- Câmara de Comércio Americana

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- Câmara de Comércio Americana
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A n o XX V • n º 2 6 9 • M a i o - J u n h o 2 0 1 1
Entrevista
10 Welcome to Rio
Presidente do Ibeu, Ítalo Mazzoni, fala sobre o “apagão”
do ensino de língua inglesa no Brasil, em um momento de
expectativa para a realização de grandes eventos esportivos
Editorial
A transformação do Rio de 04
Janeiro e o papel da AMCHAM
Em foco
Notícias das empresas sócias 06
Brasil Urgente
Uma copa para orgulhar os brasileiros 14
Coluna
Capa
28 O pré-sal e o Rio de Janeiro
Sérgio Cabral
30 Construção civil é a bola da vez no Brasil
Luiz Fernando Moura
34 Mão de obra: equilíbrio entre oferta e demanda
Marco Aurélio Lucas da Silva
38 Coluna
Tecnologia da Informação
Legal Alert
Mobile Money 16
Governo em conflito: o embate entre a Anvisa e o INPI
Andreia de Andrade Gomes e Denis Alves Guimarães
From The USA
Energy: A Driver of U.S.-Brazil Partnerships 18
Coluna
Finanças e Investimentos
Países emergentes na rota mundial 20
das Fusões e Aquisições
40 News
Por dentro dos eventos da Amcham
60 Opinião
Momento único
Cássio Zandoná
A tiragem desta edição de 8 mil exemplares é comprovada pela Ernst & Young.
EXPEDIENTE
Publicação bimestral da Câmara de Comércio Americana RJ/ES
Editor-chefe e Jornalista Responsável:
Carolina Gouveia (MTB 28.329 RJ)
Reportagem: Gisela Carvalho
Produção: Thaís Nogueira
Projeto gráfico e diagramação:
Alerta! design
Impressão: Sol Gráfica
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Tradução: Raquel Lucas de Sousa
Fotografia: Luciana Areas
Os pontos de vista expressos em artigos
assinados não refletem, necessariamente, a
opinião da Câmara de Comércio Americana.
Câmara de Comércio Americana RJ/ES
Praça Pio X, 15/5º andar
20040-020 Rio de Janeiro RJ
Tel.: 21 3213 9200 Fax: 21 3213 9201
[email protected]
redação: [email protected]
www.amchamrio.com
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Editorial
A transformação do Rio de Janeiro e o papel da AMCHAM
Um novo mandato se inicia com a posse de Henrique Rzezinski como Presidente do Comitê Executivo
para o biênio 2011/2012, ao mesmo tempo em que a AMCHAM completa 95 anos, uma entidade que,
apesar da idade, busca constantemente a renovação.
Esse processo é fruto de um esforço muito grande que vem sendo desenvolvido desde as gestões anteriores, que
procuraram reposicionar a AMCHAM mediante a ampliação das atividades dos Comitês Setoriais, que hoje já são
em número de 13, e que participam ativamente das diversas iniciativas que são permanentemente desenvolvidas.
Para quem assume a função de diretor superintendente é uma agradável surpresa verificar o volume de
atividades simultâneas envolvendo reuniões, palestras, eventos de pequeno, médio e grande porte, a
participação em seminários e feiras, a organização e o acompanhamento de missões empresariais aos
Estados Unidos, abordando temas dos mais variados, de interesse direto dos associados e também da
sociedade como um todo. Isso tudo sem descuidar dos serviços regulares que tradicionalmente oferece.
Tais Comitês, que podem ser caracterizados como o núcleo básico para a geração de ideias e proposições,
congregam em suas reuniões representantes de associados com interesses diversificados e que, exatamente por essa razão, tornam as discussões ricas e sempre criativas.
Assumem ainda outro papel fundamental: o de aproximar a AMCHAM das autoridades representativas
nas três esferas governamentais, especialmente nesse momento singular que vive a cidade do Rio de
Janeiro, em contagem regressiva para os grandes eventos que se aproximam.
É, portanto, uma entidade que, ao possibilitar uma livre troca de ideias, se caracteriza como um fórum
que abre a todos os associados, sem distinção de tamanho, um espaço democrático e, naturalmente, um
importante elemento para ampliação dos relacionamentos.
No sentido de estreitar ainda mais esses contatos, estaremos promovendo regularmente encontros entre
as lideranças desses 13 Comitês, buscando explorar sinergias que possam ser identificadas por intermédio
de ações conjuntas, e propiciando, assim, uma ainda maior integração entre os associados.
Estamos cada vez mais convencidos de que, muito embora possamos ser especialistas em determinados assuntos,
não existe mais hoje em dia a alternativa de se desenvolver ideias em ambientes isolados e é por essa razão que
vemos com satisfação e vamos procurar incentivar sempre a interatividade entre todos aqueles que se preocupam com o bem estar da sociedade, aproveitando o ambiente que a AMCHAM oferece através dos seus Comitês.
Se você é associado e ainda não participa de nenhum Comitê, não se sinta inibido. Procure-nos e venha
compartilhar conosco desta fábrica de novas ideias, objetivo central da AMCHAM.
Helio Blak
Diretor superintendente
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DPZ
Entre todos
os valores que
existem, um é
inegociável:
Liberdade
A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão,
como fundamento essencial da livre-concorrência
entre as empresas que trabalham com produtos legais,
e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer
suas escolhas livremente. Uma grande empresa não
é só medida por seus números, mas também por seus ideais.
Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa,
livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que
faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha.
É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos.
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Em foco
Samarco tem R$ 5 bi para expandir
Eletrobras mais
que dobra lucro
A Eletrobras anunciou em maio lucro líquido consolidado em 2010
de R$ 2,25 bilhões, mais que o dobro dos R$ 911 milhões obtidos em
2009. Segundo a empresa, o crescimento do lucro líquido foi possível graças à melhora do resultado
financeiro, que foi negativo em R$
364 milhões em 2010, depois da
despesa financeira líquida de R$
3,6 bilhões no exercício anterior. No
ano passado, a Eletrobras gastou R$
5,3 bilhões em investimentos, alta
de 1,7% sobre o exercício de 2009.
Os maiores desembolsos ocorreram
em geração, com R$ 2,8 bilhões.
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O Conselho de Administração da Samarco Mineração, formado por representantes da BHP Billiton e da Vale, aprovou a execução do Projeto Quarta Pelotização,
plano de expansão que elevará a capacidade de produção de pelotas de minério de ferro da empresa dos atuais 22,25 milhões de toneladas por ano para
30,5 milhões de toneladas por ano. O aporte de recursos é da ordem de R$ 5,4
bilhões. O projeto contempla a implantação da quarta usina de pelotização e a
adequação do terminal portuário na unidade capixaba de Ubu e uma terceira
linha de mineroduto ligando as plantas industriais de Minas Gerais e do Espírito
Santo. As obras têm previsão de conclusão em 33 meses.
Light premia fornecedores pelo 4º ano seguido
A Light homenageou seus fornecedores com o Prêmio de Qualidade no
Fornecimento, lançado em 2008 pela companhia. O objetivo do prêmio, que
está em seu quarto ano consecutivo, é incentivar e reconhecer a dedicação
dos seus parceiros no aprimoramento de produtos, serviços e processos para
atender aos requisitos de contratação da companhia de energia. A Light tem
no seu cadastro mais de 7,9 mil fornecedores ativos, dos quais 885 realizaram
serviços para a empresa nos últimos 12 meses.
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Forbes: Jones Lang
LaSalle é a mais admirada
A revista Fortune incluiu mais uma
vez a Jones Lang LaSalle em sua lista
exclusiva das “Empresas Mais Admiradas do Mundo”, em reconhecimento
por sua liderança no setor imobiliário
com base em critérios que incluem a
responsabilidade social corporativa,
a qualidade dos serviços e a eficácia
global. Além disso, a empresa foi reconhecida como a mais ética, segundo
ranking do Ethisphere, que na lista de
2011 incluiu 110 empresas, em 38 indústrias e 43 empresas com sede fora
dos Estados Unidos.
Reader’s Digest lança dicionário da língua portuguesa
A Seleções do Reader’s Digest acaba de lançar o Dicionário Seleções de Português – Século XXI, elaborado em parceria com o Instituto Antônio Houaiss. O
dicionário dá exemplos do emprego das palavras, apresenta seus significados
e sinônimos. A obra inclui também um guia de ortografia e pronúncia, lista de
antônimos, dicas de uso, origem das palavras e citações para auxiliar o leitor
a aprofundar seus conhecimentos sobre a Língua Portuguesa. O guia é vendido no site selecoes.com.br ou pelo telefone 4004-2124, para todo o Brasil.
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Alog investe R$ 60 mi
em data center
A Alog Brasil, empresa provedora de
serviços de infraestrutura de TI, anunciou ter investido R$ 60 milhões em um
centro de dados em Barueri, São Paulo.
A informação foi divulgada ao mercado pelo vice-presidente de vendas da
empresa, Eduardo Carvalho, em abril.
Segundo o executivo, o data center
mais moderno do país, com 10 mil m²
de espaço, está previsto para ser inaugurado ainda no primeiro semestre.
Com o empreendimento, a empresa
espera atender soluções mais robustas,
com necessidade de espaço maior. De
acordo com Carvalho, as possibilidades
de grandes negócios vão aumentar a
partir desse novo data center.
Chubb recebe prêmio por desempenho
A Chubb Seguros do Brasil recebeu o reconhecimento da Premiação Mundial de Performance dos Escritórios, concedido pela matriz Chubb Corporation. O prêmio considera as filiadas que obtém resultados acima da média
em três indicadores: lucro, gerenciamento de despesas e crescimento de
prêmio emitido bruto. O escritório de São Paulo foi contemplado na categoria Gold, concedido às operações que excedem significativamente as
expectativas nos critérios avaliados.
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Em foco
BP recebe aprovação
para aquisição de
blocos da Devon
Coca-Cola participa do Desafio da Paz
A Coca-Cola participou em maio do Desafio da Paz, no Complexo do Alemão, em comemoração aos seis meses de pacificação da comunidade.
No ano em que completa 125 anos, a marca reuniu atletas, artistas, funcionários e moradores da comunidade. Entre os 30 integrantes da equipe
estavam as atrizes Bárbara Borges e Adriana Prado (foto). O maratonista
Franck Caldeira também participou da equipe “Razões para acreditar”.
Luis Winter
A BP anunciou ontem que recebeu
a aprovação final para concluir a
aquisição de dez blocos de exploração e produção no Brasil, da
Devon Energy. As aprovações governamentais dadas pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP) eram as
últimas necessárias à conclusão do
acordo anunciado em março do ano
passado. Os blocos darão à BP uma
posição diversificada de exploração
em águas profundas no Brasil.
Cedae será fornecedora de água
de reuso para o Comperj
A Cedae e a Petrobras assinaram em maio um contrato preliminar para
fornecimento de água industrial ao Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj), em Itaboraí. O projeto vai garantir a oferta de 1.500 litros por segundo de água de reuso para as operações futuras do complexo. A água será produzida a partir do esgoto tratado pela Estação Alegria,
no Caju, onde será construída uma Unidade de Tratamento Terciário, que
produzirá a água industrial para o complexo petroquímico.
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Entrevista
Welcome to Rio
Ítalo Mazzoni
C
om a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos,
o Rio de Janeiro corre contra o tempo para organizar toda
sua infraestrutura na recepção dos eventos esportivos. São
esperados quase 200 mil visitantes de toda parte do mundo, com
suas culturas e línguas próprias. Mas estariam os cariocas preparados
para estabelecer algum elo de comunicação com os turistas?
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“Ainda não temos uma expansão do ensino de língua inglesa
que eventos dessa natureza [Copa e Olimpíadas] impõem”
Segundo o presidente do Instituto Brasil-Estados Unidos (Ibeu), Ítalo
Mazzoni, o cenário ainda é falho e o
caminho para chegarmos até lá é longo.
Para ele, existem várias razões para essa
deficiência no ensino de língua inglesa
no país. Entre elas estão a baixa qualidade do ensino, a escassez de professores
qualificados nas escolas privadas e o fato
de o inglês não ser disciplina obrigatória
até o sexto ano do ensino fundamental.
A empresa de ensino de idiomas
Education First divulgou em março uma
pesquisa em que apresenta o Brasil na
31ª posição entre 44 países num ranking
de proficiência em inglês. Na América
Latina, ficamos atrás de países como
Argentina (16º) e México (18º).
No entanto, Mazzoni aponta que
existe luz no fim do túnel. Atualmente,
o Ibeu vem tentando realizar alguns
projetos em parceria com órgãos do
governo, melhorando a capacitação
de jovens para o mercado de trabalho,
com vistas à Copa e às Olimpíadas.
Com 17 filiais, sendo 15 no Rio
de Janeiro e 2 em Niterói, o Ibeu pensa
em expandir para atender essa demanda,
cada vez mais crescente. “Essa possibilidade não nos deixa de empolgar, mas
temos que fazer com cautela. Por ser-
mos uma instituição filantrópica e sem
fins lucrativos, esbarramos em algumas
limitações”, explicou o executivo.
Sobre os possíveis locais para
abertura de filiais, Mazzoni é enfático
em afirmar que tem pretensões na Zona
Oeste e em municípios vizinhos ao Rio.
A seguir, os destaques da entrevista.
O Rio de Janeiro está em voga com a
proximidade dos eventos esportivos
que serão realizados aqui nos próximos anos. Sabe-se que muito ainda
está por fazer para atingir a excelência
na recepção desses eventos. A deficiência da população fluminense em relação à proficiência em língua inglesa
é apontada como uma delas. O domínio do inglês ainda está muito distante
da realidade dos fluminenses?
Pode-se dizer que sim. Alguns
fatores são preponderantes para determinar esse cenário. A qualidade do ensino de língua inglesa, principalmente
no ensino público, é um deles. Apenas
no sexto ano, os alunos começam a
aprender inglês. Em algumas escolas,
existe até a possibilidade de escolha
entre o inglês e o espanhol. Existe
também uma escassez de professores
qualificados, tanto no ensino público
quanto no ensino privado. O que
acontece nesse caso é que falta atratividade para a profissão do professor,
que hoje está em baixa em termos
financeiros e de autoestima.
Existe mesmo um “apagão” no ensino
de língua inglesa no país?
