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um Festival que ajudou o Mali Colaboradores do Colégio à
Encontro de Talentos: um Festival que ajudou o Mali Colaboradores do Colégio à descoberta do sonho de Gailhac Revista do Colégio do Sagrado Coração de Maria de Lisboa Revista trimestral Número 18 Ano 2007 | 2008 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 1 Dossier Sonhar o Futuro O que é o Futuro? São carros automáticos sem rodas e máquinas do tempo. I Have a Francisco Costa,2ºA O futuro é uma situação ou uma coisa que acontece a seguir, muito a seguir. Pedro Sena, 4ºC O futuro é uma coisa indefinida, uma incerteza, uma incógnita. É tudo o que não conseguimos prever mas do qual queremos fazer parte. Marta Rico e Renata Gouveia, 12ºB O futuro é um ponto de interrogação. Não sabemos o que vai surgir: problemas, desilusões, tristezas, alegrias e tudo o resto. Rita Tomé, 5ºA O futuro é tudo aquilo pelo qual nós temos de lutar para que possamos dar às gerações futuras a oportunidade de usufruirem do nosso maravilhoso planeta Terra. Alexandre Botelho e Ana Leonor Matos, 12º A Miguel Coelho, 6ºA João Pedro Costa, 7ºB Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele e sim pelo conteúdo do seu carácter. Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada Sou eu, porque estou a crescer. É o que ninguém sabe. Se vamos desaparecer ou se o mundo será perfeito ninguém o pode saber. Dream O que é Futuro, o fruto das nossas acções, consequência das nossas decisões. Algo que não foi decidido, algo que não foi escolhido. Catarina Sikinotis, 7ºC O futuro é o reflexo do passado e o caminho traçado pelo presente. Maria Poole da Costa, 8ºA SONHAR? Mariana Lopes, 9ºC Eunice ,5ºB É viajar pelas portas do nosso pensamento, percorrendo mundos imaginários ou revendo momentos do passado. É pensar que todo o mundo está em paz. Henrique Esteves, 6ºD palavras do antigo espiritual negro: “ Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim. Martin Luther King, Jr. 28 de Agosto de 1963 Washington, D.C São palavras temporais. Outras há que pela força da sua vontade e da sua verdade se tornam intemporais. São expressões, discursos, textos que passam a fazer parte da memória colectiva da humanidade e ganham força tanto no homem ou na mulher que as disse como na grandiosidade do que expressam. É assim com o discurso de Martin Luther King em 1963. Passados tantos anos, ainda faz sentido (ou faz mais sentido ?) dizer: “Eu tenho um sonho”. Hoje, talvez precisemos de a negros e brancos, judeus e cristãos, acrescentar, homens e mulheres, ricos e pobres, muçulmanos e hindus, Tibete e China, Iraque e América, primeiro mundo e terceiro mundo e por aí a fora... Hoje, nós, cristãos católicos, talvez precisemos de ter a coragem de, com o Pastor da Igreja Baptista, afirmar que o nosso sonho ganha raízes na certeza de sermos um só povo, filhos de um mesmo Deus que a todos ama É pensar mais alto, viver o que pensamos ser impossível, experimentar, tentar, imaginar, sentir, viver. Teresa Sousa, 8ºC É o que não vemos, o que está longe de nós mas, mesmo assim, extraordinariamente perto. É o tempo que vamos viver a partir do momento “agora”. negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as Há palavras que precisam de ser ditas num determinado momento porque depois perdem toda a validade. É mostrar aos outros um mundo sobre a nossa imaginação. Sonhar é viver. João Barroso, 6ºA É o que nos inspira a continuar, é algo que construímos todos os dias e cujo caminho temos de seguir sozinhos para nos tornarmos cada vez melhores, aprendendo com o passado e disfrutando do presente. estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens É uma liberdade que não nos pode ser retirada e que nos permite alcançar o que achamos irreal. Margarida Reis, 9ºA André Vasconcelos, 10ºB por igual e que a todos quer livres. Hoje ainda faz sentido!!! É urgente permitir às nossas crianças que sonhem, com um carro, uma boneca ou mesmo com a paz no mundo. É igualmente importante mostrar-lhes que em muitos cantos deste nosso mundo há quem não consiga sonhar porque a realidade lhe tirou essa capacidade. É importante despertar em cada um o desejo de viver nesta terra da igualdade e da fraternidade, onde se aceita e promove a identidade e a diversidade de cada um e todos põem tudo em ordem ao bem comum. Uma É acreditar, é reaver os pensamentos passados, é acreditar num futuro risonho, é ter um mundo só nosso. Afonso Melo, 9ºA terra onde há tempo para ser! É importante transmitir que o sonho não é ilusão mas motor para a mudança e que como dizia Sebastião da Gama, pelo sonho é que vamos. Luís Pedro de Sousa, Coord. É idealizar uma realidade diferente da actual na qual os nossos maiores desejos são realizados. Andreia Pousinha 11ºA 2 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 3 Pedra Filosofal Eles não sabem que o sonho, é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer, como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso, como este ribeiro manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos que em verde e oiro se agitam, como estas aves que gritam em bebedeiras de azul. (...) Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança. António Gedeão MOÇAMBIQUE Em termos de mortalidade infantil, Moçambique é o terceiro país com maior índice (128 por 1.000), apenas atrás da Serra Leoa (146/1.000) e do Malaui (130/1.000). Em relação à esperança de vida à nascença, Moçambique ocupa o segundo lugar no “ranking” negativo, com 37,3 anos para os homens e 38,6 para as mulheres. Guiné-Bissau e Angola situam-se entre os últimos 10 a 20, com uma esperança de vida, respectivamente, de 44 anos e 44,5 para os homens e 46,9 e 47,1 anos para as mulheres, abaixo da média dos países menos avançados (50,6 anos para os homens e 52,2 para as mulheres). www.noticiaslusofonas. com Esses múltiplos Olhares O futuro ninguém conhece, é incerto e duvidoso. O futuro deixa-se adivinhar, é previsível e expectante. HAITI As crianças nascidas no Haiti têm maiores probabilidades de morrer durante a primeira infância do que em qualquer outro país do hemisfério Ocidental, segundo “A infância em perigo: Haiti”, um relatório lançado hoje pela UNICEF. “Há poucos lugares no mundo onde é mais difícil ter uma infância saudável do que no Haiti,” declarou Adriano González-Regueral, Representante da UNICEF no Haiti. “A percentagem de crianças da América Latina e Caraíbas que nasce no Haiti é de apenas 2%, porém, neste país morrem 19% das crianças menores de cinco anos de toda a região. É de longe a maior taxa de mortalidade de menores de cinco anos da região, com 117mortes por cada 1.000 nascimentos”. www.unicef.com PORTUGAL Um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. E 32% da população activa entre os 16 e os 34 anos seria pobre se dependesse só do seu trabalho. Há dois milhões de portugueses no limiar da pobreza, ou seja, com um rendimento de cerca de 360 euros mensais ou 4.321 euros anuais. O fosso entre pobres e ricos em Portugal é, além disso, o maior no conjunto dos países da União Europeia. O rendimento dos dois milhões de portugueses mais ricos do país é quase sete vezes maior do que o rendimento dos dois milhões de pessoas mais pobres. As pessoas que estão mais perto do limiar da pobreza em Portugal são os idosos que vivem sozinhos e as famílias constituídas por dois adultos com três ou mais filhos. http://diarioeconomico.sapo.pt Sonha-se em?... 4 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 Dossier Sonhar o Futuro ÁFRICA DO SUL A África do Sul deu passos importantes no fornecimento do tratamento das pessoas infectadas pelo VIH nos últimos anos e detém agora o