projeto_politico_pedagogico - EE DO CAMPO DE BARRA DO

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ESCOLA ESTADUAL DE BARRA DO LONTRAENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SALTO DO LONTRA, NOVEMBRO DE 2010
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ÍNDICE
1- APRESENTAÇÃO...........................................................................................................04
2- IDENTIFICAÇÃO...........................................................................................................06
2.1- Histórico da Comunidade.........................................................................................06
2.2- Histórico da Escola....................................................................................................07
2.3- Caracterização do Atendimento …..........................................................................09
2.4 - Quadro Geral de Pessoal..........................................................................................09
2.5- Organização do Espaço Físico..................................................................................10
3- FILOSOFIA DA ESCOLA..............................................................................................11
4- OBJETIVO GERAL DA ESCOLA...............................................................................11
5-MARCO SITUACIONAL .............................................................................................12
5.1 – Realidade Educacional ….......................................................................................14
6- MARCO CONCEITUAL .............................................................................................17
7- MARCO OPERACIONAL ...........................................................................................23
7.1- Gestão Democrática...... ............................................................................................24
7.1.1- Organização da Hora Atividade....................................................................24
7.1.2 – Reuniões Pedagógicas...................................................................................24
7.1.3 – Conselho Escolar …......................................................................................24
7.1.4 – Conselho de Classe …...................................................................................25
7.1.5 – Eleição de Representante de Turma ….......................................................26
7.1.6 – Eleição do Diretor …....................................................................................26
7.1.7 – Escolha do Professor Regente ….................................................................29
7.1.8 – APMF …........................................................................................................29
7.1.9 – Grêmio Estudantil …....................................................................................30
7.1.10 – Educação Inclusiva ....................................................................................30
7.1.11 – O Uso das Tecnologias …...........................................................................31
7.1.12 – Educação do Campo …..............................................................................32
7.1.13 – Estágio não obrigatório ….........................................................................33
7.1.14 – Gestão Financeira de Recursos ….............................................................34
3
7.1.15 – Avaliação e Recuperação ….......................................................................34
7.1.16 – Articulação com a Família …....................................................................35
7.2 – Matriz Curricular …...................................................................................................36
8- LINHAS DE AÇÃO..........................................................................................................37
9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................39
10.0 – ANEXOS....................................................................................................................40
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico
busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional, com sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente.
Pensar coletivamente a construção do Projeto Político Pedagógico da escola
pressupõe a superação das relações de poder instauradas na organização do trabalho escolar
e a construção de práticas democráticas que contribuem para uma educação de caráter
transformador.
O Projeto Político Pedagógico da escola deve ser entendido como um processo de
mudança e de antecipação do futuro que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação
para melhorar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola. Sua
dimensão
político-pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolve
ativamente os diversos segmentos escolares.
A escola preocupa-se utilizar uma forma de organização do trabalho pedagógico que
supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias,
rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as
relações do interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho
que reforça e hierarquiza os poderes de decisão. A ampliação da participação também
contribui para a construção de novas formas de organização escolar, cuja finalidade é
assegurar iguais possibilidades de acesso dos bens materiais e culturais.
O Projeto Político Pedagógico é a construção coletiva da identidade da escola
pública e popular, democrática e de qualidade para todos. Ele define uma concepção de
homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino, aprendizagem e
avaliação articulada à dimensão político-pedagógica de produzir uma concepção de
educação e sociedade democráticas.
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Além de promover espaços de discussão, a construção do PPP revela e explicita
reflexões e propostas acerca das dimensões política, filosófica, sociológica, antropológica,
psicológica e pedagógica da educação.
Por isso, o presente projeto tem o objetivo de decidir coletivamente, e reforçar na
escola as finalidades e metas para se atingir a almejada cidadania, partindo de uma visão
crítica e da necessidade de conhecer a realidade escolar para sanar possíveis problemas com
alternativas propostas pelo grupo.
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2. IDENTIFICAÇÃO
2.1. Histórico da Comunidade
A Comunidade denomina-se Barra do Lontra, porque o Rio Lontra atravessa a
Comunidade por 3 Km, desaguando ao final do Rio Jaracatiá.
A Comunidade de Barra do Lontra começou a existir por volta do ano 1950. Nesse
período vieram para este local famílias advindas de Bom Sucesso do Sul, Renascença e
Marmeleiro, influenciadas pela abundante quantidade de caça que existia nesta região.
Outras famílias vieram pelo fato de que as terras não possuíam donos, pois pretendiam ter
uma criação de suínos, que era o principal produto de comercialização da época.
Os donos destes terrenos eram chamados de safristas, pois derrubavam a mata para
plantarem milho, o qual serviria de alimento para os porcos. Estes eram tocados por trilhos
para serem vendidos em Francisco Beltrão, pois não existiam estradas. Os transportes eram
feitos por carroças, charretes e cargueiros de cavalos.
Na época, não existiam casas, somente palhoças das pessoas que vinham acampar até
construírem suas casas, as quais eram feitas de madeira lascada. Os moradores cultivavam
milho, feijão, arroz e batata-doce.
Também nesse período não existia igreja, então construíram um Capitel de madeira
lascada, onde eles se encontravam para rezar. O capelão era Pedro de Boni. Depois de seis
anos os moradores Mauricio e Ricieri Carenhatto, Aristides e Manoel Meirinho, construíram
uma igreja de tábua lascada, que foi inaugurada em 08 de fevereiro de 1960, com missa
rezada pelo Padre Lourenço, de Dois Vizinhos. O primeiro ministro foi Maurício Carenhatto
e a primeira catequista Vercedina Carenhatto.
A primeira estrada surgiu na comunidade depois que uma menina morreu por não ter
estrada e recursos para chegar rapidamente ao hospital. Atualmente as estradas são mais
favoráveis e os moradores já tem casas de madeira ou alvenaria. Eles são, em sua maioria,
agricultores. Plantam feijão, milho e soja, mas a principal
atividade dos pequenos
proprietários é o plantio de fumo. Alguns têm criação de porcos e aviários.
Os problemas sociais, em sua maioria são ocasionadas pela baixa renda das famílias.
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O lazer se restringe à festas e bailes promovidos pela comunidade e também encontro
de jovens e jogos de futebol.
2.2-Histórico da Escola
A Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental começou a existir em
1981, pois a comunidade de Barra do Lontra progredia, necessitando dessa forma de curso
ginasial, para que os educandos tivessem a oportunidade de continuar seus estudos na
própria comunidade não precisando assim se afastarem da família.
As famílias que aqui residiam sentiam a necessidade de terem uma escola onde fosse
ofertado o ensino de 5ª a 8ª séries. Para isso organizaram-se e foram em busca dessa
necessidade. Após muitas discussões e empenho foi autorizado o funcionamento da Escola
Municipal Presidente Carlos de Lima Cavalcante – Ensino de 1º Grau, através do Decreto nº
005/82 de 26 de agosto de 1982 e era mantida pela Prefeitura Municipal de Salto do Lontra.
Após muita luta dos moradores, foi autorizado o funcionamento da escola, sendo
denominada de Escola Municipal Presidente Carlos de Lima Cavalcante – Ensino de 1º
Grau.
No início de sua história, funcionava em um pavilhão de madeira, usava-se somente a
parte de cima, era ofertada somente a 5ª série, e contava com 59 alunos; os primeiros
professores foram Luiz Pedroso e Ivonete Telles, os quais ministravam aulas de todas as
disciplinas. As demais séries foram sendo ofertadas gradativamente.
Em 1984, a comunidade já contava com 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. Nessa época a parte de
cima do salão já era insuficiente para abrigar todos os alunos, então passou-se também a usar
a parte debaixo. Os pais se reuniram, cercaram a parte debaixo com tela e o chão era de
terra.
Em 1985, na gestão do Prefeito Nelsi Maria foram construídas duas salas de aula em
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alvenaria. Nesse período duas turmas eram atendidas nas novas salas e duas continuavam no
pavilhão da igreja.
Na gestão do prefeito João Maria de Liz, a Secretária Municipal de Educação,
senhora Lurdes Bérgamo, se empenhou e foi em busca da Estadualização de todas as escolas
municipais de 5ª a 8ª séries existentes no município.
Isso parecia um sonho impossível, porém não foi, pois através da Resolução nº 471,
de 27 de fevereiro de 1991 a escola passou a denominar-se Escola Estadual de Barra do
Lontra – Ensino de 1º Grau, e em 24 de junho de 1992, através da Resolução nº 1672/92 a
mesma foi reconhecida.
No ano de sua estadualização os professores eram os seguintes:
Carla Rodrigues: Ciências;
Dalva Warmling: Português;
Janes Eletra Serafini: Matemática;
Kátia Bonin: Educação Física, Educação Artística e OSPB;
Roseni G. Toscan: Matemática;
Santina Gaspar – Inglês;
Zenaide F. Marafon – Geografia e História;
Zenil Warmling Borghesan: Português;
Passaram pela direção desta escola:
Zenaide Mensor: 1991;
Zenil Warmling Borghesan: 1992-1997;
Maria Bernardete O. A. de Santi – 1998 a 2000;
Juçara Maria C. Libardi: 2001;
Vera Aparecida Koerig: 2002
Vanessa Rachelle- 2007 a 2008
Adriana Aparecida Zanardi Sanzovo- 2009 a 2011
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A Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino de 1º Grau passou a denominar-se
Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental através da Resolução Secretarial
nº 3120/98 do DOE de 11/09/1998.
