RO dá calote na Previdência e emperra a transposição

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RO dá calote na Previdência e emperra a transposição
ANO III
EDIÇÃO Nº 85
PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
R$ 2,50
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CALEIDOSCÓPIO
Ivonete Gomes escreve sobre o oportunismo do Governo ao criar prêmio Paulo Queiroz de Jornalismo. PAGINA 2
Rondoniagora
IMÓVEL DA SAÚDE
TUDO EM FAMÍLIA
Embate jurídico tem
decisão para Asper
Sebrae de Rondônia
sofre intervenção
Veja a história do imóvel, comprado pelo
plano médico da saúde, repassado legalmente para a Asper. PÁGINAS 8 E9
A gestão de Joana Joanora à frente do
Sebrae rondoniense passa agora por sérias
investigações. PÁGINA 14
Rondoniagora
Rondoniagora
R$ 160 milhões de rombo
RO dá calote
na Previdência
e emperra a
transposição
O sonho da transposição dos servidores de Rondônia está cada vez
mais longe. A União já avisou que não vai pagar pela aposentadoria
do funcionário que seguirá para o quadro federal. Mas o Governo deu
calote de R$ 160 milhões no Iperon e não tem lastro financeiro para
garantir as aposentadorias dos trabalhadores. PÁGINAS 3 E 4
“TREM DA ALEGRIA”
Caerd cria despesa de R$ 3,1 mi
Rondoniagora
Cheia bate recorde em Rondônia
O Rio Madeira prejudica Porto Velho, Jacy-Paraná e mais 5 municípios. Nova Mamoré e Guajará estão com
acesso bloqueado. PÁGINA 7
faleconosco
Anúncios e Assinaturas
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Tribunal de Contas investiga aprovação de gasto de R$ 3,1 milhões
com 38 novos comissionados. PÁGINA 5
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Opinião
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
Caleidoscópio
o
Ivonete Gomes
Jornalista
“Hipocrisia é a homenagem
que o vício presta à virtude”
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É instantânea a associação da frase
do duque François de La Rochefoucauld
ao decreto governamental de Confúcio
Moura instituindo o prêmio de jornalismo Paulo Queiroz. Chega a ser nauseante aos privilegiados de convívio
com tão nobre jornalista, leitores dos
textos brilhantes, das críticas lúcidas,
da ética dos três tempos da notícia, ver,
publicado em Diário Oficial, homenagem póstuma de autoria tão imerecida.
Paulo Queiroz transitou com tranquilidade pelas muitas fases da política
rondoniense. Era o mais assediado dos
profissionais de imprensa por grupos
sequiosos de poder e, ainda assim, jamais perdeu a pureza do bom jornalismo. Culto, e de uma elegância ímpar,
circulava com a leveza peculiar das
boas almas em qualquer lugar e ocasião. Mantinha firmes opiniões com a
inteligência de jamais impô-las. Convencia pelas palavras porque tinha
credibilidade.
O jornalista Paulo Queiroz era sábio, inspirador e, acima de tudo, digno.
Daí a ingrata surpresa do artigo intitulado “Por cima de queda, coice!”, publicado em novembro de 2010, quatro
meses antes da sua triste partida. Na
narrativa, Paulo abriu mão da impessoalidade do texto, traço marcante em
seu trabalho, para revelar problemas
de foro íntimo e fazer um apelo. Naquele momento tornou pública a cruel via
crucis no webjornalismo, a dificuldade
financeira de um dos maiores veículos
de comunicação do Estado e denunciou
um calote aplicado pelo então recém-eleito governador de Rondônia. “Somando as partes que me deixaram de
ser pagas no 1º turno da eleição com
o nada que recebi pelo trabalho na segunda etapa do pleito, a coordenação
da campanha peemedebista me deve
R$ 18 mil”, escreveu Paulo Queiroz.
O desabafo foi uma tentativa de
desmistificar um glamour reinante no
imaginário popular do jornalista bem
sucedido financeiramente e, sobretudo, acalmar credores impacientes.
“Trabalhei, quero receber o que ficou
acertado. Os meus credores também.
Só que estes exigem prá já! Ontem...
(...) O pior é que ninguém acredita na
minha história. Pudera! (...) Não bastasse o procedimento ser incongruente
com a campanha vitoriosa, não consi-
É UMA PUBLICAÇÃO SEMANAL DE CENTRAL DE JORNALISMO, PRODUÇÃO, MARKETING E ASSESSORIA LTDA
REGISTRADO NO ISSN: 2238-4243 | CNPJ: 08.892.185
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FUNDADO EM 1 DE OUTUBRO DE 1999 POR ELIÂNIO NASCIMENTO, GERSON COSTA E IVONETE GOMES.
go estabelecer prazos com quem devo,
porquanto também não os tenho dos
que me devem (...) Razão pela qual estou sendo obrigado a esta providência
extremada. Na pior das hipóteses, saberão que não lhes estou mentindo.”
Inspirado por atitude do jornalista
Altino Machado, outra vítima do mal
financeiro que assola maioria esmagadora dos jornalistas brasileiros, Paulo
Queiroz terminou o relato solicitando
empréstimos aos leitores e impondo
condições para devolução de quantias
depositadas em conta corrente devida-
mente informada e concluiu: “O apelo
à cidadania tem a ver com o sentido
com que sempre exerci a minha profissão, colocando o interesse público como
meta (...) No entanto, não tenho certeza
se isso está certo. Riscos de toda ordem
e não consigo enxergar saídas menos
patéticas. Nuanças cujos relatos implicariam complicações inescrutáveis
impedem algumas que podem parecer
óbvias e razoáveis.”
Paulo Queiroz não merecia tamanha exposição e, por Deus, não merece ter o nome associado a um concurso
instituído às vésperas de um projeto de
reeleição para premiar jornalistas –
muitos, como ele - massacrados pelos
constantes calotes e retaliações. Sim,
caros leitores, jornalista é gente e gente tem necessidades básicas e credores
à porta. Não se pode admitir o nome
Paulo Queiroz associado a um governo
de tal soberba a ponto de emprestar a
si mesmo adjetivo tão nobre como Cooperação.
Segue aqui antecipado pedido de
desculpas à família em caso de discordância. Por outro lado, grandes nomes
do jornalismo rondoniense, amigos de
lutas e caminhada ao lado de Paulo são
unânimes e, certamente, comungam
com pensamento bem apropriado à
circunstância:
“Rituais e homenagens póstumas
não apagam traições. Estátuas não
compensam torturas. Letreiros luminosos em prédios edificados com grana pública não ofuscam isolamentos
cruéis. Jardins no centro não limpam
cusparadas. Isso não basta.” (Fábio Sexugi)
Leia artigo completo de Paulo Queiroz e a opinião de jornalistas na página
06.
Jornalista responsável: Gerson Costa – SRT 518/RO
Editores: Eliânio Nacimento – SRT 526/RO I Ivonete Gomes – SRT 345/RO
Colaboradores: Alexandre Araújo – SRT 699/RO
Carlos Terceiro DRT 325 - Correspondente e representante em Brasília.
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Arquivo/Rondoniagora
Estado não paga Iperon
e dificulta transposição
“O calote de
cerca de R$
160 milhões
nos repasses
mensais do
Instituto de
Previdência”
Servidor foi até a Brasília lutar pela transposição
para o quadro federal
União não vai arcar
com aposentadorias
Quando a Advocacia Geral da União
(AGU) liberar o parecer favorável a transposição dos servidores públicos, a União
vai cobrar o lastro financeiro da Previdência Estadual para aposentadoria desses trabalhadores. O problema começa
nesse momento para o Governo de Rondônia. Os técnicos do Governo Federal já
estão se antecipando para evitar prejuízo
para os cofres do Tesouro Nacional. A
União não vai arcar com a aposentadoria dos servidores rondonienses, mesmo
a categoria transposta para o quadro federal. A União vai pedir os recursos que
deveriam estar sendo depositados regularmente pelo Governo Estadual.
Os 11% descontados dos servidores e
os 11,5%, referentes ao mês de janeiro,
que deveriam ser pago pelo Executivo
não foram repassados ao Iperon. O Certificado de Regularidade Previdenciária
vence em maio e até lá o Governo Con-
fúcio Moura precisa colocar em dia os
pagamentos da previdência do funcionalismo, sob pena de Rondônia não receber mais recursos de convênios federais,
incluindo Minha Casa Minha Vida, expansão da água e esgotamento sanitário,
obras previstas no PAC I e II do Governo
Federal.
