U - Circuito das Gerais

Transcrição

U - Circuito das Gerais
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Venha conhecer o maior aquário temático do Brasil. Uma viagem pelo Rio São Francisco, com seus
mistérios, belezas e histórias. São 22 tanques, um milhão de litros de água e diversas espécies.
Tudo isso para você conhecer, descobrir e ajudar a preservar uma das maiores riquezas do Brasil.
Zoológico de Belo Horizonte
Av. Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha
De terça a domingo, das 9h às 16h
Informações: (31) 3277-7191
www.belohorizonte.mg.gov.br
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Opinando
www.circuitodasgerais.com.br
Fabrício Salomé
Reg.SJP-MG –Nº 2.671
[email protected]
Editor Geral
Clóvis Fonseca Closé Limongi
Reg.SJP-MG –Nº 2222
[email protected]
Diretor Responsável
REPORTAGEM:
Paulo Henrique
Cláudia Regina de Oliveira
FOTOGRAFIA
Vladimir Araújo
Studio Fotografia Industrial Ltda.
Denise Prado
NOSSA CAPA
FOTO DE DANIEL MANSUR.
O salão Planetário 6, 5º andar do Espaço TIM/UFMG
do Circuito Cultural Praça da Liberdade, recem
inaugurado pelo Governo do Estado.
IMPRESSÃO:
Lastro Editora
CONTATOS:
[email protected]
[email protected]
Av. Gov. Valadares , 355, sala 206
Centro – cep.: 32.510.010 – Betim - MG
CNPJ: 86.502.382/0001-77
Revista CIRCUITO DAS GERAIS, patente INPI
Razão Social: ONAY SOUZA COMUNICAÇÃO
CNPJ: 08.015.263/0001-32
PERIODICIDADE: Bimestral - edição Nº 05, com
início de circulação no bimestre de abril e maio
em 15 de abril de 2010.
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abril de 2010
CIRCUITO DAS GERAIS
CHOQUE DE AUTO-ESTIMA
É
de tirar o fôlego a atmosfera de cultura e conhecimento que se sente no Circuito Cultural da Praça da Liberdade, inaugurado pelo Governo do Estado, no mês de
março. Ainda que tentemos lançar mão de toda retórica
não conseguiremos qualificar ou descrever aquele espaço
que já se configura num dos maiores orgulhos de todos
os mineiros. Então, para não pecar dizendo ser algo formidável, podemos dizer ser uma maravilha contagiante.
Belo Horizonte, que já vem sofrendo significativas
transformações, projetando-se à condição de uma das capitais brasileiras mais culturais e modernas, precisava
desse choque de auto-estima. Não há obra do Boulevard Arrudas ou da linha verde e, por mais contundente
que seja, a Cidade Administrativa ou mesmo a charmosa
e histórica Pampulha, em nada superam o efeito da
grande sacada do Circuito da Praça, pelo emocional.
Bem observado pelo Jotaquest músico Rogério
Flausino, este Circuito Cultural vai harmonizar contrastes arquitetônicos. E, diga-se mais, promover “viagens”
fantásticas no infinito do conhecimento, resgatando o
longínquo passado e projetando um futuro sem limites.
Para o turismo mineiro, a Praça da Liberdade, que
já era um cartão postal, passará a ser destino obrigatório,
do tipo: ir a Belo Horizonte e não visitar o Circuito Cultural será o mesmo que ir a Paris e não conhecer a Torre
Eiffel. Com certeza, este Circuito será a maior marca turística dos mineiros, mesmo porque, reunirá todos os
símbolos da potencialidade turística do Estado de Minas
Gerais. Ali se encontraram o rico artesanato, o barroco, o
relevo, as águas, a história detalhada da formação de um
povo com a fama de ser fechado, retraído, mas que vive
na vanguarda da cultura e do conhecimento.
Ninguém, nem mesmo os seus idealizadores, elaboradores e investidores, poderá dimensionar ou projetar o
efeito dessa iniciativa, depois de ela estar completa, em
pleno funcionamento. Algo vai acontecer com o ego dos
mineiros, visitantes do território mineiro não compreenderão a força gravitacional daquele espaço que os fará
sempre ir embora com o forte sentimento de querer logo
voltar.
Que as autoridades e profissionais do turismo saibam bem o que fazer para tirar bom proveito dessa jóia
que, mais do que nunca, faz do mineiro mais Minas Gerais.
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Interagindo
Perspectiva
Estamos iniciando uma segunda jornada nesta proposta de
participar do desenvolvimento, divulgação e promoção do turismo mineiro. As dificuldades maiores, com certeza já foram
superadas. Hoje, mais conhecida, discutida e um pouco esperada, a revista CIRCUITO DAS GERAIS, se firma como
mídia alternativa, com a saudável ambição de se consolidar
como a principal do segmento turístico. O que falta para isso?
Competência. Por mais que tenhamos boas intenções, um planejamento condizente com a realidade e experiência profissional, precisamos ter a competência para manter a qualidade e a
regularidade. Estamos determinados a isso e contando com a
participação e compreensão do público leitor, bem como de
parcerias econômicas.
Agradecemos a parceria no primeiro ano da revista e que esta parceria se fortaleça em 2010.
Felicidades.
Circuito da Canastra
Prezados amigos!
Recebi em um evento (Clube do
Feijão Amigo) um exemplar da revista (nº4) e fiquei admirado na
diversidade de informações e a divulgação dos mais diversos assuntos ligados ao turismo em Minas
Gerais. Parabéns pela revista,
porem na página 42 tem um equívoco de informação, na foto mostra
o Museu Carlos Chagas em Lassance, norte de Minas, e não os jardins da Casa de Guimarães Rosa,
em Cordisburgo. A cidade está dentro do Circuito Guimarães Rosa.
Espero ter colaborado com esta interferência sem ser considerado
como uma crítica.
Edmar Antonio
Presidente da Associação Mineira de Ecoturismo
Agradecemos muito a matéria publicada na Revista “Circuito das
Gerais” mas gostaríamos de retificar a foto da matéria. Conforme
enviamos na legenda, a foto colo-
cada foi o Memorial Carlos Chagas em Lassance e não o Museu
Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, como foi escrito por vocês.
Certos da compreensão e muito
agradecidos,
Ana Carolina
Gestora do Circuito Turístico Guimarães Rosa
última edição foi em outubro, pelo
menos que eu tivesse acesso. Estamos em fevereiro e não consigo a
nova edição. Se saiu mais uma
além de outubro, gostaria de receber um exemplar ou ser informado
sobre onde conseguir.
Geraldo Coimbra - Juiz de
Fora
Meu nome é Shirley Corradi e sou
secretária do Presidente da Camara de Itaúna, o Sr. Antonio de
Miranda Silva. O motivo deste
email é primeiramente parabenizá-los pelo exelente trabalho
realizado na Revista Cicuito das
Gerais, e aproveitar a oportunidade para tambem agradecer o
contato feito pelos reporteres desta
conceituada revista com o Presidente desta Casa Legislativa, e colocar-nos ao seu inteiro dispor
para futuros contatos ou entrevistas.
Shirley - Itaúna
Olá, há muito tempo que não vejo
a revista. Estou louca para ver a
importância que vocês darão à
Praça da Cultura que o Aécio implantou na Praça da Liberdade. É
que eu acho que, depois disso, ele
não precisa fazer mais nada. Eu
diria que esse feito é para imortalizar qualquer um. Parabéns Aécio
Sirlene - Belo Horizonte.
Tenho acompanhado o trabalho de
vocês desde a primeira edição que,
diga-se de passagem, é merecedor
de aplausos. Gosto muito de ler a
revista e acho os temas abordados
muito criativos e interessantes.
Mas, se não me falha a memória, a
Gostaria de saber quando vocês
irão dar uma chance para a cidade
que considero a mais importante
para o turismo de Minas. Sabará
está tão perto de Belo Horizonte e
é maravilhosa especialmente na
cultura e na história. Não sou de
lá, mas conheço bem e gostaria de
ver uma publicação sobre ela.
Guto - Belo Horizonte
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Curtas-Circuito
LAURA GODOY
NATHALIA COSTA
O Museu do Oratório de Ouro Preto (interno) e,
acima, a representação do batismo, são algumas das
atrações que poderão ser visitadas sem que a pessoa saia de casa.
MUSEU - O Museu do Oratório já pode ser visitado pela internet, visitações online, gratuitas. Essa é uma boa notícia para quem
quer conhecer o Museu do Oratório de Ouro Preto, sem sair de casa. Com um programa que reproduz realismo e muita informação, a instituição já está recebendo visitantes online para conhecer o seu acervo. O projeto faz parte do Era Virtual – projeto
de visitação online a museus brasileiros. Para que isso seja possível, as salas do museu e seus objetos foram fotografados e filmados de diversos ângulos e em alta definição. Todas as obras do acervo exposto poderão ser ampliadas a partir de um clique,
possibilitando ao navegador observar todos os detalhes e, em muitos casos, girar o objeto para vê-lo de todos os ângulos. Para
a produtora executiva do Era Virtual, Carla Sandin, a iniciativa vai ampliar o alcance sociocultural do museu, além de estimular o turismo cultural com a divulgação do acervo da instituição como atrativo turístico pela internet. “Com a visitação online,
conseguiremos democratizar o acesso à cultura e aumentar o interesse da população em relação aos museus. Com isso, acreditamos que as visitações presenciais serão mais procuradas pela população”, explica. Para conhecer o Museu, virtualmente, basta
acessar o site www.eravirtual.org.
QUAL O SEGMENTO DO TURISMO QUE MAIS TE ATRAI A MINAS?
37,5
%
15,7
%
TURISMO DE NEGÓCIOS
20,1
%
TURISMO DE AVENTURA
TURISMO CULTURAL
8 abril de 2010 CIRCUITO DAS GERAIS
20,8
%
ECOTURISMO
ECOTURISMO
TURISMO RURAL
Houve um tempo em que se falava somente em turismo cultural em Minas.
Agora, não. Uma amostragem do site da
Setur revela que já se começa a desenhar
um equilíbrio entre os principais atrativos mineiros. Os turismos rural e ecoturismo, equilibrados, avançam, levando a
reboque o Turismo de Aventura. O turismo de negócios, como atrativo... quem
vota é pela obrigação ou necessidade. Até
os primeiros dias de abril, mais de 2.200
pessoas tinham votado na enquete do
site. Os percentuais estão ao lado.
5,9
%
TURISMO DE AVENTURA
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ESPAÇO MINEIRO/SP Como parte da estratégia
de estimular o turismo, a
cultura e o desenvolvimento econômico em
Minas, o Espaço Minas
Gerais, na capital paulista,
sediou o lançamento do catálogo ‘Roteiros das Serras
do Sul de Minas’. É a
união de novos roteiros
elaborados especialmente
para que o público possa
vivenciar as potencialidades e diferenciais da região
sul do estado. A expectativa é aumentar em até
40% o número de visitantes na região. “O catálogo e ABAV-MG - O presidente da Associação Brasileira de Agentes de
seus produtos são a garanViagem/MG, José Maurício, está
tia de profissionalismo
com um prato cheio nas mãos. Só
para quem visitar os roteinão pode é perder o espírito miros. Os turistas terão a
neiro, comendo pelas beiradas. O
oportunidade de vivenciar
Circuito Cultural da Praça da LiMinas Gerais com todo
berdade e a projeção dos atrativos
conforto e qualidade.
de Minas pelo Brasil e mundo
Nossa ideia é transformar
afora,, entre outros, são aberturas
os valores de Minas em
para a redenção ou consagração da
produtos turísticos”, afiratividade dos agentes turísticos no
mou Valter Alvarenga,
Estado. Ao estudo, José Maurício.
gestor do circuito CamiNão largue a cartilha.
nhos do Sul de Minas.
ESPAÇO MINAS - Em São Paulo, no Espaço Minas
Gerais, realizaram um seminário, “Oportunidades de
investimento em Minas Gerais”, com foco nos em
preendedores, empresários e investidores, tratando da
experiência empresarial no Estado.
O evento foi uma iniciativa para atrair empreendimentos produtivos para as regiões Norte, Jequitinhonha,
Mucuri e Rio Doce, que oferecem oportunidades de investimentos, mão de obra barata, terrenos a preços
competitivos, infraestrutura e incentivos fiscais, por
pertencerem à área mineira da Sudene.
O Espaço “Minas Gerais”, inaugurado em setembro de
2009, é uma referência para que empresários e executivos de São Paulo possam vivenciar as potencialidades
econômicas, turísticas e culturais de Minas. Iniciativa
do Governo do Estado, o Espaço terá uma agenda permanente de eventos para atrair e gerar novas oportunidades de negócios.
REELEIÇÃO - O Conselho Estadual de Turismo
reelegeu o atual vice-presidente da entidade, Eberhard
Hans Aichinger, que permanecerá no cargo por mais
um ano. Na oportunidade, Aichinger agradeceu à
confiança dos membros do CET e frisou: “Este ano
vamos trabalhar para nos tornarmos cada vez mais
fortes, atuantes e representativos para o
desenvolvimento do setor turístico de Minas Gerais”,
ressaltou. É para isso mesmo que todos integram uma
entidade como esta. Ainda bem que o senhor Aichinger
está consciente disso.
CARAVANA - A Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio
São Francisco (Cipe São Francisco) promoverá uma caravana,
entre 10 e 15 de maio, para avaliar o andamento das obras de
revitalização da bacia e discutir questões locais referentes ao
rio, além de promover eventos culturais e de educação ambiental. A realização da caravana está prevista em requerimento aprovado em reunião da comissão na Assembleia
Legislativa.
A Caravana do São Francisco será realizada no trecho do rio
compreendido entre Pirapora e Manga, no Norte de Minas. A
programação dos trabalhos engloba audiências públicas, visitas técnicas em vários municípios, além de palestras e eventos culturais. Formada por parlamentares e autoridades convidadas, a caravana se deslocará a bordo do vapor Benjamin
Guimarães e contará com equipes em terra para auxiliar nos
trabalhos.
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muito satisfeito, tanto do ponto de vista
pessoal quanto político. E diria também,
profissional, pelo o esforço que essa
equipe fez por Belo Horizonte, que readquiriu sua auto-estima e avançou consideravelmente em termos de qualidade de
vida.
Júlio Pires e Fernando Pimentel têm
muita coisa em comum...
Nós trabalhamos juntos durante muito
tempo. Todo o governo do Patrus e no
primeiro governo de Célio de Castro, o
Pimentel foi secretário de Finanças e eu
fui seu secretário-adjunto. Quando ele foi
ser vice e depois prefeito, fui para a Secretaria de Finanças, passando pelo Planejamento e chegando à Belotur, ainda
com o Pimentel prefeito. O tempo todo
com o propósito de ajudar a fazer de
Belo Horizonte uma cidade melhor de se
viver.
De todas as funções, a do turismo é a
que mais te favorece nesse propósito?