Atualmente, denomina-se Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental
e está localizada na comunidade de Barra do Lontra, a 12 quilômetros da sede do município.
Funciona em prédio estadual e é mantida pelo Governo do Estado do Paraná, sendo
assessorada pela SEED e Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos. A mesma oferta
as séries finais do Ensino Fundamental, divididas em quatro turmas: 5º,6º,7º e 8º, todas no
período matutino.
2.3-Caracterização do Atendimento
A Escola Estadual de Barra do Lontra - Ensino Fundamental, funciona no turno
matutino. A escola possui quatro turmas, sendo respectivamente, uma 5ª série, uma 6ª série,
uma 7ª série e uma 8ª série. Totalizando dessa forma quatro anos com duzentos dias letivos
previstos no calendário escolar aprovado anualmente pelo NRE, dividido em quatro
bimestres sendo quatro horas diárias e cinco aulas.
2.4- Quadro Geral de Pessoal
O quadro geral de pessoal é habilitado para o exercício de suas funções e
constantemente participa dos cursos oferecidos na Formação Continuada.
Atualmente o quadro de docentes é constituído por 10 (dez) professores, sendo que
na disciplina de Matemática e Ciências com 02 (dois) professores regentes e nas demais 01
(um ) professor regente para cada disciplina.
Temos 01 (uma) Diretora
Graduada em Educação Física e Pós graduação em
Educação Especial, 01 (uma ) Professora Pedagoga com Graduação em Pedagogia e Pósgraduação em Educação de Jovens e Adultos, 01 (um) Agente Educacional II com
Graduação em Economia Doméstica e Cursando p Pró Funcionário e 02 Duas) Agentes
Educacionais I com Ensino Médio Completo.
NOME
Adriana A. Z. Sanzovo
Anagilda P. Galvan
Andréia I. Zanardi
Douglas Colaço
Edinalva R. M. Veroneze
Emerson C. Stepaniack
Letícia Pickler
Mª Bernardete O. A. Santi
Maria O. Ribeiro
Neiva Rosa
Nerli L. F. Coelho
Neudete F. Bernardi
Roseclea Carpenedo
Sidnei Coelho
Diane Sumensi
FUNÇÃO
Diretora
Professora
Professora
Professor
Professora
Secretário
Aux.Serv.Gerais
Professora
Agente I
Professora
Pedagoga
Professora
Professora
Professor
Professora
FORMAÇÃO
Educ.Física e Pós Graduação
História e Pós -Graduação
Arte- Pós Graduação
Geografia – Pós-graduação
Química – Pós -graduação
Sup.Incompleto
2º Grau Incompleto
Português – Pós- Graduação
2ºGrau Completo
Matemática- Pós-graduação
Pedagogia –Pós-graduação
Matematica –Pós-graduação
Matemática – Pós -Graduação
Educ. Física- Pós Graduação
Inglês –pós graduação
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VÍNCULO
QPM
QPM
PSS
PSS
QPM
QPM
PSS
QPM
QPM
QPM
QPM
PSS
QPM
PSS
QPM
2.5– Organização do Espaço Físico
A Escola é formada por três blocos sendo integrados por corredores parcialmente
cobertos, sete salas das quais:
-Salas de aula: 04;
- Biblioteca e Sala de vídeo (junto): 01
-Sala para Educação Física: 01;
-Sala de Professores: 01;
- Secretaria: 02 (01 de pré a 4ª série e 01 de 5ª a 8ª série);
-Cozinha: 01
- Banheiros:- Alunos: 04 feminino e 03 masculino;
- Professores: 01;
Almoxarifado: 02.
OBS: Um almoxarifado é usado para material de limpeza e arquivo morto. Outro é
para guardar carteiras, cadeiras e demais materiais que não são usados. Não temos saguão
coberto e a quadra é da comunidade, não da escola.
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3- FILOSOFIA DA ESCOLA
“Educar com qualidade, preparando para a vida.”
4. OBJETIVO GERAL DA ESCOLA
Proporcionar o desenvolvimento integral do educando nas áreas formativa, social e
pedagógica, criando condições para que possa assumir responsabilidades e exercer seus
direitos e deveres de forma participativa na sociedade, respeitando as diferenças individuais
dos mesmos.
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5- MARCO SITUACIONAL
Partindo do pressuposto de que, segundo a LDB, a educação é um direito de todos e
um dever do Estado, a Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental, esta
baseada no objetivo de realmente proporcionar aos educandos, de acordo com suas
condições físicas e quadro geral de professores, uma educação de qualidade.
Dessa forma, percebemos uma evolução significativa no que diz respeito ao quadro
geral de pessoal, pois hoje podemos contar com a grande maioria dos professores com
graduação e especialização em sua área de conhecimento. Da mesma forma os agentes
educacionais tem formação equivalente ou além da exigida para a função que exercem.
Diante da situação de que a Formação Continuada é um momento de estudo de cada
realidade escolar, faz-se necessário que esse trabalho seja coletivo, porém os professores
exercem suas atividades em mais de um estabelecimento de ensino, eles portanto optam por
um único estabelecimento, dificultando a base do trabalho coletivo.
A porcentagem de aprovação é significativa, porém poderia ser maior perante o
número de alunos que a escola atende.
Essa situação, acreditamos que se dá pelo desinteresse da maioria dos alunos e o fato
da comunidade apresentar dificuldades, tanto de desenvolvimento financeiro como cultural.
Assim, a escola pouco pode contar com o apoio e a participação dos pais.
Para buscarmos resolver esse problema, procuramos desenvolver trabalhos como
reuniões pedagógicas na escola envolvendo alunos, pais, professores,direção para incentivar
os estudos e principalmente a valorização da educação. Contudo, nosso trabalho se limita a
pouca participação dos convidados. E para mantermos os alunos que são regularmente
matriculados frequentando a escola, a direção, a equipe pedagógica e os professores nas
horas atividades atendem os alunos, buscando despertar um maior interesse quanto à
aprendizagem sanando as dúvidas possíveis individuais. Esse espaço também é usado para
os professores aperfeiçoarem seus conhecimentos através da leitura, preparação de aulas,
atendimento a pais, conversas pedagógicas. Ressaltamos a possibilidade de melhoria da
ocupação desse tempo com a implantação das novas tecnologias na escola, sendo as Tvs
Pen-drive, o laboratório do Paraná Digital com acesso a internet e os pen-drives que foram
disponibilizados para cada professor, enfim, é um tempo na escola destinado à melhoria da
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educação.
No entanto, não temos tela para o retro-projetor nem data-show, porém as maiores
dificuldades que a escola encontra é na falta de uma quadra de esportes coberta o que não
permite a boa realização das aulas de Educação Física. A outra dificuldade está ligada a falta
de espaço físico, pois não dispomos de sala para orientações pedagógicas e refeitório. Se faz
necessário ainda
a disponibilidade de uma sala ambiente para o desenvolvimento das
diferentes atividades que a escola propõe como, apresentações, aulas de leitura, reuniões de
pais, etc. A escola não dispõe ainda de linha telefônica própria,
a
qual
dificulta a
comunicação, principalmente entre a escola X documentador e escola X NRE,pois nem
sempre o orelhão próximo à escola funciona.
Portanto, ressaltamos novamente que nossa escola está inserida numa realidade que
apresenta muitas dificuldades financeiras, com famílias totalmente desestruturadas que
causam problemas emocionais em nossos alunos, como o desinteresse e a falta de
concentração. Enfim, para nós cada dia de trabalho é uma vitória, porque ainda conseguimos
trazer os alunos para escola e principalmente estamos conseguindo cumprir com nossa
missão de ensinar, e mais que isso, torná-los indivíduos sensíveis, gentis, educados e
admiradores das pequenas coisas da vida.
Estes são os principais desafios da Escola Estadual de Barra do Lontra- Ensino
Fundamental, os quais procura-se superar através do comprometimento dos profissionais no
seu exercício diário das atividades, através de um planejamento bem elaborado, tendo em
mente a turma pela qual se está planejando, procurando adequar conteúdos e metodologias
coerentes e diversificadas, utilizando recursos variados e adequados à realidade concreta dos
alunos.
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5.1- Realidade Educacional
Ao longo do tempo, as sociedades apropriaram-se da natureza transformaram os
recursos, criando espaços, onde se desenvolvem as relações sociais. Na história da
humanidade, essas sociedades, criaram profundas diferenças entre os povos onde alguns
dominaram e exploraram segundo seus próprios interesses, estabelecendo assim novas
relações.
Vivemos atualmente uma nova etapa de desenvolvimento, onde a ciência e a
tecnologia tornam-se instrumentos valiosos para o desenvolvimento das sociedades
humanas.
As complexas mudanças em curso na modernidade, marcadas pelo processo de
globalização econômica e cultural, exigem novas dinâmicas de interação social, sublinhadas
por reflexões críticas acerca dos paradigmas atuais e das práticas sociais que tem surgido.
Um dos efeitos desse processo de mudanças, principalmente nas ultimas décadas é a
reestruturação do papel da educação em especial da educação escolar.
Neste final de milênio, os dividendos das importantes descobertas e dos progressos
científicos da humanidade, convivem com o desencantamento e a desesperança aliados por
problemas que vão do desemprego e do fenômeno da exclusão, inclusive nos países ricos. O
aumento das interdependências entre nações e regiões, contribui para colocar em foco os
diferentes desequilíbrios entre pobres e ricos, convivendo com dimensões diferentes, onde se
faz necessário, apesar das contradições, a aprendizagem da convivência no planeta e em
especial nas comunidades naturais.
