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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Fe ve re iro 2011 ShareHim Alegria de Falar sobre Jesus 14 Vislumbres do Sudão 22 Compartilhando os Dons de Deus 26 Inimigo Disfarçado Fe ve re iro 2011 A IGREJA EM AÇÃO Editorial ............................ 3 Notícias do Mundo 3 Notícias & Imagens Visão Mundial 8 A Sólida Palavra de Deus em um Mundo Caótico SAÚDE NO MUNDO Vacinas que Salvam Vidas .................. 11 A R T I G O D E ShareHim C A P A Por Bill Knott .............................................................................. 16 Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless BÍBLICAS Em todo o mundo, membros de igreja estão se unindo aos pastores para falar do evangelho. PERGUNTAS DEVOCIONAL Por Ángel Manuel Rodríguez Qual é a Vontade de Deus para a Sua Vida? Inimigo Disfarçado ...................... 26 Por Obed Onyiego Soire .............................................................. 12 Pode Deus nos usar? Sim, de diferentes maneiras, mais do que imaginamos. VIDA ADVENTISTA Vislumbres do Sudão Por Llewellyn Juby .......................... 14 ESTUDO BÍBLICO O Conselheiro Divino .............................. 27 Por Mark Finley Como a Adra está melhorando a qualidade de vida de um país. ESPÍRITO DE PROFECIA Missionários para Hoje Por Ellen G. White...................... 21 Não precisamos ir ao mundo todo, nem mesmo ao outro lado da cidade. CRENÇAS FUNDAMENTAIS Compartilhando os Dons de Deus INTERCÂMBIO MUNDIAL 29 Cartas 30 Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Ideias O Lugar das Pessoas ............................. 32 Por Philip Rodionoff .................................................................... 22 Permita que Deus use seus talentos para glória dEle. HERANÇA ADVENTISTA Sofrendo por Ele Por Yevgeny Zaitsev ................................. 24 Os desafios de guardar o sábado em um regime repressivo. Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 7, nº 2, Fevereiro de 2011. 2 Adventist World | Fevereiro 2011 Tradução: Sonete Magalhães Costa www.portuguese.adventistworld.org A Igreja em Ação EDITORIAL Consequências Não Intencionais N em tudo aconteceu como esperávamos com esta revista, mas não poderíamos estar mais satisfeitos! Quando a Adventist World foi lançada, em setembro de 2005, estava disponível em apenas dois idiomas (inglês e coreano), e somente na versão impressa. Cinco anos e meio mais tarde, é impressa 1,5 milhão de cópias em oito idiomas e os leitores podem acessar a edição on-line da revista em treze idiomas, incluindo árabe, romeno e urdu (visite www. adventistworld.org e selecione o menu de idiomas). Esta revista foi planejada para atender primariamente as necessidades dos membros da igreja, não o público em geral. Porém, chegam até nós muitas histórias que confirmam a efetividade da Adventist World como ferramenta de testemunho para compartilhar as verdades da Palavra de Deus. Planejamos essa revista para que se concentrasse em histórias e notícias que ajudassem a unificar e a nutrir um movimento global de grande e rápido crescimento, mas milhares de pessoas estão ansiosas para olhar sobre os ombros de seus vizinhos adventistas e satisfazer uma curiosidade saudável sobre a igreja remanescente de Deus. A esta altura, o número de pessoas que se uniram à Igreja Adventista do Sétimo Dia como resultado do ministério desta revista certamente está na ordem das centenas, talvez milhares. Um fiel membro da África conta que mais de sessenta pessoas foram batizadas como resultado das cópias da Adventist World distribuídas por ele. Um de nossos artigos de capa, “Convencido por Um Pedaço de Papel” (junho de 2010), relatou a história de dezenas de pessoas que aceitaram a fé adventista após encontrar apenas duas páginas dessa revista na beira de uma estrada na região rural. A cada semana lemos cartas de homens e mulheres de outras denominações que pedem informação sobre como conseguir um exemplar. Por enquanto, tudo o que podemos responder é: “Continuem pedindo aos adventistas que vocês conhecem para doarem suas revistas.” Este, na realidade, é um plano muito bom: quando você acabar de ler o seu exemplar desta revista, doe para outra pessoa. Melhor ainda: diga-lhe quais artigos mais o impressionaram e mais tarde procure essa pessoa para conversar sobre a revista. Essa é uma maneira simples de amar o seu semelhante e que certamente pode ser usada por Jesus para chamar aqueles que pertencem a Ele. – Bill Knott ■ “O período que passei no Camboja foi uma experiência especial para mim”, relata Catrin Hoffmann, que participou de um projeto de auxílio ao desenvolvimento de quatro semanas de duração no ano de 2003. O projeto foi patrocinado pelo Colégio Adventista Marienhöhe quando Catrin ainda estudava lá. Em 2005, Hoffman passou no teste preparatório (Abitur) para o colégio Marienhöhe, e posteriormente, de setembro de 2007 a setembro de 2008, foi professora voluntária em uma escola no Camboja que mantém parceria com sua universidade. Hoffman compartilha o seguinte a respeito de sua experiência: “Fiquei impressionada especialmente com a amizade e a gratidão das pessoas. Por meio deles, conheci uma cultura completamente diferente. Ensinar as crianças e cuidar delas foi de grande ajuda não somente para elas, mas para mim, porque aprendi muito. Tenho mantido contato com as crianças desde que parti, e sempre me empolgo quando me falam sobre seus planos de realizar algo de bom para os seus conterrâneos. O Camboja passou a ser uma parte importante de minha vida.” D I V I S Ã O No Camboja, Estudantes Adventistas da Alemanha Fazem a Diferença E U R O - A F R I C A N A NOTÍCIAS DO MUNDO NO TRABALHO: Alunos da Academia Adventista Marienhöehe trabalhando no projeto de reforma de uma escola no Camboja, financiada pelos alunos adventistas. Fevereiro 2011 | Adventist World 3 A Igreja em Ação 4 Adventist World | Fevereiro 2011 N A M I S S I O N Á R I O C A M P O D O C O R T E S I A O envolvimento da escola com a nação do sudeste asiático teve início no ano de 2001, quando um grupo do Colégio Adventista Marienhöhe foi ao Camboja pela primeira vez para ajudar em um projeto de auxílio ao desenvolvimento. Foram construídas cerca de 40 instalações sanitárias em um campo de refugiados localizado próximo à escola parceira. Nos anos seguintes, foram construídos mais orfanatos e salas de aula, cavados esgotos, reconstruído um dispensário danificado por cupins e instalado um gerador a diesel a fim de produzir eletricidade. Atualmente, 120 órfãos, que vivem em cinco casas, recebem roupas e carinho. Esse auxílio tem sido de valor inestimável para o povo cambojano, que já passou por muitas dificuldades. A assistência provê cura física e emocional para as crianças, além de prevenir que morem nas ruas. Alunos do Colégio Adventista Marienhöhe colaboram com a população local. As amizades feitas muitas vezes duram anos. Os estudantes aprendem a ver o mundo de uma perspectiva diferente. Eles apreendem que os valores daquelas crianças são muito distintos dos valores das crianças da Europa. Eles se conscientizam do luxo em que vivem; e a abertura, amizade e companheirismo com as crianças acabam valendo muito mais do que dinheiro e vida abastada. Está crescendo o número de alunos que se formam no Colégio Adventista Marienhöhe e que querem ser voluntários no projeto de auxílio ao desenvolvimento da escola com parceria no Camboja. Em setembro de 2010, os alunos do colégio organizaram várias atividades para arrecadar fundos a fim de construir dormitórios para professores e voluntários que trabalham na escola no Camboja. – Reportagem de Karl Strassner, Divisão Euro-Africana M O N G Ó L I A NOTÍCIAS DO MUNDO JORNADA DESAFIADORA: Os componentes do grupo musical mongol Os Descendentes posam em frente a um veículo alugado, que quebrou 10 vezes durante uma viagem de 1.200 quilômetros para um lugar em que fariam uma apresentação. Os cantores adventistas se apresentam com frequência em reuniões de evangelismo realizadas pela igreja na região. Mongólia: Os Descendentes, Grupo Musical Adventista, Passa por Dificuldades para Levar a Mensagem ■ Um grupo musical da Mongólia apoia o evangelismo e a Igreja Adventista do Sétimo Dia cresce no país, após ter sido estabelecida há menos de 20 anos. O grupo formado por sete componentes, chamado Os Descendentes, faz concertos e oferece aulas durante a série evangelística de cinco dias, realizada nos locais em que os missionários adventistas chegaram recentemente. Devido às limitações financeiras da igreja no Campo Missionário na Mongólia, formado por 1.600 membros, o grupo é patrocinado por doações particulares. “Os jovens mongóis gostam do grupo. Não há muitas opções de música ao vivo”, afirmou Paul Kotanko, diretor de operações da Igreja Adventista na Mongólia. Apesar de Os Descendentes ser uma novidade para a igreja na Mongólia este ano, o conceito não é novo na região – esse grupo musical tem como modelo o grupo Anjos Dourados, um grupo musical de apoio ao evangelismo patrocinado pela igreja na região do Pacífico-Norte Asiático, com sede em Ilsan, Goyang, Coreia do Sul. A igreja na Mongólia, pertencente a essa região administrativa da igreja, está crescendo rapidamente. Administradores da igreja consideram a possibilidade de comprar um terreno para um centro de treinamento de jovens e tentam registrar a escola no governo, fazendo dela a primeira escola adventista no país. O cristianismo é relativamente novo na Mongólia. O fim do governo socialista em 1990 abriu o país à prática da religião – cerca da metade da população é budista, e mais de um quarto é ateísta. Crenças xamanistas são também muito difundidas. Os primeiros missionários adventistas na Mongólia chegaram em 1992. Embora a Igreja Adventista esteja crescendo no país, há apenas 22 congregações estabelecidas. O grupo Os Descendentes pode exaurir os seus recursos e não ter mais reuniões evangelísticas para se apresentar. O grupo, no entanto, tem ajudado no crescimento da igreja, assim como contribuído para os programas culturais e de saúde da igreja. Durante as reuniões de evangelismo com uma semana de duração, aulas sobre saúde são ministradas por um dos componentes do grupo que é estudante de medicina. Da mesma forma, a ex-diretora infantil da Missão na Mongólia dá aulas para crianças. No palco, o grupo canta uma mescla de músicas de composição local, músicas japonesas e também religiosas. Eles cantam em inglês, coreano, japonês e mongol. S U L- A M E R I C A N A Igreja Adventista do Sétimo Dia no Peru. Florián explicou que a lei também proíbe qualquer “ação ou omissão” discriminatória contra uma pessoa por razão de sua crença religiosa e reconhece o pluralismo religioso, assegurando que todas as crenças desfrutem dos mesmos “direitos, obrigações e benefícios”. Representantes da Igreja Adventista têm trabalhado em favor de maior proteção à liberdade religiosa no Peru por mais de uma década, promovendo encontros com oficiais do governo e representantes denominacionais de todo o país. D I V I S Ã O PERU: Nova Lei Protege Liberdade Religiosa ■ Membros do congresso peruano recentemente votaram a aprovação de uma lei que garante liberdade religiosa para todos os cidadãos, o que já era reconhecido pela constituição desse país sul-americano. A aprovação da lei ocorreu um ano após o encontro de 40 mil peruanos na capital do país, Lima, em um festival de apoio à liberdade religiosa. A nova lei garante o livre exercício religioso público e privado, excetuando casos em que tal expressão infrinja a liberdade ou direitos fundamentais alheios, e em que a ordem ou o bem-estar público sejam ameaçados. “A lei protege as convicções religiosas de estudantes e exige que instituições estaduais de ensino a respeite, garantindo que a prática de fé do estudante não afete suas notas escolares”, explicou Edgardo Muguerza Florián, responsável por Relações Públicas e Liberdade Religiosa para a PA R L D A C O R T E S I A DEBATE LEGISLATIVO: Legisladores peruanos durante as fases preliminares de elaboração da lei que visa garantir o pluralismo religioso no país. F O T O : “Até certo ponto, é uma novidade ouvir um grupo cantando em outra língua aqui”, relata Kotanko. “Os visitantes ficam impressionados. Muitos mongóis costumavam falar coreano devido à proximidade do país com a Coreia do Norte.” O grupo faz apresentações perto de casa, na capital Ulaanbaatar, e também viajam por até dois dias para se apresentar. No mês passado, o veículo que haviam alugado quebrou 10 vezes numa viagem de 1.200 quilômetros para a cidade de Gobi Altai. “O resultado, no entanto, foi maior união e muitas lembranças da nossa viagem missionária”, afirma o diretor do grupo, Kang HaShik. Mais de 400 pessoas assistiram o concerto. – Reportagem de Ansel Oliver, diretor assistente de notícias, Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. “Estamos muito satisfeitos em ver que o nosso trabalho pode ter influenciado de alguma maneira a aprovação desta lei histórica”, declarou John Graz, diretor do Departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Associação Geral. Graz acrescentou que a legislação é uma prova dos esforços de todos os defensores da liberdade religiosa no Peru. O movimento de liberdade religiosa no país vem de longa data, e tem feito da proteção contínua dessa liberdade um