distritos mineiros do nordeste oriental - DNPM

Transcrição

distritos mineiros do nordeste oriental - DNPM
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
DEPARTAMENTO NACIONALDE PRODUÇÃO MINERAL
4º DISTRITO – DNPM
PERNAMBUCO
PROGRAMA NACIONAL DE DISTRITOS MINEIROS
38º00’
34º30’
4º30’
4º30’
1
Bacia do Apodi
2
NATAL
39º00’
6º00’
10
11
3
Bacia
de Souza
9
40º30’
19
7º00’
J. PESSOA
Bacia do Araripe
4
13
8
12
14
Olinda
RECIFE
5
15
16
9º 00’
40º30’
Bacia do Jatobá
17
6
18
7
MACEIÓ
10º00’
10º00’
37º30’
DISTRITOS MINEIROS DO
NORDESTE ORIENTAL
RECIFE - PE
2002
1
34º30’
MINISTÉRIO DAS MINAS DE ENERGIA
FRANCISCO LUIZ SIBUT GOMIDE
Ministro de Estado
JOÃO ALBERTO DA SILVA
Secretário Executivo
FREDERICO LOPES MEIRA BARBOSA
Secretário de Minas e Metalurgia
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - DNPM
MARCELO RIBEIRO TUNES
Diretor-Geral
OSVALDO BARBOSA FERREIRA FILHO
Diretor-Geral Adjunto
ROBERTO CAMPOS MARINHO
Diretor de Administração Geral
SÉRGIO AUGUSTO DÂMASO DE SOUZA
Diretor de Fiscalização Mineral
EMANUEL TEIXEIRA DE QUEIROZ
Coordenador do Programa Nacional de Distritos Mineiros
OLIVEIRA AMÉRICO CAVALCANTE
Coordenador de Minerais Metálicos
ROGER ROMÃO CABRAL
Coordenador de Minerais Metálicos
ALARICO ANTÔNIO FROTA MONT´ALVERNE
Chefe do 4º Distrito/DNPM-PERNAMBUCO
2
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
DEPARTAMENTO NACIONALDE PRODUÇÃO MINERAL
4º DISTRITO – DNPM
PERNAMBUCO
PROGRAMA NACIONAL DE DISTRITOS MINEIROS
DISTRITOS MINEIROS DO
NORDESTE ORIENTAL
Autor:
Geólogo José Robinson Alcoforado Dantas
Colaboradores:
Geólogo Luiz Barbosa Barros
Geólogo Valdemir Cavalcanti de Souza
Coordenadores:
Geólogo Emanuel Teixeira de Queiroz
Geólogo Alarico Antônio Frota Mont’Alverne
RECIFE - PE
2002
3
Publicação do
Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM
Setor de Autarquias Norte - Quadra I - Bloco B
70.40-200
Brasília, DF, Brasil
Editada por
Diretoria de Fiscalização Mineral - DIFIS / DNPM
4º Distrito DNPM / Pernambuco
C DNPM, Dez. 2000
Reservado todos os direitos
É permitida a reprodução, desde que seja mencionada a fonte
DEPÓSITO LEGAL
Biblioteca Nacional
Biblioteca do Ministério de Minas e Energia
Dantas, José Robinson Alcoforado
Distritos Mineiros do Nordeste Oriental
José Robinson Alcoforado Dantas, Luiz Barbosa Barros, Valdemir Cavalcanti
de Souza, Alarico Antônio Frota Mont´Alverne Recife: DNPM 4º Distrito,
2000
90p.il.
Inclui bibliografia
Ao alto do título da capa: Programa Nacional de Distritos Mineiros
1. Mineração - Programas - Nordeste Oriental. 2. Distritos Mineiros Nordeste Oriental. I. Barros, Luiz Barbosa, II.Souza, Valdemir Cavalcanti de.
III. Brasil. Programa Nacional de Distritos Mineiros. IV. Título.
CDD 553 098 13
4
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
RESUMO
ABSTRACT
I – DISTRITOS MINEIROS
I.l. Caracterização dos Distritos Mineiros
Áreas de Domínio dos Terrenos Sedimentares
Áreas de Domínio dos Terrenos Precambrianos
I.2. Descrição dos Distritos Mineiros
Geologia da Região Nordeste Oriental
Considerações Geotectônicas
Considerações Cronoestratigráficas
I.2.1. Distrito Mineiro Mossoró – João Câmara
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.2. Distrito Mineiro Natal – Ceará Mirim
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.3. Distrito Mineiro de Mataraca
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.4. Distrito Mineiro Olinda-João Pessoa
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.5. Distrito Mineiro Recife-Maragogi
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
5
I.2.6. Distrito Mineiro Japaratinga – São Luiz do Quitunde
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.7. Distrito Mineiro Maceió – Pontal do Peba
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.8. Distrito Mineiro Araripina – Bodocó
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.9. Distrito Mineiro Borborema – Seridó
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.10. Distrito Mineiro Currais Novos – Caicó
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.11. Distrito Mineiro de Tenente Ananias
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.12. Distrito Mineiro Boa Vista - Gravatá
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.13. Distrito Mineiro Serra Talhada – Patos – Sumé
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.14. Distrito Mineiro Serrita – São José do Belmonte
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.15. Distrito Mineiro Floresta – Belém do São Francisco
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
6
I.2.16. Distrito Mineiro Custódia – Garanhuns
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.17. Distrito Mineiro União dos Palmares – Anadia
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.18. Distrito Mineiro Arapiraca – Ouro Branco
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
I.2.19. Distrito Mineiro Campina Grande – Caldas Brandão
Localização
Geologia
Principais Recursos Minerais
II – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7
8
APRESENTAÇÃO
O Departamento Nacional de Produção Mineral entrega à comunidade minerária
brasileira a publicação Distritos Mineiros do Nordeste Oriental, executado através do 4° Distrito
do DNPM/Pernambuco, representando mais um produto importante do Programa Nacional de
Distritos Mineiros da Diretoria de Fiscalização Mineral.
Foram caracterizados, neste trabalho, dezenove Distritos Mineiros, distribuídos em
treze domínios geotectônicos, ao longo dos quais se concentra a produção mineral nos estados
de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Ressalta o documento mais de uma dezena de substâncias minerais explotadas, o
que possibilita aos quatro estados em tela, no que concerne ao valor da produção gerada, anualmente, um lugar de destaque no ranking dos maiores produtores de matérias-primas minerais da
federação.
O DNPM, em cumprimento à sua missão de incentivar a exploração e o aproveitamento dos recursos minerais do subsolo brasileiro, orgulha-se do lançamento de mais um produto, com o qual espera contribuir para o planejamento e para o desenvolvimento da pesquisa e da
mineração.
Marcelo Ribeiro Tunes
Diretor Geral do DNPM
9
10
PREFÁCIO
A partir da década de 1970 o interesse do governo brasileiro em aprimorar os conhecimentos sobre os aspectos geológicos do país, levou o Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM) a executar o Projeto Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, tendo como
produto final a publicação de 25 folhas na escala 1:1.000.000, englobando quase todo o seu
território, excetuando-se apenas a região amazônica, cujos estudos foram executados especificamente pelo Projeto Radar da Amazônia (Projeto RADAM).
Paralelamente, o DNPM, em parceria com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), executou inúmeros projetos de levantamentos geológicos básicos nas escalas de
1:250.000 e 1:100.000, além de estudos específicos sobre determinados bens minerais e levantamentos geoquímicos e geofísicos.
Esta concentração de esforços objetivando o conhecimento básico da geologia e dos
recursos minerais deu origem a um volumoso acervo de dados, que, devido à inexistência de um
programa amplo visando integrá-los, não houve uma adequação de seu uso, permanecendo arquivado por longo tempo.
A preocupação com a pouca ou quase nenhuma utilização deste acervo de dados, associada à crescente evolução, ao nível mundial, dos conceitos petrográficos, tectônicos e
metalogenéticos levou o DNPM a desenvolver, através da CPRM, o Projeto Mapas
Metalogenéticos e de Previsão de Recursos Minerais ( escala 1:250.000) e um intensivo programa de Levantamento Geológico Básico (PLGB) na escala 1:100.000.
Finalmente, o Departamento Nacional de Produção Mineral na condição de órgão gestor
do patrimônio mineral brasileiro e cônscio da sua responsabilidade de fomentar o desenvolvimento do setor mineral , criou o Programa Nacional de Estudo de Distritos Mineiros, cujo objetivo
primordial é a execução de projetos de exploração de recursos minerais e de recursos hídricos
subterrâneos, que possibilitarão o esclarecimento dos controles geológicos dos depósitos minerais e, consequentemente, a descoberta de novas jazidas, além da ampliação das reservas e
aumento da produção mineral brasileira.
A definição de distritos mineiros está intimamente relacionada à vocação mineral e metalogenética
de uma determinada região e à concentração de títulos minerários, tais como: Decretos /Portarias
de Lavra, Licenciamentos, Permissão de Lavra Garimpeira e Relatórios Finais de Pesquisa.
11
12
RESUMO
Na região Nordeste Oriental foram definidos e caracterizados 19(dezenove)
Distritos Mineiros levando-se em consideração , além dos títulos minerários , a vocação mínerometalogenética assim como o ambiente geotectônico –metalogenético em que cada um se encontra instalado.
Os Distritos Mineiros em foco estão distribuídos nos estados de Alagoas,
Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, sendo que alguns deles ocorrem,
concomitantemente, em mais de um estado, não obedecendo a uma divisão exclusiva do espaço geográfico, e sim aos condicionantes geo-econômicos ao longo das áreas de domínios dos
Terrenos Precambrianos e dos Terrenos Sedimentares.
No enfoque de cada Distrito Mineiro são abordados os seguintes tópicos : localização, geologia com ilustração de mapas temáticos, e os principais recursos minerais acompanhados de informes relativos às Titularidades e às Reservas.
Em 1997, o valor de produção mineral na região Nordeste Oriental atingiu o patamar de 934,10 milhões de dólares, representando 40,40% da produção mineral de todo o Nordeste, concentrada basicamente em produtos energéticos (gás natural e petróleo) com 76,85% ,
minerais não metálicos (água mineral, areia e cascalho, areia industrial, argilas refratárias e plásticas, calcário, caulim, diatomito, gipsita, pedras britadas e ornamentais, quartzito ornamental e
industrial, e sal marinho) com 20,28% e minerais metálicos (titânio zircônio e tungstênio) com
2,33%. A vertiginosa queda dos preços, no mercado internacional, foi a grande responsável pela
arrasadora baixa na produção de scheelita no Estado do Rio Grande do Norte.
13
14
ABSTRACT
In the Northeast of Brazil, 19 (nineteen) Mineral Districts have been defined and characterized based on the geotectonic and metalogenetic vocation of each of the districts as well as the
number of mineral exploration right certificates.
The mentioned Mineral Districts are spread among the states of Alagoas, Pernambuco,
Paraíba and Rio Grande do Norte, and some of them may occur in more than one state as their
limits do not follow only geographical space boundaries but foremost are determined by geoeconomical conditions along the areas within the domains related to the Precambrian and Sedimentary Terrains.
Focusing on each Mineral District, the following topics have been discussed: location,
geology ilustrated by thematic maps, and the principal mineral resources accompanied by information on holders of mineral exploration rights, and reserves.
In 1997, the value of mineral production in the Northeast of Brazil reached the level of 934.10
million dollars, which represented 40.40% of total mineral production in the region, and was basically concentrated on energetical products (natural gas and oil) with 76,85%, non metallic minerals
(mineral water, sand and gravel, industrial sand, refractory clays and plastics, limestone, kaolin,
diatomite, gypsite, construction and ornamental stones, ornamental and industrial quartzite, and
marine salt) with 20.28% as well as metallic minerals (titaniun, zirconium and tungsten) with 2.33%.
