projeto_politico_pedagogico - EE DO CAMPO DE BARRA DO
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1 ESCOLA ESTADUAL DE BARRA DO LONTRAENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SALTO DO LONTRA, NOVEMBRO DE 2010 2 ÍNDICE 1- APRESENTAÇÃO...........................................................................................................04 2- IDENTIFICAÇÃO...........................................................................................................06 2.1- Histórico da Comunidade.........................................................................................06 2.2- Histórico da Escola....................................................................................................07 2.3- Caracterização do Atendimento …..........................................................................09 2.4 - Quadro Geral de Pessoal..........................................................................................09 2.5- Organização do Espaço Físico..................................................................................10 3- FILOSOFIA DA ESCOLA..............................................................................................11 4- OBJETIVO GERAL DA ESCOLA...............................................................................11 5-MARCO SITUACIONAL .............................................................................................12 5.1 – Realidade Educacional ….......................................................................................14 6- MARCO CONCEITUAL .............................................................................................17 7- MARCO OPERACIONAL ...........................................................................................23 7.1- Gestão Democrática...... ............................................................................................24 7.1.1- Organização da Hora Atividade....................................................................24 7.1.2 – Reuniões Pedagógicas...................................................................................24 7.1.3 – Conselho Escolar …......................................................................................24 7.1.4 – Conselho de Classe …...................................................................................25 7.1.5 – Eleição de Representante de Turma ….......................................................26 7.1.6 – Eleição do Diretor …....................................................................................26 7.1.7 – Escolha do Professor Regente ….................................................................29 7.1.8 – APMF …........................................................................................................29 7.1.9 – Grêmio Estudantil …....................................................................................30 7.1.10 – Educação Inclusiva ....................................................................................30 7.1.11 – O Uso das Tecnologias …...........................................................................31 7.1.12 – Educação do Campo …..............................................................................32 7.1.13 – Estágio não obrigatório ….........................................................................33 7.1.14 – Gestão Financeira de Recursos ….............................................................34 3 7.1.15 – Avaliação e Recuperação ….......................................................................34 7.1.16 – Articulação com a Família …....................................................................35 7.2 – Matriz Curricular …...................................................................................................36 8- LINHAS DE AÇÃO..........................................................................................................37 9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................39 10.0 – ANEXOS....................................................................................................................40 4 1. APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Pensar coletivamente a construção do Projeto Político Pedagógico da escola pressupõe a superação das relações de poder instauradas na organização do trabalho escolar e a construção de práticas democráticas que contribuem para uma educação de caráter transformador. O Projeto Político Pedagógico da escola deve ser entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhorar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola. Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares. A escola preocupa-se utilizar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações do interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça e hierarquiza os poderes de decisão. A ampliação da participação também contribui para a construção de novas formas de organização escolar, cuja finalidade é assegurar iguais possibilidades de acesso dos bens materiais e culturais. O Projeto Político Pedagógico é a construção coletiva da identidade da escola pública e popular, democrática e de qualidade para todos. Ele define uma concepção de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino, aprendizagem e avaliação articulada à dimensão político-pedagógica de produzir uma concepção de educação e sociedade democráticas. 5 Além de promover espaços de discussão, a construção do PPP revela e explicita reflexões e propostas acerca das dimensões política, filosófica, sociológica, antropológica, psicológica e pedagógica da educação. Por isso, o presente projeto tem o objetivo de decidir coletivamente, e reforçar na escola as finalidades e metas para se atingir a almejada cidadania, partindo de uma visão crítica e da necessidade de conhecer a realidade escolar para sanar possíveis problemas com alternativas propostas pelo grupo. 6 2. IDENTIFICAÇÃO 2.1. Histórico da Comunidade A Comunidade denomina-se Barra do Lontra, porque o Rio Lontra atravessa a Comunidade por 3 Km, desaguando ao final do Rio Jaracatiá. A Comunidade de Barra do Lontra começou a existir por volta do ano 1950. Nesse período vieram para este local famílias advindas de Bom Sucesso do Sul, Renascença e Marmeleiro, influenciadas pela abundante quantidade de caça que existia nesta região. Outras famílias vieram pelo fato de que as terras não possuíam donos, pois pretendiam ter uma criação de suínos, que era o principal produto de comercialização da época. Os donos destes terrenos eram chamados de safristas, pois derrubavam a mata para plantarem milho, o qual serviria de alimento para os porcos. Estes eram tocados por trilhos para serem vendidos em Francisco Beltrão, pois não existiam estradas. Os transportes eram feitos por carroças, charretes e cargueiros de cavalos. Na época, não existiam casas, somente palhoças das pessoas que vinham acampar até construírem suas casas, as quais eram feitas de madeira lascada. Os moradores cultivavam milho, feijão, arroz e batata-doce. Também nesse período não existia igreja, então construíram um Capitel de madeira lascada, onde eles se encontravam para rezar. O capelão era Pedro de Boni. Depois de seis anos os moradores Mauricio e Ricieri Carenhatto, Aristides e Manoel Meirinho, construíram uma igreja de tábua lascada, que foi inaugurada em 08 de fevereiro de 1960, com missa rezada pelo Padre Lourenço, de Dois Vizinhos. O primeiro ministro foi Maurício Carenhatto e a primeira catequista Vercedina Carenhatto. A primeira estrada surgiu na comunidade depois que uma menina morreu por não ter estrada e recursos para chegar rapidamente ao hospital. Atualmente as estradas são mais favoráveis e os moradores já tem casas de madeira ou alvenaria. Eles são, em sua maioria, agricultores. Plantam feijão, milho e soja, mas a principal atividade dos pequenos proprietários é o plantio de fumo. Alguns têm criação de porcos e aviários. Os problemas sociais, em sua maioria são ocasionadas pela baixa renda das famílias. 7 O lazer se restringe à festas e bailes promovidos pela comunidade e também encontro de jovens e jogos de futebol. 2.2-Histórico da Escola A Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental começou a existir em 1981, pois a comunidade de Barra do Lontra progredia, necessitando dessa forma de curso ginasial, para que os educandos tivessem a oportunidade de continuar seus estudos na própria comunidade não precisando assim se afastarem da família. As famílias que aqui residiam sentiam a necessidade de terem uma escola onde fosse ofertado o ensino de 5ª a 8ª séries. Para isso organizaram-se e foram em busca dessa necessidade. Após muitas discussões e empenho foi autorizado o funcionamento da Escola Municipal Presidente Carlos de Lima Cavalcante – Ensino de 1º Grau, através do Decreto nº 005/82 de 26 de agosto de 1982 e era mantida pela Prefeitura Municipal de Salto do Lontra. Após muita luta dos moradores, foi autorizado o funcionamento da escola, sendo denominada de Escola Municipal Presidente Carlos de Lima Cavalcante – Ensino de 1º Grau. No início de sua história, funcionava em um pavilhão de madeira, usava-se somente a parte de cima, era ofertada somente a 5ª série, e contava com 59 alunos; os primeiros professores foram Luiz Pedroso e Ivonete Telles, os quais ministravam aulas de todas as disciplinas. As demais séries foram sendo ofertadas gradativamente. Em 1984, a comunidade já contava com 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. Nessa época a parte de cima do salão já era insuficiente para abrigar todos os alunos, então passou-se também a usar a parte debaixo. Os pais se