Edição 03 de 2007 - Sistema OCERGS
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Edição 03 de 2007 - Sistema OCERGS
jornal do COOPERATIVISMO GAÚCHO - ano 34 - número 975 - março de 2007 Assembléia Geral Ordinária reúne cooperativas A Assembléia Geral Ordinária do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), será no dia 26 de abril, no auditório da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), em Porto Alegre. Seguida pela reunião-almoço com o atual coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e professor de Economia Rural da UNESP/Jaboticabal, Roberto Rodrigues. Página 5 Expodireto é referência no agronegócio Fe s t iva l a t n a C e d n O Rio Gra o m s i v i t a r e o Coop Entre os dias 12 e 16 de março de 2007 a EXPODIRETO COTRIJAL teve 131,7 mil visitantes. O volume de negócios da feira alcançou R$ 145 milhões. A cooperativa de Não-Me-Toque ficou satisfeita com o resultado 190% maior do que na edição anterior. Apresentamos fatos que marcaram uma das mais importantes feiras de agronegócios do Brasil, provando que mesmo com a estiagem, os expositores e o público compareceram. Página 10 apresentação 2 março de 2007 opinião editorial Como já é tradição, o mês de março foi marcado por mais uma edição da EXPODIRETO COTRIJAL. Mas em 2007, a feira teve um ingrediente especial: a comemoração de meio século de existência da COTRIJAL Cooperativa Agropecuária e Industrial. O Interior apresenta os principais destaques do evento, considerado um dos mais importantes na área de agronegócio do País. Entre eles, a realização da primeira sessão plenária da Assembléia Legislativa na região do Alto Jacuí. A matéria principal lança o festival: o Rio Grande Canta o Cooperativismo. O objetivo é valorizar e promover o cooperativismo através da cultura musical gaúcha. A primeira edição, que inicia em agosto, vai reunir compositores, músicos e intérpretes do Rio Grande do Sul. A OCERGS também se prepara para a Assembléia Geral Ordinária 2007, que nesse ano encerra com uma reunião-almoço. O convidado é Roberto Rodrigues, que falará sobre os Novos Cenários para o Cooperativismo e a Agricultura. Confira detalhes na página cinco. Ainda em clima de comemorações, o jornal do cooperativismo gaúcho homenageia o aniversário de mais duas cooperativas do ramo agropecuário, a COTRIFRED, de Frederico Westphalen e a Cooperativa Agrícola CAIRÚ, de Garibaldi. As cooperativas mais novas também têm seu espaço. A ALIMENTOS Cooperativa foi lançada no dia 20 de março e irá atender, inicialmente, cinco hospitais. A COOTRAVIPA, criada em 1984, se destaca pela mudança social que realiza na vida dos moradores de comunidades carentes da Capital. Além da história da entidade, o leitor conhecerá o talento do gari Mário Rogério Soares, que a partir de agora passa a colaborar com seus desenhos no jornal. O papel do cooperativismo como agente transformador está presente na atuação da Associação dos Produtores de Erva Mate de Machadinho (APROMATE). Os trabalhos técnicos de pesquisa da entidade, constituída em 1994, tornou o setor ervateiro do município em vitrine do agronegócio da região Nordeste do Estado. expediente O Interior é uma publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Rio Grande Sul - SESCOOP/RS Rua Vigário José Inácio, 303 – Centro – Porto Alegre/RS CEP 90020-100 - Fone: 51-3254 5400 Fax: 51-3254 5432 E-mail: [email protected] Site: www.ocergs.com.br Projeto Gráfico: Assessoria de imprensa OCERGS-SESCOOP/RS Editoração eletrônica: Stampa Design Produção e edição de textos e Imagens: assessoria de imprensa OCERGS-SESCOOP/RS, Grupo Técnico de Imprensa (GTI) e assessorias de imprensa de cooperativas do Estado Jornalista responsável: Andrelise Daltoé 9928 DRT/RS Convênio: SESCOOP/RS e Fundação de Cooperação para o desenvolvimento Cultural - Funcoop Impressão: Comercial Gráfico RBS UMA NECESSIDADE estratégica Sergio dos Santos Lara Quando um médico ou médica cooperada realiza algum tipo de serviço profissional, eles estão fazendo a sua parte na construção e manutenção do que é hoje um imenso complexo social e econômico na área de assistência médica no Brasil. É um trabalho conjunto que se poderia chamar de “negócio cooperativo Unimed”, composto por milhares de “pontos de atendimento” e um conjunto de empresas que atuam de forma integrada em todo o território brasileiro, dando suporte a esses cooperados. Este “negócio” ou esta empresa tem milhares de donos, médicos e médicas cooperados do Sistema que são, ao mesmo tempo, proprietários e usuários de todo esse complexo, de toda essa “rede”, criado e mantido para viabilizar sua atividade econômica e propiciar – a eles e seus familiares – uma série de benefícios no plano social. Cabe, então, a estes cooperados, indistintamente, a responsabilidade da gestão deste empreendimento cooperativo. Não existem aqui as figuras do patrão e do empregado. O sucesso depende do desempenho individual e coletivo dos médicos cooperados. Como se vê, a Unimed não é apenas uma facilitadora para o médico exercitar a sua profissão. Ela é um negócio econômico e social complexo, grande, integrado e forte, que vem procurando adequar-se à situação geral do país para não apenas manter o espaço, mas também evoluir constantemente na área de saúde e em outras de seu interesse. Dessa forma, e diante da concorrência imposta pelas empresas privadas que atuam nessa área e, mais recentemente, pela legislação, em especial da ANS, é decisivo que os médicos cooperados conheçam muito bem a magnitude do empreendimento de que são co-proprietários. Eles precisam assumir sua responsabilidade desde o atendimento ao paciente (cliente) até a participação nas grandes decisões do Sistema Unimed. A par da capacitação profissional, técnica e humanista, portanto, é necessário que os médicos cooperados tenham uma formação empresarial cooperativista, que lhes habilitem a participar ativamente na co-gestão do seu negócio comum. A Unimed, planejando, decidindo e controlando. É muito importante que as Unimeds, junto com o crescimento do número de cooperados, prédios e equipamentos, invistam também – senão prioritariamente – na formação e aperfeiçoamento dos cooperados e colaboradores, como gestores dessa empresa especial, as cooperativas. Essa é uma necessidade estratégica para manter, melhorar e desenvolver cada vez mais a marca “Unimed”, dando mais estabilidade ao negócio cooperativo, aos cooperados, aos colaboradores, evoluindo assim, constantemente a Rede Unimed. Não é uma alternativa a ser escolhida ou abandonada. É uma necessidade, uma prioridade que os líderes – os presidentes – devem ter presente em suas atitudes como dirigentes das Singulares e das Federações. "O sucesso depende do desempenho individual e coletivo dos médicos cooperados" Sergio dos Santos Lara Assessor de Capacitação Cooperativista da Unimed Consultor em Cooperativismo da Fundação Unimed [email protected] SESCOOP/RS LANÇA FESTIVAL o rio grande canta o cooperativismo Fe st iva l O Rio Grande Canta o Cooperativismo A partir do mês de agosto de 2007, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (SESCOOP/RS) realiza a primeira edição do Festival “O Rio Grande Canta o Cooperativismo”. O objetivo é valorizar e promover o cooperativismo através da cultura musical gaúcha, com a participação de compositores, músicos e intérpretes do Rio Grande do Sul. “É uma oportunidade que os talentos das cooperativas gaúchas têm para expressar a história e o sentimento do cooperativismo contemporâneo”, explica o coordenador técnico da OCERGS, Derli Schmidt. O festival será dividido em três etapas regionais, realizadas nos municípios de Farroupilha (18/08), Santo Ângelo (29/09) INSCRIÇÕES PARTICIPAÇÃO Podem participar do evento compositores de letra ou melodia, nascidos ou domiciliados no Estado e vinculados em uma cooperativa que apresente Certificado de Regularidade junto ao Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS). As inscrições (26 de abril a 5 de julho) devem ser encaminhadas para os seguintes locais: Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore – IGTF (Av. Borges de Medeiros, 1501 – térreo – Centro Administrativo – Porto Alegre/RS – CEP: 90119-900) e Ordem dos Músicos do Brasil - OMB/RS (Rua Vasco Alves, 235 – Porto Alegre/RS – CEP: 90010-410). Cada compositor poderá classificar, no festival, composições de sua autoria ou em parceira com terceiros. Em caso de apresentação em grupo, serão aceitos, no máximo, 10 integrantes. COMPOSIÇÕES Cada participante poderá inscrever, no máximo, cinco composições, próprias ou em co-autoria. As composições devem ser inéditas, sendo automaticamente desclassificada a composição cuja letra, melodia ou ambas, caracterize plágio ou paródia. Cada composição, que não poderá ultrapassar 5 minutos de duração, deve ser gravada em CD. O participante deverá encaminhar uma ficha de inscrição para cada composição inscrita, acompanhada de 7 cópias da letra, sem identificação nominal dos autores, em envelope lacrado, contendo, por fora, apenas o título da composição. SELEÇÃO Encerrado o prazo para inscrições, a Comissão Avaliadora convidada pela Comissão Organizadora do Festival selecionará 10 composições inscritas para cada uma das três etapas regionais, e as vencedoras da etapa final. A Comissão Avaliadora será formada por profissionais de comprovada idoneidade e de grande expressão no cenário da música e da cultura gaúcha. A relação das composições classificadas, ordem e data de apresentação no Festival, será comunicada de forma individual e através dos meios de comunicação. CLASSIFICAÇÃO Serão classificadas 4 composições em cada uma das Etapas Regionais: Festival de Farroupilha, no dia 18 de agosto; Festival Santo Ângelo, no dia 29 de setembro e Festival Pelotas, no dia 20 de outubro de 2007. Ao todo, 12 músicas serão apresentadas na etapa final, em Nova Petrópolis, no dia 23 de novembro. As composições finalistas farão parte do CD e DVD do festival. e Pelotas (20/10), e a etapa final, em Nova Petrópolis, no dia 23 de novembro, em que serão apresentadas as 12 composições finalistas e escolhidas as vencedoras. Do dia 26 de abril a 5 de julho serão aceitas inscrições de obras musicais que retratem a temática do cooperativismo com liberdade na escolha de ritmos e de instrumentos musicais, respeitando as raízes da cultura sul-rio-grandense. Todas as composições finalistas farão parte do CD e do DVD do evento. A seguir, confira as disposições do regulamento do Festival “O Rio Grande Canta o Cooperativismo”, aprovado no dia 8 de março pelo Conselho Administrativo do SESCOOP/RS. PRÊMIOS Os compositores selecionados para as Etapas Regionais receberão, a título de Direitos Autorais e Artísticos, a importância de R$ 1 mil. Já os compositores das 12 músicas classificadas para a Etapa Final receberão R$ 1,5 mil. Além destes valores, “O Rio Grande Canta o Cooperativismo” premiará os vencedores da seguinte forma: 1º lugar: R$ 5 mil e mais Troféu 2º lugar: R$ 4 mil e mais Troféu 3º lugar: R$ 3 mil e mais Troféu Melhor instrumentista: R$ 2 mil e mais Troféu Melhor intérprete: R$ 2 mil e mais Troféu Melhor letra: R$ 2,5 mil e mais Troféu Melhor melodia: R$ 2 mil e mais Troféu Melhor arranjo: R$ 1 mil e mais Troféu Música mais popular: R$ 2 mil e mais Troféu 3 SESCOOP/RS março de 2007 SESCOOP/RS 4 março de 2007 TERMO de cooperação UNISESCOOP/RS REÚNE universidades conveniadas Representantes das universidades que participam do Programa UNISESCOOP/RS estiveram no dia 15 de março, na sede do SESCOOP/RS, para definir questões relacionadas à solicitação de bolsas de estudo para associados e empregados de cooperativas. Eles foram recebidos pelo assessor jurídico do SESCOOP/RS, Juliano Pacheco Machado, e pelo gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos do SESCOOP/RS, José Zigomar Vieira dos Santos. Para o coordenador do Curso de Pós-Graduação em Cooperativismo da URI - Santo Ângelo, Vitor Reisdorfer, o convênio ampliará a área de atividades da universidade no segmento cooperativo. Já o ViceDiretor de Pesquisa e Pós-Graduação da FACCAT – Faculdade de Taquara, Roberto Moraes, ressaltou que o projeto possibilitará a inserção da instituição na região do Vale de Paranhana e da Serra Gaúcha. Participaram também do encontro membros da UNISC (Santa Cruz do Sul), UNIVATES (Lajeado), PORTAL (Passo Fundo), UNIJUI (Ijuí), SETREM (Três de Maio), UPF (Passo Fundo) e I-UMA (Porto Alegre). No dia 30 de março, o presidente da OCERGS, Vergilio Frederico Perius, juntamente com o assessor jurídico, Mário De Conto, entregou para a Procuradoria-Geral do Município de Porto Alegre uma cópia do Termo de Cooperação Técnica firmado com o Estado do Rio Grande do Sul. A procuradora-geral, Mercedes Rodrigues, se comprometeu a tomar as medidas necessárias para a assinatura do documento, que garante a participação das cooperativas de trabalho nas futuras licitações. Na sede do SESCOOP/RS os representantes das Universidades