Relatório de atividades de 2011
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Relatório de atividades de 2011
A Administração da Fundação Passos Canavarro, Arte, Ciência e Democracia, nas pessoas do seu Fundador e dos membros do Conselho de Administração, vem apresentar o seu “Relatório do Exercício de 2011“. O corrente ano, na continuidade do que era expectável, foi marcado por profunda crise financeira e económica que não foi, todavia, impeditiva de termos terminado e inaugurado a Casa-Museu no passado dia 14 de Maio. A abertura ao público em geral decorreu a 17 de Maio, e, desde então, já recebemos cerca de 800 visitantes | ACTIVIDADES REALIZADAS | | JANEIRO | 8 DE JANEIRO Realizou-se na Câmara Municipal de Santarém uma sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia de Marvila para celebrar a geminação entre esta e a Freguesia de Guifões, Concelho de Matosinhos, terra natural de Passos Manuel. Pedro Canavarro palestrou sobre a ligação umbilical do estadista com estas duas freguesias, sendo esta a primeira geminação que se realiza em função de uma pessoa — do lugar de nascimento ao da sua morte. 11 DE JANEIRO Durante a cerimónia comemorativa do Centésimo aniversário da criação do Liceu Passos Manuel, a Fundação Passos Canavarro entregou a João Balança Lopes, o Prémio Passos Manuel. O Prémio foi entregue por António Canavarro, tendo sido palestrante o Professor Adriano Moreira. | MARÇO | 20 DE MARÇO Entrega da Medalha de Ouro da Cidade de Santarém à Fundação Passos Canavarro, aprovada por unanimidade nesta Autarquia, por ocasião das festas da cidade, tendo esta sido recebida pelo Vice-Presidente, António Canavarro. A Fundação foi distinguida pelo modo como tem preservado, recuperado e divulgado o património histórico-cultural e projecção que faz de Santarém além fronteiras. 21 DE MARÇO Pedro Canavarro foi o conferencista convidado pelo Governo Civil de Santarém para historiar a acção de Manuel da Silva Passos enquanto Ministro do Reino na sessão de abertura da exposição intitulada “Ministros do Reino à Administração Interna”, uma organização do respectivo ministério. | ABRIL | 14 DE ABRIL Realização de um concerto de piano por Tomohiro Hatta e Ricardo Vieira, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, para angariação de fundos para a Cruz Vermelha Japonesa, no âmbito das tragédias ocorridas no Japão. | MAIO | 4 DE MAIO Pedro Canavarro foi entrevistado para a revista “Caras” pela escritora Rita Ferro. 13 DE MAIO Foi lançado o novo site da Fundação / Casa-Museu na internet, com o endereço: www.fundacaopassoscanavaro.pt. Em paralelo foi criada a página de amigos da Fundação na rede social, “Facebook” contando com 210 seguidores. 14 DE MAIO Nesta data teve lugar a inauguração da Casa-Museu Passos Canavarro que, entre ilustres convidados, contou com a presença do Secretário de Estado da Cultura, Dr. Elísio Summavielle, do Presidente da Assembleia Municipal de Santarém, Dr. Pinto Correia, do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Dr. Ricardo Gonçalves, do Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Dr. Emílio Rui Vilar, do Administrador da Fundação Oriente, Dr. João Calvão, do Secretário-geral da Fundação LusoAmericana, Dr. Fernando Durão, entre outras dezenas de convidados. 17 DE MAIO Teve lugar a abertura ao público em geral da Casa-Museu, que neste primeiros sete meses de actividade já foi visitada por cerca de 800 pessoas. | AGOSTO | A revista “Dada”, de periodicidade bimensal e distribuição gratuita, sedeada no Cartaxo, dedica a edição de Agosto / Setembro à Casa-Museu Passos Canavarro. 6 DE AGOSTO A revista “Fugas”, suplemento de sábado do jornal “Público”, fez uma reportagem intitulada “A casa das histórias de Pedro Canavarro”. 23 DE AGOSTO Nesta data teve lugar a primeira das 12 visitas à Fundação acordadas com a DASS Divisão de Acção Social e Saúde da Câmara Municipal de Santarém, destinada aos idosos residentes no Concelho. | SETEMBRO | 17 DE SETEMBRO No contexto das actividades mensais que a Casa-Museu tem levado a cabo teve lugar um dia dedicado ao Japão. Este evento contou com a presença do Ministro da Embaixada do Japão em Portugal, Tatsuo Arai, que conferenciou sobre culinária e cultura pop japonesa. No almoço, a cargo do restaurante Kook, de Santarém, quarenta participantes puderam degustar alguns pratos mais conhecidos da cozinha nipónica. 24 DE SETEMBRO O Professor Genjiro Ito, Conselheiro da Fundação, ofereceu à Casa-Museu um vaso de porcelana “Kutani”. | OUTUBRO | 15 DE OUTUBRO A Casa-Museu homenageou Pedro de Sousa, com uma sessão intitulada “Universo artístico e gastronómico”, que contou com a presença de Magda Pinheiro, Francisco Bronze e Bruno Gonçalves que trocaram impressões sobre a arte e os gostos pelo marginal e pela produção estética popular na obra deste artista nascido em 1950 e que morreu em 1994, seguindo-se um jantar “à maneira de Pedro de Sousa”, que contou com trinta e três convivas. 