reuniram, cercaram a parte debaixo com tela e o chão era de terra. Em 1985, na gestão do Prefeito Nelsi Maria foram construídas duas salas de aula em 8 alvenaria. Nesse período duas turmas eram atendidas nas novas salas e duas continuavam no pavilhão da igreja. Na gestão do prefeito João Maria de Liz, a Secretária Municipal de Educação, senhora Lurdes Bérgamo, se empenhou e foi em busca da Estadualização de todas as escolas municipais de 5ª a 8ª séries existentes no município. Isso parecia um sonho impossível, porém não foi, pois através da Resolução nº 471, de 27 de fevereiro de 1991 a escola passou a denominar-se Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino de 1º Grau, e em 24 de junho de 1992, através da Resolução nº 1672/92 a mesma foi reconhecida. No ano de sua estadualização os professores eram os seguintes: Carla Rodrigues: Ciências; Dalva Warmling: Português; Janes Eletra Serafini: Matemática; Kátia Bonin: Educação Física, Educação Artística e OSPB; Roseni G. Toscan: Matemática; Santina Gaspar – Inglês; Zenaide F. Marafon – Geografia e História; Zenil Warmling Borghesan: Português; Passaram pela direção desta escola: Zenaide Mensor: 1991; Zenil Warmling Borghesan: 1992-1997; Maria Bernardete O. A. de Santi – 1998 a 2000; Juçara Maria C. Libardi: 2001; Vera Aparecida Koerig: 2002 Vanessa Rachelle- 2007 a 2008 Adriana Aparecida Zanardi Sanzovo- 2009 a 2011 9 A Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino de 1º Grau passou a denominar-se Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental através da Resolução Secretarial nº 3120/98 do DOE de 11/09/1998. Atualmente, denomina-se Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental e está localizada na comunidade de Barra do Lontra, a 12 quilômetros da sede do município. Funciona em prédio estadual e é mantida pelo Governo do Estado do Paraná, sendo assessorada pela SEED e Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos. A mesma oferta as séries finais do Ensino Fundamental, divididas em quatro turmas: 5º,6º,7º e 8º, todas no período matutino. 2.3-Caracterização do Atendimento A Escola Estadual de Barra do Lontra - Ensino Fundamental, funciona no turno matutino. A escola possui quatro turmas, sendo respectivamente, uma 5ª série, uma 6ª série, uma 7ª série e uma 8ª série. Totalizando dessa forma quatro anos com duzentos dias letivos previstos no calendário escolar aprovado anualmente pelo NRE, dividido em quatro bimestres sendo quatro horas diárias e cinco aulas. 2.4- Quadro Geral de Pessoal O quadro geral de pessoal é habilitado para o exercício de suas funções e constantemente participa dos cursos oferecidos na Formação Continuada. Atualmente o quadro de docentes é constituído por 10 (dez) professores, sendo que na disciplina de Matemática e Ciências com 02 (dois) professores regentes e nas demais 01 (um ) professor regente para cada disciplina. Temos 01 (uma) Diretora Graduada em Educação Física e Pós graduação em Educação Especial, 01 (uma ) Professora Pedagoga com Graduação em Pedagogia e Pósgraduação em Educação de Jovens e Adultos, 01 (um) Agente Educacional II com Graduação em Economia Doméstica e Cursando p Pró Funcionário e 02 Duas) Agentes Educacionais I com Ensino Médio Completo. NOME Adriana A. Z. Sanzovo Anagilda P. Galvan Andréia I. Zanardi Douglas Colaço Edinalva R. M. Veroneze Emerson C. Stepaniack Letícia Pickler Mª Bernardete O. A. Santi Maria O. Ribeiro Neiva Rosa Nerli L. F. Coelho Neudete F. Bernardi Roseclea Carpenedo Sidnei Coelho Diane Sumensi FUNÇÃO Diretora Professora Professora Professor Professora Secretário Aux.Serv.Gerais Professora Agente I Professora Pedagoga Professora Professora Professor Professora FORMAÇÃO Educ.Física e Pós Graduação História e Pós -Graduação Arte- Pós Graduação Geografia – Pós-graduação Química – Pós -graduação Sup.Incompleto 2º Grau Incompleto Português – Pós- Graduação 2ºGrau Completo Matemática- Pós-graduação Pedagogia –Pós-graduação Matematica –Pós-graduação Matemática – Pós -Graduação Educ. Física- Pós Graduação Inglês –pós graduação 10 VÍNCULO QPM QPM PSS PSS QPM QPM PSS QPM QPM QPM QPM PSS QPM PSS QPM 2.5– Organização do Espaço Físico A Escola é formada por três blocos sendo integrados por corredores parcialmente cobertos, sete salas das quais: -Salas de aula: 04; - Biblioteca e Sala de vídeo (junto): 01 -Sala para Educação Física: 01; -Sala de Professores: 01; - Secretaria: 02 (01 de pré a 4ª série e 01 de 5ª a 8ª série); -Cozinha: 01 - Banheiros:- Alunos: 04 feminino e 03 masculino; - Professores: 01; Almoxarifado: 02. OBS: Um almoxarifado é usado para material de limpeza e arquivo morto. Outro é para guardar carteiras, cadeiras e demais materiais que não são usados. Não temos saguão coberto e a quadra é da comunidade, não da escola. 11 3- FILOSOFIA DA ESCOLA “Educar com qualidade, preparando para a vida.” 4. OBJETIVO GERAL DA ESCOLA Proporcionar o desenvolvimento integral do educando nas áreas formativa, social e pedagógica, criando condições para que possa assumir responsabilidades e exercer seus direitos e deveres de forma participativa na sociedade, respeitando as diferenças individuais dos mesmos. 12 5- MARCO SITUACIONAL Partindo do pressuposto de que, segundo a LDB, a educação é um direito de todos e um dever do Estado, a Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental, esta baseada no objetivo de realmente proporcionar aos educandos, de acordo com suas condições físicas e quadro geral de professores, uma educação de qualidade. Dessa forma, percebemos uma evolução significativa no que diz respeito ao quadro geral de pessoal, pois hoje podemos contar com a grande maioria dos professores com graduação e especialização em sua área de conhecimento. Da mesma forma os agentes educacionais tem formação equivalente ou além da exigida para a função que exercem. Diante da situação de que a Formação Continuada é um momento de estudo de cada realidade escolar, faz-se necessário que esse trabalho seja coletivo, porém os professores exercem suas atividades em mais de um estabelecimento de ensino, eles portanto optam por um único estabelecimento, dificultando a base do trabalho coletivo. A porcentagem de aprovação é significativa, porém poderia ser maior perante o número de alunos que a escola atende. Essa situação, acreditamos que se dá pelo desinteresse da maioria dos alunos e o fato da comunidade apresentar dificuldades, tanto de desenvolvimento financeiro como cultural. Assim, a escola pouco pode contar com o apoio e a participação dos pais. Para buscarmos resolver esse problema, procuramos desenvolver trabalhos como reuniões pedagógicas na escola envolvendo alunos, pais, professores,direção para incentivar os estudos e principalmente a valorização da educação. Contudo, nosso trabalho se limita a pouca participação dos convidados. E para mantermos os alunos que são regularmente matriculados frequentando a escola, a direção, a equipe pedagógica e os professores nas horas atividades atendem os alunos, buscando despertar um maior interesse quanto à aprendizagem sanando as dúvidas possíveis individuais. Esse espaço também é usado para os professores aperfeiçoarem seus conhecimentos através da leitura, preparação de aulas, atendimento a pais, conversas pedagógicas. Ressaltamos a possibilidade de melhoria da ocupação desse tempo com a implantação das novas tecnologias na escola, sendo as Tvs Pen-drive, o laboratório do Paraná Digital com acesso a internet e os pen-drives que foram disponibilizados para cada professor, enfim, é um tempo na escola destinado à melhoria da 13 educação. No entanto, não temos tela para o retro-projetor nem data-show, porém as maiores dificuldades que a escola encontra é na falta de uma quadra de esportes coberta o que não permite a boa realização das aulas de Educação Física. A outra dificuldade está ligada a falta de espaço físico, pois não dispomos de sala para orientações pedagógicas e refeitório. Se faz necessário ainda a disponibilidade de uma sala ambiente para o desenvolvimento das diferentes atividades que a escola propõe como, apresentações, aulas de leitura, reuniões de pais, etc. A escola não dispõe ainda de linha telefônica própria, a qual dificulta a comunicação, principalmente entre a escola X documentador e escola X NRE,pois nem sempre o orelhão próximo à escola funciona. Portanto, ressaltamos novamente que nossa escola está inserida numa realidade que apresenta muitas dificuldades financeiras, com famílias totalmente desestruturadas que causam problemas emocionais em nossos alunos, como o desinteresse e a falta de concentração. Enfim, para nós cada dia de trabalho é uma vitória, porque ainda conseguimos trazer os alunos para escola e principalmente estamos conseguindo cumprir com nossa missão de ensinar, e mais que isso, torná-los indivíduos sensíveis, gentis, educados e admiradores das pequenas coisas da vida. Estes são os principais desafios da Escola Estadual de Barra do Lontra- Ensino Fundamental, os quais procura-se superar através do comprometimento dos profissionais no seu exercício diário das atividades, através de um planejamento bem elaborado, tendo em mente a turma pela qual se está planejando, procurando adequar conteúdos e metodologias coerentes e diversificadas, utilizando recursos variados e adequados à realidade concreta dos alunos. 