definiram questões relacionadas à solicitação de bolsas orçamento 2007 SOBRE O UNISESCOOP/RS em Cooperativismo, Pós-Graduação em Cooperativismo (Latu Sensu) e Pós-Graduação Stricto Sensu. Poderão candidatar-se as Bolsas, associados e empregados das cooperativas que apresentarem regularidade junto ao Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) e regularidade perante a União Federal (CNDs: FGTS, INSS, SRF e PGFN). O valor das Bolsas de Estudo é de 70% do investimento orçado por aluno e será repassado diretamente às instituições de ensino superior conveniadas. O Conselho de Administração do SESCOOP/RS, em reunião ordinária, aprovou 45 projetos e a reformulação orçamentária 2007 no dia 28 de março. Segundo o superintendente da OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti, os projetos, bem como a reformulação orçamentária, beneficiam as cooperativas gaúchas. “Estamos trabalhando para que todas tenham mais acesso aos projetos do SESCOOP/RS, de forma simples e objetiva”. Durante a reunião ainda foram discutidos assuntos relacionados ao processo seletivo que foi concluído e o que está ocorrendo no SESCOOP/RS. BOLSAS São para Cursos de Extensão, Graduação NÚMEROS Até 100 associados ativos - 1 bolsa; de 101 a 500 associados ativos - 2 bolsas; de 501 a 1000 associados ativos - 3 bolsas; de 1001 a 1500 associados ativos - 5 bolsas; de 1501 associados ativos em diante - 7 bolsas. CONVENIADAS UNISC (Santa Cruz do Sul), UNISINOS (São Leopoldo), UNIVATES (Lajeado), URI (Santo Ângelo), UFPEL (Pelotas), FACCAT (Taquara), PORTAL (Passo Fundo), UNIJUI. coordenador técnico faz No início do mês de março, em viagem a Pelotas, o coordenador técnico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), Derli Schmidt, esteve reunido com representantes da UNIMED, UNICRED, SICREDI e (COSULATI). O objetivo: viabilizar o curso de PósGraduação: MBA em Gestão de Cooperativa, inserido no projeto UNISESCOOP/RS, que prevê bolsas de estudo para associados e empregados de cooperativas. O curso, que inicia no dia 4 de maio, será o primeiro na região Sul do Estado. As ASSEMBLÉIA GERAL: OCERGS convoca cooperativas Dia 26 de abril, a partir das 8 horas, ocorre a Assembléia Geral Ordinária do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), no auditório da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), (Avenida Ipiranga, 5311, em Porto Alegre). Logo depois ocorre a reunião-almoço com o atual coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e professor de Economia Rural da UNESP/Jaboticabal, Roberto Rodrigues. Ele falará sobre os Novos Cenários para o Cooperativismo e para a Agricultura. A primeira Assembléia do ano tem como objetivo a apreciação da Prestação de Contas do Exercício Social de 2006 do Conselho Deliberativo, acompanhada do Parecer do Conselho Fiscal e de Parecer da Auditoria. Na ordem do dia, ainda está a fixação do valor da Cédula de Presença dos membros dos Conselhos da Entidade, a alteração dos critérios para a fixação da Contribuição Assistencial, a autorização da Diretoria Executiva para alienação de um imóvel, o referendo das alterações realizadas pelo Conselho Deliberativo no Regimento Interno da entidade e outros assuntos gerais de interesse de todas as cooperativas associadas. Segundo o presidente da OCERGS, Vergilio Frederico Perius, a Assembléia servirá para mostrar a fase de transição da gestão. Finalmente, depois de “nivelados os campos e preparado o solo”, poderemos ter um projeto de construção mais forte do SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS para o próximo exercício social. REUNIÃO ALMOÇO A reunião-almoço é aberta ao público e tem custo de R$ 20. Haverá estacionamento no local no valor de R$ 5. Mais informações: 3254-5427 ou [email protected]. OCERGS apresenta sugestão à reforma administrativa A diretoria da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) e representantes dos Ramos, acompanhados do deputado Giovani Cherini estiveram reunidos no dia 08 de março, com o Chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia. O presidente da OCERGS, Vergilio Frederico Perius apresentou sugestão à reforma administrativa do governo no que diz respeito ao Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo (GRAC), que anteriormente tinha status de secretaria e, conforme a nova proposta de gestão, será transformado em departamento. “Há um consenso entre os cooperativistas e as lideranças do setor para que o GRAC seja integrado à Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (SEDAI)”, afirmou Perius. O presidente lembrou também do Conselho Estadual de Cooperativismo (CECOOP) que não pode ser extinto. “Precisamos manter o CECOOP junto ao GRAC”.Durante a audiência, Záchia informou que os ajustes apresentados pela OCERGS serão encaminhados para avaliação dos técnicos. Caso contemplados, serão enviados em mensagem retificativa do Projeto de Lei 47/2007, que trata da reforma administrativa do governo do Estado. “Após a análise destas emendas apresentadas pelos deputados, pretende-se enviar as alterações de dispositivos do projeto à Assembléia Legislativa até a próxima semana”, explicou. visitas no ESTADO aulas ocorrerão na Associação Médica de Pelotas, com a participação de professores da FACCAT – Faculdades de Taquara. Ainda foi discutida a participação das entidades na primeira edição do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo. O assunto também foi debate na PUCRS tema de reunião com membros do SICREDI, UNIMED, UNICRED e a COTRISA, nos dias 27 e 28 de março, na Capital das Missões. Pelotas e Santo Ângelo, juntamente com Farroupilha, serão sedes das etapas regionais do projeto cultural do SESCOOP/RS. O presidente da OCERGS-SESCOOP/RS Vergilio Frederico Perius e o assessor jurídico da OCERGS Mário De Conto participaram, no dia 27 de março, de uma mesa redonda do Projeto Tensões Tributárias. O evento é organizado pelo Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Eles discutiram os aspectos tributários do ato cooperativo com professores e alunos do curso de graduação e pós. O Tensões Tributárias é coordenado pelo Professor Paulo Caliendo e ocorre mensalmente, nas terças-feiras. Cada encontro apresenta um tema diferenciado para o debate. TAC No dia 27 de março, representantes da OCERGS e da CORSAN discutiram alternativas para o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2006, entre a companhia de saneamento e o Ministério Público do Trabalho. Com o objetivo de defender as Cooperativas de Trabalho, que a partir do documento ficaram proibidas de participar de procedimentos licitatórios, a OCERGS propôs à CORSAN a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica, pacto cooperativo já mantido com o Estado do Rio Grande do Sul. Os assessores jurídicos da OCERGS e da CORSAN deverão manter contato nos próximos dias para estudar as possibilidades em favor das cooperativas de trabalho. 5 OCERGS março de 2007 crédito 6 março de 2007 SICREDI É REFERÊNCIA no cooperativismo de crédito mundial O Sistema de Crédito Cooperativo (SICREDI) reuniu, no dia 14 de março, em Porto Alegre, os principais nomes do cooperativismo de crédito da atualidade. O evento trouxe pela primeira vez ao Brasil executivos do World Council of Credit Unions (WOCCU), principal entidade em cooperativismo de crédito no mundo. Representantes da África e Oriente Médio, Ásia e Pacífico Sul, Europa, Caribe, América Latina, Canadá e Estados Unidos falaram sobre os grandes números e perspectivas do avanço do cooperativismo de crédito como alternativa econômica da sociedade. “Hoje o Brasil é referência no cooperativismo de crédito. Antes só se ouvia falar no Canadá, Estados Unidos e França”, comentou Pete Crear, presidente do WOCCU. Como grandes promessas para os próximos anos, destaca-se o cooperativismo de crédito na China e no Afeganistão. Reconhecido como um dos mais bem estruturados sistemas de cooperativas de crédito da América Latina, o SICREDI é filiado a WOCCU e possui, em conjunto com a entidade internacional, diversas parcerias estratégicas para desenvolver o crescimento do cooperativismo de crédito no Brasil. “O que o SICREDI fez em 10 anos, nenhum outro sistema fez igual nos 92 países onde o WOCCU atua”, afirmou Gary Plank, presidente do conselho do WOCCU. Já Manuel Rabines, diretor do WOCCU e representante da América Latina no evento, disse que o Brasil é um dos poucos países que consegue equilíbrio econômico e social com o cooperativismo e o SICREDI é um exemplo disso. Na ocasião, o presidente da Confederação SICREDI, Alcenor Pagnussatt, anunciou futuro convênio Mais de 20 executivos do WOCCU estiveram no dia 14 de março no Centro Administrativo SICREDI com a Liga de Cooperativas de Crédito da Flórida, Estados Unidos. A ação busca a cooperação entre as entidades, uma troca de experiências e conhecimentos. “Esta parceria deve ser firmada em novembro quando uma comitiva da Flórida vem ao Brasil para ajustar os termos do convênio”, informou. Números Atualmente, o cooperativismo de crédito no mundo reúne 42 mil cooperativas e 157 milhões de associados. Deste total, o Brasil concentra 1,5 mil cooperativas e 3,2 milhões de associados. Dados Mundo Brasil SICREDI Cooperativas 42 mil 1,5 mil 127 Associados 157 milhões 3,2 milhões 1,1 milhão Pontos de atendimento Não disponível 2,3 mil 987 Ativos R$ 1,9 trilhão (US$ 894 bilhões) R$ 25,8 bilhões (US$ 12,3 bilhões) R$ 6,7 bilhões R$ 191 bilhões (US$ 91 bilhões) R$ 5,5 bilhões (US$ 2,6 bilhões) Patrimônio Líquido US$ 3,2 bilhões) R$ 1,1 bilhão (US$ 534,6 milhões) * Dados de 2006 do Banco Central, WOCCU e SICREDI FARSUL negocia aumento na linha de crédito O Banco do Brasil atendeu à solicitação da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL) e aumentou os recursos para linha de retenção de matrizes e crias de bovinos, bubalinos e ovinos no Estado. A negociação, realizada com o vicepresidente de agronegócios da instituição bancária, Dercy Alcântara, foi considerada fundamental pela Federação. A pecuária, por muito tempo sem financiamentos oficiais e operando com poucos recursos, terá a opor- tunidade de realizar investimentos com juros controlados de 8,75% ao ano. Há dois anos, o limite era R$ 30 mil por produtor. Passou, em 2006, para R$ 60 mil e agora para R$ 140 mil. Além disso, o limite passou de R$ 200 por vaca para R$ 300. A pecuária enfrentou duas secas consecutivas, período em que deixaram de nascer um milhão de terneiros e que o produtor precisou se desfazer de matrizes para fazer caixa e agora, ao invés de descartar, ele vai reter os animais. LINHA DE CRÉDITO O teto da linha de crédito é de R$ 300 mil por beneficiário, sendo até R$ 140 mil com recursos controlados e o restante taxa livre. O limite financiável é até 70% da receita bruta prevista para o empreendimento. Já o prazo é de um ano, assegurada a renovação de 50% do financiamento por mais um ano. Com contratação até 31 de julho de 2007, a retenção de matrizes tem as garantias mínimas estabelecidas pela norma, podendo, se necessário, abranger os animais, objeto do financiamento. Em relação aos bovinos e bubalinos, o valor financiável não pode exceder: R$ 300 por matriz, R$ 150 por novilho com mais de 24 meses, R$ 100 por novilho (a) entre 12 e 24 meses e R$ 50 por terneiros com menos de 12 meses. Quanto aos ovinos está estabelecido R$ 50 por carneiro (reprodutor), R$ 40, por matriz e R$ 30 por capão e borrega. CAIRÚ: 65 ANOS de cooperativismo e união A Cooperativa Agrícola CAIRÚ está completando 65 anos, são muitos os motivos para comemorar. Considerada uma referência de cooperativismo na região, a CAIRÚ se destaca como a melhor e maior empresa no ramo de comércio e a 9º empresa no índice de participação no município, segundo o Balanço Econômico de Garibaldi. Posição que manteve nos últimos três anos. Com uma história marcada pelo trabalho de famílias garibaldenses, a cooperativa desempenha importante papel de responsabilidade social, seja no beneficiamento da produção agrícola ou na diversificação de investimentos realizados em outras áreas. Mas sempre com o principal objetivo de gerar emprego e renda. Na festividade de aniversário, ocorrida no dia 28 de março de 2007, na Associação dos Motoristas de Garibaldi, o presidente da cooperativa, Felipe Corbelini destaca: “No decorrer destes 65 anos, várias gerações de associados transmitiram aos seus descendentes o empreendedorismo, o associativismo e a vontade de progredir”. Reafirmando os motivos do sucesso da cooperativa na cidade. Também se pronunciou o prefeito Antonio Cettolin: “É um orgulho ter uma empresa que visa tanto o futuro como esta em Garibaldi”. O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul, (OCERGS), também estiveram presentes no evento. O vice-presidente da instituição, Irno Augusto Pretto fez a entrega do Troféu Comemorativo OCERGS. Cooperados reunidos nas festividades dos 65 anos lor ao produto, ao mesmo tempo em que facilitavam o beneficiamento da