Ludovice Ensemble

Transcrição

Ludovice Ensemble
Ludovice Ensemble
31 de outubro, às 21:00h - Igreja de S. Roque
Fernando Miguel Jalôto, direção
PROGRAMA
«Mater Dolorosa: Música para a Solenidade de Nossa Senhora da Piedade - obras de Antonio
Tedeschi (1702-1770)»
Estreia Moderna Mundial de todas as obras do programa
2as Vésperas para a Festa de Nossa Senhora das Dores
Verso de órgão
Moteto "Plange quasi virgo" a 4 para a Novena das Sete Dores de Nossa Senhora
Salve Regina a 4
Deus in adjutorium meum intende
Antiphona Primeira: "Vadam ad montem myrrahæ"
Psalmo Primeiro: "Credidi propter quod locutus sum" - Ps.115 a tenore solo
Antiphona Segunda: "Dilectus meus candidus"
Psalmo Segundo: "Ad Dominum cum tribularer" - Ps.119 a canto solo
Antiphona Terceira: "Quo abiit dilectus tuus"
Psalmo Terceiro: "Eripe me Domine" - Ps.139 a basso solo
Antiphona Quarta: "Fasciculus myrrahæ dilectus meus mihi"
Psalmo Quarto: "Domine clamavi ad te" - Ps.140 a alto solo
Antiphona Quinta: "Fuicite me floribus"
Psalmo Quinto: "Voce mea ad Dominum clamavi" - Ps.141 a 4 concertato

Verso de órgão
Hino: "Stabat Mater Dolorosa" a 4 concertata
Antiphona ad Magnificat: "Cum vidisset Jesus matrem strantem juxta Crucem"
Magnificat a 4 concertato
Ave Regina cælorum a 4 concertata
Moteto "Doleo super te" para a Festa de Nossa Senhora das Dores a 4
DADOS BIOGRÁFICOS DO GRUPO
O Ludovice Ensemble é um grupo especializado na interpretação de Música Antiga, sediado em
Lisboa e criado por Fernando Miguel Jalôto e Joana Amorim com o objectivo de divulgar o
repertório de câmara vocal e instrumental dos séculos XVII e XVIII através de interpretações
historicamente informadas com instrumentos antigos. O nome do grupo homenageia o
arquiteto e ourives alemão Johann Friedrich Ludwig (1673-1752). Apresentou-se em Portugal
nas mais importantes salas - Fundação Gulbenkian; CCB; Casa da Música - e nos mais variados
Festivais - Dias da Música; Música em São Roque; Ciclo de Música de Câmara do Palácio da
Bolsa do Porto; Música em Leiria; Cistermúsica de Alcobaça; Festival de Mafra; Maio Barroco
de Óbidos; Encontros de Música Antiga de Loulé; Terras sem Sombra; Eboræ Musica; Ciclo de
Música Sacra de Viana do Castelo, etc. No estrangeiro, o grupo apresentou-se nos seguintes
festivais: Oude Muziek de Utrecht, Países Baixos; Laus Polyphoniae do AMUZ de Antuérpia,
Bélgica; La Chaise-Dieu e Musiques en Vivarais-Lignon, França; Festival de Verão de Música
Barroca de Praga, República Checa. Apresenta-se com regularidade em Espanha, em: VitoriaGasteiz, San Lorenzo del Escorial, Lugo, Jaca, Peñíscola, Daroca, etc. Em 2012 editou o seu
primeiro CD para a editora franco-belga Ramée-Outhere, tendo sido calorosamente recebido
pela crítica especializada em Portugal e no estrangeiro e nomeado para os prestigiantes ICMA
Awards em 2013. Gravou para a Antena 2 e para a MEZZO (França).
NOTA DE PROGRAMA
António Tedeschi (Aversa, Nápoles 1702 - Lisboa 1770) foi uma personalidade muito marcante
no panorama artístico do Portugal setecentista. Cantor, compositor, poeta e libretista foi
contratado em Roma para a Patriarcal de D. João V em 1733, residindo em Lisboa até à sua
morte já no reinado de D. José. Muito considerado pelos seus contemporâneos e conhecido
como "Doutíssimo Professor Músico de Sua Majestade", deixou uma vasta obra com mais de
80 composições vocais sacras, preservadas no Arquivo da Sé Catedral de Lisboa; na Biblioteca
Nacional de Portugal - fundos do Conservatório Nacional, do Conde de Redondo e outros; na
Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda - fundos da Capela real e da Capela da Bemposta; e na
Biblioteca do Palácio de Vila Viçosa. Apesar das evidentes e elevadas qualidades técnicas e
expressivas da sua obra, que a colocam a par do melhor que se fazia em Portugal e na Europa
do seu tempo, só agora é que que está a ser objecto de estudo, análise e edição por parte do
músico e musicólogo Fernando Miguel Jalôto, sob orientação dos Professores Rui Vieira Nery e
Cristina Fernandes. Este programa será o primeiro inteira e exclusivamente constituído por
obras de António Tedeschi - todas elas em estreia moderna absoluta - após a primeira
apresentação de algumas das suas composições ter ocorrido no ano passado neste mesmo
Festival "Música em São Roque" pelo Ludovice Ensemble, e com grande aplauso do público.
