Plano de Internacionalização África do Sul
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Plano de Internacionalização África do Sul
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 21/11/2010 MARKETING INERNACIONAL ALEXANDRE TARRAFA, 7935 Plano de Internacionalização África do Sul Índice 1. Introdução …………………………………………………………….……... 3 2. Identificação do mercado ……………………………………………….….. 3 3. Caracterização macroeconómica, político-legal, sócio-cultural, tecnológica, demográfica ………………………………………………….... 4 Caracterização macroeconómica ………………………………..… 4 Caracterização político-legal …………………………………….…. 5 Caracterização sócio-cultural e demográfica …………………….. 6 Caracterização tecnológica ………………………………………… 6 4. Performance comercial (Importações/ Exportações) e Principais produtos, mercados, clientes e concorrentes ……………… 7 5. Conclusão …………………………………………………………………….. 8 6. Referências bibliográficas ……………………………………………….….. 9 2 1. Introdução A implementação bem sucedida de um negócio num determinado mercado implica que o empresário recolha informação que posteriormente será objecto de análise detalhada com vista a tomar decisões com o menor risco possível. Ora, isto está integrado no estudo de mercado, o qual se revela como um instrumento fundamental para estruturar a política comercial que será implementada. Um estudo de mercado é, basicamente, constituído por outros dois estudos paralelos, o estudo dos consumidores e o estudo da concorrência. Como tal, é necessário recolher informação sobre as características que os produtos ou serviços devem possuir para serem bem aceites pelos consumidores, bem como para definir uma estratégia de marketing que garanta, à partida, condições de competitividade à empresa. A escolha da África do Sul como um possível mercado de destino dos bens e serviços portugueses deve-se ao facto de este país se assumir como um dos mercados mais promissores e sofisticados do mundo, sendo inclusive uma das economias mais avançadas e produtivas do continente Africano. Oferece simultaneamente uma infra-estrutura económica altamente desenvolvida assim como uma economia de mercado vibrante e emergente. 2. Identificação do mercado Oficialmente República da África do Sul, é um país situado sul do continente Africano e com uma extensão territorial de 1 219 912 km2 e uma linha costeira de mais de 2500 km sobre os oceanos Atlântico e Índico, sendo por isso o 25º país do mundo com maior área. A sua localização geográfica privilegiada faz da África do Sul um mercado emergente mas também uma porta de acesso aos mercados subsaarianos, uma vez que faz fronteira com a Namíbia, Botswana, Zimbabué, Moçambique, Suazilândia e Lesoto. Neste sentido, ao ter uma localização que permite o acesso aos 14 países que formam a SADC – Southern African Development Community (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), assume um papel decisivo no desenvolvimento da NEPAD – New Partnership for Africa’s Development (Nova Parceria para o Desenvolvimento de África), que é um programa de renovação socioeconómico da União Africana. Além disso, a África de Sul serve de ponto de transbordo entre os mercados emergentes da América Central e do Sul e os novos países industrializados do 3 sul da Ásia e do Extremo Oriente, sendo os sete pontos comerciais a maior, mais bem equipada e mais eficiente rede do continente Africano. É também por isso que desempenha um papel vital no fornecimento de energia, auxílio, transporte, comunicações e investimento estrangeiro no continente. Por outro lado, a África do Sul tem os seus próprios sistemas de marketing e os seus próprios canais de distribuição para se arriscar comercialmente em África. [1] É um país em que se encontra uma diversidade de culturas, idiomas e crenças. Segundo a sua Constituição existem onze línguas oficiais, embora seja o inglês a língua mais falada ao nível comercial. 