número mais elevado e crescente de pessoas que estão a receber tratamento anti-retroviral. Porém, a SIDA continua a ser a principal causa de morte das mulheres e crianças no país. As melhorias na saúde e sobrevivência infantis dependerão da aceleração do acesso aos serviços de prevenção e tratamento do VIH tanto para as mães como para as crianças. www.unicef.pt Já todos experimentamos estes dois sentimentos relativamente a momentos ainda por viver. Apenas uma força, por vezes inexplicável, nos faz passar dos momentos de dúvida para outros de certezas. Podemos chamar essa força de esperança, de sonho, de confiança, de auto conhecimento, de entrega, de vida. O sonho e a esperança são bons companheiros e guiam os nossos passos no caminho que vamos trilhando, fazendo acontecer aquilo que nos parecia ser o futuro. São os nossos sonhos individuais, as nossas ambições e os nossos desejos que vão orientando as escolhas e as decisões que vamos fazendo. O sonho do Pe Gailhac ao fundar o Instituto das Religiosas do sagrado Coração de Maria era, inicialmente, através dos mais necessitados económica e espiritualmente, “conhecer a Deus e tornáLo conhecido, amar a Deus e torná-Lo amado... para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Foi em busca do sonho de Gailhac que fomos a Bèziers, cerca de 40 docentes e não docentes. Fomos beber das fontes e deixar-nos inspirar pelo espírito do fundador. Fizemos do sonho de Gailhac, o nosso próprio sonho e confirmámos a nossa missão de educadores católicos. Viemos de lá repletos de energia e de ideias novas mas com muita paz e serenidade. Também de muitos sonhos e de vida se enche o nosso colégio. Exemplo disso foi o “Festival dos Talentos” onde os nossos alunos revelaram os seus dons, alguns muito bem escondidos até então, e que nos fazem pensar no amanhã. Em alguns deles, vimos mesmo pessoas novas, que se transformaram em cima do palco, entregues aos seus sonhos. E, por alguns instantes nos deixámos embalar pelas suas conquistas. Também a “noite de contos” foi recheada de mistério e fantasia até altas horas da madrugada. Imaginando e recriando interiormente o ambiente promovido, as cenas relatadas pelos professores, que tanto se empenharam nesta actividade. E de sonho em sonho, para alguns alunos concretizou-se! Participaram este ano no Torneio Internacional, em Roma, juntamente com mais uma dezena de escolas do Instituto das Religiosas do Sagrado coração de Maria. Foram momentos de troca de experiências, de dar “tudo por tudo”, com muita camaradagem, alegre convívio e sã competição . E porque não sonha? Quem sabe um dia, numa escola do IRSCM noutro canto do mundo? E o sonho continua, desta vez com o futuro próximo, dos nossos finalistas, já pré-universitários. Cheios de ambições e desejos, viveram estes momentos únicos, da Eucaristia, do jantar e da festa de forma plena e confiante. Boas escolhas e decisões. Que os nossos passos sejam confiantes e seguros, que a ousadia vos persiga e que o ideal de Gailhac se mantenha vivo nos nossos corações. Bom descanso! Até Setembro Com amizade, Margarida Marrucho Mota Amador, Directora Pedagógica O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 5 Ir à fonte Sem nunca ter de me ir embora Deixar um pedaço da minha rouquidão Ecoar para sempre na memória Peregrinação de colaboradores do Colégio à Casa Mãe do Instituto das RSCM. Soube do padre, do santo, do irmão Que um dia viveu para os outros Das suas alegrias, tristezas e provações Da sua inquietação fervente e dolorosa Do começo, da fonte, da vida que brotou Da força, do espírito, da fé e do zelo O conhecimento de nós próprios e da nossa identidade é um longo percurso com avanços e recuos. Por estes dias, um grupo docentes, não-docentes e irmãs partiu para Béziers – França numa peregrinação à Casa Mãe do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria. Percorro cada caminho que foi nosso Reencontrando sentido para o que foi vivido No calor da cumplicidade, no calor da unidade Abraço o abraço dado em cada momento passado Guardo acesa a chama do credo renovado “Capaz de transformar o mundo” Fiéis ao tema do ano: Tempo de Ser – Identidade e Diversidade, cerca de quarenta colaboradores do nosso Colégio foram à descoberta da suas suas raízes enquanto educadores ao jeito de Jean Gailhac. Ali, junto ao Túmulo de Jean Gailhac e na casa onde viveu a primeira comunidade de irmãs, foi possível fazer a experiência da unidade e da identidade. Foram dias felizes, dias de ir à fonte e beber da água que começou a correr em 24 de Fevereiro de 1849 e não mais tem parado. A ida de colaboradores do Colégio a Bézieres foi uma peregrinação, pois visitámos lugares onde os nossos fundadores nasceram, cresceram e trabalharam e onde surgiram as primeiras religiosas do Sagrado Coração de Maria. Houve tempos de oração e reflexão com pessoas muito especiais a explicarem como o Instituto se foi desenvolvendo. Tivemos também momentos muito ricos de convívio e passeio, tendo corrido tudo numa harmonia maravilhosa e numa grande unidade. Regressámos a Lisboa com força e coragem para seguir mais e melhor o exemplo de Gailhac. Ir. Inês Cruz Percorro cada pedaço do caminho Em palavras que nos unem vida fora Queria poder ficar de mansinho Em “Tempo de Ser – Identidade e Diversidade” visitámos a Casa Mãe do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, Bèziers, França, com o propósito de beber das fontes, para melhor conhecermos o ideal do Pe. Gailhac e consolidarmos a nossa adesão à missão educativa com um carácter tão próprio e especial, como é o das nossas irmãs. Fomos cerca de 40 docentes e não docentes, numa viagem pormenorizadamente preparada pela Direcção do colégio. Uma vez lá, fomos recebidos de forma muito acolhedora e simples pela comunidade internacional que vive na Casa Mãe, cinco irmãs, todas de nacionalidades diferentes. Tivemos oportunidade de reflectir sobre a vida do Pe. Gailhac e das primeiras irmãs, tornar os seus ideais presentes nas nossas vidas e até, de nos emocionarmos com tudo o que vimos e sentimos. Foram momentos plenos de significado que se querem abundantes em frutos. O bom ambiente, o convívio, a partilha foram uma constante durante os quatro dias desta visita. Que o Pe. Gailhac nos abençoe e nos dê ânimo e coragem para continuar o seu sonho. Bem hajam! Margarida Marrucho Mota Amador, Directora Pedagógica Sem saber do regresso Apenas a confiança que um dia irei voltar… Obrigada! Elsa Coelho, prof. Gostei imenso. Foi uma viagem gratificante, tendo ficado a conhecer e a apreciar ainda mais a obra do Padre Gailhac e da Mère S. Jean. Pude fazer uma experiência feliz de caminhada em grupo. Nos momentos de oração senti Jesus Cristo muito presente na minha vida e a ser um companheiro de jornada que pode ajudar-me a superar os obstáculos. Amélia Monteiro, auxiliar de acção educativa Gostei muita desta visita à Casa Mãe das irmãs. Quando fizemos a renovação das promessas do nosso baptismo, foi bonito ver como várias chamas pequeninas originam uma grande luz. Estou certa que o Padre Gailhac vai, com a força do Espírito Santo, ajudar a fazer crescer o fogo de Deus em cada um de nós. Quando no convívio cantávamos que a oração tem força para fazer tremer a casa, senti que ela tremia, também pela alegria que o Padre Gailhac experimentava pela nossa presença lá. Dores Borges, cozinheira 6 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 7 Semana das Ciências A semana das ciências realizou-se este ano de 7 a 11 de Abril e foi organizada pelos Departamentos de Ciências Experimentais e Ciências Exactas. Durante esta semana os alunos de todas as turmas do Colégio, desde os dos 5 anos, do Jardim Infantil, até