investimento importante. – Rede Adventista de Notícia TANZÂNIA: Projeto da Adra no Reino Unido Apoia Comunidade Albina ■ A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) do Reino Unido está apoiando e treinando a comunidade albina da Tanzânia, a qual enfrenta falta de FORMANDOS DA MAIOR TURMA DO SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO BRASIL: A maior turma de formandos de todos os tempos do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia – 138 Mestres em Teologia – reuniu-se do lado de fora da igreja do campus no dia 31 de julho antes da cerimônia de colação de grau. Entre eles, dois eram pastores de congregações adventistas na Angola, África, e outros sete receberam seus diplomas de doutorado. A Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma das regiões de maior crescimento na igreja mundial, e a necessidade de obreiros treinados é grande. Fevereiro 2011 | Adventist World 5 A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO escolas, escassez de empregos e segregação na região. Lançado em dezembro de 2010, o Projeto de Apoio e Capacitação da Sociedade Albina da Tanzânia trabalhará por dois anos com a comunidade albina, fornecendo de sua sede em Dar es Saalan, uma série de treinamentos, advocacia e administração. O projeto é a sequência de outros projetos da Adra na Tanzânia, que inclui a doação de produtos de proteção solar, receitas médicas para óculos e ajuda nos custos com escola para os estudantes albinos. Os administradores da Adra esperam que o projeto dê continuidade no auxílio às necessidades educacionais e médicas da comunidade albina. A discriminação a albinos tem aumentado em toda África subsaariana. O estigma social, a vulnerabilidade física e a sensibilidade visual em presença da luz contribuem para que os aproximadamente 150 mil albinos na Tanzânia seja o grupo mais pobre do país. “Regularmente os albinos enfrentam o ridículo, isolamento e agressões físicas; parte de seus corpos são muito valiosas no mercado negro para ser usadas em bruxarias”, explicam os administradores da Adra. “A comunidade em geral ainda não compreendeu que somos todos iguais, sendo apenas o pigmento da pele diferente”, disse Zulfa, uma adolescente da comunidade albina da Tanzânia aos diretores da Adra. “Temos as mesmas necessidades. Somos todos humanos.” Parte desse projeto é a necessidade de voluntários para a formação de grupos de advogados que viajem a lugares estratégicos na Tanzânia para conscientização sobre a comunidade albina, por meio de palestras nas escolas e igrejas. Por meio de canções, dramas, histórias e palestras, o grupo procurará educar o público sobre o albinismo e aumentar o apoio à comunidade albina. 6 Adventist World | Fevereiro 2011 Nas Filipinas, conversões à Igreja Adventista podem inibir casamentos Pastores, congregações, conversos; estilo de vida adventista traz esperança Por Ansel Oliver, diretor associado de notícias da Associação Geral, escreve de Lambuling, T’boli, Filipinas A s meninas se casam e têm filhos cedo em T’boli, Cotabato do Sul, Filipinas. Os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia daqui esperam que, para algumas, esse costume mude em uma geração. A esperança deles resulta do que tem acontecido por dois anos: vários pastores de outras denominações protestantes, das aldeias agrícolas dos altiplanos, se converteram à Igreja Adventista. Os membros que os acompanharam podem ter acesso às escolas da denominação se conseguirem patrocinadores. “Logo, as famílias da região poderão enviar suas filhas de 12 e 13 anos de idade para a escola, em vez de casarem-se precocemente”, afirmam os líderes adventistas. Apesar dos recursos limitados, a Igreja Adventista na região sul de Mindanau está tentando dar mais apoio às novas congregações adventistas. Por todo o território da Missão Adventista do Sul do Mindanau, um número significativo de 45 pastores já se converteu nos últimos anos através do trabalho de missionários adventistas e obreiros bíblicos da região, assim como ex-colegas de classe e ex-professores que se converteram desde então. A maioria diz que as doutrinas da igreja, como a observância do sábado e a ênfase na vida saudável, os convenceram a fazer a mudança. “Muitos membros de suas congregações anteriores se converteram juntamente com seus pastores – em alguns casos, quase todos; em outros, a metade da congregação. Outros mais podem ainda se converter, dependendo de como veem as intenções de sua nova denominação”, afirmam os líderes da Igreja Adventista. “Alguns mudaram imediatamente, alguns levaram mais tempo e outros esperam para ver se terão benefícios ou se os missionários estão querendo tirar vantagem deles”, descreve Romulo Tuballes, diretor de comunicação da Missão do Sul do Mindanao, uma região de aproximadamente 60 mil membros. “ Outros grupos religiosos já passaram pela região de T’boli fazendo promessas de apoio que nunca cumpriram. Mas não fazemos promessas ilusórias.” infantis Da esquerda em sentido horário: MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA: Meninas da região montanhosa de T’boli, Filipinas, geralmente se casam com 12 a 14 anos de idade e logo começam a ter filhos. Líderes adventistas esperam que membros recém-convertidos estimulem as filhas a estudar, em vez de casarem precocemente. REFORMA: A igreja de Lambuling era uma congregação pentecostal até se tornar adventista por influência do seu pastor recém-convertido. A maioria das igrejas das encostas rurais da região de T’boli tem paredes feitas de palha de bambu. PASTOR OCUPADO: William Galagnara supervisiona 25 igrejas na região do Lago Sebu. Ele é um dos 45 pastores evangélicos que se tornaram adventistas nos últimos anos. A N S E L O L I V E R Os líderes, no entanto, já informaram às congregações daqui sobre a proposta de criar uma escola bíblica para pregadores leigos, a qual pretendem iniciar no próximo mês. Os líderes, contudo, comunicaram aos moradores que isso ocorrerá apenas se um patrocinador for encontrado no início deste ano. A maior parte dos pastores e membros planta milho. A denominação não quer criar dependência, mas Tuballes explica que ele também espera ajudar os novos pastores e membros de forma mais prática, como pelo fornecimento de ferramentas básicas para o plantio. “A esperança deles pode ser fortalecida por saber que alguém se importa com eles”, Tuballes afirmou em uma caminhada de 20 minutos descendo uma íngreme e estreita trilha de chão batido ao voltar para seu carro na estrada principal. Ele tinha acabado de visitar, pela terceira vez, uma igreja com telhado de palha desde que seus 30 membros se tornaram adventistas em setembro do ano passado. A tendência de pastores aceitarem a fé adventista é algo que também pode ser encontrado nas redondezas do Lago Sebu, a aproximadamente 32 quilômetros de distância. Um dia antes, vários pastores recém-convertidos à Igreja Adventista encontraram-se para receber treinamento ministerial em uma igreja local. Um dos pastores era Arvin Dulay, que fundou 62 congregações para o movimento de implantação de igrejas “One Way Outreach”. Dulay, de 35 anos de idade, disse que seus amigos se surpreenderam quando ele se tornou adventista e lhe perguntaram a razão disso. Ele explicou que encontrou mais verdade bíblica na Igreja Adventista após ter sido visitado por um missionário e, posteriormente, ter estudado a Bíblia com um membro leigo da região. Tal como ele, outros cinco pastores tornaram-se adventistas. Elizar L. Abas, ex-pastor de outra denominação, se tornou adventista em agosto. Durante vinte anos, ele havia lido livros escritos pela cofundadora da Igreja Adventista, Ellen White, sobre saúde e vida familiar. Ele é um dos vários novos pastores adventistas que trabalham na província vizinha de Cotabato do Norte. O presidente da missão, Roger Caderma, estabeleceu a meta de pelo menos um batismo por mês para cada um dos 46 pastores que trabalham para a missão. O aumento mais significativo de membros recentemente, no entanto, é resultado de trabalho feito anteriormente, quando membros de outras congregações seguiram seu pastor e também aceitaram a fé adventista. “É incrível, mas aqui estamos fazendo batismos por igreja, não só individualmente”, declara Caderma. Os filhos de muitos dos novos membros possivelmente logo poderão frequentar o colégio de Matutum View, na cidade de Tupi. O colégio interno recebeu o nome de uma montanha vizinha, que pode ser vista nos campos de abacaxi e palmeiras. Centenas de alunos de cinco tribos frequentam a escola, e quase metade deles recebe uma ajuda significativa para custear seus estudos, trabalhando como bolsistas. Fevereiro 2011 | Adventist World 7 A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL I magine 1.200 quilômetros de estantes. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos é a maior biblioteca do mundo, com aproximadamente 145 milhões de itens distribuídos nos 1.200 quilômetros de A da Bíblia, Deus nos alcança e comunica Seu desejo de nos salvar. “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3:16).* Foi Deus quem inspirou os autores bíblicos. Eles, por sua vez, escreveram em linguagem humana. bíblicos foram movidos pelo Espírito Santo, muito tempo atrás, para escrever (veja 2Pe 1:21). E o mesmo Espírito que outrora inspirou a Bíblia deve estar conosco hoje, ao lê-la. Se o Espírito Santo não iluminar nossa mente, não alavr Sólida P de em um Deus Mundo Caó Por Ted N.C. Wilson A credibilidade da Bíblia estantes. As coleções são constituídas de mais de 33 milhões de livros. Ao passo que muitos dos livros são de grande influência, nenhum se compara com a Bíblia. Esse é um livro que tem sido amado e odiado. Ao longo da história humana, contra persistentes ataques, ele tem sido miraculosamente preservado. Embora a Bíblia tenha sido de grande influência no pensamento político e cultural, sua singularidade está relacionada à sua origem e conteúdo. Esse livro é a revelação divina. Através Ted N. C. Wilson é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. 8 Adventist World | Fevereiro 2011 A Bíblia não é uma coleção de “fábulas engenhosamente inventadas” (2Pe 1:16). O cumprimento de muitas profecias demonstra que podemos confiar na Bíblia e confirma a segurança que podemos ter de que as Escrituras são a revelação infalível da vontade de Deus. Apesar das tentativas para destruí-la, a Bíblia foi preservada com incrível exatidão. Questão de Autoridade Talvez a razão principal para muitos não aceitarem a Bíblia como a Palavra inspirada por Deus seja porque não querem aceitar sua autoridade na vida pessoal. As Escrituras têm autoridade divina porque é por meio delas que Deus fala pelo Espírito Santo. Deus foi e ainda está envolvido ativamente na transmissão de Sua Palavra. Os autores podemos compreender a Bíblia, e nem mesmo reconhecê-la como a vontade expressa de Deus. Aceitar que Deus sempre Se comunicou e continua Se comunicando ativamente por meio da Sua Palavra confere autoridade à Bíblia. Ela passa a ser a palavra final em todas as questões de crença e forma de viver. Não podemos permitir que forças científicas e socioculturais ditem o significado da Bíblia. As seguintes palavras do apóstolo Paulo são tão relevantes hoje como quando as escreveu aos cristãos de Roma há quase 2 mil anos: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). Alguns, ainda que aceitem a Bíblia como a Palavra de Deus, questionam se toda a Bíblia é inspirada por Deus. Seguindo critérios diversos, eles alegam que algumas partes da Bíblia não são inspiradas, ou não tão inspiradas como J O S E F K IS S I N G E R /A N N a tico outras. Em muitos círculos cristãos, essa maneira de entender a Bíblia tem diminuído sua autoridade ao mínimo ou a anulado por completo. Na verdade, a comunicação de Deus com os seres humanos tem em grande parte sido emudecida. Para analisar a Bíblia, precisamos mais do que ferramentas e métodos aplicados à literatura comum. Ela é superior a qualquer sabedoria e literatura humanas. É a norma pela qual todas as outras ideias e métodos devem ser testados. Em vez de julgar a Bíblia, tudo deve ser julgado por ela, pois é o padrão de caráter e teste de toda prática e pensamento (veja 1Co 2:15; 2 Co 10:5). Nós, adventistas do sétimo dia, aceitamos a Bíblia como fundamento para todas as nossas crenças, e vemos em suas páginas nossa identidade e missão profética singular. Devemos resistir às formas sutis, como também às não tão sutis, com as quais o inimigo busca nos distanciar da Bíblia e da compreensão clara de que o que Deus disse é verdadeiro. Devemos tomar toda a Bíblia como autoridade final. Como podemos crer que Cristo é o Redentor se duvidamos que Ele é o Criador? Ou como podemos acreditar nas declarações bíblicas sobre uma segunda vinda literal se duvidamos do relato bíblico da Criação em seis dias como sendo literal? Precisamos enfrentar nossos desafios cotidianos com a mesma confiança inabalável que Jesus demonstrou na Palavra quando enfrentou o tentador (veja Mt 4:4-10). Ellen G. White adverte: “Cumpre-nos ser cuidadosos para que não interpretemos mal as Escrituras. Os claros ensinos da Palavra de Deus não devem ser tão espiritualizados que a realidade se perca de vista. Não forcem o sentido de sentenças bíblicas no esforço de produzir qualquer coisa de singular a fim de comprazer a fantasia. Tomem as Escrituras como