The very sharp drop of prices on the international market provoked the drastic fall of scheelite
production in the State of Rio Grande do Norte.
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16
I - DISTRITOS MINEIROS
I.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS DISTRITOS MIINEIROS
Para a definição e caracterização dos Distritos Mineiros da Região Nordeste Oriental, incluindo os estados
de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, foram considerados, além dos títulos minerários, a vocação mineral e metalogenética e o ambiente geotectônico em que cada distrito encontra-se instalado. Desta forma
foram identificados 19 (dezenove) Distritos Mineiros, cada um deles relacionados a um ou mais ambientes
geotectônicos, mostrando peculiaridades em relação aos aspectos mineralógico / metalogenéticos (Figuras 1 e 2)
ÁREAS DE DOMÍNIO DOS TERRENOS SEDIMENTARES
Bacia Sedimentar do Apodi
1 – Distrito Mineiro Mossoró – João Câmara (RN): gipsita, calcário, mármore, argila, areia, água mineral termal.
petróleo e gás
Faixa Sedimentar Costeira Paraíba - Rio Grande do Norte
2 – Distrito Mineiro Natal – Ceará Mirim (RN): calcário, argila, areia, diatomito e água mineral
3 – Distrito Mineiro de Mataraca (PB/RN): Ilmenita, zirconita, areia, argila
Bacia Sedimentar Costeira Pernambuco / Paraíba
4 – Distrito Mineiro Olinda – João Pessoa (PE/PB): fosfato, calcário, caulim, areia, argila, turfa e água mineral
5 – Distrito Mineiro Recife – Maragogi (PE/AL): água mineral, caulim, argila, areia, brita (granitos/migmatitos), aglomerado vulcânico e água mineral
Bacia Sedimentar Sergipe – Alagoas
6 – Distrito Mineiro Japaratinga – São Luiz do Quitunde (AL): água mineral, argila, argila refratária, brita, calcário
coralígeno, rocha ornamental e turfa.
7 – Distrito Mineiro Maceió – Pontal do Peba (AL): salgema, argila, areia, calcário, água mineral, petróleo, gás e turfa
Bacia Sedimentar do Araripe
8 – Distrito Mineiro Araripina – Bodocó (PE): gipsita e água termal
17
ÁREAS DE DOMÍNIO DOS TERRENOS PRECAMBRIANOS
Sistema de Dobramento Seridó
9 – Distrito Mineiro Borborema – Seridó (PB/RN): pegmatito (feldspato, mica, caulim, columbita-tantalita, urânio,
ambligonita), gemas (água marinha, turmalina e berilo) e rocha ornamental
10 – Distrito Mineiro Currais Novos – Caicó (RN/PB): scheelita, pegmatito (berilo, feldspato, mica, columbitatantalita), barita, fluorita, calcário metamórfico e rochas ornamentais (quartzito, metaconglomerado e granito)
11 – Distrito Mineiro Tenente Ananias (RN/PB): água marinha, esmeralda, berilo, molibdênio, pirita, chumbo, cobre e
calcário metamórfico
Sistema de Dobramento Pajeú / Paraíba e Maciço Pernambuco / Alagoas
12– Distrito Mineiro Boa Vista – Gravatá (PB/PE): rochas ornamentais (granitos e migmatitos), brita (granitos e
migmatitos), calcário metamórfico, argila, areia, bentonita, ferro, titânio, chumbo e água mineral.
Maciço de Teixeira e Sistemas de Dobramentos Piancó / Alto da Brígida e Pajeú / Paraíba
13 – Distrito Mineiro Serra Talhada – Patos – Sumé (PB/PE): calcário metamórfico, rocha ornamental (granitos,
migmatitos e sienito), apatita, amianto, grafita, talco, ferro e ouro.
Sistema de Dobramento Piancó / Alto da Brígida
14 – Distrito Mineiro de Serrita – São José do Belmonte (PE): ouro, ferro, chumbo, calcário metamórfico, rocha
ornamental(mármore e granito) e grafita.
Maciço Pernambuco-Alagoas e Sistema de Dobramento Piancó / Alto da Brígida
15 – Distrito Mineiro Floresta – Belém do São Francisco (PE): Ilmenita, ferro, calcário metamórfico, quartzo, corindon,
granada, feldspato, barita e talco.
Maciço Pernambuco / Alagoas, Sistema de Dobramento Pajeú / Paraíba
16 – Distrito Mineiro Custódia – Garanhuns (PE/PB): rochas ornamentais (migmatito e granito), e água mineral.
Sistema de Dobramento Sergipano e Maciço Pernambuco – Alagoas
17 – Distrito Mineiro União dos Palmares – Anadia (AL): argila, brita (granito) turfa e rocha ornamental (granito).
18 – Distrito Mineiro Arapiraca – Ouro Branco (AL): amianto, rocha ornamental (granito), ferro, estanho, ouro, cobre,
cianita, feldspato, quartzo, vermiculita e calcário metamórfico.
Sistema de Dobramento Caldas Brandão e Maciço de Caldas Brandão
19 – Distrito Mineiro Campina Grande –Caldas Brandão: calcário metamórfico, scheelita, argila, e areia quartzosa.
18
FIGURA 1 - PROVÍNCIA BORBOREMA
42º00’
38º00’
+
4º00’
+4º00’
G
200 km
0
ESCALA
Oceano Atlântico
Província Parnaíba
F
g
h
E
f
g
D
e
8º00’
+
C
d
d
c
e
A
A
A
a
10º00’
+
b
42º00’
A
+
10º00’
36º00’
PROVÍNCIA SÃO FRANCISCO
A
12º00’
+
Oceano Atlântico
40º00’
COBERTURAS SEDIMENTARES FANEROZÓICAS
COBERTURAS SEDIMENTARES DO CICLO BRASILIANO
BACIAS MOLÁSSSICAS DO CICLO BRASILIANO
SISTEMA DE DOBRAMENTOS: Sergipano (a e b); Riacho do Pontal (c), Piancó-Alto da Brígida (d);
Pajeú-Paraíba (e); Curimataú (f) Seridó (g); Jaguaribe (h); Rio Curu-Indepêndencia (i); Médio Coreú (j).
MACIÇOS, ZONAS GEOTECTÔNICAS E ÁREAS REMOBILIZADAS DO EMBASAMENTO:
Maciço Pernambuco-Alagoas (A); Teixeira (B); Caldas Brandão (C); Nova Floresta (D;) Piranhas (E); Tróia (F);
Santa Quitéria (G).
Fonte: BRITO NEVES, 1975
19
Oceano Atlântico
+
6º00’
FIGURA 2 - DISTRITOS MINEIROS DO NORDESTE ORIENTAL
ESCALA
30m
DISTRITOS MINEIROS
0
30m
38º00’
34º30’
4º30’
1. Mossoró - João Câmara
2. Natal - Ceará Mirim
3. Mataraca
4. Olinda - João Pessoa
5. Recife - Maragogi
6. Japaratinga - São Luiz do Quitunde
7. Maceió - Pontal do Peba
8. Araripina - Bodocó
4º30’
1
Bacia do Apodi
2
NATAL
39º00’
6º00’
10
11
3
Bacia
de Souza
9
40º30’
19
7º00’
J. PESSOA
Bacia do Araripe
4
13
8
12
14
Olinda
RECIFE
5
15
16
9º 00’
40º30’
Bacia do Jatobá
17
DISTRITOS MINEIROS
9. Boborema - Seridó
10. Currais Novos - Caicó
11. Tenente Ananias
12. Boa Vista - Gravatá
13. Serra Talhada - Patos - Sumé
14. Serrita - S. José do Belmonte
15. Floresta - Belém do São Francisco
16. Custódia - Garanhuns
17. União dos Palmares - Anadia
18. Arapiraca - Ouro Branco
19. Campina Grande - Caldas Brandão
6
18
7
MACEIÓ
10º00’
37º30’
10º00’
34º30’
Cretáceo / Quaternário - cobertura sedimentar não dobrada com vulcanismo associado.
Siluriano / Quaternário - cobertura sedimentar não dobrada.
Cambriano - rochas plutônicas granulares: Sienogranito alcalino de Umarizal.
Proterozóico Superior/Paleozoico Inferior - rochas plutônicas granulares: granitos, granodioritos, monzonitos, sienitos, gabros.
cinturão meta-vulcano sedimentar fácies xisto verde: sericita-clorita xistos, filitos, quartzitos, calcários, rochas
vulcanicas.
cinturão metassedimentar, fácies anfibolito: micaxistos, quartzitos, metaconglomerados, gnáisses c/intercalações
Proterozóico Médio
de calcários, calcossilicáticas e anfibolitos.
cinturão meta-vulcano sedimentar, fácies anfibolitos: micaxistos, gnáisses, quartzitos, calcários, rochas
básicas/ultrabásicas, rochas vulcânicas xistificadas.
Proterozóico Inferior - cinturão metassedimentar, fácies anfibolito: complexos gnáissico/migmatítico e gnáissico/migmatítico/granulitos.
Arqueano(?) - núcleo de crosta antiga, remobilizada ou não: complexo migmatítico/granítico, granitos, granodioritos, granulitos.
Precambriano indiviso - granitos, granodioritos, gabros, etc.
FONTE: DANTAS (1989) - Mapa Metalogenético e de Previsão de Recursos Minerais de Parte da Região Nordeste Oriental.
DNPM / 4º DR.
20
I.2 – DESCRIÇÃO DOS DISTRITOS MINEIROS
GEOLOGIA DA REGIÃO NORDESTE ORIENTAL
Considerações Geotectônicas
A Região Nordeste Oriental, de acordo com o conceito de “Províncias Estruturais Brasileiras” de Almeida et
al. (1977) encontra-se compartimentada em duas províncias distintas: Província Costeira e Margem Continental e
Província da Borborema.
Associadas à Província Costeira e Margem Continental ocorrem as seqüências fanerozóicas presentes nas
bacias sedimentares do Jatobá (PE/AL), de Sergipe - Alagoas, do Apodi (RN) e Bacia Pernambuco - Paraíba, esta
última subdividida em duas Sub - Bacias distintas: a Sub - Bacia Recife - João Pessoa e a Sub - Bacia do Cabo.
Outras unidades sedimentares estão presentes nas Bacias Interiores, destacando-se entre elas, as bacias do
Araripe, Cedro, São José do Belmonte, Mirandiba e Fátima (Pernambuco), a Bacia do Rio do Peixe ou Bacia de
Souza (Paraíba), Testemunhos sedimentares do Paleozóico (Formação Tacaratu) e do Cenozóico (Formação Serra
do Martins) que afloram nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte/Paraíba, respectivamente.
Os Terrenos Precambrianos, relacionados à Província Borborema, acham-se compartimentados, de acordo
com Brito Neves (1975), em grandes domínios geotectônicos, caracterizados por Faixas ou Sistemas de Dobramentos, Maciços, Zonas Geotectônicas e Áreas Remobilizadas do Embasamento. Além destes, o citado autor referese, também, às Coberturas Sedimentares e às Bacias Molássicas do Ciclo Brasiliano. A distribuição geográfica e
denominação de cada um destes domínios são mostrados na Figura 1.
Na individualização dos Distritos Mineiros da Região Nordeste Oriental, como não poderia deixar de ser,
foram considerados, além dos títulos minerários , a vocação mineral e metalogenética e o ambiente geotectônico em
que cada distrito encontra-se inserido. Desta forma foram identificados vários distritos mineiros, conforme pode ser
visto na Figura 2.
Considerações Cronoestratigráficas
A definição da cronoestratigrafia da Região Nordeste Oriental é um tanto complexa, haja vista a grande
quantidade de termos litoestratigráficos adotados pelos diversos autores que têm estudado aquela região. Desta
forma, obedecendo ao critério de prioridade serão adotadas as terminologias e descrições conforme foram originalmente propostas, pois além de fazer-se justiça aos autores pioneiros, serão evitados os possíveis erros de correlação.