aos do 12º ano, estiveram envolvidos nas várias actividades que os dois departamentos organizaram. As turmas envolvidas visitaram os laboratórios abertos de Química e Biologia, onde os professores de Ciências Experimentais contaram com a valiosa ajuda dos alunos do 10º, 11º e 12º anos, desta área de estudos, na realização e explicação das experiências. A sala de Matemática esteve também durante toda a semana disponível com jogos didácticos para receber todas as turmas sempre com a participação dos professores da disciplina. Durante esta semana realizaram-se também visitas de estudo, conferências temáticas, Peddy Ciências do 5º e 9º ano e o problema diário de Matemática. Esta foi uma ocasião para divulgar os trabalhos realizados pelos nossos alunos nas aulas de Ciências e de os mesmos poderem adquirir alguns minerais na feira que decorreu no átrio central. Realizou-se ainda uma apresentação de Robôs da Lego e estiveram disponíveis computadores com diversos sistemas operativos: MacOS, Linux e Windows. Esta foi uma boa oportunidade para fazer a divulgação desta área de estudos de uma forma lúdica e aliciante. Dora Lopes, Ana Graça Martins, profs. 8 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 0 07 | 9 Feira do Livro e Hora do Conto Na primeira semana de Maio, à semelhança do que já aconteceu em outros anos, ocorreu a Feira do Livro do CSCM. Esta actividade, promovida pelo Departamento de Acção Cultural do Colégio, ocorreu no átrio principal do pavilhão I, onde os alunos, professores e toda a comunidade educativa puderam manusear livros de autores e áreas várias, nos momentos de intervalo. A Feira foi o pretexto para o desenvolvimento de uma série de outras actividades. Os alunos do Jardim de Infância tiveram, mais uma vez, a Hora do Conto com a presença da autora e ilustradora Teresa Conceição, que contou a história “O Namoro do Rafa Girafa”. A história foi ouvida com grande entusiasmo e participação das crianças e no final, a autora desenhou a pedido das crianças as personagens preferidas da história. As personagens desenhadas em grande formato foram pintadas pelos alunos na sala de aula, com as educadoras. As personagens preferidas foram a girafa “Rafa”, a girafa “Gira” e a borboleta “Violeta”. Por sua vez, A Hora do Conto do 1º ciclo desenvolveu-se de duas formas distintas. Os 2ºs e 3ºs anos tiveram uma actividade diferente no espaço da sua biblioteca. A professora Catarina Carrilho seleccionou 2 histórias que, num ambiente renovado, foram motivo para um agradável encontro. Durante meia hora, os alunos ouviram com prazer e no final conversaram um pouco sobre a história e observaram com interesse as ilustrações. Quanto às turmas do 1º e 4º ano, foram os alunos do 10º ano que, em colaboração com as professoras de Português e Directores de Turma, prepararam pequenas encenações para os seus colegas mais jovens. Ana Soares, Prof.; Mafalda Vicente, Prof. O Teatro do “João Mariola” Na segunda-feira tivemos uma actividade diferente com os nossos colegas do 4º ano. Desta vez, em vez de irmos às salas do 4º ano, vieram eles ao auditório dos grandes. E vieram ver uma peça para eles, o “João Mariola”, que conta a história de um rapaz que se mete sempre em sarilhos. Para nós, foi uma actividade especial e reavivou memórias do tempo em que éramos como eles e também estávamos sentados na plateia. Para eles, foi uma actividade para fugir à rotina do dia-a-dia. Foi, sem dúvida, um dia especial, um teatro diferente. André Vasconcelos, 10ºB 10 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 A nossa gente... Há neste trabalho algo que gosto muito e me dá prazer Desta vez, na nossa rubrica, conversámos com o Sr. Gonçalves. Decerto todos o conhecemos e já quase todos experimentámos uma viagem na carrinha do colégio na sua companhia, à medida que trocámos dois dedos de conversa. Contudo, muitas coisas ficam sempre por saber, por isso esperamos, através da entrevista que se segue, exceder os dois dedos do costume e alcançar uma mão cheia de conversa interessante. Onde nasceu e onde passou a sua juventude? Nasci em Pampilhosa da Serra, uma pequena vila no centro do país. Vila pequena e pobre, mas com muitos locais aprazíveis. Está rodeada por montes e vales, riachos e por um belo rio de águas cristalinas (Rio Unhais) que banha a vila e as piscinas que tínhamos eram naturais. A juventude foi passada com pouco divertimento e muito trabalho, no entanto foi feliz. Vivi essa fase durante os anos 60 que foi quando a juventude se tornou mais irreverente. A minha juventude foi interrompida pelo Serviço Militar e pela chamada para a guerra colonial da qual não tenho boas recordações. Lembra-se qual a profissão que sonhava ter quando era criança? Dos sonhos que tinha? Em criança não era muito comum sonhar-se com uma profissão. Naquele tempo, o meu sonho de criança era poder continuar a estudar em Coimbra. Para ser alguém, como nós dizíamos. Esse sonho não foi possível, devido às dificuldades económicas dos meus pais. Naquela época, em 1953, só os ricos podiam ir estudar para Coimbra, que ficava a 80 km. Ficou algum sonho por realizar? Foi muito marcante não poder ir estudar e agora, à distância, lembro-me bem dessa tristeza. Todos os planos e sonhos pareciam ir por água abaixo. Onde trabalhou antes de se tornar funcionário do Colégio Sagrado Coração de Maria? À saída da vida militar, ingressei na PSP. Não foi o ideal, foi o possível. Contudo, tenho muito orgulho de ter pertencido a essa instituição. Quando e como chegou ao nosso Colégio? A vinda para o Colégio aconteceu após a carreira na PSP. Foi por mero acaso. Tive conhecimento que precisavam de um vigilante. Dirigi-me ao colégio e, após en- trevista com a Sra. Directora daquela época, irmã Maria Filomena, fui aceite. Iniciei funções em 1992. Já lá vão uns anos. Quais as funções que desempenha enquanto funcionário do Colégio? Actualmente sou Auxiliar de Acção Educativa e tenho desempenhado essas funções mais na área da Educação Física, colaborando em tudo o que é possível com os professores desta disciplina. A minha actividade abrange funções que incluem a preparação e conservação do material desportivo. Há neste trabalho algo que gosto muito e me dá prazer: o desporto escolar, a preparação do material para os jogos, o transporte dos alunos para outras escolas ou colégios. É gratificante preparar os mais pequenos. Aperaltá-los para os jogos, como eu costumo dizer. E é um regalo vê-los a jogar, seja futebol, andebol ou voleibol. Dão tudo quanto podem. Porque é tão especial e diferente trabalhar neste local? Trabalhar neste colégio é diferente de trabalhar noutros estabelecimentos de ensino. Há algo mais na formação dos alunos. Refiro-me à sua componente católica que terá a finalidade de preencher lacunas. A riqueza material não é suficiente para que nos sintamos preenchidos. Assumo integralmente o ideário deste colégio. Quais os planos que tem para o futuro? Para o futuro os planos vão chegando a seu termo. Espero, enquanto pertencer a esta instituição, continuar a desempenhar cabalmente as tarefas que me são atribuídas. Se tal conseguir, sinto que valeu a pena. Entrevista conduzida por Catarina Carrilho, Coord. O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R - J U N 2 0 0 8 | 11 Brevemente... Sempre mais O Colégio do Sagrado Coração de Maria participou, pelo segundo ano consecutivo, nas Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM). À primeira eliminatória, que decorreu no dia 14 de Novembro de 2007, concorreram mais de 30 mil alunos de todo o país (mais 5 mil alunos que o ano passado!). Na segunda eliminatória, decorrida a 09 de Janeiro de 2008 e da qual o Colégio foi uma das escolas