sobre Comunidades Sustentáveis, com ênfase na área de Edificações, com vistas
a divulgar as idéias e as práticas propostas para a implementação do CETHS.
Para a organização do Seminário, a equipe organizadora do Evento poderá contar
com o apoio da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído,
principalmente de seu Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Sustentável, que
preconiza e persegue os princípios propostos para o CETHS.
10. Relatórios Parciais e Final
Consistirão da descrição minuciosa dos projetos e custos relacionados à
implantação do Centro, podendo servir de referencial para a implantação de
centros similares, em outras regiões, assim como, valendo-se dos diversos
projetos, quer em seu todo, quer parcialmente, para a implantação de
comunidades sustentáveis de diferentes escalas. O relatório incluirá, ainda,
propostas para o monitoramento das tecnologias a serem implantadas e também
orientação aos usuários do Centro no que se refere ao uso dessas tecnologias.
Projeto CETHS
Considerações Finais
6.2 Comentários sobre os resultados alcançados pelo projeto
Os resultados do projeto serão discutidos tomando-se por referência cada
um dos itens da metodologia proposta e acima descrita.
6.2.1 Atividades desenvolvidas
1. Definição e caracterização da área
A recomendação do Comitê Assessor do Programa Habitare, mencionada no
início deste capitulo do relatório, de que se buscasse de forma urgente a
consolidação de parcerias para a concretização do CETHS, e que já era uma
meta estabelecida pela própria equipe de projeto, fez com que tal meta fosse
perseguida de modo ainda mais intenso.
As parcerias mais concretas foram estabelecidas com as Prefeituras de Alvorada
e de Nova Hartz. Infelizmente, com nenhuma delas os projetos conseguiram
atingir o nível desejado:
•
Em Nova Hartz foram construídas oito unidades habitacionais, com
recursos repassados pela CAIXA ao município, através do Programa
Habitar Brasil. O município obteve um recurso de R$ 55.000,00, que seria
utilizado na construção de 11 unidades habitacionais tradicionais. Através
de negociação com a CAIXA, o município conseguiu reduzir o número de
unidades a serem construídas para 8, com a apresentação da proposta do
projeto de Casa Alvorada, casa esta que possuía um custo mais elevado
do que aquele constante da proposta inicial encaminhada pela Prefeitura.
Porém, por decisão unilateral da Prefeitura local, tais unidades não foram
construídas conforme a proposta especificada em projeto. Todas as
demais diretrizes de implantação, tanto de infraestrutura, como as
propostas de cunho social e educativo, ainda estão por ser implementadas,
permanecendo a dúvida sobre a sua efetiva implantação.
•
Em Alvorada, que constituiu o nosso primeiro interlocutor e parceiro, nem
mesmo a unidade habitacional prototípica foi até agora construída. Esperase que ainda venha a ser implementada como uma unidade demonstrativa
no Horto Municipal local.
No entanto, uma parceria bem mais frutífera foi estabelecida, para o Projeto
CETHS, com o Sindicato das Indústrias de Olaria e Cerâmica para a Construção
no Estado do Rio Grande do Sul - SIOCERGS, que forneceu todos os tijolos e
telhas, para a construção de quatro unidades no conjunto habitacional de Nova
Hartz. Esta doação de materiais foi fruto de outro projeto de Pesquisa do NORIE –
Gestão Ambiental das Indústrias Oleiras e de Cerâmica Vermelha do Rio Grande
do Sul – , que conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio
Grande do Sul, sendo a doação de materiais a contrapartida do SIOCERGS para
este projeto
Projeto CETHS
Considerações Finais
Cabe, também, ressaltar que, ao longo do desenvolvimento do projeto, as
propostas de sustentabilidade preconizadas neste projeto de pesquisa foram
apresentadas a diversas prefeituras, incluindo-se um contato direto com os
prefeitos de Alvorada, Nova Hartz e Pelotas, e apresentações a representantes
das prefeituras de Viamão, Bagé e Porto Alegre.
2. Montagem da estrutura operacional de trabalho
A atividade de detalhamento do plano de trabalho foi desenvolvida conforme o
previsto. Destaca-se que durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa
ocorreu uma visita de Michael Morrisey ao NORIE. No entanto, como se explicará
mais adiante, o arquiteto australiano não participou das atividades de projeto.
3. Montagem da infra-estrutura
Esta atividade também foi desenvolvida como previsto, com aquisições ocorrendo
ao longo de todo o período do projeto. O Anexo K lista os, aproximadamente, 60
livros adquiridos pelo projeto, em adição a: um banco de dados sobre materiais de
construção e seus impactos ambientais, um software e os dois periódicos
subscritos.
4. Revisão de Literatura
Conforme descrito acima, através da Atividade 3, a base bibliográfica, e
conseqüente revisão de literatura foi ampliada, e em muito, a partir da construção
de uma biblioteca em Edificações e Comunidades sustentáveis. Esta biblioteca
provavelmente se constitua no maior acervo hoje existente no Brasil, tratando
especificamente do tema.
5. Montagem do Curso de capacitação das equipes de projeto
e
6. Desenvolvimento do Curso de capacitação das equipes de projeto
Na elaboração do projeto de pesquisa, reconhecia-se a carência de recursos
humanos locais com capacitação para o desenvolvimento de um projeto com as
características daquele que se pretendia desenvolver. Propunha-se, diante disso,
a organização de um Curso de capacitação, de 90 horas, e a contratação de
consultorias periódicas, incluindo-se a de especialistas estrangeiros, para a
capacitação da equipe de projeto, assim como para o seu próprio
desenvolvimento.
Após reavaliação desta proposta, dos custos a ela associados, assim como do
potencial da própria UFRGS, e em particular do NORIE, de assumir a maior parte
das tarefas de projeto, resolveu-se que esta última alternativa seria a mais
racional, econômica e produtiva. Para atender a esta nova forma de ação,
estruturou-se no NORIE uma linha de pesquisa em Edificações e Comunidades
Sustentáveis, com a criação das disciplinas Edificações e Comunidades
Sustentáveis (em 1999), Projetos Regenerativos (em 2000) e Gestão Ambiental
Urbana (em 2001). Decidiu-se, então, que seriam capacitados recursos humanos
dentro do próprio curso de mestrado do NORIE, com a contratação eventual de
recursos humanos para atividades especiais, como os de produção gráfica.
Projeto CETHS
Considerações Finais
Diante disso, e a um custo equivalente ao da contratação de especialistas locais,
concedeu-se bolsas de mestrado a cinco profissionais arquitetos (Christiane
Carbonell Jatahy, Cristiano Viegas Centeno, Michele Sedrez, Maria Cristina Haas
e Verena Baldoni). Um dos profissionais que se integrou ao curso de mestrado
(Maria Cristina Haas), inclusive, constava da lista de profissionais consultores que
se pretendia contratar para o projeto. Tais mestrandos, assim como vários outros,
cursando o NORIE, passaram a se dedicar às atividades do projeto, passo a
passo, já que as disciplinas criadas tinham como proposta prática o
desenvolvimento de trabalhos de interesse do projeto CETHS.
Quanto à participação de especialistas estrangeiros, manteve-se a vinda ao Brasil
do Dr. William Roley, do Permaculture Institute of Southern Califórnia, que em
novembro de 1999, participou de uma atividade intensiva (charrette), ao longo de
três dias, realizada no Rincão Gaia, centro demonstrativo ambiental pertencente à
Fundação Gaia e fundado por José Lutzemberger. Nesta atividade participaram
aproximadamente 25 profissionais, das áreas de engenharia, arquitetura e
agronomia, além do Dr. Roley. Nesta ocasião foram definidas as diretrizes que
orientaram o projeto do CETHS. Infelizmente, o criador e fundador do Center for
Regenerative Studies, da Califórnia, Prof. John Lyle, grande incentivador do
projeto CETHS, faleceria durante o segundo semestre de 1998. O outro consultor,
arquiteto Michael Morrisey, vencedor do concurso internacional de idéias de
projeto, em viagem de passeio ao Brasil no início de 2000, e sem custos para o
projeto, foi apresentado às propostas e atividades que se desenvolviam à época.
Outras contribuições importantes para o desenvolvimento do projeto, foram as do
Dr. Steve Curwell e do Dr. Martin Sexton, ambos envolvidos com o tema de
sustentabilidade em sua universidade de origem, University of Salford, Inglaterra.
Ambos estiveram no NORIE, o primeiro em maio de 1999 e o segundo em abril de
2000, com recursos de um projeto CAPES/BRITISH COUNCIL, e ministraram
disciplinas de 30 horas/aula, na área de sustentabilidade. As propostas
desenvolvidas foram ainda enriquecidas pelos comentários dos palestrantes,
Yves Cabanes e Liliana Miranda, convidados a participar do II Encontro Nacional
e I Encontro Latino Americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis,
organizado como atividade deste projeto.
7. Elaboração de projetos
No item 5.2.1 Considerações sobre o desenvolvimento do processo de
implantação, deste Relatório, e no título 1 Definição e caracterização da área,
deste presente item, são relatadas algumas dificuldades enfrentadas para a
implementação das idéias associadas a este projeto com as instituições parceiras.
Apesar de sua implementação ser ainda parcial, acredita-se que ainda se consiga
evoluir da situação atual.
O Volume do Relatório, que contém os desenhos relativos à proposta de
edificação habitacional, Casa Alvorada, e do conjunto habitacional CETHS,
apresenta os detalhes arquitetônicos e urbanísticos resultantes do projeto de
pesquisa.
Projeto CETHS
Considerações Finais
O item 3.3 deste Relatório apresenta as diretrizes adotadas na concepção
do protótipo. Pode ser observado que em relação à proposta original, foram
adicionados os seguintes itens:
•
Uso de vegetação, tanto para sombreamento, como para a produção
de alimentos (paisagismo produtivo);
•
Proposta de uso de secador de alimentos (folhas e frutos) e
composteira;
•
Proposta de utilização de fogão à lenha, para cozinhar e ao mesmo
tempo aquecer o ambiente interior, nos períodos frios;
•
Tratamento local de esgoto doméstico;
•
Distribuição
dos
espaços
internos,
de
modo
a
permitir
a
acessibilidade universal a todos os ambientes.
•
Sistema de coleta e reutilização de água de chuva, para descarga
do vaso sanitário.
Com relação ao projeto urbanístico do Centro, o item 4.2.4 apresenta as
diretrizes seguidas para a sua concepção, e que se encontram ilustradas nos
projetos descritos em volume anexo.
8.Organização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis
e
9. Realização do II Encontro Nacional e I Encontro Latino-americano sobre
Edificações e Comunidades Sustentáveis
O Encontro foi realizado, conforme previsto, permitindo a disseminação das
idéias perseguidas, que foram apresentadas através de diversos trabalhos e
posters ilustrativos, programados para o evento. Apresenta-se, a seguir, uma
síntese do que foi o Encontro:
O Encontro foi realizado entre os dias 24 e 27 de abril de 2001, em Canela,
RS. Ao final do evento, no dia 28 de abril, foi realizado um Workshop com os
componentes do Grupo de Trabalho em Desenvolvimento Sustentável da ANTAC,
para realizar uma apreciação geral sobre o Encontro, particularmente sobre os
avanços ocorridos em relação ao I Encontro Nacional, também realizado pela
ANTAC, no mesmo local em novembro de 1997. O Encontro contou com a
Projeto CETHS
Considerações Finais
presença de 110 participantes (o que representa, aproximadamente, 25% de
crescimento em participação, em relação ao I Encontro), originários de 8
diferentes Estados brasileiros.
É de se destacar a participação de 3 convidados estrangeiros, originários
do Equador, Peru e Costa Rica, além de um participante da Alemanha. Um
participante da Argentina se inscreveu, mas não compareceu.
O Encontro foi organizado em torno de Palestras Plenárias, Curso de
Curta Duração, Sessões Técnicas e Painéis. O conteúdo das Palestras, Painéis
e Sessões Técnicas foi incluído nos Anais do Encontro, enquanto que para o
Curso foi produzida uma apostila em separado.
As Palestras Plenárias tiveram os seguintes temas, datas e ministrantes:
• SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE, 24/04/01, Rualdo Menegat
• SUSTENTABILIDADE, 25/04/01, José Lutzemberger
• ASSENTAMENTOS HUMANOS SUSTENTÁVEIS, 25/04/01, Yves
Cabannes
• EVOLUCION DE LOS SERVIÇOS DE ECOALOJAMIENTO Y TENDENCIA
HACIA LA CERTIFICACION, 26/04/01, Ana L. Báez
• HACIA UMA NUEVA URBANA AMBIENTAL CONCERTADA DESDE LA
EXPERIENCIA DE ECOCIUDAD Y FORO CIUDADES PARA LA VIDA,
27/04/01, Liliana Miranda Sara
Os Painéis reuniram especialistas brasileiros, tratando de três temas: Edificações
e Comunidades Sustentáveis, Resíduos e Gestão Ambiental, organizados da
seguinte maneira:
• EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
Coordenador: Prof. Dr. Ioshiaqui Shimbo, UFSCar
Participantes: M. Eng Andrea Naguissa Yuba, com o tema Uso da Madeira de
Reflorestamento como Material de
Construção e os Desafios para o
Desenvolvimento Sustentável
M. Eng. Giane de Campos Grigoletti, com o tema Caracterização
dos Impactos Ambientais das Indústrias
de Cerâmica Vermelha do Estado do RS.
M. Eng. Márcia Roig Sperb, com o tema Avaliação de Tipologias
Habitacionais a Partir da Caracterização de
Impactos Ambientais Relacionados a
Materiais de Construção.
Projeto CETHS
Considerações Finais
• RESÍDUOS
Coordenador: Prof. Dr. Miguel Aloysio Sattler, UFRGS
Participantes: Prof. Dr. Tarcísio de Paula Pinto, com o tema Bacias de
Captação de Resíduos – Instrumento
para uma Gestão Sustentável
Prof. Dr. Bernardo Arantes do Nascimento, da UFSCar, com o tema
Análise de Sustentabilidade Ambiental
dos Sistemas de Saneamento em um
Loteamento Residencial.
Prof. Dra. Maria Zanin, da UFSCar, com o tema Reciclagem de
Resíduos
Plásticos
Domiciliares:
Estudos de Casos Desenvolvidos pelo
3R – Núcleo de Reciclagem da UFSCar.
• GESTÃO AMBIENTAL
Coordenador: Prof. M.Eng. Luis Carlos Bonin, UFRGS
Participantes: Eng° José Chacon de Assis, Presidente CREA/RJ,
com o tema Gestão Ambiental de Espaços
Urbanos.
Prof. M.Eng. Vanessa Gomes da Silva, da UNICAMP,
com o tema Agenda 21: Uma Proposta de
Discussão para o Construbusiness Brasileiro
M. Eng. Sandra Regina Mota Silva, com o tema
Proposição
Básica
para
Princípios
de
Sustentabilidade.
As Sessões Técnicas foram subdivididas em Sessões Técnicas e
Sessões de Comunicações Técnicas, ambas com a contribuição completa
incluída nos Anais e com direito a apresentação oral de trabalhos (15 min, nas
Sessões Técnicas e 10 min, nas Sessões de Comunicações Técnicas). Todos os
autores que assim o quisessem, mas, obrigatoriamente, os autores de trabalhos
selecionados como Comunicações Técnicas, foram solicitados a produzirem
Posters, os quais ficaram expostos em área de frequente acesso, próxima ao
espaço reservado ao Coffee Break, ao longo de todo o evento. O total de
contribuições incluídas nos Anais foi de 61 trabalhos (13 na área de Gestão
Sustentável de Espaços Urbanos e Áreas Rurais, 22 na área de Edificações
Sustentáveis, 11 na área de Resíduos, 5 na área de Energia, 7 na área de Gestão
Sustentável de Empresas, 1 na área de Ecoturismo e 1 na área de Permacultura),
dos quais 35, nas Sessões Técnicas, 17, nas Sessões de Comunicações
Técnicas e 9, nos Painéis.
Durante o evento também foi ministrado um Curso de Curta Duração na
área de Permacultura, com 4,5 hs de duração. Quarenta e nove profissionais
Projeto CETHS
Considerações Finais
participaram do Curso Permacultura, que foi ministrado pelo Prof. André Soares,
Diretor do INSTITUTO DE PERMACULTURA E ECOVILAS DO CERRADO
-
IPEC.
Com o intuito de incentivar a produção de trabalhos de qualidade, os
organizadores decidiram premiar os três melhores trabalhos apresentados nas
Sessões de Técnicas e nos Painéis, assim como os três melhores posters
produzidos e expostos durante o decorrer do evento na área a eles destinada, e
que foram apresentados oralmente nas Sessões de Comunicações Técnicas. A
qualidade dos trabalhos foi julgada pelos participantes do evento, a quem foi
solicitado preencher uma ficha de avaliação para cada tipo de trabalho. Os
melhores Artigos Técnicos produzidos para o evento estão sendo encaminhados
a ANTAC para que, após serem avaliados pela Comissão Editorial da Revista
Ambiente Construído, sejam publicados neste periódico.
