ANAA - Serviço Espírita de Informações

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ANAA - Serviço Espírita de Informações
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
LAR FABIANO DE CRISTO
Rua dos Inválidos, 34 – 7o andar – Centro
20231-044 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Internet: http://www.lfc.org.br/sei
[email protected]
Sábado, 21/7/2007 – no 2051
CONCEITUAÇÃO ESPÍRITA
D.Villela
existência de seres angélicos figura
em todas as tradições religiosas, que
os apresentam como individualidades livres do erro e de todo o mal, vivenciando uma felicidade plena e inalterável,
decorrente da observância integral das Leis
de Deus, cujos desígnios eles recebem diretamente e executam em todo o Universo. Dentre essas tradições, algumas, como
a nossa judeu-cristã, os consideram essencialmente diferentes dos homens pois eles
seriam, desde sua origem, seres perfeitos
e inteiramente espirituais, numa flagrante
injustiça para conosco que temos de conseguir com esforço e determinação a nossa
melhoria, correndo ainda o risco de sermos
condenados a sofrimentos perpétuos no
inferno por algum erro mais grave cometido durante a existência material
embora esta seja extremamente breve
quando comparada com a eternidade. É interessante lembrar, no entanto, que o perdão concedido por um ministro religioso
poderia nos livrar desse destino terrível...
A Doutrina Espírita veio esclarecer que
não existem castas na Criação pois todos
temos origem, natureza e destinação idênticas, ou seja, no princípio simplicidade e
ausência de conhecimento e experiência
que devem ser adquiridos por esforço
próprio, sob o amparo divino, através de
trajetórias pessoais diferentes, na verdade
únicas, mas que têm – todas – o mesmo
ponto de chegada: a perfeição. Nesse percurso, que é extenso, o ser desenvolve sua
inteligência e aprimora os sentimentos em
aprendizado incessante, ao longo do qual
realiza estágios na matéria para a obtenção
de determinadas aquisições, empregando,
então, corpos que se tornam mais sutis à
medida que o progresso avança e ele se
transfere para mundos mais adiantados.
A literatura espírita posterior à Codificação, referindo-se aos seres dessa condição – Jesus é um deles –, reafirma a impossibilidade atual de entendermos seu
modo de vida face à total ausência de
A
analogia com o nosso, que é ainda baseado no egoísmo e no desconhecimento das
bases espirituais da existência. As observações seguintes, do conhecido orientador
André Luiz, dão uma idéia dessa dificuldade: “Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam
as Inteligências Divinas a Ele agregadas,
em processo de comunhão indescritível (...),
extraindo desse hálito espiritual os celeiros
da energia com que constroem os sistemas
da Imensidade”(1). “É imperioso reconhecer,
contudo, que não podemos, ainda, em
nossa posição evolutiva, formular qualquer
pensamento concreto acerca da natureza
e dos atributos dos Anjos, nem ajuizar
quanto ao sistema de relações que cultivam
entre si”(2). (“Evolução em Dois Mundos”,
psicografia de Francisco Cândido Xavier;
(1)
primeira parte, capítulo 1; (2) segunda
parte, capítulo 12). Sabemos, no entanto,
que estes seres sublimes acompanham
nossa morada, envolvendo-nos com sua
proteção amorosa, em nome da bondade e
da sabedoria de nosso Pai Celestial.
N
◊
“O Céu e o Inferno” (Primeira Parte,
capítulo 8, itens 12 a 15).
RECORDANDO IAN STEVENSON
– PARTE FINAL –
Em sua edição
anterior, de número
2050, o “Serviço
Espírita de Informações” (SEI) publicou a parte inicial
da entrevista concedida à revista italiana “Luce e Ombra” (Luz e Sombra)
pelo saudoso Dr.
Ian Stevenson, autor, dentre outros,
do clássico “20 casos sugestivos de reencarnação”. Agora nesta edição, o SEI
divulga a última parte da entrevista, realizada em 1986 por Paola Giovetti, estudiosa da fenomenologia mediúnica na
Itália:
A
A
“Paola: – Atualmente em que está trabalhando?