Por outro lado, como a descrição de todas as unidades tornaria o texto muito extenso e cansativo para o
leitor, optou-se, neste trabalho, reuní-la em quadros, possibilitando, assim uma visão mais ampla e geral da
Cronoestratigrafia da Região Nordeste Oriental.
Para uma melhor compreensão, a apresentação dos quadros será feita em duas partes distintas: a primeira
versando sobre as unidades fanerozóicas (Quadros 1 a 6) presentes nos distritos mineiros e a segunda sobre o
Precambriano dos diferentes domínios geotectônicos da Província Borborema (Quadros 7 a 9).
Na elaboração dos referidos quadros e dos mapas geológicos e legendas dos distritos mineiros foram
utilizados, como base, os mapas geológicos abaixo relacionados:
Carta geológica do Brasil ao Milionésimo: Folhas Jaguaribe e Natal/Recife - Escala 1:1.000.000
(DNPM, 1974)
Mapa Geológico do Estado de Pernambuco – Escala 1:500.000 (DNPM/SUDENE/Governo do Estado de Pernambuco,
1980)
Mapa Geológico do Estado da Paraíba – Escala 1: 500.000 (DNPM/SUDENE/Governo do Estado Paraíba, 1982)
Mapa Geológico do Estado de Alagoas – Escala 1 : 250.000 (DNPM/SUDENE/Governo do Estado de Alagoas, 1986)
Mapa Geológico do Precambriano da Faixa Seridó, NE do Brasil – Escala 1 : 250.000 ( Jardim de Sá, 1994)
Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do Norte – Escala 1 : 500.000 (DNPM/Governo do Estado do Rio Grande
do Norte, 1998)
21
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I.2.1 - DISTRITO MINEIRO MOSSORÓ-JOÃO CÂMARA
Localização
O Distrito Mineiro Mossoró - João Câmara encontra-se localizado na região costeira norte do Estado do Rio
Grande do Norte, estando limitado a norte e oeste pelo Oceano Atlântico e pelo Estado do Ceará, respectivamente;
a leste pelas coordenadas geográficas: 5o00’00”de latitude Sul e 35o49’25”de longitude W; e ao sul pelos Distritos
Mineiros Currais Novos - Caicó e Borborema-Seridó, a altura do paralelo de 5o 30’00”.
Geologia
Encontra-se instalado, geotectonicamente, na Província Costeira (Brito Neves,1975), compreendendo a
maior parte da Bacia Potiguar, em cujo arcabouço litoestratigráfico é reconhecida uma seqüência vulcano - sedimentar
de idade cretácica-terciária, conforme pode ser observado nas figuras 3 e 3.1.
Principais Recursos Minerais:
Com relação aos recursos minerais presentes neste distrito, merecem destaque, além dos poços produtores de petróleo e gás, as grandes reservas de calcário e os depósitos de gipsita, de pequeno a médio porte. Água
mineral e argila também se fazem presentes.
Petróleo e Gás
Ocorrem nas Formações Alagamar e Açu, datadas, respectivamente, do Cretáceo Inferior e Médio. A
Formação Alagamar, constituída de arenitos finos e grossos, contendo intercalações de folhelhos lagunares ricos
em matéria orgânica e camadas carbonáticas fossilíferas, é reconhecida, apenas, em subsuperfície constituindo a
porção superior do Grupo Areia Branca. A Formação Açu, que representa a porção basal do Grupo Apodi, é
constituída de arenitos finos e grossos, às vezes conglomeráticos, cinza claros, amarelados ou avermelhados, com
intercalações de folhelhos e argilitos sílticos, em direção ao topo da seqüência.
Calcários, Gipsita e Argila
Os depósitos de calcários cálcicos e magnesianos e de gipsita estão relacionados à Formação Jandaíra, do
Cretáceo Superior (Turoniano ao Santoniano) que, por sua vez, constitui a parte superior do Grupo Apodí.
Litologicamente, é representada por calcarenitos e calcilutitos bioclásticos, cinza claros a amarelados, contendo
intercalações argilosas, no topo, e níveis evaporíticos (gipsita) ), na base.
Os calcários são utilizados, principalmente, na indústria cimenteira, e, secundariamente, no fabrico de cal
e de corretivos agrícolas, e como complemento alimentar para os animais. Têm também aplicações na construção
civil, como pedra ornamental (pisos e revestimentos), e brita. A gipsita é utilizada na indústria do cimento e na
fabricação do gesso agrícola. As argilas são utilizadas principalmente, na indústria cerâmica, no fabrico de telhas e
tijolos.
Água Mineral
As águas subterrâneas dos Aqüífero Açu, hipotermais na fonte (temperatura em torno de 50o C, são explotadas
como água mineral e utilizadas em hotéis e balneários, além do intenso uso no abastecimento público e na irrigação.
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I.2.2 -DISTRITO MINEIRO NATAL – CEARÁ MIRIM
Localização
Encontra-se localizado na região costeira leste do Estado do Rio Grande do Norte, tendo como limites:
norte e leste o Oceano Atlântico; oeste o meridiano de 35o49’25”W; e sul o paralelo de 6o15’00”S.
Geologia
Dois são os domínios geotectônicos nos quais acha-se instalado o Distrito Mineiro Natal-Ceará Mirim:
Província Costeira e a Faixa de Dobramento Seridó. A Província Costeira está representada pelo segmento mais
oriental da Bacia Potiguar, onde é distinguida uma seqüência sedimentar Mesozóica/ Cenozóica, constituída pelas
formações Açu e Jandaíra, de idade cretácica, pelas coberturas tércio-quaternárias (Grupo Barreiras, Coberturas
Arenosas e Dunas) e pelos depósitos quaternários. Na Faixa de Dobramento Seridó, é reconhecido um embasamento
gnáissico-migmatítico (Arqueano ao Proterozóico Inferior ), uma seqüência meta-vulcano-sedimentar, representada
pelas unidades litológicas da Formação Seridó (Proterozóico Médio) além das rochas plutônicas ( granitos,
granodioritos, tonalitos, etc) do Proterozóico Superior (figuras 4 e 4.1).
Principais Recursos Minerais:
Conforme pode ser visto nos quadros 12 e13, a diatomita é o principal recurso mineral, seguido da água
mineral, dos granitos (ornamental e brita) , da turfa e da argila.
Diatomito
Os depósitos de diatomita encontram-se distribuídos ao longo da faixa costeira, ocupando, em geral, os
fundos das lagoas de água doce. Tratam-se de depósitos de formas e tamanhos variados, formados pelo acúmulo de
carapaças de algas diatomáceas. Na maioria da vezes encontram-se recobertos por argilas e/ou areias finas, apresentam colorações cinza clara, cinza escura e marrom e contêm muitas impurezas, tais como argila, areia, matéria
orgânica, óxido de ferro, etc.
Água Mineral
É captada, através de poços tubulares, nos aquíferos do Grupo Barreiras ( confinados a semi confinados) e,
mais raramente, nas coberturas aluviais e coluviais (aqüíferos livres). Os aqüíferos do citado grupo constituem-se de
sedimentos arenosos, pouco consolidados, intercalados em camadas argilosas. Raramente os aqüíferos atingem
espessuras acima de 30 metros e as vazões obtidas com as perfurações dos poços tubulares, variam desde
1,5 m3 /h até 30 m3 /h. De acordo com os resultados das análises a água é classificada como Mineral Natural
Hipotermal na fonte, e, devido à sua qualidade, é engarrafada e utilizada para o consumo humano.
Turfa/Argila
A associação turfa/argila, ocorre nas planícies de inundação dos rios que drenam a região costeira, sendo
mais representativa na área de influência dos rios Maxaranguape e Baldun. A argila de coloração branca, ocorre
principalmente nas aluviões do rio Baldun, associada a uma turfa cinza escura a negra, dos tipos lenhosa e fibrosa.
No rio Maxaranguape, predomina a turfa.
Rocha Ornamental e Brita
Incluídos no embasamento da Faixa de Dobramento Seridó, ou cortando as unidades litológicas da Formação Seridó, sob a forma de maciços arredondados ou ovalados. Os granitos, granodioritos, tonalitos, dioritos, gnaisses
e migmatitos, de acordo com a composição, textura e estrutura, podem ser aproveitados como pedras ornamentais
(pisos e revestimentos) ou como material de uso na construção civil (brita, paralelepípedo, meio fio, pedra rachão,etc.),
sendo esta a razão pela qual foram aqui reunidos, assim como nos demais distritos mineiros, sob a denominação
genérica de Rocha Ornamental e Brita.
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I.2.3 - DISTRITO MINEIRO DE MATARACA
Localização
Localiza-se na região costeira leste dos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, sendo limitada a
leste pelo Oceano Atlântico, a oeste pelo meridiano 35015’00”, ao norte pelo paralelo 6o15’ 00” e ao sul pelo paralelo
7o 00’00”.
Geologia
No distrito mineiro em questão, podem ser distinguidas, segundo Brito Neves (op.cit.), duas Províncias
Tectônicas distintas: A Província Borborema representada pela Faixa de Dobramento Curimataú e pela Província
Costeira. Na primeira afloram as unidades litológicas precambrianas, pertencentes ao Complexo Gnáissico-Migmatítico,
datado, do Arqueano ao Proterozóico Inferior (gnaisses e migmatitos diversos, incluindo corpos graníticos) à Formação Seridó (micaxistos com intercalações de metacarbonatos , calcossilicáticas, quartzitos, etc), datada do
Proterozóico Médio. Além das unidades mencionadas, afloram, ainda, rochas efusivas ácidas, de idade cretácica.
Na Província Costeira, a Seqüência Fanerozóica está representada pelas unidades sedimentares cenozóicas do
Grupo Barreiras (arenitos finos a médios, com intercalações de níveis conglomeráticos, argilitos e siltitos), de idade
Tércio-Quaternária e pelos depósitos quaternários, tais como areias e cascalhos com intercalações pelíticas, areias
finas de dunas, depósitos de mangues e sedimentos de praia.
Principais Recursos Minerais
Titânio /Zircônio
Os depósitos de Titânio/Zircônio que ocorrem no litoral norte do Estado da Paraíba (Município de Mataraca)
próximos ao limite com o Estado do Rio Grande do Norte, estão associados às areias das dunas presentes na faixa
litorânea, constituindo “placers” com teores de minerais pesados da ordem de 3,3 a 5%. Segundo Huber (1977) , a
fração de minerais pesados é composta de Ilmenita (74%), zirconita (14%), rutilo (2,3%), cianita e outros minerais
(9,7%). As areias industriais, além de constituírem depósitos de interesse econômico, são aproveitadas como
subproduto do beneficiamento dos minerais pesados.
Areias e Argilas
Pedrosa (1982), citando Scheid & Muniz, afirma que as areias brancas, com cerca de três metros de
espessura, são formadas por 3 níveis, dos quais, os níveis superior e inferior são friáveis e arenosos e encontram-se
separados por um nível areno-argiloso mais compacto, localmente conglomerático e de coloração creme. Apresentam uma granulação fina a média, sendo rica em Si02 (cerca de 95%), contendo pequenos teores em Ti02 e Fe203.
Os depósitos de argila, por sua vez, estão relacionados ao Grupo Barreiras e encontram-se localizados, principalmente na região compreendida entre os municípios de Mataraca e Rio Tinto, ambos no Estado da Paraíba.
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1.2.4 - DISTRITO MINEIRO OLINDA– JOÃO PESSOA
Localização
Geograficamente, localiza-se na faixa litorânea leste dos estados de Pernambuco e da Paraíba, e acha-se
limitado a oeste pelo meridiano de 35o 00’00” ; a leste pelo Oceano Atlântico; e ao norte e ao sul pelo paralelos de
7o 00’00” e 8o 00’00”, respectivamente.
