Peregrino

Transcrição

Peregrino
IMPRESSO
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
www.jperegrino.com.br
1ª edição - Maio / 2000
Ribeirão Preto - SP - Ano V - Nº 7 - Novembro/2004 - R$ 1,00
Florais de Bach
Perguntas freqüentes
13 - Sei que é indicado colocar-se no máximo cinco florais no
mesmo frasco. Mas quero saber qual a coisa certa a fazer se
alguém necessita mais do que cinco florais? É correto colocarse os outros florais em outro frasco e tomá-los alternadamente?
O que vocês sugerem?...
PÁGINA 12
DOULA – Uma nova luz no nascimento
Certamente você nunca ouviu falar em doula. Ainda não presente
nos dicionários da maioria dos brasileiros, a palavra “doula”
vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada
para referir-se às Acompanhantes de Parto - mulheres com
experiência no nascimento que dão suporte físico, informativo
e emocional a outras mulheres antes, durante e após o
nascimento...
PÁGINA 4
Una burla a los verdaderos escritores
Una burla, una gran burla a la creación, al esfuerzo y a “ese
querer creer en la transparencia de los concursos literarios”.
Puedo ser yo - y muchos otros escritores chilenos o de otro país
- excelente escritora, excelente poetisa, puedo tener cuentos,
poemas sociales, de amores, crónicas duras y que acusan a
culpables.- He ahí la razón...
Vamos falir a Roubrasil S.A.?
PÁGINA 9
Após a relevante aprovação da volta dos bingos, o Congresso
acena na pauta com uma decisiva proposta para o País, a ser
votada em breve: a criação de 13 novos Estados (sim, amigo
leitor, E-S-T-A-D-O-S da Federação), num pacote que já vem
até com nome e embalagem, onde se destacam pérolas como
Maranhão do Sul e São Paulo do Leste, dentre outras...
PÁGINA 6
FALAR BEM... a Língua Portuguesa.
Ela teve duas GRAVIDEZ difíceis?
Lamentável, Prezado Leitor. Mas não posso deixar de contribuir
com suas GRAVIDEZES, pelo menos no que diz respeito à
Língua Portuguesa.
O correto é GRAVIDEZES.
Lembre-se que também temos o plural de invalidez(es),
mesquinhez(es), estupidez(es)...
PÁGINA 4
Acupuntura e Doenças Psicossomáticas
A acupuntura é com certeza um dos mais antigos tratamentos
para as doenças psicossomáticas.
Os textos antigos de acupuntura afirmam que se o psiquismo
estiver em paz, equilibrado, o ser estará menos sujeito e até
mesmo isento de doenças, mesmo as de origem externa, pois
ele não contrairá doenças, mesmo contagiosas...
PÁGINA 5
PIMENTA-DA-JAMAICA
Pimenta dioica
Este condimento foi encontrado pelos
colonizadores espanhóis nas terras da
América Central e México e chamou
atenção pelo seu aroma característico...
PÁGINA 7
2
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Editorial
A morte como tema nunca é coisa bem aceita.
Parece que a moira torta, a ceifadora é algo distanciado
de nós anos-luz. Ela atinge os vizinhos e é tudo muito
triste, porém nós somos imunes. Pois é. Que ironia!
Morremos todos os dias na medida em que
envelhecemos e que células velhas vão-se embora.
Morrem pequenas e grandes coisas. Morrem nossas
ilusões, morrem muitas vezes nossas esperanças. Tudo
que é vivo morre. Estamos atrelados à morte desde
que nascemos. Ainda assim fazemos um esforço
danado para ludibriá-la, boicotando a velhice,
afastando-a de nossos pensamentos.
Dizem que há muito tempo um homem, que tinha
doze filhos, engravidou a mulher pela décima terceira
vez. Ele não tinha um padrinho para ser escolhido já
que houvera escolhido todos da cidade. Pensou e
pensou e resolveu escolher a morte como sua comadre.
Afinal de contas era vantagem escolher a morte. Quem
sabe seu filho pudesse escapar-lhe e tornar-se eterno.
Assim foi. A morte tornou-se madrinha do rapaz.
Passaram-se os anos e ele tornou-se médico. A
madrinha ofereceu-lhe uma erva curadora e explicoulhe que todos que a tomassem seriam curados, porém
se ao visitar o doente ela estivesse na cabeceira da cama, nada poderia ser
feito. Durante anos tudo funcionou e o rapaz tornou-se famoso.
Porém - há sempre um porém nas estórias - um dia o médico foi atender
o rei e viu a morte à sua cabeceira. Simplesmente ele girou a cama e o
doente se curou. A morte não gostou nem um pouco, mas deixou passar.
Posteriormente a filha do rei adoeceu e ele proclamou que quem a curasse,
casaria com ela. Lá foi o doutor e quem ele viu: a morte plantada na
cabeceira da cama. E o que ele fez: virou a cama.
A morte ficou possessa, mas não disse nada. Ela o convidou para
conhecer uma caverna profunda onde mostrou as velas que representavam
as vidas na terra. Lá estava a vela do médico luzindo fracamente. Ele
pediu para a madrinha que trocasse a vela por uma de chama alta e ela
disse que sim. Fingindo que ia fazer a troca ela assoprou a chama da vela
do afilhado. No mesmo instante, ele caiu morto.
Mariza Helena
[email protected]
Temas Abordados
Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo, Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de
nosso periódico.
JPeregrino Comunicação Visual Ltda.
Direção
José Roberto Ruiz - MTb 36.952
Redatora
Mariza Helena R. Facci Ruiz
[email protected]
WebDesign
Francisco G. R. Ruiz
Impressão
Gráfica Spaço
As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação
explícita neste sentido.
Endereço para correspondência:
Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP
14021-520 - Telefone: (0**16) 621 9225 / 9992 3408
Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected]
O HOMEM BOMBA
Como se as tâmaras
e as palmeiras desistissem
do lento crescimento
e na semente da semente
- por não suportar o futuro o presente detonassem,
quando o amante
da mulher encontrasse,
há nele outra face
a mulher
grávida de bomba
que chega à rua ou praça
como se à maternidade
chegasse,
de cujo útero explosivo
fecundada
a morte nasce.
como se as cabras
o leite das crias
na areia urinassem,
como se no poço
a possibilidade
de água se esgotasse
e no deserto a sede
fosse tanta,
que o sedento
o oceano incendiasse,
O que é preciso
para destampar o pino
de uma jovem bomba-viva?
O que no adolescente
já explodiu
quando nele
sob a primeira barba
a bomba entumece
ativa?
como se a travessia
a nenhuma saída
levasse,
como se a terra prometida
fosse estéril areia
que nenhum oásis
abrigasse,
Noutras terras
diante da conjuntura
ninguém diz:
meu filho está se formando
e pretende explodir
na formatura.
como o narrador
que pelo fim
sua estória contasse
e o autor
que pusesse o epílogo
no lugar do prefácio,
Noutras terras
ninguém diz:
meu filho
decidiu formar-se
em arquitetura:
mas seu projeto
é projetar-se pela morte
na utopia futura.
o homem-bomba
não é um simples suicida,
é aquele que pela morte
decide
inaugurar sua vida.
Noutras terras
ninguém diz:
meu filho sairá essa noite
para uma bela aventura.
vai dar tremenda festa
dentro e ao redor
de sua sepultura.
O homem-bomba
é o jardineiro
que arranca a planta
como se a plantasse
que apaga a própria luz
como se nele algo
se iluminasse.
Não bastasse
o homem-bomba
ejaculando estilhaços
apunhando-se a si mesmo
Affonso Romano de
Sant’Anna
[email protected]
Errata
Na edição do mês anterior por equívoco de nossa parte, deixamos de
colocar a autora do texto - Reiki - sua Origem, Níveis, Benefícios e
Princípios, que é a Dra. Claudete França, pelo que pedimos desculpas
aos nossos leitores e a Dra. Claudete França.
JPeregrino
(16) 621 9225 /
Comunicação Visual Ltda.
9992 3408
e-mail: [email protected]
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
3
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
O ISOLAMENTO SOCIAL
DA PERDA AUDITIVA
O estresse e a falta de paciência
são comuns atualmente. Quanto
mais a humanidade tem evoluído,
o convívio social, principalmente no
âmbito familiar, inexoravelmente
tornou-se parte de um plano
secundário.