Ex-presidente do Iperon, Walter Silvano, não encara o problema dessa forma. Para ele, quando a União exigir o lastro financeiro do Iperon, é só o Governo
Estadual pedir o encontro de contas. Se
a União reconhecer o servidor como seu
funcionário, então todos os pagamentos
feitos até então pelo Estado são de responsabilidade do Governo Federal. A
fórmula, segundo Walter, é simples: ou a
União indeniza Rondônia por todos esses
anos de pagamento ou abate nas dívidas
da previdência. O assunto é controverso
e deve acabar nos tribunais superiores.
Enquanto sindicalistas e servidores
aguardam com expectativa a transposição dos servidores públicos para os
quadros da União, o Estado de Rondônia não ajuda e agora passou a atrapalhar. O Tribunal de Contas informou
à Assembleia Legislativa e ao Ministério Público o calote de cerca de R$
160 milhões nos repasses mensais do
Instituto de Previdência dos Servidores de Rondônia (Iperon). No final do
ano passado, o Executivo conseguiu
aprovar junto aos deputados estaduais
o parcelamento de R$ 90 milhões, mas
ainda falta a negociação de R$ 56 milhões dos trabalhadores readmitidos
e outros R$ 14 milhões dos policiais
militares. Em dezembro, Rondônia ficou impedida de receber recursos de
convênios federais porque não tinha a
Certificado de Regularidade Previdenciária. Feito o primeiro parcelamento,
o documento foi emitido e com validade até maio de 2014.
Algo mais grave estava acontecendo
com a previdência dos servidores públicos. O desconto de 11% feito nos contra-cheques não estava sendo depositado
nas contas do Iperon. O grande gargalo, segundo informações da diretoria
do instituto, era a Secretaria de Estado
da Saúde (Sesau), alegando problemas
de caixa. Todo o dinheiro arrecadado
com tributos estaduais e transferências
constitucionais era destinado a quitação da folha. Iperon e as consignações dos sindicatos ficam em segundo
plano. Temendo ser responsabilizado
por crime de apropriação indébita, o
Executivo quitou a parte dos 11% dos
servidores, que já era descontado de
seus vencimentos. Mas a parte patronal
(11,5%) não foi paga.
O Governo aguarda o retorno
da Assembleia Legislativa na próxima semana para pedir novo parcelamento de R$ 56 milhões dos
servidores readmitidos por força
judicial e outros R$ 14 milhões da
Polícia Militar.
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Walter Silvano é ex-presidente do Iperon e falou do encontro de contas
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Política
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G
GERSON
COSTA
IINFORME POLÍTICO
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Cobrança pública
Em Guajará-Mirim, o deputado
Padre Ton (PT) encontrou o sindicalista Golbery da Paixão do Sindsaúde e pediu apoio para sua pré-candidatura ao Governo. Golbery
não contou lorota e mandou uma
cobrança pública ao parlamentar
da base do Partido dos Trabalhado-
res: o prazo final para a presidente
Dilma tomar a decisão política de
transpor os servidores rondonienses
é maio. Caso contrário, o PT e seus
candidatos podem pedir voto em
outro lugar. E o pensamento de Golbery é o mesmo da grande maioria
dos sindicalistas.
Amir Lando vai se reunir com representantes a AGU na próxima quarta
MÃE DA TRANSPOSIÇÃO
AGU deve dar
novo parecer
até próxima 4ª
AMIR LANDO CONVERSA
COM REPRESENTANTES
DA ADVOCACIA GERAL DA
UNIÃO PARA POR FIM A
CELEUMA
A Advocacia Geral da União (AGU)
deve emitir um novo parecer sobre a
transposição dos servidores públicos de
Rondônia até a próxima quarta-feira,
19. É justamente nesta data que ficou
acertada uma reunião oficial, convocada
pela bancada parlamentar rondoniense, entre os representantes da AGU e o
deputado federal Amir Lando, que quer
por fim de uma vez por todas na celeuma criada em torno do assunto. O encontro acontece às 18 horas do dia 19.
Outros deputados e senadores também
foram convidados a acompanhar a discussão. Amir, professor de Direito, quer
debater ponto a ponto o parecer técnico
e seus obstáculos.
Para o parlamentar, dessa audiência
sairá o próprio parecer ou a data definitiva em que ele será publicado. “Nós
levaremos a indignação do povo de Rondônia contra essa demora e estaremos
preparados com as Leis, Jurisprudências e a Emenda Constitucional 60 nas
mãos para não restar dúvidas”.
Mas o trabalho de Amir Lando não
se resumiu apenas a essa reunião. Ele
assinou requerimento convocando o
representante da AGU, Luís Adams, o
presidente da Comissão Interministerial da Transposição em Brasília, Geraldo Nicoli e o Secretário das Relações
do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para depor na
Comissão de Cidadania, Constituição e
Justiça da Câmara dos Deputados para
dar explicações sobre esse atraso.
O parlamentar também vai lembrar
aos advogados da União que os servidores dos outros poderes também têm
direito à transposição, uma vez que
basta aplicar o Princípio da Literalidade ao texto e perceber que se refere aos
servidores que estavam no Estado de
Rondônia na posse do primeiro Governador eleito, em 15 de março de 1987,
constituirão, mediante opção, quadro
em extinção da administração federal,
assegurados os direitos e as vantagens
a eles inerentes, vedado o pagamento,
a qualquer título, de diferenças remuneratórias. “O texto é autoaplicável e
claro.”Qual é a dificuldade da AGU?”,
questionou Amir. “Vamos pra cima deles nessa reunião, porque o povo do meu
Estado não aguenta mais tanta humilhação e enrolação”. O deputado Amir
Lando diz estar confiante na emissão de
um parecer legal sobre o assunto, mas
também não descarta uma batalha judicial para cobrar nos tribunais superiores
o cumprimento dos direitos dos trabalhadores rondonienses.
E por falar em petista e transposição, não poderia deixar de registrar
as andanças da ex-senadora Fátima
Cleide. Ela voltou ao cenário político
e nas redes sociais seu maior defensor, David Nogueira, postou que
as pressões são grandes para a ex-parlamentar disputar o Senado por
causa dos bons números nas sondagens eleitorais internas. Fátima, que
faz parte da executiva nacional do PT,
bem que poderia usar sua influência
com seus pares petistas e pedir apoio
para a transposição dos servidores
sair do papel. Não seria ela a mãe da
transposição?
CESAR ENTRA
NA DISPUTA
O empresário e prefeito de Rolim de Moura, Cesar Cassol, deixa a
municipalidade no início de abril para
entrar na disputa eleitoral deste ano.
No município da Zona da Mata, Cesar
operou milagre para pagar os R$ 12
milhões de dívida deixadas pela gestão
do ex-prefeito Tião Serraia (PMDB)
e terminou o ano de 2013 com superávit. O controle de gastos, inclusive
com pessoal, acabou prejudicando os
investimentos em Rolim de Moura,
mas a medida foi necessária para colocar equilíbrio nas contas municipais.
AÇAÍ AZEDO
Como é possível o gestor público
pagar o curso de formação de professores indígenas para 174 pessoas
quando apenas 138 compareceram de
fato as aulas? O Projeto Açaí acabou causando séria dor de cabeça a
ex-secretárias Irany Freire Bento e
Marly Cahulla. O Tribunal de Contas
marcou audiência para defesa ou, caso
não queriam comparecer, depositem
aos cofres públicos R$ 216.956,14; R$
133.789, 68; e R$ 438.389,90. Além
de pagar por 36 pessoas que nunca assistiram uma única aula, o curso ministrado por uma suspeita MG Assessoria e Planejamento cobrou um preço
absurdo. A ex-diretora-financeira da
Seduc, Tanany Araly Barbeto, também
foi chamado aos autos no Tribunal de
Contas. Tanany também foi convidado
a explicar o superfaturamento de R$
84 mil na compra de prateleiras quando era gerente financeira do Fundo
Estadual de Saúde.