Foram os seguintes os trabalhos premiados:
•
Na Categoria Artigos Técnicos:
1. Uso da madeira de reflorestamento como material de construção e os desafios
para o desenvolvimento sustentável, apresentado por Andrea Naguissa
Yuba.
2. Bacias de captação de resíduos sólidos – instrumentos para uma gestão
sustentável, apresentado por Tarcísio de Paula Pinto.
3. Agenda 21: Uma proposta de discussão para o construbusiness Brasileiro,
apresentado por Vanessa Gomes da Silva.
•
Na Categoria Posters:
1. O resíduo como um recurso, apresentado por Cristiano Viégas Centeno.
2. Gerenciamento sustentável das águas para o Centro Experimental de
Tecnologias Habitacionais Sustentáveis – Nova Hartz, RS, apresentado por
Christiane Carbonell Jatahy e Verena Schmidt Baldone.
Estratégias de projeto para as habitações do CETHS, em Nova Hartz,
apresentado por Michele de Moraes Sedrez e Telissa Frenzel da Rosa.
10. Relatórios Parciais e Final
Além deste relatório, foram produzidos relatórios parciais, já encaminhados
anteriormente.
Projeto CETHS
Considerações Finais
6.3 Comentários Finais
Espera-se que este Relatório, efetuando o registro de todo o processo de
produção do Projeto CETHS, inclusive dos fundamentos teóricos que apoiaram as
diferentes propostas arquitetônicas e urbanísticas, torne possível a capacitação e
aperfeiçoamento de estudantes e profissionais vinculados ao projeto e
implantação de assentamentos habitacionais sustentáveis, assim como, a troca
de experiências e, em um contexto maior, auxilie na educação ambiental do
público em geral
Além disto, torna-se indiscutível a contribuição para o desenvolvimento de
pesquisas e disseminação dos princípios da sustentabilidade do ambiente
construído no país que dele poderão advir, devidos, inclusive, à repercussão que
o projeto vem obtendo junto à mídia (ver exemplos de divulgação pela mídia, em
Anexo).
Projeto CETHS
Referências Bibliográficas
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Projeto CETHS
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ANEXOS
PROJETO CETHS
Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis
Projeto CETHS
Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2
ANEXO A
INDICATIVOS ECOSSISTEMA DA REGIÃO
PARA O PROJETO DA GLEBA 2
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
C ET H S
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2
As comunidades de macrófitas aquáticas flutuantes livres representam, normalmente,
o estágio inicial de uma hidrosere, colonizando a superfície d’água estagnada nas
depressões do terreno. Na planície de inundação do rio dos Sinos verificam-se
manchas com dominância de:
Pistia stratiotes ou Salvinia herzogii.
Também são encontradas espécies de macrófitas flutuantes como:
Azolla caroliniana,
Eicchornia crassipes,
Wolffiela oblonga e
Lemna valdiviana.
As manchas de macrófitas aquáticas flutuantes encontram-se normalmente associadas à
comunidade de Cephalantus glabratus, de acordo com um gradiente de profundidade da lâmina
d’água e saturação hídrica do solo.
1. A comunidade de Cephalantus glabratus ocorre em áreas alagadiças com nível freático elevado ou
água estagnada sobre a superfície. Esta comunidade caracteriza-se por extensas manchas
monodominantes de C. glabratus, estabelecendo uma formação conhecida como sarandizal. Esta
espécie estabelece uma comunidade arbustiva fechada de difícil penetração.
Apresentando distribuição esparsa em meio à comunidade de Cephalantus glabratus/ sarandizal
são encontradas espécies como:
Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado),
Mimosa bimucronata (maricá),
Sebastiania schottiana (sarandi-vermelho)
Phyllantus sellowianus (sarandi-branco).
De acordo com a classificação proposta por IRGANG & GASTAL (1996) predominam macrófitas
aquáticas anfíbias ou emergentes, em ambientes com disponibilidade de espaço e presença de
lâmina d’água superficial, intercaladas aos agrupamentos de C. glabratus, ocorrem manchas de
macrófitas flutuantes como Pistia stratiotes e Salvinia herzogii.
2. Enquanto a comunidade Panicum grumosum ocorre em áreas com afloramento periódico do lençol
freático, caracterizando-se por um estrato herbáceo denso e contínuo (aproximadamente 1,5 metros
de altura) com dominância de Panicum grumosum. Esta espécie estabelece extensas manchas
monodominantes na planície de inundação do rio dos Sinos.
Pertencendo ao estrato herbáceo também ocorrem espécies como:
Echinochloa crusgalli,
Hibiscus cf. cisplatinus,
Ludwigia grandiflora,
Cyperus spp.,
Polygonum spp. E
Cleome trachycarpa, acompanhando Panicum grumosum ou constituindo manchas diferenciadas
em estrutura de mosaico.
Intercaladas à vegetação herbácea ocorrem espécies arbóreas e arbustivas esparsas ou
constituindo pequenos agrupamentos. Entre estas espécies destacam-se:
Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado),
Sebastiania commersoniana (branquilho) e
Blepharocalyx salicifolius (murta).
3. A comunidade de Sebastiania commersoniana ocorre em áreas com presença de mosqueados
(tonalidades cinzentas e avermelhadas) no horizonte superficial do solo, evidenciando oscilações do
nível freático.
Esta comunidade é constituída predominantemente por:
Sebastiania commersoniana (branquilho), acompanhado por espécies como
Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado),
Blepharocalyx salicifolius (murta),
Terminalia australis (amarilho),
Mimosa bimucronata (maricá) e
Projeto CETHS
Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2
Daphnopsis racemosa (embira-branca).
− Nesta comunidade, verifica-se um estrato herbáceo com incidência de luz difusa, com presença
de espécies como Panicum helobium, Justicia laevilinguis e Commelina diffusa. Entre as lianas
encontram-se Mikania cordifolia, Clystostoma callistegioides, Ipomoea cairica e Ipomoea alba.
− Freqüentemente verificam-se manchas monodominantes de S. commersoniana intercaladas a
outras comunidades vegetais da planície de inundação do rio dos Sinos. Em manchas com
dominância desta espécie situadas em meio à comunidade de Panicum grumosum também
ocorrem espécies como murta e sarandi-branco.
4. A comunidade Salix humboldtiana, estabelece-se em áreas sujeitas a inundações periódicas,
caracterizando-se fisionomicamente por um estrato emergente aberto e decidual com dominância de
Salix humboldtiana (salseiro). No estrato emergente também ocorrem espécies como Syagrus
romanzoffiana (gerivá) e Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio).
No estrato das arvoretas ocorrem espécies como:
Actinostemon concolor (laranjeira-do-mato),
Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado),
Sebastiania commersoniana (branquilho),
Myrsine cf. lorentziana (capororoca),
Daphnopsis racemosa (embira-branca),
Myrceugenia glauscescens,
Myrceugenia campestris (guamirim) entre outras, e
Psychotria carthagenensis, no sub-bosque, caracterizado pela sua presença.
− No que refere-se à dinâmica sucessional, não verifica-se a regeneração de Salix humboldtiana
no sub-bosque. Este fato demonstra que esta é uma espécie pioneira na planície de inundação
do rio dos Sinos.
− A presença de plântulas, no sub-bosque, de espécies que não foram encontradas nos estratos
superiores, destacando-se Bactris setosa (tucum) e Matayba elaeagnoides (camboatá-branco)
também evidencia a dinâmica sucessional.
− Nesta comunidade são freqüentes touceiras de Bambusa trinii (taquaruçu-de-espinho), indicativo
de áreas alteradas em processo de regeneração.
5. A comunidade de Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio) estabelece-se normalmente nos locais de
cota mais alta, principalmente sobre as barrancas das margens do leito do rio dos Sinos. Na planície
de inundação do rio dos Sinos verificam-se manchas contínuas com dominância de Inga uruguensis
no estrato emergente.
Em diversos segmentos das barrancas marginais do rio dos Sinos constata-se a predominância de:
Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio)
Parapiptadenia rigida (angico),
Luehea divaricata (açoita-cavalo),
Guarea macrophylla (pau-d’arco),
Salix humboldtiana (salseiro),
Myrciaria tenella (cambuí),
Scutia buxifolia (coronilha)
e Ficus organensis (figueira), entre outras.
− A ocorrência de Inga uruguensis em pequenas elevações situadas em meio à comunidade de
Cephalantus glabratus apresenta relevante importância fisionômica, destacando-se na
paisagem.
− Nestes locais diferenciam-se manchas de vegetação com presença de espécies como Guettarda
uruguensis (veludo), Myrciaria tenella (cambuí), Terminalia australis (amarilho), Calliandra
tweediei (caliandra-vermelha) e Sebastiania commersoniana (branquilho), bem como Inga
uruguensis no estrato emergente.
Comunidades de /
características
Macrófitas aquáticas
flutuantes livres.
Onde são
encontradas
Colonizando a superfície
d’água estagnada nas
depressões do terreno.
Cephalantus glabratus /
sarandizal:
Alagadiças com nível freático
elevado ou água estagnada
Espécies
Pistia stratiotes ou Salvinia herzogii.
Azolla caroliniana,
Eicchornia crassipes,
Wolffiela oblonga
Lemna valdiviana
Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado),
Projeto CETHS
Indicativos do ecossistema da região para o projeto da gleba 2
uma comunidade arbustiva sobre a superfície.
fechada de difícil penetração.
Panicum grumosum /
Estrato herbáceo (1) denso e
contínuo (aproximadamente
1,5 metros de altura)
Intercaladas à vegetação
herbácea ocorrem espécies
(2) arbóreas e arbustivas
esparsas ou constituindo
pequenos agrupamentos.
Sebastiania commersoniana
/Salseiro:
Arbóreas (1); e estrato
herbáceo (2) com incidência
de luz.
Salix humboldtiana,
Arbóreas (1) e arvoretas (2).
Inga uruguensis (ingá-debeira-de-rio).
Mimosa bimucronata (maricá),
Sebastiania schottiana (sarandivermelho)
Phyllantus sellowianus (sarandi-branco)
Ocorre em áreas com
1) Panicum grumosum
afloramento periódico do
Echinochloa crusgalli,
lençol freático,
Hibiscus cf. cisplatinus,
Ludwigia grandiflora,
Cyperus spp.,
Polygonum spp. E Cleome trachycarpa
2)Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado),
Sebastiania commersoniana
(branquilho) e
Blepharocalyx salicifolius (murta)
No horizonte superficial do
(1)Sebastiania commersoniana
solo, evidenciando oscilações
(branquilho),
do nível freático.
Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado),
Blepharocalyx salicifolius (murta),
Terminalia australis (amarilho),
Mimosa bimucronata (maricá) e
Daphnopsis racemosa (embira-branca).
(2)Panicum helobium,
Justicia laevilinguis
Commelina diffusa.
Mikania cordifolia,
Clystostoma callistegioides, Ipomoea
cairica e Ipomoea alba
Estabelece-se em áreas
Syagrus romanzoffiana (gerivá)
sujeitas a inundações
((1)Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio).
periódicas.
(2)Actinostemon concolor (laranjeira-domato),
Erythrina cristagalli (corticeira-dobanhado),
Sebastiania commersoniana
(branquilho),
Myrsine cf. lorentziana (capororoca),
Daphnopsis racemosa (embira-branca),
Myrceugenia glauscescens,
Myrceugenia campestris (guamirim)
Psychotria carthagenensis,
Bambusa trinii (taquaruçu-de-espinho)
Inga uruguensis (ingá-de-beira-de-rio)
Estabelece-se
Parapiptadenia rigida (angico),
normalmente nos
Luehea divaricata (açoita-cavalo),
locais de cota mais
Guarea macrophylla (pau-d’arco),
alta, principalmente
Salix humboldtiana (salseiro),
sobre as barrancas
Myrciaria tenella (cambuí),
Scutia buxifolia (coronilha)
das margens do leito
Ficus organensis (figueira)
do rio.
Guettarda uruguensis (veludo),
Myrciaria tenella (cambuí), Terminalia
australis (amarilho), Calliandra tweediei
(caliandra-vermelha)
Sebastiania commersoniana
(branquilho)
Inga uruguensis
Projeto CETHS
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
ANEXO B
MEMORIAL DESCRITIVO
DAS 8 UNIDADES HABITACIONAIS
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
CETHS
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
GENERALIDADES
O presente Memorial Descritivo apresenta, sumariamente, a descrição dos materiais a serem
usados na construção do conjunto de 8 edificações unifamiliares, integrantes do Centro Experimental de
Tecnologias Habitacionais Sustentáveis (CETHS), no município de Nova Hartz.
Este Memorial Descritivo ficará fazendo parte integrante do contrato e valendo como se, no
mesmo, efetivamente transcrito fosse.
A Prefeitura Municipal acompanhará o fornecimento de materiais, através da equipe de
Fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente.
A empresa contratada deverá assumir inteira responsabilidade pelo fornecimento dos materiais
de construção. Portanto, todo e qualquer material, que a critério da Fiscalização, for julgado em
desacordo com as especificações, deverá ser corretamente substituído, sem ônus para a Prefeitura
Municipal.
Onde este Memorial for eventualmente omisso, ou na hipótese de dúvida na interpretação dos
textos, deverá sempre ser consultada a Fiscalização que prestará maiores esclarecimentos.
1.1
Verificações preliminares
Inicialmente, o proponente deverá efetuar completa e detalhada verificação preliminar do
Memorial Descritivo, Orçamento e Cronograma Físico-Financeiro. Caso sejam constatados quaisquer
tipos de irregularidades, transgressão das normas técnicas, regulamentos ou leis em vigor, estas
deverão ser imediatamente informadas à Secretaria do Meio Ambiente em até 3 dias úteis antes da
entrega da proposta orçamentária, a fim de permitir a adequação do Memorial Descritivo e/ou Orçamento
e/ou Cronograma Físico-Financeiro.
1.2
Especificações gerais de materiais
Todos os materiais de construção deverão atender às normas da ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas. As especificações dos materiais constantes neste memorial deverão ser
rigorosamente obedecidas.
A empresa contratada só poderá fornecer qualquer material após o mesmo ter sido examinado e
aprovado pela Fiscalização da Prefeitura Municipal. Não será aceito material defeituoso. Cada lote de
material deverá ser comparado com a respectiva amostra, previamente aprovada pela Fiscalização, e
armazenada.
1.3
Alterações no projeto
Nenhuma alteração no Projeto ou Memorial Descritivo, determinando ou não valor da obra, será
executada sem autorização do contratante e do autor do projeto.
Toda vez que for sugerida qualquer alteração, esta deverá ser acompanhada de orçamento e
justificativa correspondente, através de comunicação por escrito.
2 INSTALAÇÃO DA OBRA
2.1
•
Locação da obra
madeiras sem empenas, perfeitamente retas e secas
3 FUNDAÇÃO
3.1 Fundação rasa com pedra grês
•
bloco grês de 50x25x12 cm
•
cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado
•
areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais
•
concreto fck≥15Mpa
• armadura de aço CA-50
• madeiramento para formas sem empenas
• emulsão asfáltica em quatro demãos
Projeto CETHS
3.2
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
Drenagem
• brita 1 e 2 lavada
4 PAREDES
As paredes serão executadas em alvenaria de tijolo maciço aparente. Os materiais cerâmicos
não devem ter quebras, trincamentos e deformações, com integridade de arestas e vértices. Devem ter
as dimensões reais dentro do limite definido em norma, apresentando esquadramento e planeza, além
de uniformidade de cor e textura no lote completo. A absorção de água pelos tijolos cerâmicos não deve
ser inferior a 8% e nunca superior a 25%. Os tijolos deverão satisfazer as normas pertinentes da NBR.
4.1
Alvenaria de tijolos
• tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa
• cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado
• areia regular lavada isenta de material orgânico e sais
• impermeabilizante, para a argamassa de assentamento
• plastificante, para a argamassa de assentamento
4.2 Pilares de tijolos
• tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa
• cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado
• areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais
• grampos metálicos φ 3,4mm de aço CA-60
4.3
Vergas em tijolo cerâmico
• tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa
• cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado
• areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais
• armadura aço CA-60
• madeiramento para formas sem empenas
4.4
Peitoril em tijolo cerâmico
• tijolos maciços de 5x10x20 cm com resistência mínima de 4,0 MPa
• cimento Portland CPIV 32 totalmente seco, sem estar aventado
• areia regular lavada totalmente isenta de material orgânico e sais
5 COBERTURA
5.1
Vigas de concreto armado
• concreto fck≥15MPa
• armadura em aço CA-50 e CA-60
• madeiramento para formas sem empenas
5.2
Madeiramento
Todo o madeiramento do telhado será efetuado em eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As
peças que não puderem ser contínuas deverão conter no máximo uma emenda por vão e esta deve
estar em cima dos apoios. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem
empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras e nós. Devem
apresentar integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as
madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo necessário para sua
completa absorção pela madeira. (Observar amostras de madeira na Prefeitura Municipal.) As peças não
devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças expostas as intempéries deverão
Projeto CETHS
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
receber pintura stain pigmentada na cor nogueira em 2 demãos. O número de peças abaixo
relacionadas está quantificado para uma unidade residencial.