declararam” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 170). Fevereiro 2011 | Adventist World 9 A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL Teoria na Prática Aceitar a autoridade bíblica envolve muito mais do que simplesmente crer que a Bíblia é verdadeira. A Palavra de Deus é o ponto de contato entre nós e nosso Criador. Da mesma forma que não podemos ter um relacionamento de amor com alguém na teoria, não podemos aceitar a autoridade da Bíblia leem, ensinam e pregam-na sem medo ou favoritismo, e sobre aqueles que permitem, individualmente e como grupo, que a vida seja moldada por suas verdades claras e convincentes. Um dos objetivos fundamentais dos escritos de Ellen White é estimular o estudo mais fervoroso da Bíblia. Ela escreveu: “A Bíblia é dirigida a todos – a toda classe Mesmo em meio às incertezas deste mundo, podemos descansar com absoluta confiança na imutável Palavra de Deus. na teoria e não na prática. Ao vermos que a autoridade de Deus é baseada no amor e na verdade, isso deve estimular em nós uma resposta de amor, fé e obediência voluntária. Os primeiros reformadores protestantes criam que todos deveriam ter o privilégio de ler e estudar a Bíblia por si próprios. Lutero, Wycliffe e outros estavam dispostos a pôr a vida em risco a fim de traduzir a Bíblia para idiomas que as pessoas pudessem entender. Eles compreendiam que, para a Bíblia ter algum efeito, não seria suficiente apenas ouvir a respeito dela, mas seria necessário de fato estudá-la. O poder prometido em suas páginas será concedido somente sobre aqueles que 10 Adventist World | Fevereiro 2011 da sociedade, àqueles de todas regiões e épocas. O dever de toda pessoa inteligente é pesquisar as Escrituras” (Signs of the Times, 20 de agosto de 1894). Uma Âncora Segura Nosso mundo é marcado pela instabilidade. As catástrofes naturais aumentam em frequência e intensidade. Há muita confusão na política resultante de economias mundiais que não se recuperaram como esperado. O crime se alastra para todos os lados. Os valores da sociedade e da família estão se desintegrando. A forma como lidamos com tudo isso está relacionada à nossa qualidade de vida, satisfação pessoal e também com nosso destino eterno. Quando tomamos a Bíblia como uma mensagem que possui autoridade e que vem de Deus, recebemos uma fonte de estabilização que dá sentido à nossa vida. Vemos, então, que Deus participa não somente do governo do Universo, mas também do nosso cotidiano. Ao desviarmos nosso olhar do caos e contradições da vida que nos cercam e fixarmos os olhos na Palavra de Deus, compreendemos a nós mesmos e ao nosso destino glorioso. Na Bíblia, encontramos segurança em saber que nosso valor vem de nossa criação e redenção por Cristo. A Palavra de Deus é essencial para a igreja e sua proclamação ao mundo. E o mais importante é que ela é fundamental para a minha vida. Minha crença em um Deus pessoal é formada pela minha compreensão do maravilhoso amor que Ele tem por nós. Posso confiar que Deus fará exatamente o que diz em Sua Palavra escrita. Posso contar com isso e acreditar. É uma grande benção saber que, mesmo em meio às incertezas deste mundo, podemos descansar com absoluta confiança na imutável Palavra de Deus. A leitura da Bíblia, sob a direção e inspiração do Espírito Santo, nos reavivará e reformará. Que nos submetamos, como povo de Deus, individualmente e como grupo, à autoridade do “autor e consumador da nossa fé” (Hb 12:2)! Assumamos o compromisso de ler a Sua Palavra diariamente. Ao fazermos isso, descobriremos um novo poder para nossa vida espiritual que nos revitalizará e nos capacitará para proclamarmos com entusiasmo as boas-novas de que o caos, a incerteza, o medo e a dor não continuarão para sempre. Logo Jesus voltará. Logo haverá um “novo Céu e uma nova Terra” (Ap 21:1) onde “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (v. 4). Que bênção é podermos confiar completamente em uma leitura clara da Palavra de Deus! * Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. S A Ú D E N O M U N D O Vacinas que Salvam Vıdas Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless Tenho a impressão de que os médicos sempre recomendam as novas vacinas que aparecem no mercado. Em minha opinião, elas não são tão necessárias quanto os médicos dizem. Qual é a sua opinião? A s doenças são terríveis. Elas existem em tantas formas quanto os patógenos (causadores de doenças). Órgãos e tecidos do corpo podem ser afetados por elas. Algumas doenças permanecem misteriosas; Muito, porém, já mudou. Os antibióticos já combatem as infecções bacterianas, o saneamento evita a disseminação indiscriminada das doenças e o uso das vacinas tem reduzido o número de vítimas das doenças viróticas. Muitas pessoas, como as que se recusam a lavar as mãos após usar o banheiro, podem colocar em risco a própria saúde, porém, mais ainda a dos outros quando se recusam a ser imunizadas. É imprudente garantir que a imunização é a solução para tudo, mas deve-se levar em conta Na África, por décadas, a diarreia severa foi a maior causa de morte infantil. outras já são bem compreendidas, porém, mal administradas. Felizmente, o sistema imunológico desenvolvido em nossa fisiologia funciona muito bem. Como quase todas as coisas, entretanto, ele é imperfeito diante dos agentes causadores das doenças. Enquanto o câncer, a doença autoimune e os processos degenerativos ainda são mal controlados, as doenças infecciosas são mais bem administradas. Há poucas décadas, os agentes infecciosos matavam muito mais pessoas do que atualmente. Pessoas com mais de 60 anos devem se lembrar do horror da pólio, a miséria do sarampo, o pavor da disenteria, a ameaça da meningite e dos bebês com defeitos físicos causados pela rubéola. D A N I E L W A H L E N que certas vacinas reduzem em até 60% o risco da doença em pessoas idosas. Um exemplo de tal proteção é encontrado na vacina humana contra rotavírus. Na África, por décadas, a diarreia severa foi a maior causa de morte infantil. Foi uma das maiores causas de morte de bebês alimentados por mamadeira, com 90% de chance de morrer antes de completar um ano. Entretanto, mesmo os bebês amamentados pela mãe morriam em proporções muito maiores do que no Reino Unido e restante da Europa. Em muitos casos, a causa era um vírus chamado rotavírus. Uma vacina contra esse vírus foi recentemente testada no Maláui e África do Sul. Cerca de 5 mil infantes foram divididos em três grupos. A um grupo foi aplicado um placebo; nos outros dois grupos foi aplicada a vacina contra o rotavírus em doses variadas. A diarreia severa acometeu 4,9% do grupo, contra apenas 1,9% dos infantes imunizados. Há certa preocupação em relação aos efeitos colaterais das vacinas. Eles aconteceram em 9,7% do grupo vacinado, mas também em 11,5% do grupo que recebeu o placebo. Isso quer dizer que os chamados efeitos “colaterais” atribuídos à vacina, são, muitas vezes, apenas uma coincidência, pois a porcentagem foi maior no grupo não vacinado.* Os 60% de redução de doenças mostrado nesse estudo, quando multiplicados pelos milhares de crianças acometidas de diarreia relacionada ao rotavírus, significam milhares de crianças salvas do sofrimento e possivelmente da morte pela doença. Como promotores da saúde, esse estudo merece nossa atenção. *Informação estatística extraída de Shabir A. Madhi e outros, “Effect of Human Rotavirus Vaccine on Severe Diarrhea in African Infants”, New England Journal of Medicine 362:289-298; NEJM.org, 28 de janeiro de 2010. Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral. Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo do ICPA e diretor associado do Ministério da Saúde da Associação Geral. Fevereiro 2011 | Adventist World 11 D E V O C I O N A L N os últimos meses, mais do que nunca, tenho lidado com a questão da vontade de Deus para minha vida. Há duas razões para isso. A primeira é que estou em um momento decisivo em minha carreira profissional. Não sei se é da vontade de Deus que eu continue trabalhando no local em que vivo atualmente ou se devo seguir em frente. E se for da vontade de Deus que eu me mude daqui, aonde será que Ele quer que eu vá? Devo trabalhar em outro lugar ou voltar a estudar? A segunda razão é que uma amizade bastante próxima que valorizei por muito tempo (e que me parecia ser a vontade de Deus para minha vida) desmoronou. Isso me deixou confuso em relação a todas as vezes em que tinha tanta certeza de que era a vontade de Deus manter essa amizade. Isso lhe soa familiar? Qual é a Vontade deDeus Vıda? para a Sua Por Obed Onyiego Soire Conhecendo a Vontade de Deus Iniciando a Busca Sou como qualquer cristão que deseja fazer a vontade de Deus – que, segundo Paulo, é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12:2).* Em seu livro The Mystery of God’s Will [O Mistério da Vontade de Deus], Charles Swindoll menciona que “em nossos momentos de maior reflexão e maturidade, queremos fazer a vontade de Deus”.1 Portanto, para mim, a questão não tem sido se quero ou não fazer a vontade de Deus, e sim como identificá-la com absoluta certeza. Esse pode ser um assunto muito amplo e assustador. Com perguntas parecidas com as minhas, muitos estão interessados em saber a vontade de Deus ao escolherem sua profissão. Outros suplicam pela vontade de Deus ao planejar o casamento e escolher um(a) companheiro(a) para a vida. Quero enfatizar, no entanto, como os cristãos entendem a vontade de Deus para a vida em termos mais amplos. O que é necessário realmente para que isso aconteça? Para que fique bem claro, este artigo não responderá a todas as suas perguntas relacionadas à busca da vontade de Deus. Afinal de contas, nem tudo tem uma resposta simples. A Bíblia tem muito a dizer sobre a questão de como entender a vontade de Deus para nossa vida. Neste artigo quero ressaltar a perspectiva que Romanos 12 traz à discussão. Embora não se trate de uma discussão exaustiva (ou sistemática), é um bom ponto de partida. Por meio de Romanos 12, compreendi ser necessário ter uma experiência de conversão genuína contínua antes que possamos começar a entender a vontade de Deus. Tal conversão deve acontecer ao utilizarmos por completo os dons que Deus nos deu para o ministério. Romanos 12, em especial os dois primeiros versículos, é um capítulo bastante conhecido por muitos. Paulo dá duas dicas importantes sobre como descobrir a vontade de Deus. Ele começa fazendo um convite a seus leitores: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês” (v. 1). Você já pensou no que Paulo queria dizer aqui? Ao ler o resto do capítulo, você perceberá que Paulo está falando sobre o uso de dons e talentos dados a nós por Deus. 12 Adventist World | Fevereiro 2011 F O T O S : L O M A L I N D A U N I V E R S I T Y E U N I O N C O L L E G E fose de lagarta a borboleta adulta, nossa mente precisa passar por uma mudança semelhante. Isso acontece ao utilizarmos nossos dons e talentos no serviço de Deus. É bastante difícil imaginar um crescimento cristão equilibrado sem usar os dons para Deus. Na carta aos Efésios, ao se referir ao assunto do uso dos dons espirituais com relação ao crescimento espiritual, Paulo buscou enfatizar esse fato ao escrever: “E Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres [...] até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4:11-13). Em resumo, a vontade de Deus é revelada àqueles que estão crescendo espiritualmente em Cristo por meio do uso de seus dons espirituais. Compreensão espiritual acontece ao agirmos. A ação produz o crescimento espiritual que é necessário para esclarecimentos espirituais. Vivendo de Verdade Nos versículos 5 a 8, ele exorta a igreja a aceitar a diversidade de dons concedidos e a usá-los com amor. Ele escreve: “Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada [...] use-o[s] na proporção da sua fé” (v. 6). Portanto, enquanto esperamos descobrir a vontade de Deus para nossa vida, devemos continuar usando nossos talentos e dons para Sua glória e a fim de avançar o Seu reino. A vontade de Deus não é revelada àqueles que apenas sentam e esperam. Pelo contrário, é revelada àqueles que estão ativos no ministério e usando os dons que Deus lhes deu. Swindoll reitera isso e sugere que “seguir a vontade de Deus requer fé e ação”2. Ellen White também enfatiza esse princípio importante ao afirmar que “a atividade penetra por toda a criação, e a fim de que cumpramos a nossa missão devemos também ser ativos” 3. Em segundo lugar, assim que estivermos totalmente comprometidos com Seu serviço, é por meio desse comprometimento que experimentaremos a conversão contínua através da transformação de nossa mente. Paulo continua dizendo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformemse pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (v. 2). A frase “para que sejam capazes de experimentar e comprovar” indica uma condição que deve ser cumprida a fim de que algo mais aconteça. A palavra grega utilizada por Paulo para “transformem-se” é metamorphoo, da qual se origina a palavra “metamorfose”. Esse termo implica uma mudança fundamental. Não uma superficial, mas a que afeta a pessoa por completo. Segundo Paulo, quando mudamos, somos capazes de experimentar e comprovar a vontade de Deus. Da mesma forma que uma borboleta passa pela metamor- Eu me lembro de um programa da Hope Channel chamado Really Living (Vivendo de Verdade). O programa estava apresentando um casal que, naquela época, trabalhava em um país africano como médico-missionário. Não recordo todos os detalhes da história deles, mas algo que realmente não esqueci foi o fato de eles terem se encontrado lá ainda solteiros, respondendo a um chamado de Deus para a vida. Não somente responderam ao chamado de Deus, como também encontraram um cônjuge compatível no processo. Mesmo que tenham tido diferenças culturais (ela era da Europa, e ele, dos Estados Unidos), com certeza tinham muito em comum pelo simples fato de que ambos compartilhavam interesses mútuos e um chamado divino semelhante. Essa certamente não é a experiência de todo cristão, mas pode servir como exemplo de pessoas que encontram a vontade de Deus enquanto utilizam seus dons. Ao buscar conhecer a vontade de Deus, há uma pergunta que você precisa fazer de acordo com Romanos 12: você está crescendo em Cristo pela utilização completa dos dons que Deus lhe concedeu enquanto busca Sua vontade para a vida? * Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. 