3. Caracterização macroeconómica, político-legal, sóciocultural, tecnológica, demográfica Caracterização macroeconómica A combinação de factores favoráveis, tais como os altos preços das mercadorias e de volumes de exportações em rápido crescimento, políticas macro geralmente prudentes, alívio da dívida e fluxos de IDE e ainda as reformas propensas a criar quadros económicos mais amigos do mercado, levaram a que as economias africanas contrariassem a tendência mundial. Assim sendo, nos anos que antecederam a recessão global de 2009, verificouse um significativo crescimento económico nas economias africanas, com uma média anual, entre 2006 e 2008, de cerca de 6% – enquanto o PIB per capita cresceu quase 4%. [1] Contudo, este crescimento só não foi maior porque se verificaram estrangulamentos infra-estruturais, ao nível dos transportes e da energia, uma persistente corrupção e instabilidade política em algumas regiões. A crise económica mundial terminou abruptamente com este período de relativamente alto crescimento africano. Entretanto, a economia mundial está em recuperação, e espera-se que África venha a beneficiar da melhoria das condições internacionais. Com a chegada da democracia, em 1994, as modificações estruturais assumiram particular relevo ao serem implementadas políticas macroeconómicas, com o objectivo de incentivar o concorrência e o crescimento interno e externo. Estas reformas conduziram a uma notável estabilidade macroeconómica, onde os impostos diminuíram, as tarifas baixaram, o défice fiscal foi controlado e as taxas de câmbio atenuadas; A 4 qualidade de vida dos cidadãos também se viu melhorada com a reestruturação e canalização da despesa pública para os serviços sociais. Em 2005, o governo começou a formular uma nova estratégia para impulsionar a taxa de crescimento económico para 6% do PIB em 2014 e reduzir a taxa de desemprego. Caracterização político-legal A África do Sul tem três capitais. A maior é a Cidade do Cabo e é a capital legislativa; a capital administrativa é Pretória; e a capital judiciária é Bloemfontein. Tem ainda um parlamento bicameral: o Conselho Nacional de Províncias (câmara alta), que tem 90 membros, e a Assembleia Nacional (câmara baixa), a qual tem 400 membros. As eleições são realizados a cada cinco anos e é o líder do partido maioritário na Assembleia Nacional que assume o cargo de presidente. Quanto aos membros da Câmara dos Deputados, estes são eleitos por representação proporcional, isto é, metade dos membros são eleitos por listas nacionais e a outra metade são eleitos em listas provinciais. Destes dez membros são eleitos para representar cada província no Conselho Nacional das Províncias, independentemente da população da província. Com a unificação, cerca de 1910, a África do Sul tinha seu próprio parlamento onde eram aprovadas leis específicas para a África do Sul. Desde o fim do apartheid em 1994, a política sul-africana tem sido dominado pelo Congresso Nacional Africano (ANC). É um país com uma estrutura legal extremamente bem organizada, existindo legislação extraordinariamente bem desenvolvida relativamente ao comércio, trabalho e assuntos marítimos. Em conformidade com as normas e convenções internacionais encontram-se as leis relacionadas com a política concorrencial, copyright, patentes, marcas comerciais e disputas. Um ponto importante nesta legislação é o facto de proteger o direito de cumprimento de contrato, ou Pacta sunt servanda (princípio da força obrigatória), e de os tribunais independentes asseguram o respeito pelos direitos e obrigações comerciais. 5 Caracterização sócio-cultural e demográfica África do Sul é uma nação de cerca de 50 milhões de pessoas de diversas origens, culturas, línguas e religiões. O Statistics South Africa classifica a população em cinco categorias raciais pelas quais as pessoas podem se classificar. No meio do ano 2009 os valores estimados para essas categorias foram Negro Africano com 79,3%, Brancos com 9,1%, Colorados com 9,0%, e Indianos e Asiáticos com 2,6% da população. Mesmo com o crescimento populacional da África do Sul na última década (principalmente devido à imigração), o país tinha uma taxa de crescimento populacional anual de -0,501% em 2008 (est. CIA), incluindo a imigração. A CIA estima que a população em 2009 na África do Sul tenha começado a crescer novamente, a uma taxa de 0,281%.A África do Sul é o lar de cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais, incluindo cerca de 3 milhões de Zimbabuanos. Uma série de motins anti-imigrantes ocorreu na África do Sul em 11 de Maio de 2008.De longe, a parte maior da população se auto-classifica como Africano ou negro, mas esse grupo não é culturalmente ou linguisticamente homogéneo. Caracterização tecnológica A investigação tecnológica da África do Sul e os padrões de qualidade são reconhecidos mundialmente. O país criou uma série de tecnologias de ponta, sobretudo nos campos energético e de combustível, aços, minas de grande profundidade, telecomunicações e tecnologia da informação. 