Com tudo isso, é possível dizer
que existe um apagão do inglês no
país, sim, e em vários níveis. Ainda não
temos uma expansão do ensino de língua inglesa que eventos dessa natureza
[Copa e Olimpíadas] impõem. Temos
um déficit de profissionais para trabalhar diretamente com turismo. Nas
universidades, muitos pesquisadores
estão em desvantagem em relação à
comunidade internacional por falta de
fluência oral e escrita na língua inglesa.
Nas próprias empresas, as vagas de trainees e estagiários não são preenchidas
por falta do requisito do inglês.
Como o Ibeu tem se posicionado no
sentido de melhorar esse cenário?
Tivemos algumas experiências
positivas no Ibeu. Em 2008, fizemos
um curso chamado Welcome to Rio,
em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo do Rio, com quase
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Entrevista
“Hoje o inglês não é mais um diferencial, mas uma ferramenta
básica e imprescindível para quem apresenta qualquer currículo,
mesmo um jovem estagiário, no mercado de trabalho”
500 pessoas. O projeto se destinava
aos profissionais que trabalhavam com
turismo. Era composto, então, por
taxistas, guardas municipais, profissionais de hotelaria, entre outros. Cada
um dos setores recebia conhecimentos
básicos de inglês relativos a sua própria
área de atuação. Ao final do curso, na
entrega dos diplomas, eles pediam que
nós continuássemos com o curso, ainda
que eles próprios tivessem que pagar.
A semente está plantada.
De forma independente, a instituição não tem planos de atuar focada
nesse segmento?
Nós temos algumas parcerias hoje,
que nos permitem agir de forma independente do Estado. Temos parceria com a
Embaixada norte-americana e também,
em maior grau, com o Consulado dos
Estados Unidos no Rio de Janeiro, com
quem nós atuamos junto às comunidades
cariocas pacificadas. Temos, atualmente,
um curso no Cantagalo e o próximo a
ser lançado é no Morro da Providência,
provavelmente em agosto deste ano. Nosso objetivo é melhorar a capacitação de
nossos jovens para o mercado de trabalho,
com vistas à Copa e às Olimpíadas.
No embalo da Copa e das Olimpíadas,
a instituição tem planos de expansão?
Existe a intenção, mas o crescimento exige uma série de providências,
investimentos. Essa possibilidade não
nos deixa de empolgar, mas temos que
fazer com cautela. Por sermos uma instituição filantrópica e sem fins lucrativos, esbarramos em algumas limitações.
Por exemplo, hoje o Ibeu não pode
abrir franquias. Então, a cada nova
unidade, temos que ter o cuidado com
os investimentos, porque uma expansão é uma oportunidade, mas também
um risco. Existe um empreendimento
em construção hoje, em Del Castilho,
que é um grande polo populacional,
com universidades e um shopping de
importante relevância econômica. Já
fizemos a aquisição de um andar inteiro do prédio que está em construção,
para começar a operar em 2014. Hoje,
o Ibeu tem 17 filiais, sendo 15 no
Rio de Janeiro e 2 em Niterói, mas
queremos ir além disso, com certeza.
Qual seria a região pretendida para
essa possível expansão?
Existem algumas áreas que nos
empolgam muito, porque têm um
potencial de crescimento muito
grande, como a Zona Oeste e alguns
municípios vizinhos.
Ter uma segunda língua ainda é um
diferencial competitivo em termos
de mercado de trabalho ou a questão já avançou com a interatividade
e a velocidade das redes sociais?
Mais do que isso. Hoje o inglês
não é mais um diferencial, mas uma
ferramenta básica e imprescindível
para quem apresenta qualquer currículo, mesmo um jovem estagiário,
no mercado de trabalho. Até nas
redes sociais, a limitação com a língua se faz presente. Temos alunos
que nos procuram exatamente em
busca de maior interatividade nas
novas mídias. O interessante é que,
neste contexto, o aprendizado assume uma nova perspectiva, visando
à comunicação online, que requer
habilidades específicas.
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Brasil Urgente
Uma copa para
orgulhar os brasileiros
Orlando Silva
A
Foto: Marcelo Santos
Copa do Mundo 2014 tem dia e hora para
começar. A execução das metas definidas
pelo Governo federal, em consonância
com as esferas estaduais e municipais das 12
cidades-sede, ditará o sucesso da organização do
maior evento esportivo do planeta.
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“O mundo verá uma nação moderna e inovadora,
com democracia estável e pujante, marcada pela
diversidade cultural e pela tolerância”
Nesse contexto, 2011 se apresenta como um ano
fundamental. É hora de pisar no acelerador para assegurar que os projetos de mobilidade urbana, construção de
estádios e reformas de portos e aeroportos cumpram os
prazos determinados.
O Mundial tem três ciclos de planejamento e trabalho. O primeiro já foi cumprido. Selecionamos propostas
e viabilizamos o financiamento de ações de infraestrutura.
O segundo incorpora temas fundamentais como telecomunicações, saúde, energia, segurança, turismo e preservação
ambiental. O derradeiro ciclo tratará da operacionalização
propriamente dita da Copa.
O torneio que reunirá as 32 melhores seleções de futebol
do planeta é mais do que um megaevento esportivo. Produz
oportunidades, acelera o desenvolvimento econômico e promove o país em âmbito global. O mundo verá uma nação
moderna e inovadora, com democracia estável e pujante,
marcada pela diversidade cultural e pela tolerância.
O país do futebol e do samba abrirá o leque de suas
qualidades, revelando também as limitações e o compromisso
de evoluir. A Copa serve como catalisador de investimentos
que mais cedo ou mais tarde o Brasil teria de fazer. O sistema
aeroportuário é um bom exemplo. Além de ampliar a capacidade de gestão da Infraero, o governo está reestruturando o
comando da área e absorvendo maior participação do setor
privado. O objetivo é requalificar 13 aeroportos e adequá-los
ao cenário de crescimento do país.
A Copa gera empregos. Estudo encomendado pelo
Ministério do Esporte estima que mais de 700 mil trabalhadores – 330 mil permanentes e 380 mil temporários – serão
absorvidos pelo mercado antes, durante e após o Mundial.
A Copa estimula a melhoria do transporte coletivo. São 54
projetos para aperfeiçoar a mobilidade urbana. Aqui, como
no caso dos aeroportos, o desafio do cronograma é urgente,
pois 70% das obras começam em 2011.
O ritmo dos preparativos, portanto, precisa aumentar a
cada dia. Com transparência e acompanhamento da população em todas as etapas do processo, o Mundial 2014 deixará
um legado tangível, da infraestrutura urbana à justiça social.
Os brasileiros terão orgulho da melhor Copa da história.
Ministro do Esporte
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Tecnologia da Informação
Mobile Money
Ingrid Esser
Atualmente, considera-se que 49% dos brasileiros
não possuam conta bancária. Esse estrato da população é
composto, sobretudo, por cidadãos pertencentes à classe
C, este que vem se tornando um grupo cada vez mais
representativo no que se refere a poder aquisitivo.
A quantidade de telefones celulares no Brasil também
impressiona. Hoje, são mais de 200 milhões de aparelhos,
significando que existem mais celulares do que pessoas no
território nacional. Em 2010, 25 milhões de jogadores de games
através de redes sociais movimentaram R$200 milhões, apenas
na aquisição de créditos e itens virtuais. Mas o que todos esses
dados têm em comum? A oportunidade gerada de realizar a
aquisição de bens virtuais através do telefone celular.
Devido à divisão de receita ainda não muito favorável
aos comerciantes, o mobile payment, solução largamente
explorada no exterior, ainda se encontra em estágio inicial
de desenvolvimento, rumo a se transformar em mais uma
grande potência no Brasil. O funcionamento da aquisição de
bens virtuais via celular depende da integração entre o site que
vende o produto e as operadoras de telefonia. Essa conexão
é realizada pelas integradoras, empresas que se conectam às
operadoras e que possuem inteligência para operacionalizar
o pagamento, além de conectar os usuários às operadoras e
ao site que efetivamente está vendendo o produto.
O principal ponto positivo dessa solução é a possibilidade que o comerciante tem de atingir um público ao
qual não teria acesso pelos meios tradicionais. Afinal, nem
todos os clientes potenciais possuem uma conta bancária,
mas a maioria tem um telefone celular.
O SMS Premium - nome dado ao formato de pagamento
em que o usuário envia um SMS autorizando o débito em sua
conta de celular de valores predeterminados - está sendo adotado, primeiramente, pelas empresas de games. No entanto, a
possibilidade de aplicação dessa solução se estende à compra
de acesso restrito a sites, compra de conteúdo virtual (como
filmes e músicas), compra de domínio de websites, etc.
Em outros países que já possuem uma legislação específica para o tema, diferentes formatos de realização de transações
monetárias através do celular já estão sendo utilizados. Entre
essas transações, o Money Transfer, ou transferência de valores,
possui maior destaque em países como o Quênia, por exemplo.
O M-Pesa, serviço de mobile money da operadora Safaricom,
permite a população desbancarizada realizar transferências
e pagamentos utilizando mensagens de SMS, debitando ou
creditando diretamente em suas contas telefônicas.
Observando essa orientação do setor e a fim de expandir seu conhecimento e identificação de oportunidades no
segmento de mobile money no Brasil, a integradora da MJV
Tecnologia e Inovação está desenvolvendo um laboratório de
inovação (de mobile money) - uma iniciativa que integra a equipe
multidisciplinar de consultoria de inovação estratégica à equipe
da integradora mobile, para que juntas apliquem o processo de
design thinking, afim de descobrir as necessidades dos usuários
no âmbito de transações monetárias, e de gerar ideias que atendam a essas necessidades focadas no uso do telefone celular.
Segundo opiniões de especialistas do mercado, a solução
do mobile money só tende a crescer. A previsão é que o número
de usuários dobre nos próximos três anos e chegue a 200 milhões.
É a grande oportunidade para o mercado brasileiro alavancar o
poder de aquisição da população sem conta bancária.
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From the USA
Energy: A Driver of U.S.-Brazil Partnerships
Kevin T. Murakami
O
n March 30, 2011, President Barack Obama outlined a new
energy policy for the United States, calling for accelerated
development of biofuels and other renewable energy
sources, a reduced dependence on fossil fuels, and new bilateral
partnerships for a secure energy future. The speech came just
10 days after the President’s historic visit to Brazil, and President
Obama specifically cited Brazil as a future energy partner and as
a model for our own renewable energy goals.
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“The United States seeks to learn from Brazil’s strong
record of ethanol production and cost-efficiency”
Oil and gas production offers a prime example of the
importance of our energy collaboration. Brazil’s pre-salt reserves
promise to take Brazil to a new level of prosperity and energy
independence. The importance of these reserves - located in a
stable democracy close to conflict-free sea lanes - as a future
source of world oil supply is evident. As Brazil develops these reserves, the United States wants to a good customer and a reliable
partner. Both of our countries can benefit by working together
on environmentally-sound deepwater production methods and
state-of-the-art drilling technology. In fact, right here in Rio de
Janeiro, American and Brazilian companies are establishing, side-by-side, research centers to develop the necessary technology to
efficiently develop the pre-salt petroleum resources.
Brazil’s ethanol market demonstrates the potential of
renewable fuels to the world. The United States seeks to
learn from Brazil’s strong record of ethanol production and
cost-efficiency. Indeed, Brazilians do not power their vehicles with ethanol because they have to. They do it because
it has been cheaper than gasoline. If alternative fuels are to
gain widespread use in the United States, it will be because
of similar choices of economy. Our two countries have a
robust agenda of cooperative research and development on
other advanced biofuels, such as lignocellulosic biomass.
American and Brazilian companies in the aviation sector
are partnering to pioneer biofuels technology for commercial flight, and our regulators intend to develop common
standards for aviation biofuels. We are also partnering to
support the development of legal frameworks for biofuels
production in Latin American and African countries, another example of the global nature of our energy relationship.
Other renewable fuels will play a prominent role in America’s
energy future. President Obama has set a goal of doubling the
amount of clean energy sources in all U.S. electricity generation
by 2035. Wind, solar, hydro, nuclear, and clean natural gas will
power this new energy matrix, and the Brazilian and American
private sectors are already leading the way ahead. Current Brazilian demand for wind power, for example, is making American
manufacturers of wind turbine producers more competitive and
technologically-advanced. Both of our countries’ economies are
benefitting from these commercial partnerships.
Energy efficiency is another area we must address
together. In the United States, we have raised gas mileage
standards for vehicles and electricity standards for dozens of
appliances, which can save consumers billions of dollars in
the coming decades. Brazil has also set efficiency standards
for certain appliances. We now seek to work together on
consumer and industrial efficiency standards through joint
workshops and sharing of technology. This collaboration is
extremely important. Over the next decades, energy efficiency
will be one of the lowest cost options for reducing carbon
pollution, while stimulating economic growth and fostering
energy security. As Brazil continues its economic ascent – and
prepares for the World Cup and the Olympics – there are
opportunities to save energy by upgrading buildings and
making new construction projects highly efficient, right from
the start. The United States stands ready to help in this effort.
Governments can only do so much in promoting a
secure energy future. Ultimately, it is the private sector that
will be the engine for developing new, cost-effective energy
technologies and bringing them to market. As Brazil and the
United States are the hemisphere’s two largest economies and
democracies, energy will continue to define the global nature
of our relationship and drive the partnerships between our
governments, our scientists, and our companies. By working
together today, the United States and Brazil can guarantee
energy security, while meeting the challenge of climate change,
creating jobs, and promoting prosperity. This will build a better
tomorrow for us all.
Consul for Political and Economic Affairs
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Finanças e Investimentos
Países emergentes na rota mundial
das Fusões e Aquisições
Luís Motta
A América Latina tornou-se um dos principais alvos de
empresas americanas no que diz respeito a fusões e aquisições.
De116 transações realizadas por americanos no segundo semestre de 2010 – número abaixo dos 134 acordos nos primeiros seis meses – 40% tiveram como destino companhias latinas.
E o Brasil está em situação de destaque neste cenário: foi o país
preferido dos americanos, à frente do Caribe e América Central.