anfitriãs, tendo recebido alunos de vários estabelecimentos de ensino da zona sul e Ilhas, participaram 1500 alunos, dos quais apenas 60, 30 de cada categoria, participaram na Final Nacional que decorreu em Coimbra, na Escola Secundária José Falcão. Muitos alunos do Colégio do Sagrado Coração de Maria participaram na 1ª eliminatória e dois deles, o João Loureiro do 9ºA e o Tiago Barroso do 10ºB, passaram à 2ª eliminatória tendo o segundo, participante da Categoria B (10º, 11º e 12º anos), chegado à final e ganho a Medalha de Bronze. Queremos felicitar o Tiago pelo seu desempenho e conquista da medalha, mas também agradecer a todos os alunos do colégio que participaram em todas as etapas das Olimpíadas. O facto de ter ganho uma medalha na Final Nacional possibilita ao Tiago participar em mais duas provas internacionais das Olimpíadas, nomeadamente, as OIAM (Olimpíadas Ibero Americanas da Matemática) que decorrerão em S. Salvador, Brasil, e as OIM (Olimpíadas Internacionais da Matemática) que decorrerão em Julho em Madrid, Espanha. Assim, o Tiago poderá ainda conhecer colegas de outras nacionalidades que partilham o mesmo gosto pelo desafio que são os problemas de Matemática, e, desta forma, desmistificar a complexidade e dificuldades que estão associadas a esta disciplina. Filipe Teixeira, Prof. 2007- Ano Polar No ano lectivo anterior, os nonos anos do CSCM e o 10ºD participaram no concurso nacional no âmbito do Ano Internacional Polar. Estes trabalhos foram realizados na disciplina de Área Projecto, com o apoio de Geografia nos nonos anos e em interdisciplinaridade - Geografia/ TIC/ Inglês no décimo D. Após a avaliação do júri nacional e exposição dos trabalhos no Pavilhão do Conhecimento, foi divulgado o resultado do concurso, tendo o CSCM ganho alguns prémios em várias modalidades. Tiago Barroso- 1º prémio na categoria escritor polar; João Afonso, David Capitão e Teresa Martins- 1º prémio na categoria website. Os premiados receberam alguns materiais didácticos sobre as Regiões Frias e Alterações Climáticas e estarão presentes no Estágio de Campo na Serra da Estrela de 13 a 15 de Junho de 2008, com cientistas polares e alunos vencedores de outras escolas. Parabéns! Cristina Fonseca, Prof. situação imaginária, mas, de qualquer das formas, permitiu ensaiar alguns procedimentos e verificar que há algumas acções a melhorar e que serão tidas em conta para futuros exercícios. A adesão foi entusiástica por parte de toda a comunidade educativa, sendo o comportamento dos alunos revelador do seu conhecimento e empenho. Neste exercício não faltou a presença de elementos de uma empresa de higiene e segurança e da Protecção Civil. Assim, demos mais um passo na melhoria da segurança de todos nós. Para o ano há mais e esperemos que sempre de uma forma imaginária. . FOGO! No âmbito da aplicação do Plano de Emergência Interno, com o objectivo de treinar os seus procedimentos, realizou-se dia 04 de Junho pelas 10:30h um exercício de evacuação. Alunos , professores e auxiliares, ao som do alarme, saíram das salas e deslocaramse para o ponto de encontro. Foi difícil não esquecer que se tratava de uma 12 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 Peregrinação a Fátima No passado dia 30 de Maio, as três turmas do terceiro ano saíram de Lisboa rumo a Fátima. As nuvens carregadas ameaçavam estragar a viagem, mas os cânticos enérgicos a Maria, convidaram o Sol a aparecer. Nesta viagem os alunos tiveram a possibilidade de conhecer as casas de Lúcia, Francisco e Jacinta, de conversar com os seus familiares e visitar locais da aparição do Anjo de Portugal. Este percurso que nos foi proposto pelos orientadores envolvia, não só o contemplar da paisagem, mas também a busca pelo conhecimento, admirando e saboreando cada lugar e cada informação transmitida. Contudo, Peregrinar é também estar em grupo, em família; partilhar palavras, orações e viver cada instante em comunhão com Deus. E, como diziam os alunos, “Fazer uma Peregrinação é caminhar com os nossos pés e sentir com o nosso coração!” Para todos os participantes, esta caminhada trouxe bastantes benefícios.Não só pelo facto de sairmos das nossas rotinas, mas também pela vivência de uma experiência profunda. A Partida e a Chegada foram visíveis, mas a nossa Peregrinação interior, sem dúvida, que continua... Professores Titulares 3º ano Especial de corrida Por um dia sentimo-nos uma verdadeira “escola especial de corrida”. Foi com grande surpresa que alunos, professores e não docentes se depararam com um Peugeot 206S1600, o carro do piloto Bruno Magalhães e do co-piloto Paulo Grave, estacionado no pátio do Colégio. Foi grande a animação e embora a iniciativa tenha sido dirigida para os alunos da sala laranja, no âmbito da prevenção rodoviária e graças à ao empenho de um Encarregado de Educação da sala, rapidamente se alargou a todo o pré-escolar e despertou o interesse dos alunos dos restantes ciclos. Nem as irmãs resistiram a experimentar a sensação de se sentarem ao volante da “máquina”! No dia trinta de Maio, às nove horas e trinta minutos, saímos do Colégio. Pelo caminho começámos a cantar para nos divertirmos um pouco. No autocarro o professor Armindo começou a ensinar-nos umas canções para Maria e o professor Zé Pedro ensinou-nos os gestos para acompanhar as músicas. Quando lá chegámos estávamos esfomeados e portanto comemos o lanche da manhã. Logo de seguida fomos aos Valinhos. Fomos à casa da Jacinta e do Francisco e depois fomos à casa da Lúcia. Lá conhecemos a sobrinha neta da Lúcia. A seguir fomos ver os lugares onde o Anjo apareceu aos pastorinhos. Depois disto fomos almoçar e começou a chover. Quando acabámos de almoçar fomos à “igreja sem tecto” e lá estivemos num momento de oração. Fomos ainda à igreja da Santíssima Trindade e depois passámos pelo bocado do muro de Berlim. Fomos ainda à capelinha das aparições onde pudemos ter um breve momento de oração. Lanchámos e entrámos na camioneta para voltarmos para casa. A viagem correu bem e achamos que nunca mais a vamos esquecer. Mariana Queiroz e Melo,3ºC O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 13 Dia da Mãe No dia 5 de Maio comemorámos, no Jardim de Infância, o Dia da Mãe! Durante a manhã contámos com a contagiante boa disposição de mães e filhos que entre actividades de expressão corporal (3 anos), gincanas (4 anos) e pinturas no corredor (5 anos) assinalaram uma vez mais a data, daquele que é um dia dedicado a um dos mais preciosos tesouros que temos: a Mãe! O jornal de parede foi também dedicado a este dia, dando, assim, início ao mês de Maio, mês de Maria. Intitula-se “Ser Mãe como Maria”, e contou com os testemunhos e colaboração das mães do Jardim de Infância. Notícias do pré-escolar Ana Isabel Albertino, Educ. Ser Mãe é: Dar colo e abraços… tratar bem dos filhos… é ficar com dores nas costas quando se tem os filhos ao colo e na barriga… ficar preocupada com os filhos doentes… tratar bem dos filhos… ter os filhos no colo e na barriga… dar comida aos filhos e dizer para comer tudo! Sala Verde Escuro Ser Mãe é: Ter um coração grande… gostar muito dos filhos até lá ao céu… adormecer os filhos… brincar e gostar muito dos filhos… fazer paparocas… levar-nos a passear aos sítios que nós queremos… é fazer coisas bonitas… ser muito boa, linda, bonita, gira e amorosa… fazer desenhos bem feitos… saber muitas coisas… saber tratar dos filhos… fazer festas giras… ajudar e defender os filhos de tudo… levar às lojas a comprar coisas… ser um amor, muito querida, fofinha e amiga… dar muitos abraços grandes e beijinhos… tratar muito bem dos filhos! Sala Encarnada 14 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 Ser Mãe é: Fazer