Na Boleia do CamiNhoNeiro em ParaNaGUá

coopanexos
Na Boleia do
Caminhoneiro
EM PARANAGUá
Pegue carona nesta cartilha e fique por dentro
do dia a dia do profissional do volante
QUEM É O
CAMINHONEIRO
O transporte
A história do transporte se divide entre antes e depois da invenção da roda. Foi a partir de sua evolução
que o homem passou a aperfeiçoar as ferramentas de transporte e, assim, diminuir o impacto sobre seu
corpo, antes utilizado como principal equipamento de tração.
Dos ombros para o caminhão. Foi essa a principal evolução do transporte de carga, que contou com grande contribuição dos animais e do conjunto que deu origem às carroças.
Com a industrialização, o homem deixou de ser a máquina responsável pelo transporte para assumir o
comando dos equipamentos inventados por ele. Foi o que aconteceu com a carroça, o trem, o avião, o
automóvel e o caminhão.
O transporte de carga
Nos dias de hoje, as cargas podem ser transportadas através dos vários meios existentes, tecnicamente
chamados de modais. Para chegar até sua casa, os produtos atravessam as estruturas de ferrovias, hidrovias, aeroportos e portos, antes de chegar ao caminhão. É do caminhoneiro a responsabili-
dade por levar as cargas pelas rodovias e estradas mais distantes do Brasil.
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O caminhoneiro
É muito comum encontrar várias gerações de uma mesma família no comando dos caminhões. O
transporte de carga é uma prestação de serviço que geralmente passa de pai pra filho.
Da televisão na sala ao carro na garagem, passando pela caixa de suco na geladeira de casa: é difícil
imaginar um produto que não tenha sido transportado por um caminhão.
O Brasil é um país com um território muito grande. Por isso, o caminhoneiro se tornou
figura indispensável na distribuição de cargas entre os lugares mais remotos.
Rodando pelo país afora, o caminhoneiro brasileiro passa em média mais de 20
dias fora de casa. No Paraná, a rotina inclui jornadas de trabalho entre 14 e 20 horas diárias.
Apesar da jornada cansativa, comum aos profissionais do volante, é na região Sul que estão os
caminhoneiros mais qualificados e experientes, com média de 20 anos de atividade.
Com média salarial entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, a maioria dos profissionais é o único responsável pelo
sustento de suas famílias.
O Brasil possui aproximadamente 2 milhões de caminhões, comandados pelos cerca de 3 milhões de
caminhoneiros. Esses profissionais são responsáveis pelo transporte de 6 em cada 10
quilos de carga que transita no país: uma média de 100 milhões de toneladas todos os meses.
Raio-X
do caminhoneiro
brasileiro
Casado
38 anos
Com um filho ou mais
Ensino Médio completo
5 anos de estrada
Média salarial entre R$ 1 mil e R$ 2 mil
Tipos de caminhão
Os caminhões são utilizados para o transporte de vários tipos de carga. Alimentos, animais,
automóveis e matérias-primas como madeira, metais e areia são apenas algumas das possibilidades. Para cada tipo de carga transportada, existe um caminhão diferente. São pelos
menos 30 variações possíveis.
Caminhões
Monoblocos que podem variar de tamanho e capacidade de tração, chegando a transportar até 23 toneladas.
Carreta
Possuem unidades de tração e de carga (semirreboque)
separadas. Os semirreboques podem ser fechados (baús
ou siders), abertos (carga seca), cegonheiros (carga de
veículos), tanques (carga líquida) e plataformas (para
carregar maquinários).
Porta-contêiner
Veículo rebocado semicompleto destinado ao transporte
de contêineres.
Bitrens
Também são veículos articulados, só que especiais.
São compostos de dois semirreboques. Podem carregar até 40 toneladas.
Treminhões
São veículos articulados especiais, compostos de um semirreboque e/ou um reboque. Podem ser tracionados de
forma independente e levar até 50 toneladas de carga.
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Caminhoneiros
de Paranaguá
A cidade de Paranaguá abriga o maior porto em exportação de grãos do Brasil. Estimase que 90% da economia do município esteja ligada ao Porto de Paranaguá, direta ou indiretamente.
Integrantes desta cadeia de negócios, os caminhoneiros de Paranaguá compõem uma das
categorias mais importantes para a cidade: são eles os responsáveis pelo transporte
de 70% das cargas que transitam pelo porto.
11 em cada 100
Moradores
de Paranaguá
têm como fonte de renda serviços ligados às cooperativas de transportes
do município. Isso representa um total de aproximadamente 15.000 pessoas.
4.800
Empregos diretos e indiretos
Estes são os números da Coopadubo e da Coopanexos, duas das maiores
cooperativas de transporte do Paraná.