1 2 3 Charles R. Swindoll, The Mystery of God’s Will (Nashville: Thomas Nelson, 1999), p. 56. Ibidem, p. 57. Ellen G. White, Educação, p. 214. Obed Onyiego Soire, nascido no Quênia, ao escrever este artigo trabalhava como professor de inglês no Japão. Atualmente, trabalha como pastor de jovens voluntário na IASD de Coffs Harbour, na Austrália. Fevereiro 2011 | Adventist World 13 V I D A A D V E N T I S T A N ão podia acreditar no que eu estava lendo! Por que o Sudão? Depois de ter trabalhado por nove anos como diretor nacional da Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) na Mongólia, estava sendo transferido para o Sudão. Meus anos na Mongólia haviam passado muito rápido, tinha me acostumado e estava satisfeito com os invernos longos e frios e os verões curtos e frescos. Então, apesar da temperatura gélida daquele dia, comecei a suar ao ler: “Ao refletirmos cuidadosamente e orarmos a respeito, acreditamos que o Sudão será compatível com suas habilidades.” Será que não sabiam que eu era só um velho fazendeiro? Queriam que eu administrasse 640 empregados! Haveria quase 100 veículos para cuidar! E a temperatura poderia subir até 50°C, quando eu estava acostumado que descesse a -50°C. Finalmente, porém, lembrei que com Deus tudo é possível, confiei que Ele me guiaria e aceitei, então, a transferência para o Sudão. Primeiras Impressões Minha esposa Renee e eu chegamos a Khartoum, capital do Sudão, temerosos e inseguros. Mas logo nos adaptamos à nossa nova casa, e hoje em dia, a cada manhã bem cedo, acordamos com o belo chamado muçulmano à oração que ecoa das mesquitas locais. Esses chamados à oração no decorrer do dia nos lembram nossa necessidade de graça ao servirmos a Deus no Sudão – o maior país africano, uma terra de desertos, guerras e altas temperaturas. O Início do Trabalho Darfur é constituída de três províncias da fronteira oeste do Sudão. A Adra trabalha em Darfur Ocidental, cuja capital é Geneina. Essa é a província de menor estabilidade na fronteira com o Chade. Em minha primeira viagem ao escritório local da Adra, notei vários sinais de 14 Adventist World | Fevereiro 2011 Vıslumbres do udão S Por Llewellyn Juby O ponto de vista de um diretor nacional da Adra guerra, como, por exemplo, os uniformes militares de camuflagem vestidos pelos soldados posicionados nos arredores da pista de pouso do aeroporto. O escritório local da Adra é protegido por muros altos com arame e vidro quebrado cimentado no topo. O portão de metal é mantido fechado o tempo inteiro. Guardas estão sempre de plantão. O programa da Adra no Darfur envolve o auxílio às comunidades rurais para resolução de problemas relacionados à saúde, alimento, água e saneamento. A fim de cavar poços, uma sonda de perfuração carregada em um caminhão é acoplada a um compressor carregado em outro caminhão. As brocas, tubulações e outros equipamentos são carregados em um terceiro veículo. Nós também nos envolvemos com a perfuração e restauração de poços em que deslocados internos residem em moradias temporárias. A Adra faz então o treinamento dos administradores F O T O S E N V I A D A S P O R J O H N T O R R E S ( A D R A ) comunitários dos poços para que façam a manutenção. Que satisfação sentimos a cada poço que é concluído! A água é de fato vida nesse ambiente tão árido. Lutando contra a Violência Roubos de carros fazem parte do dia a dia, e a Adra no Sudão não passa ilesa. Um caminhão que transportava um compressor foi roubado e só foi encontrado vários meses depois – sem o motor. O compressor estava lá, afinal estava soldado à carroceria do caminhão. Numa outra ocasião, o motorista do jipe defrontou-se com um grupo de homens carregados com fuzis AK-47 que roubaram o veículo. Os militares foram chamados. Eles encontraram o jipe e o recuperaram – em meio a um tiroteio – na fronteira com o Chade. Infelizmente, o jipe foi novamente roubado e nunca mais foi encontrado. Muitas vezes esses caminhões roubados são transformados em carros de combate. À noite, no pequeno complexo da Adra, trabalhadores se reúnem para jantar no simples abrigo com telhado coberto de palha. Às vezes, podem-se ouvir tiros na vizinhança, sinal de mais violência acontecendo. Nessas horas de apreensão, encontramos imenso conforto na história de Eliseu, que orou para que os olhos de seu servo fossem abertos a fim de que visse o exército do Senhor nos montes que os cercavam. À pergunta de seu servo, “O que faremos?”, Eliseu respondeu : “Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles” (2Rs 6:15, 16, NVI). Plantio no Deserto do Saara A tribo Hawawir, de 30 mil pessoas, conhecida por poucos, vive na região árida do Saara no estado do norte do Sudão em Um Jawasir, e foi afetada pela seca de 1980. A maioria dos poços das tribos secou e muitos dos criadores de animais perderam seus rebanhos. O governo apresentou à Adra a situação desoladora desses criadores. Com o auxílio da Adra da Noruega e a Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad), a Adra do Sudão perfurou os primeiros quatro poços. Mais doze – perfurados em um grande lençol freático – já foram feitos desde então. O processo de desertificação durante os anos da seca dizimou a vegetação rasteira indígena do deserto que circunda o local onde mora a tribo Hawawir ao longo do Mugaddam Wadi (um leito fluvial seco). Essa região tem uma média pluviométrica anual de 45 milímetros. As noites são frias (-5°C), mas no verão os dias são insuportavelmente quentes (48°C). As areias se movem, assopradas pelos ventos do deserto em uma área seca e estéril onde o projeto é realizado. Mas, com 16 poços bombeando água para 336 hectares de solo irrigado, uma transformação incrível tem acontecido. Sendo que os campos agora estão irrigados, plantações de trigo, fava, feno-grego, cebola e quiabo estão crescendo. Recentemente, visitei o local do projeto, situado a 200 quilômetros ao norte de Khartoum, a fim de ver as transformações trazidas por ele. Há dezoito anos, me disseram, os criadores de animais se aproximavam de um veículo novo da Adra e o tocavam admirados. Hoje, não mais tímidos como no passado, esses criadores inspecionam motores, consertam poços e soldam suas próprias ferramentas. Logo mais, assim que o novo projeto hidrelétrico do governo for concluído no rio Nilo, um transformador será instalado a fim de disponibilizar energia elétrica das linhas de alta tensão para o uso de bombas d’água para irrigação. Isso reduzirá os gastos significativamente, de manter os 16 motores a diesel que atualmente fazem funcionar as imensas bombas. Projetos Sem Fim A cada projeto iniciado pela Adra, um conjunto de outras intervenções se faz necessário. A educação é fundamental para as crianças que vivem nas remotas dunas de areia, o que levou a Adra a instituir uma escola. Como tradição, as meninas se casam bastante cedo e somente os meninos vão à escola. Felizmente, essa visão aos poucos tem mudado, e um maior número de meninas tem frequentado a escola. Outros programas que foram criados são o de alfabetização e educação de adultos, que acompanham o ensino de gestão de pequenos negócios. Complementando esses, há os cursos de saúde e higiene e o fórum para mulheres, em que assuntos referentes à qualidade de vida podem ser discutidos. A Adra também faz campanhas contra a prática nociva da mutilação genital feminina e não incentiva o casamento precoce. Uma História de Sucesso Conheci Ali em uma de minhas visitas ao projeto. Ele havia iniciado o plantio na área, mas depois de alguns meses, desanimou e desistiu. Começou então a cuidar de cabras e camelos. Certo dia, Alex, o gerente do projeto da Adra, foi visitá-lo e percebeu que ele havia comprado dois sacos de alfafa dos fazendeiros de irrigação para alimentar seus animais. Quando Alex explicou para Ali o quanto ele poderia economizar se plantasse sua própria alfafa, Ali decidiu voltar ao projeto com Alex e iniciar o plantio. Há pouco tempo, conversando com Ali, perguntei-lhe se, depois de uns poucos anos bem-sucedidos no cultivo de suas próprias plantações, ele estava ali pra ficar. Ele respondeu: “Mesmo se você me oferecer um rebanho inteiro de animais, nunca vou abandonar meu lote irrigado.” No Salmo 78:19, há a seguinte pergunta: “Poderá Deus preparar uma mesa no deserto?” (NVI). A resposta vem no verso seguinte: “Ele feriu a rocha, a água brotou e jorrou em torrentes” (v. 20, NVI). Llewellyn Juby é o diretor nacional da Adra no Sudão. Fevereiro 2011 | Adventist World 15 A R T I G O D E C A PA ShareHim Por Bill Knott Alegria de Falar sobre Jesus Não é o que damos, mas sim o que compartilhamos, pois o presente sem o doador é sem valor. M ais de um quarto de século antes que a jovem Igreja Adventista do Sétimo Dia mandasse seu primeiro missionário oficial em 1874, o poeta norte-americano James Russell Lowell divulgou uma ética missionária que logo se tornou parte do que constituía o testemunho e evangelismo adventistas: “Não é o que damos, mas sim o que compartilhamos…”. Dez anos antes de John N. Andrews e seus filhos adolescentes partirem da cidade de Boston, no estado do Massachusetts (EUA), para lançar uma revista adventista na Europa, Hannah More, uma missionária leiga que havia conhecido o adventismo por leituras, deu início a congregações de guardadores do sábado na costa oeste africana.1 Um ano mais tarde, um ex-padre católico, Michael Czechowski, conseguiu patrocínio e viajou para o norte da Itália, pregando nas aldeias valdenses próximas à fronteira com a Suíça, assim como em Turim, Milão, Bérgamo e Veneza. Seus esforços incansáveis, apesar de não oficiais, resultaram nos primeiros adventistas do sétimo dia batizados no continente europeu, e influenciou de forma direta na formação das primeiras congregações adventistas na Suíça – as quais receberam Andrews em sua chegada, anos mais tarde.2 A história do testemunho e missão adventistas nunca será completa se nada for dito além da história dos obreiros e funcionários oficialmente contratados para pregar as três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12. O sucesso do evangelismo adventista não pode ser mensurado apenas pelo 16 Adventist World | Fevereiro 2011 EM CONTATO: A visitação é uma das atividades que Ralph e Sharon Adriance, da Virgínia, EUA, realizam com voluntários do programa ShareHim. tamanho das ofertas anuais e nem mesmo pelas doações de sacrifício. Não é o fato de enviarmos pessoas talentosas para contar a história de Jesus que nos torna cristãos, mas é o evangelho impresso em nossa conversação diária que mostra o quanto as boas-novas influenciaram a nossa vida. Não se trata somente do que damos a Jesus, mas o que mais convence um coração aberto a considerar Seus ensinos é o que compartilhamos a Seu respeito. “Cada membro deve ser um conduto através do qual Deus possa comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis riquezas de Cristo”, escreveu Ellen White há exatamente um século. “Não há nada que o Salvador deseje tanto como agentes que representem ao mundo Seu Espírito e Seu caráter. Nada existe que o mundo necessite mais do que a manifestação do amor do Salvador através da humanidade.”3 O testemunho é o impulso de todo coração transformado, mesmo que a língua não seja treinada e que as palavras sejam a princípio hesitantes. “Por muito tempo e em muitos lugares, a missão da Igreja Adventista tem sido ligada aos que são oficialmente empregados e profissionalmente preparados para tal trabalho”, declara Robert Folkenbertg, diretor do Projeto ShareHim [Compartilhe Jesus], um dos maiores ministérios evangelísticos internacionais realizado pelos adventistas do sétimo dia. “Como povo, aprendemos a canalizar nossos esforços em eventos que parecem ser completamente seguros, embora os resultados de colheita não sejam o que Deus espera para os últimos dias. Avaliamos o sucesso pelos padrões costumeiros – frequência, batismos – em lugar de avaliar a missão pelos critérios de Deus: pela consistência e continuidade dos nossos esforços como indivíduos.” Folkenberg, com 70 anos, energicamente gesticula com os braços ao descrever o trabalho com o qual ainda está envolvido, com a idade em que muitos dos líderes que serviram a igreja por vários anos já se aposentaram. Ex-presidente da Associação Geral (1990-1999), Folkenberg lançou em 2000 o Projeto