Percebe-se assim, que diante de toda essa realidade, está a escola, estão os jovens que
atualmente não possuem mais somente a liberdade de ensino e sim, o Direito de Aprender,
pois a Declaração Mundial sobre Educação para todos (Jomtiem -Tailândia) destaca que
toda pessoa deve poder se beneficiar de uma formação às suas necessidades educativas
fundamentais.
Vê-se, pois que a educação está em pauta nas discussões mundiais, discutindo a papel
essencial, que ela desempenha no desenvolvimento das pessoas e das sociedades, assumindo
funções cada vez mais complexas.
O enfoque educacional está em evidência também no Brasil, pois este sem dúvida
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está inserido no contexto mundial. Nos mais diversos âmbitos ligados à educação brasileira,
há debates e reflexões, apontando novas perspectivas para educação, participando também
de reflexos mundiais, podendo citar a “Declaração de Nova Delhi”.
Internamente o Plano Decenal de Educação para todos (1993 a 2003) estabelece
diretrizes voltadas para o Ensino Fundamental.
Cabe destacar aspecto legal da LDB – Nova Lei da Educação nº 9394/96, que
estabelece e legitima os princípios básicos de uma educação para todos.
A taxa de analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. No ano passado, a taxa foi de 9,7% da
população, um total de 14,1 milhões de pessoas, contra 11,5% em 2004. Em 2008, a taxa foi
de 10%.
A meta do Brasil, definida em um acordo estabelecido pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é chegar à taxa de 6,7% de analfabetismo
em 2015.
Vê-se com clareza, alguns indicadores positivos no aspecto educacional, apesar de
que teoricamente em termos de avanços, as transformações educacionais acontecem de
maneira bastante lenta. De um lado o progresso material convive com a injusta distribuição
de renda, impossibilitando assim, o desenvolvimento social, comprometendo a solidariedade
entre os indivíduos, fazendo com que a verdadeira cidadania e a socialização real do
conhecimento, estejam cada vez mais distantes.
Neste contesto, vê-se que a educação, e no caso mais específico, a educação
brasileira, está reservado um papel fundamental, buscando equacionar situações conflitantes,
em nível de oportunidades, para influenciar, na formação de cidadãos autônomos, críticos e
participativos, para atuarem com competência, dignidade e responsabilidade, nas
comunidades em que estão inseridos.
Vê-se a escola como local de mediação e reciprocidade de conhecimento,
promovendo aos educandos condições de participar, cooperar, analisar, pesquisar e
questionar.
No espaço educacional paranaense, vê-se a mesma realidade que se apresenta a nível
de Brasil .
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As lutas em torno da universalização de ensino estão se tornando realidade, em
especial, no âmbito de discussões e reflexões.
Teoricamente a preocupação dos profissionais da educação é crescente, porém há
grandes distorções entre a teoria e a pratica, onde a verdadeira revolução educacional, ainda
não se faz presente.
No momento, em nível de Paraná vive-se uma situação privilegiada, onde cada
escola está elaborando sua Proposta Curricular e reelaborando o Projeto Político
Pedagógico. Cada escola tem, assim autonomia (sempre embasada no LDB 9394/96) de
articular seu trabalho, com a prática social, revendo assim sua relação com o
conhecimento,objetivando o domínio desses conhecimentos pelos educandos.
Em termos gerais, as discussões são amplas, os novos objetivos educacionais,
começam a se delinear. Novas posturas estão, sendo exigidas dos profissionais da educação.
Novas realidades se apresentam, podendo-se citar a INCLUSÃO, como exemplo, que passa
a ser uma meta real.
Diante de tantas mudanças, faz-se necessário a busca de parcerias com a sociedade,
para juntas darem conta de questões tão polêmicas, e fazer com que realmente o saber
escolar possa fundamentar a cidadania.
A educação, a nível mundial, está voltada para atender as necessidades do cidadão de
uma forma única, em que todos tenham os mesmos direitos e deveres, não havendo,
portanto, excluídos, e sim que todos façam parte de uma educação global.
Diante desta conjuntura, espera-se que o Brasil contribua para a promoção e
integração de todos os brasileiros, lutando contra as exclusões, voltando-se à construção da
cidadania como prática efetiva.
A comunidade espera que a educação garanta as aprendizagens básica para a
formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com
competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam
ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.
A educação é, portanto, fundamental para a humanização e socialização do homem.
Podemos dizer que se trata de um processo que dura a vida inteira, e que não se restringe à
mera continuidade, mas supõe a possibilidade de ruptura pelas quais a cultura se renova e o
homem faz a história.
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Por isso, a educação não deve apenas ser considerada como simples transmissora de
valores, mas também como instrumento de crítica dos valores herdados e dos novos valores,
que estejam sendo propostos. A educação deve abrir espaços para que seja possível a
reflexão crítica da cultura.
Considerando a grande importância das reflexões que envolvem os aspectos de
ensino aprendizagem a escola busca sempre que possível no momento da hora-atividade
realizar discussões, análises e tomadas de decisões quanto aos casos de aprendizagem que
envolvem
retomadas
de
metodologias,
atendimentos
individuais
e
outros
encaminhamentos,pois são casos de grande dificuldades por parte dos alunos. Procura zelar,
portanto sempre por bons resultados de aprendizagens tendo o envolvimento de todo o
grupo docente,já que neste ano temos recebidos alguns casos de alunos com dificuldades que
acabam comprometendo um rendimento com eficácia. Também neste ano temos encontrado
dificuldade para lidar com alguns casos de indisciplina . A grande maioria dos alunos
apresentam bons resultados de aprendizagens.
6.- MARCO CONCEITUAL
Observando as relações entre conteúdos, métodos, contexto sócio cultural e fins da
educação constatamos que conteúdo é o conhecimento que é transmitido nas escolas e que
são selecionados por educadores de modo a compor um currículo que norteará o trabalho de
ensino-aprendizagem. Para tanto, é necessário sabermos que o conhecimento é um processo
de construção que ocorre sempre num contexto social e cultural, é baseado na compreensão,
é sólido, sustentado pelas informações dos livros e pelas experiências dos sujeitos.
Porém, o simples repasse de informações não possibilita uma real aprendizagem por
parte do aluno, é necessária a intervenção do professor através de metodologias que
propiciem a aquisição do conhecimento, respeitando o tempo que cada aluno tem para
aprender e aproveitando o conhecimento que o aluno já possui.
Todos os alunos ao chegarem na escola carregam consigo uma bagagem de
conhecimentos, que muitas vezes não foram adquiridos na escola, mas que fazem parte do
contexto sócio-cultural no qual este aluno está inserido, sendo assim, alunos provenientes de
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diferentes espaços sociais trazem uma grande diversidade de conhecimentos que podem e
devem fazer parte do processo educacional, relacionando esses conhecimentos com os
diferentes conteúdos que compõem a proposta curricular da escola.
O educador, dessa forma utiliza-se de métodos que integrem as várias informações
para que ocorra a efetiva aprendizagem dos educandos, visto que a finalidade da educação
é instrumentalizar o ser humano com o conhecimento científico de forma que ele
compreenda a realidade social, podendo agir sobre ela.
Por isso a educação deve ser pautada no planejamento coletivo e formas de
organização pedagógica que se insiram nas relações de poder e saber, questões de gênero,
raça, classe social, entre outras. Portanto é necessário organizar de forma racional a
informação fragmentada de acordo com o contexto social, por que a escola está inserida na
complexidade do mundo social e histórico, e os sujeitos que frequentam a escola são pessoas
que nas suas práticas sociais cotidianas se integram com a cultura e a sociedade e aprendem
valores que orientam suas ações no mundo.
Nesse sentido, pensar a escola democrática exige a presença de sujeitos que
marcados pelo sonho, desafiam-se a construir um mundo possível. Os conteúdos mediam o
mundo concreto da vivência do educando e o conhecimento científico, definindo conceitos a
serem aprendidos.
Nessa perspectiva, precisamos superar a dicotomia entre o pensar e o fazer uma vez
que as concepções de homem, sociedade, mundo, educação e aprendizagem estão
diretamente relacionadas às finalidades dos conteúdos que são organizados para a formação
de um projeto de homem e de sociedade desejados.
Assim, reportamo-nos a autores e conceitos, que se identificam com o Projeto
Político Pedagógico sonhado para a escola.
Em relação ao homem, destaca-se que em essência o homem é trabalho, pois pelo
trabalho ele se relaciona com a natureza e com outros homens constituindo-se em um ser
social.
Na concepção dialética é traduzido como “síntese de múltiplas determinações”
conforme (Stenhouse, 1975) o indivíduo é um agente ativo que constrói e dá sentido à
realidade.
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Quanto à sociedade, ela é organizada de acordo com interesses comuns e regida por
leis nem sempre justas em um mundo capitalista, competitivo e excludente que se organiza
conforme seus meios de produção. Para Gramsci “é um palco de luta de classes”.
Considerando a citação de Gramsci que fala a respeito da luta de classes, busca-se
uma sociedade democrática fundamentada nos princípios da solidariedade, do respeito, do
compromisso para a construção de uma vida saudável, alegre e prazerosa, sonhada por
todos e, por isso mesmo, também direito de todos, concretizando – se como compromisso
político e ético para todos na medida em que cria uma rede de proteção social a partir da
democratização do acesso, permanência, gestão e qualidade social da educação.
