Etileno - (LTC) de NUTES
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Etileno - (LTC) de NUTES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PÓLO AVANÇADO DE XERÉM GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA CURSO FISIOLOGIA VEGETAL(XBT355) TURMA 2015/2 Hormônios vegetais – Parte II Prof. Dr. Silas Pessini Rodrigues Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2015 Citocinas Processos associados: • Controle da divisão celular • Crontrole da distribuição de nutrientes • Desenvolvimento de nódulos da raíz • Manutenção de células embrionárias • Regulação dos efeitos da auxina trans-zeatina, Ex. de uma citocina Citocinas formam uma família de compostos relacionados à adenina Isopentenyl adenine trans-zeatin dihydrozeatin cis-zeatin Hirose, N., Takei, K., Kuroha, T., Kamada-Nobusada, T., Hayashi, H., and Sakakibara, H. (2008). Regulation of cytokinin biosynthesis, compartmentalization and translocation. J. Exp. Bot. 59: 75–83. Citocinas são antagônicas aos efeitos de auxinas CT Auxina Promove manutenção do meristema apical do caule Promove a iniciação da organogênese no ápice do caule Promove organogênese no meristema apical da raíz Mantêm células meristemáticas do ápice radicular Promove formação de ramos Inibe a formação de ramos no caule Inibe Promove ramificações ramos na na raíz raíz Reprinted by permission from Macmillan Publishers, Ltd: NATURE Wolters, H., and Jürgens, G. (2009). Survival of the flexible: Hormonal growth control and adaptation in plant development. Nat. Rev. Genet. 10: 305– 317. Copyright 2009. O ápice radicular é regulado por auxinas e citocinas Área de direnciação celular Área de divisão celular Transporte de auxina Os efeitos da auxina sobre a síntese, transporte e resposta da citocina (e vice versa) coordenam as atividades celulares do ápice radicular. Citocina Transporte e resposta a auxina Síntese de citocína Auxina Auxina, citocina e estrigolactonas controlam a formação de ramos laterais Raízes laterais são induzidas por auxina e inibidas por citocinas Ramos são induzídos por citocinas e inibidos por auxina e estrigolactonas Coleus shoot image by Judy Jernstedt, BSA ; lateral root image from Casimiro, I., et al. (2001) Auxin transport promotes Arabidopsis lateral root initiation. Plant Cell 13: 843-852. A sinalização mediada por citocinas envolve um sistema de dois componentes Domínio receptor Domínio transmissor Domínio receptor H D Histidina Kinase Domínio transmissor Proteína reguladora Sistema de dois componentes: via de sinalização curta em que a informação é transmitida de um receptor para um transmissor. Em bactérias, é formado por duas proteínas 1) histidina kinase (com um resíduo de histidina conservado, H), e 2) proteína reguladora (com um resíduo de aspartato conservado, D). Os dois componentes “trocam” o grupo fosfato ATP ADP P H Histidina Kinase P D Proteína reguladora O estímulo ativa a função histidina kinase fosforila o resíduo de histidina grupo fosfato transferido para a proteína reguladora Sistema de dois componentes em plantas H Histidina kinase híbrida D H Histidina fosfotransferase (HPt) D Proteína reguladora Muitas histidina kinase de planta são híbridas (possuem tanto o domínio transmissor (H) quando o domínio receptor (D) o grupo fosfato é transferido de do resíduo de aspartato para uma histidina fosfotransferase (HPt) a HPt transfere fosfato para um aspartato em uma proteína regulatória. Citocinas controla a expressão gênica em Arabidopsis Receptor H H D D HPt D A-ARR or CARR ARR: Reguladores de resposta de Arabidopsis B-ARR: fatores de trasncrição A- e C-ARR: intermediários de sinalização de citocinas vias desconhecidas H D B-ARR Transcrição