Eu diria que o Turismo seja o maior desafio, porque é uma atividade muito promissora, extremamente importante, mas
que ainda está bastante incipiente na cidade de Belo Horizonte. Diga-se de passagem, no Brasil também. Esta
abordagem mais moderna do turismo,
com sua perspectiva mais voltada para
resultados, cuja finalidade é gerar renda
e riqueza para o País, é muito recente.
Isso começou em 2002 e nós tivemos
sorte que o primeiro ministro de Turismo foi o Walfrido (Mares Guia) que foi
muito positivo e todos que vieram, foi
com uma linha muito coerente.
Como o senhor viu as ações até aqui,
dentro dessa linha de coerência?
Em primeiro lugar, os investimentos
foram para a infraestrutura. Depois veio
um investimento muito importante na
articulação, na montagem de uma governança, seguido da promoção do turismo.
Isto tudo se espalhando pelo Brasil todo,
num processo de regionalização, coordenados pelos governos estaduais.
A partir de agora, é só divulgar e promover?
O passo mais importante, a partir daí, foi
o trabalho do Ministério do Turismo de
classificar os 65 indutores do turismo no
País. São cidades que têm potencial de
induzir o turismo para si própria e seu
entorno.
E Belo Horizonte, como ficou nisso.
O objetivo de Belo Horizonte é fazer
com que o segmento do turismo cresça
na cidade. Hoje, o nosso turismo é, fundamentalmente, de eventos e negócios.
Mas muitos vêm por outros atrativos.
Eventos e negócios são o principal, mas
temos mesmo uma massa muito grande
de visitantes que não vem aqui com esse
objetivo. Vem para visitar o entorno de
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Belo Horizonte e conhecer outros produtos. Então, a nossa estratégia é trabalhar
associando o turismo de negócios com as
opções de lazer e outros atrativos que a
cidade tem, mas que em muitas vezes
não são apresentados como produtos turísticos. Também trabalhamos para fazer
a conexão com todo esse entorno de
Belo Horizonte, que é extremamente
maravilhoso. Temos atrações internacionais e Ouro Preto, a 100 quilômetros
daqui, é um grande exemplo.
A infraestrutura ainda está muito
aquém, a mentalidade dos agentes
ainda tem muito no que avançar e a
própria população não está preparada
para se relacionar com turistas.
Este é o grande desafio que temos que
enfrentar. Na minha atividade à frente da
Belotur, esta talvez seja a principal das
grandes questões que estou enfrentando.
É o novo, a construção dessa nova mentalidade.
E nesse novo tempo do Turismo no
País, Minas parece estar na frente de
outros estados até com maior potencial em termos de atrativos. Quer
dizer que o Estado tem que fazer mais
e ser mais determinada do que os outros, não é?
Minas Gerais já conta com produtos turísticos destacados nacional e internacionalmente. Por exemplo, o circuito das
cidades históricas é o principal circuito
do Brasil, nesse quesito. Nós vamos, por
exemplo, a Parati (RJ) e ali não tem 10
por cento do que Ouro Preto oferece. E
não é só Ouro Preto, temos Tiradentes,
Sabará, Caeté... Nós temos um conjunto
arquitetônico marcante, internacionalmente falando.
Mas com este potencial é só isso?
Além disso, temos alguns outros espaços
tradicionais, como os atrativos do Sul de
Minas. Tiradentes, mesmo, com seu festival gastronômico, festival de cinema,
que são festivais de projeção internacional. Em Minas, nos últimos tempos
houve uma articulação de novos produtos, novos circuitos que foram preparados para esse novo momento. Então, eu
diria que o movimento turístico de
Minas está indo muito bem e Belo Horizonte segue muito bem também.
Qual o segredo de Belo Horizonte
para viver esse estado de boa evolução?
O elemento importante que tenho a ressaltar é que tudo isso nasceu de uma
orientação política durante a administração do prefeito Fernando Pimentel e
continuada pelo Márcio Lacerda, para
“Agora, são 40 turistas
internacionais que
chegam toda semana”
que fosse desenvolvido um trabalho o
mais coordenado possível com o governo
do Estado. E isto facilitou muito. Estamos procurando fazer uma parceria
muito forte com a Secretaria de Estado
de Turismo.
Belo Horizonte descobriu seu principal papel. O de receber bem e distribuir os turistas por todo o Estado.
Quando eu assumi a Belotur, ouvi muito
que Belo Horizonte não passa de portade-entrada de Minas Gerais. Ninguém
quer ficar em Belo Horizonte, quer é ir
para outros lugares. Mas estamos fazendo uma propaganda fora de Belo Horizonte com o seguinte apelo: Você quer
ir à Serra do Cipó? Venha a Belo Horizonte, que levaremos você lá. Você quer
ir a Ouro Preto? Belo Horizonte te leva
até lá. Então, o que temos que fazer é
simplesmente somar as duas coisas e não
concorrer.
Tem um exemplo desse trabalho que
o senhor possa citar?
Em janeiro do ano passado, fomos à
Feira Internacional de Turismo de Lisboa. Lá, conseguimos fazer uma articulação, envolvendo uma operadora de
turismo, uma empresa aérea e nos propusemos a criar pacotes da Europa para
Belo Horizonte. Conseguimos, num primeiro momento, trazer várias operadoras de turismo pra cá. Aqui, seguiram os
contados com o Convention Bureau e
Setur, levando todo o pessoal para viajar
por BH e todo o grande entorno da capital. Apenas uma operadora acreditou. Foi
montado um pacote de cinco dias - três
em BH e dois em Tiradentes, com passagem por Ouro Preto. Isso começou a
partir da primeira semana depois do carnaval. Agora, são 40 turistas internacionais que chegam toda semana.
Agora, outras operadoras se interessarão e o movimento vai aumentar.
Com certeza. E cada vez que você cria
um movimento desse você está fazendo
crescer os clientes para os hotéis, restaurantes e vai aprimorando o receptivo nos
pontos turísticos. Estamos somando pequenas ações que vão permitir avançar
sempre.
Mas Belo Horizonte, hoje tem grandes atrativos, como o complexo da
Pampulha, Mercado Central, Feira de
Astesanato da Afonso Pena, o aquário
do Velho Chico no Zoológico, Roteiro
da Cachaça, agora o Circuito da Cultura na Praça da Liberdade. Amanhã,
poderá dispensar buscar o seu entorno.
Até bem pouco tempo, todo mundo falava que não tinha o que fazer em Belo
Horizonte. Nossos visitantes eram
mesmo, fundamentalmente, de negócios.
E o que significa isso? Durante a semana, você tem 80, 90 por cento de ocupação da rede hoteleira. No final de
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semana, vazio. Isto é um grande problema econômico. Então, temos que juntar isso. Por que a pessoa não pode
esticar o seu tempo aqui? Se a reunião é
na segunda-feira, por que ela não vem na
sexta e passa o fim de semana aqui?
Agora nós temos mesmo mais atrativos.
São produtos novos que estão sendo
ofertados e os atrativos antigos estão
com mais visibilidade. Veja o exemplo do
circuito da cachaça. Você vai na Escócia,
tem o circuito do Uísque. Na França, Argentina, Itália, Estados Unidos, tem o
circuito do vinho. Minas é, reconhecidamente, o Estado que tem as melhores cachaças. Belo Horizonte tem grandes
cachaçarias, onde se encontram de 300 a
mais de mil marcas diferentes. Aí, o turista chega aqui e quer saber onde encontra essa variedade de cachaça e
ninguém sabe dizer. Agora é só articular
essas cachaçarias para oferecer o melhor
atendimento.
Tem muitos destaques.
Tem. Temos um conjunto de casas de
espetáculos na área central, mais as que
se somarão para não ficarmos devendo a
lugar nenhum em termos de opções. Nós
temos o Palácio das Artes, o Francisco
Nunes e o Minascentro. A isso vão se
somar o Cine Brasil, em reforma; o Cine
Paládium, reforma em conclusão, ambos
com capacidade para um público de
1.200 a 1.300; e o Centro Cultural do
Banco do Brasil, na Praça da Liberdade,
será o maior Centro Cultural do País. A
Prefeitura anunciou recentemente a
construção de um novo espaço de evento,
de 6.700 metros quadrados, próximo à
Praça da Estação. Será coberto, mas bem
ventilado, com tratamento acústico para
eventos entre 10 e 15 mil pessoas.
Isso aí já pensando no Arraiá de Belô?
Pensando em tudo. Não é na rua é uma
área bem apropriada. O projeto já está
em andamento.
Tem como levar o Arraiá pra lá?
Poderia ser, mas o Arraiá de Belô exige
outro tipo de espaço. Nessa linha em que
estamos trabalhando, temos que reforçar
cada vez mais este evento como produto
turístico. Primeiro nós temos que consolidar a apresentação da Quadrilha, incentivando o surgimento de mais grupos em
escolas e regionais. Depois devemos trazer quadrilhas de fora de Belo Horizonte
e também atrair um público específico de
fora que vai repercutir este evento. Precisamos fazer do Arraiá de Belô um atrativo de turistas, como é o Comida de
Buteco, o Axé e muitos outros.
A CIRCUITO DAS GERAIS, inclusive, mostrou algumas semelhanças
do Arraiá com o Carnaval do Rio.
Tem muita coisa a ver, tanto que está
exigindo um espaço específico ou melhor.
O carnaval do Rio de Janeiro tem duas
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“Tudo que acontecer de bom
para o Estado será bom para
Belo Horizonte. Tudo de
bom que acontecer aqui, será
bom também para o Estado.”
dimensões. Na diversão, o carnaval na
rua é algo excepcional. Você tem blocos
nas ruas o dia inteiro, as pessoas brincando principalmente na Zona Sul. A
partir daí, o Rio consegue produzir um
espetáculo monumental com o desfile
das escolas de samba. Aqui, no Arraiá,
nós temos que ter o espetáculo, que é o
show na Praça, que equivale ao desfile
das Escolas de Samba. Para não ser só
um espetáculo, temos que disseminar o
máximo possível incentivar para que a
cidade tenha apresentação de quadrilhas
por toda parte, surgindo novos grupos e
a qualificação.
Mas o espaço da Praça da Estação já
não está comportando.
O Arraiá, no ano passado, feito em dois
dias, se crescer mais passaremos para
três dias. Cresceu, não coube, passaremos para quatro dias. Quanto mais durar
o evento, melhor para a cidade como um
todo.
Tudo isso que o senhor está vislumbrando, em quanto tempo BH poderá
atingir um nível bom ou de excelência? Podemos dar uns 10 anos?
Muito menos do que isso. Nós temos
pela frente um desafio que é a preparação
para a Copa de 2014. Pelo ponto de vista
do turismo, essa Copa é uma chance que
não teremos outra igual. Em infraestrutura, muita coisa já está em andamento.
É fundamental que os turistas que virão
tenham o sentimento de querer voltar.
Nosso trabalho é grande, o desafio é
muito sério e nós temos uma data para
estarmos completos em termos de estrutura para o turismo em todos os sentidos.
O comitê nacional de organização do
País para a Copa está apreensivo, porque os cronogramas estão fora do
prazo.
Aqui, em Belo Horizonte, estamos absolutamente dentro do programa. Há seis
meses, ainda falavam que a África do Sul
não estaria pronta para a Copa deste ano.
Como o senhor vê a idéia de criar
sub-sedes pelo interior do Estado?
Quanto mais seleções ficarem hospedadas em Minas Gerais, melhor, pois cresce
a visibilidade do Estado. Nós temos lugares extremamente importantes, como
Juiz de Fora, Poços de Caldas, Araxá,
Uberlândia, Sete Lagoas e muitos outros,
com perfeitas condições de receber uma
seleção. Perto de Belo Horizonte, temos
a estrutura de Atlético, Cruzeiro, América. Então temos que lutar pra trazer
mais e mais seleções para Minas.
E isso é bom para Belo Horizonte.
É a capital de Minas. Então, tudo que
acontecer de bom para todo o Estado
será bom para Belo Horizonte. Tudo de
bom que acontecer aqui, será bom também para todo o Estado. Nós não podemos tratar Minas como se o Estado fosse
uma coisa e Belo Horizonte outra. Ao turista que vier a Belo Horizonte, vamos
mostrar tudo que Minas tem de bom e
vamos levá-lo para onde ele quiser ir.
Belo Horizonte é a grande porta do Estado. É a capital de todos os mineiros.
Para encerrar, fale dos novos projetos
da Belotur.
São dois principais projetos. Um deles é
a própria Pampulha, nosso cartão postal,
precisa ficar mais linda ainda para a
Copa. Este projeto é conjunto entre prefeitura e governo do estado. Segundo é
trabalhar os parques que estão na Serra
do Curral, pra se transformar em grandes e completos espaços para visitação
do turista.
BH, então, pode ser mesmo um
grande destino turístico?
Belo Horizonte é um circuito turístico,
ao lado outros mais de 40 em todo o Estado. Isto faz parte de uma política nacional que estamos consolidando. O
Projeto Escadaria faz parte destas ações
e é uma integração da capital com os outros circuitos. Esta política veio para
ficar, independente de quem quer que
seja o governante. E faço uma conclamação para os nossos aliados, companheiros, do Conselho Municipal do Turismo,
para unirmos nossas forças para fazer de
Belo Horizonte uma cidade com condições materiais, serviços e infraestrutura
para receber bem os visitantes, o que
será bom para todos nós e para a economia da capital de toda Minas Gerais.
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Roberto Luciano FAGUNDES
Engenheiro, Presidente do Conselho Empresarial de Turismo da
ACMinas e seu vice-Presidente, diretor da Clan Turismo, membro
do Conselho Estadual de Turismo.
ATÉ BREVE, AÉCIO
m geral, toda despedida é triste. Ela nos constrange, emociona e envolve com a sensação de
perda, ainda maior quando, convivendo com
quem se vai ao longo de sete anos, habituamo-nos a
ter neste que parte um depositário de nossas esperanças.
Desde que assumiu o governo mineiro, renovou o
cenário político regional e nacional com a implantação, em Minas, de uma longa série de realizações. Primeiro, foi o choque de gestão. Em sequência, veio a
gestão por resultados, introduzindo novo paradigma
para a administração pública. Inovou, ao governar em
rede e em conjunto com a sociedade. Promoveu o desenvolvimento econômico-social de forma sustentável e fortaleceu a imagem e o valor do Estado. Enfim,
estabeleceu uma nova visão da função governamental, com foco em resultados: o PMDI - Plano Mineiro
de Desenvolvimento Integrado –, abrangendo o período de 2003 a 2023, permitiu elencar um conjunto
de metas factíveis e, mesmo considerando alternâncias de poder, plenamente exequíveis.