Nesse contexto a educação, dever do estado e direito do cidadão é concebida como
valor social que se reflete como instrumento da sociedade para efetivar o processo de
formação e construção da cidadania. Para (FORQUIN, 1993) inseparável do conceito de
valor de uma ordem e de uma escala de valores não é dar a alguém um treinamento ou uma
formação no sentido puramente técnico... é introduzi - los, iniciá-lo, numa certa categoria de
atividades que se considera como dotadas de valor, um valor intrínseco, que se liga ao
próprio fato de praticá-las, razão da educação/ razão da moralidade.
Conforme a teoria Marxista, a prática não pode estar reduzida ao pragmatismo da
mesma forma que a atividade educacional não pode ser reduzida ao seu lado prático, pois a
teoria é o elemento fundamental dessa atividade, onde a prática é produtiva (trabalho), social
(poder) e simbólica (subjetividade cultura). É ao mesmo tempo atividade social e
transformadora.
No que se refere à aprendizagem, “é a vida, é o desenvolvimento da capacidade
humana de pensar” isso acontece baseado nas estruturas cognitivas já estruturadas nos
alunos, que são reestruturadas diante de novos conhecimentos significantes sejam estes
subjetivos ou objetivos. . Esse processo é contínuo e precisa ser realimentado
constantemente por meio da retomada de conteúdos e novos encaminhamentos.
Enfim, esses conceitos estão intimamente relacionados e não existem no vazio, são
determinados pela e determinantes da cultura curricularizada através dos conteúdos. A
cultura determina o comportamento do homem e justifica suas realizações. Por isso
(SACRISTAN, 1998) afirma que “o currículo é um projeto cultural que a escola torna
possível”.
Esses conceitos
e ideias podem contribuir
20
nas propostas curriculares ,pois
possibilita reflexões sobre a intencionalidade dos conteúdos selecionados a partir de uma
determinada cultura e das experiências das quais deseja-se que as novas gerações participem.
Nesse sentido, o currículo é um instrumento de compreensão do mundo, permeado
por relações de poder, conforme (LARAIA 1995) “Tem cunho político-pedagógico” e seus
conteúdos e conhecimentos estão em construção permanente.
Dentre as novas exigências e expectativas em torno do atual contexto educacional,
inegavelmente está o respeito à diversidade social e cultural dos educandos – o respeito às
diferenças.
A história da educação nos mostra que esta é uma dúvida, uma preocupação
contemporânea. No passado pouco se fez concretamente neste aspecto. Prova disso são os
inúmeros educandos deixados pelo caminho, os inúmeros analfabetos funcionais, os
inúmeros evadidos, reprovados.
Sabemos que a diversidade compõe a sociedade brasileira e que esta diversidade tem
colaborado para deixar à margem muitas pessoas. Por isso a escola deve estar preparada para
além de respeitar, colaborar para que as diferenças assumam papel de relevância onde todos
terão direito de buscar e conseguir sua cidadania.
Precisamos fazer da diversidade, da diferença um recurso de ensino porque se são
iguais, todos podem aprender.
A ‘’diferença’’ deve ser preocupação constante dos educadores empenhados em uma
educação transformadora.
Educar diferentes, requer uma pedagogia diferenciada e sustentada em dois pilares: o
primeiro construído no conhecimento das necessidades, das formas de aprender e das
dimensões psicológicas, materiais e socioculturais dos alunos. O segundo é a identificação
positiva com o “diferente’’.
Portanto cabe a escola a aos profissionais que nela atuam, conhecer e analisar estes
dois pilares para a partir deles poder propor uma educação que não despreze o diferente e
não se justifique por tratamentos discriminatórios, visto que a sociedade já é discriminatória
por essência.
A ânsia de aceitar a diversidade, o diferente não pode ser confundida com o
21
relativismo pedagógico. Quaisquer que sejam as diferenças os alunos precisam aprender
determinados conteúdos e construir competências para viver a cidadania plena.
Entendida desta maneira percebe-se que os alunos vêm para a escola aprender
justamente aquilo que sua cultura e condição de vida não conseguiu ensinar.
É na diversidade que há crescimento e é por termos alunos tão diferentes que
precisamos inventar diferentes modos de ensinar não esperando que todos sejam iguais, mas
que suas diferenças individuais sirvam de alicerce na busca de uma sociedade mais justa e
igualitária.
Para que isso aconteça é imprescindível a articulação das áreas do conhecimento com
o contexto histórico – social refletindo sobre qual a utilidade dos conteúdo? Para que
aprende-lo?
Para a aprendizagem ser significativa deve-se iniciar quando os alunos dizem o que
sabem sobre o tema da aula e o que gostariam de saber a mais sobre esse conteúdo. Para ser
significativa é necessário a clareza, a coerência, atualização e a contextualização de
conhecimento, para que este não seja apenas um repasse de ‘’cima para baixo’’.
Assim, espera-se que os alunos passem a questionar o conhecimento que vão
aprender, interessem-se por suas múltiplas dimensões, desejem saber o sentido que tal
conhecimento tem para sua vida e para a solução dos problemas sociais. Passam, então, a
apropriar-se dos conteúdos e dos processos pedagógicos que respondem aos desafios
presentes e vitais daquele momento. Nesta fase, o professor, trabalhará com os alunos,
explicando, comunicando conhecimentos, fazendo perguntas, corrigindo e permitindo-lhes
dar sua explicação. É dessa forma que eles se defrontam com o objeto sistematizado do
conhecimento. Os alunos terão, depois, o prazer de mostrar o que de fato aprenderam para
sua vida. Integrarão o novo conhecimento com o que já possuíam anteriormente, construindo
uma nova totalidade concreta, unindo o cotidiano e o científico, elaborando e expressando a
nova síntese a que chegaram. Podem então, retornar à prática social com novas propostas de
ação a partir do conteúdo aprendido.
No que se refere a objetivos de ensino inclui-se tanto os do domínio cognitivo como
do afetivo e para ocorrer a aprendizagem é atribuído papel relevante ao professor, na
instrução; ou seja, a importância da imitação como parte integrante da aprendizagem
significativa para construir uma argumentação consolidada, justificando o papel da imitação
22
na construção do saber científico do aluno.
Essa colocação causa surpresa, pois no ambiente educacional, repudia-se a imitação
como um procedimento mecânico, nocivo, incapaz de engendrar aprendizagem significativa.
Ao contrário disso, argumenta-se que a imitação põe o aluno em contato com a herança do
saber humano. Ao professor cabe, em conseqüência, criar mecanismos que estimulem o
aluno a imitá-lo. O professor, não é apenas um gerador da aprendizagem cognitiva; mais
ainda, ele é o paradigma da assimilação de valores morais e éticos.
O aluno deve ser o verdadeiro sujeito do currículo – não um instrumento ou um mero
destinatário do currículo. Nesse sentido, Vygotsky nos lembra que o sujeito não é apenas
ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e
interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando
conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da
própria consciência. Assim, a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional
desencadeia o processo ensino-aprendizagem.
O professor tem o papel explicito de interferir no processo, diferentemente de
situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultural.
Embora processos de aprendizagem ocorram constantemente na relação do indivíduo com o
meio, quando existe a intervenção deliberada de um outro ser social nesse processo, ensino e
aprendizagem passam a fazer parte de um único, indissociável, envolvendo quem ensina,
quem aprende e a relação entre essas pessoas. Portanto, é papel do docente provocar
avanços nos alunos, pois um processo de desenvolvimento não ocorre se não houver
situações de aprendizado que o provoquem.
O indivíduo não tem instrumentos endógenos para percorrer sozinho, o caminho do
pleno desenvolvimento. Não basta o contato com objetos de conhecimento ou estar inserido
em ambientes informadores, porque não promove necessariamente o desenvolvimento
balizado por metas culturalmente definidas. A intervenção dos membros mais maduros da
cultura no aprendizado das crianças é essencial ao seu processo de desenvolvimento.
Os procedimentos regulares que ocorrem na escola – demonstração, assistência,
fornecimento de pistas, entre outros são essenciais para a promoção de um ensino capaz de
promover o desenvolvimento. A intervenção do professor tem, pois, um papel central na
trajetória dos indivíduos que passam pela escola.
23
A relação entre educador e educando deve ser de cooperação principalmente por
parte do professor, esta postura torna os alunos mais ativos, inventivos, críticos: tomam
iniciativas, assumem responsabilidades, se tornam mais autônomos e responsáveis.
Fica então claro que, o papel do professor é dirigir o trabalho educativo para estágios
de desenvolvimento ainda não alcançados. Ou seja, o trabalho educativo do professor deve
impulsionar novos conhecimentos e novas conquistas, pois como Vygotsky nos lembra: '‘o
bom ensino não é aquele que incide sobre o que já se sabe ou já é capaz de fazer, (nível de
desenvolvimento real), mas é aquele que faz avançar o que já sabe, ou seja, que desafia o
aluno para o que ele ainda não sabe, ou só é capaz de fazer com a ajuda de outro (nível de
desenvolvimento proximal).
Nessa perspectiva a avaliação se constituirá num meio de intervenção visando o
melhor aproveitamento do processo de ensino e aprendizagem.
Assim, a recuperação dos alunos também é essencial, pois ela compreende um dos
aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com
aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilite a apreensão de
conteúdos básicos.