Stevenson: – Em um livro sobre os
sinais de nascimento e os defeitos de
nascença, que será a minha obra mais
importante. Será ilustrado com muitas
fotografias e constituirá o produto do meu
trabalho de 25 anos. Estou trabalhando
nisto há muito tempo e me resta ainda um
ano para terminá-lo (Nota da redação: este
livro seria publicado em 1997 sob o título
“Where Reincarnation and Biology Intersect”, algo em português como “Onde reencarnação e biologia se cruzam”, e ainda em
italiano, cujo título em português poderia
ser lido como “As provas da reencarnação”
– Milão 1998).
Paola: – E depois deste livro?
Stevenson: – Tenho ainda muito material para avaliar. Nestes 25 anos, viajei
por todo o mundo, estudei muitíssimos
casos e publiquei somente uma parte da
minha pesquisa. Depois do livro sobre os
sinais de nascença, pretendo escrever um
sobre casos americanos e outro sobre
aqueles europeus.
Paola: – A sua é uma pesquisa custosa,
porque requer contínuos deslocamentos e
pernoites nos mais diversos locais. Quem
o financia?
Stevenson: – Na minha universidade
(Universidade da Virgínia, em Charlotteville), existe uma fundação por ela controlada e cujos fundos são destinados a
esta particular pesquisa. Eu sou professor
para as pesquisas, sou pesquisador, não
mestre do ensino, e posso dedicar todo o
meu tempo a esta finalidade. Ocupo-me
igualmente de outros fenômenos paranormais, como as aparições, e tantos outros, mas o meu campo principal de interesse é aquele ligado à reencarnação.
Quando devo ficar no exterior por motivos
de estudo, faço um programa preciso, o
submeto ao conselho e, se aprovado, me
dão os recursos necessários. Até agora não
me negaram nada. Devo admitir que a minha é uma posição privilegiada, muito rara.
Mas, evidentemente, o meu trabalho interessa.”
A entrevista é encerrada com uma
narrativa do professor Ian Stevenson so-
2
bre o caso de uma menina de Burma, a qual
recorda ter sido um soldado japonês morto
na guerra. Esse caso apresenta particulares
motivos de interesse, tendo sido, inclusive,
publicado no “Journal of Nervous and
Mental Disease” (Jornal de Doenças Nervosas e Mentais – volume 165, no 3, 1977),
representando – como destacou Paola
Giovetti – absoluta novidade para a Itália.
“A família da moça explicava esta
situação como se fora as recordações
relativas ao soldado japonês. Quanto à
troca de sexo entre uma e outra vida,
pensava que talvez houvesse preferido
passar por uma menina e, assim, evitar ser
recrutada para o serviço militar; ou, talvez,
que o soldado japonês tivesse molestado
as moças e por punição deveria renascer
como mulher. Ou ainda que os disparos
tenham golpeado os seus órgãos genitais
e assim gerando a necessária troca de sexo.
Com o passar do tempo Ma Tin Aung
Myo perdeu o pavor dos aviões e também
certas lembranças do Japão se desfizeram.
Não disse mais que desejava transferir-se
para aquele país, não disse mais que detestava o clima de Burma e vivia mais alegre
junto a uma irmã casada que morava em
zona montanhosa da região. Não pensava
em casar-se e dizia que aceitaria qualquer
tipo de morte se lhe garantissem que renasceria como homem.”
O Dr. Stevenson concluiu a sua cuidadosa análise deste caso com as seguintes considerações:
“Certos críticos desses casos acreditam que as influências culturais sejam
suficientes para explicar todos esses aspectos. Eu não estou de acordo, e em outras publicações descrevi casos onde os
sujets eram possuidores de uma tamanha quantidade de informações sobre as
pessoas falecidas das quais recordavam
as vidas, a que, na minha opinião, não
poderiam ter acesso pelos meios normais
de comunicação. O caso em questão não
se enquadra nesta condição, mas apresenta
um problema não facilmente resolvível,
recorrendo às influências culturais. Se, por
motivos seus, Ma Tin Aung Myo desejava
identificar-se com uma pessoa falecida,
por que escolheu exatamente um soldado
japonês? O povo de Burma, em geral, não
chegou a odiar os japoneses como os
americanos durante a Segunda Guerra
Mundial, todavia os japoneses não eram
tão bem aceitos assim em Burma e, por isto,
a identificação com um soldado japonês
não aumentava a segurança e o prestígio
da moça em família e menos ainda no
vilarejo. A explicação mais simples ainda é
a melhor e eu creio que os psiquiatras e os
psicólogos ocidentais deveriam se deter
numa séria consideração e estudar a fundo
os motivos da interpretação desses casos
que aconteceram na Ásia sul-oriental.”
