caderno guia do bombeiro educador

Transcrição

caderno guia do bombeiro educador
CADERNO GUIA DO
BOMBEIRO EDUCADOR
CORPO DE BOMBEIROS
PMESP
2013 / 2014
Caro Bombeiro Educador,
Este Caderno Guia foi especialmente desenvolvido e dedicado a você.
O objetivo dessa ferramenta, agora à sua disposição, é proporcionar um
roteiro padronizado e abrangente sobre o conteúdo de cada tema a ser
abordado com cada público-alvo específico.
A importância do seu desempenho é importante e a atividade que você
desempenha é carregada de enorme responsabilidade, pois a educação
pública é a mais pura atividade de prevenção executada pelo Corpo de
Bombeiros. É o momento de maior aproximação da corporaçãocom a
comunidade.
Com o objetivo de ensejar na comunidade uma mudança de atitudes
e comportamentos, as mensagens que você transmitirá visam a prevenir
acidentes e salvar muitas vidas, por isso o seu conhecimento e preparo são
fundamentais.
Dentro de uma avaliação de nossas estatísticas operacionais, os tópicos
constantes deste Caderno Guia refletem a nossa realidade operacional e
trazem a preocupação e compromisso de nossa Organização em reduzir
ao máximo o número de ocorrências e, assim, minimizar principalmente o
número de mortes e pessoas feridas.
Siga sempre, no campo da Educação Pública, as orientações emanadas
por este Comando e mantenha o foco nos objetivos específicos de cada
ação, campanha ou programa educacional.
Você é um BOMBEIRO EDUCADOR do Corpo de Bombeiros de São
Paulo e dentro do nosso sistema de educação pública você é a parte mais
importante e representativa dessa nobre atividade.
O Comandante do Corpo de Bombeiros da PMESP
2
CORPO DE BOMBEIROS
SUMÁRIO
6
PREPARANDO PALESTRAS E
APRESENTAÇÕES
16
ACIDENTES E INCÊNDIOS
DOMÉSTICOS
17
8
ACIONANDO O CORPO DE
BOMBEIROS - 193
Acidentes Domésticos
20 – grupo de risco – Adultos
22
9
10
Acidentes Domésticos
– grupo de risco – Idosos
Incêndios Domésticos
AFOGAMENTOS
22 – grupo de risco – Crianças
25
9
Acidentes Domésticos
– grupo de risco – Crianças
Público-alvo: Pais e ou responsáveis
por bebês e crianças em fase de
engatinhamento
Incêndios Domésticos
– grupo de risco – Adultos
Incêndios Domésticos
26 – grupo de risco – Fumantes
Público-alvo: Pais e ou responsáveis por crianças pequenas
11
Lagos e represas
12
Piscinas
14
Praias
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3
27
ACIDENTES COM CRIANÇAS
AMBIENTES EXTERNOS
27
29
Balões e fogos de artifício
29
Brinquedos
30
Parquinhos
31
Pipas
31
Em transportes públicos
32
36
ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS
37
Serpentes
37
Aranhas e escorpiões
38
Primeiros socorros para
acidentes com serpentes
38
Primeiros socorros para
acidentes com aranhas e
escorpiões
ACIDENTES DE TRÂNSITO
39
BALÕES E FOGOS
DE ARTIFÍCIO
32
Pedestre
33
Ciclistas
40
Balões
33
Motoristas
40
Fogos de artifício
34
4
Ambientes externos e Vias
Públicas
ACIDENTES DE TRÂNSITO COM
MOTOCICLISTAS
CORPO DE BOMBEIROS
41
ELEVADORES
43
ENCHENTES
44
Ações preventivas e
comunitárias
44
Durante as inundações
46
Cuidados com a água de
consumo e alimentos
55
NOÇÕES DE PRIMEIROS
SOCORROS
56
Queimaduras
57
Asfixia e parada cardíaca
57
Engasgo
Reanimação
47
Após a inundação
58 Cardiopulmonar – RCP
47
Raios
59
Hemorragia
59
Fraturas
60
Desmaios
60
Crises convulsivas
50
51
54
EXTINTORES
GLP – GÁS LIQUEFEITO DE
PETRÓLEO
INCÊNDIOS EM VEGETAÇÃO
61
PLANO DE ABANDONO DE
EDIFICAÇÕES
61
Ocupantes da edificação
62
Brigadistas
63
REGULARIZAÇÃO DAS
EDIFICAÇÕES JUNTO AO
CORPO DE BOMBEIROS
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
5
Preparando Palestras e
Apresentações
U
m dos primeiros passos na preparação de alguma palestra ou
apresentação está em conhecer o público-alvo, identificando
algumas características, como faixa etária, grau de conhecimento ou escolaridade, faixa socioeconômica, capacidade de absorção de conhecimentos, entre outras que possibilitem, inclusive, conhecer suas preferências.
Procure na sua comunicação com o público estar
sempre seguro e transmita entusiasmo. Forneça as
informações com clareza, objetividade e domínio sobre o assunto.
Muitas vezes, tais ações de educação pública são
executadas sem ao menos levar em conta a vontade daquele público ou a sua capacidade de ouvir e
aprender. Para fazer isso, fale antes com o responsável ou alguns membros do grupo, principalmente
aqueles que já conhecem ou que já participaram de
algum trabalho similar anteriormente.
É necessário, muitas vezes, determinar o quanto e a que ritmo o público geralmente assimila as
informações. De que forma a informação deve ser
apresentada? Escrita, falada, por meio de recursos
audiovisuais, etc.
O público aprenderá melhor em pequenos ou grandes grupos? O nível de maturidade também deve ser
considerado. Não é sensato, por exemplo, uma lição
de prevenção sobre a correta utilização dos extintores
portáteis com uma turma de crianças da escola primária, que não estão suficientemente maduros para
decidir quando é seguro utilizá-lo e de que forma.
6
CORPO DE BOMBEIROS
É importante revisar o conteúdo que se pretende
transmitir e a abordagem que se fará diante das necessidades da platéia, ao mesmo tempo mantendo a
integridade da mensagem do tema proposto.
Descubra com antecedência as oportunidades de
comunicação ou barreiras existentes. Esteja a par
do nível dos conhecimentos, atitudes e comportamentos daquele público a respeito da matéria abordada. Previsão e preparação são fundamentais.
Recursos materiais: Tenha em mãos, de acordo com o tema proposto, além deste Livro Guia, as
matrizes disponíveis para cada aula (apresentações
em PPT, vídeos educativos e outros meios auxiliares
de ensino), além dos recursos técnicos necessários:
projetores, extensão de cabos, adaptadores de tomada, entre outros.
É necessário saber antecipadamente quais recursos estarão disponíveis e a estrutura
que o local onde será realizada a palestra possui, tal como,
a voltagem predominante, se
há computador ou note-book
disponível, projetores e telas,
capacidade do auditório ou da
sala, espaço para demonstrações, aparelhagem de som, microfone, etc.
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PREPARANDO PALESTRAS E APRESENTAÇÕES
Tamanho do grupo: Antes de planejar qualquer
atividade, determine o tamanho do público potencial.
Quantas pessoas estão envolvidas ou associadas?
Certifique-se de que os recursos são suficientes e
que há pessoal disponível para lidar com a demanda
esperada. Determinar tamanho potencial do grupo
com antecedência é importante.
7
Acionando o Corpo de
Bombeiros - 193
M
esmo não se tratando de um determinado tipo de acidente ou sinistro recorrente dos atendimentos do Corpo de Bombeiros, antes que se ensine ou oriente a
comunidade sobre procedimentos de segurança, é primordial que as pessoas
conheçam o telefone de emergência dos bombeiros. No Brasil, 193.
Parece simplista demais, mas não é. Em pesquisa recente, observou-se que na principal cidade do país, São Paulo, apenas 31,5% dos entrevistados conheciam de fato o
telefone de emergência do CB.
Não é apenas o fato de conhecer ou não o telefone “193”. Esta questão envolve um dos
principais fatores de sucesso no atendimento dos bombeiros, o “tempo resposta”, que se
dá, desde o momento que o solicitante aciona os serviços dos bombeiros pelo “193”, até
a chegada das guarnições ao local da ocorrência.
Quando um cidadão não conhece o telefone “193” e tenta acessar os bombeiros por outros meios, como telefones de prestação de serviço público (Polícia Militar, por exemplo),
a partir daí, o tão almejado tempo resposta de quem necessita, já está se alongando.
Durante o atendimento nos Centros de Operações de Bombeiros, uma breve triagem é
realizada para compreender as informações necessárias para o deslocamento dos bombeiros, tais como, natureza da ocorrência, presença ou não de vítimas, situação do local,
presença de outros riscos, endereço correto etc.
Sendo assim, é necessário saber solicitar e, também, quais informações devem ser
repassadas para o mais breve e adequado atendimento. Cabe ao Corpo de Bombeiros
ensinar e orientar a população sobre tal procedimento.
Tópicos a serem abordados:
o telefone de emergência do CB é 193.
abordar sobre as situações em que o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo 193.
abordar sobre quais informações principais e relevantes o solicitante deve transmitir ao atendente do Corpo de Bombeiros.
abordar sobre a questão do trote e suas implicações para o CB, para quem de
fato necessita dos serviços e para quem pratica o trote.