muitas festinhas… dar beijinhos… brincar com os filhos… fazer sopa… dar carinho… tratar bem dos filhos… dar doces… fazer o jantar… andar ao pé dos filhos… deixar os filhos a brincar… fazer muitas coisas… fazer a papa! “Jesus escondido” Durante o mês de Maio, os alunos do 1º ciclo partiram à descoberta de Jesus escondido. O tema era sugestivo e foi o mote para cada um dos nossos alunos procurar encontrar-se com Jesus “exposto” na hóstia consagrada. A irmã Marília, religiosa do Sagrado Coração de Maria, foi quem guiou os mais pequenos nesta espécie de “caça ao tesouro”, que longe de ser uma brincadeira foi um tempo de encontro muito especial, conforme nos conta a Maria Beatriz do 3ºB: Jesus escondido, na verdade, não está escondido, está no meio de nós, no nosso coração e fala connosco todos os dias. Às vezes esquecemo-nos dele e os dias passam e passam e Jesus fica à espera de uma resposta e nada. Mas Jesus gosta muito de nós e ele é um raio de sol quando estamos tristes ou zangados. Jesus não gosta de mentiras e de enganos, de pecados, que é a mesma coisa. Jesus está sempre a ver-nos. Hoje tivemos um encontro com ele e ele compreendeu o “Bom dia” que eu lhe dei. Ele ficou muito contente. Essa foi a parte que eu mais gostei da oração com a Irmã Marília, o momento em que ele falou comigo. Foi uma experiência enriquecedora para as sete equipas de dois alunos, apesar de não terem chegado aos primeiros prémios. Valeu pela participação e por ter desenvolvido as capacidades dos nossos alunos nesta disciplina. António Nunes, Prof. Foi uma experiência muito divertida. António Costa do 3º B Gostei muito deste dia, cheguei ao nível 20 com o Francisco Cruz, o último nível do Pmate. Foi uma experiência muito gira. Gustavo Pedroso do 4º A Pmate Os alunos do 3º e 4º ano tiveram até 29 de Abril muitas sessões de treino do Pmate, uma competição de Matemática disponível na Internet que contribui para a implementação das tecnologias na sala de aula, transformando a aprendizagem numa aventura matemática divertida. Estes alunos estiveram presentes no Concurso de Matemática, Pmate, na Universidade de Aveiro. Sala Amarela Notícias O 1º C fez uma promessa de Verão! No dia 27 de Maio, às 9h, recebemos,na nossa sala de aula, a visita de duas cientistas que nos falaram sobre o Sol. Quando falaram desta “superstar”, ficámos a conhecer e a perceber alguns cuidados que devemos ter com esta estrela e tudo o que a envolve: praia, piscina, água do mar e muito divertimento. Fizemos uma promessa de Verão. A partir de hoje, sempre que formos à praia, brincaremos à sombra, das 11h às 15h. Lembrar-nos-emos dos passos de protecção solar: vestir, creme e chapéu. No final da experiência, cada um de nós recebeu uma pulseira “termómetro”. Se a usarmos conseguiremos ver se o Sol comeu espinafres e ficou mais forte! do 1º Ciclo O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 15 2º Ciclo: Entre o + e o - positivo Os meus melhores momentos do 5º ano foram quando conheci os meus novos amigos e quando me adaptei ao novo ciclo, pois como devem saber são muitas disciplinas, mais testes, horários diferentes e muita, muita coisa. Os meus momentos menos positivos foram quando me zanguei com as minhas amigas. Maria Teresa Sepúlveda, 5ºA Os dias foram passando e, hoje, já estamos no 3º período, quase a acabar o 5º ano. Houve testes, fichas e trabalhos. Alguns difíceis, outros fáceis. Sabemos que tudo se consegue fazer com estudo, organização e atenção nas aulas. Ao longo do ano, fomos aprendendo muitas coisas e a tornarmo-nos melhores pessoas, apesar de, às vezes, termos causado alguns distúrbios. Diogo Carmali e Henrique Pires, 5º C No início do ano sentia-me um pouco receosa, porque só conhecia o Guilherme Rebelo. Porém, depressa me relacionei com meninas e meninos que me acarinharam e me ajudaram a integrar no grupo. Hoje tenho muitos amigos! Os professores trataram-me com carinho e souberamme explicar todas as matérias com clareza e paciência. Também eles são meus amigos. No pátio do recreio passei bons momentos, joguei, corri e conversei. Enfim! Senti-me feliz! Inês Lebre, 5ºD Notícias do 2º Ciclo Deixei com saudade a minha antiga escola... era muita a expectativa quando entrei neste colégio. É difícil a adaptação a uma escola nova, saber onde são as aulas, quais os costumes do Colégio, as suas regras e o nome de toda a gente. Foi um 5º ano quase como o meu 1º. Quando cheguei tudo me parecia confuso. Eu achava o Colégio gigantesco. Tive o apoio de alguns novos colegas que já conheciam esta casa desde o primeiro ciclo ou até mesmo desde a infantil. Os vigilantes também ajudaram em alguns erros de percurso , ao tentar encontrar as salas. Agora, chegando ao final do 5º ano, é hora do primeiro balanço. Depois da “tempestade” inicial, sinto-me mais tranquila e confiante. Tal como aprendi nas minhas aulas de História é preciso saber bolinar. Eunice Pais, 5ºB Todos os períodos deste ano lectivo têm sido bons, embora tenha gostado mais do 2º porque para além de termos feito muitas visitas de estudo tivemos também o encontro de formação nas aldeias S.O.S. onde nos divertimos muito e ajudámos as crianças levando alguns produtos alimentares. Agora já no final do 3º período deste final de ciclo, mal posso esperar pelo passeio de final de ano que de certeza vai ser muito divertido porque vamos dormir todos uma noite fora. Gosto muito de andar no Colégio Sagrado Coração de Maria, gosto muito de todos os amigos que fiz e de certeza que vou gostar de aqui continuar. Só vou ter pena que, para o ano, a turma já não seja a mesma mas vamos continuar sempre a encontrar-nos e é certo que vou fazer novos amigos. Mariana Pais, 6ºC Palestras Vocacionais do 9º Ano Nos passados dias 14 e 15 de Abril, os alunos do 9º ano de escolaridade do colégio participaram nas Palestras Vocacionais deste ano lectivo, onde alguns pais e outros familiares foram convidados a dar o seu testemunho do percurso académico e profissional de cada um. Os alunos inscreveram-se por áreas de interesse pessoal, nomeadamente nas palestras sobre medicina, jornalismo, economia, gestão, psicologia, marketing, entre outras. Puderam ouvir os oradores numa conversa informal, muito interessante, dinâmica e que, definitivamente, foi ao encontro do que esperavam. Ouviram sobre as famosas “cadeiras” da faculdade, sobre o primeiro emprego, sobre a correspondência, ou não, das expectativas face, posteriormente, à prática do que aprenderam. Os alunos colocaram questões muito pertinentes, revelando interesse pela actividade na qual participavam mas, sobretudo, mostrando o quão desejosos estavam de ali encontrarem a “chave” para todas as suas dúvidas, receios e responsabilidade de escolher, muito em breve, o curso que os fará realizados e felizes… Todos os oradores foram bastante assertivos e demonstraram bastante gosto em ajudar nesta tão difícil tarefa. Paula Duarte, Prof. e DT 9ºD As palestras vocacionais deste ano foram muito interessantes, conseguimos esclarecer todas as nossas dúvidas e ficámos a conhecer novas profissões (ex. Terapia Ocupacional). Penso que o Colégio devia continuar a fazer palestras mas com mais profissões disponíveis, pois são muito esclarecedoras e todos os familiares presentes forma muito acessíveis às nossas questões. Joana Varela, 9ºC Notícias do 3º Ciclo Visita de estudo às Pegadas dos Dinossauros da Serra de Aire e às Grutas de Mira de Aire Nesta visita aprendemos que as Grutas de Mira de Aire foram descobertas, através de uma fenda, por quatro homens naturais de Mira de Aire, a 27 de Julho de 1947. Quando foram descobertas foram preparadas ou seja, foram escavadas e foram feitas escadas e caminhos num total de 5 Km, para