Para este programa são propostas algumas das obras que maior fama granjearam ao
compositor no seu tempo: as Vésperas para Nossa Senhora das Dores (ou 'da Piedade', como é
invocada numa das belíssimas capelas laterais da Igreja de São Roque) e da qual subsistem em
quatro cópias completas; o mais belo dos seus "Stabat Mater", usado no seu tempo, quer
como Sequência para a Missa de Nossa Senhora das Dores, quer como Hino de Laudes e de
Vésperas; o moteto "Doleo super te" para a mesma solenidade, que pode ser considerado um
dos grandes êxitos do século XVIII português, com seis (!) cópias conhecidas e que foi
inclusivamente atribuído a Giovanni Giorgi, o maior mestre da época. Inclui-se ainda um outro
moteto para a concorrida Novena da mesma solenidade, bem como duas antífonas marianas,
de grande simplicidade mas sublime beleza. As Vésperas e motetos foram usados no seminário
da Patriarcal e no Conservatório Nacional, até meados do século XIX, como exemplos do que
de melhor se podia escrever neste estilo. Estas e as restantes obras de Tedeschi a apresentar
neste programa distinguem-se pelo profundo lirismo melódico, expressivos recursos
harmónicos e delicadas e subtis alternâncias entre texturas solísticas e corais, ilustrando
sobretudo o carácter pungente e melancólico dos textos litúrgicos. A sua apresentação, para
além do significado histórico, proporcionará seguramente ao público um elevado momento de
Arte e Espiritualidade.
Miguel Jalôto
Director Musical
Órgão
Miguel Jalôto graduou-se no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de
Interpretação do Conservatório Real de Haia (Países Baixos) com Jacques Ogg sendo
bolseiro do Centro Nacional de Cultura. Frequentou Master-Classes com Gustave
Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski, e Ketil Haugsand, e estudou órgão barroco,
fortepiano e clavicórdio. Foi membro da Académie Baroque Européenne d'Ambronay
sob a direcção de Cristophe Rousset. Mestre em Música pela Universidade de Aveiro, é
Doutorando em Ciências Musicais/Musicologia Histórica na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Apresentou-se em vários festivais
e concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Áustria,
República Checa, Polónia, Bulgária e Japão. É fundador e diretor artístico do Ludovice
Ensemble, apresentando-se em prestigiantes festivais e salas de concerto em Portugal
e no estrangeiro. É membro da Orquestra Barroca da Casa da Música do Porto e
primeiro solista convidado da Orquestra Gulbenkian. Apresenta-se com grupos
especializados internacionais, como La Galanía, Capilla Flamenca, Oltremontano e La
Colombina. Foi durante vários anos membro da Orquestra Barroca Divino Sospiro.
Gravou para as editoras Ramée-Outhere, Glossa, Dynamic e Brilliant. Em 2013/14 é
Maestro al Cembalo convidado da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Trabalhou já
sob a direção dos maiores especialistas em Música Antiga de todo o mundo.
Orlanda Velez Isidro
Solista
Iniciou os estudos de canto com Maria Repas Gonçalves. É licenciada em Ciências
Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. Concluiu em Junho de 2000 a pósgraduação em Canto pelo Conservatório Real de Haia, com os professores Rita Dams,
Lenie van den Heuvel e Marius van Altena. Estudou também Jill Feldmann (repertório
barroco), Ronald Kleekamp (Holanda) e Rolande van der Paal (Bélgica). Frequentou
master-classes de aperfeiçoamento com Nico van der Meel, M.-C. Vallin, Elly Ameling,
Diane Forlano e Barbara Pierson entre outros. Participou em vários concursos e
apresentações de jovens cantores, dos quais se salienta “Erna Spoerenberg” e o
“Concours International de Chant Barroque de Chimay” na Bélgica em Setembro de
2001, no qual foi premiada. Orlanda canta profissionalmente com o Amsterdam
Baroque Choir, dirigido por Ton Koopman e o Nederlandse Kamerkoor, bem como em
várias formações vocais tais como os De Swaen, Música Temprana, e Quinteto
Kassiopeia. Do seu trabalho como solista, são de salientar as suas colaborações com o
Coro Gulbenkian e a Orquestra do Séc. XVIII, dirigida por Franz Brüggen, em 1997;
Académie Baroque Européene de Ambronay 1998 e várias produções de Les Arts
Florissants de William Christie; com o maestro Eduardo Lopez Banzo e o ensemble El
Ayre Español, entre muitos outros.