8
CORPO DE BOMBEIROS
Afogamentos
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
A
s ocorrências de afogamento estão sempre presentes nas estatísticas
do Corpo de Bombeiros de SP qualquer que seja o ambiente aquático.
Além de rios, lagos e represas presentes no Estado de São Paulo, até
mesmo piscinas, conta ainda, principalmente, com 650 km de costa litorânea,
com mais de 300 praias frequentáveis, o que faz dessa modalidade de ocorrência ser uma constante e de caráter extremamente grave.
Quanto ao público infantil, segundo a Organização Criança Segura1, no Brasil, os afogamentos representam a 2ª causa de morte e a 7ª em hospitalização,
entre os acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, 1.184 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos,
o que representa uma média diária de quase 3 óbitos.
Para esse público e importante destacar que para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande
risco. Assim elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes,
banheiras e vasos sanitários.
Público-alvo:
Pais e ou responsáveis por bebês
e crianças em fase de engatinhamento
Principais riscos a serem abordados:
Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas
a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água.
1 - ONG Criança Segura - Disponível em http://criancasegura.org.br/page/dicas-de-prevencao-afogamento
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
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Baldes, banheiras e piscinas infantis devem ser esvaziadas
após o uso e guardados sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças.
Os vasos sanitários devem sempre estar fechados com a tampa,
se possível lacrado com algum dispositivo de segurança “à prova de
criança” ou a porta do banheiro trancada.
Uma criança na banheira não deve em hipótese alguma ser abandonada nem que seja por segundos. Destacando-se os seguintes
exemplos:
Ao sair para pegar uma toalha, apenas 10 segundos são
suficientes para que a criança dentro da banheira possa ficar
submersa.
Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes
para que a criança submersa na banheira perca a consciência.
Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa
na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com
danos permanentes no cérebro.
Deve-se evitar a água parada ou empoçada. Uma criança pequena pode se afogar em somente duas polegadas de água.
Baldes, bacias grandes, latões com água são suficientes para
causar afogamentos em crianças pequenas.
Público-alvo: Pais e ou responsáveis por crianças pequenas
Público-alvo:
Pais e ou responsáveis por
crianças pequenas
As crianças devem ser estimuladas a aprender a nadar com instrutores
qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também.
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CORPO DE BOMBEIROS
Os pais devem conhecer quais amigos ou vizinhos possuem piscina em
casa e quando levar seu filho para visitá-los, devem certificar-se de que a
piscina terá a supervisão de um adulto enquanto brinca na água.
As crianças devem sempre ser orientadas a nadar acompanhado. Nadar
sozinho é uma prática perigosa.
As crianças não devem brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água
ou simular que estão se afogando.
Lagos e represas
Lagos e represas encontram-se, geralmente, localizados em regiões ermas, pouco habitadas, de vastas dimensões e de difícil controle e vigilância. São locais normalmente frequentados por moradores da própria região, desprovidos de acesso a outros locais de
lazer mais apropriados.
Tópicos a serem abordados:
Apresentam inúmeros riscos, muitas vezes desconhecidos e despercebidos pelos que frequentam esses locais, tais como, pedras, galhos, buracos, lodo, entulho, entre outros. Mergulhar ou saltar em represas podem
oferecer sérios riscos de lesões, inclusive, permanentes.
Por não haver, na maioria das vezes, fiscalização ou controle, muitos
frequentadores abusam do consumo de bebidas alcoólicas. Nadar embriagado potencializa o risco de afogamento.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
AFOGAMENTOS
São locais potencialmente perigosos, pois são desprovidos da presença
de guarda-vidas.
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Piscinas:
São aparentemente mais seguras por serem locais com área restrita, podendo ser controladas em razão de cercas, profundidade
limitada e presença de guarda-vidas nos casos de piscinas públicas
ou clubes privados.
Tais circunstâncias, porém, não evitam os acidentes, basta o descuido e desatenção e o afogamento acontece em um curto espaço
de tempo, principalmente nas residenciais em que as crianças brincam sem a supervisão de um adulto. É o tipo de afogamento predominante em áreas urbanas.
Tópicos a serem abordados:
Pais ou responsáveis não devem deixar uma criança desacompanhada
na água ou na área de piscina por qualquer razão e não devem se distrair
por campainhas, telefonemas, tarefas ou conversações.
Se tiver que deixar a área de piscina, deve levar a criança consigo e ter
a certeza de que a área da piscina ficou fechada e trancada.
Quando não utilizada, os acessos à piscina devem ser mantidos fechados a toda hora e as chaves fora do alcance das crianças.
Piscinas em reforma ou ainda em construção devem ter, assim mesmo,
seu acesso restrito às crianças.
Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5m que não
possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que
dificultem o acesso dos pequenos.
Pais e responsáveis devem ter consciência de que crianças de quatro
e cinco anos podem arrastar uma cadeira facilmente e alcançar a parte de
cima da porta e abrir as trancas.
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CORPO DE BOMBEIROS
Mesas, cadeiras e outros objetos não devem ser colocados perto de cercas de piscina. Crianças podem usar estes objetos para escalar por cima da
cerca. Sugere-se colocar toda a mobília de piscina dentro da área fechada
da piscina onde será inacessível às crianças.
O portão deve ser checado regularmente para verificar que esteja trancado com firmeza.
Não se deve permitir que as crianças brinquem próximo à piscina. Remova todos os brinquedos, triciclos, bicicletas ou qualquer coisa que uma
criança poderia adquirir nas imediações e, acidentalmente, cair nela.
Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando seu
filho for visitá-los, certifique-se de que será supervisionado por um adulto
enquanto brinca na água.
Bóias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança.
Eles podem estourar ou virar a qualquer momento e ser levado pela correnteza. O ideal é usar sempre um colete salva-vidas quando próximos a rios,
mares, lagos e piscinas.
Instruções básicas de RCP e o número de emergência 193 devem estar
disponibilizados visualmente na área da piscina.
Deve-se ter um telefone à mão na área da piscina. Não se deve atender
ao telefone enquanto crianças estiverem na piscina. O telefone só deve ser
usado para chamar o serviço de emergência se um problema acontecer.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
AFOGAMENTOS
Equipamentos de salva-vidas, como bóias e cordas, devem ser mantidos em um poste, na área de piscina. Pendurados na cerca, não oferecerão
risco das pessoas tropeçarem neles.
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Praias:
O Estado de São Paulo é detentor de uma costa litorânea de 650
km, com mais de 300 km de praias frequentáveis, é o local de alta
incidência de ocorrências e óbitos por afogamentos no Estado.
Esta condição obrigou o Corpo de Bombeiros a dispor de um Grupamento de Bombeiros exclusivamente para o atendimento de ocorrências de afogamento e salvamento aquático em todo o litoral – o
Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar)”.
É no período de dezembro a março (verão e alta temporada) que a
incidência dos afogamentos aumenta substancialmente. Em razão
disso o CB realiza anualmente a Operação Praia Segura, desde sua
implantação em 2000.
Atualmente, na alta temporada, o litoral paulista chega a receber
uma população flutuante de até 18 milhões de pessoas, impulsionados pela estabilidade econômica do país e pela ampliação e melhoria do sistema das rodovias Anchieta-Imigrantes.
Tópicos a serem abordados:
Crianças se perdem com facilidade. Os pais ou adultos responsáveis
devem mantê-las sempre no seu campo visual. Devem ainda providenciar
e colocar uma pulseira com identificação e telefone de contato. Caso não
disponha de pulseiras de identificação, elas podem ser fornecidas pelos
Guarda-Vidas.
Crianças perdidas devem ser encaminhadas a um posto de atendimento
dos bombeiros mais próximo.
Não se deve entrar na água imediatamente após as refeições. É aconselhável um período de 2 horas de espera.
14
CORPO DE BOMBEIROS
Não se deve entrar na água, caso tenha ingerido bebidas alcoólicas.
As placas de advertência, colocadas nas praias pelos bombeiros devem
ser obedecidas, pois são indicativas de que aquele local há um perigo e risco de vida, devendo-se ali, evitar o banho de mar.
Deve-se evitar nadar perto de pedras e costeiras.
Deve-se orientar para que não se nade nas chamadas áreas de “corrente de retorno”, que são locais que parecem um “corredor” onde as ondas não
quebram e com a superfície d’água bastante turbulenta.
Não se deve confiar em bóias, “espaguetes” e outros flutuadores, pois
passam uma falsa sensação de segurança.
AFOGAMENTOS
Placas de advertência, orientações e avisos dos Guarda-Vidas devem
ser obedecidos.
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Acidentes e Incêndios
Domésticos
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
A
cidentes e incêndios domésticos são ocorrências frequentes.
Nesses ambientes, obviamente, onde residem pessoas, reforça
sobremaneira o interesse da Corporação na proteção da vida. As
residências, no aspecto da proteção contra incêndios, estão desprovidas
de normas e regulamentações, não havendo medidas profiláticas a serem
cumpridas por força de legislação específica.