ShareHim, então conhecido como Evangelismo Global, como uma forma de aumentar significativamente o envolvimento leigo nas iniciativas evangelísticas da igreja. JUNTAS: Irma Jenkins e Debbie Bonds fazem amigos no programa de perda de peso, na Virgínia, EUA. Conhecido por sua personalidade extrovertida e carismática, e por sua voz potente, Folkenberg liderou a igreja num dos períodos de maior crescimento em sua história de 148 anos. O número total de membros no mundo era 6,2 milhões quando Folkenberg foi eleito presidente da igreja mundial em julho de 1990, e já estava acima de 10,2 milhões quando ele saiu do cargo em fevereiro de 1999 – um aumento de mais de 67%. Esse recorde impressionante pode ter sido satisfatório para outros líderes, mas não para Folkenberg. “O ato de fazer discípulos – que Jesus afirmou ser a nossa missão primária – não é completado até que esses discípulos estejam fazendo outros discípulos”, Folkenberg declara, pensativo. “Adicionar mais pessoas à igreja só tem valor se os homens e mulheres que já fazem parte da igreja forem edificados para ser discípulos que compartilham Jesus em suas relações diárias – e, assim, fazendo novos discípulos. Enquanto estivermos produzindo novos conversos que creem que sair e testemunhar para os outros é trabalho do pastor ou do evangelista, não avançaremos muito em nossa missão.” Ao descrever o crescente ministério multinacional ShareHim como um vasto “laboratório”, Folkenberg espontaneamente reconhece que tem aprendido muito sobre testemunho e missão desde que deixou o mais alto posto de liderança da denominação, há mais de uma década. “A aprendizagem de como motivar e capacitar membros leigos a fim de construir relacionamentos eficazes e de ganhar almas, levou um tempo”, afirma, com pesar no sorriso. “Posso garantir que não foi uma revelação instantânea. Minhas hipóteses sobre algumas coisas estavam totalmente erradas. Presumi que, se pegássemos um membro leigo da América do Norte, Europa Ocidental ou Austrália, e oferecêssemos a maravilhosa experiência de realizarem um evangelismo na África ou América Central, eles retornariam a seus países de origem e realizariam tudo o que lhes foi ensinado. Mas não é isso o que acontece: em muitos lugares, após terem tido a experiência transformadora de pregar para pessoas famintas pelo evangelho, eles retornam para uma igreja completamente diferente à do lugar que acabaram de visitar. E a chama que lhes incendiava a alma enquanto pregavam, aos poucos vai se apagando.” Iniciado em 2005, o ministério ShareHim procurou concentrar seus esforços na remoção dos obstáculos – e Aluno Introvertido Transforma Vıdas POR GINA WAHLEN Um dia, durante seu penúltimo ano na escola de ensino médio na Collegeadale Academy (Tennessee, EUA), Ethan White tomou uma decisão que mudou sua vida. O grupo jovem da igreja de Collegeadale estava planejando uma viagem missionária a Cuba e Ethan ouviu uma voz dizendo: “Você precisa participar dessa viagem missionária.” “Eu estava com medo”, lembra-se Ethan. “Não sou o tipo de pessoa que gosta de estar em evidência, mas algo chamou minha atenção nessa viagem.” Ethan se inscreveu na equipe de apoio, porém, mais tarde, pediu para substituir um dos oradores que não pôde ir. “No início eu estava muito nervoso, questionando por que havia aceitado o convite”, conta. “Eu sabia que não tinha nenhuma experiência como orador, mas decidi que, mesmo com medo, o Senhor estava me guiando, e por isso aceitei.” Ao estudar os sermões oferecidos pelo projeto ShareHim, e ao lhe assegurarem de que teria um tradutor, Ethan sentiu-se mais à vontade para apresentar uma série de 19 sermões. Sua autoconfiança crescia a cada noite enquanto via a mudança na vida das pessoas. Ethan relata: “Algo que realmente me impressionou foi ver que o rosto das pessoas revelava o grande conflito entre o bem e o mal em ação. Era muito interessante saber que se está sendo usado pelo Espírito Santo para influenciar pessoas para a eternidade. A maior recompensa é ver essas pessoas vindo à frente, em lágrimas.” Ethan participa de séries evangelísticas desde aquela primeira viagem a Cuba, em 2006. Ele foi outras três vezes a Cuba, uma para o Equador e atuou em duas séries evangelísticas nos Estados Unidos. “Aquela primeira viagem missionária a Cuba mudou o rumo da minha vida”, afirma Ethan. “Fui atingido pelo ‘vírus’ do evangelismo, pois, definitivamente, é isso que quero fazer pelo resto de minha vida.” Ethan está em seu primeiro ano do curso de teologia, com ênfase em arqueologia, na Southern Adventist University, em Collegedale, Tennessee, Estados Unidos. Acima: PRIMEIRA VEZ: Ethan White, 16, pregando em Cuba. Direita: AMIGOS: Ethan sorri para um novo amigo. Fevereiro 2011 | Adventist World 17 A R T I G O D E C A PA justificativas – que por vezes impedem que os leigos se envolvam com os esforços evangelísticos da igreja. Em primeiro lugar, o ShareHim parte do princípio de criar entre os membros uma compreensão de evangelismo como um “laboratório” – um desejo de tentar novos métodos e abordagens, ao mesmo tempo que se procura o que funciona melhor para compartilhar o evangelho em locais específicos. Em segundo lugar, o ministério provê uma vasta gama de recursos próprios para leigos – vídeos devocionais, seminários de treinamento, texto de sermões na íntegra, apresentações de PowerPoint, gráficos contextualizados, calendários de planejamento – tudo disponível na página da internet www.sharehim.org. Ainda nessa página, os membros leigos e pastores podem se inscrever para participar de uma campanha evangelística “local” ou “internacional” e baixar um catálogo completo de 70 páginas, que possui recursos, ideias e oportunidades para o ministério, histórias inspiradoras do projeto e vídeos de treinamento. Um terceiro elemento muito importante no modelo de ministério do ShareHim é a transferência da responsabilidade e coordenação do evangelismo, indo dos maiores para os menores, na hierarquia administrativa da igreja – de preferência para a congregação local. No modelo do projeto ShareHim, o pastor local e o grupo ministerial são os que tomam as POR GINA WAHLEN Compulsão por Falar de Jesus Aos oito anos, após assistir o filme Os Dez Mandamentos, com Charlton Heston, Vanessa perguntou ao seu pai: “Por que nós adoramos imagens se os mandamentos de Deus dizem claramente para não fazermos isso?” Depois de uma pausa, o pai respondeu que talvez precisassem encontrar “a religião verdadeira descrita na Bíblia”. Assim, Vanessa começou os vinte anos de busca. Nascida numa família católica, Vanessa, quando tinha apenas 2 anos de idade, sua irmã mais velha, de 3 anos, e a mais nova, que era apenas um bebê, foram abandonadas pela mãe. Seu pai, um oficial da marinha dos Estados Unidos, servia em Okinawa, Japão. Depois que a mãe as deixou, as meninas cresceram com seu pai e três madrastas diferentes, no Havaí, onde Vanessa frequentava escolas públicas e onde, mais tarde, casou-se com Ronald Taylor, seu “namoradinho” do ensino médio. Ao refletir sobre sua jornada espiritual, Vanessa descreve os vinte anos de busca “em várias denominações religiosas, 18 Adventist World | Fevereiro 2011 antes de, finalmente, encontrar a verdade que procurava havia tantos anos”. Interessada nas profecias bíblicas, Vanessa estava orando por ajuda para compreender os mistérios ali contidos, quando chegou um folheto pelo correio, convidando-a para um seminário sobre profecias apresentado por Leo Schreven. “Foi a resposta às minhas orações”, lembra-se Vanessa. Após comparecer na primeira noite, Vanessa convidou seu esposo para acompanhá-la. “Logo compreendemos que o que estávamos aprendendo vinha direto da Bíblia. Descobrimos que Jesus logo voltará e aprendemos sobre o sábado. Concluímos que a Igreja Adventista do Sétimo Dia segue estritamente a Bíblia.” Vanessa e Ron decidiram batizar-se juntos no dia 16 de abril de 1998. Durante os próximos seis anos, eles continuaram crescendo na fé e, em 2004, compreenderam que Deus os estava chamando para um ministério especial. A família (que agora era composta por três crianças pequenas) vendeu tudo e se De cima para baixo: SHAREHIM: Em Andhra Pradesh, Índia. A FAMÍLIA: Ron e Vanessa Taylor com seus filhos Brandon, 15, Briana, 17 e Bethania, 9. decisões e realizam o que é necessário, não os coordenadores de evangelismo em nível da associação, união ou divisão da igreja. As congregações locais são estimuladas a autorizar e delegar poder a seus grupos evangelísticos que planejem e coloquem em prática um sistema contínuo de evangelismo vivo, deixando aos cuidados da comissão da igreja local apenas as decisões financeiras. “Pedimos para os líderes da associação e coordenadores de evangelismo para não despejarem um monte de dinheiro nas iniciativas e projetos locais”, Folkenberg adverte com um sorriso. “Por favor, não destrua o evangelismo ao tentar pagar por ele!” “Estamos tentando, também, redefinir o que o adventista em geral pensa ser uma oportunidade para evangelizar”, afirma Jeremiah Weeks, diretor associado do projeto ShareHim. “Se construir o reino de Deus significa aumentar o corpo da igreja ao falarmos espontaneamente de Jesus em nossos relacionamentos diários, devemos, então, considerar esses relacionamentos como oportunidades de evangelizar. Tomar refeições com seus vizinhos, trabalhar em projetos comunitários, ou até mesmo praticar um esporte juntos, pode ser o início de um relacionamento com um não adventista, colocando-os no círculo de influência da igreja remanescente de Deus. ShareHim ensina a centenas de leigos, todos os anos, como se concentrar em experiências duradouras e de efeito a longo prazo com MEMBROS LOCAIS: Vanessa com os membros da família que ajudaram nas reuniões da igreja local, na República Dominicana. mudou para Michigan, onde Ron estudou no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, na Universidade Andrews. Enquanto frequentava uma Igreja Adventista Felipo-Americana da vizinhança, Vanessa ouviu sobre o projeto ShareHim. “Depois de experimentar vinte anos de busca antes de finalmente ouvir sobre a verdade do povo de Deus, eu queria muito compartilhar Jesus e ser parte da comissão evangélica”, descreve ela. Logo Vanessa foi convidada para participar da equipe de oradores entre os alunos da Univerdade Andrews que estava indo para o Zimbábue. “Eu sabia que era diferente dos outros. Senti-me tão incapaz, tendo apenas alguns anos de faculdade. Descobri, então, que isso não tinha a ver comigo, mas com Jesus e como Ele me salvara. Eu queria contar essa história para os outros.” Desde a primeira viagem para Zimbábue em 2005, Vanessa já participou de seis programas ShareHim, desde apresentar seminários em Benin, República Dominicana e Índia a trabalhar em missões médicas e na Escola Cristã de Férias em Fiji. Além disso, Vanessa descobriu que o fato de participar em programas internacionais deu-lhe coragem para evangelizar no seu estado natal, Hawai, dirigindo várias campanhas e incentivando outros a participar do programa ShareHim. Vanessa admite que enfrentou períodos de desânimo, especialmente quando foi censurada pelos que não concordavam com sua participação nos evangelismos internacionais. “Meu pai disse que nós [Ron e Vanessa] devíamos empregar nosso dinheiro em outra coisa e até alguém de nossa igreja disse que isso era um desperdício de tempo e dinheiro.” Vanessa, entretanto, continua avançando com determinação, contando aos outros como Jesus dirigiu sua vida e sobre as boas-novas do Seu breve retorno. Ela declara: “Essas experiências afetaram tremendamente minha vida espiritual. Eu sei que posso alcançar outros simplesmente pelo meu amor por falar de Jesus, por guardar Seus mandamentos em meu coração e por ir aonde quer que Ele conduza minha vida de fé nEle.” Durante os cinco anos de envolvimento, Vanessa tem apreciado o apoio oferecido pelo ShareHim, fornecendo os sermões e outros materiais, além do incentivo oferecido pela equipe de apoio em cada local, ajudando os palestrantes a interagir com as pessoas. Para os que estão considerando participar de um programa evangelístico, Vanessa é direta: “Vá e viva as Escrituras. Siga o desejo do seu coração de falar do amor de Jesus. Ore e peça a Sua ajuda. Você possui uma mensagem especial que alguém está esperando para ouvir e crer. Não tenha medo; se alguém como eu pode realizar esse trabalho, você também pode.” Fevereiro 2011 | Adventist World 19 A R T I G O D E C A PA aqueles que não são membros da igreja, permitindo que a fé brote naturalmente e sem pressa. Quando os membros da igreja se encontram, semanalmente, na escola sabatina ou em pequenos grupos, para conversar sobre como estão desenvolvendo seus relacionamentos com aqueles que não são membros da igreja, começam a utilizar as ferramentas de planejamento oferecidas pelo ShareHim a fim de marcar “eventos de colheita” específicos no calendário da igreja – e assim convidar seus novos amigos para participar. “É assim que o reino de Deus cresce – quando homens e mulheres leigos compreendem que a tarefa é deles, quando possuem as ferramentas; quando são treinados e quando se encontram com frequência com outros membros para falar sobre como Deus tem abençoado seus esforços”, explica Weeks. “ShareHim tem muito a ver com a desmistificação do processo de fazer discípulos. Jesus não nos chamou para realizar uma tarefa que requer grande habilidade e técnica. Ele nos conclamou a utilizar os nossos relacionamentos a fim de convidar outros homens e mulheres a aceitá-Lo como Senhor.” Muitas instituições da igreja têm cooperado com o projeto ShareHim oferecendo motivação, treinamento e recursos para os leigos que se envolvem nesse trabalho. Nos seus primeiros dez anos de existência, ShareHim motivou milhares de leigos adventistas a realizar campanhas de pequeno e médio porte em seu país natal e internacionalmente. Trinta e cinco associações dos Estados Unidos têm acordos formais com o ShareHim, assim como associações da Itália, Alemanha, Canadá, Áustria, Dinamarca e Honduras. Um total de 771 campanhas evangelísticas “de colheita” foram organizadas internacionalmente pelo ShareHim durante o ano de 2010; outras 629 já estão planejadas para este ano. A seguir, a relação dos países em que serão realizadas as campanhas internacionais de 2011: Índia, Filipinas, Cuba, El Salvador, Colômbia, Nicarágua, Costa Rica, Madagascar, República Dominicana, Malásia, Honduras, República Democrática do Congo, Maláui, Quênia, Indonésia, Zâmbia e Zimbábue. De 2001 a 2010, foram realizadas mais de 2.200 campanhas por estudantes de ensino superior, patrocinados em parceria pelo ministério de rádio Quiet Hour (Hora Tranquila), que contaram com a participação de milhares de jovens, professores e funcionários de universidades adventistas da América do Norte, Europa e Pacífico Sul. “Jesus não nos chama para realizarmos apenas as tarefas fáceis, ou para aquelas que podem sempre ser realizadas com perfeição”, completa Weeks. “Mas Ele promete que, pelo poder do Espírito Santo, até nossos esforços modestos para partilhar as boas-novas sobre Ele nos trarão alegria duradoura e levarão milhões de pessoas ao Seu reino.” 