7- MARCO OPERACIONAL
Perante todos os aspectos até aqui apresentados no Projeto Político Pedagógico da
Escola Estadual de Barra do Lontra – Ensino Fundamental, pode-se observar várias
conquistas, muitas evoluções e também dificuldades que permeiam o nosso trabalho. Dessa
forma, procuramos manter sempre uma harmonia em nossa escola, já que é nosso ambiente
de relacionamento e de trabalho, para isso contamos com os colegiados que nos permitem
usufruir uma cumplicidade verdadeira, proporcionando assim uma ajuda recíproca em todos
os aspectos que se referem a discutir, resolver e buscar soluções para tudo o que envolve a
escola.
A escola que buscamos implica em vivência de valores e que também acompanhe o
desenvolvimento científico e tecnológico. Que seja integradora, participativa e ética,
consciente da responsabilidade de preparar os educandos para os desafios do mundo e para o
24
trabalho. Sendo assim, acreditamos que a escola deve ter uma gestão democrática, na qual
todos devem ter liberdade para sugerir e implantar novas ideias, visando sempre o
aprendizado dos alunos.
7.1- Gestão Democrática
A gestão democrática deve ser, partilhada e compartilhada, assegur a ampla
participação
de
todos
na
organização
da
escola,
imbuídos
de
compromisso
cabendo a cada segmento escolar a contribuição engajada para que a escola consiga atingir
seus objetivos, tendo como premissa a qualidade do ensino-aprendizagem.
7.1.1- Organização da Hora Atividade
Os períodos da hora atividade deveriam ser conjugados para que os professores
pudessem trocar ideias sobre metodologias e conteúdos. O tempo destinado para a hora
atividade deveria ser maior, pois assim os professores poderiam preparar melhor suas aulas,
utilizando-se da pesquisa e da leitura em materiais diversificados.
Em nossa escola a hora atividade é cumprida 100% na própria escola, obedecendo o
cronograma feito pela direção e acompanhado pela equipe pedagógica.
7.1.2- Reuniões Pedagógicas
As reuniões pedagógicas tem como objetivo viabilizar a troca de experiências entre
professores, bem como buscar soluções para os eventuais problemas que possam ocorrer.
Planejar atividades que ocasionam melhoria na qualidade de ensino, avaliar o
desenvolvimento dos projetos que estiverem sendo desenvolvidos na escola, organizar
grupos de estudo para aperfeiçoamento dos professores, reuniões para discussões referentes
a aprendizagem dos alunos e sobre o andamento das atividades escolares.
As reuniões pedagógicas acontecem conforme datas determinadas no calendário
escolar.
7.1.3 - Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização
25
do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as
políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o
Projeto Político-Pedagógico e o Regimento da Escola/ Colégio, para o cumprimento da
função social e específica da escola.
Tem função deliberativa, pois se refere à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras.
Função consultiva emissão de pareceres.
Função avaliativa acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas
pela unidade escolar, objetivando a qualidade social da instituição escolar.
Função fiscalizadora refere-se a fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e
financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de suas ações.
O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-pedagógico, religioso,
racial, étnico ou de qualquer outra natureza.
O Conselho Escolar participará de reuniões, encontros para elaboração do PPP, do
Regimento Escolar,bem como estará envolvido na tomada de decisões e sugestões de
melhoria para o bom andamento do trabalho pedagógico.
7.1.4- Conselho de classe
A partir da resolução 2000/91, Art. 27, 28 o conselho de classe é um órgão colegiado
de natureza consultiva em assuntos didático-pedagógicos, com objetivo de avaliar o processo
ensino aprendizagem na relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada caso,
procurando analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma,
com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico, evitando a comparação
dos alunos entre si.
Dessa forma, procuramos desenvolver um conselho de classe democrático no qual
discute-se assuntos referentes a todas as turmas, sempre com objetivo de melhorar a
aprendizagem dos alunos.
Pretendemos realizar ainda um conselho de classe participativo, com a presença dos
representantes de turmas e quando possível a participação dos pais, para que todos possam
participar da construção de uma educação que venha atender a todas as necessidades dos
26
estudantes.
Sendo assim, realizaremos os pré conselhos de classe onde os alunos juntamente
com os professores e equipe pedagógica realizarão as reflexões e sugestões necessárias para
novos encaminhamentos.
E após os pré conselhos e o conselho de classe serão realizados os pós conselhos nas
turmas para pôr em prática os novos encaminhamentos, as decisões e sugestões de melhoria
para uma educação de melhor qualidade.
Como temos somente quatro turmas, com um número reduzido de alunos,
aproveitamos também esse tempo para tratarmos assuntos pedagógicos, reflexões sobre a
prática dos professores, repasse de avisos, soluções de problemas e dificuldades da escola.
7.1.5- Eleição do aluno representante de turma
Antes da eleição da escolha do aluno representante de turma a Direção e Equipe
Pedagógica fazem um trabalho de preparação, com o objetivo de preparar e conscientizar os
alunos da importância de escolherem seu representante de forma consciente e crítica.
A eleição para escolha do representante de turma deve ser democrática, com voto
secreto de todos os alunos integrantes da turma, pois o mesmo deve trabalhar em benefício
do grande grupo que o escolheu.
O representante de turma será o aluno que receber maior número de votos válidos e
o segundo mais votado será o vice-presidente.
O representante de turma deve ter espírito de liderança e uma grande
responsabilidade, portanto com esses alunos será feito um trabalho direcionado, a partir de
conversas e questionamentos no intuito de provocá-los para essa responsabilidade e para o
comprometimento com a turma, bem como com a escola.
7.1.6 - Eleição de Diretor
A Eleição para Direção da Escola ocorrerá a cada 03 (três) anos, segundo as normas
emanadas da SEED/PR.
A eleição do diretor por si só, já demonstra um avanço no que se refere à questão
27
democrática, por que ela envolve toda comunidade escolar ( pais, alunos, professores e
funcionários). Nesse processo todos podem sugerir e opinar para melhoria da escola e
efetivação do processo ensino/aprendizagem.
Desse modo, segue abaixo o plano de ação apresentado pela Diretora e aprovado pela
comunidade escolar, o qual contempla as seguintes prioridades:
- Envolver a equipe escolar como um todo em ação trabalhando integrado com
funcionários , professores, pais , alunos, APMF e Conselho Escolar.
- Proporcionar um ambiente agradável, onde todos se sintam bem, e valorizando o
trabalho executado por cada um.
−
- Direção e Equipe Escolar irão auxiliar nos planejamentos e, também oferecer
condições aos professores para que o planejamento se efetue de forma coerente e eficaz,
visando o crescimento pessoal e intelectual dos educandos.
- Dialogar constantemente com professores, procurando discutir formas diversas de
avaliação da aprendizagem e o crescimento do aluno.
-
Aquisição de livros de leitura, principalmente livros de crescimento pessoal e
literário.
- Sempre que houver necessidade de serem tomadas algumas decisões, procurar toma
-lás junto com professores e funcionários, assegurando a co -responsabilidade no sucesso ou
insucesso das mesmas.
- Disponibilizar materiais para as atividades esportivas, pedagógicas e culturais.
- Possibilitar aos Agentes Educacionais I condições de trabalho, de modo que cada
um realize suas atividades na escola como se estivesse em sua própria casa.
- Estar sempre disponível para dialogar, receber sugestões para melhoria da escola
como um todo.
- Promover atividades de integração entre professores e funcionários, melhorando
relacionamento, afinidade e amizade entre o grupo.
ALUNOS
- Contribuir para a formação de cidadãos críticos frente à enorme quantidade de
diversidade informacional do mundo.
- Realizar trabalhos de conscientização
para que ajudem na conservação e
28
preservação do ambiente escolar.
- Responsabilizá -los através de conversas para o cuidado e conservação que devem
ter em relação aos livros didáticos e seus materiais escolares.
- Promover passeios culturais e pedagógicos.
- Oferecer condições para que o aluno torne -se um ser crítico, criativo, participativo,
consciente e responsável.
- Incentivar a realização de jogos, gincanas esportivas e culturais.
- Aquisição de livros de leitura.
- Realizar palestras dentro de temas trabalhados durante as aulas ou em projetos
realizados na escola.
- Enriquecer e alimentar as atividades desenvolvidas em sala de aula, através de aula
literária, possibilitando as expressões diversas: oral, escrita e audiovisual.
- Acompanhamento individual aos alunos que apresentem dificuldades na
aprendizagem, com o objetivo de incentivá -los a melhorarem.
- Dialogar sempre que houver necessidade, com o objetivo de que a escola melhore a
cada dia.
PAIS E FUNCIONÁRIOS
- Responsabilizar os pais quanto ao acompanhamento que deverão ter em casa com
seu filho, para que o mesmo apresente bons resultados na aprendizagem: estabelecer horário
e local para estudo e tarefas, observação dos boletins,etc.
- Realizar palestras educativas.
- Informar toda a comunidade escolar quanto aos objetivos que a escola se propõe
atingir.
- Envolver toda a comunidade escolar em atividades promovidas pela escola.
- Promover encontros na escola nas quais os alunos apresentarão atividades artísticas
como: teatro, dança, poesia, paródias, etc.
- Resgatar junto a comunidade escolar a importância de escola e família estarem
caminhando sempre na mesma direção.
- Estar sempre dialogando com o objetivo de melhorar a escola como um todo.
29
PRÉDIO ESCOLAR
- Manter e melhorar o aspecto físico da escola.
- Viabilizar junto ao Governo do Estado e do Município auxílio financeiro quando
necessário para a realização de melhorias na escola.
- Reativar a horta escolar, talvez num espaço menor, cultivando também plantas
medicinais.