Tais ocorrências residenciais decorrem, quase sempre, por alguma
conduta inadequada ou pela inobservância de algum simples procedimento
de segurança.
A média dos últimos cinco anos registra que os bombeiros atenderam
aproximadamente 6.600 incêndios residenciais por ano.
Os fatores de risco nos incêndios residenciais são: a cozinha, as crianças,
o armazenamento de produtos inflamáveis, sobrecarga e instalações elétricas
inadequadas e os acidentes envolvendo botijão de gás de cozinha (GLP).
Os acidentes domésticos também são frequentes. Neste ambiente
observam-se dois grupos de alto risco: as crianças e os idosos.
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CORPO DE BOMBEIROS
Acidentes Domésticos
Grupo de risco – Crianças
Público-alvo:
pais, responsáveis ou babás:
Tópicos a serem abordados:
Berço e cercadinhos (bebês de 1 a 12 meses):
Os únicos locais seguros para bebês sozinhos são os berços e os
cercadinhos.
Recém nascidos passam a maior parte do tempo dormindo, portanto seu
local de descanso (o berço) deve ser o mais seguro possível:
para um bebê dormir com segurança ele deve estar: no berço,
sozinho e de costas.
o berço deve ser forte e estável. Deve ser colocado longe de
janelas e de cordas de cortinas ou persianas.
o espaço entre as barras do berço deve ser adequado para que
não possibilite a criança prender a cabeça entre elas.
no berço não deve ter nada além do bebê: bichos de pelúcia,
almofadas ou travesseiros macios, brinquedos ou outros objetos
devem ser retirados.
deve-se evitar o uso de cobertores soltos, eles podem cobrir o rosto
do bebê e dificultar sua respiração. Não se deve cobrir a cabeça do
bebê com um cobertor ou embrulhar seu corpo de forma que limite
seus movimentos ou que o deixe demasiadamente quente.
não é recomendável decorar berços com objetos (fotos, colchas,
decorações) com o uso de cordames ou fitas.
ACIDENTES E INCÊNDIOS DOMÉSTICOS
o lençol do berço e o colchão devem caber de forma justa para
evitar o aprisionamento ou asfixia do bebê.
bebês não devem dormir na cama dos pais, sofás, cadeiras ou
almofadas.
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bebês não devem dormir com os pais na cama para que não
corram o risco de serem asfixiadas pelos próprios pais ao se virarem
durante o sono.
caso a chupeta do bebê cair durante o sono, evite recolocá-la
na boca da criança. Cordões de chupeta não devem ser longos
suficientes para enroscar no pescoço.
Asfixia / Sufocamento:
As crianças podem engasgar com pequenos objetos. Se algo
é suficientemente pequeno para caber em um tubo de papel
higiênico, não é seguro para crianças pequenas.
Todos os cômodos da casa devem ser vasculhados e todos os objetos
pequenos recolhidos, como botões, moedas, jóias e pequenos brinquedos.
Sacos plásticos, fios longos de telefone e travesseiros fofos demais
podem ser, acidentalmente, sufocantes.
Pequenos imãs soltos são perigosos, pois se mais de um for engolido,
eles podem atrair-se no corpo e causar lesões graves ou mesmo a morte.
Os pais devem ler os rótulos de todos os brinquedos antes de deixar
seus filhos brincarem com eles. Deve ser verificado se a idade é adequada
para o uso desse brinquedo. A etiqueta costuma indicar a faixa de idade
apropriada.
Os alimentos devem sempre serem cortados em pedaços pequenos,
pois a mordida deles é muito pequena. As crianças devem comer sempre
sentadas.
Cordames de cortina ou persianas não devem formar uma alça para
serem tracionados. Neste caso devem ser cortados em dois pedaços e
colocádos no alto, onde as crianças não possam alcançá-los.
18
CORPO DE BOMBEIROS
Quedas:
As escadas devem estar providas de portões em suas extremidades.
Crianças pequenas não devem tomar banho sozinhas, bem como, o box
do banheiro deve estar provio de tapete antiderrapante.
Crianças com menos de 6 anos não devem dormir na parte de cima de
uma cama tipo beliche.
Móveis não devem ficar próximos às janelas, principalmente no quarto
de uma criança.
Crianças pequenas devem ficar longe de janelas abertas.
Queimaduras:
Pais ou responsáveis devem evitar beber líquido quente com crianças
pequenas no colo.
No veículo não devem ser transportadas no colo da mãe, no banco
dianteiro. O transporte adequado para bebês é a cadeirinha no banco de
trás, sempre com cinto de segurança.
Crianças em fase de engatinhamento não devem permanecer na área
da cozinha, principalmente quando há panelas no fogo.
ACIDENTES E INCÊNDIOS DOMÉSTICOS
Orientar sobre os cuidados com banho quente, devendo testar-se
sempre e, previamente, a temperatura da água com o dorso da mão. Para
os bebês, o cuidado é redobrado, pois a pele é sensível.
Na mesa de refeições, deve-se evitar o uso de toalhas compridas onde
a criança possa puxar sobre si, arrastando panelas quentes e utensílios.
Remédios e produtos de limpeza devem ser mantidos fora do alcance
delas e trancados.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
19
As tomadas devem estar protegidas.
Crianças de 1 a 2 anos são muito ativas e têm a necessidade de investigar,
escalando, abrindo portas e gavetas, retirando coisas de armários e brincando
com água. São ainda fascinadas pelo fogo e capazes de abrir a maioria dos
recipientes, além de explorarem armários de louças, medicamentos, mesas de
cabeceira, interior de guarda roupa, geladeiras, fornos, entre outros locais que
reservam perigos. Observar de perto as crianças desta idade é essencial para
evitar acidentes.
Giletes, navalhas e outros objetos cortantes devem ser mantidos fora do
alcance de crianças.
Orientar sobre a necessidade de instalação de redes de proteção em
janelas de sobrados e apartamentos.
Crianças não devem brincar perto do fogão enquanto alguém cozinha,
também não devem cozinhar se ainda não tem maturidade suficiente para isso.
Cabos das panelas devem estar virados para dentro do fogão para evitar
que alguém esbarre neles acidentalmente, entornando líquidos quentes.
Crianças são curiosas. No caso de armas de fogo, devem estar
desmuniciadas, cuidadosamente guardadas e trancadas longe de seu alcance.
Acidentes Domésticos
Grupo de risco – Adultos
Quedas:
Orientar para que sinalizem e evitem as áreas da residência que estejam
sendo lavadas ou enceradas.
Em pisos molhados, recomendar calçados adequados para evitar
escorregões.
20
CORPO DE BOMBEIROS
Na Cozinha:
Avental de plástico e roupas de nylon devem ser evitados quando estiver
cozinhando.
Panelas no fogo não devem ser abandonadas por tempo demasiado.
Panelas de pressão devem sempre passar por limpeza, principalmente
na sua válvula de alívio. Elas não devem ser abertas até que todo o vapor
seja antes liberado.
Panelas com cabo frouxo também são perigosas e devem ser
descartadas.
Os cabos da panela, quando utilizados no fogão, devem estar voltados
para o seu interior.
Quando utilizar o fogão, dar preferência às bocas de trás.
Certificar-se que o tanque de lavar roupa está bem fixado.
Evite subir em pias ou louças sanitárias para alcançar algo, utilize escadas
apropriadas para tal tarefa. Para o uso de escadas móveis recomenda-se a
participação de pelo menos mais uma pessoa para dar segurança.
Reparos elétricos no lar somente com a energia desligada.
Temperatura de chuveiro elétrico não deve ser ajustada com ele ligado
e o corpo molhado.
ACIDENTES E INCÊNDIOS DOMÉSTICOS
Ao utilizar um forno micro-ondas, use o “timer” com o tempo previsto
para o cozimento ou aquecimento de cada tipo de alimento.
Fios elétricos desencapados devem ser substituídos.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
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Deve-se evitar o uso de “benjamins” para ligar vários aparelhos ao
mesmo tempo. A preferência é pelo uso de “filtros de linha”.
Objetos ou hastes metálicas não devem ser manuseadas próximas à
fiação elétrica de postes.
Produtos de limpeza e remédios devem estar bem identificados e
não devem ser acondicionados em outras embalagens que não sejam as
originais.
Remédios fora de uso ou vencidos devem ser descartados no vaso
sanitário.
Ingestão acidental de qualquer produto ou remédio inadequado, consulte
um médico o mais rápido possível.
Acidentes Domésticos
Grupo de risco – Idosos
Aconselhar o uso de tapetes antiderrapantes nos pisos molhados dos
banheiros, bem como, fita antiderrapante na saída do box.
Aconselhar a instalação de barras fixas no banheiro próximas ao vaso
sanitário e ao chuveiro.
Recomendar que o banho sentado previne a incidência de quedas.
Em escadas, recomendar a instalação e o uso do corrimão e degraus
com aplicação de piso ou fitas adesivas antiderrapante. Os espelhos dos
degraus devem ter menos que 18,5 cm.
22
CORPO DE BOMBEIROS
Recomendar que não sejam colocados tapetes soltos na casa e,
principalmente, nas escadas e nem capachos com mais de 3 cm de altura.
Recomendar que todos os ambientes da casa sejam bem iluminados.