Nestes 7 anos e pouco, trabalhou-se intensamente
em várias frentes, com os resultados acontecendo:
- na economia, a taxa de expansão do PIB, o crescimento das exportações, com ênfase no agronegócio
e, nele, à carne bovina. O Programa Minas Fácil, estimulando e simplificando a abertura de novas empresas;
- na área da saúde, destaque para a redução da taxa
de mortalidade infantil e o aumento da cobertura populacional do Programa Saúde da Família;
- no contexto socioeconômico, o combate à pobreza
e sua subsequente redução, o aumento da abrangência
do sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do
número de unidades habitacionais entregues pela
COHAB;
- na educação, o indicador de proficiência média,
que avalia o aproveitamento escolar do aluno, teve um
salto marcante e o índice de alunos com nível recomendável de leitura cresceu acima da média;
- na segurança, queda nas taxas de homicídios e de
crimes violentos, além do reaparelhamento e expansão dos quadros das polícias Militar e Civil, assim
como dos Bombeiros;
- no meio ambiente, a expansão do saneamento básico urbano;
- nos transportes, a construção de acessos rodoviários pavimentados entre a maior parte dos municípios,
ligando-os entre si e a rodovias estaduais e federais,
facilitou o escoamento de produtos e deu segurança
E
14 abril de 2010
CIRCUITO DAS GERAIS
aos usuários. Além disso, houve substancial melhoria
na avaliação das estradas estaduais.
Com o aprimoramento da qualidade do gasto público, destinando mais recursos aos 57 projetos estruturadores, obteve-se enorme melhoria na capacidade de alocação dos recursos e de implementação
das estratégias.
Assim, não é de se admirar o fato de que, em jantar realizado no Expominas, no qual foi homenageado
por empresários, declarou que se sentia realizado pelo
conforto do dever cumprido. Com razão: são realizações que tem o aplauso de todos, como demonstra
pesquisa recente do InstitutoVox Populi, na qual aparece com avaliação positiva de nada menos que 92%.
No item Turismo, desde o primeiro momento, entendeu as nossas demandas e se comprometeu a realizá-las. Começando pela SETUR, colocando na primeira gestão, um representante do setor como secretário-adjunto e, na segunda gestão, uma empresária
do setor hoteleiro como secretária. Completou o espaço tão aguardado do Centro Internacional de Feiras e Exposições, o Expominas. Transferiu os vôos
do Aeroporto da Pampulha para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, reavivando um
sítio que se julgava perdido. Mais ainda, construiu a
Linha Verde, ligando por uma estrada moderna, a capital ao aeroporto, com ênfase ao setor norte da Capital, onde instalou ainda a recém inaugurada Cidade
Administrativa, um marco na arquitetura moderna,
motivo de orgulho para todos e para as próximas gerações. Reativou e modernizou seis novos aeroportos
nas principais cidades mineiras, com importante presença em suas regiões de influência. O projeto Liberdade Cultural, que muito irá colaborar para um dos
principais atrativos turísticos da Capital, começa a
apresentar os resultados com as inaugurações de suas
principais atrações.
Tudo isto faz com que nós, mineiros, nos sintamos
frustrados por não tê-lo disputando a Presidência da
República. Mas sabemos que, carregando consigo um
DNA poderoso – do avô Tristão da Cunha e o pai
Aécio Cunha, pelo lado paterno, e, do materno, da figura marcante de Tancredo Neves – temos consciência que o recuo estratégico de hoje constitui alicerce
robusto para o futuro. Nós, mineiros, sabemos esperar a hora certa de ocupar espaços.
Por tudo isto, meu caro e prezado Aécio (se me
permite a liberdade), não consideramos o seu desligamento do governo de Minas como uma despedida
mas, sim, como um “até breve”. Volte logo!
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Evento Turístico
SALÃO PARA UM
TURISMO EM FESTA
“Yes...”, nós temos produtos de sobra. Agora, a ordem do 3º Salão é: ataque aos turistas
representativas do turismo de Minas, e
para o fato de, este ano, foco estar para o
público final.
“Os mineiros terão acesso às belezas do
Estado com a oportunidade de entrega de
produtos prontos e ofertas de viagem,
principalmente, para os meses de junho e
julho, que caracterizam a alta estação do
turismo mineiro”, afirma a secretária.
Divididos em temas, os segmentos
serão representados pelos Salões dos
Grandes Destinos (Circuitos Turísticos);
Nossas Riquezas (artesanato, gastronomia
e gemas e jóias); Governança (área da governança); Investimentos (soluções financeiras para empresas do setor) e Conhecimento (Sebrae-MG).
Promovido pela Setur, o evento tem o
objetivo de ampliar o fluxo do turismo interno do Estado, incentivando o mineiro
a viajar mais por Minas Gerais. No
evento, os visitantes poderão conhecer e
adquirir pacotes, produtos e serviços turísticos. Serão apresentados também debates, palestras, linhas de financiamento e
demais oportunidades de negócios para as
empresas do setor.
Minas não é só patrimônio histórico, arte e
cultura. Temos água,
verde e muito mais.
Isto é o que as associações dos Circutitos
Turísticos do Estado,
como o Guimarães
Rosa, estarão mostrando no 3º Salão.
os próximos dias 16 a 18 de abril,
o Minas Centro, na capital BH, estará por conta do 3º Salão Mineiro
do Turismo, esperando um público
superior a 15 mil pessoas. O anúncio foi
feito pela secretária de Estado de Turismo
de Minas Gerais, Érica Drumond, durante
a 4ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Turismo. Entre os mais de 15 mil
N
visitantes, as atenções estarão voltadas
para os agentes. Estes precisam comprar
os produtos mineiros para fazer clientela
lá fora.
Segundo a Senhora do “boom” turístico, Érica Drumond, o Salão Mineiro de
2010 terá novidades. Destaque para um
dia a mais de evento, espaços físicos maiores para empresas parceiras e entidades
Secretária Érica Drumond, de olho no
que Minas tem para o público final
CIRCUITO DAS GERAIS abril de 2010
15
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Brumadinho
INHOTIM ESTÁ
CONECTADO
COM O MUNDO
Uma rápida cerimônia, em março, marcou o lançamento da rede Wireless do Inhotim.
Agora, o badalado parque de Brumadinho tem banda larga pra falar com o mundo.
mentário está no fato de que o Inhotim já
é uma grande e sólida realidade de oferta
de lazer, cultura valorização ambiental.
“Em breve, seremos um conglomerado
de cultura, com total infraestrutura para
receber um grande público visitante, de
alto nível”, anunciou o empresário Bernardo Paz, que “rifou” muitas de suas empresas para investir naquele espaço mágico. Este anúncio, em que detalhou a
construção de hotéis, restaurantes e investimentos em outros serviços de qualidade,
foi feito a receber o então ministro das Comunicações, senador Hélio Costa, em março, para o lançamento da rede Wireless, para atender ao
Instituto e ao público visitante, com o serviço banda
larga, numa parceria com a
Embratel.
Lá estavam os deputados,
federal, Saraiva Felipe, e estadual, Ivair Nogueira, e o
diretor executivo regional da
Embratel, Altivo de Oliveira.
Juntamente com outros convidados, ouviram Hélio Costa dizer algo curioso para
Bernardo Paz, entre o então ministro Hélio Costa e o enaltecer a determinação do
deputado estadual, Ivair Nogueira. Querendo mais ajuda anfitrião em tocar aquele
m certo jornalista que, há anos,
vive em um certo país da Europa,
após conhecer Inhotim, o Parque
Ecológico de Arte Contemporânea,
em Brumadinho, chegou a comentar com
os colegas assessores do Instituto mantenedor daquele parque, algo como: Impossível acreditar que um lugar desse possa
existir no Brasil.
O que o nobre colega disse pode parecer meio ofensivo. Afinal, por que no Brasil não pode ter gente com a visão e a ousadia de um Bernardo Paz, idealizador do
Inhotim? Mas a grande verdade deste co-
U
16
abril de 2010 CIRCUITO DAS GERAIS
empreendimento: “Daqui a 100 anos, vão
falar que um maluco rico colocou toda a
sua fortuna para transformar Inhotim
num marco da história da nossa região,
preservando a natureza de uma forma maravilhosa”.
O senador foi além. Qualificou o Inhotim como um lugar “apaixonante”, um
“cartão de visitas que já corre o mundo inteiro”, com o compromisso permanente de
melhorar. Durante a cerimônia, Hélio
Costa fez questão de falar em números
que projetam o Brasil como um país avançado em tecnologia na área de telecomunicações.
O Instituto Inhotim é uma entidade
privada, sem fins lucrativos e qualificada
pelo Governo do Estado de Minas Gerais
e pelo Governo Federal como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Com o lançamento da rede Wireless,
os visitantes do Instituto terão acesso à
internet gratuito em locais como o restaurante e o Centro de Educação e Cultura Burle Marx. Até agosto, outros oito
hotspots, como são chamados os pontos de
acesso à internet sem fio, serão implantados no parque, abrangendo quase toda a
área de visitação. Este investimento é uma
parceria do Inhotim com a Embratel.
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ROBERTO MURTA
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O Parque Inhotim, além do acerto artístico, tem áreas que seguiram conceitos sugeridos pelo paisagista Roberto Burle Marx
Para atrair as atenções
o 5º país do mundo em comunicação - 180 milhões de
celulares; 40 milhões de telefones fixos.
um país com 5.546 municípios recebendo completo telecentro (10 computadores, com
sistema de internet sem fio,
móveis necessários, projetores
de DVD e telões).
43 mil escolas públicas têm
internet de alta velocidade.
observou o deputado, anunciando a intenção da homenagem à instituição, para
atrair ainda mais a atenção do público e de
novos parceiros para projetos futuros.
Em seu requerimento, deputado registrou que, embora o parque esteja aberto à
visitação pública desde 2006, seu acervo
vem sendo formado desde meados da década de 1980.
EDUARDO ECKENFELS
O B RA SI L É. . .
Antes do início da cerimônia de lançamento da banda larga em Inhotim, o seu
idealizador, Bernardo Paz, mesmo gozando de fortes parcerias para o seu empreendimento que conjuga arte contemporânea e natureza, aproveitou para “mendigar” mais apoio. Aparentemente, não foi
em vão a “choradeira” pré-cerimônia.
Também não se pode dizer que foi por isso
que o deputado Ivair Nogueira decidiu
agir para ampliar o foco em Inhotim. Imediatamente após a visita ao Parque, Ivair
entrou com requerimento para realização
de uma Reunião Especial na Assembleia
Legislativa para conceder homenagem ao
Instituto Inhotim.
O deputado disse que sempre que vai
ali fica impressionado com a força empreendedora e a diversidade existente, fazendo do espaço uma das grandes marcas
de atrativo turístico do Estado. Segundo
Nogueira, uma iniciativa como esta, em
franca e permanente expansão, merece reconhecimento e todo apoio possível para
avançar no propósito de divulgar e promover a arte, oferecendo lazer e cultura
em uma área ecológica de quantidade e variedade botânica. “A cada visita que se faz
ao Inhotim, percebem-se os avanços e os
investimentos com extrema qualidade”,
Ivair destacou a importância do Inhotim
como atrativo turístico e na geração de
emprego e renda para a região
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In h o t i m
Uma nova e grande marca
para o turismo mineiro
BRUNO MAGALHÃES
18 abril de 2010 CIRCUITO DAS GERAIS
om apenas 4 anos incompletos
aberto à visitação pública, o Parque
Ecológico de Arte Contemporânea,
Inhotim, já está entre os maiores atrativos
turísticos do Estado, recebendo turistas de
de toda parte do planeta. Exagero? Pode
ser, mas se tem visibilidade na Europa e
Ásia, claro que o que não faltam são os turistas latinos e de todas as américas. Logo,
falta pouco pra alcançar todo o planeta.
Em outubro, o Parque terá os 4 anos
completos, mas não é de hoje que suas belezas vêm sendo preservadas, renovadas,
construídas ou expandidas. É assim mesmo que funciona o Inhotim, um espaço em
que a natureza exuberante fica mais imponente, combinada com as artes contemporâneas. Caminhando a passos largos
para se transformar num dos maiores jardins botânicos do mundo, o Inhotim, como já disse seu idealizador, Bernardo Paz,
será também, em breve, um conglomerado
de cultura.
Em seus materiais de divulgação, registra-se que Inhotim é um complexo museológico original, constituído por uma
sequência não linear de pavilhões em meio
a um parque ambiental. Suas ações icluem,
além da arte contemporânea e do meio
ambiente, iniciativas nas áreas de pesquisa
e de educação. É um lugar de produção de
conhecimento, gerado a partir do acervo
artístico e botânico. Resumindo: É tudo de
bom.
Situado no coração da cidade de Brumadinho, os 60 quilômetros que o separa
de Belo Horizonte podem ser percorridos
em menos de 1 hora. Além de ser apaixonante, como observou o senador Hélio
Costa, o Inhotim é uma iniciativa que gera
renda para o município e centenas de emprego para a região.
Mesmo estando aberto para o mundo, o
Instituto Inhotim, responsável pelo lugar,
prioriza o papel de atuar como agente de
integração com a cidade, colaborando
para a eficácia dos projetos em desenvolvimento e participando da promoção de
novas ações em parceria com o poder público e privado ou mesmo com atuação independente. Tudo isso, com muita qualidade e planejamento para promover, de
forma contínua, a melhoria da qualidade
de vida na região.
C
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Betim
A CIDADE É UMA FESTA
REJANE LIMA
Incrível! A locomotiva da indústria mineira é também dona de uma das maiores e mais
tradicionais festas rurais do País. Falou que tem “Betim Rural”, a cidade é tomada por
uma multidão, com pessoas vindo de toda parte do Brasil, a négócios ou para se divertir.
e alguém procura um período no
ano para ver uma cidade como Betim parar, o momento está perto. O
município, movido pela indústria e
por um comércio borbulhante, vai parar.
É sempre assim, todos os anos, nos últimos 22, quando se aproxima o Dia do
Trabalho. No dia 28 de abril, quando
derem início às atrações musicais sertanejas e as tradicionais competições do Betim
S
RONALDO CERQUEIRA
Rural, um caudal de gente faz a cidade dar
um tempo para viver intensamente a festa
agropecuária, consolidada como uma das
maiores do calendário turístico de Minas
Gerais.
A 22ª edição do Betim Rural vai até o
dia 2 de maio, no Parque de Exposições
David Gonçalves Lara, vai trazer à cidade
grandes atrações musicais, competições
agropecuárias, além de espaços temáticos
O Betim Rural é uma das principais festas do calendário de eventos de Minas Gerais.
para toda família.
Para este ano, tem cantores sertanejos
como Daniel, Eduardo Costa, Alan e Alex,
e Maria Cecília e Rodolfo. Os artistas movimentarão a cidade e, além de músicas
tradicionais, apresentarão ainda um estilo
que tem atraído os jovens, o sertanejo universitário. A escolha do casal mais bonito
de Betim também promete animar a festa.
No segundo dia do evento, serão conhecidos os vencedores do Concurso Garoto e
Garota Betim Rural.
Haverá ainda competições de gado leiteiro, campeonato de marcha de mulas e
exposição de bovinos e cavalos de raça,
entre outros. As competições serão realizadas todos os dias, a partir de 10h, e durante os rodeios. Para a criançada também
haverá espaço na programação. Na Brinquedoteca, os pequenos poderão se divertir com uma série de oficinas preparadas
especialmente para eles.