1 Stephen Haskell, “How the Message Went to África”, Advent Review and Sabbath Herald, 3 de março de 1921. 2 Adriel Chilson, “No Permission Needed”, Adventist Review, 14 de maio de 1998. 3 Ellen White, Atos dos Apóstolos, p. 600. 20 Adventist World | Fevereiro 2011 Esquerda: Steve e Regina Boyce. Acima: Jonathan Gregg. Membros Revigorados POR GINA WAHLEN O pastor James Volpe está muito feliz com o impacto que o programa ShareHim (Compartilhe Jesus) está exercendo sobre as três igrejas que sob sua responsabilidade na Virgínia, E.U.A. Ele explica que o incentivo para participar desse programa revigorou os membros da sua igreja. “Nosso maior desafio é que os pastores da comunidade dizem para o povo não estudar a Bíblia com os adventistas do sétimo dia, e por isso a frequência é um desafio”, explica. “O lado positivo, entretanto, é que os membros da nossa igreja, que participaram das reuniões, passaram a apreciar mais a nossa mensagem e tornaram-se ainda mais envolvidos com o evangelismo na comunidade.” Steve e Regina Boyce, que foram batizados pelo pastor Volpe há apenas dois anos, apresentaram uma série de três semanas do ShareHim em sua comunidade e já estão ansiosos para realizar outra série evangelística em sua região. Atualmente, dão estudos bíblicos, preparando as pessoas para as próximas conferências. Jonathan Gregg, outro membro da igreja, era um aluno muito popular do último ano do ensino médio quando decidiu participar da série ShareHim em uma das salas de aula da escola que frequenta. Como é muito ativo nos esportes, em atividades acadêmicas e na música, Jonathan convidou seus amigos para as reuniões das quais também foi o orador, alternando com o pastor Volpe nas dezesseis noites de reunião. Jonathan fez excelentes palestras e ficou muito feliz de haver realizado a série em sua escola. Após se formar no ensino médio, ele foi fazer faculdade no Hampden-Sydney College, em Virgínia, uma escola onde o tema é “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” “Sempre que nos dispomos a compartilhar a mensagem, somos abençoados espiritualmente”, declara o pastor Volpe. Para os que estão pensando em participar do ShareHim, ele diz: “Participe! Precisamos fazer o que for possível, enquanto é possível, quando for possível, onde ainda é possível.” E S P Í R I T O O trabalho dedicado resultará em bons resultados. Aqueles a quem Cristo conectou a Si mesmo, trabalharão, como Ele trabalhou, diligente e perseverantemente, quanto lhes for possível, para salvar vidas que perecem ao seu redor. A Igreja que Trabalha, Cresce A igreja que trabalha sempre será uma igreja em crescimento. Sempre D E P R O F E C I A a fim de que sejam usados para levar a verdade aos seus semelhantes. Em vez de nossos ministros trabalharem entre as igrejas, Deus deseja que trabalhemos em outros países e que nosso trabalho missionário seja por tanto terreno quanto for possível ocupar, indo a todas as direções formando novos grupos. Enquanto os membros da igreja dependerem do Missionários para Hoje Por Ellen G. White A tarefa de anunciar a verdade presente pode ser grandemente propagada pelo esforço pessoal. Como filhos de Deus, nenhum de nós está dispensado de tomar parte na grande obra de Cristo, na salvação de nossos semelhantes. Todos os homens e mulheres que são cristãos no mais amplo sentido da palavra devem trabalhar na seara do Senhor. Deus trabalha por meio de nossos esforços. Por nossa negligência e egoísmo, podemos obstruir o caminho para os pecadores. Não devemos nos distanciar de nossos semelhantes, mas nos aproximar; a vida deles é tão preciosa quanto a nossa. Necessita-se de missionários para Deus; homens e mulheres de fé que não se esquivam das responsabilidades. D A N I E L J . W A H L E N P H O T O G R A P H Y encontrará estímulo e ânimo ao tentar ajudar outros, e ao agir assim, será fortalecida e encorajada. Satanás procura manter os membros do povo de Deus em estado de inatividade para que não realizem sua parte na propagação da verdade e assim, ao final, sejam pesados na balança e achados em falta. Somos responsáveis perante Deus pela vida daqueles com os quais entramos em contato e, quanto mais próxima nossa conexão com nossos semelhantes, maior nossa responsabilidade. Toda oportunidade deve ser aproveitada para levar a verdade a outras nações. Isso demandará considerável custo, mas as despesas nunca devem prejudicar o desempenho do trabalho. O Senhor tem dado aos seres humanos recursos para tal propósito, trabalho dos missionários estrangeiros para fortalecer e animar sua fé, não se tornarão fortes por si mesmos. Devem ser instruídos de que serão fortalecidos na proporção de seus esforços. Quanto mais de perto forem seguidos os planos para o trabalho missionário do Novo Testamento, mais bem-sucedidos serão. Este artigo foi publicado originalmente como “Ye Shall Be Witnesses Unto Me” (Sereis Minhas testemunhas) na edição de junho de 1899 de The Advance, periódico impresso na Nova Zelândia. Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério público. Fevereiro 2011 | Adventist World 21 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S NÚMERO 21 Compartilhando os ons Ddedeus Qual foi o melhor presente que você já recebeu? Quando eu tinha dez anos de idade, fiquei muito feliz quando meus pais compraram um saxofone para mim. Todos os dias, eu esperava ansiosamente a hora de tocá-lo. Logo, porém, descobri que há presentes mais importantes, como por exemplo, o tempo, os relacionamentos e o amor. Mais tarde, descobri ainda que é mais gratificante dar do que receber, princípio que o próprio Jesus ensinou (At 20:35). A Bíblia nos ensina que Deus fez todas as coisas e que tudo Lhe pertence: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem” (Sl 24:1).1 O impressionante é que Ele colocou sobre nós a responsabilidade de cuidar do mundo (veja Gn 1:27, 28; 2:15). Deus pediu que fôssemos mordomos ou administradores de Sua propriedade. Nos tempos bíblicos, um mordomo administrava as posses de seu senhor. José, por exemplo, administrava a propriedade de Potifar (Gn 39). Deus, entretanto, é diferente dos senhores terrestres; Ele compartilha Suas posses conosco, pois somos parte de Sua família (veja 1Jo 3:1). Muitos associam o termo “mordomia” a dízimos e ofertas. Essa, porém, é apenas uma pequena parte do seu significado. Mordomia é viver a plenitude do estilo de vida bíblico. Philip Rodionoff é médico e possui mestrado em religião pela Universidade Andrews. Ele dirige seminários sobre evidências da fé cristã e mora em Gold Coast, Austrália. 22 Adventist World | Fevereiro 2011 Por Philip Rodionoff Jesus chama a todos os Seus seguidores a amar a Deus de todo coração, alma, força e entendimento (Lc 10:27). Quando consideramos o que Deus fez por nós, queremos retribuir Seu amor servindo-O com tudo o que temos, inclusive nosso tempo, talentos e recursos. Aplicando o Princípio da Mordomia O princípio da mordomia está relacionado a muitos aspectos de nosso chamado e propósito em Jesus Cristo. A seguir estão algumas áreas: 1. Tempo: Deus quer que consideremos nossas prioridades. Isso inclui nosso tempo. A vida, facilmente, pode tornar-se uma série de distrações. Como podemos garantir que nossa vida faz diferença no mundo e que não está sendo gasta com coisas triviais e sem importância? Os cristãos são motivados a dedicar tempo com as prioridades e oportunidades de Deus: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor” (Ef 5: 15-17; veja também Cl 4:5.) 2. Talentos, Habilidades e Inteligência: Cada indivíduo possui talentos e habilidades. Cada cristão recebeu pelo menos um dom espiritual (1Co 12:7). Como explica Pedro: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4:11). Deus é honrado quando usamos nossa mente para Seus propósitos (Dn 1:17-20). A inteligência não deve ser desperdiçada. Ao contrário: é um dom que deve ser desenvolvido segundo o potencial dado por Deus, para servi-Lo e glorificá-Lo. Mordomia é viver a plenitude do estilo de vida bíblico. 3. Dinheiro (Incluindo Dízimos e Ofertas): Deus provê os meios para vivermos. Como gratidão, devolvemos a Ele nossos dízimos e ofertas. Malaquias 3:10 diz: “‘Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em Minha casa. Ponham-Me à prova’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las.’” Minha esposa e eu temos uns amigos que, recentemente, passaram por um período muito difícil. Foi uma luta decidir se continuariam devolvendo o dízimo ou se deveriam esperar que sua situação financeira melhorasse. Então pensaram: “Será que cremos que Deus cuida de nós?” Finalmente, decidiram confiar em Deus. Ele supriu suas necessidades; às vezes, de modo inesperado, mas sempre supriu. Jesus prometeu em Mateus 6:33: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” No início da igreja cristã os membros cuidavam dos necessitados de sua comunidade (At 4:32-35). Nós, também, somos convidados a doar com alegria: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2 Co 9:7). 4. Nosso Corpo: As Escrituras afirmam claramente que nosso corpo é importante e que devemos cuidar dele: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês” (1 Co 6:19, 20). Os bons mordomos não apenas se abstêm de substâncias nocivas, como também procuram manter o corpo em excelente forma física. Se praticarmos hábitos saudáveis, os benefícios irão além da saúde física. Devido à estreita ligação entre corpo e mente, a saúde física impactará nossa clareza de pensamentos e, finalmente, nossa conexão com Deus. 5. Recursos da Terra: Deus declarou que o que Ele criara era “muito bom” (Gn 1:31). Ele também deu à humanidade a responsabilidade de cuidar do meio ambiente (Gen. 1:28; 2:15). O fato de que o pecado maculou a criação e desejarmos novo Céu e nova Terra (Ap 21:1) não significa que devemos negligenciar nosso planeta. Do mesmo modo como Deus nos ama e criou o mundo para nosso deleite, devemos amar e cuidar de toda a criação de Deus. 6. Evangelho: O dever de anunciar o evangelho foi dado a cada um de nós. Foi confiado a nós o trabalho de fazer discípulos, de batizar e ensinar (Mt 28:18-20). Esse é um privilégio especial. O apóstolo Paulo explica “que todos nos considerem como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus.O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis” (1Co 4:1, 2). A nós foi dado o privilégio de levarmos ao mundo as boas-novas. Tudo para Jesus Deus, em última análise, é dono de todas as coisas e, mesmo assim, Ele nos provê com abundância de dons. Em Seu plano, esses dons não devem ser usados de maneira egoísta, mas usados para servir a outros. Em resposta a tudo o que Deus fez e faz por nós, devemos agradecer-Lhe de todo coração e aguardar ansiosamente pelo dia em que poderemos agradecer-Lhe face a face. *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. Mordomia Cristã Somos despenseiros de Deus, responsáveis a Ele pelo uso apropriado do tempo e das oportunidades, das capacidades e posses, e das bênçãos da Terra e seus recursos, que Ele colocou sob o nosso cuidado. Reconhecemos o direito de propriedade da parte de Deus por meio de fiel serviço a Ele e a nossos semelhantes, e devolvendo os dízimos e dando ofertas para a proclamação de Seu evangelho e para a manutenção e o crescimento de Sua igreja. A mordomia é que Deus nos concede para desenvolvimento no amor e para vitória sobre o egoísmo e a cobiça. O mordomo se regozija nas bênçãos que advêm aos outros como resultado de sua fidelidade. (Gn 1:26-28; 2:15; 1Cr 29:14; Ag 1:3-11; Ml 3:8-12; 1Co 9:9-14; Mt 23:23; 2Co 8:1-15; Rm 15:26, 27.