Interruptores de luz sempre próximos às portas de entrada dos cômodos
e no caso de escadas, próximos ao primeiro e último degraus.
Recomendar a instalação de abajures ao lado da cama de fácil
acionamento.
Recomendar a instalação de uma extensão do telefone, próximo à cama.
Evitar, se possível, muitos desníveis (degraus) entre os cômodos da
casa.
Incêndios Domésticos
Grupo de risco – Crianças
Orientar as crianças sobre o que é o fogo, a sua aplicação e os riscos
de incêndio, explosão e queimaduras.
As crianças são mais vulneráveis à queimadura por ter a pele mais fina
que adultos e têm habilidade reduzida para escapar do perigo.
ACIDENTES E INCÊNDIOS DOMÉSTICOS
Evitar produtos de limpeza que deixem o piso escorregadio.
O fogo exerce uma forte atração. A "brincadeira" geralmente começa no
quarto, quando estão sozinhos com fósforos ou isqueiros, e se transformar
em um incêndio de grande proporção;
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
23
Orientar para que adultos e responsáveis coíbam intensamente a
brincadeira com fósforos e isqueiros, bem como, produtos inflamáveis. Estes
materiais devem ficar longe do alcance de crianças.
As crianças que vivem em áreas rurais também correm riscos de sofrer
incêndios residenciais devido ao uso de candeeiro e fogão a lenha.
Orientar os adultos para que nunca acendam churrasqueiras com seus
filhos próximos e nem tão pouco, permitam que participem dessa experiência.
A criança deve ser ensinada:
Que durante um incêndio, arrastar-se ou engatinhar-se abaixo da
fumaça evitando a inalação e intoxicação.
Que se deve tocar nas portas antes de abri-las. Se a porta estiver
quente, utilizar outra saída alternativa.
Para nunca voltar para um prédio ou casa em chamas por alguma
razão qualquer, como um brinquedo, um animal ou para ligar para o
número de emergência. A ligação para a emergência deve ser feita
depois de deixar o edifício ou a casa.
Para não se esconder dentro de armários, debaixo de camas,
atrás de móveis ou em outros lugares em caso de incêndio. Deve-se
sempre sair o mais rápido possível.
Se pegar fogo nas roupas: "Pare, deite e role" de um lado para o
outro rapidamente para extinguir as chamas.
Caso a casa possua detectores de fumaça, as crianças devem
conhecer o som do aparelho.
24
CORPO DE BOMBEIROS
Incêndios Domésticos
Grupo de risco – Adultos
Acendedores sólidos são mais seguros do que o álcool líquido para
acender churrasqueiras.
Velas acesas em casa devem estar dentro de um recipiente maior que
o seu comprimento.
Recomendar a não deixar a casa desabitada com vela acesa.
Velas não devem ser colocadas próximas à cortinas ou outros materiais
combustíveis (moveis, toalhas, etc.).
Produtos inflamáveis devem ser limitados ao máximo em uma residência
e estocados em locais seguros e trancados, longe do alcance de fontes de
calor e de crianças.
Não recomendar o estoque de gasolina na residência.
Acúmulo e estoque de materiais fora de uso na residência podem facilitar
a propagação em caso de incêndio.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
ACIDENTES E INCÊNDIOS DOMÉSTICOS
Em caso de falta de energia recomendar o emprego de lanternas ou
luz de emergência portátil ao invés do uso de velas. Deve-se também ter
sempre à disposição pilhas ou baterias de fácil acesso e em condições
de uso.
25
O ferro de passar roupa deve somente estar ligado durante o seu uso.
Muitos aparelhos elétricos ligados em uma só tomada oferecem risco de
sobrecarga e incêndio. Ligações improvisadas devem ser evitadas.
Incêndios Domésticos
Grupo de risco – Fumantes
Promover e incentivar o hábito saudável de não fumar.
Fumar em ambientes externos é mais seguro.
Conscientizar a não fumar deitado na cama ou sentado no sofá quando
estiver com sono.
Cinzeiros profundos ou com água no fundo são mais seguros.
Deve-se ter certeza que os cigarros dispensados estejam de fato
apagados.
Não se deve fumar enquanto manuseia produtos inflamáveis.
26
CORPO DE BOMBEIROS
Acidentes com Crianças Ambientes Externos
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
A
s crianças são sempre uma preocupação a mais na questão segurança,
quer seja, dentro ou fora do lar. As crianças envolvidas em acidentes
ou incêndios, sendo “causadoras inconscientes” ou não, tornam-se
especialmente vítimas pela sua condição de indefesa e desconhecimento de
riscos e suas consequências.
A curiosidade e o desconhecimento sobre o perigo são inerentes ao
comportamento natural das crianças, sendo mais acentuado na faixa etária até
10 anos. As crianças têm especial fascínio pelo fogo.
Os acidentes mais comuns envolvendo crianças são as queimaduras,
quedas acidentais, choques elétricos, ingestão acidental de pequenos objetos,
engasgamentos, ingestão de produtos de limpeza, de remédios e afogamentos.
Objetos, como caixas de fósforo e isqueiros, chamam à sua atenção como se
fossem brinquedos.
Público-alvo:
pais, responsáveis ou babás:
Tópicos a serem abordados:
Ambientes externos e Vias Públicas
Não é aconselhável crianças com idade inferior a 10 anos estarem nas
ruas desacompanhadas de um responsável. A supervisão de um adulto é
vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de transitar em
segurança nas vias públicas. Os adultos devem sempre segurá-las pela mão
ou pelo pulso, enquanto estiverem caminhando na rua.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
27
Acidentes podem acontecer a qualquer momento durante uma brincadeira
no quintal ou na rua. A vigilância deve ser constante.
Alertar para evitar o lazer em ambientes externos em que haja poços
abertos ou próximos às construções ou obras.
Pais e responsáveis devem saber sempre onde estão brincando.
Orientar para jamais nadar em represas ou lagoas. Locais alagados por
enchentes não são para lazer, a água e lama podem transmitir doenças e
esconder outros perigos.
Orientar para jamais escalar muros e grades, principalmente providos
de lanças e outros obstáculos que possam causar sérias lesões.
Havendo necessidade de atravessar uma rua deve-se ensinar as
crianças a olharem para ambos os lados, respeitarem os sinais de trânsito
e as faixas para pedestres e, antes de atravessar na frente dos veículos,
manterem um contato visual com os motoristas para ter certeza de que são
notadas.
Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar para os lados - seja
para pegar uma bola ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente
para a rua é um enorme risco e a causa da maioria dos atropelamentos
fatais com crianças;
Entradas de garagens, quintais sem cerca, terrenos baldios, ruas ou
estacionamentos não são locais seguros para o lazer das crianças.
28
CORPO DE BOMBEIROS
Balões e fogos de artifício
Orientar e incentivar as crianças a não brincarem com fogos de artifício
ou bombinhas.
Orientar as crianças que a prática de soltar balões é proibido e que eles
podem causam incêndios.
Brinquedos
A Organização Criança Segura relata, segundo o Ministério da
Saúde, que somente em 2010, 99 crianças de até 14 anos morreram
e 2.625 foram hospitalizadas vítimas de acidentes com bicicletas.
As principais orientações a serem transmitidas:
O capacete deve ser confortável, nem apertado e nem solto, bem como,
deve ter o selo do Inmetro como garantia de que passou por testes como
brinquedo, pois não existem normas brasileiras de certificação de capacetes
de bicicleta.
Uma bicicleta apropriada deve permitir que os pés da criança alcancem o
chão enquanto ela estiver sentada no assento da bicicleta. Sua manutenção
deve estar em dia: os pneus devem estar firmes e devidamente cheios,
os refletores devem estar seguros e bem presos, os freios funcionando
perfeitamente e as marchas movendo-se com facilidade;
Ruas e avenidas movimentadas não são locais seguros para andar de
bicicletas, skates ou outros brinquedos sobre rodas.
As crianças devem brincar em locais seguros, como parques, ciclovias e
praças, fora do fluxo de carros e longe de piscinas e sacadas;
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
ACIDENTES COM CRIANÇAS - AMBIENTES EXTERNOS
Promover o uso de equipamentos de segurança (capacete, luvas,
joelheiras, etc.) para brincadeiras com bicicletas, patinetes, skates, etc.
29
Parquinhos
Pais e responsáveis devem conhecer bem os parquinhos, onde as
crianças brincam. Os equipamentos devem ser apropriados para a idade
das crianças e não devem estar enferrujados, quebrados ou com superfícies
perigosas. As não conformidades ou riscos devem ser Denunciados ao
órgão responsável.
O piso do parquinho, ao redor dos brinquedos, deve absorver o impacto,
como um gramado, um piso emborrachado ou areia fina. Jamais deve ser
instalado em piso de concreto ou pedra;
Crianças menores que 6 anos não devem brincar em aparelhos que
exijam subida ou escalada.
Crianças com cordões na roupa, cachecol, pulseiras, correntes, colares,
correm perigos de ficarem presas em algo com risco de estrangulamento.