O que mostra que a América Latina continua sendo
atrativa, com previsão de aumento do PIB e recursos naturais
e commodities abundantes. E que o Brasil se destaca, por ser
uma das economias que mais crescem no mundo, impulsionado pelo crescimento da classe média e pelo aumento do
poder de compra da população, sem falar nas oportunidades
em setores como infraestrutura e energia, à medida que o País
irá sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Os dados são do estudo da KPMG International
“Emerging Markets International Acquisition Tracker”,
que monitora os negócios realizados entre economias
desenvolvidas e emergentes.
O levantamento ainda mostra que depois de um 2009
abalado pela crise financeira mundial, o panorama de Fusões
e Aquisições (F&A) em 2010 foi de recuperação, com indícios
fortes de que o mercado está se reestruturando para crescer.
Exemplo disso foram os negócios realizados entre
países desenvolvidos e emergentes, que aumentou 9%
entre o último semestre de 2009 e o primeiro de 2010, e
permaneceu estável ao longo do ano passado.
Grande parte da alta nos acordos aconteceu por
conta da retomada do apetite dos europeus e norte americanos, que voltaram a realizar aquisições de empresas
emergentes e lideraram essa movimentação, seguidos por
companhias de Cingapura, Canadá e Reino Unido.
Nesse contexto, os BRICs estão se destacando como alvo
dos desenvolvidos, com as empresas russas sendo as mais
visadas mundialmente. O sul e leste da Ásia, China, Europa
Central e Leste Europeu também foram o foco das atenções.
Quando avaliamos no sentido contrário, de companhias
de emergentes adquirindo empresas em nações desenvolvidas, houve uma grande movimentação de F&A em 2010; apesar dos acordos terem arrefecido no segundo semestre, com a
diminuição do poder de compra do consumidor e as incertezas
nas nações desenvolvidas. Ainda assim, as economias desenvolvidas continuam representando mercados grandes e ricos,
que apresentam oportunidades de investimento e ampliação
para empresas emergentes que são ou desejam ser globais.
Novamente, o BRIC chamou a atenção, sendo a China
e a Índia os principais compradores, assim como o sul e o
leste da Ásia. No alvo desses países estão companhias da
Europa, Estados Unidos e a Austrália.
Outra movimentação que vem crescendo é a de F&A
entre empresas de países emergentes, que estão mais
frequentes à medida que as organizações buscam acesso
a matérias-primas, fontes de energia e consumidores em
mercados com características semelhantes às suas.
Com isso, fica claro que os emergentes estão desempenhando um papel central no cenário global de
F&A, seja como alvo de economias desenvolvidas, como
comprador dessas empresas, ou mesmo de investidor em
outras nações emergentes. E estão sendo peça chave para
a retomada mundial dessa movimentação.
Sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil
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Riqueza ultraprofunda
Foto: Stéferson Faria / Agência Petrobras
Capa
Por Carolina Gouveia
D
esde que as primeiras descobertas do pré-sal – que ao que se
prevê hoje pode conter um volume de 50 bilhões ou mais de barris
de petróleo – começaram a mobilizar o governo e as petrolíferas
do país e do mundo, todo o processo licitatório de novas explorações
tanto de blocos em águas rasas quanto de camadas ultraprofundas ficou
estagnado, à espera de definições da nova regulamentação.
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“Dificilmente haverá este ano qualquer tipo de
licitação para a área da Bacia de Santos, que já
acontecerá sob o novo regime de partilha”
Em abril, ao contrário do que era esperado pelo
mercado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) anunciou a liberação, após três
anos, da 11ª rodada de licitação de blocos para exploração
e produção de petróleo e gás natural, mas apenas para as
camadas mais rasas. A data para a realização do leilão está
prevista para setembro ou outubro deste ano.
No anúncio da nova rodada, ainda com alguns ajustes
a serem definidos no marco regulatório do pré-sal – como o
percentual que será destinado ao Fundo Social – a diretora
da ANP, Magda Chambriard, afirmou que dificilmente
haverá este ano qualquer tipo de licitação para a área da
Bacia de Santos, que já acontecerá sob o novo regime de
partilha. “Nós vamos ficar na dependência do projeto de
lei que define os royalties. Eu acredito que, em função
deste complicador, a gente só possa licitar no pré-sal no
ano que vem. A não ser que aconteça um rito de urgência
urgentíssima, o que eu, particularmente, não acredito”,
avaliou a diretora na ocasião.
A expectativa do mercado vem de um pouco antes,
de dezembro de 2010, quando o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, antes de deixar o governo, decidiu aceitar
com ressalvas a reivindicação de estados não produtores,
conferindo a eles uma participação nos royalties (que representam o pagamento à União e aos estados e municípios
produtores de um percentual do preço do barril).
O entrave, segundo as das declarações da diretora da
agência, provém desta época. A partir de então, o texto do
projeto – com partes vetadas e outras aprovadas por Lula
ainda no ano passado – ainda precisa passar pelo Legislativo, que vai apreciar o projeto da partilha dos royalties.
Também é preciso criar, antes da primeira licitação
sob o novo modelo de partilha, a estatal que administrará
a exploração das áreas recém-descobertas. A intenção já
está aprovada, mas desde a tramitação no Congresso, nada
de efetivo foi realizado para implantar a nova companhia.
Enquanto o imbróglio sobre a divisão dos royalties se
estende, defensores da manutenção do modelo que beneficia os estados produtores defendem seus pontos de vista.
A Brazilian Business trouxe o tema para esta edição e deu
voz aos mais diferentes segmentos envolvidos na questão,
o que inclui o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, um dos mais influentes defensores da manutenção
do modelo vigente junto ao governo Federal.
Segundo ele, “a indústria do petróleo oferece riscos
ambientais e socioeconômicos para as regiões onde a sua
extração é feita”, o que justificaria o pagamento dos royalties apenas aos estados produtores. De acordo com Cabral,
em texto que poderá ser lido na íntegra nesta edição, o
estado produz, hoje, mais de 80% de todo o óleo do país,
volume suficiente para explicar o montante recebido pelas
unidades da federação produtoras de petróleo e gás, sob o
argumento da compensação ambiental.
No ano passado, também em águas profundas, mas
bem longe do pré-sal brasileiro, o acidente da British
Petroleum, no Golfo do México, que se tornou o maior
da história da indústria petrolífera com um vazamento de
quase 800 milhões de barris de petróleo, tornou-se um
marco na luta dos estados produtores na briga pelo recebimento dos royalties das jazidas já existentes e também
das áreas do pré-sal ainda não licitadas.
Enquanto isso, a ANP descarta novas perfurações no
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“O atraso na licitação das áreas de exploração em
camadas ultraprofundas pode representar, no
entanto, um ganho para determinados segmentos”
pré-sal. O que se tem certeza, por enquanto, é que a agência
pretende contratar um serviço de sísmica tridimensional (3D)
para analisar a região nordeste do Campo de Libra, o que acontecerá “em breve”, segundo informações da diretora da ANP.
Demora na licitação do pré-sal beneficia ações da Petrobras
O atraso na licitação de novas áreas de exploração
em camadas profundas pode representar, no entanto, um
ganho para determinados segmentos da área.
A Petrobras, principal operadora dos blocos, segundo
o texto aprovado no Senado Federal, é a principal beneficiada com esse atraso, segundo os economistas do Banco
Santander. A companhia possui atualmente um plano
investimentos bastante elevado, com muitos projetos em
andamento ou previstos para serem executados ao longo
dos próximos anos, informou o banco.
Os trabalhadores do setor também ganham um tempo
a mais para se especializar nas técnicas ultraprofundas,
embora o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha
Mercante afirme que falta de mão de obra qualificada
é um problema que os estados produtores não têm. “O
desafio é a formação de Oficiais Mercantes que tripulem
as embarcações que irão compor o sistema de extração e
escoamento de petróleo da camada pré-sal”, diz o diretor
do Sindmar, Marco Aurélio da Silva, em texto publicado
na íntregra nesta edição. No entanto, ele confirma que já
nos dias de hoje é possível assistir a um “saldo” de oficiais,
o que suportaria a exigência de produções futuras.
Outro setor muito beneficiado com a demora é o de
construção civil. Os empreendimentos nas proximidades
de polos produtores de petróleo cresceram a reboque da exploração do pré-sal. Foi o que aconteceu com a Brookfield
Incorporações, uma das mais conceituadas incorporadoras
do país, que aproveita o bom momento econômico do
país, em especial a expansão do setor petrolífero. “É fundamental aproveitar as oportunidades atuais e em futuro
próximo. O empreendedor imobiliário deve estar sempre
atento às oportunidades de crescimento e aos vetores de
desenvolvimento das regiões onde atua”, diz Luiz Fernando
Moura, diretor executivo da construtora. A Brookfield
possui empreendimentos no entorno do Comperj, em
Itaboraí, região metropolitana do Rio, e do porto de Itaguaí, também no estado, conforme você poderá conferir
em artigo escrito exclusivamente para esta edição da BB.
Muito ainda se tem por aproveitar com a lentidão
no processo licitatório dos blocos do pré-sal, mas o fato é
que o mercado anda ansioso por respostas.
No início do ano, o atual ministro de Minas e Energia, Édison Lobão, anunciou o processo para o primeiro
semestre. Agora, já fala em 2012. A data certa ainda não
se pode prever, mas os benefícios do “ouro negro” oriundo
das profundezas do mar já podem ser notados.
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O pré-sal e o
Rio de Janeiro
Foto: Stéferson Faria / Agência Petrobras
Capa
Sérgio Cabral
O
Rio de Janeiro produz, hoje, mais
de 80% do óleo e de 40% do gás
natural do Brasil. Números muito
expressivos, que fazem do nosso estado
a capital energética do país e alavancam
grandes investimentos. A descoberta do
pré-sal tornou esse cenário ainda mais
promissor para a economia do Rio. Temos,
em nosso território, 60% da área das novas
reservas, estimadas em 80 bilhões de barris
de óleo leve. A previsão é de que sejam
investidos, só nas áreas já licitadas, entre
US$ 600 bilhões e US$ 1 trilhão até 2020.
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“A nova legislação extingue a participação especial, mas aumenta a
alíquota dos royalties. Com a previsão do aumento da produção de
barris, o Rio não sofrerá perdas na receita atual – ao contrário, pode até
vir a ter mais recursos para investir em meio ambiente e infraestrutura”
Ao mesmo tempo em que possibilita investimentos extraordinários, gerando empregos e riqueza para todo o estado,
a indústria do petróleo também oferece riscos ambientais e
socioeconômicos para as regiões onde a sua extração é feita.
Foi para compensar esses danos causados pelo petróleo que
a Constituinte de 1988 criou os royalties, que representam o
pagamento à União e aos estados e municípios produtores de
um percentual do preço do barril. Depois, surgiu a participação
especial, que garante a esses mesmos envolvidos um percentual
sobre o lucro que a plataforma tiver gerado.
A questão dos royalties voltou ao debate público no
ano passado por causa da emenda Ibsen Pinheiro, que tentou
modificar o marco regulatório do pré-sal ao propor a divisão
dos royalties do petróleo por todos os estados e municípios
brasileiros. E mais: ela alteraria, inclusive, as atuais regras do
pós-sal. Se a mudança de regras na compensação do pré-sal já
nos prejudicaria, a sua aplicação às jazidas já existentes levaria o
nosso estado à falência.
Mas o Rio de Janeiro não aceitou esse absurdo. Por força
da nossa mobilização popular, além da participação fundamental
da bancada federal do Rio, conseguimos sensibilizar a opinião
pública e estabelecer um debate que repercutiu em todo o país.
Felizmente, a emenda foi vetada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e foi definido um novo marco regulatório, muito
mais coerente, que contempla todas as unidades da Federação e
ao mesmo tempo mantém o nosso estado em um patamar mais
justo no que diz respeito às compensações ambientais.
A nova legislação extingue a participação especial, mas
aumenta a alíquota dos royalties, que passará de 8% para 21%.
Com a previsão do aumento da produção de barris, o Rio não
sofrerá perdas na receita atual – ao contrário, pode até vir a ter
mais recursos para investir em meio ambiente e infraestrutura.
Com o pré-sal, o nosso estado consolida ainda mais o seu
papel de principal foco de investimentos em pesquisa na área de
óleo e gás. Exemplo disso é o parque tecnológico da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, que já reúne um
grande número de empresas do ramo. Nos últimos 12 meses,
sete grupos anunciaram projetos para a área: Schlumberger,
Halliburton, Baker Hughes, FMC, Confab-Tenares, Usiminas
e General Eletric. O investimento chega perto de R$ 760 milhões. Estas empresas precisarão de mão de obra qualificada e a
estimativa é de que sejam criados 1.400 novos empregos. Além
disso, outras dez empresas aguardam o momento de se instalarem
no parque, que precisará ser expandido.
O pré-sal também vai impulsionar a indústria naval do
estado. Novos estaleiros estão sendo construídos, e outros,
revitalizados, por conta das encomendas já anunciadas por
empresas como Petrobras, OGX e a britânica BG Group. O
nosso governo também trabalha, em parceria com a Petrobras
e a Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo),
na capacitação de pessoal e no desenvolvimento da cadeia de
navipeças. O nosso grande objetivo é incluir competitivamente
as empresas locais na cadeia de fornecimento para as empresas
que vão explorar o pré-sal.
As reservas do pré-sal significam, portanto, uma oportunidade extraordinária para o nosso estado, uma chance histórica
para consolidar ainda mais esse novo momento que o Rio de
Janeiro vive. Um momento de entendimento entre os níveis de
poder, de desenvolvimento econômico, e de geração de mais
emprego e renda para todo o nosso povo.
Governador do Estado do Rio de Janeiro
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Construção civil é a
bola da vez no Brasil
Luiz Fernando Moura
A
palavra “boom” nunca frequentou tanto
as manchetes de jornal do setor de
construção civil brasileiro, especialmente
no Rio de Janeiro. A boa fase não se deve apenas
ao consequente aquecimento econômico com o
anúncio da realização dos Jogos Olímpicos e da
Copa, mas também pela proximidade e expansão
das áreas de siderurgia e petróleo.