Geologia
Geologicamente, está inserido na Bacia Sedimentar Costeira Pernambuco-Paraíba, no segmento correspondente à Sub-Bacia Recife-João Pessoa, na qual pode ser reconhecida uma Seqüência Sedimentar Fanerozóica
de idade Mesozóica/Cenozóica, constituída, da base para o topo, pelo Grupo Paraíba (Cretáceo-Paleocênico);
Grupo Barreiras (Plio-Pleistocênico); e Depósitos Quaternários (Figuras 6 e 6.1).
O Grupo Paraíba (Cretáceo Superior/Paleoceno), inclui as unidades cretácicas, constituídas, da base para
o topo, de arenitos finos, contendo leitos conglomeráticos, níveis de siltitos e argilitos e localmente, restos de
plantas carbonizadas (Formação Beberibe), interdigitados com arenitos carbonáticos compactos e fossilíferos (Formação Itamaracá); repousando sobre esta seqüência, ocorre a Formação Gramame, constituída de fosforitos e
calcários arenosos fossilíferos, sotopostos a calcários argilosos fossilíferos e margas. Encerrando o grupo ora descrito, vem a Formação Maria Farinha, do Paleoceno (Terciário) constituída de calcários arenosos fossilíferos com
intercalações argilosas. Em direção ao topo, os calcários tornam-se mais argilosos e mais magnesianos.
O Grupo Barreiras, de idade Tércio-Quaternária, recobre toda a seqüência, formando “tabuleiros” de arenitos
finos a médios, localmente conglomeráticos, contendo intercalações sílticas e argilosas.
O Quaternário é representado pelos aluviões fluviais, depósitos de mangues, areias de dunas, depósitos de
terraços, recifes de arenitos e sedimentos de praia.
Principais Recursos Minerais
Fosfato e Calcário
Neste distrito mineiro encontra-se instalada a Província Fosfática-Carbonática, onde são conhecidos inúmeros depósitos de fosfato e calcário. Além destes importantes bens minerais, são encontrados, ainda, água mineral,
areias, argilas, diatomito, etc.
Os depósitos de fosfato, os únicos no Brasil de origem sedimentar que podem ser explotados economicamente, ocorrem na interfácies dos arenitos da Formação Beberibe com os calcários da Formação Gramame (ambas
do Cretáceo Superior), constituindo uma camada mais ou menos contínua que se estende por cerca de 150 Km, ao
longo de toda a faixa costeira situada entre Recife (PE) e João Pessoa (PB), com uma espessura média em torno de
1,2m. De acordo com Moreira Neto & Amaral (1984), são reconhecidos dois tipos de fosfato: o fosfato rico (argiloarenoso) e o fosfato pobre (carbonático) com teores superiores e inferiores a 10%, respectivamente.
Os calcários cretácicos/paleocênicos das formações Gramame e Maria Farinha, segundo Menor e Amaral
(1978), constituem, a Seqüência Carbonatada Superior (cretácica-paleocênica) da Bacia Costeira PernambucoParaíba, ocorrem, quase sempre, associados aos depósitos de fosfato, e são utilizados, principalmente, na indústria
cimenteira.
Os calcários coralígenos de idade recente ocorrem na zona litorânea (Ilha de Itamaracá) constituindo bancos
e cordões paralelos á costa e submersos nas águas do Oceano Atlântico.
O Estado de Pernambuco, possui uma situação privilegiada com relação aos depósitos biogênicos biodetríticos,
caracterizados , principalmente pelas algas coralígenas (Lithothamnium) e Halimeda, que atapetam a sua plataforma
continental, com espessura média de 1,50m, densidade 1,5 e reservas inferidas da ordem 1.926 x 106 toneladas de
sedimento carbonático, com teor médio superior a 75% de CaCO3. Neste enfoque merece destaque a faixa RecifePontas de Pedra compreendida entre a linha da costa e a cota batimétrica de 50 metros, (Mont’Alverne, 1982).
A explotação destes depósitos poderá provocar, para o futuro, problemas ambientais que fomentarão
desequilíbrio ecológico de conseqüências imprevisíveis para as atividades marítimas, para o turísmo, e, principalmente, para a pesca. Torna-se necessário, no entanto, uma avaliação técnica sobre as reais possibilidades de uma
lavra racional e seus reflexos no meio ambiente, aos moldes daqueles já realizados na França e nos Estados Unidos
da América. Além do mais, o Ministério da Marinha só permite a explotação destes depósitos até a cota batimétrica
de 20 metros, com o intuito de evitar distúrbios ecológicos, (Mont’Alverne, 1982).
Água mineral
Pernambuco, atualmente, se configura como o segundo produtor de água mineral do país, tendo como sua
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maior fonte de suprimento a Região Metropolitana do Recife, na qual encontram-se inseridos os Distritos Mineiros
de Olinda - João Pessoa e Recife - Maragogí. Nesta área o aqüífero Beberibe se constitui no principal manancial
hídrico subterrâneo, e, vem sendo amplamente utilizado para o abastecimento público e industrial ( inclusive água
mineral). Litologicamente está representado por uma seqüência de arenitos de granulação variada, constituída por
clásticos de natureza silicosa na base, que gradam progressivamente para sedimentos calcíferos no topo.
O aqüífero Beberibe encontra-se limitado a Sul pelo Lineamento Pernambuco, a Oeste pelo embasamento
cristalino, e a Leste mergulha sob as águas do Oceano Atlântico. Possui uma espessura média de 100m, aumentando no sentido Oeste - Leste, podendo atingir até mais de 200 metros na faixa litorânea. Trata-se de um sistema
hidráulico único confinado drenante, com permeabilidade horizontal maior que o vertical, limitado na base pelo
substrato impermeável do embasamento cristalino e, no topo, pelos calcários das Formações Gramame e Maria
Farinha e pelos sedimentos do Grupo Barreiras apresentando uma média de vazões em torno de 30 m3/h.
No entanto, algumas fontes de captação para água mineral na Região Metropolitana do Recife estão localizadas,
também, no Sistema Aqüífero do Grupo Barreiras, constituído por uma seqüência predominantemente areno-argilosa,
distribuída numa área de largura variável e continua ao longo da borda oeste da faixa costeira, apresentando espessuras
variáveis e depositado sobre páleo-relevos do embasamento cristalino e dos sedimentos da Bacia PernambucoParaíba. As vazões deste sistema aqüífero são bastante inferiores às do aqüífero Beberibe, com produtividade média
em torno de 1,93 m3/h/m
Areias e Argilas
Os depósitos de argila e areia, em geral, estão associados ao Grupo Barreiras e às aluviões dos principais
rios que drenam este distrito mineiro. As argilas são largamente utilizadas na indústria cerâmica, no fabrico de
tijolos e telhas. As areias , assim como as argilas, são utilizadas, principalmente, no ramo da construção civil, no
entanto, algumas delas se prestam para a indústria de vidro e até para fibra óptica. Os cascalhos, são utilizados na
construção de filtros para a captação das águas subterrâneas.
Diatomita e Turfa
O único depósito de diatomito conhecido, localiza-se em Boqueirão, município de Caaporã (PB), e acha-se
constituído por uma camada contínua, com espessura máxima de 50cm, ao longo de toda área alagadiça.
A turfa, assim como a diatomita, ocorre nas áreas alagadiças, ocupando os vales dos rios litorâneos.
Ferro
O minério de ferro constitui-se de um crosta laterítica com 1,2 metros de espessura, associada aos sedimentos areno-argilosos de Grupo Barreiras. É utilizado na fabricação do cimento, sendo adicionado ao calcário com
o objetivo de corrigir o módulo de silíca.
Brita
Os depósitos de brita encontram-se relacionados aos granitos e migmatitos que afloram (Figura 6) nos
limites oeste do distrito mineiro em questão, estratigraficamente situados dentro do Complexo Migmatítico- Granitóide
do Maciço Pernambuco-Alagoas.
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I.2.5 - DISTRITO MINEIRO RECIFE – MARAGOGI
Localização
Localiza-se na região costeira dos Estados de Pernambuco e Alagoas. Tendo como limites norte e sul os
paralelos de 8o00’00” e 9o00’00”, respectivamente; como limites leste o Oceano Atlântico e oeste o meridiano 35o00’00”.
Geologia
Está inserido em duas províncias tectônicas: Província Borborema e Província Costeira, predominando, na
primeira, as unidades precambrianas do Maciço Pernambuco Alagoas ( Brito Neves,1975) e, na segunda, as formações sedimentares da Bacia Sedimentar Costeira Pernambuco Paraíba – Sub-Bacia do Cabo, conforme é mostrado
na Figura 7.
Principais Recursos Minerais
Água Mineral
As principais ocorrências de água mineral deste Distrito Mineiro estão relacionadas, principalmente, ao
Sistema Aqüífero do Grupo Barreiras, constituído predominantemente de uma seqüência areno-argilosa, distribuída
numa faixa de largura variável e contínua ao longo da borda oeste deste domínio, e apresentando espessuras
variáveis de até 40 metros, sendo depositada sobre o páleo-relevo do embasamento cristalino e da Bacia VulcanoSedimentar do Cabo. As águas são de excelente qualidade, com média de resíduo seco da ordem de 165 mg/l. A
produtividade do sistema aqüífero pode ser considerada como média, com vazão específica em torno de 1,9 m3/h/m.
Ocorrem, também, algumas poucas fontes no contato entre o manto de alteração ou entre os sedimentos do
Grupo Barreiras e o embasamento cristalino, assim como através de surgências nos fraturamentos das rochas do
embasamento cristalino.
Argilas e Areias
Os depósitos de argila e areia, em geral, estão associados ao Grupo Barreiras e às aluviões dos principais
rios que drenam este distrito mineiro. As argilas são largamente utilizadas na indústria cerâmica, no fabrico de
tijolos e telhas. As areias , assim como as argilas, são utilizadas, principalmente, no ramo da construção civil, no
entanto, algumas delas se prestam para a indústria de vidro e até para fibra óptica. Os cascalhos, são utilizados na
construção de filtros domésticos e industriais.
Aglomerado Vulcânico e Traquito
Utilizados na fabricação do cimento, tendo por objetivo principal reduzir o tempo de queima, o aglomerado
vulcânico e o traquito estão associados à Formação Ipojuca pertencente à seqüência vulcano - sedimentar que
aflora na Sub-Bacia do Cabo.
Brita
Assim como no Distrito Mineiro Olinda- João Pessoa, os depósitos de brita relacionados aos granitos e
migmatitos, encontram-se estratigraficamente situados dentro do Complexo Migmatítico- Granitóide do Maciço
Pernambuco-Alagoas.
Caulim
Os depósitos de caulim que ocorrem, principalmente no Município do Cabo, constituem camadas ou
bolsões dentro da seqüência areno-argilosa do Grupo Barreiras. São largamente utilizados na indústria de cerâmica branca e na indústria de papel, tendo, no entanto, outras aplicações, tais como nas indústrias de tintas, de
inseticidas e de artefatos de borracha.
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I.2.6 - DISTRITO MINEIRO JAPARATINGA – SÃO LUÍZ DO QUITUNDE
Localização
Encontra-se localizado na região costeira do Estado de Alagoas, estando limitado a leste e oeste pelo
Oceano Atlântico e pelo meridiano 35o37’30”, e a norte e sul pelos paralelos 9o00’00”e 9o30’00”, respectivamente.
Geologia
Assim como o distrito anteriormente descrito, está encaixado em duas províncias tectônicas: Província
Borborema e Província Costeira, predominando, na primeira, as unidades precambrianas do Maciço PernambucoAlagoas e, na segunda, as formações sedimentares da Bacia Sedimentar Sergipe-Alagoas, conforme pode ser
visto nas Figuras 8 e 8.1.
