Edição nº8
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REVISTACARGILL Meio ambiente e responsabilidade Quando o agronegócio é tratado com sustentabilidade todos ganham, principalmente a natureza ANO 27 - OUT. NOV. 2007 8 A evolução da Cargill acompanhada de perto 3 I O mensagem Soja responsável 4 O valor do empreendedorismo U visão global Ingredientes para confeitos S M Á R entrevista expertise Soja sustentável responsabilidade social Futuro do Complexo Soja completa um ano Eficiência no Terminal Braskarne inovação Praticidade com os fatiados Seara consumo Notícias Cargill destaques Merecido descanso personagens 8 9 12 13 14 16 19 Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Ana Caiasso, Andrea Anjos, Angelo Pedrosa, César Infante, Cristine Busato, Débora Sesti, Diógenes Silva, Gerson Beraldo, Lisandra Faria, Luciana Zaneti, Marcello Moreira, Neusa Duarte, Renata Holzer, Renata Tutumi, Shirley Lobo, Sônia Matangrano, Vera Duarte, Valmir Tambelini e Vitor Ideriba – Colaboração: Gabriela Guerra – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Thear Editora – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem: Fabiana Garbelotto, Renata de Salvi, Renata Rossi e Thais Corrêa – Foto Capa: Vegetação da Floresta Amazônica - Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas. A N O 2 7 - N º - 8 O U T . / N O V . 2 0 0 7 conexão 6 Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220. E T N E D I S O E G S Desejo ainda dirigir um agradecimento especial aos nossos clientes e fornecedores que acreditam em nosso potencial, confiam em nossos valores, buscam nosso conhecimento e nossa experiência, reconhecendo-nos como parceiro preferido nos setores agrícola, alimentício e de gerenciamento de risco. A Ao deixar a presidência quero registrar um agradecimento especial aos funcionários e parceiros pela convivência pautada por profissionalismo, ética e aprendizado, bem como pela incessante busca de soluções em produtos e serviços entregues aos nossos clientes, o que tem feito da Cargill uma indústria séria, moderna e cada vez mais dinâmica. M D Nossos funcionários são os principais responsáveis pelas conquistas alcançadas nos quase 43 anos de presença da companhia no Brasil, bem como por eleger a Cargill, ao longo de sete anos consecutivos, como uma das melhores empresas para trabalhar no país, segundo pesquisa do Guia Exame - Você S.A. Não tenho dúvida de que esse fato reflete o orgulho de cada um de nós, compartilhando um ambiente de diversidade, respeito e conduta ética que rege todos os nossos negócios no mundo. P R Da sua origem no campo, cuja atuação a levou a ser considerada uma das mais importantes fornecedoras de grãos, entre outras commodities, à vanguarda no lançamento de produtos de consumo, como o óleo de cozinha Liza – que está há mais de 30 anos presente nos lares de milhões de brasileiros –, a Cargill construiu os alicerces de sua evolução crescente e se preparou para desafios e vôos cada vez maiores. Com isso, foi elevada à condição de uma das maiores empresas do Brasil e líder no agronegócio brasileiro. E A honra de compartilhar cada etapa dessa história incomparável não pode ser traduzida em apenas um punhado de palavras. No entanto, quero aproveitar este espaço para registrar meu agradecimento a todos pelas oportunidades vivenciadas, ao longo de mais de três décadas, nas posições ocupadas tanto em Unidades de Negócio no Brasil como em outros países por onde passei, atendendo o chamado para contribuir com a minha experiência. E screver a mensagem da oitava edição desta Revista tem um significado especial para mim. Depois de quase dez anos ocupando a presidência da empresa em que trabalhei por 34 anos, chegou o momento de deixá-la. Minha trajetória profissional permitiu acompanhar a evolução da Cargill no Brasil nos setores agrícola, alimentício e de gerenciamento de risco. N Muito obrigado a todos. Sergio Barroso Foto: Rogério Pallatta M E Presidente 3 Quando se atua com consciência, empresas, fornecedores, consumidores e, principalmente, o planeta saem ganhando. Investir em preservação e conservação é o papel de cada um E N T R E V I S T A Foto: Arquivo Pessoal Consciência ambiental: a natureza agradece Temperaturas altas. Invernos rigorosos. Ondas gigantes. Furacões. O homem está convivendo com fenômenos climáticos intensos e, nos próximos anos, experimentará sensações extremas: muito frio ou muito calor. Todas essas modificações no clima do planeta elevam o grau de urgência em assuntos como responsabilidade ambiental, hoje de absoluta importância na pauta dos governos e das empresas. Os recursos naturais, necessários para a produção industrial, precisam ser renováveis, caso contrário a vida do planeta será comprometida e a existência humana, colocada em xeque. Muitas empresas já reconheceram sua responsabilidade nesse processo e, além de trabalhar com recursos renováveis, reaproveitam os resíduos provenientes da fabricação de seus produtos. Organização para Proteção Ambiental (OPA), ONG com sede em Uberlândia e fundada pelo Grupo Martins, o maior atacadista-distribuidor da América Latina com atuação em 100% dos municípios brasileiros. O livro, lançado em 11 de setembro, reuniu experientes pesquisadores, que – ao longo de cinco capítulos – mostram casos de sucesso que provam ser possível a atividade industrial com baixo impacto ao meio ambiente e, principalmente, com responsabilidade. Entre os temas abordados estão a importância da biodiversidade e da fauna, integração de comunidades naturais com a paisagem e suficiência alimentar. Nesta entrevista o pesquisador Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor titular do departamento de Ciências Biológicas da Esalq/USP e um dos autores do livro, faz um panorama da responsabilidade ambiental no Brasil. A Cargill é uma das empresas que têm consciência de sua responsabilidade na luta pela preservação do planeta. A unidade de compostagem, instalada desde 2005, próxima do Complexo de Uberlândia (MG), é prova disso. Em uma área de aproximadamente 25 hectares, cerca de 5 mil toneladas de resíduos dos processos de produção das unidades fabris da Cargill em Uberlândia têm reaproveitamento de 100% e geram 2 mil toneladas de adubo por mês, que são doadas para entidades comunitárias como escolas, creches e presídios; projetos de recomposição de áreas degradadas também são realizados nas áreas de reflorestamento da própria Cargill. Com isso, além de reduzir custos, a empresa tem a certeza de que os seus resíduos de processos de produção têm a destinação adequada. Revista Cargill - O que é gestão ambiental responsável? Ricardo Ribeiro Rodrigues - Realizar uma gestão ambiental de forma responsável é adequar os programas de produção às necessidades de preservação dos recursos naturais, ou