filipe pinto soares weapons of mass creation

Transcrição

filipe pinto soares weapons of mass creation
FILIPE PINTO SOARES
WEAPONS OF MASS CREATION
“Todo o acto
de criação é,
antes de tudo,
um acto de
destruição.
”
Pablo Picasso
Weapons of
mass creation
Filipe Pinto Soares
A morte é um evento natural e assim se inscreve nos ciclos da natureza. No Homem o pensamento desclassifica a fatalidade da morte.
A beleza, o “veritatis splendor”, induz naturalmente o sentimento
da imortalidade. Porque limitados, aspiramos ao absoluto, porque
precários, aspiramos à perenidade.
A morte , todos o sabemos é o fantasma da guerra e a guerra é
recorrente no desenrolar da história por mais absurdo que posa parecer esse desvio do diálogo e do andamento da razão. O fim das
guerras é um dos objectivos da civilização. Admite-se a morte, mas
não a sua provocação.
Filipe Pinto Soares não aborda directamente estes temas, constrói
objectos em que o artista vai ao coração das armas que meticulosamente esventra, depositando aí mensagens inebriantes – a vida e a
natureza ameaçadas, o discurso religioso, a inocência abusada.
Os maquinismos que cria são dispositivos de ênfase na abordagem
plástica que se expressa duma forma quase violenta pelo alto contraste entre o instrumento de morte e o palpitante mistério da vida e
da energia que dela emerge ( a onda, a semente!)
A destruição massiva que ainda hoje nos ameaça é o paroxismo da
violência que merece uma resposta veemente, a da criação como
um libelo. É isso que a linguagem de Filipe Pinto Soares nos transmite com sinais subtis e nuances discretas, mas que por isso mesmo não deixam de ser altissonantes e até desesperados.
Há no seu laboratório um trabalho de ourives na pesquisa de materiais e na atenção ao detalhe que no artista representa o respeito
pela respiração do real.
Falando de armas, sabemos que a decisão do tiro é fulminante e
se consome num mero segundo, embora as consequências possam
ser perenes e persistentes.
As obras de Filipe Pinto Soares nesta exposição são uma espécie de tiro
prolongado no tempo, que podem provocar no expectador uma impressão explosiva e na sequência de outras anteriores constituem um desafio
que Filipe Pinto Soares assume com o breve e lúdico sorriso expresso na
sua linguagem “sotto voce” que insisto em considerar inebriante.
João Goulart de Bettencourt
[pt]
Weapons of
mass creation
Filipe Pinto Soares
Death is a natural event and thus falls in the cycles of nature. Men’s
thinking disqualifies the finality of death. Beauty, “Veritatis Splendor”, naturally induces a feeling of immortality. Because limited
aspire to absolute, because precarious aspire to permanence.
Death, we all know is the ghost of war and war is recurrent in the
course of the story as absurd opinion that poses the deviation of
the dialogue and the progress of reason. The end of war is one of
the aims of civilization. It is assumed death, but not the challenge.
Filipe Pinto Soares does not directly address these issues, builds
objects in which the artist goes to the heart of the weapons that
meticulously esventra, depositing messages there intoxicating - the
life and nature at risk, the religious discourse, innocence abused.
The machinery that creates are devices of emphasis in the approach of a plastic that is expressed almost violent by high contrast
between the instrument of death and the thrilling mystery of life
and energy that emerges from it (the wave, the seed!)
The massive destruction that still threatens us today is the paroxysm of violence that deserves a vehement response to the creation
as a libel. That is what the language Filipe Pinto Soares conveys
with subtle nuances and subtle signs, but why does not cease to be
pompous and even desperate.
There in his laboratory work of goldsmiths in materials research
and attention to detail that the artist represents the breath of respect for real.
Speaking of weapons, we know that the decision is shooting lightning and consumes a mere second, although the consequences
can be lasting and persistent.