Não podemos negar que estamos
sempre sem tempo para olharmos
mais atentamente aqueles que
fazem parte da nossa vida. Se na
maioria das vezes deixamos de lado
os que julgamos não precisarem de
uma atenção especial, imagine
então, como estamos tratando os
que necessitam de um pouco mais
de carinho.
Infelizmente, as
vítimas são as
pessoas que de
um modo ou de
outro não estão
dentro da normalidade com
parte dos seus
“sentidos”.
Desta feita,
vou detalhar apenas o caso dos
que não ouvem
bem. Sem me reportar diretamente
à sua idade ou a causa da sua “Perda
de Audição”, quero destacar apenas
o fato de alguém que não pode
participar de nosso dia-a-dia, por
precisar de um “olhar” mais
cuidadoso dos que vivem ao seu
redor.
Quase sempre, pelo fato de
termos que, rotineiramente, repetir
tudo o que dizemos para uma
pessoa, a nossa falta de paciência,
indiretamente, sem qualquer intenção de ferir, nos condiciona a
afastar, ou pior, evitar um diálogo
com aqueles que não podem mais
nos ouvir com clareza.
O isolamento social é a primeira
causa da “Perda Auditiva”. O fato
é que com o passar do tempo, outros
distúrbios surgem na vida de quem
sofre desse mal:- Depressão,
desinteresse, solidão, angústia,
desestímulo e a sensação de ser um
enorme peso na vida dos que
amamos são os principais problemas causados pela “Perda de
Audição”.
Precisamos prestar maior atenção a esse tipo de problema.
Soluções simples como amor,
carinho e paciência, são apenas o
primeiro passo. È muito importante
amenizar o sofrimento dos acometidos pela “Perda de Audição”.
O avanço tecnológico está cada
vez mais apresentando soluções
para os que sofrem por não ouvirem
bem. Uma prótese auditiva hoje em
dia tem se tornado principal fator
de reintegração social.
Procure conhecer
melhor como você
pode se ajudar, ou
auxiliar quem realmente precisa de
você. Um simples
aparelho pode tornar-se o único remédio para muitos,
cuja esperança de ter
uma vida normal já
não existe mais.
Todavia, nunca devemos nos esquecer que, apesar de tudo o que o
nosso dinheiro puder comprar, o
“amor” jamais deixará de ser o
ingrediente principal para uma
receita de vida harmoniosa. Viver
em paz e feliz depende diretamente
do quanto somos capazes de amar
o próximo como a nós mesmos.
O peregrino do Universo
Ao me levarem de vez, não digam “à eterna morada!”:
coloquem, junto à mortalha, sapatos de caminhada!
Três dias descansarei. Depois, seguirei meu destino.
Aqui geleira, ali brasas: árduo é o caminho ao divino.
O ar das alturas faz bem; em breve estarei sem mazelas.
Meu passo liberto ascende por sete cirandas de estrelas.
Veste terrena eu usava, que não era imaculada;
o orvalho, ao plenilúnio, já a fará purificada.
Se eu trilhara penitência, fiel ao argênteo rastro,
Mercúrio emprestará, a meus pés, áleos sapatos.
O cansaço do caminho recua ao rumor divino:
A graça de Vênus brilha e remoça o peregrino.
Fulgurante como a rosa, como os lírios inocente,
a alma humana transpõe o portal do Sol ardente.
O anjo solar acena: “Escudo e lança maneja!
O campo de Marte chama-te à universal peleja.
P’ra no Espírito do Cosmo, humano espírito, acordares,
teu lume no brilho de Júpiter é preciso inflamares!”
Na morte e na vida cuida Saturno do abrigo eterno;
silêncio matura o nascer: “No princípio era o Verbo”.
De estelares profundezas soa o Verbo Universal
p’ra desenlaçar da morte a eterna forma espiritual.
Assim o espírito humano à luz de Deus vem crescer,
até que o impulso do amor à Terra o reinduza a descer.
“Eterna morada” ignora quem na veste é peregrino,
com sapatos de jornada, apto à trilha do destino!
Rudolf Meyer
Fonte: Tomar a vida nas próprias mãos – Gudrun Burkhard –
Editora Antroposófica Ltda.
Charles Berbare
Biomédico e Administrador
de Empresas
Consultor na área de
Audiometrias Ocupacionais
CESAUDIO “M.V.” - Centro
Especializado em Audiologia
[email protected]
[email protected]
Telefones: (16) 636 7836 /
3916 1104
Esperanto
Fale com o mundo
Se você deseja conhecer e/ou aprender esta língua internacional, visite a página
de Esperanto em nosso site (www.jperegrino.com.br) e, faça o download em
seu computador pessoal (elsuto em Esperanto) de dicionários, gramáticas, livros e cursos, possibilitando assim um primeiro contato. Em nossa página de
Links, indicamos alguns endereços, onde você poderá conhecer um pouco mais
sobre o universo oferecido pelo Esperanto.
4
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
FALAR BEM...
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
DOULA
Uma nova luz no nascimento
Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer
algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa.
1) Ela teve duas GRAVIDEZ difíceis?
Lamentável, Prezado Leitor. Mas não posso deixar de contribuir com suas
GRAVIDEZES, pelo menos no que diz respeito à Língua Portuguesa.
O correto é GRAVIDEZES.
Lembre-se que também temos o plural de invalidez(es), mesquinhez(es),
estupidez(es)...
2) Abreviatura da palavra PÁGINA leva acento?
Com certeza, leva.
Dica: quando houver acento gráfico na parte restante da palavra que foi
abreviada, esse acento sempre se manterá.
Ex.: número: núm.; página: pág.; gênero: gên.
3) Ganhou o prêmio NÓBEL e ficou feliz?
Para aumentar a sua felicidade, acerte no prêmio de forma correta...
A sílaba forte (tônica) dessa palavra é a última (e sem acento).
O certo é dizer NOBEL (bel é a sílaba forte).
Colaboração: Renata Carone Sborgia
Advogada e Profª de Português e Inglês
[email protected]
“Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais,
três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso
relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no
entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros
mais áridos do que três desertos.”
Nelson Rodrigues
Para anunciar ligue
(16) 621 9225 / 9992 3408
Certamente você nunca ouviu
falar em doula. Ainda não
presente nos dicionários da
maioria dos brasileiros, a palavra
“doula” vem do grego e significa
“mulher que serve”, sendo hoje
utilizada para referir-se às
Acompanhantes de Parto mulheres com experiência no
nascimento que dão suporte
físico, informativo e emocional a
outras mulheres antes, durante e
após o nascimento.
Antigamente o nascimento
humano era marcado pela
presença experiente das mulheres
da família: irmãs mais velhas,
tias, mães e avós acompanhavam,
instruíam e apoiavam a parturiente e recém mãe durante todo
o trabalho de parto, o próprio
parto e os cuidados com o recémnascido.
E hoje que cenário temos? Os
partos acontecem em ambiente
hospitalar e rodeado por especialistas: o médico obstetra, a enfermeira, o pediatra... cada qual com
sua especialidade e preocupação
técnica pertinente. O cuidado com
o bem estar físico e emocional da
parturiente acabou ficando
perdido em meio ao ambiente
impessoal dos hospitais, tendendo
a aumentar o medo, a dor e a
ansiedade daquela que está dando
a luz. A doula veio justamente
para preencher esta lacuna,
suprindo a demanda de emoção e
afeto neste momento de intensa
importância e vulnerabilidade.
Assim, a doula está presente
no parto a fim de diminuir a dor,
a tensão e o desconforto ajudando
a parturiente a comunicar-se com
a equipe médica, entender os
complicados termos e procedimentos hospitalares, encontrar
posições mais confortáveis,
propondo medidas naturais e
simples que ajudam a minimizar
a dor, como banhos, massagens,
relaxamento e técnicas de
respiração.
A descoberta da função das
doulas deu-se acidentalmente na
década de 70, quando dois
médicos norte-americanos, J.
Kennel e M. Klaus realizavam
uma pesquisa sobre o vínculo
entre mãe e recém-nascido logo
após o parto e perceberam que os
partos mais fáceis e com menos
complicações tinham em comum
a presença da observadora da
pesquisa, uma menina chamada
Wendy, que também dava
atenção, fazia carinho e segurava
a mão das parturientes.