seja, diminuir os impactos resultantes de qualquer processo de produção. Além da responsabilidade ambiental, há também que se preocupar com a questão social envolvida, como o pagamento justo de funcionários rurais e tratamento adequado no trabalho, entre outros. Revista Cargill - Como é gestão ambiental no ambiente corporativo, já que as empresas precisam dos recursos naturais para seus processos de produção? Rodrigues - Em todas as situações é preciso ter bem definidas as áreas destinadas para as atividades de produção que, por sua vez, devem estar ocupadas Essa iniciativa rendeu a participação no livro Manejo Ambiental e Restauração de Áreas Degradadas, que nasceu de uma parceira entre a Fundação Cargill e a 4 com a melhor estratégia possível. Para isso é preciso considerar a questão de produtividade, sem deixar de lado a responsabilidade ambiental. Na legislação estão definidas áreas que não devem ser utilizadas para produção, como as de preservação permanentes, em que se enquadram rios e nascentes. outros países se tivermos todas as barreiras ambientais e sociais totalmente esclarecidas e vencidas, já que as econômicas, por interesse dos países, estão sendo superadas. Mas já podemos olhar o assunto de forma otimista, porque a partir da pressão do mercado, principalmente o europeu, estamos revendo nossa forma de agir. Revista Cargill - O Brasil está tomando consciência da necessidade de atuar com sustentabilidade em seus negócios? Rodrigues - Antes da conscientização é necessária uma integração efetiva entre as políticas industrial, agrícola e ambiental. Hoje essas legislações são separadas. Há uma pressão do setor agrícola, que não é moldado a partir de uma política ambiental para expansão e abertura de novas fronteiras agrícolas. Essas áreas já são abertas de forma irregular do ponto de vista ambiental. E o resultado é que precisamos rever os processos e determinar novamente essas áreas. Tudo isso ocorre porque não há integração entre as políticas para que a abertura de novas fronteiras resulte em uma propriedade ambientalmente adequada. As empresas que não dão a devida atenção à questão ambiental e agem sem responsabilidade estão fadadas a perder espaço e competitividade no mercado Revista Cargill - A consciência ambiental já é um assunto que faz parte da pauta de responsabilidades das empresas brasileiras? Rodrigues - Eu acredito que as empresas passaram a se preocupar com a responsabilidade por conta da pressão do mercado. As companhias são pressionadas a adotar políticas sustentáveis. Se não derem a devida atenção à questão ambiental e agirem sem responsabilidade, estarão fadadas a perder espaço e competitividade. Revista Cargill - Um dos grandes problemas que envolvem responsabilidade ambiental nas indústrias é a destinação de resíduos. Qual o panorama dessa questão atualmente? Rodrigues - Essa questão requer muito investimento do governo em pesquisa. As soluções são várias, mas é preciso adequação econômica e técnica, que só pode ser encontrada por meio das pesquisas. Com investimento em pesquisa é possível achar várias alternativas para a adequada destinação dos resíduos. Muitos, inclusive, nem são lixo, podem ser reaproveitados, como o bagaço da cana-de-açúcar que é usado na co-geração de energia. Há alguns anos eram tidos como resíduos e descartados. Revista Cargill - Essa pressão acaba se convertendo em conscientização? Rodrigues - Sim. Quando o proprietário que tinha resistência em adotar ações sustentáveis é pressionado, por exemplo, sua resistência é quebrada porque ele percebe que é possível produzir respeitando a legislação e com responsabilidade ambiental. Na Europa a pressão é tão antiga que a conscientização é plena. Na América ainda não. Revista Cargill - Iniciativas como o livro Manejo Ambiental e Restauração de Áreas Degradadas, da Fundação Cargill em parceria com a OPA, são importantes para conscientizar sobre a relação responsável com o meio ambiente? Rodrigues - Certamente. O livro é resultado de mais de 20 anos de pesquisas e traz capítulos teóricos e cases que demonstram como a teoria foi aplicada na prática. Dessa forma mostramos aos fornecedores agrícolas que é possível produzir com responsabilidade ambiental, além de ser um alerta para que eles entendam que, ao longo do tempo, não aderir à produção responsável poderá acarretar em restrições no mercado. Revista Cargill - Para o Brasil chegar ao status de país consciente e responsável, quanto falta? Rodrigues - É difícil estimar, porque a velocidade com que ocorrem as pressões do mercado, em alguns casos, é muito rápida. Em alguns setores acreditava-se que o mercado não iria pressionar tão cedo, mas já está acontecendo. Esse é o caso do setor do álcool pela questão do biodiesel. Só vamos conseguir vender combustível para 5 O conceito de empreendedorismo surgiu há quase um século e ganhou força após o boom industrial, em que o conhecimento e a estratégia passaram a ocupar lugar de destaque dentro das organizações, enquanto funções meramente operacionais foram perdendo valor. Essa tão almejada característica é marcante no povo brasileiro. Um ranking internacional, organizado pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), aponta que o Brasil está entre os dez países mais empreendedores do mundo, seja pela necessidade das pessoas em sobreviver, seja por elas identificarem melhor suas oportunidades. V I S à O G L O B A L O Se há um século se fala em empreendedorismo como característica primordial para a abertura de um novo negócio, hoje o conceito é muito trabalhado dentro das organizações e ganhou até nome próprio para designar a prática nas grandes empresas: intra-empreendedorismo ou empreendedorismo corporativo. pequeno papel colorido encontrado na maioria das mesas de escritório, o famoso post-it, é hoje tão essencial que parece impossível trabalhar sem ele. Imagine você que esses papeizinhos que não perdem espaço nem para os aparelhos mais tecnológicos, como o palm-top, foi inventado quase que por acaso por um funcionário nos laboratórios do fabricante. Essa história é um exemplo que desmistifica o conceito de empreendedorismo, que para muita gente é uma característica exclusiva de gênios. Os especialistas advertem: todos podem ser empreendedores. E as empresas estão de olho em profissionais que tenham essa característica. Pensamento fora da caixa Quem abre espaço para a inovação está seguindo o caminho do empreendedorismo, uma característica cada vez mais valorizada nas organizações 6 Perfil em evidência e que tragam ótimos resultados nas áreas de Produção, por exemplo. “Ninguém melhor do que o profissional que conhece profundamente o processo de fabricação de determinado produto para oferecer soluções que tragam ganhos para o negócio”, conta. Inovação, curiosidade, determinação, coragem, facilidade