• terças de 6x16 cm – 6 peças de 8,20 m e 1 peça de 4,20 m
• chapuz 16x16 cm – 15 peças
• caibros 5x6 cm – 17 peças de 7 m e 17 peças de 1,90 m
• ripas 1,5x5 cm – 17 peças de 8,20 m e 6 peças de 4,20 m
• pregos galvanizados
5.3
Telhamento
A telha deve trazer em sua face inferior, gravada em baixo ou alto relevo, a marca do fabricante
e a cidade de sua origem. Não deve apresentar fissuras, esfoliações, quebras ou rebarbas. Não deve
apresentar empenamento superior a 5mm. O lote deve ter uniformidade em suas dimensões, cor e
textura. A tolerância no comprimento é de 2% e na largura é de 1%. A massa máxima da telha seca não
deve ser superior a 3.000g. As telhas não devem apresentar absorção de umidade superior a 20%. Deve
satisfazer as normas pertinentes da NBR.
• telhas cerâmicas tipo portuguesa na cor natural com resistência e impermeabilidade conforme
normas brasileiras
5.4
Forro
O forro será em pinus elliotti. As peças deverão ser contínuas e beneficiadas (aplainadas na
dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas,
rachaduras, nós, nem manchas de fungos azuladas. Devem apresentar integridade de arestas. Deverão
estar secas. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo
necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de
tratamento tóxico. Todas as peças deverão receber pintura stain incolor em 2 demãos.
• lambri tipo macho/fêmea em pinus
• pregos galvanizados
5.5
Chapas metálicas de offset (usadas)
Estas chapas serão reaproveitadas dos resíduos de gráficas, com espessura aproximada de
0,3mm em alumínio, conforme amostra existente na Prefeitura Municipal.
5.6
Roda-forro
• roda-forrro tipo cordão em pinus elliotti satisfazendo as especificações gerais para o forro
5.7
Calhas, rufo e algeroz
• calha em chapa galvanizada seção 15x15cm, com espessura mínima de 0,3 mm (corte 26)
• braçadeiras metálicas
• todas as peças metálicas com pintura antioxidante na cor das paredes externas rebocadas
• tela plástica de nylon tipo mosqueteiro
• arame galvanizado 12BWG para fixação da tela plástica na calha
• tubulação de queda metálico φ 150mm espessura 0,3mm
• algeroz chapa galvanizada de 60 cm espessura 0,3mm (corte 26)
• rufo chapa galvanizada de 60 cm espessura 0,3mm (corte 26)
5.8
Fechamento lateral do telhado
Em madeira do tipo eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças que não puderem ser
contínuas deverão conter no máximo uma emenda por vão. As peças deverão ser beneficiadas
(aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter
trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em
torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por imersão em óleo de linhaça durante o tempo
necessário para sua completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de
Projeto CETHS
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
tratamento tóxico. Todas as peças expostas às intempéries deverão receber pintura stain pigmentada,
na cor nogueira, em 2 demãos.
• testeiras com 15 cm de altura e espessura 2 cm, em eucalipto citriodora, satisfazendo as
especificações gerais para o madeiramento do telhado
• pregos galvanizados
5.9
Portinholas do telhado
Em madeira tipo eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças não deverão conter emendas.
As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando
superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas.
Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por
imersão em óleo de linhaça durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As
peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças expostas às intempéries
deverão receber pintura stain ,pigmentada na cor nogueira em 2 demãos.
• tábuas de 200x15cm, com espessura de 2cm, em eucalipto citriodora, satisfazendo as
especificações gerais para o madeiramento do telhado
• dobradiças para portas em aço
• puxadores metálicos, tipo alça, em aço
• peças metálicas, com pintura antioxidante
• tela plástica nylon, tipo mosqueteiro
• pregos galvanizados
6 PAVIMENTAÇÕES
6.1
Contrapiso e piso
• brita 1 e 2 lavada
• areia regular e fina, lavadas totalmente, isentas de material orgânico e sais
• cimento Portland CPIV 32, totalmente seco, sem estar aventado
• madeiras para piso, com tratamento em óleo de linhaça, por imersão
7 REVESTIMENTOS
7.1 Revestimentos
• cimento Portland CPIV 32, totalmente seco, sem estar aventado
• areia regular, lavada totalmente, isenta de material orgânico e sais
• cal hidratada, totalmente extinta
8 ESQUADRIAS
A madeira para as esquadrias será em eucalipto citriodora, grandis ou saligna. As peças não
deverão conter nenhum tipo de emendas, sendo todas as esquadrias em um único tipo de eucalipto. As
peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem empenamentos, apresentando
superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós, apresentando integridade de arestas.
Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as madeiras deverão ser tratadas por
imersão em óleo de linhaça, durante o tempo necessário para sua completa absorção pela madeira. As
peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas as peças deverão receber pintura
stain pigmentada na cor nogueira, em 2 demãos (faces voltadas para o exterior e o interior). As janelas
dos quartos e sala/cozinha devem obedecer rigorosamente o projeto anexo para as esquadrias. O
número de peças, abaixo relacionadas, estão quantificadas para uma unidade residencial.
• 3 portas internas, semi-ocas, com batente 2,10x0,80m
• 2 portas externas, almofadadas maciças, com batente 2,10x0,80m
• 1 janela maxim-ar, com batente 0,85x0,65m
• 2 janelas tipo báscula, com batente 1,50x0,50m, com puxador prolongado de 3m
Projeto CETHS
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
• 4 janelas, tipo sanfona com venezianas e batente (ver detalhe de projeto)
• vidros transparentes, assentados em todas as esquadrias, com 4mm de espessura, sem
arranhões, trincas e rachaduras
• ferragens metálicas galvanizadas, em todas as esquadrias (dobradiças, maçanetas,
fechaduras, etc), sem tratamento cromado
• pregos galvanizados
9 PINTURAS
Paredes, esquadrias e madeiramento do telhado receberão duas demãos de tinta stain (incolor
ou pigmentada, conforme especificado nos itens correspondentes).
9.1
Paredes externas com reboco
• tinta acrílica em cores variadas, a serem indicadas pela Fiscalização
9.2
Paredes externas com tijolo a vista
• hidrofugante incolor
9.3
Paredes internas com reboco (quartos e sala/cozinha)
• tinta acrílica, na cor branca
9.4
Paredes do banheiro e parede sobre bancada da pia
• tinta epóxi, na cor branca
9.5
Madeiras
• stain incolor ou pigmentado, a ser indicado pela Fiscalização
10
INSTALAÇÕES E COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS
As instalações de esgoto e água potável deverão ser em PVC rígido soldável, contendo
explicitamente a marca do fabricante. As manilhas deverão ter selo de qualidade fornecido pela
CIENTEC. Os metais sanitários não deverão conter tratamento cromado.
• bacia com caixa acoplada, lavatório com coluna, porta-toalhas com bastão, papeleira e
saboneteira serão em louça, na cor caramelo ou bege.
• assento para bacia sanitária em plástico, cor caramelo ou bege, acompanhando a cor da
louça sanitária
• tanque será em concreto, pré-moldado, com dimensões de 80x70 cm
• bancada da cozinha, com uma cuba em aço inox e comprimento de 1,20m
• torneira para cozinha de parede, torneira para lavatório de bancada e para tanque de parede,
todas em metal
• reservatório de água, com capacidade de 1.000 litros, em fibra de vidro
• chuveiro elétrico, metálico
10.1 Caixa de inspeção
Feitas com tijolos maciços, argamassa e reboco com impermeabilizante pega normal com
dimensões de 60x60cm.
11
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Todas as instalações elétricas serão aparentes e deverão estar contidas em tubulações
metálicas rígidas, obedecendo as normas pertinentes. O circuito destinado ao chuveiro elétrico (potência
de 5.200 W), deverá constar de fiação igual, ou superior, a 4,0mm2 e o disjuntor correspondente será de
25A.
12 PERGOLADOS
Todo o madeiramento dos pergolados será efetuado em eucalipto citriodora, grandis ou saligna.
As peças que não puderem ser contínuas deverão conter, no máximo, uma emenda por vão e esta deve
estar em cima dos apoios. As peças deverão ser beneficiadas (aplainadas na dimensão final, sem
Projeto CETHS
Memorial Descritivo Unidade Habitacional - CETHS
empenamentos, apresentando superfície lisa). Não deverão conter trincas, rachaduras ou nós,
apresentando integridade de arestas. Deverão estar secas, com umidade em torno de 15%. Todas as
madeiras deverão ser tratadas, por imersão, em óleo de linhaça, durante o tempo necessário para sua
completa absorção pela madeira. As peças não devem conter nenhum tipo de tratamento tóxico. Todas
as peças deverão receber pintura stain pigmentada, na cor nogueira, em 2 demãos. O número de peças,
abaixo relacionado, está quantificado para uma unidade residencial.
12.1 Madeiramento pergolado lateral
• 6 toras roliças, φ 12 cm com 3,20 m
• 7 toras roliças, φ 12 cm com 1,60 m
• 2 toras roliças, φ 12 cm com 1,20 m
• 1 tora roliça, φ 12 cm com 1,50 m
• 1 tora roliça, φ 12 cm com 0,80 m
• pregos galvanizados e parafusos passantes, com porcas em aço galvanizado
12.2 Bases pergolado lateral
• Concreto, fck=15MPa
• armadura em aço, CA-50
• chapa de aço, espessura ½”, de 12x12 cm
12.3 Madeiramento pergolado frontal
• 1 peça de 7x16 cm, de 3,20 m
• 5 peças de 5x7 cm, de 1,70 m
• pregos galvanizados
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
ANEXO C
MEMORIAL EXECUTIVO
DAS 8 UNIDADES HABITACIONAIS
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
CETHS
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
INTRODUÇÃO
O presente memorial traz as especificações para a execução das unidades habitacionais
do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis – CETHS – a ser
construído no município de Nova Hartz, visando orientar suas etapas. Todos os serviços
deverão ser executados de acordo com este memorial, seguindo as especificações
constantes em projeto e as indicações a serem fornecidas pela Prefeitura Municipal de
Nova Hartz.
O proponente deverá realizar levantamento das condições técnicas necessárias para a
execução dos serviços, através de prévia visitação ao local da obra.
O proponente deverá efetuar completa e detalhada verificação preliminar do Memorial
Descrtitivo, Orçamento e Projetos.
GENERALIDADES
O projeto é constituído deste Memorial Executivo, Memorial Descritivo, Orçamento,
Projeto Arquitetônico e Complementares. Os projetos e especificações técnicas
fornecidos pela CONTRATADA farão parte do projeto executivo, após a aprovação dos
mesmos pela Prefeitura de Nova Hartz . Qualquer serviço, ou material, que faça parte
apenas das especificações, ou apenas dos desenhos, são considerados elementos
integrantes do projeto.
Aqui chamaremos de fiscalização os representantes credenciados pela Prefeitura de
Nova Hartz.
Todos os serviços que forem necessários e que não estejam mencionados no projeto,
devem ser executados após indicação e aprovação da Prefeitura de Nova Hartz.
Deverão ser aplicadas todas as prescrições e recomendações contidas neste Memorial
Executivo e demais documentos com ele relacionados, salvo quando constem nos
projetos, explicitamente, dados em contrário. Fica neste caso, a cargo da CONTRATADA
a responsabilidade pela segurança e qualidade do trabalho especificado.
A CONTRATADA deverá executar todos os trabalhos especificados nos projetos sempre
mediante a aprovação da Prefeitura de Nova Hartz. Os serviços não aprovados ou que se
apresentarem defeituosos em sua execução, serão demolidos e reconstruídos por conta
exclusiva da CONTRATADA.
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
A CONTRATADA só poderá usar qualquer material após o mesmo ter sido examinado e
aprovado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
A CONTRATADA manterá permanentemente um Engenheiro Civil, devidamente
credenciado conforme atestados apresentados na licitação, o qual, manterá no escritório da
obra, uma cópia das especificações, dos desenhos, das ordens alterando os serviços (se
houver) e o Diário da Obra.
O Diário da Obra deverá ser escriturado todos os dias e vistados pela Prefeitura Municipal
de Nova Hartz. Todas as observações da Fiscalização deverão ser transcritas no mesmo e
devidamente assinadas.
A CONTRATADA deverá obedecer as normas vigentes de segurança e higiene do trabalho
e demais regulamentações pertinentes.
Deverá ser realizada, por parte da empresa contratada, no decorrer do prazo de execução
da obra, periódica remoção de todo o entulho e detritos que venham a se acumular no
terreno. Exceto os reaproveitáveis e utilizáveis na obra, todos os demais deverão ser
retirados do terreno imediatamente após feita a seleção dos mesmos.
Todos os materiais residuários da construção (solo, madeiras, metais, plásticos, papéis,
entulho de construção, etc.) deverão ser separados conforme sua natureza e depositados
em locais específicos e aprovados pela Fiscalização.
Com prévia autorização de Prefeitura de Nova Hartz, a CONTRATADA depositará em locais
apropriados e em segurança os materiais que por sua natureza o exigirem. Não poderá sob
nenhum pretexto depositar na obra materiais que não tenham emprego na mesma ou
maiores quantidades que as requeridas pelos trabalhos contratados. Salvo para materiais
suscetíveis de perdas ou quebras admitidos pela Prefeitura de Nova Hartz.
Todos os serviços, independente de especificações e detalhamento, deverão atender as
normas vigentes da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, e ser executados
sob a orientação de profissional habilitado junto ao CREA – Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Será exigido o uso de equipamentos de segurança por todos os funcionários, de acordo com
a legislação vigente, sendo sua distribuição e fiscalização de responsabilidade da empresa
contratada.
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
SERVIÇOS PRELIMINARES
Instalação da obra
A Prefeitura de Nova Hartz entregará à CONTRATADA o terreno da maneira em que se
encontra. Ficarão a cargo exclusivo da CONTRATADA todas as providências
correspondentes às instalações provisórias da Obra, compreendendo o aparelhamento,
maquinário e ferramentas necessárias à execução dos serviços contratados, bem como:
andaimes, tapumes e cercas.
Será de responsabilidade da CONTRATADA a limpeza e remoção dos entulhos das
obras e suas instalações.
Limpeza do terreno
A CONTRATADA procederá a limpeza do terreno destinado à construção, removendo
qualquer detrito nele existente, inclusive destocamento. Também providenciará a retirada
periódica do entulho que se acumular no recinto dos trabalhos, durante o
encaminhamento da obra.
Movimento de terra
Será feito o movimento de terra necessário para se obter um perfil de superfície
adequado à execução da obra, que permita fácil escoamento das águas superficiais.
O aterro que se fizer necessário será executado com material escolhido (arenoso), em
camadas de 20cm de altura, molhadas e fortemente compactadas.
Entrada de energia para instalação da obra
A entrada de energia para as instalações provisórias do canteiro de obras deverá ser
realizada obedecendo rigorosamente às prescrições da Concessionária local.
Os ramais e sub-ramais internos serão executados com condutores isolados por camada
termoplástica, devidamente dimensionados, para atender às respectivas demandas dos
pontos de utilização.
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
Os condutores aéreos serão fixados em postes de madeira, com isoladores de porcelana.
Não serão admitidos fios desencapados.
Cada máquina ou equipamento deverá receber proteção individual, de acordo com a
respectiva potência, por disjuntor termomagnético, fixado próximo ao local de operação
do equipamento.
Entrada de água para as instalações provisórias
A entrada de água deverá ser captada da rede existente, seguindo as normas técnicas
específicas.
IMPLANTAÇÃO DA OBRA
A CONTRATADA será responsável pela locação da obra no terreno obedecendo
rigorosamente às cotas e os alinhamentos estabelecidos no projeto.
Para locação da obra, a CONTRATADA deverá efetuar a montagem de gabarito de
madeira, de modo a facilitar a implantação e a conferência dos pontos.
A locação deverá ser feita pelos eixos e face das paredes ou pilares. O gabarito só
poderá ser retirado após a conclusão da fundação.
Os níveis e alinhamentos não indicados no projeto serão obtidos com a Fiscalização.
Deve-se ter em conta que nenhum piso poderá estar a menos de 0,15 m acima do nível
do terreno, salvo nas áreas de circulação externa.