The works of Filipe Pinto Soares this exhibition is a kind of extended shooting time, which may cause the viewer an impression explosive and following other previous FPS is a challenge which takes to
the brief and playful smile expressed in his language “sotto voce” I
insist considered intoxicating.
João Goulart de Bettencourt
[eng]
Weapons of
mass creation
Filipe Pinto Soares
La muerte es un evento natural y por lo tanto cae en los ciclos de la
naturaleza. El pensamiento de los hombres descalifica la finalidad de
la muerte. Belleza, “Veritatis Splendor”, naturalmente, provoca una
sensación de inmortalidad. Debido limitada aspirar a absoluta, porque
precaria aspirar a la permanencia.
La muerte, todos sabemos que es el fantasma de la guerra y la guerra es
recurrente en el curso de la historia como la opinión absurdo que supone
la desviación del diálogo y el progreso de la razón. El fin de la guerra es uno
de los objetivos de la civilización. Se supone la muerte, pero no el desafío.
Filipe Pinto Soares no aborda directamente estas cuestiones, construye objetos en los que el artista va al corazón de las armas que meticulosamente esventra, depositando en él sus mensajes intoxicantes
- la vida y la naturaleza en situación de riesgo, el discurso religioso, la
inocencia abusos.
La maquinaria que crea son dispositivos de énfasis en el enfoque de un
plástico que se expresa casi violento por un alto contraste entre el instrumento de la muerte y el misterio emocionante de la vida y la energía
que se desprende de ella (la ola, la semilla!)
La destrucción masiva que todavía nos amenaza es el paroxismo de
violencia que merece una respuesta enérgica a la creación como una
difamación. Eso es lo que el lenguaje Filipe Pinto Soares transmite con
matices sutiles y signos sutiles, pero ¿por qué no deja de ser pomposo
e incluso desesperado.
Allí, en su trabajo de laboratorio de los orfebres en la investigación de
materiales y atención al detalle que el artista representa el aliento del
respeto de verdad.
Hablando de armas, sabemos que la decisión es un rayo de tiro y consume apenas un segundo, aunque las consecuencias pueden ser duradera y persistente.
Las obras de Filipe Pinto Soares esta exposición es una especie de
tiempo de grabación prolongado, que puede causar al espectador una
impresión de explosivos y otros anteriores siguientes FPS es un reto
que lleva a la sonrisa breve y divertido expresado en su lengua “sotto
voce” que insisten en considerar embriagador.
João Goulart de Bettencourt
[es]
FILIPE PINTO SOARES
WEAPONS OF MASS CREATION
Christianiser
70 x 18 x 18 cm
Técnica Mista
2012
Time Bomb
41 x 17,5 x 17,5 cm
Técnica Mista
2012
Tree Hug
41 x 17,5 x 17,5 cm
Técnica Mista
2012
Emergency
130 x 73 x 12 cm
Técnica Mista
2012
Instant Island
70 x 18 x 18 cm
Técnica Mista
2011
Proton
165 x 28 x 24 cm
Técnica Mista
2012
History
120 x 15 x 15 cm
Técnica Mista
2012
Hand
100 x 70 x 20 cm
Técnica Mista
2012
Wave
100 x 20 x 20 cm
Técnica Mista
2012
Seed
100 x 70 x 20 cm
Técnica Mista
2012
Life Cycle
220 x 140 x 74 cm
2011
Filipe Pinto
Soares
Abril, 1974
Filipe Pinto Soares tem a sua formação em restauro na Fundação Ricardo Espírito Santo e em animação 3D na ETIC. Em 1999,
passou pela St. Martin’s School of Art, em Londres, no curso de
manipulação de imagem, arte e design. Em 2000, ainda em Londres, estudou produção e vídeo na Media Productions Facilities.
Em 2001 cria a Relectro, uma marca de design industrial onde
alia tecnologia a objectos de decoração vintage. É por esta altura
que as artes plásticas entram no seu currículo. Participou em
algumas exposições colectivas, entre elas Abanque, na Mousse,
em 2004, o Circuit, em 2006 e Nike 1/1 Art of football, em 2008.