INTERNACIONAIS
AUSTRÁLIA
A Fundação Joana de Cusa e a Casa
Espírita Franciscanos já começaram a tomar
todas as providências para receber em setembro a visita do médium Divaldo Pereira
Franco que, mais uma vez, irá cumprir, como
vem fazendo há alguns anos, um roteiro de
atividades naquele país. A visita acontecerá
entre os dias 17 e 21, conforme anunciou
recentemente as instituições co-irmãs que
têm sua sede no endereço: 1 Lister Avenue
Rockdale – Sydney – Austrália – telefone
9597-6585, correio eletrônico joanadecu
[email protected] e página www.joana
decusa.org.au.
Outras informações sobre o roteiro de
Divaldo deverão ser divulgadas em breve.
PORTUGAL
A Associação Cultural Espírita de Aveiro está funcionando em nova sede, muito
mais ampla e localizada bem no centro da
cidade. O endereço completo é Rua Ciudad
Rodrigo, 12 r/c – 3810-169 Aveiro – Portugal.
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
Danilo Carvalho Villela
Editores:
Jorge Pedreira de Cerqueira
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Brasil
NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
CONSUMISMO
antiga boneca e o carrinho cederam
lugar ao celular, ao MP3, ao Ipod...
Ao invés das brincadeiras típicas da
infância, o shopping com suas vitrines
chamativas. Este é o perfil de uma infância
que se comporta cada vez mais como adulto,
inclusive no que diz respeito ao consumo
desenfreado. Uma pesquisa da Ipsos Marplan, feita em outubro de 2006 em nove
regiões metropolitanas, apontou um amadurecimento precoce do consumo infantil.
Segundo o estudo, que abrangeu três mil
crianças, um terço das que têm entre 10 e 12
A
anos já possui celular. Esse índice nas
classes A e B passa para 52%, caindo para
22% nas classes C, D e E. O assunto virou
tema de reportagem do jornal “O Globo”,
de 6 de maio. A matéria, intitulada “Pequenos consumidores com apetite adulto”,
assinada pelas jornalistas Fabiana Ribeiro
e Luciana Casemiro, ouviu especialistas,
dentre os quais o diretor-presidente do Instituto Akatu – Pelo Consumo Consciente,
Helio Mattar, que lançou um alerta para a
“adultização” do consumo infantil. “A
criança deve viver na infância, afinal vai
ter muito tempo para ser adulto. E quando
isso não acontece, vai comprometendo o
desenvolvimento da criatividade e da imaginação para o resto da vida” – disse
Mattar.
A reportagem chega a propor alguns
meios de se educar as crianças para o
consumismo consciente. Um deles é a atitude dos pais, que é um padrão para elas.
Não adianta estimular um consumo consciente se a família não procede assim. Vale
ainda ensinar aos pequenos a necessidade
de se gastar menos, de se poupar, apelando, inclusive, para a consciência ecológica, uma vez que o consumismo desenfreado tem reflexos diretos na natureza, que
não está sendo capaz de suprir a demanda
do consumo.
∗
Na questão 712 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec indaga aos benfeitores espirituais a razão de ter Deus
posto atrativos no gozo dos bens materiais, ao que responderam os Espíritos: “Para instigar o homem ao cumprimento da sua
missão e para experimentá-lo por meio da
tentação”. Na subpergunta que se segue,
o Codificador questiona sobre o objetivo
dessa tentação. “Desenvolver-lhe a razão,
que deve preservá-lo dos excessos” – afirmaram.
Em “Vereda familiar”, psicografado
por José Raul Teixeira com publicação da
Editora Fráter, o Espírito Thereza de Brito
dedica um dos capítulos do livro ao tema
“Consumismo doméstico”, comentando
inclusive as questões 712 e 712 A de
“O Livro dos Espíritos”.