A CONTRATADA é obrigada a conservar todas as árvores que o projeto incorpore na sua
planificação, tomando medidas cabíveis.
FUNDAÇÕES
As fundações serão executadas obedecendo ao projeto e detalhes específicos aprovados
pela fiscalização.
Projeto CETHS
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O terreno natural sob as fundações deve ser preparado. Essa preparação consistirá em
apiloamento do terreno.
As cavas para os alicerces deverão ter profundidade e largura adequadas às dimensões
da fundação e ângulos de 90° . Poderão ser feitas manual ou mecanicamente. Após a
execução dos alicerces serão aterradas aproveitando a terra da escavação e
compactadas adequadamente.
As fundações serão feitas com pedras em blocos de grês de 50x25x12 cm, assentadas
nas cavas e unidas com argamassa de cimento e areia com traço 1:4, conforme
especificação do projeto.
A última fiada de pedras receberá uma cinta de concreto que vai “amarrá-las”,
completando as fundações. Deve ser feita da seguinte maneira: faz-se uma forma de
madeira, monta-se a armadura e faz-se a concretagem com concreto fck ≥ 15Mpa.
Todo o material retirado das escavações e que não for posteriormente utilizado, deverá
ser transportado por conta da CONTRATADA, para local indicado pela Fiscalização, até
uma distância média igual ou inferior a 2 km.
FORMAS
Na execução das formas deverá ser observado:
- reprodução fiel dos desenhos;
- adoção de contra-flecha, quando necessária;
- nivelamento das vigas;
- contraventamento de painéis que possam se deslocar quando do lançamento do
concreto;
- furos para passagem das tubulações, se houver;
- vedação e escoramento das formas;
- limpeza das formas;
A execução das formas e do escoramento deverá ser feita de modo a haver facilidade de
retirada dos seus diversos elementos. Antes do lançamento do concreto as formas
deverão ser molhadas até a saturação.
A retirada das formas não deverá ocorrer antes de 4 dias para as faces laterais.
Nenhum conjunto de elementos estruturais poderá ser concretado sem primordial e
minuciosa verificação por parte da CONTRATADA e da Fiscalização, da perfeita
disposição, dimensões e escoramento das formas e armaduras correspondentes.
Projeto CETHS
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ARMADURAS
Na execução das armaduras deverá ser observado:
- dobramento das barras, de acordo com os desenhos;
- números de barras e suas bitolas;
- posição correta das barras;
- recobrimento mínimo 2,5 cm.
- o dobramento e corte do aço deverá ser feito a frio, não se permitindo aquecimento,
em caso algum.
- não serão admitidas emendas de barras não previstas no projeto estrutural. As
emendas e comprimentos de ancoragem deverão estar de acordo com a NB-1.
- as superfícies das barras deverão estar limpas de camadas de ferrugem, óleo, graxa e
outras substâncias estranhas.
- a armadura deverá ser precisamente colocada e segura na posição, de modo que não
seja deslocada durante o lançamento do concreto.
IMPERMEABILIZAÇÃO
A impermeabilização das fundações deverá ser executada na face superior da viga
baldrame e nas faces laterais da primeira fiada da alvenaria de elevação. Após o reaterro
e apiloamento as vigas baldrame deverão ser impermeabilizadas com 3 demãos de
hidroasfalto.
As superfícies deverão estar secas e limpas e a contratada deverá tomar os devidos
cuidados para que as superfícies impermeabilizadas mantenham a homogeneidade
necessária a seu bom funcionamento.
Os topos dos baldrames de pedra serão regularizados com argamassa de cimento e
areia, traço 1:3, com adição de Sika 1 ou similar, na proporção de 1:15
(Aproximadamente 3,5% sobre o peso do cimento).
ALVENARIA DE ELEVAÇÃO
As paredes seguirão as dimensões, alinhamentos e materiais especificados no projeto de
arquitetura. Serão executadas, quando de alvenaria de tijolo, com junta nas primeiras
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cinco fiadas de cimento e areia no traço 1:3. Após as juntas serão com cimento, cal e
areia no traço 1:2:8. A alvenaria ficará a vista.
Os tijolos empregados deverão ser bem cozidos, de coloração uniforme, dimensões
regulares, sonoros e resistentes à queda.
Sob temperaturas altas, ou ao sol, deverão ser mantidos úmidos a ponto de não secarem
antes da argamassa de assentamento.
Os pilares serão feitos conforme especificado em projeto, assentados com argamassa de
1:5, com amarração às paredes com grampos metálicos.
Nas três primeiras fiadas a argamassa levará impermeabilizante, tipo SIKA 1 ou similar,
na proporção indicada pelo fabricante.
Todas as fiadas serão perfeitamente alinhadas e aprumadas, devendo a obra ser
levantada uniformemente, evitando-se amarrações para ligações posteriores. Os
paramentos serão perfeitamente planos e verticais. A argamassa que se estende entre
duas fiadas terá espessura entre 1,00 cm e 1,50 cm, e será colocada cuidadosamente
entre os tijolos a fim de evitar juntas abertas. Estas serão cavadas a ponta de colher para
que o emboço adira fortemente.
Deverão ser feitas as aberturas para posterior encaixe das esquadrias. Elas terão as
dimensões especificadas no projeto de arquitetura e receberão tacos de madeira de lei
para afixar os contramarcos.
As vergas serão em alvenaria à vista, colocadas de lado. Será feita uma verga em
concreto, com armadura de aço, conforme especificação do projeto.
Para a fixação das esquadrias de madeira serão colocados, durante a elevação das
paredes, tacos de madeira de lei, pichados, mergulhados em areia grossa e com pregos
para maior fixação e assentes em argamassa de cimento e areia, traço 1:4, em número,
dimensões e posições adequadas, com um afastamento máximo de 0,60m.
Não se permitirá o emprego de argamassa com mais de um dia a contar de sua
preparação, e nem cal em pasta com menos de 48 horas após a sua completa queima.
Para as alvenarias aparentes, os tijolos serão assentados com argamassa de cimento,
areia e água. Os tijolos deverão permanecer impecavelmente limpos e as juntas
perfeitamente alinhadas, uniformes e frisadas.
Projeto CETHS
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CINTAS, VERGAS e CONTRAVERGAS
Sobre todas as paredes externas, será executada uma cinta de amarração de concreto
armado ou madeira, de acordo com o projeto de arquitetura, na largura das paredes.
Todas as vergas e contravergas deverão ultrapassar, no mínimo, 0,30m de cada lado da
abertura.
COBERTURA
Estrutura de madeira
O telhado convencional será com tesouras ou cavaletes compatíveis com os vãos
indicados nos desenhos.
Para a construção da estrutura de madeira deverão ser observadas as prescrições da
norma NB-11 da ABNT e o projeto estrutural.
Todos os trabalhos deverão ser feitos por operários habilitados e capazes, devidamente
assistidos pelo mestre carpinteiro e assessorados pelo Engenheiro responsável, que
verificarão a correta execução das sambladuras, encaixes, ligações e articulações, as
quais deverão ser executadas de forma a permitir seu ajuste perfeito.
As peças que na montagem não se ajustarem perfeitamente às ligações, ou que se
tenham empenado, deverão ser substituídas.
Para a execução de ligações, de perfuração, escariação, fresamento e ranhuras, torna-se
imprescindível a utilização de máquina neste serviço, possibilitando perfeito ajustamento
das peças. Quando houver dúvidas sobre a resistência de uma ou mais partes
integrantes da cobertura, poderá ser exigida a realização de prova de carga.
Projeto CETHS
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Cobertura
Será executada em telha cerâmica, conforme especificação no projeto, com inclinação de
acordo com o mesmo.
As calhas serão de chapas galvanizadas nº 26. Quando for necessário, as telhas
cerâmicas receberão amarração com arame galvanizado.
Os furos executados nas coberturas para passagem de ventiladores, etc., deverão ser
acabados com chapas galvanizadas nº 24, com recobrimento mínimo (gola) de 15 cm.
O beiral junto aos oitões será executado em madeira, conforme especificações de
projeto. Nos lados mais elevados do telhado, serão efetuados rufos e algeroz em chapa
galvanizada, perfeitamente fixados na alvenaria e telhado, segundo cada caso, sem
frestas.
Entre o telhamento e o forro de lambri haverá uma camada de chapas de offset, que
deverão ser fixadas às ripas do madeiramento do telhado, conforme especificações em
projeto. Estas deverão estar limpas e perfeitamente sobrepostas a fim de evitar falhas e
frestas.
Será feita uma testeira nas bordas mais baixas do telhado, em madeira, a qual conterá
portinholas para ventilação, com fecho manipulável e dobradiças e obstruídas com rede,
que devem funcionar perfeitamente e ser executadas conforme especificações do projeto.
REVESTIMENTOS DAS PAREDES
Argamassas
As paredes rebocadas receberão argamassa fina de cimento e areia 1:3 + 5% de
cimento.
Os revestimentos de argamassa deverão se apresentar perfeitamente desempenados,
aprumados, alinhados e nivelados. As superfícies deverão ser limpas e abundantemente
molhadas, antes do início do revestimento. O revestimento de argamassa será
constituído de, no mínimo duas camadas superpostas contínuas e uniformes.
Deverá apresentar paramentos perfeitamente desempenados, prumados, alinhados e
nivelados com as arestas vivas.
Projeto CETHS
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Os emboços e rebocos que apresentem defeitos, fissuras ou som oco à batida, serão
removidos e substituídos.
Chapisco
Será aplicado chapisco de argamassa de cimento e areia no traço 1:3 em todas as
paredes e embasamento, conforme lista de material.
Emboço e reboco
O emboço deverá ser iniciado após a completa pega do chapisco, depois de colocados
os marcos e aduelas.
Deverá o emboço ser fortemente comprimido e a superfície a revestir ser áspera para
facilitar a aderência do reboco. A espessura máxima de emboço deverá ser de 1,50cm.
Para o emboço interno ou externo usar-se-á argamassa de cimento, cal e areia, traço
1:2:8.
FORRO
Será constituído em tábuas fixadas na estrutura de madeira do telhado de acordo com as
especificações de projeto.
As tábuas serão do tipo "macho e fêmea" e serão pregadas pelo encaixe de modo que os
pregos não sejam visíveis.
As emendas não poderão ficar no mesmo alinhamento, e só poderão existir com
aprovação da Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
A armação do forro será devidamente pregada à armação do telhado de modo a
assegurar a sua completa sustentação e horizontalidade.
O acabamento do forro com as paredes será feito com meia cana de 1" x 1" do mesmo
material do forro.
Projeto CETHS
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CONTRAPISOS E PISOS
Onde cabível, será incentivada a reutilização de materiais refugados, com a sua a
incorporação na execução de contrapisos e pisos.
Aterro apiloado
O aterro será executado em camadas de 20 cm, compactadas com "Sapo Mecânico" ou
outra técnica aprovada pela Fiscalização da Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
Lastro de brita
O lastro de brita consiste em uma camada de aproximadamente 30 cm de brita com a
finalidade de evitar o contato direto do concreto com o solo.
Contrapiso de concreto (lastro impermeabilizado)
Serão de concreto, fck = 12,0 MPa, com 8 cm de espessura, sobre uma camada de pedra
britada de 5 cm de espessura. No concreto será utilizado aditivo Sika 1 ou similar na
proporção indicada pelo Fabricante.
Antes do lançamento da camada de brita, o aterro deverá ser executado em camadas de
20 cm de espessura, abundantemente molhadas e compactadas.
Após a compactação serão abertas as valas para as canalizações passantes sob o piso.
A colocação das canalizações será seguida do reaterro e compactação das valas, com
perfeita regularização e nivelamento da superfície compactada.
Os pisos externos (circulação externa) terão caimento de 1% para fora. Os demais pisos
terão declividade para o ralo ou porta externa.
Pisos – cimento alisado
Sobre o lastro de concreto de 8 cm de espessura, será feita uma camada de argamassa de
15 MPa, com 5cm de espessura.
Projeto CETHS
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As superfícies dos pisos em cimento alisado deverão resultar perfeitamente planas, sem
ressaltos ou desníveis entre as peças da habitação, e sem vazios na argamassa.
O acabamento dos pisos deverá ser feito somente após a conclusão dos revestimentos de
paredes e tetos e depois de totalmente vedadas as coberturas.
Será alisado a madeira, superfície áspera e sem defeitos, com juntas de dilatação seca.
Será proibida qualquer circulação sobre os pisos colocados, durante as primeiras 48 horas
subseqüentes à colocação.
Os pisos receberão detalhes com cacos cerâmicos, que devem ser discutidos com a
Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
SOLEIRAS
As soleiras das portas serão em concreto e cimento, seguindo as prescrições do piso.
PEITORIS
Os peitoris serão de tijolo 21 furos, 6x10,5x22,5, colocados de lado com inclinação de 10%
para o exterior. A massa de rejunte será impermeabilizada e deverão ser tomado todos os
cuidados para que o arremate com a esquadria seja perfeito, de acordo com o detalhe no
projeto arquitetônico. Em algumas edificações os peitoris serão de tubo metálico
galvanizado pintados na cor preta em cima de primer anti-ferruginoso.
FERRAGENS
O assentamento das ferragens será procedido com particular esmero, devendo ser precisas
no seu funcionamento e seu acabamento perfeito.
Todas as fechaduras serão colocadas após a pintura, não sendo toleradas folgas, taliscas,
etc.
A localização das fechaduras, dobradiças e outras ferragens, será conforme detalhes ou
determinadas pela Fiscalização.
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
As hastes das maçanetas devem estar perfeitamente ajustadas às espessuras das
portas.
A localização das peças das ferragens nas esquadrias, será medida com precisão de
maneira a serem evitadas discrepâncias de posição ou diferença de nível perceptíveis à
vista.
ESQUADRIAS DE MADEIRA
Na colocação dos marcos será observado o esquadrinhamento e a folga necessária em
função da dilatação das peças. Os marcos serão tratados contra umidade e infestações,
com produtos de pouca agressividade ao ambiente.
Deverão obedecer rigorosamente ao projeto, quanto à localização, dimensões e detalhes.
Para fixação dos batentes haverá 3 tacos nas faces verticais e 2 na face superior quando
o vão for maior que 1,20 metros fixados com argamassa 1:3. Deverá haver rigor no
prumo e nível das peças.
Os parafusos para fixação dos batentes deverão ter cabeças embutidas dando-se o
devido acabamento com o enchimento sobre as cabeças, por meio de um fragmento da
mesma madeira.
Os rebaixos, encaixes ou outros entalhes feitos nas esquadrias para a fixação das
ferragens, deverão ser certos, sem rebarbas, correspondendo exatamente às dimensões
das ferragens.
A largura do batente será sempre igual à espessura da parede acabada, salvo explicitado
diferentemente no projeto.
As guarnições serão pregadas aos batentes ao longo da junta destes com as paredes.
PINTURA
Paredes rebocadas ou de alvenaria a vista e esquadrias internas e externas receberão
pintura, conforme especificações.
Projeto CETHS
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Paredes
Antes da aplicação de qualquer pintura a superfície a ser pintada deverá estar bem seca e
perfeitamente preparada: emassada, lixada, escovada, livre de poeiras, rebarbas e
asperezas.
As superfícies deverão estar protegidas da incidência direta dos raios do sol. A pintura
exterior não deverá ser executada quando da ocorrência de chuva ou condensação.
A tinta deverá ser freqüentemente agitada para obter uma consistência uniforme durante a
aplicação. Se ocorrerem respingos de tintas, esses deverão ser removidos com solventes
adequados.
Toda a superfície pintada deverá apresentar, depois de pronta uniformidade quanto à
textura, tonalidade e brilho. Serão aplicadas no mínimo duas demãos.
Nas alvenarias aparentes será utilizada hidrofugante transparente para impermeabilização
dos tijolos.
Madeiras
A superfície a ser pintada (nova ou restaurada) deverá estar completamente limpa e seca,
isenta de poeira, mofo ou manchas gordurosas.
Quando houver pintura antiga, lixar antecipadamente a superfície de modo a remover
partículas soltas ou rugosas, a fim de proporcionar um acabamento homogêneo e atingir o
aspecto desejado. Ficará a critério da fiscalização, a aplicação de fundo protetor antes do
acabamento final.
OBS: Serão aplicadas tantas demãos quantas necessárias para obtenção de uma superfície
lisa, e de coloração homogênea, aguardando o tempo suficiente para a secagem entre uma
e outra demão.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS
Generalidades
Os serviços das instalações hidráulicas compreendem a execução das tubulações prediais
hidráulicas e sanitárias e das respectivas redes de coleta e distribuição, sejam elas de cobre
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ou PVC, aparentes e/ou embutidas nas alvenarias, paredes divisórias, tetos e pisos.