Hugo Oliveira
Barítono
Estudou na Escola Superior de Música de Lisboa e, como bolseiro da Fundação
Gulbenkian, no Real Conservatório da Haia (Países Baixos). Em 2009 Hugo recebeu o 1º
prémio no 3º Concurso da Fundação Rotária Portuguesa e foi vencedor do Stichting
Nederlands Vocalisten Presentatie na Holanda. Ganhou o 3º prémio no Concurso Luísa
Todi - 2011 e foi finalista do concurso da London Bach Society em 2008. Protagonizou a
ópera Un Retour, de Oscar Strasnoy no Festival de Aix-en-Provence, e Le Nozze di
Figaro sob a direcção de Young-Min Park. Cantou ainda Les malheurs d’Orphée de D.
Milhaud com a Ebony Band em Paris (Cité de la Musique); Melodias Estranhas de A.
Chagas Rosa com Stefan Asbury; Paint me de L. Tinoco, com Joana Carneiro; L'enfant
et les sortilèges de M. Ravel, com Wayne Marshall no Concertgebouw de Amsterdão.
Cantou ainda Dido and Aeneas de Purcell; Venus and Adonis de Blow; Le Carnaval et La
Folie de A.-C. Destouches; Rappresentatione di Anima et di Corpo de E. de Cavalieri
com L'Arpeggiata (Christina Pluhar). Do seu vasto reportório destacam-se ainda obras
como o Requiem de W. A. Mozart com a Orquestra Gulbenkian com Michel Corboz;
Hugo Oliveira trabalhou ainda com Jordi Saval (Les Concert des Nations); Jos van
Veldhoven (Nederlands Bach Society); Paul Dombrecht (Il Fondamento); Enrico Onofri
(Divino Sospiro); Bruno Weil (Wallfisch Band); Klaas Stok (Concerto d'Amsterdam);
Gabriel Garrido (Ensemble Elyma); Keneth Weiss, Nigel North, Lawrence Cummings e
Christophe Rousset.
João Rodrigues
Tenor
João Rodrigues nasceu em Lisboa. Estudou canto na Escola de Música do
Conservatório Nacional com Filomena Amaro e na Escola Superior de Música de Lisboa
com Luís Madureira, Helena Pina Manique e Elsa Saque. No domínio da ópera, foi
Crabman em Porgy and Bess, de Gershwin; Judeu na Salomé de R. Strauss; Aprendiz
em Os Mestres Cantores de Nuremberga, e Escudeiro no Parsifal de R. Wagner, no
Teatro Nacional de São Carlos. Foi Ferrando em Così fan tutte e Tamino em A Flauta
Mágica de W. A. Mozart, na Fundação Gulbenkian; Carlos na Susana de A. Keil;
Professor de música em A Floresta de E. Carrapatoso, no Teatro São Luiz,; Pierre em A
Vingança da Cigana de Leal Moreira, Dante em Francesca da Rimini de S. Rachmaninov,
Kekikako em Bataclan de J. Offenbach, Hinnerck em Jerusalém de V. Mendonça e Lee
em Paint Me de L. Tinoco, na Culturgest. Cantou em estreia absoluta O Meu Poemário
Infantil de E. Carrapatoso e a Oratória Popular de N. Côrte-Real. Apresentou-se em
recital com o pianista Nuno Vieira de Almeida e em concerto com João Paulo Santos e
colaborou com as principais orquestras portuguesas, incluindo a Orquestra
Gulbenkian, a Sinfonietta de Lisboa, a Filarmonia das Beiras, a Sinfónica Portuguesa, a
Metropolitana de Lisboa e a Orquestra do Algarve.
Maria Luísa Tavares
Meio-Soprano
Luísa Tavares é natural de Lisboa. Concluiu a sua formação artística no Centre d’Etudes
Musicales Supérieures de Toulouse com Marie-Thérèse Cahn. Estudou ainda no
Departamento de Música Antiga do Conservatório de Toulouse e na Academia de
Música Antiga de Lisboa, com Jill Feldman, Guillemette Laurens, Richard Gwilt, Antonio
Florio, e Hervé Nicquet, entre outros. Em 2003 foi premiada no Concours International
de Chant Baroque de Chimay, na Bélgica. Foi solista sob a direcção de Jorge Matta
(Orquestra Gulbenkian), Brad Cohen (Remix Ensemble), César Viana (Sinfonia B),
António Lourenço (Orquestra das Beiras), Ferreira Lobo (Orquestra do Norte), João
Paulo Santos, Zoltán Peskó, Giovanni Andreoli e Donato Renzetti (Orquestra Sinfónica
Portuguesa), Pedro Carneiro (Orquestra de Câmara Portuguesa), Harry Christophers e
Christina Pluhar (Divino Sospiro). Foi Venus em "Venus and Adonis" de J. Blow; Dido
"Dido and Aeneas", de H. Purcell; Giulietta em "L’Amore Industrioso", de J. de Sousa
Carvalho; Mrs. Grose em "The turn of the Screw" de B. Britten; Berta em "Il Barbiere di
Siviglia" de G. Rossini; Prosérpine em "La Déscente d'Orphée aux Enfers" de M. - A.