“Se o homem não tivesse o desejo de
conseguir isso ou aquilo, certamente, não
se interessaria por trabalhar, uma vez que
na Terra o labor quotidiano tem o sabor de
castigo e o cheiro de padecimento” – explica Thereza de Brito, acrescentando que
o anseio de possuir, de comprar, obter é
perfeitamente natural, pois atende aos projetos progressistas que os Céus engendram para os seres humanos.
“Entretanto – adverte –, bastante distinto de adquirir, de comprar será, sem
dúvida, o adquirir indefinidamente e comprar sem razão. Quantas são as pessoas
que compram por comprar, gastam por
gastar, sem qualquer consideração para
com a própria vida, sem qualquer reflexão
acerca da utilidade que poderia patrocinar
para terceiros, do próprio lar ou da relação
3
social?! Quantos que adquirem para exibir
poder econômico ou pujança social, sem
qualquer necessidade mais nobre? Tantos
que sofrem, obsessivamente, a compulsão
psiquiátrica para o consumo inveterado,
sem razão reflexiva.”
E prossegue a benfeitora espiritual
ressaltando que ninguém está impedido de
consumir, de obter pequenos supérfluos,
atendendo ao gosto pela vida e às possibilidades que ela consente. “Contudo –
pondera –, o excesso (...) será a geratriz de
tormento sem conta, nos caminhos terrenos”. E conclui seu pensamento com
essa fraterna sugestão, válida não só para
adultos mas também para crianças e jovens:
“Quando descubra que o seu lar, atrelado ao consumismo tresloucado, ajuntou
coisas e coisas que não são usadas, façaas passar a outras mãos, com a sua vibração
de fraternidade, é certo, mas também com o
compromisso de você realizar o esforço da
educação das suas despesas, sem que se
faça sovina ou onzenário, porém responsável multiplicador dos bens divinos
que, por agora, você administra.”
LIVRO É NOTÍCIA
A VISÃO ESPÍRITA SOBRE
CRIANÇAS ÍNDIGO E CRISTAL
De uns tempos para
cá, entrou na pauta
de discussões de
temas espíritas a
questão das crianças índigo e, agora,
mais recentemente,
a das crianças cristal. O primeiro termo, por enquanto
o mais falado, foi
criado por uma parapsicóloga norteamericana de nome Nancy Ann Tappe, que
no início da década de 80 desenvolveu um
sistema de classificação dos seres humanos
pela cor da sua aura. O termo índigo passou
então a ser associado à tonalidade azulada
que determinadas pessoas apresentavam,
sobretudo crianças, a qual evidenciaria
certas características de comportamento
que as diferenciaria das demais, como, por
exemplo, intuição mais desenvolvida, espontaneidade, grande imaginação, dificuldade de se enquadrar nos padrões sociais, hiperatividade, dons paranormais.
Quanto às crianças cristais, apresentariam
aura muito clara, fruto de sua conduta,
marcada pela falta de rebeldia, sendo silenciosas, observadoras, responsáveis e,
também, sensitivas.
Em palestra proferida no ano passado
em Oswego, Illinois, nos Estados Unidos,
o médium brasileiro Divaldo Pereira Franco
excursionou por essa temática, avançando
e retrocedendo no tempo, avaliando a
evolução humana, que vem acontecendo,
desde seus primórdios, graças à intercooperação planetária e à migração de
Espíritos. E a partir desses apontamentos
é que deu mais detalhes sobre tais espíritos, que, encarnados, começam a ser
identificados no planeta e a receber qualificações determinadas.
“As crianças índigo – explica Divaldo
– têm-se constituído um grande desafio
para psicólogos, para psiquiatras, para
neurocientistas, que as examinando, de
imediato percebem-lhes a hiperatividade,
a insatisfação, desde que não aceitam
orientação imposta, possuindo a capacidade de enfrentar os adultos como se
fossem pessoas igualmente adultas”. A
razão para esse comportamento, o médium
apresenta a da própria Nancy Ann Tappe,
que afirma que devido ao nível de inteligência dessas crianças ser alto, pois são
oriundas de uma região espiritual mais
adiantada, acabam encontrando dificuldades no mundo terreno de expressar e
desenvolver suas aptidões pela falta mesmo de recursos adequados.