CONFÚCIO
VAI NA MARRA
Desanimado, cabisbaixo e triste
com tanta cobrança, o governador
Confúcio Moura foi exortado pela
cúpula do PMDB a entrar na disputa
pelo segundo mandato. O partido não
tem mais o tal “plano B” e seria uma
vergonha para o presidente nacional
da legenda não ter um candidato em
seu Estado. A primeira reunião foi
realizada na segunda-feira, dia 10, e
Confúcio, depois de ver alguns números, disse que poderia concorrer a
reeleição, mas deixou implícito que
poderia levar a decisão até o dia da
convenção em junho.
PSDB SEM LEGENDA
Correligionários do PSDB reclamam da estratégia do ex-senador
Expedito Junior. Não filiou gente de
peso para concorrer a Assembleia Legislativa, deixando à deriva os deputados Jean Oliveira e Euclides Maciel.
Até seu filho, Expedito Neto, migrou
para o Solidariedade, assim como os
melhores quadros das forças aliadas
do ex-parlamentar. Sem saída, até
porque legenda alguma quer coligar
com o PSDB para Assembleia, Euclides Maciel já pensa seriamente em
concorrer a Câmara Federal, aproveitando o filão de Porto Velho, aberto
com a saída de Nazif.
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CARLOS CALDEIRA
C
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A Hora é Agora!
Com esse slogan, Dr. Mauro Nazif elegeu-se prefeito de Porto Velho,
e com esse slogan, hoje, Mauro Nazif
é sinônimo de incompetência, de piadas e de muita revolta da população.
Quando o então candidato a prefeito
Mauro Nazif surgiu com o bordão ri-
dículo pedindo para todos os eleitores “quarentiar” - uma alusão ao seu
número 40 -, nós deveríamos ter desconfiado que nada ia dar certo, até
porque quem cria uma troço desses,
não merece ser chamado de competente.
Dr. Mauro vem conseguindo o
inimaginável à frente da prefeitura: rebaixar Roberto Sobrinho ao
quarto lugar de político mais odiado
da nossa capital! Dr. Mauro é disparado o primeiríssimo lugar, seguido
de seu irmão Gilson e do dublê de
vice-prefeito Rômulo Éneas, vulgo
Dalton Di Franco, e só então que
aparece Roberto Sobrinho.
Depois de um ano e dois meses de empossado, a administração do Dr.
Mauro virou caso de polícia. Na segunda-feira passada, um caminhão da frota
da prefeitura, a serviço da SEMAS, Secretaria Municipal de Assistência Social,
foi flagrado nas ruas da capital transitando com uma placa fria. A placa era de
uma moto Biz de uma empresa de Ji-Paraná, e o mais grave de tudo isso é que,
ao ser abordado, o motorista não conduzia nenhum documento do veículo, e
nem poderia, já que a própria secretária da SEMAS admitiu que o veículo não
tinha documento. O “responsável” pelo setor de transporte da secretaria confessou que sabia que a placa era de uma moto de Ji-Paraná e aí todo mundo
foi parar na central de polícia, e só sobrou para o motorista que ficou preso e
ainda foi indiciado criminalmente. Absurdo!
E ainda essa semana, um ônibus da empresa Três Marias, que
tem a concessão do transporte público da capital, também foi
flagrado em uma situação no mínimo esdrúxula: em vez de estar
transportando passageiros, estava recolhendo pedras, isso mesmo,
estava recolhendo pedras pelas ruas de Porto Velho. Os funcionários que trabalham na linha do bairro Nacional, com medo de
represálias da população porque o ônibus não estava mais entrando em algumas ruas, decidiram por conta própria, fazer a operação
tapa buracos. Uma vergonha!
Vamos quarentiar? Então vamos! Todos os problemas da administração
municipal resumem-se em: receber as benditas 115 máquinas e fazer a inversão da avenida Sete de Setembro. Na terça-feira passada, a pedido da vereadora Ana Maria Negreiros e do presidente Alan Queiroz, a câmara municipal de
Porto Velho realizou audiência pública para discutir a tal inversão da Sete de
Setembro e o plano de mobilidade urbana. O secretário Coronel Gutemberg foi
tão bombardeado de críticas que em certo momento deu a entender que iria se
retirar da mesa da Câmara. Quase 100% da população é contra essa sandice e
somente o prefeito e sua “competente” equipe é a favor.
E pra fechar, em mais um comunicado a imprensa, nosso prefeito declarou que com a chegada das máquinas ele vai dar um prazo
de até 31 de março para seus secretários mostrarem serviço, caso
contrário serão sumariamente demitidos! Conclusão: SEMED, SEMUSA, SEMDSTUR, SEMAS, SEMA, SEMUR, SEMPRE e EMDUR,
não dependem das máquinas, então já pode demitir os secretários.
E dúvida é: Caso Gilson Nazif não apresente resultado satisfatório,
também vai pro saco?
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Caerd não pede
autorização para
criar 38 cargos
Arquivo/Rondoniagora
Nailor entende que os cargos vão abrigar aliados do governador
ILEGALIDADE QUE PODE
CAUSAR PREJUÍZO DE R$
3,1 MIHÕES POR ANO AO
ESTADO É DENUNCIADA AO
TCE E MPT
A Resolução de Diretoria 005/2014,
autorizando a contratação de 38 novos
cargos comissionados com salários de
R$ 4.500,00 a R$ 12.500,00, causando
um rombo de R$ 3,1 milhões anuais aos
cofres da Companhia de Água e Esgotos
de Rondônia (Caerd), é completamente
ilegal. O ato, assinado por quatro diretores, fere a Cláusula 22 do Acordo Coletivo 2012/2014 da estatal, que obriga
novas contratações serem efetuados
apenas por concurso público e não por
mera indicação política de livre nomeação e exoneração. E o mais grave, a decisão não passou pelo Conselho de Administração, formado pela presidente da
Caerd, Iaciara Azamor; o representante
do Sindicato dos Urbanitários (Sindur),
José Irineu; e o procurador-geral do Estado, Juraci Jorge da Silva. A Resolução
005 só foi assinada por 4 diretores da
Caerd dos quais 3 são indicações exclusivas do governador Confúcio Moura: a
própria Iaciara, Nelson Marques (Operacional) e Avenilson Trindade (Finanças).
Para o presidente do Sindicato dos
Urbanitários, Nailor Guimarães Gato,
essas novas contratações a peso de ouro
são tão somente para abrigar os aliados
do governador Confúcio Moura com
polpudos salários. Nesta semana, Nailor
e o diretor da entidade, Wilson Lopes,
apresentaram denúncias ao Tribunal
de Contas de Rondônia com base no
Artigo 37 da Constituição Federal e ao
Ministério Público do Trabalho porque
a companhia realizou concurso público
e agora pretere os aprovados em favor
dos cargos comissionados que chegam a
soma de R$ 3,1 milhões por ano, levando-se em consideração o pagamento do
décimo-terceiro salário.
Dívidas
A Caerd está afundada em dívidas.
Há acordos de pagamento do passivo
trabalhista até 2016. Além disso, a estatal tem pendências com a Previdência
Social, Eletrobras, PIS e Cofins. A nova
presidente Iaciara Azamor colocou o
pagamento da folha dos servidores em
segundo plano. Os vencimentos eram
quitados até o dia 15 de cada mês. Em
janeiro, a companhia efetuou todos os
pagamentos até o dia 28. O temor da
direção do Sindur é que a Caerd volte
aquele cenário de 12 anos atrás quando
os salários dos servidores estavam em
atraso há 5 meses e as greves eram uma
constante dentro da companhia. O Rondoniagora denunciou a criação dos 38
novos cargos. O link da notícia é
http://rondoniagora.com/noticias/
caerd+cria+38+cargos+comissionados
+e+incha+folha+em+mais+de+r+239+
mil+2014-02-10.htm.
A presidente da Caerd, Iacira Azamor, não quis dar sua versão sobre o
assunto. O jornal Rondoniagora tentou
contata-la através de sua assessoria de
imprensa, mas não obteve retorno.