Crianças não devem ter um comportamento ou brincar de empurrar,
dar encontrões e nem se amontoar. Mostre quais são os equipamentos
apropriados para a faixa etária dela;
Crianças menores que brincam em equipamentos destinados a crianças
mais velhas têm mais chances de sofrer algum tipo de acidente. Elas
devem estar sob constante supervisão de adultos durante a brincadeira no
parquinho.
As quedas, lesões de grande ocorrência nos parquinhos, representam
a principal causa de hospitalização por acidente de crianças de 1 a 14 anos
no Brasil.
30
CORPO DE BOMBEIROS
Pipas
A prática de soltar pipas deve ser incentivada desde que em locais
abertos, longe de fiação elétrica e em dias que não haja risco de relâmpagos
e chuvas fortes.
As crianças devem ser orientadas que a prática de usar “cerol” para
soltar pipas é proibida e perigosa e que seu uso pode causar sérias lesões
e até a morte em outras pessoas.
Lajes e telhados não devem ser utilizados como espaço para soltar
pipas.
Em transportes públicos
ACIDENTES COM CRIANÇAS - AMBIENTES EXTERNOS
No metrô, ao aguardar o trem, sempre permanecer, com a supervisão
de um adulto, atrás da linha amarela de segurança.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
31
Acidentes de Trânsito
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
O
s acidentes de trânsito são um dos maiores causadores de óbitos por trauma no
país e a principal ocorrência atendida pelo serviço de Resgate do CB.
Estudos apontam que os gastos públicos com acidentes, principalmente os de trânsito,
são severos. Em 2008 divulgou-se os dados dos custos dos acidentes de trânsito no Brasil,
afirmando que seria maior do que 2007. O custo gerado pelos acidentes de trânsito no
país, em maio de 2008 era de R$ 22 bilhões.
Tópicos a serem abordados:
Pedestre
Tal como o motorista, o pedestre como cidadão, deve respeitar também as
regras de trânsito, principalmente no tocante às sinalizações.
Orientações sobre Travessia de ruas e avenidas.
Uso de passarelas.
Desembarque de ônibus e de veículos.
Uso de calçadas.
Uso de roupas claras (principalmente para aqueles que praticam corrida
em vias públicas)
Ao caminhar no acostamento de vias de grande fluxo de veículos, utilizar
o sentido contrário da pista, para ser melhor visualizado.
32
CORPO DE BOMBEIROS
Ciclistas
Orientações sobre uso de faixas de rolamento e a preferência do uso
de ciclovias.
Evitar o uso de calçadas.
Uso de roupas claras, sinais refletivos e luminosos na bicicleta.
Uso de EPI (capacete, luvas, etc)
Motoristas
Sobre o respeito ao pedestre.
Sobre o respeito ao motociclista e ciclista.
Sobre o respeito às leis de trânsito.
Uso do cinto de segurança (também no banco traseiro).
Acomodação de crianças no banco traseiro.
Acomodação de crianças pequenas em cadeiras especiais apropriadas.
O risco de se utilizar o celular quando estiver dirigindo.
O uso de DVD preferencialmente para os passageiros do banco de trás.
Risco de ingestão de bebidas alcoólicas.
Sobre a atenção redobrada em vias onde há crianças brincando.
Sobre a importância de se verificar periodicamente os itens de segurança
do veículo.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
ACIDENTES DE TRÂNSITO
Sobre a importância da manutenção preventiva no veículo.
33
Acidentes de Trânsito
com Motociclistas
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência de ascensão destacada
E
sse é um caso típico de ocorrência que vem em uma crescente nos últimos anos,
em especial na cidade de São Paulo, e que requer uma atenção especial para a
realização de campanhas prevencionistas.
A cidade de São Paulo tem hoje um dos piores problemas urbanos existentes nas grandes cidades e metrópoles, o trânsito intenso de veículos.
Em 2008, a frota de veículos da cidade de São Paulo atingia a expressiva marca de
6 milhões de veículos. A frota cresce em ritmo impressionante. De março de 2007 a
março de 2008, o número de veículos em São Paulo subiu 6,7%, o que significou uma
proporção quase 16 vezes maior que o ritmo de crescimento da população de São Paulo
(0,41% ao ano em 2006 e 2007, segundo a Fundação SEADE).
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por sua vez, considerou que a infra-estrutura urbana, com a quantidade de ruas e avenidas, aumentou apenas 6%, enquanto nos últimos dez anos, o total de veículos aumentou 25%, o que torna cada vez pior o
trânsito de São Paulo.
A vida comercial da cidade e a relação de tempo e dinheiro, fez cada vez mais, o
número de prestadores de serviço empregarem motociclistas para agilização de suas
demandas profissionais. O número de motos na cidade de São Paulo triplicou em dez
anos, passando de 2,9% da frota em 1993 para 10,5% em 2003. Somente em 2006, o
Detran-SP, registrou 550 mil motocicletas.
No Brasil, são cerca de 10 milhões de motocicletas, sendo 2,5 milhões de moto
fretes. Somente entre janeiro e julho de 2008, foram colocadas 800 mil novas motocicletas nas ruas.
Diz ainda o artigo, que cerca de 1500 motos circulam por hora entre os carros da capital
paulista e mais grave ainda, muitos dos condutores estão no mercado informal, sem CLT,
assistência médica ou seguro de vida, representando, assim, um enorme gasto público
em razão dos acidentes.
Em novembro de 2008, dados apontam que o número de motociclistas mortos no trânsito aumentou 20% desde 1990. O estudo inédito é do Ministério da Saúde.
34
CORPO DE BOMBEIROS
Em 1990, os números giravam em torno de 300 óbitos, em 2006 saltaram
para pouco menos de 7 mil. Os perfis das vítimas, segundo os dados do estudo
Saúde Brasil 2007, são jovens, entre a faixa etária de 15 a 39 anos, principalmente, entre 20 e 29 anos e moradores de municípios com menos de 100 mil
habitantes nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
Tópicos a serem abordados:
Orientações sobre o uso do capacete, com proteção integral de face e
queixo, com viseira ou óculos de proteção.
Sobre os riscos de se fumar dirigindo e com capacete.
Sobre o uso de calçados apropriados.
Sobre o respeito aos semáforos e leis de trânsito
Sobre os riscos de ultrapassagens pela direita e mudanças bruscas de
faixa de rolamento.
Sobre os riscos de seguir carros de emergência e transitar em faixas de
ônibus.
Sobre nunca conduzir uma moto com mais de duas pessoas, principalmente crianças.
Sobre os cuidados e dispositivo de segurança contra “cerol”.
Abordagem sobre o número elevado de ocorrências e óbitos de motociclistas.
ACIDENTES DE TRÂNSITO COM MOTOCICLISTAS
Sobre o respeito com os pedestres e com os motoristas.
Abordagem sobre a vulnerabilidade do motociclista em um acidente.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
35
Acidentes com
Animais Peçonhentos
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
O
corrências com animais peçonhentos ocorrem todo o ano e recentemente deixou de ser uma ocorrência predominantemente em ambiente rural, sendo comum em áreas de urbanas de média e grande concentração populacional, face
à ocupação humana desordenada e degradação do ambiente nativo de espécies variadas de animais e insetos, inclusive os peçonhentos.
Dependendo da espécie, uma picada pode tornar-se extremamente grave, com risco
de morte, caso o socorro seja inadequado e demorado. No Brasil, há uma diversidade
enorme de animais e insetos peçonhentos e cada vez mais, há uma mescla do ambiente
deles com o nosso.
Tópicos a serem abordados:
Abordar sobre a variedade de animais e insetos peçonhentos predominantes no Estado de São Paulo: serpentes, aranhas, escorpiões e outros insetos, através de fotos detalhadas e em vários ângulos, além de ilustrações.
Caracterização e diferenciação de animais peçonhentos e não-peçonhentos.
Abordar sobre comportamento de cada um deles: ambientes preferidos,
períodos de atividade e alimentação.
Importância da limpeza de ambientes como quintais, jardins, risco do
acúmulo de entulho e lixo na residência.
Vedar possíveis acessos de aranhas e escorpiões para o interior da residência (soleiras, telas, ralos, etc.).
Vedar sacos de lixo e evitar o seu acúmulo, pois reúnem insetos que são
alimentos para aranhas e escorpiões.
36
CORPO DE BOMBEIROS
Em ambientes propícios a aranhas e escorpiões, cuidado com roupas de
cama, toalhas, veste e calçados.
O uso de calçados de cano longo e luvas ao manusear jardins, lenha e
materiais de construção.
Acidentes - caracterização dos sintomas (fotos das lesões).
Difundir formas de contato com Instituto Butantã e o seu Hospital Vital
Brasil (Fone: 0xx11Abordar sobre o papel ecológico das espécies.
Serpentes
Abordar sobre as principais espécies encontradas no Estado de São
Paulo – características físicas e hábitos.
Diferenças entre cobras peçonhentas e não peçonhentas.
Ao se deparar com uma cobra, tratá-la sempre como se fosse peçonhenta e não manuseá-la se não tiver confiança para isso.
Abordar sobre o condicionamento seguro de cobras capturadas e o envio
ao Instituto Butantã.
Primeiros socorros.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
Prefira sempre a captura (com segurança) ao invés de matá-la.
