Texto Integral - Câmara Municipal de Taubaté
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Texto Integral - Câmara Municipal de Taubaté
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº /2016 Concede a Comenda “Jacques Félix” professora Amélia Costalonga Varejão. a TRAMITAÇÃO A CÂMARA MUNICIPAL DE TAUBATÉ decreta: Art. 1º Fica concedida a Comenda “Jacques Félix”, instituída pelo Decreto Legislativo nº 38/96, a professora Amélia Costalonga Varejão. Art. 2º As despesas com o cumprimento deste Decreto Legislativo correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 3º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Plenário “Jaurés Guisard”, 14 de abril de 2016. Vereador Prof. JEFERSON CAMPOS - PV PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº /2016 JUSTIFICATIVA AMÉLIA COSTALONGA VAREJÃO Nascida em 28.06.1916 na fazenda Paraíso – município de Cachoeiro do Itapemirim/ES Quando veio para Taubaté: 29 de março de 1966 Profissão Exercida: Professora de Português Seu Pai: Basílio Costalonga Sua Mãe: Paschoa Dezan Costalonga Residência: Rua José Dias de Carvalho, 215 – Jardim Russi Foi casada por 66 anos com Félix Vieira Varejão, falecido em 12/10/2006. O que pesou na decisão de mudar da cidade de Ibiraçu-ES para Taubaté em março de 1966, foi a possibilidade de dar continuidade aos estudos dos filhos, uma vez que aqui havia faculdades, não precisando deslocar nenhum deles para longe, como aconteceu com meus irmãos mais velhos. Dentre várias opções, escolheu Taubaté por considerá-la ideal para viver e educar os filhos. Assim transferiu-se e trabalhou como fiscal federal na coletoria desta cidade. Quando chegou em Taubaté, já estava aposentada como diretora ginasial e próxima de completar 50 anos de idade. Trouxe em sua bagagem uma participação ativa e marcante no Espírito Santo, com muitas campanhas entre elas a construção do Seminário Comboniano, único existente fora da Itália. Todo seu trabalho dentro e fora da Escola foi reconhecido pela Câmara Municipal de Ibiraçu que em 1979 a homenageou dando seu nome há uma rua daquele município. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº /2016 Aqui em Taubaté ela teve interesse em continuar lecionando, mas seu diploma do ES não foi considerado válido, mesmo com o reconhecimento vindo do Ministério da Educação. Então resolveu prestar o vestibular, ingressando na Faculdade de Letras em 1967 como a aluna mais idosa do curso. Durante o período da faculdade, ministrou aulas de português na Escola do Comércio, Diocesano e Anchieta. Ao concluir o curso superior em 1970, prestou e passou em 4º lugar no concurso do Estado, tornando-se professora efetiva, lecionou no Ginásio João Alves até 1978. Depois foi ministrar suas aulas de português no Ginásio Estadual Antonio Magalhães Bastos, onde permaneceu até sua aposentadoria compulsória aos 70 anos. Toda essa dedicação lhe rendeu outra justa homenagem, a partir de então a biblioteca do Ginásio Estadual Antonio Magalhães Bastos passou a ser chamando “Biblioteca Amélia Costalonga Varejão”. Sua preocupação sempre foi de ensinar muito bem a língua portuguesa, deixando na memória de seus alunos uma atuação marcante, competente exercida com autoridade baseada no respeito e na disciplina. Ainda hoje ex-alunos são unânimes em dizer que foram beneficiados pelos conhecimentos adquiridos e pela postura de mãe que ela sempre adotou para ensiná-los e educá-los, considerando-a uma grande mestra. Apesar de aposentada por duas vezes, continuou estudando e se aperfeiçoando. Estudou Esperanto, italiano e Francês até os 90 anos. Dona Amélia considera o saber um direito sagrado, tornando-se, por isso, uma grande incentivadora dos estudos, em sua atuação como mãe, professora e cidadã. Logo que chegaram à Taubaté incentivou seu marido a ajudar a formar um Grupo Escoteiro na cidade, assim em 24/09/1967 o Sr. Félix Vieira Varejão foi eleito o primeiro presidente do Grupo Escoteiro Amizade. Dona Amélia sempre entendeu seu grande papel social, desta forma, não mediu esforços para levar conhecimentos e desenvolver atitudes éticas e favorecendo a inclusão social, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº /2016 enfatizando a importância do respeito às minorias, com consequente melhoria na qualidade de vida para todos aqueles que estivessem sob sua responsabilidade. Hoje perto dos seus 100 anos de idade já com reflexo natural desta proeza, sua memória lhe trai, mas tem ainda muitos momentos de lucidez e cheia de vontade para viver. Segundo ela, a receita para tudo isso é manter-se ocupada com bons afazeres e boas leituras. Palavras de Félix Varejão (Filho): “Dona Amélia trabalhou a vida inteira e ainda teve onze filhos para cuidar, dessa turma sou o décimo e agradeço-lhe sempre a oportunidade pela vida, pois sei que no mundo atual, minha chance de estar aqui seria quase nula, uma vez que as famílias são formadas por um número bem reduzido de filhos. Em minha monografia escrevi e aqui eu repito, mãe eu que tenho o maior orgulho de ser seu filho: - Mãe, você é o espelho para mim!” Formação – Amélia Costalonga Varejão: Estudou do primário até formar-se como professora normalista sempre no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora – “Colégio Carmo” – Vitória, de 1924 a 1934; - Faculdade de Letras na Universidade de Taubaté/SP, de 1967 a 1971 (*); - Fez mais de 50 cursos na área de educação; - Estudou Italiano, Francês e Esperanto. (*) Realização de um sonho que a muito nutria. Atividades no magistério: - Lecionou no curso primário do Colégio Carmo de 1935 a 1936 inclusive; - Lecionou no curso primário na Fazenda Louzada – Rio Novo do Sul nos anos de 1937 e 1938; - Transferida para Palmeira (município de Itaguaçu) em 1939, onde lecionou até 1942. A partir daí, casada com Felix Vieira Varejão, transferiu-se para os seguintes lugares onde também lecionou: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº /2016 - Figueira de Santa Joana (hoje Itarana) em 1942 até 1943 inclusive; - Fundão, de 1944 a 1946; - Santa Teresa de 1946 a início de 1954; - Vitória de 1954 a outubro/1955; - Ibiraçu de 1955 a março/1966; - Taubaté de 1966 a 28 de junho de 1986 quando se aposentou compulsoriamente ao completar 70 anos. Atividades em Ibiraçu: Além do Grupo Escolar Francisco Santos, onde foi professora, diretora e delegada de ensino, lecionou língua portuguesa no Ginásio Nossa Senhora da Saúde. Teve participação ativa em várias atividades assistenciais junto à paróquia, visitando comunidades carentes, auxiliando na distribuição de alimentos e roupas e na organização da principal festa religiosa da cidade. Junto com um grupo de senhoras, prestou diversos serviços ao seminário no início de seu funcionamento. Plenário “Jaurés Guisard”, 14 de abril de 2016. Vereador Prof. JEFERSON CAMPOS - PV
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