Compreendem ainda as conexões das redes prediais com as redes principais, ligações dos
aparelhos sanitários das edificações a serem construídas, o tratamento dos efluentes finais,
assim como seu destino final ou reaproveitamento.
Todos os serviços deverão estar em conformidade com as últimas edições das normas
técnicas de instalações prediais de água fria e de água quente e instalações prediais de
esgotos sanitários.
O projeto, os materiais, a fabricação, os ensaios, a instalação e testes devem obedecer
prioritariamente às últimas revisões das normas técnicas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT - Brasil). No caso em que estas normas sejam omissas ou não
incluam assuntos específicos e necessários para este fornecimento. O uso pela
CONTRATADA de normas técnicas de outras organizações será permitido somente com a
aprovação da Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
As instalações deverão ser executadas por pessoal especializado e habilitado com as
respectivas ferramentas e equipamentos de segurança necessários para a execução dos
serviços.
As tubulações deverão ser cortadas no local e aplicadas de acordo com as indicações dos
projetos, observando-se os respectivos alinhamentos, caimentos, dimensões, etc.
As tubulações embutidas ficarão a uma profundidade suficiente para não afetar os
revestimentos.
As deflexões, ângulos e derivações serão feitas por meio de conexões apropriadas para
cada caso. Para facilitarem em qualquer tempo a desmontagem das tubulações, serão
colocadas, onde necessário, uniões ou flanges.
Durante a construção, as extremidades das tubulações serão vedadas por bujões, a fim de
evitar a entrada de corpos estranhos e possibilitar a execução de testes.
As canoplas e volantes dos registros, válvulas de descarga, torneiras, acessórios e outros
metais, somente deverão ser instalados no final das obras, quando os locais puderem ser
fechados.
Não será permitido o aquecimento de tubos de PVC com essa finalidade.
As juntas dos tubos de PVC serão executadas com anéis de borracha ou com adesivo
específico.
As superfícies a serem soldadas deverão ser lixadas, limpas com solução limpadora e
coladas.
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
Todas as ligações de água e esgoto deverão ser entregues em perfeito funcionamento, com as
tubulações devidamente testadas, antes do fechamento dos rasgos nas paredes e da
colocação de quaisquer revestimentos.
As tubulações aparentes deverão ser convenientemente fixadas por braçadeiras, por tirantes
de aço ou outro dispositivo que garanta perfeita estabilidade.
Deverão ser respeitadas as normas da Empresa Concessionária (SANEPAR) quando
conflitantes com o projeto.
Nas instalações sanitárias deverão ser previstas tubulações de ventilação.
Todos os ralos serão sifonados com diâmetro de acordo com os respectivos projetos.
As redes coletoras de esgoto terão caixas de gordura, caixas de inspeção e poços de visita
colocados fora do perímetro do prédio, em concreto ou alvenaria(quando o terreno permitir),
com tampa de concreto armado, revestidas internamente com argamassa, conforme
especificações do projeto.
O preenchimento da vala para tubulações enterradas, será feito usando-se material de boa
qualidade, em camadas de 0,20 m, sucessiva e cuidadosamente apiloadas e molhadas.
Os tubos de cobre de água quente deverão ter isolamento térmico adequado.
Nenhuma saliência poderá ser deixada dentro da área a ser ocupada. Se em qualquer ponto o
material natural da fundação ficar deformado ou abalado, o mesmo deverá ser removido.
Caso seja necessário, a CONTRATADA deverá remover os materiais considerados pela
Prefeitura Municipal de Nova Hartz como impróprios na fundação para formar uma base firme
apropriada ao lançamento de outros materiais.
Todos os materiais que não forem utilizados para reaterro na mesma área, deverão ser
carregados, transportados, descarregados e/ou espalhados em locais determinados pela
Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
APARELHOS SANITÁRIOS
Os aparelhos sanitários deverão ser instalados de acordo com as especificações do fabricante,
perfeitamente nivelados e aprumados, utilizando-se parafusos, buchas plásticas, chumbadores
ou outra fixação definida pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
O espaço entre aparelhos e as paredes ou pisos (rejuntamento), será preenchido com
argamassa de cimento branco e corante, mastique a base de silicone ou outro material
indicado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
Projeto CETHS
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De maneira geral, os aparelhos sanitários deverão ser instalados com os respectivos metais
e acessórios e ligados às redes de água e esgoto.
Deverá ser dispensado especial cuidado com o revestimento das paredes, quando da
colocação das louças e metais sanitários.
Após a instalação final, todos os aparelhos deverão ser testados quanto ao perfeito
funcionamento e qualquer defeito deverá ser reparado.
ACESSÓRIOS DE EMBUTIR E SOBREPOR
Os acessórios de embutir e sobrepor tais como saboneteiras, cabides, papeleiras, , etc.,
deverão ser instalados de acordo com as instruções do fabricante, obedecendo-se as
localizações do projeto ou conforme indicado pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As instalações elétricas deverão seguir exatamente as especificações contidas em projeto
anexo, baseado nas normas da ABNT e regulamentos da CEEE.
A tomada de energia será feita na rede existente. A rede predial é constituída de eletrodutos
e condutores que vão derivar de um centro de disjuntores. Os eletrodutos ficarão a vista nas
paredes, conforme detalhamento do projeto.
As conexões de condutores, disjuntores, interruptores, tomadas e suportes para lâmpadas
deverão ser firmemente apertadas. Antes de instalada a fiação, toda a rede de eletrodutos e
caixas deve estar limpa e seca.
LIMPEZA DA OBRA
Ao final da obra, será removido todo o entulho, restos de materiais, andaimes, máquinas,
ferraemtas, deixando a área limpa e em perfeita ordem. Será de responsabilidade da
empresa contratada a disposição final do entulho e restos de materiais, em local aprovado
pela Prefeitura Municipal de Nova Hartz e pelos órgãos ambientais responsáveis.
Todos os acessos deverão ser limpos e varridos.
Projeto CETHS
Memorial Executivo Unidade Habitacional - CETHS
Todas as pavimentações, revestimentos, vidros, deverão estar limpos e sem defeitos,
quebras, arranhões, manchas de qualquer natureza, etc.
Todas as ferragens deverão estar limpas, lubrificadas, polidas e em perfeito
funcionamento.
VERIFICAÇÃO FINAL
Após conclusão da obra, a CONTRATADA deverá comunicar por escrito a Prefeitura
Municipal de Nova Hartz.
Será feita vistoria completa para verificação das perfeitas condições de entrega, bem
como da satisfação dos critérios constantes nas normas da ABNT específicas, assim
como da NBR 5675.
Caso seja verificada alguma desconformidade com as normas e com este memorial,
deverão ser efetuados serviços e reparos, até que sejam satisfeitas as prescrições.
Quando a obra estiver em perfeitas condições de uso será lavrado um termo de entrega
definitiva da obra.
Projeto CETHS
Cronograma de 8 unidades habitacionais
ANEXO D
Orçamento de 1 unidade habitacional
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
CETHS
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Orçamento 1 unidade habitacional
ORÇAMENTO
PROGRAMA: HABITAR - BRASIL
OBRA: 1 unidade habitacional do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis - CETHS
LOCAL: RS 464, Bairro Campo Vicente, Nova Hartz
DATA DO ORÇAMENTO: OUTUBRO/2000
INSTALAÇÃO DA OBRA
6,92
quant.
(m2)
Locação da obra por m2 construído
nome do insumo
unidade
escora de eucalipto
pregos bitolas variadas
guia cedrinho 2,5x15cm
m
kg
m
custos totais
consumo
unitário
0,043
0,015
0,035
consumo
total
2,720
0,960
2,240
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
0,51
1,39
2,50
2,40
1,40
3,14
6,92
0,00
custo
unitário
64,00
custo
total
1,39
2,40
3,14
6,92
FUNDAÇÃO
1181,10
quant.
(m)
Fundação rasa com bloco grês: 4 fiadas
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
bloco grês 50x25x12cm
un
2,000
440,000
0,80
352,00
areia regular (umidade 3%)
m3
0,013
2,860
18,00
51,48
cimento Portland CP IV 32
kg
2,136
469,920
0,21
98,68
custos totais
502,16
0,00
quant.
Viga de respaldo do concreto armado fck=15MPa c/impermeabilização
(m3)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
aço CA-50 mais de 12,5mm
kg
40,000
132,000
1,10
145,20
areia regular (umidade 3%)
m3
0,620
2,046
18,00
36,83
arame recozido 18BWG
kg
1,200
3,960
2,90
11,48
cimento Portland CP IV 32
kg
350,000
1155,000
0,21
242,55
brita 1 e 2
m3
0,850
2,805
20,00
56,10
pregos bitolas variadas
kg
2,000
6,600
2,50
16,50
guia cedrinho 2,5x15cm
m
6,250
20,625
1,40
28,88
pontalete cedrinho 7x7cm
m
2,500
8,250
2,40
19,80
hidroasfalto 4 demãos
kg
1,600
17,600
3,50
61,60
custos totais
618,94
0,00
quant.
Canaleta de brita 30x30cm
(m3)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
brita 1 e 2
m3
1,000
3,000
20,00
60,00
custos totais
60,00
0,00
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
custo
unitário
220,00
custo
total
352,00
51,48
98,68
502,16
3,30
custo
total
145,20
36,83
11,48
242,55
56,10
16,50
28,88
19,80
61,60
618,94
3,00
custo
total
60,00
60,00
PAREDES
1692,03
Alvenaria tijolo maciço 5x10x20cm, argamassa de 1:2:8 de 10cm - J15mm
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
tij maciço com 5x10x20cm
un
76,000 10640,000
0,11
1170,40
cimento Portland CP IV 32
kg
4,595
643,300
0,21
135,09
argam regular ca-am 1:5
m3
0,032
4,480
36,00
161,28
custos totais
1466,77
0,00
quant.
Pilares tijolo maciço 5x10x20cm, argamassa de 1:5 de 10cm - J15mm
(m2)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
tij maciço com 5x10x20cm
un
22,670
612,090
0,11
67,33
cimento Portland CP IV 32
kg
4,595
124,065
0,21
26,05
argamassa regular ca-am 1:5
m3
0,032
0,864
36,00
31,10
kg
1,070
28,890
1,40
40,45
grampos φ 3,4mm c=50cm
custos totais
164,93
0,00
quant.
Verga 11x11cm em tijolo armado (vão até 1,20m), c/ desforma ci-ar 1:4
(m)
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
143
custo
unitário
140,00
custo
total
1170,40
135,09
161,28
1466,77
27,00
custo
total
67,33
26,05
31,10
40,45
164,93
12,00
Projeto CETHS
nome do insumo
unidade
aço CA-60 até 8mm
cimento Portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
tij maciço com 5x10x20cm
guia de cedrinho 2,5x15cm
escora de eucalipto
kg
kg
m3
un
m
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
0,413
2,300
0,011
17,000
0,263
0,500
4,956
27,600
0,132
204,000
3,150
6,000
custo
unitário
1,40
0,21
18,00
0,11
1,40
0,51
Peitoril de tijolo à vista-cutelo-J1cm ci-ar 1:5
nome do insumo
unidade
cimento Portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
tij maciço com 5x10x20cm
kg
m3
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
2,300
0,011
17,000
13,800
0,066
102,000
custo
unitário
0,21
18,00
0,11
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
6,94
5,80
2,38
22,44
4,41
3,06
45,02
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
2,90
1,19
11,22
15,31
0,00
Orçamento 1 unidade habitacional
custo
total
6,94
5,80
2,38
22,44
4,41
3,06
45,02
6,00
custo
total
2,90
1,19
11,22
15,31
COBERTURA
1818,28
quant.
(m3)
Viga concreto armado - cobertura
nome do insumo
unidade
aço CA-60 até 8mm
arame recozido 18BWG
conc pré-mist fck=15MPa
pregos bitolas variadas
sarrafo cedrinho 2,5x5cm
guia cedrinho 2,5x15cm
kg
kg
m3
kg
m
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,042
3,000
1,030
2,400
6,600
6,250
1,334
3,840
1,318
3,072
8,448
8,000
custo
unitário
1,40
2,90
130,35
2,50
0,54
1,40
Estrutura madeira tratada vão médio 10m para telhas cerâmicas
nome do insumo
unidade
pregos bitolas variadas
mad eucalipto estr telhado
kg
m3
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
0,120
0,028
7,320
1,708
custo
unitário
2,50
150,00
Cobertura com telhas cerâmicas tipo portuguesa
nome do insumo
unidade
telha cerâmica
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
20,000
1220,000
custo
unitário
0,35
Forro de lambri madeira macho e fêmea em pinus
nome do insumo
unidade
lambri pinus M/F, 100mm
pregos bitolas variadas
m2
kg
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,050
0,200
64,050
12,200
custo
unitário
3,50
2,50
Rodaforro de madeira pinus tipo cordão
nome do insumo
unidade
pregos bitolas variadas
rodaforro cordão em pinus
kg
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
0,015
1,050
0,855
59,850
custo
unitário
2,50
0,40
Chapas de offset reutilizadas
nome do insumo
unidade
chapas de offset
m2
custos totais
consumo
unitário
1,000
consumo
total
61,000
custo
unitário
4,00
Calha beiral chapa galvanizada corte 26 - 0,3mm
nome do insumo
unidade
calha beiral chapa galv
cond chapa galvanizada 4"
tela plástica tipo mosqueteiro
m
m
m
consumo
unitário
1,000
0,500
0,540
consumo
total
8,200
4,100
4,428
144
custo
unitário
10,00
12,00
2,00
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
1,87
11,14
171,85
7,68
4,56
11,20
208,30
0,00
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
18,30
256,20
274,50
0,00
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
427,00
427,00
0,00
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
224,18
30,50
254,68
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
2,14
23,94
26,08
0,00
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
244,00
244,00
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
82,00
49,20
8,86
1,28
custo
total
1,87
11,14
171,85
7,68
4,56
11,20
208,30
61,00
custo
total
18,30
256,20
274,50
61,00
custo
total
427,00
427,00
61,00
custo
total
224,18
30,50
254,68
57,00
custo
total
2,14
23,94
26,08
61,00
custo
total
244,00
244,00
8,20
custo
total
82,00
49,20
8,86
Projeto CETHS
arame galvanizado 12BWG
kg
custos totais
0,180
1,476
2,40
3,54
143,60
Algeroz chapa galvanizada corte 26 - 0,3mm fixo alvenaria
Orçamento 1 unidade habitacional
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
cimento Portland CP IV 32
kg
1,080
5,400
0,21
1,13
areia regular (umidade 3%)
m3
0,003
0,015
18,00
0,27
algeroz chapa galv corte 26
m
1,000
5,000
10,00
50,00
custos totais
51,40
0,00
quant.
Rufo de alumínio para telhado corte 26 - 0,3mm
(m)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
rufo alumínio p/telhado
un
1,000
8,200
10,00
82,00
custos totais
82,00
0,00
quant.
Testeira tratada com óleo de linhaça
(m)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
testeira 2x15cm
m
1,000
33,000
1,60
52,80
pregos bitolas variadas
kg
0,150
4,950
2,50
12,38
custos totais
65,18
0,00
quant.
Portinholas para ventilação do telhado c/tela plástica
(m)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
portinholas 200x15x2cm
m
1,000
6,000
1,60
9,60
dobradiça 3" x 2 1/2" aço
un
1,000
6,000
1,54
9,24
pregos bitolas variadas
kg
0,150
0,900
2,50
2,25
puxadores metálicos
un
0,500
3,000
1,50
4,50
tela plástica tipo mosqueteiro
m
1,330
7,980
2,00
15,96
custos totais
41,55
0,00
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
custo
unitário
3,54
143,60
5,00
custo
total
1,13
0,27
50,00
51,40
8,20
custo
total
82,00
82,00
33,00
custo
total
52,80
12,38
65,18
6,00
custo
total
9,60
9,24
2,25
4,50
15,96
41,55
PAVIMENTAÇÕES
588,84
Base pedra britada 5cm + contrapiso concreto 5cm - 200kg ci/m3 impermeavel
nome do insumo
unidade
areia regular (umidade 3%)
cimento Portland CP IV 32
brita 1 e 2
imperm pega normal
m3
kg
m3
kg
custos totais
consumo
unitário
0,036
10,000
0,100
0,480
consumo
total
1,620
450,000
4,500
21,600
custo
unitário
18,00
0,21
20,00
2,73
Piso cimento alisado ci-ar 1:4 5cm + 1:3 1cm
nome do insumo
unidade
areia regular (umidade 3%)
areia fina
cimento Portland CP IV 32
ripa cedrinho 1,2x7cm
m3
m3
kg
m
custos totais
consumo
unitário
0,063
0,013
20,600
2,640
consumo
total
2,835
0,585
927,000
118,800
custo
unitário
18,00
19,00
0,21
0,50
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
29,16
94,50
90,00
58,97
272,63
0,00
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
51,03
11,12
194,67
59,40
316,22
0,00
45,00
custo
total
29,16
94,50
90,00
58,97
272,63
45,00
custo
total
51,03
11,12
194,67
59,40
316,22
REVESTIMENTOS
342,44
Argamassa Impermeabilizante ci-ar 1:3
nome do insumo
unidade
cimento Portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
impermeab pega normal
kg
m3
kg
custos totais
consumo
unitário
433,333
1,250
15,167
consumo
total
433,333
1,250
15,167
Chapisco ci-ar 1:3 - 7mm
nome do insumo
unidade
cimento portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
kg
m3
custos totais
consumo
unitário
3,033
0,009
consumo
total
268,421
0,797
145
quant.