serem abertas ao público a 11 de Agosto de 1974. As grutas têm estalactites e estalagmites que quando se unem formam colunas. Têm também uma estalactite de 8 metros que lá está há mais de 80 000 anos, pois em cada século uma estalactite só cresce 1 cm. No final da visita havia uma galeria com uma exposição de minerais. Visitámos também a Pedreira do Galinha onde estão os maiores trilhos de dinossauros do mundo. Os trilhos foram descobertos durante uma escavação para extracção de minerais. O maior trilho tem 147 metros, com pegadas de dinossauros com 30 metros e 70 toneladas. É possível calcular tudo isto através das pegadas. Também é possível saber as velocidades a que o dinossauro se deslocava, através das pegadas. Há 150 milhões de anos atrás havia um único continente, chamado Pangea, que tinha climas muito diferentes dos actuais. A Terra era dominada pelos dinossauros. Um dinossauro podia atingir mais de 14 toneladas só nos primeiros três anos de vida, e normalmente andava a 4 Km/h. Os dinossauros extinguiram-se muito rapidamente e com eles mais de 75% das espécies que habitavam a Terra na altura. No século XIX, um médico inglês deu a conhecer melhor ao mundo os dinossauros e depois dele um cientista inglês também deu a estes animais o nome de dinossauros. E todas estas informações surgem dos vestígios. É por isto que as visitas de estudo são boas, nós adoramo-las e divertimo-nos. Francisca Paim e Rita Costa, 7ºC Eu achei esta visita de estudo espectacular. São locais muito giros, divertidos e interessantes de se ver. Nestes sítios consegue-se aprender muita coisa de que não fazíamos a mínima ideia, e ficamos a saber algumas das maravilhas da Natureza, assim como ficamos a conhecer vestígios de seres vivos que viveram muito antes de nós, e que marcaram definitivamente a história do planeta Terra. Maria Carlota, 7ºB No primeiro dia de aulas do 5º ano estávamos nervosos e ansiosos, pois não sabíamos quem iríamos encontrar e, com tantas disciplinas novas, pensávamos que iria ser muito difícil. 16 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 17 Notícias do Secundário Festival de Talentos Realizou-se no passado dia 16 de Maio, nas instalações do nosso colégio, o Festival de Talentos. Este festival, que teve início às 17h00, foi organizado por um grupo de alunos do 12º-A: a Leonor, a Francisca, a Raquel, a Sílvia e o Tomaz. Realizado no âmbito da Área de Projecto, contou com a indispensável coordenação do Professor Paulo Campino. O objectivo principal deste evento foi a angariação de fundos para ajudar a equipar a Enfermaria de Kimparana, no Mali, onde se encontram as Irmãs R.S.C.M. Os fundos angariados reverterão, na sua totalidade, para a compra de materiais e instrumentos médicos. A todos os alunos, do 3º ao 12º ano que se dispuseram a colaborar, foi dada a oportunidade de revelarem os seus talentos nas mais diversas vertentes artísticas como a dança, o teatro, a música, o entretenimento, a poesia e a magia, entre outras. No total, o número de alunos participantes rondou os 90. O Espectáculo foi dividido em duas partes: a primeira parte destinada à actuação de alunos do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico; a segunda parte destinada aos alunos do secundário. Durante o intervalo, foi possível ainda disponibilizar uma venda de refeições ligeiras. O Festival contou ainda com a colaboração de um animado júri, do qual fazia parte a jornalista Fernanda Freitas, a quem coube a difícil tarefa de eleger os vencedores de cada ciclo. O Festival terminou com a participação de duas bandas convidadas: “The Ox” e “Springshoes and the funky man,” ambas constituídas, mas não só, por alunos do nosso colégio. A todos aqueles que possibilitaram o sucesso desta iniciativa, ficam os nossos mais sinceros agradecimentos. Fórum de Oportunidades O Colégio foi palco de um evento que contou com a visita de 18 Faculdades/Universidades e apresentação de respectivos cursos, através de um ciclo de conferências destinados aos alunos do Secundário. Cada universidade foi representada por uma plêiade de docentes e alunos, muitos deles pais de alunos do colégio e antigos alunos que, por intermédio de conferências decorridas em tempo lectivo, apresentaram a própria instituição, os seus ideais e objectivos, assim como os cursos disponíveis em cada uma delas. No geral, podemos dizer que os alunos foram presenteados com informação sobre toda uma gama diversa de cursos relacionados com o respectivo agrupamento, desde Química, Física, Engenharias, Medicina, passando por Economia e Gestão, até Humanidades. Para além das apresentações dos cursos, realizaram-se 6 conferências temáticas direccionadas para várias áreas dos saberes que contaram com licenciados a exercer. As apresentações conseguiram conjugar o tom catedrático de reflexão e ponderação, associado à ideia de que o rumo seguido numa faculdade futura acompanhar-nos-á para sempre com uma outra ideia, desta vez de índole mais leve e interior: a ideia de que cada um deve seguir o curso com que mais se identifica, ao invés de ceder, sob pressão de terceiros, e estudar algo movido por um motor que não a motivação pessoal. Mais do que qualquer discurso ou palestra de carácter unidireccional, monocromático, que se limite a debitar vertentes teóricas, esta fusão foi sem dúvida o ponto alto das conferências, e isso notou-se perfeitamente no interesse exibido pelos alunos. Concluindo, cada uma das universidades, em cada uma das áreas apresentadas, conseguiu expor perfeitamente um conceito geral dessa mesma área, e, a partir daí, abordar todos os elementos associados ao estudo de uma matéria e a um futuro trabalho e não só ao conteúdo da matéria em si. Foi esta abordagem que, ao passar para o extracurricular, permitiu o contacto com a individualidade de cada um e, sem dúvida, ajudou a elucidar algumas mentes indecisas e não só. Duarte Rondão, 11º C Francisca Topa, 12ºA 18 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 19 Sexualidade na adolescência Por sugestão dos alunos do décimo primeiro ano, e no âmbito da disciplina de Educação Cívica, foi organizada por alguns directores de turma uma conferência com o tema “Sexualidade na adolescência”. O evento teve como principais objectivos explicar e esclarecer temas concretos e reais que afectam a vida de um adolescente com os quais, por vezes, este não consegue li- Sons da nossa casa Em entrevista à banda Springshoes and the Funky Man, descobrimos que não é só o vocalista que dá o brilho tão especial, ou não fosse esta uma banda totalmente instrumental. Numa mistura de rock, funk e muito psicadélico à mistura, esta banda amadora promete dar muito que falar, já tendo começado com concertos no café Rock in Chiado, no Chiado. Quem é que disse que os jovens não devem ser levados a sério? Conversámos com Alexandre Vaz, aluno do 10º ano do nosso colégio e membro da banda e ficámos a saber mais coisas sobre os Springshoes and the Funky Man. dar correctamente. É certo que, no mundo das comunicações globais em que vivemos, a informação parece conseguir atingir todos de modo eficaz, o que teoricamente levaria a uma redução da ocorrência de casos preocupantes, como é o caso da transmissão do vírus HIV e da gravidez na adolescência. No entanto, esta redução não é infelizmente verificada, continuando assim a aumentar o número de jovens contaminados com doenças sexualmente transmissíveis, em especial o HIV. Uma das causas deste fenómeno poderá ser a qualidade da informação transmitida aos jovens: a informação transmitida aos adolescentes, que estão a iniciar a sua vida sexu- – De onde é que surgiu a ideia de formarem a banda? R: Eu comecei a tocar guitarra por causa