Giberelinas •Crescimento vegetativo •Germinação de sementes •Promove o florescimento •Determina o sexo em algumas espécies •Promove o crescimento de frutos Giberelina (GA4) As giberelinas formam uma família de compostos GA4 é a GA mais ativa em Arabidopsis Somente algumas GAs são ativas biologicamente. As principais GAs ativas estão demonstradas aqui. Sun T (2008) Gibberellin metabolism, perception and signaling pathways in Arabidopsis: September 24, 2008. The Arabidopsis Book. Rockville, MD: American Society of Plant Biologists. doi: 10.1199/tab.0103 Giberelinas regulam o crescimento vegetal O mutante de ervilha (le) estudado por Mendel codifica uma GA3 oxidase, que produz GA ativa. A perda de função no mutante le reduz os níveis de GA ativa e causam nanismo. Ativo Inativato selvagem Mutante le Lester, D.R., Ross, J.J., Davies, P.J., and Reid, J.B. (1997) Mendel’s stem length gene (Le) encodes a gibberellin 3-hydroxylase. Plant Cell 9: 1435-1443. Muitos dos “genes da revolução verde” controlam a síntese de GAs Durante a “Revolução Verde” no século XX, o uso de plantas semianãs e de fertilizantes permitiram um aumento substancial na produção de grãos. As plantas anãs investem mais energia na produção de sementes do que na produção de ramos. Elas são também mais rígidas e menos passíveis de tombamento. Melhorista vegetal Nobel Laureate Norman Borlaug (1914-2009) Photos courtesy of S. Harrison, LSU Ag center and The World Food Prize. Sinalização induzida por GAs Proteínas DELLA inibem o crescimento, em parte através do bloqueio da transcrição. GAs induzem a degradação de DELLA pela via do proteassoma. Reprinted from Davière, J.-M., de Lucas, M., and Prat, S. (2008) Transcription factor interaction: a central step in DELLA function. Curr. Opin. Genet. Devel. 18: 295–303.with permission from Elsevier Brassinosteróides •Alongamento celular •Crescimento do tubo polínico •Germinação de sementes •Diferenciação de tecidos vasculares e raízes •Tolerância a estress Brassinolide, o brassinoesteróide mais ativo Mutantes para síntese de brassinosteróide (BR) são anãos Arabidopsis BRs promoverem afrouxamento de paredes celulares Tomato Pea Paredes mais fexíveis Menor resistência para expansão celular Bishop, G. J., and Koncz, C. Brassinosteroids and plant steroid hormone signaling. (2002) Plant Cell14: S97-S110. O bloqueio da via de sinalização de BRs promove nanismo em cevada H H Wild-type uzu Cell elongation Less cell elongation As plantas uzu possuem uma mutação no receptor de BRs, tornando-as menos sensíveis à BRs. Esta é a primeira planta produtora de grão obtida através da manipulação da via de sinalização por BRs. Chono, M., et al., (2003) A semidwarf phenotype of barley uzu results from a nucleotide substitution in the gene encoding a putative brassinosteroid receptor Plant Physiology 133:1209-1219. Hormônios principalmente envolvidos no crescimento reprodutivo • Giberelinas • Etileno Controle hormonal do desenvolvimento reprodutivo Em angiospermas: • Transição do crescimento vegetativo para o reprodutivo marcado pelo desenvolvimento da flor seguido pelo desenvolvimento e maturação do fruto seguido do desenvolvimento, maturação e germinação da semente Photo courtesy of Tom Donald O meristema do ápice caulinar vegetativo versus meristema reprodutivo Juvenil Mudança de fase para o Zona central Juvenil Células centrais divisão lenta Adulto células centrais divisão rápida Adulto O papel de GAs na iniciação do florescimento varia de acordo com a espécie e com o hábito de crescimento Lolium temulentum Gramínea anual de região temperada SIM! Beta vulgaris Bi-anual SIM! Malus domestica Perene NÃO! Arabidopsis thaliana Anual Dias curtos Dias longos