Principais Recursos Minerais
Água Mineral
As fontes de água mineral ocorrem nos sedimentos areno-argilosos, tércio-quaternários do Grupo Barreiras,
com vazões de até 30m3/h, e, principalmente nos arenitos conglomeráticos do Membro Carmópolis, com vazões de
maior porte, podendo atingir até 100m3/h. Em ambos os casos as águas são hipotermais na fonte, com resíduo seco
inferior a 300mg/l.
Argila Refratária
Ocorre principalmente nos vales dos rios que drenam o município de São Luiz de Quitunde, sendo utilizada
na fabricação de materiais refratários.
Brita
Compreende os corpos de granitos/migmatitos pertencentes ao Complexo Migmatítico/Granítico aflorantes
na área de domínio do Maciço/Pernambuco Alagoas, no município de Matriz de Camaragibe.
Calcário Coralígeno
Utilizados no fabrico de cimento branco, os calcários recentes, constituem os cordões de recifes de coral
que se alinham paralelamente à costa, desde o município de Maragogí até Maceió. Apesar da denominação de
calcário coralígeno, são formados por conchas de lamelibrânquios, gastrópodes , corais e, principalmente, por algas
calcárias. No distrito mineiro em questão o principal depósito localiza-se no município de Barra de Santo Antônio, no
riacho Sanaçui.
Turfa
Ocorre em quase todos os vales dos rios que drenam a área do distrito, porém merece destaque o depósito
situado no vale do rio Salgado, próximo ao município de Japaratinga.
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I.2.7 - DISTRITO MINEIRO MACEIÓ – PONTAL DO PEBA
Localização
Considerado como o mais importante distrito mineiro do Estado de Alagoas, quiçá da Região Nordeste
Oriental, tendo em vista encerrar grandes reservas de petróleo/gás e salgema, este distrito localiza-se na região
costeira daquele estado, estando limitado a leste pelo Oceano Atlântico, ao norte e ao sul pelos paralelos: 9o22’30”
e 10o30’00”, respectivamente, e pelos demais pontos com as seguintes coordenadas geográficas: 35º37’30” e 9º22’30”;
36º00’00” e 9º22’30”; 36º07’30” e 9º30’00”; 36º15’00” e 9º45’00”; 36º23’30” e 9º52’30”; 36º30’00” e 10º00’00”; 36º30’00”
e 10º30’00”.
Geologia
Geotectonicamente, situa-se, quase que totalmente, na Província Costeira, no segmento que compreende a
Bacia Sedimentar Sergipe-Alagoas, onde é reconhecida uma seqüência fanerozóica datada do Paleozóico-Cenozóico,
(Devoniano ao Quaternário), faltando apenas representantes do período Triássico. A porção da bacia na qual acha-se
incluída a área do distrito, afloram unidades datadas do Permiano ao Quaternário. Representando a Província Borborema,
ocorrem as unidades relacionadas à Faixa de Dobramento Sergipana e ao Maciço Pernambuco-Alagoas (Figuras 9
e 9.1).
Principais Recursos Minerais
O distrito em questão encerra grandes reservas de petróleo/ gás e salgema, estando os campos de petróleo
e gás concentrados nos municípios de Maceió, São Miguel dos Campos, Coqueiro Sêco e Pilar, e os depósitos de
salgema nos arredores da cidade de Maceió. Afora estes bens minerais, ocorrem, ainda, água mineral, argila, brita
calcário, calcário coralígeno e rochas ornamentais.
Petróleo e Gás
De acordo com Torres (in Dantas et.al.-1986), os depósitos de petróleo/gás estão distribuídos, por ordem de
importância, nos seguintes campos: Cidade de São Miguel, Coqueiro Sêco, Faz. Pau Brasil, Furado, Jequiá, Pilar ,
São Miguel dos Campos e Tabuleiros. As rochas produtoras estão relacionadas à Formação Piaçabuçú ( não
aflorante) do Grupo Sergipe, datada, do Cretáceo Superior/Terciário (Paleoceno-Eoceno).
Salgema
A jazida de salgema de Bebedouro/Maceió, está associada ao Membro Maceió da Formação Muribeca e
corresponde a uma bacia evaporítica de forma ovalada, com cerca de 70 Km2, condicionada, estruturalmente, a um
“graben”. O corpo mineralizado constitui-se de nove níveis salíferos, de elevado grau de pureza, intercalados em
folhelhos com lentes de calcário dolomítico e calcíferos. Todo o conjunto atinge uma espessura máxima de 400
metros e o seu topo situa-se a 800 metros de profundidade.
Água Mineral
A água mineral é captada de dois modos distintos: através das fontes naturais que ocorrem no contato do
Grupo Barreiras com as rochas precambrianas, com uma vazão em torno de 39.000 l/h (município de Rio Largo) e
no contato dos arenitos da Formação Coqueiro Sêco com os folhelhos da Formação Ponta Verde (município de
Pilar), com vazão de 19.000 l/h; ou através de três poços tubulares, localizados no município de Maceió e explotando
o Aqüífero Barreiras, com vazões variáveis entre 4.000l/h e 35.000l/h e profundidades variáveis entre 60 e 80 metros.
Argila
As argilas ocorrem, principalmente, nas áreas de inundação dos rios Santo Antônio, Mearim e Pratagi,
constituindo bolsões com espessuras variáveis entre 1 e 3 metros. Tratam-se de argilas de excelente qualidade,
aproveitadas na fabricação de cerâmica para a construção civil.
Brita e Rocha Ornamenta
Compreende os corpos de granitos/migmatitos que ocorrem no município de Rio Largo pertencentes ao
Complexo Migmatítico/Granítico presente na área de domínio do Maciço Pernambuco-Alagoas, concentrados no
município de Rio Largo.
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Calcário
Os calcários ocorrem intercalados nas seqüências cretácicas e terciárias, estando os principais depósitos
localizados no município de São Miguel dos Campos, mais precisamente, nos vales da bacia hidrográfica do Rio São
Miguel. A Companhia de Cimento Atol é o principal consumidor deste bem mineral, absorvendo cerca de 95% da
produção bruta.
Calcário coralígeno
Compreendem os depósitos de fragmentos biogênicos da plataforma continental e os recifes coralígenos
que se estendem desde Maragogí até Barra de São Miguel. Os principais depósitos localizam-se próximos a Maceió
e são utilizados pela Companhia de Cimento Atol no fabrico do cimento branco.
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I.2.8 - DISTRITO MINEIRO ARARIPINA - BODOCÓ
Localização
Situa-se no extremo oeste do Estado de Pernambuco, no Sertão do Araripe, com a forma de um polígono
irregular, tendo como limites, nas extremidades a leste e oeste o meridiano de 40o00’00” e o Estado do Piauí,
respectivamente. Ao norte limita-se com o Estado do Ceará e a área é completada pelos pontos com as seguintes
coordenadas geográficas: 40º00’00” e 7º45’00”; e 7º45’00”; e 8º05’25”.
Geologia
Geologicamente, enquadra-se em dois compartimentos geotectônicos da Província Borborema, correspondentes às áreas de domínio das Coberturas Sedimentares Fanerozóicas (Bacia Sedimentar do Araripe) e da Faixa
de Dobramento Piancó- Alto Brígida (Figura 1).
A Bacia do Araripe compreende uma seqüência litoestratigráfica de idade Paleozóica/Mesozóica, entretanto, no Estado de Pernambuco, apenas afloram as unidades representativas da porção superior mesozóica (Cretáceo
Médio), incluindo, da base para o topo, as formações Santana, Arajara, e Exu. A Formação Santana se reveste de
máxima importância, tendo em vista encerrar, os grandes depósitos de gipsita (Membro Ipubi) e de calcários (Membro Crato), além dos peixes fósseis, encontrados intercalados nos folhelhos e argilitos do Membro Romualdo.
Recursos Minerais
Gipsita
O principal recurso mineral da região é a gipsita, que, devido as grandes reservas, ocupa um lugar de
destaque, no cenário nacional, sendo responsável por aproximadamente 90% da produção brasileira. Somente três
empresas operando cinco minas geraram, em 1999, o equivalente a 55% da produção. Pernambuco é o maior
produtor de gesso no denominado Polo Gesseiro do Araripe/PE, através das 45 minas e das 62 calcinadoras em
produção, além de 7 em implantação com capacidade de produção instalada de 75.000 toneladas/mês. Na área que
compreende o distrito mineiro ora descrito, os principais depósitos situam-se nos municípios de Araripina, Trindade,
Ipubi e Ouricuri.
Os depósitos de gipsita encontram-se localizados, geologicamente, na Bacia Sedimentar do Araripe,
incluídos na Formação Santana e associados ao Membro Ipubi, sotopostos e sobrepostos, respectivamente, aos
argilitos e folhelhos do Membro Romualdo e ao folhelho betuminoso e calcários laminados do Membro Crato. Estes
depósitos constituem, de acordo com o observado nas frentes de lavras, uma camada contínua, com espessura
variável (>10m e < 30m), caracterizada por apresentar dois bancos distintos, separados por um estreito nível de
folhelhos cremes e negros fossilíferos (ostracóides e conchostráceos). De acordo com as informações obtidas, o
minério que constitui o banco superior, menos espesso e quimicamente de qualidade inferior, apenas se presta para
o fabrico do cimento, enquanto que os diversos tipos de gipsita encontrados no nível inferior são utilizados na
calcinação e, de acordo com suas composições químicas e aplicações, são classificados como minério “Johnson”,
“Rapadura” e “Cocadinha”. Níveis de alabastro, de anidrita e de argilitos, ocorrem intercalados na gipsita, sendo mais
comuns no banco superior.
Todo o conjunto descrito é capeado por uma seqüência de argilitos fossilíferos verdes, vermelhos e cremes,
que chega a atingir, em alguns locais, espessuras em torno de 10 metros. A deficiência da infra-estrutura de
transporte está se tornando, cada vez mais, um fator impeditivo ao desenvolvimento do Polo Gesseiro do Araripe/PE.
A produção de gipsita, gesso e derivados vem crescendo mais rápido do que a disponibilidade de caminhões, o que
provoca a elevação do frete. Apesar de tudo, os produtores pernambucanos praticam preços bastantes competitivos
com o mercado internacioanal. A implantação da Ferrovia Transnordestina e do ramal gesseiro solucionaria, em
parte, alguns dos sérios problemas enfrentados pelos empresários do Polo Gesseiro.
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I.2.9 - DISTRITO MINEIRO BORBOREMA – SERIDÓ
LOCALIZAÇÃO
Correspondendo, aproximadamente, à Província Pegmatítica da Borborema-Seridó, a área de domínio deste
distrito mineiro localiza-se no Sertão do Seridó, englobando parte dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
Apresenta-se sob a forma de um polígono irregular, tendo como limites extremos as seguintes coordenadas geográficas: 7º00’00” e 36º45’00”; 36º45’00” e 6º30’00”; 36º30’00” e 6º12’00”; 36º22’30” e 6º00’00”; 36º50’30” e 5º30’00”;
35º50’30” e 6º00’00”; 36º00’00”e 6º15’00”; e 36º07’30”.
GEOLOGIA
Encontra-se inteiramente situado na Faixa de Dobramento Seridó, na qual, sobre o embasamento gnáissicomigmatítico ( Arqueano- Proterozóico Inferior) repousa a seqüência meta-vulcano-sedimentar representativa do Grupo Seridó, datada do Proterozóico Médio. Intrudindo todo este conjunto, ocorrem granitos, granodioritos, tonalitos,
“augen” gnaisses, etc. e, principalmente, os pegmatitos mineralizados, que serão melhor descritos no item referente
aos recursos minerais. O Fanerozóico tem como representantes, os diques de diabásios e basaltos do Magmatismo
Ceará-Mirim (Juro-Cretáceo), os arenitos cretácicos da Formação Açu, e os arenitos terciários, médios a grosseiros,
da Formação Serra dos Martins ( Figuras 11 e 11.1).