“Os estudiosos das crianças índigo
recomendam que seja feita com elas uma
experiência educacional à base do amor e
mais amor, porque, na cultura hodierna,
pela necessidade de os pais trabalharem,
perdem muito cedo o contato e o afeto com
os filhos, delegando a tarefa a pessoas remuneradas, algumas competentes, outras
menos, porém, sem o sentimento profundo
de afetividade” – destaca Divaldo.
Já as crianças cristais, conforme crêem
alguns, podem ser aqueles espíritos a que
Allan Kardec faz referência no livro “A
Gênese”, os quais constituiriam “a nova
geração”. Os cristais seriam, assim, os
espíritos provenientes de outras dimensões porém em melhores condições, não
apenas intelectuais mas morais, de promover o progresso da humanidade. Essas
crianças, ao contrário dos índigos, não
seriam irrequietas, sendo muito introspectivas, gentis, amorosas... E cita, como exemplo, Francisco Cândido Xavier – que começou a expressar sua sensibilidade mediúnica com apenas 5 anos de idade – e
Madre Tereza de Calcutá – grande nome
da caridade –, os quais poderiam, como se
pode constatar por suas vidas missionárias, até já integrarem essa leva de
espíritos que hoje é classificada por alguns
como crianças cristais.
Essa palestra de Divaldo pode ser
encontrada agora num livro bilíngüe (português e inglês), chamado “A nova geração: a visão espírita sobre crianças índigo
e cristal”, organizado por Vanessa Anseloni. Tem 14x21cm, 96 páginas na parte em
portu-guês e 94 na em inglês. A publicação
é da Livraria Espírita Alvorada Editora, que
atende a pedidos na Rua Jayme Vieira
Lima, 104 – Pau da Lima – CEP 41235-000
Salvador, BA – telefone (71) 3409-8310,
correio eletrônico leal@mansaodoca
minho.com.br e página www.mansaodo
caminho.com.br. Preço: R$24,00.
DONA CÉLIA
Isis Jardim
eu primeiro contato com Célia do
M Carmo Ferreira da Silva, ou Dona
Célia, como era mais conhecida, se
deu
Mpor volta de 1970, no Grupo Espírita
Discípulos de Samuel, em Vila Isabel, Rio
de Janeiro, onde suas mediunidades de
psicografia, vidência e audiência eram
exercidas com muita dedicação, com meiguice, ternura e com a finalidade de esclarecer e consolar os que tinham “perdido” seus entes queridos. Nada de material ela recebia em troca.
Em 1979, recebi a primeira mensagem,
de um primo que havia falecido recentemente. Depois dessa, outras vieram de
muitos parentes, amigos e até de Espíritos
que não conhecia mas me pediam para
transmitir os recados deles para pessoas
amigas e até para outras das quais nunca
tinha tido notícias.
Era uma mediunidade fabulosa. Nunca
vi, aqui no Rio, outra igual. Jamais a ouvi
transmitir algo que não fosse esperança,
consolação. Nunca a vi transgredir qualquer norma que estivesse fora do mais
sublime amor e da mais sincera caridade.
Ela era, segundo dizia, “um telefone que só
tocava de lá para cá”.
Muito do valor de sua vida de dedicação ao bem do próximo estava na ternura
que dirigia a todos. Em cerca de 33 anos de
conhecimento, jamais a ouvi dirigir-se a
alguém com impaciência. Talvez esse fosse,
para mim, o ponto mais importante, embora
sua mediunidade “assombrosa” causasse
a todos muita admiração, chegando até
mesmo a mexer com a incredulidade de
muitos ditos ateus, como certa vez narrou
o jornalista Marcel Souto Maior, biógrafo
de Chico Xavier, o qual numa entrevista
para a TV revelou ter “encaminhado” amigos seus que eram ateus para as reuniões
da Dona Célia e que eles, depois de tudo
que assistiram, passaram a refletir sobre a
existência de Deus e as razões da vida.