Charpentier; e Segunda Dama em "Die Zauberflöte" d W. A. Mozart. É elemento
efectivo do Coro do TNSC, e colabora regularmente com o Nederlands Kamerkoor, o
Grupo Vocal Olisipo (Armando Possante), o Kassiopeia Quintet, a Capela Joanina (João
Paulo Janeiro), La Nave Va (António Carrilho), e o trio Breathing of Statues.
Joana Seara
Soprano
Joana Seara nasceu em Lisboa, onde estudou na Academia de Música de Santa Cecília
e no Conservatório Nacional. Concluiu a Licenciatura, o Mestrado e o Curso de Ópera
na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, tendo sido bolseira da Fundação
Gulbenkian e galardoada com vários prémios em Inglaterra. Interpretou a Paixão
segundo S. João, de J. S. Bach, com o King’s Consort (Mathew Halls), a Paixão segundo
S. Mateus com o Divino Sospiro (Enrico Onofri) e o Messias, de Händel, com a
Orquestra Metropolitana de Lisboa ( Nicholas Kraemer) e com a Orquestra do Norte
(Jorge Matta). Com o Divino Sospiro e Enrico Onofri actuou nos festivais de Île-deFrance, Ambronay, Mafra e Varna. No domínio da ópera, estreou-se em 2004 como
Zerlina (Don Giovanni) na Holanda. Desde então, tem actuado por toda a Europa,
destacando- se a sua Despina (Così fan tutte) na Holanda, em Inglaterra e na Irlanda;
Galatea (Acis and Galatea) em França; e Margery (The Dragon of Wantley) no Festival
de Potsdam, com a Akademie für Alte Musik Berlin. Em Londres destacam-se os papéis
de Gretel (Hänsel und Gretel) para a Opera Holland Park, e Damigella (L'incoronazione
di Poppea) para a English National Opera. No Teatro Nacional de São Carlos foi
Susanna (As bodas de Figaro), Frasquita (Carmen) e Tebaldo/Voce dal Cielo (Don
Carlo). Colabora também regularmente nas produções de ópera dos Músicos do Tejo
(Marcos Magalhães) no CCB: La Spinalba, de F. A. de Almeida e Lo Frate Inamorato, de
Pergolesi.
TEXTOS QUE VÃO SER CANTADOS
Motetus
Moteto
Plange quasi virgo plebs mea,
Chorai, meu povo, como uma virgem,
ululate pastores, in cinere et cilicio.
gemei pastores, em cinzas e cilício.
Quia venit dies Domini magna
Pois virá o dia do Senhor,
et amara valde.
pleno de dor e amargura.
(Excerto do 3º Responsório das Matinas de Sábado Santo)
Salve, Regina, Mater misericordiæ,
vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
Ad te clamamus exsules filii Hevæ,
Ad te suspiramus, gementes et flentes
in hac lacrimarum valle.
Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia,
Vida, doçura e esperança nossa, salve!
A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa,
Esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
E, depois desse desterro,
Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso Ventre.
Ó Clemente, Ó Piedosa, Ó Doce Virgem Maria.
misericordes oculos ad nos converte;
Et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
nobis post hoc exsilium ostende.
V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Ámen.
O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.
V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi. Amen.
Versiculus & Responsorium: Ps. 69, 2
Versículo e Responso: Sl. 69, 2
Deus in adjutorium meum intende:
Dominæ ad adjuvandum me festina.
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto,
sicut erat in principio et nunc et semper
et In sæcula sæculorum. Amen.
Vem, ó Deus, em meu auxílio:
Apressa-te, Senhor, a socorrer-me!
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio e agora e sempre
pelos séculos dos séculos. Ámen.
Ant. I: Cant. 4, 6b
Ant. I: Cant. 4, 6b
Vadam ad montem myrrhæ et ad collem thuris.
Eu irei ao monte da mirra e à colina do incenso.
Ps. I: Ps. 115
Sl. I: Sl 116, 10-19
1 Credidi, propter quod locutus sum:
ego autem humiliatus sum nimis.
10 Eu continuei a ter fé, mesmo quando disse: «A minha
aflição é muito grande.»