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Porto Velho
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Homenagem a Paulo Queiroz
não é legítima, dizem jornalistas
QUATRO MESES ANTES DE MORRER, VÍTIMA DE INFARTO, O JORNALISTA PAULO QUEIROZ, 63 ANOS, PUBLICOU ARTIGO
DENUNCIANDO O CALOTE DA COORDENAÇÃO DE CAMPANHA DO ENTÃO CANDIDATO AO GOVERNO DE RONDÔNIA,
CONFÚCIO MOURA (PMDB). POR ISSO, COLEGAS DE IMPRENSA E AMIGOS NÃO CONSIDERAM LEGÍTIMA NENHUMA
HOMENAGEM FEITA PELO ATUAL GOVERNO.
Gessi Taborda – Imprensa Popular
Nada do que esse governador filósofo caipira propõe ou inventa me empolga ou tem minha “aprovação”. O Paulo foi um daqueles
companheiros que frequentava a minha casa e que tinha de mim todo
o respeito, não só pelo exercício de sua profissão, mas também pelo
seu ótimo caráter. Digno de homenagens sinceras, certamente não
deveria ser usado agora, quando esse arremedo de governo está chegando ao fim, sem credibilidade e mesmo assim doido para conseguir
um novo mandato. Essa “homenagem” não passa de marotagem eleitoral. Certamente o objetivo é usar o nome de um companheiro que,
se vivo estivesse, estaria tirando do pedestal, pra todo sempre, esse
governo que faria melhor à Rondônia se deixasse o Palácio à francesa, usando seu ocaso para sair da vida pública. Enfim, se vem do Confúcio é melhor observar tudo com desconfiança.
Alan Alex – Painel Político
Paulo Queiroz, jornalista veterano que faleceu em 9 de março de
2011, havia publicado, em novembro de 2010, uma carta cobrando dinheiro que o governo da atrapalhação (que já havia começado errado) estava lhe devendo em função de trabalhos efetuados na campanha. Paulo coordenou a equipe de jornalismo e não recebeu. Chegou
a pedir doações para tentar honrar alguns compromissos financeiros.
Agora, o governo que havia aplicado esse calote, resolveu que vai
fazer uma “homenagem”, batizando um prêmio de jornalismo com
seu nome. Sobre isso sou contra. É um oportunismo barato. Para ler o
desabafo de Paulo sobre o calote, veja o final da coluna.
Rubens Coutinho – Tudo Rondônia
O jornalista Paulo Queiroz, três dias antes de morrer, me disse que
um dos piores erros de sua vida foi ter acreditado no político Confúcio
Moura.
PQ sentiu-se traído pelo governador, que lhe aplicou um calote.
Mas a desilusão de Paulo não era com relação a dinheiro. Quem conheceu o jornalista sabe que ele não dava valor ao vil metal, tanto que
morreu pobre e em dificuldades financeiras.
A mágoa era com a quebra de confiança por parte de alguém que
ele respeitava muito – Confúcio Moura.
Paulo me disse: “Eles (Confúcio e o cunhado Francisco de Assis)
estão fazendo uma tremenda molecagem comigo”, e pediu espaço
no Tudorondonia para publicar um artigo sobre o calote.
Hoje, Confúcio desrespeita a memória de Paulo Queiroz ao criar
esse prêmio com o nome do saudoso jornalista.
Paulo empenhou-se na campanha de Confúcio quando, na área
de imprensa, poucos acreditavam que o então prefeito de Ariquemes
conseguisse chegar ao Palácio Getúlio Vargas.
Paulo trabalhou para Confúcio, só foi pago depois de muita humilhação e viu-se obrigado a expor-se publicamente para receber o
que era de direito. Inicialmente, como paga pelo trabalho, o jornalista
recebeu um calote, o abandono e a humilhação. Para coroar tudo isso,
Confúcio enxovalha a memória do profissional mais brilhante que a
imprensa rondoniense já teve dando seu nome a um prêmio fajuta e
chapa branca.
Por cima de queda, coice!
*Por Paulo Queiroz (novembro de 2010)
Para tentar sair do buraco provocado por mais de um ano sem receber salários do jornal “O Estadão do Norte”, crise
agravada pela ilusão do site como forma de recuperação rápida, aceitei coordenar o comitê de imprensa da campanha
eleitoral de Confúcio Moura (PMDB) e, pelo jeito, levei outro calote.
Somando as partes que me deixaram de ser pagas no 1º turno da eleição com o nada que recebi pelo trabalho na
segunda etapa do pleito, a coordenação da campanha peemedebista me deve R$ 18 mil.
Era com que contava para sanar parte da insolvência que começou com o problema do pessoal do “Estadão”.
Após mais de um ano tirando do cartão de crédito e de empréstimos consignados os salários que “O Estadão” não
pagava, o bicho começou a pegar.
Achei que seria fácil sair da crise abrindo o site. Agravou. Entrei ainda mais no crédito consignado, troquei cheques
na praça e apanhei feito um condenado até conseguir fazer a ferramenta operar. Achei que ficou bacana, mas a fila de
credores cresceu.
Entrei na campanha do PMDB pelas mãos do senador Valdir Raupp. Ofereceu para fazer os textos dele mais do que
a proposta que me havia sido feita pelo pessoal do PT.
Tinha um compromisso moral com os petistas. Mas este era ainda menor do que o que existia com o pessoal do
partido ao qual sou filiado – o PSOL.
O trotar dos credores no meu encalço, no entanto, me obrigou a ficar a campanha inteira abrindo um sorriso amarelo
sempre que não conseguia me esquivar de um encontro com uns e outros.
O palanque da aliança peemedebista foi operado por duas coordenações – uma para cada candidatura majoritária.
Não obstante os desencontros iniciais, a coordenação da campanha do senador Valdir Raupp pagou tudo - a mim e
aos profissionais que levei até com inabitual antecipação.
Mas com a coordenação do candidato ao governo administrada pelo Assis Oliveira, o mesmo que agora comanda a
transição, foi esse tormento em aberto.
Apesar de tudo, ofereci meus serviços para operar a comunicação no processo de transição.
Comecei a suspeitar que posso ter levado um calote quando os primeiros textos sobre a transição começaram a ser
distribuídos. E haja telefonemas para tentar receber o que me devem. Nem para me mandar aos quintos retornam.
Mas decidi que vou brigar. Trabalhei, quero receber o que ficou acertado. Os meus credores também. Só que estes
exigem prá já! Ontem...
O pior é que ninguém acredita na minha história. Pudera!
Não bastasse o procedimento ser incongruente com a campanha vitoriosa, não consigo estabelecer prazos com quem
devo, porquanto também não os tenho dos que me devem.
Razão pela qual estou sendo obrigado a esta providência extremada. Na pior das hipóteses, saberão que não lhes
estou mentindo.
Não entrei na Justiça do Trabalho contra “O Estadão” porque a direção jamais deixou de me dar satisfações. Sempre
se justificou pondo-me a par das dificuldades da empresa. Sem falar que amo a casa. Deixei de fazer a coluna porque
precisei do tempo despendido para produzi-la.
Mas o Mário Neto já me chamou para conversar. Ainda não fui porque a abordagem se deu em meio à campanha e
não havia, literalmente, tempo para fazer outra coisa, senão à campanha. Poucas vezes estive tão ocupado.
Vou, mais uma vez, incomodar os amigos advogados - os que sempre me socorreram na modalidade “pro bono” nas
inúmeras ocasiões em que políticos me levaram às barras dos tribunais.
Mas enquanto essa questão se arrasta, preciso aplacar a fúria dos credores até para conseguir trabalhar.
Por isso, vou apelar e ver se dá certo, pelo menos em parte, uma idéia que foi relatada pelo jornalista Abdoral Cardoso, semana passada, no 4º Seminário Arquidiocesano de Comunicação.
Contou que o blogueiro Altino Machado, num momento desesperador, pediu ajuda aos leitores do blog indicando a
conta bancária para doações.
Estou copiando a iniciativa numa circunstância não tão dramática e com uma diferença: primeiro não estou, como
Altino, na iminência do desabastecimento doméstico, ou seja, ameaçado pelo fome; depois, aceito empréstimos com
prazos em aberto.
O leitor que puder esperar e se dispuser é só identificar o eventual depósito por intermédio do e-mail do site ([email protected]). Depois confiro com o extrato e organizo uma contabilidade. Não tenho outra garantia a oferecer,
senão a minha palavra: devolvo tudo assim que puder.