(m3)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,21
91,00
18,00
22,50
2,73
41,41
154,91
0,00
quant.
(m2)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,21
56,37
18,00
14,34
70,71
0,00
1,00
custo
total
91,00
22,50
41,41
154,91
88,50
custo
total
56,37
14,34
70,71
Projeto CETHS
quant.
(m2)
Emboço ci-ar 1:4 - 10mm
nome do insumo
unidade
areia regular (umidade 3%)
cimento portland CP IV 32
m3
kg
custos totais
consumo
unitário
0,013
3,250
consumo
total
1,151
287,625
Reboco argamassa fina ci-af 1:3 + 5%ci - 7mm
nome do insumo
unidade
argamassa fina ca-ar 1:3
cimento portland CP IV 32
m3
kg
custos totais
consumo
unitário
0,007
0,455
consumo
total
0,620
40,268
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
18,00
20,71
0,21
60,40
81,11
0,00
quant.
(m2)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
44,00
27,26
0,21
8,46
35,71
0,00
Orçamento 1 unidade habitacional
88,50
custo
total
20,71
60,40
81,11
88,50
custo
total
27,26
8,46
35,71
ESQUADRIAS
876,16
quant.
(un)
Porta interna semi-oca 0,80x2,10m em pinus
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
cimento portland CP IV 32
kg
1,500
4,500
0,21
0,95
areia regular (umidade 3%)
m3
0,008
0,024
18,00
0,43
pregos bitolas variadas
kg
0,150
0,450
2,50
1,13
taco madeira com fixador
un
7,000
21,000
0,35
7,35
porta interna semi-oca pinus
un
1,000
3,000
20,00
60,00
batente 3x14cm
m
5,100
15,300
1,60
24,48
guarnição pinus bol 1,5x5cm
m
10,800
32,400
0,25
8,10
custos totais
102,43
0,00
quant.
Ferragem completa para porta interna sem cromado
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
dobradiça 3" x 2 1/2" aço
un
3,000
9,000
1,54
13,86
fechadura interna
un
1,000
3,000
11,50
34,50
custos totais
48,36
0,00
quant.
Porta externa almofadada - s/ ferragem 0,80 x 2,10 em pinus
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
cimento portland
kg
1,500
3,000
0,21
0,63
areia regular (umidade 3%)
m3
0,008
0,016
18,00
0,29
pregos bitolas variadas
kg
0,150
0,300
2,50
0,75
taco madeira c/ fixador
un
7,000
14,000
0,35
4,90
porta externa almofadada
un
1,000
2,000
60,00
120,00
batente 3x14 cm
m
5,100
10,200
1,60
16,32
guarnição boleada 1,5x5cm
m
5,400
10,800
0,25
2,70
custos totais
145,59
0,00
quant.
Ferragem completa para porta externa sem cromado
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
dobradiça 3" x 2 1/2" aço
un
3,000
6,000
1,54
9,24
fechadura externa
un
1,000
2,000
15,00
30,00
custos totais
39,24
0,00
quant.
Janela pantográfica 2 folhas com venez 100x100cm eucalipto - com ferragem
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
cimento portland
kg
1,500
6,000
0,21
1,26
areia regular (umidade 3%)
m3
0,008
0,032
18,00
0,58
pregos bitolas variadas
kg
0,150
0,600
2,50
1,50
taco madeira c/ fixador
un
6,000
24,000
0,35
8,40
jan pant c/ venez 100x100cm
un
1,000
4,000
80,00
320,00
custos totais
331,74
0,00
quant.
Jan basculante c/ puxador prolongado 3m 150x50cm eucalipto - com ferragem
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
cimento portland
kg
1,500
3,000
0,21
0,63
areia regular (umidade 3%)
m3
0,008
0,016
18,00
0,29
pregos bitolas variadas
kg
0,150
0,300
2,50
0,75
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
146
custo
unitário
3,00
custo
total
0,95
0,43
1,13
7,35
60,00
24,48
8,10
102,43
3,00
custo
total
13,86
34,50
48,36
2,00
custo
total
0,63
0,29
0,75
4,90
120,00
16,32
2,70
145,59
2,00
custo
total
9,24
30,00
39,24
4,00
custo
total
1,26
0,58
1,50
8,40
320,00
331,74
2,00
custo
total
0,63
0,29
0,75
Projeto CETHS
jan basc c/ pux 150x50 cm
taco madeira c/ fixador
un
un
custos totais
1,000
6,000
2,000
12,000
70,00
0,35
Janela máxim-ar 85x65cm eucalipto- c/ ferragem
nome do insumo
unidade
cimento portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
pregos bitolas variadas
janela máxim-ar
taco madeira c/ fixador
kg
m3
kg
m2
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,500
0,008
0,150
1,000
6,000
1,500
0,008
0,150
1,000
6,000
custo
unitário
0,21
18,00
2,50
60,00
0,35
140,00
4,20
145,87
Orçamento 1 unidade habitacional
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
0,32
0,14
0,38
60,00
2,10
62,93
0,00
140,00
4,20
145,87
1,00
custo
total
0,32
0,14
0,38
60,00
2,10
62,93
VIDRO
126,00
quant.
(m2)
Vidro transparente 4mm colocado, c/ massa
nome do insumo
unidade
vidro transp. 4mm colocado
m2
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
6,000
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
21,00
126,00
126,00
0,00
custo
unitário
6,00
custo
total
126,00
126,00
PINTURAS
631,99
Pintura acrílica sobre reboco - 2 demãos - paredes externas e internas
quant.
(m2)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
tinta acrílica interior/exterior
l
0,240
15,120
10,19
154,07
custos totais
154,07
0,00
quant.
Pintura esmalte epóxi sobre reboco - 2 demãos - paredes do banheiro
(m2)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
tinta epóxi / catalisador
l
0,262
6,550
21,20
138,86
custos totais
138,86
0,00
quant.
Pintura silicone sobre reboco tijolo - 2 demãos - paredes tijolo a vista
(m2)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
silicone impermeab. líquido
l
0,500
30,000
6,30
189,00
custos totais
189,00
0,00
quant.
Pintura anti-oxidante + tinta óleo sobre metais - 2 demãos
(m2)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
diluente / esmalte / verniz
l
0,033
0,495
2,06
1,02
lixa para ferro
fl
1,000
15,000
0,80
12,00
tinta anti-oxidante
l
0,222
3,330
8,67
28,87
tinta óleo
l
0,144
2,160
6,28
13,56
custos totais
55,46
0,00
quant.
Pintura stain - 2 demãos
(m2)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
tinta stain
l
0,050
5,500
14,00
77,00
lixa para madeira
fl
1,000
110,000
0,16
17,60
custos totais
94,60
0,00
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
custo
unitário
63,00
custo
total
154,07
154,07
25,00
custo
total
138,86
138,86
60,00
custo
total
189,00
189,00
15,00
custo
total
1,02
12,00
28,87
13,56
55,46
110,00
custo
total
77,00
17,60
94,60
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
466,91
quant.
(un)
Registro Pressão metálico com canopla 20mm
nome do insumo
unidade
registro de pressão 20mm
fita teflon p/ ved.- 10mm
canopla metálica
un
m
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,500
1,000
2,000
1,000
2,000
Registro de gaveta metálico 25mm
147
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
13,00
26,00
0,07
0,07
13,00
26,00
52,07
0,00
quant.
(un)
custo
unitário
2,00
custo
total
26,00
0,07
26,00
52,07
1,00
Projeto CETHS
nome do insumo
unidade
registro de gaveta 1"
canopla metálica
tinta zarcão
fio de algodão/encanador
un
un
l
kg
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
1,000
0,025
0,020
1,000
1,000
0,025
0,020
custo
unitário
12,00
13,00
7,83
2,50
Cavalete entrada tubo galvanizado 20mm
nome do insumo
unidade
tinta zarcão
fio de algodão/encanador
registro pressão amarelo 3/4"
tubo ferro galv c/costura 3/4"
tê 90 3/4"
união de ferro galv 3/4"
curva 90 ferro galv 3/4"
hidrômetro para 3m3
torneira amarela p/ jardim 3/4"
l
kg
un
m
un
un
un
un
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
0,100
0,100
1,000
2,000
1,000
3,000
4,000
1,000
1,000
0,100
0,100
1,000
2,000
1,000
3,000
4,000
1,000
1,000
custo
unitário
7,83
2,50
8,60
3,82
2,09
5,43
3,81
90,00
10,00
Tubo PVC rígido soldável 25mm
nome do insumo
unidade
tubo PVC ríg soldável 25mm
adesivo plástico/tubo PVC
luva PVC sold. 25mm
m
kg
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,050
0,010
0,330
27,300
0,260
8,580
custo
unitário
1,02
10,65
0,19
Mangueira transparente 25mm
nome do insumo
unidade
mangueira transparente 25mm
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,050
2,100
custo
unitário
1,02
Tê 90 PVC rígido soldável 25mm
nome do insumo
unidade
tê 90 PVC rígido sold 25mm
adesivo plástico/tubo PVC
un
kg
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,030
5,000
0,150
custo
unitário
0,32
10,65
Joelho 90 PVC rígido soldável 25mm
nome do insumo
unidade
joelho PVC rígido sold 25mm
adesivo plástico/tubo PVC
un
kg
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,020
26,000
0,520
custo
unitário
0,20
10,65
Tubo PVC rígido soldável 40mm
nome do insumo
unidade
tubo PVC rígido sold 40mm
adesivo plástico/tubo PVC
luva PVC sold. 40mm
m
kg
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,050
0,025
0,330
6,300
0,150
1,980
custo
unitário
3,19
10,65
0,94
Tubo PVC rígido soldável 75mm
nome do insumo
unidade
tubo PVC rígido sold 75mm
adesivo plástico/tubo PVC
luva PVC sold. 75mm
m
kg
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,050
0,014
0,330
1,050
0,014
0,330
custo
unitário
9,69
10,65
4,51
Tubo PVC rígido soldável 100mm
nome do insumo
unidade
tubo PVC rígido sold 100mm
m
consumo
unitário
1,050
consumo
total
2,100
148
custo
unitário
20,23
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
12,00
13,00
0,20
0,05
25,25
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
0,78
0,25
8,60
7,64
2,09
16,29
15,24
90,00
10,00
150,89
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
27,85
2,77
1,63
32,25
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
2,14
2,14
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
1,60
1,60
3,20
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
5,20
5,54
10,74
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
20,10
1,60
1,86
23,56
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
10,17
0,15
1,49
11,81
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
42,48
Orçamento 1 unidade habitacional
custo
total
12,00
13,00
0,20
0,05
25,25
1,00
custo
total
0,78
0,25
8,60
7,64
2,09
16,29
15,24
90,00
10,00
150,89
26,00
custo
total
27,85
2,77
1,63
32,25
2,00
custo
total
2,14
2,14
5,00
custo
total
1,60
1,60
3,20
26,00
custo
total
5,20
5,54
10,74
6,00
custo
total
20,10
1,60
1,86
23,56
1,00
custo
total
10,17
0,15
1,49
11,81
2,00
custo
total
42,48
Projeto CETHS
solda lenta tubos PVC
luva PVC sold. 100mm
kg
un
custos totais
0,034
0,330
0,068
0,660
12,75
17,46
Manilha de grês 100mm
0,87
11,52
54,87
Orçamento 1 unidade habitacional
0,00
quant.
(m)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
cimento portland CP IV 32
kg
1,950
15,600
0,21
3,28
areia regular (umidade 3%)
m3
0,002
0,016
18,00
0,29
manilha de grês 100mm
m
1,020
8,160
3,57
29,13
custos totais
32,70
0,00
quant.
Caixa de inspeção 60x60x60cm com tampa concreto alvenaria 15cm
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
aço CA-50 ate 12,5mm
kg
1,625
1,625
1,14
1,85
tij maciço comum 5x10x20cm
un
133,000
133,000
0,11
14,63
cimento portland CP IV 32
kg
19,272
19,272
0,21
4,05
areia regular (umidade 3%)
m3
0,011
0,011
18,00
0,20
brita 1 e 2
m3
0,020
0,020
20,00
0,40
argamassa regular ca-am 1:5
m3
0,118
0,118
36,00
4,25
custos totais
25,38
0,00
quant.
Caixa de gordura com tampa de alumínio 150mm
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
caixa de gordura 150mm
un
1,000
1,000
20,23
20,23
solda lenta tubos PVC
kg
0,007
0,007
12,75
0,09
solução limp p/ tubos PVC
l
0,003
0,003
11,47
0,03
custos totais
20,35
0,00
quant.
Caixa sifonada com grelha saida de 75mm
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
caixa sif saida de 75mm
un
1,000
1,000
8,33
8,33
solda lenta tubos PVC
kg
0,014
0,014
12,75
0,18
solução limp p/ tubos PVC
l
0,005
0,005
11,47
0,06
custos totais
8,57
0,00
quant.
Ralo sifonado com grelha saida de 40mm
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
ralo sifonado saida de 40mm
un
1,000
1,000
8,33
8,33
adesivo plástico/tubo PVC
kg
0,005
0,005
10,65
0,05
solução limp p/ tubos PVC
l
0,002
0,002
11,47
0,02
custos totais
8,41
0,00
quant.
Joelho 90 PVC rígido soldável 40mm
(un)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
joelho PVC rígido sold 40mm
un
1,000
3,000
1,26
3,78
adesivo plástico/tubo PVC
kg
0,030
0,090
10,65
0,96
custos totais
4,74
0,00
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
custo
unitário
0,87
11,52
54,87
8,00
custo
total
3,28
0,29
29,13
32,70
1,00
custo
total
1,85
14,63
4,05
0,20
0,40
4,25
25,38
1,00
custo
total
20,23
0,09
0,03
20,35
1,00
custo
total
8,33
0,18
0,06
8,57
1,00
custo
total
8,33
0,05
0,02
8,41
3,00
custo
total
3,78
0,96
4,74
COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS
519,22
quant.
(cj)
Lavatório com coluna
nome do insumo
unidade
lavatório e coluna - louça
válvula p/ lavatório em metal
fita teflon / vedação
sifão para lavatório
engate metálico - 30cm
adaptador válv. lav. 1x1 1/2"
un
un
m
un
un
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
1,000
1,000
1,000
2,000
1,000
consumo
total
1,000
1,000
1,000
1,000
2,000
1,000
custo
unitário
45,00
6,75
0,07
5,00
5,80
0,47
Pia inoxidavel de cozinha 120cm cuba simples 46,5x30 cm c/ metais
nome do insumo
unidade
pia aço inox cuba simples
un
consumo
unitário
1,000
consumo
total
1,000
149
custo
unitário
58,00
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
45,00
6,75
0,07
5,00
11,60
0,47
68,89
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
58,00
1,00
custo
total
45,00
6,75
0,07
5,00
11,60
0,47
68,89
1,00
custo
total
58,00
Projeto CETHS
válvula metal para pia
sifão plást / pia aço 1"x 2 1/2"
un
un
custos totais
1,000
1,000
1,000
1,000
13,2
4,50
Tanque pré-moldado de concreto com metais 80x70cm
nome do insumo
unidade
tanque
válvula PVC 2"
sifão plástico tanque
torneira metálica 1/2"
un
un
un
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
1,000
1,000
1,000
custo
unitário
1,000
1,000
1,000
1,000
45,00
27,00
4,50
10,00
Chuveiro elétrico P=5.200W
nome do insumo
unidade
chuveiro elétrico
tubo aço galvanizado 3/4"
fita teflon p/ ved.- 10mm
un
m
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,500
0,600
custo
unitário
1,000
0,500
0,600
27,00
3,47
0,07
Torneira metalica para lavatório de bancada bitola 1/2"
nome do insumo
unidade
torneira p/ lav met bitola 1/2"
fita teflon p/ ved.- 10mm
un
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,500
custo
unitário
1,000
0,500
10,00
0,07
Torneira para cozinha metálica, tipo parede, bitola 1/2"
nome do insumo
unidade
torn p/ coz met bitola 1/2"
fita teflon p/ ved.- 10mm
un
m
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,600
custo
unitário
1,000
0,600
10,00
0,07
Meia saboneteira de louça 7,5 x 15 cm
nome do insumo
unidade
saboneteira de louça
cim. Portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
un
kg
m3
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
0,470
0,001
1,000
0,470
0,001
custo
unitário
9,00
0,21
18,00
Papeleira de louça 15 x15 cm
nome do insumo
unidade
papeleira de louça
cim. Portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
un
kg
m3
custos totais
consumo
unitário
1,000
0,705
0,001
consumo
total
1,000
0,705
0,001
custo
unitário
6,05
0,21
18,00
Porta-toalhas de bastão de louça 60cm
nome do insumo
unidade
porta-toalhas de louça 60cm
cim. Portland CP IV 32
areia regular (umidade 3%)
un
kg
m3
custos totais
consumo
unitário
1,000
0,705
0,001
consumo
total
1,000
0,705
0,001
custo
unitário
10,40
0,21
18,00
Bacia Sanitária com caixa acoplada de louça e assento plástico
nome do insumo
unidade
assento plástico
bacia c/caixa acoplada louça
engate metálico
parafuso niquelado fixação
nipel duplo PVC rosca 1/2"
bolsa borracha bacia 1 1/2"
un
un
un
un
un
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
1,000
1,000
2,000
1,000
0,200
consumo
total
1,000
1,000
1,000
2,000
1,000
0,200
custo
unitário
7,40
45,00
5,80
2,40
0,16
1,10
Reservatório água potável fibra vidro capacidade 1000 litros
150
13,20
4,50
75,70
Orçamento 1 unidade habitacional
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
45,00
27,00
4,50
10,00
86,50
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
27,00
1,74
0,04
28,78
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
10,00
0,04
10,04
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
10,00
0,04
10,04
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
9,00
0,10
0,02
9,12
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
6,05
0,15
0,02
6,22
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
10,40
0,15
0,02
10,57
0,00
quant.