Desde a infância ela teve sinais de
sua mediunidade, mas sempre relutou em
aceitá-la. Na adolescência, os fenômenos
eclodiram, mas ela se dizia agnóstica e
materialista. Surgiu, então, a ocasião dela
aceitar as faculdades que recebera do Pai
com a finalidade de servir ao próximo. E
assim foi até que seu frágil corpo, já doente,
não mais lhe serviu de instrumento e ela
partiu para o mundo espiritual que ela tão
bem conhecia.
Em maio de 1982, fundou, com
companheiros, o Grupo Espírita Obreiros
de Jesus, do qual tive a honra de colaborar
na elaboração do Estatuto, devidamente
registrado no Registro de Pessoas Jurídicas. De início, a sede funcionava na Rua
Maxwell, na Zona Norte do Rio, num sobrado, onde não havia espaço suficiente
para a realização das reuniões públicas de
4
psicografia e vidência. Foi então providenciado o aluguel do salão do Clube
Maxwell, bem próximo, só para o dia dessas
reuniões, que aconteciam uma vez por
mês, aos domingos, sob o olhar curioso e
impressionado de centenas de pessoas,
contritas e tomadas de grande emoção,
também pela expectativa de poder, igualmente, receber mensagens de seus entes
amados, segundo a vontade de Deus.
Algum tempo depois foi possível a compra
de um terreno no Sampaio, na Rua Alzira
Valdetaro 143, e lá construída a sede
própria. Mais tarde, a instituição passou a
chamar-se Associação Obreiros de Jesus.
Não se pode deixar de anotar o belo
trabalho social realizado pela “Obreiros de
Jesus”, inclusive distribuindo mensalmente
muitas cestas de mantimentos e de roupas
aos necessitados moradores dos morros
da vizinhança, e a outros com residência
mais distante.
Dona Célia era contrária à divulgação
de sua mediunidade e dos fenômenos que
a cercavam. Vários jornalistas e redatores
de TV tentaram entrevistá-la, mas não
conseguiram. Apesar disso, o escritor e
psiquiatra Brian Weiss, conhecido internacionalmente, assistiu a uma das reuniões
dela, em 1997, e escreveu o que observou,
em seu livro “A divina sabedoria dos
mestres”.
Um livro de Waldemar Falcão, com
prefácio de Leonardo Boff e apresentação
de Patrick Drouot, intitulado “Encontros
com médiuns notáveis”, publicado em 2005
pela Nova Era, nas suas folhas 109 a 142 ,
tece comentários e narra fatos sobre Dona
Célia.
Célia era viúva de Walter Ferreira da
Silva. Deixou uma filha, a juíza de Direito
Regina Areal; o genro, desembargador
Antonio Carlos Areal; e a neta querida de
seu coração, Mônica Areal.
Ao acompanhá-la, durante tantos
anos, quis escrever, relatando o que via e
ouvia, mas Célia não consentiu. Queria
contar todos os casos, mesmo omitindo
nomes, se preciso, explicar as emoções, as
alegrias e mostrar as conseqüências positivas decorrentes do que ela, como instrumento do mundo espiritual, permitia que
se realizasse. Mas não consegui.
Sei que cada um dos milhares de
encarnados e dos milhares de desencarnados que ela ajudou a socorrer reconhecem seu humilde e ao mesmo tempo
grandioso trabalho.
Nascida em 17 de fevereiro de 1924, no
Rio de Janeiro, Dona Célia desencarnou no
sábado 16 de junho, aos 83 anos de idade.
À digna serva de Jesus e do Pai Amoroso, minha homenagem e minha saudade.
◊
“Faze o bem, em silêncio. Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir,
de coração, a vontade de Deus.”
“Vinha de Luz”
Emmanuel
MOVIMENTO ESPÍRITA
FEB: LANÇAMENTOS
“Dimensões espirituais do Centro
Espírita” e “Charles
Richet – o apóstolo
da ciência e o Espiritismo” são as
duas mais novas
publicações da Federação Espírita
Brasileira. No primeiro, que pode
ser adquirido por
R$28,00, Suely
Caldas Schubert se utiliza de sua ampla
experiência na Seara Espírita, assim como
da farta bibliografia espiritista, para demonstrar que o Centro Espírita não é
apenas uma construção física mas uma
“edificação espiritual, cujas bases devem
estar fincadas na rocha da Espiritualidade,
de onde nascem as legítimas realizações
para o engrandecimento moral das criaturas
humanas”. Com 320 páginas, está dividido em 23 capítulos, dentre os quais: “A
reunião pública”, “No trabalho de passes”,
“A reunião mediúnica”, “A doutrinação:
recursos espirituais” e “Reuniões mediúnicas para os Espíritos suicidas”.