Mas quem preferir doar, não estou em condições de recusar. Os dados da minha conta são os que se seguem:
Banco do Brasil, Agência: 3181-X - Conta: 4051-7
Paulo Queiroz Bezerra
PS – O apelo à cidadania tem a ver com o sentido com que sempre exerci a minha profissão, colocando o interesse público como meta.
No entanto, não tenho certeza se isso está certo. Riscos de toda ordem e não consigo enxergar saídas menos patéticas. Nuanças cujos relatos implicariam complicações inescrutáveis impedem algumas que podem parecer óbvias e
razoáveis.
Seja como for, também preciso de trabalho extra.
Além de saber um bocado sobre editoração de jornais, tenho boa experiência em assessoria de imprensa, faço análises de conjuntura aceitáveis, consultorias para políticos e entidades (sindicatos, ONGs etc.) e textos para quase todos os
fins. Ademais, tem o site.
E não é preciso dizer do quanto agradeço aos que atenderem esse apelo. É isso.
Porto Velho
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
07
Cheia do Madeira é recorde e
já isola municípios e distritos
Rondoniagora
GOVERNADOR
DECRETOU SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA NO ESTADO
Barcos são atracados próximo as residências em Jacy Paraná, onde a população não tem para onde ir
Rondoniagora
Prefeitura de Porto Velho não providencia apoio médico, água ou alimento para os desabrigados
A cheia do Rio Madeira já causa
grandes prejuízos a população de Porto Velho, Jacy Paraná e outros cinco
municípios. Guajará-Mirim e Nova
Mamoré já estão isoladas pela enchente. Até domingo, 16, deve faltar
combustível na maioria dos postos
de Nova Mamoré e as autoridades
municipais temem desabastecimento dos supermercados da localidade.
Na capital, 72 famílias foram retiradas de suas casas e outras aguardam
socorro da Defesa Civil. A feira livre
de domingo e o camelódromo estão
debaixo d’água. Os trabalhadores já
contabilizam os prejuízos financeiros
da cheia do Madeira. A prefeitura dispõe de R$ 180 para auxílio aluguel. O
valor não dá nem mesmo para pagar
uma quitinete. A secretária de Ação
Social, Josélia Ferreira, não fala sobre
o assunto.
Na quinta-feira, 13, moradores do
Bairro Triângulo fecharam as vias de
acesso ao local exigindo ajuda da prefeitura para os moradores atingidos
pela enchente. Na quarta-feira, 12, o
Governo resolveu decretado estado de
emergência. O governador Confúcio
Moura (PMDB) estava em Brasília e
já estava buscando apoio no Ministério da Integração Nacional junto com
o senador Valdir Raupp (PMDB). O
problema é tão grave que até a OAB
rondoniense se manifestou encaminhando ofícios ao Senado solicitando
apoio as famílias prejudicadas pela
cheia.
Dos seis municípios atingidos pelas cheias, Rolim de Moura e Santa
Luzia do Oeste já obtiveram ajuda federal. Além de Rio Crespo, Nova Mamoré, Guajará Mirim e Porto Velho,
nos dois últimos a situação pode se
agravar, especialmente com a previsão meteorológica, que prevê uma elevação no volume de águas do Madeira
que chegará a mais de 18 metros, até
o dia 20 de fevereiro, colocando todas
as autoridades em grande tensão até
lá. Diariamente serão divulgados boletins para dar conhecimento à população de tudo que está acontecendo e
das soluções postas em prática.
8
Especial
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
SINDSAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Asper assume dívida e
prédio de antigo plano
A disputa pelo imóvel de 168 metros quadrados na Avenida Rogério
Weber, 710 (antigo 4.100) ganhou
derradeiro capítulo nesta semana
após a diretoria do Sindicato dos
Trabalhadores na Saúde (Sindsaúde)
assinar um acordo judicial reconhecendo a posse legítima da Associação
dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Rondônia (Asper).
A partir de agora, sob pena de multa
diária, os representantes do sindicato não poderão impedir a entrada
dos diretores da associação no prédio, alvo de uma discórdia há vários
meses, causando dissabores públicos
e até ocorrências policiais.
O imóvel foi comprado em julho
de 2005 pelo Sindsaúde Assistência
Médica, posteriormente denominado Sindsaúde Assistência Social,
para atender o plano médico dos servidores da Saúde. O CNJP dessa nova
entidade difere do CNPJ do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde (Sindsaúde), portanto, um patrimônio
adquirido pelo plano de saúde.
Com problemas de déficit mensal de pelo menos R$ 300 mil e sem
condições de atender satisfatoriamente seus beneficiários, o Sindsaúde Assistência Social foi extinto
e, após consulta aos associados em
duas assembleias, o plano de saúde
foi absorvido pela Associação dos
Trabalhadores no Serviço Público do
Estado de Rondônia. Na época, a dívida do extinto plano chegavam a R$
2 milhões com a Unimed Assistência
Médica.
A transferência dos benificiários,
aprovada pelos servidores, é amparada pelo estatuto do Sindsaúde
Assistência Social, inclusive a cessão dos bens patrimoniais. O Artigo
59 do Capítulo IX é claro: “Extinto o
Sindsaúde Assistência Social, seu patrimônio será incorporado a de outra organização que almeje a conse-
cução de fins idênticos ou similares
para onde possam ser transferidos
seus associados”. E como o Parágrafo Único do Artigo 13 distingue a
pessoa jurídica do Sindsaúde Assistência Social do ente Sindicato dos
Trabalhadores na Saúde (Sindsaúde), não há o que se falar em transferência irregular de patrimônio. Veja
o que diz o estatuto em seu artigo
13: “O SINDSAÚDE ASSISTÊNCIA
SOCIAL possuirá personalidade jurídica distinta do SINDSAÚDE – SINDICATO DOS TRABALHADORES
EM SAÚDE NO ESTADO DE RONDÔNIA, com identidade contábil e
movimentação bancária próprias”.
“Queriam que a Asper assumisse
apenas as dívidas?”, questiona Silas
Neiva, ex-presidente do Sindsaúde
Assistência Social e atual diretor financeiro da Asper.
Em 9 de março de 2012, Silas
Neiva assinou o Instrumento Particular de Doação do imóvel comercial
de 168,00 metros quadrados. A operação foi regular e para provar a legalidade do ato, o Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU) veio neste
ano de 2013 em nome da Asper. “A
associação pagou todos os impostos
atrasados e validou a inscrição municipal na prefeitura”, explicou Silas
Neiva.
INTERVENÇÃO NÃO
ATINGIU PLANO
A intervenção no Sindsaúde decretada pela Justiça não interferiu no
trabalho do Sindsaúde Assistência
Social. Em 2010, o interventor Juscelino Amaral tentou também controlar o plano de saúde, mas foi rechaçado pela Justiça, que explicou à
época que sindicato e o plano tinham
personalidades jurídicas distintas e
não havia irregularidades na gestão
do então presidente Silas Neiva de
Carvalho.
Documento comprova a cessão do plano de saúde para Asper
POSSE IMÓVEL É DA ASSOCIAÇÃO
Pelo menos até segunda ordem, o acordo
assinado entre os diretores do Sindsaúde e
representantes da Asper no Judiciário garante a posse do imóvel a entidade dirigida
pelo sindicalista Francisco Pinheiro. Existe
uma outra ação na 9ª Vara Cível, onde entre outras situações, a direção do Sindsaúde
alega irregularidades nas assembleias, mas
nada comprovado. Por enquanto, o que vale
mesmo e a decisão interlocutória do juízo da
Vara de Falências e Concordas. Outros imó-
veis estão na mesma situação.
A Asper briga judicialmente para obter a
posse de todos para que possa fazer trabalho melhor para os mais de 36 mil filiados
ao plano de saúde administrado pela entidade e operado pela Unimed de Ji-Paraná.
“Vamos brigar pelo patrimônio da Asper já
que absorvemos a divida do antigo plano
e estamos conseguindo realizar os atendimentos a contento dos servidores” , explicou Silas Neiva.
Especial
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
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ATUAIS DIRIGENTES DISCORDAM
Golbery Paixão e Caio Marin, diretor
e presidente do Sindaúde, discordam
do relato acima. Para eles, não houve
legalidade nas assembleias, o que não
conseguiram comprovar judicialmente.
