A usina nuclear de Chernobyl
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A usina nuclear de Chernobyl
Chernobyl: Os Sonhos que ficaram para trás, após o maior acidente nuclear da história A usina nuclear de Chernobyl (originalmente chamada Vladimir Ilvich Lenin, fundador da União Soviética) inaugurada em 1977, em Pripyat na Ucrânia antiga União Soviética. Produzia cerca de 10% da energia elétrica utilizada pelo pais. Numa rotina de trabalho um reator foi paralisado para realizar a sua manutenção periódica, e aproveitando essa oportunidade a equipe operacional planejou testar a capacidade das turbinas deste reator, para verificar se a produção de energia armazenada era suficiente para manter as bombas de refrigeração funcionando. Após o inicio do teste no reator número quatro, houve um aumento de potência inesperada sobre o reator e o sistema de segurança estava desligado. E este sistema deveria parar o aumento de potência. O que não aconteceu, ocasionando uma falha no reator. Em frações de segundos, o nível de potência e temperatura elevaram-se em demasia e o reator ficou descontrolado. O fatídico dia foi em 26 de abril, de 1986 ás 1:23:58 a.m hora local, quando o mundo entrou em choque, e alguns Países em pânico com a radioatividade desta terrível catástrofe nuclear. A falha no reator número quatro ficou fora de controle e houve uma terrível explosão, destruindo toda a usina que pesava cerca de 1000 toneladas. A temperatura no local era superior a 2000ºC, o reator pegou fogo e queimou por nove dias, liberando 400 vezes mais radiação na atmosfera do que as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Uma nuvem de radiação afetou Chernobyl nos primeiros dez dias, contaminando inúmeras áreas, desestabilizando todo o clima no local. Um total de 784.320 hectares de terras agrícolas passaram a ser zonas proibidas para o cultivo. Durante quase um mês, Moscou manteve-se em completo silêncio, antes de decidir retirar os habitantes de Pripyat e da região. O que foi tarde de mais. Milhares de pessoas foram afetadas e contaminadas pelo acidente em diversos territórios, tais como: Escandinávia, Grécia, centro e leste Europeu, sul da Alemanha, Suíça e norte da França e Grã-Bretanha. Neste período 7 milhões de pessoas (3 mil crianças) moravam em áreas próximas, e o fato levou há evacuação de 350 mil, pessoas que deixaram seus sonhos, suas histórias, para trás sendo expulsas das cidades onde nasceram e viveram durante anos, após a contaminação da radiação. Em seguida, o governo enviou um exército de 25 000 mil pessoas entre bombeiros, civis e soldados o qual foram chamados de “liquidadores” para conter a radiação e trabalharem na usina por seis meses, na construção de uma estrutura de isolamento a qual chamaram de “sarcófago”, mas sem equipamentos apropriados nenhum trabalhador sobreviveu. Não há dados precisos sobre o número de vitimas neste acidente tão brutal. Há várias controvérsias que comprometem os fatos reais, algumas ”ONGs” (Organizações não governamentais) como o Greenpeace, afirmam que o números de mortos chega há 100 mil, já um relatório de 2005 da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indica que, só na Bielorrússia, Rússia e Ucrânia, o acidente resultou em cerca de 200 mil mortes. Em 2005 um relatório divulgado pela ONU estima que entre 1990 a 2005 o acidente continuou fazendo vítimas, e os números de mortos chegam há 4 mil, por causa dos cânceres provocados em consequencia das radiações principalmente o da tireoide entre os adultos. No último dia 26 de abril, completaram-se vinte e sete anos do maior acidente nuclear da história e todos os anos neste dia, familiares e amigos das vítimas saem as ruas mostrando fotografias para serem lembradas. Esta homenagem também ocorre em diversos Países e no último dia 26 não foi diferente, milhares de pessoas saíram as ruas para acender velas e colocar flores nos monumentos erguidos em Slavoutitch na Ucrânia. Para homenagear todas as pessoas que morreram neste acidente, vítimas de Chernobyl, principalmente os operários e os bombeiros que trabalharam na usina. A causa desta catástrofe difere em duas teorias contraditórias. A primeira foi publicada em agosto de 1986, atribuindo a culpa aos operários da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991, atribui o acidente a defeitos no projeto do reator. Muitos especialistas acreditam que nenhuma destas teorias estão corretas. O que aconteceu foi uma junção das duas teorias, sendo que o defeito no reator foi agravado devido a erro humano e a demora do governo para evacuar a área contaminada, também foi outro erro humano. Hoje 27 anos após o acidente as vítimas ainda sofrem com os efeitos devastadores, econômicos, sociais e ecológicos da maior catástrofe nuclear da história, cinco milhões de pessoas continuam morando nas zonas afetadas pela radioatividade. A usina fechou em 2000, mas há um desgaste em toda sua estrutura o que levou ao desmoronamento do telhado na sala de máquinas no ultimo mês de fevereiro. Embaixadores de 20 países foram os doadores, de 1,5 bilhões de euros para a construção do novo sarcófago, já que o anterior estava colocando em risco de novas exposições de radiação devido a sua fragilidade na estrutura. O novo sarcófago deverá pesar 20.000 toneladas e chegará a 108 metros de altura. Sua estrutura será montada em um terreno vizinho ao reator e depois colocado sobre o antigo. A construção começou em 2012, e está a cargo das empresas francesas Bouygues e Vinci. A cidade próximo a usina está abandonada, e nos remete a um filme de terror onde o cenário é desolador, não há vegetação, não há vida. A forma mais impactante de contaminação é por meio do césio 137 dada a meia vida de 30 anos da radiação existente em Chernobyl levará mais de um século para que a contaminação seja reduzida significadamente. Mas mesmo assim, o governo da Ucrânia abriu a área para turistas que podem chegar a 200 metros da usina onde houve a explosão. Os aparelhos ainda marcam 260 microents (sistema que mede a radiação) o que significa que a radiação ainda está 10 vezes mais forte que o normal para os seres vivos, por este motivo o lugar só pode ser visitado por 15 minutos. E antes de deixar o lugar, todo turista ou visitante deve passar por uma máquina detectora de radiação. Para analisar o grau de contaminação de cada pessoa. Caso esteja tudo bem o portão abre, e pode regressar para casa. As autoridades lutam até hoje para tentar consolidar projetos para criar um ambiente seguro em Chernobyl. Segundo os dados do Ministério da Saúde da Ucrânia de 2012, afirmam que 2,4 milhões de ucranianos, inclusive 428.000 crianças, sofrem de problemas de saúde relacionados com o acidente. Temos que ter consciência de que as invenções humanas podem dar errado as vezes. A catástrofe ocorrida a vinte sete anos continua fazendo vitima. Os efeitos de Chernobyl a longo prazo são uma incógnita. Este texto vai para homenagear todas as pessoas que perderam suas vidas brutalmente com este acidente, outras que ainda lutam e sofrem com as consequências causada pela radiação. Um dia Fatídico na vida destas pessoas que deixaram seus sonhos para trás, por um acontecimento que marcou para sempre suas vidas “O dia 26 de abril de 1986”.
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