em adaptarse às mudanças, otimismo e proatividade são habilidades que fazem parte do perfil do empreendedor. E engana-se quem acredita que poucas pessoas conseguem reunir todas essas características. De acordo com Eugenio Mussak, professor de MBA em Recursos Humanos da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP) e colunista da revista Você S/A, todos nascem com esse perfil. “Basta observar uma criança: ela é curiosa, arrisca os primeiros passos e palavras, não tem medo de se expor. O problema é que os adultos limitam sua criatividade com as proibições. Entretanto, como essa característica está presente em nós, quando estamos em um ambiente onde ela é estimulada voltamos a pensar fora da caixa”, explica. Empreendedorismo com muito sabor Quando o assunto é empreendedorismo corporativo e inovação, a cultura organizacional e uma liderança participativa, que estimule a autonomia dos funcionários, são a chave do sucesso. A Cargill, por exemplo, tem na inovação um dos pilares da Intenção Estratégica 2015, uma espécie de mapa que orienta o caminho da companhia para os próximos anos. Segundo Verônica Cantelmo, gerente de Treinamento e Desenvolvimento, a empresa está em um momento muito favorável às práticas de empreendedorismo corporativo, principalmente pelas oportunidades que estão surgindo com o crescimento do negócio no Brasil e no mundo, além da qualidade, imaginação e alto compromisso de seus talentos. “Pensar e agir fora do quadrado são fatores de sobrevivência no mundo corporativo. O grande desafio é transformar soluções inovadoras em resultados rentáveis, percebidos pelo cliente como algo único, de grande valor agregado”, completa Verônica. Mussak lembra que é por isso que muitas empresas trabalham para criar um ambiente aberto à criatividade. “O empreendedor gosta de correr riscos e não tem medo de errar. Empresas que não toleram o erro proveniente da tentativa de acertar e não abrem espaço para a inovação desestimulam o empreendedor. O erro faz parte do processo de aprendizagem. E as organizações precisam conviver com isso”, completa. E foi exatamente isso que a Unidade de Negócio Cacau fez. A Danone solicitou à Cargill uma apresentação sobre novas tendências de chocolate para seus profissionais das áreas Técnicas, Marketing e Comercial. Em um prazo de 40 dias a equipe de Cacau desenvolveu o Chocolate Day, um evento no qual foram apresentados vários produtos, conceitos e inovações aplicados à linha Danette. Além dos derivados de cacau foram utilizados aromas e amidos da Cargill. O resultado foi o lançamento do novo Danette Maxi, que tem cor e sabor mais intensos de chocolate e agrada o paladar de um público mais adulto, especialmente no inverno. Quando as empresas estimulam o empreendedor, atitudes inovadoras ocorrem em diversos níveis da organização e não apenas nos altos cargos ou nas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento. Segundo Tales Andreassi, professor de Empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é comum encontrar idéias criativas O produto foi apresentado internamente e distribuído aos funcionários do Escritório Central da Cargill, em São Paulo. “Tivemos proatividade de ir além do solicitado pela Danone. Em um mercado competitivo, o empreendedorismo é fundamental em todas as áreas. Trabalhamos com commodities e o segredo está justamente no diferencial, no algo a mais oferecido ao cliente”, enfatiza Eliana Ianez, gerente Comercial da Unidade de Negócio Cacau. 7 Com ingredientes divididos por categoria, a Cargill trabalha com criatividade e inovação para ser a parceira de escolha de seus clientes Ilustração: Marcelo Cipis P E R T I S E Soluções em alimentos E X Carlos Veçoso* A específicas do mercado. Algumas das soluções oferecidas na categoria Confectionery atendem a demanda crescente de ingredientes para substituir o açúcar em confeitos e gomas de mascar diet, soluções baixo trans para coberturas e recheios, aromas e preparados de frutas que agregam valor aos produtos convencionais e chocolates com alto teor de cacau que possuem propriedades antioxidantes. Cargill é uma das mais importantes fornecedoras da indústria de alimentos. Essa posição, conquistada ao longo de sua história, carrega a responsabilidade de conhecer profundamente os mercados em que atua, de entender as necessidades dos seus clientes e de possuir expertise para aplicação dos seus ingredientes nos diversos produtos a que são destinados. Além do domínio da tecnologia e do processo de fabricação dos produtos, a empresa deve conhecer as tendências de consumo e conseguir traduzir as necessidades dos clientes para apresentar-lhes soluções diferenciadas e inovadoras, agregando valor ao seu negócio. E a Cargill trabalha noite e dia para isso. Para atingir esses objetivos, a companhia subdivide o seu universo de ingredientes em categorias de aplicação, como Dairy and Ice Cream, Bakery e Sauces (Cremes e Sorvetes, Padaria e Molhos), que permitem o aprofundamento do conhecimento técnico e mercadológico em cada uma das áreas de atuação. O resultado dessa organização é mais agilidade no desenvolvimento de soluções com a utilização de todo o portfólio de produtos da companhia. Na companhia, o conhecimento do mercado regional é complementado pela integração entre os líderes de categoria de diversas partes do mundo e por meio do compartilhamento de informações técnicas, tendências globais, oportunidades de negócio e projetos de desenvolvimento. Nesse contexto, uma importante categoria para a América Latina é a Confectionery, que compreende os confeitos, balas, caramelos, chocolates, recheios e gomas de mascar. Para a fabricação desses produtos uma ampla variedade de ingredientes da Cargill é utilizada: amidos, xaropes de glucose, adoçantes, óleos e gorduras, derivados de cacau, aromas, preparados de frutas, texturizantes, ácido cítrico, etc. A expertise que possui nas diversas categorias, somada à infra-estrutura moderna dos centros de aplicações e ao trabalho em conjunto com as equipes de desenvolvimento de produtos e de assistentes técnicos das diversas Unidades de Negócio, faz da Cargill uma empresa capaz de atingir o seu objetivo estratégico de ser o parceiro de escolha no mercado de ingredientes alimentícios. Seguindo as tendências regionais e globais, a Cargill tem-se antecipado aos clientes apresentando idéias de produtos e inovações. Sistemas preparados com a combinação de diferentes ingredientes buscam atender necessidades *Carlos Veçoso é líder da categoria Confectionery para a América Latina 8 L A I C S Segundo Wells, a soja é um dos setores do agronegócio que mais crescem no mundo, em especial na América Latina. Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia respondem, juntos, por 60% da produção global. Se, por um lado, ela gera emprego e desenvolvimento em diversos países do continente, por outro, sua cultura extensiva e a expansão de fronteiras agrícolas podem produzir impactos sociais e ambientais “Os estudos mostram que essa indústria continuará a crescer, especialmente por conta da produção de biocombustível. Precisamos, então, criar um padrão N Desde 2005 produtores, ONGs e indústrias, entre as quais a Cargill, uniram-se para criar uma mesa redonda de discussão global sobre o setor, a Round Table on Responsable Soy Association (RTRS). O início dessa associação está ancorado em uma reunião promovida pela ONG World Wide Fund for Nature (WWF) em Londres, em 2004, que contou com a presença dos participantes da cadeia de soja da Europa e da América Latina. De lá para cá a Round Table já realizou fóruns e workshops em diversos países que resultaram em uma série de documentos e estudos 9 R E S P sobre o impacto da soja no mundo. “Nossa missão é atuar como um fórum que desenvolva e promova critérios para a produção de soja economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável”, explica Christopher Wells, presidente da RTRS e chairman da força-tarefa para América Latina da UNEP FI (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no setor financeiro). O O equilíbrio entre mercado, sociedade e recursos naturais está entre as maiores preocupações atuais e é conhecido por uma palavra recorrente: a sustentabilidade. Hoje o conceito é objeto de estudo e discussão em todos os setores da economia. E chegou a uma das mais importantes cadeias produtivas do agronegócio: a da soja. A B I L I D A D E Foto: Adriano Gambarini/Pulsar Imagens S A preocupação com o futuro do planeta leva indústrias, governo e sociedade civil a trabalhar cada vez mais pelo cultivo, produção e comercialização responsável da soja O Os grãos da sustentabilidade socioambiental para o cultivo sustentável da soja, além de promover a troca de melhores práticas entre todas as esferas da cadeia produtiva”, explica Wells. mais expressivas iniciativas na direção de assegurar a produção sustentável no cultivo do grão. É a chamada Moratória da Soja, criada em 24 de julho de 2006. Nessa data, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), juntamente com suas respectivas associadas, entre as quais a Cargill, se comprometeram a não comercializar a soja plantada em áreas do bioma da Amazônia, desmatadas após 24 de julho de 2006, por dois anos. A idéia é trabalhar durante esse período para criar um sistema de governança para a soja na região. O padrão global para o cultivo, produção e comercialização da soja está baseado nos nove princípios ambientais, sociais e econômicos do grão. Esses impactos foram discutidos e identificados em um seminário técnico que reuniu os participantes da RTRS, entre eles a Cargill, e especialistas do setor, em abril de 2006, em São Paulo (SP). Transformação do habitat e perda de biodiversidade, cuidados com o solo, uso de agroquímicos, cumprimento dos direitos dos trabalhadores e migração fazem parte dos nove impactos. “Teremos uma reunião com o grupo responsável pela criação dos critérios de cultivo sustentá- Pouco depois do anúncio da Moratória foi criado um Grupo de Trabalho da Soja (GTS), formado por representantes da indústria (Cargill, ADM, Amaggi e Bunge), além da sociedade civil, representada pelas ONGs Greenpeace, Conservação Internacional, The Na- R E S P O N S A B I L I D A D E S O C I A L Os nove princípios vel no final de 2007. Com base nesses impactos estudados, o grupo trabalhará por três anos para desenvolver e implantar um padrão mundial”, diz Wells. ture Conservancy (TNC), World Wide Fund for Nature (WWF) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). A partir de sua constituição, o GTS passou a buscar mecanismos de governança. Para o presidente da RTRS, a padronização criará critérios de sustentabilidade comuns para os produtores no mundo inteiro. “Não se trata de uma norma elitista, em que poucos produtores poderão se enquadrar, e sim de um padrão possível de ser seguido por muitos”, ressalta. Nos dois anos de existência da Round Table, as conquistas se mostram na abertura do diálogo entre produtores, indústrias e sociedade civil, no diagnóstico dos nove princípios e na força-tarefa para construir o padrão de um processo de cultivo, produção e comercialização responsável de soja. Segundo Paulo Adario, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace, um dos maiores problemas enfrentados na região é a falta da presença do Estado. A articulação entre empresas, organizações não-governamentais e movimentos sociais pode ajudar a superar os desafios de governabilidade. Desde a criação do GTS, diversos encontros entre empresas, governo e sociedade civil vêm sendo realizados. O governo federal está comprometido com a causa defendida pela Moratória da Soja e pretende auxiliar na articulação com governos estaduais da região para a organização de workshops com produtores, fornecimento de mapas e informações de satélite, entre outras ações. Soja no bioma Amazônia A discussão sobre soja sustentável também aportou no Brasil de maneira prática. Trata-se de uma das 10 Um dos benefícios da Moratória é a união inédita entre indústria e ONGs na busca de uma agenda comum de trabalho com os produtores e com o governo para impedir novos desmatamentos e estimular o gerenciamento nas áreas já desmatadas. “Como no bioma amazônico a soja ocupa 1,1 milhão de hectares, que corresponde a 3 milésimos da extensão total do bioma, entendemos ser necessário e possível controlar e planejar melhor o desenvolvimento dessa cultura na região”, analisa Adario. de soja da região para ajudá-los a cumprir o Código Florestal Brasileiro para a Amazônia. Desde abril de 2006 a Cargill compra soja na região apenas de produtores que atendem os critérios desenvolvidos pela TNC. Além dos objetivos principais de desenvolver uma estrutura de governança para a produção de soja responsável e conservar a Floresta Amazônica, o Grupo de Trabalho da Moratória espera inspirar outros setores do agronegócio a adotar políticas semelhantes. “Estamos trabalhando em conjunto com o governo, sociedade civil, empresas e com a própria comunidade na Amazônia para alcançar o equilíbrio social, econômico e ambiental. Esse é o nosso maior desafio”, finaliza Marcello Moreira, gerente de Análise Agroeconômica da Cargill e participante do GTS no subgrupo Mapeamento e Monitoramento. Foto: Adriano Gambarini/Pulsar Imagens O balanço de um ano da Moratória foi apresentado no dia 24 de julho de 2007 em evento aberto à imprensa e à sociedade civil. Na ocasião, o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, divulgou as principais ações implantadas com o objetivo de preservar os recursos naturais e melhorar