2 Ego dixi in excessu meo:
Omnis homo mendax.
11 Desesperado, cheguei a afirmar: «Todo o homem é
mentiroso!»
3 Quid retribuam Domino
pro omnibus quæ retribuit mihi?
12 Como retribuirei ao SENHOR todo o bem que me tem
feito?
4 Calicem salutaris accipiam,
et nomen Domini invocabo.
13 Erguerei o meu cálice pela salvação invocando o nome
do SENHOR!
5 Vota mea Domino reddam
coram omni populo ejus.
14 Cumprirei as promessas que fiz ao SENHOR, na
presença de todo o seu povo.
6 Pretiosa in conspectu Domini
mors sanctorum ejus.
15 É preciosa para o SENHOR a morte dos seus fiéis.
7 O Domine, quia ego servus tuus;
ego servus tuus, et filius ancillæ tuæ.
Dirupisti vincula mea:
8 tibi sacrificabo hostiam laudis,
et nomen Domini invocabo.
9 Vota mea Domino reddam
in conspectu omnis populi ejus;
10 in atriis domus Domini,
in medio tui, Jerusalem. [Aleluia]
16 Ó SENHOR, eu sou teu servo, teu servo e filho da tua
serva!
Desfizeste os laços que me prendem.
17 Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor e invocarei o nome
do SENHOR.
18 Cumprirei as promessas que fiz ao SENHOR, na
presença de todo o seu povo,
Gloria Patri...
19 nos átrios da casa do SENHOR, no meio de ti,
Jerusalém! [Aleluia!]
Ant. II: Cant. 5, 10; 7, 5
Ant. II: Cant. 5, 10; 7, 5
Dilectus meus candidus et rubicundus: coma capitis
eius sicut purpura regis vincta canalibus.
O meu amado é branco e rosado; os cabelos da sua
cabeça são como a púrpura real, amarrados em tranças.
Ps.II: Ps. 119
Sl.II: Sl. 120
1 [Canticum graduum]
1 [Cântico de peregrinação]
Ad Dominum cum tribularer clamavi,
et exaudivit me.
Na minha angústia, clamei ao SENHOR e ele ouviu-me.
2 Domine, libera animam meam a labiis iniquis
et a lingua dolosa.
3 Quid detur tibi, aut quid apponatur tibi
ad linguam dolosam?
4 Sagittæ potentis acutæ,
cum carbonibus desolatoriis.
5 Heu mihi, quia incolatus meus prolongatus est!
habitavi cum habitantibus Cedar;
6 multum incola fuit anima mea.
7 Cum his qui oderunt pacem eram pacificus;
cum loquebar illis, impugnabant me gratis.
2 Livra-me, SENHOR, dos mentirosos e dos caluniadores.
3 Que castigo ele vos vai infligir, ó caluniadores?
4 Serão setas agudas de guerreiro e carvões acesos!
5 Ai de mim que vivo entre bárbaros e tenho de habitar
com gente estranha!
6 Já vivi demasiado tempo
7 entre aqueles que odeiam a paz.
Gloria Patri...
Quando lhes falo de paz, eles só falam de guerra.
Ant. III: Cant. 5, 17
Ant. III: Cant. 5, 17
Quo abiit dilectus tuus, o pulcherrima mulierum?
Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as
mulheres? Para onde desviaram o teu amado?
Quo dilectus tuus declinavit?
Ps.III: Ps. 139
Sl.III: Sl. 140
[1 In finem. Psalmus David.]
[1 Ao director do coro. Salmo da colecção de David.]
2 Eripe me, Domine, ab homine malo;
a viro iniquo eripe me.
2 SENHOR, livra-me dos maus; protege-me dos homens
violentos;
3 Qui cogitaverunt iniquitates in corde,
tota die constituebant prælia.
3 eles estão sempre a maquinar o mal; todos os dias
promovem discórdias.
4 Acuerunt linguas suas sicut serpentis;
venenum aspidum sub labiis eorum.
4 As suas línguas são como as das serpentes, as suas
palavras são como veneno de víbora.
5 Custodi me, Domine, de manu peccatoris,
5 Protege-me, SENHOR, do poder dos maus; protege-me
et ab hominibus iniquis eripe me.
Qui cogitaverunt supplantare gressus meos:
dos homens violentos, que fazem planos para a minha
queda.
6 absconderunt superbi laqueum mihi.
Et funes extenderunt in laqueum;
juxta iter, scandalum posuerunt mihi.
6 Os orgulhosos preparam-me armadilhas; estenderam
uma rede à beira do caminho; armaram laços para me
apanhar.
7 Dixi Domino: Deus meus es tu;
exaudi, Domine, vocem deprecationis meæ.
7 Eu disse: «Ó SENHOR, tu és o meu Deus!» Escuta, pois, o
meu grito suplicante!