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“A situação é promissora: não seria exagero fazer uma previsão
que aponta uma demanda potencial para a produção
anual de 1,2 milhão de novas moradias em nosso país”
De acordo com o panorama 2010 do Secovi – RJ,
municípios antes pouco explorados pelas construtoras,
como São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e
Belford Roxo registraram recorde de índices comparados
aos da Zona Norte. Uma média de valorização de 50% se
comparado a 2009. No Brasil todo, já foi noticiado pela
imprensa que as construtoras e a auto-construção alcançaram mais de um milhão de novas unidades residenciais
em 2010. O SBPE (Sistema brasileiro de Poupança e
Empréstimo) financiou mais de 420.000 unidades, cujos
valores de financiamento ultrapassaram a marca de R$ 56
bilhões. O Programa Minha Casa Minha Vida também
possibilitou a milhares de famílias realizar o sonho de ter
a sua própria residência.
O quadro atual decorre do aquecimento da economia,
da melhoria do ambiente de negócios e do crescimento
da renda da população. A situação é promissora: não seria exagero fazer uma previsão que aponta uma demanda
potencial para a produção anual de 1,2 milhão de novas
moradias em nosso país. Só nós, da Brookfield Incorporações, estamos prevendo um aumento de mais de 60%
em relação ao volume de lançamentos de 2010. No Rio
de Janeiro, chegamos a Niterói e estamos aumentando
nosso volume de negócios fora da Região Metropolitana
com lançamentos em direção ao sul do Estado, onde o
porto de Itaguai, as obras do arco metropolitano e outros
investimentos em infraestrutura previstos para a região
estão incentivando a instalação de diversas indústrias,
impulsionando o crescimento da região. O mesmo ocorre
nas regiões leste e norte do estado com a indústria do
petróleo com o futuro Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro (Comperj).
Diante deste quadro é fundamental aproveitar as
oportunidades atuais e em futuro próximo. O empreendedor
imobiliário deve estar sempre atento às oportunidades de
crescimento e aos vetores de desenvolvimento das regiões onde
atua para se posicionar em locais que se tornarão as áreas de
expansão urbana das cidades.
Ter consistência para acompanhar este boom de desenvolvimento é fundamental. Viemos nos preparando nos
últimos anos, qualificando e treinando nossos gestores para
vencer os desafios que este crescimento nos impõe. Existe
também muito trabalho a ser feito junto aos nossos fornecedores e às instituições financeiras que atuam no segmento de
crédito imobiliário, mas estes também têm se preparado para
este momento do mercado.
A mão de obra é outro grande desafio. Segundo sondagem feita pela Confederação Nacional Indústria (CNI) com
375 empresas do setor, a falta de mão de obra qualificada é
o principal problema da construção civil do país. Segundo
o levantamento, 68,4% dos empresários do ramo apontam
a dificuldade em contratar empregados aptos a trabalhar em
obras como um dos três maiores entraves da atividade. Isso
ocorre porque houve um crescimento muito forte e um des-
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“Em um cenário competitivo como o mercado
imobiliário, investir em conhecimento é muito
mais do que investir em desenvolvimento”
colamento entre demanda por mão de obra e a quantidade
de trabalhadores qualificados. Independentemente disso, a
sondagem mostrou que a maioria das empresas trabalhou
durante todo o ano de 2010 em ritmo de atividade acima
do usual e com número de empregados crescente.
Atender essa demanda, formar pessoas, treinar profissionais e desenvolver novos métodos construtivos, com
maior grau de industrialização, são assuntos que se inserem de
forma prioritária em nossa agenda. Em um cenário competitivo como o mercado imobiliário, investir em conhecimento
é muito mais do que investir em desenvolvimento.
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nas áreas de mercado imobiliário, gestão de líderes e SAP
até formação técnica e operacional para colaboradores nos
próprios canteiros de obras. Se o funcionário tiver um bom
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O Portal oferece seis escolas para desenvolvimento.
Cada escola apresenta temas e abordagens específicas e complementares entre si, permitindo que o colaborador tenha
uma visão mais ampla e integrada do negócio. Sabemos que
este é apenas o início de muitas ações que ainda virão pela
frente, e que nos permitirão construir um país de talentos
onde o futuro finalmente chegou.
Diretor Executivo da Brookfield Incorporações
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Mão de obra: equilíbrio
entre oferta e demanda
Marco Aurélio Lucas da Silva
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“Nos últimos anos, os armadores vêm focando
suas ações na tentativa de substituir Oficiais
brasileiros por estrangeiros, sob a alegação
de falta de profissionais no mercado nacional”
Em novembro de 2008, quando a então Ministra da
Casa Civil Dilma Rousseff anunciou as reservas de 5 a 8
bilhões de barris de petróleo, existentes no campo de Tupi,
os olhos do mundo se voltaram para o Brasil. Tamanha
atenção se justifica pelo fato de que, em 2007, a Petrobras
divulgava que as reservas provadas de petróleo e gás natural do Brasil estavam em 13,920 bilhões. Posteriormente,
foram descobertos outros poços na mesma região, entre
os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina. A uma
profundidade que chega a superar 7 mil metros, tais reservas fazem da região a mais cobiçada comercialmente no
mundo. Sua capacidade fará do Brasil um exportador do
hidrocarbonetos, abrindo-lhe a oportunidade de pleitear,
em futuro próximo, a adesão à Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep), se assim o desejar.
A extração de petróleo de camadas tão profundas é um
enorme desafio. Entretanto, tal descoberta é o conjunto de
outros inúmeros desafios. O primeiro deles foi a descoberta
em si, pois a Petrobras gastou longos anos até desenvolver
a tecnologia necessária. Quanto ao setor representado pelo
SINDMAR, o desafio é a formação de Oficiais Mercantes
que tripulem as embarcações que irão compor o sistema
de extração e escoamento de petróleo da camada pré-sal.
O dimensionamento da frota para escoamento do
petróleo via modal marítimo determina o número de
embarcações de apoio necessárias. Considera, ainda, os
destinos do material escoado e o tempo de retorno de cada
embarcação. É preciso tripular essa nova frota.
Considerando a importância estratégica da formação
de Oficiais Mercantes, recentemente o SINDMAR solicitou estudo ao Departamento de Estatística do Instituto
de Matemática e Estatística da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (UERJ), objetivando apurar a demanda
de Oficiais no mercado e apontar as necessidades de formação para atender às demandas futuras. Tal estudo dará
grande contribuição aos órgãos públicos, responsáveis
pela formulação de políticas e programas destinados ao
desenvolvimento e à sustentabilidade do setor marítimo.
A estimativa da entrada de novas embarcações deve
seguir critérios responsáveis, considerando ainda aquelas
que, ao longo do período, estarão fora do tráfego, por não
atenderem exigências internacionais de segurança, inexistentes na época de sua construção. Portanto, o tema deve
ser focado como a relação entre as novas embarcações e
as que serão desarmadas. Temos aí um saldo de Oficiais,
já contemplado no estudo do SINDMAR.
Os armadores publicaram, em 2008, estudo prevendo para 2009 um déficit de 1200 Oficiais. Já em 2010, a
mesma fonte admitiu ter havido equilíbrio entre oferta e
demanda em 2009. Observamos que, nos últimos anos, os
armadores vêm focando suas ações na tentativa de substituir Oficiais brasileiros por estrangeiros, sob a alegação
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Capa
“O Oficial que em determinada época alimentou os
números da evasão, ao retornar ao mercado, contribui
efetivamente para o suprimento de postos existentes.
Entendemos que a oferta de mão de obra será atendida,
mesmo com a expectativa de aumento na demanda”
de falta de profissionais no mercado nacional. Contudo, a discrepância dos estudos
publicados pelos armadores gera dúvidas sobre a real situação do mercado.
A oferta de Oficiais já se encontrava em equilíbrio em 2008 e o nível de evasão
projetada não ultrapassará a estimada para aquele ano. É necessário, ainda, considerar
a quantidade residual de Oficiais que atendem ao mercado. Ao falarmos de evasão, não
podemos ignorar o retorno daqueles Oficiais que, um dia, engrossaram os números da
evasão. O Oficial que em determinada época alimentou os números da evasão, hoje, ao
retornar ao mercado, contribui efetivamente para o suprimento de postos existentes.
Ressaltamos que o estudo da UERJ foi delimitado por fontes que possuem
a realidade da formação, como a Diretoria de Portos e Costas, através da relação
nominal de formados entre 1970 e 2005, os totais de formados de 2006 a 2008
e, ainda, a projeção do total a ser formado entre 2009 e 2013. Também analisa a
ocupação do mercado, através do cadastro do SINDMAR, pelo censo do pessoal
ativo da categoria em 2008, e a projeção de frota de embarcações até 2013, com
dados fornecidos pela ARMAÇÃO. Tamanha cautela reveste o documento de uma
confiabilidade não encontrada na pretensão dos armadores em avaliar a futura
oferta de Oficiais.
Com o mercado equilibrado, as eventuais necessidades já possuem mecanismos de proteção previstos na Resolução Normativa 72, do Conselho Nacional de
Imigração e tais dispositivos já são utilizados pelos armadores.
O SINDMAR está disposto a debater o tema em todos os fóruns de interlocução
de que participar, dentro e fora do Brasil, porque entendemos que a oferta de mão
de obra será atendida, mesmo com a expectativa de aumento na demanda por mais
profissionais a partir da exploração de petróleo na camada pré-sal.
Diretor procurador do Sindicato Nacional dos
Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar)
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Legal Alert
GOVERNO EM CONFLITO:
O EMBATE ENTRE A ANVISA E O INPI
Andreia de Andrade Gomes¹
e Denis Alves Guimarães²
Nos embates travados dentro do governo em busca do
poder de tomada de decisão, encontram-se controvérsias ou
lacunas jurídicas. São os chamados conflitos de competência.
É o que acontece, por exemplo, na disputa entre a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Secretaria de
Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça em torno
da investigação de condutas anticompetitivas no setor de
telecomunicações, ou entre o Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade) e o Banco Central pela competência para avaliar as fusões e aquisições no sistema financeiro.
O papel da Advocacia-Geral da União (AGU), a quem
cabe resolver os conflitos de competência, também se tornou
passível de discussão. Em 2009, o órgão editou uma portaria
estabelecendo que se as decisões das agências reguladoras,
Cade e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fossem contestadas nos tribunais superiores, seriam defendidas por
procuradores da AGU não atuantes nessas autarquias.
Isso gerou um amplo debate sobre se a AGU, diretamente
subordinada à Presidência da República, poderia estar tentando interferir nas decisões dos órgãos independentes.
Foi nesse contexto que se abriu mais uma frente de
conflitos. Recente parecer final da AGU garantiu ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) poderes
exclusivos no exame dos requisitos para a concessão de
patentes de medicamentos, restringindo os poderes da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa
análise. A chamada anuência prévia realizada pela Anvisa ao longo dos últimos anos poderia ser considerada
intervenção na competência do INPI. O setor privado
já havia manifestado essa opinião. No ano passado,
pesquisa Amcham/Ibope apontou que a insatisfação
do empresariado com a anuência prévia chegou a 62%.
É um equívoco imaginar que um maior diálogo entre a
indústria farmacêutica e a Anvisa (e entre empresas e qualquer
órgão do governo) seja contrário ao interesse público, desde
que o debate seja feito de forma transparente, passível de
acompanhamento e fiscalização pela sociedade civil e pelos órgãos competentes. INPI e Anvisa precisariam estar alinhados e
em sintonia para o bem da população e do setor farmacêutico.
As diferentes opiniões manifestadas pela Anvisa e pelo
INPI geravam confusão e faziam com que os conflitos acabassem sendo levados ao Poder Judiciário. Desde a criação do
instituto da anuência prévia, a Anvisa já havia negado mais
de 100 patentes concedidas pelo INPI. A questão tornou-se
relevante para os fabricantes de medicamentos de marca e
para os fabricantes de genéricos, cujos interesses de mercado
seriam afetados em função de uma maior ou menor ingerência da Anvisa nos processos de concessão de patentes.
A importância dos direitos de propriedade intelectual, especialmente das patentes, torna esses ativos intangíveis merecedores de proteção adequada, por serem
fatores incontestáveis ao desenvolvimento de um país.
Não se discute a importância da atuação da Anvisa em
prol da saúde pública. Mas o simples reexame de matéria
de competência do INPI, sem a devida coordenação de
um adequado papel da Anvisa no processo, certamente
contribuía para restringir e desestimular os recursos
destinados para pesquisa e desenvolvimento no Brasil.
Sócia na área de Propriedade Intelectual¹ e advogado na área
de Direito da Concorrência² de TozziniFreire Advogados
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AM
News
Novo presidente toma posse na Amcham
Henrique Rzezinski, da BG Brasil, assume a Presidência da Câmara Americana e destaca o setor energético
O vice-presidente de Assuntos
Corporativos da BG Brasil, Henrique
Rzezinski, foi eleito no dia 25 de
março para a presidência da Câmara
de Comércio Americana (Amcham).
Durante a 95ª Assembleia Geral de
Associados, que elegeu também o novo
Comitê Executivo e a diretoria para o
biênio 2011/2012, Rzezinski discursou
e afirmou que uma das prioridades de
sua gestão será a ampliação do diálogo
estratégico para o setor energético iniciado pelo presidente dos EUA, Barack
Obama, em sua visita ao país.
“O Rio de Janeiro vive um momento mágico. As perspectivas de
transformação de reservas de petróleo
do pré-sal em capacitação industrial
para se tornar um importante fornecedor competitivo de bens e serviços
na área de óleo e gás são uma aspiração legítima do país e do Rio de
Janeiro”, disse Rzezinski.
Segundo o novo presidente, mais
do que estreitar parcerias entre empresas
do Brasil e dos Estados Unidos, é necessário fazer do petróleo uma riqueza
efetiva: “A oportunidade não é só ven-
der o petróleo, mas transformar o Brasil
e o estado do Rio de Janeiro em uma
indústria competitiva”.
Para isso, de acordo com Rzezinski, é preciso investir em mão
de obra qualificada e em inovação
tecnológica, transformando o estado
em um polo do setor em parceria com
empresas internacionais. “A instalação
no Rio de Janeiro de vários Centros
de Pesquisa e Desenvolvimento de
grandes empresas internacionais como
BG, Schlumberger, IBM e GE são
prova dessa pujança do Rio. A Câ-
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Rzezinski entre o ministro Luiz Sérgio e o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão
mara dedicará uma atenção especial
ao aprofundamento dessa outra importante prioridade nacional e do Rio
de Janeiro”, disse o novo presidente,
que cumprirá mandato de dois anos,
substituindo Robson Barreto, sócio do
escritório Veirano Advogados.