Atualmente, muitas pesquisas
apontam que a atuação da doula
no parto pode diminuir em 50%
as taxas de cesáreas, diminuir em
20% a duração do trabalho de
parto, diminuir em 40% o uso de
fórceps e em 60% o uso de
anestesia, além de promover
significativamente o vínculo entre
mãe e bebê.
A doula chega ao cenário do
nascimento apenas para somar.
Não substitui qualquer profissional da área médica (não realiza
exames, não questiona decisões)
e não substitui o marido ou o
acompanhante de escolha da
parturiente. Veio a fim de auxiliar
na conquista de um parto seguro
e gratificante, sendo assim um elo
de ligação e uma nova luz entre a
mulher, sua família e a equipe que
a assiste.
Eleonora de Moraes
Psicóloga – Coordenadora do
Curso para casais gestantes
“Nove Luas”
Doula pela ANDO
(Associação Nacional de
Doulas)
Tel.: (16) 9705 8922 / 629
0625
[email protected]
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
5
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Acupuntura e
Doenças Psicossomáticas
A acupuntura é com certeza um
dos mais antigos tratamentos para
as doenças psicossomáticas.
Os textos antigos de acupuntura
afirmam que se o psiquismo estiver
em paz, equilibrado, o ser estará
menos sujeito e até mesmo isento
de doenças, mesmo as de origem
externa, pois ele não contrairá
doenças, mesmo contagiosas.
Sabemos que o fator psíquico
desempenha um papel importante
na vulnerabilidade das doenças,
pois pela Medicina Tradicional
Chinesa podemos adoecer quando
respiramos mal, nos alimentamos
mal, quando temos alguma falha em
nossa energia ancestral, ou quando
temos algum distúrbio de ordem
emocional. Haverá dessa forma um
desequilíbrio na circulação de
energia dos meridianos, que
posteriormente poderá se transformar no que chamamos doença.
A Medicina Tradicional Chinesa nos mostra cinco emoções
principais: A raiva, o medo, a
alegria ou euforia, a preocupação,
e a tristeza. Cada emoção está
ligada a um órgão. Por exemplo: A
raiva em excesso irá após algum
tempo lesar o meridiano do fígado,
a alegria em excesso lesará o
coração, o excesso de preocupação
lesará o Baço-Pâncreas, a Tristeza
prejudicará o pulmão e o medo
lesará após um certo tempo os rins.
Pela Medicina Tradicional
Chinesa sabemos que cada órgão
possui uma alma vegetativa, que
indica um principio psíquico muito
abstrato, e é vegetativa por mostrar
a relação com a fisiologia corporal,
que lhe deu origem. Essa energia
que é uma essência psíquica será
elaborada pelo coração, e depois
subirá para o cérebro através dos
meridianos distintos.
Por exemplo, a alma vegetativa
do fígado é o hum, assim um
excesso de atividade do órgão
fígado, produz um excesso de hum
e leva a um comportamento
colérico. Já uma insuficiência no
fígado causa uma insuficiência na
elaboração do hum e uma dificuldade de agir em seu meio, de
agredir, ou de se defender e leva a
timidez, à ansiedade, e à falta de
confiança em si.
Os textos clássicos Chineses de
Acupuntura lembram tanto essa
relação que dizem: A alegria em
excesso ou euforia, reduz o
funcionamento da circulação de
energia nos meridianos, a tristeza
oprime o coração e prejudica o
pulmão, o temor espolia a energia
essencial ou ancestral, o excesso de
preocupação pode prejudicar o
baço-pâncreas, a cólera pode causar
morte súbita por apoplexia e um
medo muito grande pode enlouquecer uma pessoa ou lhe causar
um acidente vascular cerebral.
Quando a Medicina tradicional
Chinesa fala que os humores
psíquicos são elaborados no
coração, e enviados para o cérebro,
quer dizer que esses humores são
um conceito imaterial energético e
psíquico, se dirigindo também para
um coração energético, um centro
organizador em contato direto com
os meridianos.
Para resumir, a atividade
psíquica não está separada da
atividade orgânica e quando
estamos cuidando do paciente o
olhamos de uma forma integral,
cuidando tanto dos problemas
físicos e emocionais, no sentido de
equilibrá-lo amplamente.
Para tanto a acupuntura possui
pontos psíquicos específicos e
pontos determinados para combater
problemas como, Síndrome do
pânico, depressão, fíbromialgia,
estresse, e outros tantos distúrbios
de fundo emocional com somatização no corpo físico.
Colaboração: Lauro Pereira
Pagani e Ana Maria Barbosa
Pagani
Fisioterapeutas, Acupunturistas
e Kirliangrafistas
Tel.: (16) 636 5968
Aprendizagem significativa e
Aprendizagem Memorística
É importante e inclusive
necessário que os alunos retenham
alguns dados do conteúdo em sua
memória para que possam acionálos quando necessário. Porém, esse
tipo de aprendizagem deve restringir-se a uma proporção adequada, evitando que represente para
os alunos a forma fundamental de
aprender uma matéria. O objetivo
maior da retenção de alguns dados
deve ser o de poder interpretá-los,
ou seja, devem ter um significado
para eles.
Os dados fundamentais são úteis
quando são relevantes, ou seja,
quando facilitam a compreensão de
uma tarefa e quando servem para
adquirir novos conceitos.
Compreender é psicologicamente mais complexo do que
memorizar, de tal forma que, para
um aluno poder compreender um
material, é necessário que tanto o
material quanto o aluno preencham
certas condições. Do contrário, é
muito provável que, embora o
objetivo da tarefa seja a
compreensão, essa acabe produzindo principalmente memorização.
Para tanto o material deve estar
internamente organizado, onde
cada parte tenha uma conexão
lógica ou conceitual com o restante
das partes.
Para ser significativo um texto,
por exemplo, sobre as mudanças
produzidas pela revolução industrial deve remeter aos efeitos da
industrialização sobre o meio
ambiente e as mudanças climáticas
que podem ser provocadas.
O aluno precisa perceber a
importância do conteúdo para sua
realidade a fim de ter interesse por
ele, acionando o desejo que lhe dá
energia para a aprendizagem do
conteúdo.
Por fim deve ter a possibilidade
de realização de uma prática
consciente, ativa e transformadora,
que supere o viés “reprodutivista”
(fazer sem crítica o que sempre se
fez) ou idealista (ficar nas idéias e
não alterar a realidade).
Colaboração: Débora Mourão
Mantovanini
Psicopedagoga
Professora de metodologia do
ensino fundamental e psicologia
da educação
Aprendiz da UNIPAZ
Tel.: (16) 3916 2277
6
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
Vamos falir a Roubrasil S.A.?
Após a relevante aprovação da
volta dos bingos, o Congresso acena
na pauta com uma decisiva proposta
para o País, a ser votada em breve:
a criação de 13 novos Estados (sim,
amigo leitor, E-S-T-A-D-O-S da
Federação), num pacote que já vem
até com nome e embalagem, onde
se destacam pérolas como Maranhão do Sul e São Paulo do Leste,
dentre outras.
A aguardar a criação dos
Estados da Berinjela, do Torrone e
da Bigorna.
Como sempre, a proposta dos
políticos tem beneficiários diretos:
a criação de mais 13 cargos de
governadores, 200 Secretários de
Estados, 300 Deputados Estaduais,
e cerca de 5000 Assessores de
segundo escalão, só para chegar até
esse “nível”.
Não vamos mencionar os
Tribunais, autarquias, cartórios,
etc..., etc...
Um dos últimos cabra-macho da
Nação, o economista Eduardo
Gianetti da Fonseca vem lutando na
mídia incessantemente, numa batalha solitária e inglória,
alertando para o enorme perigo
representado por outra medida que
o pessoal da Ilha da Fantasia está
para votar, e que pretende criar mais
algumas milhares de “vagas” para
vereadores nos municípios (independentemente da criação dos
Estados do Aipim e da Borduna).
Somente em salários diretos,
onerariam o Tesouro em alguns
bilhões por “legislatura”, sem
contar os estragos que os nobres
Edis costumam causar na coisa
pública e notória, com suas inventivas do gênero “Dia do
Implantador de Silicone” e que
tais...