Golbery diz que os encontros tiveram
Plano de saúde tem personalidade jurídica distinta do sindicato
poucas pessoas para aprovar a cessão
do patrimônio da assistência médica
a Asper. E ainda acusa Silas Neivas de
irregularidades em sua gestão, informação também não comprovada nos
autos.
Jorge Ferreira vendeu o imóvel para o plano de saúde e não para o sindicato
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Ji-Paraná
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
Exceller articula compra de raio-x
Rondoniagora
DEPUTADO HERMÍNIO
COELHO GARANTE EMENDA
PARA EQUIPAMENTOS A JIPARANÁ
O vereador Anderson Exceller (PSD)
esteve na quarta-feira, 12, em Porto Velho conversando com o presidente da
Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), sobre a necessidade da compra de dois aparelhos de raio-x para atender o primeiro e o segundo
distrito de Ji-Paraná. O parlamentar
prometeu apresentar emenda ao Orçamento do Estado para incluir a aquisição dos equipamentos. Hoje, Ji-Paraná
conta apenas com um raio-x no Hospital
Municipal para atender, além dos pacientes do município, pessoas de Ouro
Preto, Castanheiras, Vale do Paraíso e até
Rondolândia (MT). “O equipamento vive
quebrado”, reclamou o vereador, lamentando o fechamento do Pronto Socorro
do II Distrito.
Essa será mais uma luta do vereador
Anderson Exceller logo na abertura dos
trabalhos na Câmara, marcada para a
próxima terça-feira, 18. O pronto socorro do II Distrito funcionava na gestão do
ex-prefeito José Bianco no período de
24 horas. Hoje, a atual gestão resolveu
transformar a unidade em posto de saú-
de. E os aparelhos de raio-x serão instalados no Hospital Municipal no I Distrito
e nesta unidade do II Distrito. “Protocolei o documento na Assembleia pedindo
apoio do deputado Hermínio para comprar esses equipamentos”, explicou Anderson Exceller. Ji-Paraná, segundo ele,
conforme estudos do Ministério da Saúde, tem o maior número de motociclistas
proporcionalmente ao número de habitantes. “Por isso são tão necessários esses
equipamentos para o nosso município”,
justificou o vereador.
TRÂNSITO
Anderson Exceller também comentou as informações divulgadas nas redes
sociais sobre o sucateamento da Empresa Municipal de Transporte Urbano (EMTU). A cidade, segundo ele, tem
130 mil habitantes e apenas 6 agentes
de trânsito. Para o vereador, é preciso
chamar os aprovados no último concurso público e priorizar a compra de novos
equipamentos.
ENCONTRO PARTIDÁRIO
No próximo sábado, 15, Anderson Exceller, que esteve no Rondoniagora nesta
semana, participa junto com o deputado
federal Moreira Mendes do encontro estadual do PSDB, que deve lançar a pré-candidatura de Expedito Junior.
O vereador Anderson Exceller pediu emendas ao deputado Hermínio Coelho
Ji-Paraná começa Distrito Industrial
O prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), junto com várias autoridades
municipais e estaduais, lançou a pedra
fundamental nesta semana do Distrito
Industrial do município na BR-364. A
área de 100 hectares localizada na BR364 deverá abrigar entre 200 e 250 empreendimentos, gerando mais postos de
trabalhos e renda para a cidade. Antes da
implantação do pólo, A Secretaria Municipal de Planejamento já tem sido procurada por empresários de Ji-Paraná e de
outras cidades do Estado, bem como empreendedores de outras localidades do
País, que visam instalar suas empresas e
indústrias no coração de Rondônia. Um
indício forte de que a politica desenvolvimentistas adotada pela municipalidade tem criado um clima favorável para os
investidores.
A Prefeitura de Ji-Paraná, segundo
Jesualdo Pires, passará a atuar agora em
três frentes de trabalho voltadas para
implantar o distrito empresarial o mais
breve possível: uma equipe irá trabalhar
na parte legal visando garantir segurança jurídica aos futuros empreendedores
e a prefeitura; uma segunda na visita e
na coleta de informações, analisando
modelos viáveis de distritos empresarias em cidade brasileiras; e a terceira
trabalha a captação de recursos para as
obras de infraestrutura que serão realizadas como a pavimentação das ruas,
rede elétricas, rede de esgotos e outras
benfeitorias.
“Faremos algo moderno, com toda infraestrutura necessária para acolhermos
os empreendimentos, inclusive estamos
verificamos modelos bem sucedidos em
outros Estados para implantarmos em
Ji-Paraná”, garantiu Jesualdo.
Rondoniagora
“Faremos algo
moderno, com
toda infraestrutura
necessária para
acolhermos os
empreendimentos”
Jesualdo lançou a pedra fundamental do novo distrito
Rolimm de Moura
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@rondo
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
DENIS FARIAS
D
Jornalista
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[email protected]
Marcou território...
O prefeito de Rolim de Moura em
exercício, Luizão do Trento, deve devolver a cadeira mor do Palácio Olavo Pires ao titular, Cesar Cassol, na
próxima segunda-feira (17). Tudo sem
muitas formalidades. Mesmo assim, o
empresário do ramo supermercadista
deixa marcas no território por onde
passou. Em seu primeiro contato com
a administração pública de fato, tratou
de correr contra o tempo e, durante os
30 dias que ficou no cargo fez por merecer a confiança da comunidade. Foi
à Brasília e à Porto Velho por várias
oportunidades, conseguindo recursos
importantes para o município.
30 DIAS, DUAS CHEIAS...
Mesmo assim, acabou sendo motivo de brincadeiras entre os amigos. Pelo
pouco período que foi prefeito, acabou passando por duas cheias dos igarapés da
cidade, depois de duas grandes chuvas. Em uma delas, o Rio Anta, o principal da
cidade, subiu muito e alagou várias casas. Em resposta, procurou vários parlamentares, dentre eles o casal Raupp, para pedir recursos para obras de contenção de
cheias. Na semana passada em Brasília, voltou com resposta positiva do senador
Ivo Cassol, que já alocou ao menos R$ 7 milhões para esse fim.
O PODER DO PSD...
O PSD em Rolim de Moura tem três vereadores, Sequessabe, Jairo Benetti e
Juninho do Frigorífico. Esta semana, a cúpula local da sigla se reuniu para deliberar sobre o futuro da legenda na administração do prefeito Cesar Cassol e também
como será a articulação para as Eleições deste ano. Ao menos um deles deve tentar
uma vaga no parlamento estadual.
TÁ DIFÍCIL...
Choveram críticas com o anúncio da prefeitura rolimourense, de que iria realizar o Carnaval de rua da cidade, mesmo depois dos alagamentos de janeiro e
fevereiro. Ainda no cargo de prefeito, Luizão do Trento pediu opinião ao povo
(vereadores, Acirm, Observatório Social e outras entidades), sobre fazer ou não
a festa. Todos foram unânimes em dizer que sim, era para fazer, que as pessoas
precisavam da festa. Mas, a população parece que não gostou muito da ideia. A
pergunta é: se tivessem cancelado a festa, o povo iria aplaudir? Acho que não!
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Município de
Rolim abre
156 vagas
EDITAL É DIVULGADO NO
SITE DA PREFEITURA E
SALÁRIOS VARIAM DE R$
666,91 A R$ 6.474,30
A Prefeitura de Rolim de Moura abriu
processo seletivo para contratação para
Executivo e Câmara de Vereadores. São
156 vagas com salários de R$ 666,91 a
R$ 6.474,30. O edital com os requisitos
está no site da prefeitura (http://rolimdemoura.ro.gov.br).
Das 156 vagas no total, 79 serão para
preenchimento imediato e 77 para formação de cadastro reserva com oportunidades para profissionais de todos os
níveis de escolaridade. Do total de vagas
previstas, 5% serão reservadas para os
candidatos portadores de deficiência.
CURSOS GRATUITOS
A Prefeitura de Rolim de Moura, através da Secretaria de Assistência Social do
município, busca preencher as vagas remanescentes de nove cursos profissionalizantes que estão sendo oferecidos gratuitamente à população este mês. São 80
vagas abertas, destinadas para homens
e mulheres com idade acima de 16 anos,
que visam ajudar a melhorar a renda e a
busca por uma recolocação no mercado
de trabalho.