37
Aranhas e escorpiões
As principais espécies encontradas no Estado de São Paulo – características físicas e hábitos:
São três os gêneros de
aranhas de importância
médica no Brasil:
Ao se deparar com aranhas e escorpiões, não manuseá-los se não tiver
confiança para isso.
ARANHA MARROM (Loxosceles): é
importante causa de acidentes na região
Sul. A aranha provoca acidentes quando
comprimida; deste modo, é comum o acidente ocorrer enquanto o individuo está
dormindo ou se vestindo, sendo o tronco,
abdome, coxa e braço os locais de picada mais comuns.
Prefira sempre a captura (com
segurança) ao invés de matá-los, em
caso de acidentes com eles, para encaminhamento ao Instituto Butantã ou
hospital para auxiliar na identificação
da espécie.
ARMADEIRA (Phoneutria) – também
conhecida como "aranha-da-banana",
"aranha-macaca"): a maioria dos acidentes é registrada na região Sudeste, principalmente nos meses de abril e maio. É
bastante comum o acidente ocorrer no
momento em que o indivíduo vai calçar o
sapato ou a bota.
VIÚVA NEGRA (Latrodectus): encontradas predominantemente no litoral
nordestino, causam acidentes leves e
moderados com dor local acompanhada
de contrações musculares, agitação e
sudorese.
As aranhas caranguejeiras e as tarântulas, apesar de muito comuns, não causam envenenamento. As que fazem teia
áreas geométricas, muitas encontradas
dentro das casas, também não oferecem
perigo.
Os escorpiões de importância médica
estão distribuídos em todo o país, causam dor no local da picada, com boa evolução na maioria dos casos, porém crianças podem apresentar manifestações
graves decorrentes do envenenamento.
38
CORPO DE BOMBEIROS
Abordar sobre o condicionamento
seguro de aranhas e escorpiões.
Primeiros socorros para
acidentes com serpentes
Hidratar a vítima com pequenos
goles de água;
Elevar o local afetado;
Levar a vítima imediatamente ao
serviço de saúde mais próximo;
Não cortar ou furar o local da
picada;
Não fazer torniquete;
Primeiros socorros para
acidentes com aranhas e
escorpiões
recomenda-se fazer compressas
mornas e analgésicos para alívio da
dor até chegar a um serviço de saúde
para as medidas necessárias e avaliar
a necessidade ou não de soro.
Balões e Fogos de
Artifício
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência sazonal
S
ão ocorrências tipicamente brasileiras, impulsionadas por força cultural e folclórica. O balão de festa junina se faz presente no contexto
cultural e das artes populares do Brasil. Segundo consta, sua origem
é portuguesa, com raízes religiosas no cristianismo. Embora a descoberta do
balão impulsionado por ar quente seja proveniente das terras chinesas, chegou
à Europa pela Itália, nas mãos do famoso navegador Marco Polo. No Brasil, a
prática do balão, foi trazida pelos portugueses, por volta de 1583, sendo mais
praticados entre os meses de maio a agosto.
Desde então, é presença marcante em festas religiosas dedicadas a São Pedro e São João. Há muito tempo, os inofensivos e pequenos balões de seda,
presentes exclusivamente nas festas juninas, dão hoje lugar, a balões de dimensões grandiosas, verdadeiras obras de engenharia e de forma mais perigosa ainda, carregados com quantidade considerável de fogos.
BALÕES E FOGOS DE ARTIFÍCIO
As festas juninas já não são o motivo exclusivo para a sua prática. Campeonatos de futebol e Copas do Mundo são razões mais do que suficientes, para
que se façam presentes e ameaçadores no céu, colocando em risco aeronaves,
casas, indústrias, florestas, etc. A gravidade desta prática mereceu dos legisladores, em 1998, uma lei ambiental nacional, tornando-a criminosa:
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
39
Tópicos a serem abordados:
Balões
Abordar sobre Lei Ambiental que tipifica os atos de fabricar, vender,
transportar e soltar balões como crime:
Legislação de Direito Ambiental - Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998.
[...] Art.42 – Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano. Pena detenção de um a três anos ou multa ou ambas as penas
cumulativamente.
Balões causam incêndios e mortes.
Balões ameaçam o tráfego aéreo, colocando em risco aeronaves.
Balões ameaçam o meio ambiente.
Fabricação, comércio, transporte e soltura de balões devem ser denunciados
pela sociedade. Abordar que atualmente é possível realizar denúncias anônimas.
Fogos de artifício:
Crianças não devem ser incentivadas a brincar com fogos. Caso contrário, apenas com supervisão dos pais e responsáveis e com fogos de baixíssimo poder ofensivo, adequados à idade da criança.
Não se devem transportar fogos junto ao corpo ou em bolsos das vestes.
Fogos só devem ser adquiridos em casas comerciais credenciadas, que
vendam produtos em conformidade com a lei e em embalagens originais de
fábrica, certificados e com rótulos de orientação de manuseio.
Fogos que indiquem que sua fabricação é de origem artesanal ou amadora não devem ser adquiridos.
Casas comerciais que comercializam fogos de forma suspeita e que indicam fabricar fogos artesanalmente devem ser denunciadas a órgãos policiais
e à Prefeitura local.
40
CORPO DE BOMBEIROS
Elevadores
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
Tópicos a serem abordados:
O que NÃO se deve fazer
Puxar a porta do pavimento sem a presença da cabine no andar.
Apressar o fechamento das portas.
Apertar várias vezes o botão de chamada ou chamar vários elevadores
ao mesmo tempo.
Fumar dentro do elevador.
Fazer movimentos bruscos dentro do elevador.
Lotar o elevador com peso acima do permitido. Os elevadores possuem
um limite de capacidade de carga e passageiros. Respeite os limites previstos no interior da cabine. Excessos são perigosos.
Bloquear o fechamento das portas com objetos.
Crianças devem usar o elevador com segurança e sempre acompanhadas. O elevador não é lugar de brincadeira, portanto não se deve:
apertar os botões desnecessariamente.
pular ou fazer movimentos bruscos dentro da cabine.
colocar as mãos na porta.
Sempre que o elevador estiver fora de operação por qualquer motivo,
o responsável pela edificação deverá providenciar o bloqueio do acesso ao
elevador e um aviso a respeito.
Nunca é demais lembrar que, em caso de incêndio, não utilize os elevadores. O abandono do edifício deve ser feito sempre pelas escadas.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
41
Em situações de emergência é importante manter a calma e não entrar
em “PÂNICO”
Os elevadores podem parar entre os andares, devido a problemas de
ordem técnica ou por falta de energia elétrica, nessa situação é importante
que os ocupantes:
Mantenham a calma, pois apesar da situação, os ocupantes estarão seguros na cabine e a situação será momentânea.
Acionar o botão de alarme e/ou utilizar o interfone para pedir ajuda.
Solicitar que chamem o zelador e, se necessário, a empresa conservadora ou o Corpo de Bombeiros (Tel. 193).
Aguardar com calma o socorro e não tentem em hipótese alguma
tentar sair da cabine por conta própria, tentando a abertura forçadas
das portas. Jamais tente sair por qualquer abertura entre pisos. O
elevador pode voltar a funcionar no momento em que você estiver
saindo.
Orientações Básicas:
Antes de entrar, verificar se a cabine do elevador está no andar. Falhas
mecânicas permitem, às vezes, que a porta abra sem a presença do elevador, o que já provocou muitos acidentes fatais.
Aguardar a vez para entrar no elevador e sair dele devagar. Aguardar os
ocupantes que estejam saindo.
Observar se não há degraus, ao entrar no elevador e ao sair dele, pois
eles podem se formar quando ele não para no mesmo nível do pavimento por
algum desajuste técnico.
42
CORPO DE BOMBEIROS
Enchentes
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência sazonal
Tópicos a serem abordados:
Antes das chuvas em sua residência:
Não deixe crianças trancadas em casa desacompanhadas;
Ao receber informações de que ocorrerá chuvas na sua região, tome as
providências para se manter seguro.
Mantenha sempre à disposição água potável, roupas e medicamentos
caso tenha que abandonar imediatamente sua residência;
Caso sua residência esteja localizada sabidamente em área de risco de
inundação, previna-se guardando documentos e valores em um saco plástico bem fechado e em local protegido;
Tenha sempre em mente uma rota de fuga e um local previsto para você
e sua família abrigarem-se com segurança durante a inundação. Ao menor
sinal de inundação, procurar sair imediatamente para ruas ou andares mais
altos. Não espere por instruções específicas para se mover, pois o tempo
correrá contra;
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
43
Desconecte aparelhos elétricos das tomadas para evitar curto-circuítos,
bem como, não os utilize após terem sido molhados;
Feche o registro de entrada de água para preservar a tubulação do contato com água contaminada ou imprópria;
Retire, se possível, todo o lixo e coloque-o em áreas livres de inundação;
Ações preventivas e comunitárias:
Jogue o lixo no lixo. Não dispense em ruas, córregos, terrenos baldios
e, principalmente, bueiros, para não obstruir a água;
Entulhos, troncos, resto de móveis não devem ser dispensados em rios,
córregos ou canalizações;
Limpe frequentemente o telhado e canaletas de água para evitar entupimentos;
Durante as inundações:
Não permita que seus filhos brinquem nas enxurradas ou nas águas dos
córregos, pois elas podem facilmente serem carregadas pela correnteza ou
ainda, contrair graves doenças como hepatite e leptospirose;
44
CORPO DE BOMBEIROS
Quando bombeiros, policiais ou agentes de defesa civil alertarem para
sair de sua residência não hesite em obedecer de imediato;
Na situação de emergência, nunca retorne à sua casa para retirar algum
material ou documento. Salve e proteja sua vida e de seus familiares. Aguarde o final da inundação e peça ajuda à Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros;
Caso resida ou trafegue em áreas passíveis de inundação, esteja atento às notícias de rádio, TV ou internet para obter informações antecipadas
sobre o problema;
Desligue a energia elétrica na caixa de força de sua casa: a água pode
conduzir eletricidade e provocar choques elétricos em pessoas e animais.