A programação foi desenvolvida com
foco na família e a juventude. Além dos
grandes shows, estão confirmadas atrações sociais e culturais, pensando ainda
nas comemorações e homenagem ao trabalhador.
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INGRESSOS
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Be t i m Ru r a l
Preços acessíveis e entrada gratuita em dois dias
Não pagam ingresso na abertura,
dia 28 de abril, e no encerramento,
Domingo no Parque, dia 2 de
maio. Homenagem ao trabalhador
Pagam ingressos nos dias 29 e 30
de abril e 1º de maio. Se chegar ao
Parque antes das 16 horas e permanecer, não paga.
As entradas serão vendidas a R$
15 (inteira) e a R$ 7 (meia) nas bilheterias do Parque de Exposições
ou poderão ser compradas antecipadamente nos postos de venda
credenciados.
Be leza
Brincadeiras
Religiosidade
ADEÍLDO SILVA
SERVIÇOS
Praça de alimentação, feira de artesanato, parque de diversões e o
tradicional Espaço Temático.
O espaço temático terá 1.000 m2
com decoração rural, reunindo estande de agropecuária, exposição
de pequenos animais, plantas medicinais e flores, além do Bar Temático e outras novidades, como
shows e apresentações de contadores de “causos” promovidos pela
Fundação Artístico-Cultural de
Betim (Funarbe).
Espaço da Brinquedoteca, com teatro de fantoches, oficina de maquiagem, exposição de instrumentos musicais e de personagens
do Quilombo, além de atividades
com brinquedos pedagógicos.
ADEÍLDO SILVA
Quem pensa que festa agropecuária só tem shows sertanejos e exposição e comércio de animais, além de produtos e equipamentos rurais, é
porque ainda não foi a esta festa da cidade da indústria mineira. O evento
ganhou um charme especial com o concurso Garota e Garoto Betim
Rural. A cada ano, mais empolgante, dessa vez, reformulado e aprimorado, acontecerá no dia 29.
No dia anterior, dia de abertura da festa, tem muita fé e religiosidade
com a missa sertaneja. A partir de 19h, a cerimônia religiosa será presidida pelo bispo Dom José Maria Pires. A apresentação musical, durante
a celebração, será conduzida pela banda Ministério Servos, de Belo Horizonte. A participação de fiéis das paróquias da cidade será facilitada pelo
serviço de transporte de ida e volta gratuito, que será oferecido pela parceria entre a Prefeitura e a Viação Santa Edwiges.
O Dia do Trabalhador é 1º de maio. Mas as comemorações e homenagens acontecem mesmo no dia 2, com o encerramento do Betim Rural,
numa programação especial do Projeto Domingo no Parque. Além das
atrações para toda a família já oferecidas semanalmente pelo projeto, haverá desfile de carros de boi a partir de 12h. O percurso terá início no parque, passará pela Rua Inconfidentes, em frente à Defesa Civil, e voltará ao
ponto de partida pela Avenida Amazonas.
Todos os permissionários que trabalharão nos bares e barracas dentro do Parque de Exposições passarão por treinamentos sobre boas
práticas para serviços com alimentação.
SEGURANÇA
120 PMs, 60 guardas municipais,
250 seguranças particulares, 1 pelotão do Corpo de Bombeiros (5
profissionais), além das equipes da
Polícia Civil e da Defesa Civil.
Viaturas da Guarda Municipal e a
cavalaria da Polícia Militar serão
responsáveis pela ronda externa.
Um Quartel General para reunir
os gestores dos órgãos de segurança, além de um Centro de Monitoramento de Câmeras.
20
abril de 2010 CIRCUITO DAS GERAIS
SHOWS
29 Maria Cecília e Rodolfo
30 Eduardo Costa
1º Daniel
2
Alan e Alex
As atrações do Betim Rural, a
cada ano, ganham em projeção e
brilho, com atividades o dia todo
e à noite, atendendo ao gosto
variado do público. O Parque de
Exposições já está ficando pequeno; a prefeita Maria do
Carmo já estuda a busca de uma
nova praça de eventos.
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Catálogo
EVENTOS
Um grande
negócio
de turismo
ELVIS DPAULA
Para uma cidade que, no setor turístico, basicamente transpira negócios, um catálogo de
eventos passa a ser mais um grande negócio para diversificar esta atividade econômica.
ficha já caiu para as autoridades
municipais. Se o turismo se constitui hoje em uma das principais
atividades econômicas no mundo,
por que não, Betim alimentar o setor, já
que os negócios, sua grande força, propiciam investimentos em outras frentes de
atração de visitantes ao município?
A ficha caiu e sacudiu a cidade. Hoje,
Betim já preparaou até um material promocional de suas principais festas e oportunidades. Um catálogo foi produzido,
falando do perfil econômico do município,
mas valorizando o potencial dessa cidade
que resume as características de uma metrópole, que abriga uma população heterogênea, dinâmica, produtiva e que precisa
de lazer, diversão e entretenimento.
Não é à toa que, no catálogo produzido
pela Prefeitura, o conteúdo mexe com todos estes aspectos. O relato no material de
promoção dos eventos salienta que a cidade de “Betim é sinônimo de oportuni-
A
dade. O lugarejo de Capela Nova, por onde passavam os tropeiros bandeirantes
que vinham de São Paulo, cresceu e tornou-se cidade grande, recebeu gente de
toda parte, ganhou uma cultura rica e diversa. A inquietude dessa gente produz
cenas que merecem ser vistas, valorizadas,
estimuladas.
A vocação industrial é a sua maior característica, mas as tradições rurais nunca
foram esquecidas. É o que pode ser visto
em eventos como no Betim Rural ou na
Cavalgada de São Jorge, marcados pela
alegria de quem não perde suas raízes. Da
mesma forma, quando se para cultuar a
paz e a solidariedade, a cidade tem fé e religiosidade capazes de construir feiras de
lazer e entretenimento, numa conjugação
de cultura e oportunidade de negócios que
fomenta o turismo e revela o lado acolhedor da nossa gente.
Ao longo do ano, a cidade comemora
as suas festas mais tradicionais. Algumas
ADEÍLDO SILVA
A Lagoa Várzea das Flores éproporciona momentos de muito
lazer e ainda contribui para campanhas de cunho ecológico
chegam a atrair mais de 100 mil pessoas,
como a Feira da Paz e a Expo Betim Cristã. Em cada uma delas, é grande a oportunidade para empresas e instituições que
investem em ações estratégicas para aliar
sua imagem institucional a momentos de
alegria que resultam em apoio à sociedade.
Valorizar a diversidade cultural tão importante para construção do futuro que
todos queremos é hoje um dos caminhos
mais percorridos por aqueles que têm
visão ampla e apostam na responsabilidade social.
O catálogo Eventos de Betim reúne as
dez maiores festas da cidade, traz informações e imagens de cada uma, suas oportunidades e possibilidades de investimento
no setor sociocultural que o município
oferece. Uma peça que apresenta Betim
sob holofotes e cores, uma mistura de expressões artísticas que geram lazer e
renda, incentivam a solidariedade e promovem a cultura.
ADEÍLDO SILVA
Betim é forte em oportunidades e negócios. Nada melhor do que
criar eventos que fomentemesta força do turismo local.
CIRCUITO DAS GERAIS
abril de 2010
21
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Dez marcas, dez motivos
para viver uma cidade
Cavalgada de São Jorge.
Criada por um pequeno grupo de amigos,
os chamados Cavaleiros do Bairro Angola,
a Cavalgada de São Jorge completou, em
2009, 30 anos. Nesse tempo, muita coisa
mudou, mas a essência continua preservada: ater-se ao Santo Guerreiro para ajudar pessoas que estão em vulnerabilidade
social. As atrações são muitas: moda de
viola com grandes violeiros de Betim e região, show sertanejo, concurso da carroça
mais enfeitada e a escolha da amazona
mais bonita. Caravanas trazem cavaleiros
de toda parte do Estado e do país.
Aniversário da Casa da Cultura.
A Casa funcionou como pousada para tropeiros, bandeirantes e sertanistas que passavam pela antiga Capela Nova rumo às
vilas. Foi bar, local de venda de secos e
molhados, até que uma restauração transformou esse casarão em um espaço voltado para cultura. Artistas e povo se misturam em exposições, apresentações teatrais, shows, palestras, exibições de filmes
e oficinas culturais.
Expo Betim Cristã.
Direcionada à família, lideranças, empreendedores e público em geral, a Expo
Betim Cristã incentiva o turismo na cidade e região e atrai novos negócios, mo22 abril de 2010 CIRCUITO DAS GERAIS
Rodeio Show de Imbiruçu e
Teresópolis.
Feira da Paz.
ADEÍLDO SILVA
A festa movimenta o comércio local e gera
trabalho e renda a centenas de pessoas envolvidas diretamente e indiretamente com
o Rodeio. Entre as atrações, o desfile Garota e Garoto Millennium ressalta a beleza feminina e masculina da região.
O evento é um dos maiores e mais tradicionais da Região Metropolitana de Belo
Horizonte e está incluído no Calendário
Brasileiro de Exposições e Feiras. Acontece sempre no início de agosto, no Parque de Exposições David Gonçalves Lara.
Artistas nacionais e locais se apresentam
no palco principal, e intervenções culturais dos mais diversos tipos, como oficinas
e mostras completam a programação da
festa.
Congado.
Feira da Paz: com forte apelo religioso
REJANE LIMA
O Betim Rural é uma das maiores festas
do Calendário Nacional de Exposições e
Feiras e está entre as de maior público.
Movimenta a economia do município, gerando impactos positivos, principalmente
no setor turístico, pois é a oportunidade
de atrair visitantes para conhecer a cidade,
referência econômica e industrial,que possui ainda outros predicados no cenário nacional.
Betim, cidade de muitos shows, para
grande eou seleto público
A Festa do Congado promove o resgate da
tradição cultural, religiosa e histórica de
Betim, promovendo a religiosidade, alegria, cultura e educação. Tudo com irrestrito apoio da Funarbe - Fundação
Artístico-Cultural de Betim. As primeiras
expressões do Congado em Betim datam
do século XIX.
Betiquim: movimento, sabor e negócio
Sexta Show.
Descobrir e divulgar a música betinenses.
Esse é o objetivo do projeto Sexta Show,
que acontece toda última sexta-feira do
mês, no quintal da Casa da Cultura Josephina Bento. Uma vez por mês um artista
de renome nacional fecha o show de um
cantor local. Em cada edição, abre-se espaço para nossa gente mostrar o que sabe
fazer de melhor, despertando talentos até
então desconhecidos.
MAX
Betim Rural.
vimentando a economia local. Paralelamente ao entretenimento dos grandes
shows, possui caráter educativo ao oferecer oficinas e seminários temáticos e incentivar a formação de líderes.
Betim Expo Cristã: crença e alegria
Aniversário de Betim.
Betim nasceu, cresceu e atingiu a maturidade. É local diverso, mistura de povos
que deixaram suas terras em busca de
novos caminhos. Local acolhedor, rico em
cultura, oportunidades e desafios. Todos
os anos, no dia 17 dezembro, o povo comemora a emancipação política e o desenvolvimento.
ADEÍLDO SILVA
Concerto contra o preconceito.
Este é um dos eventos mais importantes
de Betim. Seu caráter sócio-cultural trabalha a conscientização e educação da população por meio do entretenimento,
contribuindo para a redução do estigma
adquirido ao longo dos anos e oferecendo
à população local um meio de integração e
socialização. Artistas locais e de renome
nacional, teatro, dança, exibição de filmes
e documentários no Cine Teatro Glória,
feira de artesanato e de livros fazem parte
da programação anual do evento, que teve
sua primeira edição realizada em 1993.
REJANE LIMA
Catálogo
A Funarbe: festa do aniversário da Casa
de Cultura e da emancipação política
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Projeção
internacional
FOTOS: VLADMIR ARAÚJO
O b ra S o c i a l
Com o Salão do Encontro, uma obra social que projeta
Betim além das fronteiras continentais, a cidade mostra
que tem muito mais além dos negócios e eventos.
Betim tem sim um algo mais. Tem os
produtos da solidariedade que atraem turistas de toda parte do mundo. O Salão do
Encontro é reconhecido no Brasil e exterior como experiência mantenedora da
tradicionalidade do artesanato mineiro.
Esta entidade sem fins lucrativos promove
a inclusão social de crianças, jovens, idosos e portadores de necessidades especiais
por meio da educação, cultura, formação
profissionalizante e artística (veja fotos ao
lado). Mais de 1200 pessoas são atendidas
pelas atividades de geração de trabalho e
renda, formação educacional, promoção à
saúde e direito à moradia.
Fundado há quase 40 anos pela professora Noemi Gontijo e pelo Frei Stanislau Bartold, o Salão do Encontro dissemina e coloca em prática ações de sustentabilidade, em que a valorização da dignidade pelo trabalho, o resgate da autoestima e o respeito ao meio ambiente são
pilares estruturantes.
Atualmente, cerca de 280 artesãos
participam das oficinas artesanais, dentre
elas: oficina de móveis rústicos, tear de
sisal, tear mineiro, tear chileno, tear kilim,
cerâmica, marcenaria de brinquedos, confecção de flores e arranjos, oficinas de brolhas, cestaria e confecção de bonecas de
pano.
Anualmente, o Salão do Encontro recebe a visita de milhares de pessoas: estudantes, turistas do Brasil, estrangeiros e
representantes de organizações nacionais
e internacionais. A organização recebe
mensalmente cerca de 1.200 pessoas para
visitas orientadas, que buscam conhecer a
originalidade e beleza dos produtos e a experiência do Salão do Encontro como entidade social que mais se destaca no país.
Esta obra sobrevive com o patrocínio
da Prefeitura de Betim, Apromiv, Petrobras, Fiat Automóveis/Ministério da Cultura, Cemig, EPO Engenharia, Governo
de Minas, Fiemg e Criança Esperança
(parceria da Unesco e TV Globo).
No Salão do Encontro esculturas expressam realidade social e artesãos produzem cestaria com bambu e fibra de
bananeira. Crianças são acolhidas em creche e berçário, adultos se ressocializam e
todos descobrem valores como o da vida
útil e produtiva. o espaço e dividido entre
vários salões que acolhem as pessoas afins
ou conforme a necessidade de cada um.
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Artesanato
Com as mãos
ARTE DA RESISTÊNCIA
QUE RETRATA HISTÓRIAS
A HISTÓRIA
Na corrida contra a força da produção em série das indústrias, os artesãos, sem fazer
fumaça, estão voltando a ganhar espaços. Resgatando a história, eles resistem ao tempo.
té 24 de abril, quem quiser ver e
adquirir belíssimas obras do artesanato mineiro tendo o ferro como
matéria-prima, transformado em
esculturas, quadros e outras peças fundidas ou trabalhadas é só ir à Galeria de
Arte da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG). A Exposição “Minas: coração de ouro em peito de ferro”, expressão cunhada pelo fundador da Escola de
Minas de Ouro Preto, Henrique Gorceix,
é estrelada por artistas como Cibele Tietzmann, Erli Fantini, Fuzzo Mângia, Márcio Ferreira, Pedro Miranda, Rigo, Waldir
Sérgio e pelos artesãos da Cooperativa
Dedo de Gente, de Curvelo (Região Central do Estado).