Experiência de Rzezinski na relação
com EUA é destaque na cerimônia
Na opinião do ex-presidente Robson Barreto, não poderia ter sido escolhido melhor nome do que Rzezinski
para comandar a Amcham frente às
novas perspectivas. O executivo é consultor do Banco Mundial desde 1980
e tem grande experiência em empresas
com relações com os Estados Unidos.
“Henrique não é só uma pessoa
com capacidade de realizar essas tarefas
tão desafiadoras, mas tem um histórico
de relação bilateral Brasil-Estados Unidos bastante antigo, não apenas pela
vivência dele no Banco Mundial, mas
por ter trabalhado em empresas como
Xerox e Embraer na época de disputas
internacionais intensas e, hoje, na BG
Brasil, uma empresa da área de petróleo e gás, que possui investimentos
muito importantes no nosso estado”,
disse o ex-presidente da Amcham.
A cerimônia de posse foi realizada
no salão nobre do Windsor Atlântica
Hotel e contou com presenças ilustres,
como o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, representando
o governador Sérgio Cabral.
Pezão discursou no evento, comemorando a escolha de Rzezinski e
defendendo a intensificação das relações
do Brasil com o país norte-americano.
“Fico muito feliz de estar aqui vendo
esse grande brasileiro, esse grande
executivo, o Henrique, assumindo a
presidência. Estou certo de que, do
mesmo jeito que o Estado do Rio importa hoje mais de US$ 3 bilhões dos
Estados Unidos, vamos abrir, cada vez
mais, os mercados de lá para as empresas
cariocas e brasileiras. Os negócios do
Brasil com os Estados Unidos precisam
ser intensificados”, pregou Pezão.
Além do vice-governador, o ministro-chefe da Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República, Luiz Sergio Nóbrega de Oliveira,
representando a presidente da República, Dilma Rousseff; e o cônsul dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Dennis
Hearne, também estiveram presentes.
Luiz Sérgio lembrou a visita do
presidente americano Barack Obama
ao Brasil e confirmou a necessidade
Robson Barreto cumprimenta Rzezinski ao passar a ele a Presidência da Amcham Rio
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News
de maior parceria entre os países. “O
Brasil se insere mais soberanamente no
mundo e, nesse contexto, as relações
comerciais com Estados Unidos são
muito importantes. A vinda do presidente Barack Obama, que parecia mais
um carioca do que um americano, com
sua espontaneidade e simpatia, teve o
objetivo de consolidar ainda mais essa
parceria”, disse o ministro.
Para o cônsul dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Dennis Hearne,
a Câmara de Comércio Americana
terá um papel importante como conciliador dessa parceria. “Nenhuma
organização está mais bem preparada
para construir essas pontes, romper
essas barreiras e realizar essa missão do
que a Amcham RJ”, afirmou.
Após a posse de Rzezinski, os novos integrantes do Comitê Executivo da
Amcham foram anunciados. Compõem
a nova diretoria Fábio Lins de Castro
(primeiro vice-presidente, Prudential
do Brasil); Pedro Paulo de Almeida
(segundo vice-presidente, IBM Brasil);
Carla Lacerda (terceira vice-presidente,
ExxonMobil Química); Steve Solot (diretor secretário, Latin American Training
Center); Manuel Domingues e Pinho
(diretor financeiro, Domingues e Pinho
Contadores); Julian Chediak (conselheiro jurídico, CLCMRA Advogados).
A cerimônia teve como patrocinadores master as empresas Algar Telecom e Souza Cruz. Amil – Assistência
Médica Internacional, MJV Tecnologia,
Odebrecht Óleo e Gás e PwC também
foram patrocinadoras. Os copatrocinadores foram Bradesco Seguros, Case
Consultoria em Benefícios, Dufry do
Brasil, GlaxoSmithKline e Prudential.
Mesa com as autoridades presentes ao evento da Posse no Windsor Atlântica Hotel
Cônsul dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Dennis Hearne: parceria bilateral
Vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu a intensificação das relações Brasil-EUA
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Nova diretoria da Câmara Americana eleita para o biênio 2011/2012: novos esforços nas relações bilaterais Brasil-Estados Unidos
“O Rio de Janeiro vive um momento mágico”
(Trechos do discurso de Henrique Rzezinski)
“Ao longo dos 95 anos de sua história no Brasil, a Câmara sempre teve um papel fundamental na abertura de um
espaço democrático para que as empresas nacionais e internacionais tivessem um foro de discussão de ideias
e formulação de propostas para o aperfeiçoamento do arcabouço regulatório e do ambiente de negócios de
vários setores da economia brasileira. Pretendemos dar continuidade a essa tradição. Essa tradição vem do tempo
em que o Rio de Janeiro era a caixa de ressonância política do país e que, felizmente, vem sendo retomada pela
atuação conjunta do atual governo do nosso estado, do nosso município e do Governo federal.
O Rio de Janeiro vive um momento mágico. As perspectivas de transformação de reservas de petróleo do pré-sal
em capacitação industrial para se tornar um importante fornecedor competitivo de bens e serviços na área de
óleo e gás são uma aspiração legítima do país e do Rio de Janeiro, e a Câmara estará presente atuando de forma
proativa nessa grande prioridade nacional.
O complexo caminho para alcançar níveis importantes de produção de inovações tecnológicas também terá o
Rio de Janeiro como um dos grandes motores do país nessa direção. A instalação no Rio de Janeiro, de vários
Centros de Pesquisa e Desenvolvimento de grandes empresas internacionais como BG, Schlumberger, IBM e
GE são prova dessa pujança do Rio. A Câmara dedicará uma atenção especial ao aprofundamento dessa outra
importante prioridade nacional e do Rio de Janeiro.
A realização dos grandes eventos esportivos e os de natureza multilateral como o Rio 92 + 20 são uma oportunidade extraordinária para a transformação urbana da cidade através da realização de obras estruturantes que
também merecerão da Câmara uma especial atenção na medida em que pudermos catalisar e estruturar parcerias
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que viabilizem investimentos e tecnologia que ajudem a alcançar esse objetivo.
Os recentes avanços de pacificação de uma enorme gama de comunidades carentes em toda a cidade são uma
esperança de solução estrutural para os graves problemas sociais que ainda teremos que vencer no futuro. Também nessa área a Câmara pretende ser uma parceira importante incentivando seus associados a serem atores
proativos nessa grande luta contra a pobreza.
Sr. vice-governador, a Câmara quer estar lado a lado com o Governo do Estado e da Prefeitura nesta verdadeira
revolução que está ocorrendo em nosso estado e em nossa cidade e que continuará ocorrendo nos próximos
anos. Queremos canalizar recursos financeiros e tecnologia para essa grande empreitada. Queremos ser parceiros. Este é o nosso desejo e vamos trabalhar com seriedade para contribuir na consecução desse objetivo.
No campo das relações entre Brasil e Estados Unidos ainda ecoam entre nós as palavras do presidente Barack
Obama. A visita do presidente Obama abre novas perspectivas para uma efetiva relação estratégica entre os
dois países tanto nas relações bilaterais quanto na cooperação de uma agenda global. Estamos mais próximos
daquilo que almejamos ao longo de quase 30 anos de militância na Câmara, no Conselho Empresarial BR-US,
no Cebri e em outras entidades. Em 2008, o Conselho Empresarial, através das suas duas sessões, a brasileira e a
americana, em sua reunião plenária, aprovou um documento intitulado “A new time in Brazil-US Relations: How
to move ahead”.
Nesse documento defendemos uma agenda integrada e falávamos em uma mudança de paradigma que se
baseava em abandonar a tradicional pauta comercial ponto a ponto para lutarmos por uma agenda abrangente
e integrada composta de temas comerciais, políticos e de governança global.
Os pontos prioritários dessa agenda eram os seguintes:
1) Comércio e Investimento;
2) Energia – óleo e gás e energias alternativas;
3) Reforma da governança mundial – Nações Unidas/Conselho de Segurança, Banco Mundial, FMI e G-20;
Fortalecimento do Multilateralismo e Conclusão da Rodada de Doha; Sustentabilidade – Mudança Climática e
Segurança Alimentar;
4) Segurança Hemisférica.
Avançamos muito desde 2008. É muito gratificante ver que a agenda da visita do presidente Obama abre as portas
para uma parceria estratégica no mesmo patamar do existente com a China e com a Índia, com possibilidades
de avanços ainda mais ambiciosos do que com aqueles países. A abertura de um diálogo estratégico na área de
energia é um passo gigantesco na direção de um diálogo estratégico em toda a agenda bilateral. Temos muito
a contribuir nesse campo.
A Câmara deverá estar à altura desse excepcional desafio, contribuindo para que o setor energético e, em especial,
o de óleo e gás seja um passaporte para o aprofundamento dessa relação não só com os Estados Unidos, mas
com todos os que quiserem contribuir nessa direção. Queremos ser agentes dessa transformação, mobilizando o
setor privado nessa empreitada de grande importância para o país e, em especial, para o estado do Rio de Janeiro.”
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Fotos: Marino Azevedo
Cabral mostra a americanos oportunidades de negócios no Rio
Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, fala sobre as oportunidades no estado durante evento na U.S. Chamber of Commerce
Durante a V Missão Empresarial
aos EUA, realizada pela Câmara de
Comércio Americana, entre os dias 29
de março e 3 de abril, o governador do
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mostrou
as oportunidades de negócios no estado
a empresários norte-americanos. Os diretores da Amcham RJ, Maurício Vianna,
Rafael Motta, Rodrigo Tostes e Sidney
Levy acompanharam Cabral em sua
empreitada de apresentar as vantagens
da economia fluminense a investidores.
Para uma plateia lotada, o governador destacou a realização no Rio
da Copa do Mundo de 2014 e dos
Jogos Olímpicos de 2016, o petróleo
e a exploração no pré-sal, além da
bem-sucedida política de segurança
pública, implantada em sua gestão,
com as Unidades de Polícia Pacificador (UPPs) em comunidades cariocas.
“O Governo do Rio de Janeiro
tem, atualmente, uma estratégia de
desenvolvimento econômico e social
que inclui a necessária participação
da iniciativa privada no crescimento
das diversas regiões do estado. Hoje,
posso afirmar, sem medo de errar,
que somos o Estado que mais oferece
oportunidades para as empresas americanas no Brasil”, disse Cabral.
Os EUA são o maior parceiro
comercial do estado. De 2007 a 2010,
as exportações do Rio para os EUA
superaram os US$ 27 bilhões, e as importações dos EUA para o Rio somaram
quase US$ 9 bilhões. O intercâmbio
comercial Rio-Estados Unidos equivale
a aproximadamente 15% do comércio
entre Brasil e o país norte-americano,
segundo dados apresentados por Cabral.
A missão governamental e empresarial aos EUA aconteceu duas semanas
depois de o governador ter recebido o
presidente Barack Obama e sua família
no Rio. Na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Obama conheceu a experiência
das UPPs e verificou o sucesso da política
de segurança pública fluminense, tendo,
posteriormente, enaltecido a iniciativa
em seu discurso no Theatro Municipal.
A líderes e empresários americanos, Cabral ressaltou a nova realidade
do estado – essencial para um saudável
ambiente de negócios, segundo ele. O
governador destacou também que o
estado se prepara para receber os grandes
eventos internacionais e realiza amplos
investimentos em áreas estratégicas,
como infraestrutura, transportes e saúde.
“O panorama extremamente
positivo da economia brasileira tem
seus reflexos em nível regional e local.
Entre os 27 estados brasileiros, o Rio
é o terceiro menor, mas possui uma
população de 16 milhões de habitantes e PIB de cerca de US$ 187 bilhões,
o que corresponde a uma economia
maior do que a de países como Chile”, disse Cabral, que citou ainda o
petróleo como setor de destaque na
diversificada economia estadual.
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Plateia assiste aos anúncios de Sérgio Cabral na Conferência do Eximbank, em Washington
“Produzimos mais de 80% do
óleo e 40% do gás natural do Brasil. As
oportunidades de investimento nesse
setor são extraordinárias, tendo em
vista as novas descobertas na camada
do pré-sal: 60% das áreas do pré-sal são
confrontantes ao estado do Rio.”
Visita rende linha de crédito de US$ 1 bi
Secretário negocia investimentos
A comitiva que acompanhou Cabral durante a Missão teve também a presença do secretário de Desenvolvimento
Foto: Arquivo Amcham Rio
A presença de Cabral na Missão
rendeu ao Rio de Janeiro uma linha de
crédito pré-aprovada pelo Export Import
Bank (Ex-Im Bank) – órgão oficial de
financiamento para importação e exportação nos Estados Unidos – de US$
1 bilhão para projetos futuros que envolvam contratação de serviços e compra de
produtos de empresas americanas.
“Algumas das áreas de maior atuação do Ex-Im Bank, como petróleo e gás,
minério, energias renováveis e construção
civil, são setores que apresentam grande
potencial por toda parte no Rio de Janeiro, além de estradas, portos, indústrias,
transportes, e de todos os projetos de renovação urbana”, ressaltou o governador.
Durante o evento, Cabral também
citou as obras da Copa, uma preocupação dos presentes ao evento. Cabral
descartou atraso no cronograma.
O governador afirmou que “não
há nenhum atraso ralcionado à Copa do
Mundo de 2014”. Ao ser perguntado sobre a preocupação do presidente da Fifa,
Joseph Blatter, com a demora nas obras
para o Mundial de futebol, o governador
lembrou o impasse sobre os aeroportos.
“O único desafio que ainda não
consigo enxergar a materialidade, a
solução, mas sobre o qual há uma declaração pública da presidente Dilma
(Rousseff) de que vai fazer, é a concessão
dos aeroportos. O resto, equipamentos,
mobilidade, tudo está indo muito bem,
dentro do cronograma. Como houve
um problema político interno na Fifa
entre Blatter e Ricardo Teixeira (presidente da Conferederação Brasileira
de Futebol), acabou sobrando para o
cronograma. Mas o cronograma vai
bem, diferentemente do que ocorreu em
outros países que foram sede da Copa.”
Cabral foi ainda mais fundo na
questão dos aeroportos, ressaltando a
entrada da iniciativa privada na questão.