colheita para o uso familiar. A pequena cooperativa cresceu. Hoje, conta com mais de mil associados, que, levando em conta suas famílias, abrangem em torno de cinco mil pessoas. A mudança dos tempos fez com que a CAIRÚ entrasse em novos mercados. Guiada pelo espírito cooperativista, a instituição continua cultivando a semente do progresso. Sempre acompanhando as evoluções da tecnologia, com o objetivo de oferecer produtos e serviços de melhor qualidade para seus clientes. Prova disso é o supermercado que é um dos mais conceituados da região. Além disso, atua na comercialização de produtos agropecuários, com uma filial em Bento Gonçalves. SUPERMERCADO O supermercado representa o maior referencial da cooperativa. Com mais de 35 mil itens oferecidos aos consumidores, ele está entre os 40 maiores supermercados do Rio Grande do Sul. De acordo com o ranking da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), a CAIRÚ também é reconhecida pela competitividade de seus preços. A variedade oferecida é de qualidade, fazendo com que a economia local receba o aporte de recursos de um grande número de pessoas de cidades HISTÓRIA DE REALIZAÇÕES No início da década de 40, no dia 4 de abril de 1942, a CAIRÚ iniciou suas atividades oficialmente, enquanto a cidade de Garibaldi ainda engatinhava no seu processo de urbanização. A economia era baseada na agricultura. Movidos pelo sonho e pela necessidade, 34 agricultores construíram uma cooperativa e assim uma nova vida. Primeiro surgiu o moinho. O trigo, o milho e outros cereais produzidos pelos associados eram levados até o local e transformados em farinha, agregando va- Irno Augusto Pretto entrega Troféu Comemorativo OCERGS ao presidente da CAIRÚ, Felipe Corbelini 7 agropecuário março de 2007 vizinhas. Além dos setores comuns em estabelecimentos similares, como fiambreria, açougue, padaria, hortifruti e materiais de limpeza, conta também com setores de ferragens, pet shop, perfumaria, confecções, eletrodomésticos, louças, bazar, plásticos e congelados. INVESTIMENTOS No dia 30 de novembro de 2006 a CAIRÚ apresentou sua mais nova opção para associados e clientes. Uma farmácia de manipulação foi implantada no supermercado CAIRÚ. Com 2,5 mil itens, que no futuro poderão se tornar 5 mil, se unindo aos 35 mil já disponíveis no supermercado e aos 7 mil na área agropecuária. A idéia de construir a farmácia surgiu em 1982, quando aconteceu a primeira ampliação do supermercado, mas foi sendo adiada devido às constantes necessidades de outros setores da Cooperativa. Com acesso pelo próprio mercado, um trabalho diferenciado de engenharia foi empregado para adequar a obra ao prédio já existente, numa área total de 500 metros quadrados e com um investimento de R$ 800 mil. Alem da manipulação a farmácia oferece serviços como: comercialização de medicamentos, (referência, genéricos e similares), perfumaria, produtos médicos e ortopédicos. O estabelecimento funciona de segunda a sábado, das 8h às 12h e das 14h às 19h. agropecuário 8 março de 2007 COOPERATIVAS RS: 50 anos de história Em comemoração ao cinqüentenário das tritícolas do Estado, “O Interior” apresenta mais uma aniversariante: a COTRIFRED. Assim como ela, outras entidades receberão o Troféu Comemorativo da OCERGS, que tem como objetivo homenagear a trajetória das cooperativas gaúchas. COTRIFRED: crescimento contínuo Leo Ottonelli, há 15 anos no comando Em 1957, treze homens tiveram a coragem e a determinação de implantar a Cooperativa Tritícola Frederico Westphalen Ltda. Passados 50 anos, a COTRIFRED expandiu-se em outros municípios e continua crescendo. “Sempre buscando ajudar no desenvolvimento dos agricultores e do agronegócio de toda a região”, segundo o presidente Leo Ottonelli, há 15 anos no comando da cooperativa. Na bacia leiteira, a cooperativa tem um papel fundamental no crescimento da produção que, atualmente, está em torno de 1,8 milhões de litros/mês. Primeira entidade a investir na atividade, a Tritícola abriu caminho para todas as indústrias e compradoras de leite da região. A COTRIFRED também é responsável pelo aumento de produtividade de grãos, buscando novas variedades, tecnologia e auxiliando o produtor a fazer o plantio na hora certa. Em 1999, a cooperativa reativou a suinocultura na região, promovendo a reabertura do Frigorífico Sadia, fechado há quatro anos. Hoje, sua suinocultura tem capacidade de 2,1 mil suínos, duas granjas próprias para produção de leitões com 750 matrizes alojadas e 11,3 mil suínos nas unidades de terminação. As atividades da empresa envolvem ainda uma fábrica de ração; sementes e insumos; herbicidas e fungicidas; moinho de trigo e milho; farmácia veterinária; rede de supermercados formada com cinco lojas e um departamento técnico que atende gratuitamente seus 3.472 associados, na maioria, micro produtores. A COTRIFRED trabalha junto a Central Gaúcha de Leite Ltda. (CCGL) e ao Sistema de Crédito Cooperativo (SICREDI). sindihospa lança ALIMENTOS cooperativa No dia 20 de março, no teatro do Sesc Campestre em Porto Alegre, ocorreu o lançamento da Alimentos Cooperativa, com a presença de diversas autoridades e representantes de entidades, hospitais, clínicas e cooperativas. O projeto, inédito no Rio Grande do Sul, desenvolvido pelo Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SINDIHOSPA) em parceria com o Sindicato Rural de Porto Alegre, pretende promover um aumento em torno de 30% na qualidade dos produtos e uma redução de custos na ordem de 6%. Segundo a gerente de projetos, Clarice Ficagna, a Alimentos Cooperativa visa o fornecimento de gêneros alimentícios in natura e semi-processados diretamente do produtor rural para, inicialmente, a rede hospitalar da capital gaúcha. Em breve, a cooperativa deverá expandir para outros segmentos de mercado, como escolas, indústrias e hotéis. 15 MIL REFEIÇÕES Na primeira fase, a cooperativa irá atender cinco hospitais, que irão consumir em torno de 60 tipos de hortifrutigranjeiros de 26 produtores rurais de Porto Alegre e municípios vizinhos. A estimativa é que já no primeiro mês a produção seja suficiente para oferecer 15 mil refeições diárias. O início do funcionamento da nova cooperativa ocorre na primeira semana de abril, na sua sede localizada no bairro Navegantes, zona norte da Capital. Os investimentos estão na ordem de R$ 1,1 milhão, enquanto que a perspectiva é de um faturamento em torno de R$ 3 milhões e um atendimento de 100 mil refeições/dia no primeiro ano de funcionamento. A Alimentos Cooperativa con- ta com o apoio da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e de Extensão Rural (EMATER/ RS) e do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS). Cleber Vieira, presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre e da Alimentos Cooperativa; Clarice Ficagna e Paulo Gusmão, presidentes do SINDIHOSPA EXPODIRETO COTRIJAL: o maior palco do agronegócio “O volume de negócios alcançou R$ 145 milhões...” A Expodireto COTRIJAL foi um sucesso. Nem mesmo a estiagem que marcou os dois últimos anos conseguiu ofuscar o brilho da oitava edição da feira, realizada no ano em que a cooperativa atinge meio século de existência. O primeiro dia do evento já mostrou sua grandiosidade. Desde a abertura oficial pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, até a reunião de número mil do Conselho de Administração da cooperativa. Ao final da exposição, a certeza de que a feira ficou para a história. O presidente da COTRIJAL e da Expodireto, Nei César Mânica, divulgou emocionado os números da Expodireto 2007. O volume de negócios alcançou R$ 145 milhões, 190% maior que na edição anterior. O público atendeu as expectativas dos organizadores. Um total de 131,7 mil pessoas visitou o parque nos cinco dias da exposição, 9,02% a mais que no ano passado. A seguir, fatos que marcaram uma das mais importantes feiras de agronegócios do Brasil, realizada entre os dias 12 e 16 de março no Parque de Exposições da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Não-MeToque (COTRIJAL). GOVERNO lança plano estadual de irrigação A Expodireto 2007 também foi palco do lançamento do Plano Estadual de Irrigação do Governo do Estado. A inauguração ocorreu durante a Audiência Pública Conjunta das Comissões de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo; Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle; e Serviços Públicos da Assembléia Legislativa Gaúcha. Para o presidente da Mesa, Frederico Antunes, o ato mostrou que a Casa do Povo guarda tradição às bases e ao setor que faz a vida do Rio Grande do Sul. “A irrigação é também um seguro agrícola porque assegura condições de sucesso e vai ajudar o campo a crescer”, declarou. Em defesa do lançamento do Plano, o secretário extraordinário de Irrigação, Rogério Ortiz, lembrou que o Estado perdeu 2,5 milhões de toneladas anuais de milho, 3,5 milhões de toneladas anuais de soja nos últimos 35 anos, ou 1,1 bilhão de dólares, em média, no período. Segundo ele, os gaúchos deixaram de produzir o equivalente a 1,8 bilhões de dólares anuais em milho e 2,5 bilhões de dólares anuais em soja, se tivessem contado com irrigação em toda área plantada nos últimos 35 anos. Em função disso, nos últimos 10 anos, 500 mil pessoas deixaram de ser acolhidas pelo mercado de trabalho no Rio Grande, o que se refletiu em menos emprego, menos tributos, e menos investimentos na economia como um todo. O lançamento do projeto recebeu o apoio da Agência Nacional das Águas (ANA), através de seu representante, Horácio Figueiredo, e o alerta do presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), Irineu Schneider, que chamou a atenção para os cuidados que se deve ter com o meio ambiente germano RIGOTTO: troféu semente de ouro No dia 15 de março, o exgovernador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto foi homenageado com o Troféu Semente de Ouro, instituído em 2005 pela Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque com o objetivo de distinguir quem contribui para o êxito da feira. A solenidade ocorreu no auditório central da feira. Estavam presentes o prefeito de Não-Me-Toque Armando Carlos Roos, os vereadores de Não-Me-Toque, lideranças li- gadas ao setor do agronegócio, além dos deputados estaduais que durante à tarde haviam participado da sessão plenária da Assembléia Legislativa. Germano Rigotto é a terceira pessoa a receber a premiação. Segundo o vereador José Aloísio de Souza, autor do projeto que instituiu o troféu, Rigotto, enquanto governador, foi um dos grandes apoiadores da feira e defensor do agronegócio. “E mesmo agora, quando não está mais no governo gaúcho, continua dando apoio para o sucesso da Expodireto Cotrijal”. Emocionado, o ex-governador agradeceu a homenagem e destacou que o Rio Grande do Sul viveu três anos de crise profunda, em que o PIB caiu a índices considerados os mais baixos da história, mas conseguiu vencer as dificuldades graças à garra dos produtores: “a Expodireto é um grande exemplo de superação”. Ex-governador Germano Rigotto recebe Troféu Semente de Ouro 9 agropecuário março de 2007 agropecuário 10 março de 2007 EXPODIRETO é sede do poder legislativo do rio grande No dia 15 de março, o projeto Interiorização da Assembléia Legislativa: O Rio Grande Crescendo por Inteiro trouxe pela primeira vez o trabalho dos deputados estaduais para o Parque de Exposições da COTRIJAL. Ao dar as boas vindas ao Parlamento Gaúcho, o presidente Nei César Mânica, agradeceu a presença dos cerca de 40 deputados reunidos e declarou que a região estava vivendo um dia histórico. O prefeito de Não-Me-Toque Armando Roos, também se manifestou: “Este é o momento político mais importante dos quase 53 anos de existência do nosso município”. Na abertura dos trabalhos da 5º Ses são Legislativa, o presidente da Mesa Frederico Antunes, destacou que o ato era um reconhecimento à comunidade de Não-Me-Toque e à COTRIJAL, pela competência e organização na realização da feira. Assembléia Legislativa realizou sua primeira sessão plenária em Não-Me-Toque fundo de recebíveis do AGRONEGÓCIO reúne cooperativas No último ciclo de palestras da Expodireto, as cooperativas dos segmentos de produção agrícola e de eletrificação rural, coordenadas pela OCERGS, deram mais um passo na busca de soluções para contas que ainda estão pendentes junto ao comércio, indústrias, cooperativas e cerealistas, que poderiam ser liquidadas através de um Fundo de Recebíveis do Agronegócio-FRA. Para o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FECOAGRO), Rui Polidoro Pinto, a iniciativa seria uma forma diferente encontrada pelo setor para resolver as pendências. Presente no evento, o deputado Luís Carlos Rainzen lembrou que mais de 50% do custeio das lavouras é financiado diretamente pelas indústrias, cooperativas, cerealistas, postos de gasolina e outros fornecedores. E esses setores não conseguiram acesso a créditos. O Rio grande do Sul, que até há pouco estava fora das negociações, agora está estimulando as revendas de insumos, cerealistas, cooperativas e os próprios produtores a entrarem no processo. O encontro, realizado no âmbito da Expodireto Cotrijal 2007, foi a segunda reunião destinada a agilizar o encaminhamento dessas propostas. Existem R$ 2,2 bilhões à disposição dos interessados numa primeira etapa, estando arroladas as culturas de soja, milho, algodão e arroz, em fase de liberação. O financiamento tem prazo de cinco anos para pagamento com 24 meses de carência. Produtores (10%) cooperativas e indústrias (20%), mais o tesouro nacional (15%) colocarão recursos para constituir um fundo garantidor das operações, o que vai eliminar riscos e possibilitar que os interessados possam acessar o financiamento. A medida provisória - MP, que regulamenta essa operação está em poder da Casa Civil da Presidência da República. 