25 DE OUTUBRO Pedro Canavarro foi o orador convidado na sessão comemorativa dos 175 anos da Revolução de Setembro e data da criação da Academia Nacional de Belas-artes que decorreu não só nesta como no auditório da Faculdade de Belas-artes de Lisboa. | NOVEMBRO | 5 DE NOVEMBRO A Fundação e o Centro Nacional de Cultura assinaram, na Casa-Museu, um Protocolo de Cooperação e que tem como finalidade “facilitar o aceso aos membros e sócios de ambas instituições às diferentes actividades que por si sejam desenvolvidas, isoladamente, ou em cooperação.” O Protocolo foi assinado pelos presidentes das duas instituições, Pedro Canavarro e Guilherme d’ Oliveira Martins. 27 DE NOVEMBRO No mês dedicado a Mimi Fogt, decorreu na Casa-Museu uma sessão intitulada “Magia e Cor em Mimi Fogt”, dedicado aos tempos em que ela viveu em Londres e Paris. Após a visualização da primeira parte do documentário realizado por Zito de Almeida Correia, a Dr.ª Leonor de Oliveira fez a análise crítica dos retratos que a pintora realizou nesse período. Seguidamente teve lugar um jantar sentado “à francesa” que ficou a cargo do “Chef” Willy Bya, no qual participaram 26 convivas. | DEZEMBRO | 12 DE DEZEMBRO Pedro Canavarro e a Directora do Arquivo Distrital de Santarém, Dr.ª Leonor Lopes, assinaram, na Biblioteca da Casa-Museu, o Acto de Doação do Espólio Documental de Pedro Canavarro ao referido arquivo. | RELATÓRIO FINANCEIRO | Pelo quarto ano consecutivo, correspondente ao décimo primeiro ano de actividade da “Fundação Passos Canavarro”, assistiu-se internacionalmente a movimentos sucessivos de correcção de rumo pelos grandes blocos políticos, económicos e financeiros, o que determinou um ambiente de grande incerteza no futuro, a curto, a médio e a longo prazo. As mudanças políticas que se adivinham no âmbito da União Europeia não têm conduzido à acalmia dos mercados e poderão ser o prenúncio de alterações muito significativas dos balanços internacionais de poder. Neste contexto, Portugal perdeu a já reduzida importância que tinha pela intervenção que sofreu e, nestes próximos anos, terá de se limitar a cumprir o que negociou com as instâncias financeiras internacionais, esperando que o cenário global não se agrave, para que se possa assim atingir, domesticamente, uma situação futura menos gravosa. Internamente, continuou a viver-se em Portugal uma enorme crise económica e financeira, socialmente agravada pelo desemprego crescente e pelas situações dramáticas de muitas franjas da população. Em meados do ano, tiveram lugar novas eleições, que ditaram a mudança política na condução do País. Igualmente se assistiu à intervenção da chamada “tróica” no que respeitou ao efectivo estabelecimento de medidas de correcção das políticas financeiras e macroeconómicas a aplicar em Portugal. Por estas e outras razões, todo o tecido produtivo e empresarial foi alterado, como também o foram os hábitos dos Portugueses, confrontados com uma significativa subida da carga fiscal, de níveis sem paralelo nas últimas décadas. O clima recessivo instalou-se em todos os sectores da sociedade portuguesa, com um forte sentimento de prudência a pontuar nas mais pequenas decisões do dia-a-dia. Obviamente que, ao nível da nossa “Fundação”, toda esta situação influenciou as decisões da Administração. Como foi referido nos Relatórios dos últimos três anos, o Conselho de Administração reduziu drasticamente o número das acções externas previstas nas suas finalidades estatutárias, seja no apoio às Artes, ao desenvolvimento das Ciências ou no aprofundamento da Democracia. Finalmente e tal como tinha sido, em tempo, anunciado, criaram-se as condições físicas, nas instalações da “Fundação”, para que se realizassem regularmente acções que, não sendo somente geradoras de receitas, também projectassem o nome da Instituição no contexto local e nacional. Na análise das contas da "Demonstração dos Resultados" e no sector das despesas, a rubrica mais significativa é a de "Fornecimentos e Serviços Externos", onde se incluem quase todas as verbas do efectivo funcionamento da “Fundação”. Nesta rubrica verificou-se uma diminuição dos valores, face a 2010, de € 72.300,00 para € 37.900,00, ou seja, um decréscimo de 47.6%, fruto das fortes medidas de contenção aplicadas. A sua subconta "Serviços Especializados" (€ 29.900,00) viu reduzido o seu montante de € 4.700,00 face a o ano anterior. Igualmente, as subcontas "Deslocações e Estadas" e “Serviços Diversos”, sendo as mais importantes, apresentam substanciais descidas