- Com o auxílio de professores envolver a participação de alunos quanto a
conservação e manutenção da horta escolar.
- Solicitar junto a Secretaria Municipal de Educação a vistoria de um eletricista em
todo o prédio escolar, reativando o funcionamento de ventiladores.
- Substituir cortinas onde houver necessidade.
- Pintar o prédio escolar.
- Dar continuidade aos projetos de melhoria, reforma do prédio escolar.
7.1.7 - Escolha do Professor Regente
A escolha do Professor Regente de turma ocorrerá no início de cada ano
letivo, iniciando pela 8a série e será realizada em forma de votação entre os alunos da turma.
As atribuições do professor regente são:
- Fazer acompanhamento e diagnóstico da turma para as reuniões de Conselho de Classe ou
outras;
- Acolher as reivindicações dos alunos e encaminhar a quem compete;
- Promover passeios ou viagens conforme o interesse e a condição da turma,
organizando-os quanto a arrecadação de recursos.
- Zelar pelo bom relacionamento entre professores alunos e funcionários.
7.1.8- APMF
Associação de Pais, Mestre e Funcionários – tem como objetivo contribuir com o
processo educacional e a integração família-escola-comunidade. Parcerias com a APMF
30
podem ser úteis na mobilização de recursos e na identificação de ações necessárias. Dessa
forma, pretendemos trabalhar em conjunto, desenvolvendo ações que envolvam toda a
comunidade escolar em busca de melhorias para escola como, cobertura do saguão, a
construção da horta e também da quadra de esportes, que trariam muitos benefícios aos
educandos e a todos que poderão usufruir destes bens.
7.1.9- Grêmio Estudantil
É a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Tem
finalidades educacionais, cívicas, desportivas e sociais. Possui autonomia, ou seja, seu
funcionamento independe da vontade da direção da escola e sua diretoria é eleita pelos
estudantes. O Grêmio permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras
possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.
O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que devem
reconhecer a sua importância e que devem definir o seu perfil. Os grêmios organizados desta
forma, exercem um papel importante na formação do aluno, devendo ter uma dimensão
social, cultural e política.
7.1.10- Educação Inclusiva
A inclusão é uma forma de mobilizar a sociedade na busca de uma qualidade de
relações que respeite as diferenças e as particularidades do ser humano. Neste processo
devem ser levados em conta limitações, déficits cognitivos, físicos, sensoriais, condutas
típicas e altas habilidades, entre outras particularidades, como o compartilhamento das
diferenças sociais, de gêneros, culturais, que enriquecem a gama de conhecimentos dos
educadores, de acordo com a riqueza plural da realidade da sala de aula e do desafio da
educação para a diversidade.
É importante destacar que as necessidades educativas especiais não estão apenas nas
pessoas com alguma patologia ou limitação acentuada congênita ou adquirida. Muitas vezes,
o educador não consegue identificar uma falta de eficiência no aluno com dificuldades de
aprendizagem, pois não tem conhecimento das especificidades das deficiências físicas,
sensoriais e cognitivas, o que eleva significativamente o índice de repetência e evasão
escolar. As dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas às formas metodológicas
31
direcionada à aquisição de conhecimento. (Segundo Fernández-2002,p.186)
A inclusão de alunos de diferentes grupos sociais e de etnias diferenciadas em todas
as atividades da comunidade escolar, ainda estão longe da realização da verdadeira inclusão.
Na realidade, a inclusão escolar, entendida em seu sentido mais amplo, é o conjunto de
ações realizadas em todos os níveis e por todos os segmentos da escola que buscam dar
oportunidade aos alunos para que vivenciem as mais variadas formas e chances de garantia
de sucesso.
A escola realizará atividades reflexão , conscientização e integração com todas as
turmas, fazendo com que os os alunos inclusos sintam-se aceitos e parte integrante da escola.
Também serão realizadas as adaptações físicas necessárias para o acesso desses alunos. As
atividades serão adaptadas de acordo com as necessidades e individualidades dos educandos.
7.1.11-O uso de tecnologias
O desenvolvimento das tecnologias no mundo atual tem acontecido de uma maneira
muito rápida.
O educador e o educando, por sua vez, não conseguem acompanhar esse
desenvolvimento, não por falta de interesse, mas sim pela dificuldade ao acesso desses
meios tecnológicos, (computador, internet ) de todos os educandos.
Alguns
de
nossos
alunos
convivem
com
meios
como
vídeo,
DVD,
televisão,computador somente na escola.
De acordo com essa realidade, buscaremos proporcionar a todos os alunos o acesso a
todos os meios possíveis que a escola conseguir, para que os mesmos possam estar
evoluindo conforme a realidade tecnológica, na qual estamos inseridos.
Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como mais uma ferramenta eficiente
na construção de conhecimentos: a integração de mídias, como televisão e internet, não é
mais novidade estranha à sala de aula, pelo contrário, contribui para a criação de novas
estratégias de ensino-aprendizagem e auto-capacitação.
Dessa forma a implantação de uma rede de computadores, ligados a internet, através
do Programa Paraná Digital , vem minimizar a carência das escolas neste setor,
possibilitando ao aluno o contato com o mundo.
32
Para isso faz-se necessário também a capacitação dos profissionais da educação, de
modo que este possam melhorar a sua prática em cada sala de aula.
7.1.12-Educação do Campo
Quanto à Educação do Campo, entende-se que ela ultrapassa os espaços extrativistas
possibilitando a percepção humana sobre a produção das condições de sua existência social e
suas realizações. Sob esse contexto, nossos educandos se inscrevem na condição de sujeitos
merecedores do respeito às suas especificidades.
Os estudantes do campo possuem saberes próprios, inerentes a vida produtiva
exigindo-se a abordagem de temas que respondam algumas questões dessa diversidade. Para
isso, os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos precisam estar contemplados,
visando garantir o respeito à diferença e o direito a igualdade.
As populações do campo como afirmam as Diretrizes da Educação do Campo, tem
direito ao acesso à educação básica nas suas comunidades, tendo autonomia para promover
as adaptações necessárias, conforme as peculiaridades da vida rural possibilitando
estabelecer relações entre escola, família e comunidade.
Nessa perspectiva, há necessidade de políticas públicas que formem professores com
qualidade para atuarem nessas escolas.
Para situar a reflexão se faz necessário o discernimento entre educação do campo e
educação rural. O termo rural, diz respeito à definição jurídica em relação aos povos do
campo referenciados por políticas públicas antigas. Já o campo, é considerado um lugar de
vida, trabalho e construção de significados. Então, cabe à Educação do Campo, valorizar o
conhecimento empírico fortalecendo a educação escolar para a apropriação e elaboração de
novos conhecimentos.
Respeitar o campo, enquanto espaço de vida valorizando suas formas específicas de
trabalho e sua história reafirma a identidade de nossos educandos enquanto seres que
produzem e fazem sua história sendo protagonistas em seus modos de vida, na relação com a
natureza e com os outros homens. Nessa relação se pretende construir os ideais do
desenvolvimento sustentável onde o elemento fundamental é o ser humano.
Todavia, a Educação do Campo ainda segue um currículo urbano e muitas vezes
burguês.
33
Cabe ao professor, definir e repensar os conhecimentos locais e os historicamente
acumulados que devem ser trabalhados, lembrando que as questões sócio ambientais são
fundamentais para a qualidade de vida do ser humano, da sociedade e do planeta.
Na escola os conteúdos não estão ainda organizados de acordo a realidade do
campo,mas os professores procuram sempre fazer a contextualização e mostrar as duas
realidades. Esperamos que nos próximos anos possamos ter um currículo mais voltado a essa
realidade.
7.1.13- Estágio não obrigatório
Nessa perspectiva, entendendo o trabalho como princípio educativo do ensino, cabe a
escola proporcionar meios para que através das diferentes disciplinas os educandos reflitam
sobre as relações de trabalho, suas formas de dominação e principalmente que se apropriem
de conceitos que os possibilitem refletir sobre
a submissão imposta pelos meios de
produção.
Formar o cidadão para a vida requer também prepará-lo para o mundo do trabalho e
para isso, é necessário que ele se aproprie do conhecimento historicamente produzido com
base política, científica e tecnológica, onde a teoria e a prática são indissociáveis.
A prática deve ser entendida enquanto práxis, que vem do Grego e significa ação
consciente, por esse viés, cabe a escola disponibilizar ferramentas para que o futuro
trabalhador possa agir de maneira autônoma e emancipada.
Tendo se apropriado do conhecimento científico o futuro estagiário poderá participar
plenamente do processo produtivo.
Assim, o estágio deverá permitir que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho
e na escola sejam trazidas à pauta e refletidas.
Dessa forma, é inerente ao pedagogo a função de acompanhar as atividades de
estágio desenvolvidas pelos alunos e manter os professores informados sobre as atividades
por eles desenvolvidas, de modo que eles possam contribuir na resolução de problemas e
melhor compreensão da realidade.
Diante das considerações acima, com relação ao estágio não-obrigatório a escola
cumpre o que está previsto na Lei 11.788/08.
34
7.1.14- Gestão financeira de recursos
A escola é mantida através das promoções realizadas pela APMF e pelos recursos
oriundos da SEED – Governo do Estado do Paraná.
É com base nesses conceitos que trabalhamos e buscamos desenvolver um processo
de ensino com qualidade e respeito às diferenças individuais de cada aluno.
