Corrida aérea na Enseada de Botafogo

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Corrida aérea na Enseada de Botafogo
Corrida aérea na Enseada de Botafogo
Escrito por Oswaldo Claro Jr.
Seg, 23 de Abril de 2007 20:05 - Última atualização Ter, 01 de Julho de 2008 01:15
Disputada pela primeira vez numa cidade da América Latina, a etapa carioca do circuito
mundial Red Bull Air Race atraiu no último sábado, 21/04, um milhão de pessoas segundo os
organizadores ou 600.000 segundo a contagem da Polícia Militar.
Ainda assim, qualquer dos números apresentados estão muito acima das expectativas da
organização da prova que, segundo Ricardo Gertrudes, diretor da Rio 360, empresa
responsável pela produção local, projetava na manhã da prova um público de 300.000
pessoas.
Corrida aérea surgiu nos primórdios da aviação
Foram 3.500 pessoas envolvidas na produção pelo lado nacional e 500 da organização
internacional, além de toda a infra-estrutura de segurança mobilizada pelos governos
municipal e estadual do Rio de Janeiro e o III Comar (Comando Aéreo Regional) da FAB que
cedeu lugar no Santos Dumont para a base das equipes.
Tudo aquilo para realizar um evento de proporções épicas mas que, ao contrário do imaginado
pelo público, nasceu há quase cem anos, praticamente junto com a própria aviação.
As disputas aéreas em suas diversas formas começaram a ser disputadas em 1909 na
França, durante a Semana da Aviação de Reims. Talvez a mais famosa competição dos
primeiros anos tenha sido o Troféu Schneider, criado em 1911 e disputado pela primeira vez
em 1913.
Em 1964 um piloto e fazendeiro de Nevada, EUA, decidiu organizar uma corrida aérea numa
pequena propriedade chamada Sky Ranch. Estava criado o National Championship Air Races
ou Reno Air Races, como é mais conhecido nos dias de hoje. Atualmente, a competição é
disputada em cinco dias e dividida em seis categorias reunindo warbirds veteranos da
Segunda Guerra como Mustang e Sea Fury, jatos L-39 Albatross e até uma categoria
exclusiva para NA T-6.
Red Bull Air Race começa a consolidar calendário anual
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Em sua terceira temporada, a Red Bull Air Race World Series começa a se estabilizar como
competição e evento de marketing. Para isso, expandiu seu calendário de sete provas em
2005 para 12 na atual temporada.
Para realizar uma das etapas do circuito, a cidade candidata precisa ter um cenário marcante
e conhecido internacionalmente. No início de 2007, as 12 produtoras das etapas a serem
disputadas se reuniram na Áustria, sede da Red Bull, quando discutiram sobre os aspectos da
produção e foram informadas que o número atual de provas é considerado o ideal, porém,
apenas oito permanecereão no próximo ano entrando quatro novas.
Piloto e equipe brasileira ano que vem?
O formato atual da competição também é considerado ideal pela organização. O primeiro dia
é de treinos livres, o segundo de classificatórios quando apenas os 12 mais bem colocados
avançam para o dia seguinte. No sábado, cada piloto tem direito a apenas uma volta. Os
quatro últimos saem e os oito restantes competem em baterias de dois pilotos cada até a final,
disputada entre os dois melhores.
A temporada 2007 é disputada pelos 11 pilotos da temporada anterior mais três novatos: o
austríaco Hannes Arch, o sul-africano Glen Dell e o russo Sergey Rakhmanin.
Nas duas primeiras etapas, Michael Goulian e Glen Dell estiveram ausentes por ainda estarem
preparando seus aviões.
Um evento como esse com ares internacionais acaba gerando uma pergunta inevitável –
haverá um piloto e uma equipe brasileiros? Com a palavra, Ricardo Gertrudes: – A Rio 360
montou um camarote VIP para mais de cinquenta empresários brasileiros no Iate Clube do Rio
de Janeiro, exatamente para mostrar o produto Red Bull Air Race. A possibilidade de termos
um piloto brasileiro ou até mesmo, quem sabe, uma equipe brasileira é real. Há ainda a
possibilidade de uma empresa nacional se tornar global partner do evento, exibindo sua marca
em todo o mundo.
Apesar de não estar garantida no calendário 2008, assim como qualquer uma das demais
cidades participantes, o Rio de Janeiro preenche três fortes quesitos para se estabelecer como
membro permanete: possui o cenário, apresentou ótima organização e contou com o apoio do
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público que, mesmo novato no assunto, parece ter adotado o evento.
Classificação final
- 1o - Paul Bonhomme, Equipe Matador, 01:32.45
- 2o - Alejandro Maclean, Equipe MRT, 01:36.53
- 3o - Mike Mangold, Equipe Cobra, 01:38.57
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