14 5.1- Realidade Educacional Ao longo do tempo, as sociedades apropriaram-se da natureza transformaram os recursos, criando espaços, onde se desenvolvem as relações sociais. Na história da humanidade, essas sociedades, criaram profundas diferenças entre os povos onde alguns dominaram e exploraram segundo seus próprios interesses, estabelecendo assim novas relações. Vivemos atualmente uma nova etapa de desenvolvimento, onde a ciência e a tecnologia tornam-se instrumentos valiosos para o desenvolvimento das sociedades humanas. As complexas mudanças em curso na modernidade, marcadas pelo processo de globalização econômica e cultural, exigem novas dinâmicas de interação social, sublinhadas por reflexões críticas acerca dos paradigmas atuais e das práticas sociais que tem surgido. Um dos efeitos desse processo de mudanças, principalmente nas ultimas décadas é a reestruturação do papel da educação em especial da educação escolar. Neste final de milênio, os dividendos das importantes descobertas e dos progressos científicos da humanidade, convivem com o desencantamento e a desesperança aliados por problemas que vão do desemprego e do fenômeno da exclusão, inclusive nos países ricos. O aumento das interdependências entre nações e regiões, contribui para colocar em foco os diferentes desequilíbrios entre pobres e ricos, convivendo com dimensões diferentes, onde se faz necessário, apesar das contradições, a aprendizagem da convivência no planeta e em especial nas comunidades naturais. Percebe-se assim, que diante de toda essa realidade, está a escola, estão os jovens que atualmente não possuem mais somente a liberdade de ensino e sim, o Direito de Aprender, pois a Declaração Mundial sobre Educação para todos (Jomtiem -Tailândia) destaca que toda pessoa deve poder se beneficiar de uma formação às suas necessidades educativas fundamentais. Vê-se, pois que a educação está em pauta nas discussões mundiais, discutindo a papel essencial, que ela desempenha no desenvolvimento das pessoas e das sociedades, assumindo funções cada vez mais complexas. O enfoque educacional está em evidência também no Brasil, pois este sem dúvida 15 está inserido no contexto mundial. Nos mais diversos âmbitos ligados à educação brasileira, há debates e reflexões, apontando novas perspectivas para educação, participando também de reflexos mundiais, podendo citar a “Declaração de Nova Delhi”. Internamente o Plano Decenal de Educação para todos (1993 a 2003) estabelece diretrizes voltadas para o Ensino Fundamental. Cabe destacar aspecto legal da LDB – Nova Lei da Educação nº 9394/96, que estabelece e legitima os princípios básicos de uma educação para todos. A taxa de analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. No ano passado, a taxa foi de 9,7% da população, um total de 14,1 milhões de pessoas, contra 11,5% em 2004. Em 2008, a taxa foi de 10%. A meta do Brasil, definida em um acordo estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é chegar à taxa de 6,7% de analfabetismo em 2015. Vê-se com clareza, alguns indicadores positivos no aspecto educacional, apesar de que teoricamente em termos de avanços, as transformações educacionais acontecem de maneira bastante lenta. De um lado o progresso material convive com a injusta distribuição de renda, impossibilitando assim, o desenvolvimento social, comprometendo a solidariedade entre os indivíduos, fazendo com que a verdadeira cidadania e a socialização real do conhecimento, estejam cada vez mais distantes. Neste contesto, vê-se que a educação, e no caso mais específico, a educação brasileira, está reservado um papel fundamental, buscando equacionar situações conflitantes, em nível de oportunidades, para influenciar, na formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, para atuarem com competência, dignidade e responsabilidade, nas comunidades em que estão inseridos. Vê-se a escola como local de mediação e reciprocidade de conhecimento, promovendo aos educandos condições de participar, cooperar, analisar, pesquisar e questionar. No espaço educacional paranaense, vê-se a mesma realidade que se apresenta a nível de Brasil . 16 As lutas em torno da universalização de ensino estão se tornando realidade, em especial, no âmbito de discussões e reflexões. Teoricamente a preocupação dos profissionais da educação é crescente, porém há grandes distorções entre a teoria e a pratica, onde a verdadeira revolução educacional, ainda não se faz presente. No momento, em nível de Paraná vive-se uma situação privilegiada, onde cada escola está elaborando sua Proposta Curricular e reelaborando o Projeto Político Pedagógico. Cada escola tem, assim autonomia (sempre embasada no LDB 9394/96) de articular seu trabalho, com a prática social, revendo assim sua relação com o conhecimento,objetivando o domínio desses conhecimentos pelos educandos. Em termos gerais, as discussões são amplas, os novos objetivos educacionais, começam a se delinear. Novas posturas estão, sendo exigidas dos profissionais da educação. Novas realidades se apresentam, podendo-se citar a INCLUSÃO, como exemplo, que passa a ser uma meta real. Diante de tantas mudanças, faz-se necessário a busca de parcerias com a sociedade, para juntas darem conta de questões tão polêmicas, e fazer com que realmente o saber escolar possa fundamentar a cidadania. A educação, a nível mundial, está voltada para atender as necessidades do cidadão de uma forma única, em que todos tenham os mesmos direitos e deveres, não havendo, portanto, excluídos, e sim que todos façam parte de uma educação global. Diante desta conjuntura, espera-se que o Brasil contribua para a promoção e integração de todos os brasileiros, lutando contra as exclusões, voltando-se à construção da cidadania como prática efetiva. A comunidade espera que a educação garanta as aprendizagens básica para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas. A educação é, portanto, fundamental para a humanização e socialização do homem. Podemos dizer que se trata de um processo que dura a vida inteira, e que não se restringe à mera continuidade, mas supõe a possibilidade de ruptura pelas quais a cultura se renova e o homem faz a história. 17 Por isso, a educação não deve apenas ser considerada como simples transmissora de valores, mas também como instrumento de crítica dos valores herdados e dos novos valores, que estejam sendo propostos. A educação deve abrir espaços para que seja possível a reflexão crítica da cultura. Considerando a grande importância das reflexões que envolvem os aspectos de ensino aprendizagem a escola busca sempre que possível no momento da hora-atividade realizar discussões, análises e tomadas de decisões quanto aos casos de aprendizagem que envolvem retomadas de metodologias, atendimentos individuais e outros encaminhamentos,pois são casos de grande dificuldades por parte dos alunos. Procura zelar, portanto sempre por bons resultados de aprendizagens tendo o envolvimento de todo o grupo docente,já que neste ano temos recebidos alguns casos de alunos com dificuldades que acabam comprometendo um rendimento com eficácia. Também neste ano temos encontrado dificuldade para lidar com alguns casos de indisciplina . A grande maioria dos alunos apresentam bons resultados de aprendizagens. 6.- MARCO CONCEITUAL Observando as relações entre conteúdos, métodos, contexto sócio cultural e fins da educação constatamos que conteúdo é o conhecimento que é transmitido nas escolas e que são selecionados por educadores de modo a compor um currículo que norteará o trabalho de ensino-aprendizagem. Para tanto, é necessário sabermos que o conhecimento é um processo de construção que ocorre sempre num contexto social e cultural, é baseado na compreensão, é sólido, sustentado pelas informações dos livros e pelas experiências dos sujeitos. Porém, o simples repasse de informações não possibilita uma real aprendizagem por parte do aluno, é necessária a intervenção do professor através de metodologias que propiciem a aquisição do conhecimento, respeitando o tempo que cada aluno tem para aprender e aproveitando o conhecimento que o aluno já possui. Todos os alunos ao chegarem na escola carregam consigo uma bagagem de conhecimentos, que muitas vezes não foram adquiridos na escola, mas que fazem parte do contexto sócio-cultural no qual este aluno está inserido, sendo assim, alunos provenientes de 18 diferentes espaços sociais trazem uma grande diversidade de conhecimentos que podem e devem fazer parte do processo educacional, relacionando esses conhecimentos com os diferentes conteúdos que compõem a proposta curricular da escola. O educador, dessa forma utiliza-se de métodos que integrem as várias informações para que ocorra a efetiva aprendizagem dos educandos, visto que a finalidade da educação é instrumentalizar o ser humano com o conhecimento científico de forma que ele compreenda a realidade social, podendo agir sobre ela. Por isso a educação deve ser pautada no planejamento coletivo e formas de organização pedagógica que se insiram nas relações de poder e saber, questões de gênero, raça, classe social, entre outras. Portanto é necessário organizar de forma racional a informação fragmentada de acordo com o contexto social, por que a escola está inserida na complexidade do mundo social e histórico, e os sujeitos que frequentam a escola são pessoas que nas suas práticas sociais cotidianas se integram com a cultura e a sociedade e aprendem valores que orientam suas ações no mundo. Nesse sentido, pensar a escola democrática exige a presença de sujeitos que marcados pelo sonho, desafiam-se a construir um mundo possível. Os conteúdos mediam o mundo concreto da vivência do educando e o conhecimento científico, definindo conceitos a serem aprendidos. Nessa perspectiva, precisamos superar a dicotomia entre o pensar e o fazer uma vez que as concepções de homem, sociedade, mundo, educação e aprendizagem estão diretamente relacionadas às finalidades dos conteúdos que são organizados para a formação de um projeto de homem e de sociedade desejados. Assim, reportamo-nos a autores e conceitos, que se identificam com o Projeto Político Pedagógico sonhado para a escola. Em relação ao homem, destaca-se que em essência o homem é trabalho, pois pelo trabalho ele se relaciona com a natureza e com outros homens constituindo-se em um ser social. Na concepção dialética é traduzido como “síntese de múltiplas determinações” conforme (Stenhouse, 1975) o indivíduo é um agente ativo que constrói e dá sentido à realidade. 