8 Domine, Domine, virtus salutis meæ,
obumbrasti super caput meum in die belli.
8 SENHOR, meu Deus, meu forte defensor, protege-me no
combate.
9 Ne tradas me, Domine, a desiderio meo peccatori:
cogitaverunt contra me;
ne derelinquas me, ne forte exaltentur.
9 SENHOR, não dês aos pecadores o que eles
desejam; não permitas que os seus planos malvados
contra mim vão por diante.
10 Caput circuitus eorum:
labor labiorum ipsorum operiet eos.
10 Não mais levantem a cabeça os que me cercam; que as
suas ameaças contra mim caiam sobre eles;
11 Cadent super eos carbones;
in ignem dejicies eos:
in miseriis non subsistent.
11 caiam sobre eles brasas acesas; sejam atirados para o
fogo, em covas donde não mais se levantem.
12 Vir linguosus non dirigetur in terra;
virum injustum mala capient in interitu.
13 Cognovi quia faciet Dominus judicium inopis,
et vindictam pauperum.
12 Que os caluniadores desapareçam da terra; que a
desgraça persiga os homens violentos até os destruir.
13 SENHOR, eu sei que tu defendes a causa do pobre e os
direitos do necessitado.
14 Verumtamen justi confitebuntur nomini tuo,
et habitabunt recti cum vultu tuo.
14 Por isso, os homens justos te louvarão;
Gloria Patri...
e os homens íntegros viverão na tua presença.
Ant. IV: Cant. 1, 12
Ant. IV: Cant. 1, 12
Fasciculus myrrhae dilectus meus mihi inter ubera
mea commorabitur.
Um feixe de mirra é o meu bem-amado para mim e ele
deitar-se-á entre os meus seios.
Ps.IV: Ps. 140
Sl.IV: Sl. 141
1 [Psalmus David]
1 [Salmo da colecção de David]
Domine, clamavi ad te: exaudi me;
intende voci meæ, cum clamavero ad te.
A ti clamo, SENHOR, vem depressa! Escuta a minha voz,
quando te invoco.
2 Dirigatur oratio mea sicut incensum in conspectu
tuo;
elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum.
3 Pone, Domine, custodiam ori meo,
et ostium circumstantiæ labiis meis.
4 Non declines cor meum in verba malitiæ,
ad excusandas excusationes in peccatis;
cum hominibus operantibus iniquitatem,
et non communicabo cum electis eorum.
2 Seja a minha oração como incenso na tua presença e as
minhas mãos erguidas, como o sacrifício da tarde.
3 SENHOR, põe uma sentinela de guarda à minha
boca; manda vigiar a porta dos meus lábios.
4 Afasta-me do desejo de praticar o mal; que eu não seja
cúmplice dos maus nem dos crimes dos malfeitores, nem
participe nos seus banquetes.
5 Corripiet me justus in misericordia, et increpabit me:
oleum autem peccatoris non impinguet caput meum.
Quoniam adhuc et oratio mea in beneplacitis eorum:
5 Que o justo me castigue e o bondoso me corrija, mas
que o óleo mau me não perturbe a cabeça, pois isso me
tornaria cúmplice dos seus males.
6 absorpti sunt juncti petræ judices eorum.
Audient verba mea, quoniam potuerunt.
6 Quando os seus governantes forem lançados dos
despenhadeiros, as pessoas compreenderão que as
minhas palavras eram verdadeiras.
7 Sicut crassitudo terræ erupta est super terram,
dissipata sunt ossa nostra secus infernum.
8 Quia ad te, Domine, Domine, oculi mei;
in te speravi, non auferas animam meam.
9 Custodi me a laqueo quem statuerunt mihi,
et a scandalis operantium iniquitatem.
10 Cadent in retiaculo ejus peccatores:
singulariter sum ego, donec transeam.
7 Como quando se cava e lavra a terra, uma fenda que se
abre na terra, os seus ossos foram engolidos pelo
sepulcro.
8 Mas eu continuo a confiar em ti, ó SENHOR, meu
Deus; em ti busco protecção, não me abandones.
9 Protege-me das armadilhas que prepararam contra
mim; livra-me das intrigas dos malfeitores.
10 Que os maus caiam nas suas próprias armadilhas,
enquanto eu escapo ileso.
Gloria Patri...
Ant. V: Cant. 2, 5
Ant. V: Cant. 2, 5
Fulcite me floribus stipate me malis, quia amore
langueo.
Vivifica-me com flores, sustenta-me com maçãs, pois
languesço de amor.
Ps.V: Ps. 141
Sl.V: Sl. 142
1 [Intellectus David, cum esset in spelunca, oratio]
1 [Poema da colecção de David. Oração dita quando
estava na caverna]
2 Voce mea ad Dominum clamavi,
voce mea ad Dominum deprecatus sum.