Esta mostra é uma realização do Parlamento mineiro e do Governo do Estado.
Em sua 7ª edição, segue homenageando o
A
artesão, festejado no dia 19 de março.
O folclorista e professor da UFMG, falecido no final do ano passado, Saul Martins, um doutor em arttesanato, disse,
certa vez, que para se ter sensibilidade, entender e gostar de artesanato precisa ter
dom. A estudante de Direito, Fernanda
Sette, passando os olhos na variedade da
mostra, teve o dom de ir fundo na essência de um artesão. “Reconheço que produzir uma obra de arte como essas não é
fácil, demanda muita dedicação, paciência
e amor pela profissão”, disse ela, emendando: “Adorei tudo aqui. São obras lindas
que encantam qualquer pessoa”. Era o
sinal da jovem Sette de que não precisa ter
dom, bastando sensibilidade.
José Maria da Silva é um funcionário
público preocupado com a falta de maior
apoio e reconhecimento ao trabalho arte-
sanal. Ele ouviu o que a estudante havia
dito e completou que o brasileiro não dá o
devido valor ao artesão. “Por isso, fico feliz
em ver uma exposição como esta, com
obras maravilhosas. Temos que valorizar
cada dia mais os nossos artesãos”, ressaltou.
Para a subsecretária de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Marilena
Chaves, o artesanato produz não apenas
beleza, mas renda e dignidade. Esta visão,
vinda de alguém que pode fazer algo a
mais por esses artistas, deve encher de esperança, pessoas como a estudante e o
funcionário público. Também, o que
afirma o presidente da ALMG serve de
alento. Segundo o deputado Alberto Pinto
Coelho, esta exposição traduz um compromisso permanente do Parlamento com
a cultura e os artistas mineiros, "Particu-
Empresário José Luiz do Carmo: “valorizar para esta arte nunca desaparecer. A gente percebe que são obras produzidas com
carinho e muita dedicação.” - Gláucia Meireles, funcionária pública: “Estou admirada com a riqueza de detalhes das obras.”
24 abril de 2010
CIRCUITO DAS GERAIS
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SA
A mostra poderá ser visitada de 8 a 18 horas, de segunda a sexta, na ALMG, até o dia 24 de abril. José Maria e Fernanda Sette já
conferiram. E gostaram do que viram. Ele quer o artesão mais valorizado. Ela acha que é arte para emocionar qualquer pessoa.
larmente com os que se dedicam ao artesanato, manifestação popular que tanto
contribui para a projeção de Minas no País
e no exterior”, reconheceu.
Já o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, órgão parceiro da mostra,
Roberto Simões, lembra que cerca de 4,5
mil artesãos de 300 cidades já participaram das exposições. Outro parceiro, a Copasa se manifesta através de seu presidente, Ricardo Simões, lembrando a proximidade do Dia do Artesão com o Dia Internacional da Água, em 22 de março,
datas especiais para a empresa.
Embora os artesãos estejam à procura
de mercado e espaço para mostrar suas
artes, o secretário de Estado de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior, Alberto
Portugal, está preocupado com o aprimoramento da técnica dos artesãos mineiros,
dizendo que isso é uma prioridade de sua
pasta. Se Saul Martins estivesse aqui, diria
a ele que “dom” não se aprimora, e sim, se
estimula, se dá fazão.
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Cultura e Conhecimento
CIRCUITO Por que
CULTURAL só agora?
PRAÇA DA
LIBERDADE
Demorou.
Mas veio com merecida festa
a criação de um espaço
mágico para abrigar cultura
e conhecimento, reunindo
pessoas e misturando tempos
distantes e diversos.
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abril de 2010
CIRCUITO DAS GERAIS
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A Praça da Liberdade, de espaço do poder
político a Praça do Poder Cultural, agora
começa a abrigar o maior complexo de
cultura e conhecimento existente no Brasil.
LÚCIA SEBE
m 1983, do Palácio da Liberdade,
o então governador eleito, Tancredo Neves, se dirigia à multidão
que se acotovelava na praça, pedindo aos mineiros para não se dispersar
e, como num presságio do fim do período
sombrio da ditadura e repressão militar,
gritou do microfone que o maior bem da
E
Imponente, o Palácio da Liberdade
continuará sendo o guardião da Praça,
também aberto à visitação pública.
humanidade é a liberdade.
Este não foi um acontecimento único
e isolado marcante naquele espaço, criado
há cerca de 120 anos para ser a praça do
poder do Estado de Minas Gerais. Muitos
outros antecederam e sucederam. Mas a
Praça parecia preguiçosa e fadada à monotonia. Nem mesmo a movimentação de
operários e outros engenhosos profissionais fazia imaginar o que estaria por vir.
Foi um petardo para mexer com o orgulho mineiro. No dia 21 de março, a
Praça voltou a ser tomada pelo povo, para
ver a abertura do Circuito Cultural Praça
da Liberdade. Estava lá, todo tipo de
gente, todo tipo de artista, tinha gente do
teatro, do circo, músicos, poetas, bailarinos, artistas plásticos, do artesanato, da
vida, de todas as idades e de todos os
sexos.
Um suspiro. Por que isso não foi feito
antes? Quis o destino que o neto, na trilha
do avô, mais de 20 anos depois voltasse a
fazer lotar a praça, agora, em circunstâncias bem diferentes. Aécio Neves, em vez
de reunir a multidão para falar de esperança e resistência, foi para o meio dela
festejar o novo destino daquele espaço. A
Praça da Liberdade, de praça do poder político, agora, é a praça do Poder Cultural
de um povo.
“Não há no Brasil um circuito cultural
tão adensado, com tantas alternativas tão
próximas como aqui na Praça da Liberdade. Então, além da Cidade Administrativa que vai levar mais eficiência para o
governo, vamos entregar essa praça defiCIRCUITO DAS GERAIS abril de 2010
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FOTOS: WELLINGTON PEDRO
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Aécio neves, com a irmã, Andréa, festejado pelo público e artistas que tomaram,
de vez, a Praça da Liberdade
EBX, a TIM e a UFMG entregaram o Espaço do Conhecimento, a Mineradora Vale
adotou um prédio para o memorial de
Minas, e o Banco do Brasil terá o seu
maior centro cultural do páis. “O Estado
apenas construiu as relações, e deu norte,
qual o norte devíamos seguir e agora a iniciativa privada está entregando aos mineiros essa praça maravilhosa”, explicou
Aécio.
28 abril de 2010
CIRCUITO DAS GERAIS
WELLINGTON PEDRO
RENATO COBUCCI
nitivamente para o povo de Minas Gerais”, disse um Neves, derretido de emoção e consciente de que o Circuito
Cultural será reconhecido como um dos
maiores feitos de seu governo. Mais: um
dos maiores entre todos os governos. Ele
sabe disto, tanto que, depois, emendou
com uma grande verdade: “Minas vai ser
diferente, a partir de hoje”.
Sem se esquecer dos inúmeros problemas aguardando solução, Aécio Neves
falou dos avanços alcançados nas duas
gestões administrativas seguidas. “Minas
hoje é outra, respeitada no Brasil inteiro e
estamos entregando aquilo que era a praça
do poder ao povo. A partir de agora, não é
mais a praça do poder. É a praça do povo.
A praça da alegria. É isso que nós estamos
vendo aqui. É a ousadia dos mineiros. Eu
dizia sempre que os mineiros têm algumas
características que nós deveríamos sempre preservar. A da conciliação, da serenidade, de uma visão sempre a favor do
Brasil e muito pouco hegemônica. O mineiro nunca quis ter hegemonia de absolutamente nada. O mineiro foi sempre
muito brasileiro.”
O Circuito Cultural Praça da Liberdade é formado pelo Espaço TIM UFMG
do Conhecimento, Museu das Minas e do
Metal EBX, Memorial Minas Gerais Vale,
o Centro de Arte Popular Cemig e o Centro Cultural Banco do Brasil. Ainda fazem
parte do circuito, o Museu Mineiro, Arquivo Público Mineiro e a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, revitalizados
nos últimos anos e já abertos à visitação
pública.
Pelo elenco dá pra ver que o governo
do Estado não precisou mexer no cofre.
Todos os recursos são do setor privado.
Isto foi algo mais que o Aécio aproveitou
para festejar. O grupo que o Eike comanda
entregou o Museu de Minas e do Metal
OMAR FREIRE
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O povo agradece.
Os artistas,então...
elogios. Foi o caso da psicóloga Rosana
Diniz Mascarenhas para quem arte e cultura devem fazer parte do cotidiano.
“Estou fascinada com a sensibilidade das
meninas do Quarteto”, comentou. E completou: “Estou vendo diversidade e qualidade dos nossos artistas nesta praça e fico
realmente comovida em pensar que tudo
isso vai fazer parte da nossa rotina com a
inauguração do Circuito Cultural”.
VARAL DE POESIAS
O Projeto Terça-Poética da Fundação
Clóvis Salgado montou um varal de poesias com obras de Carlos Drummond de
Andrade, Mário Quintana, Luiz Eduardo
Alves, Wilmar Silva,Tânia Diniz e outros
poetas contemporâneos. Depois de ouvir
a leitura de alguns poemas, a assistente
social, Vera Lúcia Rodrigues, disse que o
Circuito Cultural vai mudar o panorama
cultural de Minas Gerais.
“Todas as atividades culturais de peso
se concentram no Rio e em São Paulo. Nós
precisávamos de um espaço como este.
Minas está de parabéns com o Circuito
Cultural”, afirmou.
TEATRO DE BONECOS
A Praça da Liberdade também foi palco
de uma exposição do Grupo Giramundo
com bonecos integrantes da companhia de
teatro desde os anos 70. Também apresentou a peça “Um baú de fundo fundo”
num palco montado ao lado do coreto. O
analista de sistema, Bruno Renato Paschoal, assistiu à peça ao lado do filho, Giovanni, e da mulher, Waleska. “Meu filho
está adorando e nós também. O que mais
anima é saber que a proposta do Circuito
é trazer para a praça opções para toda a
família, para todas as idades. A iniciativa é
um grande presente, não apenas para BH,
mas para todos os mineiros”, disse ele.
WELLINGTON PEDRO
OMAR FREIRE
Se toda unanimidade é burra, que bela e
oportuna burrice cometida pelo governo
mineiro ao criar o circuito cultural na
Praça da Liberdade. Procura-se um mineiro que seja contra esta iniciativa. Nem
a Dilma Rousseff se manifestou contra.
Também, nem a favor. Não foi encontrada.
Ainda não é o tempo de ela ser uma figura
fácil.
Mas o importante é que o povo disse
sim. O reforço da aprovação vem de 244
escritores, músicos, artistas plásticos, dramaturgos, atores e produtores culturais
que assinaram uma carta, exaltando a iniciativa do Governo de Minas de transformar a Praça da Liberdade em um dos
maiores centros culturais do País. Affonso
Romano, Alceu Valença, Beto Guedes,
Fernanda Takai, Fernando Brant, Gabriel
Vilela, Milton Nascimento, Wagner Tiso
e Ziraldo, são algumas das figurinhas carimbadas desse elenco.
“Esse Circuito Cultural é um passo maravilhoso em direção à modernidade, e ao
mesmo tempo, valorizando o antigo.
Agora, teremos uma praça rodeada de
museus originais, dedicados às coisas de
Minas Gerais. Já vem muita gente para
conhecer nossas cidades históricas. Agora,
Belo Horizonte tem um centro cultural”,
disse o músico Rogério Flausino, que também assinou a carta.
Muito show para festejar o novo tempo
da arte, da cultura e do conhecimento em
Minas. Um grupo de 270 jovens do programa Valores de Minas surpreendeu o
público com um flash mob, performance
previamente combinada, e cantaram e
dançaram, embalados pela música “O que
é o que é”, de Gonzaguinha.
Ao som de antigas marchinhas de carnaval, palhaços em pernas de pau e jovens
agitando objetos voadores coloridos puxaram um grande cortejo que percorreu
toda a praça, arrastando a multidão.
O evento terminou com um show do
cantor Milton Nascimento na Alameda
Travessia e vários cantores mineiros consagrados, como Lô Borges, Fernanda
Takai, Marina Machado, Telo Borges e
Rogério Flausino.
QUARTETO DE FLAUTAS
Uma das primeiras atrações a se apresentar na praça foi o Quarteto de Flautas
da UFMG. Marina Bruekers, integrante
do quarteto, ficou surpresa com a receptividade das pessoas. “Mesmo com tantas
atividades paralelas, as pessoas foram se
aproximando e fizeram silêncio para nos
ouvir”, disse ela.
Quem assistiu à apresentação só tinha
O Circuito é uma unanimidade. As manifestações favoráveis vêm de todas as
formas. As contras, nada.
LoBorges,
Fernanda
Takai, Marina
Machado,
Rogério Flausino e Milton
Nascimento
estavam
entre os mais
de 200 artistas que manifestaram
apoio ao Circuito Cultural
que abre espaço para
todo tipo de
manifestação
artística.
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O contraste dos tempos na
arquitetura, na cultura e na arte
O espaço TIM de Tecnologia é para o conhecimento, com o planetário mais moderno do mundo
FOTOS: DANIEL MANSUR
A Árvore da Vida, os
Biomas Brasileiros, o
complexo arqueológico
de Montalvânia, Con-
sumo Consciente, Cosmogonia, Era dos
Grandes Mamíferos,
Mercado Munidal e Planetário são algumas
das diversas atrações
do Espaço TIM, con-
tando história, desvendando mistérios e
propiciando conhecimentos infinitos aos
seus visitantes.
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abril de 2010
CIRCUITO DAS GERAIS
O
e
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Museu das Minas e
do Metal, já inaugurado, traz conhecimentos múltiplos
As atrações provocam impacto como as
salas Chão de Estrelas, Língua afiada e
logística da Mineração, em um prédio antigo da Praça da Liberdade
O Centro Cultural Banco do
Brasil virá com a excelência
de outros estados, mais forte
Vale mostra o potencial da arte mineira, desde o Barroco
Três jóias que continuam na Praça valorizando o circuito
CARLOS ALBERTO
LÚCIA SEBE
CARLOS ALBERTO
O Museu Mineiro, a Biblioteca Pública e o Arquivo Público Mineiro permanecem e integram o revolucionador Circuito Cultural
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Aquário
A bacia do Velho Chico
fica mais transparente
quário da Prefeitura tem 3 mil metros quadrados e apresenta 1.200
peixes da região do rio São Francisco. É o maior aquário de água
doce do Brasil que pode ser visitado em
Belo Horizonte, onde é mantido pela Fundação Zoo-Botânica (FZB-BH). Este
aquário tem aproximadamente 3 mil metros quadrados e é o primeiro a retratar
exclusivamente a vida na Bacia do São
Francisco. A obra, que custou cerca de R$
5,5 milhões, passa a ser mais uma grande
atração da capital mineira, oferecendo estudos sobre biologia, criação e manutenção de peixes em cativeiro. Para conferir é
só ir ao Jardim Zoológico, na Pampulha.