19 Quanto à sociedade, ela é organizada de acordo com interesses comuns e regida por leis nem sempre justas em um mundo capitalista, competitivo e excludente que se organiza conforme seus meios de produção. Para Gramsci “é um palco de luta de classes”. Considerando a citação de Gramsci que fala a respeito da luta de classes, busca-se uma sociedade democrática fundamentada nos princípios da solidariedade, do respeito, do compromisso para a construção de uma vida saudável, alegre e prazerosa, sonhada por todos e, por isso mesmo, também direito de todos, concretizando – se como compromisso político e ético para todos na medida em que cria uma rede de proteção social a partir da democratização do acesso, permanência, gestão e qualidade social da educação. Nesse contexto a educação, dever do estado e direito do cidadão é concebida como valor social que se reflete como instrumento da sociedade para efetivar o processo de formação e construção da cidadania. Para (FORQUIN, 1993) inseparável do conceito de valor de uma ordem e de uma escala de valores não é dar a alguém um treinamento ou uma formação no sentido puramente técnico... é introduzi - los, iniciá-lo, numa certa categoria de atividades que se considera como dotadas de valor, um valor intrínseco, que se liga ao próprio fato de praticá-las, razão da educação/ razão da moralidade. Conforme a teoria Marxista, a prática não pode estar reduzida ao pragmatismo da mesma forma que a atividade educacional não pode ser reduzida ao seu lado prático, pois a teoria é o elemento fundamental dessa atividade, onde a prática é produtiva (trabalho), social (poder) e simbólica (subjetividade cultura). É ao mesmo tempo atividade social e transformadora. No que se refere à aprendizagem, “é a vida, é o desenvolvimento da capacidade humana de pensar” isso acontece baseado nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos, que são reestruturadas diante de novos conhecimentos significantes sejam estes subjetivos ou objetivos. . Esse processo é contínuo e precisa ser realimentado constantemente por meio da retomada de conteúdos e novos encaminhamentos. Enfim, esses conceitos estão intimamente relacionados e não existem no vazio, são determinados pela e determinantes da cultura curricularizada através dos conteúdos. A cultura determina o comportamento do homem e justifica suas realizações. Por isso (SACRISTAN, 1998) afirma que “o currículo é um projeto cultural que a escola torna possível”. Esses conceitos e ideias podem contribuir 20 nas propostas curriculares ,pois possibilita reflexões sobre a intencionalidade dos conteúdos selecionados a partir de uma determinada cultura e das experiências das quais deseja-se que as novas gerações participem. Nesse sentido, o currículo é um instrumento de compreensão do mundo, permeado por relações de poder, conforme (LARAIA 1995) “Tem cunho político-pedagógico” e seus conteúdos e conhecimentos estão em construção permanente. Dentre as novas exigências e expectativas em torno do atual contexto educacional, inegavelmente está o respeito à diversidade social e cultural dos educandos – o respeito às diferenças. A história da educação nos mostra que esta é uma dúvida, uma preocupação contemporânea. No passado pouco se fez concretamente neste aspecto. Prova disso são os inúmeros educandos deixados pelo caminho, os inúmeros analfabetos funcionais, os inúmeros evadidos, reprovados. Sabemos que a diversidade compõe a sociedade brasileira e que esta diversidade tem colaborado para deixar à margem muitas pessoas. Por isso a escola deve estar preparada para além de respeitar, colaborar para que as diferenças assumam papel de relevância onde todos terão direito de buscar e conseguir sua cidadania. Precisamos fazer da diversidade, da diferença um recurso de ensino porque se são iguais, todos podem aprender. A ‘’diferença’’ deve ser preocupação constante dos educadores empenhados em uma educação transformadora. Educar diferentes, requer uma pedagogia diferenciada e sustentada em dois pilares: o primeiro construído no conhecimento das necessidades, das formas de aprender e das dimensões psicológicas, materiais e socioculturais dos alunos. O segundo é a identificação positiva com o “diferente’’. Portanto cabe a escola a aos profissionais que nela atuam, conhecer e analisar estes dois pilares para a partir deles poder propor uma educação que não despreze o diferente e não se justifique por tratamentos discriminatórios, visto que a sociedade já é discriminatória por essência. A ânsia de aceitar a diversidade, o diferente não pode ser confundida com o 21 relativismo pedagógico. Quaisquer que sejam as diferenças os alunos precisam aprender determinados conteúdos e construir competências para viver a cidadania plena. Entendida desta maneira percebe-se que os alunos vêm para a escola aprender justamente aquilo que sua cultura e condição de vida não conseguiu ensinar. É na diversidade que há crescimento e é por termos alunos tão diferentes que precisamos inventar diferentes modos de ensinar não esperando que todos sejam iguais, mas que suas diferenças individuais sirvam de alicerce na busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Para que isso aconteça é imprescindível a articulação das áreas do conhecimento com o contexto histórico – social refletindo sobre qual a utilidade dos conteúdo? Para que aprende-lo? Para a aprendizagem ser significativa deve-se iniciar quando os alunos dizem o que sabem sobre o tema da aula e o que gostariam de saber a mais sobre esse conteúdo. Para ser significativa é necessário a clareza, a coerência, atualização e a contextualização de conhecimento, para que este não seja apenas um repasse de ‘’cima para baixo’’. Assim, espera-se que os alunos passem a questionar o conhecimento que vão aprender, interessem-se por suas múltiplas dimensões, desejem saber o sentido que tal conhecimento tem para sua vida e para a solução dos problemas sociais. Passam, então, a apropriar-se dos conteúdos e dos processos pedagógicos que respondem aos desafios presentes e vitais daquele momento. Nesta fase, o professor, trabalhará com os alunos, explicando, comunicando conhecimentos, fazendo perguntas, corrigindo e permitindo-lhes dar sua explicação. É dessa forma que eles se defrontam com o objeto sistematizado do conhecimento. Os alunos terão, depois, o prazer de mostrar o que de fato aprenderam para sua vida. Integrarão o novo conhecimento com o que já possuíam anteriormente, construindo uma nova totalidade concreta, unindo o cotidiano e o científico, elaborando e expressando a nova síntese a que chegaram. Podem então, retornar à prática social com novas propostas de ação a partir do conteúdo aprendido. No que se refere a objetivos de ensino inclui-se tanto os do domínio cognitivo como do afetivo e para ocorrer a aprendizagem é atribuído papel relevante ao professor, na instrução; ou seja, a importância da imitação como parte integrante da aprendizagem significativa para construir uma argumentação consolidada, justificando o papel da imitação 22 na construção do saber científico do aluno. Essa colocação causa surpresa, pois no ambiente educacional, repudia-se a imitação como um procedimento mecânico, nocivo, incapaz de engendrar aprendizagem significativa. Ao contrário disso, argumenta-se que a imitação põe o aluno em contato com a herança do saber humano. Ao professor cabe, em conseqüência, criar mecanismos que estimulem o aluno a imitá-lo. O professor, não é apenas um gerador da aprendizagem cognitiva; mais ainda, ele é o paradigma da assimilação de valores morais e éticos. O aluno deve ser o verdadeiro sujeito do currículo – não um instrumento ou um mero destinatário do currículo. Nesse sentido, Vygotsky nos lembra que o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. Assim, a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. O professor tem o papel explicito de interferir no processo, diferentemente de situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultural. Embora processos de aprendizagem ocorram constantemente na relação do indivíduo com o meio, quando existe a intervenção deliberada de um outro ser social nesse processo, ensino e aprendizagem passam a fazer parte de um único, indissociável, envolvendo quem ensina, quem aprende e a relação entre essas pessoas. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos, pois um processo de desenvolvimento não ocorre se não houver situações de aprendizado que o provoquem. O indivíduo não tem instrumentos endógenos para percorrer sozinho, o caminho do pleno desenvolvimento. Não basta o contato com objetos de conhecimento ou estar inserido em ambientes informadores, porque não promove necessariamente o desenvolvimento balizado por metas culturalmente definidas. A intervenção dos membros mais maduros da cultura no aprendizado das crianças é essencial ao seu processo de desenvolvimento. Os procedimentos regulares que ocorrem na escola – demonstração, assistência, fornecimento de pistas, entre outros são essenciais para a promoção de um ensino capaz de promover o desenvolvimento. A intervenção do professor tem, pois, um papel central na trajetória dos indivíduos que passam pela escola. 