Em 2007 inícia uma colaboração com o artista Miguel Palma. Em
2008 faz o curso de pintura da Ar.Co..Em 2009 A sua primeira Exposição indvidual (floating Dreams). Em 2010 faz a segunda exposição individual “Along the way” no espaço Arte Tranquilidade e
em 2011 é convidado a participar na exposição colectiva “Janelas
do futuro” em 3 cidades.
O seu trabalho reflecte todo um percurso de aprendizagem e de
experiências, com a perspectiva de desenvolver e inovar o olhar
sobre peças que juntam tecnologia à arte.
[pt]
Filipe Pinto
Soares
[eng]
Filipe Pinto
Soares
April, 1974
Abril, 1974
Filipe Pinto Soares gets his training in restoration in Fundação
Ricardo Espírito Santo and in 3D animation in ETIC. In 1999 he
passed through St. Martin’s School of Art in London in the course
of image manipulation, art and design. In 2000, still in London,
he studied production and video in Media Productions Facilities.
In 2001 he creates Relectro, a brand of industrial design where he
allies technology to vintage decoration objects. It is around this
time that plastic arts enter his curriculum. He took part in some
group exhibitions, among which Abanque (Mousse) in 2004, the
Circuit in 2006 and Nike’s 1/1 Art of football in 2008. In 2007 he
starts collaboration with artist Miguel Palma. In 2008 he makes
the painting course of AR. CO.. In 2009 he accomplished his first
solo exhibition (Floating Dreams). In 2010 he makes his second
solo exhibition “Along the way” in space Arte Tranquilidade and in
2011 he is invited to participate in the collective exhibition “Windows of the future” in 3 cities.
His work reflects a whole journey of learning and experiences
with the prospect of developing and innovate the look over parts
joining technology to art.
Filipe Pinto Soares tiene su formación en restauración en la
Fundación Ricardo Espírito Santo y en animación 3D en ETIC. En
1999 pasó por St. Martin’s School of Art en Londres en el curso
de manipulación de imágenes, arte y design. En 2000, todavía
en Londres, estudió producción y video en la Media Productions
Facilities.
En 2001 crea la Relectro, una marca de design industrial donde alía tecnología a objetos decorativos vintage. Es en esta época que las artes son en su currículum vitae. Participó en varias
exposiciones colectivas, entre ellas Abanque (Mousse) en 2004,
Circuit en 2006 y Nike 1/1 Art of Football en 2008. En 2007 inicia
una colaboración con el artista Miguel Palma. En 2008 hace el
curso de pintura de la Ar.Co.. En 2009 realiza su primera Exposición individual (floating Dreams). En 2010 la segunda exposición
individual “Along the way” en el espacio Arte Tranquilidade y en
2011 es invitado a participar en la exposición colectiva “ Ventanas
del futuro “ en 3 ciudades.
Su trabajo refleja todo un recorrido de aprendizaje y experiencias
con la perspectiva de desarrollar y innovar el mirar sobre piezas
que juntan la tecnología a la arte.
[es]
Exposição
Weapons of Mass Creation
Autor
Filipe Pinto Soares
Produção
Galeria Art Lounge
Assessoria
Fernando Fragoso
Tiago Costa
Coordenação
Ricardo Tenreiro da Cruz
Sofia Cruz
Curadoria
Ricardo Tenreiro da Cruz
Textos
João Goulart de Bettencourt
Revisão
Ricardo Tenreiro Da Cruz
Fotografia
Filipe Pinto Soares
Design
Pedro Bento | Image Masters
Impressão
Geração Criativa Artes Gráficas
Galeria Art Lounge
Rua António Enes, 9c
1050-023 Lisboa . Portugal
T: (+ 351) 213 146 500
(+ 351) 917 250 181
[email protected]
www.artlounge.com.pt
Horário segunda a Sábado
das 11h00 às 19h30