(un)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
7,40
45,00
5,80
4,80
0,16
0,22
63,38
0,00
quant.
(un)
13,20
4,50
75,70
1,00
custo
total
45,00
27,00
4,50
10,00
86,50
1,00
custo
total
27,00
1,74
0,04
28,78
1,00
custo
total
10,00
0,04
10,04
1,00
custo
total
10,00
0,04
10,04
1,00
custo
total
9,00
0,10
0,02
9,12
1,00
custo
total
6,05
0,15
0,02
6,22
1,00
custo
total
10,40
0,15
0,02
10,57
1,00
custo
total
7,40
45,00
5,80
4,80
0,16
0,22
63,38
1,00
Projeto CETHS
nome do insumo
unidade
reservatório cap 1000 litros
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,000
1,000
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
150,00
150,00
150,00
0,00
custo
unitário
Orçamento 1 unidade habitacional
custo
total
150,00
150,00
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
811,66
quant.
(m)
Eletroduto pesado esmaltado 1/2"
nome do insumo
unidade
eletr pesado esmaltado 1/2"
luva ferro eletroduto 1/2"
m
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
0,330
consumo
total
47,000
15,510
Caixa de passagem tampa parafusada 25x25x10cm
nome do insumo
unidade
caixa de pass 25x25x10cm
bucha c/arruela eletrod. 3/4"
un
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
4,000
consumo
total
22,000
88,000
Fio Isolado 2,5mm2
nome do insumo
unidade
fio Isolado 2,5mm2
m
custos totais
consumo
unitário
1,020
consumo
total
224,400
Fio Isolado 4,5mm2
nome do insumo
unidade
fio Isolado 4,5mm2
m
custos totais
consumo
unitário
1,020
consumo
total
22,440
Disjuntor monopolar 20 A
nome do insumo
unidade
disjuntor 20A
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
consumo
total
2,000
Disjuntor monopolar 30 A
nome do insumo
unidade
disjuntor 30A
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
consumo
total
1,000
Quadro de distribuição chapa 18 - ate 6 disjuntores
nome do insumo
unidade
centro de distr p/ disjuntor
bucha com arruela eletrod. 1"
un
un
custos totais
consumo
unitário
1,000
5,000
consumo
total
1,000
5,000
Tomada simples
nome do insumo
unidade
fita isolante plástica 2cm 3/4
tomada simples
espelho plástico tomada red.
m
un
un
custos totais
consumo
unitário
0,200
1,000
1,000
consumo
total
1,600
8,000
8,000
Interruptor simples
nome do insumo
unidade
fita isolante plástica 2cm 3/4
interruptor simples
espelho plástico interrup.
m
un
un
custos totais
consumo
unitário
0,300
1,000
1,000
consumo
total
1,200
4,000
4,000
Interruptor duplo
151
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
2,90
136,30
0,40
6,20
142,50
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
8,30
182,60
0,21
18,48
201,08
0,00
quant.
(m)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,31
69,56
69,56
0,00
quant.
(m)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,47
10,55
10,55
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
4,45
8,90
8,90
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
4,45
4,45
4,45
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
7,43
7,43
0,30
1,50
8,93
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,30
0,48
2,60
20,80
1,00
8,00
29,28
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,30
0,36
2,40
9,60
1,00
4,00
13,96
0,00
quant.
(un)
47,00
custo
total
136,30
6,20
142,50
22,00
custo
total
182,60
18,48
201,08
220,00
custo
total
69,56
69,56
22,00
custo
total
10,55
10,55
2,00
custo
total
8,90
8,90
1,00
custo
total
4,45
4,45
1,00
custo
total
7,43
1,50
8,93
8,00
custo
total
0,48
20,80
8,00
29,28
4,00
custo
total
0,36
9,60
4,00
13,96
4,00
Projeto CETHS
nome do insumo
unidade
fita isolante plástica 2cm 3/4
interruptor duplo
espelho plástico interrup.
m
un
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
0,300
1,000
1,000
1,200
4,000
4,000
Interruptor simples + tomada simples
nome do insumo
unidade
fita isolante plástica 2cm 3/4
interr simp + tomada simp
espelho plástico interrup.
m
un
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
0,300
1,000
1,000
0,600
2,000
2,000
Luminária Fluorescente 1x20W
nome do insumo
unidade
fita isolante plástica 2cm 3/4
luminária fluorescente 20W
reator partida rápida
lâmpada fluorescente 20W
bucha arruela eletroduto 1/2"
caixa estamp chapa 20MSG
m
un
un
un
un
un
custos totais
consumo
unitário
consumo
total
1,200
1,000
1,000
1,000
3,000
1,000
7,200
6,000
6,000
6,000
18,000
6,000
Luminária Fluorescente 2X20W
nome do insumo
unidade
fita isolante plástica 2cm 3/4
luminária fluorescente 20W
reator partida rápida
lâmpada fluorescente 20W
bucha arruela eletroduto 1/2"
caixa estamp chapa 20MSG
m
un
un
un
un
un
custos totais
consumo
unitário
1,400
1,000
1,000
2,000
3,000
1,000
consumo
total
7,000
5,000
5,000
10,000
15,000
5,000
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
0,30
0,36
4,50
18,00
1,00
4,00
22,36
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,30
0,18
4,50
9,00
1,00
2,00
11,18
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,30
2,16
4,50
27,00
12,80
76,80
3,92
23,52
0,16
2,88
0,35
2,10
134,46
0,00
quant.
(un)
custo
custo
custo mãomateriais /
unitário
de-obra
equip.
0,30
2,10
4,50
22,50
17,30
86,50
3,92
39,20
0,16
2,40
0,35
1,75
154,45
0,00
custo
unitário
Orçamento 1 unidade habitacional
custo
total
0,36
18,00
4,00
22,36
2,00
custo
total
0,18
9,00
2,00
11,18
6,00
custo
total
2,16
27,00
76,80
23,52
2,88
2,10
134,46
5,00
custo
total
2,10
22,50
86,50
39,20
2,40
1,75
154,45
PERGOLADOS
154,75
Estrutura em madeira eucalipto roliça de reflorestamento
quant.
(m3)
custo
custo mãomateriais /
de-obra
equip.
m3
0,400
300,00
120,00
escora de eucalipto φ 12cm
1,000
pregos bitolas variadas
kg
0,600
2,50
1,50
1,500
custos totais
121,50
0,00
quant.
Base de concreto armado para pergolado
(m3)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
aço CA-50 até 12,5mm
kg
60,000
4,200
1,14
4,79
cimento Portland CP IV 32
kg
350,000
24,500
0,21
5,15
areia regular (umidade 3%)
m3
0,620
0,043
18,00
0,78
brita 1 e 2
m3
0,850
0,060
20,00
1,19
guia de cedrinho 2,5x15cm
m
0,263
0,018
1,40
0,03
sarrafo cedrinho 2,5x1,5cm
m
1,875
0,131
0,45
0,06
custos totais
11,99
0,00
quant.
Estrutura em madeira eucalipto de reflorestamento - pergolado frontal
(m3)
custo
consumo
consumo
custo
custo mãonome do insumo
unidade
materiais /
unitário
total
unitário
de-obra
equip.
mad de euc 5x7cm e 7x16cm
m3
0,070
300,00
21,00
1,000
pregos bitolas variadas
kg
0,105
2,50
0,26
1,500
custos totais
21,26
0,00
nome do insumo
unidade
consumo
unitário
consumo
total
custo
unitário
Custo total
Final
152
0,40
custo
total
120,00
1,50
121,50
0,07
custo
total
4,79
5,15
0,78
1,19
0,03
0,06
11,99
0,07
custo
total
21,00
0,26
21,26
9216,31
9216,31
73730,45
Projeto CETHS
Cronograma de 8 unidades habitacionais
ANEXO E
Cronograma das 8 unidades habitacionais
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
CETHS
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Cronograma das oito unidades habitacionais
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PROGRAMA: HABITAR - BRASIL
OBRA: 8 unidades habitacionais do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis - CETHS
DATA DO ORÇAMENTO: OUTUBRO/2000
LOCAL: RS 464, Bairro Campo Vicente, Nova Hartz
CRONOGRAMA: 6 MESES (execução de 1 unidade no primeiro mês e execução das demais 7 unidades, em conjunto, nos 5 meses restantes)
ITEM DESCRIÇÃO
TOTAL
%
1
%
2
%
55,39
0,09
6,92
12,50
48,46
87,50
FUNDAÇÃO
9.448,80
14,60
1.181,10
12,50
8.267,70
87,50
3
PAREDES
6.671,28
10,31
833,91
12,50
3.502,42
52,50
4
COBERTURA
12.411,23
19,17
1.551,40
5
PAVIMENTAÇÕES
4.710,74
7,28
6
REVESTIMENTOS
2.739,48
7
ESQUADRIAS
8
1
INSTALAÇÃO DA OBRA
2
3
%
4
%
5
%
2.334,95
35,00
12,50
4.886,92
39,38
5.972,90
48,13
588,84
12,50
817,90
17,36
1.090,54
23,15
4,23
342,44
12,50
1.318,38
48,13
1.078,67
39,38
7.009,26
10,83
876,16
12,50
613,31
8,75
5.519,80
78,75
VIDRO
1.008,00
1,56
126,00
12,50
88,20
8,75
793,80
78,75
9
PINTURAS
5.055,91
7,81
631,99
12,50
10
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
3.735,26
5,77
466,91
12,50
11
COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS
4.153,78
6,42
519,22
12,50
1.453,82
12
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
6.493,32
10,03
811,66
12,50
13
PERGOLADOS
1.238,01
1,91
154,75
12,50
83,95
6,78
64.730,47
100,00
8.091,31
12,50
11.902,54
18,39
9.510,53
8.091,31
12,50
19.993,85
30,89
29.504,38
TOTAL DO PERÍODO
TOTAL ACUMULADO
1.470,76
39,38
1.797,59
6
%
2.213,46
46,99
4.423,92
87,50
35,00
2.180,74
52,50
2.840,83
43,75
2.840,83
43,75
48,13
999,31
80,72
14,69
11.880,23
18,35
11.686,92
18,05
11.658,94
18,01
45,58
41.384,61
63,93
53.071,53
81,99
64.730,47
100,00
Projeto CETHS
Cronograma das oito unidades habitacionais
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PROGRAMA: HABITAR - BRASIL
OBRA: 8 unidades habitacionais do Centro Experimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis - CETHS
DATA DO ORÇAMENTO: OUTUBRO/2000
ITEM DESCRIÇÃO
LOCAL: RS 464, Bairro Campo Vicente, Nova Hartz
CRONOGRAMA: 9 MESES (execução de 1 unidade nos 2 primeiros meses e execução das demais 7 unidades, em conjunto, nos 7 meses restantes)
TOTAL
%
1
%
2
%
3
%
4
%
5
%
6
%
7
%
8
55,39
0,09
6,92
12,50
48,46 87,50
FUNDAÇÃO
9.448,80
14,60
1.181,10
12,50
6.614,16 70,00
1.653,54
17,50
3
PAREDES
6.671,28
10,31
833,91
12,50
2.043,08 30,63
3.794,29
56,88
4
COBERTURA
12.411,23
19,17
620,56
5,00
930,84
7,50
4.886,92
39,38
4.886,92 39,38
5
PAVIMENTAÇÕES
4.710,74
7,28
272,63
5,79
316,21
6,71
817,90
17,36
1.090,54 23,15
6
REVESTIMENTOS
2.739,48
4,23
342,44
12,50
7
ESQUADRIAS
7.009,26
10,83
876,16
12,50
8
VIDRO
1.008,00
1,56
126,00
12,50
9
PINTURAS
5.055,91
7,81
631,99
12,50
10
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
3.735,26
5,77
93,38
2,50
11
COMPLEMENTOS HIDROSSANITÁRIOS
4.153,78
6,42
519,22
12,50
1.817,28
12
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
6.493,32
10,03
405,83
6,25
405,83
6,25
13
PERGOLADOS
1.238,01
1,91
11,99
0,97
142,76
11,53
64.730,47 100,00
3.706,48
5,73
4.384,83
6,77
3.706,48
5,73
8.091,31
1
INSTALAÇÃO DA OBRA
2
TOTAL DO PERÍODO
TOTAL ACUMULADO
373,53
10,00
958,82 35,00
1.470,76
83,95
39,38
9
%
8,75
2.213,46
46,99
4.599,83 65,63
1.533,28
21,88
661,50 65,63
220,50
21,88
1.438,23 52,50
4.423,92
87,50
43,75
1.817,28
43,75
3.124,91
48,13
2.556,74
39,38
8.909,43
13,76
8.797,94
13,59
86,41 64.730,47
100,00
1.797,59 48,13
6,78
8.789,66 13,58
1.085,98
%
999,31 80,72
5.447,83
12,50 16.880,97 26,08 22.328,80
8,42
7.175,58
11,09
34,50 29.504,38
45,58
8.733,87 13,49
8.784,85 13,57
38.238,25 59,07 47.023,10 72,64 55.932,53
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas
ANEXO F
Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS
SUSTENTÁVEIS
C ET H S
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas
ANEXO F – Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas.