23 A relação entre educador e educando deve ser de cooperação principalmente por parte do professor, esta postura torna os alunos mais ativos, inventivos, críticos: tomam iniciativas, assumem responsabilidades, se tornam mais autônomos e responsáveis. Fica então claro que, o papel do professor é dirigir o trabalho educativo para estágios de desenvolvimento ainda não alcançados. Ou seja, o trabalho educativo do professor deve impulsionar novos conhecimentos e novas conquistas, pois como Vygotsky nos lembra: '‘o bom ensino não é aquele que incide sobre o que já se sabe ou já é capaz de fazer, (nível de desenvolvimento real), mas é aquele que faz avançar o que já sabe, ou seja, que desafia o aluno para o que ele ainda não sabe, ou só é capaz de fazer com a ajuda de outro (nível de desenvolvimento proximal). Nessa perspectiva a avaliação se constituirá num meio de intervenção visando o melhor aproveitamento do processo de ensino e aprendizagem. Assim, a recuperação dos alunos também é essencial, pois ela compreende um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilite a apreensão de conteúdos básicos. 7- MARCO OPERACIONAL Perante todos os aspectos até aqui apresentados no Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental, pode-se observar várias conquistas, muitas evoluções e também dificuldades que permeiam o nosso trabalho. Dessa forma, procuramos manter sempre uma harmonia em nossa escola, já que é nosso ambiente de relacionamento e de trabalho, para isso contamos com os colegiados que nos permitem usufruir uma cumplicidade verdadeira, proporcionando assim uma ajuda recíproca em todos os aspectos que se referem a discutir, resolver e buscar soluções para tudo o que envolve a escola. A escola que buscamos implica em vivência de valores e que também acompanhe o desenvolvimento científico e tecnológico. Que seja integradora, participativa e ética, consciente da responsabilidade de preparar os educandos para os desafios do mundo e para o 24 trabalho. Sendo assim, acreditamos que a escola deve ter uma gestão democrática, na qual todos devem ter liberdade para sugerir e implantar novas ideias, visando sempre o aprendizado dos alunos. 7.1- Gestão Democrática A gestão democrática deve ser, partilhada e compartilhada, assegur a ampla participação de todos na organização da escola, imbuídos de compromisso cabendo a cada segmento escolar a contribuição engajada para que a escola consiga atingir seus objetivos, tendo como premissa a qualidade do ensino-aprendizagem. 7.1.1- Organização da Hora Atividade Os períodos da hora atividade deveriam ser conjugados para que os professores pudessem trocar ideias sobre metodologias e conteúdos. O tempo destinado para a hora atividade deveria ser maior, pois assim os professores poderiam preparar melhor suas aulas, utilizando-se da pesquisa e da leitura em materiais diversificados. Em nossa escola a hora atividade é cumprida 100% na própria escola, obedecendo o cronograma feito pela direção e acompanhado pela equipe pedagógica. 7.1.2- Reuniões Pedagógicas As reuniões pedagógicas tem como objetivo viabilizar a troca de experiências entre professores, bem como buscar soluções para os eventuais problemas que possam ocorrer. Planejar atividades que ocasionam melhoria na qualidade de ensino, avaliar o desenvolvimento dos projetos que estiverem sendo desenvolvidos na escola, organizar grupos de estudo para aperfeiçoamento dos professores, reuniões para discussões referentes a aprendizagem dos alunos e sobre o andamento das atividades escolares. As reuniões pedagógicas acontecem conforme datas determinadas no calendário escolar. 7.1.3 - Conselho Escolar O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização 25 do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento da Escola/ Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola. Tem função deliberativa, pois se refere à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras. Função consultiva emissão de pareceres. Função avaliativa acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a qualidade social da instituição escolar. Função fiscalizadora refere-se a fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de suas ações. O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-pedagógico, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza. O Conselho Escolar participará de reuniões, encontros para elaboração do PPP, do Regimento Escolar,bem como estará envolvido na tomada de decisões e sugestões de melhoria para o bom andamento do trabalho pedagógico. 7.1.4- Conselho de classe A partir da resolução 2000/91, Art. 27, 28 o conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva em assuntos didático-pedagógicos, com objetivo de avaliar o processo ensino aprendizagem na relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada caso, procurando analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico, evitando a comparação dos alunos entre si. Dessa forma, procuramos desenvolver um conselho de classe democrático no qual discute-se assuntos referentes a todas as turmas, sempre com objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos. Pretendemos realizar ainda um conselho de classe participativo, com a presença dos representantes de turmas e quando possível a participação dos pais, para que todos possam participar da construção de uma educação que venha atender a todas as necessidades dos 26 estudantes. Sendo assim, realizaremos os pré conselhos de classe onde os alunos juntamente com os professores e equipe pedagógica realizarão as reflexões e sugestões necessárias para novos encaminhamentos. E após os pré conselhos e o conselho de classe serão realizados os pós conselhos nas turmas para pôr em prática os novos encaminhamentos, as decisões e sugestões de melhoria para uma educação de melhor qualidade. Como temos somente quatro turmas, com um número reduzido de alunos, aproveitamos também esse tempo para tratarmos assuntos pedagógicos, reflexões sobre a prática dos professores, repasse de avisos, soluções de problemas e dificuldades da escola. 7.1.5- Eleição do aluno representante de turma Antes da eleição da escolha do aluno representante de turma a Direção e Equipe Pedagógica fazem um trabalho de preparação, com o objetivo de preparar e conscientizar os alunos da importância de escolherem seu representante de forma consciente e crítica. A eleição para escolha do representante de turma deve ser democrática, com voto secreto de todos os alunos integrantes da turma, pois o mesmo deve trabalhar em benefício do grande grupo que o escolheu. O representante de turma será o aluno que receber maior número de votos válidos e o segundo mais votado será o vice-presidente. O representante de turma deve ter espírito de liderança e uma grande responsabilidade, portanto com esses alunos será feito um trabalho direcionado, a partir de conversas e questionamentos no intuito de provocá-los para essa responsabilidade e para o comprometimento com a turma, bem como com a escola. 7.1.6 - Eleição de Diretor A Eleição para Direção da Escola ocorrerá a cada 03 (três) anos, segundo as normas emanadas da SEED/PR. A eleição do diretor por si só, já demonstra um avanço no que se refere à questão 27 democrática, por que ela envolve toda comunidade escolar ( pais, alunos, professores e funcionários). Nesse processo todos podem sugerir e opinar para melhoria da escola e efetivação do processo ensino/aprendizagem. Desse modo, segue abaixo o plano de ação apresentado pela Diretora e aprovado pela comunidade escolar, o qual contempla as seguintes prioridades: - Envolver a equipe escolar como um todo em ação trabalhando integrado com funcionários , professores, pais , alunos, APMF e Conselho Escolar. - Proporcionar um ambiente agradável, onde todos se sintam bem, e valorizando o trabalho executado por cada um. − - Direção e Equipe Escolar irão auxiliar nos planejamentos e, também oferecer condições aos professores para que o planejamento se efetue de forma coerente e eficaz, visando o crescimento pessoal e intelectual dos educandos. - Dialogar constantemente com professores, procurando discutir formas diversas de avaliação da aprendizagem e o crescimento do aluno. - Aquisição de livros de leitura, principalmente livros de crescimento pessoal e literário. - Sempre que houver necessidade de serem tomadas algumas decisões, procurar toma -lás junto com professores e funcionários, assegurando a co -responsabilidade no sucesso ou insucesso das mesmas. - Disponibilizar materiais para as atividades esportivas, pedagógicas e culturais. - Possibilitar aos Agentes Educacionais I condições de trabalho, de modo que cada um realize suas atividades na escola como se estivesse em sua própria casa. - Estar sempre disponível para dialogar, receber sugestões para melhoria da escola como um todo. - Promover atividades de integração entre professores e funcionários, melhorando relacionamento, afinidade e amizade entre o grupo. ALUNOS - Contribuir para a formação de cidadãos críticos frente à enorme quantidade de diversidade informacional do mundo. - Realizar trabalhos de conscientização para que ajudem na conservação e 28 preservação do ambiente escolar. - Responsabilizá -los através de conversas para o cuidado e conservação que devem ter em relação aos livros didáticos e seus materiais escolares. - Promover passeios culturais e pedagógicos. - Oferecer condições para que o aluno torne -se um ser crítico, criativo, participativo, consciente e responsável. - Incentivar a realização de jogos, gincanas esportivas e culturais. - Aquisição de livros de leitura. - Realizar palestras dentro de temas trabalhados durante as aulas ou em projetos realizados na escola. - Enriquecer e alimentar as