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Minerais de Pegmatitos
A Província Pegmatítica da Borborema-Seridó, encerra uma quantidade apreciável de corpos pegmatíticos
homogêneos, heterogêneos e mistos (cerca de 420), distribuídos numa área de aproximadamente 6.000 Km2, de
aspecto grosseiramente fusiforme. Estes corpos filonianos assumem grandezas e tipologias estruturais variadas, e
apresentam, na sua grande maioria, mineralizações metalíferas importantes, do ponto do vista econômico, destacando-se: Be (berilo e água marinha), Ta/Nb ( tantatalita/columbita), Sn (cassiterita), Li (ambligonita) e Bi (bismutinita).
Entre os não-metálicos, também importantes economicamente, destacam-se a turmalina azul, conhecida mundialmente como Turmalina Paraíba, o caulim, os feldspatos, as micas e os quartzos.
Ouro
Os principais depósitos localizam-se no município de Currais Novos, na Mina São Francisco e estão, geologicamente, condicionados a um nítido controle lito-estrutural, pois constituem-se de veios de quartzo sulfetados
(galena, pirita, calcopirita,etc.), encaixados nos biotita xistos com granada e cordierita da Formação Seridó e associados a zonas de cisalhamentos de direção geral NE-SW.
Quartzito e Metaconglomerado
Os quartzitos e metaconglomerados da Formação Equador, que ocorrem no município de Parelhas (RN),
são utilizados como rochas ornamentais na construção civil.
Rochas Ornamentais e Brita
Incluídos no embasamento da Faixa de Dobramento Seridó, ou cortando as unidades litológicas da Formação
Seridó, sob a forma de maciços arredondados ou ovalados, os granitos, granodioritos, tonalitos, dioritos, gnaisses e
migmatitos, de acordo com a composição, textura e estrutura, podem ser aproveitados como pedras ornamentais
(pisos e revestimentos) ou como material de uso na construção civil (brita, paralelepípedo, meio fio, pedra rachão,etc.).
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I.2.10 - DISTRITO MINEIRO CURRAIS NOVOS – CAICÓ
LOCALIZAÇÃO
Este distrito assim como o anterior, localiza-se no Sertão do Seridó, englobando parte dos estados do Rio
Grande do Norte e da Paraíba, ocupando uma área, que corresponde àquela abrangida pela Província Scheelitífera do
Seridó. Limita-se a leste com o Distrito Mineiro Borborema Seridó, ao norte com o Distrito Mineiro Mossoró-João
Câmara, a oeste e ao sul pelo meridiano de 37052’00”e pelo paralelo de 7000’00”.
GEOLOGIA
Localiza-se, geologicamente, na Faixa de Dobramento Seridó, na qual, sobre o embasamento gnáissicomigmatítico ( Arqueano- Proterozóico Inferior) repousa a seqüência meta-vulcano-sedimentar representativa do Grupo Seridó, datada do Proterozóico Médio. Intrudindo todo este conjunto, ocorrem granitos, granodioritos, tonalitos,
“augen” gnaisses, etc. e, principalmente, os pegmatitos mineralizados, que serão melhor descritos no item referente
aos recursos minerais, todos datados do Proterozóico Superior. Representando o Fanerozóico tem-se o Granitóide
Brasiliano de Umarizal (Cambriano), os diques de diabásios, e basaltos do Magmatismo Ceará-Mirim (Juro-Cretáceo),
os arenitos cretácicos das formações Pendência e Açu, e os arenitos terciários, médios a grosseiros, da Formação
Serra dos Martins (Figuras 12 e 12.1).
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Scheelita e Calcário Metamórfico
Nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, encontram-se localizados os principais depósitos/
ocorrências de scheelita (minério de Tungstênio) do Brasil, sendo conhecidas cerca de 700 localidades, distribuídas
numa área de aproximadamente 20.000 Km2, constituindo a Província Scheelitífera do Seridó. A maior concentração
e os mais importantes jazimentos de scheelita estão associados à faixa meta-vulcano-sedimentar ou Faixa de
Dobramento Seridó, e, mais particularmente, à Formação Jucurutu (seção inferior do Grupo Seridó). Ocorrem, predominantemente nas rochas calcossilicatadas (tactitos ou skarnitos), associados aos calcários metamórficos que se
encontram intercalados nos gnaisses epidotíferos. A principal zona mineralizada localiza-se próximo à cidade de
Currais Novos, na estrutura Brejuí/Barra Verde, constituindo um faixa com cerca de 4.000 metros de comprimento e
400 metros de largura, que se desenvolve na borda do Maciço Granitóide de Acarí. Nesta faixa, separadas apenas
por limites geográficos, localizam-se as minas Brejuí, Barra Verde, Boca de Lage, Zangarelhas e Saco dos Veados,
todas com suas atividades de lavra paralisadas.
Apesar de ocorrerem intercalados em outras unidades precambrianas, os principais depósitos de calcários
metamórficos estão relacionados à Formação Jucurutu, constituindo camadas e lentes de extensões e larguras
variáveis (Figura 12). São utilizados na construção civil, tanto para o fabrico do cimento portland e do cal, como para
revestimento de pisos e paredes. Na agricultura, têm aplicação como corretivos de solo.
Ferro
O itabirito, que constitui o protominério, está associado aos calcários e quartzitos das formações Jucurutu
e Equador, respectivamente. Os tipos de itabiritos mais comuns são: itabirito fácies oxidada, itabirito fácies carbonatada
e actinolita itabirito fácies silicatada. Podem ser classificados, também, como minério duro (magnético ou não),
minério bandado, minério granular, minério xistoso, e canga rica.
Rochas Ornamentais e Brita
Incluídos no embasamento da Faixa de Dobramento Seridó, ou cortando as unidades litológicas da Formação
Seridó, sob a forma de maciços arredondados ou ovalados, os granitos, granodioritos, tonalitos, dioritos, gnaisses e
migmatitos, de acordo com a composição, textura, e estrutura, podem ser aproveitados como pedras ornamentais
(pisos e revestimentos) ou como material de uso na construção civil (brita, paralelepípedo, meio fio, pedra rachão,
etc.
Feldspato e Fluorita
O feldspato ocorre no pegmatito homogêneo, encaixado concordantemente nos xistos da Formação Seridó,
enquanto que a fluorita encontra-se associada aos calcários da Formação Jucurutu.
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Quartzitos
Assim como os granitos e rochas afins, os quartzitos da Formação Equador, são largamente utilizados
como pedras ornamentais na construção civil, servindo de revestimentos para paredes e fachadas de edificações.
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I.2.11 - DISTRITO MINEIRO DE TENENTE ANANIAS
LOCALIZAÇÃO
Localiza-se no extremo oeste dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, estando limitado, respectivamente, ao norte, sul e leste e oeste pelos paralelo de 6000’00 e 6o 30’00” e meridiano de 37o52’00” e 38o22’00’.
Na sua extremidade noroeste, limita-se com o estado do Ceará.
GEOLOGIA
De acordo com o Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do Norte, (BRASIL, DNPM/ Governo do Rio
Grande do Norte,1998) dois domínios geotectônicaos da Província Borborema se fazem presentes neste distrito
mineiro: a Faixa Seridó e a Faixa Orós/Jaguaribe, datadas, respectivamente, do Proterozóico Médio e Superior,
ambas incluindo uma seqüência meta-vulcano-sedimentar (repousando sobre o embasamento gnáissico-migmatítico)
e rochas plutônicas, predominantemente ácidas. O Fanerozóico está representado pelos sienogranitos cambrianos
(Granitóide Brasiliano de Umarizal), pelos arenitos cretácicos e terciários das formações Pendência e Serra dos
Martins, respectivamente, e pelos arenitos, argilitos e siltitos do Grupo Barreiras (Tércio-Quaternário).
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Tratando-se de uma região reservada exclusivamente para atividades garimpeiras, não há, sequer, uma área
titulada pelo DNPM, sendo esta a razão pela qual, muito pouco se conhece a respeito de seus recursos minerais,
principalmente no que se refere às suas reservas.
Mesmo considerando este fato, fez-se mister individualiza-la como um distrito mineiro, haja vista a grande
quantidade de pegmatitos com Água Marinha de boa qualidade, nos quais se desenvolvem intensos trabalhos de
garimpagem. O ouro associado a um metaconglomerado, o cobre, encontrado nos “augen”gnaisses, e o caulim
dos pegmatitos completam o quadro dos recursos minerais do distrito em questão.
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I.2.12 - DISTRITO MINEIRO BOA VISTA - GRAVATÁ
LOCALIZAÇÃO
Apresentando-se sob a forma de um polígono irregular, a área que corresponde este distrito localiza-se no
sertão e agreste dos estados de Pernambuco e da Paraíba, estando limitada, nos seus pontos extremos pelas
coordenadas geográficas: 36o30’00” e 7o00’00”; 36o00’00” e 7o00’00”; 35o00’00” e 7o22’15”; 35o00’00” e 8o00’00”;
35o15’00” e 8o15’00”; 36o00’00” e 8o15’00”; 36o30’00” e 8o00’00” (Figura 14).
GEOLOGIA
De acordo com os conceitos de Brito Neves (1975), sobre a Província da Borborema, encontra-se inserido
em dois compartimentos geotectônicos distintos: O Maciço Pernambuco/Alagoas e a Faixa de Dobramento Pajeú Paraíba. No primeiro, sobre o embasamento gnáissico – migmatítico e migmatítico – granítico, incluíndo corpos de
granito (Arqueano/ Proterozóico Inferior), ocorre uma seqüência meta-sedimentar constituída de xistos, gnaisses,
quartzitos e calcários metamórficos, datada do Proterozóico Médio e correlacionada à Formação Seridó da Faixa de
Dobramento Seridó. No segundo compartimento, predominam as unidades litológicas do Complexo Gnáissico–
Migmatítico, constituído de gnaisses e migmatitos diversos, contendo níveis de calcários metamórficos . Representando o Proterozóico Superior, ocorre um batólito de granitos e granodioritos indiferenciados. Encerrando a coluna
crono-litoestratigráfica, tem-se uma cobertura vulcano–sedimentar de idade terciária, na qual encontram-se localizados importantes depósitos de bentonita.
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Água Mineral
As fontes de água mineral da região estão associadas ao Sistema Aquífero em Rochas Fraturadas, e são
intimamente relacionadas à rede hidrográfica, obedecendo a um padrão estrutural retangular bastante denso de
fraturas e fissuras, que correspondem ao domínio do leucogranito regional.
A topografia salientada deste domínio granítico torna-se favorável a um microclima com pluviosidade orográfica
maior na região agreste do Estado de Pernambuco, tendo, como consequência, a formação de um manto de
intemperismo de mais de 30m de espessura que propicia condições favoráveis à recarga das águas no sub-solo.
Fontes e nascentes nos vales, principalmente os localizados próximo ao topo da serra, representam as descargas
visíveis do fluxo subterrâneo, com vazão da ordem de até 20,00 m3/h.
Bentonita
Os principais depósitos de argilas bentoníticas, que constituem cerca de 62% das reservas brasileiras,
situam-se, geograficamente, nos municípios de Boa Vista e Cubati (PB), preenchendo páleo-depressões do
embasamento precambriano , formadas ao longo das zonas de fraqueza relacionadas aos falhamentos que cortam
as unidades do embasamento. Geologicamente estão associados à Cobertura Vulcano-Sedimentar de Boa Vista
(Terciário), constituída de derrames basálticos olivínicos e um pacote sedimentar, com espessura máxima de 30
metros, tendo na base um conglomerado, que grada, em direção ao topo, para arenitos finos, siltitos e argilas.