SIM! NÃO! Photos courtesy of Plate 271 from Anne Pratt's Flowering Plants, Grasses, Sedges and Ferns of Great Britain c.1878, by permission of Shrewsbury Museums Service; David Kuykendall ARS; Vincent Martinez; Takato Imaizumi. Giberelinas induzem o florescimento em algumas plantas por induzirem a expressão de genes florais AP1-AP3 --- APETALA 1 E 3 PI ---- PISTILLATA AG --- AGAMOUS M: tratado com etanol GA: tratado com 100 μM GA Proc Natl Acad Sci U S A. 2004 May 18;101(20):7827-32. Etileno promove o florescimento em gramíneas A parte comestível do abacaxí se desenvolve à partir de flores de abacaxizeiro. As plantas são tratadas com etileno para sincronizar o florescimento. Images couresy of Dave McShaffrey, Marietta College, ©2009, used by permission. Desenvolvimento floral Os hormônios contribuem para o desenvolvimento floral de diversas formas: • Estruturação do meristema floral • Desenvolvimento de órgãos florais • Desenvolvimento de estruturas masculinas e femininas de reprodução • Alongamento celular Etileno e giberelinas estão envolvidos na determinação sexual Hermafrodita Masculina Feminina Image courtesy of Abdelhafid Bendahmane, URGV - Plant Genomics Research INRA Desenvolvimento e maturação de frutos também estão sob controle hormonal A polinização inicia a senecência de pétalas, divisão e expansão celular no ovário seguidos de desenvolvimento e maturação do fruto Auxinas e giberelinas promovem a divisão celular e crescimento de frutos Variedades de uva sem sementes requerem GAs exógenas Receptáculos de morango respondem à aplicação de auxinas Auxina + GA GA Auxina Photo credits: Grape flowers by Bruce Reisch; Strawberry flower by Shizhao O amadurescimento de frutos é induzido por etileno Auxina + GA O gás etileno o amolecimento de frutos bem como o desenvolvimento de cor e sabor Etileno Etileno •Controle do amadurescimento •Controle da senescência de folhas e pétalas •Controle da divisão e alongamento celular •Determinação sexual •Controle do crescimento de raízes •Repostas a estresse H H C C H H C2H4 C2H4 Resposta tripla de plântulas de ervilha etioladas ao etileno O etileno unduz a resposta triplice: •Reduz alongamento •Inchaço do hipocótilo •Encurvamento do ápice caulinar Etileno promove senescência de folhas e pétalas Ar livre (controle) 7 dias com Et Plantas de algodão Etileno promove a senescência de folhas e pétalas. Em casas aquecidas à gás, as plantas eram projudicadas pela produção de etileno. Aspidistra é uma planta resistente à Et planta popular em áreas frias. Beyer, Jr., E.M. (1976) A potent inhibitor of ethylene action in plants. Plant Physiol. 58: 268-271. Etileno diminui a longevidade de frutos e flores Os níveis de etileno podem ser modulados para manter os frutos frescos, tanto comercialmente quanto em casa. Estratégia para o controle dos níveis de etileno Limitar a produção alto CO2 ou baixo O2 Remoção de Et do ar reação com KMnO4, absorção por zeolite Uso de interferentes do receptor de etileno tiosulfato de sódio (STS), diazociclopentadieno (DACP), etc. Reprinted from Serek, M., Woltering, E.J., Sisler, E.C., Frello, S., and Sriskandarajah, S. (2006) Controlling ethylene responses in flowers at the receptor level. Biotech. Adv. 24: 368-381 with permission from Elsevier. Frutos climatéricos: aumento na respiração é precedido por um pico de síntese de etileno Modificação genéticas podem limitar a síntese de etileno ACC synthase S-adenosil metionina ACC oxidase ACC (Ácido carboxílico 1aminociclopropano) ACC sintase “antisense” Controle H H H C C H Etileno A introdução de um gene antisense para interferir na síntese de etileno é uma estratégia efetiva no controle da síntese de etileno. Theologis, A., Zarembinski, T.I., Oeller, P.W., Liang, X., and Abel, S. (1992) Modification of fruit ripening by suppressing gene expression. Plant Phys. 100: 549-551. Mutante para a percepção de etileno apresentam distúrbios de amadurescimento Ar ou Etileno Wild type Receptor CTR Diversas mutações que afetam a percepção e a sinalização interferem com o amadurescimento do fruto. Green-ripe Never-ripe2 Never-ripe Barry, C. S., et al. (2005) Ethylene insensitivity conferred by the Green-ripe and Never-ripe 2 ripening mutants of tomato. Plant Physiol. 