Uma demonstração de que o alto investimento tem mesmo o seu valor, na festa de
lançamento, estavam o prefeito Marcio
Lacerda, o vice-prefeito Roberto Carvalho, o presidente da FZB-BH, Evandro
Xavier, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Roberto
Messias, o secretário de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, o ex-prefeito de
Belo Horizonte, Fernando Pimentel, o
A
O aquário tem 1.200 peixes e serve
para despertar a consciência de
muito cidadão que ignora esta
riqueza do País, que nasce em
Minas gerais. Também alimenta a
curiosidade das pessoas, servindo
como um grande atrativo turístico
para a capital mineira.
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CIRCUITO DAS GERAIS
prefeito de Pirapora, Warmillon Braga,
secretários municipais e outras autoridades que fizeram questão de participar da
solenidade de inauguração.
O prefeito da capital considerou o aquário
como mais um espaço para lazer, entretenimento e, principalmente, para a difusão
do conhecimento e defesa da preservação
ambiental. “Este aquário tem vários significados importantes e o principal deles é
a oportunidade da pessoa ver de perto a
fauna do rio São Francisco em um contexto sócio-ambiental que vai ajudar a aumentar a consciência ecológica”, disse.
Para Lacerda, o aquário também será uma
referência turística na cidade. “É um privilégio ter uma atração como esta, que vai
encantar turistas de todo o país e servirá
também como referência de pesquisa e
educação ambiental”, afirmou.
Segundo Evandro Xavier, o aquário representa uma parte do rio São Francisco a
ser protegida e conhecida. “A concretização deste projeto é a realização de um
sonho que somente foi possível graças ao
empenho de muitas pessoas. Assim como
esta obra uniu municípios, governos, organizações não governamentais e repre-
sentantes do terceiro setor, o nosso desejo
é que, com o aquário, possamos conseguir
unir e integrar ações que busquem conservar e revitalizar o rio”, salientou.
Ao visitar o aquário, o público terá a oportunidade de conhecer diferentes espécies
de peixes e obter informações sobre o
“Velho Chico”. Entre os destaques da ictiofauna (conjunto de peixes de uma região ou ambiente) do rio São Francisco
que poderão ser conhecidos e apreciados
no novo espaço estão surubins, dourados,
curimatãs, matrinxãs e vários outros.
Admiração
Resultado de uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério do Meio Ambiente, as
obras do aquário começaram em 2006,
com a meta de promover a conservação da
vida aquática do Velho Chico por meio de
exibições dos ecossistemas e de sua interpretação, educação e pesquisa. Ao longo
dos últimos três anos, outros parceiros
adotaram esta ideia, como Cemig, Codevasf, Copasa, Epamig, Instituto Estadual
de Florestas (IEF), Sesc, Prefeitura Municipal de Pirapora, Sociedade dos Amigos da Fundação Zoo-Botânica e Instituto
Terra Brasilis.
ROBERT SERBINENKO
ROBERT SERBINENKO
Um investimento para estudos, conhecimento, pesquisa, turismo e consciência. O Aquário
da bacia do Rio São Francisco surge em forma de uma reação ecológica: Se o povo principalmente as autoridades - não vai até o Velho Chico, o Velho Chico vai até o povo.
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ROBERT SERBINENKO
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AQUÁRIO SÃO FRANCISCO
1.200
50
22
é a quantidade de peixes
é o número de espécies existentes no aquário
são os tanques existentes em dois pavimentos
Prefeito Márcio Lacerda: aquário é uma oportunidade
da pessoa ver de perto a fauna do Rio São Francisco.
Entre as espécies de peixe estão a
pirambeba, piau-três-pintas, mandi prata,
cascudo e surubim.
O Aquário São Francisco tem capacidade
para 450 mil litros de água, representando
um "braço" do Velho Chico, com uma
cenografia que apresenta tanto a margem
quanto o fundo do rio.
Auditório, espaços de exposição, lúdicos, jardins, laboratório, lagoa marginal,
lanchonete e lojinha.
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Belotur
Cidade
mais bonita
É apenas um estudo. Mas
o presidente da Belotur,
Júlio Pires, afirma que o
novo espaço para eventos
em BH não ficará só no
papel. E não demora
s transformações sofridas por Belo
Horizonte, nos últimos anos, têm
deixado a capital mineira com uma
nova cara. Mais bonita, com maior
mobilidade e conforto. Em meio a tantas
mexidas e novidades, a Prefeitura ainda
anunciou estudos preliminares para dotar
a cidade de um novo espaço para eventos,
localizado entre a Praça da Estação e o
Viaduto da Floresta
O presidente da Belotur, Júlio Pires, assegurou que o projeto será executado e
que, em breve, a capital estará perfeitamente servida de espaços para shows no-
A
PARA
MUITA
FESTA
turnos com pleno conforto. O espaço de
6,9 mil metros quadrados será o primeiro
equipamento público, dessa natureza, com
capacidade para receber até 20 mil pessoas, 10 mil em área coberta e 10 mil em
área externa.
“A Prefeitura trabalha para a solução da
carência de infraestrutura de espaço para
eventos de grande porte, preservando a
identidade da cidade. Hoje, nós temos
poucos espaços privados ou alguns do governo do Estado”, disse Pires.
A intervenção contempla a construção
de um espaço que valoriza a paisagem ur-
bana da Praça da Estação, dentro da proposta de tratamento urbanístico do Boulevard Arrudas. O investimento previsto
é de R$ 10 milhões e o prazo de execução
da obra pode variar de 12 a 18 meses, a
partir do processo licitatório.
“O projeto que estamos trabalhando é
um conjunto de ações que envolvem arquitetura, financiamento e gestão. Essas
três partes do projeto serão trabalhadas
simultaneamente para que, após a conclusão do projeto executivo, essas questões
estejam todas equacionadas”, avalia o presidente da Belotur.
O complexo da Praça da Estação ganhará muito no aspecto visual, com maior uniformidade, conforto e qualidade para as pessoas
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A localização do novo espaço vai valorizar a concentração popular, deixando o lugar mais bonito e com
permanentes promoções de eventos.
O visual sofrerá, para muito melhor,mudança radical, como se constata hoje e como ficará depois de
executado o projeto. Acima, a vista
do Boulevard Arrudas; à direita a
vista pelo Viaduto Santa Tereza.
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Aeroportos
PANE EM T
O Aeroporto de Confins tem garantias de projeto e
recursos. Governo do Estado e Infraero já bateram o
martelo. Confins será ampliado e ainda sofrerá
reparos até a conclusão do segundo terminal para
minimizar o drama da grande demanda atual.
realidade da aviação civil brasileira
virou capa de revista nacional,
mostrando que não há no País um
único aeroporto que contemple as
exigências dos órgãos de segurança e de
controle de operação. Sem muito alarde,
em outras palavras, falaram em pane geral
nas estruturas aeroportuárias. Estão todos saturados, causando transtornos e riscos à credibilidade das instituições.
Como já estamos vivendo o clima da
Copa do Mundo de 2014, no Brasil, é duro
observar que até os mais otimistas duvidam que conseguiremos atingir o nível de
qualidade necessário para aportar aeronaves trazendo seleções e torcedores para o
mundial de futebol.
Em Belo Horizonte, quando o presidente da Belotur, Júlio Pires, afirmava que
os preparativos estão dentro do cronograma, a situação do aeroporto de Confins
(foto acima), inspirava atenção especial.
Sorte ou não, pouco depois o então gover-
A
O Aeroporto da Pampulha, cortejado
pela empresa Azul para operar voos
interestaduais, deve continuar só
com os regionais e aeronaves com
capacidade iferior a 50 passageiros.
A Infraero também não prevê investimentos para a Pampulha.
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M TERRA
nador Aécio Neves, juntamente com o
presidente da Infraero, Murilo Barboza,
assinava documento para que o Governo
do Estado elabore o projeto executivo do
segundo terminal. A expectativa é a de
que, antes de 2014, Confins esteja operando voos com o dobro da capacidade
atual. Hoje, o terminal está saturado, obsoleto ante a realidade.
A Infraero é uma empresa do Governo
Federal, responsável pela administração
de mais de 60 aeroportos brasileiros, como
Confins e Pampulha. Aécio disse que em
todo o País os investimentos nos aeroportos estão lentos e que é preciso injetar recursos ou buscar parcerias com o setor
privado.
Na falta de recursos federais, Minas vai
arcar com o projeto executivo para, depois, reabastecer os cofres com repasses
federais. Assim, Confins fica garantido,
mas a exigir investimentos imediatos para
melhorias no terminal atual.
As obras previstas, contarão com nova
pista, área para manobra de aeronaves,
novos terminais de embarque e desembarque. A expectativa é de que ainda este
ano se saberá tudo o que deverá ser feito,
como será feito e com o custo total.
Para o aeroporto da Pampulha, até segunda ordem, não há recursos previstos.
Continua operando somente com voos regionais e naves pequenas.
Teófilo Otoni
Um dos últimos atos
Aécio Neves, em um dos seus últimos atos como governador, esteve em Teófilo
Otoni, onde assinou ordens de serviço para a construção do centro de exposições Expominas Teófilo Otoni, e a execução de obras para a revitalização do aeroporto da
cidade, com R$ 2,3 milhões em recursos do Estado. Também foi assinada a ordem
de serviço para a ampliação das obras da sede da Copanor, subsidiária da Copasa, com
investimento de R$ 1,2 milhão.
Os recursos para o aeroporto serão repassados pela Secretaria de Transportes e
Obras Públicas (Setop), para a execução de melhoramentos. Entre as intervenções
previstas, estão a revitalização da sinalização noturna, recuperação da pista e do terminal de passageiros e instalação de equipamentos contra incêndio. Esta não foi a primeira vez que o Estado direcionou recursos para aeroportos. Por isso, Minas con
tará com uma Secretaria específica para cuidar desse setor.
OMAR FREIRE
CIRCUITO DAS GERAIS abril de 2010
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Vespasiano
O município de Vespasiano vive um tempo
de horizonte aberto. Tudo conspira para o
desenvolvimento de uma cidade industrial
que sempre caminhou a passos lentos.
Agora, com as transformações do vetor
Norte da Região Metropolitana, a tartaruga
será turbinada. Vespasiano está na rota do
crescimento da Metrópole. “É a bola da
vez”, como anda dizendo o seu prefeito.
TUDO A
Cidade Administrativa “Tancredo
Neves” é um marco de ousadia e arrojo do Governo do Estado. Este
complexo praticamente chegou revolucionando a região Norte Metropolitana. No comboio do desenvolvimento o
município de Vespasiano, com 110 mil habitantes, engatou seu vagão e quer ser um
dos primeiros da fila. O prefeito da cidade,
Carlos Murta, cumprindo o quarto mandato, não hesita: “Agora, somos a bola da
vez”, disse, fazendo uma alusão a muitas
cidades que tiveram suas oportunidades e,
agora, a sorte sorri para Vespasiano.
A sorte sorri também para o prefeito
que poderá ficar marcado na história não
Também, anuncia que o município possó pelo o que já fez nos mandatos anteriores, mas como o prefeito que projetou a ci- sui algumas áreas para colocar a disposidade definitivamente ao desenvolvimento ção das empresas que aqui queiram investir e Vespasiano possui um dos maioindustrial.
Com essas particularidades à parte, res pacotes de incentivos fiscais de todo o
verdade é que Vespasiano está na rota da estado. “Estamos tendo o privilégio de esLinha Verde, vizinho do Aeroporto Inter- colher quais investimentos vamos receber
nacional de Confins e
beneficiado também
pelo Aeroporto Industrial. Com a Cidade
Administrativa à sua
porta, o município da
vez já sonha em mudar
o seu centro administrativo para ali, com a
proposta de se constituir em mais uma peça
do complexo da força
política e econômica do
Estado.
O prefeito avisou
que a cidade já está
sendo preparada para o
crescimento em todos
os aspectos, inclusive
populacional. As políticas públicas de habitação, saúde, educação,
infraestrutura e serviços já estão passando Secretária, Katya Salomão: O Turismo de negócios em Vespasiano será referência em Minas, em médio prazo.
por estudos e reparos.
A
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e com muito cuidado e responsabilidade
escolhendo os melhores para que a população possa ser a maior beneficiada”, salienta Murta.
Se Vespasiano já é ou não o principal
foco de empreendedores industriais e comerciais da região, não vem muito ao caso.
O importante é que a realidade já começa
a mudar e o prefeito demonstrar estar
com o pé no chão, vacinado contra os arroubos que levaram lideranças de outros
municípios comprometerem a qualidade
de vida e o futuro de seu povo, apesar da
arrecadação de que dispunha.
TURISMO.
O setor de turismo da Prefeitura também está de olhos fixos nas oportunidades. A secretária de Turismo, Katya Albano Salomão, já faz previsões, tendo como certo que Vespasiano vai ser, a curto e
médio prazo, referência estadual em turismo de negócio. Com o impulso da Cidade Administrativa e as outras novidades, ela prevê uma explosão de clientes
corporativos, com implantação de indústrias e surgimento de grandes empresas
comerciais. Ela observa que funcionários
de empresas aéreas já ocupam grande
parte dos poucos leitos da hotelaria na cidade.
Quatro hotéis de grande rede já estão
em negociações com a Prefeitura, mas só
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O AZUL!
A cidade tem 110 habitantes e já se
preocupa com a possível explosão demográfica. Ações já estão sendo preparadas para que a receita anual seja
condizente com os investimentos que
serão necessários. Hoje, com um orçamento de R$ 82 milhões, a expectativa
é de que haja um aumento imediato de,
no mínimo 30%. As perspectivas são
boas, mas é preciso ter rigor no tratamento de questões básicas para um
desenvolvimento equilibrado. O prefeito
Murta (acima) sabe disso.
foi divulgado o investimento do Hotel San
Diego que está em plena construção, com
cerca de 100 ocupações. A inauguração
está prevista para dezembro deste ano.
Mas Katya garante que outros três hotéis,
de 4 e 5 estrelas, ficarão prontos em dois
anos. Empreendimentos como estes exigirão imediata ação no sentido de qualificar trabalhadores nos diversos ramos do
mercado de trabalho. A secretária sabe
disso e revela que contatos já estão em andamento junto a Senac/Sebrae, em busca
de convênios para cursos profissionalizantes.
Para a secretária, a principal estratégia
é fazer com que o turismo de negócio, que
ainda é sazonal na cidade, seja frequente.