O economista Gianetti não se
cansa de lembrar que há poucas
décadas, quando o Brasil era um
País pobre, mas limpinho, os
vereadores de municípios modestos
eram pessoas da sociedade local
(barbeiros, alfaiates, médicos) que
trabalhavam de graça, em prol da
melhoria do município e tendo
como importante missão, que
cumpriam à risca, a de fiscalizar os
atos do prefeito. Só. E com muito
orgulho em representar a comunidade.
Tempos em que a escola pública
municipal era motivo de júbilo
nacional, onde se aprendia latim e
todas as crianças escreviam o
português correto, por exemplo, e
os serviços públicos de medicina
salvavam vidas, ao invés de deixar
pobres coitados com apendicite aguda esperando na fila.
Passar a pagar essa gente (a
“nova classe”) foi um dos artifícios
maléficos dos militares para
perpetuarem vinte anos de ditadura
militar, à custa de privilégios, mas
garantindo medidas maravilhosas
como a inclusão da Educação Moral
e Cívica nos currículos, para
decorar a letra da “Canção do
Soldado” e saber com que idade o
general Médici teve coqueluche,
dentre outras relevâncias...
A Moral da história a gente já
conhece: nunca se viu tanta falta de
Civismo no País, que virou uma
terra de ninguém, de mondrongos,
gente esculachada, mal vestida,
enfiando dois “aí, ó” por frase, e
sem um pingo de educação, respeito
aos idosos e honestidade nas coisas
mínimas.
Fui criado num meio em que
pessoas modestas tinham orgulho
em trabalhar por anos na mesma
empresa. E agora estamos formando
uma geração (por incrível que
pareça, dentre os mais humildes)
cujo único pensamento é arrumar
um emprego para, segundo seu
plano de carreira, aprontar e ganhar
“os ‘direito’ na Justiça”.
O que estamos presenciando é a
evolução de um quadro caótico,
que vai da falta de respeito e
cordialidade no trânsito à violência
nos estádios de futebol, das
madrugadas em lojas de (in)conveniência às brigas de gang em
casas noturnas.
Assim vai o Brasil, à deriva.
Aos amigos, digo que lutei pela
volta da democracia, com sacrifício
em certo momento até de minha
liberdade individual, e por isso falo
com todas as letras, sem medo de
passar por adepto do autoritarismo:
o estado a criar no Brasil, do jeito
que vai, é o Estado de Sítio.
Não há mais como conviver com
a IMPUNIDADE que campeia, com
políticos fazendo o que bem
entendem, e considerando-se que o
que eles entendem não é o BEM
público.
O Jáder está lá de novo? O
Estevão tá solto? Desses exemplos
de malversação impune do dinheiro
que deveria se destinar a escolas,
hospitais, saneamento e estradas, e
da continuidade ad eternum dessa
casta no poder, surge o câncer da
revolta e da falta de autoridade
geral, que deságua no cidadão
comum da periferia e termina
dentro dos lares.
Se os “grandes” prevaricam,
todo e qualquer funcionário público
investido de alguma autoridade (dos
policiais aos oficiais de justiça,
passando por qualquer tipo de
“fiscal”, do tributário ao de
estabelecimentos gastronômicos) só
não vai “achacar” se tiver uma
formação muito, mas muito sólida.
Essa é outra herança da ditadura
militar que foi de 1964 a 1984,
revistando gente de bem na rua, sem
prévia explicação: como resultado,
o medo da população investiu toda
e qualquer “autoridade” de um
poder absoluto.
E já disse um pensador: “O
poder corrompe. O poder absoluto
corrompe absolutamente”.
À época, disse Pedro Aleixo:
“Numa ditadura, o que me mete
medo não é o general de plantão,
mas o fiscal da esquina”.
São poucos, infelizmente, mas
gigantes, os honestos, esses
verdadeiros heróis do serviço
público, cujo idealismo e luta diária
começa pelo calvário do “clima”
interno criado na própria repartição
onde trabalham: minoria são mal
vistos. Atrapalham o “esquema”.
É preciso punir exemplarmente,
começando urgentemente pela
pessoa investida de algum poder
público.
É preciso colocar os corruptos
na cadeia.
Eles são o câncer, a causa
primeira de tanta criminalidade e
da bagunça geral que assola a
Nação...
É preciso dar um basta nessa
gente, sob severo risco do País
descambar, num futuro não muito
distante, para uma insurreição
popular, e um “salve-se quem
puder”, tamanho o descalabro e a
falta de qualidade de vida, situação
surrealista onde gente de bem, além
de não encontrar trabalho, ainda é
assaltada à luz do dia, recorrentemente, nos mesmos lugares,
sem que o Estado saiba sequer
responsabilizar-se pela Segurança
Pública.
Falam em colocar o exército
para patrulhar o Rio de Janeiro.
Como vão fazer isso, se não
conseguem tomar conta nem sequer
do próprio quartel, invadido por
bandidos que levaram fuzis de
guerra, para usar na “proteção” do
tráfico?
Onde está a autoridade, meu
Deus? A quem vamos recorrer?
É preciso dar um basta nisso.
Ouço agora pela manhã que
num único município do Nordeste,
com cerca de 5000 habitantes
(deveria ser um bairro), descobrese um rombo de 3 milhões, na
“construção” de uma estrada que vai
do nada para lugar nenhum.
Multiplique-se por mais de 5000
municípios de maior porte e chegarse-á rapidamente à conta que não
fecha: a de um País com PIB de US$
500 bilhões (!), com assalto
tributário de 36%, onde se marca
uma operação “urgente” no hospital
público para daqui a quatro meses
e crianças na 5ª série não conseguem escrever o próprio nome.
Vai mal.
Não tenho receio de passar por
“catastrofista” (um passeio pela
periferia de São Paulo dá uma
ducha de noção histórica): vem
coisa ruim por aí, gente, se a
sociedade não se organizar e parar
a “classe” política (olho no MST,
e nos movimentos urbanos de
“ocupação”, que proliferam silenciosamente).
O povo brasileiro é pacato por
natureza histórica.
Mas no decorrer de minha vida
já vi gente em cujas veias parecia
correr suco de maracujá , num
determinado momento, virar
“bicho”: é o tipo que ninguém segura, depois que explode.
Multiplique por uma centena de
milhão de insatisfeitos e revoltados.
Não é bom nem pensar nisso.
É hora de união nacional.
É hora de todo e qualquer cidadão comum, mas que teve
o privilégio de um mínimo de
instrução, como você e eu, em
nossos círculos de convivência
diários, abandonarmos a postura
jocosa e distante, na base do “o que
eu posso fazer...?” Para assumirmos
a importância de cada um de nós
nos destinos de nossas vidas e
batermos na tecla diária e
incessantemente contra a falta de
rumo que os políticos estão dando
à Nação.
É hora de cada brasileiro
assumir o papel de agente do
processo, em cada conversa, no
trabalho, no seio da família, pois o
momento é grave e com alto teor
latente de explosão social, como provavelmente nenhum outro
na história do País.
Há muito desemprego (e desespero).
Há muita insatisfação.
Há muita violência.
E, pior, há uma crise de
autoridade.
O Brasil precisa acabar com a
IMPUNIDADE.
Esse é o monstro a derrotar, a
tirar a vida, cremar e enterrar as
cinzas, por precaução.
Das mínimas transgressões no
trânsito ao Crime Organizado, mas
com foco centrado na vigília e
punição exemplar dos maus atos
políticos em alto escalão.
Hei de ver essa pasmaceira de
“direitos humanos” sepultada e
assistir na TV à imagem de um exministro ou governador, com uma
bola de ferro acorrentada à canela,
colocando dormentes na estrada de
ferro Rio - São Paulo; hei de ver o
homicida colocando pedras na
encosta do canal criado com a
transposição do rio São Francisco,
que vai irrigar o Nordeste e fazer
do País o celeiro do mundo.
Vamos mudar o País.
A Roubrasil S.A. é a única
empresa próspera hoje, em suas
várias facetas.
Precisamos falir a Roubrasil
S.A., antes que ela acabe com o
País.
Chega de impunidade.
Chega de impunidade.
Colaboração: Marcio de Mello
Castanho
[email protected]
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
7
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Hoje alguém, amanhã ninguém
PIMENTA-DA-JAMAICA
(Pimenta dioica)
enho conversado com
muitas
pessoas
que
perderam o emprego e não
encontram outro, embora procurem
desesperadamente. O motivo:
Adentraram a provecta fase dos
“enta” e têm ainda o defeito imenso
de ter um bom currículo. Isto
significa que ninguém vai querer
empregá-los porque terão que lhes
pagar bem e é melhor contratar dois
“incompetentes” ganhando pouco
do que um competente oneroso.