Em 1999 a quantidade de bentonita bruta produzida no Estado da Paraíba representou 90,01% do total da
produção brasileira e a beneficiada 94,20%. Das oito principais empresas que atuam na área, cinco delas possuem
estrutura verticalizada operando na mineração e no processamento industrial.
Calcário Metamórfico
Os depósitos de calcários metamórficos ocorrem intercalados nos gnaisses do Complexo GnáissicoMigmatítico, constituindo lentes de extensões e larguras variáveis, atingindo, no máximo, 4 a 5 Km e 500m, respectivamente. São largamente utilizados no fabrico de cal e tinta ,de uso na construção civil. Na agricultura, têm
aplicação como corretivos de solo.
Rocha Ornamental
As rochas ornamentais (monzonito/granitos) merecem lugar de destaque entre os recursos minerais presentes
neste distrito mineiro, haja vista constituírem cerca de 24% do total das áreas com Decreto/Portaria de Lavra. Os
principais depósitos localizam-se na Região Agreste de Pernambuco, no município de Bom Jardim, associados aos
complexos Gnáissico/Migmatítico e Migmatítico/Granitóide.
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I.2.13 - DISTRITO MINEIRO SERRA TALHADA – PATOS - SUMÉ
LOCALIZAÇÃO
Está incluído no sertão de Pernambuco e da Paraíba, limitado nos pontos extremos pelas seguintes coordenadas geográficas: 36º30’00” e 7º00’00”; 36º30’00” e 8º00’00”; 37º45’00” e 8º15’00”; 38º30’00” e 8º15’00”; 38º30’00”
e 7º45’00”; 38º15’00” e 7º00’00”.
GEOLOGIA
Abrange três domínios geotectônicos distintos: A Faixa de Dobramento Pajeú/Paraíba, que inclui,
predominantemente as unidades litológicas do Complexo Gnáissico-Migmatítico (Arqueano-Proterozóico Inferior; a
Faixa de Dobramento Seridó, representada pelo Grupo Seridó, do Proterozóico Médio e a Faixa de Dobramento
Piancó/Alto Brígida
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Calcário Metamórfico
Assim como no Distrito Mineiro Boa Vista - Gravatá, os calcários metamórficos representam o bem mineral
mais abundante neste distrito ,constituindo lentes encaixadas concordantemente nas unidades litológicas do Complexo Gnáissico-Migmatítico e, mais restritamente, nos xistos e filitos do Grupo Cachoeirinha.
Minerais de Pegmatitos
Dentre os minerais de pegmatito que se fazem presente neste distrito mineiro, podem ser destacados os
depósitos de caulim e cassiterita que ocorrem nos limites dos municípios de Junco do Seridó (PB) e Equador (RN),
e ao norte do município de Juazeirinho (PB), associados aos corpos de pegmatitos heterogêneos encaixados nos
xistos e quartzitos do Grupo Seridó, dentro da conhecida Província Pegmatítica Borborema -Seridó. Ocorrências de
menor valor econômico, tais como Berilo, Tantalita/Columbita e a Bismutinita também são conhecidas naquelas
regiões.
Turmalina Azul Paraíba
Apesar de estar associada a corpos pegmatíticos caulínicos, a Turmalina Azul Paraíba merece um destaque
todo especial, por tratar-se de um bem mineral raríssimo na natureza, pois, no mundo, são conhecidos depósitos
apenas no Brasil, ou mais especificamente, nos municípios de Parelhas (RN) e Salgadinho (PB). Ocorrem em forma
de bolsões associados a uma massa caulínica presente nos veios pegmatíticos, que se encaixam nos quartzitos da
Formação Equador, concordantes em relação à direção regional e discordantes em relação ao mergulho dos mesmos.
Ouro
Depósitos e ocorrências de ouro são conhecidos nos municípios de Itajubatiba, Princesa Isabel, Catingueira,
Mãe d’Água, Ibiara, Boqueirão dos Cochos e Teixeira, na Paraíba, e nos municípios de Itapetim , Brejinho , em
Pernambuco.
De acordo com Pedrosa (1982), no Estado da Paraíba são conhecidas dois tipos de mineralizações distintas:
O primeiro tipo de mineralização está relacionado a veios de quartzo sulfetados encaixados em filitos
(região de Catingueira), em granodioritos, quartzo-monzonito, mica-quartzo xisto, e quartzo diorito (região de Mãe
d’Água), em micaxistos (região de Princesa Izabel), em gnaisses e micaxistos (região de Teixeira).
O segundo tipo encontra-se associado a anfibolitos e rochas calcossilicáticas encaixadas em migmatitos e
gnaisses (região de Itajubatiba) e em biotita anfibólio xisto (Região de Boqueirão dos Cochos).
No Estado de Pernambuco o ouro ocorre associado a veios de quartzo sulfetados encaixados em gnaisses
e micaxistos do Complexo Gnáissico –Migmatítico.
Pedras Ornamentais
Dentro dessa classificação estão encaixados os migmatitos, gnaisses, granitos e rochas afins que ocorrem, principalmente, no Complexo Gnáissico-Migmatítico e devido às suas propriedades se prestam para o uso
na construção civil, sendo utilizados como revestimentos de pisos e paredes.
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I.2.14 - DISTRITO MINEIRO SERRITA – SÃO JOSÉ DO BELMONTE
LOCALIZAÇÃO
O Distrito Mineiro Serrita-São José do Belmonte localiza-se no Sertão de Pernambuco (Micro-Região de
Salgueiro), tendo como limite as seguintes coordenadas geográficas: 38º30’00” e 7º37’00”; 38º30’00” e 8º15’00”;
39º00’00” e 8º15’00”; 39º30’00” e 8º00’00”; 39º30’00” e 39º22’30”.
GEOLOGIA
Inteiramente situado dentro da Faixa de Dobramento Piancó-Alto Brígida, este distrito, além das unidades
litoestratigráficas precambrianas, engloba as Bacias Sedimentares Interiores de São José do Belmonte e Mirandiba
e parte das bacias do Araripe e Cedro. A distribuição geográfica e descrição das unidades litoestratigráficas aí
presentes, podem ser vistas nas figuras 16 e 16.1
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Ferro
O mais importante depósito de Ferro da Região Nordeste Oriental, localiza-se no município de S.José do
Belmonte (PE) cerca de 5 km ao norte do distrito do Carmo, ocorrendo numa faixa E-W com aproximadamente
20Km de extensão, na qual são conhecidas as minas de São Jorge, e Serrotinho ou Oitis. O minério de Ferro
compreende lentes de minério puro (hematita) e minérios silicosos (itabiritos), cujos contactos não são perceptíveis.
As lentes com extensões variáveis entre 200 e 400 metros se apresentam em forma de rosário, constituindo cristas
alongadas, deslocadas por falhas transversais e encaixadas nos filitos do Grupo Cachoeirinha. Outras ocorrências
de minério de Ferro podem ser encontradas nos municípios de Serrita e Salgueiro.
Ouro
São conhecidas no Distrito Serrita - São José do Belmonte 16 (dezesseis) localidades nas quais ocorrem
mineralizações primárias de ouro, associadas a veios de quartzo polimetálicos controlados estruturalmente por
zonas de intenso fraturamento (zonas de cisalhamento) e encaixados nos xistos e filitos do Grupo Cachoeirinha.
Nas proximidades de Serrita e na Fazenda Barra Verde localizada cerca de 12 Km a NNE daquela cidade, os veios
auríferos apresentam um comportamento anômalo em relação ao comportamento regional, pois, além de preencherem fraturas no granodiorito, são em menor quantidade e menos espessos do que aqueles presentes nas áreas de
domínio dos xistos e filitos.
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I.2.15 - DISTRITO MINEIRO FLORESTA-BELÉM DO SÃO FRANCISCO
LOCALIZAÇÃO
Localizado no Sertão Pernambucano do São Francisco, o Distrito de Floresta é limitado pelas seguintes
coordenadas geográficas: 39º0000’” e 8º15’00; 37º45’00” e 8º00’00”; 37º45’00” e 8º45’00”; 39º00’00” e 8º45’00”;
39º00’00” e 8º15’00”; 38º30’00” e 8º00’00”.
GEOLOGIA
Geotectonicamente encontra-se inserido no Maciço Pernambuco-Alagoas e na Faixa de Dobramento PiancóAlto Brígida, limitados entre si pela zona de falha transcorrente que se estende desde Paulistana (PI) até Recife
(PE), e, segundo Dantas (1980), constitui o Lineamento Pernambuco, definido por Ebert em 1962.
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Titânio e Vanádio
Os jazimentos titano / vanadíferos encontram-se localizados cerca de 15 Km ao norte da sede do município
de Floresta, constituindo um corpo máfico -ultramáfico encaixado nos gnaisses e migmatitos regionais. De acordo
com Dantas(1980) , podem ser distinguidos 4 tipos de minérios, de acordo com às litologias a que estão associados:
minério associado ao anfibolito - pouco disseminado, com teores médios em TiO2 e V2O2 em torno de 7,90%
e 0,13%, respectivamente. Cobre cerca de 60% de todo o corpo mineralizado, constituindo, em subsuperfície,
a sua parte basal.
minério associado às rochas clino-piroxênicas ou antofilíticas às rochas olivínicas - ocorre tanto em superfície como em sub-superfície
minério silicoso - proveniente da alteração do meta peridotito pela substituição de seus componentes originais por sílica secundária. A ilmenita e magnetita titanífera preenchem os interstícios dos antigos grãos de
olivina.
minério maciço - constituindo pequenas lentes de ilmenita e magnetita maçicas, no contato entre os
minérios disseminado e silicoso.
Afora o Titânio e o Vanádio outros bens minerais podem ser encontrados, destacando-se entre eles, barita,
calcário metamórfico, corindon, feldspato, ferro, granada e talco, todos, porém, sem interesse econômico, atualmente.
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I.2.16 - DISTRITO MINEIRO CUSTÓDIA – GARANHUNS
LOCALIZAÇÃO
Situa-se nas micro-regiões do Agreste Meridional, de Arcoverde e do Sertão do Moxotó no Estado de
Pernambuco e na Micro-Região dos Cariris Velhos, na Paraíba, apresentando-se sob a forma de um polígono
irregular cujos pontos extremos apresentam as seguintes coordenadas geográficas: 36o00’00” e 8o00’00”; 35o45’00”
e 8o30’00”; 35o45’00” e 9o00’00”; 37o00’00” e 9o00’00”; 37o45’00” e 8o45’00”; 37º45’00” e 8º00’00”.
GEOLOGIA
Geologicamente o Distrito Mineiro Custódia-Garanhuns acha-se compartimentado em três unidades
geotectônicas distintas: Maciço Pernambuco/Alagoas, a Faixa de Dobramento Pajeú – Paraíba e a Bacia Sedimentar
do Jatobá. Na primeira predominam as unidades litológicas do Complexo Migmatítico-Granitóide (granitos e migmatitos
diversos) enquanto que a segunda está representada pelo Complexo Gnáissico – Migmatítico, constituído de gnaisses
e migmatitos diversos, contendo níveis de calcários metamórficos. A Bacia do Jatobá, inclui um pacote sedimentar
paleozóico / mesozóico (Siluriano - Cretáceo), conforme pode ser visto no Mapa Geológico (Figura 18).
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Água Mineral
Algumas fontes de água mineral deste distrito mineiro estão associadas ao Sistema Aqüífero de Rochas
Fraturadas e, consequentemente, relacionadas à rede hidrográfica que, de modo geral, segue as grandes linhas
estruturais, representadas pelas fraturas e fissuras nas rochas de embasamento cristalino. Nas condições climático-fisiográficas do Nordeste Brasileiro as vazões destas fontes, em geral poços tubulares de até 60 metros, não
ultrapassam os 2.000 l/h.