Para isto, ela pretende organizar feiras
tecnológicas, convenções, e congressos
empresariais com o intuito de atrair o cliente corporativo durante todo o ano. Objetivo é criar a cultura do turismo de
negócios na cidade que vai justificar a potencialização da rede hoteleira. Para fomentar o turismo de negócio, há o projeto
da construção do Centro de Convenções
que será no Palácio das Artes. O projeto
da reforma já está no Ministério do Turismo, de onde deverão sair os recursos
para as obras, com auditório para 400 lugares, 5 salas de reuniões, cozinha para
lanches e Coffee break.
Museu Dona Mariana da Costa é uma das relíquias da arquitetura histórica da cidade
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Eventos
Programe-se
Vespasiano tem calendário
O município destaca-se por suas manifestações folclóricas, como o tradicional Boi-daManta. Seu nome presta uma homenagem ao Cel. Vespasiano, engenheiro responsável pela
construção da Estrada de Ferro Central do Brasil. Neste novo tempo, entra em definitivo na
rota do turismo mineiro, especialmente de negócios e lazer. Um calendário de eventos que
incentive o turismo está sendo elaborado com o que a cidade tem de melhor a oferecer.
A Prefeitura de Vespasiano já está buscando parceria com as empresas privadas
do município com o objetivo de incrementar o calendário de eventos a partir
deste ano. Os principais produtos que
estão sendo apresentados aos parceiros
em potencial são:
Boi da Manta.
Originário do município de Vespasiano,
o "Boi da Manta" é uma das muitas variações do "Bumba meu Boi" do Nordeste. A
festa é realizada em dias combinados do
mês de fevereiro, com o boi, bonecos gigantes e carro alegórico.
Carnaval.
São três grandes palcos, localizados
nos bairros Centro, Santa Clara e Morro
Alto, que recebem artistas de destaque nacional e bandas locais.
Vespá folia.
É o carnaval fora de época no município, no mês de abril. Trata-se de um importante evento para geração de emprego
e renda no município no segmento turístico.
Dia das Mães.
Vespasiano recebe na Praça da Matriz
um grande artista para comemorar o tradicional Dia das Mães. São instaladas barracas de comidas e bebidas. No evento,
ainda são distribuídas flores às mães.
Dia Internacional da Mulher.
Realizado na Praça da Igreja Matriz da
cidade com uma estrutura adaptada ao espaço, contendo praça de alimentação e
palco onde são realizados shows com artistas renomados.
Grande Forró.
É um dos eventos mais esperados que
faz parte das atividades culturais da cidade há mais de 20 anos. Realizado no
Parque de Exposições Risoleta Neves,
com destaque para grandes shows.
Festival de Inverno.
O evento conta com a parceria da
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CIRCUITO DAS GERAIS
UEMG e possui uma programação diversificada, concentrada na Praça JK e também no Cine Teatro Capucho. São
realizadas cerca de 20 oficinas de iniciação e aperfeiçoamento, além de palestras e
mesas redondas.
Semana do Folclore.
Comemorado em agosto. Vespasiano
possui o Museu Mineiro de Folclore Saul
Martins, o terceiro maior em acervo no
Brasil.
Rodada de Buteco.
O Rodada de Buteco tem em vista o caráter sustentável por meio da realização
de um projeto gastronômico, buscando
aumentar a circulação de moradores na
própria cidade e também de turistas.
Aniversário da Cidade.
Durante todo o mês de dezembro, é comemorado o aniversário de Vespasiano,
com ênfase no dia 27, com grandes shows
e extensa programação.
Corrida Rústica.
O evento tem como meta despertar e
incentivar a prática de uma atividade física que vem crescendo em todo Brasil.
Com um trajeto de 5 a 10 km, a Corrida
acontece em abril.
Open Agita Vespá de Vôlei.
Em quatro dias de evento no mês de
setembro, o torneio visa descobrir novos
talentos e também tornar-se mais uma
atração para o público espectador.
Caminhada.
Evento para combater o sedentarismo,
a caminhada percorre as principais ruas
da área central com o objetivo de incentivar a prática regular de atividades físicas.
Torneio Vaga-lume.
Durante o mês de junho, tem o torneio
de futebol de areia amador, com a finalidade de estimular a prática dessa modalidade esportiva, promover a integração
entre a população, descobrir novos talentos, além de promover a prática esportiva.
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ÁGUA
NA COPA
GUILHERME BERGAMINI
Caxambu
O deputado Antônio Carlos Arantes (em pé) quer Circuito das
Águas preparado para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Deputados da Comissão de Turismo da ALMG foram debater a situação de Caxambu e região para receber bem os turistas da Copa do Mundo no Brasil. Os problemas são muitos.
ada cidade quer “puxar a sardinha
para a sua lata” quando o assunto é
tirar vantagem do fato do Brasil sediar a Copa do Mundo de Futebol,
em 2014. No caso de Caxambu e as demais
cidades que compõem o Circuito das
Águas, pode-se dizer que querem puxar a
água para as suas garrafas. Todo mundo
que vier para a copa vai beber água mineral mineira. Só um problema. Pela fama de
“milagrosa” das águas de Caxambu, vai
que faça efeito para argentinos...
Misticismo à parte, certo é que já foi
enviado ao ministro dos Esportes, Orlando Silva, ofício da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pedindo
que o Ministério considere a possibilidade
de que águas minerais de Caxambu e região sejam produto oficial da Copa do
C
Mundo no Brasil, assim como da Copa das
Confederações do ano anterior.
A iniciativa foi do deputado Alencar da
Silveira Jr., que teve requerimento nesse
sentido aprovado durante audiência pública realizada naquele município do Sul
de Minas, mês passado. A propósito, a audiência foi uma indicação do deputado Antônio Carlos Arantes, exatamente para
debater o potencial turístico do Circuito
das Águas com vistas à Copa do Mundo.
Segundo Arantes, Caxambu tem localização estratégica, por estar próximo a
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, conta com belezas naturais e tem
respeitada culinária regional. Para ele,
tornar a cidade sede de eventos relacionados à Copa ou receber delegações das seleções participantes dependerá de esforço
Alencar da Silveira teve auditório cheio de participantes e de reivindicações
e competência da sociedade civil organizada e do poder público.
O presidente da Comissão de Turismo
da ALMG, Alencar da Silveira, advertiu
que a responsabilidade é de todos, lembrando que mais importante do que preparar a cidade para a Copa do Mundo é
manter a qualidade do turismo após o
evento. "Não adianta investir apenas para
um evento de um mês. Quem pensar dessa
forma e não buscar a continuidade vai falir
em pouquíssimo tempo", disse.
Entre outros deputados que exaltaram
o potencial de Caxambu e região, estava o
assessor da Secretaria de Estado de Turismo, Mauro Werkema. Ele levou um documento de ações estratégicas para que as
cidades se credenciem a ser subsedes da
Copa do Mundo. É um planejamento para
o evento, desenvolvido em congresso internacional da Fifa e que demonstra que
a estrutura necessária é complexa e deve
responder a exigências internacionais.
Segundo Werkema, Caxambu está
entre as 65 cidades de maior potencial turístico do País e, por isso, é prioritária
para receber eventos relativos ao mundial.
Ele alerta, no entanto, que deverá ser feito
um diagnóstico das potencialidades da região e que a comunidade, em parceria com
o poder público, deve concretizar as ações
de infraestrutura e adequação às normas
exigidas. "A Copa terá 32 seleções, com 64
jogos, que devem atrair 500 mil turistas.
Os investimentos serão superiores a R$ 30
bilhões, e o Circuito das Águas tem tudo
para ser contemplado nesse processo",
afirmou.
Sobre a melhoria em infraestrutura, o
gerente do Distrito Rio Verde da Copasa,
Marco Aurélio Ribeiro, anunciou que está
sendo feita infraestrutura de esgotamento
sanitário em toda a região, para que haja
água tratada para 100% da população.
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LIA PRISCILA
VALOR DE REQUERIMENTOS
O diretor-presidente do Circuito Serras Verdes do Sul de Minas, Gustavo Arrais, disse que Caxambu tem tradição em
turismo, mas é carente de investimentos
no setor. Segundo ele, é preciso que o entretenimento na região seja revitalizado.
"Turismo é fonte de renda e dá retorno
aos investimentos. A Copa é uma oportunidade de promover o Sul de Minas para o
mundo", salientou.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, José Luiz Fernandes, a
população de Caxambu sabe como receber
os turistas que buscam as belezas naturais
da região, mas é preciso mais investimentos e atenção dos governos estadual e federal. "Necessitamos de mais recursos
para o Parque das Águas, assim como para
melhorias dos acessos às estâncias hidrominerais, entre outras ações prioritárias",
disse.
Se o problema é investimento, toma
requerimento às autoridades. Nada mais
nada menos do que 30 foram aprovados na
audiência pública do mês de março. Se os
mesmos que fizeram o requerimento e os
mesmos que aprovaram ou reivindicaram
cobrarem, pode até ser que a solução esteja a caminho. Sobrou até para a Prefeitura de Caxambu, o pedido de elaborar e
executar projeto de construção de Vila
Olímpica e centro de treinamento.
Outros destacados para potencializar
o turismo foram dirigidos à Secretaria de
Estado de Turismo para que sejam desenvolvidas ações em favor do Circuito das
Águas e do Instituto Estrada Real. Querem também que a Setur faça visitas às cidades do Circuito, para identificar os
potenciais turísticos de cada uma delas.
Ao presidente da ALMG, deputado
Alberto Pinto Coelho, foi pedido para que
coloque na ordem do dia o Projeto de Lei
(PL) 3.217/09, que torna Caxambu patrimônio cultural do Estado.
O Ministério do Turismo e o BNDES,
também foram alvos para que seja feito
projeto para obras de ampliação do Centro
de Convenções Municipal. À Copasa que,
na voz de seu representante, disse que
quer ser parceira, caberá um estudo técnico para explorar as águas de todas as cidades da região.
Os deputados acharam por bem, também, o envio de ofício à Secretaria de Estado de Educação, para que sejam desenvolvidos cursos profissionalizantes nos setores hoteleiro, gastronômico e de eventos. E à Federaminas, CDL e Sindicato dos
Hoteleiros, ofício solicitando o desenvolvimento de projetos de orientação para
comerciantes, tendo em vista a sustentabilidade do turismo no Estado.
Diretamente ao Governo do Estado,
entre outros pedidos, foram o de criação
de unidade do Corpo de Bombeiros, recursos para ampliação do Centro de Convenções, revitalização do Parque das
Águas e para que faça uma visita aos municípios da região.
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Nova Comissão quer inovar por mais dinâmica na atividade pelo turismo em Minas
Comissão de caras novas
O deputado Tenente Lúcio já não é mais o presidente da
Comissão de Turismo da ALMG. Agora é Alencar da Silveira Jr.
m time que está ganhando não se
mexe. Pelo visto, esta máxima não
vale para as comissões permanentes
da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG). Um acordo de bancada
partidária, pela rotatividade dos deputados à frente das comissões, mexeu na estrutura da que trata de questões relacionadas ao Turismo, Indústria, Comércio e
Cooperativismo. Saiu o deputado Tenente
Lúcio e entrou Alencar da Silveira Jr.,
como presidente. Ele foi eleito e empossado no final de fevereiro.
O novo presidente afirmou que este é
um momento importante para o turismo
mineiro, por causa da proximidade da
Copa do Mundo de 2014 no Brasil, que
terá um de seus grupos sediado em Belo
E
WILLIAN DIAS
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Tenente Lúcio deixa presidência, mas
continua atento às questões do turismo
Horizonte. Alencar defendeu mais incremento do turismo não só na Capital, mas
em todas as regiões de Minas, que deverão receber visitantes de outros Estados e
do exterior durante a competição. Ao
agradeceu o voto dos integrantes da comissão, fez questão de elogiar o trabalho
de seu antecessor no cargo, falando em dar
continuidade e concentrar esforços no
sentido de levantar os problemas, viabilizar soluções e fiscalizar todas as ações, em
favor do fortalecimento do turismo em
Minas.
O deputado Tenente Lúcio deixou o
cargo, falando em consciência do dever
cumprido. Disse que a vontade de continuar no comando existia, mas o fato de
agora ser suplente na comissão não o impede de viver intensamente o setor, contribuindo para o seu crescimento.
Logo nos primeiros trabalhos do novo
comando da comissão, foram programadas audiências públicas em municípios do
Estado, a fim de discutir o potencial turístico de cidades e regiões e de debater medidas para alavancar o desenvolvimento
desses locais. Alguns requerimentos trataram especificamente da articulação de
ações visando a Copa do Mundo de 2014,
que será realizada no Brasil.
As primeiras cidades a contarem com
audiências, este ano, depois de Caxambu,
são Santana dos Montes, Ouro Preto,
Serro e Itabirito (Região Central do Estado), Minas Novas (Vale do Jequitinhonha), Formiga (Centro-Oeste de Minas) e
Três Corações (Sul de Minas). Todas, especificamente, para tratar das questões visando infraestrutura para o período da
Copa do Mundo de 2014.
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Fátima AMARAL
Gestora voluntária
da Associação Circuito Verde - Trilha dos Bandeirantes
Salão do Turismo - Vitrine para os Circuitos
o participar do Salão Mineiro de
Turismo, as associações dos circuitos se sentem gratificadas por poder
mostrar ao público final o resultado do
trabalho realizado no ano anterior, ofertando oficinas de capacitação e sensibilização, realizando eventos, elaborando e
discutindo projetos em reuniões internas, fazendo visitas técnicas e desenvolvendo muitas outras atividades. Afinal,
cada ação tem fundamental importância
e merece ser apresentada no maior
evento do turismo mineiro, assim como
devem ter visibilidade os roteiros disponíveis nas cidades que compõem cada
circuito turístico. Melhor ainda, o circuito deve estar presente em tão importante evento, mostrando um receptivo
estruturado e preparado para ofertar ao
turista todas as informações necessárias
para uma visitação inesquecível, oferecida em um catalogo acompanhado inclusive de tarifário.
No Salão do Turismo, as pessoas buscam informações importantes para sua
próxima viagem, querem saber o que visitar, o que comer, onde se hospedar e,
fundamental, quanto gastar. Estas são
A
informações básicas que não podem faltar e muitas vezes encontramos dificuldades para repassá-las ao público alvo,
porque nem todo circuito possui condições de participar do programa “Minas
Recebe”, uma vez que as agências locais
estão interessadas apenas no turismo
emissivo e não atendem ao chamado da
Secretaria de Estado do Turismo, feito
através das associações dos circuitos mineiros, para se capacitarem para o turismo receptivo.
Incentivar o turismo receptivo é um
desafio que as associações dos circuitos
querem vencer e não medem esforços
para despertar nas agências o interesse
para este filão que é o turismo regional.
Belezas naturais e culturais estão à disposição para que os profissionais elaborarem roteiros abrangentes e
interessantes que podem diversificar a
oferta.