18° FÓRUM nacional da soja No segundo dia da Expodireto COTRIJAL, mais de 300 pessoas participaram do 18º Fórum Nacional da Soja. Dividido em três momentos, o evento discutiu importantes temas de conjuntura do agronegócio. O primeiro painel tratou da tecnologia, custo de produção e renda, trazendo para debate questões relacionadas à mudança da matriz produtiva, biodiesel, easpectos de pesquisa. O segundo, que abordou o mercado, destacou a comercialização da soja e do milho no mercado internacional. Os especialistas Antonio Sartori, da BRASOJA e Fernando Muraro, da AGRORURAL, alertaram que mudanças estruturais do maior produtor e exportador de soja do mundo devem influenciar em toda dinâmica do mercado atual. O painel ainda evidenciou que o mercado mundial do milho ficará tencionado neste ano, com reflexos sobre a soja, devido à provável adoção dos Estados Unidos do etanol de milho como elemento estratégico. No painel final, uma palestra Painel apresentado pelo vice-presidente do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, foi presidido pelo presidente da OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Frederico Perius e mediado pela jornalista Ana Amélia Lemos ministrada pelo vice-presidente da Organização das Cooperativas Brasi leiras (OCB), Luiz Roberto Baggio, destacou a necessidade de o agronegócio se articular junto ao parlamento e ao executivo brasileiros, para ver arroladas suas necessidades não contempladas no Programa de Aceleração Econômica (PAC) do Governo Lula. O fórum foi concluído com a mediação da jornalista Ana Amélia Lemos, que defendeu uma pressão dos produtores rurais sobre a Câmara e o Senado Federal, fazendo valer o voto destinado aos políticos comprometidos com o setor, no sentido de construir um PAC que atenda as reivindicações da agricultura empresarial brasileira. rodadas INTERNACIONAIS movimentam feira A possibilidade de intercâmbio e de introdução do agronegócio gaúcho no mercado exterior refletiu positivamente durante as Rodadas Internacionais de Negócios, realizadas no Pavilhão Internacional na Expodireto nos dias 14 e 15 de março. Os encontros foram organizados pelo Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (SIMERS) em parceria com a Agência de Promoção, Exportações e Investimentos no Brasil (APEX), Sebrae e Governo do Estado. Cerca de 30 empresas vendedoras do Rio Grande do Sul e 15 compradores da Argentina, Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia, Chile e África do Sul consolidaram, durante a feira, uma estimativa de negócios futuros de 1,5 milhões de dólares. Valor avaliado como positivo pelos organizadores do projeto, considerando o período pós-crise, que a agricultura está passando. Segundo o Coordenador Setorial do Sebrae, Tiago Lemos, em torno de 100% dos compradores avaliaram como ótimo e bom o projeto. De acordo com essa manifestação em defesa do milho TRANSGÊNICO No dia 15 de março, uma caravana de agricultores gaúchos aproveitou a presença maciça de produtores e representantes de diversos segmentos do agronegócio brasileiro na Expodireto para realizar uma manifestação pública em defesa da biotecnologia, mais especificamente do milho transgênico, que ainda aguarda liberação comercial no Brasil. O tratoraço percorreu as ruas de Passo Fundo até o local da feira, em NãoMe-Toque. Ao todo foram 70 quilômetros. Os produtores defenderam o direito de escolher pela biotecnologia e pelo milho transgênico, mostrando para a população os benefícios do plantio para o meio-ambiente, para a sociedade e para o produtor. Com o lema “Transgênicos: vivo da terra. Sou a favor”, o movimento foi idealizado pelos produtores do Estado, como o apoio da Associação de Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (APASUL) e da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM). Para o coordenador do evento e porta-voz da APASSUL, Eduardo Loureiro, as sementes transgênicas de milho podem conter diversas características que beneficiam o plantio, entre elas, tolerância e herbicidas (milho HT) e resistência a insetos e pragas (milho BT). Segundo ele, com a utilização dessas sementes, haverá redução do uso de defensivos químicos nas lavouras, e conseqüentemente, maior proteção ao meio ambiente. Além disso, acrescenta, haverá ganhos econômicos com a diminuição de uso de agrotóxicos nas lavouras. “Queremos ter direito a plantar o mesmo milho que nossos concorrentes plantam. Por que o Brasil haveria de ficar para trás nessa tecnologia? Na Argentina, nossos colegas já podem cultivar três tipos diferentes de milho transgênico. Por que vamos nos conformar em não ter esse direito?”, desabafou Loureiro. estimativa, cerca de 15% deles efetivamente vão fazer negócios, sendo que 5% consolidarão até 10 mil dólares, 43% entre 10 a 30 mil dólares e 23% entre 30 e 100 mil dólares numa perspectiva de seis meses. Dentre as empresas vendedoras já inseridas no mercado exterior e que negociaram um valor representativo durante as rodadas, destaca-se a Stara de Não-Me-Toque. A Indústria de Implementos Agrícolas visa fechar negócios num valor de até 100 mil dólares com compradores do Peru. espetáculo mostra importância da ENERGIA Público assistiu peça teatral “Cuidado a energia baixou em mim!” da COPREL Além de fornecer energia ao Parque de Exposições da Expodireto COTRIJAL, a COPREL Cooperativa de Energia fez cinco dias de espetáculo ao público da feira. Quem passou no stand da cooperativa assistiu à peça teatral Cuidado: a energia baixou em mim!”, que contou a descoberta das variadas formas de energia, das mais primitivas até a energia elétrica. O espetáculo mostrou a importância da energia elétrica para o desenvolvimento das comunidades, além de alertar para a prevenção de acidentes e orientar sobre a utilização eficiente da energia elétrica. Ao cooperante foi possível ainda, atualizar cadastro, fazer registros de solicitações de aumento de carga, consultar o consumo de KW/h e o sistema de gerenciamento de distribuição. presidente recebeu medalha O encerramento da primeira sessão de interiorização da Assembléia Legislativa do ano se deu com a entrega da “Medalha do Mérito Farroupilha” ao presidente Nei César Mânica, uma proposição do deputado Jerônimo Goergen, aprovada por toda a Mesa Diretora. De acordo com Goergen, o presidente da COTRIJAL é um líder cooperativista, cuja visão empreendedora e competência, vêm contribuindo para o desenvolvimento da Região do Alto Jacuí e do Rio Grande do Sul. “A feira é o exemplo, é um evento que não discute mais só a produ- ção de alimentos, mas a recuperação do setor via produção de grãos e também de energia renovável. Nada mais justo que esse reconhecimento”, justifica. A Medalha do Mérito Farroupilha é a maior condecoração do Parlamento gaúcho a personalidades e instituições que promovem o desenvolvimento do Estado. Cada deputado pode fazer apenas uma indicação por legislatura, o que significa que em quatro anos, apenas 55 pessoas recebem a homenagem. Grato pela homenagem, o presidente declarou que a COTRIJAL irá investir ainda mais na Expodireto, principalmente Presidente da COTRIJAL, Nei Mânica, recebeu Medalha do Mérito Farroupilha em termos estruturais. “Estamos sempre à disposição para sermos parceiros do Parlamento. Nós fazemos alimento e o Parlamento toma as atitudes e desenvolve as ações para que o Rio Grande registre crescimento econômico”. 11 agropecuário março de 2007 agropecuário 12 março de 2007 conselho deliberativo da OCERGS faz reunião na expodireto Os membros do Conselho Delibe rativo do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) tiveram uma rotina diferente na última reunião, que ocorreu em Não-me-Toque, durante a realização da Expodireto COTRIJAL 2007. Entre os assuntos discutidos, ficou definida a data de 11 de abril para instalar oficialmente a Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo (FRENCOOP-RS). Será feito, na sede da Federasul, em Porto Alegre, um café da manhã com parlamentares e representantes de cooperativas gaúchas. Outro destaque da reunião foi relacionado à ASSEMBLÉIA GERAL da OCERGS, que será realizada no dia 26 de abril numa reunião-almoço com palestra do ex-ministro da Agricultura, ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Roberto Rodrigues. O Conselho também recebeu a visita do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Carlos Machado, que manifestou apoio a OCERGS no que diz respeito à mudança do Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo (GRAC) para a Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (SEDAI). Ainda nessa semana, o presidente da OCERGS Vergilio Frederico Perius, encaminha um documento, assinado pelos Conselho definiu questões importantes para o próximo mês membros do Conselho, para a Governadora Yeda Crusius. No documento consta a sugestão à reforma administrativa do governo. SICREDI supera expectativas na expodireto Mais uma vez o SICREDI manteve o seu foco na EXPODIRETO COTRIJAL 2007, atuando não só com a disponibilidade de financiamentos para todo o tipo de operações, mas também com um serviço de consultoria e assessoria. Segundo o presidente da Central SICREDI/RS, Orlando Borges Muller, a meta foi atender as necessidades dos associados a partir da indicação das melhores opções de negócio com um atendimento personalizado. Devido ao grande número de pessoas que passaram pelo estande do SICREDI, a instituição ampliou suas instalações e aumentou o número de colaboradores que trabalharam nesta edição da feira. “Nosso estande virou um ponto de encontro, associados de diversas regiões do estado e do País nos visitaram”, conta Muller. De acordo com o presidente, os resultados da feira superaram as expectativas graças às perspectivas de uma boa safra. O SICREDI atingiu o montante de R$ 16,7 milhões em financiamentos na feira, superando os 9 milhões do ano anterior. “O trabalho de nossa equipe foi muito importante, pois o investimento do associado tem que ter o retorno desejado”, argumenta. Outra ação diferenciada do SICREDI durante a feira foi a apresentação de seu novo produto, o SICREDI Consórcios. No estande, o público pôde optar pela linha de automóveis e motocicletas com as melhores taxas de mercado. “UNIÃO FAZ A VIDA” Durante a feira, o SICREDI assinou um Termo de Cooperação com a Federação das Prefeituras do Estado do Rio Grande do Sul (FAMURS), com o objetivo de desenvolver ações conjuntas para padronizar as atividades do programa “A União Faz a Vida”, idealizado pelo SICREDI. Presente em 120 municípios gaúchos, o projeto atende 144 mil alunos e envolve 12 mil professores em 1.154 escolas. Com a parceria, o processo de implantação e continuidade do programa nos municípios será facilitado. As instituições manterão um grupo técnico que avaliará e elegerá as ações a serem inseridas no programa de responsabilidade social. DESTAQUES CORREIO DO POVO/SICREDI A feira também foi palco da terceira edição do evento Destaques Correio do Povo/SICREDI. A premiação foi criada para homenagear a participação de todos os agentes que transformaram a Expodireto no segundo maior evento nacional no segmento de tecnologia para o agronegócio, reunindo as maiores empresas de máquinas, tecnologia, implementos, insumos e serviços do Brasil e do exterior. O evento aconteceu no dia 15 de março, no Clube Aquático de Carazinho. Dividida em 14 categorias, a promoção premiou as empresas de melhor desempenho em cada segmento presente na feira, além de personalidades que, através do desempenho de suas atividades, colaboram de forma relevante para o sucesso do agronegócio estadual e nacional. conhecimento TÉCNICO Durante os cinco dias do evento, a Expodireto COTRIJAL proporcionou inúmeras palestras enfocando diferentes assuntos, com o objetivo de ampliar os conhecimentos do produtor. A Casa do Plantio Direto foi palco de muitos destes encontros, onde técnicos tiveram, não só a possibilidade de repassar o que sabem, como também de trocar experiências. Um exemplo foi o caso do professor titular do Departamento de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Maria, Enio Giotto, que enfocou “A Rastreabilidade na Agricultura”, técnica responsável pelo controle do produto, da sua origem até o seu destino. Para o professor, a Expodireto se transformou em um verdadeiro fórum de discussão do agronegócio brasileiro, que abrange desde questões de agricultura até a empresarial. “Aqui existe espaço para todos que querem colaborar para que o agronegócio aumente, para que o país cresça e se desenvolva”, destacou. COTRIJAL DISTRIBUI 100% das sobras aos associados A Cotrijal realizou na manhã de 1º de março uma assembléia histórica. No ano em que completa seu cinqüentenário, a cooperativa comemora com seus associados as conquistas alcançadas distribuindo 100% das sobras líquidas apuradas no último exercício. A sugestão foi levantada durante as reuniões de núcleo realizadas em fevereiro, recebendo todo apoio da diretoria, e aprovada por unanimidade na assembléia geral ordinária. Segundo o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o último exercício - mais curto em função da mudança do ano fiscal da cooperativa aprovada em assembléia extraordinária no final de 2006, passando de 1° de julho a 30 de junho para 1° de janeiro a 31 de dezembro - mesmo com as dificuldades ainda enfrentadas pelo setor agrícola, apresentou bons resultados. As sobras líquidas referentes ao período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2006, colocadas à disposição da assembléia, somaram R$ 555.733,20. O faturamento da cooperativa chegou a R$ 184.482.723,98. Além da definição da destinação das sobras, depois de ouvir os pareceres da Auditoria Independente e do Conselho Fiscal, a assembléia aprovou por unanimidade o relatório do Conselho de Administração, o Balanço Geral e os demais ítens da ordem do dia. Também foram aprovados os nomes sugeridos nos núcleos para formarem a chapa oficial do Conselho de Administração, com mandato de três anos, e a chapa sugestão do Conselho Fiscal, com mandato de um ano. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, foi reeleito para mais um mandato de três anos. E para os demais cargos em vencimento do Conselho de Administração foram aprovados os nomes de Irmfried O. I. H. Schmiedt (conselheiro titular da Região Sede), Sérgio Limberger (conselheiro titular da Região Um), Irani Roveda (conselheiro suplente Região Um), e Ereni Altmann (conselheiro titular da Região Dois). Na vaga de Conselheiro Representante dos Líderes de Núcleo da Região Sede, tomou posse a produtora Iloni Maria de Quadros, eleita durante a última reunião geral da liderança. Para a chapa do Conselho Fiscal foram eleitos para a Região Sede, Ari Carlos Eckstein (titular) e Airton Miguel Nicolao (suplente), Região Um, Luiz Carlos de Bona (titular) e Ricardo César Tomazoni (suplente), e Região Dois, Neri Borghardt (titular) e Claiton Drehmer (suplente). FUTURO Ao fazer um balanço do exercício e analisar a história da cooperativa, o presidente Nei César Mânica ressaltou que a união e a confiança do quadro social têm sido os pilares do sucesso da organização. “Com a participação efetiva e comprometida dos associados - homens, mulheres e jovens -, líderes, conselheiros de administração e fiscais, diretores, colaboradores, clientes e fornecedores, somamos conquistas que nos projetam para uma empresa do futuro, que trabalha a eficiência econômica para atender as necessidades sociais dos cooperados e das comunidades”, afirmou. Assembléia geral realizada no dia 1º de março deu mais um mandato de três anos para o presidente Nei César Mânica Iloni Maria de Quadros é a primeira mulher a integrar o Conselho de Administração MULHER Outro marco importante da assembléia realizada no ano do cinqüentenário da Cotrijal foi a posse de uma mulher no Conselho de Administração. Eleita durante a reunião geral da liderança, realizada em 16 de fevereiro, para representar os líderes pela Região Sede, a produtora Iloni Maria de Quadros, assumiu dia 1° de março, mandato de três anos. Esta não é a primeira vez que Iloni assume o compromisso de representar as mulheres perante a organização. Ela foi uma das primeiras líderes femininas da cooperativa. Apesar de se sentir um pouco constrangida no início, assumiu o desafio de se reunir com um grupo, até então, exclusivamente masculino, para defender os interesses da sua comunidade, Posse São Miguel, e dos agricultores. “Consegui abrir as portas para que já no ano seguinte outras mulheres demonstrassem interesse em também fazer parte da liderança e felizmente hoje nossa representatividade entre os líderes já é significativa”, avalia. Agora no Conselho de Administração da Cotrijal, Iloni pretende trabalhar em prol dos interesses do quadro social, através do fortalecimento da cooperativa. “Sempre fui defensora do sistema cooperativo e vejo com grande satisfação esse espaço que a cooperativa dá para que a mulher possa expor suas idéias e se tornar um ser atuante na organização”, afirma. 13 agropecuário março de 2007 contabilidade 14 março de 2007 GANHO DAS APLICAÇÕES financeiras constitui renda tributável Desde a edição da súmula 262 do STJ, de 24/04/2002, é sabido que o ganho das aplicações financeiras auferido pelas Sociedades Cooperativas constitui renda tributável. O enunciado do STJ estabeleceu a seguinte regra: “Incide o Imposto de Renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas”. Nota-se que a norma estabeleceu a tributação sobre o resultado das aplicações e não das receitas financeiras. A fiscalização da Receita Federal tem interpretado de forma equivocada a súmula do STJ, entendendo que as cooperativas devem submeter à tributação as receitas auferidas, sem considerar as despesas financeiras que corresponde ao custo de captação dos recursos. Neste sentido, o próprio Parecer Normativo CST 4/86, no Item 6.1, estabeleceu: 6.1.1. O resultado positivo das aplicações financeiras deve ser oferecido à tributação englobadamente com os resultados das operações com não associados mediante seu cômputo em separado (item 4 do Parecer Normativo CST nº 73/75), mesmo em caso de eventual apuração de prejuízo contábil no balanço nas operações com associados, uma vez que este deverá ser coberto com recursos do “fundo de reserva” e, se insuficiente este, mediante rateio, entre os associados, na razão direta dos serviços usufruídos ressalvada a opção prevista no parágrafo único do art. 80 da Lei nº 5.764/71. E outro lado, o Conselho de Contribuintes, em Brasília/DF, em 17/08/1999, através do Acórdão 101-92768, definiu o seguinte entendimento sobre esta matéria: Ementa: IRPJ - SOCIEDADES COOPERATIVAS - APLICAÇÕES FINANCEIRAS Ainda que as aplicações financeiras não constituam atos cooperativos, o Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas só pode incidir sobre o resultado positivo (receita menos despesa financeira) vez que os recursos disponíveis aplicados no mercado financeiro pertencem, também, aos cooperados e as despesas financeiras foram suportados pelas atividades desenvolvidas pela sociedade, sem distinção dos atos cooperativos e não cooperativos TRIBUTAÇÃO REFLEXA - A decisão proferida no lançamento principal é aplicável aos lançamentos reflexivos, dada a relação de causa e efeito. TRIBUTAÇÃO REFLEXA - PIS/FATURAMENTO - FINSOCIAL/FATURAMENTO - COFINS - Incabível a exigência de contribuições que incidem sobre o faturamento vez que o lançamento principal versava a tributação de receitas de aplicações financeiras. Negado provimento ao recurso de ofício. Além disso, é importante salientar que o Código Tributário Nacional estabelece que o imposto incide sobre o acréscimo patrimonial do contribuinte e não sobre as receitas auferidas. Outrossim, a tributação do lucro pressupõe o confronto entre as receitas e despesas, regra esta aplicável às sociedades não cooperativas, logo, as cooperativas não podem merecer tratamento discriminatório, sendo a elas assegurado, no mínimo, o mesmo tratamento aplicável às demais sociedades em relação a esta matéria. O enfoque principal que queremos abordar não é a questão da tributação, mas sim a destinação contábil que os ganhos de aplicações financeiras devem merecer. A Lei nº 5.764/71, em seu artigo 87, estabeleceu o seguinte: Art. 87 - Os resultados das operações das cooperativas com não associados, mencionados nos artigos 85 e 86, serão levados à conta do “Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social” e serão contabilizados em separado, de molde a permitir cálculo para incidência de tributos. As aplicações financeiras, apesar de constituírem operações tributáveis, não estão enquadradas no contexto dos artigos 85 e 86 da Lei nº 5.764/71, portanto, não devem ser destinadas ao FATES, como se fosse resultado de operações com terceiros. Em relação à destinação dos rendimentos das aplicações financeiras, a Resolução do Conselho Nacional do Cooperativismo (CNC) nº 29, de 13/02/86, assim estabelece: “Os resultados das aplicações feitas pelas Cooperativas no mercado financeiro serão levados à conta de resultados, ficando a destinação definitiva a critério da Assembléia Geral ou de norma estatutária”. Diante do exposto, não restam dúvidas que os resultados das aplicações financeiras, nas sociedades cooperativas, devem compor o resultado do exercício, sendo destinado aos fundos apenas a parcela prevista no estatuto da cooperativa e o restante será destinado de acordo com a deliberação da Assembléia Geral da sociedade. Dorly Dickel “Os resultados das aplicações feitas pelas Cooperativas no mercado financeiro serão levados à conta de resultados, ficando a destinação definitiva a critério da Assembléia Geral ou de norma estatutária” Dorly Dickel Contador, Administrador de Empresas e Sócio da DICKEL & MAFFI – Auditoria e Consultoria S/S e da DSM Consultores Associados CONTAS DA CERFOX são aprovadas pelos associados A Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural de Fontoura Xavier, CERFOX, realizou a Assembléia Geral Ordinária no dia 30 de março, no CTG Osório de Assis, em Fontoura Xavier. Participaram autoridades, diretoria, conselheiros e associados. O contador geral da Cooperativa, Almir Chitolina Gonçalves, apresentou a prestação de contas do exercício 2006, compreendendo o balanço patrimonial, balanço social, análise econômica e financeira, além de informações estatísticas e a destinação das sobras. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável às contas apresentadas pela Cooperativa. Os números apresentados na prestação de contas foram aprovados pela Assembléia Geral, sendo a sobras destinadas ao fundo de construção de Usinas. Na oportunidade também foi eleito o Conselho fiscal da CERFOX para o exercício de 2007, do qual fazem parte, como titulares, Celso Carlos Cenci, Carlos Godoy da Rosa e Alcides Betti, como suplentes, Antônio Casagrande, Deolindo Floriano Ghellen e Veríssimo Calmo. O presidente Ronald Luiz Stein afirmou que a CERFOX está bem e com as contas em dia. “O que está sendo apresentado a vocês, associados, é a realidade da CERFOX, que é uma cooperativa séria, transparente, honesta e com responsabilidade”. PROJETOS FUTUROS Segundo o Presidente, a Cooperativa possui os recursos para a construção da Usina de Taipinha, que já recebeu a Licença de Instalação da Fepam. Com o retorno de investimento das Usinas Em Assembléia Geral, a Cooperativa enfatiza criação de fundos para construção das Usinas do Fão e Taipinha, a CERFOX obterá rendimentos para a construção, instalação e funcionamento da Usina Perau de Janeiro, localizada em Arvorezinha. As Usinas do Fão, Taipinha e Peru de Janeiro darão mais suporte para a produção de energia da CERFOX, dependendo, cada vez menos, da compra de energia de outras empresas para suprir a demanda dos associados. CERILUZ: nova direção toma posse Grupo de Augusto Pestana lotou ônibus para visitar a usina associados visitam usina da CERILUZ No dia 09 de março, 50 associados da Linha Progresso, do município de Augusto Pestana, visitaram a Usina José Barasuol da Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Ijuí Ltda (CERILUZ). Localizada no Rio Ijuí, a usina é considerada a maior do cooperativismo brasileiro. Com orientação do funcionário Luiz Carlos Mendes, o grupo percorreu as partes operacionais da Usina e acompanhou de perto o funcionamento da hidrelétrica. A seguir, num encontro de confraternização, o presidente da cooperativa, Iloir de Pauli, ressaltou a importância da visita como forma do associado conhecer o processo da geração de energia que chega às propriedades. Além da José Barasuol, a CERILUZ garante a auto-suficiência na geração de energia através da Usina Nilo Bonfanti, situada no Rio Buricá, em Chiapetta. Os interessados em conhecer as duas usinas devem enviar ofício para a cooperativa, informando a data e o objetivo da visita, o número de pessoas e o nome do responsável pelo grupo. O endereço da sede administrativa é Rua do Comércio, 921, em Ijuí/RS. Na sexta-feira dia 30 de março realizou-se a posse da direção, conselheiros administrativos e conselheiros fiscais da Ceriluz, eleitos em Janeiro deste ano. A solenidade ocorreu no salão de atos da cooperativa e contou com a presença de autoridades locais, associados, funcionários e ex-conselheiros, totalizando cerca de 400. O presidente Iloir de Pauli falou sobre as últimas realizações e os planos da cooperativa para o futuro. Ele destacou que a meta será a melhoria na qualidade da energia fornecida, com a instalação de novos alimentadores e redes, inclusive com a alteração das redes monofásicas para trifásicas. A demanda de energia na cooperativa tem mostrado significativo aumento e por isso, o objetivo é expandir as atividades de geração, mantendo a auto-suficiência, ca- racterística atual da cooperativa. Para isso quatro projetos de novas usinas já estão em andamento, aguardando a liberação dos órgãos competentes. “Queremos avançar nestes projetos, concretizando, no mínimo 50% deles, mas a burocracia é bastante grande”, avalia de Pauli. Os conselheiros e diretores que tomaram posse foram eleitos com votação recorde na história da cooperativa. Cerca de 50% do quadro social foi às urnas para elegê-los, registrando um aumento na participação social na ordem de 85%, com relação a votações de anos anteriores. Iloir de Pauli considera que este aumento de participação é o resultado direto do grande investimento que a cooperativa tem realizado em ações voltadas para a melhora da qualidade de vida do associado e de sua família. 