6 4. Performance comercial (Importações/ Exportações) e Principais produtos, mercados, clientes e concorrentes Desde a assinatura do Acordo Global sobre Tarifas e Comércio em 1994 que a África do Sul se tornou um dos participantes no sistema global comercial e foram implementadas uma série de reformas – incluindo um programa de redução de tarifas e de racionalização. O acesso ao mercado foi facilitado mediante acordos de comércio livre com a União Europeia e a SADC e através da implementação da Lei do Crescimento e Oportunidades em África pelos EUA. Nos últimos anos a África do Sul estabeleceu fortes relações com os mercados no resto de África, Ásia e América Latina. A Aliança Índia-Brasil-Africa do Sul (IBSA), formada em 2003, procura aumentar os negócios entre os três países, dos actuais 6 biliões de dólares Americanos para 10 biliões nos próximos anos. E o país tornou-se um parceiro comercial e de investimento importante com a China, que na última década ganhou um papel preponderante no continente africano. A taxa cambial da África do Sul torna o país um dos menos onerosos para estrangeiros aqui viverem e terem os seus negócios – com infra-estruturas de primeira categoria e um nível de vida elevado, que asseguram bom valor para o dinheiro. Os custos da energia sul-africana continuam a ser os mais baixos da Europa, o mesmo sucedendo para os preços do petróleo, com o sector privado e as companhias petrolíferas multinacionais a refinarem e a comercializarem quase todos os produtos petrolíferos importantes na África Austral. E os custos das telecomunicações estão a descer. A Neotel, operadora de linha fixa recentemente licenciada, começou a dar à Telkom estatal o seu primeiro gosto a sério de concorrência. O governo está a tomar medidas no sentido de assegurar capacidade de banda larga mais económica e mais abrangente. E estão a ser estudados novos projectos para colocação de cabos fibro-ópticos submarinos ao longo da costa oriental e também da ocidental de África para fazer disparar as ligações entre o continente africano e o resto do mundo. Os custos de mão-de-obra na África do Sul são mais baixos do que noutros mercados emergentes, como o México, a Hungria, a Malásia e Singapura, e o nível de produtividade melhorou claramente nos últimos anos. A legislação 7 laboral contribuiu para uma quebra de mercado quanto ao número de perda de homem/dias devido a acção industrial desde 1994. O IRC – baixado para 28% para 2008/09 – compara-se favoravelmente a algumas empresas em desenvolvimento e as perspectivas de maiores reduções são boas. A contribuição do comércio da África do Sul para a produção de riqueza para o país tem-se tornado muito importante. As indústrias de transformação são as que mais contribuem para o aumento das exportações, com cerca de 35% do total destas, exportando produtos de ferro e aço, papel e celulose. Quanto aos produtos agrícolas são exportados especialmente milho, açúcar, frutas e vegetais. As importações Sul-Africanas consistem, fundamentalmente, de máquinas e equipamentos, peças para carros, óleo crú, vestuário e produtos têxteis. 5. Conclusão Concluindo, depois deste trabalho realizado, penso que a África do Sul é um bom país de destino para bens e serviços portugueses, aliás, isso já se verifica com o elevado número de portugueses que habitam neste país. É um grande mercado que está em expansão. Mais uma prova evidente que é um país para os empresários investirem deve-se ao facto de a China ter uma elevada taxa de negócios naquele país, inclusive tem o maior investimento da história daquele país feito por outro avaliado em cerca de 5 biliões de dólares. Para facilitar os negócios e um país que tem uma excelente posição geográfica que facilita as importações e exportações, também pelo facto de ter uma grande costa marítima. 8 Referências bibliográficas [1] Africaneconomicoutlook. Situação macroeconómica e perspectivas de futuro. < http://www.africaneconomicoutlook.org/po/outlook/macroeconomic-situation-andprospects/> . Consultado em Novembro de 2010. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul http://www.africadosul.org.br/?pg=comercio http://www.sep.org.br/artigo/_649_be71052110aff5fe1fc5ec4fec2e74e1.pdf http://www.global21.com.br/guiadoexportador/africa.asp 9