Já dizia Guimarães Rosa, “Minas são
muitas”, vamos então descortinar estas
maravilhas que Minas Gerais possui,
elaborando roteiros significativos que
valorizem, especialmente, locais que
ainda não alcançaram a mídia.
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Negócios de Turismo
O Festival Comida di Buteco começou dia 9 de abril e
mantem animada jornada. Este é o maior evento gastronômico
de Belo Horizonte, que coloca 41 bares em competição pelo
melhor tira-gosto da capital mineira. Criado em 1999, o concurso, que permite o resgate da culinária de raiz, tornou-se
uma referência turística, reforçando o título de BH de “Capital
Mundial dos Botecos”. Ao longo desses 11 anos de existência, a
A 44ª edição da International Tourism Exchange (ITB), em Berlim, na
Alemanha, teve a presença de Minas Gerais. apresentando os principais atrativos
e produtos turísticos do Estado naquele
país. De acordo com a secretária de Estado de Turismo de Minas Gerais, Érica
Drumond, esta participação foi uma
grande oportunidade para encontrar potenciais parceiros e conhecer novas tendências de projetos e gestão de
equipamentos turísticos, especialmente
com vistas a captação de investimentos e
fortalecimento do turismo no Estado. Da
Alemanha, Érica Drumond e o coordenador geral de Promoção de Investimentos do Ministério do Turismo, Laércio
Lemos (foto abaixo), retornaram muito
otimistas. Apenas outros 12 estados
brasileiros estiveram lá, junto com empresas, como companhias aéreas, hotéis e
operadoras de viagem.
ARQUIVO SETUR
festa ganhou grande repercussão e se estendeu para outros estados do Brasil. O Comida di Buteco integra o Calendário Oficial de Eventos da capital mineira e figura no famoso Guia 4
rodas. Em nível nacional, o evento já aconteceu nas cidades do
Rio de Janeiro, Goiânia e Salvador e, em 2010, deve se realizar
pela primeira vez no no interior de São Paulo, nas cidades de
Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
Mais um Circuito recebe a
certificação da Secretaria de Estado
de Turismo (Setur). A própria secretária, Érica Drumond fez a entrega do certificado ao presidente
da Associação do Circuito Turístico Veredas do Paraopeba, Breno
Carone (foto). A solenidade aconteceu no Centro de Arte Contemporânea Inhotim e contou com a
presença de prefeitos e lideranças
do turismo da região. O Circuito
Veredas do Paraopeba é integrado
por seis municípios: Bonfim, Brumadinho, Belo Vale, Moeda, Rio
Manso e Igarapé. Segundo Érica, as Associações implantadas em todas as regiões de
Minas Gerais são a garantia da continuidade da política pública de turismo que está
em vigor no Estado. Breno Carone salientou que a associação passará a servir como
instrumento de unificação dos municípios. “O nosso foco é desenvolver e fortalecer
cada vez mais o nosso fluxo de visitantes”, disse. A região é ideal para quem gosta do
campo, de praticar esportes ligados à natureza ou simplesmente de contemplá-la.
Beleza Sustentável é um evento que
discute e apresenta as possibilidades em
produtos, práticas e ensinamentos para
quem busca uma vida mais equilibrada, e
terá sua 2ª edição sendo realizada na capital mineira, em março de 2011. Este foi
mais um resultado do trabalho de captação de eventos de turismo de negócios,
realizado pelo Espaço Minas Gerais, em
São Paulo, com apoio do Belo Horizonte
Convention & Visitors Bureau. Organizado pela Ambiente Global, o encontro
foi lançado este ano, na capital paulista,
contando com a participação de 30 expositores e mais de 1,5 mil visitantes, entre
convidados e profissionais do setor. O
Espaço Minas Gerais e o BHC&VB marcaram presença na mostra com um estande onde foram apresentados os
principais destaques econômicos, turísticos e culturais de Minas Gerais.
A Serra da Canastra foi cenário de um
programa do SBT, “Natureza Selvagem”, de
Richard Rasmussem. Orientada por Fred
Crema, da Agência “Maritaca Turismo”, de
Sacramento, a equipe passou pelas 4 portarias, procurando animais. Encontraram lobo,
tamanduá, e serpentes jararaca e urutu cruzeiro, além de uma diversidade de aves. Fizeram também um sobrevoo. Rasmussem já
procura imóvel lá, onde quer viver.
Richard Rasmussem e Fred
Crema, no detalhe, e a equipe:
Carlos Campos
(Biólogo e câmera
man),Sabrina
Rasmussem (fotografia) e Cláudio
Brito (câmera
man)
mus-
etape:
os
mera
a
(fotoudio
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FOTOS: BRÁULIO BRAGA
Vem aí o Clique Turismo, um concurso fotográfico que já está com as inscrições abertas. Interessados em
participar tem até o dia 30 de abril para
concorrer. As inscrições poderão ser feitas em todas as unidades do SESC/MG.
Em 10 anos, o Clique Turismo vem,
agora, com o tema “Uma viagem pelas
águas de Minas”. Para quem tiver dúvidas ou quiser outras informações, é só
ligar para os telefones (31)3279.1497 ou
3279.1470 ou, ainda, entrar no site
www.sescmg.com.br.
San Diego é o nome da rede hoteleira que está apostando altas fichas no
“boom” do desenvolvimento de Vespasiano, depois da inauguração da Cidade
Administrativa, no vetor norte da Região
Metropolitana. Abaixo, as avançadas
obras da unidade da rede no município. A
previsão é de inaugurar o belo prédio de
apart hotéis, em dezembro.
Santana do Riacho, com pouco mais
de 4 mil habitantes, ainda figura entre as
menores cidades de Minas. Este pequeno
lugar se destaca no Brasil e no mundo
pela sua exuberante e preservada riqueza
natural, que aflora pelos quatro extremos
do município, extrapolando fronteiras e
formando a singular Serra do Cipó, terra
do cerrado e campos rupestres. É o “Jardim do Brasil”, como bem descreveu o
paisagista e estudioso Burle Marx, e se
integra ao Espinhaço, tombado como Patrimônio Natural da Humanidade, desde
2005, pela UNESCO. Tem também riqueza de flora e fauna, com águas puras e
cristalinas, correndo entre as rochas e formando dezenas de quedas das mais variadas alturas e tamanhos, aliada ao
ordenamento turístico que tem sido trabalhado na região. Assim, vem sendo consolidado um forte e promissor Pólo
Nacional de Turismo de Natureza e Ecoturismo, conhecido e reconhecido internacionalmente. Mostra disso, o município
recebeu o Prêmio Nacional de Sustentabilidade Ambiental 2009, pelo Ministério
do Turismo.
Anualmente, o município de Santana
do Riacho realiza o Outono na Serra, Festival Cultural de Música, comidas típicas
e bebidas, entre os meses de maio e junho.
As cidades históricas receberam um alerta do Ministério
Público sobre o papel de mantenedoras do patrimônio histórico cultural. Foi durante palestra na última reunião da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais (ACHMG), em
São João Del Rei. O coordenador da Promotoria Estadual de
Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais,
Marcos Paulo de Souza Miranda, lembrou aos municípios associados sobre suas responsabilidades na restauração e conservação dos bens culturais. Cobrou mais comprometimento da
Igreja para que o patrimônio sacro seja mantido em segurança
e em bom estado. Afirmou ainda que MP e municípios precisam estar do mesmo lado. Miranda destacou ainda a responsabilidade do município sobre a preservação do
patrimônio histórico cultural, de acordo com a
Constituição Federal de 1988. “O prefeito precisa buscar outros parceiros, além do Iepha,
Iphan e UNESCO. O Ministério Público também pode ser um grande aliado”, lembrou o
promotor.
Este ano, 4ª edição conta com shows ao
vivo, instrumentais, em locais abertos e
fechados, degustações de bebidas, gastronomia típica, Festins com eventos culturais e manifestações regionais.
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Os prefeitos das Cidade
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Uma história
Xico da Kafua
O JEITO MINEIRO DE SER E ACOLHER
Cafua tem vários sentidos, pejorativos ou não. Mas Kafua... Com “K”..., não tem outro
sentido senão o de abrigar o que há de melhor entre os mineiros. Não é à toa que muitos
artistas e outras celebridades, quando vêm a Minas, sempre passam por lá.
afua que é do Xico é também do Murai. A história de uma
das casas de Belo Horizonte mais frequentadas por celebridades, por si só, justifica a fama. Construída pela simplicidade de ser de seus primeiros e principais personagens, esta história de abnegação tem tempero e alegria, porque
a renúncia de viver pra si e melhor servir aos outros é o exemplo de desapego e desprendimento de um tal de Francisco de Camargo, ou simplesmente Chico, um ex-guarda civil.
Na década de 1970, surgiu a Kafua do Xico, no Anel Rodoviário, saída para o Rio de Janeiro, conquistando uma clientela de
paladar fiel ao pé-de-porco, frango caipira e a traíra sem espinho.
A casinha humilde ficou pequena e Chico resolveu inverter o negócio, passando à frente a Kafua do Xico e abrindo o Xico da
Kafua, também no Anel Rodoviário, mas em um ponto bem distante, próximo à saída do Anel para Brasília. Como era uma pessoa muito querida, agradável e simples, foi logo formando uma
boa freguesia, atraindo visitantes até de outros estados, à procura das iguarias e tempero mineiros.
K
s
Murai da Kafua: fazendo o que gosta do jeito que todos gostam
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Como Kafua que é do Xico é também do Murai, Chico faleceu
em 1983 e, no ano seguinte, Murai Caetano de Oliveira, junto
com o concunhado, Nélson Barbosa, adquiriu a Kafua dos herdeiros de Xico. Começava aí um novo tempo para os negócios,
ampliando o cardápio e melhorando o conforto. Além dos tradicionais pratos, vieram o frango ao molho pardo e com quiabo,
o tropeiro, tutu à mineira e muitos outros, continuando especialmente com a insuperável traíra sem espinhos.
Hoje, Murai, com seus 57 anos, está sozinho. O concunhado
faleceu recentemente. Dizendo-se cansado, não se vê fazendo
outra coisa. Então, deixa como ta. Este ex-contabilista, que também trabalhou em empresa de transporte de valores, segue honrando a tradição do restaurante que já conta com salão de
eventos para mais de 200 convidados, que já foi palco de grandes festas como a de lançamento do Roteiro da Cachaça e que
mantém o Museu da Cachaça com mais de mil exemplares.
Sobre a fama, mais fácil é relacionar quais as personalidades
que já estiveram em Belo Horizonte e ainda não frequentaram
o Xico da Kafua, do que as que ali vão sempre. Mas alguns fregueses marcantes são Lula, FHC, Elke Maravilha, Almir Sater
(lançando CD), Ari Toledo, Paulinho Pedra Azul, Saulo Laranjeira, Chico Lobo, João Paulo e Daniel (João Paulo comemorou
seu último aniversário no Xico da Kafua), Cássia Eller, Xitãozinho e Xororó, Neguinho da Beija-Flor, Nélson Piquet, Roberta
Miranda e muitos outros. Mangabinha, um dos maiores admiradores do lugar, fez até uma música em homenagem, tirando na
sanfona a melodia denominada “Xico da Kafua em Festa”.
PÉ-NO-CHÃO
O segredo de tanto sucesso, Murai revela sem medo. Diz que
é manter sempre os pés no chão, com humildade, procurando o
melhor caminho para o negócio, sem atropelar os outros. “Eu
diria que é fundamental participar diretamente da vida, das atividades, da cidade”, disse o Murai da Kafua, falando com orgulho de sua equipe. “Temos aqui funcionários muito antigos. João
César está conosco há 29 anos, enquanto o Adaílton, 10 anos”.
Ambos, garçons, João tinha acabado de encerrar o expediente e
Adaílton Magalhães, 48 anos, estava pegando serviço. Formado
pelo Senac, este garçom passou pelo Brasil Palace, Normandy,
Real Palace, Del Rey e Furnas Tour. Encontrou “um grande
prazer” em trabalhar na Kafua, que acabou ficando. Não pensa
em sair. Com certeza, Murai agradece. Só mais um segredo:
nada de música. Não tem nem música ambiente.
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O Xico da Kafua é requisitado para atender a camarins, salas vips e outros ambientes. É a força da tradição e da experiência de
quem participa de festivais de gastronomia, os mais respeitados, como de Tiradentes, de Niterói, São João Del Rei e Itapecerica
Museu com mil marcas e infinitos elogios
O Museu da Cachaça, aberto das 12 às 16 horas
Alguém algum dia poderia imaginar
que um museu de cachaça poderia servir para integrar a cidade e interagir
com visitantes? Pois Murai Caetano,
proprietário do Restaurante Xico da
Kafua imaginou e já colocou em prática.
Antes disso, passou a ideia adiante, para
envolver os poderes públicos e empresários, entre produtores de cachaça e
donos de bares e restaurantes.
O Museu de Belo Horizonte está em
curso, mas o do Xico da Kafua já é realidade. Com a boa relação que tem com
os grande produtores, ganhou incentivo
e tratou logo de concretizar o que imaginara. Hoje, totalmente com recurso
próprio, sem qualquer apoio do poder
público e produtores, Murai já abre o
seu museu aos curiosos e amantes da
bebida descoberta pelos escravos.
A novidade fica ao lado do Xico da
Kafua e tem cara de museu, cheiro de
museu, mas de cachaça. São mais de mil
marcas, catalogados e com detalhes para
quem quiser conhecer a história de sua
produção. Ali se faz também uma viagem nostálgica, podendo apreciar embalagens de vários outros produtos,
bem como objetos já superados pelo
avanço tecnológico. “Isto aqui é a minha
paixão”, disse Murai. Paixão maior do
que pelo Xico da Kafua? A resposta hesitante revela uma diferença, não pela
intensidade, mas pelo tempo. A Kafua já
representa uma história de trabalho e
vida. O museu significa um capricho ou
uma boa forma de demonstrar vontade
de participar da vida da cidade.
Ali, naquele novo espaço aberto à visitação pública, encontra-se toda marca
de cachaça mineira. É pensar em uma
marca e lá está. Também não é assim,
mas se quiser uma botica, de 1873, lá
tem.
Quando Murai fala de paixão, é verdadeiro. O reflexo se mede pela emoção
das mensagens que pessoas deixam no
museu, ao final da visita. De Belo Horizonte mesmo, Aparecido escreveu:
“Muito importante este museu da bebida mais querida do Brasil”. Rafael
Reis, de Canoas (RS), deixou em letras
garrafais: “MUITO BOM!” Do Rio de
Janeiro, cidade de São João Meriti,
Marly Moreira entrou e saiu, deixando
um recado: “Se melhorar, atrapalha”.
Carla, de BH, entrou e não quis sair.
Como a uma hora ou outra teria que
sair, saiu, escrevendo: “Super aconchegante. Dá vontade de ficar aqui. Fabiane, de Contagem fala em “Felicidade”
de ver ali a força da cultura Mineira”.
CIRCUITO DAS GERAIS abril de 2010
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