as condições de vida dos 23 milhões Ações de sensibilização • Assinatura do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (Instituto Ethos); • Construção do Grupo de Trabalho da Moratória com a participação da sociedade civil, indústria e governo para implantar o compromisso de não comercializar a soja proveniente de áreas desmatadas; • Inclusão, nos contratos de compra de soja, de cláusulas específicas de rompimento dos mesmos quando for constatado algum tipo de trabalho escravo, e de habitantes que moram no bioma (veja quadro). “Neste primeiro ano tivemos a coragem de assumir nossa responsabilidade como indústria. Um bom exemplo foi dado pela Cargill, que antes mesmo da Moratória, deixou de comprar o grão proveniente de desmatamento em Santarém e, de lá pra cá, o índice de áreas desmatadas caiu naquela região”, lembra Lovatelli. Para o presidente da Abiove, a queda não se deu apenas por essa iniciativa ou pela Moratória, que certamente contribui para uma mudança de mentalidade do produtor que está no bioma, mas também por um conjunto de fatores econômicos. • Produção de cartilha florestal que explica ao produtor como obter uma produção sustentável. Foto: Abiove Outro trabalho desenvolvido pela Cargill em Santarém (PA), também antes da Moratória, é o apoio dado à TNC – ONG que tem seus valores ancorados na possibilidade do crescimento econômico com preservação dos recursos naturais. A companhia apóia a TNC no trabalho com o sindicato rural local e com produtores Abiove, Anec e suas associadas, entre elas a Cargill, unem-se a organizações não-governamentais para apresentar o balanço de um ano da Moratória em São Paulo (SP) 11 X à O As conquistas do Futuro do Complexo Soja C O N E O programa completa um ano, mostra os primeiros resultados e as novidades que estão por vir U m ano de aprendizado, mudanças profundas e resultados positivos. Essas são as melhores palavras para resumir em uma única frase o primeiro ano do programa Futuro do Complexo Soja. Implantado pela Cargill com o objetivo de tornar a empresa a opção preferida de comercialização dos clientes de grãos, farelos e óleos de todo o Brasil, o programa já trouxe mudanças significativas no relacionamento da companhia com seus parceiros. Além disso, foram criados os times multifuncionais temporários formados por grupos de profissionais de diferentes áreas que passaram a trabalhar na solução de problemas específicos. O desenho do processo de operação de recebimento segregado de soja convencional, durante a safra 2006/2007, foi um dos trabalhos desenvolvidos por uma equipe multifuncional. Até a elaboração do orçamento anual contou com a participação de todas as áreas da Célula de Desempenho de Goiás. “O Complexo Soja deve atuar como uma colméia, em que tudo é feito em equipe e cada um, independente do cargo, sabe seu papel para promover a satisfação do cliente”, compara Maurício Rêgo, controller regional e líder da CD Goiás. Novas formas de trabalho nas áreas de compra dos grãos, localizadas na BR-163 e no Mato Grosso do Sul, também foram testadas. “O compromisso das equipes no desenvolvimento de cada atividade foi fundamental para a criação do novo modelo de gestão comercial para a área”, afirma Valdir Bertolino, gerente nacional de Originação. O produtor rural Vanderlei Cassol, por exemplo, que vende soja para a Cargill há mais de 15 anos, já sentiu as diferenças. “Notei que a Cargill descentralizou decisões importantes como a aquisição de produtos e incremento de crédito. Isso vem facilitando a vida, tanto na rapidez das decisões como nas respostas”, diz. Toda essa mudança, sentida por Vanderlei Cassol, é resultado de um trabalho que está apoiado nos pilares Cultura de Foco no Cliente, Inovação, Trabalho em Equipe, Comunicação, Responsabilidade por Resultados, Modelo de Liderança e Pessoas. Neste primeiro ano de existência implantou-se um novo modelo de gestão com a criação da Célula de Desempenho (CD) de Goiás, unidade piloto do projeto. Outras iniciativas, como a criação de times focados nos clientes, foram implantadas em Uberlândia (MG) e em algumas regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O programa Futuro do Complexo Soja é a aplicação viva da Intenção Estratégica da Cargill para 2015. “O foco é o cliente. Precisamos conhecê-lo melhor e oferecer soluções sob medida a cada um deles”, explica Neusa Duarte, gerente de Recursos Humanos do Complexo Soja da Cargill. Por isso, o relacionamento com esse público passou por total reformulação. “Fizemos levantamento de informações, realizamos pesquisas diretas e formamos grupos de necessidades semelhantes. Nosso objetivo é dar mais agilidade ao atendimento.” Nos bastidores Para chegar aos resultados percebidos pelo produtor Vanderlei Cassol foram necessárias grandes mudanças, especialmente no desenvolvimento das pessoas. Líderes e gestores foram capacitados em cursos e atuaram como multiplicadores para seus funcionários. O próximo passo é a criação de novas Células de Desempenho nas regionais Sul e Bahia, sub-regional Mato Grosso do Sul e Porto de Paranaguá (PR). A segunda etapa do programa será implantada até maio de 2008. 12 A Ã Ç I N O V A Foto: Arquivo Cargill A equipe da Seara buscou uma solução diferente em logística no porto de Itajaí (SC) e conseguiu aumentar em 25% o armazenamento de contêineres em seu terminal O Terminal Braskarne: exemplo de eficiência Inovação no Braskarne atende demanda crescente por armazenamento de contêineres adoção dos contêineres no funcionamento dos portos, por volta da década de 50, foi um dos marcos na garantia da segurança e qualidade na estocagem das mercadorias. No Brasil, a infra-estrutura portuária deficitária ainda é caracterizada por filas quilométricas de caminhões, demora para atracar o navio e falta de espaço para armazenagem dos contêineres. tizar a iniciativa que consiste basicamente na mudança da forma como os contêineres são acomodados. “Antes empilhávamos quatro contêineres e agora são colocados cinco na posição vertical. Para isso, continuamos utilizando os mesmos equipamentos, que possuem alta tecnologia, sem precisar adquirir nenhuma outra máquina. É uma saída eficiente”, explica Macedo. O diretor observa que o aumento da procura pelos serviços prestados no terminal, onde são realizadas três operações – porto, armazenamento de produtos em contêineres e em câmaras frigoríficas –, é reflexo do crescimento das exportações no Brasil, e exige do sistema portuário mais eficiência e infra-estrutura. Com o projeto, a capacidade de armazenagem aumentou 25%. “Utilizando uma linguagem mais técnica e conhecida pelos profissionais de logística, se antes tínhamos à disposição 312 tomadas, que refere-se à parte elétrica, atualmente são 390, o que na prática significa que o mesmo espaço comporta mais