atividades desenvolvidas em sala de aula, através de aula literária, possibilitando as expressões diversas: oral, escrita e audiovisual. - Acompanhamento individual aos alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem, com o objetivo de incentivá -los a melhorarem. - Dialogar sempre que houver necessidade, com o objetivo de que a escola melhore a cada dia. PAIS E FUNCIONÁRIOS - Responsabilizar os pais quanto ao acompanhamento que deverão ter em casa com seu filho, para que o mesmo apresente bons resultados na aprendizagem: estabelecer horário e local para estudo e tarefas, observação dos boletins,etc. - Realizar palestras educativas. - Informar toda a comunidade escolar quanto aos objetivos que a escola se propõe atingir. - Envolver toda a comunidade escolar em atividades promovidas pela escola. - Promover encontros na escola nas quais os alunos apresentarão atividades artísticas como: teatro, dança, poesia, paródias, etc. - Resgatar junto a comunidade escolar a importância de escola e família estarem caminhando sempre na mesma direção. - Estar sempre dialogando com o objetivo de melhorar a escola como um todo. 29 PRÉDIO ESCOLAR - Manter e melhorar o aspecto físico da escola. - Viabilizar junto ao Governo do Estado e do Município auxílio financeiro quando necessário para a realização de melhorias na escola. - Reativar a horta escolar, talvez num espaço menor, cultivando também plantas medicinais. - Com o auxílio de professores envolver a participação de alunos quanto a conservação e manutenção da horta escolar. - Solicitar junto a Secretaria Municipal de Educação a vistoria de um eletricista em todo o prédio escolar, reativando o funcionamento de ventiladores. - Substituir cortinas onde houver necessidade. - Pintar o prédio escolar. - Dar continuidade aos projetos de melhoria, reforma do prédio escolar. 7.1.7 - Escolha do Professor Regente A escolha do Professor Regente de turma ocorrerá no início de cada ano letivo, iniciando pela 8a série e será realizada em forma de votação entre os alunos da turma. As atribuições do professor regente são: - Fazer acompanhamento e diagnóstico da turma para as reuniões de Conselho de Classe ou outras; - Acolher as reivindicações dos alunos e encaminhar a quem compete; - Promover passeios ou viagens conforme o interesse e a condição da turma, organizando-os quanto a arrecadação de recursos. - Zelar pelo bom relacionamento entre professores alunos e funcionários. 7.1.8- APMF Associação de Pais, Mestre e Funcionários – tem como objetivo contribuir com o processo educacional e a integração família-escola-comunidade. Parcerias com a APMF 30 podem ser úteis na mobilização de recursos e na identificação de ações necessárias. Dessa forma, pretendemos trabalhar em conjunto, desenvolvendo ações que envolvam toda a comunidade escolar em busca de melhorias para escola como, cobertura do saguão, a construção da horta e também da quadra de esportes, que trariam muitos benefícios aos educandos e a todos que poderão usufruir destes bens. 7.1.9- Grêmio Estudantil É a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Tem finalidades educacionais, cívicas, desportivas e sociais. Possui autonomia, ou seja, seu funcionamento independe da vontade da direção da escola e sua diretoria é eleita pelos estudantes. O Grêmio permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que devem reconhecer a sua importância e que devem definir o seu perfil. Os grêmios organizados desta forma, exercem um papel importante na formação do aluno, devendo ter uma dimensão social, cultural e política. 7.1.10- Educação Inclusiva A inclusão é uma forma de mobilizar a sociedade na busca de uma qualidade de relações que respeite as diferenças e as particularidades do ser humano. Neste processo devem ser levados em conta limitações, déficits cognitivos, físicos, sensoriais, condutas típicas e altas habilidades, entre outras particularidades, como o compartilhamento das diferenças sociais, de gêneros, culturais, que enriquecem a gama de conhecimentos dos educadores, de acordo com a riqueza plural da realidade da sala de aula e do desafio da educação para a diversidade. É importante destacar que as necessidades educativas especiais não estão apenas nas pessoas com alguma patologia ou limitação acentuada congênita ou adquirida. Muitas vezes, o educador não consegue identificar uma falta de eficiência no aluno com dificuldades de aprendizagem, pois não tem conhecimento das especificidades das deficiências físicas, sensoriais e cognitivas, o que eleva significativamente o índice de repetência e evasão escolar. As dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas às formas metodológicas 31 direcionada à aquisição de conhecimento. (Segundo Fernández-2002,p.186) A inclusão de alunos de diferentes grupos sociais e de etnias diferenciadas em todas as atividades da comunidade escolar, ainda estão longe da realização da verdadeira inclusão. Na realidade, a inclusão escolar, entendida em seu sentido mais amplo, é o conjunto de ações realizadas em todos os níveis e por todos os segmentos da escola que buscam dar oportunidade aos alunos para que vivenciem as mais variadas formas e chances de garantia de sucesso. A escola realizará atividades reflexão , conscientização e integração com todas as turmas, fazendo com que os os alunos inclusos sintam-se aceitos e parte integrante da escola. Também serão realizadas as adaptações físicas necessárias para o acesso desses alunos. As atividades serão adaptadas de acordo com as necessidades e individualidades dos educandos. 7.1.11-O uso de tecnologias O desenvolvimento das tecnologias no mundo atual tem acontecido de uma maneira muito rápida. O educador e o educando, por sua vez, não conseguem acompanhar esse desenvolvimento, não por falta de interesse, mas sim pela dificuldade ao acesso desses meios tecnológicos, (computador, internet ) de todos os educandos. Alguns de nossos alunos convivem com meios como vídeo, DVD, televisão,computador somente na escola. De acordo com essa realidade, buscaremos proporcionar a todos os alunos o acesso a todos os meios possíveis que a escola conseguir, para que os mesmos possam estar evoluindo conforme a realidade tecnológica, na qual estamos inseridos. Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais uma ferramenta eficiente na construção de conhecimentos: a integração de mídias, como televisão e internet, não é mais novidade estranha à sala de aula, pelo contrário, contribui para a criação de novas estratégias de ensino-aprendizagem e auto-capacitação. Dessa forma a implantação de uma rede de computadores, ligados a internet, através do Programa Paraná Digital , vem minimizar a carência das escolas neste setor, possibilitando ao aluno o contato com o mundo. 32 Para isso faz-se necessário também a capacitação dos profissionais da educação, de modo que este possam melhorar a sua prática em cada sala de aula. 7.1.12-Educação do Campo Quanto à Educação do Campo, entende-se que ela ultrapassa os espaços extrativistas possibilitando a percepção humana sobre a produção das condições de sua existência social e suas realizações. Sob esse contexto, nossos educandos se inscrevem na condição de sujeitos merecedores do respeito às suas especificidades. Os estudantes do campo possuem saberes próprios, inerentes a vida produtiva exigindo-se a abordagem de temas que respondam algumas questões dessa diversidade. Para isso, os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos precisam estar contemplados, visando garantir o respeito à diferença e o direito a igualdade. As populações do campo como afirmam as Diretrizes da Educação do Campo, tem direito ao acesso à educação básica nas suas comunidades, tendo autonomia para promover as adaptações necessárias, conforme as peculiaridades da vida rural possibilitando estabelecer relações entre escola, família e comunidade. Nessa perspectiva, há necessidade de políticas públicas que formem professores com qualidade para atuarem nessas escolas. Para situar a reflexão se faz necessário o discernimento entre educação do campo e educação rural. O termo rural, diz respeito à definição jurídica em relação aos povos do campo referenciados por políticas públicas antigas. Já o campo, é considerado um lugar de vida, trabalho e construção de significados. Então, cabe à Educação do Campo, valorizar o conhecimento empírico fortalecendo a educação escolar para a apropriação e elaboração de novos conhecimentos. Respeitar o campo, enquanto espaço de vida valorizando suas formas específicas de trabalho e sua história reafirma a identidade de nossos educandos enquanto seres que produzem e fazem sua história sendo protagonistas em seus modos de vida, na relação com a natureza e com os outros homens. Nessa relação se pretende construir os ideais do desenvolvimento sustentável onde o elemento fundamental é o ser humano. Todavia, a Educação do Campo ainda segue um currículo urbano e muitas vezes burguês. 33 Cabe ao professor, definir e repensar os conhecimentos locais e os historicamente acumulados que devem ser trabalhados, lembrando que as questões sócio ambientais são fundamentais para a qualidade de vida do ser humano, da sociedade e do planeta. Na escola os conteúdos não estão ainda organizados de acordo a realidade do campo,mas os professores procuram sempre fazer a contextualização e mostrar as duas realidades. Esperamos que nos próximos anos possamos ter um currículo mais voltado a essa realidade. 