e níveis aceitáveis para uma entidade com a “Fundação”. A rubrica “Gastos com o Pessoal” manteve-se estável, apresentando valores normais e demonstrando a regularidade das estruturas operacionais. Finalmente, a rubrica “Outros Gastos e Perdas” apresenta um acréscimo significativo, derivado, na sua maior parte, de correcções técnico-contabilísticas referentes a exercícios anteriores (€ 113.000,00). No capítulo das receitas, é de notar com agrado o início da rubrica “Prestações de Serviços”, que apresenta um montante de mais de € 6.000,00 de receitas, já derivadas das primeiras acções de promoção local da Sede da “Fundação”. Sendo ainda não significativo em termos globais, é já um indício do potencial que se julga existir neste domínio. Por outro lado, existiram donativos de cerca de € 16.000,00, o que vem provar o interesse manifestado no trabalho desenvolvido, dentro dos objectivos fundacionais. Como tem sido dito nos “Relatórios” anteriores e que aqui mais uma vez se refere, a origem dos fundos é, na sua esmagadora maioria, derivada das mais-valias conseguidas na gestão dos activos financeiros e da valorização da carteira existente nos respectivos mercados, devendo levar-se em consideração as limitações contabilísticas impostas pela Lei neste particular. No presente exercício, o impacto da crise global na gestão financeira efectuada é significativo, mesmo considerando a preocupação de se tentar antecipar os movimentos dos mercados, obtendo assim mais-valias pontuais que compensem as quedas verificadas nas cotações dos produtos financeiros. Como informações complementares, deverão salientar-se os seguintes pontos: a) O montante da rubrica “Capital” manteve-se inalterado em 2011, tendo somente sido contabilizados, por incorporação, os “Resultados” do exercício anterior. b) A rubrica “Activos Fixos Tangíveis”, incluindo as diversas sub-rubricas de “Terrenos e Recursos Naturais”, “Edifícios e Outras Construções”, ”Equipamento Básico”, “Equipamento Administrativo” e “Outros Activos Fixos Tangíveis”, diminuídas das “Depreciações Acumuladas” (aumento em € 4.000,00), está contabilizada por um valor global de € 1.274.700,00 (redução de € 129.400,00). c) Continua contabilizado um montante com carácter de empréstimo e sem vencimento de juros, posto à disposição da “Fundação” pela vontade inicial expressa do Fundador, de cerca de € 1.516.400,00, sem alteração significativa. d) A rubrica “outros Instrumentos Financeiros” apresenta uma diminuição de € 66.500,00 derivada fundamentalmente da necessidade da Tesouraria liquidar os trabalhos de remodelação da Sede, já entretanto finalizados. e) No que respeita ao relacionamento com a Administração Fiscal, os valores referidos no balancete de fim de exercício, revelam a actividade normal da “Fundação”, enquanto sujeito fiscal actuante. f) Não ocorreram factos relevantes subsequentes ao fecho das contas. |AGRADECIMENTOS| No termo deste exercício, é da mais elementar justiça agradecer publicamente aos membros do Conselho Fiscal e do Conselho Geral os apoios que, desde a primeira hora, disponibilizaram ao Fundador e aos restantes membros do Conselho de Administração, o que permitiu ir vencendo as enormes dificuldades que foram surgindo, sugerindo e melhorando os processos de gestão e materializando algumas das ideias e concepções que estiveram subjacentes à criação da “Fundação”. Sem eles, não teria sido possível fazer o que se fez, contribuindo assim para a solidificação das bases desta Instituição. A todos, o nosso obrigado. |PROPOSTA| Após análise dos documentos oriundos do Conselho Fiscal e nos termos dos Estatutos, vêm o Fundador e os membros do Conselho de Administração apresentar o presente Relatório e comunicar a sua decisão no sentido de aprovar as contas do exercício e de contabilizar os resultados negativos apurados de € 177.475,27 conforme a seguir se discrimina: - Para "Resultados Transitados" (a débito): € 177.475.27 Santarém, 30 de Março de 2012 ----------------------------------Pedro Canavarro (Fundador e Presidente) ---------------------------------Maria Cunha e Sá ---------------------------------- Natália Correia Guedes ---------------------------------António Canavarro (Vice-Presidente) ---------------------------------Margarida Mondril --------------------------------- Francisco Leote |EM ANEXO | - Balanço a 31 de Dezembro de 2010 Conselho de Administração - Demonstração dos Resultados Conselho de Administração - Declaração de Responsabilidade Conselho de Administração - Extracto da Acta de Aprovação das Contas Conselho de Administração - Relatório e Parecer do Fiscal Único Conselho Fiscal - Relatório Anual sobre a Fiscalização Efectuada Conselho Fiscal - Certificação Legal das Contas Conselho Fiscal