mercadorias com a mesma segurança”, ressalta Macedo. Para solucionar essa última questão, o Terminal Braskarne, da Seara, localizado em Itajaí (SC), foi buscar referências nas soluções encontradas pelos terminais portuários de Cingapura, um dos mais movimentados do mundo, e de Hong Kong, símbolo de potência logística – para se ter uma idéia, o porto, principal porta de entrada da China, movimenta quase nove vezes mais contêineres por ano do que todos os portos do Brasil. “A necessidade de aumentar a capacidade de armazenamento do terminal era significativa, pois nos últimos anos tem sido crescente a procura pelos serviços prestados pela Braskarne, que atende a Seara e outras empresas, principalmente do setor de carnes”, conta Lio Macedo, diretor de Logística. O resultado dessa iniciativa é que hoje o Terminal Braskarne é capaz de acondicionar 10 mil toneladas de mercadoria a 18°C negativos. Uma ótima notícia para quem procura serviços para armazenar produtos a baixas temperaturas. Inovação de peso Macedo foi um dos profissionais que ajudou a implantar o Projeto 5 do Alto, nome utilizado para ba13 Além de saborosa, a nova linha de frios fatiados da marca Seara facilita o dia-a-dia do consumidor Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF C O N S U M O Praticidade em fatias 14 P ara os amantes de um bom lanche ou aqueles que adoram receber os amigos com uma deliciosa tábua de frios, eis uma boa notícia: os embutidos da marca Seara são, agora, comercializados também em fatias. “Antes os frios Seara eram encontrados apenas em peça e precisavam ser fatiados na hora da compra. Hoje, o consumidor já pode adquirir seis tipos de frios fatiados em embalagens de 150 gramas”, diz Luiz Fernando Mantovani, gerente de Produto da Seara. Conheça a linha completa de fatiados Seara Seara Lanche A novidade está apoiada em importantes tendências de consumo: a praticidade e a conveniência. Ambas as características são apontadas em diversas pesquisas e revelam esses dois principais desejos do consumidor. O corre-corre diário impõe a necessidade de criar novas formas de preparar as refeições e até mesmo na escolha do que colocar à mesa. Presunto Pesquisas mostram que o tradicional prato brasileiro, arroz, feijão, bife e batata frita, está perdendo espaço para outros tipos de alimentos. Um recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a mesa dos anos 70 era bem diferente da atual. Segundo o Ipea, nos últimos 30 anos o consumo de arroz caiu 46%, o de feijão, 37% e o da batata, 58%. Os pratos prontos, no entanto, estão entre os produtos com maior aumento de consumo de três décadas para cá: 216%. Ponto para a praticidade. Apresuntado As embalagens dos fatiados também seguem essa tendência: o sistema de abertura é denominado easy-to-open – na tradução livre, fácil de abrir. Além disso, a embalagem é própria para armazenar o produto durante o período de consumo, devido a seu formato bandeja, dispensando um recipiente extra para armazenamento na geladeira. Sem contar que a embalagem é transparente, outra vantagem para o consumidor, já que possibilita verificar o aspecto do produto antes da compra. Mortadela Ítalla Peito de frango defumado light Outros fatos importantes levados em conta nesse lançamento são as questões de higiene e segurança. Em algumas regiões do Brasil já existe a proibição de manipular e fatiar os produtos no próprio estabelecimento comercial. “O conceito principal de criação dessa linha está baseado em uma demanda identificada pela questão da praticidade, conveniência e as novas tendências de consumo, que priorizam porções cada vez menores de alimentos”, explica Luiz Fernando Mantovani. Fotos: Arquivo Cargill Salame tipo italiano 15 C D E S T A Q U E S ongresso Abraves. A Purina lança uma nova linha de produtos, de programas e de serviços para o crescimento de suínos na 13ª edição do Congresso Brasileiro de Veterinários Especialistas em Suínos, que será realizado de 16 a 19 de outubro de 2007, em Florianópolis (SC). O objetivo do congresso é reunir profissionais ligados à suinocultura para aprimoramento técnico e melhoria da produtividade no setor. S oprando velinhas. A Fundação Cargill comemora, em setembro deste ano, 34 anos dedicados às comunidades por meio de diferentes atividades, entre elas o programa Fura-Bolo, que contribui para a melhoria do ensino por meio da literatura infantil, resgatando a cultura popular, e o Programa “de grão em grão”, que dissemina os conceitos sobre agricultura familiar e segurança alimentar, abordando de maneira pedagógica informações que vão desde o plantio até o preparo dos alimentos, por meio da implantação de hortas escolares. Além disso, tem investido em ações específicas como a revitalização da Biblioteca Pública de Santarém (PA) e a implantação da sala cirúrgica do Hospital do Câncer de Rio Verde (GO). Neste aniversário, a Fundação decidiu presentear os funcionários da Cargill, Seara e Mosaic com o manual Como montar uma horta em casa, que traz ainda dois pacotes de sementes para transformar a teoria em prática. H omenagem. A Cargill foi homenageada pela Students In Free Enterprise (Sife) – Estudantes em Livre Iniciativa –, no dia 17 de julho, quando foi realizado o Campeonato Nacional Sife Brasil, em São Paulo, na Câmara Americana de Comércio (Amcham). Por meio de uma placa de agradecimento entregue ao presidente da Cargill, Sergio Barroso, os estudantes agradeceram a contribuição à Sife do Brasil. Fundada em 1975, a Sife está presente em mais de 48 países e é hoje uma das maiores organizações do mundo que promove parceria entre empresas e universidades, preparando novos empreendedores e líderes. Em competição nacional, os times Sife apresentaram o resultado dos projetos em diversas áreas, como econômica, empreendedora e educacional. Os vencedores, que representarão o Brasil na Exposição Mundial de Projetos Sife, são da universidade Centro de Ensino Unificado de Teresina (Ceut), Piauí. A brafati 2007. Pela primeira vez, a Cargill patrocina o Congresso da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), em conjunto com seu distribuidor e parceiro Makeni Chemicals – tradicional importadora e distribuidora de produtos químicos para o segmento de tintas e vernizes. O evento, que já está em sua décima edição, será realizado de 24 a 26 de outubro no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A Cargill participa por meio da Unidade de Negócio Óleos Industriais e Lubrificantes, em conjunto com a Makeni, e tem por objetivo divulgar a nova linha de produtos Oxi-Cure e Agri-Pure, que tem como base óleos e ésteres vegetais, cuja principal característica é reduzir o odor de tintas e vernizes. A empresa também oferecerá palestras sobre os benefícios dessa novidade. T rainees. Há mais de 20 anos a Cargill desenvolve