os sintomas da gravidez

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os sintomas da gravidez
AULA 01
OS SINTOMAS
DA GRAVIDEZ
Dr. Waldyr Muniz
Ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein
Realização:
Colaboração
de especialistas do:
Patrocínio:
Aula 01
Os sintomas da gravidez
Aqui está um resumo do que ensinou o ginecologista e obstetra
Waldyr Muniz, do Hospital Israelita Albert Einstein, na primeira
aula do nosso curso. E, nos destaques, algumas informações
extraordinárias que a equipe do site apurou para você.
Primeiros sinais
Eles variam bastante. Na verdade, variam de organismo para organismo e de
momento para momento da gestação. O
principal deles é mesmo o atraso menstrual. Por isso, aquelas mulheres com
o ciclo muito certinho logo desconfiam
quando estão grávidas e, não raro, fazem algum teste de farmácia.
Vale notar que esses testes, realizados em casa com uma amostra da
urina, já estão muito mais confiáveis
do que no passado. No entanto, o mais
certeiro ainda é o exame de sangue
para dosar um hormônio chamado beta
hCG. Ele é tão sensível que pode acusar
uma gravidez antes mesmo de qualquer
atraso na menstruação.
Outros sinais frequentes são enjoo, alterações digestivas, como azia e queimação, aumento da salivação e do apetite,
sem contar a sensação de sonolência.
Saiba mais
O ideal seria a mulher, ao
receber a confirmação da
gravidez, realizar exames de
sangue, urina e fezes para
afastar a hipótese de problemas,
como infecções capazes de
atrapalhar o desenrolar da
gestação. São os primeiros
exames pré-natais — todos
absolutamente necessários!
É preciso, ainda, um ultrassom
para confirmar a idade
gestacional, verificar
como o bebê se implantou no
útero e como está batendo
o seu pequeno coração.
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Aula 01 - Os sintomas da gravidez
A culpada é a placenta?
No comecinho da gravidez, mal a placenta começa a aparecer, ela já passa
a secretar hormônios iguais aos que o
corpo da mulher produzia — mas, claro, no caso trata-se de uma produção
extra. E esses hormônios, em dosagens
maiores do que as de costume, acabam
influenciando as mais diversas funções
do organismo. Portanto, por trás de todos os sinais da gravidez há uma ação
hormonal. Não à toa, eles tendem a ser
mais intensos quando a mulher espera gêmeos. Ora, no caso, ela está formando no ventre uma quantidade bem
maior de placenta — portanto, está
produzindo mais e mais hormônios e,
provavelmente, experimentando mais
e mais sintomas.
O problema do enjoo
Ele é um sinal frequente, mas não obrigatório. Algumas grávidas nunca sentiram
esse mal-estar. Em outras, ele aparece por
volta da sétima semana de gestação.
A ansiedade, o estresse, o cansaço físico, o excesso de comida ou, ao contrário,
períodos de jejum prolongado tendem
a agravar as crises de enjoo. O médico
poderá prescrever medicamentos para
controlá-las. O ideal, porém, é a mulher
perceber em que horários do dia ela cos-
tuma se sentir mais enjoada e procurar
se poupar nesses momentos. Controlar a
alimentação também é importante.
Para algumas grávidas que costumam
sentir muito enjoo, alimentos gelados,
como picolés de frutas ácidas, trazem
algum alívio. Eles podem ser uma espécie de recurso de emergência. O fundamental é não forçar o apetite e comer
apenas o que sentir vontade para não
piorar o quadro. O que realmente faz
diferença para a grávida nessa fase é a
hidratação, e não a comida. É disso que
ela não deve se descuidar.
Saiba mais
Evite comer quando se
sentir enjoada para evitar
as crises de vômito. Mais
do que desagradáveis,
elas fazem seu organismo
perder muito líquido
e minerais importantes para
o desenvolvimento do feto.
Uma ótima sugestão é
fracionar as refeições.
Comer pequenas porções
de alimentos em intervalos
regulares ajuda bastante.
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Aula 01 - Os sintomas da gravidez
Manter-se hidratada
Essa deve ser a preocupação número 1 da gestante, especialmente nesse
início de gravidez. No caso das mulheres que sentem muito enjoo, porém,
um copo de água pode atrapalhar mais
do que ajudar. Elas devem privilegiar
sucos, leite, iogurtes, sopas e outros
alimentos ricos em água, como frutas
bem suculentas.
As alterações emocionais
Elas surgem logo no início e têm a
ver com a história de toda uma vida
— o que essa mulher experimentou
na infância, sua vida familiar, a expectativa em relação ao bebê e ao seu
papel de mãe, o relacionamento com o
parceiro, se é uma gravidez muito desejada ou, ao contrário, inesperada...
Tudo conta. É preciso respeitar esses
aspectos psicológicos e refletir sobre
esses fatores envolvidos. Até porque
eles afetam diretamente os sintomas
físicos e o bem-estar da gestante.
Saiba mais
Uma boa ideia para conter a
ansiedade é conversar bastante
com seu obstetra e tirar todas
as dúvidas. Uma das funções
mais importantes do pré-natal
é justamente esta: proporcionar
segurança à futura mamãe.
Questões de apetite
Os famosos desejos por alimentos
específicos — por ironia, na maioria
das vezes difíceis de ser encontrados
naquele momento, como frutas fora
de época — são um sintoma clássico
da gravidez, bastante observado nos
consultórios dos obstetras. É provável
que os hormônios tenham uma participação muito discreta nesse fenômeno. Mas, sem dúvida, sua principal
causa é de caráter psicológico.
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O cálculo do tempo
de gravidez
Uma gestação dura 40 semanas, em
média. E os médicos costumam contá-la a
partir do primeiro dia da última menstruação. Portanto, faça o seguinte:
• Anote a data da última vez em que
você menstruou.
• Vamos imaginar que tenha sido no dia
2 de abril. Primeiro, some 7 ao número
do dia. Ou seja, 2 + 7 = 9.
• Então, subtraia 3 do número do mês,
que no caso de abril é 4. Ou seja, 4 - 3
= 1, número equivalente a janeiro. O
resultado desse cálculo indica que a
criança deverá nascer aproximadamente em 9 de janeiro.
• Se, ao somar o dia da última menstruação com 7, o mês virar, então a
conta será ligeiramente diferente. Imagine que sua última menstruação tenha
começado no dia 27 de junho. Ora, 27 de
junho mais sete dias daria 4 de julho no
calendário. Guarde o número 4.
• Agora, para calcular o mês, é simples: pegue o número do mês da última menstrução — mês 6, no nosso
exemplo — e subtraia 2 em vez de 3.
Ou seja, 6 - 2 = 4. A criança deverá
nascer por volta de 4 de abril.
Saiba mais
Se achar todas essas contas
complicadas, há uma saída fácil.
Visite o bebe.com.br e use a
nossa calculadora de gravidez, que
entrega a data provável do
parto em alguns segundos.
Caso você não se lembre da data
da última menstruação, não se
preocupe. O primeiro ultrassom
resolve a questão, ao medir
o feto. Seu tamanho também
indica a idade gestacional.
O sexo do bebê
Para aquelas que desejam descobrir
o sexo antes do nascimento e nem sequer querem esperar a ultrassonografia
da 16ª semana — que já é capaz de dar
essa informação com segurança —, há
um teste de sangue que pode responder a essa dúvida já na oitava semana.
Trata-se do exame de sexagem fetal. Ele
acerta na resposta em 99% dos casos.
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