7.1.13- Estágio não obrigatório Nessa perspectiva, entendendo o trabalho como princípio educativo do ensino, cabe a escola proporcionar meios para que através das diferentes disciplinas os educandos reflitam sobre as relações de trabalho, suas formas de dominação e principalmente que se apropriem de conceitos que os possibilitem refletir sobre a submissão imposta pelos meios de produção. Formar o cidadão para a vida requer também prepará-lo para o mundo do trabalho e para isso, é necessário que ele se aproprie do conhecimento historicamente produzido com base política, científica e tecnológica, onde a teoria e a prática são indissociáveis. A prática deve ser entendida enquanto práxis, que vem do Grego e significa ação consciente, por esse viés, cabe a escola disponibilizar ferramentas para que o futuro trabalhador possa agir de maneira autônoma e emancipada. Tendo se apropriado do conhecimento científico o futuro estagiário poderá participar plenamente do processo produtivo. Assim, o estágio deverá permitir que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho e na escola sejam trazidas à pauta e refletidas. Dessa forma, é inerente ao pedagogo a função de acompanhar as atividades de estágio desenvolvidas pelos alunos e manter os professores informados sobre as atividades por eles desenvolvidas, de modo que eles possam contribuir na resolução de problemas e melhor compreensão da realidade. Diante das considerações acima, com relação ao estágio não-obrigatório a escola cumpre o que está previsto na Lei 11.788/08. 34 7.1.14- Gestão financeira de recursos A escola é mantida através das promoções realizadas pela APMF e pelos recursos oriundos da SEED – Governo do Estado do Paraná. É com base nesses conceitos que trabalhamos e buscamos desenvolver um processo de ensino com qualidade e respeito às diferenças individuais de cada aluno. A escola busca na medida do possível fazer o uso dos seus recursos para fazer pequenos reparos, melhorias, aquisição de material didático entre outros recursos necessários para o bom andamento do trabalho pedagógico. E para aquisição desses recursos há a participação dos docentes ,instancias colegiadas e também a comunidade escolar . 7.1.15- Avaliação e Recuperação Procura-se avaliar através de mecanismos diversificados, pois a avaliação é entendida como um momento muito importante no processo educacional, pois ela constitui-se num meio que permite ao professor perceber como, quando e onde intervir para que a aprendizagem se consolide de fato. As avaliações devem ocorrer ao longo do processo de aprendizagem propiciando ao aluno várias possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado. A avaliação compreende trabalhos individuais e em grupos, pesquisas, produção e interpretação de textos, avaliação oral ou escrita, análise de filmes, bem como atividades desenvolvidas no caderno, sempre com peso 10,0. O aluno deve atingir no mínimo 6,0 de média trimestral ou totalizar 18,0 pontos durante o ano letivo para ser aprovado. Para cálculo da media anual (M.A) será usada a seguinte fórmula: MA = 1º T + 2º T + 3º T 3 Os alunos serão submetidos a no mínimo (2) duas aferições nas disciplinas com apenas duas aulas semanais e três para as demais disciplinas, ao longo do trimestre, com peso 10,0 (dez) para cada aferição. A recuperação de conteúdos será paralela, e ofertada para todos. Os conteúdos revisados serão retomados na próxima avaliação, sendo obrigatória para os alunos que não atingiram a média e opcional para aqueles que desejarem elevar a nota. Esta recuperação poderá ocorrer de diferentes formas: pesquisas, relatórios, leituras complementares com 35 entrega de atividades relativas ao assunto, substituição de trabalhos que não foram entregues envolvendo os mesmos conteúdos, produção de trabalho individual, refazendo avaliação aplicada em sala de aula com revisão do conteúdo. Na recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior nota obtida pelo aluno. Ela será registrada no ‘Livro Registro” da turma, seguindo as orientações oferecidas anteriormente pela equipe pedagógica. 7.1.16- Articulação com a família Visando atingir os objetivos propostos pela escola e tendo sempre em mente a sua Filosofia “Garantir a democratização do acesso ao saber sistemático, intencional e programático para os educandos e a sua permanência no sistema escolar. Ao ter acesso ao saber, este deverá ter condições para construir o próprio conhecimento demonstrando interesse no processo ensino/aprendizagem”, a participação torna-se imprescindível . Esta participação será incentivada através de reuniões, palestras, atividades recreativas, convites, comunicados,entre outros meios que se fizerem necessários. 36 7.2- Matriz Curricular Matriz Curricular – Ensino Fundamental Regular de 5ª a 8ª Séries NRE: 10 – Dois Vizinhos Município: 2320 – Salto do Lontra Estabelecimento: 00759 –Escola Estadual de Barra do Lontra –Ensino Fundamental Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná Curso: 4000 – Ensino Fundamental 5ª/8ª Séries Turno: Matutino Ano de implantação: 2006 – Simultânea Módulo: 40 semanas 5ª série 6ª série 7ª série BASE Ciências 3 3 4 Educação Artística 2 2 2 NACIONAL Educação fisica 3 3 3 COMUM Ensino religioso 1 1 0 Geografia 3 3 3 História 3 3 3 Língua Portuguesa 4 4 4 PARTE 8ª série 3 2 3 0 3 4 4 Matemática Subtotal Língua Estrangeira** 4 22 2 4 22 2 4 23 2 4 23 2 Subtotal Total Geral 2 24 2 24 2 25 2 25 DIVERSIFICADA # Complementação Curricular : Projeto Viva Escola: “ A Arte de Ser um Bom leitor”Período Vespertino *Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 833 horas. **O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino. Na organização curricular estão pautados o planejamento, os conteúdos, as metodologias, a avaliação, enfim, o fazer pedagógico propriamente dito. 37 8- LINHAS DE AÇÃO A escola se propõe a desenvolver algumas atividades durante o decorrer do ano letivo que complementam a ação dos educadores no que se refere a conteúdos e também colaboram na formação de educandos mais conscientes de sua função social e cultural. As atividades desenvolvidas envolverão: • Atividades em datas especiais A escola deverá planejar as atividades de acordo com as necessidades conforme as datas comemorativas, visitas culturais, semana de jogos, semana cultural, e calendário elaborado pela própria escola. • Atividades de entrosamento Jantares de integração com os aniversariantes de cada semestre, junto com a família. • Palestras As palestras serão marcadas através de projetos, sobre o meio ambiente, saúde corporal, drogas, alcoolismo e todas que foram propostas pela SEED. • Atividades referentes ao dia do Meio Ambiente (com caminhada de conscientização, palestra e limpeza do córrego que passa ao lado da escola); • Organização da horta na escola; • Gincana, caça ao tesouro e atividades diversificadas para comemoração do Dia do Estudante, com premiação e lanche especial; • • Conferência do Meio Ambiente; Semana da Pátria, com atividades cívicas (desfile e apresentações alusivas a Semana da Pátria); • Plantio de árvores doadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e EMATER (com palestra sobre uso de agrotóxicos e perspectivas de 38 produção); • Semana cultural e Esportiva ( com jogos e apresentações de dança, poesia e teatro); • Temas Sociais Contemporâneos: Arte: Cultura afro-brasileira;Educação Física:Uso indevido de Drogas;Matemática: Educação Fiscal;Português: Enfrentamento a Violência;:Ciências :Sexualidade. • Projeto Alunos destaques do bimestre com premiação e valorização dos mesmos; • Projeto dos Aniversariantes do Bimestre -homenagem e lembrançasprofessores/funcionários e alunos; • Homenagem da 7ª série para os alunos da 8ª série; 39 9 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO Caderno da TV Escola. Ministério da Educação. Secretaria da Educação a Distância, 1999. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994. GHIRALDELLI, Paulo. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1997. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991. LUCK, Heloísa. A evolução da gestão educacional, a partir de mudança paradigmática. (Apostila). LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991. NISKIER, Armando. LDB. A Nova Lei da Educação. 6ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Corsultor, 1996. REVISTA Nova Escola. Edição especial – 2004. REVISTA Nova Escola. Set/2005. P. 12-21. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1991. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Dirretrizes Curriculares Estaduais REVISTA NOVA ESCOLA. PCNs 5ª a 8ª séries. ed. Especial. São Paulo: Fundação Victor Civita, 2000. 40 10- ANEXOS: 1- PROJETO - VIVA ESCOLA “A ARTE DE SER UM BOM LEITOR” -Núcleo de conhecimento/disciplinas contempladas: Língua Portuguesa - Justificativa Pedagógica às necessidades socioeducacionais dos participantes e o envolvimento com o PPP da escola. O presente projeto visa resgatar o gosto e o hábito da leitura que vem se perdendo em meio aos alunos, ocasionando dessa forma dificuldades de interpretação e entendimento dos mesmos nos mais diversificados conteúdos. Acredita-se que a leitura é imprescindível para uma boa aprendizagem e para tanto esperamos que com esta atividade os educandos ampliem seus conhecimentos e sua capacidade de ler e escrever em uma perspectiva crítica, construtiva e participava. Esta atividade será de fundamental importância pois os nossos educandos falam e escrevem com inúmeros erros. Pela própria cultura popular no qual estão inseridos, de uma forma folclórica, os alunos filhos de colonos, falam palavras como “brusa”, “drento” entre outras. Esta atividade visa portanto conscientizar o educando sobre a importância do uso da norma culta da língua, sem no entanto menosprezar suas raízes culturais. - Objetivos das atividades - Através da leitura preparar leitores e escritores críticos e questionadores; - Melhorar a capacidade de interpretação; - Diminuir a quantidade de erros na pronuncia e na escrita; - Despertar o gosto e o hábito da leitura nos educandos; - Despertar a criatividade e a imaginação; - Melhorar a capacidade de apreensão do conhecimento pelos alunos em disciplinas; todas as 41 - Conhecer os diversos gêneros literários; - Divulgar as obras literárias. - Critérios de participação Os critérios para participação serão: interesse do aluno pela atividade, dificuldade na leitura, ortografia e gramática. 