o Programa de Trainees com o objetivo de identificar, contratar, desenvolver e reter jovens talentos. O processo seletivo realizado anualmente é composto por análise de currículo, provas on-line e presenciais, dinâmicas de grupo e entrevistas. Os trainees, que deverão fazer parte do quadro de funcionários da Cargill a partir de 2008, estão sendo selecionados. A primeira fase de trabalho dos novos profissionais, dentro da companhia, começa em janeiro e terá duração de 18 meses. Durante esse tempo, eles irão desenvolver um projeto que beneficiará a área em que atuam. C onvenção de Amidos e Adoçantes. Anualmente, os representantes comerciais que trabalham para a Unidade de Negócio de Amidos e Adoçantes têm a oportunidade de debater particularidades do setor e trazer informações importantes para que as equipes caminhem alinhadas às necessidades do mercado. Neste ano, o evento ocorreu em junho, no Hotel Almenat, em Embu (SP), e contou com a participação de 19 representantes. O encontro é realizado desde 2004. 16 M elhor empresa. A felicidade dos funcionários da Cargill levou a companhia pela sétima vez consecutiva a marcar presença no ranking das 150 melhores empresas para você trabalhar no Brasil do Guia Exame - Você S.A. O processo de avaliação durou quatro meses e consistiu da resposta de questionários por parte dos funcionários e da própria Cargill, além de entrevistas presenciais. O índice de felicidade corresponde ao índice geral de melhores empresas para trabalhar e mede as políticas e práticas de gestão de RH e a percepção das pessoas sobre o ambiente de trabalho. De acordo com a avaliação dos funcionários da Cargill, o índice de felicidade no trabalho atingiu a marca de 75,5%. Os funcionários avaliam as empresas de acordo com os critérios de identidade, satisfação e motivação, liderança e aprendizado e desenvolvimento. Oportunidades de conhecer diferentes negócios, possibilidade de carreira internacional e o processo de gerenciamento de pessoas (PMP) foram três destaques positivos na avaliação dos funcionários. Nessa edição, as ações de responsabilidade social da companhia foram citadas como motivo de orgulho para os profissionais. B ons resultados da Seara. Durante a IV Convenção de Distribuidores, a Seara mostrou os resultados do último ano, que apresentou crescimento de 16% na distribução em relação ao ano anterior, melhoria do ensino. Puderam, também, avaliar os programas da Fundação Cargill – o Fura-Bolo, que resgata a cultura popular e incentiva a leitura, e o “de grão em grão”, cujo objetivo é transmitir conceitos sobre agricultura e segurança alimentar. Ambos foram criados para ampliar a qualidade da educação de crianças de 7 a 10 anos de escolas municipais. e divulgou também a nova campanha para o próximo ano, dentro do Programa de Excelência na Distribuição (PED), cuja meta é crescer 17%. A quarta edição dessa Convenção aconteceu nos dias 6 e 7 de julho, em Santa Catarina, e teve a participação de 140 pessoas. Durante o encontro ocorreram palestras de motivação e algumas premiações. Para premiar os distribuidores, a Seara analisa e pontua o seu desempenho no decorrer do ano. Oito deles foram premiados com viagens, três para Bonito (MS) e cinco para África do Sul. 17 N utrição Animal. A Purina lançou sua nova linha de rações (foto) para eqüinos, em junho de 2007, durante dois dos principais eventos do setor no Brasil – Campeonato Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador e Campeonato Nacional da Associação Brasileira de Quarto de Milha. As linhas de produtos Omolene, energia para cavalos atletas, e Potrina, para potros em fase de crescimento, passaram por reformulação e agora contêm substâncias que ajudam na absorção dos nutrientes e facilitam a digestão do alimento, prevenindo cólicas, uma das principais causas de morte de cavalos. Já a linha Corcelina, que é para cavalos de passeio, será reforçada com dois novos produtos: Corcelina Mix, para oferecer mais energia a cavalos que fazem atividades mais moderadas, e Corcelina Reprodução, para éguas de cria e potros que se alimentam em conjunto. Foto: Arquivo Cargill F undação Cargill avalia os programas. Com o intuito de verificar o desempenho das escolas que participam de seus programas, analisar o que pode ser melhorado e sensibilizar sobre a situação educacional no Brasil, a Fundação Cargill visitou 12 cidades e realizou o 1º Encontro com Diretores e Coordenadores Pedagógicos. Os encontros aconteceram no primeiro semestre de 2007 e, durante quatro horas, os participantes tiveram acesso aos números atuais da educação no Brasil e verificaram o importante papel de cada um para a L aboratório número um. A fábrica de Cacau da Cargill, localizada em Ilhéus (BA), teve o seu laboratório reconhecido como número um do mundo, obtendo proporcionalmente os melhores resultados, conforme avaliação feita em janeiro. A avaliação, chamada de Ring Test, é um programa organizado pela Cargill, na Holanda, para verificar o desempenho dos laboratórios da empresa com relação às análises físico-químicas de produtos derivados de cacau. De 38 análises realizadas, o Brasil está dentro ou acima da média em 37 resultados. Nove laboratórios de cacau participaram do Ring Test no mundo todo. 18 mente pela Cargill, reduz o teor de sódio dos alimentos em até 50%, sem perder o sabor do sal, nos mais variados tipos de produto, como alimentos preparados e comidas congeladas, carnes, sopas, molhos, condimentos e salgadinhos. O sistema atende à demanda crescente de consumidores que necessitam manter algum tipo de controle do consumo de sal. O SaltWise™ possui inúmeras vantagens: o manuseio é similar ao do sal comum; é facilmente solúvel em água; estável sob condições de calor, acidez, desidratação e processos de congelamento e descongelamento. Também é anti-alergênico e atende aos padrões Kosher. Cargill anuncia planos de expansão da capacidade de produção de etanol para 110 milhões de galões ao ano em sua planta de processamento de milho em Eddyville, no estado de Iowa (EUA). O projeto de expansão prevê o aumento da capacidade da planta de 35 milhões de galões ao ano para 145 milhões de galões. No entanto, grande parte da capacidade de produção da fábrica de Eddyville continuará voltada para a fabricação de produtos alimentícios. A construção da nova fábrica está prevista para o começo de 2008, sendo que o início da produção está programado para o final de 2009. D N U M O L O sistema SaltWise™, lançado recente- E D I ndependência pela educação. Depois de um ano, a aliança entre a Fundação Cargill e o Movimento Todos pela Educação continua sólida. A Fundação Cargill filiou-se ao projeto em setembro de 2006 e pretende atingir as cinco metas para garantir e incentivar a educação pública para todas as crianças até 2022, bicentenário