Regulamentação Profissional
O caminhoneiro ainda não é legalmente reconhecido como profissão no Brasil. Para isso, já existe
um projeto de Lei na Câmara dos Deputados em Brasília. O projeto vai criar normas com relação
à jornada de trabalho, horas extras e salário base. Se aprovado, o documento será válido aos
motoristas profissionais que fizerem transporte de carga acima de 3,5 toneladas entre municípios,
estados e países.
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O QUE FAZ
O CAMINHONEIRO
A importância dos profissionais
Sem caminhão, produtos essenciais não chegariam às mãos e à mesa dos consumidores,
indústrias não produziriam, não haveria comércio externo. Qualquer país ficaria parado sem
o sistema de transportes.
1 bilhão de toneladas
É o volume de cargas transportado pelos caminhoneiros todos os anos
R$ 140 bilhões
É A média de quanto os serviços de transporte movimentam no Brasil, por ano
6 mil
É o número de casas populares que poderiam ser construídas com esse valor
Você Sabia
25 de julho é Dia de São
Cristóvão, santo protetor
dos caminhoneiros.
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Sem caminhão, sem exportação...
Soja, autopeças, automóveis e carnes são alguns dos produtos enviados para o exterior com a ajuda
dos caminhoneiros, que levam essas mercadorias das áreas de produção até os portos.
Os profissionais também atuam na recepção de cargas de medicamentos, material eletrônico, adubos e outros itens. O que mostra a importância dos homens do volante para a saúde, a alimentação
e a diversão dos brasileiros.
No Paraná, a participação dos caminhoneiros no comércio exterior é inquestionável. São
eles os responsáveis por fazer chegar boa parte da carga embarcada diariamente nos portos de
Paranaguá e Antonina.
Os principais produtos são açúcar, soja, madeira, carnes, veículos e máquinas agrícolas. Cargas que
partem dos portos paranaenses em direção a todos os lugares do planeta.
Dos portos, os caminhões voltam carregados de
produtos estrangeiros. É da carroceria deles que
chegam aos lares paranaenses produtos como
fertilizantes, trigo, veículos e máquinas agrícolas,
além de equipamentos industriais.
Você Sabia
Um fotógrafo português instalou
uma câmara fotográfica gigante
no baú de um caminhão. O resultado? Fotos com 1,2 m de altura
e 4,5 metros de largura!
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Condições
de trabalho
Trabalho na estrada, passeio em casa
Esta frase é um clássico dos parachoques de caminhão, e resume em poucas palavras a
rotina do caminhoneiro. Diferente de outras profissões, como o médico, o vendedor ou a
costureira, para quem trabalha com transportes não existe um local específico de trabalho.
A rodovia é o escritório do caminhoneiro
Como em qualquer outra profissão, o local de trabalho do caminhoneiro também precisa de manutenção constante. No caso da rodovia, este cuidado deve ser ainda mais intenso, já que a segurança
dos transportadores, assim como a qualidade do serviço e das mercadorias entregues, está diretamente ligada às condições das estradas.
Veja, a seguir, como a falta de infraestrutura nas rodovias interfere no processo de transporte.
Você Sabia
Na tentativa de entrar para o Livro dos Recordes, um chinês de 19 anos
suportou o peso de um caminhão de 16 toneladas sobre seu corpo.
A série Carga Pesada, exibida pela TV Globo em 1979 e 2003, contava as
aventuras de Pedro e Bino, dois caminhoneiros pelas estradas do Brasil.
Você Sabia
Existem ao menos 23 músicas brasileiras com a palavra “caminhoneiro” no título. A mais famosa delas, composta por Roberto e Erasmo Carlos, foi executada nas rádios brasileiras em 1984 mais de 3
mil vezes num só dia.
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Segurança
O Brasil tem por volta de 1 milhão e 600 mil quilômetros de estradas, dos quais menos de 200 mil
são pavimentados. O que significa dizer que de cada 5 metros de rodovia, apenas 1 é asfaltado.
A pista ruim gera um
gasto adicional com combustível, pneus, freios,
câmbios e motor. Elementos que são deteriorados
ao longo dos fretes.
Se todas as rodovias
estivessem em bom
estado, estima-se que o
transporte poderia ser
até 28% mais barato.
A má condição das
estradas afeta não
só o motorista.
Os efeitos negativos recaem sobre
quem produz e
também por quem
compra. Para todos
o valor do transporte aumenta.
O custo médio de um acidente rodoviário é
de R$ 70.342,98. Para uma média de 120 mil
acidentes por ano gasta-se em torno de R$ 8,4
bilhões para recuperar os danos causados.