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, nº 21 Fevereiro 2011 | Adventist World 23 H E R A N Ç A A D V E N T I S T A M eu avô, Stepan Zaitsev, trabalhou como pastor de uma Igreja Adventista do Sétimo Dia durante os tempos difíceis do regime soviético. Em 1937, juntamente com milhares de pessoas, ele foi condenado como “inimigo do povo”, sob o famoso artigo 58 de Stálin, do Código Penal Russo. Meu avô sobreviveu às atrocidades do Gulag, a agência governamental que administrava os campos de trabalho forçado. Minha avó e seus quatro filhos por pouco não morreram. Meus pais me contavam a respeito de como, na primavera, minha avó subia os montes tentando encontrar grama nova para ela e seus filhos comerem, já que estavam quase morrendo de fome e sofriam de subnutrição e com falta de vitaminas. por ele “Sendo leal a Deus” Por Yevgeny Zaitsev Um Breve Degelo No dia 5 de março de 1953, Stálin morreu. Com sua morte, o período de repressão, falsas acusações e campos de concentração desapareceram gradualmente. Os anos seguintes à morte de Stálin são conhecidos como “degelo”, porque em muitas áreas da vida soviética, em especial na cultura e na religião, parece ter havido um aquecimento. A confissão de fé era permitida, assim como fazer cultos sem nenhuma restrição. Isso fortaleceu a esperança de muitos cristãos de que o passado terrível nunca mais voltaria a acontecer. Esquerda: Stepan Zaitsev enquanto exilado soviético. Acima: Stepan Zaitsev (primeira fila, segundo da esquerda para direita), com membros da família e amigos, tirada logo após ter sido exilado. Perseguição Novamente No entanto, essa revitalização deu início a uma nova campanha antirreligiosa, a qual até o final da década de 1950 já havia expandido e se organizado. A campanha alcançou o seu clímax nos últimos cinco anos da liderança de Khrushchev, de 1959 a 1964. Segundo pesquisadores, a campanha antirreligiosa de Khrushchev foi tão violenta que somente as perseguições de Stálin nos anos de 1930 foram piores em comparação. Durante a campanha antirreligiosa, muitas igrejas foram fechadas, e muitos padres e pastores foram presos. Foi 24 Adventist World | Fevereiro 2011 nessa situação difícil que a fé do meu avô foi mais uma vez posta à prova. No final dos anos 50, Stepan Zaitsev e sua família viviam numa pequena cidade chamada Zyryanovsk, no leste do Cazaquistão. Meu avô era muito respeitado pelas pessoas da cidade. O jornal local o descrevia como um homem honesto e altruísta, um traba- lhador incansável, com “mãos de ouro” e que compartilhava sua experiência mecânica com os jovens. No entanto, ao se iniciar a nova campanha contra a religião, a atitude em relação ao meu avô mudou drasticamente. No mesmo jornal local, outro artigo surgiu em que ele era descaradamente zombado e caluniado. A estação de rádio F O T O S : C O R T E S I A D O A U T O R anunciou que as pessoas da cidade estavam solicitando que Zaitsev fosse exilado de Zyryanovsk e julgado perante um tribunal público. Cerca de 300 pessoas compareceram ao julgamento. Quando Stepan Zaitsev foi levado à audiência, os juízes se reuniram com ele em uma sala separada, cumprimentaram-no educadamente e o aconselharam a negar o “narcótico religioso”, prometendo, assim, encerrar o caso e libertá-lo. “Você poderia ter tido uma carreira, porque é uma pessoa influente”, disseram. “Você deveria viver como todas as pessoas vivem, mas, ao contrário, acredita em um tipo de Deus. Você destrói assim a sua vida e a de sua família. Caia na real antes que seja tarde demais: negue sua fé em Deus publicamente. Vamos acreditar em você e lhe pôr em liberdade.” Meu avô olhou para eles calmamente, atento a seu discurso perspicaz. Ao final, ele disse uma só coisa: “Façam o que tinham planejado fazer. Não percam seu tempo. Nunca negarei meu Deus.” Stepan Zaitsev foi levado perante a corte e o procurador deu início a seu discurso. Ele acusou falsamente meu avô de ter destruído a família soviética com seus ensinamentos, de ter propagado preconceitos religiosos, de ter corrompido a juventude, de nunca ter trabalhado e de viver como parasita enganando as pessoas e dependendo delas financeiramente. O procurador declarou que meu avô já tinha recebido várias condenações anteriores. Durante o discurso, gritos de indignação (“Não há lugar para pessoas assim na União Soviética! Temos que fuzilá-los!”) podiam ser ouvidos de pessoas especialmente escolhidas que provavelmente sequer conheciam Stepan Zaitsev. Após a tempestade de falsas acusações, calúnias e mentiras, seguidas pelos gritos hostis do público presente, finalmente foi dada ao acusado a oportunidade de falar. Fé, o Seu Único Crime “Trabalho desde os doze anos de idade”, meu avô começou a falar, “e trabalho até o dia de hoje. Até pouco tempo atrás, os jornais diziam que Zaitsev tinha ‘mãos de ouro’, que passava sua experiência a seus aprendizes, que era amigável, cortês e um bom exemplo. Então, por que estou diante de vocês hoje como um criminoso? Que mal fiz eu e a quem? “Não é verdade que minha condenação é por eu ser um cristão? Sim, sou um cristão: creio em Deus, o Criador do Céu e da Terra, e no Salvador Jesus Cristo, que deu Sua vida por mim e por meus pecados. Eu reconheço a santidade da lei moral divina, expressa nos Dez Mandamentos, e busco viver guardando-os. “Vocês afirmaram que já fui sentenciado anteriormente. Sim, fui sentenciado pela minha fé. Estive na prisão por dez anos, e após isso, estive dois anos exilado. Hoje estou diante da sua presença e meu único crime é minha fé. Estou preparado para sofrer por minha fé mais uma vez, mas não negarei meu Criador e Salvador.” Houve silêncio no recinto por alguns instantes. As pessoas estavam atônitas com a resposta do réu. Contudo, esse silêncio temporário não durou muito. Acusações, gritos e ameaças começaram novamente. Após uma breve reunião, a corte anunciou seu veredito: cinco anos de exílio da região do leste do Cazaquistão. Exilado, mas Não Esquecido Um novo período de tristeza e problemas teve início na vida de meu avô e de toda a sua família. Após vários meses em diversas prisões, meu avô foi levado para uma vila distante chamada NovoNikolaevka, na região de Ubaganskaya, norte do Cazaquistão. Lá, no dia 8 de abril de 1960, ele foi registrado como colonizador exilado. Quando o presidente da fazenda coletiva local descobriu a razão para a condenação de Stepan Zaitsev, ele reclamou: “Não precisamos de um fanático, um folgado; ele só vai atrapalhar.” Com o passar do tempo, no entanto, ele mudou de ideia por completo e se convenceu de que caso sua fazenda fosse feita de “folgados” como esse, logo estaria em primeiro lugar em toda a região. Recentemente, fui visitar o local em que meu avô esteve exilado. O vilarejo tinha mudado desde então, o que tornou difícil para mim a tarefa de identificar onde tinha sido sua moradia. Quase todos os colonizadores exilados nesse território tão longínquo tinham saído dali muitos anos antes. Tentei perguntar aos moradores do vilarejo se tinham ouvido falar de Stepan Zaitsev. Não é de admirar que ninguém ouvira, considerando que já havia passado quase duas gerações desde então. Por fim, consegui encontrar um casal de idosos que se lembrava da família Zaitsev e me contou uma história interessante. Essas pessoas eram jovens quando foram deportadas, mas ainda se lembravam de certa noite em que, não conhecendo ninguém, estavam prestes a morrer de fome, quando minha avó trouxe para eles um pão caseiro recémassado. Esse ato de bondade e compaixão – demonstrado em uma situação na qual todos só pensavam em si mesmos ao buscar a sobrevivência em condições tão desumanas – permaneceu para sempre na memória deles. O senhor idoso me mostrou o local em que estivera a casa dos meus avós exilados. Não havia montes pelos quais se orientar, mas o homem apontou o local exato, indo em direção a um álamo. Era final do outono e as folhas já tinham caído. “Aqui, no local da moradia deles, a árvore cresceu”, disse o senhor idoso. Essa árvore é talvez o melhor memorial àqueles que deixaram uma parte da vida nas remotas estepes. A cada ano, renova sua folhagem, mostrando o poder indestrutível da vida e a coragem daqueles que defenderam seus princípios e fé em quaisquer circunstâncias da vida. Yevgeny Vladimirovich Zaitsev é reitor da Faculdade de Ciências Humanas e Economia da Universidade Adventista de Zaoksky, localizada em Zaoksky, Rússia. Ele é médico e doutor em Teologia. Ele e sua esposa, Valentina, têm três filhos adultos. Fevereiro 2011 | Adventist World 25 P E R G U N TA S B Í B L I C A S A palavra “anticristo” vem de um termo grego formado pertence exclusivamente a Deus. Ele questionou e atacou o caráter de Deus para justificar suas ações. Ele foi expulso pela preposição anti (“contra”, “no lugar de”) e do do Céu e, após a queda de Adão e Eva, fez deste planeta sua substantivo christos (“Cristo, “o Ungido”). Anticristo é, em primeiro lugar, alguém que pretende usurpar a posição base de operações. Daniel se referiu ao anticristo usando símbolos que de Jesus, apropriando-se ilegalmente de Suas funções. Essa representam um poder histórico que, após a queda do palavra também pode significar os sistemas usados por essa Império Romano, uniu a igreja ao Estado, mudou a lei de pessoa para trabalhar implícita e explicitamente “contra” Deus (Dn 7:25) e usurpou a atividade sacerdotal de Cristo Cristo. Esse título revela as duas características essenciais do anticristo: ele engana ao ocupar o lugar de Cristo e oprime ou (Dn 8:11). Isso descreve claramente o espírito e trabalho do anticristo na história. persegue o povo de Deus em seu conflito contra Cristo. 3. Aparições Pessoais do Anticristo: O Novo Tes1. O Uso do Termo: O título “o anticristo” (em grego, tamento prediz a apostasia ho antichristos) é encontrado dentro da igreja cristã (2Ts 2:3, 4) e a considera no Novo Testamento apenas nas cartas de João. Primeiro, como a manifestação do espírito do anticristo. De acordo de acordo com João, o espírito com o livro do Apocalipse, do anticristo está em atividade através dos falsos mestres a apostasia alcançará (1Jo 2:18, 22), o que mostra dimensões universais e será que o anticristo agiria dentro acompanhada pela vinda P E R G U N TA : do anticristo em pessoa. do cristianismo. O próprio Quem é o anticristo? O Apocalipse declara que título pressupõe que estamos lidando com a corrupção da será formada uma coalizão mundial sob a liderança das fé cristã. O anticristo é contra forças do mal (Ap 16:13, 14), a verdade revelada em Jesus, Por acompanhada de milagres substituindo-a com sua próÁngel Manuel pria compreensão de Jesus e sinais que alcançará seu Rodríguez (1Jo 2:22; 2Jo 7). clímax com a vinda do anticristo, descrito por Segundo, a vinda do anticristo foi prevista nos ensinos João como produzindo apostólicos. João escreveu: “grandes sinais, de maneira “Como ouvistes que vem o anticristo...” (1Jo 2:18). Os cristãos que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens” (Ap 13:13; cf. 1Rs 18:20-39). Paulo escreveu que “será, de foram alertados sobre essa importante ameaça ao seu fato, revelado [parousia] o iníquo”, usando o mesmo termo compromisso com Jesus. que empregou quando referiu-se à “manifestação [parousia]” Terceiro, o anticristo poderia se manifestar por meio de sistemas ou instrumentos humanos: “também agora de Cristo (2Ts 2:8, 9). O anticristo tentará imitar a segunda muitos se têm feito anticristos” (1Jo 2:18). Esses indivíduos vinda de Cristo. não são “o anticristo” propriamente dito, mas eles têm o Essa aparição poderosa do anticristo enganará os “espírito do anticristo”, ou seja, possuem as mesmas intenhabitantes da Terra. Eles irão adorar Satanás (o anticristo) ções. Eles são instrumento dele (1Jo 4:3). São a expressão e os sistemas político-religiosos que o apoiam (Ap 13:4). O histórica do anticristo dentro da igreja e, como tal, anticristo iniciará uma guerra para exterminar o povo de Deus (v. 15-17), mas este encontrará segurança no Senhor poderiam ser descritos como manifestações do “anticristo” (1Jo 2:22; 2Jo 7). (Ap 17:6), e não em armamentos humanos. Sua missão é 2. O Anticristo Original: O indivíduo a quem João chama proclamar o evangelho eterno de salvação e desmascarar o anticristo (Ap 14:6-12). Finalmente Cristo vai libertar Seu de “anticristo” é mencionado em outros textos bíblicos. povo e destruir o anticristo. Originalmente ele era um ser celestial que se rebelou contra Deus e iniciou um conflito cósmico (Ez 28:14-16; Ap 12:7). Certamente ele era um poder antiDeus, portanto o anticristo que pretendia ser “semelhante ao Altíssimo” Ángel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisa (Is 14:14). Seu objetivo final era ocupar a posição que Bíblica da Associação Geral. Inimigo Disfarçado 26 Adventist World | Fevereiro 2011 E S T U D O B Í B L I C O O Conselheiro Divino Por Mark Finley Neste mês, iniciaremos uma série de sete lições em que estudaremos a natureza, o papel e a função do Espírito Santo. As lições foram preparadas para oferecer melhor compreensão sobre como cooperar com o dom divino para viver uma vida plena e cristocêntrica. O recebimento do Espírito Santo é uma das verdades bíblicas menos compreendidas. Se quisermos viver uma vida cristã vitoriosa, é absolutamente essencial que tenhamos uma clara visão do ministério do Espírito Santo na vida de todo cristão. Não podemos vencer o inimigo por nós mesmos; só venceremos as tentações de Satanás pelo poder do Espírito Santo. 