Não toque em equipamentos elétricos se tiver descalço ou com os pés molhados;
Evite caminhar pela água: com apenas dez centímetros de profundidade, uma enxurrada pode fazer uma pessoa cair e ser carregada;
Caso seja inevitável andar na água, caminhe por onde haja menos correnteza e use uma vara, um cabo de vassoura, um rodo invertido ou qualquer outra haste rígida para verificar se o solo a sua frente é firme e raso;
ENCHENTES
Não ande descalço, a água pode esconder objetos que podem causar
lesões ou ferimentos graves;
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
45
Cuidados com a água de consumo e alimentos
Evite o contato e a ingestão, mesmo que involuntário de água de enchente ou de inundação;
Não beba água ou consuma alimentos que estiveram em contato com as
águas da inundação. Lave os alimentos com água limpa e hipoclorito.
Dirigindo durante as inundações.
Não dirija em áreas inundadas: procure sempre uma alternativa de caminho mais seguro. Caso a água comece a tomar a rua e for possível abandonar o carro com segurança, abandone-o e abrigue-se em lugares altos e
secos. Permanecer no veículo é um risco grave e desnecessário.
Esteja atento às emissoras de rádio com as informações importantes
sobre o trânsito, pontos alagados e locais a serem evitados;
Vinte centímetros de profundidade são suficientes para a água chegar
ao assoalho do seu carro, podendo causar perda de controle, se o carro
estiver em movimento, ou ainda, podendo danificar seu veículo, fazendo-o
parar. Na dúvida, não arrisque.
Apenas meio metro de profundidade de água são suficientes para fazer
um carro flutuar.
Um metro de profundidade de água é o suficiente para carregar a maioria dos veículos, inclusive caminhonetes e utilitários esportivos.
46
CORPO DE BOMBEIROS
Após a inundação.
Retire animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela
inundação;
Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da
enchente;
Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza
pública;
Verifique se sua casa não corre o risco de desabar, em caso de dúvida,
solicite uma vistoria da Prefeitura ou da Defesa Civil;
Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e
utensílios;
Cuidado com animais que costumam aparecer em razão das enchentes:
aranhas, cobras e ratos, principalmente ao movimentar objetos, móveis e
utensílios.
ENCHENTES
Cobras e outros animais venenosos costumam procuram refúgio em
lugares secos. Tome cuidado.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
47
Raios
Embora as chances sejam pequenas, os relâmpagos podem atingir pessoas. No Brasil, a média de pessoas mortas, direta ou indiretamente por
raios é de 100 pessoas.
Durante uma tempestade deve-se evitar sair de casa e não permanecer
nas ruas ou em áreas abertas.
Deve-se evitar abrigos isolados como árvores, quiosques, tendas,etc.
Deve-se evitar utilizar telefones com fio.
Para evitar a queima de aparelhos elétricos ou eletrônicos, os mesmos
devem estar desconectados da tomada ou se preferir, utilizar filtros de linha.
Deve-se evitar ficar próximo a objetos metálicos, como torneiras, esquadrias, grades, etc.
48
CORPO DE BOMBEIROS
Na rua deve-se evitar:
utilizar celular ou outros aparelhos de comunicação.
segurar objetos metálicos longos, como tripés, varas de pesca,
guarda-chuvas, etc.
ficar próximo à estruturas altas como árvores, postes, antenas,etc.
ficar próximo a cercados de arame, varais de metal, trilhos, linhas
telefônicas e de energia elétrica.
permanecer em locais altos e isolados, bem como, descampados.
ficar mais alto do que o que está a sua volta. Raios procuram os
pontos mais altos.
Na praia ou na piscina não se deve permanecer na água, na areia ou
em barcos, botes ou jangadas.
Ficar em carros ou ônibus é seguro, pois a carcaça metálica distribui a
carga, que centelha para o solo e se dissipa. Não se deve, porém, tocar em
nenhuma parte metálica, ligar ou rádio ou descer logo em seguida.
Deve-se evitar andar de trator, moto, bicicleta ou a cavalo.
ENCHENTES
Permanecendo em local de risco, a melhor posição é agachado, com as
mãos nos joelhos e a cabeça entre eles. Desse modo, reduz-se as pontas e
as chances de atrair o raio.
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Extintores
Tópicos a serem abordados:
Abordar sobre as classes de incêndio: A, B, C e D.
Abordar sobre os métodos de extinção de incêndio: retirada de material,
abafamento e resfriamento.
Abordar sobre a identificação dos vários tipos de extintores e suas aplicações: Pó Químico Seco para classes ABC, água pressurizada, CO2 e Pó
Químico Seco (PQS) e Pó Químico Especial.
(recomenda-se a exposição de cada um deles, destacando as suas diferenças básicas e formas de identificação)
Abordar de forma prática a utilização do extintor, empunhadura, aproximação, retirada de lacre e acionamento.
Abordar sobre a distribuição e disposição dos extintores em uma edificação (visibilidade), sinalização e manutenção (recarga).
Destacar sobre a eficácia dos mesmo, abordando sobre o emprego e
funcionalidade dos extintores somente em princípios de incêndio.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: modelos de extintores.
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CORPO DE BOMBEIROS
GLP – Gás Liquefeito
de Petróleo
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
O
uso do GLP, por meio dos botijões de 13 kg, é corrente nas residências unifamiliares e comunidades
carentes. O seu manuseio de forma inadequada, má
instalação, mau estado de conservação do botijão e acessórios
de má qualidade, favorecem a incidência de acidentes, muitas
vezes de proporções graves, decorrendo deles explosões e incêndios, com vítimas graves e fatais.
Uma das principais causas dos acidentes com o GLP é o mau
estado de conservação dos botijões, muitos deles já fatigados.
Tópicos a serem abordados:
Esclarecer que o GLP é um produto altamente inflamável,
por isso incendeia-se com extrema facilidade ao ficar próximo
de chamas, brasas ou faíscas.
Quando estiver vazando em um ambiente fechado e por
ser mais pesado que o ar, irá acomodar-se próximo ao chão.
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
51
O simples ato de acionar um interruptor de luz é suficiente para provocar
uma explosão ambiental, em virtude da faísca interna produzida pelo seu
acionamento.
Os vazamentos mais comuns são na mangueira, no regulador de pressão ou devido ao apagamento involuntário das chamas no fogão.
Orientar para a necessidade de uma inspeção prévia das condições do
botijão quando adquiri-lo Recomendar que se compre apenas de fornecedores credenciados, evitando assim a aquisição de fornecedores e produtos
clandestinos.
Ao adquirir o botijão não deve estar amassado, enferrujado e o seu lacre
não deve estar rompido.
Mangueira e regulador de pressão devem possuir a identificação do
INMETRO (NBR) gravados. Não se deve adquirir produtos similares sem
certificação.
A mangueira deve possuir no máximo 1,25 m de comprimento, ser transparente com uma tarja amarela e gravação da certificação “NBR 8613”.
O regulador de pressão deve constar a gravação da certificação
“NBR 8473”.
A conexão da mangueira com o fogão e com o botijão deve ser feito por
meio de abraçadeiras e jamais improvisar com arames, fitas, etc.
O botijão deve sempre ser instalado de pé e em local permanentemente
52
CORPO DE BOMBEIROS
ventilado, de preferência do lado de fora da residência, bem
como, longe de ralos e grelhas de escoamento de água.
Vazamentos de GLP não devem ser testados com fósforos.
Abordar sobre a importância da substância que dá o odor característico do GLP.
Abordar sobre a forma correta de acender um fogão.
Abordar sobre a forma correta de proceder a troca de um
botijão.
Abordar sobre os procedimentos em caso de vazamento de
GLP sem fogo e com fogo.
Obs. Demonstrações com GLP somente em áreas livre e distância segura da platéia. Não é recomendada a participação de
crianças em práticas de manuseio com GLP.
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GLP - GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: modelo de botijão de 13Kg e 2 Kg (em corte ou não), exemplares de
mangueiras corretas e não corretas, regulador de pressão
e abraçadeiras.
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Incêndios em
Vegetação
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
Tópicos a serem abordados:
Fumantes
Risco de dispensar bitucas de cigarro acesas pela janela do veículo em
rodovias.