No entanto, o aqüífero formado pelo manto de alteração das rochas do embasamento Precambriano, com
espessura de até 70m, se reveste de suma importância para a explotação das águas subterrâneas na região de
Garanhuns e circunvizinhanças. Litologicamente o aqüífero é constituído por camadas arenosas e argilosas sendo a
parte arenosa inferior, de granulação variada e cor esbranquiçada, a mais importante do ponto de vista hidrogeológico.
Ocorrem, também poços para captação de água mineral na região de Ibimirim, e de Custódia, respectivamente, nas bacias sedimentares do Jatobá e de Fátima. O sistema aqüífero Aliança/Inajá/Tacaratú é constituído por
pelitos (siltitos e folhelhos) avermelhados e esverdeados, com intercalações de arenitos esbranquicentos de granulação
fina, por vezes calcíferos, compactos. Apresenta-se como aqüífero livre ou confinado, pelas freqüentes intercalações
argilosas. Em geral tem permeabilidade fraca e média capacidade de produção, em torno de 8,0m3/h.
Rochas ornamentais
As rochas ornamentais (granitos/migmatitos) merecem lugar de destaque entre os recursos minerais presentes neste distrito mineiro, haja vista constituírem cerca de 50% do total das áreas com Decreto/Portaria de Lavra.
Os principais depósitos localizam-se na Região Agreste de Pernambuco, no município de Pedra e Venturosa associados ao Complexo Migmatítico/Granitóide, do Maciço Pernambuco/Alagoas.
Caulim
Os depósitos de caulim ocorrem exclusivamente na Bacia Sedimentar do Jatobá, constituindo bolsões
intercalados nos arenitos da Formação Tacaratu.
Ocorrências de urânio, talco, ferro, titânio, calcário metamórfico, amazonita, apatita, e quartzo, são conhecidas
neste distrito mineiro.
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I.2.17 - DISTRITO MINEIRO UNIÃO DOS PALMARES - ANADIA
LOCALIZAÇÃO
Geograficamente, está localizado na Zona da Mata alagoana, apresentando-se sob a forma de um polígono
irregular tendo como limites as seguintes coordenadas geográficas: 35º37’30” e 9º00’00”; 36º37’30” e 9º22’30”;
36º00’00” e 9º30’00”; 36º07’30” e 9º45’00”; 36º30’00” e 9º45’00”; 36º30’00” e 9º00’00”.
GEOLOGIA
Inteiramente situado dentro do Maciço Pernambuco/Alagoas, inclui, as unidades litológicas do Complexo
Migmatítico-Granítico ( predominantes) e do Complexo Gnáissico-Migmatítico, datados do Arqueano/Proterozóico
Inferior. A sua coluna litoestratigráfica é complementada pelo Granito tipo Águas Belas (Proterozóico Superior) e
pelos sedimentos areno-argilosos, tércio-quaternários, do Grupo Barrreiras.
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Água Mineral
As fontes de água mineral, localizadas no município de Atalaia, ocorrem no contato do pacote areno-argiloso
do Grupo Barreiras com as unidades litológicas do Complexo Migmatítico-Granítico, apresentando uma vazão
média de 4.750 l/h. No município de Teotônio Vilela, as fontes ocorrem da mesma forma que aquelas do município de
Atalaia, com uma vazão média de 7.200 l/h.
Rocha ornamental e Brita
Os granitos e / ou migmatitos, que de acordo com suas utilizações são denominados de rochas ornamentais e brita, estão associados ao Complexo Migmatítico-Granítico predominante nesta porção do Maciço Pernambuco
Alagoas, constituindo colinas arredondadas capeadas por um solo pouco espesso.
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I.2.18 - DISTRITO MINEIRO ARAPIRACA – OURO BRANCO
LOCALIZAÇÃO
Encontra-se localizado no Estado de Alagoas, nas regiões fisiográficas do Agreste e do Sertão, tendo como
limite norte e sul, o Estado de Pernambuco e a paralelo 10o00’00” S ; A leste, o limite é feito pelo meridiano 36o30’00”
W, enquanto que a oeste, por ser irregular, é feito pelas coordenadas de seus pontos extremos: 37030’00” W –
9o30’00” S e 37o22’30” W – 10o00’00” S.
GEOLOGIA
São reconhecidos na sua área dois domínios geotectônicos: O Maciço Pernambuco-Alagoas e a Faixa de
Dobramento Sergipana. No primeiro, predominam os tipos litológicos dos complexos Migmatítico-Granítico e
Gnáissico-Migmatítico ( Arqueno/Proterozóico Inferior), incluindo agmatitos e granitos do Proterozóico Superior. Na
Faixa de Dobramento Sergipana, o Arqueano é representado pelo Grupo Girau, o Proterozóico Médio, pelo Grupo
Macururé e o Proterozóico Superior pelas rochas granitóides ácidas. Capeando as unidades da faixa de dobramento, ora descrita, ocorrem os sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras.
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Água Mineral
A única fonte de água mineral conhecida neste distrito localiza-se no município de Jaramataia (AL), sendo
explotada através do poço tubular situado na cava da Mina Campestre. De acordo com as análises químicas realizadas pelo LAMIN/CPRM, a água mineral é classificada como Alcalino Terrosa Magnesiana, Hipotermal na Fonte,
utilizada com fins terapêuticos.
Amianto
A principal mineralização de asbesto antofilítico localizada no “Distrito Mineralizado de Campestre”, associa-se a um corpo de rochas ultrabásicas do Complexo Canindé (Proterozóico Superior), intrudido nos gnaisses
feldspáticos e micaxistos granadíferos, pertencentes a Unidade Timbaúba, do Proterozóico Médio.
Brita
A Serra das Cabaças, onde desenvolveram-se os trabalhos de pesquisa, com relatório apresentado, localizase a 3Km de Girau do Ponciano, sendo constituída por três diferentes tipos de rochas: quartzo diorito, grosso a
médio, de cor cinza clara; gnaisse de composição granodiorítica a quartzo diorítica e coloração cinza clara; e
gnaisse de composição e coloração idênticas ao gnaisse anterior, porém rico em biotita e anfibólio.
Rocha Ornamental
Os principais corpos de granito ornamental localizam-se na porção noroeste do Estado de Alagoas, nos
municípios de Ouro Branco e Maravilha, próximos ao limite com Pernambuco. O corpo de Ouro Branco, denominado,
por Silva Filho et al. (1977), de Granitóide Tipo Caribas também conhecido como granito a duas micas de Ouro
Branco é intrusivo no Complexo Gnáissico–Migmatítico e apresenta uma composição granítico-granodiorítica e coloração cinza. No município de Maravilha, aflora o Granito tipo Águas Belas, constituindo um serrote alongado (Serra
da Caiçara), com cerca de 6 Km de comprimento e 2,5 Km de largura, intrusivo no Complexo Migmatítico- Granítico.
Calcário Dolomítico
Os calcários metamórficos, ocorrem principalmente nas regiões de Batalha - Belo Monte, Mata Grande e
Palmeira dos Índios, constituindo lentes de comprimentos e espessuras variáveis, intercaladas em gnaisses e
biotita xistos (Palmeira dos Índios), ou associadas a anfibolitos, serpentinitos, e asbestos (Batalha - Belo Monte),
ou, ainda, como enclaves dentro de corpos graníticos (Mata Grande). A única área com Relatório Técnico de
Pesquisa Aprovado, localizada no município de Palmeira dos Índios, deve brevemente, entrar em fase de lavra.
Minério de Ferro
As principais ocorrências de minério de ferro localizam-se nos municípios de Arapiraca, Batalha, constituindo morrotes de minério de ferro maciço, intercalados nos gnaisses e xistos da Formação Traipu/ Jaramataia. Na
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área detentora de Decreto de Lavra, localizada no município de Arapiraca, o corpo mineralizado está representado
por uma lente maciça de magnetita titano-vanadífera ( 70% a 80% de Fe3O4) , subparalela à estrutura regional (N-S),
constituindo um relevo proeminente denominado de Serrote da Lage .
Ouro
Na área de Serrote da Lage, onde encontra-se localizado o depósito de Ouro/Cobre, podem ser individualizadas cinco assembléias litológicas distintas: gnaisses quartzo-feldspáticos; gnaisses calcossilicáticos; rochas máficoultramáficas metamorfisadas; rochas metagraníticas e intrusivas ácidas. O complexo de rochas máfico-ultramáfico,
que constitui o corpo mineralizado, inclui desde hiperstenitos e piroxenitos (únicos termos ultramáficos) até anortositos,
passando por noritos ,gabro noritos e gabros. Associados aos hiperstenitos e noritos ocorrem corpos de magnetitos
com espessuras centimétricas a métricas . A reserva medida de minério é da ordem 42.833.000 t com teores de Cu
= 079% e Au = 0,25 ppm.
Sais de Magnésio
Tratam-se de depósitos de sais solúveis encontrados nas lagoas existentes nas imediações de Canafístula,
município de Palmeiras dos Índios (AL).Numa dessas lagoas, a Lagoa do Canto, os trabalhos realizados por Bezerra
de Melo, (1993)) revelaram a existência do depósito salino com espessura variável entre 0,20m a 0,40m e coloração
rósea, cinza e branca, sobreposto a uma argila plástica negra, rica em matéria orgânica.
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I.2.19 - DISTRITO MINEIRO CAMPINA GRANDE – CALDAS BRANDÃO
LOCALIZAÇÃO
Encontra-se inserido em cinco micro-regiões distintas: Litoral Paraíbano, Agro-Pastoril do Baixo Paraíba,
Piemonte da Borborema , Brejo Paraibano, e Agreste da Borborema, estando limitado pelas coordenadas geográficas: 36o00,00” e 6o30’00”; 35o15’00” e 6o30’00”; 35o00’00” e 7o25’15”; 35o00’00” e 7o30’00”; 36o00’00” e 7o30’00”.
GEOLOGIA
Três unidades geotectônicas podem ser distingüidas: A Faixa de Dobramento Curimataú, Maciço de Caldas
Brandão e a Faixa Sedimentar Costeira Pernambuco-Paraíba (Figura 1). Nas duas primeiras há uma nítida predominância dos tipos litológicos do Complexo Gnáissico-Migmatítico (gnaisses. migmatitos e granitos) do Arqueano/
Proterozóico Inferior , sobre os xistos da Formação Seridó (Proterozóico Médio) e os granitos do Proterozóico
Superior. O Fanerozóico está representado pelos arenitos cretácicos da Formação Beberibe, pelas rochas efusivas
ácidas, também cretácicas, pelos sedimentos areno argilosos da Formação Serra dos Martins ( Terciário) e do
Grupo Barreiras (Tércio-Quaternário) e, finalmente, pelos depósitos quaternários (Figuras 21 e 21.1)
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Calcário Metamórfico
Merecem lugar de destaque entre os recursos minerais presentes, neste distrito mineiro, haja vista constituírem cerca de 100% do total das áreas com Decreto/Portaria de Lavra. Constituem lentes encaixadas nos gnaisses
do Complexo Gnáissico Migmatítíco.
Rochas Ornamentais
Assim como os calcários metamórficos, as rochas ornamentais ocupam um lugar de destaque no setor
mineral, haja vista que representam cerca de 70% das áreas aprovadas para a execução de trabalhos de lavra. De
uma maneira geral encontram-se associadas aos corpos graníticos intercalados, tanto no Complexo Gnáissico
Migmatítico, como nos metassedimentos da Formação Seridó.
Areias e Argilas
As areias estão relacionadas ao Grupo Barreiras e aos aluviões dos rios, enquanto que as argilas constituem bolsões dentro das rochas gnáissicas-migmatíticas, sendo provenientes da alteração química das mesmas.
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