A escola busca na medida do possível fazer o uso dos seus recursos para fazer
pequenos reparos, melhorias, aquisição
de material didático entre outros recursos
necessários para o bom andamento do trabalho pedagógico. E para aquisição desses recursos
há a participação dos docentes ,instancias colegiadas e também a comunidade escolar .
7.1.15- Avaliação e Recuperação
Procura-se avaliar através de mecanismos diversificados, pois a avaliação é
entendida como um momento muito importante no processo educacional, pois ela
constitui-se num meio que permite ao professor perceber como, quando e onde intervir
para que a aprendizagem se consolide de fato.
As avaliações devem ocorrer ao longo do processo de aprendizagem propiciando ao
aluno várias possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado.
A avaliação compreende trabalhos individuais e em grupos, pesquisas, produção e
interpretação de textos, avaliação oral ou escrita, análise de filmes, bem como atividades
desenvolvidas no caderno, sempre com peso 10,0. O aluno deve atingir no mínimo 6,0 de
média trimestral ou totalizar 18,0 pontos durante o ano letivo para ser aprovado.
Para cálculo da media anual (M.A) será usada a seguinte fórmula:
MA = 1º T + 2º T + 3º T
3
Os alunos serão submetidos a no mínimo (2) duas aferições nas disciplinas com
apenas duas aulas semanais e três para as demais disciplinas, ao longo do trimestre, com
peso 10,0 (dez) para cada aferição.
A recuperação de conteúdos será paralela, e ofertada para todos. Os conteúdos
revisados serão retomados na próxima avaliação, sendo obrigatória para os alunos que não
atingiram a média e opcional para aqueles que desejarem elevar a nota. Esta recuperação
poderá ocorrer de diferentes formas: pesquisas, relatórios, leituras complementares com
35
entrega de atividades relativas ao assunto, substituição de trabalhos que não foram entregues
envolvendo os mesmos conteúdos, produção de trabalho individual, refazendo avaliação
aplicada em sala de aula com revisão do conteúdo.
Na recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior nota obtida pelo aluno. Ela
será registrada no ‘Livro Registro” da turma, seguindo as orientações oferecidas
anteriormente pela equipe pedagógica.
7.1.16- Articulação com a família
Visando atingir os objetivos propostos pela escola e tendo sempre em mente a sua
Filosofia “Garantir a democratização do acesso ao saber sistemático, intencional e
programático para os educandos e a sua permanência no sistema escolar. Ao ter acesso ao
saber, este deverá ter condições para construir o próprio conhecimento demonstrando
interesse no processo ensino/aprendizagem”, a participação torna-se imprescindível . Esta
participação será incentivada através de reuniões, palestras, atividades recreativas,
convites, comunicados,entre outros meios que se fizerem necessários.
36
7.2- Matriz Curricular
Matriz Curricular – Ensino Fundamental Regular de 5ª a 8ª Séries
NRE: 10 – Dois Vizinhos
Município: 2320 – Salto do Lontra
Estabelecimento: 00759 –Escola Estadual de Barra do Lontra –Ensino Fundamental
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Curso: 4000 – Ensino Fundamental 5ª/8ª Séries
Turno: Matutino
Ano de implantação: 2006 – Simultânea Módulo: 40 semanas
5ª série
6ª série
7ª série
BASE
Ciências
3
3
4
Educação Artística
2
2
2
NACIONAL
Educação fisica
3
3
3
COMUM
Ensino religioso
1
1
0
Geografia
3
3
3
História
3
3
3
Língua Portuguesa
4
4
4
PARTE
8ª série
3
2
3
0
3
4
4
Matemática
Subtotal
Língua
Estrangeira**
4
22
2
4
22
2
4
23
2
4
23
2
Subtotal
Total Geral
2
24
2
24
2
25
2
25
DIVERSIFICADA
# Complementação Curricular : Projeto Viva Escola: “ A Arte de Ser um Bom leitor”Período Vespertino
*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 833 horas.
**O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
Na organização curricular estão pautados o planejamento, os conteúdos, as
metodologias, a avaliação, enfim, o fazer pedagógico propriamente dito.
37
8- LINHAS DE AÇÃO
A escola se propõe a desenvolver algumas atividades durante o decorrer do ano
letivo que complementam a ação dos educadores no que se refere a conteúdos e também
colaboram na formação de educandos mais conscientes de sua função social e cultural. As
atividades desenvolvidas envolverão:
•
Atividades em datas especiais A escola deverá planejar as atividades de
acordo com as necessidades conforme as datas comemorativas, visitas
culturais, semana de jogos, semana cultural, e calendário elaborado pela
própria escola.
•
Atividades de entrosamento
Jantares de integração com os aniversariantes de cada semestre, junto com a família.
•
Palestras
As palestras serão marcadas através de projetos, sobre o meio ambiente, saúde
corporal, drogas, alcoolismo e todas que foram propostas pela SEED.
•
Atividades referentes ao dia do Meio Ambiente (com caminhada de
conscientização, palestra e limpeza do córrego que passa ao lado da
escola);
•
Organização da horta na escola;
•
Gincana, caça ao tesouro e atividades diversificadas para comemoração
do Dia do Estudante, com premiação e lanche especial;
•
•
Conferência do Meio Ambiente;
Semana da Pátria, com atividades cívicas (desfile e apresentações
alusivas a Semana da Pátria);
•
Plantio de árvores doadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e
EMATER (com palestra sobre uso de agrotóxicos e perspectivas de
38
produção);
•
Semana cultural e Esportiva ( com jogos e apresentações de dança, poesia
e teatro);
•
Temas Sociais Contemporâneos: Arte: Cultura afro-brasileira;Educação
Física:Uso
indevido
de
Drogas;Matemática:
Educação
Fiscal;Português: Enfrentamento a Violência;:Ciências :Sexualidade.
•
Projeto Alunos destaques do bimestre com premiação e valorização dos
mesmos;
•
Projeto dos Aniversariantes do Bimestre -homenagem e lembrançasprofessores/funcionários e alunos;
•
Homenagem da 7ª série para os alunos da 8ª série;
39
9 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
Caderno da TV Escola. Ministério da Educação. Secretaria da Educação a
Distância, 1999.
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.
DEMO, Pedro. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994.
GHIRALDELLI, Paulo. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1997.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991.
LUCK, Heloísa. A evolução da gestão educacional, a partir de mudança paradigmática.
(Apostila).
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991.
NISKIER, Armando. LDB. A Nova Lei da Educação. 6ª ed.
Rio de Janeiro: Ed.
Corsultor, 1996.
REVISTA Nova Escola. Edição especial – 2004.
REVISTA Nova Escola. Set/2005. P. 12-21.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1991.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Dirretrizes Curriculares Estaduais
REVISTA NOVA ESCOLA. PCNs 5ª a 8ª séries. ed. Especial. São Paulo: Fundação
Victor Civita, 2000.
40
10- ANEXOS:
1- PROJETO - VIVA ESCOLA
“A ARTE DE SER UM BOM LEITOR”
-Núcleo de conhecimento/disciplinas contempladas:
Língua Portuguesa
- Justificativa Pedagógica às necessidades socioeducacionais dos participantes e
o envolvimento com o PPP da escola.
O presente projeto visa resgatar o gosto e o hábito da leitura que vem se perdendo em
meio aos alunos, ocasionando dessa forma dificuldades de interpretação e entendimento dos
mesmos nos mais diversificados conteúdos.
Acredita-se que a leitura é imprescindível para uma boa aprendizagem e para tanto
esperamos que com
esta atividade os educandos ampliem seus conhecimentos e sua
capacidade de ler e escrever em uma perspectiva crítica, construtiva e participava.
Esta atividade será de fundamental importância pois os nossos educandos falam e
escrevem com inúmeros erros. Pela própria cultura popular no qual estão inseridos, de uma
forma folclórica, os alunos filhos de colonos, falam palavras como “brusa”, “drento” entre
outras.
Esta atividade visa portanto conscientizar o educando sobre a importância do uso da
norma culta da língua, sem no entanto menosprezar suas raízes culturais.
- Objetivos das atividades
- Através da leitura preparar leitores e escritores críticos e questionadores;
- Melhorar a capacidade de interpretação;
- Diminuir a quantidade de erros na pronuncia e na escrita;
- Despertar o gosto e o hábito da leitura nos educandos;
- Despertar a criatividade e a imaginação;
- Melhorar a capacidade de apreensão do conhecimento pelos alunos em
disciplinas;
todas as
41
- Conhecer os diversos gêneros literários;
- Divulgar as obras literárias.
- Critérios de participação
Os critérios para participação serão: interesse do aluno pela atividade, dificuldade na
leitura, ortografia e gramática.
2- PROJETO - CÂMARA MIRIM
1- OBJETIVOS:
. Despertar o espírito de liderança e o exercício da cidadania.
. Contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
. Promover a interação entre câmara municipal de vereadores, as escolas e a
comunidade.
2- DESENVOLVIMENTO:
O vereador mirim é eleito pelos alunos da escola. Só poderão ser votados alunos da 7ª e
8ª séries. O mandato do vereador mirim é de 01 (um) ano, podendo ser reconduzido por mais
01 (um) ano. Cada vereador mirim tem como padrinho um vereador municipal.
3- PROJETO -
PRÉ-VIDA
1- OBJETIVOS:
•
Conscientização dos alunos bem como toda comunidade escolar para temática
proposta.
•
Envolver todas as disciplinas nas diferentes atividades do projeto.
2- DESENVOLVIMENTO:
Conforme orientações da SEED e NRE.