de um concerto dos Red Hot Chili Peppers, em que fiquei pasmo com o guitarrista, achei completamente diferente de tudo o que alguma vez tinha ouvido. Portanto, comecei a pensar em ter aulas de guitarra. Enquanto isso, tinha um amigo chamado Francisco Esteves que tocava (e toca, obviamente) bateria, e muito bem. Assim a primeira fase fomos nós no quarto do Esteves a tocar umas coisas ao calhas, para nos divertirmos. Depois apareceu o João Nunes, que era amigo do Esteves e estava a aprender baixo. Juntou-se a nós e pronto, começou. Não foi nada de planeado, foi bastante natural e súbito. al, deve ser rigorosa, precisa, concreta, cativante e abrangente. A conferência, dirigida pela Drª. Luisa Martins, médica ginecologista e obstetra, despertou o interesse dos alunos para problemas actuais como as DST (doenças sexualmente transmissíveis), a vivência saudável da sexualidade, a qualidade de vida e os métodos contraceptivos. O registo prático e informal da conferência permitiu uma maior aproximação dos alunos aos temas abordados. Depois de aprofundadas todas as dimensões em que deve ser vivida a sexualidade, foram analisados, no contexto cientifico, os métodos contraceptivos como prevenção para alguns dos problemas referidos anteriormente. No final da conferência, os alunos aprenderam a tornarse mais activos na sociedade, contribuindo para a resolução de um problema real, puderam compreender os melhores comportamentos para crescerem pessoalmente de forma dignificante e decerto construíram uma visão mais funda- – Bem, então estou a ver que temos de agradecer aos Red Hot Chilli Peppers... Vocês como banda têm alguma referência musical, alguém por quem se guiem ou é tudo da vossa cabeça? R: No início éramos bastante terríveis... Primeiro de tudo, o único que tocava alguma coisa de jeito era o baterista. Segundo, não tínhamos a mínima ideia de que estilo queríamos seguir. Portanto os primeiros meses foram do punk bruto ao pseudo-jazz. Apercebemo-nos que estávamos a fazer coisas que não tinham nada a ver connosco, logo parámos durante um segundo para recapitular no que podíamos pegar para criar música. A escolha óbvia e influência principal foram sempre os Red Hot Chili Peppers, porque é uma banda que todos nós gostamos. Para além disso, com o tempo, fomos ouvindo outras coisas, e esmagando influências para dentro das nossas músicas. Assim, uma lista rápida de artistas seria: Red Hot Chili Peppers, Jimi Hendrix, Primus, Pink Floyd, Funkadelic, Jamiroquai, Jane’s Addiction, Frank Zappa e Smashing Pumpkins... mentada acerca de todos os temas que se relacionam com a sexualidade na adolescência. Porque toda a informação é extremamente importante, é decerto uma actividade a repetir. Links importantes: www.sexualityandu.ca Catarina Reis e Eduardo Rodrigues, 11ºA 2 0 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 – Vocês têm muitas influências do “antigamente”. A música actual não vos entusiasma? R: Tenho que falar a um nível muito pessoal para te responder a isso. Para mim, ainda estamos a tentar apanhar muito daquilo que já foi feito. Claro que existem boas bandas actuais, mas sinceramente estamos num clima tão comercial, hoje em dia, que me assusta. É mais fácil começar pelos clássicos para chegar a algum lado no futuro. Eu olho para o Hendrix e penso: “bem, nunca mais vamos ter alguém assim a tocar”. Respondendo à pergunta mais directamente... realmente o “antigamente” tem mais a ver connosco, mas tentamos tudo por tudo para não soarmos antiquados – E não soa de todo antiquado! Aliás, o vosso estilo musical é muito próprio, começando por ser simplesmente instrumental. É uma questão de preferência ou ainda não encontraram ninguém ao vosso nível? R: Hum, boa pergunta. Nós estabelecemos uma regra base: não vamos estar a juntar elementos só por juntar. A música pode ser tão boa com ou sem vocalista, e não vamos simplesmente arranjar um porque nos pode dar mais fama. Somos bastante contra modas. Não gostamos “daquela banda” que é só punk, ou simplesmente emo, ou completamente metal. Uma banda é (ou devia ser) o produto de tudo aquilo que se gosta, não esquecendo que só tocamos o que tocamos porque alguém fez algo importante muito antes de nós. E sinceramente dá-me um grande prazer ver que é possível “comunicar” com as pessoas apenas por instrumentos. Podemos vir a ter vocalista, mas será tudo a seu tempo e apenas se encontrarmos alguém que torne a nossa música melhor, não porque nos dá mais estilo – Falando agora mais do futuro. Achas que isto é só uma coisa de amigos que se decidiram juntar e chegam a uma altura em que vai cada um para seu lado ou tencionas levar este projecto dos Springshoes para a frente? R: É demasiado cedo para dizer que isto é algo de definitivo. Depende muito de cada elemento da banda, das suas ambições futuras e disponibilidade. Eu duvido muito que perca o interesse pelo projecto, mas claro que também estou interessado em tentar outras coisas, outros estilos e tocar com outras pessoas. Somos uma banda bastante “unida”, portanto desde que haja quem nos oiça, acredito que dure algum tempo. Quanto a ti, a música faz definitivamente parte do teu futuro? R: Não me lembro de mais nada que a nível profissional me desse mais gozo. Claro que é incrivelmente difícil viver só disso, mas será impossível para mim deixar a música por completo. E sinceramente acho difícil conseguir desligar de todo este ambiente musical para mudar para uma área completamente diferente. E agora, para terminar, mudando radicalmente de assunto, porque é que achas que a vossa música deve ser ouvida? Quer dizer, se tivesses de convencer uma multidão, quais seriam os teus argumentos? R: Sinceramente, eu acho que temos um som característico. Claro que ainda está a evoluir, mas se fôssemos simplesmente uma banda a imitar uma coisa já feita, não teríamos durado 3 meses. A nossa música é muito pessoal no sentido em que junta imensa coisa que vem de lados completamente diferente. Orgulhamo-nos de não sermos uma cópia chapada de uma banda preferida. A originalidade é para mim um dos pontos altos para qualquer artista. Portanto, quem quiser ter uma experiência diferente, que nos oiça, talvez fiquem surpreendidos. Será que convenço uma multidão? Talvez não, mas nós também nos contentamos com menos. Espero que tenham ficado convencidos porque eu fiquei. Para quem quiser comprovar por si mesmo, www.myspace.com/springhoes. 100% Aconselhável. Culturalmente... O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 21 Torneio Internacional RSCM 2008 Roma foi palco para mais uma edição do Torneio Internacional das Religiosas do Sagrado Coração de Maria que decorreu entre os dias 16 e 20 de Abril. Mais uma vez marcámos presença, desta feita com um grupo de 20 alunos do 3º ciclo, acompanhados pelos professores de Educação Física, Catarina Oliveira, Nuno Oliveira e Sérgio Ferreira. Este ano a organização foi conjunta entre os dois colégios existentes em Roma, o Marymount International School e o Instituto Marymount. Para além dos repetentes das edições anteriores, com a presença de um colégio situado na Colômbia, verificou-se a tendência do aumento do número de participantes, de ano para ano. No plano desportivo as modalidades praticadas foram Basquetebol, Futebol e Voleibol. Os rapazes tiveram uma soberba participação obtendo o 2º lugar no Basquetebol e Voleibol, e vencendo, de forma categórica diga-se, o torneio de Futebol. As raparigas estiveram azaradas no sorteio das equipas. Ainda assim, obtiveram um excelente 2º lugar na modalidade de Voleibol. Resta-nos acrescentar que, e tratando-se da magnífica cidade de Roma, a única visita possível de realizar – ao Vaticano e à