TEMPERAMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO
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TEMPERAMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO
TEMPERAMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE APÓS INTERVENÇÃO PSICOTERÁPICA Neusa de Oliveira Santos, Carolina Bernardo, Juliana Morillo, Ana Maria Costa e Liliana Seger (Programa do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Controle dos Impulsos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo - SP) O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), caracteriza-se por recorrentes explosões de comportamento em decorrência da falha do controle do impulso agressivo. O comportamento explosivo é desproporcional ao evento que o causou e é consequência dos erros de avaliação e interpretação disfuncional. A agressão do tipo reativa pode provocar profundo sofrimento pela culpa vivenciada após o ato agressivo e pelas perdas significativas geradas na maioria das áreas de vida. O objetivo desse estudo é verificar a eficácia do tratamento psicoterápico no temperamento de portadores de TEI. Foi realizada a comparação entre os escores da sub-escala temperamento do Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço (STAXI) antes e após a aplicação do Programa de Intervenção para TEI na abordagem cognitivo-comportamental em grupo do Programa do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Controle dos Impulsos. Para análise estatística utilizou-se o Teste t-Student, através do programa SPSS versão 20. Participaram da pesquisa 59 pacientes que responderam quatro questões, avaliadas pré e pós tratamento, estabelecidas para a categoria temperamento do STAXI. Encontrou-se diferença estatística ao nível de 5% de significância para um intervalo de 95% de confiança na média do grupo para a sub-escala temperamento. Os resultados obtidos apontam que 100% dos pacientes apresentaram melhora significativa para temperamento em todas as questões respondidas. Antes do tratamento 42,9% dos pacientes disseram se irritar com facilidade quase sempre, 40,5% relataram ser frequentemente temperamentais e “cabeça quente” e 34,5% quase sempre perdiam a estribeira. Após o tratamento 57,6% disseram se irritar com facilidade apenas algumas vezes, 52,5% serem temperamentais e perderem as estribeiras algumas vezes e 49,2% serem “cabeça quente” algumas vezes. A intervenção psicoterapêutica não pretende modificar a personalidade do sujeito, mas ajudá-lo a reagir de forma mais funcional e melhorar sua qualidade de vida. A prevalência, pós tratamento, da resposta ‘algumas vezes’ é altamente significativa. Há relevância do programa de psicoterapia para melhora do temperamento de pacientes com TEI. Sugerem-se estudos para aferir eficácia do programa em outras sub-escalas do STAXI, no intuito de compreender o funcionamento psicológico de pacientes com TEI. Palavras chave: Temperamento, Transtorno Explosivo Intermitente, Psicoterapia. Área temática: Avaliação de transtornos. C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas) Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo Palma (organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015. ISBN 978-85-66867-01-5
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