1. Circule, nos textos abaixo, os nomes das Pessoas da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19).* “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês” (2Co 13:14). “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E Aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus” (Rm 8:26, 27). Após ler essas três passagens, o que você conclui sobre o Espírito Santo? ( ) Ele é uma energia ou influência inferior ao Pai e ao Filho. ( ) Ele é uma Pessoa da Trindade, junto com o Pai e o Filho. 2. Quem Jesus diz ser o Espírito Santo? “E Eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre” (Jo 14:16). “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que Eu lhes disse” (v. 26). O Espírito Santo é chamado por Jesus de . A palavra “Conselheiro” (ou “Consolador”, na versão Almeida Revista e Atualizada) no idioma original do Novo Testamento é parakletos. Essa é uma palavra rica de significado: significa aquele que permanece ao lado. Ela era usada para descrever o amigo que defende o acusado no tribunal; alguém que está sempre presente. 3. Quem é o Espírito Santo em relação a Jesus? “E Eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade” (Jo 14:16, 17). O é o Representante pessoal de Jesus. O Espírito Santo é o “Espírito de Cristo”. Ele é o embaixador de Jesus. Embora Jesus e o Espírito Santo sejam duas Pessoas distintas na Trindade, são um em propósito e eternos em natureza. Fevereiro 2011 | Adventist World 27 4. Por que Jesus prometeu enviar o Espírito Santo? “Quando vier o Conselheiro, que Eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade que provém do Pai, Ele testemunhará a Meu respeito” (Jo 15:26). O propósito do Espírito Santo é a respeito de Jesus. 5. Quais são as três coisas de que o Espírito Santo nos convencerá se nosso coração estiver aberto à Sua voz? “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8). O Espírito Santo convencerá o mundo do , da e do . Todos nós já sentimos o poder do Espírito Santo. Às vezes, quando não estávamos vivendo em harmonia com a vontade de Deus, o Espírito Santo convenceu nosso coração. Sentimos Sua influência para fazermos o que é certo e fomos impressionados com a realidade de que um dia o pecado será condenado e eliminado para sempre. 6. Que outro nome deu Jesus ao Espírito Santo? “O Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-Lo, porque não O vê nem O conhece. Mas vocês O conhecem, pois Ele vive com vocês e estará em vocês” (Jo 14:17). “Mas quando o Espírito da verdade vier, Ele os guiará a toda a verdade. Não falará de Si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir” (Jo 16:13). O Espírito Santo é chamado de Espírito da . Em sua opinião, por que Jesus deu esse título especial ao Espírito Santo? 7. Qual a relação entre o Espírito Santo e Jesus? “Não falará de Si mesmo [...]. Ele Me glorificará, porque receberá do que é Meu e o tornará conhecido a vocês” (Jo 16:13, 14). O Espírito Santo Jesus. O trabalho do Espírito Santo não é glorificar a Si mesmo, mas a Jesus. Sua tarefa também não é glorificar-nos, mas ao Salvador. Quando estamos cheios do Espírito Santo, o maior desejo de nossa vida é glorificar a Jesus em tudo o que fazemos e ser mais semelhantes a Ele. Você gostaria de abrir seu coração ao Espírito Santo para que Ele o torne mais semelhante a Jesus? Por que não baixar sua cabeça, agora, e orar por maior unção do Espírito Santo? * Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. No próximo mês, no segundo capítulo desta série, veremos “O Mestre Divino”. CORREÇÃO: No Estudo Bíblico, “A Oração Persistente”(dezembro de 2010), afirmamos incorretamente que Jacó nunca mais viu seu pai Isaque. O engano foi nosso, não do autor, e pedimos desculpas. – Os Editores 28 Adventist World | Fevereiro 2011 Intercâmbio Mundial C A R TA S Vendo mais Claramente O que já era bom está muito melhor e alcança o objetivo! Ultimamente, tenho apreciado muito a Adventist World. Fui muito abençoado com o artigo “Vamos Conversar?”, de Ángel Manuel Rodríguez (outubro de 2010), que abordou a questão “A Bíblia apoia ou não a ordenação de mulheres ao ministério pastoral?” A resposta de Rodríguez expandiu minha visão não apenas desse assunto, mas também em como abordar outras questões sobre as quais não encontramos respostas claras na Bíblia. Realmente, devemos orar pela capacidade de abordar assuntos como esse, com espírito de serviço em relação à igreja. Rubinet Muller Willemstad, Curaçao Achei o artigo “Vamos Conversar?” um pouco evasivo. No editorial “Comunhão Incendiária”, Bill Knott disse: “Unam-se.” Mas vi uma atitude diferente na seção de Perguntas Bíblicas. Se perguntassem sobre minha opinião (e ninguém perguntou), eu simplesmente diria que a verdadeira pergunta é: “Quem enviarei?” E lá estão os que respondem: “Aqui estamos. Envia-nos!” Edwin L. Christiansen Shelton, Washington, Estados Unidos Poder da Palavra Agradeço à Adventist World por publicar mensagens escritas por escritores inspiradores. Essas mensagens me levam para mais perto de Deus. Mencionarei apenas algumas: “O Que Esta revista transforma a vida das pessoas que a leem. – Francis Okello, Uganda Union. Nós Fizemos?” (dezembro de 2009), de Thurman C. Petty, e “A Batalha Continua! Compreendendo o Grande Conflito”, de Alberto R. Timm (maio de 2010). Que o nome de Deus seja louvado! Esta revista transforma a vida das pessoas que a leem. Tenho um pedido: como estou me mudando para uma área não penetrada em Uganda, muitas pessoas se interessarão por um curso bíblico. Francis Okello Uganda Union Mission Voltando aos Artigos de Edições Anteriores Apreciei ler o artigo de Ella Simmons, “Almejando o Melhor” (julho de 2009). A verdadeira educação ensina a melhor utilização das habilidades, abrangendo todo o círculo de deveres para consigo mesmo, para com a humanidade e para com Deus. Temos obrigações para conosco mesmos, física, mental e espiritualmente. Nosso estilo de vida contribui com saúde e longevidade. Enquanto nutrimos nosso corpo com uma dieta nutritiva, alimentamos nossa mente com a Palavra de Deus para fortalecer nossa vida espiritual. Temos uma vasta obrigação para com a humanidade, e precisamos salvar mais pessoas nestes últimos dias. A educação adventista é centrada na lei de Deus, e o alvo do aluno deveria ser agradar ao Criador, seja qual for o curso ou disciplina que esteja cursando. A educação é um processo para toda a vida que encaminha para a verdadeira fonte de conhecimento e vida. Lawrence Tesoro Pasay City, Manila, Filipinas Obrigado pelo artigo “Conheça o Meu Pai”, de Clinton Wahlen (março de 2009). Cresci em uma família pobre, sem meus pais, e ainda não sei quão bom ou ruim é ter os pais. Sempre choro quando penso em minha situação. Diariamente enfrento os desafios de ser responsável por uma família. O fato de pertencer a uma família pobre e de não ter ninguém com quem dividir minhas tristezas me faz confiar no Pai dos órfãos. É para Ele que entrego todas as minhas necessidades. Isso me ajudou a depender dEle. Eu sei que Deus é meu Pai. Asa Oluoch Abaga Kisumu, Quênia Fevereiro 2011 | Adventist World 29 Intercâmbio Mundial C A R TA S “Quatro Lições da Casa do Oleiro”, de Keisha McKenzie (novembro de 2008), tocou o meu coração e me levou às lágrimas. Foi um resumo do evangelho. Meus melhores votos à autora. Que o Senhor abençoe a todos vocês ao continuarem ministrando para o Seu rebanho! Halton McNeil Chanza Lilongwe, Maláwi Inspirados e Fortalecidos pela Leitura Obrigado pela revista que permite nos unirmos na guerra contra o mal. A Deus seja toda a glória! Felix Chaka Harare, Zimbábwe Muito obrigada pelas últimas duas revistas Adventist World. Aprendi muito com elas. Tenho 85 anos de idade e me arrependo de não ter aprendido mais enquanto era jovem. Desejo que esta revista seja lida por todos, não apenas pelos adventistas. Que Deus abençoe o trabalho que estão realizando! Elvira Seemann Cooranbong, New South Wales, Austrália Sou um dos milhares de leitores desta revista. Aprecio muito a Adventist World, assim como outros membros da igreja. Apreciamos a edificação espiritual e gostamos da informação sobre a igreja mundial. Que o bom Deus abençoe a vocês e ao seu ministério! David Muhindo Kavusa República Democrática do Congo Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas. LUGAR DE ORAÇÃO Orem por minha vida espiritual. Preciso de uma bolsa de estudos para teologia e estou passando por uma fase difícil em minha vida. Espero um milagre de Cristo. Peço que os leitores da Adventist World orem por mim. Asa, Quênia Peço oração por um amigo que está no vale da indecisão. Por favor, orem para que Deus faça o que for necessário para salvar e abençoar essa pessoa, como Jesus deseja fazer. Caryn, Estados Unidos Muito obrigada pelas orações de vocês. Enviei um pedido de oração no dia 6 de novembro. Eu estava desempregada e precisava de uma bolsa de estudos para cursar o mestrado. Nós servimos a um 30 Adventist World | Fevereiro 2011 Deus vivo. Já estou cursando o mestrado. Deus é muito real e responde a todo aquele que pede. Rebeccah, Bélgica Fui chamado para ser o pastor e diretor de uma escola. Para mim, essa responsabilidade é muito grande. Necessito do poder do Espírito Santo. Ngaih, Myanmar Muito obrigado por suas orações por meu irmão e meu amigo. Posso ver o progresso na vida espiritual deles. Por favor, incluam em suas orações outro amigo que está passando por uma crise em seu casamento. Orem para que ele resolva seus problemas com a esposa. Diovel, Tailândia Meu irmão faleceu recentemente. Estamos muito tristes com essa perda em nossa família, mas confiamos no Senhor. Orem por meu pai, pois ele está muito triste; e por meu irmão, para que entregue a vida a Jesus. Eddy, México Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA. “Eis que cedo venho…” INTERCÂMBIO DE IDEIAS Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Novo Nascimento Leitora compartilha poema baseado em Isaías 61:10. Dá-me teu coração, suplicou o Salvador, E eu disse: “Sim.” Disse “Sim” sem pensar no custo, Sem saber Que era no coração que guardava Todos os meus tesouros – As coisas só minhas, como tempo e ouro, ganhos com minhas mãos, meus direitos, todos os meus dons, talentos e grandes habilidades, e tudo o mais que estimava. Coisas, que para outros, aparentavam ser boas e afagavam meu ego e me davam prestígio e honra e louvor e posição e justificativa. Ao perceber isso, agarrei uma folha de figueira Para que os outros não vissem. Mas eis que Ele me deu, não uma folha murcha, Mas o seu lindo manto – Tecido no tear celestial Sem um fio tecido por mim. E é nesse presente que permaneço, Perfeito – Seu manto de salvação! – Kathryn Barnett Elting, Yountville, Califórnia, Estados Unidos Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal. Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland, EUA Gerald A. Klingbeil (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coreia do Sul Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor On-line Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Colaborador Mark A. Finley V E R A R E I S Conselheiro E. Edward Zinke Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen Consultores Ted N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 209046600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: [email protected] Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos. Vol. 7, No. 2 Fevereiro 2011 | Adventist World 31 O Lugar das PESS Q U E L U G A R É AS E S T E ? PARTICIPE CONOSCO Necessitamos de participação nas seguintes categorias: FRASES ADVENTISTAS (profundas ou espontâneas) VIDA ADVENTISTA (anedotas curtas, especialmente sobre adultos) JOTAS E TILS (dicas relacionadas à igreja) Por favor, envie sua colaboração para The People’s Place, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, United States. Fax: 301-680-6638. E-mail: [email protected]. Por favor, inclua número de telefone e e-mail. O material enviado não será devolvido. E N V I A D O CONHEÇA SEU VIZINHO No dia 20 de novembro de 2010, ao ser batizada, Dina Mikve se tornou membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Dina pertence a uma família judaica tradicional europeia e em 2001 começou a frequentar a comunidade judaico-adventista (World Jewish-Adventist Friendship Center). Embora more bem próximo a outra FRASE DO P O R A I R E E N C A N A L S sinagoga, um dia ela viu um cartaz que anunciava as atividades de nossa comunidade e decidiu comparecer. Há vários anos Dina já faz parte de nossa família da Beth Bnei Tzion (nome de nossa comunidade), mas, para nós, sua decisão de se unir a nós enche de alegria nosso coração. Bem-vinda, Dina! – Foto e informações enviadas pelo pastor David Barzola, Buenos Aires, Argentina MÊS “Deus é a fonte da vida, da luz e da alegria no Universo.” – Odireleng Motlogelwa, membro de igreja em Botswana, agosto de 2010. RESP O S TA : Em Guimba, Nova Ecija, Filipinas, alguns membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Cawayan Bugtong, numa “pose de salto” após o culto de pôr do sol. Os membros dessa igreja preferem realizar os cultos de pôr do sol nos campos de plantação de arroz para desfrutar da natureza, uma das criações de Deus.
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