Basílica de S. Pedro – soube a pouco, pois muito ficou por ver. Ficámos todos com vontade de lá voltar...um dia! Nuno Oliveira, Prof. 2 2 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | O U T- D E Z 2 0 07 | 2 3 Semana da Educação Física No âmbito da disciplina de Educação Física, decorreu entre os dias 5 e 9 de Maio a Semana da Educação Física organizada pelo respectivo Departamento. Esta actividade envolveu os alunos do colégio do 5º ao 12º anos e teve três momentos. Contos pela noite fora Aos alunos do segundo ciclo foi este ano proporcionada uma actividade diferente: A Noite do Conto. Nela participaram todas as turmas do quinto ano. Esta noite especial decorreu na Biblioteca do Pavilhão I durante os meses de Abril e Maio, de sexta para sábado. Uma sexta para cada turma, entenda-se! Primeiro, a tão salutar competição entre turmas que tanto motiva e alegra alunos de todas as idades. Os inter-turmas foram de basquetebol, futsal e voleibol. A chuva foi mais um adversário, quase sempre derrotado. Segundo, procurámos proporcionar aos nossos alunos diversas vivências, oferecendo-lhes a prática de modalidades, para muitos desconhecidas. A azáfama foi grande, a adesão foi a esperada e os sorrisos que expressaram o gosto por actividades físicas diferentes foram uma constante. Entre actividades como o Parkour, Basquetebol Adaptado, Hip Hop, Mini-golfe, Rugby, ainda contámos com a disponibilidade da Dra. Inês e Dra. Mónica, nutricionistas da empresa Senha, que elucidaram os nossos jovens sobre a importância de uma alimentação saudável. Alguns ganharam, outros perderam. Todos experimentaram e aprenderam!!! O balanço foi positivo, tendo em conta que foi um conceito novo que constituiu um verdadeiro desafio e inovação para o Departamento de Educação Física e todos os seus intervenientes. Aos alunos foi pedido que trouxessem pijama, sacocama, escova de dentes, almofadas ou ursos de peluche, pois era na biblioteca que passariam a noite. As professoras que organizaram a actividade, Maria José Pais, Filipa Botto e Fátima Silva, foram também as contadoras das histórias. Receberam uma ajuda especial do professor António Rocha. A obra escolhida foi O Livro que só Queria Ser Lido, da autoria de José Jorge Letria. A história personifica os livros e apresenta-os como amigos insubstituíveis. Através desta actividade pretendeu-se dinamizar o espaço da Biblioteca, fomentando o gosto pela leitura. Houve ainda oportunidade para manusear vários tipos de livros e aprofundar as amizades O balanço foi muito positivo, senão vejamos os testemunhos dos alunos do 5ªE Catarina André e Nuno Cruz, Profs. André Ferreira, Miguel Sancho As professoras começaram a ler um livro chamado “ O livro que só queria ser lido”. Era um livro divertido e às vezes parávamos para realizar algumas actividades. No final do conto, quem queria foi lá à frente e sentouse na cadeira e contou uma história de terror! Uhhhhh, que medo! Apareceu a professora com uma camisola e uma saia cheia de letras, a Vera com uma caixa de cartão que parecia uma máquina de escrever e o Tomás com uma caixa que dizia: “O livro que só queria ser lido”. Henrique Ferreira Joana Morais Espero que continuem com estes eventos, pois todos os alunos do 5ºE gostaram muito. Nunca tinha feito uma noite no meu colégio, por isso foi a minha melhor noite. João Oliveira Sofia Estrela Às oito e meia estávamos todos reunidos, a decoração era excelente, as velas no corredor davam um ar de suspense, na sala, um pano e luzes. Pusemos logo os nossos sacos cama e vestimos o pijama para ouvirmos o conto “O livro que só queria ser lido”. Fizemos a ceia com muita e variada comida. Depois da ceia, fomos lavar os dentes e, em seguida, dormir. Não nos apetecia muito, mas, com algum esforço, acabámos por adormecer. De manhã fomos tomar o pequeno almoço, preparado pelas irmãs, ao bar. Mais tarde, os pais vieram buscar-nos. Todos gostámos desta grande iniciativa. Miguel Gouveia e Tomás Cunha 24 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 2 5 Primeiro dia de aulas: 7º ano. Era um colégio enorme. Perdi-me e cheguei atrasada. Eram vinte e duas pessoas desconhecidas a olhar para mim e eu já não tinha mesa. Senti que não havia, de todo, lugar para mim. Passaram seis anos: 12º ano. É o meu colégio. Vou ter à minha sala. São os meus colegas, os meus professores, os meus amigos. São os sorrisos, as gargalhadas, as experiências, os desabafos e, às vezes, as lágrimas. É o conforto, a partilha e a confiança. É perceber que, há seis anos, alguém me ajudou a encontrar a sala e alguém me trouxe uma mesa. É seguir em frente e sentir que sempre houve, e haverá, lugar para mim. Liliana Mixão, 12ºA Festa de Finalistas Quando penso em mim e no Colégio, penso com orgulho. Penso naquilo que somos e no que fizemos (juntos). Foi aqui que me deram as ferramentas para fazer o que mais gosto: amigos com quem brinquei, com quem converso, com quem vou rir; significado às letras para poder libertar a criatividade sob a forma de palavras; visão para poder desenhar os sonhos; movimento e expressão para poder experimentá-los sob o olhar das lentes. Foram quinze anos da minha vida, e uma das suas maiores constantes. Deixou-me uma marca. E eu? Será que também deixei a minha? Sim, está no chão do 3º andar e diz “VOTA J”. Maria Inês Carvalho, 12ºC Festa de Finalistas Uma vez alguém me disse que ia ser difícil viver diariamente com as dificuldades e exigências do secundário. Também me falaram das rivalidades que ia encontrar. Mas era tudo mentira. Não foi difícil. Foi fácil, muito fácil vencer obstáculos, porque encontrei amigos, tive apoio, acreditaram em mim. Se houve exigência?! Sim, muita... e também muito trabalho, mas tudo por um projecto e com resultados visíveis. E nunca tive de lidar com rivalidades... pelo contrário, encontrei companheirismo, convívio e amigos com quem dividi os meus dias, almocei, fiz trabalhos de grupo, fui ao cinema, com quem desabafei e ri às gargalhadas. Gostei de ter “vivido” aqui estes três anos, pelas pessoas que conheci e que nunca vou esquecer, pelas memórias e por todos os momentos que aqui passei. Vou ter saudades, mas comigo levo a recordação de todo este tempo único. Renata Gouveia, 12ºB 26 | O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 Fotografias da festa de Nuno Augusto Olhares Número 18 | Ano 6 Propriedade: Colégio do Sagrado Coração de Maria de Lisboa Av. Manuel da Maia, nº 2, 1000 – 201 Lisboa | Tel. 21 8477575 | Fax. 21 8476435 Direcção: Margarida Marrucho Mota Amador Coordenação Catarina Carrilho e Luís Pedro de Sousa Redacção: Bárbara Monteiro, Catarina Grilo, Leonor Castro, Marta Baptista, Mateus Leite de Campos. Apoio Gráfico: Fernando Coelho Impressão: CLIO, Artes gráficas Tiragem: 1330 exemplares Distribuição: Gratuita à comunidade educativa O L H A R E S | R E V I S TA D O C S C M | A B R -J U N 2 0 0 8 | 27 O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. Se ele me tivesse perguntado a mim responderia: três anos, porque hoje, que olho para trás e perspectivo mil e um projectos para a frente, não consigo descolar da minha memória tudo o que deixo, ou melhor, levo deste espaço chamado CSCM: momentos indivisíveis, conhecimentos autênticos, pessoas ímpares e vá, uma lágrima no canto do olho. Vontade de partir não me falta. Falta-me, pois, a vontade de não querer não lembrar o inesquecível – e ainda bem! Parto maior porque sei que marquei e soube ser marcado. Mas não posso contrariar a irrevogabilidade da natureza: o fluir do tempo e o crescer de tudo. Por isso não digo “adeus”, nem “até já” (a TMN disse-o por mim). Digo: ponto – parágrafo, porque ficou escrito para ser continuado. João Leitão, 12º D