Pode significar, também que as
pessoas têm medo de alguém que
as supere. Alguém cuja experiência
ameace o “status quo” da empresa.
Pode ser é claro que lhe falte mérito,
mas poucas vezes são eles de fato
testados. Currículos são enviados
onde deve ser especificada a idade
e sabemos que ela é fator de
rejeição. Muitas desculpas aparecem. O estranho é pensar que o
sujeito, de repente, desaprendeu
tudo o que acumulou no decorrer
de sua vida profissional. Em um
passe de mágica ele perdeu seu
valor. Se estivesse trabalhando aos
quarenta anos como funcionário
credenciado, seria considerado pela
sua experiência, porém se aos
quarenta e um anos e um mês fosse
demitido e se pusesse a procurar
emprego ser-lhe-ia imputada a
pecha de estar defasado e velho.
Não é preciso que muito tempo se
passe. O desempregado pode ser
recente e mesmo assim alguém pode
vir e dizer-lhe que ele agora é um
programa ultrapassado. Como tal
deverá ser deletado? Não haverá
uma maneira da sociedade utilizar
o potencial desses indivíduos?
Utilizá-los como uma espécie de
educadores das novas gerações nas
firmas? Talvez se olharmos à nossa
volta e nos lembrarmos de que
aquele fulano está precisando de
emprego nossos olhos possam ver
algum cartaz escondido, oferecendo
adivinhemos o quê: emprego! Pode
ser que se pensarmos neles, naqueles de que acabamos de falar,
nos lembremos que temos um
amigo, que tem uma empresa, que
tem uma vaga...Talvez possamos
oferecer parcerias em que não entre
tanto dinheiro, mas que ofereçam
possibilidades de algo criativo e
digno. Talvez possamos apenas
tratá-lo como alguém em situação
difícil da mesma forma que
gostaríamos de ser tratados se
estivéssemos em seu lugar. E,
principalmente devêssemos deixar
de lado a solidariedade do faz-deconta de que estou contribuindo
com as pessoas quando na verdade
estou defendendo meus próprios
interesses e, realmente abrir-lhes
uma porta.
Caso contrário poderá ele querer
bandear-se para o mundo de Hades.
Provavelmente não vai poder
porque não possuirá moeda para
negociar com Caronte. É que não
se oferecem empregos de menor
monta para alguém que já foi
alguém. No entanto embora ele já
tenha sido “alguém”, hoje é
ninguém para arranjar um emprego
bom ou mediano. É bem possível
que não tenha nenhuma moeda no
bolso nem para tomar um ônibus
que dirá para o barqueiro
mitológico!
Mariza Helena Ribeiro Facci
Ruiz
Terapeuta Floral
Practitioner pela Dr. Edward
Bach Foundation, escritora e
membro da UBE
[email protected]
Este condimento foi
encontrado pelos colonizadores espanhóis nas
terras da América Central e México e chamou
atenção pelo seu aroma
característico. Já era
utilizado pelos povos
pré-colombianos em sua
cultura diária. Principalmente os Maias já a
empregavam para aromatizar o chocolate e até mesmo nos processos de embalsamamento dos
cadáveres dos sacerdotes devido à presença de óleos essenciais nos frutos
desta espécie. Atualmente é utilizada em alguns pratos e em algumas
regiões. Seu aroma é uma mistura de canela, gengibre, cravo-da-índia e
noz-moscada, daí o nome em inglês all spice (todas as especiarias). Na
Europa é empregado por alguns cozinheiros, e está presente, segundo
alguns autores, no movimento francês conhecido por “Nouvelle Cousine”.
É uma planta de porte arbóreo, de crescimento não tão rápido, com folhas
elípticas, coriácea, de coloração verde escuro, e de aroma característico da
espécie, lembrando muito o cravo-da-índia, só que menos intenso quando
comparado com os frutos. As flores são de pequeno porte e de coloração
branca. Os frutos são pequenos, de coloração escura, quase que preta quando
secos. Em Ribeirão Preto temos alguns pés plantados já há mais de 15
anos, e até o momento ainda não vimos a presença de flores e conseqüentemente nem de frutos.
Os frutos são empregados como especiarias. Para a destilação e obtenção
de óleo essencial utilizam-se as folhas, já que este óleo é rico em eugenol,
substância de grande valor comercial. Como quase todos os condimentos,
possui ação digestiva e carminativa. Também é anti-séptico, por isso era
empregado para conservar os cadáveres. É tido também como afrodisíaco.
Como a noz-moscada, é um condimento empregado tanto em pratos
salgados quanto em pratos doces. Muito usado em bolos e pudins,
principalmente pelo aroma que lembra o cravo e a canela. Também pelo
seu aroma exótico é muito empregado no preparo de marinadas de carnes,
principalmente de carneiro e porco. Utiliza-se na produção de patês,
presuntos e até mesmo picles, mas isto já para a área industrial. Em
embutidos de uma forma geral também vai muito bem, como no codeguim,
salames e até mesmo salsichas. No preparo de vinagres aromáticos coloque
alguns grãos da pimenta dentro de uma garrafa de um bom vinagre e
deixe macerar por uns 15 a 20 dias antes de usar. Quem trabalha com
chocolate, experimente preparar um chocolate com pimenta, mas pimentada-jamaica e não pimentas do gênero Capsicum, como a dedo-de-moça,
ou pimenta-do-reino como estivemos vendo nos últimos tempos.
Ademar Menezes Jr
Eng. Agrônomo – Especializado em Plantas Medicinais
[email protected]
8
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
Natureza - Flora e Fauna
Maravilhas do Maracujá
Afelandra – (Aphelandra squarrosa)
Foi uma das primeiras delícias que os portugueses
descobriram no Brasil: uma planta que os índios
chamavam mboruku’ya, lindamente decorativa e com propriedades medicinais no
fruto e nas folhas. O maracujá é tão bonito,
gostoso e saudável que merece um lugar em
sua casa. A melhor época para o plantio é de
julho a setembro; resistente ao sol, a planta se
desenvolve bem no quintal ou em vasos (adubados com
terra vegetal e esterco curtido). Conheça as mil e uma utilidades dessa
maravilha.
Folha - Excitações nervosas, depressão, insônia, asma, bronquite,
coqueluche, disenteria, diarréia, convulsão infantil, dor de cabeça nervosa...
Quase não tem fim a lista de males curados pela infusão das folhas do
maracujá. Os adeptos da medicina caseira descobriram também que, usadas
como loções ou cataplasmas, as folhas curam feridas. Para a infusão,
coloque as folhas para ferver numa panela com água (quatro folhas por
copo de água); a cataplasma você faz passando as folhas secas no ferimento
ou socando as folhinhas até virarem uma pasta (se estiverem secas, jogue
água fervendo até formar a pasta).
Fruto - Há quem goste do fruto, que é um excelente diurético; outros
reclamam da consistência e do sabor ligeiramente azedo. Mas quase todo
mundo adora o suco de maracujá, que não é só bom como refresco: combate
inflamações e males do estômago e intestino. Plantando a semente em
casa, apenas seis meses depois da germinação você vai ter o fruto formado.
Flor - Famosa pela beleza e pela variedade de tonalidade (lilás, vermelha,
rosa), a flor de maracujá pode enfeitar casas e até apartamentos, surgindo
em trepadeiras muito decorativas. Você não terá muito trabalho: o principal
é criar um suporte para a evolução das gavinhas que sustentam a planta.
Sugerimos dois tipos de suporte: para apartamentos, basta esticar
horizontalmente alguns fios de arame numa janela, a uma distância de 10
em um do outro, e as gavinhas terão onde se a enrolar; num quintal, o
melhor é fazer um caramanchão com ripas estreitas ou com os mesmos
fios de arame.
A afelandra é uma dessas plantas que sempre provocam amor à primeira
vista. E não é para menos. A folhagem, brilhante, fica bonita o ano todo e,
sob condições adequadas de luz, ela ainda produz.florzinhas amarelas.
Ela cresce no máximo 30 cm e fica realmente magnífica dentro de casa.