“O aeroporto de São Paulo está
saturado, precisa ser um novo aeroporto. O Rio de Janeiro precisa ter o seu
aeroporto renovado. O tempo corre
contra isso. Se até dezembro de 2011
tivermos os novos parceiros concessionados, nós entregaremos os aeroportos
em condições de receber a Copa do
Mundo, assim como as Olimpíadas.”
Na avaliação do governador, as
obras de saneamento, infraestrutura,
do metrô e dos equipamentos esportivos “correm muito bem”, dentro do
cronograma para o Mundial da Fifa.
Comitiva que acompanhou o governador Sérgio Cabral aos Estados Unidos: João Marcelo
de Olivera, Maurício Chacur, Mauro Viegas, Valmor Bratz, Julio Bueno e Rafael Motta
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News
Econômico, Julio Bueno, que complementou os esforços do governador,
mostrando aos empresários americanos
os investimentos previstos para o estado
até 2020, que podem chegar a R$ 213,8
bilhões, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Desenvolvimento
Econômico, Energia, Indústria e Serviços. Quase 80 obras e empreendimentos – entre públicos e privados – estão
sendo acompanhados pela Secretaria em
questões como incentivos tributários,
procura por terrenos e interlocução com
outras esferas governamentais. Juntos,
os projetos deverão gerar pelo menos
104 mil novos postos de trabalho, em
diversas regiões fluminenses.
Estão no levantamento da Secretaria grandes projetos como o Comperj
(R$ 14,6 bilhões), o Complexo do
Porto do Açu (R$ 8,3 bilhões), Angra 3
(R$ 4 bilhões), a reurbanização da área
portuária do Rio (R$ 3,5 bilhões), o
Arco Metropolitano (R$ 1,2 bilhões) e a
reforma do Maracanã (R$ 700 milhões).
Segundo o secretário, exploração e
produção de petróleo lideram o ranking
como o setor com maior investimento
previsto: R$ 83 bilhões. Em seguida,
vem logística, com R$ 41 bilhões; infraestrutura urbana, R$ 20,9 bilhões;
siderurgia, R$ 20,1 bilhões; energia, R$
14,8 bilhões; petroquímica, R$ 14,6
bilhões; indústria naval e náutica, R$
9,5 bilhões; indústria de transformação,
R$ 7,9 bilhões; serviços, R$ 1,3 bilhões;
e telecomunicações, R$ 800 milhões.
De janeiro até a primeira quinzena de março, cerca de 150 empresas
procuraram a Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), empresa vinculada à Secretaria, que tem
Eike Batista (esq.) e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, da Firjan, também estavam presentes
funcionado como “porta de entrada”
dos investidores no estado.
“Esse setor só cuida de quem ainda
não tem negócios no estado. O número
alto é prova de que o interesse pelo Rio
está muito grande”, explicou a presidente
da Codin, Conceição Ribeiro.
Panorama da economia do estado
Para quem quer fazer negócios no
Rio, o ambiente empresarial tem sido um
bom atrativo. Desde 2007, o estado bate
sucessivos recordes na abertura de empresas. Em 2010, foram 41.025, contra
29.321 empresas em 2007. Entre 2007
e 2010, foram registradas na Junta Comercial – órgão vinculado à Secretaria
de Desenvolvimento – 141.524 novas
empresas, contra 104.468 do período
anterior (2003 e 2006).
“A previsão para este ano é
passar de 50 mil empresas, graças ao
excelente momento que o estado está
atravessando, o que proporciona a
melhoria do ambiente de negócios”,
destacou Bueno dos Estados Unidos.
Um dos fatores que contribuíram
para isso foi a adoção, pelo governo, de
uma série de medidas contra a burocracia, que reduziram o tempo médio para
abertura de empresas de dez para dois
dias. Hoje é possível abrir uma empresa
em até 48 horas, pela internet, com o
sistema Registro Mercantil Integrado
(Regin), já implantado em 45 cidades.
“Também no ano passado, o Rio
alcançou, pela primeira vez, o primeiro lugar na geração de empregos no
país: dados do Ministério do Trabalho e Emprego (janeiro a novembro)
apontam a geração de 200 mil novos
postos com carteira assinada resultado
30% maior que o recorde anterior, em
2008”, lembrou o secretário.
O Governo do Estado também
tem injetado recursos na Agência de
Fomento do Estado do Rio de Janeiro
(Investe Rio) – outro órgão vinculado
à Secretaria de Desenvolvimento –,
que hoje tem capacidade de financiamento de R$ 2 bilhões. Até 2014, a
meta é elevar esse valor para R$ 5 bilhões, com foco em micro, pequenos
e médios empreendimentos.
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Brasileiros marcam presença na OTC, em Houston
O Consulado Geral dos EUA
no Rio de Janeiro organizou, em mais
uma edição da Offshore Technology
Conference (OTC), uma comitiva de
empresários brasileiros que participaram
do evento em Houston. A delegação brasileira foi formada pelo Departamento de
Comércio, com o apoio da Amcham Rio.
A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e o Instituto
Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), também apoiaram a formação da delegação brasileira de visitantes.
A edição de 2011 do evento –
principal fórum mundial de debates
sobre os desafios tecnológicos e tendências da indústria de óleo e gás e uma
vitrine para as empresas que participam
da cadeia produtiva deste setor – recebeu uma delegação com 33 empresas
expositoras no Pavilhão Brasileiro,
sendo que 18 delas participaram pelo
terceiro ano consecutivo.
O objetivo do Pavilhão Brasil, integrante do Projeto Oil Brazil é incrementar exportações e dar maior visibilidade
aos fornecedores nacionais de bens e
serviços. O pavilhão teve o financiamento da Agência Brasileira de Promoção
de exportações e Investimentos (Apex)
e coordenação da ONIP.
A OTC 2011 reuniu aproximadamente 2 mil expositores de mais
de 110 países. Estimativas oficiais
deram conta de que cerca de 60 mil
visitantes passaram pelos pavilhões da
feira. Compuseram a delegação brasileira empresas como Chemtech, FAP;
Flexomarine, Keppel Fels, Lupatech,
Metroval, Schulz; Stemac e WEG.
Além das empresas, estiveram presentes ao Pavilhão Brasileiro a Abemi
– Associação Brasileira de Engenharia
Industrial, a ANP – Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Rio Negócios, Agência oficial
da cidade do Rio de Janeiro responsável por atrair novos investimentos.
Estabelecer parceiros e realizar
novos negócios é o principal objetivo
de executivos que passam pela OTC.
Segundo Enrico Mora, da Millenium
Consultores Empresariais, participante
da delegação, esta edição foi um evento
muito produtivo comercialmente, no
qual foi possível ter “pleno acesso às empresas, com oportunidade de conhecer
seus trabalhos (equipamentos e prestação
de serviço) e seus executivos”, explicou.
A Millenium, de acordo com o
executivo, ainda está na fase de troca
de informações com as empresas expositoras. “Para o nosso negócio é cedo
para uma avaliação, mas estimamos
novos negócios com empresas com
que realizamos contato no prazo de
até três meses”, previu.
“Ficamos surpresos com a atenção que o mercado de Oil & Gas no
Brasil está tendo junto às empresas que
lá estavam”, avaliou Moura.
A Millenium atua no mercado
de consultoria e tem por objetivo
otimizar a rentabilidade nos negócios
de seus clientes e a redução de seus
custos. A empresa trabalha, entre
outras, com a área de petróleo.
Já Paulo Fernandes, da Liderroll
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Foto: Agência Petrobras
Estande da Petrobras na OTC 2011, em Houston: delegação brasileira na feira teve o apoio da Câmara de Comércio Americana
enfatizou a questão da segurança como
ponto alto da feira. Segundo o executivo,
após o acidente da British Petroleum, em
2010, o mercado de óleo e gás americano
passou a dar mais atenção ao tema.
“O número de empresas com
dispositivos e equipamentos para este
segmento se mostrou em maior número
este ano na feira”, observou.
A Liderroll Indústria & Comércio é uma empresa de engenharia,
com atividades industrial e comercial
nas áreas de Mecânica, Aeronáutica,
Naval, Construção Civil e derivados.
De acordo com Fernandes, foi possível
fazer novos contatos e rever antigos
pareiros nesta edição da OTC.
Para o consulado americano, organizador da comitiva, o saldo foi positivo.
“O consulado regulou a maior
delegação de todos os tempos. O número total de brasileiros na OTC chegou
a 1.402. O Brasil foi o segundo país,
depois do Reino Unido, em número de
participantes na OTC”, afirmou Alan
Long, líder da delegação a Houston, que
aconselhou cerca de 30 empresas americanas que buscavam oportunidades de
negócio ou tinham planos concretos de
visitar o Brasil num futuro próximo.
Em outubro, será a vez de o Brasil receber o evento. A OTC Brasil é a
primeira edição da OTC da Offshore
Technology Conference realizada fora dos
Estados Unidos e está programada para se
realizar a cada dois anos a partir de 2011
no país. O evento vai proporcionar eventos da cultura brasileira e contribuições
para programas sociais no Brasil. O programa do evento abrangerá apresentações
técnicas em simultâneo durante os três
dias do evento, além de sessões especiais
sobre negócios, painéis com a participação
de empresas e líderes técnicos. Como em
toda edição, a feira vai trazer uma série de
novidades sobre projetos em andamento,
no Brasil e no mundo.
O congresso da OTC Brasil terá
especialistas das principais empresas
que atuam na cadeia produtiva offshore
de óleo e gás de companhias, como Aker
Solutions, HRT Oil and Gas, OGX,
Petrobras, Projemar, Acergy, Anadarko,
BP, Baker Hughes, Cummins, Deepflex, ExxonMobil, FloaTEC, FMC,
GE Oil & Gas, Global Geophysical
Services, Granherne, GVA, Halliburton, Integra Service Technologies,
Antares Offshore, J. Ray McDermott
Asia Pacific Pte, KBR, Looper Reed,
MB Oilfield Products, Nautronix, Oil
States, Repsol, Cameron, SBM Alantia,
Subsea Riser Products, Shell, Statoil,
Technip, United States Steel, Universidade de São Paulo, Weatherford
International and Woodside Energy.
Mai-Jun 2011 | Brazilian Business | 51
mai_jun_2011_pt3_final.indd 51
02/06/11 13:42
News
Oferta de internet móvel faz brasileiros aceitarem publicidade no celular
Chairman da Amcham Rio, Noel De Simone, apresenta os palestrantes Paulo Henrique Ferreira, do Lance!, e Mariana Miranda, da Hanzo Rio
Mais de 70% dos brasileiros estão dispostos a receber mensagens promocionais
via celular (SMS), segundo a 7ª edição do
Monitor Acision de Valor Agregado Móvel
(MAVAM), divulgada em abril. Mas, apesar
do surpreendente sucesso, o mercado que
produz conteúdo para estas plataformas
está preocupado com a banalização do uso
dessa mídia digital. A informação foi trazida
pela Head of Sales da Hanzo Rio, Mariana
Miranda, para o Ideas Exchange “Mobile
Marketing”, promovido pela Câmara de
Comércio Americana (Amcham RJ).
“O SMS é um sucesso, porque
atinge o público-alvo certo a qualquer
momento e em qualquer lugar. O nosso
desafio é fazer melhor uso dos benefícios
dessa ferramenta para não virar o incômodo de um spam”, ressaltou a executiva
da Hanzo, durante a apresentação no
Clube do Empresário, no Centro do Rio.
O gerente executivo de Mídias Digitais do Grupo Lance! , Paulo Henrique
Ferreira, também palestrou no evento e
explicou o porquê de os brasileiros estarem
tão abertos a esse novo universo publicitário: “Com o crescimento das vendas de
smartphones, essa tendência vem aumentando, e é preciso cada vez mais qualidade
e criatividade para conquistar esse público”.
Mariana Miranda fala sobre a grande aceitação dos brasileiros ao Mobile Marketing
A grande adesão dos brasileiros aos
smartphones ganhou espaço no país há
pouco mais de um ano, quando a oferta da
internet móvel começou a se popularizar.
O forte apelo das redes sociais entre os
brasileiros foi um ponto a favor dessa disseminação vertiginosa, que hoje já atinge
56,5% das pessoas. Os smartphones compõem atualmente 15% da base de telefonia
do país, o que permite o aperfeiçoamento
desses novos modelos de comunicação.
Baseado no mercado esportivo, o
Grupo Lance!, segundo Ferreira, já pensa
em estratégias para os próximos anos, de
olho na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.
“O mercado é muito dinâmico e não tem
como planejarmos uma estratégia para além
de três meses. No entanto, estamos estudando o que e como fazer produtos para os
torcedores através do mobile marketing para
daqui três anos, mas até lá muita coisa já vai
ter mudado”, afirmou o gerente do grupo.
O evento, que teve apoio do site
Nós da Comunicação, contou ainda com
a presença do chairman do Comitê de
Marketing da Amcham RJ, Noel de Simone e do novo diretor superintendente
da Câmara Americana, Helio Blak.
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News
Saúde fluminense se prepara para as Olimpíadas
Assessor da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, Waldir Lupércio: R$ 720 mi até 2014
Desde o início do ano passado,
o Estado do Rio se prepara para sediar
os Jogos Olímpicos em 2016. Após o
anúncio da vitória, em novembro de
2009, a cidade se transformou em um
verdadeiro canteiro de obras. Gargalos
como transporte urbano e infraestrutura
aeroportuária ainda enfrentam indefinição quanto às estratégias que serão
adotas, mas outros setores inseridos no
cotidiano da população fluminense já
começam a mostrar seus resultados. É
o caso da saúde, que apesar do histórico
de abandono começa agora a receber
pesados investimentos em melhorias.
Segundo o assessor da Secretaria
de Estado de Saúde e Defesa Civil do
Rio de Janeiro, Waldir Lupércio, estão
previstos R$ 720 milhões para as áreas
de saúde e defesa civil até 2014, um
legado que será deixado aos moradores
do estado após os jogos.
Lupércio deu declarações sobre
o andamento das obras da Saúde no
Estado durante a palestra “Projetos
Governamentais no Setor de Saúde”,
promovida pela Câmara de Comércio
Americana. Ele foi designado pelo
secretário titular da pasta, Sérgio
Côrtes, que não pôde comparecer
ao evento em virtude do massacre
promovido pelo atirador Wellington
Menezes de Oliveira, em abril, na
escola Tasso da Silveira, em Realengo.