Nome científico
Blepharocalix
suaveolens
Eugenia hiemalis
Brunfelsia uniflora
Calliandra twedii
Dodonea viscosa
Eugenia uniflora
Gomidesia palustris
Myrciaria cuspidata
Myrciaria delicatula
Myrrhinum loranthoides
Nome Popular
Família
Origem
Aproveitamento
Crescimento
Fenologia
Floração
Set a Nov
Frutificação
Mar a Abr
Camboim
Myrtaceae
RS
AF, ME
-
Folhas
P
Aperta-cu, Guamirim-defolha-miúda
Primavera, Manacá
Caliandra, Topete-decardeal
Vassoura-vermelha
Pitangueira
Guamirim, Uvá-mole
Camboim
Camboim bala
Verdadeiro pau-ferro,
Murta
Araçá
Myrtaceae
RS
AF
L
P
Abr a Jun
Jul a Nov
Solanaceae
Mimosaceae
RS
RS, VS
FO, ME
FO
M
-
P
P
Ago a Set
Set a Mar
Fev a Mar
-
Sapindaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
RS, VS
RS, VS
RS
RS
RS
RS, VS
AH, AF, AD, ME, ML
AH, AF, ML
AH, AF, ME, ML
AH, AF
-
M
M
M
-
P
P
P
P
-
Set a Out
Nov a Jan
Nov a Jan
Out a Mai
-
Nov a Jan
Fev a Jan
Nov a Jan
Nov a Jun
-
Myrtaceae
RS
AH, AF, AS, AD, ME,
L
P
Nov a Dez
Fev em diante
MEL
Ipê-amarelo
Bignoniaceae
RS
FO
M
C
Ago a Set
Set a Out
Tabebuia chrysotricha
Ipê-da-várzea
Bignoniaceae
RS, VS
FO
L
C
Set a Nov
Dez a Mar
Tabebuia umbellata
Quaresmeira-da-serra
Melastomace
RS
FO
R
P
Abr a Mai
Jan a Fev
Tibouchinia sellowiana
Origem: RS - nativa do Estado do Rio Grande do Sul; VS - nativa da região do Vale do Sinos (segundo ROSA, 1997 e DANIEL, 1992 )
Aproveitamento: AH - alimentação humana; AF - alimento para a avifauna; AS - alimento para outros animais silvestres; AD - alimento para animais domesticos; ME - uso
medicinal; ML - melífera
Crescimento: R - rápido; M - moderado; L - lento
Persistência foliar: P - persistente; SC - semi-caduca; C - caduca
Psidium cattleyanum
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas
ANEXO G
Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS
SUSTENTÁVEIS
C ET H S
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas
ANEXO G– Espécies arbóreas de médio porte para arborização de vias públicas
Nome científico
Allophyllus edullis
Bauhinia candicans
Britoa guazumaefolia
Butia capitata
Nome Popular
Chal-chal
Pata-de-vaca
Sete-capotes
Butiazeiro
Família
Sapindaceae
Caesalpinaceae
Myrtaceae
Palmae
Origem
RS, VS
RS
RS
RS
Aproveitamento
AH, AF, AS, ML
ME, FO
AH, AF, ME
AH, AF, AD, ML,
ME
AH, UAF
Crescimento
R
L
Folhas
P
SC
P
P
Fenologia
Floração
Set a Nov
Nov a Dez
Out a Nov
Set a Jan
Frutificação
Nov a Dez
Abr a Mai
Mar a Abr
Dez a Mar
Guabiroba-folha-miúda
Myrtaceae
RS, VS
P
Ago a Dez
Dez a Jan
Campomanesia
rhonbea
Guassatunga
Flacourticaceae
RS
AF, ME
M
P
Set a Out
Set a Dez
Casearia parviflora
Corticeira-do-banhado
Papilionaceae
RS, VS
FO
M
C
Set a Dez
Jan a Fev
Erythrina crista-galli
Cocão
Erythroxylaceae
RS, VS
AF, ME, ML
M
P
Set a Out
Fev a Mar
Erythroxyllum
argentinum
Uvaia
Myrtaceae
RS
AH, AF, ME
L
P
Nov a Jan
Jan a Fev
Eugenia pyriformis
Ástria
Myrtaceae
RS, VS
AH, AF
P
Ago
Set a Nov
Eugenia shuechiana
Camboim-da- folha-larga
Myrtaceae
RS, VS
Myrcia multiflora
Guttiferae
RS
AH, AF, AS, ME
L
P
Ago a Set
Dez a Fev
Rheedia gardneriana Bacopari
Araticum
Annonaceae
RS, VS
AH, AF, ME
R
C
Out a Nov
Mar a Mai
Rollinia exalbida
Aroeira-periquito
Anacardiaceae
RS
AF, ME, ML
R
P
Ago a Nov
Dez a Jan
Schinus molle
Sincho
Moraceae
RS, VS
AF, ME
P
Ago a Set
Fev a Mar
Sorocea bonplandii
Bignoniaceae
RS
FO
Tabebuia pulcherrima Ipê-amarelo
Tarumã-preta
Verbenaceae
RS
AH, AF, AS, ME
M
C
Out a Dez
Jan a Mar
Vitex montevidensis
Origem: RS - nativa do Estado do Rio Grande do Sul; VS - nativa da região do Vale do Sinos (segundo ROSA, 1997 e DANIEL, 1992)
Aproveitamento: AH - alimentação humana; AF - alimento para a avifauna; AS - alimento para outros animais silvestres; AD - alimento para animais domesticos; ME - uso
medicinal; ML - melífera
Crescimento: R - rápido; M - moderado; L - lento
Persistência foliar: P - persistente; SC - semi-caduca; C - caduca
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas
ANEXOS H e I
Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS HABITACIONAIS
SUSTENTÁVEIS
C ET H S
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas
ANEXO H – Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas
Nome científico
Apuleia leiocarpa
Aspidosperma
parvifolium
Ateleia glazioviana
Banara parviflora
Cabralea cangerana
Campomanesia
xanthocarpa
Cecropia catarinensis
Cedrela fissilis
Cordia trichotoma
Cupania vernalis
Eryithrina falcata
Eugenia involucrata
Eugenia rostrifolia
Guapira opositae
Guarea lessoniana
Holocalyx balansae
Ilex paraguaiensis
Inga marginata
Jacaranda micrantha
Luhea divaricata
Matayba elegnoides
Nome Popular
Grápia
Guatambú
Timbó
Pau-vidro
Canjerana
Guabirobeira
Embaúba
Cedro
Louro-branco
Camboatá vermelho
Corticeira da serra
Cerejeira
Batinga
Maria mole
Camboatá-branco
Alecrim
Erva-mate
Ingá-feijão
Caroba
açoita-cavalo
Camboatá-branco
Família
Origem
Aproveitamento
Crescimento
Caesalpiniaceae
Apocynaceae
RS
RS
-
L
R
Folhas
C
SC
Fabaceae
Flacourtiaceae
Meliaceae
Myrtaceae
RS
RS
RS, VS
RS, VS
ME
AF, ME
AH, AF, AD, ME
R
M
L
C
P
C
Cecropiaceae
Meliaceae
Boraginaceae
Sapindaceae
Fabaceae
Myrtaceae
Myrtaceae
Nyctanginaceae
Meliaceae
Caesalpiniaceae
Aquifoliaceae
Mimosaceae
Bignoniaceae
Tiliaceae
Sapindaceae
RS
RS, VS
RS, VS
RS, VS
RS, VS
RS
RS, VS
RS, VS
RS
RS
RS, VS
RS, VS
RS, VS
RS, VS
RS, VS
AF, AS, ME
ME
FO
AF, ML
FO
AH, AF, AD, ME
AH, AF, AD
ME
AH, AF, ME
AH, AF, AS, ML
FO, ME
ME, FO
AF
R
R
R
M
R
L
L
L
M
R
R
M
P
C
C
P
SC
P, SC
P
P
P
P
C
C
P
Fenologia
Floração
Set a Dez
Ago a Nov
Frutificação
Dez a Fev
Jul a Ago
Nov a Jan
Mar a Mai
Set a Nov/ Fev a Mar Julho em diante
Set a Out
Dez a Jan
Dez a Mar
Set a Dez
Fev a Abr
Dez a Mar/ Jun a Set
Out a Nov
Set a Nov
Dez a Jan
Dez a Jan
Set a Dez
Out a Fev
Out a Dez
Dez a Fev
Set a Nov
Abr a Jun
Jul a Ago
Mai a Jul
Out a Dez
Dez a Mar
Out a Dez
Jun a Jul
Jun a Jul
Dez a Mar
Mar a Mai
Jul a Set
Mai a Jun
Dez a Jan
Projeto CETHS
Espécies arbóreas de pequeno porte para arborização de vias públicas
ANEXO I – Espécies arbóreas de grande porte para arborização de vias públicas (continuação)
Nome científico
Nome Popular
Família
Origem
Aproveitamento
Crescimento
Fenologia
Folhas
Floração
Frutificação
Uvá-duro
Myrtaceae
RS
AF, FO
P
Fev a Abr
Jun a Out
Myrcia glabra
Guabijú
Myrtaceae
RS, VS
AH, AF, AS, ME, ML
L
P
Set a Nov
Jan a Mar
Myrcianthes pungens
Jaboticabeira
Myrtaceae
RS
AH, AF, ME
L
P
Set a Out
Out a Nov
Myrciaria trunciflora
Cabreúva
Fabaceae
RS, VS
ME, ML
M
C
Set a Out
Jan a Fev
Myrocarpus frondosus
Canela lajeana
Lauraceae
RS, VS
AF
L
P
Nov a Jan
Mai a Jul
Ocotea pulchella
Canela
Lauraceae
RS, VS
AF
L
P
Nov a Jan
Mai a Jul
Nectandra lanceolata
Canela-preta
Lauraceae
RS, VS
AF
L
P
Ago a Out
Dez a Abr
Nectandra megapotamica
Angico-vermelho
Mimosaceae
RS, VS
ME, ML
R
C
Nov a Dez
Jun a Jul
Parapiptadania rigida
Guajuvira
Boraginaceae
RS, VS
ME
L
C
Set a Nov
Nov a Jan
Patagonula americana
Canafístula
Caesalpiniaceae
RS
FO
R
C
Nov a Fev
Mai a Jul
Peltophorum dubium
Jaborandi
Rutaceae
RS
ME, FO
P
todo o ano
todo o ano
Pilocarpus pinnatifolius
Aguaí
Sapotaceae
RS
Pouteria gardneriana
Aguaí-folha-de-salso
Sapotaceae
RS, VS
Pouteria salicifolia
Capororoca
Myrsinaceae
RS
AF, ME
P
Set a Dez
Dez a Abr
Rapanea umbellata
Carvalho-brasileiro
Proteaceae
RS
M
C
Jun a Ago
Ago a Out
Roupala brasiliensis
Gerivá
Palmae
RS, VS
AH, AF, AS, AD, ML
M
P
Set a Mar
Fev a Ago
Syagrus romanzoffiana
Ipê-amarelo, Ipê-ouro
Bignoniaceae
RS
FO
R
C
Jul a Set
Out a Nov
Tabebuia alba
Ipê-rôxo
Bignoniaceae
RS, VS
ME, FO
R
C
Set a Fev
Out a Mar
Tabebuia avellanedae
Grandiuva
Ulmaceae
RS, VS
AF, AD, ML
R
P
Set a Jan
Jan a Mai
Trema micrantha
Catiguá
Meliaceae
RS, VS
AF
L
SC
Ago a Out
Jan a Mar
Trichilia claussenii
Origem: RS - nativa do Estado do Rio Grande do Sul; VS - nativa da região do Vale do Sinos (segundo ROSA, 1997 e DANIEL, 1992 )
Aproveitamento: AH - alimentação humana; AF - alimento para a avifauna; AS - alimento para outros animais silvestres; AD - alimento para animais domesticos; ME - uso
medicinal; ML - melífera
Crescimento: R - rápido; M - moderado; L - lento
Persistência foliar: P - persistente; SC - semi-caduca; C - caduca
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
ANEXO J
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais do
CETHS
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
CETHS
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
Figura 43. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 05/09/01.
Figura 44. Estágio de implantação da primeira unidade habitacional, em Nova
Hartz, em 08/10/01.
Figura 45. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 18/10/01.
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
Figura 46. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 05/11/01.
Figura 47. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 05/11/01.
Figura 48. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 14/11/01.
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
Figura 49. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 21/11/01.
Figura 50. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 21/11/01.
Figura 51. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 21/11/01.
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
Figura 52. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 29/11/01.
Figura 53. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 29/11/01.
Figura 54. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 29/11/01.
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
Figura 55. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 07/12/01.
Figura 57. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 02/03/02.
Figura 58. Estágio de implantação do CETHS, em Nova Hartz, em 02/03/02.
Projeto CETHS
Fotografias da construção das 8 unidades habitacionais
ANEXO L
Relação de publicações adquiridas com recursos do Projeto
CEHTS
CENTRO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS
HABITACIONAIS SUSTENTÁVEIS
C ET H S
LOCAL: RS 464 – Bairro Campo Vicente – Nova Hartz
Porto Alegre
Maio 2002
Projeto CETHS
Relação de publicações adquiridas pelo projeto
RELAÇÃO DE PUBLICAÇÕES ADQUIDAS PELO PROJETO CETHS
TÍTULO
1- Housing Ourselves: Creating Affordable, Sustainable Shelter
2- The Oregon Experiment
3- A Pattern Language: Towns, Buildings, Construction
4- Timeless Way of Building
5- Design With Nature
6- Regenerative Design for Sustainable Developmant
7- Green Development: Integrating Ecology and Real Estate
8- Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth
9- Earth in Mind: On Education, Environment, and the Human Prospect
10- Ecological Design
11- Ecotourism and Sustainable Development: Who Owns Paradise?
12- Designing With Nature: The Ecological Basis for Architectural Design
13- Architecture and the Environment: Bioclimatic Building Design
14- Introduction to Permaculture
15- From Eco-Cities to Living Machines: Principles of Ecological Design
16- Eco-Villages & Sustainable Communities: Models for 21st Century
Living
17- Green Architecture: Design for na Energy-Conscious Future
18- Chinese Biogas Manual: Popularizing Technology in the Count
19- Running a biogas Programme: A Handbook
20-Earth to Spirit: In Search of Natural Architecture
21- From Eco-Cities to Living Machines: Principles of Ecological Design
22- Deep Design: Pathways to a Livable Future
23- Places of the Soul: Architecture and Environmental Design As a
Healing Art
24- Green Design: Design for the Environment
25- The Humanure Handbook: A Guide to Composting Human Manure
26- Composting Toilet System Book: A Practical Guide to Choosing,
Planning and Maintaining Composting Toilet Systems
27- Sustainable Architecture: Principles, Paradigms, and Case Studies
28- Ecological Design Handbook: Sustainable Strategies for
Architecture, Landscape Architecture, Interior Design, and Planning
29- Designing With Nature: The Ecologiacl Basis for Architectural
Design
30- Create an Oasis With Greywater: Your Complete Guide to Choosing,
Building and Using Greywater Systems
31- Bulder’s Greywater Guide: Installation of Greywater Systems in New
Construction & Remodeling; A Supplement to the Book Create na Oasis
With greywat
32- The Humanure Handbook: A Guide to Composting Human Manure
(The Humanure Hand Book,2)
33- Sustainability and Cities: Overcoming Automobile Dependence
34- Reshaping the Built Environment: Ecology, Ethics, and Economics
35-Roof Gardens : History, Desingn and Construction
36- The Cohousing Handbook : Building a Place for Community
37- Cohousing: A Contemporary Approach to Housing Ourselves
38- Healthy House Bulding for the New Millennium
John Bower
39- Buildings of Earth and Straw: Structural Desing for Rammed Earth
AUTOR
Richard Burnham
Christopher Alexander
Christopher Alexander
Christopher Alexander
Ian McHarg
John Tillman Lyle
Alex Wilson
Williams E. Rees
David W. Orr
Sim Van Der Ryn
Martha Honey
Ken Yeang
David Lloyd Jones
Bill Mollison
Nancy Jack Todd
Jillian Conrad
Brenda Vale
Ariane Van Buren
David Fulford
David Pearson
Nancy Jack Todd
David Wann
Christopher Day
Dorothy Mackenzie
Joseph C. Jenkins
David Del Porto
James Steele
Fred Stitt
Ken Yeang
Art Ludwig
Art Ludwig
Joseph C. Jenkins
Peter Newman
Charles J. Kibert
Theodore H. Osmundson
Chris Hanson
Kathryn Mc Camant
John Bower
Bruce King
Projeto CETHS
Relação de publicações adquiridas pelo projeto
and Straw Bale Architecture
40- Silence, Song and Shadows: Our Need for the Sacred in Our
Surroundings
41- The Natural House: A Complete Guide to Healthy, Energy
Independent , Envirolmental Homes
42- Living Spaces:Ecological Building and Design
Tom Bender
Daniel C. Chiras
43- Daylighting: Design and Analysis
44- Behavior and the Natural Environment: Human
Behavior and
Environment
45- Elderly People and The Environment: Human Behavior and the
Environment
46- Applied Ecological Psychology for Schools Within Communities:
Assessment and Intervention
47- People- Plant Relationships: Setting Research Priorities
48- Children’s Play and Nature in na Urban Environment
49- Adobe Architecture
50- The Rammed Earth House
51- The Passive Solar House
52- Independent Builder: Designing & Building a House Your own way
( Real Goods Independent Living Books)
53- Serious Straw Bale : A Home Construction Guide for all Climates
(Real Goods Solar Living Book)
54- Audubon House: Building the Environmentally Responsible Energy
Efficient Office,
55- Build It With Bales: A Step-By-Step Guide to Straw-Bale
Construction, Version Two
56- The New Independent Home: People and Houses That Harvests
The Sun
57 – Capitalismo Natural
Thomas Schmitz Günter
Abraham
Claude L. Robbins
Irwin Altman
Irwin Altman
Jody L. Swartz
Joel Flagler
Beate Jansson
Myrtle Stedman
David Easton
James Kachadorian
Sam Clark
Paul Lacinski
Architects Staff, Croxton
Collaborative
S.O. MacDonald
Michael Potts
Paul Hawken, Amory
Lovins, L. Hunter Lovins
PERIÓDICOS SUBSCRITOS PELO PROJETO CETHS
TÍTULO
Sustainable building
Environmental Building News
EDITOR
Ronald Rovers
Alex Wilson
OUTROS MATERIAIS BIBLIOGRÁFICOS ADQUIRIDOS PELO PROJETO CETHS
TÍTULO
E Build Library – Version 2.0
Green Building Advisor
EDITOR
Environmental Building News
Building Green, Inc.

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