15 infra-estrutura março de 2007 enquete 16 março de 2007 FRENCOOPS: você considera importante? A Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo (FRENCOOP/RS) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de natureza política não ideológica e suprapartidária, que tem por objetivo trabalhar em conjunto com a OCERGS, no fomento e promoção do cooperativismo. Veja a opinião de personalidades de diversas áreas do cooperativismo sobre a importância desse órgão, atualmente coordenado pelo deputado Giovani Cherini do PDT. Veja o resultado: É muito importante termos uma representação dentro da Casa do Povo. Acredito que a FRENCOOP/RS atua como um fórum de debate das questões cooperativistas, em especial as do setor habitacional, tão emergente no momento atual. O cooperativismo é o instrumento que dispomos para amenizar o significativo déficit habitacional do Estado. Somente através da organização coletiva conseguiremos facilitar a conquista da casa própria. Vera Lucia Pastro Representante do Departamento de Cooperativismo da SEHADUR A Frente representa um grande momento para o cooperativismo do Rio Grande do Sul e demonstra a nova visão da sociedade em relação ao papel social que as cooperativas cumpriram durante sua história. Contar com o apoio do parlamento gaúcho nos engrandece enquanto sistema e, nos dá a certeza de que unindo forças poderemos construir uma nova sociedade. Um cooperativismo atuante, apoiando e sendo apoiado pelos mais diversos segmentos da sociedade, continuará contribuindo para o engrandecimento do nosso país, marcando sua posição de destaque, que muitas vezes deixou de ser reconhecida. Elemar Battisti Presidente da CRELUZ A FRENCOOP é uma grande estratégia para favorecer o crescimento cooperativo nas esferas federal, estadual e municipal. Diante de uma legislação focada na economia privada, a Frente é imprescindível para a constituição de leis especificas para a economia do cooperativismo. O órgão tem ainda papel fundamental no atual confronto do ramo do Trabalho com a injusta e incompreensível atuação do Ministério Público do Trabalho. Luis Carlos Volcan 2º vice-presidente da OCERGS e associado da CIACOOP A FRENCOOP/RS, com extensão aos municípios, tem fundamental importância para o fortalecimento das cooperativas como instrumento de equilíbrio na relação capital/trabalho e no estabelecimento de políticas públicas mais adequadas pela aproximação com a base produtiva e sua realidade. Carlos Domingos Poletto Presidente da COTRIJUI Considero de suma importância a representação política da FRENCOOP, não só para as cooperativas do ramo de consumo, mas para todos os segmentos do cooperativismo gaúcho. Fui um dos incentivadores da criação da FRENCOOP Municipal em Erechim. Por conhecer a trajetória do deputado Giovani Cherini em defesa às cooperativas do Estado, tenho certeza que o órgão está em boas mãos. Odilo Palmiro Wendisch Presidente da COONSUMO coopsubra quer HABITACIONAL REGISTRO NA OCERGS Representantes da COOPASUBRA discutem registro da cooperativa com membros da OCERGS No dia 22 de março, representantes da Cooperativa Social de Surdos Brasileira (COOPSUBRA) se reuniram com o gerente do Departamento de Recursos Humanos do SESCOOP/RS, José Zigomar dos Santos e com o educador de cooperativismo do SESCOOP/RS, Paulo Viana. O objetivo foi agilizar a constituição do registro da cooperativa na OCERGS. Na ocasião, o presidente da COOPSUBRA, Ivan Rogério Diesel, juntamente com o secretário da cooperativa Ricardo Goes e a psicóloga Andréa Bodrati, apresentou o trabalho desenvolvido pelos 21 associados. O gerente se comprometeu em buscar as condições necessárias para a participação dos associados, através de profissionais especializados na Língua Brasileira de Sinais (Libras), nos eventos realizados pela OCERGS e pelo SESCOOP/RS. A entidade também foi informada sobre o Curso Básico ESTde Cooperativismo, que ocorre nas primeiras segundas-feiras do mês. SIMACOOP participa de congresso nacional de habitação Nos dias 4, 5 e 6 de dezembro de 2006, representantes do Sistema Multiplicador de Cooperativa Habitacional (SIMACOOP), de Novo Hamburgo, participaram do VII Congresso Brasileiro de Cooperativas Habitacionais, II Congresso Luso-Brasileiro de Cooperativas Habitacionais e I Congresso Ibero-Americano de Cooperativas Habitacionais, que ocorreu em Águas Claras, em Brasília – DF. Com o objetivo de trazer mais informações para o ramo habitacional do Estado, a SIMACOOP foi a única cooperativa habitacional do Rio Grande do Sul a participar do evento. O resultado dos três dias do encontro foi a elaboração de uma carta à Presidência da República, ao Ministro das Cidades, a Secretaria Nacional de Habitação, a Frente Parlamentar Cooperativista (FRENCOOP) e às Organizações Comunitárias de Base de todos os Estados. O documento reúne sugestões para uma política de habitação no Brasil, emendas à Constituição Federal e à Lei Ordinária nº 5.764/71 e a criação do Banco Social do Brasil. O congresso ainda elaborou a Carta da Qualidade da Habitação Cooperativa, que deverá ser implementada de forma progressiva e adaptada à dimensão e a realidade de cada cooperativa. A Instrução Normativa Presidente Bortolini representou a nº 44, de 26 de dezembro cooperativa no congresso de 2006, instituiu a Carta de Crédito FGTS n° 518 como legislação atinge três objetivos: complemento à Resolução destinar mais subsídios para a 460, que define as diretrizes modalidade de construção; para a utilização dos recursos beneficiar as populações que do Fundo de Garantia do Tempo residem nas regiões metrode Serviço para famílias de politanas e capitais estaduais, onde há maior concentração do baixa renda. S e g u n d o o G e r e n t e déficit habitacional; e aumentar Regional da Caixa Econômica a exigência de capacidade de Federal, Roberto Zene, a nova pagamento. No dia 27 de março, o ramo habitacional se reuniu na sede da OCERGS para organizar o Cronograma de Cursos e Eventos de 2007. Segundo ao gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos do SESCOOP/ RS, José Zigomar dos Santos, o cronograma, depois de concluído, passará pela apreciação do Conselho Administrativo da entidade. Participaram da reunião as seguintes cooperativas: Cooperativa Habitacional Ibirubá (COHABI), Cooperativa Habitacional do Condomínio Residencial Ltda. (CONDOMFARROUPILHA), Cooperativa Habitacional Alpes do Pinheiro (COOHALPI), Cooperativa Habitacional Geraldo Santana (HAB. G. SANYANA) e Cooperativa de Habitação Centenário Gaúcho, Cooperativa de Produção e Manutenção da Habitação dos Metalúrgicos de Porto Alegre (COOMETAL). Ainda estavam presentes, representantes do Departamento de Cooperativismo da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Estado (SEHADUR), da Se cre taria Municipal de Habitação de Far roupilha, e da Central das Cooperativas Habitacionais de Farroupilha. CONDOMFARROUPILHA No dia 17 de março, o presidente da OCERGS, Vergilio Frederico Perius participou do lançamento da pedra fundamental das obras da Cooperativa Condomínio Residencial Farroupilha (CONDOMFARROUPILHA), realizadas em parceria com a Prefeitura de Farroupilha e a Caixa Econômica Federal. Mais de 300 pessoas prestigiaram o evento. Além dos 260 cooperados, estavam presentes o prefeito e Farroupilha, secretários, representantes da Caixa Econômica Federal e membros de outras cooperativas habitacionais da região. 17 habitação-social março de 2007 perfil 18 março de 2007 EGON ÉDIO HOERLLE: coragem e ousadia para empreender Bacharel em Administração de Empresas, pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), EGON ÉDIO HOERLLE nasceu em Montenegro no dia 03 de julho de 1938. Até os 13 anos morou no distrito de Pareci Novo. Cursou o primário na Escola Municipal da localidade de Matiel e, posteriormente, o Grupo Escolar Felipe Camarão na cidade de São Sebastião do Caí. A partir dos 14 anos freqüentou a Escola de Iniciação Agrícola, logo depois, o Curso de Mestria Agrícola, onde era aluno interno, no Bairro da Agronomia, em Porto Alegre. Ele concluiu o Curso de Mestria Agrícola, que equivalia ao Curso Ginasial. Depois disso foi para a Escola Técnica de Agricultura, no Passo do Vigário, em Viamão. Em 1959, concluiu o Curso de Técnico Agrícola. Naquela época, a diversão preferida de Hoerlle, assim como a maioria dos jovens, era freqüentar cinema, participar de eventos sociais, principalmente bailes, e o esporte que mais praticavam era o futebol de campo. Hoerlle faz questão de destacar a trajetória dos seus dois maiores exemplos: o pai que trabalhou muitos anos como agricultor, depois foi funcionário do Ministério da Agricultura e mais tarde trabalhou como capataz de olaria, em Montenegro. E ainda após a aposentadoria exerceu a profissão de almoxarife em Teutônia. A mãe sempre exerceu, além das atividades domésticas, a profissão de costureira. Aos 21 anos foi morar em Teutônia, onde permanece até hoje. Em 1963, casou-se com Maria Beatris Metzen Hoerlle. Deste casamento, nasceram dois filhos, Shyrlei Beatriz e Leandro André. Os dois estão casados. Maria Beatris e Egon, já têm quatro netos. Seu primeiro emprego foi como professor público do ensino agrícola, cedido à Escola Agrícola de Teutônia, hoje Colégio Teutônia. Em 1997 aposentou-se como professor. Antes disso, ainda em 1971, foi eleito presidente da Cooperativa Regional de Eletrificação Teutônia Ltda. (CERTEL), cargo que exerce até hoje. Além disso, desde 1994, é presidente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do RS (FECOERGS), entidade que congrega 15 cooperativas, com mais de 225 mil sócios. Também é membro efetivo do Conselho Deliberativo da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), como representante do ramo de Infra-Estrutura. Desde 2001 é vice-presidente do Sistema FIERGS/CIERGS no Vale do Taquari. E as ocupações do Hoerlle não param por ai: é também vice-presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Teutônia. Participa da “Orgulha-se por estar cumprindo o 10º mandato na presidência da CERTEL” diretoria da Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari. É membro integrante do Conselho de Administração da Fundação Vale do Taquari de Ensino Superior (FUVATES) e participa também da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Lajeado - ACIL e da Fundação Pró-Rio Taquari. Na cidade onde mora, as oportunidades de lazer não são muitas. Durante a semana, nas horas de folga, sua principal ocupação é a leitura de jornais, revistas, livros, e à noite gosta de assistir televisão, principalmente programas de esporte, lazer e notícias. Nos fins de semana dedica-se à família. Assiste aos jogos de futebol dos clubes locais e participa de eventos sociais na região. Orgulha-se por estar cumprindo o 10º mandato na presidência da CERTEL. Nesse ano ele comemora 36 anos de gestões com pleno sucesso. Sua trajetória foi pautada sempre na conduta ética de um gestor participativo nos negócios da cooperativa, atuando com profissionalismo e visão estratégica. Nunca lhe faltou coragem e ousadia para empreender, pois sob a sua liderança, trabalhando com uma equipe comprometida, conseguiu transformar uma pequena cooperativa, fundada em 1956, com apenas 174 sócios, na maior cooperativa de eletrificação em atividade no país, tendo atualmente mais de 44 mil associados e atuando em 47 municípios dos Vales do Taquari, Caí, Rio Pardo e Paranhana. Para o futuro ele quer cumprir os três anos de mandato que restam na presidência, procurando trabalhar para melhoria da qualidade de vida dos associados, que jamais negaram seu apoio e cooperação. Pretende continuar gerindo a cooperativa com muito profissionalismo e visão de futuro, procurando alcançar os resultados econômicos e sociais planejados, atuando com responsabilidade socioambiental, mantendo-se fiel aos princípios doutrinários do cooperativismo. Para a consolidação econômico-financeira da cooperativa tem como foco principal investir maciçamente em geração de energia elétrica. Como presidente da FECOERGS, ele tem a missão de representar política e institucionalmente os legítimos interesses das filiadas, conduzindo com muito discernimento o processo de segregação jurídica e patrimonial das cooperativas, em atenção à Legislação do Setor Elétrico Brasileiro, para possibilitar a sua consolidação econômico-financeira, sem jamais renunciar às peculiaridades e características jurídicas das cooperativas de eletrificação rural. Como dica de livro, Hoerlle deixa: Como se Tornar um Líder Servidor, de James C. Hunther. OCB ABRE INSCRIÇÕES de trabalhos sobre direito cooperativo “As inscrições para participar do evento podem ser feitas pelo site da Fundação escola Superior de Direito Tributário (FESDT) – www.fesdt.org.br até o dia 15 de maio” Um debate sobre a legislação e regulação econômica cooperativista, o direito e defesa da concorrência e o desenvolvimento socioeconômico do cooperativismo. Esta é a proposta do I Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Direito Cooperativo, que será realizado pelo Sistema OCB entre os dias 21 e 23 de maio, no auditório do hotel Grand Ca’ D’ Oro, no bairro Consolação, em São Paulo (SP). As inscrições para participar do evento podem ser feitas pelo site da Fundação escola Superior de Direito Tributário (FESDT) – www.fesdt.org.br até o dia 15 de maio. Ao clicar no link com o nome do evento, os interessados terão acesso à ficha de inscrição. Após quatro dias do pagamento do boleto bancário, a inscrição poderá ser confirmada pelo mesmo site. No caso de estudantes, após efetivação do pagamento e envio do comprovante de matrícula do curso até o último dia de inscrição, a confirmação poderá ser feita pelo fax (51) 3029.5307. Os valores variam de acordo com a seguinte classificação – “Profissionais” (R$ 85,00); “Cooperados” (R$ 60,00) e “Estudantes de graduação” (R$ 35,00). Os partici- pantes terão direito ao certificado de participação e material de apoio. O encontro vai reunir cerca de 300 participantes durante três dias de reflexões, na capital paulista. A programação contará com três painéis, sendo que um deles será o ciclo de apresentações sobre pesquisas recentes relacionadas ao Direito Cooperativo, indicando abordagens ou hipóteses para futuras investigações científicas. A inscrição desses trabalhos já foi iniciada por meio do portal www.brasilcooperativo.coop.br e ainda no site www.fesdt.org.br, e podem ser feitas até o próximo dia 15 de abril. PROGRAMAÇÃO A premiação aos autores dos trabalhos vencedores do “I Concurso OCB de Monografias em Direito Cooperativo”, cujo tema foi “A Intervenção do Estado no Cooperativismo”, também faz parte da programação. Além disso, serão realizadas aula magna, palestras e lançamentos de livros. Nessa parte, juristas, procuradores, magistrados, autoridades e representantes do cooperativismo brasileiro, entre eles o assessor jurídico da OCERGS, Mário De Conto, além de professores e especialistas, falarão sobre tópicos correlacionados à temática central do Simpósio. Serão abordados temas como “Cooperação e Direito da Concorrência”, “Limites Legais à Cooperação entre Concorrentes”, “Compatibilidade entre Concorrência e Cooperação”, “Legislação Cooperativista”, “Estrutura Cooperativista Brasileira de Infraestrutura” e “Estrutura e Adequação frente aos Conceitos de Concorrência, Eficiência Econômica e padrões de Regulação”. O Simpósio é uma iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com a organização da Fundação Escola Superior de Direito Tributário (FESDT), e o patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de São Paulo (Sescoop/SP). O evento conta com o apoio Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Ambientais e Cooperativos (IBPEAC), Federal Concursos, Editora Mandamentos, Escola Federal de Direito, Academia Paulista de Direito. PRÊMIO cooperativa do ano: inscrições são prorrogadas As inscrições para o maior prêmio do cooperativismo brasileiro foram prorrogadas até o dia 3 de maio. O novo prazo - antes era 5 de abril - atende aos pedidos das unidades estaduais e de cooperativas, que estão em época de comercialização de safra e de assembléias gerais. Com a nova data, as cooperativas terão mais tempo para elaborar seus projetos, concorrentes à premiação. Para estimular e apoiar as cooperativas que ainda não participaram da premiação, o Sistema OCB está distribuindo uma publicação que, além de contar a história das edições de 2004, 2005 e 2006 do Prêmio Cooperativa do Ano, apresenta uma síntese dos projetos vencedores. “A idéia é que este livro seja um guia para facilitar a participação de novas cooperativas no Prêmio”, diz o Superintendente Administrativo, Luís Tadeu Prudente Santos. Poderão participar todas as cooperativas singulares e/ou centrais, sediadas no Brasil e filiadas ao Sistema OCB, que se enquadrem nas categorias descritas no regulamento, disponível no endereço www.brasilcooperativo.coop. br, onde podem ser feitas as inscrições on-line. Esse portal abriga o hotsite do Prêmio, no qual estão todas as informações necessárias à participação das cooperativas, inclusive um roteiro básico para elaboração dos projetos. O Prêmio Cooperativa do Ano 2007 contempla projetos em duas categorias principais: “Atuação no Agronegócio” e 19 social março de 2007 “Ramos do Cooperativismo”. A primeira se subdivide nas categorias específicas “Educação Cooperativista”, “Gestão Profissional”, “Inovação Tecnológica”, “Intercooperação”, “Marketing”, “Meio Ambiente”, “Qualidade e Produtividade” e “Responsabilidade Social”. Já os “Ramos do Cooperativismo” abrangem “Agropecuário”, “Consumo”, “Crédito”, “Infra-estrutura”, “Saúde” e “Transporte”. Iniciativa do Sistema OCB, o Prêmio Cooperativa do Ano tem a parceria da revista Globo Rural, da Editora Globo, que publica todas as experiências vencedoras da premiação. Mais informações na Gerência de Comunicação do Sistema OCB, por meio do telefone 61-3326-1162. transporte-mineração-trabalho 20 março de 2007 cooperativas de transportes internacionais DISCUTEM INTEGRAÇÃO No dia 21 de dezembro de 2006, representantes das Cooperativas de Transportes Internacionais de Uruguaiana reuniram-se, em Brasília, com o Embaixador Afonso José Sena Cardoso, Diretor do Departamento de Integração do Ministério das Relações Exteriores, para tratar de assuntos relacionados ao Transporte Internacional e às áreas de fronteira. O grupo, formado por Abel Paré, presidente da Cooperativa de Transportes Rodoviários Nacionais e Internacionais (COOTRANSUL), Mônica Tomazetti, presidente da Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Pequenos e Microempresários de Cargas Nacionais e Internacionais (COOTRIL) e Orlando Moreira da Silva Neto, vice-presidente da Cooperativa dos Transportadores de Cargas de Uruguaiana (COOTRANSCAU) fez a entrega da Carta de Uruguaiana. Trata-se de um documento elaborado e assinado pela Comissão do Mercosul da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e o relato dos diversos problemas de integração ocorridos no Mercado Comum do Sul, além de questões internas do transporte rodoviário. Durante o encontro, foi traçado um paralelo entre as ações do governo argentino e a postura do governo brasileiro, em relação ao setor de transportes. Além de melhores condições de infra-estrutura viária, os transportadores argentinos ainda gozam de subsídios em pedágios e combustíveis. Em 2006, o setor de transportes, incluindo ônibus de viagens de curta e longa distância, transportadores de carga rodoviário e ferroviário recebeu 2,6 milhões de pesos em incentivos, aproximadamente 2,5% do orçamento argentino. Enquanto que no Brasil, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do diesel (principal insumo ao transporte, cerca de 50% do custo total) aumentou 124,60% no mesmo período, de julho/2001 a agosto/2006. Para os representantes das cooperativas gaúchas, tal reflexão leva a duas certezas: a deteriorização da capacidade competitiva dos transportadores brasileiros, frente aos irmãos argentinos e a negligência do governo brasileiro em relação ao setor de transportes rodoviários, responsável por mais de 61% de tudo o que é movimentado no País. Após ouvir as propostas do grupo, formado também pelo presidente da Câmara Municipal de Uruguaiana, Rogério de Moraes e o presidente da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, Carlos Budel, o embaixador se comprometeu com os devidos encaminhamentos, reafirmando a postura integracionista do governo federal. “A integração deve chegar ao cidadão”, disse Afonso José Sena Cardoso. COREDE-SUL cria comissão regional No dia 13 de março, em Pelotas, o Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Sul (COREDE-SUL) implantou a Comissão Regional de Recursos Minerais. O objetivo é buscar a adequação da política ambiental e tributária, além de divulgar o ramo mineral junto às entidades de ensino e pesquisa, já que muitos municípios da região possuem jazidas que não são exploradas corretamente. Eleita coordenadora da Comissão, a advogada e auditora ambientalista, Carmem Regina Nogueira destaca o Ramo Mineração como mais um componente da matriz produtiva para geração de emprego e renda. Também presente na reunião, o representante do Ramo Mineral, Lélio Luzardi Falcão, considera a iniciativa um grande passo rumo à criação de comissões Membros do COREDE-SUL estiveram reunidos em Pelotas semelhantes nos demais COREDEs do Estado, bem como a organização das entidades que atuam na área. A Comissão Regional de Recursos Minerais conta o apoio da Univer- sidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Prefeituras da região, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). "O objetivo é buscar a adequação da política ambiental e tributária, além de divulgar o ramo mineral..." COOTRAPAF elege nova diretoria No dia 09 de março, os associados da Cooperativa dos Trabalhadores de Passo Fundo Ltda. (COOTRAPAF) reuniram-se em Assembléia para eleger a nova diretoria. Jocenir Borges foi reeleito por unanimidade para os próximos quatro anos. O presidente, a exemplo de suas outras gestões em 1998, 1999 e 2003, pretende mesclar, na direção da COOTRAPAF, associados da parte administrativa e os que atuam nos diversos contratos mantidos pela entidade. “O bem estar dos cooperados, aliado ao crescimento da cooperativa, contribuem para que cada vez mais aumente o número de pessoas que tenham acesso ao trabalho digno”, garante Borges. Na Assembléia foi decidido, também, o rateio das sobras apuradas do exercício de 2006, que deverão estar à disposição dos associados ainda no mês de março. COOPERATIVISMO EM ERVA MATE transforma região de machadinho Em 1994, diante da crise no setor ervateiro local e da dificuldade de comercialização da folha de erva mate, integrantes da Cooperativa Agrícola Mista Ourense Ltda. (CAMOL) fundaram a Associação dos Produtores de Erva Mate de Machadinho (APROMATE). Esse foi o primeiro passo para a transformação do setor ervateiro em vitrine do agronegócio do município, situado na região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Para contornar as dificuldades, APROMATE, com apoio do Departamento Técnico da CAMOL, realizou diagnóstico sobre a produção de mudas e folhas de erva mate que, somado ao quadro de dificuldade do mercado, apontou duas alternativas: abandonar a atividade ervateira por completo ou reestruturar o processo produtivo e promover a industrialização do produto. Escolhida a segunda opção, foi constituído um planejamento que contemplou a ligação entre as partes da cadeia produtiva, juntando num mesmo processo a seleção de matrizes produtoras de semente e o beneficiamento final do produto. A caminhada contou com a participação de produtores de folhas, vi- veiristas, técnicos, pesquisadores, poder público, setor privado, entidades locais e por extensão, toda a comunidade. Segundo Ilvandro Barreto, na época engenheiro agrônomo da CAMOL, o treinamento dos produtores e viveiristas passou a ser constante no processo, através de cursos e eventos técnicos. “Eles conquistaram o maior domínio técnico sobre a área ervateira em toda região”, garante Barreto, hoje chefe do escritório municipal daEMATER/ RS-ASCAR de Caseiros. Com o setor em desenvolvimento, a construção do parque fabril se tornou o principal foco do projeto. Inaugurada em maio de 1997, a partir dos recursos financeiros da CAMOL e a mão de obra dos associados da APROMATE, a Indústria de Mate Cambona absorveu a matéria prima