Com o investimento, segundo
Lupércio, o Governo do Estado pretende construir uma estrutura adequada
às exigências do Comitê Olímpico
Internacional (COI) para o evento esportivo. Segundo ele, até 2014 – antes
dos jogos, portanto – serão construídos
seis hospitais de referência para atender
atletas, equipe técnica e a população do
Rio, grupo estimado em 1 milhão de
pessoas para cada dia do evento.
“Além dos hospitais, vamos focar
também nos equipamentos e ambulâncias
para atendimentos emergenciais de menor
complexidade. Nas estruturas hospitalares,
pretendemos ampliar os espaços que já
existem, aumentar oferta de leitos, criar
estruturas de atendimento em unidades intensivas e deixar novos hospitais de legado
para a população do Rio”, disse o assessor.
Superintendente de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, José Prado Júnior
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A Zona Oeste também é o foco
De acordo com Lupércio, boa
parte dos investimentos do Governo se da Prefeitura da cidade, segundo o
concentra na Zona Oeste, região cujo superintendente de Atenção Primária
crescimento rápido e vertiginoso não foi da Secretaria Municipal de Saúde, José
acompanhado da infraestrutura neces- Carlos Prado Júnior. “Essa área é historicamente deficitária na área de saúde.
sária, principalmente na área da saúde.
“Queremos priorizar a Zona Oes- Com o projeto Clínica da Família, quete, por conta das modalidades de alto remos priorizar o atendimento primário
impacto que serão disputadas na região à população, liberando os hospitais dos
e por que a oferta de hospitais na região casos de menor gravidade”, afirmou o
é insuficiente. Já é pouco para a popula- superintendente, que substituiu o secreção atual e, por isso, há necessidade de tário Hans Dohmann, ausente pelo messe tomar medidas imediatas no local”, mo motivo do Secretário Sérgio Côrtes.
As Clínicas da Família integram
afirmou o assessor, acrescentando que
as demais regiões também receberão o planejamento da Prefeitura do Rio
hospitais. “Em dois ou três anos que- de Janeiro de atendimento público de
remos finalizar todas as obras previstas saúde de forma territorializada, evitando que5:52
as emergências
funcionem como
no nosso planejamento.”
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porta de entrada do Sistema de Saúde.
Segundo Prado Júnior, até 2012,
a Prefeitura terá 100% do território
municipal coberto com o projeto.
“Serão criadas novas 70 Clínicas da
Família até o ano que vem”, informou
o superintendente. Hoje, o município
conta com 160 unidades.
As clínicas são licitadas em parceria
com a iniciativa privada, embora a gestão
permaneça sendo da Prefeitura.
Estiveram também presentes à mesa,
o novo presidente da Amcham RJ, Henrique Rzezinski, o diretor superintendente
da Câmara, Helio Blak, e o chairman do
Comitê de Saúde, Gilberto Ururahy.
O encontro contou com o patrocínio da Case Consultoria em Benefícios.
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News
Responsabilidade social como valor
Camila Fioranelli (esq.), da Algar, ao lado do vice-presidente do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi
A responsabilidade social de uma
empresa deve começar pelas atitudes das
pessoas que fazem parte dela. A afirmação
é do vice-presidente executivo do Instituto
Ethos, Paulo Itacarambi, que palestrou
durante o Ideas Exchange do comitê de Responsabilidade Social Empresarial, no dia 29
de abril, trazendo uma inquietação: “Muitas
empresas que dizem fazer responsabilidade
social na realidade não a fazem”, disse.
Segundo Itacarambi, a responsabilidade social empresarial deve ser entendida
como um valor, fazendo parte de toda a
cadeia produtiva, desde a base – os funcionários – até fornecedores, para transmitir uma
mensagem verdadeira e positiva aos clientes.
O executivo do Ethos citou o caso
da C&A, em que empregados contratados por um fornecedor trabalhavam em
situação análoga à da escravidão. Questionada, na época, a C&A informou que
não tinha como controlar a atuação das
empresas que contratava, mas logo foi
cobrada pela sociedade e sentiu o peso da
conscientização social para o tema. “Hoje,
a empresa conhece e audita todos os seus
fornecedores”, explicou Itacarambi.
Segundo ele, a lei existe para regular o
mercado, mas cumprir a legislação não basta. “É preciso ir além”, sugeriu o executivo.
O Instituo Ethos, em conjunto
com sete empresas, elaborou uma nova
plataforma de atuação que busca a articulação de um projeto no âmbito nacional de desenvolvimento sustentável.
De acordo com Itacarambi, a atitude
sustentável tem que vir como exemplo
de organismos governamentais, em que
as decisões são tomadas considerando-se
o interesse da sociedade. “Isso se chama
responsabilidade social”, sintetizou ele.
A analista de Programas Sociais
do instituto Algar, Camila Fioranelli,
mostrou como é possível uma empresa ter uma atitude efetivamente
responsável. O instituto trabalha com
educação fundamental, incentivando
a leitura e capacitando educadores.
Os números dos programas desenvolvidos na área pela Algar demonstram
o sucesso da iniciativa. Hoje já são 492
educadores em capacitação, 436 voluntários dos projetos que trabalham na
própria Algar, 10.806 alunos atendidos,
108 escolas contempladas em dez cidades localizadas entre Minas Gerais, São
Paulo, Goiás e também no Maranhão.
“Acreditamos que investir na comunidade por meio da educação pode
mudar o Brasil”, disse a palestrante.
O evento foi realizado no Clube do
Empresário, no Rio de Janeiro.
Itacarambi ao lado da chairperson Silvina Ramal e do diretor da Amcham Rio, Helio Blak
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News Espiríto Santo
Pré- sal e biocombustíveis focam a atenção mundial no Brasil
O diplomata e economista Marcos Troyjo palestra para uma audiência lotada no Espírito Santo: diferencial competitivo do Brasil
O grupo de países conhecidos
como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul) domina a atenção do
mercado mundial pelo forte crescimento
de suas economias. Da última reunião do
grupo, realizada em abril, saiu um documento conjunto, pedindo reformas no
Fundo Monetário Internacional (FMI),
no Banco Mundial (Bird) e na Organização das Nações Unidas (ONU). Essa
foi a prova de que os cinco países estão
prontos para, em pouco tempo, ditar os
novos rumos do cenário internacional.
É nesse conjunto de forças política
e econômica que estão se pautando os investidores de todo mundo, que mantém
suas atenções voltadas às oportunidades
de negócio com as novas potências. Segundo o diplomata e economista Marcos
Troyjo, é nesse cenário que o Brasil ganha
um diferencial competitivo com sua
produção de biocombustíveis e a recente
exploração da camada pré-sal.
“Com esses dois produtos, o Brasil
poderá surfar no crescimento econômico
durante os próximos 50 anos. Considero
isso um diferencial espetacular do Brasil
em relação aos outros países em desenvolvimento”, disse Troyjo, que também
é cientista político e conferencista dos
maiores centros acadêmicos do mundo.
Tryjo palestrou, a convite da Câmara de Comércio Americana do Espírito
Santo, a autoridades e empresários durante o evento “Grandes Negócios: Como
aproveitar a onda de interesse global pelo
Brasil”, realizado no dia 19 de abril.
Para que o Brasil alcance a bons níveis
de crescimento econômico, o palestrante
contou que a economia terá que fazer “sacrifícios”, assim como a China, que planejou
o seu crescimento a partir da década de 70
e que nos próximos cinco anos ultrapassará
o PIB nominal dos Estados Unidos.
“O planejamento de longo prazo
e as estratégias são essenciais para um
crescimento. Acredito que o principal
desafio nesse cenário promissor é o próprio Brasil. A ausência de planejamento
é o maior obstáculo”, enfatizou.
Também presente ao evento, o
governador do Espírito Santo, Renato
Casagrande, destacou a forte procura
de investidores de outros países pelo
estado e, ainda, enfatizou a importância
da Câmara Americana na articulação de
novos negócios. “Não tem como articular se não tem conhecimento. A Câmara
cumpre muito bem o seu papel.”
A palestra teve como patrocinadores as empresas Fibria, Vale, Samarco e
Chocolates Garoto. A Rede Gazeta e a
Rede Tribuna apoiaram o evento.
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Opinião
Momento único
Cássio Zandoná
O
estado do Rio vive um momento único sob o aspecto econômico
e social. Há muito tempo cariocas e fluminenses não viviam sob a
perspectiva de tantos investimentos, que chegam acompanhados de
novos empregos, maior renda e melhoria de infraestrutura, além de elevada
autoestima. E no setor de saúde, um dos segmentos chaves nesse cenário, não
é diferente. Atualmente, observamos, por meio da mídia, inúmeras notícias
de investimento no setor. Nesse cenário, nenhuma empresa de saúde investiu
mais no Rio nos últimos três anos do que a Amil. Os números falam por si.
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“A Amil adquiriu, em 2011, o Hospital Samaritano.
O valor total do negócio foi de R$ 180 milhões”
Ainda este ano a Amil irá inaugurar o Bloco do Centro
Médico do Hospital, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da
cidade. Até o final de 2012, todo o complexo hospitalar
estará pronto, se tornando o maior do Estado do Rio.
Com investimento total de R$ 250 milhões, trará um novo
conceito de hospital para a cidade. Serão 480 leitos e 285
consultórios que comporão um mix de especialidades médicas, interligados ao hospital por intranet com transmissão
de dados e imagem, permitindo fácil acesso às informações
de cada paciente e ao seu prontuário eletrônico.
Ou seja, pela primeira vez os cariocas terão reunidos,
em um único local, emergência, internação, diagnóstico,
consultórios e centro de convenções. E as novidades não
param por aí. Seu projeto é inovador também na área de
oncologia, pois será o primeiro hospital privado do Rio a
oferecer atendimento completo, desde o diagnóstico até a
reabilitação. Foi planejado de forma que materiais como lixo
hospitalar, lixo orgânico e materiais limpos transitem por
acessos individuais evitando qualquer tipo de contaminação.
Terá atendimento biosseguro e contará com um moderno
sistema de comunicação, com transmissão interna de dados
e imagens entre os blocos do complexo hospitalar.
O leque de investimentos da Amil no estado do Rio
nos últimos três anos contempla ainda outras ações. Em
2010, a empresa inaugurou centros médicos em Campo
Grande e Niterói, cidade que ganhou também uma nova
central de atendimento. Modernizou ainda o Hospital Santa
Lúcia, em Botafogo, com a criação de aposentos Vips e o
serviço de Day Clinic. Já em Duque de Caxias, o Hospital
São José teve a maternidade completamente reformada.
Atualmente, está em construção ainda um Centro Médico
na Tijuca e outro em São Gonçalo.
Aquisições voltadas para serviços de melhor qualidade na cidade também são uma constante. A Amil
adquiriu, em 2011, o Hospital Samaritano. O valor total
do negócio foi de R$ 180 milhões. Em 2010, a empresa já
havia adquirido 89,44% do capital social do Pró-Cardíaco
pela quantia de 98,4 milhões de reais.
Todos esses investimentos levam à consolidação da
Amil no setor de saúde brasileiro, mas conduzem também
o estado do Rio para uma medicina de ponta. E quem
ganha com isso são os cidadãos e profissionais médicos,
que passam a contar uma estrutura digna dos principais
centros de saúde do mundo.
Superintendente da Amil no Rio de Janeiro
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A
“invasão” estrangeira no mercado de trabalho da área de petróleo e gás segue firme. Estudo do
Ministério do Trabalho e Emprego registra
que 56.006 profissionais estrangeiros foram
autorizados a trabalhar no Brasil em 2010,
aumento de 30% em relação ao ano anterior. Deste total, 53.441 foram autorizações
de caráter temporário, com estada no país
de até dois anos. Em 2009, foram 42.914
autorizações de trabalho concedidas.
“E a tendência ao longo de 2011 é de que
aumente ainda mais o ingresso de estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro”, avalia Carlos Aud Sobrinho, diretor da CAS
(foto), empresa com 38 anos de experiência na legalização de documentação de
estrangeiros. “A crise no Oriente Médio, o
aumento do preço do petróleo e o vagaroso
desenvolvimento no Golfo do México ajudarão
a acelerar os projetos no pré-sal no Brasil”,
diz ele. Mas defende a flexibilização da Lei
do Estrangeiro, combinada com uma mobilização maior da sociedade, leia-se empresas, mundo acadêmico e governo. “Há uma
preocupação enorme com o apagão da mão
de obra somente nos casos dos profissionais
com pouca experiência. Só que esses profissionais só aprenderão seu ofício trabalhando
ao lado de profissionais estrangeiros, até
que obtenham a experiência necessária para
operar equipamentos altamente sofisticados
de última geração”, pontifica. Leia a seguir
a reprodução da matéria publicada na revista Guiaoffshore Magazine sobre mão de
obra estrangeira no Brasil:
Pergunta: Qual é o quadro que o
senhor vislumbra para o mercado
de trabalho da área petrolífera no
Brasil em 2011?
Carlos Aud: Minha previsão é de que
2011 será um ano próspero para todos. Prevemos um aumento significativo
na demanda de energia e de minério.
O Brasil, por ser um verdadeiro provedor do mundo nesta área, vai tirar
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bom proveito disso, porque essas
commodities tendem a ficar cada vez
mais caras e mais procuradas no mercado internacional.
Pergunta: A entrada de estrangeiros
continuará ocorrendo em larga escala no país?
Carlos Aud: Apostamos no crescimento do
país e, por isso, necessitamos de parcerias
que nos ofereçam tecnologia e equipamentos mais avançados do mundo. Esta sofisticação necessariamente exigirá a presença de
mais profissionais estrangeiros no país, sob
pena de corrermos riscos desnecessários.
Pergunta: Por qual motivo, o senhor
defende flexibilização da Lei do Estrangeiro no país?
Carlos Aud: É necessária a evolução das
regras para imigração na mesma proporção
do desenvolvimento do setor. Ou seja, a
adaptação à realidade atual, sem perder de
vista a necessidade de atender a evolução do
mercado aqui, agora e no futuro próximo.
Pergunta: Quais mudanças propõe?