Os cursos oferecidos são: confeitaria
(9 vagas, tarde), atendente de farmácia
(7 vagas, tarde), jardinagem (3 vagas,
tarde), corte e costura (3 vagas, manhã), eletricista (5 vagas, noite), flores
em E.V.A (8 vagas, manhã), garçom (15
vagas, tarde), pizzaiolo (15 vagas,), reaproveitamento de alimentos (15 vagas,
tarde). As inscrições estão sendo feitas
na Conectinove, na Av. 25 de Agosto, ao
lado da Caixa Econômica Federal, em
horário comercial.
AULAS
Estão na reta final de inscrições dois
importantes cursos preparatórios para
concursos na Conectinove Escola de Profissões. O primeiro, ainda com algumas
vagas abertas, é o da Caixa Econômica
Federal, que começa na próxima segunda-feira, 17/02. A outra oportunidade é
de se preparar para o certame da Prefeitura e Câmara de Rolim de Moura aos
sábados e domingos, que já terá aulas no
próximo sábado, 15. Neste também há
vagas.
Arquivo/Rondoniagora
PRÓ FICHA SUJA...
O prefeito de Nova Brasilândia, Gerson Neves, vetou um projeto de Lei aprovado na câmara daquele município, que implantava as regras do Ficha Limpa na
contratação de portariados pela prefeitura. Na justificativa do veto, o procurador
do município argumentou que tal Lei era inconstitucional, por ferir a liberdade do
executivo da livre nomeação desses cargos. Caso isso seja o caso, me espanta tal
projeto ter então passado pela comissão de constitucionalidade da casa.
OUTRO MOTIVO...
Agora, parecem que os motivos são outros. O filho de Gerson, Geciel Bueno Neves, atual secretário de administração do município, fora condenado pelo Tribunal
Regional Eleitoral em 2010 à perda do mandato de vereador, por compra de votos
e abuso de poder econômico. Caso a Lei fosse implantada, ele teria que deixar o
cargo. O veto deve voltar para a câmara nos próximos dias, mas, pelo que falam
nos bastidores da casa, o projeto deve ir mesmo para a gaveta.
FOI BEM... :)
Editorial da rede Globo de televisão. Simples, sucinto, puro e emocionante.
Lido por Willian Bonner no Jornal Nacional, o texto falou sobre a morte do cinegrafista da Band morto na semana passada por um rojão, durante manifestações
no rio. Depois de muito tempo, a emissora voltou a se pronunciar oficialmente
sobre algo do cotidiano.
Candidatos poderão reforçar preparação na Conectinove Escola de Profissões
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Ouro Preto do Oeste
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
Jaques Testoni desiste da vida
pública e não disputa reeleição
José Hilde
A DECISÃO FOI TOMADA
PELA FAMÍLIA E UM NOVO
NOME SERÁ ESCOLHIDO
PELO GRUPO
O deputado estadual Jaques Testoni
(PSD-Ouro Preto) anunciou oficialmente que não será candidato à reeleição. O
parlamentar afirma que vai se dedicar
aos negócios pessoais e em conversa com
a família chegou a um consenso para desistir da vida pública por enquanto. “É
uma decisão pessoal. Conversei com minha família e decidimos que esse seria o
melhor caminho”, disse nesta semana o
parlamentar.
Político conciliador, o deputado estadual Jaques Testoni está no seu primeiro
cargo eletivo. Jaques até ser candidato
a deputado nas eleições de 2010, nunca
tinha disputado qualquer cargo eletivo
e entrou na vida pública pelas mãos do
irmão o prefeito de Ouro Preto do Oeste
Alex Testoni (PSD) que já tinha sido parlamentar estadual no período de 2006 à
2008. Gozando de bom trânsito junto a
seus pares na Assembleia Legislativa, o
representante de Ouro Preto faz a política chamada “boa vizinhança”, além de
ser da base aliada do governo na Casa de
Leis.
Ao ser questionado sobre o atual governo, o deputado disse que o atual inquilino do Poder Executivo, Confúcio
Moura (PMDB), é um estadista e será
lembrado por ter feito um governo municipalista sem ranço partidário e completou a sua analise com uma nota aceitável. “Nenhum governante vai agradar
a todos, mas seguramente o governador
Confúcio (Moura) é um homem de dialogo que mesmo diante dos percalços, vem
governando Rondônia com transparência nas ações”, pontuou.
Ao explicar o porquê da sua decisão
de não disputar a reeleição, Jaques Testoni disse que é uma decisão pensada lá
atrás em comum acordo com a sua família. O deputado afirmou que no momento oportuno vai falar quem deverá
apoiar, mas fez questão de dizer que a
pessoa indicada é do seu grupo e o nome
será chancelado pelo prefeito Alex Testoni, mas não revelou o escolhido preferindo aguardar mais um pouco.
Sobre suas ações, Jaques fez várias
Jaques Testoni não concorre a um novo mandato para cuidar de negócios pessoais
indicações de suas emendas para a cidade de Ouro Preto do Oeste. Os projetos
de urbanização na entrada da cidade e da
Avenida Daniel Comboni, que deverão
Prefeito de Ouro Preto
anuncia investimentos
O prefeito de Ouro Preto do Oeste,
Alex Testoni (PSD), anunciou uma série
de investimento e projetos para a cidade.
Algumas das ações foram viabilizadas
pelo Estado e União, além de emendas
parlamentares. O gestor municipal informou a reportagem que o município
deve ser tornar um canteiro de obra com
a execução destes investimentos que ultrapassa a soma de R$ 51 milhões.
Um dos primeiros projetos que será
executado é a revitalização da Avenida
Daniel Comboni obra orçada em cerca de R$ 2,5 milhões. A via passará por
uma transformação, modernizada, com
calçamento padronizado, iluminação especial, bancos, jardins, lixeiras, ciclovias,
dentre outras novidades como a construção de um portal no início da Avenida na
confluência com a BR 364. Outra grande obra para o ano de 2014 será a construção do canal da cidadania, uma obra
que vai transformar a área no entorno do
Bosque Municipal com espaço para quadras de vôlei de areia, campo suíço, pista
de skate entre outros, ambas as obras é
fruto de emendas parlamentares do deputado estadual Jaques Testoni (PSD).
ser transformadas em locais turísticos,
ganhou seu apoio na Casa de Leis.
Arquivo/Rondoniagora
Alex Testoni quer transformar Ouro
Preto em “canteiro de obras”
Articulista
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
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ALEXANDRE ARAÚJO
Jornalista
NÃO TÔ NEM AÍ
Um dito cujo metido a intelectual me cumprimentou friamente
no meio da semana, certamente
contrariado com algo que comentei aqui na coluna. Besteira dele,
pior situação vivi com as sacanagens dele e nem por isso tive febre
ao passo que fiquei sabendo que
a sua hemorroida aliado a cornice
quase leva para uma visita a São
Pedro.
VEREADOR
ENROLADO
Tem um certo vereador que
faltou as sessões da Câmara
municipal por estar de licença
médica, no qual o nobre edil fez
uma pequena intervenção cirúrgica nos olhos. O fato que chamou a
atenção é que o dito cujo foi visto
jogando sinuca. O caso é passível
de ser examinado pela Comissão
de Ética da Câmara (se é que existe), se for, o moralista como gosta
de ser chamado pode ficar enrolado, ou ficar numa sinuca de bico,
que é como ele gosta de deixar os
adversários na mesa de bilhar.
MP VERSUS
TRANSPORTE
ESCOLAR
O Ministério Público – MP
através da Promotoria de Justiça
da Comarca de Ouro Preto do
Oeste está atento as licitações do
transporte escolar nos municípios
de: Ouro Preto do Oeste, Nova
União, Mirante da Serra, Vale do
Paraíso e Teixeirópolis. Ocorre
que no passado não muito distante surgiram diversas denúncias
de fraude neste tipo de serviço
prestado a comunidade estudantil.
Entre as safadezas é que muitos
ônibus alugados eram de empresas que na verdade pertencia a
determinado vereador que por seu
turno utilizava laranjas para burlar a fiscalização. Em um pequeno
município da região central do
Estado os vereadores brigam tanto
pelo transporte escolar será que é
para garantir a qualidade do serviço ou para garantir a fatia no bolo
e desta forma assaltar o erário?