produzida nos seis municípios de abrangência da cooperativa. E em 2000, acrescentou na sua cadeia produtiva a BRASUR, empresa uruguaia responsável pela produção e comércio de erva mate para exportação. Passados 13 anos, a realidade ervateira em Machadinho é outra. O nível tecnológico dos ervais, a qualidade da muda produzida, o poder econômico dos produtores, a divulgação do município e da região como produtora de erva mate, provam que o cooperativismo e o associativismo são capazes de transformar dificuldades em oportunidades significativas. ervateiros, trouxeram resultados extremamente satisfatórios para ervateira da CAMOL. Entre eles, a Progênie Cambona 4, árvore de valor genético com sabor suave, que possibilitou a melhoria avançada dos ervais nos quesito produtividade e sabor de folha. A descoberta ainda não foi para a comercialização. A quantidade de erva ainda é pouca, a ponto de não atingir a produção para atender as demandas mercadológicas. Segundo técnicos agrícolas da CAMOL, projeta-se para maio de 2008 a possibilidade de sua entrada no mercado, pois a quantidade de produção estará de acordo com a necessidade de distribuição. O padrão suave de bebida dispensa a adição de açúcar na erva mate para tirar sua fortidão. O material genético da Cambona 4 também serve para a substituição da erva mate nativa que as empresas gaúchas buscam, muitas vezes no Paraná e Santa Catarina, para no “blend” (mistura de erva mate nativa na erva mate cultivada), suavizar a erva. Oferecer a erva mate cambona 4 pela região de Machadinho possibilitará às empresas gaúchas a substituição da erva mate nativa, que se encontra quase em processo de extinção. A instalação de campos experimentais e de pesquisa foi a grande evolução do setor ervateiro, em especial para os resultados obtidos na produtividade de folha das lavouras ervateiras e a quebra de mitos e tabus existentes numa cultura extrativista como parecia ser a erva mate. A instalação de povoamentos no sistema agroflorestal, erva mate Cambona 4, com cultivos anuais a exemplo de milho, soja e feijão, e no consórcio com outras espécies arbóreas, tornou-se prática comum. Popularmente chamado de SAF CAMBONA 4, o sistema é a maneira predominante de implantação aos novos ervais, possibilitando uma nova alternativa de renda aos produtores como incremento produtivo na unidade de empreendimento familiar. Participaram da iniciativa a Embrapa Florestas, Universidade Regional Integrada URI - Erechim, APROMATE, Departamento Técnico da CAMOL, Secretaria Municipal da Agricultura, EMATER/RS e a Cooperativa Florestal FLORACOOP. PROGÊNIE CAMBONA 4 Os trabalhos técnicos de pesquisa, desde o ano de 1994, aliados ao conhecimento dos próprios produtores Indústria de Mate Cambona que deverá produzir apenas Progenie 4 apartir de 2008 “trabalho para a vida” planeja CRIAÇÃO de novas cooperativas No dia 14 de março, foi apresentado o planejamento 2007 do Projeto “Trabalho para a Vida” na Corregedoria-Geral da Justiça do Rio Grande do Sul. Entre as metas, destaca-se a organização de 20 cooperativas do Ramo Social. Segundo Nilsa Terezinha Capiem de Figueiredo, conselheira do ramo social e produção do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), a iniciativa será divulgada nas 162 comarcas do Estado. A partir do interesse demonstrado pela comunidade e juízes, a Corregedoria- Geral da Justiça avaliará a viabilização do projeto em cada região. Coordenado pelo Juiz-Corregedor Luciano Losekann, o projeto “Trabalho para a Vida” busca a ressocialização de apenados e egressos por meio da inserção no mercado profissional. Já participam da ação as seguintes entidades: Cooperativa Social LABORSUL e Cooperativa Social Maurício Cardoso – Ação e Resgate COOPMAR, ambas de Porto Alegre; Cooperativa Social Mista de Trabalho João-de-Barro (COOTRAJOBA), em Pedro Osório e a Cooperativa Esperança de São Sepé, ainda em fase de constituição. 21 florestal março de 2007 trabalho 22 março de 2007 COOTRAVIPA RESGATA cidadan Limpeza do Arroio Dilúvio em Porto Alegre também fez parte do trabalho "A preocupação com a preservação ambiental está presente em todos os contratos assumidos pela COOTRAVIPA." Transformar pessoas consideradas um peso para a sociedade em agentes colaboradores do progresso social. Com esse ideal, 20 moradores da comunidade da Vila Cruzeiro, na Zona Sul de Porto Alegre, fundaram, em 5 de julho de 1984, a Cooperativa de Trabalho, Produção e Comercialização dos Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre LTDA. (COOTRAVIPA), uma das primeiras cooperativas de trabalho do Brasil. Para a constituição da entidade, cada membro-fundador contribuiu com um salário mínimo da época, obtido a partir da coleta de lixo e papelão. Hoje, com 23 anos de tradição no mercado, a realidade é bem diferente. A COOTRAVIPA oferece mais de 1.800 postos de trabalho formais para a população de baixa renda moradora de vilas e periferias da grande Porto Alegre, da região metropolitana e do interior do Estado. O primeiro passo do profissional ao ingressar na cooperativa é a conscientização de seus direitos e deveres, bem como o comportamento a ser seguido nas frentes de trabalho onde irá atuar. Um curso semanal de Educação Cooperativa garante também a permanente atualização dos associados mais antigos. De acordo com Diego da Silva Fernandes, atual Diretor Secretário e sócio da cooperativa desde 1998, a cooperativa disponibiliza em torno de 20 vagas de trabalho por mês. Cerca de 2 mil cooperados desenvolvem atividades nas áreas de limpeza e conservação predial e urbana, serviços gerais, produção e utilização de embalagens e sacos plásticos. Dentre os principais clientes, destacam-se o Departamento de Esgotos Pluviais de Porto Alegre (DEP), o Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU) e a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS). A preocupação com a preservação ambiental está presente em todos os contratos assumidos pela COOTRAVIPA. Nos que incluem o uso de produtos de limpeza, a cooperativa faz questão de adquirir materiais biodegradáveis e não tóxicos. Por conseqüência, as prestações de serviços, como a limpeza de ruas, praças, parques, praias e postos de saúde, influenciam positivamente o meio ambiente. INCLUSÃO SOCIAL A COOTRAVIPA não faz distinção entre associados. Seu objetivo é mostrar que qualquer indivíduo, independente de suas atitudes passadas, pode reintegrarse socialmente através do trabalho. O quadro social da cooperativa é basicamente composto por pessoas que de outra forma ficariam afastadas do mercado de trabalho, como idosos, aposentados, egressos do sistema penitenciário, albergados, portadores de HIV, deficientes físicos, portadores de doenças neurológicas ou psiquiátricas, ex-alcoólatras e ex-dependentes de drogas. A permanente busca da reintegração social ganhou o reconhecimento dos órgãos públicos. A cooperativa já conquistou os prêmios “Destaque em Prevenção e Assistência à AIDS no Local de Trabalho” (2001) e “Parceiros do Trabalho” (2002), ambos concedidos pela Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul (DRT-RS) e o “Certificado de Responsabilidade Social”, em 2003 e 2004, pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. ia dos moradores QUALIDADE DE VIDA Em busca de novos postos de trabalho, a COOTRAVIPA oferece aos associados melhores condições de trabalho e mais qualidade de vida. Entre os benefícios está o atendimento psicológico, o descanso anual remunerado, seguro de vida, auxílio doença, assistência médica e odontológica, medicina do trabalho. A entidade ainda possui convênios com farmácias e realiza a entrega de uma sacola natalina a cada associado no final do ano. A Segurança do Trabalho também é uma preocupação constante da coope- rativa. Os sócios cooperados recebem instrumentos para diminuir os riscos de acidentes, como luvas, sinalizadores e coletes, além de palestras educativas. Em 2005, em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Rio Grande do Sul (SESCOOP/RS), a COOTRAVIPA iniciou um projeto de esclarecimento e prevenção ao uso das drogas legais e ilegais, denominado “Drogas e seus Efeitos no Trabalho”. A parceria também resultou em cursos de aperfeiçoamento de lideranças cooperativas. APOIO À COMUNIDADE CARENTE Ao oportunizar postos de trabalho, a COOTRAVIPA exerce também influencia na vida dos familiares dos cooperados. Além de incentivar o trabalhador a participar de movimentos organizados, a entidade colabora financeiramente com o Centro Comunitário da Vila Orfanatrófio I, Creche Boa Esperança (sede da cooperativa durante 6 anos) e a construção do prédio comunitário dos Meninos de São José. Através destas ações, a empresa busca garantir a transformação de crianças, jovens e adultos em cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e a sua importância na sociedade. COMPROMISSO COM O FUTURO Após concluir, neste ano, a construção de uma fabrica de vassouras, sacos plásticos e embalagens para utilização na limpeza urbana, a COOTRAVIPA une esforços para o próximo projeto: a criação de uma cooperativa habitacional, com a participação dos sócios na construção de sua moradia. Mantém-se ainda a meta de inser- ção de postos de trabalho através de novos contratos com tomadores de serviços e o fomento de projetos para diversificar as fontes de renda da cooperativa. “Também se busca melhorar a qualificação dos associados através de cursos de cooperação monitorados na própria instituição”, explica o presidente da cooperativa, Jorge Luiz da Rosa. RELACIONAMENTO COM CLIENTES E FORNECEDORES A COOTRAVIPA atende da melhor forma as necessidades de seus clientes, cumprindo de maneira rigorosa as exigências dos contratos firmados e quando possível superando expectativas. Para manter a transparência nas negociações a cooperativa realiza reuniões e avaliações periódicas, colocando-se sempre à disposição para implantação de meios que visam a melhoria para todos. Entre as vantagens oferecidas pela COOTRAVIPA se destacam o preço justo, uma estrutura de segurança e proteção aos associados, transparência nas ne- gociações, cumprimento dos prazos de pagamento, estrutura de atendimento ao cliente (fiscal, tributária e trabalhista), renegociações constantes de acordo com a necessidade do cliente e associados treinados, capacitados e motivados. Quanto aos fornecedores, a entidade preocupa-se, principalmente, com a qualidade dos produtos que serão utilizados pelos associados na prestação de serviços. Para isso, adota os seguintes critérios: origem, qualidade, toxicidade, valor, durabilidade, impacto no meio ambiente, inserção junto a comunidade e credibilidade. 23 trabalho março de 2007 destaque março de 2007 GARI DA COOTRAVIPA mostra sua arte Além de uma fonte de trabalho, Mário Rogério Soares, 31 anos, encontrou na COOTRAVIPA o caminho para a realização de um sonho: se tornar um desenhista profissional. Tudo começou em julho de 2002, quando se associou na cooperativa para contribuir na renda da família. “Se não fossemos nós a cidade estaria imunda. É muito triste ver que as pessoas não colaboram com a limpeza do local onde moram” Após dois meses de atuação na área de Serviços Gerais, Mário optou por trabalhar como gari, atividade que desempenha até hoje. Na rotina de varrer ruas da capital gaúcha, uma característica chamou a atenção dos colegas de profissão. Além dos olhos puxados e cabelos compridos, que lhe renderam apelidos como “Samuray” e “Japa”, o jovem mostrou uma grande vocação para o desenho. “Usava as horas de folga para rabiscar no papel. Uma vez desenhei uma colega descansando no Morro da Glória”, lembra o rapaz. Ao tomar conhecimento dos desenhos, Neuva Bittencourt da Rosa, coordenadora dos contratos internos da COOTRAVIPA, incentivou o talento do associado. Além de ser convidado a confeccionar a contracapa dos balanços sociais da cooperativa, Mário conquistou uma vaga no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. “Como prestamos serviços à Secretária Municipal de Cultura, entrei em contato com professores do atelier. Todos ficaram impressionados com a qualidade dos seus trabalhos”, conta a coordenadora. Já no segundo semestre do curso de desenho, o gari, que até então usava caneta esferográfica e lápis de cor para desenhar, começou a dominar as técnicas de pintura. Com o término do curso profissionalizante, a COOTRAVIPA se comprometeu em buscar novos espaços para a arte de seu cooperado. “Vamos correr atrás de contratos na área, como veículos de comunicação e agências de publicidade e propaganda”, garante Neuva. Enquanto isso, Mário continua se dedicando à limpeza urbana. “Se não fossemos nós a cidade estaria imunda. É muito triste ver que as pessoas não colaboram com a limpeza do local onde moram”, diz o artista consciente. Mário Rogério tem orgulho de sua profissão e de seu talento Primeira publicação: contracapa do balanço social da COOTRAVIPA Faça sua assinatura! É gratuita! www.ocergs.com.br