3 Effundo in conspectu ejus orationem meam,
et tribulationem meam ante ipsum pronuntio:
4 in deficiendo ex me spiritum meum,
et tu cognovisti semitas meas.
In via hac qua ambulabam
absconderunt laqueum mihi.
5 Considerabam ad dexteram, et videbam,
et non erat qui cognosceret me:
periit fuga a me,
et non est qui requirat animam meam.
6 Clamavi ad te, Domine;
dixi: Tu es spes mea,
portio mea in terra viventium.
7 Intende ad deprecationem meam,
quia humiliatus sum nimis.
Libera me a persequentibus me,
quia confortati sunt super me.
8 Educ de custodia animam meam
ad confitendum nomini tuo;
me exspectant justi donec retribuas mihi.
Gloria Patri...
2 Em voz alta clamo ao SENHOR; em voz alta suplico ao
SENHOR.
3 Exponho na sua presença as minhas queixas; dou a
conhecer na sua presença a minha angústia:
4 «Quando eu estou prestes a desanimar, tu sabes o
caminho que devo tomar. No caminho em que seguia
puseram-me uma armadilha.
5 Olha bem à minha volta, não há ninguém que me
reconheça; já não consigo escapar e não tenho ninguém
para cuidar de mim!
6 Clamo a ti, SENHOR, e digo-te: “Tu és o meu refúgio; tu
és tudo o que tenho na vida!”
7 Atende os meus lamentos, porque estou sem
forças; livra-me dos que me perseguem, que são mais
fortes do que eu.
8 Tira-me desta prisão, para que louve o teu nome. Os
homens justos me rodearão, por causa da tua bondade
para comigo.
Capitulum: Isa. 53,1-2
Capítulo: Is. 53, 1-2a
Quis credidit auditui nostro? Et brachium Domini cui
revelatum est? Et ascendet sicut virgultum coram eo,
et sicut radix de terra sitienti.
R. Deo grátias.
Quem acreditou na nossa pregação? E a quem se
manifestou o braço do Senhor? Cresce diante do Senhor
como um rebento, como raiz numa terra árida.
R. Graças a Deus
Hymnus:
Stabat mater dolorosa
juxta Crucem lacrimosa,
dum pendebat Filius.
Hino:
Estava a Mãe dolorosa,
junto à cruz, lacrimosa,
Da qual pendia o Filho.
Cuius animam gementem,
contristatam et dolentem
per transivit gladius.
O quam tristis et afflicta
fuit illa benedicta,
mater Unigeniti!
Quae mœrebat et dolebat,
pia Mater, dum videbat
nati pœnas inclyti.
Quis est homo qui non fleret,
matrem Christi si videret
in tanto supplicio?
Quis non posset contristari
Christi Matrem contemplari
dolentem cum Filio?
Pro peccatis suæ gentis
vidit Iesum in tormentis,
et flagellis subditum.
Vidit suum dulcem Natum
moriendo desolatum,
dum emisit spiritum.
Eia, Mater, fons amoris
me sentire vim doloris
fac, ut tecum lugeam.
Sua alma gemente
entristecida e dolorida,
a espada atravessava
Ó quão triste e aflita
estava ali, ela, a bendita,
Mãe do Unigénito!
Quão abatida e dolorosa
a pia Mãe assistia
ao sofrimento do seu Filho.
Qual o homem que não chora,
ao ver a Mãe de Cristo
em tamanho suplício?
Quem não ficaria contristado
contemplando a Mãe de Cristo,
padecendo com o seu Filho?
Pelos pecados do seu povo,
viu Jesus em tormentos
e submetido a flagelos.
Viu o seu doce
morrendo abandonado,
entregando o seu espírito.
Ó Mãe, fonte de amor,
faz-me sentir a força da dor
Para contigo lastima-lo.
Fac, ut ardeat cor meum
in amando Christum Deum
ut sibi complaceam.
Faz arder o meu coração
amando Cristo Deus,
e assim lhe agradar.
[Sancta Mater, istud agas,
crucifixi fige plagas
cordi meo valide.
[Santa Mãe, concede-me isto:
trazer as chagas do Crucificado
cravadas no coração.
Tui nati vulnerati,
tam dignati pro me pati,
pœnas mecum divide.
As feridas de teu filho,
que por mim tanto padeceu
as suas penas divide comigo.
Fac me tecum pie flere,
crucifixo condolere,
donec ego vixero.
Juxta Crucem tecum stare,
et me tibi sociare
in planctu desidero.
Virgo virginum præclara,
mihi iam non sis amara,
fac me tecum plangere.
Faz-me contigo piedosamente chorar,
sofrer com o crucificado,
enquanto eu viver.