Açafrão - (Crocus officinalis)
Essa planta, originária da região onde hoje se encontram a
Grécia, a Itália e a Turquia, já foi citada nas lendas
mitológicas. Seus efeitos embriagadores provocavam, nos
antigos, euforia e estados alterados de consciência. O corante
vermelho, fluorescente, obtido a partir das flores, é até hoje
utilizado no tingimento de tecidos.
Partes utilizadas: Estigmas da flor.
Ajuda a tratar de: Espasmos, suspensão de menstruação,
tensão nervosa, insônia. Em excesso, leva à embriaguez e a
estados alterados de consciência.
Laranja-amarga – (Uso cosmético)
Coloque dois litros de água em fogo brando.
Acrescente quatro colheres (sopa) de folhas bem
picadas, quatro colheres (sopa) de casca ralada
ou picada e quatro colheres (sopa) de flores em
botão. Meia hora depois, coe e junte à água da
banheira, ou passe pelo corpo lentamente, com uma esponja macia.
Deixe agir por no mínimo quinze minutos.
Luz - Média a alta intensidade durante o crescimento e altíssima
intensidade durante a floração.
Temperatura - 18 a 20ºC, tolerando até 10ºC.
Água - Conserve o solo do vaso úmido, mas não encharcado.
Adubação - A cada dois meses.
Propagação - Estacas de ponteiros (prefira os galhos mais velhos).
Cuidados específicos - Passe mensalmente um pano úmido na folhagem,
para remover a poeira.
Problemas comuns - Se houver perda de folhas, encharque bem o solo
para eliminar o excesso de sais.
Borboleta-rabo-de-andorinha
A ficha
Nome popular: Borboleta-rabo-de-andorinha
Nome científico: Parides ascanius
Onde vive: vive nas praias do Estado do Rio
O que come: a trepadeira Aristolochia macroura
Quanto mede: 10 centímetros
Esta borboleta de asas branca, rosa e negra foi o primeiro
inseto brasileiro ameaçado de extinção.
A borboleta é tão bonita que já em 1775 os cientistas a estudaram,
publicaram sua descrição em livros e os museus conseguiram o inseto
para suas coleções, mas sempre morto, porque viva a borboleta-rabo-deandorinha é raríssima.
O azar da borboleta é que a única planta que serve de alimento para sua
lagarta é uma trepadeira que nem tem nome popular, só científico,
Aristolochia macroura. Essa plantinha nascia nos terrenos baldios de
Copacabana, do Leme, que hoje não existem mais, e nas áreas alagadas do
Estado do Rio, que foram sendo aterradas e descaracterizadas.
Atualmente, só na Reserva Biológica de Poço das Antas, onde é preservado
o mico-leão-dourado, há algumas dessas borboletas, e alguns entomólogos
tentam com algum sucesso sua criação em cativeiro, a partir do cultivo da
planta-alimento.
Na natureza, formigas predam os ovos da borboleta e as lagartas que nascem
20 dias após da postura com 1,5 milímetros de comprimento. As lagartas
que conseguem crescer tecem um casulo para a metamorfose. No fim de
um mês, nasce a borboleta, que tem como único inimigo o homem, pois as
cores de suas asas são um símbolo, no mundo animal, de que a borboleta é
venenosa e por isso ela é poupada pelos passarinhos.
Fontes: Flora: Essencial - Um guia prático pra a saúde e beleza; Fauna: 100 Animais
Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto de Souza Queiroz.
Informação, Cultura e Livre Expressão
Assinatura - Para todo o Brasil
06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00
Através dos telefones (0**16) 621 9225 / 9992 3408, pelo email: [email protected], ou deposite no Banco Itaú
- Ag. 0332 - Conta: 74194-1 e envie o comprovante do depósito juntamente com seus dados para Av. Guilhermina Cunha
Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP - CEP: 14021-520.
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
9
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Una burla a los verdaderos escritores
Maria Cristina Aliaga Luna – Chile
[email protected]
Una burla, una gran burla a la
creación, al esfuerzo y a “ese querer
creer en la transparencia de los
concursos literarios”. Puedo ser yo
- y muchos otros escritores chilenos
o de otro país - excelente escritora,
excelente poetisa, puedo tener
cuentos, poemas sociales, de
amores, crónicas duras y que acusan
a culpables.- He ahí la razón.
Cada uno de los Concursos
Literarios convocados van directamente de la mano del que está en
el poder, está amarrado a lo que se
quiere ocultar y como los escritores,
novelistas, cuentistas y poetas que
NO SE VENDEN, Y SOMOS LOS
CRONISTAS DE UNA EPOCA O
DE LA HISTORIA, y acusamos a
estos “demonios de la mente y de la
carne”, seguramente estaremos
vedados en los concursos
nacionales.
Personalmente, he enviado
excelentes trabajos de poesía y
biografías, y nadie ha sido capaz
siquiera de decir por qué no quedé
seleccionada en un Concurso que se
dice organizado por un “Comité del
Libro y la Lectura”.
También he sido columnista de
diarios y dejé de serlo, desde el
momento en que me colocaron
“trabas” o cambios a lo que yo
quiero expresar, a mi sentimiento.
¿Debo escribir de acuerdo al partido
político que impera o a la enemistad
que se genera entre estos partidos?
¡¡Qué vergüenza!! Y sin
embargo, quienes no son ni siquiera
escritores, han ganado concursos de
“el Libro y la Lectura” y quizás
cuántos más. Sé de personas que
publican un libro con esos fondos y
luego el mismo libro es “adquirido”
por la entidad correspondiente para
ser repartido en todas las bibliotecas
del país. ¡¡Gran negocio!! Recupero
y gano dinero a montones.
¡Felicitaciones a tan insigne autor
y ser humano! Y cosa mejor es
cuando un solo ser humano presenta
varios proyectos con nombres de sus
amigos que ni siquiera son
escritores ni trabajan en la cultura
pero “ganan un concurso”... y
ganan todos.
No quiero decir con estas
palabras que todos los concursantes
ganadores no lo hayan merecido, lo
que quiero decir es que, seguramente, han tenido muchos amigos
(“pitutos” como le llamamos en
Chile”, ese amiguito o amiguita que
te debe favores y te paga con plata
del estado). Gran negocio. Yo callo
y me editas, yo soy de tu bando y
me haces popular.
Y lo más increíble que los
diarios locales publican “críticas
literarias” de señores que apenas
saben escribir literatura, que tienen
una vergüenza de libros publicados
y, si es uno, es un librillo de mala
calidad, hasta literaria, pero como
el individuo conoce su amistad, no
coloca su nombre en la crítica sino
que utiliza un nombre de un Sr. X y
lo ubica en la Universidad de ….
aquí en Chile. Esto no es un decir.
Se ha investigado y se ha
comprobado este delito literario, y
si hace más de “su famosas críticas
literarias” nunca coloca su nombre,
va de un nombre a otro, inventando
señores sesudos que sólo existen en
su cabeza y que al periódico al que
los envía no le interesa saber quién
es ni lo que dice si es de su agrado
político.
Si, triste realidad que hace que
los buenos y honestos escritores
editen de su bolsillo sus propias
obras – escritores, empleados de una
empresa con 8 ó 12 horas de trabajo,
que editan restando horas al
descanso.
Y como no soy ACTIVISTA de
un partido político, no participo
más en Concursos Literarios, pierdo
tiempo, dinero en materiales, en
arriendo de computadores y me
desilusiona cada día más esta mugre
en la literatura.
Sé que Neruda, para mí, es uno
de los mejores poetas de Chile junto
a la Mistral. Bueno, y muchísimos
más. Sin embargo, políticamente,
Neruda ha sido alabado, festejado,
requetefestejado porque estamos en
un gobierno de su partido.
Indignada me encuentro cuando
hasta las mujeres que están en el
poder actual en mi país hablan de
la “igualdad entre hombre y mujer”.
¿Y qué de Gabriela Mistral?
Alguna vez recordarán que fue y es
la única mujer de Chile capaz de
decir las verdades y por eso fue
vilipendiada y rechazada en una
sociedad decadente y prejuiciosa, y
es la única mujer ganadora de un
PREMIO NOBEL, que no bajó la
cabeza ni perdonó el olvido ni el
desaire y la terrible marca “DE
HABER SIDO MUJER” en un
tiempo en que el hombre (y hoy
también) no soportaba que una
mujer fuera superior a él y las que
lo son deben aceptar ciertas
condiciones que les impone un
partido. “Cómo vender el alma al
diablo” igual, pero sin uniforme.