42
4- PROJETO -
FERA
4.1- OBJETIVO:
Proporcionar ao aluno o contato com experiências nas diversas áreas e linguagens
artísticas, refletindo sobre elas, bem como demonstrar sua habilidade.
4.2- DESENVOLVIMENTO:
Conforme orientações da SEED e NRE
5-PROJETO- COM CIÊNCIA
5.1- OBJETIVO:
Oportunizar ao aluno o intercâmbio com outras escolas, promovendo o aprendizado e a
troca de experiências, bem como, valorizar projetos desenvolvidos na escola como forma de
incentivar o alunop para estudos, pesquisas e mudanças de atitude.
5.2- DESENVOLVIMENTO:
Conforme orientações da SEED e NRE.
6- PROJETO - HISTÓRIA DO PARANÁ ( 8ªS SÉRIES)
- texto informativo com dados políticos, econômicos e sociais;
- símbolos ( hino, bandeira e brasão)
- Hino com imagens ( analise da letra do hino)
- Músicas “ Rainha do Paraná”( Liu e Léo) e “Empreitada Perigosa” (Viola Quebrada)
- Poesia: Meu Paraná eu faço !
- Painel com imagens
- Vídeo sobre a cultura paranaense ( c/ Anagilda)
- Produção de poesia, desenhos de pontos turísticos e/ou textos ilustrados
43
PARANÁ
Em 19 de Dezembro de 1853, a Província do Paraná separou-se da Província de São
Paulo, deixando de ser a, até então, 5ª Comarca de São Paulo. Curitiba foi transformada em
capital da província, e Zacarias de Góes e Vasconcelos tornou-se o primeiro governador.
A partir de então, um programa oficial de imigração européia contribuiu para a
expansão do povoamento e o aparecimento de novas atividades econômicas. As maiores
levas de imigrantes que chegaram foram os poloneses, ucranianos, alemães e italianos, além
de suíços, franceses e ingleses em menores números. Para abrigar os novos habitantes foram
criados núcleos novos de povoamento, principalmente no Planalto de Curitiba e nos Campos
Gerais de Guarapuava.
A palavra Paraná tem origem tupi ( para-nã) e significa “grande rio”. O nome foi
dado pelos primeiros habitantes do estado que foram os grandes prejudicados pela chegada
dos europeus. Os indígenas foram catequizados e reeducados para seguir a cultura do
“homem branco”, e por serem considerados como inferiores foram praticamente
exterminados pelos colonizadores.
Os colonos viviam, nos primeiros tempos, da exploração da madeira existentes
nessas terras, principalmente das araucárias. Mais tarde passaram a cultivar a erva-mate
bastante consumida na região sul do Brasil e também na Argentina e no Uruguai.
Dedicaram-se também a plantação do café e em alguns lugares á criação de gado que era
vendido principalmente em São Paulo fazendo a integração do Paraná com outras províncias
brasileiras. No inicio do século XX, o estado também passou por um processo de
industrialização que foi acompanhado pelo crescimento econômico de modo geral.
Atualmente podemos dizer que o Paraná é um estado com grande potencial na
industria, na agricultura, no comércio, além da produção de energia elétrica gerada pela
Usina de Itaipu, que é uma das maiores do mundo.
Este estado localiza-se na região sul do Brasil e limita-se com:
- Norte: São Paulo
- Sul: Santa Catarina
44
- Noroeste: Mato Grosso do Sul
- Sudeste: Argentina
- Oeste: Paraguai
- Leste: Oceano Atlântico
O estado possui 399 municípios.
As principais cidades são: Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Londrina, Paranaguá,
Cascavel e Foz do Iguaçu.
Sua área é de 199.709 km.
O clima é subtropical.
Os principais rios são: Paraná, Iguaçu, Tibagi e Paranapanema
Rainha Do Paraná
Liu & Léu
Quando chega a primavera
Eu vejo a minha capela
Toda enfeitada de flor
A rosa me faz lembrar
Do porto paranaguá
Aquele ninho de amor
Da igreja do rocil
Onde o romeiro pediu
Uma graça e alcançou
Não há nada mais divino
Que o rocil cristalino
Da noite que serenou
Era o mês de novembro
Diz a história eu me lembro
A natureza floresceu
Num lindo campo de rosa
Uma santa milagrosa
Certa noite apareceu
Ali ergueram um santuaário
Onde a virgem do rosário
Os aflitos atendeu
Com o orvalho que caiu
Santa virgem do rocil esse nome recebeu
Quando chegam os marinheiros
Nossos irmãos brasileiros
No porto paranágua
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Ao deixarem o navio
Vao a igreja do rocil
A sua benção implorar
Pedindo felicidade
Que acalme a tempestade
Que desaba sobre o mar
Pede paz e proteção
E que nunca falte o pão
Na mesa de um pobre lar
Santa virgem do rocil
Quem te ve e quem teviu
Nunca mais esquecerá
Os teus milagres profundos
Que os filhos deste mundo
nunca se cansam de esperar.
HINO: O Hino do Estado do Paraná foi instituído através do Decreto-Lei nº 2.457,
de 31 de março de 1947, tendo por autores Domingos Nascimento (letra) e Bento
Mossurunga (música).
HINO DO PARANÁ
HINO DO PARANÁ
Entre os astros do Cruzeiro,
És o mais belo a fulgir
Paraná! Serás luzeiro!
Avante! Para o porvir!
I
Entre os astros do Cruzeiro,
És o mais belo a fulgir
Paraná! Serás luzeiro!
Avante! Para o porvir!
I
O teu fulgor de mocidade,
Terra! Tem brilhos de alvorada
Rumores de felicidade!
Canções e flores pela estrada.
O teu fulgor de mocidade,
Terra! Tem brilhos de alvorada
Rumores de felicidade!
Canções e flores pela estrada.
II
II
Outrora apenas panorama
De campos ermos e florestas
Vibra agora a tua fama
Pelos clarins das grandes festas!
Outrora apenas panorama
De campos ermos e florestas
Vibra agora a tua fama
Pelos clarins das grandes festas!
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III
III
A glória... A glória... Santuário!
Que o povo aspire e que idolatre-a
E brilharás com brilho vário,
Estrela rútila da Pátria!
A glória... A glória... Santuário!
Que o povo aspire e que idolatre-a
E brilharás com brilho vário,
Estrela rútila da Pátria!
IV
IV
Pela vitória do mais forte,
Lutar! Lutar! Chegada é a hora.
Para o Zenith! Eis o teu norte!
Terra! Já vem rompendo a aurora
Pela vitória do mais forte,
Lutar! Lutar! Chegada é a hora.
Para o Zenith! Eis o teu norte!
Terra! Já vem rompendo a aurora
BANDEIRA :Aprovada pelo pelo decreto-lei estadual nº 2.457, de 31 de março de
1947, é composta de um retângulo verde cortado por uma faixa diagonal branca, que
descende da esquerda para a direita. Sobre a faixa, no centro, aparece em azul, a esfera do
Cruzeiro do Sul. Corta a esfera, uma faixa branca com a inscrição "Paraná", em maiúsculas
de verde. Circundam a esfera, pelo lado direito, um ramo de pinheiro, e pelo esquerdo, um
ramo de erva-mate.
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Brasão de Armas: foi instituído pela lei n° 904, de 21 de março de 1910.
Sua última modificação ocorreu em setembro de 1990.
Constituído de um escudo português, o Brasão de Armas apresenta em campo verde a figura
de um semeador; em chefe azul (quadrângulo superior), um sol nascente de ouro e
montanhas com três picos que significam os três planaltos paranaenses.
Como timbre, traz a figura de um falcão (Harpia harpyia).
Ramos verdes idênticos aos da Bandeira servem de suporte ao Brasão
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(POESIA) O MEU PARANÁ EU FAÇO !
No cabo de uma enxada
No volante de um caminhão
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Na escola em construção
Nos riscos de uma estrada
O meu Paraná eu traço
Sem desanimo e sem cansaço
Vou semeando este chão
Vou aboiando o gado
Colhendo a espiga madura
Tirando da terra a fartura
Nem que seja de naco de pão
O meu pedaço eu planto
O pedaço que me cabe
Seja de noite ou de dia
No campo ou na cidade
Sol quente, maré fria
O meu pedaço eu garanto
Na fabrica, na oficina
No escritório, na usina
Não tem tempo ruim
Geada ou cerração
Enchente ou estiada
Na ponta da madrugada
Já estou cuidando de mim
Que importa se a vida é dura
Amarro ela na canga
Transformo usura em fartura
Meto os peitos no castigo
O meu Paraná eu brigo.
Por isso eu digo irmão
Tome conta deste chão
Garanta o seu pedaço
Assuma seu quinhão
O Paraná somos todos
Cada qual com sua parte
Seu oficio uma arte.
7-PROJETO - CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
7.1- OBJETIVO:
Reconhecer e valorizar a identidade, história e a cultura dos afro-brasileiros, bem como a
garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação
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brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas.
7.2- DESENVOLVIMENTO:
A cultura afro-brasileira, e a valorização das diferentes culturas é tema constante, implícito
em diferentes disciplinas e conteúdos, pois constitui-se como tema da vida cidadã e não pode
ser ignorado na escola. No entanto, a abordagem de forma mais sistemática ocorre na
disciplina de História, sendo desenvolvido através de projeto.
O projeto é desenvolvido com diferentes recursos e técnicas como: músicas, filmes, textos
informativos, produção de textos, poesias e paródias.

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