Junto à cruz quero estar
e contigo associar-me
ao teu pranto.
Virgem excelsa entre as virgens,
Fac ut portem Christi mortem,
passionis fac consortem,
et plagas recolere.
comigo não sejas amarga,
faz-me contigo chorar.
Faz que eu traga a morte de Cristo,
Fac me plagis vulnerari,
fac me Cruce inebriari,
et cruore Filii.
Inflammatus et accensus
per te, Virgo, sim defensus
in die iudicii.
que eu participe de sua paixão
e que venere suas chagas.
Faz me ferido pelas chagas,
pela cruz inebriado
pelo sangue de teu Filho.
Christe, cum sit hinc exire,
da per Matrem me venire
ad palmam victoriæ.
Inflamado e abrasado,
por ti, Virgem, seja eu defendido
Quando corpus morietur...
fac, ut animæ donetur
no dia do Juízo.
paradisi gloria.] Amen.
Ó Cristo, quando eu partir
que a tua Mãe me conduza
à palma da vitória.
Quando meu corpo morrer...
possa a alma merecer
a glória do Paraíso.] Ámen.
Versus:
Versículo:
V. Ora pro nobis Virgo dolorosissima.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
V: Roga por nós, ó Virgem dolorosíssima.
Ant. ad Magnificat: Jo 19, 26-27a
Ant. do Magnificat: Jo 19, 26-27a
Cum vidisset Jesus Matrem stantem juxta crucem, et
discipulum quem diligebat, dicit Matri suae: Mulier,
ecce filius tuus. Deinde dicit discipulo: Ecce mater tua.
Vendo Jesus a sua Mãe [junto da cruz] e junto dela o
discípulo que ele amava, disse a sua Mãe: «Mulher, eis aí
o teu filho.» Depois disse ao discípulo: «Eis aí a tua Mãe.»
Magnificat: Lc 1, 46-55
Magnificat: Lc 1, 46-55
46 Magnificat anima mea Dominum
46 A minha alma glorifica ao Senhor
47 et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo
47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. 48
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje
em diante me chamarão bem-aventurada todas as
gerações.
48 quia respexit humilitatem ancillae suae ecce enim
ex hoc beatam me dicent omnes generationes
49 quia fecit mihi magna qui potens est et sanctum
nomen eius
50 et misericordia eius in progenies et progenies
timentibus eum
51 fecit potentiam in brachio suo dispersit superbos
R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
49 O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o
seu nome.
50 A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
51 Manifestou o poder do seu braço e dispersou os
soberbos.
52 Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os
mente cordis sui
humildes.
52 deposuit potentes de sede et exaltavit humiles
53 Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de
mãos vazias.
53 esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes
54 suscepit Israhel puerum suum memorari
misericordiae
54 Acolheu Israel seu servo, lembrado da sua
misericórdia,
55 como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua
descendência para sempre.
55 sicut locutus est ad patres nostros Abraham et
semini eius in saecula
Gloria Patri...
Conclusio:
V. Domine, exaudi orationem meam.
R. Et clamor meus ad te vvniat.
V. Benedicamus Domino.
R. Deo grátias.
V. Fidelium animæ per misericordiam Dei requiescant
in pace.
R. Amen.
Conclusão:
V. Senhor, escutai a minha oração.
R. E chegue até vós o meu clamor
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
V. Que as almas dos fiéis, pela misericórdia de Deus,
descansem em paz.
R. Ámen.
Ave Regina cælorum
Avé, Rainha do céu,
Ave, Domina Angelorum:
Avé, dos anjos Senhora:
Salve, radix, salve, porta
Salvé raiz, salvé, porta.
Ex qua mundo lux est orta:
Da luz do mundo és aurora.
Gaude, Virgo gloriosa,
Exulta, ó Virgem gloriosa,
Super omnes speciosa,
mais que todas esplendorosa.
Vale, o valde decora,
Nós te saudamos ó mais bela.
Et pro nobis Christum exora.
E pede a Cristo por nós.
V. Dignare me laudare te, Virgo sacrata.
V. Que eu seja digno de vos louvar, Virgem Santa.
R. Da mihi virtutem contra hostes tuos.
R. Concedei-me força contra os vossos inimigos.
Motetus
Moteto
Doleo super te, Fili mi Jesu,
Sofro por ti, meu Filho Jesús,
decore nimis et amabilis super amorem mulierum.
Nam sicut mater unicum diligit Filium
ita ego te diligebam.
o mais belo, e mais amável do que o amor das mulheres.
Tal como uma mãe ama o seu único filho,
assim te amo Eu. (Paráfrase de 2 Reis 1, 26)
Defecit in dolore vita mea
at anni mei on gemitibus.
A minha vida é passada em dor,
e os meus anos em pranto. (Sl. 30, 11)