Esse valor seria suficiente para pavimentar mais
de 11 mil km de rodovia.
Rodovias com pavimento totalmente destruído reduzem
em 31,8 Km/h a velocidade
média de um veículo.
Os acidentes rodoviários também fazem mal ao
bolso dos consumidores, com atrasos ou cancelamento na entrega de cargas, elevação dos custos
operacionais das empresas e ocorrência de gastos
nos sistemas de saúde (principalmente hospitais),
sem falar na perda de vidas.
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Saúde
nas estradas
Como preservar a saúde no comando do volante
Por causa do longo tempo longe de casa, muitos motoristas deixam de visitar o médico e acompanhar seu estado de saúde. Existem maneiras de evitar problemas físicos, dentro e fora do caminhão,
com a adoção de pequenas dicas. Veja algumas delas:
Hipertensão
Também conhecida como pressão alta, é uma alteração no fluxo de sangue que pode causar dores
no peito, visão embaçada e tontura. Problemas como esse podem ser controlados com a prática de
exercícios físicos e cuidado com a alimentação, além de não-uso do cigarro.
Diabetes
Causada pela produção irregular de um hormônio, chamado insulina, a diabetes é a doença responsável pelo desequilíbrio no controle do açúcar no sangue. Por isso, o motorista com diabetes deve
evitar comer doces e ingerir bebidas alcoólicas.
Sono
É importante reconhecer qualquer sinal de cansaço,
fraqueza ou sonolência. Nestes casos o melhor
a fazer é sinalizar para a direita e garantir 20
minutos de cochilo no posto de
combustível mais próximo.
Exame
Bebidas e substâncias tóxicas
Longe de casa e comprometidos com a
entrega pontual das encomendas, muitos
caminhoneiros se rendem aos apelos das
bebidas alcoólicas e do famoso rebite. Quem
faz uso desse medicamento, apresenta um quadro
de insônia e perda de apetite, já que o organismo
trabalha de forma excessiva e acima de suas
condições normais.
Mais importante do que ficar
acordado, é ficar vivo. Lembre-se disso!
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Postura
Durante o trabalho ao volante, é preciso ficar atento à posição do banco e
distância entre os pedais e o volante. Veja algumas dicas importantes:
Cabeça
Braços
O encosto deve estar nivelado com
a altura dos olhos e alinhado com o
queixo e o peito. O ideal é que, em caso
de batida, a cabeça esteja apoiada, e o
pescoço, protegido.
A distância correta em
relação ao volante deve
ser calculada com os dois
braços esticados sobre a
direção e com os punhos
apoiados no aro.
Mãos
Costas
Segure o volante com as duas
mãos do lado externo do aro.
Usar as duas mãos ajuda no
equilíbrio do corpo.
É recomendável que
fiquem retas e encostadas no banco. Para não
força-las, é preciso que
todos os comandos do
caminhão estejam ao
seu alcance.
Pernas
Mantenha os joelhos
semiflexionados para não
esticar demais as pernas
quando pisar na embreagem ou no acelerador.
Procure deixar um espaço
embaixo do joelho, entre
a perna e o banco.
Pés
Procure colocar toda a sola sobre os pedais da embreagem
e freio, e o calcanhar deve ficar apoiado no assoalho, no
caso do acelerador.
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TELEFONES ÚTEIS
Polícia Militar - 190
Corpo de Bombeiros - 193
Polícia Rodoviária Estadual - 198
Polícia Rodoviária Federal - 191
Concessionária Ecovia - 0800-410277
Defesa Civil de Paranaguá - (41) 3350-2575
Disque-denúncia - 100
Porto de Paranaguá: (41) 3420-1100
Fontes Pesquisadas:
Cartilha - Caminhoneiro: atenção com a saúde.Ministério da Saúde, 2003 • Pesquisa CNT de Rodovias 2009 - Relatório Gerencial • Pesquisa Nacional
de identificação, caracterização e diagnóstico do perfil do trabalho e da demanda por educação profissional no setor de tranportes - Relatório Final.•
Ministério dos Transportes, Coopetec Fundação: 2007 • Ministério dos Transportes • Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
• Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) • Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT • Portal G1: www.g1.com.br • Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior • O perfil do Caminhoneiro no Brasil • Revista Na Mão Certa, ed. 2004 • A História da Indústria de
Caminhões no Brasil - 50 anos Anfavea - 2007 • Dicionário Básico Portuário - 2008 • Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA • Guia
do Transportador de Cargas • O Brasil sobre rodas - Informe Publicitário • Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Paranaguá.
Esta publicação é uma iniciativa:Coopadubo e Coopanexos
Cooperativas de Transporte de Carga de Paranaguá (PR) 2010