No segundo,
que custa R$23,00,
o pesquisador e estudioso da Doutrina
Espírita Samuel Nunes Magalhães traz
ao conhecimento
do leitor a personalidade do cientista
francês, que, ao
contrário do que
muitos imaginam,
como demonstra o
autor, não foi um oposicionista do Espiritismo, mas um integrante da equipe científica que colaborou com a solidificação
das bases da Ciência Espírita, tal como o
fizeram Crookes, Lombroso, Bozzano,
Gibier, Flammarion, entre outros. Tem 360
páginas e divide-se em duas partes: “As
múltiplas facetas de um gênio” e “Da
esperança à certeza na imortalidade”.
Ambos os livros têm tamanho padrão
de 14x21cm e podem ser solicitados diretamente ao Departamento Editorial da
FEB: Rua Souza Valente, 17 – São Cristóvão – CEP 20941-040 Rio de Janeiro, RJ –
telefone (21) 3970-2066 e página eletrônica
www.febnet.org.br.
MÚSICA E ESPERANTO
O portal Music Express, com canções
de artistas do mundo inteiro em MP3, pode
ser acessado agora em Esperanto. O portal
recebe cerca de 300 mil visitas por mês e
seu endereço é www.musicexpress.com.br.
DVD “CHICO XAVIER – DE PEDRO
LEOPOLDO A UBERABA”
Um DVD duplo,
histórico, sobre o
mais conhecido
médium brasileiro
acaba de ser lançado pela Versátil
Home Vídeo, através de seu selo Vídeo Spirite. Reúne
quatro filmes inéditos: “O médium
de
Emmanuel”
(1951), “Brilha uma luz no horizonte”
(1955), “Chico Xavier – de Pedro Leopoldo
a Uberaba” (1983) e “O grande médium
espírita” (2007). Os dois DVDs têm 300
minutos de duração e neles é possível ver
imagens impressionantes de Chico psicografando em grande velocidade, inclusive
uma mensagem de Francisco de Assis
recebida na casa de seu chefe Rômulo
Joviano, na Fazenda Modelo, em Pedro
Leopoldo (MG), quando da visita do
espiritualista italiano Pietro Ubaldi. Há
ainda cenas feitas no Centro Espírita Luiz
Gonzaga, onde foram psicografados “Nosso Lar”, de André Luiz, as primeiras obras
de Emmanuel e “Parnaso de Além-túmulo”.
E mais outras cenas raras, como a do pai de
Chico, João Cândido, e de seu irmão André
Luiz, e dos amigos Arnaldo Rocha, Hernani
Guimarães Andrade, Newton Boechat, Clóvis Tavares, Martins Peralva, entre outros.
Os pedidos podem ser feitos através
das páginas www.dvdversatil.com.br e
www.dvdworld.com.br.
CURSO BÁSICO DE ESPERANTO
Terá início no dia 11 de agosto, no Rio
de Janeiro, o 11o Curso Básico de Esperanto
promovido pela União Espírita Fernandes
Figueira e Bezerra de Menezes. As aulas
serão ministradas pelo esperantista Elmir
dos Santos Lima e ocorrerão aos sábados,
das 17h30min às 19h. A inscrição deverá
ser feita por ocasião da aula inaugural,
bastando que se leve um quilo de alimento
não-perecível para a instituição, que fica
na Travessa José Bonifácio, 17/21, bairro
Todos os Santos.
CAPEMI
Adquirindo um plano de pecúlio da
CAPEMI, além de proteger o futuro de sua
família, nossos participantes têm direito a
empréstimo pessoal com juros e prazos especiais para pagamento (serviço disponível somente para quem trabalha em órgãos
consignantes).
Ligue ALÔ CAPEMI
0800 723 3030
De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
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