/jornalrondoniagora
@rondoniagoranet
Começou o muído
É muído demais para bandas da política. Todo dia uma novidade, quem tem
obrigação de dizer não diz e manda os
emissários telegrafarem recados na mídia, os midiáticos entram na onda e reproduzem o fuxico e assim a vida continua. O povo fica no meio do tiroteio sem
entender nada e os que entendem se fazendo de mortos para comer o pobre do
coveiro.
NO GOVERNO DO CONFUSO
O pré-candidato ao governo Expedito Junior (PSDB), esteve em Ouro Preto do Oeste
visitando os órgãos de imprensa local. Ao ser questionado o porquê o governador Confúcio
Moura (PMDB) não consegue destravar a maquina administrativa Expedito respondeu que o
grande gargalo do governo é que cada secretário quer dançar um ritmo diferente do chefe que
por seu turno gosta de ouvir o bolero de Ravel ai fica difícil quando tem um que quer dançar
forró isso não dar liga.
TRABALHANDO CONTRA
O grande adversário do governador Confúcio Moura (PMDB), caso o mesmo saia a reeleição é sua equipe de assessores na região central do Estado, ocorre que os parasitas e inquilinos dos famigerados CDS trabalham contra o chefe “zen”. O exemplo é Ouro Preto onde tem
“baba ovo” com moral perante a sociedade igual a “estuprador” daí para pior e ainda tem
gente jurando que o governador vem crescendo no conceito junto ao eleitor pode até ser mais
crescendo feito rabo de cavalo.
LEWANDOWSKI CHEGANDO
É comovente o desespero dos seguidores de fidelidade canina a Zé Dirceu diante da força de lei que Joaquim Barbosa usa para deixar o chefe dos
mensaleiros na Papuda, lugar seguro e bom para estudar direito a distância. Pena que isso acaba em março, quando Lewandowski assume - por
tradição da Corte - a presidência do Supremo. Aí sim, o Brasil vai ver o que
é bom pra tosse.
MENOS MÉDICOS
Por onde passa um boi, passa a boiada. Continua a debandada cubana.
Mais de vinte já deixaram o programa eleitoreiro Mais Médicos. O governo da dona Dilma que inaugurou a pedra fundamental da importação de
médicos estrangeiros aos borbotões e agora não sabe o que fazer com eles.
A saúde pública no Brasil da Silva segue nas mesmas. Os políticos continuam se tratando nos hospitais de referência como Sírio-Libanês, Copa D›Or,
Albert Einstein e outros que não são pro nosso bico. O Mais Médicos é um
sucesso internacional em termos de contratação de mão de obra escravizante. Já está virando o Menos Médicos.
REFLITA
Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma
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O JOGO É BRUTO
O eleitor que se prepare para
as baixarias que sempre marcam o período eleitoral. Embora
todos os políticos afirmem que
o processo eleitoral ocorrerá no
“melhor nível”, ninguém escapa
das rasteiras de bastidores e das
acusações nem sempre confirmadas ou aprofundadas. O jogo
baixo sempre existiu, não é de
agora, muito embora nos últimos
anos parece que passou a ser
trivial no manual de como se dar
bem numa eleição. Às vezes funciona, algumas não. A baixaria
também não é privilégio nem de
partido político, nem de ideologias. O uso é genérico.
SEM ALISAR
O corregedor geral do Detran, delegado de Polícia Civil
Cristiano Lopes Ferreira, não
vem alisando os atos de safadeza
que alguns funcionários do órgão
estadual de trânsito vem fazendo. Há cerca de seis uma turma
que faz parte da Lei Seca esteve
em Ouro Preto do Oeste e para
relaxar resolveram ir ao Vale
das Cachoeiras, até tudo bem,
ocorre que o transporte utilizado
para levar a turma foi um micro ônibus do Detran, o fato foi
divulgado na imprensa e após os
procedimentos legais os envolvidos foram punidos. Bom seria
que o exemplo da corregedoria
do Detran fosse seguido pelas
demais secretarias do governo da
“enrolação”.
BATEU PINO
A negada que gosta de conduzir carros e motos fora da Lei
pode ficar tranquila que dificilmente antes das eleições de outubro haverá blitz em Ouro Preto
do Oeste, a exemplo que ocorreu
no ano de 2013. Em ano eleitoral os políticos não querem se
queimar com os eleitores, já que
blitz na visão de muitos políticos
pilantras é prejuízo na certa,
como perguntar não ofende seria
prudente que o Ministério Público – MP desse uma “espinhada”
nesta artimanha politiqueira.
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Geral
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
Intervenção no Sebrae acaba com
estratégias de Joana Joanora
INVESTIGAÇÕES NO SEBRAE
FORAM DETERMINADAS PEL
O CONSELHO DELIBERATIVO
NACIONAL
A manutenção de práticas antigas e
novas manobras para tentar perpetuar
um novo grupo no poder, além de atos de
vários atos de corrupção são os principais
motivos para a intervenção do Sebrae
Nacional em Rondônia. A medida foi efetivada na segunda-feira, quando o grupo
interventor, formado pela advogada Mônica Jorge Saliba, e os técnicos Newton
de Castro e Carlos Berti Niemeyer, chegou ao Estado com a missão de fazer
uma devassa nos últimos atos da gestão
de Joana Joanora das Neves, a então
toda-poderosa presidente do Conselho
Deliberativo do Sebrae em Rondônia. Há
alguns dias ela conseguiu destituir toda
a antiga diretoria com a alegação de que
precisava acabar com os esquemas de
corrupção no órgão. Na verdade, pretendia implantar seu feudo, como efetivar
o genro como diretor-administrativo financeiro. O filho era suplente do Conselho Deliberativo e também foi afastado.
Segundo apurou o RONDONIAGORA, Joana Joanora das Neves juntou
forças com o ex-presidente Leonardo
Heuler Calmon Sobral e pretendiam
comandar as ações do Sebrae de forma
familiar. Leonardo, que mantém controle do Sindicato das Micro e Pequenas
Empresas (Simpi) e Federação das Entidades Estaduais de Micro e Pequenas
Empresas (Feempi) conseguiu retomar o
poder junto ao Sebrae entre 2012 e 2013,
cerca de um ano depois de ser destituído por várias irregularidades à frente do
Conselho Deliberativo, como contrata-
ção de empresas familiares e outras
ilegalidades. Meses depois no entanto,
com o apoio de Joana Joanora conseguiu com a Feempi retomasse o assento
no Sebrae rondoniense, indicando então Luiz Carlos Koserski, representante
do Feempi. Desde então, a devassa que
seria realizada sobre a gestão de Leonardo Sobral nunca foi levada adiante.
Os acordos entre Leonardo Cabral
e Joana Joanora para comandar sem
problemas o Sebrae a partir de 2014
quase deram certo. Há duas semanas e
com a alegação de que estava afastando
diretores corruptos, conseguiu aprovar
resolução que garantiria eleições rápidas no Sebrae ainda em fevereiro. A
intenção era trabalhar o nome do ex-superintendente do Banco do Brasil
em Rondônia, Edvaldo Sebastião de
Souza, ex-conselheiro do Sebrae, como
diretor-superintendente. Telmo Luciano Silva Neves, genro de Joana Joanora
seria o dirigente administrativo financeiro. Mas o esquema não deu certo.
Avisados em Brasília pela Confederação
Nacional do Comércio (que foi acionada pela Fecomércio), o Sebrae nacional
decidiu pela intervenção imediata, determinando uma devassa nas gestões
até agora, que inclui auditoria externa
por empresa independente, afirmou o
presidente do Conselho Deliberativo
Nacional, Roberto Simões.
Se por um lado a destituição do
Conselho Deliberativo do Sebrae em
Rondônia sepulta estratégias de manutenção de poder, por outro acaba prejudicando a classe empresarial, uma vez
que a intervenção sustou o repasse de
recursos da nacional para a estadual e
ainda paralisou todos os projetos que
tramitavam na entidade.
Rondoniagora
Joana Joanora articulou com Leonardo Sobral a permanência no Sebrae
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
E SÓ EXISTE
UMA MANEIRA
DE AMAR RONDÔNIA.
Temos que trabalhar muito para que fique ainda
mais bela. A nossa missão é continuar a saga
dos bandeirantes de Rondônia, porque todos
nós também somos destemidos pioneiros.
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PORTO VELHO, DE 15 À 21 DE FEVEREIRO DE 2014
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