Avaliação da Sensação Térmica da Cidade de Rio Grande
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Avaliação da Sensação Térmica da Cidade de Rio Grande
Avaliação da Sensação Térmica da Cidade de Rio Grande- RS nos Últimos Cinco Anos Lisboa, Paulo*; Seiler, Lilian; Oliveira, Camila; Salame, Charles [email protected] Palavras-chave: Temperatura do ar, Vento 1. INTRODUÇÃO Sensação térmica é tecnicamente chamada de temperatura equivalente de “esfriamento por vento”. É um fenômeno medido cientificamente que resulta na temperatura aparente sentida pela pele exposta em decorrência da combinação entre temperatura do ar e velocidade do vento. O estudo da influência da velocidade do vento, combinada com o valor da temperatura do ar foi iniciado na Antártida, pelos americanos Paul Siple e Charles Passel (1945). Eles mediram quanto tempo à água dentro de pequeno saco plástico demorava a se congelar quando este era sujeito ao vento. Baseado em Siple, um grupo de cientistas trabalhou para desenvolverem um novo índice windchill. Assim, foi desenvolvida a relação entre a temperatura ambiente, a velocidade do vento e a temperatura da pele seca do ser humano, dando como resultado um novo valor de temperatura, denominada de "sensação térmica”. Esse trabalho tem como objetivo verificar as variações de temperatura e averiguar como tal variação se relaciona com a sensação térmica. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Para análise da variação da sensação térmica, foram utilizados dados da Estação Automática de Rio Grande, do Instituto Nacional de Meteorologia e operado pela Universidade Federal de Rio Grande. Foram utilizados dados de temperatura do ar e velocidade do vento durante o período de janeiro de 2005 a maio de 2010. Foi utilizada a seguinte expressão para calcular a temperatura equivalente de windchill proposta por Paul Siple(1945): onde v é a intensidade da velocidade do vento medido a 10 m de altura (m/s) e T é a temperatura do ar medida a 2 m (°C). Foi analisada a variação dos valores médios mensais de sensação térmica de cada ano. Com os prognósticos climáticos e boletins de monitoramento e análise climática do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, comparou-se o comportamento da sensação térmica de cada mês com o mês consecutivo do ano seguinte, para janeiro de 2005 com janeiro de 2006, e assim sucessivamente. 3. RESULTADOS Nos resultados obtidos, foi evidenciado que não existe um valor padrão para as sensações térmicas com passar do ano, ao contrário, existe sim uma grande flutuação entre os valores. Considerando o período do ano, a sensação térmica acompanha as estações do ano, isto é, mais frio no inverno e mais quente no verão. Sendo assim, foi verificado que a influencias de eventos de pequena escala sinótica tem grande importância nos valores medidos da sensação térmica nesses cinco anos. Fig 2: a) Gráfico comparativo entre a temperatura e a sensação térmica do dia 2 ao dia 15 de abril de 2007, com presença de uma frente fria b) Gráfico de sazonalidade com as médias de temperatura e sensação térmica nos cinco anos. 4. DISCUSSÕES Foi verificado que o comportamento da Sensação Térmica se ajusta de acordo com temperatura, e o comportamento desta é influenciado principalmente por frentes frias, isto é, fenômeno de pequena escala temporal. Essa conclusão nos mostra que com um simples calculo, podemos determinar a sensação térmica, sendo essa determinada por variações na temperatura. Além disso, com esses dados um planejamento regional seria possível, evitando assim males relacionados a temperatura. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS <http://www.sorocaba.unesp.br/professor/amsilva/Sensa%C3%A7%C3%A3o%20t%C3%A9rmi ca.htm>. Acesso em: 13/06/2010 <http://www.servicos.hd1.com.br/ventonw/chill2A.html>. Acesso em: 13/06/2010 <http://www.meteo.pt/pt/enciclopedia/ambiente_atmosferico/indice_biometeorologicos/windchill/ index.html?page=wc_calcula.xml>. Acesso em: 13/06/2010 <http://www.inmet.gov.br/climatologia/sensacao_termica/index.html>. Acesso em: 13/06/2010 <http://www.csanl.com.br/professores/material/henrique/sensacaotermica.pdf>. 13/06/2010 Acesso em: