Edição 03 de 2007 - Sistema OCERGS

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Edição 03 de 2007 - Sistema OCERGS
jornal do COOPERATIVISMO GAÚCHO - ano 34 - número 975 - março de 2007
Assembléia Geral Ordinária
reúne cooperativas
A Assembléia Geral Ordinária do
Sindicato e Organização das Cooperativas
do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS),
será no dia 26 de abril, no auditório da
Associação Médica do Rio Grande do Sul
(AMRIGS), em Porto Alegre. Seguida pela
reunião-almoço com o atual coordenador do
Centro de Agronegócio da FGV, presidente
do Conselho Superior do Agronegócio da
FIESP e professor de Economia Rural da
UNESP/Jaboticabal, Roberto Rodrigues.
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Expodireto é referência
no agronegócio
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O Rio Gra
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o Coop
Entre os dias 12 e 16 de março de 2007
a EXPODIRETO COTRIJAL teve 131,7 mil
visitantes. O volume de negócios da feira
alcançou R$ 145 milhões. A cooperativa de
Não-Me-Toque ficou satisfeita com o resultado 190% maior do que na edição anterior.
Apresentamos fatos que marcaram uma das
mais importantes feiras de agronegócios do
Brasil, provando que mesmo com a estiagem,
os expositores e o público compareceram.
Página 10
apresentação
2
março de 2007
opinião
editorial
Como já é tradição, o mês de março foi
marcado por mais uma edição da EXPODIRETO
COTRIJAL. Mas em 2007, a feira teve um ingrediente especial: a comemoração de meio século de
existência da COTRIJAL Cooperativa Agropecuária
e Industrial. O Interior apresenta os principais
destaques do evento, considerado um dos mais
importantes na área de agronegócio do País. Entre
eles, a realização da primeira sessão plenária da
Assembléia Legislativa na região do Alto Jacuí.
A matéria principal lança o festival: o Rio
Grande Canta o Cooperativismo. O objetivo é
valorizar e promover o cooperativismo através
da cultura musical gaúcha. A primeira edição,
que inicia em agosto, vai reunir compositores,
músicos e intérpretes do Rio Grande do Sul. A
OCERGS também se prepara para a Assembléia
Geral Ordinária 2007, que nesse ano encerra com
uma reunião-almoço. O convidado é Roberto
Rodrigues, que falará sobre os Novos Cenários
para o Cooperativismo e a Agricultura. Confira
detalhes na página cinco.
Ainda em clima de comemorações, o jornal do
cooperativismo gaúcho homenageia o aniversário
de mais duas cooperativas do ramo agropecuário, a COTRIFRED, de Frederico Westphalen e a
Cooperativa Agrícola CAIRÚ, de Garibaldi.
As cooperativas mais novas também têm
seu espaço. A ALIMENTOS Cooperativa foi
lançada no dia 20 de março e irá atender, inicialmente, cinco hospitais. A COOTRAVIPA, criada
em 1984, se destaca pela mudança social que
realiza na vida dos moradores de comunidades
carentes da Capital. Além da história da entidade, o leitor conhecerá o talento do gari Mário
Rogério Soares, que a partir de agora passa a
colaborar com seus desenhos no jornal.
O papel do cooperativismo como agente transformador está presente na atuação da Associação
dos Produtores de Erva Mate de Machadinho
(APROMATE). Os trabalhos técnicos de pesquisa
da entidade, constituída em 1994, tornou o setor
ervateiro do município em vitrine do agronegócio
da região Nordeste do Estado.
expediente
O Interior é uma publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo do Rio Grande Sul - SESCOOP/RS
Rua Vigário José Inácio, 303 – Centro – Porto Alegre/RS
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assessorias de imprensa de cooperativas do Estado
Jornalista responsável: Andrelise Daltoé 9928 DRT/RS
Convênio: SESCOOP/RS e Fundação de Cooperação para o
desenvolvimento Cultural - Funcoop
Impressão: Comercial Gráfico RBS
UMA NECESSIDADE
estratégica
Sergio dos Santos Lara
Quando um médico ou médica cooperada realiza algum tipo de serviço
profissional, eles estão fazendo a sua parte na construção e manutenção do
que é hoje um imenso complexo social e econômico na área de assistência
médica no Brasil. É um trabalho conjunto que se poderia chamar de “negócio
cooperativo Unimed”, composto por milhares de “pontos de atendimento” e
um conjunto de empresas que atuam de forma integrada em todo o território
brasileiro, dando suporte a esses cooperados.
Este “negócio” ou esta empresa tem milhares de donos,
médicos e médicas cooperados do Sistema que são, ao mesmo tempo, proprietários e usuários de todo esse complexo,
de toda essa “rede”, criado e mantido para viabilizar sua
atividade econômica e propiciar – a eles e seus familiares
– uma série de benefícios no plano social.
Cabe, então, a estes cooperados, indistintamente, a
responsabilidade da gestão deste empreendimento cooperativo. Não existem aqui as figuras do patrão e do empregado.
O sucesso depende do desempenho individual e coletivo
dos médicos cooperados.
Como se vê, a Unimed não é apenas uma facilitadora
para o médico exercitar a sua profissão. Ela é um negócio
econômico e social complexo, grande, integrado e forte, que
vem procurando adequar-se à situação geral do país para não
apenas manter o espaço, mas também evoluir constantemente
na área de saúde e em outras de seu interesse.
Dessa forma, e diante da concorrência imposta pelas
empresas privadas que atuam nessa área e, mais recentemente, pela legislação, em especial da ANS, é decisivo que
os médicos cooperados conheçam muito bem a magnitude
do empreendimento de que são co-proprietários. Eles precisam assumir sua responsabilidade desde o atendimento ao
paciente (cliente) até a participação nas grandes decisões
do Sistema Unimed.
A par da capacitação profissional, técnica e humanista,
portanto, é necessário que os médicos cooperados tenham
uma formação empresarial cooperativista, que lhes habilitem
a participar ativamente na co-gestão do seu negócio comum.
A Unimed, planejando, decidindo e controlando.
É muito importante que as Unimeds, junto com o crescimento do número de cooperados, prédios e equipamentos,
invistam também – senão prioritariamente – na formação
e aperfeiçoamento dos cooperados e colaboradores, como
gestores dessa empresa especial, as cooperativas.
Essa é uma necessidade estratégica para manter, melhorar e desenvolver
cada vez mais a marca “Unimed”, dando mais estabilidade ao negócio cooperativo, aos cooperados, aos colaboradores, evoluindo assim, constantemente
a Rede Unimed. Não é uma alternativa a ser escolhida ou abandonada. É uma
necessidade, uma prioridade que os líderes – os presidentes – devem ter presente em suas atitudes como dirigentes das Singulares e das Federações.
"O sucesso
depende do
desempenho
individual
e coletivo
dos médicos
cooperados"
Sergio dos Santos Lara
Assessor de Capacitação Cooperativista da Unimed
Consultor em Cooperativismo da Fundação Unimed
[email protected]
SESCOOP/RS LANÇA FESTIVAL
o rio grande canta o cooperativismo
Fe st iva l
O Rio Grande Canta
o Cooperativismo
A partir do mês de agosto de 2007, o Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
do Estado do Rio Grande do Sul (SESCOOP/RS)
realiza a primeira edição do Festival “O Rio
Grande Canta o Cooperativismo”. O objetivo é
valorizar e promover o cooperativismo através
da cultura musical gaúcha, com a participação
de compositores, músicos e intérpretes do Rio
Grande do Sul. “É uma oportunidade que os
talentos das cooperativas gaúchas têm para
expressar a história e o sentimento do cooperativismo contemporâneo”, explica o coordenador
técnico da OCERGS, Derli Schmidt.
O festival será dividido em três etapas
regionais, realizadas nos municípios de
Farroupilha (18/08), Santo Ângelo (29/09)
INSCRIÇÕES
PARTICIPAÇÃO
Podem participar do evento compositores de letra ou melodia, nascidos ou
domiciliados no Estado e vinculados em
uma cooperativa que apresente Certificado
de Regularidade junto ao Sindicato e
Organização das Cooperativas do Estado
do Rio Grande do Sul (OCERGS).
As inscrições (26 de abril a 5 de julho)
devem ser encaminhadas para os seguintes locais: Instituto Gaúcho de Tradição e
Folclore – IGTF (Av. Borges de Medeiros,
1501 – térreo – Centro Administrativo
– Porto Alegre/RS – CEP: 90119-900) e
Ordem dos Músicos do Brasil - OMB/RS
(Rua Vasco Alves, 235 – Porto Alegre/RS
– CEP: 90010-410).
Cada compositor poderá classificar,
no festival, composições de sua autoria
ou em parceira com terceiros. Em caso
de apresentação em grupo, serão aceitos,
no máximo, 10 integrantes.
COMPOSIÇÕES
Cada participante poderá inscrever,
no máximo, cinco composições, próprias ou em co-autoria. As composições
devem ser inéditas, sendo automaticamente desclassificada a composição
cuja letra, melodia ou ambas, caracterize
plágio ou paródia. Cada composição,
que não poderá ultrapassar 5 minutos de
duração, deve ser gravada em CD.
O participante deverá encaminhar
uma ficha de inscrição para cada
composição inscrita, acompanhada
de 7 cópias da letra, sem identificação
nominal dos autores, em envelope
lacrado, contendo, por fora, apenas o
título da composição.
SELEÇÃO
Encerrado o prazo para inscrições,
a Comissão Avaliadora convidada pela
Comissão Organizadora do Festival
selecionará 10 composições inscritas
para cada uma das três etapas regionais, e as vencedoras da etapa final. A
Comissão Avaliadora será formada por
profissionais de comprovada idoneidade e de grande expressão no cenário da
música e da cultura gaúcha.
A relação das composições classificadas, ordem e data de apresentação no
Festival, será comunicada de forma individual e através dos meios de comunicação.
CLASSIFICAÇÃO
Serão classificadas 4 composições
em cada uma das Etapas Regionais:
Festival de Farroupilha, no dia 18 de
agosto; Festival Santo Ângelo, no dia 29
de setembro e Festival Pelotas, no dia 20
de outubro de 2007.
Ao todo, 12 músicas serão apresentadas
na etapa final, em Nova Petrópolis, no dia
23 de novembro. As composições finalistas
farão parte do CD e DVD do festival.
e Pelotas (20/10), e a etapa final, em Nova
Petrópolis, no dia 23 de novembro, em que
serão apresentadas as 12 composições finalistas e escolhidas as vencedoras.
Do dia 26 de abril a 5 de julho serão aceitas
inscrições de obras musicais que retratem a
temática do cooperativismo com liberdade na
escolha de ritmos e de instrumentos musicais,
respeitando as raízes da cultura sul-rio-grandense. Todas as composições finalistas farão
parte do CD e do DVD do evento.
A seguir, confira as disposições do regulamento do Festival “O Rio Grande Canta
o Cooperativismo”, aprovado no dia 8 de
março pelo Conselho Administrativo do
SESCOOP/RS.
PRÊMIOS
Os compositores selecionados para as Etapas Regionais receberão,
a título de Direitos Autorais e Artísticos, a importância de R$ 1 mil.
Já os compositores das 12 músicas classificadas para a Etapa Final
receberão R$ 1,5 mil.
Além destes valores, “O Rio Grande Canta o Cooperativismo”
premiará os vencedores da seguinte forma:
1º lugar:
R$ 5 mil e mais Troféu
2º lugar:
R$ 4 mil e mais Troféu
3º lugar:
R$ 3 mil e mais Troféu
Melhor instrumentista:
R$ 2 mil e mais Troféu
Melhor intérprete:
R$ 2 mil e mais Troféu
Melhor letra:
R$ 2,5 mil e mais Troféu
Melhor melodia:
R$ 2 mil e mais Troféu
Melhor arranjo:
R$ 1 mil e mais Troféu
Música mais popular:
R$ 2 mil e mais Troféu
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SESCOOP/RS
março de 2007
SESCOOP/RS
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TERMO de
cooperação
UNISESCOOP/RS REÚNE
universidades conveniadas
Representantes das universidades que participam do Programa UNISESCOOP/RS estiveram
no dia 15 de março, na sede do SESCOOP/RS, para definir questões relacionadas à solicitação
de bolsas de estudo para associados e empregados de cooperativas. Eles foram recebidos pelo
assessor jurídico do SESCOOP/RS, Juliano Pacheco Machado, e pelo gerente de Desenvolvimento
de Recursos Humanos do SESCOOP/RS, José Zigomar Vieira dos Santos.
Para o coordenador do Curso de Pós-Graduação em Cooperativismo da URI - Santo Ângelo, Vitor
Reisdorfer, o convênio ampliará a área de atividades da universidade no segmento cooperativo. Já o ViceDiretor de Pesquisa e Pós-Graduação da FACCAT – Faculdade de Taquara, Roberto Moraes, ressaltou
que o projeto possibilitará a inserção da instituição na região do Vale de Paranhana e da Serra Gaúcha.
Participaram também do encontro membros da UNISC (Santa Cruz do Sul), UNIVATES
(Lajeado), PORTAL (Passo Fundo), UNIJUI (Ijuí), SETREM (Três de Maio), UPF (Passo Fundo)
e I-UMA (Porto Alegre).
No dia 30 de março, o presidente da OCERGS,
Vergilio Frederico Perius, juntamente com o assessor jurídico, Mário De Conto, entregou para a
Procuradoria-Geral do Município de Porto Alegre uma
cópia do Termo de Cooperação Técnica firmado com
o Estado do Rio Grande do Sul. A procuradora-geral,
Mercedes Rodrigues, se comprometeu a tomar as
medidas necessárias para a assinatura do documento, que garante a participação das cooperativas de
trabalho nas futuras licitações.
Na sede do SESCOOP/RS os representantes das Universidades definiram questões relacionadas à solicitação de bolsas
orçamento 2007
SOBRE O
UNISESCOOP/RS
em Cooperativismo, Pós-Graduação em
Cooperativismo (Latu Sensu) e Pós-Graduação
Stricto Sensu.
Poderão candidatar-se as Bolsas, associados e empregados das cooperativas que
apresentarem regularidade junto ao Sindicato
e Organização das Cooperativas do Estado do
Rio Grande do Sul (OCERGS) e regularidade
perante a União Federal (CNDs: FGTS, INSS,
SRF e PGFN). O valor das Bolsas de Estudo é
de 70% do investimento orçado por aluno e
será repassado diretamente às instituições de
ensino superior conveniadas.
O Conselho de Administração do SESCOOP/RS, em
reunião ordinária, aprovou 45 projetos e a reformulação
orçamentária 2007 no dia 28 de março. Segundo o
superintendente da OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano
Meneghetti, os projetos, bem como a reformulação orçamentária, beneficiam as cooperativas gaúchas. “Estamos
trabalhando para que todas tenham mais acesso aos
projetos do SESCOOP/RS, de forma simples e objetiva”. Durante a reunião ainda foram discutidos assuntos
relacionados ao processo seletivo que foi concluído e
o que está ocorrendo no SESCOOP/RS.
BOLSAS
São para Cursos de Extensão, Graduação
NÚMEROS
Até 100 associados ativos - 1 bolsa;
de 101 a 500 associados ativos - 2 bolsas;
de 501 a 1000 associados ativos - 3 bolsas;
de 1001 a 1500 associados ativos - 5 bolsas;
de 1501 associados ativos em diante - 7 bolsas.
CONVENIADAS
UNISC (Santa Cruz do Sul), UNISINOS (São
Leopoldo), UNIVATES (Lajeado), URI (Santo
Ângelo), UFPEL (Pelotas), FACCAT (Taquara),
PORTAL (Passo Fundo), UNIJUI.
coordenador técnico faz
No início do mês de março, em viagem a
Pelotas, o coordenador técnico do Sindicato
e Organização das Cooperativas do Estado do
Rio Grande do Sul (OCERGS), Derli Schmidt,
esteve reunido com representantes da UNIMED,
UNICRED, SICREDI e (COSULATI).
O objetivo: viabilizar o curso de PósGraduação: MBA em Gestão de Cooperativa,
inserido no projeto UNISESCOOP/RS, que prevê
bolsas de estudo para associados e empregados
de cooperativas. O curso, que inicia no dia 4 de
maio, será o primeiro na região Sul do Estado. As
ASSEMBLÉIA GERAL:
OCERGS convoca cooperativas
Dia 26 de abril, a partir das 8 horas,
ocorre a Assembléia Geral Ordinária do
Sindicato e Organização das Cooperativas
do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS),
no auditório da Associação Médica do Rio
Grande do Sul (AMRIGS), (Avenida Ipiranga,
5311, em Porto Alegre). Logo depois ocorre
a reunião-almoço com o atual coordenador
do Centro de Agronegócio da FGV, presidente
do Conselho Superior do Agronegócio da
FIESP e professor de Economia Rural da
UNESP/Jaboticabal, Roberto Rodrigues.
Ele falará sobre os Novos Cenários para o
Cooperativismo e para a Agricultura.
A primeira Assembléia do ano tem como
objetivo a apreciação da Prestação de Contas
do Exercício Social de 2006 do Conselho
Deliberativo, acompanhada do Parecer do
Conselho Fiscal e de Parecer da Auditoria.
Na ordem do dia, ainda está a fixação do
valor da Cédula de Presença dos membros
dos Conselhos da Entidade, a alteração
dos critérios para a fixação da Contribuição
Assistencial, a autorização da Diretoria Executiva para alienação de um imóvel, o referendo
das alterações realizadas pelo Conselho
Deliberativo no Regimento Interno da entidade e outros assuntos gerais de interesse
de todas as cooperativas associadas.
Segundo o presidente da OCERGS, Vergilio
Frederico Perius, a Assembléia servirá para mostrar a fase de transição da gestão. Finalmente,
depois de “nivelados os campos e preparado o
solo”, poderemos ter um projeto de construção
mais forte do SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS
para o próximo exercício social.
REUNIÃO
ALMOÇO
A reunião-almoço é aberta ao público e
tem custo de R$ 20. Haverá estacionamento
no local no valor de R$ 5. Mais informações:
3254-5427 ou [email protected].
OCERGS apresenta sugestão
à reforma administrativa
A diretoria da Organização das Cooperativas
do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) e
representantes dos Ramos, acompanhados do
deputado Giovani Cherini estiveram reunidos
no dia 08 de março, com o Chefe da Casa
Civil, Luiz Fernando Záchia. O presidente
da OCERGS, Vergilio Frederico Perius apresentou sugestão à reforma administrativa do
governo no que diz respeito ao Gabinete de
Reforma Agrária e Cooperativismo (GRAC),
que anteriormente tinha status de secretaria e, conforme a nova proposta de gestão,
será transformado em departamento. “Há
um consenso entre os cooperativistas e as
lideranças do setor para que o GRAC seja
integrado à Secretaria de Desenvolvimento
e dos Assuntos Internacionais (SEDAI)”,
afirmou Perius.
O presidente lembrou também do Conselho
Estadual de Cooperativismo (CECOOP) que
não pode ser extinto. “Precisamos manter o
CECOOP junto ao GRAC”.Durante a audiência,
Záchia informou que os ajustes apresentados
pela OCERGS serão encaminhados para
avaliação dos técnicos. Caso contemplados,
serão enviados em mensagem retificativa do
Projeto de Lei 47/2007, que trata da reforma
administrativa do governo do Estado. “Após
a análise destas emendas apresentadas pelos
deputados, pretende-se enviar as alterações
de dispositivos do projeto à Assembléia
Legislativa até a próxima semana”, explicou.
visitas no ESTADO
aulas ocorrerão na Associação Médica de Pelotas,
com a participação de professores da FACCAT
– Faculdades de Taquara.
Ainda foi discutida a participação das entidades na primeira edição do Festival O Rio Grande
Canta o Cooperativismo. O assunto também foi
debate na PUCRS
tema de reunião com membros do SICREDI,
UNIMED, UNICRED e a COTRISA, nos dias 27 e
28 de março, na Capital das Missões.
Pelotas e Santo Ângelo, juntamente com
Farroupilha, serão sedes das etapas regionais do
projeto cultural do SESCOOP/RS.
O presidente da OCERGS-SESCOOP/RS Vergilio
Frederico Perius e o assessor jurídico da OCERGS Mário
De Conto participaram, no dia 27 de março, de uma
mesa redonda do Projeto Tensões Tributárias. O evento
é organizado pelo Departamento de Direito Público da
Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul (PUCRS). Eles discutiram os aspectos tributários do ato cooperativo com professores e
alunos do curso de graduação e pós. O Tensões Tributárias
é coordenado pelo Professor Paulo Caliendo e ocorre
mensalmente, nas terças-feiras. Cada encontro apresenta
um tema diferenciado para o debate.
TAC
No dia 27 de março, representantes da OCERGS
e da CORSAN discutiram alternativas para o Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2006,
entre a companhia de saneamento e o Ministério
Público do Trabalho. Com o objetivo de defender as
Cooperativas de Trabalho, que a partir do documento
ficaram proibidas de participar de procedimentos licitatórios, a OCERGS propôs à CORSAN a assinatura de
um Termo de Cooperação Técnica, pacto cooperativo
já mantido com o Estado do Rio Grande do Sul.
Os assessores jurídicos da OCERGS e da CORSAN
deverão manter contato nos próximos dias para estudar as possibilidades em favor das cooperativas
de trabalho.
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OCERGS
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crédito
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SICREDI É REFERÊNCIA
no cooperativismo de crédito mundial
O Sistema de Crédito Cooperativo
(SICREDI) reuniu, no dia 14 de março,
em Porto Alegre, os principais nomes
do cooperativismo de crédito da atualidade. O evento trouxe pela primeira
vez ao Brasil executivos do World
Council of Credit Unions (WOCCU),
principal entidade em cooperativismo
de crédito no mundo.
Representantes da África e Oriente
Médio, Ásia e Pacífico Sul, Europa,
Caribe, América Latina, Canadá e
Estados Unidos falaram sobre os
grandes números e perspectivas do
avanço do cooperativismo de crédito
como alternativa econômica da sociedade. “Hoje o Brasil é referência
no cooperativismo de crédito. Antes
só se ouvia falar no Canadá, Estados
Unidos e França”, comentou Pete
Crear, presidente do WOCCU. Como
grandes promessas para os próximos
anos, destaca-se o cooperativismo de
crédito na China e no Afeganistão.
Reconhecido como um dos mais
bem estruturados sistemas de cooperativas de crédito da América Latina, o
SICREDI é filiado a WOCCU e possui,
em conjunto com a entidade internacional, diversas parcerias estratégicas
para desenvolver o crescimento do
cooperativismo de crédito no Brasil.
“O que o SICREDI fez em 10 anos,
nenhum outro sistema fez igual nos
92 países onde o WOCCU atua”, afirmou Gary Plank, presidente do conselho do WOCCU. Já Manuel Rabines,
diretor do WOCCU e representante
da América Latina no evento, disse
que o Brasil é um dos poucos países
que consegue equilíbrio econômico
e social com o cooperativismo e o
SICREDI é um exemplo disso.
Na ocasião, o presidente da
Confederação SICREDI, Alcenor
Pagnussatt, anunciou futuro convênio
Mais de 20 executivos do WOCCU estiveram no dia 14 de março no Centro Administrativo SICREDI
com a Liga de Cooperativas de Crédito
da Flórida, Estados Unidos. A ação
busca a cooperação entre as entidades,
uma troca de experiências e conhecimentos. “Esta parceria deve ser firmada
em novembro quando uma comitiva da
Flórida vem ao Brasil para ajustar os
termos do convênio”, informou.
Números
Atualmente, o cooperativismo de
crédito no mundo reúne 42 mil cooperativas e 157 milhões de associados. Deste
total, o Brasil concentra 1,5 mil cooperativas e 3,2 milhões de associados.
Dados
Mundo
Brasil
SICREDI
Cooperativas
42 mil
1,5 mil
127
Associados
157 milhões
3,2 milhões
1,1 milhão
Pontos de atendimento
Não disponível
2,3 mil
987
Ativos
R$ 1,9 trilhão
(US$ 894 bilhões)
R$ 25,8 bilhões
(US$ 12,3 bilhões)
R$ 6,7 bilhões
R$ 191 bilhões
(US$ 91 bilhões)
R$ 5,5 bilhões
(US$ 2,6 bilhões)
Patrimônio Líquido
US$ 3,2 bilhões)
R$ 1,1 bilhão
(US$ 534,6 milhões)
* Dados de 2006 do Banco Central, WOCCU e SICREDI
FARSUL negocia aumento na linha de crédito
O Banco do Brasil atendeu à solicitação da Federação da Agricultura
do Rio Grande do Sul (FARSUL) e
aumentou os recursos para linha de
retenção de matrizes e crias de bovinos, bubalinos e ovinos no Estado.
A negociação, realizada com o vicepresidente de agronegócios da instituição bancária, Dercy Alcântara,
foi considerada fundamental pela
Federação.
A pecuária, por muito tempo sem
financiamentos oficiais e operando
com poucos recursos, terá a opor-
tunidade de realizar investimentos
com juros controlados de 8,75% ao
ano. Há dois anos, o limite era R$ 30
mil por produtor. Passou, em 2006,
para R$ 60 mil e agora para R$ 140
mil. Além disso, o limite passou de
R$ 200 por vaca para R$ 300.
A pecuária enfrentou duas secas consecutivas, período em que
deixaram de nascer um milhão de
terneiros e que o produtor precisou
se desfazer de matrizes para fazer
caixa e agora, ao invés de descartar,
ele vai reter os animais.
LINHA DE CRÉDITO
O teto da linha de crédito é de
R$ 300 mil por beneficiário, sendo até R$ 140 mil com recursos
controlados e o restante taxa livre.
O limite financiável é até 70% da
receita bruta prevista para o empreendimento. Já o prazo é de um ano,
assegurada a renovação de 50% do
financiamento por mais um ano.
Com contratação até 31 de julho
de 2007, a retenção de matrizes tem
as garantias mínimas estabelecidas
pela norma, podendo, se necessário, abranger os animais, objeto do
financiamento.
Em relação aos bovinos e bubalinos, o valor financiável não
pode exceder: R$ 300 por matriz,
R$ 150 por novilho com mais de
24 meses, R$ 100 por novilho (a)
entre 12 e 24 meses e R$ 50 por
terneiros com menos de 12 meses.
Quanto aos ovinos está estabelecido
R$ 50 por carneiro (reprodutor),
R$ 40, por matriz e R$ 30 por capão
e borrega.
CAIRÚ: 65 ANOS
de cooperativismo e união
A Cooperativa Agrícola CAIRÚ está
completando 65 anos, são muitos os
motivos para comemorar. Considerada
uma referência de cooperativismo na
região, a CAIRÚ se destaca como a melhor
e maior empresa no ramo de comércio
e a 9º empresa no índice de participação no município, segundo o Balanço
Econômico de Garibaldi. Posição que
manteve nos últimos três anos. Com uma
história marcada pelo trabalho de famílias
garibaldenses, a cooperativa desempenha
importante papel de responsabilidade
social, seja no beneficiamento da produção agrícola ou na diversificação de
investimentos realizados em outras áreas.
Mas sempre com o principal objetivo de
gerar emprego e renda.
Na festividade de aniversário, ocorrida no dia 28 de março de 2007, na
Associação dos Motoristas de Garibaldi,
o presidente da cooperativa, Felipe
Corbelini destaca: “No decorrer destes
65 anos, várias gerações de associados
transmitiram aos seus descendentes o
empreendedorismo, o associativismo
e a vontade de progredir”. Reafirmando
os motivos do sucesso da cooperativa
na cidade. Também se pronunciou o
prefeito Antonio Cettolin: “É um orgulho
ter uma empresa que visa tanto o futuro
como esta em Garibaldi”. O Sindicato
e Organização das Cooperativas do
Estado do Rio Grande do Sul, (OCERGS),
também estiveram presentes no evento.
O vice-presidente da instituição, Irno
Augusto Pretto fez a entrega do Troféu
Comemorativo OCERGS.
Cooperados reunidos nas festividades dos 65 anos
lor ao produto, ao mesmo tempo em que
facilitavam o beneficiamento da colheita
para o uso familiar.
A pequena cooperativa cresceu.
Hoje, conta com mais de mil associados,
que, levando em conta suas famílias,
abrangem em torno de cinco mil pessoas. A mudança dos tempos fez com que
a CAIRÚ entrasse em novos mercados.
Guiada pelo espírito cooperativista, a
instituição continua cultivando a semente
do progresso. Sempre acompanhando
as evoluções da tecnologia, com o
objetivo de oferecer produtos e serviços
de melhor qualidade para seus clientes.
Prova disso é o supermercado que é
um dos mais conceituados da região.
Além disso, atua na comercialização de
produtos agropecuários, com uma filial
em Bento Gonçalves.
SUPERMERCADO
O supermercado representa o maior
referencial da cooperativa. Com mais de
35 mil itens oferecidos aos consumidores,
ele está entre os 40 maiores supermercados do Rio Grande do Sul. De acordo
com o ranking da Associação Gaúcha de
Supermercados (AGAS), a CAIRÚ também é reconhecida pela competitividade
de seus preços. A variedade oferecida é de
qualidade, fazendo com que a economia
local receba o aporte de recursos de um
grande número de pessoas de cidades
HISTÓRIA DE
REALIZAÇÕES
No início da década de 40, no dia
4 de abril de 1942, a CAIRÚ iniciou
suas atividades oficialmente, enquanto
a cidade de Garibaldi ainda engatinhava
no seu processo de urbanização. A
economia era baseada na agricultura.
Movidos pelo sonho e pela necessidade, 34 agricultores construíram uma
cooperativa e assim uma nova vida.
Primeiro surgiu o moinho. O trigo, o
milho e outros cereais produzidos pelos
associados eram levados até o local e
transformados em farinha, agregando va-
Irno Augusto Pretto entrega Troféu Comemorativo OCERGS ao presidente da CAIRÚ, Felipe Corbelini
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agropecuário
março de 2007
vizinhas. Além dos setores comuns
em estabelecimentos similares, como
fiambreria, açougue, padaria, hortifruti e
materiais de limpeza, conta também com
setores de ferragens, pet shop, perfumaria,
confecções, eletrodomésticos, louças,
bazar, plásticos e congelados.
INVESTIMENTOS
No dia 30 de novembro de 2006
a CAIRÚ apresentou sua mais nova
opção para associados e clientes. Uma
farmácia de manipulação foi implantada
no supermercado CAIRÚ. Com 2,5 mil
itens, que no futuro poderão se tornar 5
mil, se unindo aos 35 mil já disponíveis
no supermercado e aos 7 mil na área
agropecuária.
A idéia de construir a farmácia surgiu
em 1982, quando aconteceu a primeira
ampliação do supermercado, mas foi
sendo adiada devido às constantes necessidades de outros setores da Cooperativa.
Com acesso pelo próprio mercado, um
trabalho diferenciado de engenharia foi
empregado para adequar a obra ao prédio
já existente, numa área total de 500 metros
quadrados e com um investimento de R$
800 mil. Alem da manipulação a farmácia
oferece serviços como: comercialização
de medicamentos, (referência, genéricos
e similares), perfumaria, produtos médicos e ortopédicos. O estabelecimento
funciona de segunda a sábado, das 8h
às 12h e das 14h às 19h.
agropecuário
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março de 2007
COOPERATIVAS RS:
50 anos de história
Em comemoração ao cinqüentenário das tritícolas do Estado,
“O Interior” apresenta mais uma aniversariante: a COTRIFRED.
Assim como ela, outras entidades receberão o Troféu Comemorativo
da OCERGS, que tem como objetivo homenagear a trajetória das
cooperativas gaúchas.
COTRIFRED: crescimento contínuo
Leo Ottonelli, há 15 anos no comando
Em 1957, treze homens tiveram a
coragem e a determinação de implantar a Cooperativa Tritícola Frederico
Westphalen Ltda. Passados 50 anos, a
COTRIFRED expandiu-se em outros municípios e continua crescendo. “Sempre
buscando ajudar no desenvolvimento
dos agricultores e do agronegócio de
toda a região”, segundo o presidente
Leo Ottonelli, há 15 anos no comando
da cooperativa.
Na bacia leiteira, a cooperativa tem
um papel fundamental no crescimento
da produção que, atualmente, está em
torno de 1,8 milhões de litros/mês.
Primeira entidade a investir na atividade, a Tritícola abriu caminho para todas
as indústrias e compradoras de leite da
região. A COTRIFRED também é responsável pelo aumento de produtividade
de grãos, buscando novas variedades,
tecnologia e auxiliando o produtor a
fazer o plantio na hora certa.
Em 1999, a cooperativa reativou a
suinocultura na região, promovendo a
reabertura do Frigorífico Sadia, fechado
há quatro anos. Hoje, sua suinocultura
tem capacidade de 2,1 mil suínos,
duas granjas próprias para produção
de leitões com 750 matrizes alojadas
e 11,3 mil suínos nas unidades de
terminação.
As atividades da empresa envolvem
ainda uma fábrica de ração; sementes
e insumos; herbicidas e fungicidas;
moinho de trigo e milho; farmácia veterinária; rede de supermercados formada
com cinco lojas e um departamento
técnico que atende gratuitamente seus
3.472 associados, na maioria, micro
produtores.
A COTRIFRED trabalha junto a
Central Gaúcha de Leite Ltda. (CCGL)
e ao Sistema de Crédito Cooperativo
(SICREDI).
sindihospa lança ALIMENTOS cooperativa
No dia 20 de março, no teatro do
Sesc Campestre em Porto Alegre,
ocorreu o lançamento da Alimentos
Cooperativa, com a presença de diversas autoridades e representantes
de entidades, hospitais, clínicas
e cooperativas.
O projeto, inédito no Rio Grande do
Sul, desenvolvido pelo Sindicato dos
Hospitais e Clínicas de Porto Alegre
(SINDIHOSPA) em parceria com o
Sindicato Rural de Porto Alegre, pretende
promover um aumento em torno de
30% na qualidade dos produtos e uma
redução de custos na ordem de 6%.
Segundo a gerente de projetos, Clarice
Ficagna, a Alimentos Cooperativa visa o
fornecimento de gêneros alimentícios in
natura e semi-processados diretamente
do produtor rural para, inicialmente, a rede
hospitalar da capital gaúcha. Em breve, a
cooperativa deverá expandir para outros
segmentos de mercado, como escolas,
indústrias e hotéis.
15 MIL
REFEIÇÕES
Na primeira fase, a cooperativa
irá atender cinco hospitais, que irão
consumir em torno de 60 tipos de hortifrutigranjeiros de 26 produtores rurais
de Porto Alegre e municípios vizinhos.
A estimativa é que já no primeiro mês
a produção seja suficiente para oferecer
15 mil refeições diárias.
O início do funcionamento da nova
cooperativa ocorre na primeira semana
de abril, na sua sede localizada no bairro Navegantes, zona norte da Capital.
Os investimentos estão na ordem de
R$ 1,1 milhão, enquanto que a perspectiva é de um faturamento em torno de
R$ 3 milhões e um atendimento de
100 mil refeições/dia no primeiro ano
de funcionamento.
A Alimentos Cooperativa con-
ta com o apoio da Federação da
Agricultura do Rio Grande do Sul
(FARSUL), da Associação Riograndense
de Empreendimentos de Assistência
Técnica e de Extensão Rural (EMATER/
RS) e do Sindicato e Organização das
Cooperativas do Estado do Rio Grande
do Sul (OCERGS).
Cleber Vieira, presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre e da Alimentos Cooperativa;
Clarice Ficagna e Paulo Gusmão, presidentes do SINDIHOSPA
EXPODIRETO COTRIJAL:
o maior palco do agronegócio
“O volume
de negócios
alcançou
R$ 145 milhões...”
A Expodireto COTRIJAL foi um
sucesso. Nem mesmo a estiagem
que marcou os dois últimos anos
conseguiu ofuscar o brilho da oitava
edição da feira, realizada no ano em
que a cooperativa atinge meio século
de existência.
O primeiro dia do evento já
mostrou sua grandiosidade. Desde a
abertura oficial pela governadora do
Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, até
a reunião de número mil do Conselho
de Administração da cooperativa.
Ao final da exposição, a certeza
de que a feira ficou para a história. O presidente da COTRIJAL e
da Expodireto, Nei César Mânica,
divulgou emocionado os números
da Expodireto 2007. O volume de
negócios alcançou R$ 145 milhões,
190% maior que na edição anterior. O
público atendeu as expectativas dos
organizadores. Um total de 131,7 mil
pessoas visitou o parque nos cinco
dias da exposição, 9,02% a mais que
no ano passado.
A seguir, fatos que marcaram
uma das mais importantes feiras de
agronegócios do Brasil, realizada
entre os dias 12 e 16 de março no
Parque de Exposições da Cooperativa
Agropecuária e Industrial de Não-MeToque (COTRIJAL).
GOVERNO lança plano estadual de irrigação
A Expodireto 2007 também
foi palco do lançamento do Plano
Estadual de Irrigação do Governo do
Estado. A inauguração ocorreu durante a Audiência Pública Conjunta
das Comissões de Agricultura,
Pecuária e Cooperativismo; Finanças,
Planejamento, Fiscalização e
Controle; e Serviços Públicos da
Assembléia Legislativa Gaúcha.
Para o presidente da Mesa,
Frederico Antunes, o ato mostrou
que a Casa do Povo guarda tradição às
bases e ao setor que faz a vida do Rio
Grande do Sul. “A irrigação é também
um seguro agrícola porque assegura
condições de sucesso e vai ajudar o
campo a crescer”, declarou.
Em defesa do lançamento do
Plano, o secretário extraordinário
de Irrigação, Rogério Ortiz, lembrou
que o Estado perdeu 2,5 milhões
de toneladas anuais de milho, 3,5
milhões de toneladas anuais de
soja nos últimos 35 anos, ou 1,1
bilhão de dólares, em média, no
período. Segundo ele, os gaúchos
deixaram de produzir o equivalente a
1,8 bilhões de dólares anuais em
milho e 2,5 bilhões de dólares anuais
em soja, se tivessem contado com
irrigação em toda área plantada nos
últimos 35 anos. Em função disso,
nos últimos 10 anos, 500 mil pessoas deixaram de ser acolhidas pelo
mercado de trabalho no Rio Grande,
o que se refletiu em menos emprego,
menos tributos, e menos investimentos na economia como um todo.
O lançamento do projeto recebeu o apoio da Agência Nacional
das Águas (ANA), através de seu
representante, Horácio Figueiredo, e
o alerta do presidente da Fundação
Estadual de Proteção Ambiental
(FEPAM), Irineu Schneider, que chamou a atenção para os cuidados que
se deve ter com o meio ambiente
germano RIGOTTO:
troféu semente de ouro
No dia 15 de março, o exgovernador do Rio Grande do
Sul Germano Rigotto foi homenageado com o Troféu Semente
de Ouro, instituído em 2005
pela Câmara de Vereadores de
Não-Me-Toque com o objetivo
de distinguir quem contribui
para o êxito da feira.
A solenidade ocorreu no
auditório central da feira.
Estavam presentes o prefeito
de Não-Me-Toque Armando
Carlos Roos, os vereadores de
Não-Me-Toque, lideranças li-
gadas ao setor do agronegócio,
além dos deputados estaduais
que durante à tarde haviam
participado da sessão plenária
da Assembléia Legislativa.
Germano Rigotto é a terceira pessoa a receber a premiação. Segundo o vereador
José Aloísio de Souza, autor
do projeto que instituiu o
troféu, Rigotto, enquanto governador, foi um dos grandes
apoiadores da feira e defensor
do agronegócio. “E mesmo
agora, quando não está mais
no governo gaúcho, continua
dando apoio para o sucesso
da Expodireto Cotrijal”.
Emocionado, o ex-governador agradeceu a homenagem e destacou que
o Rio Grande do Sul viveu
três anos de crise profunda,
em que o PIB caiu a índices
considerados os mais baixos
da história, mas conseguiu
vencer as dificuldades graças à garra dos produtores:
“a Expodireto é um grande
exemplo de superação”.
Ex-governador Germano Rigotto recebe Troféu
Semente de Ouro
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março de 2007
agropecuário
10 março de 2007
EXPODIRETO é sede do poder legislativo do rio grande
No dia 15 de março, o projeto Interiorização da Assembléia
Legislativa: O Rio Grande Crescendo
por Inteiro trouxe pela primeira vez
o trabalho dos deputados estaduais
para o Parque de Exposições da
COTRIJAL. Ao dar as boas vindas ao
Parlamento Gaúcho, o presidente Nei
César Mânica, agradeceu a presença
dos cerca de 40 deputados reunidos e declarou que a região estava
vivendo um dia histórico. O prefeito
de Não-Me-Toque Armando Roos,
também se manifestou: “Este é o
momento político mais importante
dos quase 53 anos de existência do
nosso município”.
Na abertura dos trabalhos da 5º
Ses são Legislativa, o presidente da
Mesa Frederico Antunes, destacou
que o ato era um reconhecimento
à comunidade de Não-Me-Toque e
à COTRIJAL, pela competência e
organização na realização da feira.
Assembléia Legislativa realizou sua primeira sessão plenária em Não-Me-Toque
fundo de recebíveis do AGRONEGÓCIO reúne cooperativas
No último ciclo de palestras da Expodireto, as
cooperativas dos segmentos de produção agrícola
e de eletrificação rural, coordenadas pela OCERGS,
deram mais um passo na busca de soluções para
contas que ainda estão pendentes junto ao comércio,
indústrias, cooperativas e cerealistas, que poderiam
ser liquidadas através de um Fundo de Recebíveis do
Agronegócio-FRA.
Para o presidente da Federação das Cooperativas
Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FECOAGRO),
Rui Polidoro Pinto, a iniciativa seria uma forma diferente
encontrada pelo setor para resolver as pendências.
Presente no evento, o deputado Luís Carlos Rainzen
lembrou que mais de 50% do custeio das lavouras é
financiado diretamente pelas indústrias, cooperativas,
cerealistas, postos de gasolina e outros fornecedores. E
esses setores não conseguiram acesso a créditos.
O Rio grande do Sul, que até há pouco estava fora
das negociações, agora está estimulando as revendas
de insumos, cerealistas, cooperativas e os próprios
produtores a entrarem no processo. O encontro,
realizado no âmbito da Expodireto Cotrijal 2007, foi
a segunda reunião destinada a agilizar o encaminhamento dessas propostas.
Existem R$ 2,2 bilhões à disposição dos interessados numa primeira etapa, estando arroladas as
culturas de soja, milho, algodão e arroz, em fase de
liberação. O financiamento tem prazo de cinco anos
para pagamento com 24 meses de carência.
Produtores (10%) cooperativas e indústrias (20%),
mais o tesouro nacional (15%) colocarão recursos para
constituir um fundo garantidor das operações, o que
vai eliminar riscos e possibilitar que os interessados
possam acessar o financiamento. A medida provisória
- MP, que regulamenta essa operação está em poder
da Casa Civil da Presidência da República.
18° FÓRUM nacional da soja
No segundo dia da Expodireto
COTRIJAL, mais de 300 pessoas
participaram do 18º Fórum Nacional
da Soja. Dividido em três momentos,
o evento discutiu importantes temas
de conjuntura do agronegócio.
O primeiro painel tratou da tecnologia, custo de produção e renda,
trazendo para debate questões
relacionadas à mudança da matriz
produtiva, biodiesel, easpectos de
pesquisa. O segundo, que abordou o
mercado, destacou a comercialização da soja e do milho no mercado
internacional.
Os especialistas Antonio
Sartori, da BRASOJA e Fernando
Muraro, da AGRORURAL, alertaram que mudanças estruturais do
maior produtor e exportador de soja
do mundo devem influenciar em
toda dinâmica do mercado atual.
O painel ainda evidenciou que o
mercado mundial do milho ficará
tencionado neste ano, com reflexos
sobre a soja, devido à provável
adoção dos Estados Unidos do
etanol de milho como elemento
estratégico.
No painel final, uma palestra
Painel apresentado pelo vice-presidente do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, foi presidido pelo presidente
da OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Frederico Perius e mediado pela jornalista Ana Amélia Lemos
ministrada pelo vice-presidente
da Organização das Cooperativas
Brasi leiras (OCB), Luiz Roberto
Baggio, destacou a necessidade
de o agronegócio se articular junto
ao parlamento e ao executivo brasileiros, para ver arroladas suas
necessidades não contempladas no
Programa de Aceleração Econômica
(PAC) do Governo Lula.
O fórum foi concluído com a
mediação da jornalista Ana Amélia
Lemos, que defendeu uma pressão dos produtores rurais sobre a
Câmara e o Senado Federal, fazendo
valer o voto destinado aos políticos
comprometidos com o setor, no
sentido de construir um PAC que
atenda as reivindicações da agricultura empresarial brasileira.
rodadas INTERNACIONAIS movimentam feira
A possibilidade de intercâmbio e de introdução
do agronegócio gaúcho no mercado exterior refletiu
positivamente durante as Rodadas Internacionais de
Negócios, realizadas no Pavilhão Internacional na
Expodireto nos dias 14 e 15 de março. Os encontros
foram organizados pelo Sindicato das Indústrias de
Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande
do Sul (SIMERS) em parceria com a Agência de
Promoção, Exportações e Investimentos no Brasil
(APEX), Sebrae e Governo do Estado.
Cerca de 30 empresas vendedoras do Rio Grande
do Sul e 15 compradores da Argentina, Venezuela, Peru,
Bolívia, Colômbia, Chile e África do Sul consolidaram,
durante a feira, uma estimativa de negócios futuros de
1,5 milhões de dólares. Valor avaliado como positivo
pelos organizadores do projeto, considerando o período
pós-crise, que a agricultura está passando.
Segundo o Coordenador Setorial do Sebrae, Tiago
Lemos, em torno de 100% dos compradores avaliaram
como ótimo e bom o projeto. De acordo com essa
manifestação em defesa
do milho TRANSGÊNICO
No dia 15 de março, uma caravana de agricultores gaúchos aproveitou a
presença maciça de produtores e representantes de diversos segmentos do
agronegócio brasileiro na Expodireto para realizar uma manifestação pública
em defesa da biotecnologia, mais especificamente do milho transgênico, que
ainda aguarda liberação comercial no Brasil.
O tratoraço percorreu as ruas de Passo Fundo até o local da feira, em NãoMe-Toque. Ao todo foram 70 quilômetros. Os produtores defenderam o direito
de escolher pela biotecnologia e pelo milho transgênico, mostrando para a
população os benefícios do plantio para o meio-ambiente, para a sociedade e
para o produtor. Com o lema “Transgênicos: vivo da terra. Sou a favor”, o movimento foi idealizado pelos produtores do Estado, como o apoio da Associação
de Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul
(APASUL) e da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM).
Para o coordenador do evento e porta-voz da APASSUL, Eduardo Loureiro,
as sementes transgênicas de milho podem conter diversas características que
beneficiam o plantio, entre elas, tolerância e herbicidas (milho HT) e resistência
a insetos e pragas (milho BT). Segundo ele, com a utilização dessas sementes,
haverá redução do uso de defensivos químicos nas lavouras, e conseqüentemente, maior proteção ao meio ambiente. Além disso, acrescenta, haverá ganhos
econômicos com a diminuição de uso de agrotóxicos nas lavouras.
“Queremos ter direito a plantar o mesmo milho que nossos concorrentes
plantam. Por que o Brasil haveria de ficar para trás nessa tecnologia? Na Argentina,
nossos colegas já podem cultivar três tipos diferentes de milho transgênico. Por
que vamos nos conformar em não ter esse direito?”, desabafou Loureiro.
estimativa, cerca de 15% deles efetivamente vão fazer
negócios, sendo que 5% consolidarão até 10 mil dólares, 43% entre 10 a 30 mil dólares e 23% entre 30 e
100 mil dólares numa perspectiva de seis meses.
Dentre as empresas vendedoras já inseridas no
mercado exterior e que negociaram um valor representativo durante as rodadas, destaca-se a Stara de
Não-Me-Toque. A Indústria de Implementos Agrícolas
visa fechar negócios num valor de até 100 mil dólares
com compradores do Peru.
espetáculo mostra
importância da ENERGIA
Público assistiu peça teatral “Cuidado a energia baixou em mim!” da COPREL
Além de fornecer energia ao Parque de Exposições da Expodireto COTRIJAL, a
COPREL Cooperativa de Energia fez cinco dias de espetáculo ao público da feira.
Quem passou no stand da cooperativa assistiu à peça teatral Cuidado: a energia baixou em mim!”, que contou a descoberta das variadas formas de energia, das mais
primitivas até a energia elétrica. O espetáculo mostrou a importância da energia
elétrica para o desenvolvimento das comunidades, além de alertar para a prevenção
de acidentes e orientar sobre a utilização eficiente da energia elétrica.
Ao cooperante foi possível ainda, atualizar cadastro, fazer registros de solicitações de aumento de carga, consultar o consumo de KW/h e o sistema de
gerenciamento de distribuição.
presidente recebeu medalha
O encerramento da primeira sessão de interiorização da Assembléia
Legislativa do ano se deu com a
entrega da “Medalha do Mérito
Farroupilha” ao presidente Nei César
Mânica, uma proposição do deputado
Jerônimo Goergen, aprovada por toda
a Mesa Diretora.
De acordo com Goergen, o presidente
da COTRIJAL é um líder cooperativista,
cuja visão empreendedora e competência, vêm contribuindo para o desenvolvimento da Região do Alto Jacuí e do Rio
Grande do Sul. “A feira é o exemplo, é um
evento que não discute mais só a produ-
ção de alimentos, mas a recuperação do
setor via produção de grãos e também de
energia renovável. Nada mais justo que
esse reconhecimento”, justifica.
A Medalha do Mérito Farroupilha é a
maior condecoração do Parlamento gaúcho a personalidades e instituições que
promovem o desenvolvimento do Estado.
Cada deputado pode fazer apenas uma
indicação por legislatura, o que significa
que em quatro anos, apenas 55 pessoas
recebem a homenagem.
Grato pela homenagem, o presidente
declarou que a COTRIJAL irá investir
ainda mais na Expodireto, principalmente
Presidente da COTRIJAL, Nei Mânica, recebeu Medalha do Mérito Farroupilha
em termos estruturais. “Estamos sempre
à disposição para sermos parceiros do
Parlamento. Nós fazemos alimento e o
Parlamento toma as atitudes e desenvolve
as ações para que o Rio Grande registre
crescimento econômico”.
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agropecuário
março de 2007
agropecuário
12 março de 2007
conselho deliberativo da OCERGS faz reunião na expodireto
Os membros do Conselho Delibe rativo do Sindicato e Organização
das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) tiveram uma
rotina diferente na última reunião, que ocorreu em Não-me-Toque, durante
a realização da Expodireto COTRIJAL 2007. Entre os assuntos discutidos,
ficou definida a data de 11 de abril para instalar oficialmente a Frente
Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo (FRENCOOP-RS). Será feito, na
sede da Federasul, em Porto Alegre, um café da manhã com parlamentares
e representantes de cooperativas gaúchas.
Outro destaque da reunião foi relacionado à ASSEMBLÉIA GERAL da
OCERGS, que será realizada no dia 26 de abril numa reunião-almoço com
palestra do ex-ministro da Agricultura, ex-presidente da Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), Roberto Rodrigues.
O Conselho também recebeu a visita do secretário estadual da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, João Carlos Machado, que manifestou apoio a
OCERGS no que diz respeito à mudança do Gabinete de Reforma Agrária
e Cooperativismo (GRAC) para a Secretaria de Desenvolvimento e dos
Assuntos Internacionais (SEDAI). Ainda nessa semana, o presidente da
OCERGS Vergilio Frederico Perius, encaminha um documento, assinado pelos
Conselho definiu questões importantes para o próximo mês
membros do Conselho, para a Governadora Yeda Crusius. No documento
consta a sugestão à reforma administrativa do governo.
SICREDI supera expectativas na expodireto
Mais uma vez o SICREDI manteve o seu foco na
EXPODIRETO COTRIJAL 2007, atuando não só com
a disponibilidade de financiamentos para todo o
tipo de operações, mas também com um serviço de
consultoria e assessoria. Segundo o presidente da
Central SICREDI/RS, Orlando Borges Muller, a meta
foi atender as necessidades dos associados a partir
da indicação das melhores opções de negócio com
um atendimento personalizado.
Devido ao grande número de pessoas que passaram
pelo estande do SICREDI, a instituição ampliou suas
instalações e aumentou o número de colaboradores que
trabalharam nesta edição da feira. “Nosso estande virou
um ponto de encontro, associados de diversas regiões
do estado e do País nos visitaram”, conta Muller.
De acordo com o presidente, os resultados da feira
superaram as expectativas graças às perspectivas de
uma boa safra. O SICREDI atingiu o montante de R$ 16,7
milhões em financiamentos na feira, superando os 9
milhões do ano anterior. “O trabalho de nossa equipe foi
muito importante, pois o investimento do associado tem
que ter o retorno desejado”, argumenta.
Outra ação diferenciada do SICREDI durante a feira
foi a apresentação de seu novo produto, o SICREDI
Consórcios. No estande, o público pôde optar pela
linha de automóveis e motocicletas com as melhores
taxas de mercado.
“UNIÃO FAZ A VIDA”
Durante a feira, o SICREDI assinou um Termo
de Cooperação com a Federação das Prefeituras
do Estado do Rio Grande do Sul (FAMURS), com o
objetivo de desenvolver ações conjuntas para padronizar as atividades do programa “A União Faz a Vida”,
idealizado pelo SICREDI. Presente em 120 municípios
gaúchos, o projeto atende 144 mil alunos e envolve
12 mil professores em 1.154 escolas.
Com a parceria, o processo de implantação e
continuidade do programa nos municípios será facilitado. As instituições manterão um grupo técnico
que avaliará e elegerá as ações a serem inseridas no
programa de responsabilidade social.
DESTAQUES CORREIO
DO POVO/SICREDI
A feira também foi palco da terceira edição
do evento Destaques Correio do Povo/SICREDI.
A premiação foi criada para homenagear a participação de todos os agentes que transformaram
a Expodireto no segundo maior evento nacional
no segmento de tecnologia para o agronegócio,
reunindo as maiores empresas de máquinas,
tecnologia, implementos, insumos e serviços do
Brasil e do exterior.
O evento aconteceu no dia 15 de março, no
Clube Aquático de Carazinho. Dividida em 14
categorias, a promoção premiou as empresas de
melhor desempenho em cada segmento presente
na feira, além de personalidades que, através do
desempenho de suas atividades, colaboram de
forma relevante para o sucesso do agronegócio
estadual e nacional.
conhecimento TÉCNICO
Durante os cinco dias do evento, a Expodireto COTRIJAL proporcionou
inúmeras palestras enfocando diferentes assuntos, com o objetivo de ampliar os conhecimentos do produtor. A Casa do Plantio Direto foi palco de
muitos destes encontros, onde técnicos tiveram, não só a possibilidade
de repassar o que sabem, como também de trocar experiências.
Um exemplo foi o caso do professor titular do Departamento de
Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Maria, Enio Giotto,
que enfocou “A Rastreabilidade na Agricultura”, técnica responsável pelo
controle do produto, da sua origem até o seu destino.
Para o professor, a Expodireto se transformou em um verdadeiro fórum
de discussão do agronegócio brasileiro, que abrange desde questões de
agricultura até a empresarial. “Aqui existe espaço para todos que querem
colaborar para que o agronegócio aumente, para que o país cresça e se
desenvolva”, destacou.
COTRIJAL DISTRIBUI 100%
das sobras aos associados
A Cotrijal realizou na manhã de
1º de março uma assembléia histórica. No ano em que completa
seu cinqüentenário, a cooperativa
comemora com seus associados as
conquistas alcançadas distribuindo
100% das sobras líquidas apuradas
no último exercício. A sugestão
foi levantada durante as reuniões
de núcleo realizadas em fevereiro,
recebendo todo apoio da diretoria,
e aprovada por unanimidade na assembléia geral ordinária.
Segundo o presidente da Cotrijal,
Nei César Mânica, o último exercício
- mais curto em função da mudança
do ano fiscal da cooperativa aprovada
em assembléia extraordinária no final
de 2006, passando de 1° de julho a
30 de junho para 1° de janeiro a 31 de
dezembro - mesmo com as dificuldades ainda enfrentadas pelo setor agrícola, apresentou bons resultados. As
sobras líquidas referentes ao período
de 1° de julho a 31 de dezembro de
2006, colocadas à disposição da assembléia, somaram R$ 555.733,20.
O faturamento da cooperativa chegou
a R$ 184.482.723,98.
Além da definição da destinação das
sobras, depois de ouvir os pareceres da
Auditoria Independente e do Conselho
Fiscal, a assembléia aprovou por unanimidade o relatório do Conselho de
Administração, o Balanço Geral e os
demais ítens da ordem do dia.
Também foram aprovados os
nomes sugeridos nos núcleos para
formarem a chapa oficial do Conselho
de Administração, com mandato de
três anos, e a chapa sugestão do
Conselho Fiscal, com mandato de
um ano. O presidente da Cotrijal, Nei
César Mânica, foi reeleito para mais
um mandato de três anos. E para os
demais cargos em vencimento do
Conselho de Administração foram
aprovados os nomes de Irmfried O.
I. H. Schmiedt (conselheiro titular
da Região Sede), Sérgio Limberger
(conselheiro titular da Região Um),
Irani Roveda (conselheiro suplente
Região Um), e Ereni Altmann (conselheiro titular da Região Dois). Na
vaga de Conselheiro Representante
dos Líderes de Núcleo da Região
Sede, tomou posse a produtora Iloni
Maria de Quadros, eleita durante a
última reunião geral da liderança.
Para a chapa do Conselho Fiscal
foram eleitos para a Região Sede,
Ari Carlos Eckstein (titular) e Airton
Miguel Nicolao (suplente), Região
Um, Luiz Carlos de Bona (titular) e
Ricardo César Tomazoni (suplente), e
Região Dois, Neri Borghardt (titular) e
Claiton Drehmer (suplente).
FUTURO
Ao fazer um balanço do exercício
e analisar a história da cooperativa, o
presidente Nei César Mânica ressaltou
que a união e a confiança do quadro
social têm sido os pilares do sucesso
da organização. “Com a participação
efetiva e comprometida dos associados
- homens, mulheres e jovens -, líderes,
conselheiros de administração e fiscais,
diretores, colaboradores, clientes e
fornecedores, somamos conquistas
que nos projetam para uma empresa
do futuro, que trabalha a eficiência
econômica para atender as necessidades sociais dos cooperados e das
comunidades”, afirmou.
Assembléia geral realizada no dia 1º de março deu mais um mandato de três anos para o presidente Nei César Mânica
Iloni Maria de Quadros é a primeira mulher a
integrar o Conselho de Administração
MULHER
Outro marco importante da assembléia realizada no ano do cinqüentenário da Cotrijal foi a posse de uma
mulher no Conselho de Administração.
Eleita durante a reunião geral da
liderança, realizada em 16 de fevereiro, para representar os líderes pela
Região Sede, a produtora Iloni Maria
de Quadros, assumiu dia 1° de março,
mandato de três anos.
Esta não é a primeira vez que Iloni
assume o compromisso de representar
as mulheres perante a organização. Ela
foi uma das primeiras líderes femininas
da cooperativa. Apesar de se sentir um
pouco constrangida no início, assumiu o
desafio de se reunir com um grupo, até
então, exclusivamente masculino, para
defender os interesses da sua comunidade, Posse São Miguel, e dos agricultores. “Consegui abrir as portas para
que já no ano seguinte outras mulheres
demonstrassem interesse em também
fazer parte da liderança e felizmente hoje
nossa representatividade entre os líderes
já é significativa”, avalia.
Agora no Conselho de Administração da Cotrijal, Iloni pretende trabalhar
em prol dos interesses do quadro
social, através do fortalecimento da
cooperativa. “Sempre fui defensora do
sistema cooperativo e vejo com grande
satisfação esse espaço que a cooperativa dá para que a mulher possa expor
suas idéias e se tornar um ser atuante
na organização”, afirma.
13
agropecuário
março de 2007
contabilidade
14 março de 2007
GANHO DAS APLICAÇÕES
financeiras constitui renda tributável
Desde a edição da súmula 262 do STJ, de 24/04/2002, é sabido que o ganho
das aplicações financeiras auferido pelas Sociedades Cooperativas constitui renda
tributável. O enunciado do STJ estabeleceu a seguinte regra: “Incide o Imposto de
Renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas”.
Nota-se que a norma estabeleceu a tributação sobre o resultado das aplicações
e não das receitas financeiras. A fiscalização da Receita Federal tem interpretado
de forma equivocada a súmula do STJ, entendendo que as cooperativas devem
submeter à tributação as receitas auferidas, sem considerar as despesas financeiras
que corresponde ao custo de captação dos recursos.
Neste sentido, o próprio Parecer Normativo CST 4/86, no Item 6.1, estabeleceu:
6.1.1. O resultado positivo das aplicações financeiras deve ser oferecido à
tributação englobadamente com os resultados das operações com não associados
mediante seu cômputo em separado (item 4 do Parecer Normativo CST nº 73/75),
mesmo em caso de eventual apuração de prejuízo contábil no balanço nas operações
com associados, uma vez que este deverá ser coberto com recursos do “fundo de
reserva” e, se insuficiente este, mediante rateio, entre os associados, na razão direta
dos serviços usufruídos ressalvada a opção prevista no parágrafo único do art. 80
da Lei nº 5.764/71.
E outro lado, o Conselho de Contribuintes, em Brasília/DF, em 17/08/1999, através
do Acórdão 101-92768, definiu o seguinte entendimento sobre esta matéria:
Ementa: IRPJ - SOCIEDADES COOPERATIVAS - APLICAÇÕES FINANCEIRAS Ainda que as aplicações financeiras não constituam atos cooperativos, o Imposto de
Renda de Pessoas Jurídicas só pode incidir sobre o resultado positivo (receita menos
despesa financeira) vez que os recursos disponíveis aplicados no mercado financeiro
pertencem, também, aos cooperados e as despesas financeiras foram suportados
pelas atividades desenvolvidas pela sociedade, sem distinção dos atos cooperativos
e não cooperativos TRIBUTAÇÃO REFLEXA - A decisão proferida no lançamento
principal é aplicável aos lançamentos reflexivos, dada a relação de causa e efeito.
TRIBUTAÇÃO REFLEXA - PIS/FATURAMENTO - FINSOCIAL/FATURAMENTO - COFINS
- Incabível a exigência de contribuições que incidem sobre o faturamento vez que
o lançamento principal versava a tributação de receitas de aplicações financeiras.
Negado provimento ao recurso de ofício.
Além disso, é importante salientar que o Código Tributário Nacional estabelece que
o imposto incide sobre o acréscimo patrimonial do contribuinte e não sobre as receitas
auferidas. Outrossim, a tributação do lucro pressupõe o confronto entre as receitas e
despesas, regra esta aplicável às sociedades não cooperativas, logo, as cooperativas
não podem merecer tratamento discriminatório, sendo a elas assegurado, no mínimo,
o mesmo tratamento aplicável às demais sociedades em relação a esta matéria.
O enfoque principal que queremos abordar não é a questão da tributação, mas sim
a destinação contábil que os ganhos de aplicações financeiras devem merecer.
A Lei nº 5.764/71, em seu artigo 87, estabeleceu o seguinte: Art. 87 - Os resultados
das operações das cooperativas com não associados, mencionados nos artigos 85 e 86,
serão levados à conta do “Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social” e serão
contabilizados em separado, de molde a permitir cálculo para incidência de tributos.
As aplicações financeiras, apesar de constituírem operações tributáveis, não estão
enquadradas no contexto dos artigos 85 e 86 da Lei nº 5.764/71, portanto, não devem
ser destinadas ao FATES, como se fosse resultado de operações com terceiros.
Em relação à destinação dos rendimentos das aplicações financeiras, a Resolução do
Conselho Nacional do Cooperativismo (CNC) nº 29, de 13/02/86, assim estabelece:
“Os resultados das aplicações feitas pelas Cooperativas no mercado financeiro
serão levados à conta de resultados, ficando a destinação definitiva a critério da
Assembléia Geral ou de norma estatutária”.
Diante do exposto, não restam dúvidas que os resultados das aplicações financeiras, nas sociedades cooperativas, devem compor o resultado do exercício, sendo
destinado aos fundos apenas a parcela prevista no estatuto da cooperativa e o restante
será destinado de acordo com a deliberação da Assembléia Geral da sociedade.
Dorly Dickel
“Os resultados
das aplicações feitas
pelas Cooperativas
no mercado financeiro
serão levados à conta
de resultados,
ficando a destinação
definitiva a critério
da Assembléia Geral
ou de norma estatutária”
Dorly Dickel
Contador, Administrador de Empresas e Sócio
da DICKEL & MAFFI – Auditoria e Consultoria S/S
e da DSM Consultores Associados
CONTAS DA CERFOX
são aprovadas pelos associados
A Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural de Fontoura Xavier,
CERFOX, realizou a Assembléia Geral
Ordinária no dia 30 de março, no CTG
Osório de Assis, em Fontoura Xavier.
Participaram autoridades, diretoria,
conselheiros e associados.
O contador geral da Cooperativa,
Almir Chitolina Gonçalves, apresentou a
prestação de contas do exercício 2006,
compreendendo o balanço patrimonial,
balanço social, análise econômica e financeira, além de informações estatísticas
e a destinação das sobras. O Conselho
Fiscal emitiu parecer favorável às contas
apresentadas pela Cooperativa. Os números apresentados na prestação de contas
foram aprovados pela Assembléia Geral,
sendo a sobras destinadas ao fundo de
construção de Usinas.
Na oportunidade também foi eleito
o Conselho fiscal da CERFOX para o
exercício de 2007, do qual fazem parte,
como titulares, Celso Carlos Cenci,
Carlos Godoy da Rosa e Alcides Betti,
como suplentes, Antônio Casagrande,
Deolindo Floriano Ghellen e Veríssimo
Calmo. O presidente Ronald Luiz Stein
afirmou que a CERFOX está bem e com
as contas em dia. “O que está sendo
apresentado a vocês, associados, é a
realidade da CERFOX, que é uma cooperativa séria, transparente, honesta e
com responsabilidade”.
PROJETOS
FUTUROS
Segundo o Presidente, a Cooperativa
possui os recursos para a construção da
Usina de Taipinha, que já recebeu a
Licença de Instalação da Fepam. Com
o retorno de investimento das Usinas
Em Assembléia Geral, a Cooperativa enfatiza criação de fundos para construção das Usinas
do Fão e Taipinha, a CERFOX obterá
rendimentos para a construção, instalação e funcionamento da Usina Perau de
Janeiro, localizada em Arvorezinha.
As Usinas do Fão, Taipinha e Peru
de Janeiro darão mais suporte para a
produção de energia da CERFOX, dependendo, cada vez menos, da compra
de energia de outras empresas para
suprir a demanda dos associados.
CERILUZ: nova direção
toma posse
Grupo de Augusto Pestana lotou ônibus para visitar a usina
associados visitam
usina da CERILUZ
No dia 09 de março, 50 associados da
Linha Progresso, do município de Augusto
Pestana, visitaram a Usina José Barasuol
da Cooperativa Regional de Energia e
Desenvolvimento Ijuí Ltda (CERILUZ).
Localizada no Rio Ijuí, a usina é considerada
a maior do cooperativismo brasileiro.
Com orientação do funcionário Luiz
Carlos Mendes, o grupo percorreu as partes operacionais da Usina e acompanhou
de perto o funcionamento da hidrelétrica.
A seguir, num encontro de confraternização, o presidente da cooperativa, Iloir de
Pauli, ressaltou a importância da visita
como forma do associado conhecer o
processo da geração de energia que chega
às propriedades.
Além da José Barasuol, a CERILUZ
garante a auto-suficiência na geração de
energia através da Usina Nilo Bonfanti,
situada no Rio Buricá, em Chiapetta.
Os interessados em conhecer as duas
usinas devem enviar ofício para a cooperativa, informando a data e o objetivo da
visita, o número de pessoas e o nome do
responsável pelo grupo. O endereço da
sede administrativa é Rua do Comércio,
921, em Ijuí/RS.
Na sexta-feira dia 30 de março
realizou-se a posse da direção,
conselheiros administrativos e conselheiros fiscais da Ceriluz, eleitos
em Janeiro deste ano. A solenidade
ocorreu no salão de atos da cooperativa e contou com a presença
de autoridades locais, associados,
funcionários e ex-conselheiros,
totalizando cerca de 400.
O presidente Iloir de Pauli falou
sobre as últimas realizações e
os planos da cooperativa para o
futuro. Ele destacou que a meta
será a melhoria na qualidade da
energia fornecida, com a instalação
de novos alimentadores e redes,
inclusive com a alteração das redes
monofásicas para trifásicas.
A demanda de energia na cooperativa tem mostrado significativo aumento e por isso, o objetivo é
expandir as atividades de geração,
mantendo a auto-suficiência, ca-
racterística atual da cooperativa.
Para isso quatro projetos de novas
usinas já estão em andamento,
aguardando a liberação dos órgãos competentes. “Queremos
avançar nestes projetos, concretizando, no mínimo 50% deles, mas
a burocracia é bastante grande”,
avalia de Pauli.
Os conselheiros e diretores que
tomaram posse foram eleitos com
votação recorde na história da cooperativa. Cerca de 50% do quadro
social foi às urnas para elegê-los,
registrando um aumento na participação social na ordem de 85%,
com relação a votações de anos
anteriores. Iloir de Pauli considera
que este aumento de participação
é o resultado direto do grande investimento que a cooperativa tem
realizado em ações voltadas para
a melhora da qualidade de vida do
associado e de sua família.
15
infra-estrutura
março de 2007
enquete
16 março de 2007
FRENCOOPS:
você considera importante?
A Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo (FRENCOOP/RS) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de natureza
política não ideológica e suprapartidária, que tem por objetivo trabalhar em conjunto com a OCERGS, no fomento e promoção do
cooperativismo. Veja a opinião de personalidades de diversas áreas do cooperativismo sobre a importância desse órgão, atualmente
coordenado pelo deputado Giovani Cherini do PDT. Veja o resultado:
É muito importante termos uma
representação dentro da Casa do Povo.
Acredito que a FRENCOOP/RS atua
como um fórum de debate das questões cooperativistas, em especial as
do setor habitacional, tão emergente
no momento atual. O cooperativismo
é o instrumento que dispomos para
amenizar o significativo déficit habitacional do Estado. Somente através da
organização coletiva conseguiremos
facilitar a conquista da casa própria.
Vera Lucia Pastro
Representante do Departamento
de Cooperativismo da SEHADUR
A Frente representa um grande
momento para o cooperativismo do
Rio Grande do Sul e demonstra a nova
visão da sociedade em relação ao papel
social que as cooperativas cumpriram
durante sua história. Contar com o
apoio do parlamento gaúcho nos engrandece enquanto sistema e, nos dá
a certeza de que unindo forças poderemos construir uma nova sociedade.
Um cooperativismo atuante, apoiando
e sendo apoiado pelos mais diversos
segmentos da sociedade, continuará
contribuindo para o engrandecimento
do nosso país, marcando sua posição
de destaque, que muitas vezes deixou
de ser reconhecida.
Elemar Battisti
Presidente da CRELUZ
A FRENCOOP é uma grande estratégia para favorecer o crescimento cooperativo nas esferas federal, estadual
e municipal. Diante de uma legislação
focada na economia privada, a Frente
é imprescindível para a constituição
de leis especificas para a economia
do cooperativismo. O órgão tem ainda
papel fundamental no atual confronto
do ramo do Trabalho com a injusta e
incompreensível atuação do Ministério
Público do Trabalho.
Luis Carlos Volcan
2º vice-presidente da OCERGS
e associado da CIACOOP
A FRENCOOP/RS, com extensão
aos municípios, tem fundamental
importância para o fortalecimento das
cooperativas como instrumento de
equilíbrio na relação capital/trabalho e
no estabelecimento de políticas públicas mais adequadas pela aproximação
com a base produtiva e sua realidade.
Carlos Domingos Poletto
Presidente da COTRIJUI
Considero de suma importância a
representação política da FRENCOOP,
não só para as cooperativas do ramo
de consumo, mas para todos os segmentos do cooperativismo gaúcho.
Fui um dos incentivadores da criação
da FRENCOOP Municipal em Erechim.
Por conhecer a trajetória do deputado
Giovani Cherini em defesa às cooperativas do Estado, tenho certeza que o
órgão está em boas mãos.
Odilo Palmiro Wendisch
Presidente da COONSUMO
coopsubra quer
HABITACIONAL
REGISTRO NA OCERGS
Representantes da COOPASUBRA discutem registro da cooperativa com membros
da OCERGS
No dia 22 de março, representantes da Cooperativa
Social de Surdos Brasileira
(COOPSUBRA) se reuniram
com o gerente do Departamento
de Recursos Humanos do
SESCOOP/RS, José Zigomar
dos Santos e com o educador de cooperativismo do
SESCOOP/RS, Paulo Viana.
O objetivo foi agilizar
a constituição do registro
da cooperativa na OCERGS.
Na ocasião, o presidente da
COOPSUBRA, Ivan Rogério
Diesel, juntamente com o
secretário da cooperativa
Ricardo Goes e a psicóloga
Andréa Bodrati, apresentou o
trabalho desenvolvido pelos
21 associados.
O gerente se comprometeu em buscar as condições
necessárias para a participação dos associados, através
de profissionais especializados na Língua Brasileira de
Sinais (Libras), nos eventos
realizados pela OCERGS e
pelo SESCOOP/RS. A entidade também foi informada
sobre o Curso Básico ESTde
Cooperativismo, que ocorre
nas primeiras segundas-feiras do mês.
SIMACOOP participa de
congresso nacional de habitação
Nos dias 4, 5 e 6 de dezembro de 2006, representantes do Sistema Multiplicador
de Cooperativa Habitacional
(SIMACOOP), de Novo
Hamburgo, participaram do
VII Congresso Brasileiro de
Cooperativas Habitacionais, II
Congresso Luso-Brasileiro de
Cooperativas Habitacionais e
I Congresso Ibero-Americano
de Cooperativas Habitacionais,
que ocorreu em Águas Claras,
em Brasília – DF.
Com o objetivo de trazer mais informações para o
ramo habitacional do Estado,
a SIMACOOP foi a única cooperativa habitacional do Rio
Grande do Sul a participar do
evento. O resultado dos três
dias do encontro foi a elaboração de uma carta à Presidência
da República, ao Ministro
das Cidades, a Secretaria
Nacional de Habitação, a Frente
Parlamentar Cooperativista
(FRENCOOP) e às Organizações
Comunitárias de Base de todos
os Estados.
O documento reúne sugestões para uma política de
habitação no Brasil, emendas
à Constituição Federal e à
Lei Ordinária nº 5.764/71 e
a criação do Banco Social
do Brasil. O congresso ainda
elaborou a Carta da Qualidade
da Habitação Cooperativa, que
deverá ser implementada de
forma progressiva e adaptada
à dimensão e a realidade de
cada cooperativa.
A Instrução Normativa Presidente Bortolini representou a
nº 44, de 26 de dezembro cooperativa no congresso
de 2006, instituiu a Carta de
Crédito FGTS n° 518 como legislação atinge três objetivos:
complemento à Resolução destinar mais subsídios para a
460, que define as diretrizes modalidade de construção;
para a utilização dos recursos beneficiar as populações que
do Fundo de Garantia do Tempo residem nas regiões metrode Serviço para famílias de politanas e capitais estaduais,
onde há maior concentração do
baixa renda.
S e g u n d o o G e r e n t e déficit habitacional; e aumentar
Regional da Caixa Econômica a exigência de capacidade de
Federal, Roberto Zene, a nova pagamento.
No dia 27 de março, o ramo habitacional se reuniu
na sede da OCERGS para organizar o Cronograma de
Cursos e Eventos de 2007. Segundo ao gerente de
Desenvolvimento de Recursos Humanos do SESCOOP/
RS, José Zigomar dos Santos, o cronograma, depois
de concluído, passará pela apreciação do Conselho
Administrativo da entidade.
Participaram da reunião as seguintes cooperativas: Cooperativa Habitacional Ibirubá (COHABI),
Cooperativa Habitacional do Condomínio Residencial
Ltda. (CONDOMFARROUPILHA), Cooperativa Habitacional
Alpes do Pinheiro (COOHALPI), Cooperativa Habitacional
Geraldo Santana (HAB. G. SANYANA) e Cooperativa de
Habitação Centenário Gaúcho, Cooperativa de Produção
e Manutenção da Habitação dos Metalúrgicos de Porto
Alegre (COOMETAL).
Ainda estavam presentes, representantes do
Departamento de Cooperativismo da Secretaria de
Habitação e Desenvolvimento Urbano do Estado
(SEHADUR), da Se cre taria Municipal de Habitação
de Far roupilha, e da Central das Cooperativas
Habitacionais de Farroupilha.
CONDOMFARROUPILHA
No dia 17 de março, o presidente da OCERGS,
Vergilio Frederico Perius participou do lançamento da
pedra fundamental das obras da Cooperativa Condomínio
Residencial Farroupilha (CONDOMFARROUPILHA), realizadas em parceria com a Prefeitura de Farroupilha
e a Caixa Econômica Federal. Mais de 300 pessoas
prestigiaram o evento. Além dos 260 cooperados,
estavam presentes o prefeito e Farroupilha, secretários,
representantes da Caixa Econômica Federal e membros
de outras cooperativas habitacionais da região.
17
habitação-social
março de 2007
perfil
18 março de 2007
EGON ÉDIO HOERLLE:
coragem e ousadia para empreender
Bacharel em Administração de Empresas, pela
Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), EGON
ÉDIO HOERLLE nasceu em Montenegro no dia 03 de
julho de 1938. Até os 13 anos morou no distrito de
Pareci Novo. Cursou o primário na Escola Municipal
da localidade de Matiel e, posteriormente, o Grupo
Escolar Felipe Camarão na cidade de São Sebastião
do Caí. A partir dos 14 anos freqüentou a Escola de
Iniciação Agrícola, logo depois, o Curso de Mestria
Agrícola, onde era aluno interno, no Bairro da
Agronomia, em Porto Alegre. Ele concluiu o Curso
de Mestria Agrícola, que equivalia ao Curso Ginasial.
Depois disso foi para a Escola Técnica de Agricultura,
no Passo do Vigário, em Viamão. Em 1959, concluiu
o Curso de Técnico Agrícola.
Naquela época, a diversão preferida de Hoerlle,
assim como a maioria dos jovens, era freqüentar
cinema, participar de eventos sociais, principalmente
bailes, e o esporte que mais praticavam era o futebol
de campo.
Hoerlle faz questão de destacar a trajetória dos
seus dois maiores exemplos: o pai que trabalhou
muitos anos como agricultor, depois foi funcionário
do Ministério da Agricultura e mais tarde trabalhou
como capataz de olaria, em Montenegro. E ainda
após a aposentadoria exerceu a profissão de almoxarife em Teutônia. A mãe sempre exerceu, além das
atividades domésticas, a profissão de costureira.
Aos 21 anos foi morar em Teutônia, onde permanece até hoje. Em 1963, casou-se com Maria Beatris
Metzen Hoerlle. Deste casamento, nasceram dois
filhos, Shyrlei Beatriz e Leandro André. Os dois estão
casados. Maria Beatris e Egon, já têm quatro netos.
Seu primeiro emprego foi como professor público do ensino agrícola, cedido à Escola Agrícola de
Teutônia, hoje Colégio Teutônia. Em 1997 aposentou-se como professor. Antes disso, ainda em 1971,
foi eleito presidente da Cooperativa Regional de
Eletrificação Teutônia Ltda. (CERTEL), cargo que exerce até hoje. Além disso, desde 1994, é presidente da
Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e
Desenvolvimento Rural do RS (FECOERGS), entidade
que congrega 15 cooperativas, com mais de 225
mil sócios. Também é membro efetivo do Conselho
Deliberativo da Organização das Cooperativas do
Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), como
representante do ramo de Infra-Estrutura. Desde
2001 é vice-presidente do Sistema FIERGS/CIERGS
no Vale do Taquari. E as ocupações do Hoerlle não
param por ai: é também vice-presidente da Câmara
de Indústria e Comércio de Teutônia. Participa da
“Orgulha-se
por estar cumprindo
o 10º mandato
na presidência
da CERTEL”
diretoria da Câmara de Indústria e Comércio do
Vale do Taquari. É membro integrante do Conselho
de Administração da Fundação Vale do Taquari de
Ensino Superior (FUVATES) e participa também da
diretoria da Associação Comercial e Industrial de
Lajeado - ACIL e da Fundação Pró-Rio Taquari.
Na cidade onde mora, as oportunidades de lazer
não são muitas. Durante a semana, nas horas de
folga, sua principal ocupação é a leitura de jornais,
revistas, livros, e à noite gosta de assistir televisão,
principalmente programas de esporte, lazer e notícias.
Nos fins de semana dedica-se à família. Assiste aos
jogos de futebol dos clubes locais e participa de
eventos sociais na região.
Orgulha-se por estar cumprindo o 10º mandato
na presidência da CERTEL. Nesse ano ele comemora 36 anos de gestões com pleno sucesso. Sua
trajetória foi pautada sempre na conduta ética de um
gestor participativo nos negócios da cooperativa,
atuando com profissionalismo e visão estratégica.
Nunca lhe faltou coragem e ousadia para empreender, pois sob a sua liderança, trabalhando com
uma equipe comprometida, conseguiu transformar
uma pequena cooperativa, fundada em 1956, com
apenas 174 sócios, na maior cooperativa de eletrificação em atividade no país, tendo atualmente mais
de 44 mil associados e atuando em 47 municípios
dos Vales do Taquari, Caí, Rio Pardo e Paranhana.
Para o futuro ele quer cumprir os três anos de mandato que restam na presidência, procurando trabalhar
para melhoria da qualidade de vida dos associados,
que jamais negaram seu apoio e cooperação. Pretende
continuar gerindo a cooperativa com muito profissionalismo e visão de futuro, procurando alcançar os
resultados econômicos e sociais planejados, atuando
com responsabilidade socioambiental, mantendo-se
fiel aos princípios doutrinários do cooperativismo.
Para a consolidação econômico-financeira da cooperativa tem como foco principal investir maciçamente
em geração de energia elétrica.
Como presidente da FECOERGS, ele tem a missão
de representar política e institucionalmente os legítimos interesses das filiadas, conduzindo com muito
discernimento o processo de segregação jurídica e
patrimonial das cooperativas, em atenção à Legislação
do Setor Elétrico Brasileiro, para possibilitar a sua
consolidação econômico-financeira, sem jamais
renunciar às peculiaridades e características jurídicas
das cooperativas de eletrificação rural.
Como dica de livro, Hoerlle deixa: Como se Tornar
um Líder Servidor, de James C. Hunther.
OCB ABRE INSCRIÇÕES
de trabalhos sobre direito cooperativo
“As inscrições
para participar
do evento
podem ser feitas
pelo site da
Fundação escola
Superior de
Direito Tributário
(FESDT) –
www.fesdt.org.br
até o dia
15 de maio”
Um debate sobre a legislação e
regulação econômica cooperativista,
o direito e defesa da concorrência e o
desenvolvimento socioeconômico do
cooperativismo. Esta é a proposta do
I Simpósio Brasileiro de Pesquisa em
Direito Cooperativo, que será realizado
pelo Sistema OCB entre os dias 21 e 23
de maio, no auditório do hotel Grand
Ca’ D’ Oro, no bairro Consolação, em
São Paulo (SP).
As inscrições para participar do
evento podem ser feitas pelo site da
Fundação escola Superior de Direito
Tributário (FESDT) – www.fesdt.org.br
até o dia 15 de maio. Ao clicar no link
com o nome do evento, os interessados terão acesso à ficha de inscrição.
Após quatro dias do pagamento do
boleto bancário, a inscrição poderá
ser confirmada pelo mesmo site. No
caso de estudantes, após efetivação do
pagamento e envio do comprovante de
matrícula do curso até o último dia de
inscrição, a confirmação poderá ser feita pelo fax (51) 3029.5307. Os valores
variam de acordo com a seguinte classificação – “Profissionais” (R$ 85,00);
“Cooperados” (R$ 60,00) e “Estudantes
de graduação” (R$ 35,00). Os partici-
pantes terão direito ao certificado de
participação e material de apoio.
O encontro vai reunir cerca de
300 participantes durante três dias de
reflexões, na capital paulista. A programação contará com três painéis, sendo
que um deles será o ciclo de apresentações sobre pesquisas recentes
relacionadas ao Direito Cooperativo,
indicando abordagens ou hipóteses
para futuras investigações científicas.
A inscrição desses trabalhos já foi
iniciada por meio do portal www.brasilcooperativo.coop.br e ainda no site
www.fesdt.org.br, e podem ser feitas
até o próximo dia 15 de abril.
PROGRAMAÇÃO
A premiação aos autores dos trabalhos vencedores do “I Concurso OCB de
Monografias em Direito Cooperativo”,
cujo tema foi “A Intervenção do Estado
no Cooperativismo”, também faz parte
da programação. Além disso, serão
realizadas aula magna, palestras e lançamentos de livros. Nessa parte, juristas,
procuradores, magistrados, autoridades
e representantes do cooperativismo
brasileiro, entre eles o assessor jurídico
da OCERGS, Mário De Conto, além de
professores e especialistas, falarão sobre tópicos correlacionados à temática
central do Simpósio.
Serão abordados temas como
“Cooperação e Direito da Concorrência”,
“Limites Legais à Cooperação entre Concorrentes”, “Compatibilidade
entre Concorrência e Cooperação”,
“Legislação Cooperativista”, “Estrutura
Cooperativista Brasileira de Infraestrutura” e “Estrutura e Adequação
frente aos Conceitos de Concorrência,
Eficiência Econômica e padrões de
Regulação”.
O Simpósio é uma iniciativa da
Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB) com a organização da Fundação
Escola Superior de Direito Tributário
(FESDT), e o patrocínio do Serviço Nacional
de Aprendizagem do Cooperativismo de
São Paulo (Sescoop/SP). O evento
conta com o apoio Organização das
Cooperativas do Estado de São Paulo
(Ocesp), Instituto Brasileiro de Estudos
e Pesquisas Ambientais e Cooperativos
(IBPEAC), Federal Concursos, Editora
Mandamentos, Escola Federal de
Direito, Academia Paulista de Direito.
PRÊMIO cooperativa do ano:
inscrições são prorrogadas
As inscrições para o maior prêmio
do cooperativismo brasileiro foram
prorrogadas até o dia 3 de maio. O
novo prazo - antes era 5 de abril
- atende aos pedidos das unidades
estaduais e de cooperativas, que estão em época de comercialização de
safra e de assembléias gerais. Com a
nova data, as cooperativas terão mais
tempo para elaborar seus projetos,
concorrentes à premiação.
Para estimular e apoiar as cooperativas que ainda não participaram da
premiação, o Sistema OCB está distribuindo uma publicação que, além de
contar a história das edições de 2004,
2005 e 2006 do Prêmio Cooperativa do
Ano, apresenta uma síntese dos projetos vencedores. “A idéia é que este livro
seja um guia para facilitar a participação
de novas cooperativas no Prêmio”, diz
o Superintendente Administrativo, Luís
Tadeu Prudente Santos.
Poderão participar todas as cooperativas singulares e/ou centrais,
sediadas no Brasil e filiadas ao Sistema
OCB, que se enquadrem nas categorias
descritas no regulamento, disponível no
endereço www.brasilcooperativo.coop.
br, onde podem ser feitas as inscrições
on-line. Esse portal abriga o hotsite
do Prêmio, no qual estão todas as
informações necessárias à participação
das cooperativas, inclusive um roteiro
básico para elaboração dos projetos.
O Prêmio Cooperativa do Ano 2007
contempla projetos em duas categorias
principais: “Atuação no Agronegócio” e
19
social
março de 2007
“Ramos do Cooperativismo”. A primeira
se subdivide nas categorias específicas
“Educação Cooperativista”, “Gestão
Profissional”, “Inovação Tecnológica”,
“Intercooperação”, “Marketing”, “Meio
Ambiente”, “Qualidade e Produtividade”
e “Responsabilidade Social”. Já os
“Ramos do Cooperativismo” abrangem “Agropecuário”, “Consumo”,
“Crédito”, “Infra-estrutura”, “Saúde”
e “Transporte”.
Iniciativa do Sistema OCB, o Prêmio
Cooperativa do Ano tem a parceria da
revista Globo Rural, da Editora Globo,
que publica todas as experiências
vencedoras da premiação. Mais informações na Gerência de Comunicação
do Sistema OCB, por meio do telefone
61-3326-1162.
transporte-mineração-trabalho
20 março de 2007
cooperativas de transportes internacionais
DISCUTEM INTEGRAÇÃO
No dia 21 de dezembro de 2006,
representantes das Cooperativas
de Transportes Internacionais de
Uruguaiana reuniram-se, em Brasília,
com o Embaixador Afonso José Sena
Cardoso, Diretor do Departamento de
Integração do Ministério das Relações
Exteriores, para tratar de assuntos relacionados ao Transporte Internacional e
às áreas de fronteira.
O grupo, formado por Abel Paré,
presidente da Cooperativa de Transportes Rodoviários Nacionais e Internacionais (COOTRANSUL), Mônica
Tomazetti, presidente da Cooperativa
dos Transportadores Autônomos de
Pequenos e Microempresários de
Cargas Nacionais e Internacionais
(COOTRIL) e Orlando Moreira da Silva
Neto, vice-presidente da Cooperativa
dos Transportadores de Cargas de
Uruguaiana (COOTRANSCAU) fez
a entrega da Carta de Uruguaiana.
Trata-se de um documento elaborado e assinado pela Comissão do
Mercosul da Assembléia Legislativa
do Rio Grande do Sul, e o relato dos
diversos problemas de integração
ocorridos no Mercado Comum do
Sul, além de questões internas do
transporte rodoviário.
Durante o encontro, foi traçado um
paralelo entre as ações do governo
argentino e a postura do governo
brasileiro, em relação ao setor de transportes. Além de melhores condições de
infra-estrutura viária, os transportadores
argentinos ainda gozam de subsídios
em pedágios e combustíveis. Em 2006,
o setor de transportes, incluindo ônibus
de viagens de curta e longa distância,
transportadores de carga rodoviário
e ferroviário recebeu 2,6 milhões de
pesos em incentivos, aproximadamente
2,5% do orçamento argentino. Enquanto
que no Brasil, conforme dados da
Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), o
preço do diesel (principal insumo ao
transporte, cerca de 50% do custo total)
aumentou 124,60% no mesmo período,
de julho/2001 a agosto/2006.
Para os representantes das cooperativas gaúchas, tal reflexão leva a duas
certezas: a deteriorização da capacidade
competitiva dos transportadores brasileiros, frente aos irmãos argentinos e a
negligência do governo brasileiro em
relação ao setor de transportes rodoviários, responsável por mais de 61% de
tudo o que é movimentado no País.
Após ouvir as propostas do grupo,
formado também pelo presidente da
Câmara Municipal de Uruguaiana,
Rogério de Moraes e o presidente
da Câmara de Vereadores de Foz do
Iguaçu, Carlos Budel, o embaixador se
comprometeu com os devidos encaminhamentos, reafirmando a postura
integracionista do governo federal. “A
integração deve chegar ao cidadão”,
disse Afonso José Sena Cardoso.
COREDE-SUL cria comissão regional
No dia 13 de março, em Pelotas,
o Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Sul (COREDE-SUL)
implantou a Comissão Regional de
Recursos Minerais. O objetivo é buscar a adequação da política ambiental
e tributária, além de divulgar o ramo
mineral junto às entidades de ensino
e pesquisa, já que muitos municípios
da região possuem jazidas que não são
exploradas corretamente.
Eleita coordenadora da Comissão,
a advogada e auditora ambientalista,
Carmem Regina Nogueira destaca
o Ramo Mineração como mais um
componente da matriz produtiva para
geração de emprego e renda. Também
presente na reunião, o representante
do Ramo Mineral, Lélio Luzardi Falcão,
considera a iniciativa um grande
passo rumo à criação de comissões
Membros do COREDE-SUL estiveram reunidos em Pelotas
semelhantes nos demais COREDEs do
Estado, bem como a organização das
entidades que atuam na área.
A Comissão Regional de Recursos
Minerais conta o apoio da Univer-
sidade Federal de Pelotas (UFPel),
Universidade Estadual do Rio Grande
do Sul (Uergs), Prefeituras da região,
além da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa).
"O objetivo é
buscar
a adequação
da política
ambiental e
tributária, além
de divulgar o
ramo mineral..."
COOTRAPAF elege nova diretoria
No dia 09 de março, os associados da Cooperativa dos Trabalhadores
de Passo Fundo Ltda. (COOTRAPAF)
reuniram-se em Assembléia para
eleger a nova diretoria. Jocenir
Borges foi reeleito por unanimidade
para os próximos quatro anos.
O presidente, a exemplo de suas
outras gestões em 1998, 1999 e
2003, pretende mesclar, na direção
da COOTRAPAF, associados da
parte administrativa e os que atuam
nos diversos contratos mantidos
pela entidade. “O bem estar dos
cooperados, aliado ao crescimento
da cooperativa, contribuem para que
cada vez mais aumente o número
de pessoas que tenham acesso ao
trabalho digno”, garante Borges.
Na Assembléia foi decidido, também, o rateio das sobras apuradas do
exercício de 2006, que deverão estar
à disposição dos associados ainda
no mês de março.
COOPERATIVISMO EM ERVA MATE
transforma região de machadinho
Em 1994, diante da crise no setor
ervateiro local e da dificuldade de comercialização da folha de erva mate,
integrantes da Cooperativa Agrícola
Mista Ourense Ltda. (CAMOL) fundaram
a Associação dos Produtores de Erva Mate
de Machadinho (APROMATE). Esse foi o
primeiro passo para a transformação do
setor ervateiro em vitrine do agronegócio
do município, situado na região Nordeste
do Estado do Rio Grande do Sul.
Para contornar as dificuldades,
APROMATE, com apoio do Departamento
Técnico da CAMOL, realizou diagnóstico
sobre a produção de mudas e folhas de
erva mate que, somado ao quadro de
dificuldade do mercado, apontou duas alternativas: abandonar a atividade ervateira
por completo ou reestruturar o processo
produtivo e promover a industrialização
do produto.
Escolhida a segunda opção, foi
constituído um planejamento que contemplou a ligação entre as partes da
cadeia produtiva, juntando num mesmo
processo a seleção de matrizes produtoras de semente e o beneficiamento final
do produto. A caminhada contou com a
participação de produtores de folhas, vi-
veiristas, técnicos, pesquisadores, poder
público, setor privado, entidades locais e
por extensão, toda a comunidade.
Segundo Ilvandro Barreto, na época
engenheiro agrônomo da CAMOL, o treinamento dos produtores e viveiristas passou a
ser constante no processo, através de cursos e eventos técnicos. “Eles conquistaram
o maior domínio técnico sobre a área ervateira em toda região”, garante Barreto, hoje
chefe do escritório municipal daEMATER/
RS-ASCAR de Caseiros.