No pongo en duda mi capacidad
literaria y la de muchos que
permanecen en silencio, simplemente quise decir la verdad de lo
que sucede con los escritores
chilenos.
Tampoco pongo en dudo que en
provincias existen, y desde allí
emigran, algunos - los mejores escritores de la literatura chilena; y
creo que ellos también deben tener
esta espinita clavada en sus
corazones.
Siendo escritora he ganado
amigos, he participado en encuentros - que nada dejan al final.
Fui Presidente de una Sociedad de
Escritores que terminó en solamente hacer ¡!Salud!! por el poema,
razón por la cual me retiré. Hoy en
día hago mis creaciones sola, las
comparto con mis amigos de la red
y cuando escribo esto, lo escribo por
ellos y por nosotros, porque las
realidades deben ser muy similares.
Es una lástima.
Pero las verdades seguirán
saliendo de mi alma, aunque jamás
pueda obtener la regalía de “ganar
un concurso literario”, simplemente
porque el arte va más allá de un fajo
de billetes inmundos.
Colaboração: Antonio Carlos
Tórtoro – Presidente da ARL –
Academia Ribeirãopretana de
Letras.
Auto-retrato - 1919
Pintor
Amedeo Modigliani – (1884 –
1920) – pintor, escultor e
desenhista italiano. Pinta, com
poucas exceções, nus femininos, enquanto as esculturas
representam cabeças ou figuras
recurvadas. Sua obra caracteriza-se por apresentar formas
simplificadas, extremamente
alongadas, com grande senso
de vitalidade rítmica.
Nu - 1913
10
Pilgrimanto
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
Informado, Kulturo kaj Libera Esprimado
Historio de la pico
La urbo San Pauxlo, cxefurbo de
nia samnoma sxtato, estas ne nur
la plej granda urbo de Brazilo. Gxi
estas ankaux ties gastronomia
cxefurbo. Tamen unu el la plej
reprezentaj mangxajxoj de la urbo
estas la unuavide simpla kaj singela
pico. Certe nekonata al plej multaj
brazilanoj, mi kredis interesa la
prezentadon en La Lampiro de eta
historio pri gxi.
La inventadon de la pico oni
atribuas al egiptoj aux
grekoj. Oni kredas, ke la
paston inventis la egiptoj,
kiel la unuaj, kiuj miksis
farunon kaj akvon kaj bakis
tion sur varmaj sxtonoj.
Historiaj raportoj asertas, ke
la grekoj pioniris en la
preparado de pasto el tritika
faruno, rizo kaj kikero,
bakita sur varmaj brikoj.
Tamen la kovrajxoj kaj formo de
pico naskigxis en Italio. Napolanoj
aldonis tomatan sauxcon kaj
oreganon al la pasto. La plej ricxaj
aldonigis fromagxon mozarelan,
kalabriajn kolbasojn kaj ovojn al la
supra tavolo. Oni mangxis la pecojn
falditaj, kvazaux sandvicxon.
James Rezende Piton - Campinas-SP
En Brazilon la pico venis kun la
unuaj italaj enmigrintoj, kiuj alfluis
en la dua duono de la 19-a jarcento.
La cxefenirejo estis la havenurbo
Santos, en nia sxtato, kaj la celo de
tiuj italoj estis labori en bienoj de
la internlando kaj industrioj de la
cxefurboo San Pauxlo. En la
cxefurbo, ili instaligxis unue en
kvartalo Bras, kaj poste Bom Retiro,
Barra Funda (baha funda] kaj
Bixiga [bisxiga]. Krom la lingvo,
ilin markis la esprimivaj gestoj, la
muziko kaj la kuirarto.
Dum multaj jaroj picoj estis
troveblaj nur en restoracietoj kaj
italaj bakejoj de Bras, kiujn oni
starigis en fino de la 19-a jarc. Tiam
la
preferata
pico
inter
(sanpauxlanoj)sanpaýlanoj estis la
t.n. Margherita, elpensajxo de la
napolano Raffaele Esposito, kiel
omagxo al la regxino Margherita el
Savojo. Sxi petis de li la preparadon
de unu el tiuj bakajxoj, tiel
popularaj inter la plebanoj. Esposito
kreis picon kun la koloroj de la flago
de la lando, per la rugxa tomato, la
blanka mozarela (bubalina)
fromagxo kaj la verda bazilio.
Niaj nuntempaj kovrajxoj, je
centoj da variajxoj) (ecx
viandaj, dolcxaj, cxokoladaj,
ekaperis en la 50-aj jaroj,
cxefe laux usona influo.
«Prenu iom da pana pasto,
bone platigu gxin per
rulbastono aux la manplato,
kovru tion per kio ajn placxa
al vi, spicu per olivoleo,
enfornigu, magxu kaj vi
trovos tion, kio estas pico.»
Boucard, Napolo 1850.
Fonto: La Lampiro / 45a jaro /
N-ro 108 / Januaro-Aprilo 2004.
Pilgrimanto
(16) 621 9225
9992 3408
No Esperanto em determinados
momentos algumas letras são
acentudas (c, g, h, j, s levam
acento circunflexo e o u braquia).
No momento não estamos, no
PageMaker, conseguindo fazer
uso desses acento. Por este motivo nos textos em Esperanto lançamos mão de um recurso utilizado pelos esperantistas que é o
de colocar a letra “x” em seguida
da letra acentuada. Se alguém
puder nos ajudar neste sentido,
contate-nos através do e-mail
[email protected].
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
11
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Leitura
Filosofia de Banheiro – Gregory Bergman
Dinastia Americana – A aristocracia, a
fortuna e a política da fraude na casa dos Bush
- Kevin Phillips
Neste livro o autor, comentarista político e
econômico, revela como quatro gerações dos
Bush, começando com a aliança original entre
George Herbert Walker e Samuel Prescott Bush,
subindo a escada do poder nacional desde a
Primeira Guerra Mundial, solidificaram o seu
lugar no estabelecimento dos EUA – em Yale,
em Wall Street, no Senado, na CIA, na vicepresidência e na Casa Branca.
Grupo Editorial Madras
Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090
www.madras.com.br
Refletir, meditar, formar ou combinar
pensamentos ou idéias, lembrar são todos
sinônimos de pensar. O ser humano é movido
pelo pensamento. Mas o fato de pensar envolve
uma ciência que há séculos vem ensinando o
homem não somente a pensar mas como pensar,
desenvolver melhor o seu intelecto, as suas idéias.
Esta ciência é a Filosofia. Para o iniciante no
assunto, o autor incluiu, em cada capítulo, uma
metáfora comum para ser usada como uma
ferramenta de explicação. Conheça o mundo de
Tales, Sócrates, Platão... e outros pensadores que
fizeram a história da Filosofia.
Grupo Editorial Madras
Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090
www.madras.com.br
DOE LIVROS À BIBLIOTECA DE
SUA CIDADE
História de um Sonho – Adolpho Bezerra de
Menezes
Com este livro resgatamos para o público espírita
uma eletrizante história contada por um dos
maiores benfeitores do espiritismo no Brasil,
Bezerra de Menezes, publicada, quando ele ainda
estava em vida, em folhetins pela revista
Reformador. O romance traz a história do próprio
narrador. O desenrolar dá-se nos dois planos:
ora no espaço, ora em estado de vigília. Vale a
pena conferir. Boa leitura!
Grupo Editorial Madras
Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090
www.madras.com.br
DIVULGAÇÃO GRATUITA DE LIVROS
Se você tem uma editora ou livraria e deseja divulgar GRATUITAMENTE os livros que estão disponíveis para venda em nosso periódico e site www.jperegrino.com.br, basta enviar-nos um exemplar do livro a ser divulgado. Os livros assim recebidos são ao final/início de cada ano doados às
bilbiotecas Padre Euclides e Altino Arantes de Riberião Preto.
Curiosidades em Geral
*Nos conventos, durante a leitura das Escrituras Sagradas, ao se referir a São José, diziam sempre “Pater
Putatibus”, abreviando em “P.P”. Assim surgiu a idéia, nos países de colonização espanhola, de chamar os
José de Pepe.
*Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da história:
Espadas: Rei David (Israel)
Trevo: Alexandre Magno (Grécia/Macedônia)
Coração: Carlos Magno (Franca)
Diamantes: Júlio César (Roma)
Assinatura
e/ou
Anúncio
ligue:
(16) 621 9225
9992 3408
12
Peregrino
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2004
Informação, Cultura e Livre Expressão
Florais de Bach - Perguntas freqüentes (continuação)
Tradução: Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
13 - Sei que é indicado colocar-se
no máximo cinco florais no mesmo
frasco. Mas quero saber qual a
coisa certa a fazer se alguém
necessita mais do que cinco
florais? É correto colocar-se os
outros florais em outro frasco e
tomá-los alternadamente? O que
vocês sugerem?
Na realidade é usual dar-se seis
ou sete florais juntos ao mesmo
tempo, e isto é o máximo que
sugerimos. O Dr. Bach é conhecido
por ter dado nove essências juntas
em duas ocasiões, mas lembre-se de
que ele estava acompanhando
milhares de pessoas durante um
período de vários anos.
É muito comum as pessoas
sentirem que precisam muito mais
do que este número. A resposta a
isto é não fazer digamos dois
frascos, mas ao invés utilizar uma
quantidade de florais inferior a seis
ou sete. O importante é pensar sobre
a maneira como você se sente agora
e tratar isto. Trate os sentimentos
principais que você tem agora, e
quando os florais lidarem com eles
você pode então tratar outras
questões que vierem.
14 – Pode-se tomar os florais de
Bach com chá, café?
Você pode colocar as essências
florais no chá, café, refrigerantes e
neste aspecto elas não funcionam
como os remédios homeopáticos.
15 – Gostaria de saber se posso
colocar gotas do floral em bebidas
quentes sem destruir a capacidade de cura do floral.
Sim, você pode colocar gotas de
floral em bebidas quentes – água,
chá, café, etc... Isto não afetará a
potência dos florais, e por causa do
calor fará com que o álcool colocado
junto com o floral evapore. É um
método que às vezes recomendamos
para pessoas que por uma razão ou
outra desgostem do álcool.
16 – Um par de meses atrás eu
derrubei um vidro de Rescue e o
vidro quebrou-se em dois pedaços
na parte superior, mas o líquido
ainda ficou dentro. Eu o guardei
desta forma, coberto, mas certamente o ar entrou. Ainda é
usável?
O ar não estragará o floral,
embora o brandy possa começar a
perder o sabor. A única coisa a nos
preocupar poderia ser pedaços de
vidro. A melhor coisa a fazer seria
filtrar o floral em um vidro para
floral sobressalente. Um simples
filtro de café pode ser usado.
17 - Ouvi dizer que se você toma
Pine por muito tempo você experimentará o estado negativo de
Pine.
Isto não é verdade. Os florais são
totalmente positivos e não podem
sob nenhuma circunstância provocar o aparecimento de um estado
negativo.
18 – Você deve adicionar álcool
em um vidro de floral?
O modo padrão de misturar os
florais em um vidro é colocar duas
gotas de cada essência selecionada
em um vidro de 30 ml e, depois
preencher com água mineral. Se
você mantém em lugar fresco –
preferivelmente no “refrigerador” –
e se você tomar o cuidado de não
deixar o conta-gotas tocar sua
língua, então a água permanecerá
fresca por duas ou três semanas,
período que deve durar o conteúdo
do frasco.
Você somente necessita
adicionar álcool se a garrafa não
ficar em lugar fresco – se, digamos,
você pretende carregá-la em seu
bolso durante todo o tempo. A única
razão pela qual você necessita do
álcool é para que a água não se
evapore. Uma colher de chá de
brandy, de cerca de 5 ml, é o
suficiente para este fim.
Alternativamente você pode se
utilizar vinagre de cidra ou
glicerina vegetal.
19 – Quando se deve parar de
tomar os florais?
Quando o problema que está
sendo tratado for embora, não há
necessidade em continuar tomando.
20 – Se as coisas pioram uma vez
que você tenha começado a tomar
os florais, deve-se parar ou
continuar a tomá-los?
Os florais de Bach não causam
efeitos colaterais ou agravantes,
mas pode ser que os florais estejam
trazendo à tona sentimentos
represados que devem ser clareados
antes que uma cura completa possa
ter efeito. Se você sente isto neste
caso então você pode olhar para ver
se há uma necessidade de outro
floral em vez dos que você está
tomando.
Quando as coisas estão piorando
a despeito dos florais isto pode
significar uma de duas coisas. Ou
os florais não tiveram tempo de agir
(dois ou mais meses ou mesmo anos
de doses regulares podem ser
necessários para lidar com
problemas profundos enraizados)
ou a seleção foi errada.
Em qualquer caso, os florais não
irão por conta própria causar
sintomas ou problemas que já não
estavam em você e são totalmente
benéficos em seus efeitos. Isto
significa que não há necessidade de
parar de tomar os florais.
21 – É sempre melhor indicar
poucos florais?
É sempre melhor indicar poucos
florais. A linha normal de conduta
é tentar não usar mais do que seis
ou sete de uma só vez, desde que a
experiência tem mostrado que mais
do que este número é desnecessário.
Tomando mais florais do que o
necessário, podemos perder o foco,
e os que são realmente necessários
não funcionarão tão bem ou tão
rápido como poderiam.
Também, não é verdade de que
três florais são melhores do que
quatro, ou de que o tratamento ideal
é com um simples floral: se seis (ou
oito, ou mesmo nove) florais
realmente são necessários é o
quanto você deve tomar.
22 – Existem algumas combinações de florais que nunca
deveriam ser usadas?
Não. Mesmo os florais que
parecem ir em direções opostas
(Vervain e Wild Rose, por exemplo,
ou Vine e Centaury) podem
ocasionalmente ser necessários uma
vez para a mesma pessoa. Tudo
depende da personalidade e dos
estados emocionais de quem está
sendo tratado.
23. Estou procurando ajuda para
clarear meu entendimento sobre
o floral Sweet Chestnut. Como é
a depressão do Sweet Chestnut
comparada ao do Mustard? E
como se compara a desesperança
do Gorse e a falta de fé do
Gentian?
Gentian é para uma branda
melancolia após um transtorno. Por
exemplo, você pode ter concorrido
a um emprego e falhado em obtêlo. Você diz “Eu poderia desistir” –
mas, porém, com um coração
pesaroso, você inscreve-se em outra
função para um trabalho diferente.
Gorse é para quando você se
sente muito pessimista. Alguma
coisa saiu errado e você decide
desistir porque não há “razão” em
tentar novamente. Para usar o
mesmo exemplo, você se candidata
para um emprego e falha em
consegui-lo. Em um estado Gorse
você diz “É isto, desisto” e rasga o
outro formulário para outro
emprego.
Sweet Chestnut é uma coisa
totalmente diferente. Dr. Bach
classificou o Gentian e o Gorse no
grupo da “Incerteza”, porque nos
dois momentos o problema não é
desespero genuíno, mas falta de fé.
O estado de Sweet Chestnut é para
quando realmente todas as avenidas
estão fechadas. Imagine alguém que
tentou e tentou conseguir um
emprego. Todo tempo ele está em
busca de trabalho e o aluguel
permanece não pago. Sua mulher e
filhos estão morrendo de fome. Ele
não tem dinheiro para viajar para
uma entrevista e suas roupas estão
muito desgastadas para que ele
consiga um emprego de qualquer
maneira. Então os fiadores chegam
para retirá-los da casa. Isto é
absolutamente desesperador. A
noite escura da alma, quando todos
os possíveis caminhos foram
cortados. Porém ele não pensa em
suicídio e continua lutando. A
diferença entre Gentian e Gorse e
Sweet Chestnut é clara.
Finalmente, Mustard é um floral
para quando tudo na vida está bem,
mas ainda sentimos desânimo,
como se houvesse uma nuvem
pairando sobre nós. Para usar o
mesmo exemplo, você pode ter
conseguido o emprego que você
realmente queria. Você pode estar
excitado, mas seu espírito está em
baixa. Quando as pessoas dizem
“Por que você está tão desanimado?” Você pode apenas
balançar seus ombros e não saber o
porquê.
(Continua na próxima edição)
Fonte: www.bachcentre.com