138: 267-275. Ácido abscísico (ABA) Processos associados •Maturação e dormência de sementes •Tolerância à discecação •Resposta à estresse •Controle da abertura de estômatos ABA ABA é acumulado em sementes em maturação Desenvolvimento do embrião Acúmulo de reservas Tolerância à discecação A maturação de sementes requer a síntese de ABA e o acúmulo de proteínas específicas para conferir tolerância à discecação. ABA: aspectos estruturais Aonde ABA é encontrado na planta? Tempo (h) de exposição de plantas à seca. ABA aparece primeiro no hipocótilo Na raiz só aparece depois de 10 h Receptores de ABA: existem algumas classes de receptores 1. PYR/PYL/RCAR – presentes no citoplasma e núcleo 2. CHLH – localizado no plastídeo controla expressão gênica 3. Proteína G (GTG1 e GTG2) – presente na membrana plasmática A dormência de sementes envolve a síntese e sinalização por ABA ABA Proteína kinase Fator de transcrição A perda da função sinalizadora do ABA (proteína kinase ou fatores de transcrição) interferem com a dormência induzida por ABA causa germinação precoce. Transcrição Nakashima, K., et al. (2009) Three Arabidopsis SnRK2 protein kinases, SRK2D/SnRK2.2, SRK2E/SnRK2.6/OST1 and SRK2I/SnRK2.3, involved in ABA signaling are essential for the control of seed development and Dormancy. Plant Cell Physiol. 50: 1345–1363. Copyright (c) 2009 by the the Japanese Society of Plant Physiologists with permission from Oxford University Press. McCarty, D.R., Carson, C.B., Stinard, P.S., and Robertson, D.S. (1989) Molecular analysis of viviparous-1: An abscisic acid-insensitive mutant of maize. Plant Cell 1: 523-532. Uma vez dormentes e secas, as sementes podem permanecer viáveis por períodos muito longos Sementes de plantas de lotus de 500 anos de idade germinadas com sucesso Palmeira proveniente de sementes de 2,000 anos de idade. A existência de uma casca dura e espessa mantêm a viabilidade de algumas espécies From Sallon, S., et al. (2008). Germination, genetics, and growth of an ancient date seed. Science 320: 1464, with permission from AAAS Lotus picture by Peripitus GA é requerida para a germinação de sementes A germinação requer a eliminação de ABA e produção de GAs promove o início do desenvolvimento e a quebra de substâncias armazenadas Mobilização de reservas Expansão celular GA ABA GAs são utilizados na indústria de bebidas para promover a germinação de grãos de cevada A quebra do amido do endosperma amilífero é induzida por GAs produzidos pelo endosperma ou adicionado durante o processo de maltagem. GA GA sugars amylase starch Embryo Endosperm Aleurone Images by Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé Flora von Deutschland, Österreich und der Schweiz 1885 and Chrisdesign. Desenvolvimento vegetal versus desenvolvimento animal Em plantas desenvolvimento continua ao longo do ciclo de vida não existe um carácter do desenvolvimento que seja pré-determinado o desenvolvimento se desdobra em resposta à fatores ambientais (comprimento do dia, temperatura, competição, nutrients, etc.) Em animais desenvolvimento é completado ao final da embriogênese
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