Com o setor em desenvolvimento,
a construção do parque fabril se tornou
o principal foco do projeto. Inaugurada
em maio de 1997, a partir dos recursos
financeiros da CAMOL e a mão de obra
dos associados da APROMATE, a Indústria
de Mate Cambona absorveu a matéria
prima produzida nos seis municípios de
abrangência da cooperativa. E em 2000,
acrescentou na sua cadeia produtiva a
BRASUR, empresa uruguaia responsável
pela produção e comércio de erva mate
para exportação.
Passados 13 anos, a realidade ervateira em Machadinho é outra. O nível
tecnológico dos ervais, a qualidade da
muda produzida, o poder econômico
dos produtores, a divulgação do município e da região como produtora de erva
mate, provam que o cooperativismo e
o associativismo são capazes de transformar dificuldades em oportunidades
significativas.
ervateiros, trouxeram resultados extremamente satisfatórios para ervateira
da CAMOL. Entre eles, a Progênie
Cambona 4, árvore de valor genético
com sabor suave, que possibilitou
a melhoria avançada dos ervais nos
quesito produtividade e sabor de folha. A descoberta ainda não foi para a
comercialização. A quantidade de erva
ainda é pouca, a ponto de não atingir
a produção para atender as demandas
mercadológicas. Segundo técnicos
agrícolas da CAMOL, projeta-se para
maio de 2008 a possibilidade de sua
entrada no mercado, pois a quantidade
de produção estará de acordo com a
necessidade de distribuição.
O padrão suave de bebida dispensa
a adição de açúcar na erva mate para
tirar sua fortidão. O material genético
da Cambona 4 também serve para a
substituição da erva mate nativa que
as empresas gaúchas buscam, muitas
vezes no Paraná e Santa Catarina,
para no “blend” (mistura de erva
mate nativa na erva mate cultivada),
suavizar a erva. Oferecer a erva mate
cambona 4 pela região de Machadinho
possibilitará às empresas gaúchas a
substituição da erva mate nativa, que
se encontra quase em processo de
extinção. A instalação de campos experimentais e de pesquisa foi a grande
evolução do setor ervateiro, em especial
para os resultados obtidos na produtividade de folha das lavouras ervateiras
e a quebra de mitos e tabus existentes
numa cultura extrativista como parecia
ser a erva mate.
A instalação de povoamentos no sistema agroflorestal, erva mate Cambona
4, com cultivos anuais a exemplo de
milho, soja e feijão, e no consórcio com
outras espécies arbóreas, tornou-se
prática comum. Popularmente chamado
de SAF CAMBONA 4, o sistema é a
maneira predominante de implantação
aos novos ervais, possibilitando uma
nova alternativa de renda aos produtores
como incremento produtivo na unidade
de empreendimento familiar.
Participaram da iniciativa a Embrapa
Florestas, Universidade Regional
Integrada URI - Erechim, APROMATE,
Departamento Técnico da CAMOL,
Secretaria Municipal da Agricultura,
EMATER/RS e a Cooperativa Florestal
FLORACOOP.
PROGÊNIE
CAMBONA 4
Os trabalhos técnicos de pesquisa,
desde o ano de 1994, aliados ao conhecimento dos próprios produtores
Indústria de Mate Cambona que deverá produzir apenas Progenie 4 apartir de 2008
“trabalho para a vida” planeja CRIAÇÃO de novas cooperativas
No dia 14 de março, foi apresentado o planejamento 2007 do Projeto
“Trabalho para a Vida” na Corregedoria-Geral da Justiça do Rio Grande
do Sul. Entre as metas, destaca-se a organização de 20 cooperativas do
Ramo Social.
Segundo Nilsa Terezinha Capiem de Figueiredo, conselheira do ramo social e
produção do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande
do Sul (OCERGS), a iniciativa será divulgada nas 162 comarcas do Estado.
A partir do interesse demonstrado pela comunidade e juízes, a Corregedoria-
Geral da Justiça avaliará a viabilização do projeto em cada região.
Coordenado pelo Juiz-Corregedor Luciano Losekann, o projeto “Trabalho
para a Vida” busca a ressocialização de apenados e egressos por meio da inserção no mercado profissional. Já participam da ação as seguintes entidades:
Cooperativa Social LABORSUL e Cooperativa Social Maurício Cardoso – Ação
e Resgate COOPMAR, ambas de Porto Alegre; Cooperativa Social Mista de
Trabalho João-de-Barro (COOTRAJOBA), em Pedro Osório e a Cooperativa
Esperança de São Sepé, ainda em fase de constituição.
21
florestal
março de 2007
trabalho
22 março de 2007
COOTRAVIPA RESGATA cidadan
Limpeza do Arroio Dilúvio em Porto Alegre também fez parte do trabalho
"A preocupação
com a
preservação
ambiental está
presente em
todos os
contratos
assumidos pela
COOTRAVIPA."
Transformar pessoas consideradas
um peso para a sociedade em agentes
colaboradores do progresso social.
Com esse ideal, 20 moradores da
comunidade da Vila Cruzeiro, na Zona
Sul de Porto Alegre, fundaram, em 5
de julho de 1984, a Cooperativa de
Trabalho, Produção e Comercialização
dos Trabalhadores Autônomos das Vilas
de Porto Alegre LTDA. (COOTRAVIPA),
uma das primeiras cooperativas de
trabalho do Brasil.
Para a constituição da entidade,
cada membro-fundador contribuiu
com um salário mínimo da época,
obtido a partir da coleta de lixo e papelão. Hoje, com 23 anos de tradição
no mercado, a realidade é bem diferente. A COOTRAVIPA oferece mais de
1.800 postos de trabalho formais para
a população de baixa renda moradora
de vilas e periferias da grande Porto
Alegre, da região metropolitana e do
interior do Estado.
O primeiro passo do profissional ao ingressar na cooperativa é a
conscientização de seus direitos e
deveres, bem como o comportamento
a ser seguido nas frentes de trabalho
onde irá atuar. Um curso semanal de
Educação Cooperativa garante também
a permanente atualização dos associados mais antigos.
De acordo com Diego da Silva
Fernandes, atual Diretor Secretário e
sócio da cooperativa desde 1998, a
cooperativa disponibiliza em torno de
20 vagas de trabalho por mês. Cerca
de 2 mil cooperados desenvolvem
atividades nas áreas de limpeza e
conservação predial e urbana, serviços gerais, produção e utilização de
embalagens e sacos plásticos. Dentre
os principais clientes, destacam-se o
Departamento de Esgotos Pluviais de
Porto Alegre (DEP), o Departamento
Municipal de Limpeza Urbana de Porto
Alegre (DMLU) e a Secretaria Municipal
de Saúde de Porto Alegre (SMS).
A preocupação com a preservação ambiental está presente em
todos os contratos assumidos pela
COOTRAVIPA. Nos que incluem o uso
de produtos de limpeza, a cooperativa
faz questão de adquirir materiais biodegradáveis e não tóxicos. Por conseqüência, as prestações de serviços, como
a limpeza de ruas, praças, parques,
praias e postos de saúde, influenciam
positivamente o meio ambiente.
INCLUSÃO
SOCIAL
A COOTRAVIPA não faz distinção
entre associados. Seu objetivo é mostrar
que qualquer indivíduo, independente de
suas atitudes passadas, pode reintegrarse socialmente através do trabalho.
O quadro social da cooperativa é basicamente composto por pessoas que de
outra forma ficariam afastadas do mercado
de trabalho, como idosos, aposentados,
egressos do sistema penitenciário, albergados, portadores de HIV, deficientes
físicos, portadores de doenças neurológicas ou psiquiátricas, ex-alcoólatras e
ex-dependentes de drogas.
A permanente busca da reintegração social ganhou o reconhecimento
dos órgãos públicos. A cooperativa já
conquistou os prêmios “Destaque em
Prevenção e Assistência à AIDS no Local
de Trabalho” (2001) e “Parceiros do
Trabalho” (2002), ambos concedidos pela
Delegacia Regional do Trabalho no Rio
Grande do Sul (DRT-RS) e o “Certificado
de Responsabilidade Social”, em 2003
e 2004, pela Assembléia Legislativa do
Estado do Rio Grande do Sul.
ia dos moradores
QUALIDADE DE VIDA
Em busca de novos postos de
trabalho, a COOTRAVIPA oferece aos
associados melhores condições de
trabalho e mais qualidade de vida. Entre
os benefícios está o atendimento psicológico, o descanso anual remunerado,
seguro de vida, auxílio doença, assistência médica e odontológica, medicina
do trabalho. A entidade ainda possui
convênios com farmácias e realiza a
entrega de uma sacola natalina a cada
associado no final do ano.
A Segurança do Trabalho também é
uma preocupação constante da coope-
rativa. Os sócios cooperados recebem
instrumentos para diminuir os riscos de
acidentes, como luvas, sinalizadores e
coletes, além de palestras educativas.
Em 2005, em conjunto com o
Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo do Rio Grande do
Sul (SESCOOP/RS), a COOTRAVIPA
iniciou um projeto de esclarecimento
e prevenção ao uso das drogas legais
e ilegais, denominado “Drogas e seus
Efeitos no Trabalho”. A parceria também
resultou em cursos de aperfeiçoamento
de lideranças cooperativas.
APOIO À COMUNIDADE CARENTE
Ao oportunizar postos de trabalho, a
COOTRAVIPA exerce também influencia
na vida dos familiares dos cooperados.
Além de incentivar o trabalhador a
participar de movimentos organizados,
a entidade colabora financeiramente
com o Centro Comunitário da Vila
Orfanatrófio I, Creche Boa Esperança
(sede da cooperativa durante 6 anos)
e a construção do prédio comunitário
dos Meninos de São José.
Através destas ações, a empresa
busca garantir a transformação de
crianças, jovens e adultos em cidadãos
conscientes de seus direitos e deveres e
a sua importância na sociedade.
COMPROMISSO COM O FUTURO
Após concluir, neste ano, a construção de uma fabrica de vassouras, sacos
plásticos e embalagens para utilização
na limpeza urbana, a COOTRAVIPA
une esforços para o próximo projeto: a
criação de uma cooperativa habitacional, com a participação dos sócios na
construção de sua moradia.
Mantém-se ainda a meta de inser-
ção de postos de trabalho através de
novos contratos com tomadores de
serviços e o fomento de projetos para
diversificar as fontes de renda da cooperativa. “Também se busca melhorar a
qualificação dos associados através de
cursos de cooperação monitorados na
própria instituição”, explica o presidente da cooperativa, Jorge Luiz da Rosa.
RELACIONAMENTO COM
CLIENTES E FORNECEDORES
A COOTRAVIPA atende da melhor
forma as necessidades de seus clientes,
cumprindo de maneira rigorosa as exigências dos contratos firmados e quando
possível superando expectativas. Para
manter a transparência nas negociações
a cooperativa realiza reuniões e avaliações
periódicas, colocando-se sempre à disposição para implantação de meios que
visam a melhoria para todos.
Entre as vantagens oferecidas pela
COOTRAVIPA se destacam o preço justo,
uma estrutura de segurança e proteção
aos associados, transparência nas ne-
gociações, cumprimento dos prazos de
pagamento, estrutura de atendimento ao
cliente (fiscal, tributária e trabalhista),
renegociações constantes de acordo com
a necessidade do cliente e associados
treinados, capacitados e motivados.
Quanto aos fornecedores, a entidade
preocupa-se, principalmente, com a qualidade dos produtos que serão utilizados
pelos associados na prestação de serviços.
Para isso, adota os seguintes critérios: origem, qualidade, toxicidade, valor, durabilidade, impacto no meio ambiente, inserção
junto a comunidade e credibilidade.
23
trabalho
março de 2007
destaque
março de 2007
GARI DA COOTRAVIPA
mostra sua arte
Além de uma fonte de trabalho,
Mário Rogério Soares, 31 anos, encontrou na COOTRAVIPA o caminho
para a realização de um sonho: se
tornar um desenhista profissional.
Tudo começou em julho de 2002,
quando se associou na cooperativa
para contribuir na renda da família.
“Se não
fossemos
nós a cidade
estaria imunda.
É muito triste
ver que as
pessoas não
colaboram
com a limpeza
do local onde
moram”
Após dois meses de atuação na
área de Serviços Gerais, Mário optou
por trabalhar como gari, atividade
que desempenha até hoje. Na rotina
de varrer ruas da capital gaúcha,
uma característica chamou a atenção
dos colegas de profissão. Além dos
olhos puxados e cabelos compridos,
que lhe renderam apelidos como
“Samuray” e “Japa”, o jovem mostrou
uma grande vocação para o desenho.
“Usava as horas de folga para rabiscar
no papel. Uma vez desenhei uma
colega descansando no Morro da
Glória”, lembra o rapaz.
Ao tomar conhecimento dos desenhos, Neuva Bittencourt da Rosa,
coordenadora dos contratos internos
da COOTRAVIPA, incentivou o talento
do associado. Além de ser convidado
a confeccionar a contracapa dos balanços sociais da cooperativa, Mário
conquistou uma vaga no Atelier Livre
da Prefeitura de Porto Alegre.
“Como prestamos serviços à
Secretária Municipal de Cultura, entrei
em contato com professores do atelier.
Todos ficaram impressionados com a
qualidade dos seus trabalhos”, conta a
coordenadora. Já no segundo semestre
do curso de desenho, o gari, que até
então usava caneta esferográfica e
lápis de cor para desenhar, começou
a dominar as técnicas de pintura.
Com o término do curso profissionalizante, a COOTRAVIPA se
comprometeu em buscar novos espaços para a arte de seu cooperado.
“Vamos correr atrás de contratos na
área, como veículos de comunicação
e agências de publicidade e propaganda”, garante Neuva.
Enquanto isso, Mário continua se
dedicando à limpeza urbana. “Se não
fossemos nós a cidade estaria imunda.
É muito triste ver que as pessoas não
colaboram com a limpeza do local onde
moram”, diz o artista consciente.
Mário Rogério tem orgulho de sua profissão e de seu talento
Primeira publicação: contracapa do balanço social da COOTRAVIPA
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