Agricultores e comunidade rural
Orientar sobre o que é um aceiro, como se faz e sua manutenção.
Incentivar a formação de planos de prevenção e combate a incêndio na
comunidade local.
Incentivar a manutenção de pequenos cursos d’água e formação de pequenos açudes, como fonte de recurso de água para combate a incêndios.
Orientar sobre os riscos de práticas religiosas nas matas (uso de velas).
Orientar sobre a prática de fogueiras sem supervisão integral.
Orientar sobre a prática de queima de área de plantação para preparo
do solo sem controle e supervisão integral.
Concessionários de rodovias e ferrovias
Redução de material combustível (vegetação seca) das margens de
rodovias e ferrovias.
Promover sinalização sobre risco de incêndio florestal às margens da
rodovia e difusão de um telefone para contato de emergência.
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CORPO DE BOMBEIROS
Noções de Primeiros
Socorros
E
nsinar noções de primeiros socorros a leigos, não deve
ter o propósito de formar ou capacitar socorristas profissionais. O seu foco, como bombeiro educador, é conduzir as mensagens que tenham por finalidade única auxiliar
uma pessoa quando que se depara com uma emergência e,
assim que acione o serviço de socorro de ambulância ou de
bombeiros, possa adotar um procedimento correto e rápido, a
fim de minimizar as lesões ou estabilizar uma vítima até a chegada do socorro adequado.
Tópicos a serem abordados:
Orientar que independente do trauma ou lesão que se depare, deve-se acionar o serviço de emergência adequado, antes de iniciar qualquer procedimento – (SAMU -192 / BOMBEIROS 193).
Em qualquer situação, a calma é fundamental.
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Queimaduras
Abordar sobre os casos mais frequentes de queimaduras em acidentes
domésticos ou no trabalho.
Abordar sobre os tipos de queimaduras e sintomas.
Abordar sobre os principais procedimentos a serem aplicados:
Isolar áreas queimadas de estímulos exteriores, combatem a dor
e evita infecção. Recomenda-se compressa de gazes umedecidas.
Bolhas não devem ser furadas e nem roupas aderidas devem ser
arrancadas.
Pomadas anti-sépticas ou anestésicas devem ser evitadas, assim
como, supostas medicações caseiras, tais como: folhas de bananeira, pó de café, pasta de dente, fuligem, etc. Soluções caseiras
aumentam a possibilidade de contaminação das lesões.
Para compensar a perda de água, recomenda-se à vítima grande
quantidade de líquidos (sucos em geral) açucarados e temperados
com um pouco de sal.
Para queimaduras nos olhos, gaze embebida em água ou soro
fisiológico.
Queimaduras não dispensam os cuidados e supervisão de médicos. Ao contrário, quanto mais cedo se buscar socorro especializado, mais chances o acidentado terá de se recuperar.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: gazes, faixas,
ilustrações didáticas dos tipos de queimaduras e procedimentos
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CORPO DE BOMBEIROS
Asfixia e parada cardíaca
Abordar sobre os casos mais comuns de asfixia.
Abordar sobre as principais causas e sintomas da asfixia.
Abordar sobre a necessidade primeira de acionamento de socorro especializado.
Abordar sobre as situações de emprego de RCP e suas técnicas de
aplicação.
Engasgo
Abordar sobre as causas mais comuns em adultos e crianças.
Abordar sobre a necessidade primeira de acionamento de socorro especializado.
Abordar sobre as técnicas de desengasgo em adultos, crianças e bebês.
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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: bonecos para treinamento de RCP.
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Abordar sobre as técnicas de desobstrução de corpos estranhos em
nariz de crianças.
Abordar sobre as técnicas de desobstrução de líquidos, substâncias
pastosas ou vômitos em crianças.
Reanimação Cardiopulmonar – RCP
Abordar sobre as principais causas do infarto.
Ensinar os procedimentos de análise primária.
Explicar o protocolo de RCP, para 1 e 2 socorristas (nº de compressões
x nº de ventilações).
Abordar de forma prática o posicionamento, manobra e execução correta de massagem cardíaca.
Abordar de forma prática o posicionamento, manobra e execução correta da ventilação.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: bonecos para
treinamento de RCP.
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CORPO DE BOMBEIROS
Hemorragia
Abordar sobre o uso de EPIs e prevenção de contágio em mucosas,
pele e olhos.
Abordar sobre as técnicas e recursos para tamponamento em hemorragias externas.
Abordar sobre a limpeza e desinfecção de escoriações.
Detecção, sintomas e tratamento de hemorragias internas.
Fraturas
Definição de fraturas e abordagem sobre o sistema esquelético humano
e seus principais ossos.
Tipos de fratura: fechada, exposta, alinhada e desalinhada.
Formas de contenção de hemorragia em fraturas.
Abordagem prática sobre formas de imobilização em membros inferiores e superiores.
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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
O reconhecimento e sinais de uma fratura.
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Explicação e demonstração de recursos materiais para imobilização
(materiais improvisados e específicos).
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: talas fixas, flexíveis, bandagens, panos triangulares e outros materiais utilizados para imobilização. Display ou painel com ilustrações sobre imobilizações.
Desmaios
Definição e causas prováveis.
Sinais e sintomas.
Protocolo de atendimento (o que se deve fazer e o que não se deve fazer)
Crises convulsivas
Definição e causas prováveis.
Sinais e sintomas.
Protocolo de atendimento (o que se deve fazer e o que não se deve
fazer)
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CORPO DE BOMBEIROS
Plano de Abandono de
Edificações
I
ncêndios em edificações elevadas promovem pânico e desespero em seus
ocupantes. O fator primordial para redução de vítimas nesses casos é promover a saída segura da edificação. Isto se faz com planejamento e treinamento.
O papel desempenhado pelas brigadas de incêndio é fundamental, pois caberá aos seus integrantes orientar a saída ordenada e calma de todas as pessoas.
Rapidez na informação sobre a emergência também é determinante para a
eficácia do plano.
Tópicos a serem abordados:
Ocupantes da edificação
O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas e
com calma.
Devem conhecer as saídas de emergência e sua sinalização.
Abordar sobre os riscos ao utilizar o elevador durante o incêndio.
As pessoas devem acreditar no alarme ou informação de incêndio e não
ter dúvidas quanto a sair o mais rápido possível.
Abordar sobre técnicas de se locomover em local impregnado de fumaça.
Abordar sobre abertura de portas durante o incêndio.
Abordar sobre os equipamentos de combate a incêndios disponíveis na
edificação e sua utilização (extintores e hidrantes).
CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
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Jamais retornar à edificação enquanto houver a situação de sinistro.
Sobre nunca subir e sim descer, quando em fuga, bem como, o uso contínuo do corrimão nas escadas.
Pessoas com necessidades especiais devem ter preferência quando da
evacuação e atenção constante.
Crianças devem ser sempre conduzidas por adultos até o ponto de
encontro.
Brigadistas
Planejar, treinar constantemente e revisar periodicamente, se necessário, o plano de abandono.
Difundir o plano a todos os ocupantes.
Capacitar e treinar líderes ou monitores de cada andar da edificação para
auxiliar em caso de necessidade.
Mesmo em princípios de incêndio, acionar sempre e prioritariamente o
Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Abordar sobre marcações nas portas corta-fogo sobre o controle de saída das pessoas.
Sobre o estabelecimento de um ponto de reunião fora da edificação e seu
controle e, principalmente, sua divulgação aos ocupantes.
Abordar sobre a utilização de EPIs.
Abordar sobre a necessidade de manutenção dos sistemas de detecção,
alarme e de combate a incêndios.
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CORPO DE BOMBEIROS
Regularização das Edificações
Junto ao Corpo de Bombeiros
T
odas as edificações e áreas de risco por ocasião da construção, da
reforma ou ampliação, regularização e mudança de ocupação, necessitam de aprovação no Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
de São Paulo (CBPMESP), com exceção das "residências unifamiliares".
Promover e incentivar a regularização de tais edificações proporcionará um
número cada vez maior de edificações protegidas.
Tópicos a serem abordados:
Difundir e abordar sobre legislação do Corpo de Bombeiros (Dec. Estadual 56.819 / 2011 - Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco).
Abordar sobre a classificação das edificações e as exigências mínimas
de cada uma para obtenção do AVCB.
Abordar sobre as Instruções Técnicas e qual sua finalidade.
Abordar sobre responsabilidade e competência para regularização de
uma edificação junto ao Corpo de Bombeiros.
Abordar sobre a sequência de procedimentos para consecução do Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
Abordar sobre a validade do AVCB.
Abordar sobre as medidas de segurança contra incêndios mais usuais
nas edificações.
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Ficha técnica
Diagramação:
Alexandre Fernandes de Oliveira
Impressão e Acabamento:
Art Printer Gráficos Ltda.
"Este Caderno Guia é de uso exclusivo dos Bombeiros Educadores do Corpo de Bombeiros da PMESP para execução de
suas atividades educacionais, devendo sua publicação ser renovada a cada 2 anos pelo órgão coordenador das atividades
de educação pública do CB. É proibida sua reprodução, cessão, cópia, empréstimo para terceiros ou qualquer alteração sem
autorização expressa do órgão coordenador."
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