da Independência do país. De acordo com os ideais do Movimento, o Brasil se tornará realmente independente quando conseguir uma educação de qualidade. Neste primeiro ano já foram realizadas diversas ações em parceria com a iniciativa privada e pública. Os resultados concretos já podem ser vistos no lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), em reuniões com secretários estaduais e municipais de Educação, na participação na Audiência Pública no Senado Federal sobre Educação Brasileira, no encontro com deputados federais para discutir a formação de uma Frente Parlamentar da Educação, na participação da 24ª Conferência de Radiodifusão da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), na parceria com a ONG Atletas Pela Cidadania e na realização, em parceria com o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), do encontro entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e representantes do investimento social privado no Brasil. P Entre as 50 maiores da região Sul, a Seara está presente no 20º lugar. foi escolhido pelo governo americano para ser um dos representantes do setor privado norte-americano no Fórum EUA-Brasil de Executivos-Chefe. O fórum reúne empresários americanos e brasileiros com o objetivo de buscar alternativas para estreitar os laços econômicos entre os dois países. Os executivos deverão reunir-se duas vezes ao ano alternadamente no Brasil e nos Estados Unidos. O fórum é uma oportunidade para os participantes falarem diretamente às autoridades americanas e brasileiras, apresentando formas de melhorar as relações econômicas entre as duas nações. Os representantes do governo brasileiro serão Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, e Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O Greg Page, presidente e CEO da Cargill, E S T A Q U E S V alor 1000. O jornal Valor Econômico divulgou o anuário Valor 1000 - Maiores Empresas, edição 2007, contendo os dados das empresas referentes ao ano calendário de 2006. Nele, a Cargill Agrícola, com receitas líquidas de R$ 10,147 bilhões, foi apontada como a maior empresa do setor de Alimentos, segundo o critério de receitas líquidas. No ranking geral, a Cargill ficou com a 15ª posição. A Mosaic Fertilizantes também está contemplada, na 194ª posição, e a Seara Alimentos, na 144ª posição. Descanso mais que merecido Pensando em auxiliar seus executivos a programar a “parada” e, realmente, curtir a vida com tranqüilidade depois de anos de dedicação ao trabalho, a Cargill criou, em 2001, o Pós-Carreira. O programa é voltado a todos os profissionais que possuem cargo de gerência e tem como objetivo auxiliá-los a planejar essa nova fase de vida. “É o momento em que a pessoa perde o sobrenome Cargill, prepara seu sucessor e tem orientação de consultores regularmente”, explica Álvaro Camassari, gerente de Previdência e Cooperativa. O programa pode durar de 18 a 24 meses, quando são feitas reuniões abordando temas sobre orçamento familiar, saúde na terceira idade, entre outros. Por todas essas razões, preparar-me para essa transição não está sendo fácil. O processo de sucessão foi discutido por mais de cinco anos. Encontramos alguém no mercado para me substituir e decidimos que o processo de transição acabaria em dezembro. Não é novidade para ninguém que sempre vou estar a postos para o que a empresa precisar. Tenho pensado muito em levar a vida de modo mais leve, com menos compromissos. Vou me dedicar ao estudo de música, uma paixão antiga que agora quero assumir de verdade. Em 1973, cheguei até a gravar um disco com músicas que compus. Hoje quero retomar esse antigo sonho. Tenho composições que desejo rearranjar e muitos livros, filmes, shows que eu não pude assistir e agora posso. Tudo por prazer! Quero ser mais dono do meu tempo, viajar mais e estudar assuntos apenas para satisfazer a curiosidade intelectual. A vida inteira procurei seguir rigorosamente a parti tura, agora está na hora de começar a improvisar. Bellini Tavares de Lima Neto, 59 anos, sendo 37 dedicados à carreira desenvolvida na Cargill, preparouse para entrar nessa fase. O diretor do Departamento Jurídico freqüentou alguns encontros que o ajudaram a identificar o que gostaria de fazer depois de aposentado. Bellini confessa que no início se assustou um pouco com as mudanças, mas agora já planeja seus dias. O que deseja, agora, é levar a vida menos a sério. ” 19 S N E G A N O S R Minha história confunde-se com a da companhia. Dos seus 42 anos de estrada no Brasil, estive com ela em 37. Participei da operação que resultou na primeira produção de óleo de soja da companhia, o óleo Veleiro; da compra da primeira fazenda de laranja em Bebedouro (SP); xeretei em um semnúmero de compras e vendas, inícios e términos de operações. Aqui construí toda a minha vida profissional e pessoal. Fiz grandes amigos que levarei comigo eternamente. E “ Cheguei na Cargill garoto, com 22 anos, em 1970, como auxiliar de advogado. Meu sonho era viver de música e, confesso, não tinha muita vontade de seguir a carreira jurídica. Entretanto, com o tempo, fui me apaixonando pelos desafios da profissão. Foi na Cargill que conheci minha esposa, a Regina, que trabalhava como secretária. Em 1976 nos casamos e com ela tenho três filhos: Andréa, Ricardo e Clarissa. epois de décadas de dedicação ao trabalho, vem o merecido descanso, a tão esperada aposentadoria. Entretanto, para muitos, o que poderia ser a realização de um sonho, torna-se um pesadelo quando a transição não é bem planejada em dois aspectos: o financeiro e o psicológico. Depender apenas da aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo, pode significar viver abaixo do nível de vida desejado. É por isso que muita gente está optando pelos planos de previdência privada, uma alternativa eficiente para a questão financeira. Resolvido o problema do bolso, o que fazer com o tempo livre? P D Bellini Tavares Conheça a história de quem está encarando a aposentadoria como uma fase tão interessante quanto o início da carreira ��������������������� ���������������������������� ����������������� ��������������������������� ANÚNCIO ����������������������������������������������������������������������������������������������������� ������������������������������������������������������������������������������������������������������ ������������������������������������������������������������������������������������������������������� ��������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������� ����������������������������������������������������������������������������������������������������������� ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������� ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������
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