Romã e anti-inflamatório
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EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DA ROMÃ A romã (Punica granatum, L.) é um fruto consumido desde a Antiguidade, cujo suco apresenta composição nutricional importante, incluindo compostos fenólicos (como antocianinas, quercetina, ácidos fenólicos, taninos, ácido elágico, ácido punicico, flavonoides, flavonols e flavonas)1. As antocianinas são os compostos responsáveis pela sua coloração brilhante2. Devido a essa composição única, o consumo da romã e de seu suco possui diversas ações biológicas e pode ser útil na prevenção de algumas patologias mediadas pela inflamação3. Já se sabe que a inflamação crônica pode levar a mudanças precoces no metabolismo associadas com o desenvolvimento de doenças crônicas (como câncer) por meio da atração de mediadores pró-inflamatórios como TNF-alfa, interleucinas (IL-6 e IL-8), ativação de fatores de transcrição (NF-κB) e lipídios bioativos como eicosanoides, prostaglandinas e derivados da lipoxigenase2. Além desses efeitos anti-inflamatórios, o suco de romã é um potente antioxidante4: comparado a outros sucos, foi a bebida com maior potencial antioxidante quando consumida por indivíduos saudáveis, já que foi capaz de inibir a oxidação da partícula LDL-colesterol induzida pelo cobre em até 94%, e de aumentar a atividade da enzima antioxidante Paraoxonase 1 em 51%. Esses efeitos podem ser alcançados tanto após o consumo de uma dose isolada (250ml) como com o consumo regular durante 1 semana5. Dentre os mecanismos envolvidos no efeito anti-inflamatório da romã, já se sabe que a mesma é capaz de inibir a ativação de vias inflamatórias incluindo o NF-κB3. Além disso, há outros indícios como: - As proantocianidinas e as antocianidinas podem inibir a atividade da cicloxigenase e a produção de óxido nítrico6. - As elangitaninas podem reduzir a sinalização celular inflamatória em modelos laboratoriais de células de câncer de cólon7. - O ácido punicico e os polifenóis podem inibir a biosíntese de prostaglandinas2. - O suco de romã promove potencialmente a expressão e a síntese de prostaciclina (prostanóide necessário para a homeostase cardiovascular que previne a agregação plaquetária, induz a vasodilatação e modula a expressão de moléculas de adesão celular endotelial) tanto em estudo com humanos como in vitro8. - Em células de câncer de cólon, o suco de romã inibiu a expressão de COX-2 induzida pelo TNF-alfa, bem como neutralizou a ativação de proteína quinase B induzida pelo TNF-alfa, necessária para a atividade do NFκB7. - Estima-se que os componentes do suco de romã podem agir de forma sinérgica na supressão da expressão das citocinas inflamatórias2. Mais recentemente o grupo de pesquisadores liderados por Khan (2011)9 demonstrou que o consumo de extrato de romã pode modular as vias de sinalização do NFκB, exercendo efeitos protetores contra a radiação UVB. Por outro lado, pesquisadores iranianos obsevaram que o consumo diário de suco de romã por adolescentes com síndrome metabólica promoveu redução significativa de marcadores inflamatórios (e-selectina, ICAM, IL-6) tanto imediatamente após o consumo como 1 mês após10. Assim, fica claro que o consumo de suco de romã pode ser benéfico para a saúde e o produto da Juxx pode contribuir, já que é obtido a partir do suco concentrado de romã, o que lhe confere um perfil interessante de antioxidantes, já que seu índice ORAC é bem superior quando comparado a outros alimentos com ação antioxidante reconhecida. É interessante destacar que os fitoquímicos de uma maneira geral apresentam um clearance rápido, o que reforça a necessidade de consumo regular e constante dos alimentos fontes, incluindo o suco de romã, para manutenção de níveis endógenos constantes capazes de promover efeitos benéficos. Além de contribuir com a ingestão de nutrientes anti-inflamatórios, o suco de romã Juxx é uma importante fonte de vitamina C, contribuindo para sua atividade antioxidante, além de ser isento em gorduras. Além disso, não possui açúcar em sua composição – é adoçado com suco de maçã e de uva – e a versão “Zero” possui teor reduzido de frutose. Referências Bibliográficas 1. JURENKA, J. Terapeutic Applications of Pomegranate (Punica granatum L.): A Review. Altern Med Rev; 13(2): 128144, 2008. 2. LANSKY, E.P.; NEWMAN, R.A. Punica granatum (pomegranate) and its potential for prevention and treatment of inflammation and cancer. J Ethnopharmacol; 109(2):177-206, 2007. 3. FARIA A; CALHAU C. The bioactivity of pomegranate: impact on health and disease. Crit Rev Food Sci Nutr; 51(7):626-34, 2011. 4. ZHUANG H; DU J; WANG Y. Antioxidant Capacity Changes of 3 Cultivar Chinese Pomegranate (Punica granatum L.) Juices and Corresponding Wines. J Food Sci; 76(4):C606-11, 2011. 5. ROSENBLAT, M.; VOLKOVA, N.; ATTIAS, J.; et al. Consumption of polyphenolic-rich beverages (mostly pomegranate and black currant juices) by healthy subjects for a short term increased serum antioxidant status, and the serum's ability to attenuate macrophage cholesterol accumulation. Food Funct; 1(1):99-109, 2010. 6. HOU, D.X.; OSE,T.; LIN, S.; et al. Anthocyanidins induce apoptosis in human promyelocytic leukemia cells: structureactivity relationship and mechanisms involved. Int J Oncol; 23: 705–712, 2003. 7. ADAMS, L.S.; SEERAM, N.P.; AGGARWAL, B.B.; et al. Pomegranate juice, total pomegranate ellagitannins, and punicalagin suppress inflammatory cell signaling in colon cancer cells. J Agric Food Chem; 54: 980–985, 2006. 8. POLAGRUTO, J.A.; SCHRAMM, D.D.; WANG-POLAGRUTO, J.F.; et al. Effects of flavonoid-rich beverages on prostacyclin synthesis in humans and human aortic endothelial cells: association with ex vivo platelet function. J Med Food; 6: 301–308, 2003. 9. KHAN, N.; SYED, D.N.; PAL, H.C.; et al. Pomegranate Fruit Extract Inhibits UVB-induced Inflammation and Proliferation by Modulating NF-κB and MAPK Signaling Pathways in Mouse Skin(†). Photochem Photobiol; doi: 10.1111/j.1751-1097.2011.01063.x. [Epub ahead of print], 2011. 10. KELISHADI, R.; GIDDING, S.S.; HASHEMI, M.; Acute and long term effects of grape and pomegranate juice consumption on endothelial dysfunction in pediatric metabolic syndrome. J Res Med Sci; 16(3):245-53, 2011.
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