2- PROJETO - CÂMARA MIRIM 1- OBJETIVOS: . Despertar o espírito de liderança e o exercício da cidadania. . Contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. . Promover a interação entre câmara municipal de vereadores, as escolas e a comunidade. 2- DESENVOLVIMENTO: O vereador mirim é eleito pelos alunos da escola. Só poderão ser votados alunos da 7ª e 8ª séries. O mandato do vereador mirim é de 01 (um) ano, podendo ser reconduzido por mais 01 (um) ano. Cada vereador mirim tem como padrinho um vereador municipal. 3- PROJETO - PRÉ-VIDA 1- OBJETIVOS: • Conscientização dos alunos bem como toda comunidade escolar para temática proposta. • Envolver todas as disciplinas nas diferentes atividades do projeto. 2- DESENVOLVIMENTO: Conforme orientações da SEED e NRE. 42 4- PROJETO - FERA 4.1- OBJETIVO: Proporcionar ao aluno o contato com experiências nas diversas áreas e linguagens artísticas, refletindo sobre elas, bem como demonstrar sua habilidade. 4.2- DESENVOLVIMENTO: Conforme orientações da SEED e NRE 5-PROJETO- COM CIÊNCIA 5.1- OBJETIVO: Oportunizar ao aluno o intercâmbio com outras escolas, promovendo o aprendizado e a troca de experiências, bem como, valorizar projetos desenvolvidos na escola como forma de incentivar o alunop para estudos, pesquisas e mudanças de atitude. 5.2- DESENVOLVIMENTO: Conforme orientações da SEED e NRE. 6- PROJETO - HISTÓRIA DO PARANÁ ( 8ªS SÉRIES) - texto informativo com dados políticos, econômicos e sociais; - símbolos ( hino, bandeira e brasão) - Hino com imagens ( analise da letra do hino) - Músicas “ Rainha do Paraná”( Liu e Léo) e “Empreitada Perigosa” (Viola Quebrada) - Poesia: Meu Paraná eu faço ! - Painel com imagens - Vídeo sobre a cultura paranaense ( c/ Anagilda) - Produção de poesia, desenhos de pontos turísticos e/ou textos ilustrados 43 PARANÁ Em 19 de Dezembro de 1853, a Província do Paraná separou-se da Província de São Paulo, deixando de ser a, até então, 5ª Comarca de São Paulo. Curitiba foi transformada em capital da província, e Zacarias de Góes e Vasconcelos tornou-se o primeiro governador. A partir de então, um programa oficial de imigração européia contribuiu para a expansão do povoamento e o aparecimento de novas atividades econômicas. As maiores levas de imigrantes que chegaram foram os poloneses, ucranianos, alemães e italianos, além de suíços, franceses e ingleses em menores números. Para abrigar os novos habitantes foram criados núcleos novos de povoamento, principalmente no Planalto de Curitiba e nos Campos Gerais de Guarapuava. A palavra Paraná tem origem tupi ( para-nã) e significa “grande rio”. O nome foi dado pelos primeiros habitantes do estado que foram os grandes prejudicados pela chegada dos europeus. Os indígenas foram catequizados e reeducados para seguir a cultura do “homem branco”, e por serem considerados como inferiores foram praticamente exterminados pelos colonizadores. Os colonos viviam, nos primeiros tempos, da exploração da madeira existentes nessas terras, principalmente das araucárias. Mais tarde passaram a cultivar a erva-mate bastante consumida na região sul do Brasil e também na Argentina e no Uruguai. Dedicaram-se também a plantação do café e em alguns lugares á criação de gado que era vendido principalmente em São Paulo fazendo a integração do Paraná com outras províncias brasileiras. No inicio do século XX, o estado também passou por um processo de industrialização que foi acompanhado pelo crescimento econômico de modo geral. Atualmente podemos dizer que o Paraná é um estado com grande potencial na industria, na agricultura, no comércio, além da produção de energia elétrica gerada pela Usina de Itaipu, que é uma das maiores do mundo. Este estado localiza-se na região sul do Brasil e limita-se com: - Norte: São Paulo - Sul: Santa Catarina 44 - Noroeste: Mato Grosso do Sul - Sudeste: Argentina - Oeste: Paraguai - Leste: Oceano Atlântico O estado possui 399 municípios. As principais cidades são: Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Londrina, Paranaguá, Cascavel e Foz do Iguaçu. Sua área é de 199.709 km. O clima é subtropical. Os principais rios são: Paraná, Iguaçu, Tibagi e Paranapanema Rainha Do Paraná Liu & Léu Quando chega a primavera Eu vejo a minha capela Toda enfeitada de flor A rosa me faz lembrar Do porto paranaguá Aquele ninho de amor Da igreja do rocil Onde o romeiro pediu Uma graça e alcançou Não há nada mais divino Que o rocil cristalino Da noite que serenou Era o mês de novembro Diz a história eu me lembro A natureza floresceu Num lindo campo de rosa Uma santa milagrosa Certa noite apareceu Ali ergueram um santuaário Onde a virgem do rosário Os aflitos atendeu Com o orvalho que caiu Santa virgem do rocil esse nome recebeu Quando chegam os marinheiros Nossos irmãos brasileiros No porto paranágua 45 Ao deixarem o navio Vao a igreja do rocil A sua benção implorar Pedindo felicidade Que acalme a tempestade Que desaba sobre o mar Pede paz e proteção E que nunca falte o pão Na mesa de um pobre lar Santa virgem do rocil Quem te ve e quem teviu Nunca mais esquecerá Os teus milagres profundos Que os filhos deste mundo nunca se cansam de esperar. HINO: O Hino do Estado do Paraná foi instituído através do Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947, tendo por autores Domingos Nascimento (letra) e Bento Mossurunga (música). HINO DO PARANÁ HINO DO PARANÁ Entre os astros do Cruzeiro, És o mais belo a fulgir Paraná! Serás luzeiro! Avante! Para o porvir! I Entre os astros do Cruzeiro, És o mais belo a fulgir Paraná! Serás luzeiro! Avante! Para o porvir! I O teu fulgor de mocidade, Terra! Tem brilhos de alvorada Rumores de felicidade! Canções e flores pela estrada. O teu fulgor de mocidade, Terra! Tem brilhos de alvorada Rumores de felicidade! Canções e flores pela estrada. II II Outrora apenas panorama De campos ermos e florestas Vibra agora a tua fama Pelos clarins das grandes festas! Outrora apenas panorama De campos ermos e florestas Vibra agora a tua fama Pelos clarins das grandes festas! 46 III III A glória... A glória... Santuário! Que o povo aspire e que idolatre-a E brilharás com brilho vário, Estrela rútila da Pátria! A glória... A glória... Santuário! Que o povo aspire e que idolatre-a E brilharás com brilho vário, Estrela rútila da Pátria! IV IV Pela vitória do mais forte, Lutar! Lutar! Chegada é a hora. Para o Zenith! Eis o teu norte! Terra! Já vem rompendo a aurora Pela vitória do mais forte, Lutar! Lutar! Chegada é a hora. Para o Zenith! Eis o teu norte! Terra! Já vem rompendo a aurora BANDEIRA :Aprovada pelo pelo decreto-lei estadual nº 2.457, de 31 de março de 1947, é composta de um retângulo verde cortado por uma faixa diagonal branca, que descende da esquerda para a direita. Sobre a faixa, no centro, aparece em azul, a esfera do Cruzeiro do Sul. Corta a esfera, uma faixa branca com a inscrição "Paraná", em maiúsculas de verde. Circundam a esfera, pelo lado direito, um ramo de pinheiro, e pelo esquerdo, um ramo de erva-mate. 47 Brasão de Armas: foi instituído pela lei n° 904, de 21 de março de 1910. Sua última modificação ocorreu em setembro de 1990. Constituído de um escudo português, o Brasão de Armas apresenta em campo verde a figura de um semeador; em chefe azul (quadrângulo superior), um sol nascente de ouro e montanhas com três picos que significam os três planaltos paranaenses. Como timbre, traz a figura de um falcão (Harpia harpyia). Ramos verdes idênticos aos da Bandeira servem de suporte ao Brasão 48 (POESIA) O MEU PARANÁ EU FAÇO ! No cabo de uma enxada No volante de um caminhão 49 Na escola em construção Nos riscos de uma estrada O meu Paraná eu traço Sem desanimo e sem cansaço Vou semeando este chão Vou aboiando o gado Colhendo a espiga madura Tirando da terra a fartura Nem que seja de naco de pão O meu pedaço eu planto O pedaço que me cabe Seja de noite ou de dia No campo ou na cidade Sol quente, maré fria O meu pedaço eu garanto Na fabrica, na oficina No escritório, na usina Não tem tempo ruim Geada ou cerração Enchente ou estiada Na ponta da madrugada Já estou cuidando de mim Que importa se a vida é dura Amarro ela na canga Transformo usura em fartura Meto os peitos no castigo O meu Paraná eu brigo. Por isso eu digo irmão Tome conta deste chão Garanta o seu pedaço Assuma seu quinhão O Paraná somos todos Cada qual com sua parte Seu oficio uma arte. 7-PROJETO - CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA 7.1- OBJETIVO: Reconhecer e valorizar a identidade, história e a cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação 50 brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas. 7.2- DESENVOLVIMENTO: A cultura afro-brasileira, e a valorização das diferentes culturas é tema constante, implícito em diferentes disciplinas e conteúdos, pois constitui-se como tema da vida cidadã e não pode ser ignorado na escola. No entanto, a abordagem de forma mais sistemática ocorre na disciplina de História, sendo desenvolvido através de projeto. O projeto é desenvolvido com diferentes recursos e técnicas como: músicas, filmes, textos informativos, produção de textos, poesias e paródias.
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