Carlos Aud: Um diálogo amplo de todas
entidades e instituições envolvidas: governo, empresariado, sindicatos e a Petrobras,
tendo sempre a participação e recebendo a opinião dos profissionais da área de
Imigração, que tenham a longa vivência
neste mercado.
Pergunta: O senhor é um defensor
de maior ênfase das universidades na
parte teórica, para garantir formar em
menos de 10 anos um profissional suficientemente qualificado para operar
equipamentos ou desempenhar tarefas de alta complexidade. Acredita que
este é um modelo a ser seguido?
Carlos Aud: Sou favorável a toda e qualquer participação da sociedade, envidando
o máximo esforço sobretudo no mundo
acadêmico, como universidades e até nas
Luis Eduardo Jannuzzi
Entrada de estrangeiros no
mercado offshore seguirá
em alta em 2011
Dr. Carlos Aud Sobrinho
escolas técnicas. Sou a favor da mobilização
geral, que reúna jovens, pessoas de média
idade e os mais experientes.
Pergunta: O senhor demonstra sempre uma preocupação constante com
a segurança dos projetos do pré-sal,
que serão tocados nos próximos anos.
Acredita que eles correm risco de não
serem bem-sucedidos em função da
inexperiência de profissionais que chegarão ao mercado no futuro próximo?
Carlos Aud: Há uma preocupação enorme com o apagão da mão de obra somente
nos casos dos profissionais com pouca experiência. Mas esses profissionais só aprenderão seu ofício trabalhando ao lado de
profissionais estrangeiros até que tenham
a experiência necessária para operar equipamentos altamente sofisticados de última
geração. É algo necessário, uma vez que a
tendência do pré-sal será a perfuração a
mais de 7 mil metros de profundidade, podendo chegar até a mais de 10 mil metros.
Pergunta: Tem sido comum atrasos em
projetos por falta de mão de obra adequada para sua execução, qual conselho daria às empresas que terão que
contratar mão de obra estrangeira?
Carlos Aud: Contratem consultores com
vasta experiência e que sejam capazes de
desenvolver planejamento estratégicos na
área de imigração. E esta experiência deverá coincidir com o amplo conhecimento
das mudanças e evolução do processo de
imigração no país, para evitar dissabores
do tipo multas contratuais. Com isso, elas
se preocupam apenas com a sua atividadefim. Às vezes, a falta de um simples visto
adequado pode criar um empecilho para
que um projeto seja iniciado ou concluído.
Informe Publicitário
Acesse:
www.casonline.com.br
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F
oreign “invasion” in the oil
and gas work markets remains
steady. A study of the Work and
Employment Ministry registers that
56,006 foreign professionals were authorized to work in Brazil in 2010, a
30% increase compared to the former
year. Of this total, 53,441 were temporary permits, of two years of stay
in the country. In 2009, 42,914 work
permits were granted.
“And the trend during 2011 is that the
entrance of foreigners in the Brazilian work
market will increase even more”, evaluates
Carlos Aud Sobrinho, director of CAS,
a company with 38 years of experience
in the legalization of foreigner’’s papers.
“The Middle East Crisis, the oil price increase and the morose development of
the Mexican Gulf will help accelerate the
pre-salt projects in Brazil”, says he. But he
defends the mobility of the Foreign Immigration Law, combined with a greater
mobility in society, that is, companies, academic world and government. “There is
a huge concern with a labor ‘blackout’ only
regarding professionals with low experience.
But these professionals will learn their job
working side by side with foreign professionals
until they obtain the necessary experience
to operate highly sophisticated state of the
art equipments”, he states. Read below
a reproduction of an article published in
Guiaoffshore Magazine:
Question: What is the picture you
envision for the Brazilian oil work
market in 2011?
Carlos Aud: I say that 2011 will be a
prosperous year for everyone. We predict a significant increase in the energy
and ore demand. Brazil, for example,
for being a real world provider in this
area, will profit from it because these
commodities tend to get more and
more expensive and needed in the international market.
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Question: The entrance of foreigners
will continue to happen in large numbers in the country?
Carlos Aud: We bet on the country’s
growth, and for that reason, we need
partnerships that offer us the most advanced technologies and equipments in the
world. This sophistication will necessarily
demand the presence of more foreign
professionals in the country, so we do
not take unnecessary risks.
Question: For which reason you
defend the mobility of the Foreign
Immigration Law in the country?
Carlos Aud: It is necessary to evolve
the rules for immigration in the same
measure as the development of the
sector. That is, adapting to the current
reality without losing sight of the need
to serve the market’’s evolution here,
now and in the near future.
Question: Which changes you suggest?
Carlos Aud: A broad dialogue of all
entities and institutions involved: government, businessmen, unions and Petrobras,
always with the participation and opinion
of the Immigration area professionals who
have long experience in this market.
Question: You defend a greater
emphasis on the theoretical part
by Universities to grant the formation, in less than 10 years, of a
professional sufficiently qualified
to operate equipments or perform
highly complex activities. Do you believe this is a model to be followed?
Carlos Aud: I am favorable to any
participation of society, with the maximum effort especially of the academic
world like universities and even our
technical schools. I defend a general
mobilization, which gathers the youth,
middle aged people and the most experienced. It is important to mix the
Luis Eduardo Jannuzzi
Foreigners in the offshore
market will continue to
increase in 2011
Dr. Carlos Aud Sobrinho
generations because the market will
need this mobilization.
Question: You always show a constant
concern with the safety of the pre-salt
projects, which will take place in the
next years. Do you believe they are
at risk of not succeeding due to the
lack of experience of the professionals
which will enter the market in the
near future?
Carlos Aud: There is a huge concern
with a labor “blackout” only regarding
professionals with low experience. But
these professionals will learn their job
working side by side with foreign professionals until they obtain the necessary
experience to operate highly sophisticated state of the art equipments. It is
something necessary, once the pre-salt
trend is 7,000 meters deep perforations, reaching even more than 10 thousand meters.
Question: Project delays due to
lack of adequate labor have been
common, which advise would you
give to companies which are hiring
foreign laborers?
Carlos Aud: To hire consultants with
vast experience who are able to develop strategic planning in the immigration area. This experience should
coincide with a broad knowledge
of the changes and evolution of the
country’’s immigration process to
avoid problems like contract fines. By
doing so, companies can worry only
with their goal activities. Sometimes,
the lack of a simple adequate visa can
create problems for the beginning or
the conclusion of a project.
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COMITÊ EXECUTIVO
Presidente: Henrique Rzezinski, Vice Presidente de
Assuntos Corporativos, BG E&P do Brasil Ltda; 1º
Vice-presidente: Fabio Lins de Castro, Presidente,
Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A.; 2º Vicepresidente: Pedro Paulo Pereira de Almeida,
Diretor IBM Setor Industrial e Diretor Regional, IBM
Brasil Indústria, Máquinas e Serviços Ltda.; 3º Vicepresidente: Carla Lacerda, Presidente, ExxonMobil
Química Ltda.; Diretor Secretário: Steve Solot,
Presidente & CEO, LATC - Latin American Training
Center; Diretor Tesoureiro: Manuel Domingues e
Pinho, Presidente, Domingues e Pinho Contadores;
Conselheiro Jurídico: Julian Fonseca Peña Chediak,
Sócio, CLCMRA Advogados;
Ex-Presidentes: Robson Goulart Barreto, Sidney
Levy e João César Lima.
PRESIDENTES DE HONRA
Mauro Vieira, Embaixador do Brasil nos EUA
Thomas Shannon, Embaixador dos EUA no Brasil
DIRETORES
Benedicto Barbosa da Silva Junior, Diretor
Presidente, Odebrecht Infraestrutura; Carla
Lacerda, Presidente, ExxonMobil Química Ltda.;
Carlos Henrique Moreira, Presidente do Conselho,
EMBRATEL; Cassio Zandoná, Superintendente,
Amil - Assistência Médica Internacional; David
Zylbersztajn, Sócio Diretor, DZ Negócios com
Energia S.A.; Eduardo de Albuquerque Mayer,
Private Banker, Banco Citibank; Fabio Lins de
Castro, Presidente, Prudential do Brasil Seguros;
Fernando José Cunha, Gerente Executivo para
América, Africa e Eurásia - Diretoria Internacional,
Petrobras; Guillermo Quintero, Presidente,
BP Brasil Limitada; Henrique Rzezinski, Vice
Presidente de Assuntos Corporativos, BG E&P
do Brasil; Humberto Eustáquio Cesar Mota,
Presidente, Dufry do Brasil; Italo Mazzoni da
Silva, Presidente, IBEU; Ivan Luiz Gontijo Junior,
Diretor Gerente, Jurídico e Secretaria Geral, Bradesco
Seguros ; Julian Fonseca Peña Chediak, Sócio,
CLCMRA Advogados; Luiz Ildefonso Simões
Lopes, Presidente, Brookfield Brasil; Manuel
Domingues e Pinho, Presidente, Domingues
e Pinho Contadores; Manuel Fernandes R. de
Sousa, Sócio, KPMG; Mauricio Vianna, Diretor,
MJV Tecnologia Ltda.; Ney Acyr Rodrigues de
Oliveira, Diretor Executivo Embratel Leste Nordeste
e Sul, EMBRATEL; Patricia Pradal, Diretora
de Desenvolvimento de Negócios e Relações
Governamentais, Chevron Brasil Petróleo Ltda.;
Pedro Paulo Pereira de Almeida, Diretor IBM
Setor Industrial e Diretor Regional, IBM Brasil;
Petronio Ribeiro Gomes Nogueira, Sócio Diretor,
Accenture do Brasil ; Rafael Sampaio da Motta,
Diretor Comercial e Marketing, Case Consultoria
em Benefícios; Roberto Castello Branco,
Diretor de Relações com Investidores, VALE S/A.;
Roberto Furian Ardenghy, Diretor de Assuntos
Corporativos, BG E&P do Brasil Ltda.; Roberto Prisco
Paraíso Ramos, Diretor Presidente, Odebrecht Óleo
e Gás Ltda.; Rodrigo Tostes Solon de Pontes,
Diretor Financeiro, ThyssenKrupp CSA Siderúrgica
do Atlântico Ltda.; Rogério Rocha Ribeiro, VP
Sênior e Diretor de Área América Latina e Caribe,
GlaxoSmithKline Brasil ; Steve Solot, Presidente &
CEO, LATC - Latin American Training Center e Yoram
Levanon, Presidente, Xerox Comércio e Indústria Ltda.
DIRETORES EX-OFÍCIO
Andres Cristian Nacht, Carlos Augusto C. Salles, Carlos
Henrique de Carvalho Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto
Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Ivan Ferreira
Garcia, João César Lima, Joel Korn, José Luiz Silveira
Miranda, Luiz Fernando Teixeira Pinto, Omar Carneiro
da Cunha, Peter Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossmann,
Robson Goulart Barreto, Ronaldo Camargo Veirano,
Rubens Branco da Silva e Sidney Levy.
PRESIDENTES DE COMITÊS
Assuntos Jurídicos: Julian Chediak; Cultura,
Negócios e Turismo: Alícia Perez; Energia:
Roberto Furian Ardenghy; Logística e
Infraestrutura: Valdir Dall’Orto; Marketing:
Noel De Simone; Meio Ambiente: Luiz Pimenta;
Propriedade Intelectual: Steve Solot;
Recursos Humanos Estratégicos: Claudia
Danienne Marchi; Relações Governamentais:
João César Lima; Responsabilidade Social
Empresarial: Silvina Ramal; Saúde: Gilberto
Ururahy; Seguros, Resseguros e Previdência:
Luiz Wancelotti e Tecnologia da Informação e
Comunicação: Álvaro Cysneiros.
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJ
Diretor-superintendente: Helio Blak; Gerente
Administrativo: Victor C.S. Teixeira; Gerente
de Comunicação: Ana Redig; Gerente Comercial e Marketing: Felipe Levi; Gerente de Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira.
DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO
Presidente: Otacílio José Coser Filho, Membro
do Conselho de Administração, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda; Vice-Presidente:
Maurício Max, Diretor do Departamento de Pelotização, Vale; Diretores: Bruno Moreira Giestas, Diretor Comercial Mercado Externo, Realcafe
Solúvel do Brasil; Carlos Fernando Lindenberg
Netto, Diretor Geral, Rede Gazeta; Fausto Costa, Diretor Geral, Chocolates Garoto; João Carlos
Pedroza da Fonseca, Superintendente, Rede
Tribuna; Lucas Izoton Vieira, Presidente, FINDES;
Márcio Brotto Barros, Sócio, Bergi Advocacia –
Sociedade de Advogados; Paulo Ricardo Pereira da Silveira, Diretor, Fibria Celulose; Simone
Chieppe Moura, Diretora Geral, Metropolitana
Transportes e Serviços; Ricardo Vescovi Aragão,
Diretor de Operações e Sustentabilidade, Samarco
Mineração; Rodrigo Loureiro Martins, Advogado – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro
Martins; Victor Affonso Biasutti Pignaton, Diretor, Centro Educacional Leonardo da Vinci.
ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ES
Diretor Executivo: Clóvis Vieira
Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa
LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA
Administração e Finanças:
Victor Cezar Teixeira - Tel.: (21) 3213-9208
[email protected]
Comercial e Marketing:
Felipe Levi - Tel.: (21) 3213-9226
[email protected]
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Comitês e Eventos:
João Marcelo Oliveira - Tel.: (21) 3213-9230
[email protected]
Comunicação e Publicações:
Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240
[email protected]
Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681
[email protected]
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ÁREAS DE ATUAÇÃO
PRACTICE AREAS
Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura
Administrative Law
Direito Societário
Corporate Law
Mercado Financeiro e de Capitais
Financial and Capital Markets
Direito da Concorrência
Competition Law
Direito da Energia
Energy Law
Direito Tributário
Tax Law
Contencioso Judicial e Administrativo
Judicial and Administrative Litigation
Arbitragem
Arbitration
Contratos
Contracts
Direito Imobiliário
Real-Estate Law
Direito do Trabalho
Labor Law
Direito Previdenciário
Pension Law
Direito Ambiental
Environmental Law
Direito Eleitoral
Election Law
Propriedade Intelectual
Intellectual Property
Direito Internacional
International Law
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rua sete de setembro, 99 - 18º andar - centro - rio de janeiro - rj - 20050-005
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